Notícias do Além
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Onde houver alguém que chore, Meu Senhor, a te buscar, Confia-me por amor A missão de consolar! Não há difícil caminho Se adiante brilha a luz. Após as noites da vida Terás um sol em Jesus! O teu nome balbucio, Senhora de Nazareth, E o meu coração se orvalha Como uma rosa de fé! Tem o Evangelho nos lábios Na palavra bela e rica, Que pouco ou nada lhe serve, De vez que nunca o pratica! O ensino é vasto e constante Para que o médium não falhe. Mediunidade há bastante, Duro é achar quem trabalhe! Não desanimes jamais Em tua luta na vida, Perseverança é que traz Novas forças na subida! Olha bem dentro de ti, Vê quanto na vida erraste. Mereces bem mais censuras Que aqueles que censuraste! Quero orar fazendo versos, Que melhor forma de orar?! É como quem junta flores Para um Anjo a Deus levar! Ainda aqui arremeda O que fez a vida inteira, Chorando atrás de moeda, De comida e bebedeira! Se a saudade se renova Dentro de mim a chorar, Só o lenço de uma trova Pode meu pranto enxugar! Não guardes nunca rancor, Por mais te sintas ferido, Quanto mais deres amor, Mais serás por Deus ouvido! Se ao fim do dia lamentas O que então desperdiçaste, Que será ao fim da vida, Pelo que malbarataste? Vem a dor, muda a atitude O incauto que em Deus não pensa: Tão valente na saúde, Tão covarde na doença! Não há maior indigência, Nada mais desolador, Que uma fria consciência E um coração sem amor! Bom aluno em dura prova Mostra firmeza e energia E suas forças renova Nas lições de cada dia! Vem a enxada, cava o chão, Para o milagre da messe. A Dor cava o coração, Que encontra Deus e floresce! Do fiel trabalhador Na seara de Jesus Cada gota de suor É como gota de luz. Se a dor agora te fere, Alma irmã, ora e confia. O amor de Jesus confere Paz, esperança, energia. Quando choras com Jesus, Cada lágrima vertida É uma pérola de luz A abençoar tua vida. Carro de boi gemedor Do sertão que tanto amei, Igualzinho à minha dor, Nos tempos que aí passei! Que rico tesouro é a vida, Crescendo de hora em hora, Fortuna a ti concedida E tu a jogá-la fora! Divide com teu irmão O peso de sua cruz, Que a prece da boa ação É a que mais toca a Jesus! A missão de pensar chaga Tem todo médium… por isso Médium bom é o que se apaga Quanto mais cresce em serviço! Também eu fui trovador, Trabalho ameno e divino, Jogando rosas de amor Nas estradas do destino! Tão perto a paz por que anseias, Doce luz do Amor nascida! Paz é perfume do bem Que distribuis pela vida! O médium fiel não falha Quando chamado a servir, Quanto mais serve e trabalha Mais consegue progredir. Ação na mediunidade É força que o bem produz. A água em atividade Transforma energia em luz! Viu uma estrela descendo, Riscando o céu, e gritou: Lá vai um anjo correndo, Porque Jesus o chamou! Mãe Santíssima, no dia Em que à Terra eu retornar, Como aqui, lá também sejas A Estrela a me iluminar! Só quero que Amor me inspire Por onde eu tenha de andar. Que nada de mim retire O dom divino de amar! Lá fora o sol desfalece, Amanhã vai renascer! Se em teu caminho escurece, Confia no amanhecer!… Se às vezes choro sozinho, Ao peso de minhas dores, Busco a Jesus no caminho E ele se cobre de flores! Olvida teus desenganos, Como tu, também sofri! Se o tempo renova os anos, Renova também a ti! Se cantas com o coração Formosa prece resumes, Pois as notas da canção No Céu se fazem perfumes! Ainda que sangre a ferida E por mais pesada a cruz, Quanta alegria na vida Do seguidor de Jesus! A sombra desaparece E o sofrimento também Quando inicias a prece Da atividade no bem. A Doutrina de Jesus, Se a exercitas, meu irmão, É uma viagem de luz Na vida e no coração! A vida é como topada, Pode doer, mas consegue Jogar você para frente, Que tropeçando prossegue… Não percas tempo chorando Sobre os erros do passado, Segue no bem trabalhando, De coração renovado. Nas sendas da evolução, As lutas e experiências São degraus para a ascensão, Ao longo das existências. Quando oramos em silêncio, No instante maior de dor, Quanto alento recebemos Do coração do Senhor! Quanto estranha minha sorte, Na estrada mal percorrida: Levar o fardo, na morte, Dos erros da minha vida! Reclamas de todo o mundo Em tom queixoso e ferino E és o único responsável Pelo teu próprio destino! Nas dores e nas agruras, Mantém a fé, alma irmã. Lembra as noites mais escuras E o sol de cada manhã! Na Terra ninguém é santo, Que esse angélico mandato É curso para outra Esfera, Aqui falta candidato! Morreu pedindo uma vela, Que alguém lhe desse uma luz! Esqueceu a claridade Do Evangelho de Jesus! Tudo na vida evolui, Que nenhuma luta é vã; Se pequenino ontem fui Posso ser grande amanhã! Ninguém cogite de prova Por se melhorar alguém. Sabe-se quem se renova Pela constância no bem. Saudade, tão doce vem, Como uma luz aparece, Pelas lembranças de alguém Que o coração não esquece! Saudade às vezes se instala De forma bem sorrateira, Passa de simples visita A inquilina a vida inteira! As tuas dores reclamas, Reclamas tantos espinhos, São tuas semeaduras, Já que escolheste os caminhos! Cada um constrói no mundo Como quer a sua sorte, As rotas de luz ou treva, Para a vida e para a morte! Entende: teu sofrimento É um bem na vida agora, A forma de pagamento Dos teus débitos de outrora! Como uma clara enseada, O Evangelho de Jesus Transforma-se em alvorada Que ao rumo do Céu conduz! Se em teu caminho aparece A provação que angustia, Busca o socorro da prece Que qualquer dor alivia! Médium bom é o que não larga, A enfrentar seja o que for, Sua cruz ou sua carga De sacrifício ou de dor. Há uma dor que me acompanha, Da qual não posso fugir: A ocasião jogada fora, Quando chamado a servir. Sempre que a dor te visite Ora a Jesus e verás Como renasce em tua alma A rosa branca da paz. Chegas ao fim da existência Cobrando paz ao Senhor, Escuro de consciência E tão vazio de amor. Pela manhã radiosa Sorrindo a criança passa, Como uma animada rosa Que Deus perfumou de graça! Tão doce como o luar Banhando o céu do sertão, É a paz de quem sabe amar E tem limpo o coração. Fui poeta e fui cantor, A vida vivi assim, Semeei Deus e o Amor E o Céu se abriu para mim. De tua alma agora a taça Transborda em vinho de luz, Que escorre cheio de graça, Dos vinhedos de Jesus. |
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