Enciclopédia de Josué 7:8-8

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

js 7: 8

Versão Versículo
ARA Ah! Senhor, que direi? Pois 1srael virou as costas diante dos seus inimigos!
ARC Ah! Senhor! que direi? pois 1srael virou as costas diante dos seus inimigos!
TB Ah! Senhor, que direi, depois que Israel voltou as costas diante dos seus inimigos?
HSB בִּ֖י אֲדֹנָ֑י מָ֣ה אֹמַ֔ר אַ֠חֲרֵי אֲשֶׁ֨ר הָפַ֧ךְ יִשְׂרָאֵ֛ל עֹ֖רֶף לִפְנֵ֥י אֹיְבָֽיו׃
BKJ Ó Senhor, o que hei de dizer, quando Israel virar as costas diante dos seus inimigos?
LTT Ah, ó SENHOR! Que direi? Pois 1srael virou as costas diante dos inimigos dele (Israel)!
BJ2 Perdoa-me, Senhor! Que direi, agora que Israel voltou as costas diante dos seus inimigos?
VULG Mi Domine Deus, quid dicam, videns Israëlem hostibus suis terga vertentem ?

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Josué 7:8

Esdras 9:10 Agora, pois, ó nosso Deus, que diremos depois disso? Pois deixamos os teus mandamentos,
Habacuque 2:1 Sobre a minha guarda estarei, e sobre a fortaleza me apresentarei, e vigiarei, para ver o que fala comigo e o que eu responderei, quando eu for arguido.
Romanos 3:5 E, se a nossa injustiça for causa da justiça de Deus, que diremos? Porventura, será Deus injusto, trazendo ira sobre nós? ( Falo como homem.)

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

AS BATALHAS DE JERICO E AI/BETEL

A campanha militar que possibilitou que Israel entrasse na terra e a possuísse é, com frequência, chamada de "conquista bíblica", mas, na realidade, é uma série de quatro batalhas descritas no livro de Josué: (1) Jericó (Js6); (2) Ai/Betel (Is 7:8); (3) Gibeão-Maqueda (Js 9- 10); (4) Hazor (Is 11).
No entanto, a lista de todos os reis e territórios subjugados pelas forças de Josué (Js 11:16-23;
12) indica que houve mais do que apenas quatro batalhas, de maneira que as "narrativas da conquista" são necessariamente de natureza seletiva. Para inclusão no texto, essas quatro batalhas foram escolhidas a partir de uma gama maior de conflitos, porque tanto contêm informação histórica importante quanto servem de fundamento para a estratégia teológica global desenvolvida ao longo do livro de Josué.
O livro de Josué está organizado de uma forma que demonstra a autoridade e o poder de Deus legitimando a sucessão. Tal mensagem era urgentemente necessária, logo após a morte de Moisés. Os capítulos iniciais (1-5) contêm uma fórmula recorrente que é central nessa teologia. Algumas vezes o povo declarou a Josué: "Assim como em tudo obedecemos a Moisés, também obedeceremos a ti" (1.17; 4.14). Outras vezes Deus declarou a Josué: "Como estive com Moisés, assim estarei contigo" (1.5; 3.7; 6.27). E, tal qual seu predecessor, Josué recebeu a ordem: "Tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é santo" (5.15; cp. Êx 3.5). Antes de atravessar o rio Jordão para ocupar a terra a oeste, Josué havia preparado o povo emocional (1.10,11), estratégica (2.1-24), doméstica (5.4-7) e espiritualmente (5.2-7). E, de uma maneira que lembra seu mentor, Josué enviou homens para "investigar a terra" (2.1; cp. Nm 13:17).
No momento apropriado, Josué conduziu "em terra seca" uma nova geração pelas águas divididas (Js 3:17-4.18,22; cp. Ex 14:22-29; 15.19). Josué não apenas reproduziu a magnitude do milagre de seu predecessor, como também o fez precisamente na mesma época do ano (Js 4:19-23; cp. Ex 12:3). Tais ações lograram nada menos do que dar o reconhecimento a Josué e ressaltá-lo como o sucessor legítimo de Moisés. A travessia do Jordão aconteceu durante a época da colheita (Js 4:19 - "dia dez do primeiro mês"), quando o rio estava na fase da cheia (Js 3:15-4.18; 1Cr 12:15). Antes da construção de inúmeras barragens no século 20, durante a cheia na primavera, a profundidade do Jordão deve ter sido de aproximadamente 3 a 3,5 metros na altura de lericó e calcula-se que, nesse ponto, sua largura chegasse a 1,6 quilômetro.148 Nesse caso, o texto nos diz que as águas do Jordão foram represadas em Ada (T. ad-Damiyya), situada junto à margem oriental, a cerca de 42 quilômetros do mar Morto. Num local logo abaixo da confluência dos rios lordão e Jaboque, onde há limitação à largura do Ghor, sabe-se da ocorrência de deslizamentos de terra que bloquearam temporariamente a vazão do rio ° [v.comentário no cap. 1, p. 50-1].
Depois de atravessar o rio em segurança, os israelitas passaram a residir temporariamente em Gilgal (Js 5:8-12; 9.6; 10.6), um lugar que devia ficar bem próximo de Jericó (Js 4:19) e dos vaus do Jordão (2Sm 19:15). Qualquer que tenha sido o local do quartel-general temporário de Josué (T. el-Meffir?), não se deve confundi-lo com outra Gilgal, situada na região montanhosa de Samaria, talvez perto de Betel (2Rs 2:1-4).
Partindo de Gilgal, o povo de Israel realizou o primeiro de seus ataques: a conquista de Jericó. Embora a Jericó do Antigo Testamento (T. es-Sultan) cobrisse apenas 2,4 hectares, uma série de fatores fazia do lugar um alvo inicial atraente. A cidade tinha sido construída no maior e mais exuberante oásis de toda Canaa oriental, e a escassez de água naquela terra explica por que o local já estava ocupado em 9000 a.C. Além disso, Jericó estava estrategicamente localizada no cruzamento de pelo menos três estradas , proporcionando acesso latitudinal à região montanhosa de Betel e/ou Jerusalém e longitudinal ao vale de Jezreel e à Galileia. Jericó servia de porta de entrada para o leste, proporcionando controle efetivo sobre os vaus do Jordão e sobre a necessária ligação na retaguarda, com as planícies de Moabe. É possível que nem todos os soldados tenham atravessado o rio junto com Josué. Moisés havia aceitado o pedido das tribos de Rúben, Gade e Manassés do Leste, que desejavam ficar com a herança na Transjordânia, mas estipulou que todos os combatentes dessas tribos deveriam se juntar a seus irmãos nas batalhas que ainda aguardavam 1srael (Nm 32:29). Entretanto, quando Josué atravessou o rio, apenas uns 40 mil homens dessas tribos o acompanharam (Js 4:12-13).
A contagem de combatentes só das tribos de Rúben e Gade era de mais de 90 mil homens (Nm 1:20-21,24,25), mas a ideia de que quebraram a palavra dada a Moisés parece infundada à luz do cordial conselho que, mais tarde, Josué lhes deu (Js 22:1-9). Parece claro que alguns israelitas, em especial mulheres e crianças (Js 1:12-15; Dt 3:18-22), ficaram temporariamente para trás, em segurança. Aquelas pessoas devem ter proporcionado uma linha de suprimentos para as forças israelitas e, junto com seus rebanhos e manadas, devem ter necessitado da proteção militar dada por alguns dos combatentes de cada tribo. Deixar de capturar Jericó ameaçaria cortar essa linha de suprimentos.
Contudo, Josué saiu-se vitorioso em Jericó e, em seguida, voltou o olhar para a região montanhosa central. Ele decidiu empregar uma força menor para capturar a pequena cidade de Ai, que possivelmente era um posto militar avançado temporário de Betel, situado perto do lado leste da cidade (Js 7:2-8.12; cp. Gn 13:3-4). Historicamente, a Ai biblica tem sido situada em et-Tell, principalmente com base na localização mais segura de Betel (Beitin) e na descrição feita por Eusébio em seu Onomasticon 50 Todavia, et-Tell não revela nenhum indício de ocupação humana na época da conquista bíblica, de sorte que alguns estudiosos procuram situar Ai em outro lugar, seja em kh. Nisya, em Aiath ou em kh. el-MagatirIs. Conquanto não se possa rejeitar sem mais nem menos essas alternativas, não existe nenhum motivo convincente para acolher qualquer uma ou atribuir a uma delas uma aura de probabilidade.
Além de Ai, outros sítios mencionados junto com a ocupação israelita de Canaã e da Transjordânia também não apresentam indícios de ocupação humana à época em que Israel se fixou lá.
Em tais circunstâncias, uma abordagem sensata é suspender a decisão a respeito até que a arqueologia recupere mais dados ou até que outros dados mais decisivos estejam disponíveis.
Conforme diz o aforisma citado com frequência e consagrado pelo tempo: "Inexistência de prova não é prova de inexistência".
As forças menores enviadas para capturar Ai sofreram derrota amarga e foram registradas as primeiras baixas israelitas na conquista (Js 7:2-5). Depois da revelação e do tratamento do pecado de Aca (o motivo da derrota), Josué preparou uma estratégia sistemática para atacar Ai/Betel.
Primeiro, uma grande tropa de emboscada foi secretamente colocada entre Ai e Betel (Js 8:3-4). Vinda de Gilgal, é provável que essa força tenha assumido posição seguindo pelo uádi Qilt e pelo uádi Suweinit até o fim, o que os teria deixado imediatamente no sul de Betel, mas numa posição bastante escondida. Então, bem à vista dos moradores de Ai, Josué conduziu sua força principal para bem perto da cidade, passando a noite acampada ao norte de Ai, com uma ravina a separá-la da cidade (Js 8:10-11). Com uma descrição assim tão vívida da topografia, é possível identificar a rota tomada por Josué como o uádi Makkuk. Um dos braços principais desse sistema de uádis flanqueia o norte de et-Tell e, do alto do local, é possível ver, à distância, o uádi Makkuk em sua descida na direção de Jericó.
Na manha seguinte, a tropa de Josué fingiu uma retirada descendo o uádi na direção do vale do Jordão, mas não antes de uma pequena força de emboscada ter sido posicionada ao norte de Ai (Js 8:12-13). Supondo que a manobra fosse uma repetição da escaramuça anterior, o comandante de Ai ordenou a seus homens que perseguissem os israelitas uádi abaixo. Mas, quando Josué deu o sinal previamente combinado, as duas forças de emboscada saíram e atacaram. Betel e Ai, agora desprotegidas, foram forçadas a lutar em todas as frentes (Js 8:14-22). O resultado da manobra foi uma grande vitória para as tropas de Josué, plantando firmemente os pés dos israelitas no alto da Cadeia Montanhosa Central. Em algum momento depois dessa vitória, Josué conduziu o povo de Israel até Siquém, local flanqueado pelo monte Ebal ao norte e pelo monte Gerizim ao sul. De um modo que lembra o que aconteceu no monte Sinai (Ex 19:1-2), Josué construiu ali um altar de pedras brutas (Js 8:30; cp. Ex 20:25; Dt 27:5-6), ofereceu holocaustos e sacrifícios pacíficos (Js 8:31; cp. Ex 20:24) e oficialmente ratificou os termos da aliança mosaica com uma nova geração (Js 8:32-24:1-28; cp. Dt 27:1-26). De novo, Josué foi retratado como o sucessor legítimo de Moisés, o grande legislador. E, do ponto de vista geográfico, esse deslocamento de Betel para Siquém pressupõe outras atividades que devem ter sido inerentes à ocupação, embora a Bíblia não nos dê nenhum detalhe a respeito.
AS BATALHAS DE JERICO E AI/BETEL
AS BATALHAS DE JERICO E AI/BETEL

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Josué Capítulo 7 do versículo 1 até o 26
C. CONQUISTAS NA PALESTINA CENTRAL, Josué 7:1-9.27

1. O Episódio de Ai (Josué 7:1-8.
35)

  1. O povo de Deus é humilhado (7:1-5). E prevaricaram os filhos de Israel no anátema; porque Acã... tomou do anátema (1). Deve-se notar que todo o Israel é acusado de ter cometido uma prevaricação. Aconteceu aquilo que Josué advertira o povo a não fazer (6.26). A solidariedade do povo de Deus é sugerida aqui. A responsabilidade do indivíduo é vista no fato de que Acã logo se tornou um exemplo vivo do preceito que Moisés proclamara quando disse: "Porém sentireis o vosso pecado, quando vos achar" (Nm 32:23). Aquele que fazia o que Deus havia proibido cortejava a punição. Terríveis conseqüências seguiram-se a estes atos. A ira do Senhor se acendeu contra os filhos de Israel (1).

Sem saber da atitude de Acã, Josué enviou os espias mais uma vez (2). Ele era um oficial diligente em suas ordens. Josué sabia que um lugar estrategicamente localizado 33 como Ai ofereceria grande resistência. Quando foi avisado para levar dois mil ou três mil homens (3), Josué optou pelo número maior (4). Ele queria trabalhar com uma margem maior de força. Contudo, logo descobriu que a força militar, sem a assistência de Deus, seria o mesmo que derrota.

O pecado de Acã humilhou a todos aqueles que tinham algum relacionamento com ele, quer fosse direto ou indireto (4,5). O coração do povo se derreteu e se tornou como água (5) quando sentiu que o apoio de Deus fora retirado. Sua derrota o ajudou a perceber o quão dependente ele era do Senhor.

  1. O povo de Deus se reúne para orar (7.6,9). O que estes versículos revelam sobre Josué... e os anciãos de Israel (6) ? Será que eles realmente se humilharam diante do Senhor? Sua oração teria sido de lamento e depressão mais do que de humilhação e confissão? Revelava-se ali um espírito de impertinência? Este foi um tipo bastante co-mum de reação nos anos anteriores (cf. Êx 5:22-23; 14:11-12; Nm 11:11-15; 14.2,3; 20.3ss). Contudo, é a primeira vez que Josué se expressa assim. Teria se abalado a sua confiança na liderança do Senhor (7) ? Veja o comentário de 3.10 sobre a identidade dos amorreus.

Josué inferiu que o povo o decepcionara (8). Ele concluiu que os inimigos tinham alcançado o equilíbrio do poder. Eles nos cercarão e desarraigarão o nosso nome da terra (9). Veja o comentário de 3.10 sobre o significado de cananeus. Estes líderes de Israel estavam em grande desespero. Contudo, durante toda essa experiência de abati-mento, alguns raios de fé penetraram na escuridão. O próprio ato de orar sugere fé no poder divino. O reconhecimento de que o Senhor fizera passar a este povo o Jordão (7) reflete a fé num Deus que opera maravilhas. O fato de Josué ter reconhecido que Israel jamais deveria ter dado as costas aos seus inimigos sugere fé naquele que poderia dar a vitória. Sua preocupação pelo grande nome (9) de Deus é outro vislumbre de fé nesta hora escura. Com isso alguém dificilmente poderia dizer que a oração de Josué foi uma expressão de descrença, "mas foi simplesmente uma linguagem ousada de fé que luta com Deus em oração — fé que não conseguia compreender os caminhos do Senhor".'

  1. A resposta de Deus (7:10-15). Levanta-te!... Israel pecou (10,11). Independente-mente do mal que os ímpios ao redor pudessem pensar, dizer ou fazer, Deus insistia para que seu povo não pecasse. Esta geração deve se lembrar que simplesmente "ter o nome do Deus de Israel nunca foi uma garantia de proteção divina. Se o coração estivesse longe do Senhor, não se deveria esperar por sua bênção"." Deus não está interessado em que seu grande nome tenha um apoio apenas superficial. Aqueles que seriam conhecidos como seu povo não deveriam praticar o pecado. Qualquer programa de vida que se apro-ximasse da pecaminosidade seria uma afronta a Deus (12).

Josué descobriu que Deus não se esquecera de seu povo, mas, sim, Israel virara as costas ao Senhor. Israel pecou (11), quebrou o concerto, desobedeceu, roubou, apro-priou-se indevidamente e ocultou aquilo que não lhe pertencia. O povo que fizesse tais coisas não poderia subsistir perante os seus inimigos (12). Aqueles que persistissem em tais práticas não poderiam jamais ter Deus consigo. Josué precisou reconhecer que não tinha base para duvidar da fidelidade do Senhor. Ele deveria ser sábio e procurar a causa daquela calamidade entre o seu próprio povo.

Um raio de esperança na direção da reconciliação com Deus foi incluído na frase se não desarraigardes o anátema do meio de vós (12). Então o Senhor instruiu Josué de maneira mais específica em relação ao caminho da recuperação. Primeiramente, as pessoas deveriam se relacionar conscientemente com o Senhor e também se santificar (13). Elas deveriam se colocar numa posição na qual Deus pudesse lhes falar e, então, estariam prontas para obedecer a todas as instruções que Ele lhes desse. Segundo, as pessoas deveriam aceitar uma provação que faria com que elas tomassem uma posição. Deus revelaria a tribo, a família, a casa e, finalmente, o homem que for tomado com o anátema (15). Em terceiro lugar, tanto aquilo que fora tomado como aquele que reteve para si o que Deus havia proibido deveriam ser destruídos. Finalmente, a dupla nature-za do pecado deste homem deveria ser reconhecida: ele transgrediu o concerto do Senhor e fez uma loucura em Israel (15). O pecado de Acã fez com que 36 guerreiros escolhidos fossem mortos (7,5) ; sua famflia, sua tribo e sua nação foram humilhadas. Tal crime era incompatível com a honra de Israel como povo de Deus. A justiça precisava ser feita e, portanto, ele deveria morrer.

  1. O culpado é encontrado (7:16-21). Josué agiu tão logo entendeu a vontade do Senhor (16). A maneira pela qual as tribos das famílias foram selecionadas não é clara-mente apresentada. A prática de "lançar sortes" era um método conhecido de determinar opções (cf. Js 18:10 e Nm 33:54). O conceito básico dessa prática é expresso nas palavras: "A sorte se lança no regaço, mas do Senhor procede toda a sua disposição" (Pv 16:33). O uso de sortes era dirigido pela convicção de que a influência divina controlava o resultado. Isto significava que o resultado obtido com a sorte coincidia com a vontade de Deus. Zera (17) era filho de Judá (Gn 38:29-30).

Dá, peço-te, glória ao Senhor, Deus de Israel (19). A confissão do pecado sempre traz glória a Deus e benefício aos homens.

Acã coloca-se diante de toda a congregação de Israel como um homem condenado. Até esse ponto, Deus usara o lançamento de sortes para encontrar este homem. Agora, ele confirma a descoberta do Senhor por meio de sua própria confissão (20,21).
Essa confissão revela três passos bastante conhecidos que levam à ruína: Acã (1) viu, (2) cobiçou e (3) pegou o que não era dele. Isto também revela que ele usava um método inadequado de lidar com o pecado: tentou escondê-lo (21).

e. As conseqüências do pecado (7:22-26). Certamente Acã descobriu que o pecado é uma emoção passageira. Houve a emoção de obter alguma coisa secretamente. Ele teve a emoção de conhecer uma coisa que os outros não conheciam. Ele teve a emoção de ser procurado. Finalmente, chegou a emoção de ser o centro das atenções, de ser "a manche-te do dia". Há pessoas dispostas a trocar suas vidas por essas compensações.

Mas a emoção teve vida curta. O que ele fizera foi logo descoberto por todos. O que ele havia escondido foi rapidamente manifesto a toda a sua nação. Aquilo que ele consi-derou valioso mostrou-se impotente para ministrar-lhe. Aquilo do que ele teve orgulho tornou-se sua vergonha. Sua alegria transformou-se em tristeza. Sua emoção momentâ-nea terminou numa morte violenta. Com ele pereceu tanto aquilo que ele havia roubado quanto o que era legitimamente seu. Ele recebeu o salário do pecado. Ele se foi "sem deixar de si saudades" (2 Cr 21.20).

Este evento evidencia o princípio de que somente aqueles que vivem vidas submis-sas diante de Deus recebem ajuda do Senhor. Alexander Maclaren observou corretamente que "as vitórias da igreja são alcançadas muito mais por sua santidade do que por seus talentos ou pelo poder de mente, cultura, riqueza, eloqüência ou similares. Suas conquis-tas são as conquistas de um Deus que habita nela". " Acã recusou-se a se submeter ao plano de Deus. Ele carecia da santidade que daria permanência ao seu programa de vida.

O fato de que "nenhum de nós vive para si e nenhum morre para si" (Rm 14:7) é ilustrado pela vida de Acã. Um homem pode contaminar uma comunidade tanto para o bem como para o mal. Paulo dá a essa idéia um cuidadoso desenvolvimento em sua carta aos coríntios. Ele conclui: "De maneira que, se um membro padece, todos os mem-bros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele" 1Co 12:26).

A vida de Acã também nos ensina que o pecado nunca está oculto aos olhos de Deus. O Senhor sabe o que os olhos vêem, o que o coração deseja e o que os dedos manipulam. Ele também sabe dos inúteis esforços do homem de tentar enganá-lo. Mais cedo ou mais tarde, um ser humano deverá encarar seus atos e prestar contas de todos eles.
Outra verdade importante é encontrada no fato de que, assim que o pecado foi expi-ado, a porta da esperança se abriu. O povo sentiu mais uma vez a segurança de que poderia avançar. Esta verdade continua em ação. Aquele que aceita o sacrifício de Cristo pelo pecado imediatamente olha para a vida com esperança e segurança.
Este parágrafo não quer dizer necessariamente que a família de Acã foi apedrejada. As palavras do versículo 25 são notadamente vagas em relação a este assunto. O pronome plural os poderia estar se referindo às posses de Acã. Contudo, a verdade central é que sua vida e sua morte realmente tiveram uma influência perturbadora sobre toda a nação. Vale de Acor (24) significa "Vale da Desgraça". Até ao dia de hoje refere-se ao tempo em que viveu o autor.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Josué Capítulo 7 do versículo 1 até o 26
*

7.1-26

Se Raabe, a cananéia que encontrou misericórdia, é uma história da graça de Deus em meio ao seu julgamento (6.25), a história de Acã é uma história da santidade de Deus, da qual ninguém deve abusar (24.19; Nm 17:11-13; Hb 10:30,31). Este sétimo capítulo de Josué relata o primeiro caso de desobediência na Terra Prometida, um episódio funesto à luz da história que se segue (2Rs 17:7-20) e uma ocasião que nos faz relembrar o terceiro capitulo de Gênesis (v. 21, nota). O incidente e a lição dali derivada, para Israel, são relembrados em 22:18-20.

* 7:1

os filhos de Israel. Embora o delito tivesse sido cometido por um só homem, todo o povo de Israel foi envolvido e afetado (ver o v. 11; 22.18). Os fatos declarados no v. 1 só gradualmente vieram a tornar-se conhecidos dos israelitas.

coisas condenadas. Ver 6.18; nota em 6.17.

A ira do SENHOR. A ira do Senhor é a sua hostilidade justa e pessoal contra o mal. Diferente da antigas concepções pagãs da ira divina, na Bíblia a ira de Deus nunca é arbitrária ou caprichosa. Ela faz parte da mensagem tanto do Novo Testamento quanto do Antigo Testamento (Mt 3:7; Jo 3:36; Rm 1:18; Cl 3:6; 1Ts 1:10; Hb 10:26-31 e Ap 6:16).

* 7.2-5

Em contraste com as histórias sobre os espias (cap.
2) e sobre a conquista de Jericó (cap. 6), Israel agora estava sob a ira de Deus, e o resultado seria diferente.

* 7:2

de Jericó... a Ai. O movimento foi para oeste, e para o centro da região montanhosa.

Bete-Áven. Esse nome significa "casa do nada", ou "casa da iniqüidade". O nome pode ter sido usado zombeteiramente contra Betel (conforme se vê em Os 4:15 e 10.5).

* 7:3

Não suba todo o povo. Ver o contraste com o relatório trazido pelos espias, em 2.24.

* 7:5

trinta e seis. O número das mortes não foi grande. O temor e o desânimo dos israelitas eram devidos mais à ira do Senhor do que à escala humana da derrota.

o coração do povo se derreteu. A desobediência em Israel representou um grande retrocesso. Agora os israelitas encontram-se na situação dos cananeus, conforme se vê em 2.11 e 5.1.

* 7:6

rasgou as suas vestes... deitaram pó sobre a cabeça. Essas eram expressões convencionais de tristeza (1:20; 2:12). A causa da tristeza foi o aparente fracasso das promessas da Aliança, cujo símbolo era a arca. Ver notas em 3.3,17; 4.16. A oração de Josué (vs. 7-9) apelaria para aquelas promessas. Ver nota em 10.6.

* 7.7-9

Josué orou em favor de Israel, tal como Moisés tinha feito em circunstâncias parecidas (conforme 13 4:14-19'>Nm 14:13-19).

* 7:7

por que... Essa pergunta veio dos lábios daqueles que descobriram que sua experiência contrastava com sua compreensão das promessas de Deus. Pode ser que essa pergunta expressasse uma atitude rebelde (como se vê em Nm 14:3), mas também pode exprimir uma verdadeira fé perplexa diante das circunstâncias (conforme Sl 22:1).

amorreus. Ver nota em 2.10.

* 7:9

Ouvindo isto. Ver nota em 9.3.

o nosso nome. A promessa feita a Abraão incluía um "grande nome" (Gn 12:2). A oração de Josué estava baseada nas promessas de Deus.

teu grande nome? A reputação de Deus estava em jogo (Êx 32:12; 13 4:14-16'>Nm 14:13-16; Ez 36:16-23).

* 7:11

Israel. A unidade corporativa de Israel foi salientada por todo este capítulo. O pecado de um homem (v. 15) trouxe culpa a toda a comunidade da qual ele fazia parte (22.18).

violaram a minha aliança. Temos aqui uma outra indicação da natureza do pecado. O conceito da aliança de Deus inclui a fidelidade às suas promessas, bem como as conseqüentes obrigações do povo de Israel, que havia recebido as promessas. Ver nota em 3.3. Tratava-se da aliança de Deus porque ele havia imposto as suas condições.

coisas condenadas. Ver 6.18; nota em 6.17.

* 7:12

se fizera condenado. A causa da derrota de Israel em Ai não fora uma falha nas promessas de Deus (7.6, nota), mas, sim, a desobediência.

já não serei convosco. O terrível retrocesso de 1.5 leva a primeira metade do capítulo 7 a um clímax; e a segunda metade trará as palavras "enquanto não eliminardes do vosso meio as coisas condenadas".

* 7:13

santifica. Ver nota em 3.5. Em contraste ao cap.3, esta é uma preparação para os israelitas serem julgados por Deus.

* 7:14

que o SENHOR designar. O procedimento pode ter sido através do Urim e do Tumim (Êx 28:30, nota).

* 7:15

loucura em Israel. O ato de Acã foi uma ação contrária à natureza de Israel como o povo em relação pactual com Deus, e, portanto, um ato de loucura. Em outros lugares, essa expressão é usada para indicar perversões sexuais, proibidas em Israel (Gn 34:7; Dt 22:21; Jz 20:6,10; 2Sm 13:12; Jr 29:23).

* 7:20

pequei. Ver nota no v. 11.

* 7:21

Vi... cobicei-os e tomei-os. Pode haver aqui uma alusão a Gn 3:6, onde esses três verbos ocorrem na mesma ordem. O padrão do jardim do Éden foi repetido na Terra Prometida; nem bem o dom de Deus havia sido dado e os recebedores já desejaram aquilo que fora proibido, e tomaram do mesmo.

* 7:23

perante o SENHOR. Isto é, presumivelmente diante da arca. Ver nota em 6.8.

* 7:24

tudo quanto tinha. A misericórdia de Deus para com Raabe estendeu-se à sua família (6.23), e a punição de Acã atingiu a família dele.

*

7:26

apagou o furor da sua ira. A ira de Deus, sendo justa, cessa quando o pecado é resolvido. Isso é fundamental para o ensino do Novo Testamento de que a morte de Cristo é um sacrifício expiatório ou propiciatória (Rm 3:25,26).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Josué Capítulo 7 do versículo 1 até o 26
7:1 "O anátema" se refere a todas as vestimentas, ganho e outro bota de cano longo que Deus disse ao Israel que devesse destruir quando conquistasse Jericó (veja-se 6:16-19). O problema não era que eles tivessem encontrado um bom uso para algo que de todos os modos seria descartado. tratava-se de uma séria ofensa dado que tinham desafiado uma ordem explícita do Senhor (veja-se Dt 20:16-18).

7.1ss Note os resultados do pecado do Acán: (1) muitos homens morreram (7.5). (2) O exército do Israel se paralisou de temor (7.5). (3) Josué questionou a Deus (7.7-9). (4) Deus ameaçou retirando sua presença do povo (7.12). (5) Acán e sua família tinham que ser destruídos (7.24-26).

Quando o Israel eliminou o pecado de sua comunidade, estes foram os resultados: (1) palavras alentadoras de Deus (8.1). (2) A presença de Deus na batalha (8.1). (3) A direção e promessa de vitória por parte de Deus (8.2). (4) A permissão de Deus para guardar o bota de cano longo e o gado da batalha para eles mesmos (8.2). Através da história do Israel, houve bênções quando o povo eliminou o pecado. A gente experimenta vitória quando elimina o pecado de sua vida e segue, de todo coração, o plano de Deus.

7:6 Josué e os anciões romperam seus vestidos e jogaram pó sobre suas cabeças como sinais de um luto profundo diante de Deus. Estavam confundidos pela derrota na pequena cidade do Hai depois da vitória espetacular do Jericó. portanto se apresentaram diante de Deus em grande humildade e tristeza para receber suas instruções. Quando nossas vidas se desmoronam, nós também devemos nos voltar para Deus em busca de ajuda e direção. Como Josué e os anciões, devemos nos humilhar diante de Deus para que possamos ouvir sua Palavra.

7:7 Quando primeiro Josué saiu contra Hai (7.3), não consultou a Deus mas sim dependeu da força de seu exército para derrotar a pequena cidade. Só depois da derrota do Israel decidiu procurar deus e lhe perguntar o que tinha passado.

Muitas vezes dependemos de nossas próprias habilidades e força, sobre tudo quando a tarefa que temos parece fácil. Procuramos deus só quando os obstáculos parecem muito grandes. Entretanto, só Deus sabe o que temos por diante. Uma consulta com O, mesmo que todo vá bem, pode nos salvar de graves enganos ou más decisões. Pode que Deus queira que aprendamos certas lições, despojemo-nos de certo orgulho ou consultemos a outros antes de trabalhar através nosso.

7.7-9 Imagine orar a Deus desta maneira. Esta não é uma oração formal de igreja. É a oração de um homem que tem medo e está confundido pelo que está acontecendo a seu redor. Josué lhe expressou seus verdadeiros sentimentos a Deus. Se esconder suas necessidades de Deus, está ignorando ao único que realmente lhe pode ajudar. Deus recebe suas orações sinceras e deseja que lhe expresse seus verdadeiros sentimentos. Qualquer crente pode voltar-se mais sincero na oração ao recordar que temos um Deus que é onisciente (tudo sabe) e onipotente (tudo o pode) e que seu amor dura para sempre.

7.10-12 por que trouxe castigo sobre toda a nação o pecado do Acán? Embora foi o enguiço de um homem, Deus o viu como uma desobediência nacional a uma lei nacional. Deus exigia que toda a nação se comprometesse à tarefa que tinha prometido cumprir: conquistar a terra. Por isso, quando uma pessoa falhou, todos falharam. Se o pecado do Acán não tivesse sido castigado, teria se desatado um saque ilimitado. A nação como entidade coletiva tinha que acautelar essa desobediência.

O pecado do Acán não foi o simples ato de guardar algo do bota de cano longo (que Deus permitia em alguns casos), a não ser a desobediência ao mandato explícito de Deus de destruir todo o relacionado com o Jericó. Seu pecado foi a indiferença à maldade e idolatria da cidade, não simplesmente o desejo de ter mais dinheiro. Deus não voltaria a proteger ao exército do Israel até que se eliminasse o pecado e este voltasse a lhe obedecer sem reservas.

Deus não se conforma com que façamos o bom algumas vezes. A deseja que todos nós façamos o bom sempre. Estamos sob suas ordens para eliminar todo pensamento, prática ou posse que entorpeça nossa devoção a Deus.

7:13 "Lhes santifique" significava que os israelitas tinham que realizar os ritos de purificação que se mencionam em 3.5, quando se preparavam para cruzar o Jordão. Tais ritos preparavam ao povo para aproximar-se de Deus e lhes faziam recordar constantemente o pecado deles e a santidade do.

7:24, 25 Acán subestimou a Deus e não tomou seus mandatos a sério (6.18). Pode haverparecido insignificante ao Acán, mas os efeitos de seu pecado foram sentidos por toda a nação, sobre tudo sua família. Como Acán, nossas ações afetam a mais pessoas, além de nós mesmos. Cuidado com a tentação de racionalizar seus pecados, dizendo que são muito pequenos ou muito pessoais para afetar a alguém mais que a você.

7.24-26 por que pagou toda a família do Acán por seu pecado? A narração bíblica não nos diz se foram cúmplices no delito. Mas na antigüidade, tratava-se à família como uma unidade. Acán, como cabeça da família, era como um chefe tribal. Se prosperava, a família prosperava com ele. Se sofria, eles também. Muitos israelitas já tinham morrido na batalha como resultado do pecado do Acán. Este tinha que ser totalmente eliminado do povo do Israel.

Toda sua família tinha que ser apedrejada junto com ele, para que não ficasse nenhum rastro do pecado no Israel. Em nossa cultura individualista, custa-nos trabalho entender tal decreto, mas nas culturas antigas era um castigo usual. O castigo encaixava com o delito: Acán desobedeceu o mandato de Deus de destrui-lo tudo no Jericó, portanto tudo o que pertencia ao Acán seria destruído. O pecado tem conseqüências drásticas, assim devemos tomar medidas drásticas para evitá-lo.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Josué Capítulo 7 do versículo 1 até o 26
B. ATAQUE CONTRA AI (7: 2-8: 29)

Quando Josué partiu para capturar Ai ele estava cheio de inspirado pela conquista de Jericó confiança, mas ele estava muito magoado e chocado com derrota em Ai.

1. Sem êxito First Assault (7: 2-9)

2 Josué enviou de Jericó alguns homens a Ai, que está junto a Bete-Aven, na zona leste de Betel, e falou-lhes, dizendo: Sobe e espiar a terra. E os homens subiram e espiaram Ap 3:1 E voltaram a Josué, e disse-lhe: Não suba todo o povo para cima; subam uns dois ou três mil homens, e destruam a Ai; fazer nem todas as pessoas que trabalham lá; . para eles, mas são poucos 4 Assim, subiram lá do povo cerca de três mil homens; e eles fugiram diante dos homens de Ap 5:1 E os homens de Ai feriram deles uns trinta e seis homens; e eles os perseguiram desde a porta até Sebarim, e feriu-nos na descida; eo coração do povo se derreteu e se tornou como água.

6 Então Josué rasgou as suas vestes, e se prostrou com o rosto em terra diante da arca do Senhor até a tarde, ele e os anciãos de Israel; e deitaram pó sobre as suas cabeças. 7 E disse Josué: Ah, Senhor Deus, por que fizeste a todos a este povo o Jordão, para nos entregar nas mãos dos amorreus, para nos fazeres perecer? Oxalá tivéssemos sido conteúdo e habitavam além do Jordão! 8 Oh, Senhor, o que devo dizer, depois que Israel virou as costas diante dos seus inimigos? 9 Pois os cananeus e todos os habitantes da terra vai ouvi-lo, e nos cercarão e cortou o nosso nome da terra; e o que tu queres fazer por teu grande nome?

A conquista de Jericó tinha sido uma promessa de sucesso no futuro. No entanto, a presença graciosa, poderosa do Senhor levando à vitória foi condicionada à obediência continuada de cada israelita.

O avanço de Josué contra Ai foi até a inclinação íngreme do vale do Jordão para o planalto ocidental. Soldados de Ai atacado, e Israel caiu desmoralizado e derrotado.

A derrota criou pânico entre os israelitas, e grito angustiado de Josué revelou a sua própria fé vacilante: Oh, Senhor, o que devo dizer, depois que Israel virou as costas diante dos seus inimigos ... e o que tu queres fazer por teu grande nome!? (vv. Js 7:8 , Js 7:9 ).

2. Achan Descoberto (7: 10-26)

10 Então disse o Senhor a Josué: Levanta-te! Por isso, pois, és caído sobre o rosto? 11 Israel pecou; sim, eles têm mesmo transgrediram a minha aliança que lhes tinha ordenado; sim, e até tomaram do anátema, e também furtaram, e também; e eles têm até mesmo colocá-lo entre a sua bagagem. 12 Por isso os filhos de Israel não puderam subsistir perante os seus inimigos; viraram as costas diante dos seus inimigos, porque eles se tornaram malditos: Eu não vou ficar com você mais, a menos que vos destruir o anátema do meio de vós. 13 cima, santifica o povo, e dize: Santificai-vos para amanhã: Pois assim diz o Senhor, o Deus de Israel, há uma coisa consagrada no meio de ti, ó Israel; tu não podes estar diante de teus inimigos, enquanto não tirares o anátema do meio de vós. 14 Na parte da manhã, portanto, sereis levados perto de suas tribos: e será que, a tribo que o Senhor tomar se chegará perto pelas famílias; e da família que o Senhor tomar se chegará perto pelas famílias; e as famílias que o Senhor tomar se chegará homem pelo homem. 15 E será que aquele que for tomado com o anátema, será queimado no fogo, ele e tudo o que tem; porquanto transgrediu o pacto do Senhor, e porque ele fez uma loucura em Israel.

16 Então Josué se levantou de madrugada, e fez chegar Israel segundo as suas tribos; e da tribo de Judá foi tomada: 17 e ele trouxe perto da família de Judá; e ele levou a família dos zeraítas, que fez perto da família do homem zeraítas pelo homem; e foi tomado Zabdi 18 e ele trouxe perto de sua casa, homem por homem; e Achan, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zera, da tribo de Judá, foi tomada. 19 Então disse Josué a Acã: Filho meu, dá, peço-te, glória ao Senhor, o Deus de Israel, e faze confissão perante ele; e diga-me agora o que fizeste; escondê-lo não de mim. 20 Respondeu Acã a Josué, e disse: Em verdade eu pequei contra o Senhor, o Deus de Israel, e, assim, e, portanto, o que fiz: 21 quando vi entre os despojos uma babilônica manto, duzentas moedas de prata, e uma cunha de ouro do peso de cinqüenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e, eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, ea prata debaixo da capa.

22 Então Josué enviou mensageiros, que foram correndo à tenda; e eis que tudo estava escondido na sua tenda, ea prata debaixo da capa. 23 E, tomando-os do meio da tenda, e as trouxeram a Josué, e todos os filhos de Israel; e as puseram perante o Senhor. 24 Então Josué e todo o Israel com ele tomaram Acã, filho de Zera, ea prata, ea capa, ea cunha de ouro, e seus filhos, e suas filhas, e seus bois , e os seus jumentos, e suas ovelhas, e sua tenda, e tudo o que tinha, e traziam-los até o vale de Acor. 25 E disse Josué: Por que nos tens incomodado? Jeová serás problemas neste dia. E todo o Israel o apedrejou; e os queimaram a fogo, e os apedrejaram com pedras. 26 E levantaram sobre ele um grande montão de pedras, até o dia; e Jeová se apartou do ardor da sua ira. Por isso o nome daquele lugar foi chamado o vale de Acor, até ao dia.

Achan violou o mandamento do Senhor para dedicar tudo em Jericó ao Senhor (v. Js 7:11 ). Nada era para ser de uso Ct 1:1 ). Achan, em uma paixão da cobiça, tinha permitido a cobiça ao invés de obediência a controlá-lo. Ele veio primeiro e segundo Deus. Esta prioridade egoísta tinha expulsado o primeiro casal do Éden, e trouxe julgamento sobre assustadora Achan. Ele, tomando da coisa que foi proibido, trouxe-se sob a proibição. Ele morreu pelas pedras arremessadas por seus irmãos israelitas. Aquele que perturbou Israel foi deixado novale de Acor, que significa "preocupante" (vv. Js 7:25 , Js 7:26 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Josué Capítulo 7 do versículo 1 até o 26
A estratégia militar de Josué era atra-vessar Canaã e dividir a terra, inician-do com Jerico e continuando com Ai, Betei e Gibeão. Depois, ele conquis-taria as cidades do sul e completaria sua conquista ao derrotar as cidades do norte. Entretanto, ele sofreu um revés em Ai e foi enganado pelos lí-deres de Gibeão.

  1. A desobediência de Acã (7)
  2. Derrota (vv. 1-5)

Deus deixara claro que as coisas de Jerico deviam ser "consagradas", ou dedicadas, a ele e ir para seu tesou-ro (6:18-19), mas Acã desobedeceu a essa lei. E possível que Josué tenha sido tão apressado em seu ataque a Ai que não esperou pela orientação do Senhor. Além disso, ele agiu de acordo com a sugestão dos espiões, em vez de com a Palavra de Deus. Posteriormente, o Senhor rejeita o plano dos espiões (compare 7:3 Ct 8:1). Esses versículos sugerem uma confiança excessiva: Jerico fora arruinada por Israel, e este estava confiante de que conquistar a cida-de menor de Ai seria uma "moleza". A autoconfiança, a confiança na sa-bedoria humana, a impaciência, a falta de oração e o pecado secreto estavam por trás da derrota de Israel em Ai.

  1. Desencorajamento (vv. 6-9)

O coração dos judeus derreteu-se (v.

  1. , em vez de isso acontecer com o coração dos inimigos Dn 2:11). Josué e os anciãos passaram todo o dia em oração diante da arca, e Josué até queria "voltar" e acomodar-se com a herança do outro lado do Jordão! Entretanto, observe que Josué estava mais preocupado com a glória de Deus e com o testemunho de Israel diante das nações pagãs que com o desencorajamento da derrota. De-monstra-se a marca da verdadeira espiritualidade quando é a glória de Deus que motiva a vida do servo.
  2. Descoberta (vv. 10-18)

Deus falou com severidade a seu ser-vo: "Levanta-te! [...] Israel pecou". É claro, apenas um homem pecara, mas isso envolvia toda a nação (v. 1-2; 1Co 12:12ss). É uma verdade solene que a desobediência de uma pessoa pode causar dor e abatimento a toda uma nação, família ou igreja. Acã achou que poderia esconder seu pecado, mas Deus viu o que ele fez. E Deus, porque "coisas condenadas" estavam no acampamento, não po-dia estar com seu povo. Isso causou a derrota deles em Ai. Talvez Josué e o sumo sacerdote usaram o Urim e o Tumim para determinar o culpa-do (Êx 28:30) ou lançaram a sorte. "Sabei que o vosso pecado vos há de achar" (Nu 32:23). Acã foi desco-berto, e seu pecado, exposto.

  1. Destruição (vv. 19-26)

Acã confessou: "Verdadeiramente, pequei", e explicou: "quando vi [...] uma boa capa babilônica [...] tomei" as coisas de Jerico (veja Gn 3:6). Sem dúvida, a família dele sa-bia sobre o roubo e compartilhava seu pecado. Todos eles tinham de ser julgados por seu pecado; portan-to, o povo levou-os ao vale e os ape-drejou. Chamou-se o local de "vale deAcor" (problema) como lembran-ça do problema que Acã trouxe para o povo. Oséias2:15 promete que Deus fará do vale de Acor a "porta de esperança" para os judeus. Com certeza, Israel tem estado no "vale de problema", porque rejeitou Cris-to, mas um dia se voltará para ele e terá esperança.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Josué Capítulo 7 do versículo 1 até o 26
7.1 A ira do Senhor se acendeu. Acã, que quer dizer "turbulento", tomou a coisa anátema (cherem) e todo o Israel sofreu. A unidade de Israel era tão importante aos olhos de Deus que o pecado de Acã envolveu a nação toda (conforme At 5:3).

7.2 Betel, isto é, "Casa de Deus”.

7.12 Já não serei convosco, se não. No v. 7 Josué fez uma pergunta de um tal modo, que culpava a Deus pelos problemas de Israel, pela derrota sofrida. O verso 10 mostra que esta não era ocasião para orar, mas sim, para obedecer ao mandamento de Deus! "Israel pecou, e violaram a... aliança" (11). Agora, neste estado de desobediências a nação estava sujeita à destruição, como as nações ao redor dela. E em: desobediência a Deus, o povo não pedia receber suas bênçãos. Assim, o santo Deus não podia ser com eles se não se purificassem (conforme 1Pe 1:13-60).

7.13 Santificai-vos. Israel estava contaminado pela desobediência.

7.14 Por sorte. A "sorte", heb goral, derivado da raiz que significa "rolar"" era uma pedra preta ou branca. Várias delas se guardavam numa caixa, e a cor da pedra que era tirada, numa determinada ocasião, estabelecia as respostas "sim" ou "não". Daí a expressão "sair a sorte", 18.11; 19.1. Considerava-se que a sorte era o método indicado para abafar o raciocínio humano em favor da soberania de Deus, veja Pv 16:33 com a nota Na Bíblia, descreve-se este processo para dividir Canaã entre as tribos, Nu 26:55; para distribuir despojos de guerra, Os 3:3; Na 3:10; para apontar os culpados, 1Sm 14:42; Jo 1:7, para escolher heróis, Jz 20:10; para nomear oficiais, Lv 16:8; 1Sm 10:19; At 1:26.

7.15 Aquele... queimado... e tudo quanto tiver. É provável que todos os membros da família de Acã tiveram alguma parte nesta desobediência ao mandamento de Deus, e por isso todos seriam punidos.

7.16 Caiu a sorte. Era costume em Israel e em outras nações. (Js caps. 15 e 19; Mt 27:35) e blasfêmia (1Rs 21:10; At 7:59).

7.26 O vale de Acor. No heb a palavra "akaP significa "perturbar". Tanto o nome do vale como o do homem (Acã) são relacionados com esta palavra. É o vale da perturbação. Em 1 Ct 2:7 Acã (Acar) é chamado "o perturbador de Israel".


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Josué Capítulo 7 do versículo 1 até o 26
g)    O pecado de Acã (7.1)
Agora vemos (1) o pecado secreto sendo repreendido abertamente; (2) o pecado de um homem envolvendo toda a comunidade.
Deve ser assim se a comunidade é verdadeiramente santa, senão a graça de Deus seria escarnecida. O verbo ‘al é usado quase exclusivamente para se referir a infidelidade (a Deus; ou no casamento, Nu 5:12).

h)    Primeiro ataque contra Ai (7:2-15)

Ai: para avaliar um resumo da controvérsia que surge da ausência de vestígios da idade do bronze tardio, v. J. Callaway, JBL 87 1968), p. 312-20; PEQ 102 (1970), p. 4244. Parece que o alvo de Josué pode ter sido um assentamento da idade do ferro dentro dos muros da cidade antiga (“eles são poucos”, v. 3). No entanto, D. Livingston (WTJ

33.1, 1970, p. 20-44) reabriu a questão do sítio arqueológico de Betei (e portanto de Ai); v. o mapa. perto de Bete-Aven: o local habitado mais próximo na época em que foi escrito o livro; conforme 1Sm 13:5; mais tarde, foi associado a Betei, Dn 4:15. v. 5. Sebarim ou “pedreiras” (nota de rodapé da NVI): quase certamente, pedreiras nos despenhadeiros perto de Ai. Não há sugestão de que tenha sido a confiança exagerada (v. 3) o motivo do revés, mas ela conduziu a trevas maiores. Se pensamos que a reação foi exagerada (v. 7-9), é bom analisarmos a forma em que nós mesmos enfrentamos decepções. No entanto, Josué não podia aceitar isso como “ossos do ofício”; a essa altura, o fracasso só podia significar que o Senhor tinha retirado o seu apoio.

i)    Acã é condenado e executado (7.16
26)

mandou [...] virem à frente-, supostamente por meio de representantes das tribos e clãs. v. 19. para a glória do Senhor: A NTLH traz “confesse a verdade”; mas “dar glória”, o significado comum, é apropriado aqui; conforme SL

50.23. v. 21. Babilônia-, algumas versões trazem “Sinear” (BJ); talvez leiam s‘r, “de lã” (Gray, ad loc.); mas a Babilônia era uma região de tecelagem de lã. v. 24. a prata etc.: nem isso é encaminhado ao tesouro; tudo é lançado fora como impuro, e nenhum israelita pode tirar vantagem com a perda de Acã. A severidade do castigo é proporcional ao sentimento da realidade da presença de Deus com Israel (conforme At 5; 1Co 5:0). depois-, inferido. A RSV segue o hebraico. A execução com fogo priva do sepultamento comum e expressa horror especial pelo pecado (Lv 20:14; 21:9). apedrejou também os seus: conforme 22.20: “não foi o único que morreu”. Assim como o homem era responsável pelas ações da sua casa, os integrantes da família eram cúmplices do crime dele.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Josué Capítulo 6 do versículo 6 até o 29

B. A Campanha Central. 6:6 - 8:29.

Primeiro Jericó no Vale do Jordão, depois Ai na cadeia central de montanhas.


Moody - Comentários de Josué Capítulo 7 do versículo 1 até o 26

Js 7:1). Escavações francesas (1933-1
935) em et-Tell, o local geralmente identificado com Ai, revelaram um intervalo (cerca de 2000-1200 A-C-j em sua ocupação, indicando que et-Tell não estava ocupada quando Josué entrou em Canaã. Aparentemente a evidência de et-Tell favorece sua identificação como Bete-Áven, casa da idolatria, pois templos pagãos se encontravam no seu ponto mais alto no terceiro milênio; e no tempo de Saul existia ali uma pequena povoação, talvez desde o décimo quarto século, período em que viveu o escritor de Josué (cons, Js 18:12; 1Sm 13:5; 1Sm 14:23). Mais tarde, Oséias aplicou o nome de Bete-Áven à vizinha Betel (Os 4:15; Os 5:8 ; Os 10:5 ). Provavelmente et-Tell não deve ser identificada com Ai. As antigas ruínas de Ai podem muito bem jazer sob a atual povoação de Deir Dibwan logo a sudeste de et-Tell. Aiate (Is 10:28) surgiu mais tarde, em Quirbete Haiã, menos de uma milha ao sul de Deir Dibwan e foi a Ai pós-exílica ou Aija (aramaico; Ed 2:28; Ne 7:32; Ne 11:31). Seja qual for a sua exata localização, nos dias de Josué foi uma cidade fortificada, separada de Betel, com o seu próprio rei. Era lugar de estratégica importância dominando a rota principal de Gilgal à região de Betel.

Este capítulo revela como a fé de um grupo do povo de Deus pode ser solapada e estropiada pelos efeitos contaminantes de um compromisso secreto da parte de apenas um único membro. O pecado espreita à sombra da vitória da fé ; como fermento, logo contamina tudo. Vemos também Josué como o guia espiritual que obteve a confissão do pecador com um misto de doçura e severidade (Js 7:19, Js 7:20), para que a nação pudesse repudiar o pecado e fica livre do anátema que repousava sobre ela.


Moody - Comentários de Josué Capítulo 7 do versículo 6 até o 9

6-9. Como um grande general, Josué ficou desanimado com tal desmoralização logo no começo da guerra. Momentaneamente esquecendo-se de sua própria autoridade (Js 1:5), temeu que Deus tivesse abandonado Israel. Mais que tudo, temia o reavivamento da esperança entre os cananitas e a desonra para o caráter de Deus (cons. Js 4:24; Nu 14:15,Nu 14:16; Dt 9:28).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Josué Capítulo 7 do versículo 1 até o 26
Js 7:1

2. O DESASTRE DE AI E O PECADO DE ACÃ (Js 7:1-6). Ficava a cidade de Ai situada numa pequena elevação a ocidente de Jericó, perto de Betel, e constituída o próximo objetivo dos israelitas, que nem de longe sonhavam o revés que os aguardava. O primeiro versículo dá-nos conta do que foi esse desastre numa simples palavra: "Prevaricaram" (1), ou "procederam infielmente" porque violaram o pacto realizado.

A conselho dos espias enviados por Josué a explorar o território inimigo, apenas uma parte do exército foi utilizada no ataque à cidade, embora não fosse este o motivo que o levou a ser repelido. O certo é que, a uma arremetida da guarnição que os perseguiu encosta abaixo, os israelitas tiveram de retirar, não sem deixar no campo trinta e seis dos seus combatentes. E o coração do povo se derreteu (5). É a mesma expressão usada em Js 2:11 acerca dos inimigos de Israel. A causa não era apenas a derrota e a perda dalguns soldados, mas antes o terrível receio de perder o auxílio de Jeová (7). Josué, por sua vez, devia temer que uma nova onda de entusiasmo e até de furor viesse apoderar-se dos seus inimigos. Mas depressa o chefe chegou à conclusão de que a causa da derrota fora nada menos que a violação da ordem dada acerca do anátema. O vers. 11 parte do geral para o particular na acusação proferida, frisando a gravidade do crime pela expressão "e até", que precede cada acusação. O pecado dum membro da comunidade foi tomado como se fosse o de todos. Sendo Israel uma nação, o pecado do indivíduo era o pecado da nação, até que se expiasse devidamente.

>Js 7:21

Convocadas as tribos, as famílias e cada um dos membros em separado, através da hoste sagrada, caiu a culpa sobre Acã, que logo ali confessou ter roubado ouro, prata e uma capa babilônica (21), tendo tudo escondido debaixo da tenda. Imediatamente foram esses objetos retirados e oferecidos ao Senhor (23). A cena final no vale de Acor (literalmente: "perturbação") consumou-se com o apedrejamento de Acã, sendo depois queimado com todos os seus haveres. Teria a mesma sorte a família do desventurado? É difícil saber-se, porquanto Js 22:20 pode aludir penas aos trinta e seis soldados que tombaram por causa do pecado de Acã e o pronome plural "os" do vers. 25 talvez se refira somente aos seus haveres. É clara a lei de Dt 24:16: "Os pais não morrerão pelos filhos, nem os filhos pelos pais; cada qual morrerá pelo seu pecado". A não ser, que houvesse cumplicidade no crime. Expiado o sacrilégio com a morte do réu no vale sinistro de Acor, onde se consumou a terrível tragédia, raiou de novo a esperança no coração dos israelitas.


Dicionário

Ah

interjeição Exprime alegria, tristeza, dor; compaixão: ah, como sofro!
Exprime alegria, admiração, beleza: ah, que dia mais lindo!
Exprime impaciência, aborrecimento, raiva: ah, como você é irritante!
Repetida uma vez, exprime surpresa ou ironia: ah! ah! Finalmente entendeu!
Repetida duas ou mais vezes, indica uma gargalhada: ah! ah! ah! como é engraçado!
[Símbolo] Representação de Ampére-hora, unidade da intensidade de uma corrente elétrica.
Etimologia (origem da palavra ah). Do latim ah.

Costas

substantivo feminino plural Parte posterior (de trás) do tronco humano; dorso: tatuou as costas.
Por Extensão Região ou parte traseira de; verso: costas de um vestido.
Por Extensão Parte de um móvel usada para apoiar o dorso; encosto: costas do sofá.
Etimologia (origem da palavra costas). Do latim costa.er "costela, flanco".

substantivo feminino plural Parte posterior (de trás) do tronco humano; dorso: tatuou as costas.
Por Extensão Região ou parte traseira de; verso: costas de um vestido.
Por Extensão Parte de um móvel usada para apoiar o dorso; encosto: costas do sofá.
Etimologia (origem da palavra costas). Do latim costa.er "costela, flanco".

Diante

advérbio Em frente ou à frente; em primeiro lugar: sentou-se diante.
locução adverbial Em, por ou para diante. Num tempo futuro: de agora em diante tudo vai ser diferente.
locução prepositiva Diante de. Localizado à frente de: colocou o livro diante do computador.
Em companhia de: falou a verdade diante do júri.
Como resultado de: diante das circunstâncias, decidiu pedir demissão.
Etimologia (origem da palavra diante). De + do latim inante.

Direi

1ª pess. sing. fut. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Israel

Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


Israel [O Que Luta com Deus] -

1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Virar

verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal Por-se numa posição diferente daquela em que se estava anteriormente; colocar algo numa posição contrária àquela em que se estava: virar o livro na estante; o livro virou; virou-se para trás.
Desistir de uma direção por outra; fazer com que a direção certa seja tomada: virou-se para esquerda e encontrou o caminho certo!
verbo transitivo direto Vergar; fazer com que alguma coisa se dobre: ela virou as barras do vestido.
Dobrar; estar percorrendo um caminho que muda de direção: o carro virou a esquina.
Colocar do lado avesso: virou o vestido.
Lançar para o exterior de; despejar: virou o refrigerante sobre a mesa.
Beber: virou a garrafa de cerveja inteira!
Revolver; mexer o conteúdo de: virou todo o terreno com a pá.
Esportes. Num jogo quase perdido, acabar por vencê-lo: virou o jogo no final!
verbo transitivo direto e intransitivo Figurado Convencer; fazer com que alguém mude de opinião: o diretor virou a cabeça dos professores para o seu projeto; a opinião dos professores virou; ela era uma pessoa sem personalidade e vira com facilidade.
verbo transitivo direto , transitivo indireto, bitransitivo e pronominal Girar; fazer com que algo se movimente ao redor de seu próprio eixo; fazer com que o corpo se mova ao seu redor.
verbo transitivo indireto e bitransitivo Indicar apontando para; voltar ou voltar-se: o caminhão virou para o norte; virou a cabeça para mãe.
verbo predicativo Transformar-se numa outra coisa; mudar sua essência ou característica por; transformar-se: virou famosa da noite para o dia; virou uma péssima pessoa antes de morrer.
verbo pronominal Esforçar-se; fazer um grande esforço para superar certos infortúnios.
Tivemos de nos virar para arrumar um novo emprego.
[Brasil] Trabalhar com prostituição: algumas pessoas se viram por aí!
verbo transitivo indireto Rebelar-se; não se subordinar a: os filhos viraram contra os pais.
Etimologia (origem da palavra virar). Talvez do francês virer.

virar
v. 1. tr. dir. Volver de um lado para o outro a direção ou posição de; voltar. 2. tr. dir. Voltar para a frente (o lado posterior). 3. tr. dir. Pôr do avesso. 4. pron. Voltar-se completamente para algum lugar. 5. tr. dir. Emborcar. 6. Intr. Agitar-se, dar voltas. 7. tr. dir. Apontar, dirigir. 8. tr. dir. Despejar, entornar. 9. tr. dir. Despejar, bebendo. 10. tr. dir. Dobrar. 11. tr. dir. Fazer mudar de intento, de opinião, de partido. 12. pron. Mudar de opinião, de partido, de sistema.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
(Israel)
Josué 7: 8 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Ah, ó SENHOR! Que direi? Pois Israel virou as costas diante dos inimigos dele (Israel)!
Josué 7: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1406 a.C.
H136
ʼĂdônây
אֲדֹנָי
senhor
(Lord)
Substantivo
H2015
hâphak
הָפַךְ
virar, subverter, revolver
(which turned every way)
Verbo
H310
ʼachar
אַחַר
depois de / após
(after)
Advérbio
H341
ʼôyêb
אֹיֵב
(Qal) inimigo
(of their enemies)
Substantivo
H3478
Yisrâʼêl
יִשְׂרָאֵל
Israel
(Israel)
Substantivo
H4100
mâh
מָה
o que / aquilo
(what)
Pronome
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H6203
ʻôreph
עֹרֶף
pescoço, cerviz, dorso
(on the neck)
Substantivo
H6440
pânîym
פָּנִים
o rosto
(the face)
Substantivo
H834
ʼăsher
אֲשֶׁר
que
(which)
Partícula
H994
bîy
בִּי
se possível, por favor, ai!, com licença por favor
(Please)
Partícula


אֲדֹנָי


(H136)
ʼĂdônây (ad-o-noy')

0136 אדני ’Adonay

uma forma enfática de 113; DITAT - 27b; n m

  1. meu senhor, senhor
    1. referindo-se aos homens
    2. referindo-se a Deus
  2. Senhor - título, usado para substituir Javé como expressão judaica de reverência

הָפַךְ


(H2015)
hâphak (haw-fak')

02015 הפך haphak

uma raiz primitiva; DITAT - 512; v

  1. virar, subverter, revolver
    1. (Qal)
      1. revolver, subverter
      2. virar, voltar, virar para baixo
      3. mudar, transformar
    2. (Nifal)
      1. virar-se, voltar
      2. mudar alguém
      3. ser perverso
      4. ser virado, ser virado, ser mudado, ser voltado contra
      5. ser revertido
      6. ser revolvido, ser derrubado
      7. estar virado
    3. (Hitpael)
      1. transformar-se
      2. virar-se para uma e outra direção, virar para qualquer direção
    4. (Hofal) tornar-se contra

אַחַר


(H310)
ʼachar (akh-ar')

0310 אחר ’achar

procedente de 309; DITAT - 68b, 68c; adv prep conj subst

  1. depois de, atrás (referindo-se a lugar), posterior,

    depois (referindo-se ao tempo)

    1. como um advérbio
      1. atrás (referindo-se a lugar)
      2. depois (referindo-se a tempo)
    2. como uma preposição
      1. atrás, depois (referindo-se a lugar)
      2. depois (referindo-se ao tempo)
      3. além de
    3. como uma conjunção
    4. depois disso
    5. como um substantivo
      1. parte posterior
    6. com outras preposições
      1. detrás
      2. do que segue

אֹיֵב


(H341)
ʼôyêb (o-yabe')

0341 איב ’oyeb ou (forma completa) אויב ’owyeb

particípio ativo de 340; DITAT - 78; subst

  1. (Qal) inimigo
    1. pessoal
    2. nacional

יִשְׂרָאֵל


(H3478)
Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

03478 ישראל Yisra’el

procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

Israel = “Deus prevalece”

  1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
  2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
    1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
    2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
    3. o nome da nação depois do retorno do exílio

מָה


(H4100)
mâh (maw)

04100 מה mah ou מה mah ou ם ma ou ם ma também מה meh

uma partícula primitiva, grego 2982 λαμα; DITAT - 1149 pron interr

  1. o que, como, de que tipo
    1. (interrogativa)
      1. o que?
      2. de que tipo
      3. que? (retórico)
      4. qualquer um, tudo que, que
    2. (advérbio)
      1. como, como assim
      2. por que
      3. como! (exclamação)
    3. (com prep)
      1. em que?, pelo que?, com que?, de que maneira?
      2. por causa de que?
      3. semelhante a que?
        1. quanto?, quantos?, com qual freqüência?
        2. por quanto tempo?
      4. por qual razão?, por que?, para qual propósito?
      5. até quando?, quanto tempo?, sobre que?, por que? pron indef
  2. nada, o que, aquilo que

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

עֹרֶף


(H6203)
ʻôreph (o-ref')

06203 ערף ̀oreph

procedente de 6202; DITAT - 1700a; n. m.

  1. pescoço, cerviz, dorso
    1. cerviz
      1. referindo-se ao inimigo em fuga
      2. referindo-se à apostasia (fig.)
    2. de dura cerviz, obstinado (fig.)

פָּנִים


(H6440)
pânîym (paw-neem')

06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

  1. face
    1. face, faces
    2. presença, pessoa
    3. rosto (de serafim or querubim)
    4. face (de animais)
    5. face, superfície (de terreno)
    6. como adv. de lugar ou tempo
      1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
    7. com prep.
      1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

אֲשֶׁר


(H834)
ʼăsher (ash-er')

0834 אשר ’aher

um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

  1. (part. relativa)
    1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
    2. aquilo que
  2. (conj)
    1. que (em orações objetivas)
    2. quando
    3. desde que
    4. como
    5. se (condicional)

בִּי


(H994)
bîy (bee)

0994 בי biy

talvez procedente de 1158 (sentido de pedir); DITAT - 238a; componente da súplica

  1. se possível, por favor, ai!, com licença por favor
    1. usado para introduzir uma súplica ou pedido