Enciclopédia de Josué 9:14-14

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

js 9: 14

Versão Versículo
ARA Então, os israelitas tomaram da provisão e não pediram conselho ao Senhor.
ARC Então aqueles homens tomaram da sua provisão: e não pediram conselho à boca do Senhor.
TB Os homens tomaram da provisão deles e não pediram conselhos à boca de Jeová.
HSB וַיִּקְח֥וּ הָֽאֲנָשִׁ֖ים מִצֵּידָ֑ם וְאֶת־ פִּ֥י יְהוָ֖ה לֹ֥א שָׁאָֽלוּ׃
BKJ E os homens tomaram das suas provisões, e não pediram conselho da boca do SENHOR.
LTT Então os homens de Israel tomaram da provisão deles e não pediram conselho da boca do SENHOR.
BJ2 Os principais[a] tomaram então das provisões deles e não consultaram o oráculo de Iahweh.
VULG Susceperunt igitur de cibariis eorum, et os Domini non interrogaverunt.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Josué 9:14

Êxodo 28:30 Também porás no peitoral do juízo Urim e Tumim, para que estejam sobre o coração de Arão, quando entrar diante do Senhor; assim, Arão levará o juízo dos filhos de Israel sobre o seu coração diante do Senhor continuamente.
Números 27:21 E se porá perante Eleazar, o sacerdote, o qual por ele consultará, segundo o juízo de Urim, perante o Senhor; conforme o seu dito, sairão; e, conforme o seu dito, entrarão, ele, e todos os filhos de Israel com ele, e toda a congregação.
Juízes 1:1 E sucedeu, depois da morte de Josué, que os filhos de Israel perguntaram ao Senhor, dizendo: Quem dentre nós primeiro subirá aos cananeus, para pelejar contra eles?
Juízes 20:18 E levantaram-se os filhos de Israel, e subiram a Betel, e perguntaram a Deus, e disseram: Quem dentre nós subirá primeiro a pelejar contra Benjamim? E disse o Senhor: Judá subirá primeiro.
Juízes 20:28 e Fineias, filho de Eleazar, filho de Arão, estava perante ele naqueles dias), dizendo: Sairei ainda mais a pelejar contra os filhos de Benjamim, meu irmão, ou pararei? E disse o Senhor: Subi, que amanhã eu to entregarei na mão.
I Samuel 14:18 Então, Saul disse a Aías: Traze aqui a arca de Deus (porque, naquele dia, estava a arca de Deus com os filhos de Israel).
I Samuel 22:10 o qual consultou por ele o Senhor, e lhe deu mantimento, e lhe deu também a espada de Golias, o filisteu.
I Samuel 23:9 Sabendo, pois, Davi que Saul maquinava esse mal contra ele, disse a Abiatar, sacerdote: Traze aqui o éfode.
I Samuel 30:7 E disse Davi a Abiatar, o sacerdote, filho de Aimeleque: Traze-me, peço-te, aqui o éfode. E Abiatar trouxe o éfode a Davi.
II Samuel 2:1 E sucedeu, depois disso, que Davi consultou ao Senhor, dizendo: Subirei a alguma das cidades de Judá? E disse-lhe o Senhor: Sobe. E disse Davi: Para onde subirei? E disse: Para Hebrom.
II Samuel 5:19 E Davi consultou o Senhor, dizendo: Subirei contra os filisteus? Entregar-mos-ás nas minhas mãos? E disse o Senhor a Davi: Sobe, porque certamente entregarei os filisteus nas tuas mãos.
I Crônicas 10:13 Assim, morreu Saul por causa da sua transgressão com que transgrediu contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a qual não havia guardado; e também porque buscou a adivinhadora para a consultar
Esdras 8:21 Então, apregoei ali um jejum junto ao rio Aava, para nos humilharmos diante da face de nosso Deus, para lhe pedirmos caminho direito para nós, e para nossos filhos, e para toda a nossa fazenda.
Provérbios 3:5 Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento.
Isaías 30:1 Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, que tomaram conselho, mas não de mim! E que se cobriram com uma cobertura, mas não do meu Espírito, para acrescentarem pecado a pecado!
Tiago 1:5 E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A BATALHA DE GIBEÃO

A conquista de Jericó e de Ai/Betel abriu caminho para os israelitas fazerem incursões importantes no planalto central de Canaã. Mas a ação também provocou alarme generalizado entre os reis cananeus a oeste do Jordão (Js 9:1-2), que, ao que parece, formaram algum tipo de coalizão contra Israel. Como consequência, cidadãos de quatro pequenas cidades nas vizinhanças de Gibeão (el-Jib), uma cidade situada entre Betel/Ai e Jerusalém, devem ter se dado conta de sua vulnerabilidade.
Embora descritos como moradores de Gibeão, também são chamados de "heveus" (Is 9:7) ou "amorreus" (2Sm 21:2), o que é duplamente intrigante na narrativa: os heveus não apenas faziam parte dessa coalizão cananeia contra Israel (Js 9:1b), mas em várias ocasiões também haviam sido identificados como um dos grupos de Cana com quem os israelitas não deviam estabelecer tratados (Ex 34:11-12; Dt 7:1-2). Em vez disso, os heveus deviam ser exterminados (Ex 23:23-24; Dt 20:17; cp. Js 3:10). Os gibeonitas, porém, idealizaram um ardil para enganar Israel e levá-lo a estabelecer um tratado com eles (Js 9:3-15). Quando os reis amorreus das cidades de Jerusalém, Hebrom, Eglom, Laquis e Jarmute descobriram a traição dos heveus, decidiram atacá-los imediatamente (Js 10:1-5)
. Ao que parece, os heveus de Gibeão eram militarmente inferiores e, por isso, tiraram vantagem de seu tratado com Josué e invocaram sua ajuda. Josué e suas tropas partiram de Gilgal numa marcha forcada durante a noite (10.7-9) e chegaram a Gibeão ao alvorecer. Enquanto a batalha ocorria, os amorreus foram tomados de pânico e fugiram para o oeste, pela encosta que sobe para Bete-Horom e Aijalom. Chegaram até Azeca e Maqueda, onde os reis das cinco cidades amorreias foram capturados e mortos (10.10-27). Essa ação pelo centro e sul da Sefelá levou os israelitas a missões colaterais contra as cidades próximas de Libna (kh. el-Beida?), Laquis (T. ed-Duweir/T. Lachish), Eglom (T. Eton?), Hebrom (T. er-Rumeidah) e por fim "se desviaram" para Debir (kh. Rabud?), antes de voltar para sua base temporária em Gilgal (Js 10:15-29-43).
Incluída nessa narrativa acha-se a oração de Josué para que o Sol "parasse" em Gibeão e a Lua 'se detivesse" no vale de Aijalom (Js 10:12-14). Bem poucos textos do Antigo Testamento atraem mais interesse ou despertam opiniões mais variadas. Como consequência desse texto, têm surgido algumas questões críticas. Primeiro, levando-se em conta quando, durante o ano, um observador em Gibeão conseguiria observar a Lua sobre o vale de Aijalom e o Sol logo acima - "no meio do céu" (10.12,
- 13b) -, será que é possível identificar a época em que aconteceu o evento? Alguns autores têm seguido essa linha de raciocínio e especulado datas, como 12 de fevereiro, 22 de julho, 25 de outubro ou 30 de outubro. Talvez essa abordagem caia por terra sob o peso das próprias pressuposições e de conclusões mutuamente excludentes. De qualquer maneira, essa metodologia não oferece nada definitivo e não pode ser usada com vantagem.
Uma segunda questão crítica tem a ver com a natureza da própria oração. Josué estava pedindo para o Sol parar de se mover ou parar de brilhar? Ele achava que suas tropas precisavam de tempo ou de sombra? No primeiro caso, a lógica para a oração é que era provável que as forças de Israel estivessem infligindo uma derrota tão impressionante aos inimigos amorreus que, com a ajuda de algum tempo extra naquele dia, poderiam eliminá-los sumariamente naquela ocasião (na 1líada, Agamenon fez um pedido semelhante a Zeus quando estava desbaratando seus inimigos). No segundo caso, a suposição lógica seria a de que o exército israelita, por ter marchado numa subida íngreme de Gilgal até Gibeão durante a noite - uma distância de cerca de 24 quilômetros, que envolve ascender mais de 900 metros - não tinha tanta empolgação e energia quanto as forças amorreias no início da batalha e precisava desesperadamente de alívio do calor esmagador do sol.
Os dois verbos em questão, traduzidos por "estar tranquilo/ silencioso" e "permanecer/parar", são empregados em outras passagens bíblicas com estes sentidos: "ficar imóvel" (15m 14.9; Gn 19:17-2Rs 4,6) e "estar silencioso/quieto" (Ez 24:17; Am 5:13; Jó 32.16). Ademais, as duas palavras são encontradas na literatura acádica em contextos astronômicos, o que tem levado um certo número de estudiosos a traduzir esses verbos por: "ser obscurecido/eclipsado" e interpretar o evento como um eclipse solar (cp. Hc 3:11).153 Embora esse ponto de vista seja consistente com um dos sentidos dos verbos envolvidos. surgem outros problemas inerentes. Para comecar, sabe-se da ocorrência de apenas três eclipses solares observáveis na Palestina Central entre 1500 e 1000 a C 154 Nenhuma dessas datas chega nem um pouco perto de uma data mais remota para o Êxodo, na 1dade do Bronze Final, embora dois eclipses se encaixem satisfatoriamente numa data mais recente para a ocupação, na 1dade do Ferro. Uma dificuldade adicional pode ser o fato de que um desaparecimento dos raios solares poderia, na realidade, ter afetado negativamente um perseguidor israelita e, ao mesmo tempo, beneficiado um inimigo amorreu que procurava não ser localizado nem capturado. Por fim, a ideia do eclipse não oferece absolutamente nenhuma explicação para o papel da Lua nesse episódio. O texto reconhecidamente poético descreve a ação da Lua no versículo 13a empregando o exato e mesmo verbo que descreve a acão do Sol no versículo 136. Mas eclipses solares e lunares não podem ocorrer ao mesmo tempo; eclipses solares só ocorrem na época de lua nova, e eclipses lunares só acontecem na época de lua cheia. De sorte que essa questão continua relativamente sem solução. Ainda não temos certeza se Josué estava pedindo tempo ou sombra.
Uma terceira questão crítica tem a ver diretamente com a geografia: de que lugar é mais provável que Josué tenha feito seu pedido? Ele parou para orar em Gibeão ou Aijalom ou perto dessas localidades, onde a batalha começou, ou orou em Azeca e Maqueda ou perto delas, onde a batalha terminou? Em que ponto, ao longo do caminho, Josué parou e orou? A resposta a esta pergunta talvez esteja relacionada ao assunto anterior. Se Josué orou onde a batalha começou de manhã, isto é, em Gibeão/Aijalom ou nas suas proximidades, a hora implícita do começo da batalha junto com o sucesso inicial descrito na narrativa (10.9b,
10) levam à conclusão de que a oração foi feita bem cedo. Em contrapartida, caso ele tenha orado em Azeca/Maqueda ou ali perto, onde a batalha terminou, depois de percorrer a distância de 40 quilômetros de Gibeão a Azeca (T. Azega) "pelo caminho que sobe a Bete-Horom" (10.10b,11), a conclusão necessariamente é que Josué orou perto do fim do dia. De acordo com essa linha de raciocínio, é muito improvável que, numa oração pela manhã, tivesse havido um pedido de bastante luz solar, visto que essa seria a experiência e a expectativa de qualquer um naquela hora do dia. De modo análogo, é muito provável que, numa oração feita perto do fim de um dia de combate, não teria havido um pedido para menos luz solar, visto que, de novo, essa teria sido a norma. De maneira que a pergunta continua em pé: de onde é mais provável que Josué tenha feito seu pedido? A vasta maioria dos estudiosos tem declarado ou pressuposto que Josué orou em Gibeão ou nas proximidades, e muitos acrescentam que ele orou de manhã. ISS De meu ponto de vista, essa interpretação é a mais provável, devido ao contexto geral e aos lugares de fato mencionados em sua oração (Gibeão e o vale de Aijalom). Parece que Josué está suplicando a Deus que atue onde ele está e não onde ele havia estado quilômetros atrás e horas antes. Como consequência, provavelmente a oração de Josué não foi um pedido de luz solar adicional, que é a interpretação frequente e teria implicado a suspensão das leis da Física em todo o Sistema Solar. Em vez disso, parece mais razoável supor que a oração de Josué era uma oração matutina, solicitando menos sol e mais sombra.
E, caso as forças israelitas tenham precisado de alívio do calor do sol, parece que Deus respondeu à oração de Josué de uma maneira bem mais notável e impressionante do que aquele líder poderia ter imaginado. A narrativa passa a falar de uma chuva de pedras grandes (10.11), a qual poderia ter proporcionado o muito necessário manto de nuvens que Josué possivelmente pediu e também desempenhado um papel decisivo para a vitória israelita. Talvez a interpretação da citação do livro de Jasar (10,13) deva, então, ser: "De maneira que o sol esteve em silêncio no meio do céu e não continuou até o pôr do sol como num dia normal" (note-se especialmente Ke + tamim, ie, o pôr do sol naquele dia não deve ter sido observável). Então o narrador acrescenta seu comentário editorial: "E não houve dia semelhante a esse, nem antes nem depois dele, quanto ao Senhor dar ouvidos à voz de um homem" (10.14a, grifo do autor).
Entendido dessa forma, esse acontecimento perto de Gibeão foi um milagre de verdade, pelo fato de que até mesmo as forças da natureza pareceram estar à disposição de um dos servos de Deus. Em termos gerais, é possível assemelhar a narrativa ao incidente neotestamentário que se deu no mar da Galileia, quando Jesus acalmou até o vento e as ondas, para surpresa e espanto de seus discípulos (Mt 8:23-27). De qualquer maneira, a oração de Josué foi respondida de maneira extraordinária, e seu prestígio é acentuado ainda mais nessas narrativas.
A BATALHA DE GIBEÃO
A BATALHA DE GIBEÃO

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Josué Capítulo 9 do versículo 1 até o 27
2. Temor Generalizado (Js 9:1-27)

  • Uma coalizão a oeste do Jordão (9.1,2). Juntaram-se eles de comum acor-do, para pelejar (2). Estes inimigos do povo de Deus estavam prontos para sacrifi-car diferenças pessoais e uniram-se para resistir ao avanço que Israel fazia. Contu-do, não há evidências de que a ação conjunta de reis menores tenha assustado Josué, nem mesmo por um momento. Anteriormente ele estava limitado a conquistar uma cidade por vez. Com este novo progresso, seria capaz de empreender operações em larga escala.
  • Esta oposição organizada poderia dar ao povo de Deus um novo encorajamento. Isaías disse certa vez: "Toda ferramenta preparada contra ti não prosperará; e toda língua que se levantar contra ti em juízo, tu a condenarás" (Is 54:17). O salmista declarou: "Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniqüidade. Porque cedo serão ceifados como a erva e murcharão como a verdura" (Sl 37:1-2). Em outro salmo lemos o seguinte: "Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles. Então, lhes falará na sua ira e no seu furor os confundirá" (Si 2.4,5).

  • A fraude dos gibeonitas (9:3-15). Usaram também de astúcia (4). Uma parte dessa astúcia foi expressa pelo uso de sapatos velhos e remendados (5). Gibeão é identificada como a moderna el-Jib, que está a cerca de 10 quilômetros a noroeste de Jerusalém e a cerca de 10 quilômetros a sudoeste de Ai. Os gibeonitas aparentemente representavam uma coalizão de quatro cidades (cf. 17). Essas pessoas tinham conheci-mento das atividades de Deus (3,9,10) e criam no que o Senhor poderia fazer. Eles queri-am estar em paz com o povo de Deus (4-6,8,11). Até este ponto, eles lembram Raabe. Diferem dela no fato de que usaram artimanhas por meio das quais alcançaram seu objetivo (4-5, 12-13). Queriam fazer uma aliança por meio da qual poderiam manter sua terra e sua liberdade. É óbvio que foram movidos pelo medo e, portanto, lançaram mão da trapaça e da fraude (cf. Gn 34 e Js 9:7).
  • E vieram a Josué, ao arraial, a Gilgal (6). Qual Gilgal? Seria este o lugar próxi-mo de Jericó, recentemente identificado como Gilgal por causa da renovação do rito da circuncisão (cf. Js 5:8-9) ? Ou seria um local próximo dos montes Gerizim e Ebal (cf. Dt 11:30-1 Sm 7.16; 10.8; 11.14; 13 7:8-15.
    33) ? Existe uma probabilidade de Josué não ter voltado à planície de Jericó depois de ter levado "todo o Israel" (8,33) ao monte Ebal. Este local estratégico no centro de Canaã provavelmente renovou nos israelitas a consciência de que eles haviam chegado para ficar.

    O povo de Deus aprendeu várias lições práticas com a fraude dos gibeonitas: (1) é fato que os olhos não revelam toda a verdade, pois as aparências enganam (vv. 4-6).

    A próxima lição é o fato de que (2) homens bons podem ser enganados pelas artima-nhas daqueles que querem tirar vantagem deles (vv. 7,8). A atitude dos gibeonitas ao afirmarem nós somos teus servos (v. 8) era, na verdade, uma fuga da pergunta: Quem sois vós...? (v. 8). Pressionaram Josué, dizendo: fazei, pois, agora concerto conosco (v.6). Fica claro que as pessoas que pertencem a Deus devem ser "prudentes como as serpentes" (Mt 10:16).

    (3) A aparência de espiritual pode fazer com que pessoas boas sejam enganadas. Os gibeonitas afirmaram que vieram a Josué por causa do nome do Senhor, teu Deus (v. 9). Há pessoas que se filiam à igreja fazendo as mesmas falsas afirmações. O mais comum é que, mais cedo ou mais tarde, tais pessoas se tornam um embaraço para o povo de Deus. Às vezes, casamentos são realizados como resultado desse tipo de fraude, mas o resultado não é causa de ganho para a piedade.

    c. O logro dos gibeonitas é descoberto (9:16-27). As artimanhas e o engano têm vida curta. Ao fim de três dias (16), a verdade foi conhecida. Ao terceiro dia (17), os gibeonitas foram confrontados em relação à sua fraude. Eles deveriam saber que a paz que se fundamenta na desonestidade realmente não tem firmeza. Não é sempre que o mentiroso chega à humilhação tão rapidamente, mas é certo que ela virá um dia.

    Os israelitas ficaram grandemente perturbados, a tal ponto que toda a congrega-ção murmurava contra os príncipes (18). Que esperança eles poderiam ter de que receberiam a aprovação de Deus se aqueles que estavam na liderança haviam feito acor-dos com os cananeus? A lição de Ai ainda estava nítida em suas mentes.

    Os príncipes do povo também estavam preocupados quanto a obter o favor de Deus. Eles perceberam que não poderiam ferir os gibeonitas porque haviam jurado pelo Se-nhor, Deus de Israel (19). Quebrar este voto traria desgraça ao nome de Deus entre os cananeus. Jeová exigia total respeito para com a verdade.

    É obvio que os líderes ficaram perturbados por terem sido enganados. O fato é que eles agiram de boa fé e o fizeram à luz do conhecimento que possuíam. Seu único erro foi agir antes de ouvir a voz do Senhor. Eles foram enganados, mas este erro não justificaria o fato de cometerem outro pecado, quebrando seu voto. Portanto, eles decretaram: vi-vam (21). O acordo feito pelos príncipes tornou-se uma maldição (23) quando Josué se dirige aos gibeonitas. Neste contexto, a expressão a casa do meu Deus é uma alusão ao Tabernáculo, pois o Templo ainda não fora construído.

    Neste ponto, a misericórdia é estendida àqueles que estavam debaixo da sentença de morte. Por quê? Aquelas pessoas criam que o Deus de Israel era maior que as suas divindades. Elas acreditavam que já estavam condenadas (24). Usaram o melhor meio de obter misericórdia que suas mentes não regeneradas poderia planejar. Finalmente, fizeram uma rendição incondicional de si mesmos. Eles disseram: eis que agora estamos na tua mão (25).

    Josué, este Jesus do Antigo Testamento, fez o que parecia bom e reto (25; cf. 26). Willian Shakespeare afirma corretamente que "o poder terreno mostra-se semelhante ao de Deus quando a misericórdia faz amadurecer a justiça".' Primeiramente, Josué libertou os gibeonitas das garras da morte (26). Isto foi feito ao custo de humilhação pessoal. Depois, Josué fez com que eles se tornassem seus servidores. Eles seriam ra-chadores de lenha e tiradores de água para a congregação e para o altar do Senhor (27), uma atividade que estava em conexão com a adoração do Tabernáculo. Esta não era uma escravidão privada, mas uma posição de importante serviço público.

    A história indica que Deus favoreceu os ajustes promovidos por Josué e esta aliança foi hOnrada durante a existência de Israel. Quando foi rompida pelo rei Saul, Israel sofreu até que a restituição foi feita aos gibeonitas (cf. 2 Sm 21.1,2).

    Além disso, benefícios surgiram deste arranjo, tanto para Josué como para todo Israel. Os gibeonitas forneceram "suprimentos, uma base de operação realizada por pes-soas que estavam debaixo de fortes obrigações, dispostas e até mesmo ansiosas por exe-cutar suas tarefas, além de realizar vários trabalhos comuns". 41 Tudo isso deu a Josué uma grande vantagem nas operações de ofensiva no futuro imediato. Deus fazia o me-lhor a partir de uma situação provocada por um erro humano. "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto" (Rm 8:28).


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Josué Capítulo 9 versículo 14
    O fato de compartilhar o mesmo pão era um sinal inviolável de amizade, de hospitalidade e de aliança. Conforme Gn 26:28-30.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Josué Capítulo 9 do versículo 1 até o 27
    *

    9:1-2

    Estes dois versículos formam o pano-de-fundo dos caps. 9—12. O temor dos israelitas, que tinha imobilizado os cananeus em 5.1, aqui os une contra Josué e contra Israel. Há uma antecipação do Sl 2:1-3, a oposição a Deus e ao seu governo que culminou na crucificação de Jesus (At 4:25-27). A impotência dos governantes, no Sl 2, é amplamente ilustrada pela lista dos reis derrotados em Js 12.

    heteus... jebuseus. Ver nota em 3.10.

    * 9:3

    Gibeom. A ação do povo de Gibeão (a cerca de treze km ao norte de Jerusalém) contrasta-se com o padrão geral por toda a terra de Canaã (vs. 1, 2).

    ouvindo. O efeito das novas acerca da poderosa fidelidade de Deus às suas promessas é um tema importante na narrativa da conquista (2.10,11; 5.1; 9.1,9; 10.1; 11.1; conforme 7.9). Para os cananeus, essas notícias eram terríveis, pois significavam que o Deus dos céus e da terra (2.11), haveria de destruí-los (5.13—12.24, nota).

    * 9:4

    usaram de estratagema. Esse logro atrairia uma maldição sobre os gibeonitas (v. 23), e forma um contraste com a ação de Raabe, para com os representantes de Israel, no cap.2.

    * 9:6

    Chegamos de uma terra distante. Os gibeonitas fingiram que eles viviam fora da zona potencial de interesse de Israel. Os israelitas estavam dispostos a fazer um tratado com eles tendo em vista as disposições de Dt 20:10-18.

    aliança. Uma aliança é o estabelecimento de um relacionamento por intermédio de um tratado. Essa aliança forçaria os filhos de Israel a pouparem os gibeonitas.

    * 9:7

    heveus. Esse grupo étnico, ao qual os gibeonitas pertenciam, foi um daqueles que Deus tinham prometido expulsar de Canaã (3.10).

    * 9:9

    nome. Ver nota em 7.9.

    ouvimos. Ver nota no v. 3.

    * 9:10

    tudo quanto fez. As novas que os gibeonitas tinham ouvido são as mesmas que foram confessadas por Raabe (2.10, nota). A reação deles, porém, foi bastante diferente da reação dela.

    amorreus. Ver nota em 2.10.

    * 9:14

    não pediram conselho ao SENHOR. Como eles deveriam ter buscado conselho não é especificado, mas tal como em Js 5:6, a fala de Israel foi de não obedecer a Deus.

    * 9:15

    concedeu-lhes paz. O sentido é explicado pela frase seguinte, "de lhes conservar a vida".

    * 9:16-17

    três dias... ao terceiro dia. Se o v. 16 antecipa o resultado do v. 17, então os três dias em cada versículo podem ser os mesmos. De Gilgal a Gibeom são cerca de 31 km.

    * 9:18

    murmurou. Murmurar (contra Moisés, Arão, e, em última análise, contra o Senhor) foi uma atividade comum de Israel no deserto; (Êx 15:24; 16:2,7-9; 17:3; Nm 14:2,27,36).

    * 9:20

    ira. Ver 7.11 e nota. Contraste este juramento, guardado com todo escrúpulo, embora baseado numa mentira dos gibeonitas, e o pacto do cap. 7.11, baseado no mandamento do Senhor, que foi quebrado.

    * 9:21

    rachadores de lenha e tiradores de água. Ou seja, escravos domésticos.

    * 9:23

    casa. O tabernáculo é chamado de casa em 1Sm 1:7. Nos tempos de Salomão, o tabernáculo ficava em Gibeão (2Cr 1:3,5).

    meu Deus. O perigo representado pelos cananeus restantes na Terra Prometida era que eles fizessem Israel abandonar ao Senhor para servirem a outros deuses (Dt 7:4). A implicação dessa maldição é que os gibeonitas serviriam na casa do Deus de Israel, sem serem contados como membros do seu povo. Os rituais e sacrifícios do tabernáculo requeriam suprimentos de madeira e água.

    * 9:24

    tememos. Ver nota em 2.9.

    * 9:27

    até ao dia de hoje. Ver nota em 4.9.

    no lugar que Deus escolhesse. Ver Dt 12; cf. Êx 20:24.



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Josué Capítulo 9 do versículo 1 até o 27
    9.1-6 Quando as notícias de sua vitória chegaram a todas partes, os israelitas sofreram oposição em duas formas: direta (os reis da região começaram a unir-se contra eles), e indireta (os gabaonitas recorreram ao engano).

    Quando obedecemos os mandatos de Deus podemos esperar a mesma classe de oposição. Para nos guardar destas pressões, devemos depender de Deus e nos comunicar diariamente com O. O nos dará fortaleza para suportar as pressões diretas e sabedoria para reconhecer o engano indireto.

    9.14-17 Quando os líderes provaram as provisões destes homens, viram que o pão estava seco e mofado, que os odres de vinho estavam quebrados e suas roupas e sandálias gastas. Mas não puderam advertir o engano. depois de efetuar a aliança e ratificá-la por juramento, soube-se a verdade: os líderes do Israel tinham sido enganados. Deus lhes havia dito especificamente que não celebrassem nenhum tratado com os habitantes do Canaán (Ex 23:32; Ex 23:34; Ex 23:12; Nu 33:55; Dt 7:2; Dt 20:17-18). Como estrategista, Josué sabia o suficiente para consultar com Deus antes de levar a suas tropas à batalha. Mas o tratado de paz parecia muito inocente, e Josué e os líderes tomaram a decisão por si só. Ao deixar de procurar a direção de Deus e avançar rapidamente com seus próprios planos, tiveram que enfrentar-se com gente zangada e uma aliança incômoda.

    9:19, 20 Josué e seus conselheiros tinham cometido um engano. Mas devido a que tinham prometido proteger aos gabaonitas, foram cumprir sua palavra. O juramento não se anulou a causa do engano dos gabaonitas. Deus lhes tinha mandado cumprir com os juramentos (Lv 5:4; Lv 27:9-10) e faltar a um deles era algo grave. Isto anima a não tomar nossas promessas à ligeira.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Josué Capítulo 9 do versículo 1 até o 27
    VI. CAMPANHA DO SUL (Js 9:1)

    Como consternação aumentou em todo o país, os gibeonitas recorreram a um ardil para fins de auto-preservação.

    1. Deceitfulness Toward Israel (9: 1-15)

    1 E sucedeu que, quando todos os reis que estavam além do Jordão, na região montanhosa, e na baixada e em toda a costa do grande mar, defronte do Líbano, o hitita, e os amorreus, o cananeus, os perizeus, os heveus, e os jebuseus, ouviu do mesmo; 2 que eles se reuniram para lutar contra Josué e contra Israel, com um acordo.

    3 Ora, os moradores de Gibeão, ouvindo o que Josué fizera com Jericó e com Ai, 4 que também deu certo astúcia, e foi e fez como se tivessem sido embaixadores, tomando sacos velhos sobre os seus jumentos, e odres de vinho, velho e alugar e ligada, 5 e sapatos velhos e remendados sobre seus pés, e trajando roupas velhas; e todo o pão da sua prestação foi seco e foi bolorento. 6 E vieram a Josué, ao arraial em Gilgal, e disse-lhe, e aos homens de Israel, Estamos vindo de um país distante: Agora, pois, fazei vós . aliança conosco 7 E os homens de Israel disseram ao heveus: Talvez habitar no meio de nós; e como devemos fazer um pacto com você? 8 E disseram a Josué: Nós somos teus servos. E disse-lhes Josué: Quem sois vós? e donde vindes? 9 E eles disseram-lhe: De um país muito longe teus servos estão vindo por causa do nome do Senhor teu Deus, porque ouvimos a sua fama, e tudo o que fez no Egito, 10 e tudo o que ele fez aos dois reis dos amorreus, que estavam além do Jordão, a Siom, rei de Hesbom, e Ogue, rei de Basã, que estava em Astarote. 11 E que nossos anciãos e todos os moradores da nossa terra nos falaram , dizendo: Tomai nas mãos provisão para o caminho, e ir ao encontro deles, e dize-lhes: Nós somos vossos servos:. e agora que vos uma aliança conosco 12 Este nosso pão tomamos quente para nossa provisão de nossa casas no dia em que saímos para vir a vós; mas agora, eis que é seca, e é bolorento: 13 e estes odres, que enchemos, eram novos; e, eis que são renda:. e estas nossas roupas e nossos sapatos já envelheceram em razão da longa jornada 14 E os homens tomaram da provisão deles, e não pediram conselho à boca do Senhor. 15 E Josué fez paz com eles, e fez um pacto com eles, para deixá-los ao vivo, e os príncipes da congregação lhes prestaram juramento.

    O sucesso de Israel contra Jericó e Ai criado contrastantes reações entre os habitantes da terra. Por um lado, houve tentativas de resistência organizada. Reis reuniu seus exércitos para lutar contra Israel (vv. Js 9:1 , Js 9:2) Por outro lado, houve deserção enganoso para os israelitas pelas cidades gibeonita (vv. Js 9:3-5 ).

    O Gibeonites, também chamado heveus, enviaram representantes para Israel para fazer uma aliança (v. Js 9:6 ). Sua motivação era auto-interesse. Sua reação à notícia do destino de Jericó e Ai era auto-preservação. Sua visão realista é incorporada no antigo coloquialismo, "Se você não pode vencer o inimigo, junte-se a eles!"

    Sua pretensão de aderir Israel era fraudulenta. Eles apareceram no acampamento de Israel como viajantes cansados ​​que havia chegado uma grande distância. Suas roupas eram roto e sujo. Sua comida estava estragada. Suas próprias palavras foram, Estamos vindo de um país distante (v. Js 9:6 ).

    Agora Israel tinha recebido instruções específicas sobre convênios. Havia de haver convênios, ou ligas, com os habitantes de Canaã (Ex 23:32. ; Ex 34:12 ; Dt 7:2)

    16 E sucedeu que, ao fim de três dias depois de terem feito um pacto com eles, ouviram que eram seus vizinhos, e que moravam no meio deles. 17 E os filhos de Israel partiam, e chegou até suas cidades no terceiro dia. E suas cidades eram Gibeão, Cefira, e Beerote, e Quiriate-Jearim. 18 E os filhos de Israel não os mataram, porquanto os príncipes da congregação lhes haviam prestado juramento pelo Senhor, o Deus de Israel. E toda a congregação murmurava contra os príncipes. 19 Mas os príncipes disseram a toda a congregação: Nós lhes prestamos juramento pelo Senhor, o Deus de Israel; agora, pois nós não podemos tocá-los. 20 Faremos isso para eles, e deixá-los viver; para que ira sobre nós, por causa do juramento que jurou a eles. 21 E os príncipes disseram-lhes: Deixai-los ao vivo: assim eles se tornaram rachadores de lenha e tiradores de água para toda a congregação, como os príncipes lhes ter falado .

    22 Então Josué os chamou, e falou-lhes, dizendo: Porque tendes nos enganou, dizendo: Nós estamos muito longe de você; quando vos habitar entre nós? 23 Ora, pois, vós sois amaldiçoados, e nunca deve deixar de ser de vocês servos, os dois cortadores de lenha e tiradores de água para a casa do meu Dt 24:1 ). Assim como Raabe tinha contribuído para a derrubada de Jericó, auxiliando os espiões, assim que o heveus contribuiu para a conquista do sul de Canaã por desertar para Israel.

    À luz de tais eventos históricos é revelada a graça redentora do Senhor em meio a circunstâncias que poderiam parecer para impedir isso. Estamos tão acostumados com o ponto de vista que devemos ser dignos de receber livre graça de Deus que nos limitar a revelação de graça para aquelas ocasiões quando consideramos que somos dignos. Raabe e os heveus tinha pouco a recomendá-los para o cuidado e amor de Deus, ainda que o recebeu em medida sem limites por meio da fé.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Josué Capítulo 9 do versículo 1 até o 27
    1. A decepção dos gibeonitas (9)

    As tribos pagãs de Canaã estavam divididas em muitas "nações" (cida- des-Estados) pequenas, e algumas cidades-chave eram o centro delas. Em geral, elas lutavam umas com as outras, mas, quando o povo de Deus chegou, esses reis menores uniram-se a fim de opor-se a Israel. E impressionante como os inimigos unem-se contra Deus! Entretanto, o povo de Gibeão, a próxima cidade a ser tomada, decidira valer-se de estratagema, em vez da força. (Sata-nás é tanto um leão como uma ser-pente.) Os gibeonitas fingiram-se de embaixadores (como homens que estavam em uma longa jornada), com sacos velhos, sandálias remen-dadas e com comida embolorada, e o plano deles funcionou. Deus or-denara que Israel não fizesse alian-ça com as nações de Canaã (Dt 7:0) e com o depender de nossa sabe-doria (Pv 3:5-20). Jc 1:5 prome-te que Deus nos dará sabedoria se pedirmos a ele. Os cristãos têm de tomar cuidado com as associações mundanas (2Co 6:14-47). No ca-pítulo 10, vemos que Josué é obri-gado a defender seus inimigos por causa da aliança precipitada que fez. EmDt 7:0; Nu 32:12; Dt 1:36; Js 14:8-6,Js 14:14). Calebe foi um vencedor (1Jo 2:13-62 apresenta a ascendência dele. Alguns acham que Calebe (cujo nome significa "cachorro") tinha ascendência mis-ta, sendo seu pai quenezeu, e sua mãe da tribo de Judá (Js 15:13). Se isso for verdade, sua fé torna-se algo ainda mais espantoso! Entretanto, 1Cr 2:18 apresenta-o como filho de Hezrom, descendente de Perez (1Co 2:5); e isso o põe na li-nhagem de Cristo (Mt 1:3). Em todo caso, Calebe foi redimido pelo san-gue do cordeiro da Páscoa, libertado do Egito e ganhou a perspectiva de uma grande herança em Canaã. Ele poderia não ter herança sob Josué, se não tivesse primeiro vivenciado redenção sob Moisés.

    1. Calebe, o defensor (Nm 13—14)

    Em estudos anteriores, já discuti-mos a rebelião de Israel em Cades- Barnéia. A nação, quando chegou à entrada de Canaã, saíra do Egito havia cerca de dois anos. Eles, em vez de crerem na Palavra de Deus e tomar posse imediatamente de sua herança, pediram um relatório dos 12 espiões (Dt 1:21 ss). Calebe e Josué estavam entre os espiões, o que mostra a posição de confiança que desfrutavam em meio à nação. Quando se fez o relatório desses es-piões, apenas Calebe e Josué defen-deram Moisés e encorajaram a nação a entrar em Canaã. Os dez espiões infamaram a terra (14:36), enquanto Calebe e Josué encantaram-se com a terra. A nação queria voltar; os dois homens de fé queriam seguir adiante. A maioria caminha pela vi-são; a minoria, pela fé. A nação re-belde viu apenas os obstáculos, os problemas; o líderes crentes viram as oportunidades, as perspectivas. Qual foi o resultado disso? Os dez espiões e a geração incrédula mor-reram no deserto! Contudo, Calebe e Josué viveram para entrar na terra prometida e usufruir dela. "O pen-dor da carne dá para a morte" (Rm 8:6). Calebe precisou ter coragem para permanecer contra toda a na-ção, mas Deus honrou-o por isso.

    1. Calebe, o errante

    Calebe não morreu no deserto, mas leve de sofrer com a nação incré-dula durante os quase 40 anos em que erraram pelo deserto. Imagine o que esse crente piedoso teve de sofrer! Todos os dias, ele viu pes-soas morrerem e perderem sua he-rança. Ele ouviu a murmuração e as queixas do povo. Esse homem de fé teve de suportar a descrença dos ir-mãos israelitas. Ele amava Moisés, mas teve de ouvir os judeus critica-rem o líder e oporem-se a ele.

    Como Calebe conseguiu man-ter sua vida espiritual rodeado de tanta carnalidade e descrença? O coração dele estava em Canaã! Deus dera-lhe uma herança mara-vilhosa (leiajs 14:9-12), e, embora seu corpo estivesse no deserto, sua mente e seu coração estavam em Canaã! Ele é uma imagem perfeita deCl 3:1-51. Ele tinha o que Rm 8:6 cita como "pen-dor do Espírito". Calebe resistia às provações do deserto, porque sabia que não precisava temer a morte, que tinha a herança, e que Deus não o abandonaria. Como nós te-mos muito mais em Cristo! Con-tudo, desistimos com muita facili-dade e, logo, abandonamos nossa peregrinação.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Josué Capítulo 9 do versículo 1 até o 27
    9.1 Todos os reis. Os reis eram apenas senhores de uma cidade e seus arredores e não de grandes províncias ou amplos estados. Os povos de Canaã no tempo de Josué eram sete: os cananeus, as heteus, os heveus, os ferezeus, os girgaseus, os jebuseus e os amorreus (Js 3:10; Js 24:11). Israel não obedeceu perfeitamente ao mandamento de Deus, que mandou vencer a todas estas nações. Algumas destas nações não foram destruídas mas simplesmente subjugadas. Assim, Israel ficou gravemente prejudicado e espiritualmente contaminado pelos ídolos daqueles povos pagãos.

    9.3 Gibeom Esta palavra significa "pertencente a um morro ou monte". Era a cidade mais importante, entre as quatro dos heveus. É o moderno EI-Jib, c.11 km a sudoeste de Ai.

    9.4 Usaram de estratagema. Estes habitantes de Gibeom, que usaram de astúcia para entrar em relações pacíficas com Israel, para não sofrerem a mesma sorte dos de Ai, eram descendentes de Cão (Gn 10:17; 1Cr 1:15). Odres de vinho. Era um tipo de vasilha feita da pele de animais tais como bodes, bois, etc., e servia para guardar vinho.

    9.14 Tomaram do provisão, i.e., comeram o pão dos gibeonitas. Segundo o costume dos povos do Oriente Médio; partilhar o pão e comer juntos era sinal de amizade inquebrantável (conforme Gn 31:54).

    9.14,15 Israelitas... não pediram conselho ao Senhor... e fez aliança. Israel desrespeitou o mandamento de Deus ao fazer uma aliança com o povo dessa cidade de Gibeom (Êx 23:32, 33; 34:12) Israel foi enganado, não por causa do "estratagema" dos pagãos, mas porque "não pediram conselho ao Senhor". Muitos crentes estão decepcionados em sua vida espiritual simplesmente porque não usam a Palavra de Deus; para a vitória, temos que conhecer o "conselho" de Deus e a Ele obedecer.

    9.18 Juraram pelo Senhor. A lei do juramento acha-se emNu 30:2.

    9.23 Escravos. Possivelmente, esta palavra era o cumprimento da profecia de Gn 9:25 acerca de Canaã - "servo dos servos a seus irmãos”.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Josué Capítulo 9 do versículo 1 até o 27

    7) Aliança com os heveus e a investida no sul (9.1—10.43)
    a)    A reação dos cananeus (9.1,2) Observe a habilidade com que o autor se
    atém ao tema principal tratado aqui. a oeste do Jordão-, v.comentário Dt 1:14; conforme Is 9:1. A RSV omite “e” depois de “Sefelá”, incorretamente (v.comentário Dt 12:7). souberam disso: i.e., do progresso de Israel.

    b)    O acordo com os gibeonitas (9:3-15) Os israelitas dão um segundo passo errado, dessa vez em virtude de ingenuidade e da falta de buscar orientação. No entanto, Deus prevaleceu e usou esse acordo com os gibeonitas para promover a etapa seguinte do conflito (cap. 10).

    Gibeom (v. o mapa): esse sítio arqueológico impressionante foi parcialmente escavado e forneceu resultados fantásticos (J. B. Pritchard, Gibeon, where the sun stoodstill, 1962). O cemitério do período do bronze tardio demonstra a ocupação na época em questão aqui, mesmo que não de forma tão ampla como anteriormente. Gibeom e as três cidades menores dos assentamentos hititas (9.17; 11,19) ocupavam uma posição estratégica na fronteira ao norte de Jerusalém (v. mais em 10.1).

    v. 4. delegação: heb. wayyistayyãrü, pode vir de palavras para designar “embaixador” (VA, Gray) ou “forma” (“enganá-lo”, NTLH). A RSV lê wayyistayyãdü como no v. 12. v. 7. heveus: hori (LXX) pode representar a forma original. Os hurritas foram um povo caucasiano que teve papel importante nos reinos neo-hitita e mitani, e parecem ter se infiltrado em Canaã. v. 11. servos', os visitantes, embora sejam de longe, pedem por uma aliança em que vão ser vassalos, e não parceiros igualitários (F. C. Fensham, BA 27, 1964, p. 97). Isso é suspeito, mas a bajulação venceu no final. v. 14. examinaram sugere uma refeição comunitária, que era em Sl já uma demonstração de amizade; talvez até se refira a uma cerimônia de estabelecimento de aliança, mas não consultaram', isso é de importância primordial; ela teria incluído uma consulta ao sacerdote. O princípio aplica-se igualmente aos cristãos, v. 15. os líderes da comunidade são mencionados pela primeira vez (LXX, no v. 14), à medida que o contexto se torna mais político do que militar. Os comentaristas modernos (e.g., M. Noth) tendem a considerar a parte de Josué um acréscimo posterior; antigamente a expressão “os líderes” era considerada acréscimo tardio (e.g., por W. Rudolph). Não se resolve essa questão por meio da crítica textual (Noth, ad loc.). A Bíblia apresenta a posição de Josué como compatível com a liderança responsável nas tribos.

    c)    O ardil é descoberto (9:16-27)
    v. 16,17.
    três dias: v.comentário Dt 1:10. v. 17. partiram tem de ser lido junto com 10.9,43; não devemos imaginar todo o povo acampado em Gilgal, tentando viver com base nas provisões do deserto. Esse texto nos apresenta um vislumbre da infiltração que ocorreu continuamente antes de se estabelecerem as fronteiras (conforme 11.18; 18.2). v. 22. Mesmo que os líderes estejam aptos e autorizados a tomar decisões imediatas, a questão naturalmente vem a Josué para confirmação.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Josué Capítulo 9 do versículo 1 até o 43

    D. A Campanha do Sul. 9:1 - 10:43.

    Depois de voltar ao quartel-general dos israelitas em Gilgal no Vale do Jordão, Josué logo foi convocado para lutar contra as cidades-estados dos amorreus que controlavam o sul de Canaã. Embora os reis de Js 9:1,Js 9:2 possam unanimemente terem planejado se unir, nunca chegaram a realizar o seu propósito de se juntarem para enfrentarem os israelitas invasores. A deserção dos gibeonitas pode explicar o colapso de um esforço unido, de modo que só cinco cidades no sul e uma grande confederação no norte lutaram contra Josué.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Josué Capítulo 9 do versículo 1 até o 27
    c) Segunda etapa: a campanha do sul (Js 9:1-6). O Êxito de Israel contra Jericó e Ai teve duas conseqüências diferentes: por um lado, reforçou-se e organizou-se melhor a oposição (Js 9:1-6; Js 10:1-6); por outro, alguns dos habitantes da terra preparavam-se para entrar em negociações com os invasores (Js 9:3-6).

    A parte central da região estava aberta aos invasores em conseqüência da rendição das cidades gibeonitas: Gibeom, Cefira, Beerote e Quiriate-Jearim (17). O vers. 7 chama-lhes heveus, ou hivitas (cfr. Jz 3:3). Fazendo-se passar por representantes dum país longínquo e não constituindo, por conseguinte, qualquer ameaça ao avanço de Israel, esses embaixadores propunham uma aliança, pedindo em troca a proteção das suas vidas. Vestidos usados, sapatos rotos, alimentos deteriorados-tudo levava a crer que vinham de muito longe, a ponto de desconhecerem os últimos acontecimentos registados em Jericó e Ai (9-10). Chegou-se, pois, a um acordo, naturalmente, antes de ser descoberta a fraude, porque os israelitas tomaram da sua provisão (e assim deram garantia de amizade) e não pediram conselho à boca do Senhor (14). Só se deu conta do engano, quando os israelitas entraram nas cidades gibeonitas; mas a promessa foi mantida, em virtude do juramento feito, não obstante alguns protestos do povo. Como se fez justiça? Reduzindo os gibeonitas à categoria de escravos do santuário. Cfr. Dt 29:11. Agora, pois, sereis malditos (23). São palavras de Josué, não de Deus, porque, no fim de contas, essa maldição transformava-se numa bênção. "Bem-aventurados os que habitam na Tua casa" (Sl 84:4). A maldição que caía sobre os gibeonitas foi a de ficarem para sempre ligados à comunidade e ao altar do Senhor, onde Ele entendesse (27). Como é infinita e variada a graça de Deus! Por amor dos gibeonitas operou o Senhor o milagre da batalha de Bete-Horom (Js 10:7-6); entre eles fixou a Sua tenda e mais tarde, quando sacerdotes e levitas prevaricaram, ordenou-lhes que os fossem substituir (cfr. Ed 2:43, Ed 2:8.20).

    Não podemos deixar de concordar que a rendição dos gibeonitas deu a Josué e aos israelitas uma entrada no interior da Terra da Promissão.


    Dicionário

    Boca

    substantivo feminino Cavidade anatômica que compõe a parte inicial do tubo digestivo, através da qual é possível ingerir alimentos.
    Por Extensão Parte externa dessa cavidade composta pelos lábios.
    O que se assemelha a uma boca (cavidade): boca de vulcão.
    Abertura de uma superfície, objeto, recipiente: boca de garrafa.
    Buraco através do qual a bala é lançada (numa arma de fogo): boca de fuzil.
    Abertura do fogão por meio da qual o fogo é expelido: fogão de 4 bocas.
    Parte inicial de uma rua: boca da avenida, de rua.
    Figurado Pessoa que depende de outra: lá em casa são 6 bocas famintas!
    [Popular] Excelente oportunidade, com benefícios.
    [Gíria] Local onde é possível comprar e vender drogas.
    Geografia Embocadura de rio.
    Geografia Parte inicial de uma baía, canal etc.
    Abertura por onde sai o ar (num órgão, instrumento etc.).
    interjeição Modo usado para pedir ou dar uma ordem de silêncio.
    Etimologia (origem da palavra boca). Do latim buccam.

    Conselho

    substantivo masculino Aviso que se oferece a alguém em relação ao que essa pessoa deve, ou não, fazer numa certa situação; recomendação.
    Reunião de pessoas que busca deliberar ou solucionar um assunto; comissão.
    Grupo de pessoas que, indicadas ou eleitas, presta consultoria em variados assuntos, no âmbito público ou privado.
    Grupo do qual faz parte os diretores de uma empresa; diretoria.
    Local onde se reúnem os ministros; assembleia.
    Em que há sensatez, bom senso; prudência: um sujeito de conselho.
    Decisão tomada após muita reflexão: não se comportava com conselho.
    Etimologia (origem da palavra conselho). Do latim consilium.ii, "deliberação, assembleia".

    1. *veja Sinédrio. 2. ‘Quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal’ (Mt 5:22). o tribunal a que aqui se refere era um dos tribunais inferiores. (*veja também Mt 10:17Mc 13:9). 3. Uma espécie de júri ou conselho privado, constando de assessores, que ajudavam os governadores romanos na administração da justiça e outros casos públicos (At 25:12).

    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Homens

    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.

    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.

    Israelitas

    São os descendentes de Jacóou israel. No N.T. o nome nacional, vulgar, é o de judeu. israelita é já um termo de especial dignidade, ‘um membro da teocracia e herdeiro das promessas’ (Jo 1:47Rm 9:4 – 11.1 – 2 Co 11.22).(*veja Hebreus, Judeus.)

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Provisão

    substantivo feminino Ação de prover, de abastecer com o necessário; abastecimento.
    Produtos alimentícios necessários ao sustento de uma pessoa, comunidade ou família, durante um período de tempo; reserva.
    Estoque de produtos variados: provisão de tijolos.
    Excesso que coisas aproveitáveis; abundância.
    Valor que se retira antecipadamente dos lucros estimados de uma empresa.
    Documento oficial administrativo através do qual o chefe de Estado atribui um ofício ou cargo, autorizando o exercício de uma profissão ou emitindo instruções.
    [Comércio] Acúmulo de dinheiro; valor que se reserva: provisão para a viagem.
    [Comércio] Cobertura de um título de crédito (cambial).
    Etimologia (origem da palavra provisão). Do latim provisio.onis.

    Abundância de coisas necessárias ou proveitosas.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Josué 9: 14 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Então os homens de Israel tomaram da provisão deles e não pediram conselho da boca do SENHOR.
    Josué 9: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1405 a.C.
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H3947
    lâqach
    לָקַח
    E levei
    (And took)
    Verbo
    H582
    ʼĕnôwsh
    אֱנֹושׁ
    homem, homem mortal, pessoa, humanidade
    (to the man)
    Substantivo
    H6310
    peh
    פֶּה
    boca
    (her mouth)
    Substantivo
    H6718
    tsayid
    צַיִד
    caçada, caça
    (hunter)
    Substantivo
    H7592
    shâʼal
    שָׁאַל
    perguntar, inquirir, pedir emprestado, pedir esmola
    (And I asked)
    Verbo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    לָקַח


    (H3947)
    lâqach (law-kakh')

    03947 לקח laqach

    uma raiz primitiva; DITAT - 1124; v

    1. tomar, pegar, buscar, segurar, apanhar, receber, adquirir, comprar, trazer, casar, tomar esposa, arrebatar, tirar
      1. (Qal)
        1. tomar, pegar na mão
        2. tomar e levar embora
        3. tomar de, tirar de, pegar, carregar embora, tirar
        4. tomar para ou por uma pessoa, procurar, pegar, tomar posse de, selecionar, escolher, tomar em casamento, receber, aceitar
        5. tomar sobre si, colocar sobre
        6. buscar
        7. tomar, liderar, conduzir
        8. tomar, capturar, apanhar
        9. tomar, carregar embora
        10. tomar (vingança)
      2. (Nifal)
        1. ser capturado
        2. ser levado embora, ser removido
        3. ser tomado, ser trazido para
      3. (Pual)
        1. ser tomado de ou para fora de
        2. ser roubado de
        3. ser levado cativo
        4. ser levado, ser removido
      4. (Hofal)
        1. ser tomado em, ser trazido para
        2. ser tirado de
        3. ser levado
      5. (Hitpael)
        1. tomar posse de alguém
        2. lampejar (referindo-se a relâmpago)

    אֱנֹושׁ


    (H582)
    ʼĕnôwsh (en-oshe')

    0582 אנוש ’enowsh

    procedente de 605; DITAT - 136a; n m

    1. homem, homem mortal, pessoa, humanidade
      1. referindo-se a um indivíduo
      2. homens (coletivo)
      3. homem, humanidade

    פֶּה


    (H6310)
    peh (peh)

    06310 פה peh

    procedente de 6284; DITAT - 1738; n. m. peh

    1. boca
      1. boca (referindo-se ao homem)
      2. boca (como órgão da fala)
      3. boca (referindo-se aos animais)
      4. boca, abertura (de um poço, rio, etc.)
      5. extremidade, fim pim
    2. um peso equivalente a um terço de um siclo, ocorre somente em 1Sm 13:21

    צַיִד


    (H6718)
    tsayid (tsah'-yid)

    06718 ציד tsayid

    procedente de uma forma de 6679 e com o mesmo significado; DITAT - 1885a,1886a; n. m.

    1. caçada, caça
      1. caçada
      2. animal caçado
    2. provisão, alimento
      1. provisão, alimento, mantimento

    שָׁאַל


    (H7592)
    shâʼal (shaw-al')

    07592 שאל sha’al ou שׂאל sha’el

    uma raiz primitiva; DITAT - 2303; v.

    1. perguntar, inquirir, pedir emprestado, pedir esmola
      1. (Qal)
        1. perguntar, pedir
        2. pedir (um favor), emprestar
        3. indagar, inquirir de
        4. inquirir, consultar (referindo-se à divindade, oráculo)
        5. buscar
      2. (Nifal) perguntar-se, pedir licença para ausentar-se
      3. (Piel)
        1. indagar, indagar cuidadosamente
        2. pedir esmolas, praticar a mendicância
      4. (Hifil)
        1. ser dado mediante solicitação
        2. conceder, transferir para, permitir que alguém peça (com êxito), conceder ou emprestar

          (mediante pedido), conceder ou transferir para


    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo