Enciclopédia de Juízes 20:3-3

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jz 20: 3

Versão Versículo
ARA Ouviram os filhos de Benjamim que os filhos de Israel haviam subido a Mispa. Disseram os filhos de Israel: Contai-nos como sucedeu esta maldade.
ARC (Ouviram pois os filhos de Benjamim que os filhos de Israel haviam subido a Mizpá) e disseram os filhos de Israel: Falai, como sucedeu esta maldade?
TB (Ouviram os filhos de Benjamim que os filhos de Israel haviam subido a Mispa.) Disseram os filhos de Israel: Dizei-nos, de que modo se cometeu esta maldade?
HSB וַֽיִּשְׁמְעוּ֙ בְּנֵ֣י בִנְיָמִ֔ן כִּֽי־ עָל֥וּ בְנֵֽי־ יִשְׂרָאֵ֖ל הַמִּצְפָּ֑ה וַיֹּֽאמְרוּ֙ בְּנֵ֣י יִשְׂרָאֵ֔ל דַּבְּר֕וּ אֵיכָ֥ה נִהְיְתָ֖ה הָרָעָ֥ה הַזֹּֽאת׃
BKJ (Ora, os filhos de Benjamim ouviram que os filhos de Israel haviam subido até Mispá.) Então disseram os filhos de Israel: Contai-nos, como foi esta impiedade?
LTT (Ouviram, pois, os filhos de Benjamim que os filhos de Israel haviam subido a Mizpá). E disseram os filhos de Israel: Falai, como sucedeu esta maldade?
BJ2 Os benjaminitas tiveram notícia de que os filhos de Israel haviam chegado a Masfa... Então os filhos de Israel disseram: "Explicai-nos como se cometeu esse crime!"
VULG (Nec latuit filios Benjamin quod ascendissent filii Israël in Maspha.) Interrogatusque Levita, maritus mulieris interfectæ, quomodo tantum scelus perpetratum esset,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Juízes 20:3

Juízes 19:22 Estando eles alegrando o seu coração, eis que os homens daquela cidade (homens que eram filhos de Belial) cercaram a casa, batendo à porta; e falaram ao velho, senhor da casa, dizendo: Tira para fora o homem que entrou em tua casa, para que o conheçamos.
Provérbios 22:3 O avisado vê o mal e esconde-se; mas os simples passam e sofrem a pena.
Mateus 5:25 Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão.
Lucas 12:58 Quando, pois, vais com o teu adversário ao magistrado, procura livrar-te dele no caminho; para que não suceda que te conduza ao juiz, e o juiz te entregue ao meirinho, e o meirinho te encerre na prisão.
Lucas 14:31 Ou qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não se assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil?

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS PATRIARCAS: AS EVIDÊNCIAS BÍBLICAS

Início do segundo milênio a.C.

UM CONTEXTO CRONOLÓGICO

Gênesis 12:50 trata da relação de Deus com um homem, Abraão, e seus descendentes: Isaque, Jacó (Israel) e seus doze filhos, dos quais José é o mais destacado. É difícil situar os "patriarcas", como costumam ser chamados, num período histórico exato. Para isso, é preciso considerar, em grande medida, a data fornecida para um acontecimento posterior da história bíblica, a saber, o êxodo, para o qual são definidas duas datas (como veremos em detalhes mais adiante).
Uma das datas para o êxodo é 1447 a.C.' Considerando-se que os israelitas permaneceram no Egito durante 430 anos, pode-se concluir que Jacó e seus filhos chegaram ao Egito em 1877 a.C. Assim, Abraão deve ter nascido na metade do século XXII a.C.
A outra data para o êxodo é c. 1270 a.C. Aceitando-se os mesmos dados mencionados acima, Abraão deve ter nascido por volta de 2000 a.C.
Alguns estudiosos também consideram que a estadia de Israel no Egito foi mais curta e situam os patriarcas num período posterior (mais próximo de nossa época), entre os séculos 20 e XVI a.C., a Média Idade do Bronze II.

ABRÃO VIAJA DE UR PARA HARÀ Tera, o pai de Abrão (como ele era conhecido naquele tempo), deixou "Ur dos caldeus"* e se assentou em Harà, na fronteira norte da Mesopotâmia, 32 km a sudeste da atual cidade turca de Urfa. Para alguns, Ur e Urfa se referem ao mesmo lugar, mas, nesse caso, Abrão teria voltado pelo mesmo caminho de onde veio antes de partir para Canaâ. Na verdade, a designação "Ur dos caldeus" resolve a questão. Os caldeus foram um povo que viveu no sul do Iraque do final do segundo milênio em diante.
Assim, Ur dos caldeus deve ser identificada com a cidade famosa de Ur, no sul do Iraque, conhecida hoje como Tell el- Muqayyar. Ur era um dos centros de uma civilização sofisticada vários séculos antes de Abraão, como indicam o Cemitério Real de Ur e o zigurate (templo em forma de torre) de Ur-Nammu, datados respectivamente de c. 2500 a.C. e 2113-2096 a.C.

ABRÃO VIAJA DE CANAÁ PARA O EGITO

Quando Abrão estava com cerca de 75 anos de idade, ele respondeu ao chamado de Deus para deixar seu país, seu povo e a casa de seu pai e se dirigir à terra que o Senhor lhe mostraria.* Abrão foi para Canaã, a terra prometida, mas uma grave escassez de alimento o levou a buscar refúgio no Egito. Lá, sua esposa Sarai (chamada posteriormente de Sara) chamou a atenção do Faraó.

EM CANAÃ

Ao voltar a Canaã, Abrão se tornou extremamente rico em rebanhos, prata e ouro. Tinha tantos rebanhos que precisou se separar de seu sobrinho, Ló, o qual escolheu armar suas tendas próximo a Sodoma, cujos habitantes eram conhecidos por sua grande perversidade. De acordo com Gênesis 19:24-25, "fez o Senhor chover enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre Sodoma e Gomorra. E subverteu aquelas cidades, e toda a campina". Não há dúvidas que Sodoma e Gomorra ficavam próximas, ou talvez debaixo, do atual mar Morto, mas é impossível determinar a localização exata das duas cidades proporção extraordinária de sal (25 por cento) do mar Morto pode ser evidência dessa calamidade.
Abrão (Pai exaltado) se tornaria Abraão (Pai de muitos)." ¡ Agar, a serva de Sara, lhe deu à luz Ismael e a própria Sara lhe deu à luz Isaque (o filho da promessa).° Quando Sara faleceu em Quiriate-Arba (atual Hebrom), Abraão comprou de Efrom, o heteu, um campo com uma caverna e ali sepultou a esposa. Posteriormente, Abraão, seu filho Isaque, Rebeca, esposa de Isaque, seu filho Jacó e Lia, a esposa de Jacó, também foram sepultados nesse local.
Isaque reabriu os poços que haviam sido cavados por Abraão no vale de Gerar e, de acordo com João 4:5-6, Jacó cavou um poço em Sicar, próximo a Siquém.
Fica evidente que os patriarcas eram homens de grande riqueza e influência em Canaã. Abrão tinha trezentos e dezoito "homens dos mais capazes" à sua disposição.' Aliás, a expressão "homens dos mais capazes" é bastante antiga, pois também aparece em textos egípcios de execração (maldição) do final do século XIX a.C. Os patriarcas se casaram com parentas: Isaque se casou com Rebeca, sobrinha neta de seu pai, e Jacó se casou com suas primas Lia e Raquel. Essas três mulheres eram da região de Harã, também chamada Harâ- Naharaim e Pada-Arã.

 

 

Por Paul Lawrence


Árvore genealógica dos patriarcas
Árvore genealógica dos patriarcas
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.

PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA

Infelizmente, na Antiguidade o sul do Levante não era conhecido por um único nome abrangente, mas por vários, dependendo de onde e de quando se fazia referência ao lugar.
O contrário acontecia: uma gama de termos bíblicos e/ou seculares designava a terra do Israel bíblico, não sendo possível supor que algum deles correspondesse completamente às fronteiras teológicas de Israel (ou um ao outro) nem se podendo aplicar qualquer deles a todo o período da história bíblica sem criar algum anacronismo.
Na Antiguidade, em muitos casos, nomes que antes haviam sido usados para denotar uma divindade ou um grupo populacional importante foram simplesmente emprestados e reaplicados para designar a entidade geopolítica em que aquele grupo estava. Por exemplo, o nome "Canaa" derivou dos cananeus; o nome "Palestina" deve sua existência aos filisteus; e "(a terra de) Hatti" originalmente designava uma série de cidades-estados neo-hititas situadas aproximadamente entre Carquêmis e Damasco, cujos habitantes parecem ser descendentes de Hete (e.g., Gn 10:15-1Cr 1,13) e/ou devotos do deus Hatti.37 O texto bíblico diz que tanto os cananeus quanto os hititas estavam entre os "ocupantes da terra" na época da colonização por Israel (Dt 7:1; Dt 3:10-12.8; cp. Gn 15:18-21; Ex 3:8-17), e sabe-se que os filisteus imigraram para aquela terra por volta de 1200 a.C.


CANAÃ
O termo Canaa/cananeu(s) é bem atestado em boa parte dos textos do segundo milênio a.C.38 A julgar por esse uso, parece que Canaã era o termo convencional para designar o sul da área que o Egito controlava na Ásia, em contraste com Amurru (a terra dos amorreus, ao norte do rio el-Kabir). Canaã se estendia das cidades de Gaza e Ráfia, no sul, até tão ao norte quanto o vale do rio el-Kabir e a localidade de Sumra/Simyra.3 De modo que o quadro geral que surge é que as citações, tanto em textos do Oriente Próximo quanto na Bíblia, revelam uma notável semelhança quando delineiam os limites de Cana (v. acima a análise sobre as fronteiras teológicas de Israel). Essa afirmação pode ter consequências quanto à antiguidade e à essencial historicidade daquelas narrativas que mencionam as fronteiras de Israel.
Antes das descobertas arqueológicas em Nuzi, em geral se acreditava que a palavra "Canaa" derivava de um verbo semítico com o sentido de "curvar/curvar-se/ser baixo", porque os cananeus ocupavam a região baixa perto do mar, em contraste com a região montanhosa dos amorreus (Nm 13:29; Js 5:1; cp. Is 23:11). Uma teoria relacionada é que Canaã era o lugar onde o sol "se curva" (se põe), de maneira que, por definição, um cananeu era alguém do oeste. Mas se descobriu que, em Nuzi, a palavra kinahhu" se refere a uma substância de cor púrpura avermelhada, extraída de conchas de múrex e usada no tingimento de tecidos, especialmente lã.
Os textos antigos estão repletos de referências à grande consideração dada a quem se vestia de púrpura. Por ser natural, ao invés de produzida pelo homem, a tintura de múrex tinha valor elevado, pois nunca desbotava. A lucrativa indústria do múrex se concentrava ao norte de Cesareia, no Mediterrâneo, onde as águas do mar regularmente lançavam na praia uma grande quantidade dessas conchas. No local de uma antiga fábrica de tintura, em Tiro, foi encontrado um grande número de conchas*2 e, em Dor, também se encontraram claros indícios do processo de tingimento.43 Os nomes de certos lugares cananeus nos arredores oferecem ainda outros indícios de que o tingimento de múrex era uma atividade econômica essencial. Por exemplo, o nome "Sarepta" vem de um verbo que tem o sentido de "tingir" e o nome "Zobá" é derivado de um verbo que denota o tingimento de tecido. Às vezes a própria palavra "cananeu" é traduzida por "comerciante/mercador"* Como consequência, parece preferível entender Canaã como "a terra da púrpura" e "cananeus" como "o povo da terra da púrpura" (ideia a partir da qual o conceito de comércio poderia facilmente derivar). Textos gregos nos mostram que, no primeiro milênio a.C., os herdeiros culturais dessa indústria de tintura foram denominados fenícios, nome que deriva da palavra grega phoinix ("púrpura"). Mesmo no Novo Testamento aparentemente "cananeu" e "fenício" ainda eram designativos um tanto quanto equivalentes (Mt 15:22 refere-se a uma mulher cananeia; o relato de Marcos sobre o mesmo acontecimento chama-a de siro-fenícia [Mc 7:26]). Parece, então, que as palavras "Canaa" e "Fenícia" têm apenas duas diferenças básicas: (1) a primeira é vocábulo semítico, ao passo que a segunda é de origem grega; (2) a primeira é empregada no segundo milênio a.C., enquanto a segunda passa a ser normativa no primeiro milênio a.C. Se levarmos esses dados à sua conclusão lógica, parece que a mesma palavra teve, no início, a conotação do processo de tingimento, com o passar do tempo foi estendida às pessoas envolvidas no processo e, por fim, englobou o território/província onde essas pessoas formavam um grupo bastante importante da população.

PALESTINA
Por motivos que ainda não estão claros para nós, por volta de 1200 a.C. boa parte do mundo bíblico experimentou uma séria turbulência política, provocada em grande parte por hordas de invasores a que fontes egípcias se referem como "povos do mar" Há muito os estudiosos vêm cogitando sobre o que provocou esse movimento de cerca de 14 povos na direção sudeste: denyen, lukka, shardanu, masha, arinna, karkisha, pitassa, kashka, akawasha, tursha, sheklesh, peleset (filisteus), tjekker e weshesh (essas grafias são aproximadas). Embora dois ou três desses povos também apareçam em textos mais antigos do Levante ou do Egito, parece que por essa época houve uma migração bem vasta. Esses povos foram desalojados devido a uma mudança climática que causou escassez de alimento, à turbulência política que cercou a batalha de Troia ou à invasão da Grécia pelos dórios, ou a algum outro fator? Qualquer que tenha sido o motivo, é provável que, antes de chegar ao coração do Egito, vários contingentes de povos do mar tenham sido responsáveis pela queda do Império Hitita, cujo centro de poder ficava na Ásia Menor, pela captura da ilha de Chipre e pela devastação e/ou reocupação de muitas cidades em todo o Levante: Ugarit, Alalakh, Carquêmis, T. Sukas, Tiro, Sidom, Hazor, Aco, Dor e um grande número de lugares na planície da Filístia. Mas os egípcios resistiram aos povos do mar, e seus textos indicam que os filisteus foram repelidos do território egípcio na direção nordeste,15 onde mais tarde habitaram o sudoeste de Canaã, que se tornou conhecido como planície da Filístia. O local de onde os filisteus emigraram também continua sendo objeto de debate.1 A tradição bíblica de que procederam de Caftor (Creta) não é decisiva, porque aquele texto declara que os filisteus foram trazidos de Caftor da mesma maneira que os israelitas foram trazidos do Egito (Am 9:7; cp. Gn 10:14-1Cr 1.12; Jr 47:4; Ez. 25.16; SF2.5). Ou seja, é possível que a Biblia não esteja indicando o lugar de origem de nenhum dos dois povos. Levando em conta certos aspectos da cultura material filisteia (caixões de defunto estilizados, cerâmica característica etc.) ou palavras bíblicas encontradas em narrativas sobre os filisteus (guerreiro, senhor, capacete, arca), alguns estudiosos defendem que os filisteus emigraram da Grécia. Outros, com base em épicos gregos e na tradução que a LXX faz de Caftor ("Capadócia") em Deuteronômio 2.23 e Amós 9.7, afirmam que os filisteus tiveram origem ao longo do litoral sudoeste da atual Turquia. Mas tudo isso continua sendo bastante especulativo, em parte devido à escassez de textos indubitavelmente filisteus e em parte porque os filisteus começaram a passar pelo processo de assimilação cultural logo depois de chegarem a Canaã. A única conclusão segura a que se pode chegar é que, como designação de uma entidade geográfica distinta, a palavra Palestina deriva dos filisteus.
Hoje em dia às vezes se diz que, como designação da terra de Israel, o termo "Palestina" surgiu só em meados do segundo século d.C., quando, como castigo político pela revolta de Bar-Kochba, o imperador Adriano deliberadamente adotou o nome dos antigos inimigos de Israel - os filisteus - e apenas o latinizou para criar conotações pejorativas óbvias.
De acordo com esse ponto de vista, o uso mais antigo de "Palestina" foi propaganda feita pelos romanos com fortíssimas implicações políticas antijudaicas. Nesse caso, então, qualquer uso que se faça atualmente da palavra Palestina para se referir à história antes da época de Adriano é, na melhor das hipóteses, perigosamente anacrônico e historicamente errôneo e, na pior, antibíblico e até mesmo antijudaico. Existem, contudo, dados que apontam em outra direção.
Para começar, o nome Palestina aparece 13 vezes em textos neoassírios ainda do reinado de Adade-Nirari III (810-782 a.C.), Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) e Sargão II (721- 705 a.C.)." É improvável que qualquer uma dessas citações vislumbrasse a terra de Israel como um todo (em contraste com a região da Filístia). Na realidade, em um dos textos, Palestina aparece em contraste tanto com Israel (literalmente " terra de Onri") quanto com Edom.5 No entanto, em 11 casos a palavra Palestina é imediatamente precedida pelo indicador semântico para "terra/país", o que é uma indicação inconfundível de que a referência é a uma entidade geográfica distinta. De modo semelhante, uma estatueta egípcia com data presumível da 27. dinastia (945-715 a.C.) traz inscrição que faz referência a um "encarregado de Cana e Palestina" (escrita PIst). Nesse caso, o termo Palestina está sendo usado em contraste com o território de Canaã. Pode-se observar mais uma vez que o termo aparece definitivamente num contexto geográfico/provincial (e não político).
Mais relevantes para essa controvérsia são, porém, os resultados de uma pesquisa por computador que pode ser feita no Thesaurus linguae graecae (TLG; University of California, campus de Irvine). Uma pesquisa de "Palestina" como nome próprio em textos escritos antes do fim do primeiro século da era crista revelou 196 citações completas em textos gregos ou latinos (excluindo-se possíveis atestações parciais da palavra Parte das extensas ruínas arqueológicas do período Palácio Novo (aprox. 1700-1400 a.C.) em Zakros, no litoral sudeste de Creta. Alguns especialistas creem que o lugar de origem dos filisteus pode ter sido Creta.


ISRAEL
O nome Israel deriva, em última instância, do patriarca Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn 32:28). Quando os descendentes do patriarca se tornaram escravos no Egito, a expressão "filhos de Israel" passou a ser frequentemente aplicada a eles (Êx 1:9-12; 2.23,25; 3:9-11; etc.). Mais tarde, o nome Israel veio a ser aplicado ao reino nortista de Efraim, em contraste com o reino sulista de Judá (1Rs 12:18-20; 1Cr 5:17; etc.). Posteriormente, após o desaparecimento do Reino do Norte, ocasionalmente "Israel" foi usado para se referir ao reino sulista de Judá (Jr 10:1). Assim mesmo, é difícil identificar uma passagem bíblica que use explicitamente a palavra Israel para denotar uma área geográfica específica. É claro que ocorre a expressão "terra de Israel" (1Sm 13:19-1Cr 22.2; 2Cr 2:17; Ez 40:2-47.18), mas ela sempre está ligada ao terreno ocupado ou a ser ocupado por alguns ou por todos os israelitas e, em consequência, a extensão dessa área sofre variação. Fora da Bíblia, "Israel" (i.e., o Israel da Bíblia) ocorre em três textos antigos. O mais antigo é uma estela de granito do quinto ano de Merneptah (1209 a.C.). Nessa tábua de granito há uma inscrição que menciona 1srael, mas ela está registrada de tal maneira que parece apontar para uma entidade étnica e, por esse motivo, a citação não oferece quase nenhuma ajuda na definição das fronteiras geográficas de Israel. Contudo, a Estela de Merneptah é a única testemunha extrabíblica de Israel antes do nono século a.C., quando o nome aparece em duas inscrições distintas. O Obelisco Negro está escrito em cuneiforme e data do sexto ano do rei assírio Salmaneser III (853 a.C.), quando Acabe forneceu 2 mil carros e 10 mil soldados para uma coalizão que lutou contra as forças de Salmaneser. A inscrição faz referência a Acabe como " rei de Israel" Poucos anos depois (c. 835 a.C.), o rei Messa de Moabe mandou inscrever, em uma estela de basalto, uma dedicatória à sua divindade, Camos; nessa inscrição ele se vangloriou de ter retomado o território que anteriormente havia sido conquistado por Onri, "rei de Israel" De acordo com a Bíblia, Messa de Moabe foi vassalo de Israel durante os dias de Onri e Acabe, mas se rebelou por ocasião da morte deste último (2Rs 3:4-5). Contudo, uma batalha ocorrida em seguida e registrada na Bíblia terminou com uma derrota moabita (2Rs 3:9-27). Numa tentativa de harmonizar a afirmação bíblica com a declaração de vitória registrada na estela de Messa, alguns estudiosos sustentam que a vitória de Messa sobre Israel ocorreu um pouco depois, durante o reinado de Jeoacaz. Nenhuma dessas duas inscrições do nono século a.C. fornece informações geográficas que permitam traçar fronteiras específicas para Israel. No entanto, ambas são bastante úteis, pois cada uma identifica explicitamente pelo nome pessoas que, na Bíblia, também são conhecidas como "rei de Israel. A Inscrição de Messa é ainda muito útil por ser rica em terminologia bíblica.

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Juízes Capítulo 20 do versículo 1 até o 48
  1. O Clamor por Justiça (20:1-11)

A resposta do povo foi um grande ajuntamento em Mispa, cerca de 5 quilômetros a oeste de Gibeá. Desde Dã até Berseba (1) ; cf.comentário de 18.29. Berseba é a moder-na Bir es-Seba, 45 quilômetros a sudoeste de Hebrom, no deserto do sul de Judá. O povo prometeu vingar o mal quando a história do crime foi recontada. Eles concordaram em formar um exército com um décimo de todos os homens de Israel. Conforme toda a loucura (10), "devido ao terrível crime cometido".

  1. Benjamim Reúne um Exército (20:12-16)

A primeira tentativa das tribos unidas foi negociar a prisão especificamente dos homens responsáveis pelo mal que fora feito. A resposta dos benjamitas foi reunir um exército próprio, em muito sobrepujado, mas que contava com unidades de habilidades especiais.

  1. Os 1sraelitas são Derrotados (20:17-28)

Os homens de Israel foram a Betel (a casa de Deus,
18) e buscaram a orientação do Senhor. Apesar disso — e por razão desconhecida — os primeiros dois encontros com os guerreiros de Benjamim resultaram em derrota das forças muito mais numerosas das tribos unidas. A arca do concerto (27) é mencionada apenas aqui em todo o livro dos Juízes. Finéias, filho de Eleazar, filho de Arão, estava perante ele naqueles dias (28) ; mais uma vez cf.comentário de 18.30. Se nenhuma geração foi omitida, isto indica-ria uma data bastante antiga para o evento aqui descrito. Contudo, uma vez que a ex-pressão "filho de" pode significar "descendente de" (e.g., Jesus como filho de Davi), e os nomes apareciam de maneira recorrente dentro os das famílias, este pode ser outro Finéias da mesma linhagem, um antecessor de Eli, que também deu este nome a um de seus filhos (1 Sm 1.3). Referências ao Finéias original podem ser encontradas em Ex 6:27; Nm 25; Js 22:9 ss; 24.33.

  1. Gibeá é Atacada (20:29-48)

Encorajado pela promessa de que a vitória chegaria no terceiro dia (28), o exército israelita foi dividido em aparentemente três companhias. Uma foi enviada secretamente a Baal-Tamar (33), cuja localização é desconhecida. A segunda cercou a própria Gibeá. A terceira formou a linha de frente de batalha diante de Gibeá, de modo semelhante às outras oportunidades. Mais uma vez os benjamitas conseguiram fazer com que os israelitas se afastassem, ao expulsarem da cidade o pequeno exército.

É nessa hora que as outras duas companhias começam a atacar. A emboscada foi bem-sucedida, a cidade tomada e incendiada e, como a coluna de fogo indicava o sucesso da manobra, os israelitas que estavam em fuga voltaram e atacaram seus perseguidores. Os benjamitas perceberam tarde demais que foram enganados: viraram as costas e fugiram para o deserto (45). Foram mortos 25 mil homens nesta empreitada. A locali-zação de Gidom é desconhecida. Provavelmente tenha existido na direção da penha (ou rochedo) de Rimom (47) ; talvez o moderno rochedo de pedra calcária chamada Romom, localizado 5,5 quilômetros a leste-nordeste de Betel. Ele é cercado de desfiladeiros ao norte, ao sul e ao oeste e possui cavernas nas quais os refugiados podem ter vivido. Seiscentos homens refugiaram-se ali e permaneceram naquele local por quatro me-ses. As tribos vitoriosas continuaram sistematicamente a vingar o território de Benjamim, ao queimarem a cidade e matarem seus habitantes e os animais.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Juízes Capítulo 20 do versículo 1 até o 48
*

20.1-48 O ataque contra o levita e sua concubina resultou na guerra civil entre Benjamim e o restante de Israel (cap. 19). As referências à atuação unida de Israel (vs. 1-2, 8,
11) ressaltam um fato importante: Pela primeira vez no livro dos Juízes, a nação de Israel ficou unida. Embora a sua atuação não fosse injusta, é lastimável que só se uniram a fim de castigar uma das suas próprias tribos (v. 23). Judá tinha que tomar a liderança contra Benjamim assim como fizera contra os cananeus (v. 18; 1.1, 2 e notas).

* 20:1

perante o SENHOR em Mispa. Ver 11.11, nota. Saul tornou-se rei em Mispa.

como se fora um só homem. Pela primeira vez 1srael agiu unido, mas o propósito era guerrear contra seus irmãos.

desde Dã até Berseba. As extremidades do norte e do sul de Israel.

* 20:2

na congregação do povo de Deus. Depois dos repetidos ciclos de pecado, do juízo, e do livramento, é uma evidência da misericórdia de Deus que Israel ainda fosse chamado de o seu povo.

* 20.5 violaram a minha concubina. O levita omite os pormenores de como a concubina tinha sido oferecida (19.23-24).

* 20:8

como um só homem. Ver vs. 1, 11, e 20:1-48, nota. Os israelitas prestaram juramento no sentido de levar o caso até às últimas conseqüências.

* 20.13 tiremos de Israel o mal. Os israelitas não percebiam o mal que permeava a sua própria comunidade.

*

20.16 canhotos. Ver 3.15, nota.

* 20.18 Betel. Ou "Casa de Deus". A arca do Senhor e o sacerdote com a estola sacerdotal estavam em Betel nesses tempos (v. 27).

Quem dentre nós subirá, primeiro. Essa é a mesma linguagem empregada no início de Juízes, quando, então, a questão a ser resolvida era quem comandaria a luta contra os cananeus (1.1).

Judá. O Senhor deu a mesma resposta que em 1.2, mas numa situação diferente.

* 20.23 consultaram o SENHOR. Ver vs. 18, 27-28; conforme 1Sm 28:6.

Benjamim, nosso irmão. Note como os israelitas agora acrescentam a palavra “irmão” à sua consulta (v. 18).

*

20.48 passaram a fio de espada. Os israelitas trataram os benjamitas como os cananeus (1.8, 17). Além disso, o fim dos benjamitas foi como o dos habitantes de Sodoma (19.14–20.48, nota).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Juízes Capítulo 20 do versículo 1 até o 48
20:1 Dão era a cidade que ficava mais ao norte no Israel e Beerseba a que ficava mais ao sul. Freqüentemente se mencionavam juntas como referência a toda a nação.

20:13 Possivelmente aos chefes benjamitas lhes deram feitos distorcidos sobre o grave crime em seu território, ou talvez eram muito orgulhosos para admitir que alguns de seu povo tinham cansado tão baixo. Em qualquer caso, não teriam escutado ao resto do Israel nem entregue aos criminosos. Eram mais leais a sua tribo que à Lei de Deus.

Ao proteger-se de seus compatriotas, a tribo de Benjamim se afundou em um nível de imoralidade tão baixo como o dos criminosos. Através deste fato, vislumbramos até que ponto a qualidade moral da nação se arruinou. O livro de Juizes termina com uma sangrenta guerra civil que estabelece o cenário para a renovação espiritual que viria sob o Samuel (veja-se 1 Smamuel).

20.27, 28 Este é o único lugar em Juizes onde se menciona o arca do pacto. Talvez isto nos fala das poucas vezes nas que o povo consultava a Deus.

Finees, o supremo sacerdote, foi também o supremo sacerdote sob o Josué (Js 22:13). A referência do Finees como supremo sacerdote e a localização do tabernáculo no Bet-o em lugar de Silo possivelmente indiquem que os sucessos desta história ocorreram durante os primeiros anos dos juizes.

20.46-48 Os efeitos da horrível violação e do assassinato nunca deveram transpassar a comunidade onde ocorreu o crime. A gente do lugar deveu ter entregue aos criminosos à justiça e corrigido a negligência que em um princípio permitiu o crime. Em vez disso, primeiro o povo e logo toda a tribo defendeu esta maldade até o ponto de ir à guerra por esta causa.

Para evitar que os problemas que não têm solução se convertam em conflitos maiores, deve-se atuar imediatamente, com sabedoria e firmeza antes de que a situação escapamento de nosso controle.

20:48 À larga a tribo de Benjamim se recuperou desta matança. Saul, o primeiro rei do Israel, provinha desta tribo (1Sm 9:21), assim também a reina Ester (Et_2:5-7) e o apóstolo Paulo (Rm 11:1). Mas a tribo sempre se conheceu por ser mais pequena que as demais (Sl 68:27).


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Juízes Capítulo 20 do versículo 1 até o 48
2. War Against Benjamin (20: 1-48)

1 Em seguida, todos os filhos de Israel saíram, ea congregação, como um só homem, desde Dã até Berseba, com a terra de Gileade, ao Senhor em Mizpá. 2 E os chefes de todas as pessoas, mesmo de tudo as tribos de Israel, se apresentaram na assembléia do povo de Deus, quatrocentos mil homens de infantaria que arrancavam da espada. 3 (Agora os filhos de Israel haviam subido a Mispa.) E os filhos de Israel disseram: Diga-nos, como foi este mal trazido para passar? 4 E o levita, marido da mulher que fora morta, e disse: Eu vim para Gibeá, que pertence a Benjamim, eu e minha concubina, de apresentar. 5 E os homens de Gibeá se levantaram contra mim e cercaram a casa sobre mim de noite; me que eles pensavam ter morto, e minha concubina eles forçaram, e ela está morta. 6 Então peguei na minha concubina, dividi-a em pedaços e os enviei por todo o país da herança de Israel; para que cometeram tal abominação e loucura em Israel. 7 Eis que vós, filhos de Israel, todos vocês, dar aqui o seu conselho e conselho.

8 E todo o povo se levantou como um só homem, dizendo: Nós não vai qualquer um de nós ir para a sua tenda, nem vamos nenhum de nós voltará a sua casa. 9 Mas agora esta é a coisa que nós faremos a Gibeá: vamos ir para cima contra ela por sorteio;10 e tomaremos dez homens de uma centena de todas as tribos de Israel, e cem de cada mil, e mil de cada dez mil, para trazerem mantimento para o povo, para que o façam , quando eles vêm a Gibeá de Benjamim, de acordo com toda a loucura que ela fez em Israel. 11 Então todos os homens de Israel se ajuntaram contra essa cidade, unidos como um só homem.

12 E as tribos de Israel enviaram homens por toda a tribo de Benjamim, dizendo: Que maldade é essa que está vindo a passar entre vós? 13 Agora, pois, entregar-se os homens, os filhos de Belial, que estão em Gibeá, para que possamos colocá- -los à morte, e afastar o mal de Israel. Mas Benjamin não quiseram ouvir a voz de seus irmãos, os filhos de Israel. 14 E os filhos de Benjamim se ajuntaram das cidades em Gibeá, para saírem a pelejar contra os filhos de Israel. 15 E os filhos de Benjamim foram numerados naquele dia fora das cidades, vinte e seis mil homens que arrancavam da espada, afora os moradores de Gibeá, de que se sentaram setecentos homens escolhidos. 16 Entre todo este povo havia setecentos homens escolhidos, canhotos; cada um poderia funda uma pedra a um fio de cabelo, e não perca.

17 E os homens de Israel, além de Benjamin, quatrocentos mil homens que arrancavam da espada, e todos eles homens de guerra. 18 E os filhos de Israel se levantou, seguiu-se a Betel, e pediu conselho de Deus; e eles disseram: Quem subirá por nós primeiro a pelejar contra os filhos de Benjamim? E disse o Senhor: Judá subirá primeiro.

19 E os filhos de Israel se levantou pela manhã, e acamparam-se contra Gibeá. 20 E os homens de Israel saíram à peleja contra Benjamim; e os homens de Israel definir a batalha contra eles em Gibeá. 21 E os filhos de Benjamim saíram de Gibeá, e derrubaram por terra dos israelitas naquele dia vinte e dois mil homens. 22 E o povo, os homens de Israel, incentivou-se, e ordenaram a batalha novamente na matriz no lugar onde eles se puseram em ordem do primeiro dia. 23 E os filhos de Israel, e choraram perante o Senhor até a tarde; e eles perguntaram ao Senhor, dizendo: Hei de novamente nos aproximarmos de batalha contra os filhos de Benjamim, meu irmão? E disse o Senhor: Subi contra ele.

24 E os filhos de Israel contra os filhos de Benjamim, no segundo dia. 25 E Benjamin lhes saíram ao encontro fora de Gibeá no segundo dia, e derrubaram por terra dos filhos de Israel mais dezoito mil homens; todos dos que tiravam a espada. 26 Em seguida, todos os filhos de Israel, e todo o povo, subiram, e veio a Betel, e choraram, e estiveram ali perante o Senhor, e jejuaram aquele dia até a tarde; e ofereceram holocaustos e ofertas pacíficas perante o Senhor. 27 E os filhos de Israel perguntaram de Jeová (para a arca da aliança de Deus estava ali naqueles dias, 28 e Finéias, filho de Eleazar, filho de Arão , estava perante ele naqueles dias), dizendo: eu ainda a sair para a batalha contra os filhos de Benjamim, meu irmão, eu desistiremos? E o Senhor disse: Sobe, porque amanhã eu vou dar na tua mão.

29 e conjunto de Israel Liers-in-esperar contra Gibeá redor. 30 E os filhos de Israel, subiu contra os filhos de Benjamim, no terceiro dia, e colocar-se em ordem de batalha contra Gibeá, como das outras vezes. 31 E os filhos de Benjamim saíram ao encontro do povo, e foram atraídos para longe da cidade; e começaram a ferir e matar as pessoas, como das outras vezes, pelos caminhos, um dos quais sobe para Betel, eo outro para Gibeá, no campo, cerca de trinta homens de Israel. 32 E os filhos de Benjamim disse: Vão sendo derrotados diante de nós, como na primeira. Mas os filhos de Israel disseram: Fujamos, e atraí-los para longe da cidade para os caminhos. 33 E todos os homens de Israel se levantaram do seu lugar, e definir-se na matriz em Baal-Tamar; ea liers- . em-espera de freio de Israel a sair do seu lugar, mesmo fora de Maareh-Geba 34 E veio contra Gibeá dez mil homens, escolhidos dentre todo o Israel, ea batalha foi ferida; mas eles não sabiam que o mal estava próximo a eles. 35 E o Senhor feriu Benjamin diante de Israel; e os filhos de Israel destruiu de Benjamin naquele dia vinte e cinco mil e cem homens: todos estes dos que arrancavam da espada.

36 Então os filhos de Benjamim viram que estavam derrotados; para os homens de Israel deram lugar a Benjamin, porquanto estavam confiados na emboscada-em-esperar que haviam posto contra Gibeá. 37 E o apressaram Liers-em-espera, e acometeu a Gibeá; e os mentirosos-em-espera-se desenhou ao longo, e feriram toda a cidade com o fio da espada. 38 Agora, o sinal nomeado entre os homens de Israel e os mentirosos-em-espera foi, que eles deveriam fazer uma grande nuvem de fumaça subir para fora da cidade. 39 E os homens de Israel se na batalha, e Benjamin começaram a ferir e matar os homens de Israel, quase trinta pessoas; pois diziam: Certamente eles são derrotados diante de nós, como na primeira batalha. 40 Mas quando o sinal começou a levantar-se para fora da cidade, em uma coluna de fumaça, o Benjamim a olhar para trás deles; e eis que toda a cidade subia em fumaça ao céu. 41 E os homens de Israel se virou, e os homens de Benjamim pasmaram.: porque viram que o mal lhes tocaria 42 Portanto, virando as costas diante do homens de Israel, para o caminho do deserto; mas a batalha os perseguiram de perto; e os que saíram das cidades destruídas-los no meio dela. 43 Cercaram os benjamitas e os perseguiram, e pisou-los em seu lugar de descanso, tanto quanto contra Gibeá, para o nascente. 44 E lá caíram de Benjamim dezoito mil homens; todos estes eram homens valentes. 45 Então viraram e fugiram para o deserto até a rocha de Rimom; e eles recolhidos deles pelos caminhos uns cinco mil homens, e os perseguiram até Gidom, e feriram deles dois mil homens. 46 Então, que todos os que caíram naquele dia de Benjamin havia vinte e cinco mil homens que arrancavam da espada; todos estes eram homens valentes. 47 Mas seiscentos homens viraram e fugiram para o deserto até a rocha de Rimom, e ficaram na penha de Rimom quatro meses. 48 E os homens de Israel voltaram para os filhos de Benjamim, e feriu -los com o fio da espada, tanto toda a cidade, eo gado, e tudo o que eles encontraram: também a todas as cidades que acharam puseram fogo.

Chamada drástica do levita para a justiça teve um efeito poderoso sobre as tribos. O crime revoltante em Gibeá unidos 1srael de uma maneira singular. As tribos eram como um em oposição ao modo implacável uma ação, ou seja, tudo salvar a tribo de Benjamim e gaditas de Jabes-Gileade.

As tribos de Israel reuniu uma congregação em Mispa, localizado a cerca de três milhas a oeste de Gibeá, e decidiu que a ação contra o levita deve ser vingado. Houve notável unidade no curso de ação proposto. Então todos os homens de Israel se ajuntaram contra essa cidade, unidos como um só homem (v. Jz 20:11 ).

A tribo de Benjamin foi condenada a entregar os culpados, mas Benjamin recusou. A guerra era a única alternativa. Orientação divina foi procurado e Judá foi condenada a lançar o ataque (v. Jz 20:18 ). Os dois primeiros ataques contra Gibeá e Benjamim foram repelidos, mas o terceiro ataque encaminhado os defensores e Gibeá foi completamente destruída pelo fogo. Aparentemente outras partes do Benjamin foram devastados pelos israelitas invasoras. Todas as cidades que acharam puseram fogo (v. Jz 20:48 ). A conquista de Benjamin era total e completa. A tribo foi quase aniquilada nessa batalha cruel.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Juízes Capítulo 20 do versículo 1 até o 48
20.1 Mispa. Cidade da fronteira ao norte de Benjamim, uns 13 km ao norte de Jerusalém. Dã até Berseba. Expressão vulgar que se referia à nação inteira.

20.2,17 Quatrocentos mil homens. Este número elevadas levanta um problema para a intérprete. Como na notaDt 12:6, deve ser levado em conta que a palavra hebraica 'eleph pode significar "mil" ou "unidades de família" (conforme Jz 6:15; 1Sm 10:19; Mq 5:2), sem especificar o número de indivíduos envolvidos. Pode ainda reportar-se aos oficiais que dirigiam o exército confederado. Para maior clareza, consulte o artigo "Número" no nDb, II, p 1124ss.

20.3 Ouviram... Benjamim. É evidente que os benjamitas não pesaram a gravidade do pecado dos homens de Gibeá, achando melhor apoiá-los numa guerra civil, ao invés de entregá-los ao castigo merecido.

20.5 Cidadãos de Gibeá. Tal foi a impressas da maldade feita por aqueles homens, e seu julgamento, que permaneceu na lembrança do povo até aos dias de Oséias.

20.6 Vergonha e loucura. Veja 19.23n. O erudito M. Noth acha que "fizeram loucura em Israel" era frase técnica apropriada para certas violações da lei divina, rigorosa especialmente em casos de pecado sexual.

20.8 Tenda... casa. Outra menção da antigüidade da narrativa, sugerindo os tempos do deserto, quando as casas ainda eram feitas de tendas.

20.13 Tiremos de Israel o mal. Se o pecado não for tratado de maneira suficientemente severa para ser desarraigado, suas conseqüências se alastram e se agravam; (Js 7:0, 20; Gn 2:17; 6:17);
2) A morte vicária de um substituto inocente (Jo 11:50; Jo 18:14; Rm 5:8; 2Co 5:14).

20.16 Funda. Nota-se a eficiência desta arma de, guerra, usada pelos exércitos egípcios, assírios e babilônicos, e na morte de Golias nas mãos de Davi (1Sm 17:49). Calcula-se que a funda usada naqueles dias poderia arremessar uma pedra do peso de 400 g à velocidade de 140 km horários.

20.18 Betel. A esta altura, o santuário estava em Betel, ou possivelmente, a arca fora trazida àquela cidade, (conforme v. 27), que distava apenas 8 km de Mispa.

20.21 Vinte e dois mil homens de Israel. O preço do pecado é sempre elevado. Na confiança de estarem cumprindo a vontade de Deus, provavelmente, não receavam as dificuldades par derrotar Benjamim.

20.23 Choraram perante o Senhor. A aflição da alma e boa, quando acompanhada de uma indagação sobre a pureza de consciência e das intenções (Sl 51:17). Não se deve, porém, pensar que Deus requer apenas tristeza do pecador. Arrependimento significa, acima de tudo, uma mudança de mentalidade. É possível, neste caso, que Deus não concedeu vitória a Israel pelo fato deste não ter afastado realmente o pecado de seu meio (conforme Dt 1:45; Js 7:11, Js 7:12; 2Rs 22:19; Os 2:15-29). Confiando na sua grande superioridade numérica, talvez não tivesse confiado devidamente em Deus.

20.26 Betel. O Santuário (tabernáculo, provavelmente) pouco tempo permaneceu em Siquém (Js 8:30ss; cap. 24), sendo, depois, transferido para Siló (Js 18:1; Js 22:12), de onde passou para Betel, e voltando novamente para Siló (1Sm 1:9; 1Sm 3:15). Holocaustos e ofertas pacíficas. Os dois tipos de sacrifícios revelam arrependimento genuíno, o que leva à reconciliação com Deus (Lv 1:4; 7:16).

2.27 A arca da Aliança. Esta é a única referência à arca, no livro de Juízes.

20.28 Finéias. Nome dê origem egípcia (como também a de Moisés) que significa "criança morena”. Como se evidencia nesta narrativa, tais acontecimentos ocorreram pouco depois da conquista da Terra Prometida; este, sacerdote, neto de Arão, seria o mesmo que afastou a ira de Deus em Sitim (Nu 25:1-4; cf.Nu 31:6; Js 22:9-6). Os entregarei. Só dessa terceira vez foi que o Senhor determinou a derrota dos benjamitas.

20.31 Gibeá do Campo. Sugere-se que se refira, possivelmente, a Gibeom, próxima a Gibeá.

20.32 Fujamos. O estratagema dos israelitas era o de simular o pânico de um exército derrotado, atraindo, assim, aos exércitos benjamitas para longe da cidade. Idêntico plano estratégico deu a vitória a Josué, na batalha contra Ai (Js 8:3-6).

20.33 Saiu do seu lugar. Lit. "romperam", termo usado para descrever a queda d'água, quando do romper-se de uma barragem.

20.37,38 Investigações no local confirmam a destruição de Gibeá, por fins do século XII (conforme NDB, II; p 667). Após um século, foi reconstruída por Saul. Sinal. A mesma palavra aparece também no original de Jr 6:1, além de ter sido descoberta nas cartas de Laquis, dos tempos da terrível destruição dos babilônios. Neste caso, para indicar sinais de fumaça, os quais eram o meio mais rápido de comunicação a distância.

20.42 Cidades. A frase "cercaram a Benjamim" (43) indica que devemos ler, aqui, "cidade" como em vários manuscritos gregos.

20.43 Gibeá. Deve ser Geba, a uns 8 km. de Gibeá, seguindo-se o caminho da penha de Rimom (45) que fica a pouco mais de 10 km a nordeste.

20.47,48 Deixando de perseguir aos seiscentos homens valentes, os israelitas passaram a destruir sistematicamente todas as cidades de Benjamim, matando mulheres, crianças e até o gado. Sem homens para a defesa, tiveram que sucumbir. A tribo seria totalmente destruída, não fora os seiscentos homens refugiados na penha de Rimom, uns 6 km a leste de Betel.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Juízes Capítulo 20 do versículo 1 até o 48

4) A guerra civil contra Benjamim: a liga em colapso (20:1-48)
Se o ultraje em Gibeá representava o ponto mais baixo da moralidade e da ética em Israel, certamente a guerra que seguiu pode ser chamada a noite mais tenebrosa da alma coletiva do povo. Começando como uma purificação da culpa de sangue e prosseguindo de acordo com padrões de responsabilidade pactuai coletiva, a guerra expôs não somente a arrogância de Benjamim, mas a fragilidade de toda a liga. O capítulo começa mostrando a união de todo o Israel. Embora apresentado no final de Juízes por motivos teológicos, há bons argumentos para defender a idéia de que esse evento ocorreu mais próximo do início desse período (conforme especialmente a referência a Finéias, v. 28). Benjamim, embora supostamente convidado, está faltando, e o resto ouve a história triste do levita. Está claro (v. 7,8) que toda a comunidade de Israel se considera culpada de culpa coletiva que precisa ser eliminada. Com esse propósito em mente, planeja-se uma batalha e são preparados os suprimentos (v. 10).
Naturalmente Benjamim precisa primeiro ter a oportunidade de se livrar (e assim todo o Israel) da culpa. Isso poderia ter sido atingido com pouco derramamento de sangue (v. 13), e o mal teria sido eliminado, mas, quando os benjamitas decidiram ignorar o ultimato, a guerra se tornou inevitável. Seguindo prática comum, as tribos buscaram um oráculo de guerra (v. 18), embora o pedido: “Quem de nós irá lutar primeiro?” (que lembra 1,1) pressupõe ser correto ir à guerra antes de tudo. Essa certeza, embora justificada (apesar da oposição de comentaristas modernos) à luz do derramamento de sangue, seria logo sacudida por meio de derrotas sucessivas. Antes do segundo ataque, a questão mais fundamental é levantada (v. 23), enquanto antes do terceiro e conclusivo ataque há uma assembléia completa com sacrifícios diante da arca (v. 26ss). De qualquer forma, as tribos percebem que por alguma razão (possivelmente a sua própria falha em cumprir as leis sacrificiais da aliança) o Senhor lhes negou a vitória. A repetição de ofertas de comunhão e de holocaustos num contexto genuíno de jejum e arrependimento é a chave para o seu sucesso subseqüente contra Benjamim.

Embora os detalhes do plano de batalha e o seu progresso sejam um tanto confusos, o esboço geral está claro. O exército principal atraiu Benjamim para fora de Gibeá para o norte (v. 31, “para Betei”, e provavelmente “Gibeom”, em vez de “Gibeá”) enquanto o grupo que esperava em emboscada estava a nordeste (v. 33: “a oeste de Gibeá [Geba]”) até o sinal para atacar a cidade indefesa. O relato geral (v. 29- - 36a) conclui com a observação de que Javé foi (pela primeira vez) responsável pela vitória (v. 35). Os v. 36b-48 acrescentam detalhes à emboscada e seus resultados, incluindo o esconderijo de um pequeno remanescente na “rocha de Rimom” (v. 47) e a dizimação de todas as cidades de Benjamim, mais provavelmente segundo a prática hebraica do “anátema” (v.comentário Dt 21:11). A destruição é tão completa que o problema agora não é mais proteger Israel da culpa de sangue, mas preservar as 12 tribos da liga. Será que Deus levantou esse povo somente para depois destruí-lo? Onze tribos podem ainda ser “Israel” se nasceram 12 de Jacó? Deus lançou fora o seu povo que ele já conhecia antes?

20.1. deDã a Berseba: uma rubrica editorial padrão, não necessariamente determinante para a datação desse capítulo em comparação com o cap. 18. Gileade: todas as tribos da Transjordânia. como um só homem-, a chave é a recém-formada unidade, que faltava desde o cap. 1. perante o Senhor: geralmente indica a presença de um altar ou de alguém que buscava o oráculo, se não um santuário completo. Mispá\ possivelmente Tell en-Nasbeh, a 13 quilômetros ao norte de Jerusalém. Cf. 1Sm 7:0 e NBD, p. 895-8. A AB traduz: “quatrocentos contingentes”, v. 13. canalhas-, v.comentário de 19.22. v. 15, 16. além dos setecentos melhores soldados que viviam em Gibeá. Dentre todos esses soldados havia setecentos canhotos...-, muitos eruditos defendem que os dois grupos de 700 homens mencionados eram o mesmo grupo. V. a NEB. canhotos-, uma qualidade heróica dos benjamitas. V. comentário Dt 3:15. funda-, uma arma poderosa muitas vezes usada para arremessar pedras grandes. Conforme lCr 12.2. sem errar. heb. hãtã, um termo freqüente para o ato de pecar, v. 18. Betei. lit. “casa de Deus”. Embora o santuário do tabernáculo seja geralmente chamado bêt-’elõhím, em vez do abreviado hei- V?/, é bem provável que o termo aqui não deva ser entendido como nome de lugar.

Não é citada razão alguma para a mudança de Mispá (v. 1) para Betei (conforme v. 26). Judá: conforme 1.2. v. 26. Betel. AB sugere que só aqui Betei se torna nome de lugar, visto que o foco muda para a arca, cuja única ocorrência é aqui. Mas em nenhum outro lugar Betei aparece como o santuário central, e talvez seja melhor tomar todas as referências como indeterminadas. A próxima vez que a arca é mencionada, ela está em Siló (ISm 1—3). v. 28. Finéias: não há razão para perguntar aqui se esse Finéias é o neto de Arão (lCr

6.4), filho de Eleazar. O sacerdócio de Siló (Eli) de ISm 1—3 veio por meio de Itamar, o outro filho de Arão. v. 33. Baal-Tamar. não identificado, oeste de Gibed4, a RSV segue a LXX; também, em português, a BJ (conforme heb. “planície de Geba”). Geba (atual Jeba) fica a uma curta distância a nordeste de Gibeá. NEB: “na vizinhança de Gibeá” é uma emenda desnecessária, v. 34. contra Gibeá: lit. “defronte a”, provavelmente significando “leste de”, v. 38. tinham combinado: o sinal evidentemente foi o sucesso da emboscada (conforme v. 40). v. 42. os homens de Israel que saíram das cidades-, a NEB segue a Vulgata, “da cidade”; assim também algumas versões em português (NTLH e BJ). A RSV e o hebraico falam de homens das cidades se unindo na perseguição, v. 43. Cercaram: a RSV evita o hebraico “cercar”, visto que homens cercados não podem ser perseguidos! A NEB vê o grupo “encurralado” e empurrado como um grupo sólido até Geba (Driver, p. 20). Gibeá: aqui provavelmente deveríamos ler “Geba”. v. 45. rocha de Rimom: a atual Rammun, uma fortaleza localizada a 6 quilômetros a leste de Betei. Gidom: possivelmente Geba. NEB: “cortar” é também conjectura, v. 48. cidades: a RSV deixou fora a locução mê‘ir rrftõm (“cidade toda”) a favor de nftim (homens). NEB: “o povo nas cidades” é mais próximo do texto.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Juízes Capítulo 20 do versículo 1 até o 48
b) A destruição de Gibeá (Jz 20:1-7). Israelitas com nomes egípcios (cfr. Moisés) só se encontram na tribo de Levi. Então Israel pós emboscadas em redor de Gibeá (29). A tática era semelhante à utilizada contra Ai (Js 8:12 e segs.). Um dos quais sobe para Betel e o outro para Gibeá (31). Gibeá, neste caso talvez Gibeom, deve ser a moderna El-Jib, a 10 quilômetros a noroeste de Jerusalém e 7 de Gibeá. Baal-Tamar (33). Ficava situada entre as tribos de Judá e Benjamim. O nome significa "senhor da palmeira" e a localidade deve ter tomado esse nome devido a uma divindade que os cananeus ai adoravam. Desfizeram os filhos de Israel naquele dia vinte e cinco mil e cem homens de Benjamim (35). Como sobreviventes ficam apenas os 600 de que fala o vers. 47. O total devia ser então 25 700 (cfr. as notas sobre os vers. 2 e 15). Este passo é um resumo antecipado dos vers. 36-46. Um sinal determinado (38). Esse sinal era um facho ou farol mencionado nas cartas de Lachish e Jr 6:1 (Cfr. Js 8:20, Js 8:21). O fumo da cidade subia ao céu (40). A destruição de Gibeá nesta época é confirmada pelas escavações realizadas por arqueólogos americanos em 1922-23. E à vontade o pisaram (43), isto é, no seu lugar de descanso. Até diante de Gibeá (43). Ou Geba, na estrada direta de Gibeá para Rimom. Geba encontra-se a 10 quilômetros a nor-nordeste de Jerusalém, e a penha de Rimom (47) não ficava a grande distância. O nome ainda perdura na atual aldeia de Ramum situada sobre um penhasco fendido por três lados, contendo cavernas, que serviam de abrigo a fugitivos.

Dicionário

Benjamim

substantivo masculino O filho mais amado, em geral o caçula.
[Brasil] Dispositivo que serve para ligar vários aparelhos elétricos em uma só tomada.

1. Décimo segundo filho de Jacó. Sua mãe, Raquel, morreu logo após seu nascimento. Por isso, deu-lhe o nome de Benoni, que significa “filho da minha tristeza” (Gn 35:18-24; 1Cr 2:2), o qual Israel mais tarde mudou para Benjamim (“filho da minha mão direita”). Embora Jacó tivesse doze filhos, somente dois deles eram de Raquel — José e Benjamim. Isso, somado ao fato de que a mãe morrera enquanto ainda eram bem pequenos, ajudou a fortalecer a afeição especial que havia entre os dois irmãos. Após José ser vendido e levado como escravo para o Egito, Benjamim experimentou o favor especial do pai; numa época de grande fome em Canaã (Gn 42:4), Jacó hesitou em enviá-lo junto com os outros em busca de ajuda egípcia. Na segunda viagem deles ao Egito, José —promovido a governador por Faraó — os ajudou, embora sem se identificar. Ele fez de tudo para mostrar generosidade, principalmente para com o irmão Benjamim, a princípio sem permitir que soubessem quem era (Gn 45:22). A atitude peculiar de José, ao ordenar que seus servos escondessem presentes nas bagagens dos irmãos, deixou-os turbados e temerosos, até que finalmente ele se deu a conhecer e trouxe toda a família para o Egito. Essa mudança provou ser significativa para a futura realização dos planos redentores de Deus para seu povo (Gn 46:3s).

Em sua velhice, Jacó (Israel) abençoou todos os seus filhos, e profetizou que no futuro voltariam para Canaã. A Benjamim, progenitor dos benjamitas (veja adiante) Jacó pronunciou: “Benjamim é lobo que despedaça; pela manhã devorará a presa, e à tarde repartirá o despojo” (Gn 49:27). Uma bênção mista, que marcaria os benjamitas como uma tribo impetuosa, mas, às vezes, também impiedosa. Benjamim teve dez filhos (veja Gn 46:21).

A tribo de Benjamim tinha reputação de bravura e muita habilidade militar. Eram adeptos do manuseio das armas com a mão esquerda, o que, no caso de Eúde, resultou no livramento de Israel das mãos dos moabitas (Jz 3:15ss; 1Sm 9:1), em cumprimento da profecia de Jacó. Moisés predisse que Deus abençoaria Benjamim e “descansaria em seus braços” (Dt 33:12). A presa seria devorada e o espólio, repartido.

Os benjamitas estabeleceram-se na faixa oriental de terra abaixo das colinas da Judéia — entre Efraim e Judá; incluía cidades importantes, como Jerusalém, Gibeá e Mizpa. Como a história da tribo, entretanto, isso também era uma bênção mista. Gibeá ficou conhecida pelo seu alto índice de homossexualismo (Jz 19:22), e as constantes batalhas sobre Jerusalém marcaram sua história. Durante o reinado de Saul, os benjamitas tiveram sua maior preeminência e a maior parte da tribo permaneceu leal ao rei (veja 1Cr 12:2-7).

As tribos de Benjamim e Judá mantiveram grande influência entre o povo de Israel depois do retorno da Babilônia, em 537 a.C. (veja Esdras 1:2). De acordo com Jeremias 33:12-26, Benjamim e Judá tiveram destaque particular como recipientes das “promessas da graça” de restauração e retorno feitas pelo Senhor.

O apóstolo Paulo era benjamita e usava a si mesmo como exemplo da teologia do “remanescente” (veja Romanos 11:1ss). Apesar da rejeição quase total ao Senhor, por parte de Israel, sempre haveria um remanescente; não por causa da justiça deles, mas porque foram escolhidos pela graça (Rm 11:5) e, como no caso do próprio Paulo, deviam sua continuidade à obra da graça de um Deus salvador (veja Fp 3:4s).

Para nós, hoje, a lição é que mesmo um grande passado, como o da tribo de Benjamim, não garante um excelente futuro, exceto pela misericórdia de Deus. A linhagem de Paulo não tinha nenhum valor para ele, a não ser para entender a maneira pela qual o Senhor conservou um remanescente e enxertou outros ramos (os cristãos gentios; veja Rm 11). Não foi, entretanto, sua herança que o salvou, mas sim a misericórdia de Deus e sua fidelidade em guardar as promessas da aliança (Gn 12:1-3). Em sua defesa diante do rei Agripa, Paulo explicou que Deus o resgatara do seu próprio povo e dos gentios, para depois enviá-lo de volta para abrir os olhos deles (At 26:15ss). Como a tribo de Benjamim, o apóstolo reconheceu que era a atividade redentora do Senhor, o próprio Deus que conservaria um testemunho para si, no meio de um mundo hostil.


2. Nome dado ao bisneto de Benjamim, filho de Bilã (1Cr 7:10).


3. Membro da tribo de Benjamim que se arrependeu de ter-se casado com uma mulher estrangeira (Ed 10:32). Esdras exortou os judeus que fizeram isso a se apresentar publicamente diante de toda a cidade, para demonstrar arrependimento pelo pecado. Esse pode ser o mesmo Benjamim citado em Neemias 3:23; ias 12:34, que ajudou na reconstrução do Templo.

S.V.


Benjamim [Filho da Mão Direita] -

1) Filho mais novo de JACÓ (Gn 35:18)

2) Tribo dos descendentes de BENJAMIM 1, (Js 21:17).

Filho da mão direita. 1. Nomeque lhe foi dado por seu pai Jacó. A sua mãe moribunda tinha dado à recém-nascida criança o nome de Benoni, filho da minha aflição (Gn 35:18). Benjamim era dos doze filhos do patriarca Jacó o mais novo, e teve com o seu irmão José, filho da mesma mãe, a mais afetuosa estima da parte de seu pai. Benjamim era a grande consolação do seu idoso pai, e correspondia com igual afeto à grande amizade que lhe tinha o seu irmão José, mais velho do que ele (Gn 45:14). Nasceu na Palestina, entre Betel e Belém, e a sua vida, quando foi dado à luz, custou a vida de sua mãe (Gn 35:16 e seguintes). Nada mais se sabe de Benjamim até àquela ocasião em que seus irmãos tiveram de ir ao Egito para comprar trigo. Revela-se, então, o seu caráter como bem amado filho e querido irmão. É ele o favorito de toda a família, e ainda que pai de numerosa descendência, foi sempre considerado como aquele de quem o resto da família devia ter especial cuidado (Gn 46:21 – 44.20). A partir de então a sua vida se extingue na da tribo, a que deu o seu nome. Ele, que parece ter sido o menos varonil dos doze, foi o fundador de uma tribo de guerreiros temíveis. Mas a fortaleza e as qualidades guerreiras desta gente provinham do seu escabroso país que estava também exposto aos ataques dos seus inimigos de fora. Que isto havia de ser assim, foi anunciado por Jacó à hora da sua morte (Gn 49:27). 2. Um descendente de Harim (Ed 10:32). 3. Um daqueles que tomaram parte na reedificação dos muros de Jerusalém (Ne 3:23). Provavelmente o mesmo que o dos números 4:5. 4. (Ne 12:34). 5. (1 Cr 7.10).

Como

assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

Filhós

substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

Israel

Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


Israel [O Que Luta com Deus] -

1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

Maldade

substantivo feminino Crueldade; qualidade da pessoa má; característica do que é ruim.
Desumanidade; comportamento de quem busca prejudicar ou ofender.
Sarcasmo; que expressa malícia, vontade de denegrir.
[Informal] Traquinice; comportamento travesso, traquinas.
Regionalismo. Rio Grande do Sul. O pus que sai de um machucado.
Etimologia (origem da palavra maldade). Do latim malitas.atis.

Maldade Aquilo que é mau, que não presta; perversidade; imoralidade; crime; PECADO, ruindade; MAL 1, (Gn 6:5); (Sl 141:5); (1Co 5:8).

Mispa

Torre de vigia. l. Um montão de pedras, preparado por Jacó e Labão, no Monte Gileade (Gn 31:48-49), para servir como testemunho do pacto que começava então e também de marco de separação entre eles. o sítio tornou-se mais tarde um santuário do Senhor. Aqui se reuniam os filhos de israel em dias de calamidade, a fim de escolherem um chefe que os dirigisse (Jz 10:17) – e o primeiro ato de Jefté foi ir a Mispa, e proferir as suas palavras diante do Senhor. Foi neste mesmo sítio de Mispa que houve o fatal encontro entre Jefté e a sua filha, quando ele voltava da guerra (Jz 11:34). 2. Era a residência, perto de Hermom, dos heveus que se juntaram àquela liga dos povos do norte contra israel, sendo o chefe da aliança Jabim, rei de Hazor – e foi o lugar para onde fugiu, repelido por Josué, o derrotado exército da mesma confederação (Js 11:3-8). 3. Cidade de Judá (Js 15:38), nas terras litorais de Sefelá. Tem sido identificada com a moderna Tell es-Safiyeh, que está situada na rampa dos montes de Judá, dominando completamente a planície marítima. 4. Cidade de Benjamim (Js 18:26os 5:1), onde Samuel julgou o povo, reuniu as tribos, e elegeu Saul para rei de israel (1 Sm 7.5 a 12,16 – 10.17 a 25). A sua fortificação era obra de Asa (1 Rs 15.22 – 2 Cr 16,6) – foi a residência de Gedalias, o governador da Caldéia, depois da tomada de Jerusalém e de ter havido aquela cena em que foram mortos os peregrinos que iam de Samaria (2 Rs 25.23,25 – Jr 40:8 – 41.16). A cidade foi »ocupada depois da volta do cativeiro (Ne 3:7-15,19). 5. Cidade de Moabe, onde vivia o rei desta nação, quando Davi entregou os seus pais ao seu cuidado (1 Sm 22.3).

Mispa
1) Localidade de Gileade, ao norte de Maanaim (Gn 31:49).


2) Cidade de Judá (Jz 20:1).


Mispá

-

Subido

adjetivo Alto, elevado, eminente.
Sublime.
Excessivo, imenso: subida honra.

subido adj. 1. Alto, elevado. 2. Eminente, sublime. 3. De preço elevado; caro. 4. Precioso.

Suceder

verbo transitivo indireto Vir depois; seguir-se: ao dia sucede à noite.
Ser sucessor; assumir, por direito de sucessão, por nomeação ou por eleição, as funções antes ocupadas por outrem: o papa Paulo VI sucedeu a João 23.
verbo intransitivo Acontecer, ocorrer: sucedeu que a minha ausência não foi notada; sucederam coisas misteriosas naquela noite.
Ocorrer algo com alguém: já não se lembra do que lhe sucedeu ontem.
verbo pronominal Acontecer sucessivamente: após o primeiro, sucederam-se muitos encontros.
verbo transitivo indireto Ser solicitado por uma obrigação legal, testamento ou inventário: não tinha herdeiros que o sucedesse na herança.
Etimologia (origem da palavra suceder). Do latim succedere, ocorrer depois de.

suceder
v. 1. tr. ind., Intr. e pron. Vir ou acontecer depois; seguir-se. 2. tr. ind. e Intr. Acontecer, dar-se (algum fato). 3. tr. ind. Produzir efeito, ter bom resultado. 4. tr. ind. Ir ocupar o lugar de outrem; substituir. 5. tr. ind. Tomar posse do que pertencia ao seu antecessor. Na acepção de acontecer, realizar-se, vir depois, é defectivo e só se conjuga nas 3.ª³ pessoas.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Juízes 20: 3 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

(Ouviram, pois, os filhos de Benjamim que os filhos de Israel haviam subido a Mizpá). E disseram os filhos de Israel: Falai, como sucedeu esta maldade?
Juízes 20: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1375 a.C.
H1121
bên
בֵּן
crianças
(children)
Substantivo
H1144
Binyâmîyn
בִּנְיָמִין
filho mais novo de Raquel e Jacó, irmão legítimo de José
(Benjamin)
Substantivo
H1696
dâbar
דָבַר
E falou
(And spoke)
Verbo
H1961
hâyâh
הָיָה
era
(was)
Verbo
H2063
zôʼth
זֹאת
Esse
(This)
Pronome
H3478
Yisrâʼêl
יִשְׂרָאֵל
Israel
(Israel)
Substantivo
H349
ʼêyk
אֵיךְ
como? interj
(and how)
Advérbio
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H4709
Mitspâh
מִצְפָּה
um lugar em Gileade, ao norte do Jaboque, local do túmulo de Labão
(And Mizpah)
Substantivo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H5927
ʻâlâh
עָלָה
subir, ascender, subir
(there went up)
Verbo
H7451
raʻ
רַע
ruim, mau
(and evil)
Adjetivo
H8085
shâmaʻ
שָׁמַע
ouvir, escutar, obedecer
(And they heard)
Verbo


בֵּן


(H1121)
bên (bane)

01121 בן ben

procedente de 1129; DITAT - 254; n m

  1. filho, neto, criança, membro de um grupo
    1. filho, menino
    2. neto
    3. crianças (pl. - masculino e feminino)
    4. mocidade, jovens (pl.)
    5. novo (referindo-se a animais)
    6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
    7. povo (de uma nação) (pl.)
    8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
    9. um membro de uma associação, ordem, classe

בִּנְיָמִין


(H1144)
Binyâmîyn (bin-yaw-mene')

01144 בנימין Binyamiyn

procedente de 1121 e 3225, grego 958 βενιαμιν; DITAT - 254a; n pr m

Benjamim = “filho da mão direita”

  1. filho mais novo de Raquel e Jacó, irmão legítimo de José
  2. filho de Bilã, bisneto de Benjamim
  3. um benjamita, um dos filhos de Harim, na época de Esdras que casara com esposa estrangeira
  4. a tribo descendente de Benjamim, o filho de Jacó

דָבַר


(H1696)
dâbar (daw-bar')

01696 דבר dabar

uma raiz primitiva; DITAT - 399; v

  1. falar, declarar, conversar, comandar, prometer, avisar, ameaçar, cantar
    1. (Qal) falar
    2. (Nifal) falar um com o outro, conversar
    3. (Piel)
      1. falar
      2. prometer
    4. (Pual) ser falado
    5. (Hitpael) falar
    6. (Hifil) levar embora, colocar em fuga

הָיָה


(H1961)
hâyâh (haw-yaw)

01961 היה hayah

uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

  1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
    1. (Qal)
      1. ——
        1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
        2. vir a acontecer, acontecer
      2. vir a existir, tornar-se
        1. erguer-se, aparecer, vir
        2. tornar-se
          1. tornar-se
          2. tornar-se como
          3. ser instituído, ser estabelecido
      3. ser, estar
        1. existir, estar em existência
        2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
        3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
        4. acompanhar, estar com
    2. (Nifal)
      1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
      2. estar pronto, estar concluído, ter ido

זֹאת


(H2063)
zôʼth (zothe')

02063 זאת zo’th

irregular de 2088; DITAT - 528; pron demons f / adv

  1. este, esta, isto, aqui, o qual, este...aquele, este um...aquele outro, tal
    1. (sozinho)
      1. este, esta, isto
      2. este...aquele, este um...aquele outro, uma outra, um outro
    2. (aposto ao subst)
      1. este, esta, isto
    3. (como predicado)
      1. este, esta, isto, tal
    4. (enclítico)
      1. então
      2. quem, a quem
      3. como agora, o que agora
      4. o que agora
      5. a partir de agora
      6. eis aqui
      7. bem agora
      8. agora, agora mesmo
    5. (poético)
      1. onde, qual, aqueles que
    6. (com prefixos)
      1. aqui neste (lugar), então
      2. baseado nestas condições, por este meio, com a condição que, por, através deste, por esta causa, desta maneira
      3. assim e assim
      4. como segue, tais como estes, de acordo com, com efeito, da mesma maneira, assim e assim
      5. daqui, portanto, por um lado...por outro lado
      6. por este motivo
      7. em vez disso, qual, donde, como

יִשְׂרָאֵל


(H3478)
Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

03478 ישראל Yisra’el

procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

Israel = “Deus prevalece”

  1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
  2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
    1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
    2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
    3. o nome da nação depois do retorno do exílio

אֵיךְ


(H349)
ʼêyk (ake)

0349 איך ’eyk também איכה ’eykah e איככה ’eykakah

forma alongada procedente de 335; DITAT - 75 adv interrog

  1. como? interj
  2. como! (em lamentação)
  3. expressão de satisfação

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

מִצְפָּה


(H4709)
Mitspâh (mits-paw')

04709 מצפה Mitspah

procedente de 4708; n pr f loc Mispa = “torre de vigia”

  1. um lugar em Gileade, ao norte do Jaboque, local do túmulo de Labão
  2. um lugar em Gileade, ao sul do Jaboque; localização desconhecida
  3. um lugar próximo ao Monte Hermom
  4. um antigo lugar sagrado em Benjamim

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

עָלָה


(H5927)
ʻâlâh (aw-law')

05927 עלה ̀alah

uma raiz primitiva; DITAT - 1624; v

  1. subir, ascender, subir
    1. (Qal)
      1. subir, ascender
      2. encontrar, visitar, seguir, partir, remover, retirar
      3. subir, aparecer (referindo-se a animais)
      4. brotar, crescer (referindo-se a vegetação)
      5. subir, subir sobre, erguer (referindo-se a fenômeno natural)
      6. aparecer (diante de Deus)
      7. subir, subir sobre, estender (referindo-se à fronteira)
      8. ser excelso, ser superior a
    2. (Nifal)
      1. ser levado para cima, ser trazido para cima, ser levado embora
      2. levar embora
      3. ser exaltado
    3. (Hifil)
      1. levar ao alto, fazer ascender ou escalar, fazer subir
      2. trazer para cima, trazer contra, levar embora
      3. trazer para cima, puxar para cima, treinar
      4. fazer ascender
      5. levantar, agitar (mentalmente)
      6. oferecer, trazer (referindo-se a presentes)
      7. exaltar
      8. fazer ascender, oferecer
    4. (Hofal)
      1. ser carregado embora, ser conduzido
      2. ser levado para, ser inserido em
      3. ser oferecido
    5. (Hitpael) erguer-se

רַע


(H7451)
raʻ (rah)

07451 רע ra ̀

procedente de 7489; DITAT - 2191a,2191c adj.

  1. ruim, mau
    1. ruim, desagradável, maligno
    2. ruim, desagradável, maligno (que causa dor, infelicidade, miséria)
    3. mau, desagradável
    4. ruim (referindo-se à qualidade - terra, água, etc)
    5. ruim (referindo-se ao valor)
    6. pior que, o pior (comparação)
    7. triste, infeliz
    8. mau (muito dolorido)
    9. mau, grosseiro (de mau caráter)
    10. ruim, mau, ímpio (eticamente)
      1. referindo-se de forma geral, de pessoas, de pensamentos
      2. atos, ações n. m.
  2. mal, aflição, miséria, ferida, calamidade
    1. mal, aflição, adversidade
    2. mal, ferida, dano
    3. mal (sentido ético) n. f.
  3. mal, miséria, aflição, ferida
    1. mal, miséria, aflição
    2. mal, ferida, dano
    3. mal (ético)

שָׁמַע


(H8085)
shâmaʻ (shaw-mah')

08085 שמע shama ̀

uma raiz primitiva; DITAT - 2412, 2412a v.

  1. ouvir, escutar, obedecer
    1. (Qal)
      1. ouvir (perceber pelo ouvido)
      2. ouvir a respeito de
      3. ouvir (ter a faculdade da audição)
      4. ouvir com atenção ou interesse, escutar a
      5. compreender (uma língua)
      6. ouvir (referindo-se a casos judiciais)
      7. ouvir, dar atenção
        1. consentir, concordar
        2. atender solicitação
      8. escutar a, conceder a
      9. obedecer, ser obediente
    2. (Nifal)
      1. ser ouvido (referindo-se a voz ou som)
      2. ter ouvido a respeito de
      3. ser considerado, ser obedecido
    3. (Piel) fazer ouvir, chamar para ouvir, convocar
    4. (Hifil)
      1. fazer ouvir, contar, proclamar, emitir um som
      2. soar alto (termo musical)
      3. fazer proclamação, convocar
      4. levar a ser ouvido n. m.
  2. som