Enterro

Dicionário Comum

Fonte: Priberam

Cara de enterro:
cara | s. f. | s. m. | s. 2 g.

ca·ra
(grego kára, cabeça)
nome feminino

1. Parte anterior da cabeça. = FACE, ROSTO

2. Figurado Expressão da face (ex.: cara alegre). = FISIONOMIA, SEMBLANTE

3. [Por extensão] Frente ou lado anterior de certos objectos.

4. Aspecto exterior de algo. = APARÊNCIA, AR

5. Lado da moeda em que está a efígie.

6. Atrevimento, ousadia.

nome masculino

7. [Brasil, Informal] Pessoa de quem se omite ou desconhece o nome. = SUJEITO, TIPO

8. [Tauromaquia] Forcado que se agarra ao touro pela frente e tenta subjugá-lo.

nome de dois géneros

9. [Brasil, Informal] Forma de tratamento usada como vocativo ou como incitamento (ex.: vamos lá, cara?).


andar de cara à banda
[Informal] O mesmo que ficar de cara à banda.

atirar à cara
[Informal] Fazer críticas ou censuras em presença da pessoa em causa. = EXPROBRAR, LANÇAR EM ROSTO

Recordar favores prestados ou factos passados, na presença da pessoa interveniente.

bater com a cara na porta
[Informal] Encontrar encerrado um espaço, um estabelecimento, uma casa, não conseguindo alcançar quem ou o que se procurava. = BATER COM O NARIZ NA PORTA

cara a cara
Em posição em que um está diante do outro. = FACE A FACE, FRENTE A FRENTE

De modo frontal ou directo; sem subterfúgios (ex.: fez as críticas cara a cara). = FRONTALMENTE

cara de caso
Ar sério de preocupação ou de apreensão.

cara de cu
[Calão, Depreciativo] Semblante descontente ou contrariado (ex.: ficar com cara de cu).

[Calão, Depreciativo] Expressão usada com o intuito de insultar a pessoa a quem é dirigida (ex.: sai da frente, cara de cu).

cara de enterro
[Informal] Semblante triste ou grave (ex.: estão todos com cara de enterro).

cara de Páscoa
Rosto alegre, pessoa risonha e prazenteira.

cara de pergaminho
Faces secas e enrugadas.

cara de poucos amigos
[Informal] De mau humor; com ar severo (ex.: o sujeito, corpulento, cara de poucos amigos, nem sequer respondeu à pergunta). = CARRANCUDO

cara de tacho
[Informal] Ar desapontado ou surpreendido (ex.: a pergunta deixou o entrevistado com cara de tacho).

cara de vergalho
[Informal] Rosto carrancudo, que denota mau humor ou antipatia.

cara ou coroa
Jogo em que se atira ao ar uma moeda, ganhando o jogador que adivinhar qual dos lados ficará para cima.

Pergunta que se faz antes de se jogar uma moeda ao ar para decidir uma questão ou fazer uma escolha.

com cara de asno
[Informal] Desapontado, de boca aberta.

dar a cara
[Informal] Assumir a responsabilidade por algo.

dar com a cara na porta
[Informal] O mesmo que bater com a cara na porta.

encher a cara
[Brasil, Informal] Beber muito, até ficar bêbedo. = EMBEBEDAR-SE, EMBRIAGAR-SE

estar na cara
[Brasil, Informal] Ser evidente; ser óbvio (ex.: estava na cara que isso não ia dar certo).

fazer cara feia
[Informal] Mostrar desagrado ou rejeição (ex.: não adianta fazer cara feia, eles não vão recuar na venda do apartamento).

ficar de cara à banda
[Informal] Sentir-se envergonhado, humilhado.

ir com a cara de
[Informal] Simpatizar (ex.: acho que ele não foi com a minha cara).

mandar à cara
[Informal] O mesmo que atirar à cara.

perder a cara
Ficar desacreditado ou malvisto. = PERDER A FACE

quebrar a cara
[Brasil, Informal] Não alcançar o resultado esperado; não ser bem-sucedido. = FALHAR, FRACASSAR

[Brasil, Informal] Passar vergonha.

ter duas caras
[Informal] Ser falso, hipócrita ou desonesto.


Desenterroar: desenterroar
v. tr. dir. Desfazer os terrões.
Enterro: substantivo masculino Ação de pôr um morto debaixo da terra; inumação, sepultamento.
Cerimônia que acompanha essa ação.
Préstito fúnebre: ver passar um enterro.
Figurado Abandono, rejeição, renúncia: enterro de uma lei.
Enterroar: verbo transitivo direto Converter em torrões, reduzir a torrões.
verbo pronominal Secar-se e converter-se em torrões. Sin: entorroar.
Etimologia (origem da palavra enterroar). En + terrão + ar.
Enterros:
masc. pl. de enterro

en·ter·ro |ê| |ê|
(derivação regressiva de enterrar)
nome masculino

1. Acto ou efeito de enterrar. = ENTERRAMENTO

2. Condução de um cadáver à sepultura.

3. Funeral; préstito fúnebre; saimento.


Dicionário Bíblico

Fonte: Dicionário Adventista

Enterro: Entre os judeus, o funeral realizava-se, em regra, tanto quanto possível, logo depois da morte. Desde os tempos mais remotos, o método mais seguido no funeral entre os mais abastados, era o de depositar num túmulo o corpo do falecido. A cremação era considerada prática pagã, e por isso contrária ao espírito da lei. A razão pela qual se preferia sepultar o morto era porque a Escritura dizia: ‘Tu és pó, e ao pó tornarás.’ o respeito pela ordem e pelo decoro era tão grande na família israelita que até ao inimigo assassinado e ao malfeitor se fazia o enterro (1 Rs 11.15 – Dt 21:23). As classes mais pobres, que não podiam ter túmulos, adotavam o enterramento. Era grande a consideração pelos mortos, de sorte que profanar uma sepultura era tido como ato selvagem, que somente se podia justificar, praticado naqueles que tinham ultrajado a religião g Rs 23.16, 17 – Jr 8:1-2). Devido à natureza dura do terreno da Palestina, eram numerosas as cavernas, que naturalmente eram usadas como túmulos. Nestas cavernas, que eram alargadas e arranjadas de forma a poderem servir de túmulos, se encerravam os corpos dos mortos, havendo apenas uma simples cerimônia religiosa. Jacó e José, que morreram no Egito, são os únicos exemplos conhecidos de terem sido sepultados segundo os elaborados métodos do Egito. Estes sepulcros em cavernas ou na encosta de outeiros eram, muitas vezes, preparados durante a vida do possuidor, e freqüentes vezes se encontram em jardins particulares junto da estrada, mas sempre fora das cidades. Parece provável que nenhuma pessoa, à exceção dos reis e dos profetas, era sepultada nas cidades (1 Sm 25.1 – 1 Rs 2.10 – 2 Rs 10.35 – 2 Cr 16.14). Era uma afronta para as famílias que tinham sepulcros, que já eram dos seus antepassados, não poderem ter ali a sua sepultura (1 Rs 13.22). E era sinal de profunda simpatia com uma pessoa, que não era da família, desejar ser sepultada com ela no mesmo sitio (Rt 1:17 – 1 Rs 13.31), ou dar-lhe um lugar na sua própria sepultura (Gn 23:6).As pessoas das classes inferiores eram sepultadas em cemitérios, fora dos muros da cidade. Semelhante lugar público para enterramentos acha-se mencionado em 2 Rs 23.6, onde se faz referência às ‘sepulturas do povo’, as quais estavam situadas no vale de Cedrom, fora de Jerusalém. Tal era, também, o ‘campo do oleiro’ (Mt 27:7). Nestes cemitérios enterravam-se os cadáveres em covas, não levando eles mais que uma simples mortalha. Não era permitido que correntes de água ou caminho público atravessassem os cemitérios, e tampouco se consentia que os carneiros pastassem ali. Era costume visitar as sepulturas (Jo 11:31), ou para orar, ou para chorar de saudade – e era coisa ilegítima comer, beber, ler, ou mesmo passear, sem necessidade, por entre as campas. os corpos de crianças de menos de um mês eram levados por suas mães para o lugar do sepulcro, sendo outros transportados em esquifes, como aconteceu naquele funeral do filho da viúva de Naim. É fato interessante que a maior parte dos funerais mencionados no A.T. são os dos patriarcas, reis, profetas, ou outras pessoas de distinção – ao passo que no N.T. são apenas referidos aqueles enterros de pessoas de modesta posição social. Mas em ambos os casos eram usados, segundo a maneira dos judeus, as especiarias, quando elas podiam ser fornecidas (2 Cr 16.14). Nos cemitérios públicos era obrigatório haver um espaço de quarenta e cinco centímetros entre uma sepultura e outra. As grutas, ou sepulcros cavados na rocha, constavam de uma antecâmara, na qual se depositava o caixão, havendo ainda uma cavidade de certa profundeza, na qual eram metidos os corpos, que se colocavam deitados dentro de nichos cavados na rocha. Estas moradas dos mortos eram usualmente de 1.80 m de comprimento por 2.70 m de largura, sendo a altura de 3 metros. Nestes mausoléus havia nichos para oito corpos. Era esta a forma geral – mas havia sepulcros de maior e de menor capacidade. A entrada para esta espécie de sepulcro era fechada com uma grande pedra, tendo a forma de uma enorme mó, que rolava em sulcos feitos para esse fim – ou se tapava por meio de uma porta. A forma de construção dos túmulos explica o fato de terem as mulheres ficado admiradas, quando, havendo chegado de manhã cedo ao sepulcro de Cristo, acharam a grande pedra revolvida e, entrando lá dentro, viram, espantadas, um mancebo sentado à direita (Mc 16:4-5Jo 20:1-12). Competia ao parente mais próximo dirigir toda a cerimônia do funeral, mas desde certo tempo, certamente por urgente necessidade, havia-se estabelecido o costume de tratarem do enterramento determinados funcionários públicos (At 5:6-10). Raras vezes se usavam caixões, e quando usados, eram caixões abertos – mas sarcófagos de pedra eram muito empregados nos túmulos de pessoas eminentes. Durante todo o tempo que o corpo estava dentro de casa, era proibido comer, ou beber, ou pôr filactérias. o alimento era preparado, e sendo possível, também tomado fora de casa.

Dicionário de Sinônimos

Fonte: Dicio

Enterro: enterramento, saimento, funeral, exéquias. – Diz Roq. que todos estes vocábulos se referem às últimas honras fúnebres que tributamos àqueles que passaram à melhor vida; e também se referem à maior ou menor pompa com que se celebram as cerimônias desse gênero. – “Enterro significa, em geral, a ação religiosa de enterrar os mortos, e o acompanhamento que vai com o defunto; e deram também os clássicos este nome ao lugar onde se sepultam os mortos. Belém, digno enterro dos nossos reis – disse um deles”. – Saimento é palavra hoje desusada, mas que significava antigamente, não só a pompa fúnebre de pessoas enlutadas que saíam a celebrar os funerais régios, como também as exéquias solenes que se faziam no aniversário da morte das pessoas reais; como se vê do Leal Conselheiro, p. 457. – Enterramento significa simplesmente o ato de enterrar ou levar a enterrar. Tem significação muito menos extensa que enterro, e não pode confundir-se com saimento. – Funeral é a pompa fúnebre com que se faz algum enterro. – Exéquias são as honras fúnebres que se fazem a um defunto, desde a casa até a igreja, ou da igreja até o túmulo; e também assim se chama o ofício fúnebre que com pompa se celebra em algum templo por um príncipe ou defunto ilustre, logo depois da morte, ou passado tempo não estando já o corpo presente. As exéquias dos papas duram ordinariamente oito dias. É para notar como os nossos antigos sabiam tirar do latim as palavras que lhes convinham, conformando-se com o gênio da língua portuguesa, talvez mais do que o fazem os modernos. – Saimento parece uma palavra que nenhuma relação tem com o latim, pois esta é a verdadeira tradução do vocábulo latino exequiœ, de que os modernos fizeram exéquias; porque exequiœ vem de exequor, o qual se compõe de ex e sequor, e significa “seguir, acompanhar”, e segundo Ainsworth vale o mesmo que sequor pompam funebrem ad sepulturam “sigo a pompa fúnebre ou do enterro até à sepultura”; e Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 385 isto era o que nos saimentos se fazia. Tinha também saimento a significação extensiva que damos a exéquias, como acima vimos. O enterro dos pobres mais é enterramento que funeral. O funeral dos abastados e ricos não se pode comparar com as exéquias dos grandes. As exéquias dos príncipes e senhores mais se fazem por vaidade dos vivos que para utilidade dos mortos. O maior saimento de que talvez falam as histórias é o que El-Rei D. Pedro I fez aos ossos de D. Inez de Castro”...

Dicionário da Bíblia de Almeida

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Enterro: Enterro CORTEJO fúnebre (Lc 7:12), RA) e colocação do corpo de um morto na sepultura. O cadáver dos ricos era perfumado com ESPECIARIAS (Mt 26:12) e enrolado em faixas (Jo 11:44), RC). Parentes, amigos, PRANTEADORES e CARPIDEIRAS choravam junto com a família (Mc 5:38).

Dicionário de Jesus e Evangelhos

Autor: César Vidal Manzanares

Enterro: Enterro Um dos preceitos fundamentais do judaísmo. A Bíblia contém referências ao sepultamento (Gn 23; Dt 21:22-23) em covas e, durante o período talmúdico, já era habitual a utilização de ossários e nichos. O enterro deveria realizar-se no mesmo dia da morte ou no seguinte. O procedimento inicial consistia em lavar o corpo e cobri-lo com sudário branco que, em se tratando de homem, era acompanhado do manto de orações que não mais seria usado. Eram proibidos a cremação e o embalsamamento. Acompanhar o cadáver até o lugar do sepultamento era considerado um ato de bondade. Atrás da sepultura, realizava-se uma refeição de consolo.
Enterro de jesus: Enterro de Jesus Ver Sepultura de Jesus.

Pequeno Abc do Pensamento Judaico

Cerimônia deenterro: Veja também: Ritos mortais; KADISH; SHIVÁ.
Kadish (or): Oração na qual são louvadas a Santidade de Deus e Seu Reino. É rezada em idioma aramaico, exceto o último verso, em diversas partes dos serviços religiosos. Os filhos a rezam por ocasião do enterro, no ano primeiro de luto e nos aniversários do falecimento dos pais. Também parentes próximos rezam-na. Não contém menção da morte. (FP) Há diferentes tipos de Kadish. Segundo o comprimento - há o Kadish breve, que aparece no serviço religioso para dividir entre si diferentes partes. Veja também: Ritos mortuários.
Liturgia: Ordem e forma para celebração dos ofícios divinos. Todo ato litúrgico se realiza entre os judeus com a presença de um "quorum" composto de 10 homens, maiores a 13 anos. (MINYAN). Este minyan é indispensável para a leitura pública da Torá, para a bênção dos KOHANIM, para as orações nas sinagogas, para a cerimônia dos casamentos, circuncisões, enterros e para a recitação do KADISH. Existem diversos ritos os quais surgiram em diversas épocas e em diversos países. As três principais formas litúrgicas são: ASKENAZI (dos judeus da Europa Central), SEFARADI (dos judeus espanhóis, portugueses, turcos etc.) e YEMENITA (parecido com o sefaradi, usado no Oriente). A liturgia básica é dividida em serviços da manhã (SHACHABIT), na tarde, (MINHÁ) e da noite (MAARIV). São usados livros de orações, para dias normais e sábado: SIDUR, e para grandes festas: MAhSOR. As rezas (orações) têm a sua cronologia, mas em diversos ritos têm diferentes e variadas execuções. É notável como apesar das distâncias no tempo e no espaço, os judeus preservaram uma grande uniformidade na estrutura de sua liturgia.
Matseiva (hebr): Túmulo. Termo usado em geral, para a cerimônia de inauguração da pedra tumular. Geralmente esta cerimônia é feita no 30. ° dia após o enterro; muitos a fazem no primeiro aniversário da morte. Na ocasião reza-se o "Kadish".
Ritos mortuários: Derivação lógica da santidade que a lei judaica confere à família, é o respeito à memória dos mortos. Cobre-se o cadáver, e acende-se uma vela à sua cabeceira. Esta luz deve ser renovada de sorte que permaneça ardendo durante a semana (o mês ou o ano) de luto na casa mortuária ou na sinagoga, como símbolo da alma ausente. Desde o momento da morte até que o ataúde seja retirado para o sepultamento, o corpo do defunto não deve ser deixado a sós na habitação. Os parentes e amigos se revezam para que uma pessoa, pelo menos, faça companhia ao cadáver. Os judeus mais devotos recitam os Salmos durante esse período. Antes de colocar o corpo no féretro, é ele limpo (tahará) e envolvido na mortalha, (tahrihim) Severas prescrições de igualdade regem o caso; ricos e pobres, todos devem descer à tumba envoltos num simples lençol branco, sem nenhum enfeite. Os homens são cobertos com o "talit", o clássico manto que usam em vida ao pronunciarem suas preces. A cerimônia do enterro deve ser simples. Um dos deveres da religião judaica, é o acompanhamento dos restos mortais à sua última morada. Conduzido o ataúde ao cemitério, processam-se os ritos de enterro. O ataúde é baixado à sua fossa, que deve ter um metro de profundidade, pelo menos. Fechada a tumba, o "hazan" recita a oração pela alma dos mortos e o filho, ou parente mais próximo do morto, pronuncia pela primeira vez o "Kadish". (ES)

Strongs


σορός
(G4673)
Ver ocorrências
sorós (sor-os')

4673 σορος soros

provavelmente semelhante a raíz de 4987; n f

urna ou recipiente para guardar os ossos dos mortos

cama funeral ou esquife no qual os judeus carregavam seus mortos para o enterro


ταφή
(G5027)
Ver ocorrências
taphḗ (taf-ay')

5027 ταφη taphe

de 2290; n f

  1. enterro

τάφος
(G5028)
Ver ocorrências
táphos (taf'-os)

5028 ταφος taphos

de 2290; n m

enterro

túmulo, sepultura