Enciclopédia de Juízes 14:7-7

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jz 14: 7

Versão Versículo
ARA Desceu, e falou àquela mulher, e dela se agradou.
ARC E desceu, e falou àquela mulher, e agradou aos olhos de Sansão.
TB Desceu e falou com a mulher; e ela muito lhe agradou.
HSB וַיֵּ֖רֶד וַיְדַבֵּ֣ר לָאִשָּׁ֑ה וַתִּישַׁ֖ר בְּעֵינֵ֥י שִׁמְשֽׁוֹן׃
BKJ E ele desceu, e falou com a mulher; e ela agradou muito a Sansão.
LTT E desceu, e falou àquela mulher, e ela agradou aos olhos de Sansão.
BJ2 Ele desceu, encontrou-se com a mulher, e ela lhe agradou.
VULG Descenditque, et locutus est mulieri quæ placuerat oculis ejus.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Juízes 14:7

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A AMEAÇA FILISTÉIA

séculos XII a XI a.C.
QUEM ERAM OS FILISTEUS
Sem dúvida, os filisteus representavam a ameaça mais séria à nação de Israel. Em seu quinto ano de reinado - 1180 a.C. Ramsés Ill, rei do Egito, derrotou os "povos do mar" numa batalha naval corrida, provavelmente, na foz do Nilo. Seus atos foram registrados em relevos entalhados nas paredes do templo consagrado a Amon em Medinet Habu, na margem ocidental do Nilo, próximo a Tebas. Esses relevos mostram os povos do mar chegando no Egito em carroções e embarcações .com suas famílias e pertences (parte do povo se deslocou por terra, acompanhando a costa do Levante). Um dos grupos dos povos do mar, chamado de pereset, é retratado usando adornos para a cabeça feitos com penas ou pedaços de junco alinhados perpendicularmente a uma faixa horizontal. Esse grupo corresponde as filisteus do Antign Testamento.
Um dos símbolos pictográficos encontrados num disco de argila em Festo, Creta, datado do século XVII a.C., mostra um adorno para a cabeça bastante parecido com os de Medinet Habu. Esta semelhança e a referência de Amós a Caftor' como local de procedência dos filisteus indicam que eram um grupo de origem cretense. A designação Caftor é equiparada com o nome egípcio Keftyw ("Creta"). E provável que os filisteus tenham sido expulsos de Creta por outros povos do mar, cuja identidade não vem ao caso aqui. Porém, estudos de anéis anuais de árvores europeias e mudanças de nível em turfeiras e lagos sugerem a ocorrência de uma crise no clima da Europa c. 1200 a.C., fato que pode ter desencadeado as migrações.
Os egípcios afirmavam ter conquistado uma grande vitória em sua batalha contra os povos do mar. O Papiro de Harris de Ramsés IV (1153-1147 a.C.) - um papiro com 40 m de comprimento no qual se encontram registrados os acontecimentos do reinado de Ramsés III - declara: "Derrotei todos aqueles que ultrapassaram os fronteiras do Egito, vindos de suas terras. Aniquilei o povo danuna vindo de suas ilhas, os tiekker e os pereset (filisteus)... os sherden e os weshwesh do mar foram exterminados". Os filisteus derrotados se assentaram na planície costeira do sul da Palestina, daí o nome dessa região.

A CULTURA FILISTÉIA
À chegada dos filisteus na Palestina é marcada em termos arqueológicos por suas cerâmicas peculiares (Período Micênico HIC1b), bastante semelhantes a exemplares egeus. Os filisteus foram o primeiro povo a usar o ferro na Palestina e, portanto, arqueologicamente, sua chegada também é marcada pela transição da Idade do Bronze para a Idade do Ferro. Devido ao monopólio desse metal pelos filisteus, os israelitas se tornarem dependentes de seus ferreiros para afar ferramentas. Cinco cidades filistéias importantes foram fundadas na costa do Mediterrâneo ou próximo a esta: Gaza, Asquelom, Asdode, Ecrom e Gate. O governante da cidade era chamado, em hebraico, de seren, um termo usado apenas para governantes filisteus e associado, por meio da língua grega, à palavra "tirano".

SANSÃO
O juiz Sangar libertou Israel dos filisteus, mas quem recebe destaque é Sansão, o juiz com forças sobre-humanas demonstradas quando ele matou mil homens com a queixada de um jumento e carregou a porta da cidade de Gaza até o alto de um monte? que julgou sobre Israel durante doze anos.* Seu ponto fraco, a atração por mulheres estrangeiras, o levou a perder os cabelos, a força e a visão. Apesar de seus atos de heroísmo dramáticos, Sansão não livrou Israel da opressão filistéia.

SAMUEL
Os filisteus representavam uma ameaça inigualável.' Eram soldados disciplinados possuíam armas superiores às dos israelitas. Cansados de invadir e saquear periodicamente o território de Israel, procuraram conquistá-lo em caráter definitivo. Deslocando-se do litoral para o interior, ocuparam grande parte dos montes da região central. Foi nesse contexto que Samuel cresceu na cidade de Siló, na região montanhosa de Efraim. Ali ficava o tabernáculo, ao qual haviam sido acrescentadas algumas construções permanentes," formando um complexo chamado de "templo do Senhor"." Durante sua juventude, Samuel foi instruído pelo sacerdote idoso Eli. Ao atingir a idade adulta, Samuel foi reconhecido como profeta do Senhor em todo o Israel, desde Da até Berseba. Também atuou como juiz, percorrendo um circuito que incluía Betel, Gilgal, Mispa e Ramá, a cidade onde morava.

OS FILISTEUS TOMAM A ARCA
De acordo com o livro de Samuel, depois que os filisteus mataram quatro mil israelitas no campo de batalha em Afeca, o povo pediu que a arca da Aliança fosse trazida de Siló para o acampamento israelita em Ebenézer (possivelmente Izbet Sarteh). Quando os filisteus ouviram os gritos de júbilo dos israelitas, pensaram que um deus havia chegado ao acampamento de Israel. Na batalha subsequente, os israelitas foram massacrados: trinta mil soldados, inclusive os dois filhos rebeldes de Eli, morreram e a arca da aliança foi tomada. Ao receber essa notícia, Eli caiu da cadeira onde estava assentado, quebrou o pescoço e morreu. Sua nora também morreu durante o parto, exclamando: "Foi-se a glória de Israel" (1Sm 4:22).
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Ocupação da Terra Prometida

Informações no mapa

Sídon

Damasco

Mte. Hermom

Baal-Gade

Tiro

Abel-Bete- Maacá

Dã, Laís, Lesém

Bete-Anate

Quedes

Basã

Hazor

ASER

NAFTALI

MANASSÉS

Aco

Rio Quisom

Quinerete

Mar de Quinerete

Golã

Astarote

Belém

Harosete

Jocneão

Ofra

ZEBULÃO

Mte. Tabor

Colina de Moré

Havote-Jair?

Dor

Megido

ISSACAR

Debir

Camom

Edrei

Quedes, Quisiom

Taanaque

Fonte de Harode

Bete-Sita

Bete-Seã

Ibleão

Ramote (Ramote-Gileade)

Jabes-Gileade?

Terra de Tobe

Héfer

MANASSÉS

Abel- Meolá

Samir (Samaria)

Tebes

Zafom

Mte. Ebal

Mte. Gerizim

Siquém

Piratom

Afeque

Tapua

Sucote

Jaboque

Maanaim

Penuel

Mispá, Mispa

Rio Jordão

GRANDE MAR, MAR OCIDENTAL

Jope

EFRAIM

Silo

Timnate- Sera

GADE

Jogbeá

AMOM

Rabá

Abel-Queramim

Minite

Mefaate

Bete-Harã

Hesbom

Bezer

Betel

Vale de Soreque

Jabneel

Mispá, Mispa

Gilgal

BENJAMIM

Timná

Asdode

Ecrom

Zorá

Estaol

Gibeá

Jerusalém

Leí

Belém, Efrata

Ascalom

Libna

Adulão

RUBEM

Quedemote

Eter, Toquém

Eglom

Laquis

Hebrom

Gaza

(SIMEÃO)

Etão

En-Gedi

Mar Salgado

Arnom

Dibom

Aroer

Debir

Anabe

Ziclague

Aim

Gósen

Hazar-Susa

Bete-Marcabote

Quesil, Betul

Saruém, Saaraim, Silim

Asã, Aim

Berseba

Hazar-Sual

Baalate-Beer, Ramá, Baal

MOABE

JUDÁ

Ezém

Bete-Lebaote, Bete-Biri

Torrente do Egito

Neguebe

Deserto de Zim

Mte. Halaque

Subida de Acrabim

EDOM, SEIR

Zerede

Azmom

Carca

Hazar-Adar

Cades, Cades-Barneia

Informações no mapa

Cidades encravadas de Simeão

Cidades encravadas de Manassés

Cidades de Refúgio

Juízes

1 Otniel

2 Eúde

3 Sangar

4 Baraque

5 Gideão

6 Tola

7 Jair

8 Jefté

9 Ibsã

10 Elom

11 Abdom

12 Sansão


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Juízes Capítulo 14 do versículo 1 até o 20
2. Sansão em Timna (14:1-20)

a. Um jovem muito tolo (14:1-4). Já crescido e quase na idade adulta, desceu Sansão a Timna (1) e apaixonou-se por uma moça filistéia. Timna era uma cidade na fronteira de Judá, atribuída a Dã (Js 15:10-19.43), e aparentemente estava nas mãos dos filisteus naquela época. É a moderna Tibneh, cerca de 15 quilômetros a oeste-sudoeste de Jerusa-lém. Quando voltou para casa, deixou seus pais piedosos chocados (cf. a reação de Isaque e Rebeca diante dos casamentos de Esaú, Gn 26:34-35; 27.46), ao anunciar: "Vi uma mulher em Timna com a qual gostaria de me casar. Façam os preparativos para o casa-mento". Normalmente eram os pais hebreus que escolhiam as noivas para seus filhos (Gn 24:1-3; 28.1,2; 38.6). Sansão fez sua própria escolha, mas desejava que seu pai com-pletasse os preparativos.

Manoá e sua esposa fizeram as devidas objeções. O casamento era definitivamente contrário à lei mosaica (Êx 34:16; Dt 7:3). Muitos filhos deixaram de gozar da sabedoria de seus pais para provarem o fruto amargo de suas próprias escolhas teimosas. "Não há uma moça adequada para você no meio do nosso povo?", perguntaram eles. Esta é a lei de Deus até hoje. Um cristão deve sempre se casar com alguém que identifique com ele a mesma fé (2 Co 6.14). É possível que alguns, inocentemente, achem que poderão encon-trar felicidade mesmo quando desprezam esta lei divina. Que tais pessoas ponderem sobre os tristes exemplos que podem ser vistos hoje em dia.

Sansão foi persistente. Tomai-me esta, exigiu ele, porque ela agrada aos meus olhos (3) ou "porque ela é correta aos meus olhos". Como é comum que os olhos dos jovens os façam tomar decisões tolas e imutáveis! Qualquer casamento baseado pura-mente na atração física está destinado a não durar "até que a morte os separe". Mas Deus usava a obstinada teimosia desse rapaz para seus próprios propósitos. O Senhor extrairia coisas boas desta situação infeliz. O fato de Israel estar sujeito aos filisteus foi destacado: naquele tempo, os filisteus dominavam sobre Israel (4).

  • Um leão doce (14:5-9). Sansão desceu a Timna com seus pais. Quando passou pelos vinhedos, um leão jovem rugiu para ele. Sansão agarrou a fera com suas mãos e o dividiu ao meio (cf. 1 Sm 17:34-36; 2 Sm 23.20). Os leões eram comuns na Palestina dos tempos bíblicos. Mas Sansão não mencionou o incidente a seus pais. Possivelmente, eles discutiram e separaram-se no caminho, e Sansão estava sozinho quando lutou com o leão. Não é necessário mudar o texto e excluir a referência aos pais de Sansão com o objetivo de explicar os verbos singulares em hebraico no versículo 5. Na casa da moça ele discutiu o noivado e estava bastante satisfeito com sua escolha.
  • É provável que Sansão tenha retornado apenas depois de um ano para reivindicar sua noiva. No caminho, ele passou pelo lugar onde encontrara o rei dos animais e des-viou-se do caminho a ver o corpo do leão morto (8). Ele se surpreendeu por ter descoberto que as abelhas haviam feito uma colméia naquele corpo sem vida. Colocou um pouco de mel em suas mãos e foi comendo pelo caminho. Quando se reuniu com seus pais, compartilhou com eles aquela iguaria, mas não disse onde havia conseguido aquilo. Até onde sabemos por meio do relato, a única proibição do nazireado (cf.comentário de Jz 13:5) que Sansão observara foi a de não cortar o cabelo. Aqui e em muitos outros momen-tos em suas batalhas com os filisteus, Sansão entra em contato com algum corpo morto. Não há aqui uma menção específica da abstinência do vinho ou do fruto da vide.

  • O enigma de Sansão (14:10-14). Depois de ter-se casado, Sansão seguiu o costume da época e deu uma grande festa. Trinta homens filisteus foram convidados como o vissem (11), ou, como traduz a LXX, "porque o temiam". O propósito usual da compa-nhia de jovens rapazes seria a atitude de agirem como guarda-costas para o noivo. Neste caso, foram usados para proteger os filisteus do noivo!
  • Como parte das festividades do casamento, Sansão propôs um enigma, e prometeu que se seus trinta acompanhantes pudessem desvendá-lo antes do final da semana das comemorações, ele lhes daria trinta lençóis e trinta mudas de vestes (12) ou "trinta roupas de baixo e 30 conjuntos". Se não conseguissem, então deveriam dar o mesmo para ele. O enigma era: Do comedor saiu comida, e doçura saiu do forte (14). Este enigma pode ser tão claro como cristal quanto permanecer obscuro. Mesmo depois de três dias, eles não conseguiram resolvê-lo.

  • A traiçoeira noiva de Sansão (14:15-20). Finalmente, ao sétimo dia (15), os con-vidados estavam tão desesperados que ameaçaram queimar vivos a esposa de Sansão e os seus parentes, se ela não descobrisse a resposta do enigma e lhes revelasse. Chamastes-nos vós, aqui, para possuir o que é nosso, não é assim? Vários esforços têm sido feitos para conciliar a expressão ao sétimo dia com o versículo 17. Na LXX lê-se "no quarto dia"; mas isso não é particularmente útil. Possivelmente os sete dias (17) devam ser entendidos como uma expressão para descrever a urgência com a qual a noiva pres-sionou em busca de uma resposta. Sansão parecia particularmente vulnerável às lágri-mas e ao amor fingido de uma mulher (cf. 16.6ss).
  • Finalmente, ao sétimo dia, Sansão revelou a resposta à moça porquanto o im-portunava (17). Imediatamente ela contou aos seus compatriotas e, no último dia, antes de se pôr o sol (18) — talvez com o significado de "antes de Sansão descer à câmara nupcial" (cf.comentário de 13.24), uma vez que a união propriamente dita ocorria no final das alegres festividades (cf Gn 29:22-23) e não no início — eles trouxe-ram a resposta a Sansão: Que coisa há mais doce do que o mel? E que coisa há mais forte do que o leão? Sansão não teve dificuldade para descobrir a fonte de sua informação. Se vós não lavrásseis com a minha novilha — uma expressão vulgar que significava "se vocês não tivessem dormido com a minha esposa" —, nunca teríeis descoberto o meu enigma.

    Com uma dívida a ser paga, o Espírito do Senhor (19) desceu poderosamente sobre Sansão e capacitou-o com força sobre-humana. Ele desceu aos asquelonitas, os habitantes de um dos cinco maiores centros filisteus, a cerca de 32 quilômetros de dis-tância, matou deles trinta homens (19), tomou suas roupas como espólio e deu-as aos seus oponentes. Acendeu-se a sua ira e, sem reclamar sua noiva, subiu à casa de seu pai. Neste meio tempo, a mulher de Sansão foi dada ao seu companheiro, que o acompanhava (20), o seu "padrinho" no casamento (cf. Jo 3:29). Isto acontecia com o objetivo de salvar a noiva da desgraça.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Juízes Capítulo 14 do versículo 1 até o 20
    *

    14.1—15.20 Imediatamente depois de entender que o Senhor estava com Sansão e que o Espírito começava a se mover nele (13.25), o leitor é informado de que Sansão procurou uma esposa dentre os filisteus (14.1-2). Nessa seção é revelado que Sansão tinha forças prodigiosas, capacidades poéticas, e orgulho e mau gênio intensos. A narrativa gira em torno da busca e da perda da esposa filistéia e das conseqüências tanto para a Filístia quanto para Sansão. No decurso desses eventos, Sansão violou o voto do nazireado ao tocar num animal morto (14.8-9), e ao beber vinho (v. 10). Tudo que lhe restava fazer nesse sentido era cortar os seus cabelos. Três vezes o Espírito do Senhor veio sobre ele, e ele matou os seus inimigos. Liderou Israel durante vinte anos (15.20). Normalmente, esse seria o fim da narrativa. Sansão, no entanto, continuava a se deixar desviar por mulheres estrangeiras, e a história termina com a narrativa da sua morte como resultado de seus próprios feitos (cap. 16).

    * 14:2

    uma mulher... dos filisteus. Os israelitas não devem casar-se com mulheres estrangeiras (3.1-6; 14.3; Dt 7:3-4; 1Rs 11:1-6; Ed 9–10).

    * 14.4 isto vinha do SENHOR. Embora o desejo de Sansão fosse pecaminoso, Deus o usou visando seus próprios propósitos de exercer o juízo contra os filisteus.

    * 14:6

    Espírito do SENHOR. Ver 3.10, nota.

    * 14.8, 9 o corpo do leão. Parte do voto nazireu incluía evitar a mínima aproximação a um cadáver (Nm 6:6). Sansão tocou no cadáver, o que já anularia o seu voto. Não contou aos pais. À primeira vista, imaginaríamos que ele guardou segredo visando o propósito de apresentar o seu enigma, mas também estava escondendo a transgressão do seu voto.

    *

    14.10 fez... um banquete. Num banquete destes, o vinho era normalmente servido. Mas Sansão, como nazireu, era proibido de beber vinho (13.1–16.31, nota; 13 2:25, nota).

    * 14.19 o Espírito do SENHOR. Ver 3.10, nota.

    *

    14.20 Ao companheiro de honra. Esse não era um costume, mas uma tentativa de um pai envergonhado em salvar as aparências (15.1-2). Até mesmo os filisteus continuavam a referir-se a Sansão como “o genro do timnita” (15.6).



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Juízes Capítulo 14 do versículo 1 até o 20
    14:3 Por muitas razões, os pais do Sansón se opuseram a seu casamento com a filistéia: (1) ia contra a Lei de Deus (Ex 34:15-17; Dt 7:1-4). Em 3:5-7 encontramos um duro exemplo do que passou quando os israelitas se casaram com pagãos. (2) Os filisteus eram os maiores inimigos dos israelitas. Casar-se com uma odiada filistéia seria uma desgraça para a família do Sansón. Mas o pai do Sansón cedeu ante a demanda de seu filho e permitiu o casamento, mesmo que tinha o direito de negá-lo.

    14:6 "E o Espírito do Jeová veio sobre o Sansón" se refere à extraordinária força física que o Espírito do Senhor lhe deu. Ao parecer, ao Sansón somente o afetou no incremento de sua força física.

    14:18 "Se não arassem com meu novilla" significa "se não tivessem manipulado a minha esposa". Se não tivessem ameaçado a sua esposa, não teriam sabido a resposta de seu enigma.

    14:19 Sansón empregou impulsivamente e com propósitos egoístas o dom especial que Deus lhe deu. Hoje em dia, Deus distribui habilidades e capacidades em toda a igreja (1Co 12:1ss). O apóstolo Paulo afirma que estes dons se devem utilizar para "a edificação do corpo de Cristo" (Ef 4:12). empregá-los com propósitos egoístas é roubar força à igreja, à comunidade de crentes. Quando utilizar os dons que Deus lhe deu, assegure-se de ajudar a outros, não só a você mesmo.

    AS AVENTURAS DO SANSON : Sansón cresceu na Zora e quis casar-se com uma filistéia do Timnat. Enganado em sua própria festa de bodas, dirigiu-se ao Ascalón e matou alguns filisteus e roubou suas túnicas para pagar a aposta. Mais tarde, deixou-se capturar e o levaram ao Lehi onde desatou suas cordas e matou a mil pessoas.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Juízes Capítulo 14 do versículo 1 até o 20
    B. A MULHER DE Timna (14: 1-15: 8)

    1 Desceu Sansão a Timna, e viu uma mulher em Timna, das filhas dos filisteus. 2 E ele veio para cima, e disse a seu pai e sua mãe, e disse: Vi uma mulher em Timna, das filhas do filisteus; agora, pois, tomai-ma por mulher. 3 , seu pai e sua mãe lhe disse: Existe nunca uma mulher entre as filhas de teus irmãos, nem entre todo o meu povo, para que tu vás tomar mulher dos incircuncisos filisteus? E disse Sansão a seu pai, Levá-la para mim; para ela muito me agrada. 4 Mas seu pai e sua mãe não sabiam que isto vinha do Senhor; que buscava ocasião contra os filisteus. Agora, nesse momento os filisteus dominavam sobre Israel.

    5 Desceu, pois, e seu pai e sua mãe, a Timna, e chegando às vinhas de Timna, e eis que, um jovem leão rugiu contra Ec 6:1 E o Espírito do Senhor se apossou dele, e ele lhe alugar como ele teria um cabrito; e ele não tinha nada em sua mão, mas ele não disse a seu pai ou a sua mãe o que tinha feito. 7 E desceu, e falou com a mulher; e ela muito lhe agradou. 8 E depois de um tempo ele voltou a tomá-la; E virou-se para ver o corpo do leão: e eis que havia um enxame de abelhas no corpo do leão, e mel. 9 E tomou-o nas mãos, foi andando e comendo dele; e ele foi para seu pai e mãe, e deu-lhes, e eles comeram; porém não lhes disse que havia tirado o mel do corpo do leão.

    10 E seu pai, desceram às da mulher; e Sansão fez ali um banquete; . porque assim os jovens a fazer 11 . E aconteceu que, quando o viram, trouxeram trinta companheiros para estarem com Ec 12:1 Sansão lhes disse: Deixa-me propõe um enigma até você: se vos pode declarar-se em mim nos sete dias da festa, e encontrá-lo para fora, então eu vos darei trinta túnicas de linho e trinta mantos; 13 mas se não puderdes-se em mim, então vós me dar trinta vestes de linho e trinta mudas de roupa. E eles disseram-lhe: Põe o teu enigma, para que possamos ouvi- Lv 14:1 E disse-lhes:

    Do que come saiu comida,

    E do forte saiu doçura.

    E em três dias não conseguia decifrar o enigma.

    15 E sucedeu que, ao sétimo dia, disseram à mulher de Sansão: Persuade teu marido, que ele pode declarar-nos o enigma, para que não queimemos ti e à casa de teu pai com fogo: tendes nos chamou para nos empobrecer? não é assim? 16 E a mulher de Sansão chorou diante dele, e disse: Tu fazes mas me odeiam, e amas: Não me tens propõe um enigma aos filhos do meu povo, e não mo declaraste a mim. E ele disse-lhe: Eis que eu não disse a meu pai nem minha mãe, e eu digo-te? 17 E chorou diante dele os sete dias em que celebravam as bodas e aconteceu no sétimo dia, que ele disse a ela, porque ela o pressionava ferida; então ela declarou o enigma aos filhos do seu Pv 18:1 E os homens da cidade lhe disseram: no sétimo dia antes de o sol se punha, que é mais doce que o mel? eo que é mais forte do que o leão? E ele disse-lhes:

    Se vós não tivésseis lavrado com a minha novilha,

    Ye não tinha descoberto o meu enigma.

    19 E o Espírito do Senhor se apossou dele, e ele desceu para Ashkelon, e feriu trinta dos seus homens, e tomou as suas roupas, e deu as mudas de roupa aos que declararam o enigma. E se em ira, e ele foi até a casa de seu pai. 20 E a mulher de Sansão foidada ao seu companheiro, a quem ele havia usado como seu amigo.

    1 Mas aconteceu que depois de um tempo, no tempo da colheita do trigo, Sansão visitou a sua mulher com uma criança; e ele disse, eu irei para a minha esposa para a câmara. . Mas o pai dela não o deixou ir em 2 e seu pai disse: Eu, na verdade pensei que tinhas absolutamente odiava; por isso a dei ao teu companheiro: não é sua irmã mais nova formosa do que ela? levá-la, peço-te, em vez dela. 3 Então Sansão lhes disse: Desta vez eu serei irrepreensível no que diz respeito dos filisteus, quando lhes fizer algum Ml 4:1 E Sansão foi, apanhou trezentas raposas, e, tomando tochas e virou cauda a cauda, ​​e lhes pôs uma tocha no meio de cada duas caudas. 5 E quando ele tinha definido as marcas no fogo, ele deixá-los entrar na seara dos filisteus, e consumiu tanto os choques e o em pé de grãos, e também os olivais. 6 Então os filisteus: Quem fez isto? E eles disseram: Sansão, o filho-de-lei do timnita, porque ele tomou a sua mulher, e deu a seu companheiro. E os filisteus, e queimaram a ela e ao pai com o fogo. 7 Sansão disse-lhes: Se vós fazer desta maneira, com certeza eu vou ser vingado de vós, e depois que eu cessará. 8 E feriu-quadril e coxa com grande matança, e ele desceu, e habitou na fenda da rocha de Etã.

    É significativo que a história de Sansão é aberta com a declaração: "E os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau aos olhos do Senhor; eo Senhor os entregou na mão dos filisteus por 40 anos "( Jz 13:1 ), ele não impediu o casamento. "Os episódios Samson refletem uma situação instável quando ainda não havia uma guerra aberta entre os dois povos."

    À luz destes fundos, é necessário perceber que Israel aparentemente foi apático para Sansão. Mesmo que o Espírito do Senhor estava sobre ele com o objetivo de entregar Israel dos filisteus, co-existência, em vez de libertação era o desejo popular.

    Embora houvesse irregularidades graves no comportamento de Sansão o Nazireu, parece que ele era um homem à frente do seu tempo e, conseqüentemente, indesejável. Mudou-se para libertar Israel, mas Israel não se impressionou. Não até que as crises graves relacionados com a primeira batalha em Ebenezer fez 1srael sacudir sua apatia e buscar a libertação (conforme 1Sm 4:1 , Jz 14:4 ).

    Contra a vontade de seus pais, Samson persistiu em seu desejo de se casar com a mulher de Timna. No entanto, esta persistência envolveu mais do que o amor de um homem por uma mulher; foi também uma ocasião para provocar os filisteus para abrir hostilidade. Tal desenvolvimento, supostamente, iria reunir Israel por trás do vestido libertador do Espírito. No entanto, não houve tal resposta por parte de Israel.

    Líderes enfrentam continuamente esta dificuldade. Alguns que poderia ter feito uma grande contribuição para a humanidade nunca têm a oportunidade, porque eles parecem ter sido fora de sintonia com os seus contemporâneos e os tempos em que viviam.Outros, menos capazes de contribuir para o bem-estar da humanidade, aparecer no momento oportuno e lugar e realizar boa fenomenal. Samson nunca foi capaz de reunir um exército e despertar as pessoas.

    O casamento de Samson revela uma relação tensa na casa de Manoá. Era costume dos pais para organizar o casamento de seus filhos, mas parece que os pais de Sansão não providenciar sua. Eles procuraram cumprir as directivas divinas na criação deste filho da promessa, o seu único filho. Sua persistência em um casamento de que não aprovava foi extremamente difícil para eles, e mais ainda, uma vez que não podia perceber qualquer atividade do Senhor nele.

    O casamento de Sansão não estava em nenhum sentido Ct 1:1 ). Esta parece ser uma conspiração por parte desses filisteus para humilhar e urtiga Samson pouco antes de ele entrou na privacidade da noite de núpcias.

    Sansão, que tinha procurado para provocar os filisteus, encontrou-se com tanta raiva que ele nunca consumado totalmente o casamento (v. Jz 14:19 ). Em vez disso, depois de ter feito o pagamento adequado para a aposta que tinha feito, ele foi para casa para seus pais. Sua partida raiva exigiu uma ação direta por parte dos pais da noiva para salvá-la de grande humilhação. E a mulher de Sansão foi dada ao seu companheiro, que lhe servira de seu amigo (v. Jz 14:20 ). Aparentemente, ela foi dada para o melhor homem.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Juízes Capítulo 14 do versículo 1 até o 20
  • Ele afronta os pais (14:1-4)
  • A forma como nos damos com nos-sos entes queridos pode ser uma evidência de declínio espiritual, "Desceu Sansão [...]" (14:
    1) é uma verdade tanto sob o aspecto espiri-tual como geográfico. Ele, em vez de ficar nos limites de Israel, foi ac território inimigo e apaixonou-se por uma mulher pagã. Ele conhecia as leis de separação que Deus deu aos judeus, mas escolheu ignorá-las (veja Êx 34:16; Dt 7:3 e 2Co 6:14-47 conta-nos que o nazireu não deve jamais tocar um cadáver, mas ele contamina-se deliberada- mente por causa do mel! Quantos cristãos de hoje contaminam-se apenas para desfrutar de um pouco de mel da carcaça do leão — tal-vez seja um livro popular, um fil-me ou uma amizade questionável. É triste dizer que Sansão passou o pecado para os pais e, depois, fez uma brincadeira com isso a fim de entreter seus amigos! Ele, como na-zireu e judeu, não tinha o direito de tomar por esposa "uma das fi-lhas dos filisteus", de realizar um casamento mundano. O casamen-to nunca se concretizou, mas a se-mente do pecado já fora semeada no coração dele.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Juízes Capítulo 14 do versículo 1 até o 20
    14.1 Timna, 7 km ao sudoeste de Zorá A penetração pacífica dos filisteus é evidente, dando liberdade aos israelitas (inclusive a Sansão e seus pais) de passar a fronteira mal definida (conforme 13.1n).
    14.3 Incircuncisos. Os filisteus, em contraste com os israelitas e os outros povos vizinhos (semitas); não praticavam a circuncisão. Esposa dos filisteus. Como alguns jovens, hoje em dia, Sansão não fez caso da lei de Deus, contrária ao casamento misto (Êx 34:16; Dt

    7,3) , nem se submeteu à vontade dos pais.
    14.4 Isto vinha do Senhor. Em vista do perigo do desaparecimento da fé e do culto ao Deus verdadeiro, houve necessidade de reconhecer-se que os filisteus eram inimigos, e não apenas portadores de uma nova e valiosa cultura.

    14.9 O favo nas mãos. Novamente notamos a falta de sinceridade da parte de Sansão que, pelo voto de nazireu, lhe era proibido aproximar-se de um cadáver. Talvez por isso, nada informou a seus pais.

    14.13 Camisas. Eram grandes panos de linho fino, quadrangulares, colocados junto ao corpo de dia e à noite. Vestes festivais. Equivalentes ao "terno de domingo", de hoje em dia.

    14.15 Ao sétimo dia. Na Septuaginta encontra-se: "no quarto dia". Isto resolveria a aparente confusão do número de dias, neste trecho.

    14.16 Nem a meu pai... A responsabilidade e a honra devidas aos pais eram mais importantes do que o dever relativo à esposa, especialmente a que permanecia na casa de seus pais, conforme 15.1n.

    14.17 Importunava. "Água mole, em pedra dura, tanto bate até que fura". A razão de ter importunado a Sansão, ao ponto deste revelar-lhe o seu segredo, foi porque seu casamento não fora consumado; foi, por isso invalidado. Ainda piores, porém, são as conseqüências narradas em 15.6.

    14.19 Novamente se depara com um aspecto do poder físico quando o Espírito de Deus se apossou de Sansão. Mais tarde, novos elementos relacionados com virtudes morais e espirituais se destacam por ocasião da vinda do Espírito Santo (conforme Sl 51:11; At 1:8; Jo 16:0, título esse que João Batista usa para indicar sua relação com o Senhor Jesus Cristo.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Juízes Capítulo 14 do versículo 1 até o 20
    14.1. Timncr. Aharoni {MBA, mapas n. 79, 80; LOB, p.
    267) está a favor da atual Tell el-Batashi, a cerca Dt 7:0

    30). v. 10. Sansão deu ali uma festa-, lit. “uma festa de bebidas”. Novamente parece que o voto não era empecilho, v. 11. Quando ele chegou-, Burney muda rh (ver) parayr’ (temer). Visto que Sansão era temido, foram recrutados 30 companheiros. O texto é adequado como está. v. 12. Vou propor-lhes um enigma-, lit. “ vou ‘enigmar’ um enigma”. Esses estratagemas eram comuns no mundo antigo, geralmente como um teste de inteligência ou de habilidade. O enigma de Sansão é uma perfeita parelha de versos (3 + 3), cujo significado só seria compreensível a quem estivesse familiarizado com o incidente do leão. (Mas conforme J. R. Porter, JTS, 13 [1962], p. 106-9, acerca de outra sugestão.)

    v. 15. No quarto dia\ no hebraico está “no sétimo dia”, mas a maioria das versões aqui segue a LXX. A seqüência exata dos eventos ainda é um pouco confusa. Convença o seu marido [...] poremos fogo em você [...] Você nos convidou para nos roubar?-, os companheiros agora suspeitam de que a coisa toda foi armada para tirar um lucro considerável e responsabilizam a família que patrocinou a coisa. O castigo anunciado prevê o destino do pai e da filha em 15.6. v. 16. a mulher de Sansão implorou-lhe aos prantos-, uma indicação do que aconteceria com Dalila. Nem a meu pai nem à minha mãe expliquei o enigma-, conforme v. 6. O seu silêncio para com os pais se deu por outra razão. v. 18. O que é mais doce...?-, a solução é, semelhantemente ao enigma, em forma poética (2 + 2), assim como é a resposta de Sansão (3 + 3). Porter (v.comentário do v. 12) argumenta que uma palavra com significado duplo (“mel” e “leão”) originariamente aparecia no final das duas linhas da resposta dos amigos e era a chave para o enigma, v. 19. Ascalom-, uma das cinco capitais dos filisteus. Esse ataque, impelido pela terceira capacitação de Javé, é o ápice da história, v. 20. a mulher [...] foi dada-, prepara o cenário para a segunda libertação (cap. 15).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Juízes Capítulo 3 do versículo 7 até o 31

    B. Os Opressores e os Libertadores de Israel. 3 : 7 - 16: 31.

    Depois de uma introdução geral que descreve a vida durante o período dos Juizes, temos uma série de episódios específicos. Em cada exemplo lemos sobre a idolatria de Israel, com seu castigo subseqüente.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Juízes Capítulo 14 do versículo 1 até o 20
    b) O casamento de Sansão (Jz 14:1-20).

    E desceu Sansão a Timnate (1), que, como Zorá e Estaol, ficava situada na fronteira de Dã com Judá (cfr. Js 15:10; Js 19:43), embora talvez nessa altura ocupada pelos filisteus. Deve ser a atual Tibnah, a 5 quilômetros de Bete-Semes. Agora, pois, tomai-ma por mulher (2). Aos pais dos noivos competia fazer os preparativos para o casamento, incluindo o preço da noiva, que seria ajustado entre eles. Neste caso, porém, não era o tipo dos casamentos normais, em que a noiva passava a viver com o marido, pois a noiva continuou a viver com a família, recebendo apenas de vez em quando a visita do marido (cfr. Jz 8:31). Dos filisteus, daqueles incircuncisos (3). Dentre os povos que, como os israelitas, praticavam nesse tempo a circuncisão, só abriam exceção aos filisteus, que por conseqüência eram conhecidos apenas pelo nome de "incircuncisos". Tomai-me esta (3). O pronome "esta" é reforçativo, como a dizer que era aquela que lhe interessava e não outra, fosse ela israelita ou não. Um filho de leão, bramando, lhe saiu ao encontro (5). Naquele tempo era vulgar o leão na Palestina, sobretudo nas matas das margens do Jordão. Como quem fende um cabrito (6). Esta força extraordinária só a Deus podia atribuir (cfr. vers. Jz 19:0). É curioso observar que na antiga mitologia (tal como Enkidu, o colega de Gilgames) era freqüente representarem-se os heróis dominando leões, pegando-os pelas pernas traseiras e rasgando-os. Sem ter nada na sua mão (6). Deste modo estrangulou Heracles o leão nemeu, influenciando a lenda talvez o escritor Josefo que afirma ter Sansão também estrangulado o leão, que se lhe deparou. Eis que no corpo do leão havia um enxame de abelhas com mel (8). Por corpo do leão naturalmente entende-se o esqueleto já completamente seco. Heródoto narra, na sua História, um caso parecido. Não é, todavia, para se acreditar, como Virgílio atesta, que as abelhas se formavam nos corpos em decomposição. E tomou-o nas suas mãos (9). Literalmente: "Raspou-o com as mãos". Como se tratava duma violação das leis do nazireu (tocar um cadáver), explica-se a razão por que ocultou a seus pais a origem do mel.

    >Jz 14:10

    Fez Sansão ali um banquete (10). O fato de se realizar o banquete em casa da noiva vem explicar o que acima se disse (vers.
    1) dos costumes do casamento. No entanto, o autor parece dar a entender que tal costume era já antiquado. Como o vissem (11). Talvez melhor: "Porque o temiam" (Ke-yir’atam em vez de Ki-r’otham). Trinta companheiros (11). Eram os "filhos das bodas" ou "da câmara nupcial" (Mc 2:19) espécie de guarda pessoal que nestes casos defendia o noivo de quaisquer ataques que lhe pudessem dirigir. Trinta lençóis e trinta mudas de vestidos (12). Os lençóis consistiam em grandes retângulos de tecido, com os quais se vestiam durante o dia e dormiam de noite, enquanto que estes últimos deviam ser vestidos para ocasiões festivas. Do comedor... (14). No hebraico, o enigma ou adivinha constituía-se de uma frase rítmica com duas partes, de três acentos cada. E sucedeu que ao sétimo dia (15). Os LXX e as versões siríacas falam em "quarto dia", de acordo com os "três dias" do vers. 14. Mas, como mais adiante se alude novamente (17) aos "sete dias" não é fácil determinar a verdadeira versão. Antes de se pôr o sol (18), ou talvez, "antes de entrar no quarto nupcial". Que coisa há mais doce que o mel? (18). Nova estrofe ritmada, desta vez com dois acentos em cada parte. A resposta de Sansão é igualmente ritmada e rima com três acentos em cada parte. "Se não lavrásseis com a novilha minha, não descobriríeis a minha adivinha", tradução de Burney. Desceu aos ascalonitas (19). A cidade de Ascalom ficava situada no litoral a cerca de 40 quilômetros de distância e fazia parte da pentápole dos filisteus (cfr. Jz 1:18). Acendeu-se a sua ira, e subiu à casa de seu pai (19). Quer dizer que desta vez não entrou no quarto nupcial. Ao seu companheiro, que o acompanhava (20). Seria o que hoje chamamos "padrinho de casamento". Cfr. Jo 3:29, onde se faz alusão ao "amigo do esposo".


    Dicionário

    Agradar

    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Contentar alguém; ser afável; demonstrar cortesia, gentileza: agradar alguém com presentes; era uma boa pessoa, só pensava em agradar.
    verbo intransitivo Parecer bem; ter encantos: esta paisagem agrada muito.
    verbo pronominal Satisfazer, causar ou sentir prazer, deleite: agradava-se dos elogios no trabalho.
    Sentir-se apaixonado, tomado de amor: agradou-se da colega de classe.
    verbo transitivo direto [Regionalismo: Nordeste] Fazer carinhos; afagar: pais que gostavam de agradar os filhos.
    Etimologia (origem da palavra agradar). A + grado, do latim gratus,a,um + ar.

    Causar ou inspirar complacência ou satisfação, Ser agradável, Contentar, Satisfazer, Sentir ou causar prazer.

    Aquela

    aquela pron. de.M Fe.M de aquele.

    Descer

    verbo intransitivo Mover-se de cima para baixo: o sol desceu.
    Baixar de nível; diminuir: as águas do rio desceram.
    Baixar de valor; cair: as apólices desceram.
    Aproximar-se do pôr do sol: o sol está descendo.
    Fazer descer; colocar no chão; apear: o vestido desceu!
    Figurado Reduzir a capacidade de: sua perspicácia nunca desce!
    verbo transitivo direto Ir ou vir de cima para baixo ao longo de: descer a escada.
    Fazer baixar; pôr embaixo; arriar: descer a bandeira.
    Dirigir-se para baixo: descer os olhos.
    Figurado Passar a ocupar um posto, uma posição inferior; decair: descer numa companhia, empresa, organização.
    verbo transitivo indireto Saltar: descer do ônibus.
    verbo bitransitivo [Informal] Golpear alguém: desceu a mão na cara dele!
    Ser o efeito, o resultado de; proceder: a pouca-vergonha desceu da monarquia aos plebeus.
    Etimologia (origem da palavra descer). Do latim descendere, descer.

    Mulher

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    Entre os judeus, a igualdade social do homem e da mulher fazia contraste com os costumes que de um modo geral prevaleceram no oriente, especialmente em tempos mais modernos. As mulheres hebraicas ainda assim gozavam de considerável liberdade. Não eram encerradas dentro de haréns, nem eram obrigadas a aparecer de face coberta – misturavam-se com os homens e os jovens nos trabalhos e nas amenidades da vida simples. As mulheres efetuavam todo o trabalho da casa (*veja Mulher casada). iam buscar água e preparavam o alimento (Gn 18:6 – 24.15 – 2 Sm 13,8) – fiavam e faziam a roupa (Êx 35:26 – 1 Sm 2.19). Também se metiam em negócios (Pv 31:14-24). Participavam da maior parte dos privilégios da religião, e algumas chegaram a ser profetisas. (*veja Débora, Hulda, Miriã.) o lugar que as mulheres tomam no N. T. mostra o efeito igualador de um evangelho, no qual ‘não pode haver… nem homem nem mulher’ (Gl 3:28). Serviam a Jesus e a Seus discípulos (Lc 8:1-3 – 23,55) – participaram dos dons do Espírito Santo, no dia de Pentecoste(At2.1a4 – cf. 1,14) – e foram preeminentes em algumas das igrejas paulinas (At 16:14 – 17.4 – cf. Fp 4:2-3). o ponto de vista de S. Paulo a respeito da igualdade dos sexos aparece de um modo especial em 1 Co 7, não sendo inconsistente com isso o ato de reconhecer que a mulher deve estar sujeita a seu marido (Ef 5:21-33Cl 3:18-19 – cf. 1 Pe 3.1 a 9). Pelo que se diz em 1 Co 11.5, parece depreender-se que era permitido às mulheres, nas reuniões da igreja, praticar os seus dons de oração e profecia, embora o falar com a cabeça descoberta seja por ele condenado, apelando para a ordenação divina da sujeição da mulher ao homem 1Co 11:3-16). Mas na mesma epístola parece retirar a permissão 1Co 14:34-36) – e em 1 Tm 2.8 a 15 a proibição de ensinar na igreja é feita com maior severidade. Entre as mulheres mencionadas no cap. 16 da epistola aos Romanos, uma pelo menos, Febe, parece ter tido uma posição oficial, a de diaconisa, na igreja de Cencréia. A respeito dos serviços que deviam prestar as viúvas sustentadas pela igreja, vede a palavra Viúva.

    [...] A mulher sinceramente espírita só poderá ser uma boa filha, boa esposa e boa mãe de família; por sua própria posição, muitas vezes tem mais necessidade do que qualquer outra pessoa das sublimes consolações; será mais forte e mais resignada nas provas da vida [...]. Se a igualdade dos direitos da mulher deve ser reconhecida em alguma parte, seguramente deve ser entre os espíritas, e a propagação do Espiritismo apressará, infalivelmente, a abolição dos privilégios que o homem a si mesmo concedeu pelo direito do mais forte. O advento do Espiritismo marcará a era da emancipação legal da mulher.
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Instruções•••, 10

    [...] A instituição da igualdade de direitos entre o homem e a mulher figura entre as mais adiantadas conquistas sociais, sejam quais forem, à parte das desfigurações que se observam nesta ou naquele ponto. É outro ângulo em que se configura claramente a previsão social da Doutrina. Há mais de um século proclama o ensino espírita: “a emancipação da mulher segue o progresso da civilização”. [...]
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

    A mulher de hoje é o mesmo Espírito de mulher do mundo primitivo, da época dos homens das cavernas e que nestes numerosos milênios foi acumulando as qualidades da inteligência e do sentimento, tendo como base de edificação da sua individualidade as funções específicas realizadas principalmente no lar, M junto ao marido e aos filhos. O Espírito feminino também se reencarnou em corpos de homem, adquirindo caracteres masculinos, mas em proporções bem menores. [...] O Espírito feminino, muito mais do que o Espírito masculino, foi adquirindo, através de suas atividades específicas na maternidade, nos trabalhos do reino doméstico, nos serviços e no amor ao marido, aos filhos e à família e nas profissões próprias, na sucessividade dos milênios, as qualidades preciosas: o sentimento, a humildade, a delicadeza, a ternura, a intuição e o amor. Estes valores estão em maior freqüência na mulher e caracterizam profundamente o sexo feminino. As belas qualidades do Espírito feminino no exercício da maternidade, fizeram surgir a imensa falange das “grandes mães” ou “grandes corações”, que é fruto de muitos trabalhos, amor e renúncia, no cumprimento correto de seus sagrados deveres, em milênios. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Analisemos o que Jesus elucidou ao apóstolo Pedro, quando falou sobre a evolução do Espírito feminino. O Espírito Irmão X reporta [no livro Boa Nova]: “Precisamos considerar, todavia, que a mulher recebeu a sagrada missão da vida. Tendo avançado mais do que o seu companheiro na estrada do sentimento, está, por isso, mais perto de Deus que, muitas vezes, lhe toma o coração por instrumento de suas mensagens, cheias de sabedoria e de misericórdia”. [...] Se Jesus disse que a mulher está mais perto de Deus, é porque é do sentimento que nascem o amor e a humildade, e com maior facilidade o Espírito feminino adquiriu preciosos valores do coração para se elevar aos planos iluminados da Vida Superior. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Nos problemas do coração, a mulher sempre ficou com a parte mais difícil, pois sempre foi a mais acusada, a mais esquecida, a mais ferida, a mais desprotegida e a mais sofredora, mesmo nos tempos atuais. [...] Apesar de todas essas ingratidões, perseguições e crueldades, em todos os tempos, para com a mulher, o Divino Mestre Jesus confia e reconhece nelas, mesmo as mais desventuradas e infelizes nos caminhos das experiências humanas, o verdadeiro sustentáculo de regeneração da Humanidade [...].
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] A mulher é a alma do lar, é quem representa os elementos dóceis e pacíficos na Humanidade. Libertada do jugo da superstição, se ela pudesse fazer ouvir sua voz nos conselhos dos povos, se a sua influência pudesse fazer-se sentir, veríamos, em breve, desaparecer o flagelo da guerra.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 55

    A mulher é um espírito reencarnado, com uma considerável soma de experiências em seu arquivo perispiritual. Quantas dessas experiências já vividas terão sido em corpos masculinos? Impossível precisar, mas, seguramente, muitas, se levarmos em conta os milênios que a Humanidade já conta de experiência na Terra. Para definir a mulher moderna, precisamos acrescentar às considerações anteriores o difícil caminho da emancipação feminina. A mulher de hoje não vive um contexto cultural em que os papéis de ambos os sexos estejam definidos por contornos precisos. A sociedade atual não espera da mulher que ela apenas abrigue e alimente os novos indivíduos, exige que ela seja também capaz de dar sua quota de produção à coletividade. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] Na revista de janeiro de 1866 [Revista Espírita], por exemplo, Kardec afirma que “[...] com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à franqueza, é um direito fundado nas mesmas Leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era de emancipação legal da mulher, como abre a da igualdade e da fraternidade”. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A Doutrina não oferece também respaldo às propostas que promovem a participação da mulher em atividades que possam comprometer a educação dos filhos. A meta do Espiritismo é a renovação da Humanidade, pela reeducação do indivíduo. E, sem dúvida, o papel da mulher é relevante para a obtenção dessa meta, já que é ela que abriga os que retornam à vida terrena para uma nova encarnação na intimidade do seu organismo, numa interação que já exerce marcante influência sobre o indivíduo. É ela também o elemento de ligação do reencarnante com o mundo, e o relacionamento mãe/filho nos primeiros anos de vida marca o indivíduo de maneira bastante forte [...].
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A mulher é um Espírito reencarnado. Aporta a essa vida, trazendo em seu arquivo milhares de experiências pretéritas. São conhecimentos e vivências que se transformam em um chamamento forte para realizações neste ou naquele setor da atividade humana. Privá-la de responder a esse chamamento interior será, mais uma vez, restringir-lhe a liberdade, considerando-a um ser incapaz de tomar decisões, de gerir sua própria vida e, sobretudo, será impedi-la de conhecer-se e de crescer espiritualmente.
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] A mulher é a estrela de bonança nos temporais da vida.
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 3, cap• 3, it• 3

    [...] a mulher dentro [do lar] é a força essencial, que rege a própria vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A mulher é a bênção de luz para as vinhas do homem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é uma taça em que o Todo-Sábio deita a água milagrosa do amor com mais intensidade, para que a vida se engrandeça. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39


    Mulher Jesus tratou as mulheres com uma proximidade e uma familiaridade que chamou a atenção até de seus discípulos (Jo 4:27). São diversas as ocasiões em que falou com elas em público e mesmo em situações bastante delicadas (Mt 26:7; Lc 7:35-50; 10,38ss.; Jo 8:3-11).

    Apresentou-as como exemplo (Mt 13:33; 25,1-13; Lc 15:8) e elogiou sua fé (Mt 15:28). Várias mulheres foram objeto de milagres de Jesus (Mt 8:14; 9,20; 15,22; Lc 8:2; 13,11) e se tornaram discípulas dele (Lc 8:1-3; 23,55). Nada conduziu Jesus a um idealismo feminista nem o impediu de considerar que elas podiam pecar exatamente como os homens (Mc 10:12). Também não estão ausentes dos evangelhos as narrativas referentes a mulheres de conduta perversa como Herodíades.

    Não são poucos os simbolismos que Jesus emprega partindo de circunstâncias próprias da condição feminina, como a de ser mãe. Os evangelhos reúnem ainda referências muito positivas ao papel das mulheres em episódios como a crucifixão (Mt 27:55; Mc 15:40; Lc 23:49; Jo 19:25), o sepultamento de Jesus (Mt 27:61) e a descoberta do túmulo vazio (Mt 28:1-8).

    Ver Herodíades, Isabel, Maria, Marta, Salomé.

    A. Cole, o. c.; D. Guthrie, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Olhos

    -

    substantivo masculino Orgãos externos da visão: meus olhos enxergaram o pôr do sol.
    Figurado Excesso de zelo, de cuidado, de atenção: estou de olhos nisso!
    Figurado Aquilo que clarifica; luz, brilho.
    locução adverbial A olhos vistos. De modo evidente, claro; evidentemente.
    expressão Abrir os olhos de alguém. Dizer a verdade sobre alguma coisa.
    Falar com os olhos. Mostrar com o olhar seus sentimentos e pensamentos.
    Comer com os olhos. Olhar atenta e interesseiramente; cobiçar.
    Custar os olhos da cara. Ser muito caro.
    Ser todo olhos. Olhar muito atentamente.
    Etimologia (origem da palavra olhos). Plural de olho, do latim oculus.i.

    Sansão

    substantivo masculino Homem de força extraordinária; hercúleo.
    Guindaste usado em certas edificações.
    Etimologia (origem da palavra sansão). Do nome Sansão, personagem bíblico.

    Pertencente ao sol Filho de Manoá, da tribo de Dã, nascido em Zorá, sendo o seu nascimento miraculosamente revelado a seus pais (Jz 13). Foi nazireu (Jz 16:17). Casou contrariamente à lei (Êx 34:16Dt 7:3) com uma mulher filistéia, de Timna. Havendo matado um leão, quando ia para Timna (Jz 14:5-9), expôs um enigma, cuja explicação sua mulher correu a declarar aos filisteus. Tendo por esta razão de pagar uma certa quantia, ele matou e despojou trinta filisteus de Ascalom – mas a sua mulher foi dada pelo pai dela a outro homem (Jz 14:19-20). Para vingar-se, tomou Sansão trezentas raposas, e atando-lhes tições às caudas, largou-as nas searas dos filisteus, ficando destruídas as plantas. Continuou uma guerra de represálias (Jz 1õ), até que, atraiçoado por Dalila, foi Sansão preso pelos filisteus, que o cegaram, e o levaram para Gaza. Realizando-se uma festa em honra do deus Dagom, os filisteus, para se divertirem, conduziram o prisioneiro ao templo. Em certa ocasião do culto festivo conseguiu deitar abaixo o edifício, morrendo ele e grande número dos inimigos. os seus irmãos apoderaram-se do corpo, e o puseram na sepultura da sua família, entre Zorá e Estaol. Sansão foi juiz em israel pelo espaço de vinte anos (Jz 16). É classificado como um dos heróis da fé, em Hb 11:32-33.

    Recebe muita atenção no livro de Juízes, talvez porque seja o exemplo do tema do livro: “Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem” (Jz 21:25). Sansão é bem lembrado por suas nobres façanhas, contaminadas pela falta de domínio próprio. Sua fúria, ao ser rejeitado no casamento, seus enigmas, sua vingança sobre os inimigos, ao amarrar tochas acesas nas caudas das raposas, e, é claro, seu fatídico casamento com Dalila ainda fascinam os leitores.

    Para o escritor do livro de Juízes havia outros temas mais importantes para serem lembrados. De fato, Sansão quebrou o domínio opressor dos filisteus sobre os israelitas, o qual já perdurava por muito tempo na história de Israel. Seu sucesso, entretanto, foi esporádico e de curta duração. Como muitas figuras carismáticas, corria o risco constante de tornar-se volúvel, o que talvez seja o pecado que mais o assediou (Jz 16:20). De qualquer forma, o epitáfio de Juízes 16:30 é um tributo adequado para sua decisão ao morrer: “Foram mais os que matou na sua morte do que os que matara na sua vida”. Mesmo na maneira como morreu, Deus foi o redentor final de Israel, a despeito dos fracassos de seus grandes heróis. A introdução da extrema opressão dos filisteus e o significado do voto de nazireu de Sansão (veja Nm
    6) ao Senhor são os principais tópicos do livro de Juízes. O escritor retrata Sansão como um tipo inferior a Samuel, o qual apareceria posteriormente.

    Os filisteus eram inimigos mortais dos israelitas, mas foram usados por Deus para testar a dedicação de seu povo (Jz 3:1-3). Na época de Sansão, eles tinham conquistado grande parte do território de Israel e o Senhor usou seu servo para criar ainda mais conflito (Jz 14:4). Sansão, entretanto, experimentou um sucesso apenas parcial e logo foi induzido à imoralidade, seduzido por mulheres atraentes.

    Sansão era um homem de temperamento colérico. Rompeu com a esposa (noiva), em Timna, durante a festa de casamento (Jz 14:20). A tentativa do pai da moça de oferecer-lhe a outra filha mais nova apenas o deixou ainda mais furioso (15:
    2) e o fez jurar que “ficaria quite”, se amarrasse tochas acesas nas caudas de 300 raposas presas em pares. Seu próprio povo ficou exasperado com sua vingança e sua réplica, “assim como eles me fizeram a mim, eu lhes fiz a eles” (15:11), e achou que sua resposta não foi convincente.

    A princípio parecia que nada aconteceria a Sansão — governou sobre Israel por vinte anos, até que caiu diante da beleza de Dalila (Jz 15:20), uma prostituta da cidade de Gaza. Ela usou seu poder de sedução para descobrir o meio de vencê-lo. O segredo de sua força foi descoberto: não consistia em ser amarrado com sete cordas de nervos ou outra coisa qualquer. Pelo contrário, quando seu cabelo foi cortado (o cabelo comprido identificava seu nazireado), sua força o abandonou e, assim, Sansão foi derrotado (16:6-20).

    De acordo com a informação do anjo aos seus pais, Sansão seria nazireu, ou seja, “separado para Deus desde o nascimento”. As instruções de Números 6 proibiam o consagrado de beber vinho ou qualquer outra bebida alcoólica, o corte do cabelo e a aproximação de um cadáver. É provável que seja uma mera conjectura que Sansão tenha bebido vinho em sua festa de casamento (Jz 14:10), mas as outras proibições certamente foram sistematicamente quebradas (veja 14:8; eja 16:19). Números 6 também faz a provisão para os que quebrassem o voto; possivelmente era isso que Sansão tinha em mente em sua oração de arrependimento em 16:28. O escritor registra que o cabelo de Sansão já estava grande, de tal maneira que poderia utilizar sua força para destruir os filiteus (16:22).

    Sansão, como também Israel, testou a paciência do Senhor ao extremo. Eram seduzidos com grande facilidade. A graça de Deus, entretanto, foi evidente na maneira como pelo menos temporariamente o ciclo de derrotas nas mãos dos filisteus foi quebrado. S.V.


    Sansão [Forte ? Homem do Sol ?]

    NAZIREU e JUIZ, célebre pela sua força física, que ele usou contra os FILISTEUS. Traído por Dalila, teve os olhos vazados e ficou preso. Mas na sua morte matou mais gente do que durante a sua vida (Jz 13—16).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Juízes 14: 7 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E desceu, e falou àquela mulher, e ela agradou aos olhos de Sansão.
    Juízes 14: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1075 a.C.
    H1696
    dâbar
    דָבַר
    E falou
    (And spoke)
    Verbo
    H3381
    yârad
    יָרַד
    descer, ir para baixo, declinar, marchar abaixo, afundar
    (And came down)
    Verbo
    H3474
    yâshar
    יָשַׁר
    ser correto, ser direito, ser plano, ser honesto, ser justo, estar conforme a lei, ser suave
    (pleases me well)
    Verbo
    H5869
    ʻayin
    עַיִן
    seus olhos
    (your eyes)
    Substantivo
    H802
    ʼishshâh
    אִשָּׁה
    mulher, esposa, fêmea
    (into a woman)
    Substantivo
    H8123
    Shimshôwn
    שִׁמְשֹׁון
    ()


    דָבַר


    (H1696)
    dâbar (daw-bar')

    01696 דבר dabar

    uma raiz primitiva; DITAT - 399; v

    1. falar, declarar, conversar, comandar, prometer, avisar, ameaçar, cantar
      1. (Qal) falar
      2. (Nifal) falar um com o outro, conversar
      3. (Piel)
        1. falar
        2. prometer
      4. (Pual) ser falado
      5. (Hitpael) falar
      6. (Hifil) levar embora, colocar em fuga

    יָרַד


    (H3381)
    yârad (yaw-rad')

    03381 ירד yarad

    uma raiz primitiva; DITAT - 909; v

    1. descer, ir para baixo, declinar, marchar abaixo, afundar
      1. (Qal)
        1. ir ou vir para baixo
        2. afundar
        3. estar prostrado
        4. descer sobre (referindo-se à revelação)
      2. (Hifil)
        1. trazer para baixo
        2. enviar para baixo
        3. tomar para baixo
        4. fazer prostrar
        5. deixar cair
      3. (Hofal)
        1. ser trazido para baixo
        2. ser derrubado

    יָשַׁר


    (H3474)
    yâshar (yaw-shar')

    03474 ישר yashar

    uma raiz primitiva; DITAT - 930; v

    1. ser correto, ser direito, ser plano, ser honesto, ser justo, estar conforme a lei, ser suave
      1. (Qal)
        1. ir direto
        2. ser agradável, estar de acordo, ser correto (fig.)
        3. ser direto, ser correto
      2. (Piel)
        1. endireitar, tornar suave, tornar reto
        2. liderar, dirigir, guiar em linha reta
        3. desejar o correto, aprovar
      3. (Pual) ser aplainado, ser colocado suavemente
      4. (Hifil) endireitar, olhar direto

    עַיִן


    (H5869)
    ʻayin (ah'-yin)

    05869 עין ̀ayin

    provavelmente uma palavra primitiva, grego 137 Αινων; DITAT - 1612a,1613; n f/m

    1. olho
      1. olho
        1. referindo-se ao olho físico
        2. órgão que mostra qualidades mentais
        3. referindo-se às faculdades mentais e espirituais (fig.)
    2. fonte, manancial

    אִשָּׁה


    (H802)
    ʼishshâh (ish-shaw')

    0802 אשה ’ishshah

    procedente de 376 ou 582; DITAT - 137a; n f

    1. mulher, esposa, fêmea
      1. mulher (contrário de homem)
      2. esposa (mulher casada com um homem)
      3. fêmea (de animais)
      4. cada, cada uma (pronome)

    שִׁמְשֹׁון


    (H8123)
    Shimshôwn (shim-shone')

    08123 שמשון Shimshown

    procedente de 8121, grego 4546 σαμψων; n. pr. m.

    Sansão = “como o sol”

    1. um danita, filho de Manoá, nazireu vitalício e juiz de Israel por 20 anos