Enciclopédia de I Samuel 12:1-1

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1sm 12: 1

Versão Versículo
ARA Então, disse Samuel a todo o Israel: Eis que ouvi a vossa voz em tudo quanto me dissestes e constituí sobre vós um rei.
ARC ENTÃO disse Samuel a todo o Israel: Eis que ouvi a vossa voz em tudo quanto me dissestes, e pus sobre vós um rei.
TB Disse Samuel a todo o Israel: Escutei a vossa voz em tudo o que me dissestes e constitui um rei sobre vós.
HSB וַיֹּ֤אמֶר שְׁמוּאֵל֙ אֶל־ כָּל־ יִשְׂרָאֵ֔ל הִנֵּה֙ שָׁמַ֣עְתִּי בְקֹֽלְכֶ֔ם לְכֹ֥ל אֲשֶׁר־ אֲמַרְתֶּ֖ם לִ֑י וָאַמְלִ֥יךְ עֲלֵיכֶ֖ם מֶֽלֶךְ׃
BKJ E Samuel disse a todo o Israel: Eis que tenho atentado à vossa voz em tudo o que me dissestes, e preparei um rei sobre vós.
LTT Então disse Samuel a todo o Israel: Eis que tenho dado ouvidos à vossa voz em tudo quanto me dissestes, e constituí sobre vós um rei.
BJ2 Então disse Samuel a todo o Israel: "Eis que vos atendi em tudo o que me pedistes, e pus um rei a reinar sobre vós.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Samuel 12:1

I Samuel 8:5 e disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações.
I Samuel 8:19 Porém o povo não quis ouvir a voz de Samuel; e disseram: Não, mas haverá sobre nós um rei.
I Samuel 10:1 Então, tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e o beijou, e disse: Porventura, te não tem ungido o Senhor por capitão sobre a sua herdade?
I Samuel 10:24 Então, disse Samuel a todo o povo: Vedes já a quem o Senhor tem elegido? Pois em todo o povo não há nenhum semelhante a ele. Então, jubilou todo o povo, e disseram: Viva o rei!
I Samuel 11:14 E disse Samuel ao povo: Vinde, vamos nós a Gilgal e renovemos ali o reino.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A AMEAÇA FILISTÉIA

séculos XII a XI a.C.
QUEM ERAM OS FILISTEUS
Sem dúvida, os filisteus representavam a ameaça mais séria à nação de Israel. Em seu quinto ano de reinado - 1180 a.C. Ramsés Ill, rei do Egito, derrotou os "povos do mar" numa batalha naval corrida, provavelmente, na foz do Nilo. Seus atos foram registrados em relevos entalhados nas paredes do templo consagrado a Amon em Medinet Habu, na margem ocidental do Nilo, próximo a Tebas. Esses relevos mostram os povos do mar chegando no Egito em carroções e embarcações .com suas famílias e pertences (parte do povo se deslocou por terra, acompanhando a costa do Levante). Um dos grupos dos povos do mar, chamado de pereset, é retratado usando adornos para a cabeça feitos com penas ou pedaços de junco alinhados perpendicularmente a uma faixa horizontal. Esse grupo corresponde as filisteus do Antign Testamento.
Um dos símbolos pictográficos encontrados num disco de argila em Festo, Creta, datado do século XVII a.C., mostra um adorno para a cabeça bastante parecido com os de Medinet Habu. Esta semelhança e a referência de Amós a Caftor' como local de procedência dos filisteus indicam que eram um grupo de origem cretense. A designação Caftor é equiparada com o nome egípcio Keftyw ("Creta"). E provável que os filisteus tenham sido expulsos de Creta por outros povos do mar, cuja identidade não vem ao caso aqui. Porém, estudos de anéis anuais de árvores europeias e mudanças de nível em turfeiras e lagos sugerem a ocorrência de uma crise no clima da Europa c. 1200 a.C., fato que pode ter desencadeado as migrações.
Os egípcios afirmavam ter conquistado uma grande vitória em sua batalha contra os povos do mar. O Papiro de Harris de Ramsés IV (1153-1147 a.C.) - um papiro com 40 m de comprimento no qual se encontram registrados os acontecimentos do reinado de Ramsés III - declara: "Derrotei todos aqueles que ultrapassaram os fronteiras do Egito, vindos de suas terras. Aniquilei o povo danuna vindo de suas ilhas, os tiekker e os pereset (filisteus)... os sherden e os weshwesh do mar foram exterminados". Os filisteus derrotados se assentaram na planície costeira do sul da Palestina, daí o nome dessa região.

A CULTURA FILISTÉIA
À chegada dos filisteus na Palestina é marcada em termos arqueológicos por suas cerâmicas peculiares (Período Micênico HIC1b), bastante semelhantes a exemplares egeus. Os filisteus foram o primeiro povo a usar o ferro na Palestina e, portanto, arqueologicamente, sua chegada também é marcada pela transição da Idade do Bronze para a Idade do Ferro. Devido ao monopólio desse metal pelos filisteus, os israelitas se tornarem dependentes de seus ferreiros para afar ferramentas. Cinco cidades filistéias importantes foram fundadas na costa do Mediterrâneo ou próximo a esta: Gaza, Asquelom, Asdode, Ecrom e Gate. O governante da cidade era chamado, em hebraico, de seren, um termo usado apenas para governantes filisteus e associado, por meio da língua grega, à palavra "tirano".

SANSÃO
O juiz Sangar libertou Israel dos filisteus, mas quem recebe destaque é Sansão, o juiz com forças sobre-humanas demonstradas quando ele matou mil homens com a queixada de um jumento e carregou a porta da cidade de Gaza até o alto de um monte? que julgou sobre Israel durante doze anos.* Seu ponto fraco, a atração por mulheres estrangeiras, o levou a perder os cabelos, a força e a visão. Apesar de seus atos de heroísmo dramáticos, Sansão não livrou Israel da opressão filistéia.

SAMUEL
Os filisteus representavam uma ameaça inigualável.' Eram soldados disciplinados possuíam armas superiores às dos israelitas. Cansados de invadir e saquear periodicamente o território de Israel, procuraram conquistá-lo em caráter definitivo. Deslocando-se do litoral para o interior, ocuparam grande parte dos montes da região central. Foi nesse contexto que Samuel cresceu na cidade de Siló, na região montanhosa de Efraim. Ali ficava o tabernáculo, ao qual haviam sido acrescentadas algumas construções permanentes," formando um complexo chamado de "templo do Senhor"." Durante sua juventude, Samuel foi instruído pelo sacerdote idoso Eli. Ao atingir a idade adulta, Samuel foi reconhecido como profeta do Senhor em todo o Israel, desde Da até Berseba. Também atuou como juiz, percorrendo um circuito que incluía Betel, Gilgal, Mispa e Ramá, a cidade onde morava.

OS FILISTEUS TOMAM A ARCA
De acordo com o livro de Samuel, depois que os filisteus mataram quatro mil israelitas no campo de batalha em Afeca, o povo pediu que a arca da Aliança fosse trazida de Siló para o acampamento israelita em Ebenézer (possivelmente Izbet Sarteh). Quando os filisteus ouviram os gritos de júbilo dos israelitas, pensaram que um deus havia chegado ao acampamento de Israel. Na batalha subsequente, os israelitas foram massacrados: trinta mil soldados, inclusive os dois filhos rebeldes de Eli, morreram e a arca da aliança foi tomada. Ao receber essa notícia, Eli caiu da cadeira onde estava assentado, quebrou o pescoço e morreu. Sua nora também morreu durante o parto, exclamando: "Foi-se a glória de Israel" (1Sm 4:22).
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Samuel Capítulo 12 do versículo 1 até o 25
5. O Adeus de Samuel (12:1-25)

Samuel aproveitou a ocasião para fazer a sua despedida formal, ao dirigir-se às tribos reunidas, como tinham feito Moisés (Dt 31:1ss.) e Josué (Js
24) antes dele. Ao relatar a sua aceitação da demanda popular por um rei, Samuel desafiou o povo a indicar qualquer impropriedade em sua conduta. O Senhor seja testemunha... e o seu ungi-do seja hoje testemunha (5) — o povo concordou que tanto Deus como Saul eram teste-munhas da integridade do velho profeta.

O apelo de Saul baseia-se na bondade de Deus para com Moisés e Arão, ao tirar o povo da terra do Egito (6), e também no que Ele tinha feito pelo povo ali reunido e pelos seus pais. Todas as justiças do Senhor (7), isto é, "atos de poder e graça realizados para-o- eu povo com base em sua relação do concerto instituído por Abraão e por meio de Moisés"". Contenderei convosco (7) — em hebraico, shaphat, é um termo judicial que implica em litígio ou julgamento perante um juiz, neste caso o Senhor. Samuel revê os fatos da história de Israel, a partir do êxodo. Esqueceram-se do Senhor, seu Deus (9), em contraste com a inesgotável lealdade de seus atos justos. Baalins e astarotes (10), cf.comentário sobre 7:3-4. Jerubaal, ou seja, Gideão (Jz 6:28-32) e Bedã (11) ; o último, um nome que não aparece no livro dos juízes, embora seja encontrado em I Crônicas 7:17 como um descendente de Manassés, desconhecido se não fosse por isso. A Septuaginta apresenta "Baraque", mas o nome pode ser outra forma de Abdom (Jz 12:13) ou de outro juiz menor não mencionado em outros trechos. Em Hebreus 11:32 lê-se "de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté", uma ordem que parece concordar com a Septuaginta. E a Samuel — ele apresentou a si mesmo sem ostentação, não apenas como alguém enviado pelo Senhor, mas como o último dos juízes em cujo mandato não fora necessário um rei para a segurança do povo. O perigo da invasão amonita é visto no versículo 12 como a causa imediata do pedido de um rei, e mostra o curto período de tempo decorrido entre a escolha de Saul e os eventos narrados no capítulo 11.

Samuel relembrou os israelitas que, embora eles agora tivessem um rei, o reinado ainda estava sob a lei de Deus e a sua perpetuação dependia da lealdade a Ele (14-15). Até o final, ele considerava o desejo de um rei como uma evidência de deslealdade por parte do povo (cf. 12, sendo, porém, o Senhor, vosso Deus, o vosso Rei) – é grande a vossa maldade (17). Samuel orou ao Senhor e Ele enviou trovões e chuva naquele dia (18) como um sinal de seu descontentamento. Como era a época da colheita do trigo, entre meados de maio e de junho, e normalmente não chovia entre abril e outubro, o sobrenatural foi claramente visto pelo povo. Reconheceram o pecado deles e pediram a Samuel que orasse por eles (19).

Uma vez mais Samuel recomendou aos homens de Israel que fossem fiéis a Deus e que o servissem com todo o... coração (20). Não vos desvieis... às vaidades (21) -vaidades, "futilidades", é um termo usado em referência a ídolos e à adoração a eles. A mesma palavra é usada em Isaías 44:9: "Todos os artífices de imagens de escultura são vaidade, e as suas coisas mais desejáveis são de nenhum préstimo; e suas mesmas teste-munhas nada vêem, nem entendem, para que eles sejam confundidos". Pois o Senhor não desamparará o seu povo (22) – a fidelidade de Deus está assegurada. O único elemento de incerteza é a obediência do homem e a sua lealdade.

Samuel prometeu orar pelo povo e também ensiná-lo. Ele identificava a falta de oração como um pecado – longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós (23). Mas, se apesar de todas as orações e da instrução, perseverardes em fazer o mal, perecereis (25) – a palavra em hebraico traduzida como perecer significa literalmente "ser lançado fora" ou "ser varrido em ruínas".

Os versículos 20:25 falam do "pecado da falta de oração", a qual é uma obrigação (1) apesar da rebeldia do povo, 20; (2) em vista das possibilidades da devoção de todo o coração, 20-21; (3) à luz da fidelidade de Deus, 22-24; (4) na esperança de trazer a vida ao invés da morte, 25.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de I Samuel Capítulo 12 versículo 1
Com esta despedida de Samuel, encerra-se a época dos juízes e começa o período monárquico. O discurso é uma reflexão sobre os fatos passados (conforme vs. 6-13) e uma exortação para o futuro (conforme vs. 14-15). Como todas as passagens que marcam o começo ou o fim de cada etapa importante na história de Israel, este “testamento” de Samuel reflete as idéias e a linguagem típicas de Deuteronômio (conforme Js 1:1; 1Rs 8:14-53; 2Rs 17:7-23).

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Samuel Capítulo 12 do versículo 1 até o 25
*

12:1

constituí sobre vós um rei. O processo da ascesão ao trono foi completado, e o discurso de Samuel no cap. 12 marca o fim do período dos juízes.

* 12.3-15

Samuel apresenta três argumentos para compelir o povo a reconhecer a sua própria culpa em pedir um rei. Primeiro, convida o povo a concordar que ele tinha sido um líder inculpável (vs. 4, 5). Segundo, ressalta que no passado sempre tinha sido o Senhor que nomeava líderes (v. 6), e que estes sempre tinham revelado ser plenamente adequados (vs. 7, 8). Terceiro, enfatiza que mesmo quando os israelitas "se esqueceram do SENHOR, seu Deus", o Senhor fora gracioso para com eles. Embora ele os sujeitasse à opressão dos inimigos (v. 9), atendia suas confissões de pecado e seus rogos por livramento (v. 10), e suscitava juízes, entre os quais havia o próprio Samuel (v. 11). Dentro desse contexto da suficiência da provisão do Senhor, a exigência do povo em ter um rei humano, embora o próprio Senhor fosse seu rei (v. 12), pode ser considerada rebelião (8.7). Mesmo assim, a monarquia pode ter sucesso, se tanto o rei quanto o povo temer ao SENHOR, e o servir, e lhe atender à voz (v. 14).

* 12:3

seu ungido. Ver nota em 2.10. A unção de Saul é ordenada em 9.16 e realizada em 10.1.

de quem tomei o boi... o jumento? O boi e o jumento, possessões valiosas nos tempos bíblicos, são mencionados no décimo mandamento como objetos típicos da cobiça (Êx 20:17; Dt 5:21).

* 12:7

pleitearei convosco. Samuel pessoalmente se apresentara como réu, e fora inocentado (vs. 3-5); agora desempenha o papel de promotor, e o povo se torna o réu. Seu crime é o de ter desejado ter um rei, em total desrespeito para com todos os “atos de justiça” do Senhor durante todo o período do Êxodo e dos Juízes (vs. 7-11).

* 12:12

Vendo vós que Naás, rei dos filhos de Amom, vinha contra vós outros. Embora o fato não seja explicitamente mencionado no cap. 8, é possível que a ameaça dos amonitas já tenha sido motivo de preocupação naquela ocasião (11.1, nota). Alternativamente, Samuel pode ter meramente citado o episódio com os amonitas como sendo o exemplo mais recente da tendência infiel do povo de buscar a ajuda dos homens, e não de Deus. Saul pessoalmente deu ao Senhor todo o crédito pela vitória (11.13).

* 12.13 o rei que elegestes. Ver 8.18 e contrastar com 16.1.

e que pedistes. Ver 8.10, nota.

* 12.14 Se temerdes ao SENHOR. Uma condição prévia fundamental para a bênção segundo a aliança, nos dias de Moisés (Dt 6:2, 24; 10:12; 31:12, 13), nos dias de Josué (Js 4:24; 24:14), e agora na nova era da monarquia, o "temor ao SENHOR" significa reverência diante dele e dar-lhe a honra e obediência a que lhe pertencem como Deus e como Pai gracioso.

* 12.16-19 Tendo pleiteado a sua causa contra o povo nos vs. 3-15, Samuel passa a invocar um sinal dramático para reforçar sua declaração da culpa do povo. O sinal produz o resultado desejado, e o povo se arrepende porque "a todos os nossos pecados acrescentamos o mal de pedir para nós um rei" (v. 19). Quanto aos sinais que acompanham as declarações proféticas, ver 2.34, nota.

*

12:17

sega do trigo. O trigo era provavelmente segado em maio e junho, no começo da estação seca de Israel.

* 12.20-25 Tendo visto o arrependimento do povo, Samuel os conforta: "Não temais," e os desafia a renovar a sua dedicação a Deus (v. 20).

* 12:23

orar por vós... vos ensinarei. As responsabilidades de Samuel no reino incluirão a intercessão e instrução (12.1, nota; para outros deveres de Samuel ver 10.8).

* 12:24

temei ao SENHOR. Ver nota no v. 14.

de todo o vosso coração. Ver v. 20; 16.7.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Samuel Capítulo 12 do versículo 1 até o 25
12.1ss Samuel seguiu servindo ao povo como seu sacerdote, profeta e juiz, mas Saul exercia mais e mais controle político e militar sobre as tribos (veja-se 7.15).

12.1-3 Em seu discurso de despedida, Samuel pediu a quão israelitas assinalassem qualquer equívoco que tivesse cometido durante seu período como juiz. Com esta atitude, Samuel lhes estava recordando que podiam confiar em que ele diria a verdade. Além disso lhes estava recordando que a idéia de ter um rei tinha sido do povo, não dele. Samuel estava montando o cenário para a milagrosa tormenta registrada em 12:16-19 para que assim o povo não pudesse culpá-lo quando Deus os castigasse por suas atitudes egoístas.

12:10 Os baales e Astarot eram deuses pagãos. Para mais informação veja-a nota a 7.4

12:11 Jerobaal era o nome que pôs ao Gedeón quando destruiu o altar do Baal (veja-se Jz 6:32).

12.12-15 Deus concedeu a petição da nação por um rei, mas seus mandamentos e requerimentos para suas vidas permaneceram iguais. Deus teria que ser seu verdadeiro rei, e tanto Saul como o povo teriam que estar sujeitos a sua lei. Nenhuma pessoa está isenta jamais da lei de Deus. Nenhum compromisso humano está fora da jurisdição de Deus. O é o verdadeiro rei de cada uma das áreas da vida. Devemos reconhecer seu reinado e nos submeter ao em obediência.

12:17 A colheita do trigo chegava perto do final da estação seca, durante os meses de maio e junho. devido a que a chuva caía muito raramente durante este período, uma grande tormenta era considerada como um sucesso milagroso. Mas a chuva durante a colheita do trigo podia danificar as colheitas e fazer que se apodrecesse rapidamente. Este sucesso incomum demonstrou o descontentamento de Deus com a petição que fez o Israel de um rei.

12:22 por que Deus fez do Israel "seu povo"? Deus não os escolheu porque o merecessem (Dt 7:7-8), mas sim para que pudessem ser o meio pelo qual Deus benzera a todas as pessoas através do Messías (Gn 12:1-3), Deus nunca abandonaria a seu povo, mas devido a que era sua nação especial, freqüentemente os castigaria por sua desobediência a fim de trazê-los novamente a uma correta relação com O.

12:23 É pecado o deixar de orar por outros? As palavras do Samuel parecem indicar que sim. As ações do Samuel ilustram duas responsabilidades das que devia preocupar o povo de Deus: (1) orar de maneira constante por outros (Ef 6:18) e (2) ensinar a outros o caminho correto para Deus (2Tm 2:2). Samuel não estava de acordo com a demanda dos israelitas de um rei, mas lhes assegurou que continuaria orando por eles e lhes ensinando. Podemos estar em desacordo com alguém, mas não devemos deixar de orar por essa pessoa.

12:24 Esta é a segunda vez no discurso de despedida que Samuel recordava ao povo que dedicasse um tempo para considerar quão grandes costure tinha feito Deus por eles (veja-se 12.7). Dedicar tempo para a reflexão nos permite centrar nossa atenção na bondade de Deus e fortalece nossa fé. Em ocasiões estamos tão orientados para o progresso e o futuro que não nos damos o tempo para refletir sobre tudo o que Deus já fez. Faça um hábito o recordar o que Deus tem feito por você para que possa seguir adiante com agradecimento.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Samuel Capítulo 12 do versículo 1 até o 25

VI. ENDEREÇO ​​Samuel (1Sm 12:1)

1 E disse Samuel a todo o Israel: Eis que eu me ouvistes a sua voz em tudo quanto vos disse-me, e fizeram sobre vós um Ap 2:1 E agora, eis que o rei anda diante de ti; e eu sou velho e grayheaded; e eis que os meus filhos estão convosco: eu tenho andado adiante de vós desde a minha mocidade até este dia. 3 Eis-me aqui: testemunha contra mim perante o Senhor, e perante o seu ungido: de quem tomei o boi? ou cujo tomei o jumento? ou a quem defraudei? quem tenho oprimido? ou da mão de quem tenho recebido peita para cegar os olhos mina com ele? e eu vo-lo restituirei. 4 E eles disseram: Tu não nos defraudou, nem oprimidos nos, nem tomaste coisa alguma da mão de qualquer homem. 5 E disse-lhes: O Senhor é testemunha contra vós, eo seu ungido é testemunha Neste dia, para que não vos ter encontrado alguma coisa na minha mão. E eles disseram: Ele é testemunha.

Vindicação de Samuel estava preocupado com a sua conduta como um juiz. Os exemplos que ele mencionados referem-se a honestidade e integridade judicial. Seu longo período de serviço como um juiz foi irrepreensível.

Ele desafiou o povo para expor qualquer injustiça que ele possa ter cometido. De quem tomei o boi? ... quem defraudei? ... da mão de quem tenho recebido peita para encobrir os meus olhos com ele? e eu vo-lo restituirei (v.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Samuel Capítulo 12 do versículo 1 até o 25
  • A renovação do reino (11—12)
  • Saul retornou para casa e, na verda-de, hesitava em falar de sua grande experiência. Lembre-se de que era o início do reinado, quando tudo era novidade. Samuel ainda era o líder espiritual da terra, e ele e Saul espe-ravam a orientação de Deus a res-peito do futuro da nação. Samuel e Saul, sem meios de transporte nem os de comunicação modernos, le-variam meses para reunir o povo. A primeira oportunidade de Saul sur-giu quando Naás ameaçou a nação. Certamente, essa vitória nacional investiu Saul diante do povo e es-tabeleceu sua autoridade. Alguns dos companheiros de Saul queriam que ele matasse os israelitas que se opuseram ao seu reinado (10:27), mas Saul demonstrou humildade e moderação ao dar toda glória ao Senhor e recusar vingar-se dessas pessoas.

    Essa vitória foi motivo de reno-vação do reino e de nova consagra-ção da nação. Samuel reviu o pró-prio ministério e lembrou o povo de que vinha sendo fiel à nação e ao Senhor. Depois, ele reviu a his-tória da nação e mostrou ao povo o grande pecado que cometera con-tra o Senhor ao pedir um rei. Ele pediu por chuva a fim de mostrar ao povo a própria fé e o poder de Deus, e a tempestade inesperada na sega (um evento incomum nes-sa época do ano) trouxe temor ao povo. Os israelitas confessaram o pecado, e Samuel reafirmou-lhes a graça de Deus. Eles precisavam sa-ber que seu rei não os salvaria, mas que apenas a fidelidade e a obedi-ência ao Senhor lhes garantiría as bênçãos de Deus. Eles cometeram um erro, mas o Senhor desconside-raria isso se obedecessem.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Samuel Capítulo 12 do versículo 1 até o 25
    12.1,2 Depois da posse de Saul, Samuel, aparentemente; abdicou de seus deveres civis; mas, exercendo as funções de Sacerdote e sendo profeta de Deus, conservava os direitos de supervisor do povo (7:15-17).
    12.3 O texto hebraico (TM) omite a frase: testemunhai contra mim, que é tirada do texto grego (LXX). Samuel era íntegro como poucos.

    • N. Hom. 12.3 Deus usa homens íntegros para os planos da História (Jr 15:1; Ez 14:14).
    1) Moisés (Dt 34:10) escreveu o Pentateuco e instituiu uma nação (Israel);
    2) Samuel (12,3) instituiu a era profética e deu ao povo escolas (ver 3.20);
    3) Noé (Gn 6:9) passou de uma era para a outra e povoou a terra;
    4) Jó (1,8) escreveu o maior compêndio sobre a teologia e psicologia da dor;
    5) Daniel (1,8) escreveu uma das maiores obras sobre a escatologia. Ungido. Refere-se a Saul. A Vulgata, porém, traduz por "Cristo".

    12:6-12 O v. 6 é a introdução, aos vv. 7-12, que falam dos períodos críticos da vida de Israel e dos homens escolhidos por Deus para libertar o povo da opressão estrangeira. Jerubaal (11) refere-se a Gideão (Jz 7:1). Baraque (Jz 4:6) é a correção do texto hebraico "Badan": parece que aí houve uma confusão de letras na escrita hebraica; onde "r" e "d", e "q" e "n" se assemelham entre si, sendo umas tomadas por outras. O povo exigiu um rei (12) por causa do medo de Naás (11:1-2), pois não confiava em Samuel, que consideravam já velho (Samuel estava com cerca de 60 anos).

    12.14.15 A condição de Saul para permanecer no posto era obedecer, tão somente, à palavra de Deus. Qualquer que governe, nessas condições, tem o apoio divino (Rm 13:1). 12.17,18 O tempo da sega do trigo. Era a estação do ano quando o tempo, invariavelmente, permanecia seco. Os trovões e chuva, nessa ocasião; eram um milagre evidente de Deus, que confirmava ás palavras de Samuel.

    12.19 Confirma a verdade de que foi o povo, e não Deus, que escolheu a Saul (10.19).
    12.21 Coisas vãs, ou "ídolos". A, palavra hebraica (tohu) é a mesma de Gn 1:2, "sem forma", "sem expressão", "sem vida", mostrando que os ídolos eram deuses sem vida e sem poder.

    12.22 Não desamparará... Com ou sem rei, o Senhor cuidará do seu povo.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Samuel Capítulo 12 do versículo 1 até o 25
    e) Samuel passa o bastão (12:1-25)
    A obra da vida de Samuel estava completa; ele estava pronto para abdicar a fim de que o novo líder pudesse assumir a responsabilidade. Ele se dirigiu à assembléia da nação (que supostamente se reuniu em Gilgal para “confirmar o reinado”, embora alguns eruditos tenham sugerido que isso na verdade ocorreu em Mispá, visto que o seu discurso soa mais como uma continuação do cap. 10) com a sua própria defesa da obra da sua vida. E um sermão de despedida que lembra o de Moisés em Deuteronômio: Agora vocês têm um rei que os governará. Quanto a mim, estou velho e de cabelos brancos, e meus filhos estão aqui com vocês. Tenho vivido diante de vocês desde a minha juventude até agora (v. 2). Ele desafiou o povo a demonstrar se ele tinha sido injusto ou opressivo, oferecendo-se para reparar se tivesse roubado algo de alguém. O povo declarou que o seu governo tinha sido justo. Ele chamou o próprio Deus de testemunha; e o povo concordou: Ele é testemunha (v. 5).

    v. 6-12. Samuel rememorou a história de Israel, mostrando a bondade de Javé ao povo: Agora, pois, fiquem aqui, porque vou entrar em julgamento com vocês perante o Senhor com base nos atos justos realizados pelo Senhor em favor de vocês e dos seus antepassados (v. 7). Durante a sua escravidão no Egito, ele havia ouvido o seu clamor, respondido e os trazido para a terra. No tempo dos juízes, apesar de suas repetidas recaídas, ele reiteradamente lhes havia enviado libertadores (incluindo a introdução um tanto surpreendente do nome do próprio Samuel. Alguns estudiosos enxergam aqui o acréscimo de uma mão posterior; outros, uma leitura errônea de “Sansão”). Quando, mais recentemente, Naás os havia ameaçado, eles tinham exigido um rei (seria esse, como alguns alegam, um terceiro relato de como começou a monarquia?). Aqui e agora, na pessoa de Saul, estava o que eles haviam pedido.

    v. 13-18. Não obstante, não era tarde demais para se arrepender, e, se eles o fizessem, tudo lhes iria bem (v. 14), mas, se eles continuassem na sua rebeldia, a sua mão se oporia a eles da mesma forma como se opôs aos seus antepassados (v. 15). A BJ, seguindo a LXX, traz “sobre vós e sobre o vosso rei”, que é preferível como mais adequado ao contexto; conforme v. 14,25. Exigir um rei ainda era sinal de rebeldia; Samuel fez a aplicação da lição com uma ilustração visual muito marcante; como resposta à sua oração, irromperam trovões e chuva (v. 18). Nesse texto, está o embrião de grande parte da teologia do reinado no AT.

    v. 19-25. Horrorizados por essa demonstração do poder de Javé, confessaram os seus pecados e suplicaram a Samuel que intercedesse por eles; mesmo que tivessem um rei, como observa Mckane (p. 88), Samuel não era supérfluo! Ele os encorajou a abandonar os seus maus caminhos e retornar a Javé — Por causa de seu grande nome, o SENHOR não os rejeitará, pois o SENHOR teve prazer em torná-los o seu próprio povo (v. 22). Samuel por sua vez iria continuar a orar por eles e instruí-los.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Samuel Capítulo 12 do versículo 1 até o 25
    1Sm 12:1

    6. SAMUEL RESIGNA DO SEU CARGO (1Sm 12:1-9). Cfr. Apêndice II. Normalmente não chove desde abril a outubro. Por isso chuva e trovões nos meses das ceifas (meados de maio a fins de junho) só por milagre. Era a prova de que Deus concordava com as palavras de Samuel (16-18). O povo ficou deveras impressionado e pediu a Samuel que intercedesse por ele junto de Deus (18-19).


    Dicionário

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Eis

    advérbio Aqui está; veja, perceba, olhe: eis o prêmio que tanto esperava.
    Eis que/quando. De maneira inesperada; subitamente: eis que, inesperadamente, o cantor chegou.
    Etimologia (origem da palavra eis). De origem questionável.

    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Israel

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

    Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


    Israel [O Que Luta com Deus] -

    1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

    2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

    3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

    4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

    Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

    Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

    Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Pus

    substantivo masculino Secreção amarelada e viscosa que resulta de uma infecção ou se forma no local de uma ferida, composta por glóbulos brancos ou bactérias.
    Etimologia (origem da palavra pus). Do latim pus.puris.

    Do latim Pus. A raiz grega é Pyos.

    Rei

    Rei
    1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


    2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


    3) Rei do Egito,
    v. FARAÓ.


    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    Reí

    (Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.


    Samuel

    -

    -

    Filho de Elcana e Ana. Seu pai era descendente de Levi, embora não da linhagem sacerdotal de Arão (1Cr 6:33-34). Sua mãe era estéril; ela orou ao Senhor e recebeu a promessa, por meio do sacerdote Eli, de que teria um filho. Alegre com a notícia, voltou para casa e fez um voto de dedicar a criança ao Senhor. Colocou nele o nome de Samuel (“o nome de Deus”), a fim de demonstrar sua esperança de que o filho carregaria o nome do Todo-poderoso. A tradução popular de I Samuel 1:20, “Tenho-o pedido ao Senhor”, pode ser ampliada pela adição do significado do nome de Samuel: “Tenho pedido ao Senhor (um nome de Deus) para Ele”. Realmente, Samuel estabeleceu o nome de Deus diante de seu povo, na maneira como lembrava a Israel sobre seus caminhos pecaminosos e a bondade do Todo-poderoso durante todas as crises nacionais e pessoais.

    Samuel foi o elo de ligação entre a época de Moisés/Josué e a de Davi/Salomão. Depois da morte de Moisés, Israel teve a garantia de que o Senhor estava com eles por meio da revelação que passou a Josué (Js 3:7; Js 4:14; Js 6:27). Pouco antes de sua morte Josué exortou os líderes de Israel a permanecer fiéis ao Senhor (Js 23:1-11), porque ele próprio não lideraria o povo na busca de um estado de “descanso” devido à sua idade avançada (Js 13:1).

    No período que se seguiu à morte de Josué 1srael rebelou-se contra o Senhor e muitas vezes experimentou o abandono divino. Moisés (Dt), Josué (Js 23:24) e os servos de Deus (Jz 2:1-5; Jz 6:7-10) exortaram o povo a permanecer perto de Deus, mas eles preferiram fazer o que mais lhes agradava. O Senhor colocara a lealdade de Israel à prova (Jz 2:22—3:1), mas o povo falhou individualmente, como tribo e nação. O período dos juízes foi a época dos fracassos de Israel e da resposta de Deus ao clamor de seu povo. Os israelitas tinham alcançado um ponto extremamente baixo na história da redenção (veja Juízes).

    Deus levantou Samuel nesse período de crise na história de Israel. Ele serviu ao povo como juiz, sacerdote e profeta. Como o último juíz (At 13:20) e o primeiro profeta (At 3:24), foi uma figura de transição entre o tempo dos Juízes e o dos Reis. Samuel foi o instrumento escolhido por Deus, cuja linhagem espiritual está ligada a Josué, Moisés e Abraão.

    O sacerdote Samuel

    Samuel começou seu serviço no Tabernáculo em Silo ainda muito jovem. Mesmo ao lado dos filhos de Eli, cujo comportamento obsceno era bem conhecido (1Sm 2:12-17-22-25), permaneceu firme em seu amor pelo Senhor. Numa noite, recebeu uma revelação especial de Deus concernente ao final da dinastia de Eli (1Sm 3:11-14). Esse oráculo foi o início do seu ministério profético. Samuel fora separado como profeta em Israel e todos começaram a reconhecê-lo como homem de Deus (1Sm 3:19-21).

    A profecia a respeito do juízo de Deus sobre a família de Eli cumpriu-se durante uma campanha militar contra os filisteus. Os filhos deste sacerdote, Hofni e Finéias, levaram a Arca da Aliança para a frente de batalha (1Sm 4). Ambos foram mortos e o objeto sagrado, capturado pelos inimigos. Ao ouvir sobre a morte dos filhos e o que acontecera à Arca, Eli caiu da cadeira onde estava sentado e morreu. A morte de Eli e de seus filhos e a vergonha pelo fato de a Arca da Aliança ter-se transformado em um troféu de guerra causaram o fim de Silo como centro religioso em Israel. A desolação do lugar chocou a nação e a reverberação do evento podia ser bem sentida até no século VI, quando Jeremias disse: “Ide agora ao meu lugar, que estava em Silo, onde, no princípio, fiz habitar o meu nome, e vede o que lhe fiz, por causa da maldade do meu povo Israel” (Jr 7:12).

    Embora não fosse descendente de Arão, Samuel serviu como sacerdote após o término da dinastia de Eli. Este aspecto de sua vida, entretanto, foi obscurecido por sua liderança como profeta e juiz em Israel. As facetas múltiplas de seu ministério foram mostradas juntas na narrativa da assembléia de Mispa. Samuel convocou os israelitas e exortou-os ao arrependimento, orou por eles e ofereceu um sacrifício em seu favor (1Sm 7), pelo que Deus os ajudou no ataque contra os filisteus. A vitória foi celebrada com a colocação de uma pedra memorial em Mispa (1Sm 7:12), que se chamou “Ebenézer” (“pedra da ajuda”).

    Como Moisés, Samuel orou pelo povo (1Sm 7:9; cf.12:17,19,23). No final de seu ministério público, fez uma revisão do passado de Israel, exortou os israelitas a aprender com a história e ameaçou-os com trovões e chuva de granizo (1Sm 12). Ao ouvir suas declarações proféticas e ver a devastação causada pela tempestade, o povo pediu novamente a Samuel que orasse por eles. Ele concordou, mas advertiu-os sobre o juízo iminente de Deus: “Tão-somente temei ao Senhor, e servi-o fielmente de todo o vosso coração; considerai quão grandiosas coisas vos fez. Se, porém, perseverardes em fazer o mal, perecereis, assim vós como o vosso rei” (1Sm 12:24-25).

    O profeta/vidente Samuel

    Samuel é considerado o primeiro profeta (At 3:24). O Senhor o chamou para ser mensageiro (1Sm 3:1-14) e nessa condição ele recebeu o espírito de Moisés (Jr 15:1).

    Foi reconhecido como “servo” de Deus, por meio de quem o Senhor falou com seu povo individualmente (1Sm 9:6) e como nação (1Sm 7:2-4; 1Sm 8:1-22). Seu ministério profético foi tão excelente que todas as tribos ouviram sobre o homem de Deus: “E todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado como profeta do Senhor” (1Sm 3:20). Veja Profetas e Profecia.

    O Juiz Samuel

    Samuel foi um juiz fiel, o qual viveu a teocracia ideal, deu forma à vida política de Israel, unificou as tribos e obteve vitória contra os filisteus (1Sm 7:13b-17). A função de juiz era política e religiosa. Como líder político, preservava a unidade das tribos e tratava das questões legais que estavam acima da esfera dos líderes locais. Como líder militar, “livrava” Israel dos inimigos. Durante o ministério de Samuel, o Senhor concedeu a Israel um período de descanso.

    O centro de sua liderança foi seu local de nascimento, Ramá (1Sm 7:17), de onde viajava e fazia um circuito por várias cidades. Pouco se sabe sobre sua vida doméstica, exceto que seus dois filhos (Joel e Abias) eram homens ímpios (1Sm 8:1-3). O fracasso dos dois deu ocasião a que os líderes do povo decidissem por um novo rumo na vida de Israel. Em vez de depender de figuras carismáticas, como os juízes, determinaram que a nação estava pronta a seguir a liderança de uma dinastia real (1Sm 8). O pedido foi recebido com relutância por Samuel, mas recebeu a aprovação de Deus. O profeta submeteu-se à vontade de Deus, ciente de que o novo rumo seria perigo-

    so para Israel. A providência divina trouxe Saul à vida de Samuel. Este jovem chegara a Ramá para perguntar ao profeta sobre o paradeiro das jumentas de seu pai. Apoiado por Deus, Samuel secretamente ungiu Saul como rei de Israel (1Sm 9). O Senhor também colocou-o como figura central da nação, depois que foi escolhido numa assembléia pública em Mispa, onde o rei foi determinado por meio de sorteio (1Sm 10). Deus selou a questão quando Saul demonstrou seu valor na batalha, ao ser bem-sucedido na luta contra os filisteus. Sua ambição pessoal, entretanto, contrastava com o serviço abnegado prestado por Samuel e no final levou-o completamente para longe da vontade de Deus. O Senhor queria a obediência do rei, enquanto Saul tentava agradar a Deus com ofertas. Em certa ocasião, desafiou as instruções de Samuel de exterminar completamente os amalequitas, pois guardou parte dos rebanhos e poupou a vida do próprio rei. Esse incidente ocasionou uma ruptura entre os dois e resultou na rejeição de Saul como rei de Israel: “Tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à sua palavra? Obedecer é melhor do que sacrificar, e atender melhor é do que a gordura de carneiros. Pois a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a iniqüidade de idolatria. Porquanto rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou, para que não sejas rei” (1Sm 15:22-23).

    A remoção da família de Saul de uma dinastia permanente na liderança de Israel abriu a possibilidade para outro rei. Davi foi o homem escolhido por Deus. Tinha um coração voltado para o Senhor e era totalmente diferente de Saul, o qual, com sua estatura e aparência máscula, fazia uma impressionante figura de rei. A escolha de Davi, o pastor/músico, foi a confirmação do Senhor para Samuel, que, ao ter dúvidas sobre a monarquia em Israel e ao advertir previamente o povo sobre o governo autocrático do rei, foi encorajado pela escolha divina de um homem piedoso.

    Samuel passou para o segundo plano, enquanto Saul lutava com Davi para ocupar a cena principal. O rei tinha ciúme do jovem Davi, cujos atos de heroísmo eram comentados por todo o povo. Saul fez todos os esforços para matar o ungido de Deus, na esperança de deixar o trono para Jônatas, seu filho. Samuel não teve o privilégio de viver o bastante para ver Davi subir ao trono. Morreu, foi sepultado e lamentado por toda a nação.

    Samuel é novamente mencionado antes da morte de Saul. O rei, com medo da batalha contra os filisteus, tentou falar com o profeta por meio de uma médium de En-Dor. Esta foi usada pelo diabo, que lhe falou sobre a morte iminente de Saul. Dias depois ele morreu na batalha, juntamente com três de seus filhos (1Sm 31:6).

    Samuel foi um fiel servo do Senhor. Seu nome é mencionado no Novo Testamento entre os heróis da fé (Hb 11:32). Veja também Aliança. W.A.VG.


    (Heb. “ouvido por Deus”).


    1. Veja Samuel.


    2. Filho de Amiúde, indicado pelo Senhor como o representante de Simeão. Após a conquista de Canaã, sua tarefa seria a de organizar a distribuição do território dado ao povo entre os vários clãs e famílias de sua tribo (Nm 34:20).


    Samuel [Nome de Deus ou Deus Ouve]

    Último dos JUÍZES 2, PROFETA e SACERDOTE. Ungiu Saul e Davi como reis (1Sm 1—25).

    =========================

    SAMUEL, PRIMEIRO LIVRO DE

    Livro que descreve a passagem do período dos JUÍZES 2, para o dos reis: SAMUEL foi o último juiz; SAUL e DAVI foram os dois primeiros reis do reino unido de Israel. O livro ensina que a obediência traz bênçãos, enquanto que a desobediência leva à desgraça.

    =========================

    SAMUEL, SEGUNDO LIVRO DE

    Livro que é a continuação de 1Sm. Nele se conta a história de DAVI, que foi primeiramente rei de Judá, no Sul (1—4), e depois de toda a nação, incluindo Israel, no Norte (5—24). Davi, homem de profunda fé e dedicação a Deus, venceu os inimigos, firmou-se no poder e estendeu o reino. Mas ele cometeu pecados de crueldade e violência. Todavia, advertido pelo profeta Natã, ele confessou os seus pecados e aceitou o castigo de Deus. Davi marcou presença como rei de Israel, tanto que, mais tarde, em tempos de sofrimento, o povo pedia um rei que fosse “um filho de Davi”, que fosse igual a ele (Jr 23:5; Os 3:5; Mt 21:19).


    Voz

    substantivo feminino [Anatomia] Vibração nas pregas vocais que produz sons e resulta da pressão do ar ao percorrer a laringe.
    Capacidade de falar; fala: perdeu a voz durante o discurso.
    [Música] Parte vocal de uma composição musical: melodia em três vozes.
    [Música] Emissão vocal durante o canto: voz soprano, contralto etc.
    Figurado Conselho que se dá a alguém; advertência, apelo: escutar a voz dos mais velhos.
    [Jurídico] Intimação oral em tom alto: voz de prisão.
    Boato generalizado; rumores: é voz corrente a sua nomeação.
    Direito de falar numa assembleia, reunião etc.: tem voz, mas sem direito a voto.
    Maneira de pensar; opinião própria; ponto de vista: nunca tive voz na minha casa.
    Avaliação que se pauta numa previsão; prognóstico: presidente que não ouvia a voz do mercado.
    Sugestão que alguém dá a si próprio: nunca escutou a voz do coração.
    Gramática Categoria verbal caracterizada pela sua relação com o sujeito (com a categoria gramatical que concorda com o verbo), indicando o modo: voz ativa, voz passiva.
    Gramática Expressão verbal; palavra.
    [Zoologia] Som próprio de alguns animais.
    Frase ou palavra que expressa uma ordem: voz de comando.
    Etimologia (origem da palavra voz). Do latim vox.

    substantivo feminino [Anatomia] Vibração nas pregas vocais que produz sons e resulta da pressão do ar ao percorrer a laringe.
    Capacidade de falar; fala: perdeu a voz durante o discurso.
    [Música] Parte vocal de uma composição musical: melodia em três vozes.
    [Música] Emissão vocal durante o canto: voz soprano, contralto etc.
    Figurado Conselho que se dá a alguém; advertência, apelo: escutar a voz dos mais velhos.
    [Jurídico] Intimação oral em tom alto: voz de prisão.
    Boato generalizado; rumores: é voz corrente a sua nomeação.
    Direito de falar numa assembleia, reunião etc.: tem voz, mas sem direito a voto.
    Maneira de pensar; opinião própria; ponto de vista: nunca tive voz na minha casa.
    Avaliação que se pauta numa previsão; prognóstico: presidente que não ouvia a voz do mercado.
    Sugestão que alguém dá a si próprio: nunca escutou a voz do coração.
    Gramática Categoria verbal caracterizada pela sua relação com o sujeito (com a categoria gramatical que concorda com o verbo), indicando o modo: voz ativa, voz passiva.
    Gramática Expressão verbal; palavra.
    [Zoologia] Som próprio de alguns animais.
    Frase ou palavra que expressa uma ordem: voz de comando.
    Etimologia (origem da palavra voz). Do latim vox.

    voz s. f. 1. Produção de sons na laringe dos animais, especialmente na laringe humana, com auxílio do ar emitido pelos pulmões. 2. A faculdade de emitir esses sons. 3. A faculdade de falar. 4. Linguage.M 5. Grito, clamor. 6. Ordem dada em voz alta. 7. Boato, fama. 8. Palavra, dicção, frase. 9. Fon. Som que uma vogal representa na escrita. 10. Mús. Parte vocal de uma peça de música. 11. Mús. Nas fugas para piano e para órgão, cada uma das diferentes alturas em que o tema é desenvolvido. 12. Gra.M Aspecto ou forma com que um verbo indica a ação. 13. Opinião. 14. Sugestão íntima.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Samuel 12: 1 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Então disse Samuel a todo o Israel: Eis que tenho dado ouvidos à vossa voz em tudo quanto me dissestes, e constituí sobre vós um rei.
    I Samuel 12: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1042 a.C.
    H2009
    hinnêh
    הִנֵּה
    Contemplar
    (Behold)
    Partícula
    H3478
    Yisrâʼêl
    יִשְׂרָאֵל
    Israel
    (Israel)
    Substantivo
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H4427
    mâlak
    מָלַךְ
    ser ou tornar-se rei ou rainha, reinar
    (reigned)
    Verbo
    H4428
    melek
    מֶלֶךְ
    rei
    (king)
    Substantivo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H6963
    qôwl
    קֹול
    a voz
    (the voice)
    Substantivo
    H8050
    Shᵉmûwʼêl
    שְׁמוּאֵל
    filho de Elcana com sua esposa Ana e juiz ou profeta de Israel durante os dias de Saul e
    (Shemuel)
    Substantivo
    H8085
    shâmaʻ
    שָׁמַע
    ouvir, escutar, obedecer
    (And they heard)
    Verbo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula


    הִנֵּה


    (H2009)
    hinnêh (hin-nay')

    02009 הנה hinneh

    forma alongada para 2005; DITAT - 510a; part demons

    1. veja, eis que, olha, se

    יִשְׂרָאֵל


    (H3478)
    Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

    03478 ישראל Yisra’el

    procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

    Israel = “Deus prevalece”

    1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
    2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
      1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
      2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
      3. o nome da nação depois do retorno do exílio

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    מָלַךְ


    (H4427)
    mâlak (maw-lak')

    04427 מלך malak

    uma raiz primitiva; DITAT - 1199,1200; v

    1. ser ou tornar-se rei ou rainha, reinar
      1. (Qal) ser ou tornar-se rei ou rainha, reinar
      2. (Hifil) tornar alguém rei ou rainha, fazer reinar
      3. (Hofal) ser feito rei ou rainha
    2. aconselhar, tomar conselho
      1. (Nifal) considerar

    מֶלֶךְ


    (H4428)
    melek (meh'-lek)

    04428 מלך melek

    procedente de 4427, grego 3197 Μελχι; DITAT - 1199a; n m

    1. rei

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    קֹול


    (H6963)
    qôwl (kole)

    06963 קול qowl ou קל qol

    procedente de uma raiz não utilizada significando chamar em voz alta; DITAT - 1998a,2028b; n. m.

    1. voz, som, ruído
      1. voz
      2. som (de instrumento)
    2. leveza, frivolidade

    שְׁמוּאֵל


    (H8050)
    Shᵉmûwʼêl (sehm-oo-ale')

    08050 שמואל Sh emuw’el̂

    procedente do part. pass. de 8085 e 410, grego 4545 σαμουηλ; n. pr. m. Samuel = “seu nome é El”

    1. filho de Elcana com sua esposa Ana e juiz ou profeta de Israel durante os dias de Saul e Davi
    2. filho de Amiúde e príncipe da tribo de Simeão, escolhido para dividir a terra de Canaã entre as tribos.
    3. filho de Tola e neto de Issacar.

    שָׁמַע


    (H8085)
    shâmaʻ (shaw-mah')

    08085 שמע shama ̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 2412, 2412a v.

    1. ouvir, escutar, obedecer
      1. (Qal)
        1. ouvir (perceber pelo ouvido)
        2. ouvir a respeito de
        3. ouvir (ter a faculdade da audição)
        4. ouvir com atenção ou interesse, escutar a
        5. compreender (uma língua)
        6. ouvir (referindo-se a casos judiciais)
        7. ouvir, dar atenção
          1. consentir, concordar
          2. atender solicitação
        8. escutar a, conceder a
        9. obedecer, ser obediente
      2. (Nifal)
        1. ser ouvido (referindo-se a voz ou som)
        2. ter ouvido a respeito de
        3. ser considerado, ser obedecido
      3. (Piel) fazer ouvir, chamar para ouvir, convocar
      4. (Hifil)
        1. fazer ouvir, contar, proclamar, emitir um som
        2. soar alto (termo musical)
        3. fazer proclamação, convocar
        4. levar a ser ouvido n. m.
    2. som

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)