Enciclopédia de Gênesis 1:15-15

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 1: 15

Versão Versículo
ARA E sejam para luzeiros no firmamento dos céus, para alumiar a terra. E assim se fez.
ARC E sejam para luminares na expansão dos céus, para alumiar a terra. E assim foi.
TB e sejam para luzeiros no firmamento do céu, a fim de alumiar a terra; e assim se fez.
HSB וְהָי֤וּ לִמְאוֹרֹת֙ בִּרְקִ֣יעַ הַשָּׁמַ֔יִם לְהָאִ֖יר עַל־ הָאָ֑רֶץ וַֽיְהִי־ כֵֽן׃
BKJ e que eles sejam por luzes no firmamento do céu para dar luz sobre a terra. E assim foi.
LTT E sejam por luminares no firmamento do céU, para iluminar a terra;" e assim foi.
BJ2 que sejam luzeiros no firmamento do céu para iluminar a terra" e assim se fez.
VULG ut luceant in firmamento cæli, et illuminent terram. Et factum est ita.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 1:15

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 1 do versículo 3 até o 31
  1. O Dia da Luz e das Trevas (Gn 1:3-5)

Energia é necessidade vital para o hábitat do homem, e luz é energia. Por conse-guinte, a primeira ordem de Deus foi: Haja luz (3). A ênfase na palavra falada de Deus é tão grande que cada dia criativo começa com uma ordem ou expressão da vontade divina.' Em seguida, ocorre a execução da ordem e a declaração culminante: Era bom ou equivalente (e.g., 4,10,18).

  1. O Dia das Águas Divididas (Gn 1:6-8)

As águas foram separadas, e acima da terra havia uma expansão (6). A palavra expansão ou firmamento transmite a idéia de solidez.' Contudo, a ênfase na palavra hebraica original raqia não está no material em si, mas no ato de expandir-se ou na condição de estar expandido. Por isso, a palavra "expansão" é muito apropriada.

Em diversos lugares do Antigo Testamento, o ato de estender os céus é proeminente (ver 9:8-26.7; Sl 104:2; Is 45:12-51.13; Jr 51:15; Zc 12:1). A evidência de que Deus é o Criador acha-se no ato de estender e não no caráter do que foi formado.' Ao longo do Antigo Testamento, o interesse se centraliza nas relações de Deus com a natureza e o homem. Deus é o Criador, e a partir desta declaração o Antigo Testamento passa a mos-trar que a natureza é uma criatura e uma ferramenta. Do mesmo modo, Deus julga, livra e cuida do homem.

  1. O Dia da Terra e do Mar (Gn 1:9-13)

O terceiro ato de Deus dizia respeito à formação de um futuro hábitat para o ho-mem, que é criatura da terra. O alimento para o homem, a vegetação, cresce na terra. Sob a ordem de Deus, terra e mar se separaram, e forma, vida e beleza enfeitaram a terra. O texto não descreve como estas separações ocorreram, nem há uma lista das forças dinâmicas e naturais envolvidas. Ao invés disso, a relação de um Criador pode-roso com uma criatura obediente e flexível é o tempo todo, e claramente, mantida dian-te do leitor.
Dramaticamente, Deus se voltou para a terra agora visível e deu-lhe ordens. Apare-ça a porção seca (11) não era admissão de que as substâncias inorgânicas possuíam o poder inerente de produzir vida.' Muito pelo contrário, a vida em si acha-se, no final das contas, na palavra criativa de Deus e imediatamente surge em resposta à sua ordem.

Seguindo um padrão de pares — luz e trevas, águas que estavam sobre e águas que estavam debaixo, terra e mares —, agora ocorre uma série de grupos de três. Erva, erva dando semente... e árvore frutífera (12) são agrupamentos muito generalizados e não devem ser considerados classificações botânicas no sentido moderno.

A frase conforme a sua espécie' indica limites aos poderes de reprodução. Mas não fornece um projeto que esboça linhas limítrofes. O destaque está na segurança observável da natureza: trevo produz trevo, trigo produz trigo, etc. E assim foi (11) -e ainda é.

  1. O Dia dos Dois Luminares (Gn 1:14-19)

Os pagãos adoravam o sol, a lua e as estrelas como deuses e deusas de poder formi-dável. Na narrativa deste dia da criação, o luminar maior (16) e o luminar menor nem mesmo são nomeados. Em poucas sentenças hábeis, o autor descreve a criação destes corpos celestes, os quais, depois, são incumbidos de executar certas tarefas nos céus.' Eles possuem uma dignidade de governo e nada mais. As estrelas também recebem não mais que uma menção honrosa. Que golpe contra o paganismo!

  1. O Dia dos Pássaros e dos Peixes (1:20-23)

Pelo motivo de a luz e as trevas serem comuns a ambos os dias, o primeiro dia (3-5) e o quarto dia (14-19) estão relacionados. Também o segundo (6-8) e o quinto (20-23) estão relacionados no ponto em que lidam com a expansão, em cima, e as águas, embai-xo. No quinto dia, Deus falou uma palavra para as águas (20), as quais produziram criaturas e pássaros encheram o ar. No versículo 21, vemos outra tríade: as grandes baleias... todo réptil de alma vivente... e toda ave de asas.

O texto não nos conta como as águas colaboraram com o Criador, mas para enfatizar a estreita ligação entre Deus e estas criaturas é empregado o verbo criou.' As diferenças surpreendentes entre a vida botânica e a biológica são atribuídas a um ato divino. Deus os abençoou (22). No Antigo Testamento, a bênção divina é um ato criativo e uma capacitação para que aquele que a recebe cumpra seu destino segundo a vontade de Deus. Neste caso, a vontade de Deus é que as criaturas se reproduzam abundantemente... conforme as suas espécies (21). Este ato serviu para anular a condição anterior "vazia" (2).

  1. O Dia dos Animais e do Homem (1:24-31)

Dando mais uma ordem: Produza a terra alma vivente (24), Deus encheu a terra de criaturas: as bestas-feras da terra (os animais selvagens, 25), gado e... todo rép-til que se move sobre a terra (26).

Mas este dia teria a coroação do ato criativo. A deidade, em deliberação, disse: Faça-mos o homem (26).9 Esta criatura tinha de ser diferente. Deus disse que o homem tinha de ser feito à nossa imagem, tendo certa semelhança com a realidade, mas care-cendo de plenitude. O homem devia ser conforme a nossa semelhança, tendo similitude geral com Deus, mas não sendo uma duplicata exata. Não era para ele ser um pequeno Deus, mas definitivamente tinha de estar relacionado com Deus e ser o portador das características distintivas espirituais que o marcam exclusivamente como ser superior aos animais.'

Em 1:26-30, encontramos "O Homem Feito à Imagem de Deus".

1) Um ser espiritual apto para a imortalidade, 26ab;

2) Um ser moral que tem a semelhança de Deus, 27;

3) Um ser intelectual com a capacidade da razão e de governo, 26c,28-30 (G. B. Williamson).
Uma das marcas da imagem de Deus foi Ele ter dado ao homem o status e o poder de governante. O direito de o homem dominar (28) ressalta o fato de que Deus o equipou para agir como governante. A aptidão para governar implica em capacidade intelectual adequada para argumentar, organizar, planejar e avaliar. A aptidão para governar im-plica em capacidade emocional adequada para desejar o mais alto bem-estar dos súditos, apreciar e honrar o que é bom, verdadeiro e bonito, repugnar e repudiar o que é cruel, falso e feio, ter profunda preocupação pelo bem-estar de toda a natureza e amar a Deus que o criou. A aptidão para governar implica em capacidade volitiva adequada para esco-lher fazer a toda hora o que é certo, obedecer ao mandamento de Deus indiscutivelmente e sem demora, entregar alegremente todos os poderes a Deus em adoração jovial e parti-cipar em uma comunhão saudável com a natureza e Deus.

Deus criou o homem para ser uma pessoa que tivesse autoconsciência, autodetermi-nação e santidade interior (Ec 7:29; Ef 4:24; Cl 3:10). A imagem foi distribuída sem dis-tinção de macho e fêmea, tornando-os iguais diante de Deus.

Como Deus abençoou (22) o que previamente havia criado (21), assim Deus outra vez abençoou (28) esta fase da sua obra. Incumbiu o homem com a responsa-bilidade de reproduzir-se e sujeitar à sua superintendência a terra e tudo que nela havia.

O ato de abençoar o gênero humano é de significado mais amplo que o de abençoar os animais (22). O homem é capaz de ter consciência dessa bênção e pode responder a ela. "Abençoar" em relação a um ser racional é ato de transmitir um senso da vontade de Deus para o abençoado. Isto é especialmente significativo para o homem, pois a ordem de procriar coloca a aprovação de Deus no ato de reprodução. Essencialmente, a relação homem-mulher na procriação é boa, está dentro da vontade de Deus e é básica para o bem-estar deles.

No Antigo Testamento, há dois aspectos para o ato de conceder bênçãos. Da parte de Deus, há o ato de um Ser superior concedendo favor a quem é dependente dele. Da parte do homem, há o retorno da gratidão ao Doador de dons (Gn 24:48; Dt 8:10).

Aspecto importante da bênção de Deus era a concessão de poder e habilidade para sujeitar e dominar (28) os outros seres criados que habitam a terra. Mas era uma autori-dade delegada, um governo subordinado, pelo qual o homem prestava contas a Deus. Presumimos que a responsabilidade de controlar a vida animal não acarreta o direito de abusar dela, caso contrário não teria sido bom.
Deus concedeu ao homem o direito de usar os frutos da vida vegetal para comida (29). Isto não lhe deu o privilégio de explorar a natureza, deixando para trás estrago e desolação. O cuidado apropriado dos frutos da vida vegetal tem necessariamente de acar-retar o cultivo (2,15) e a conservação dos recursos naturais.
O fato de os animais, sujeitos ao controle do homem, também se alimentarem de plantas, toda a erva verde (30), destaca ainda mais a responsabilidade que pesa sobre o homem. Ele é responsável por controlar a natureza de modo que a natureza supra as necessidades de todas as criaturas vivas e não só as necessidades do homem (ver 9.3 sobre a permissão de comer carne).

A morte de animais não é mencionada, embora não haja razão para presumir a ausência de morte animal antes da queda. O foco está na vida, na harmonia, na ordem e na aptidão de forma e função para o domicílio terrestre do homem.

Em Gn 1:1-5, 26-31, vemos a "Criação pela Vontade Onipotente", com a idéia central no versículo 1.

1) Causa adequada, 1,2;

2) Desígnio evidente, 2-5;

3) Homem semelhante a Deus, 26-30;

4) Concepção onisciente, 31 (G. B. Williamson).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 1 do versículo 14 até o 19

O Quarto Dia (Gn 1:14-19)

Gn 1:14

Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento. A palavra lirmamento é explicada no vs. Gn 1:6. Primeiro houve a luz primeva (vs. Gn 1:3), que tinha, como uma de suas funções, o estabelecimento de dias criativos de vinte e quatro horas. Agora aparecia o sol, que dava prosseguimento a essa função. Todavia, não há sugestão de que o sol viera substituir a luz pnmeva. A questão fica sem explicação. O sol e a lua passaram a separar o dia da noite, embora também tivessem funções astronômicas. Ver no Dicionário sobre Astronomia. Os intérpretes judeus fantasiavam em suas interpretações ao dizerem que o sol e a lua também promoviam suas várias festividades, dias de descanso etc. Ver Festas (Festividades) Judaicas no Dicionário. Eu disse “fantasiavam", embora seja totalmente possível que o autor sacro, intensamente interessado por essas coisas, realmente quisesse dar isso a entender.

Sinais. É possível que estivessem em mente funções astronômicas (Is 7:11 e II Reis 20:8-11). Mas outros entendiam que esses eram sinais de condições atmosféricas boas ou más, o tempo próprio para o plantio, para a colheita etc.

Estações. Estão em foco as quatro estações do ano, os ciclos que ocorrem anualmente. O trecho do Sl 104:19 contém uma afirmação similar.

Dias e anos. Talvez essas palavras indiquem uma extensão da primeira parte do versículo, a questão de dia e noite e dos ciclos normais da vida. Mas aqui os intérpretes judeus viam suas festividades religiosas. Diz o Targum de Jonathan: “. . e que sirvam de sinais e de tempos das festividades, considerando-se o número de dias e santificando o começo de cada mês. . E Jarchi, por igual modo, interpreta a palavra estações, julgando que ela aluda às festas solenes que eram regulamentadas pelas estações do ano.

Astrologia. Os povos antigos muito respeitavam o céu, idolatrando-o de várias maneiras. Ademais, acreditavam que os corpos celestes exerciam influências sobre a vida dos homens. Mas essas noções são escarnecidas em trechos como Jr 10:2 e Is 47:13. Os antigos pais da Igreja pensavam que todos os poderes dessa ordem se tinham prostrado diante do berço do menino Jesus, o Grande Poder que veio suplantar todos os demais poderes. Afinal, astrólogos vieram visitar o menino Jesus. Ver no Dicionáno sobre Astrologia. A mente hebraica reputava os céus como obras dos dedos de Deus, e não como poderes capazes de afetar as vidas humanas. Mas os homens acabaram caindo no ardil de adorarem as forças celestes (Rm 1:25).

A Sacralidade do Tempo. Foi Deus quem trouxe à existência o tempo e as suas vicissitudes. O tempo é sagrado e deve ser respeitado e usado da forma mais vantajosa possível. Deus é o poder por trás do tempo, além de ser o poder que há no tempo. O Natal foi comercializado; a Páscoa passou a girar em torno do coelhinho; os feriados religiosos tornaram-se justificativas para os homens caírem em excessos.

A Grandiosidade da Criação de Deus. Meu artigo sobre Astronomia expõe algumas idéias sobre a grandiosidade do mundo criado por Deus. Em meio a essa grandiosidade, está o homem, em torno do qual residem muitos propósitos de Deus. Sem dúvida, esse é um fato significativo. Compare-se isso com o mistério paulino da vontade de Deus (Ef 1:9,Ef 1:10). O destino remoto tem por alvo redundar no bem de todos, porque foi assim que Deus planejou as coisas.

O Sermão Pregado uma Vez por Ano. Certo pastor da Nova Inglaterra (nos Estados Unidos) tinha por hábito pregar um sermão, uma vez por ano, sobre as últimas descobertas da astronomia. Alguém objetou a essa prática. Mas o pastor insistiu em que se manter informado sobre esse conhecimento ampliava em muito o seu próprio conceito de Deus. O objetor notou que o pastor estava com a razão, e uma luz brilhou em sua mente. Todo conhecimento, quando corretamente apreendido, faz nossa mente voiver-se para Deus. Quanto maior for o nosso conhecimento, mais conheceremos sobre Deus, o qual é a fonte originária de todo conhecimento e de todo saber, A postura antiintelectual de muitas pessoas religiosas por certo labora em erro. Ver no Dicionário o artigo intitulado Antiintelectualismo.

Gn 1:15

Luzeiros no firmamento. Ver sobre Finnamento, no vs. Gn 1:6. A cosmologia dos hebreus supunha que o firmamento era uma espécie de taça invertida, alguma substância sólida que separava as águas acima (o mar celeste) das águas abaixo (os oceanos e demais depósitos de água, sobre os quais a terra firme flutuaria). Os luzeiros, postos no céu, ou seja, o sol, a lua e as estrelas, seriam corpos luminosos afixados ao lado inferior do firmamento, que pairaria sobre aquela massa sólida. Naturalmente, não faziam idéia da grande imensidão do espaço sideral. Os estudiosos conservadores, que reconhecem esses elementos da cosmogonia dos hebreus, supõem que o autor sagrado aludia aqui a esses luzeiros em um sentido poético, e não literal, e não tentam nenhuma real definição da questão. Os críticos, por sua vez, pensam que o autor sacro promovia uma cosmogonia ultrapassada, devido à falta de melhor entendimento. E também supõem que este versículo contradiga o terceiro, que fala na luz primeva, pois agora o sol e a lua feriam assumido as funções até recentemente atribuídas à Luz, produzindo dias de vinte e quatro horas, Com base nisso, supõem que diferentes fontes informativas foram alinhavadas, de maneira um tanto inepta. Seja como for, todos admitem que, em contraste com outros povos antigos, os hebreus não transformavam os corpos celestes em objetos de adoração.

“Nestes versículos do Gênesis acha-se uma das muitas instâncias em que o autor hebreu elevava conceitos instintivos de povos mais antigos a uma fe mais nobre. Para os hebreus, o sol e a lua já não eram forças independentes. Mas também seriam obras da mão do Deus vivo, cuja obra final é o homem' (Walter Russell Bowie, in loc.).

Para alumiar a terra. Adam Clark (in loc.) supõe que todos os objetos físicos foram criados como lugares de habitação, pelo que, em seus dias (século XVIII), ele pensava que todos os planetas eram habitados, incluindo a lua. Nisso ele estava enganado, embora tivesse entendido quão antropocêntrica é a Bíblia, O autor do Gênesis adianta que os luzeiros foram feitos visando ao beneficio da terra. Daí podemos extrair uma lição espiritual, embora talvez não uma lição científica. Ver o Dicionário sobre o Teísmo.

Gn 1:16

Os dois grandes luzeiros. O vs. Gn 1:16 é uma elaboração do vs. Gn 1:15. Os luzeiros são o sol, a lua e as estrelas. Os dois grandes luzeiros (o sol e a lua) governam, respectivamente, o dia e a noite. Ambos visam ao beneficio do homem. Mas sua finalidade não era servir de objetos de adoração. O sol era adorado no Egito. Mas em áreas desérticas da Ásia, onde o sol castiga e perturba os homens com os seus raios requeimantes, a lua era favorecida como o poder mais beneficente, e muitos lhe mostravam grande respeito. Os eclipses solapes só infundiam o pavor no coração dos homens. Todavia, a lua era temida por alguns como uma entidade prejudicial. O telescópio removeu alguns dos mistérios, o que também tem sido obtido mediante o avanço geral do conhecimento. Mas até hoje os corpos celestes são reputados como realidades temíveis, Pensemos na maravilha da existência de qualquer coisa! O autor do Gênesis não tinha como entender a grandiosidade dos objetos que ele mencionou tão aiigeíradamente, A criação é um testemunho da existência, do poder e da benevolência de Deus. A religião natural apóia-se sobre esse fato. Ver o Dicionário quanto à Revelação Natural.

Estrelas. O nosso sol é apenas uma estrela de grandeza média, mas o autor sagrado não tinha como saber disso. A maravilha do sol é multiplicada por bilhões de vezes nas estrelas. O autor sagrado incluía os planetas em seu termo, estrelas. É que ele não antecipava alguma diferença nos dois tipos de luzeiros celestes. Existem bilhões de galáxias, cada qual com seus bilhões de estrelas. Ver o artigo intitulado Astronomia quanto a alguns fatos básicos. Os fatos não são frios. Antes, ilustram a majestade de Deus. É a Ele que nós oramos. Seu poder foi posto à minha disposição, para meus pequenos interesses e projetos. O poder de Deus faz-se sempre presente, e o bem de todo o destino humano depende disso. Seu poder está sempre presente para o nosso bem.

Gn 1:17
Este versículo é uma reiteração de itens anteriores. Lemos aqui, novamente, que os luzeiros existem para benefício da “terra”, enfatizando o teismo extremo do autor sacro, bem como sua cosmologia antropocêntrica. Em contraste com isso, no relato babilônico, os deuses se divertiríam em sua habitação acima do firmamento, enquanto na terra imperariam as trevas e o caos. De acordo com o relato do Gênesis, Deus estava preparando o caminho para o homem.
Colocou. Este termo dá a entender um propósito divino. O caos estava sendo revertido. Nada foi deixado ao mero acaso. Os pagãos adoravam aos oojetos cujo propósito era servi-los, e não serem servidos por eles (31:26-28). O homem, em seu desespero, pensa que ele se acha em uma jornada sem significação. Mas ao contemplar os fatos astronômicos, reconhece instintivamente a mão de Deus em todas as coisas. Deus não é perdido de vista na imensidão de Sua criação. Antes, Seu poder, bondade e intento benévolo rebrilham através das obras de Suas mãos.

Do famoso Hiperion ele fez levantar-se o sol, e colocou a lua no meio do céu, revestida de esplendor, mas com luz muito menor,
Os chefes radiosos do dia e da noite.

(Claudiano, o Arrebatado Escritor de Prosa, traduzido do latim)

(Hiperion'. Um dos titãs, pai do deus-sol Hélios. Homero chamava Hélios de Hiperion)

Gn 1:18

Para governarem o dia e a noite. O vs. Gn 1:18 continua a repetir itens que já haviam sido mencionados. Neste versículo, agora é o sol e a lua que dividem a luz das trevas, o que, no vs. Gn 1:4, aparecia como uma das funções da luz primeva. Alguns intérpretes supõem que o aparecimento do sol tenha eliminado a necessidade da luz. Mas outros pensam que a luz, sem importar o que ela fosse, teria sido absorvida pelo sol. O autor sacro não oferece nenhum esclarecimento ou explanação conciliadora. Mas sem importar como tenham sido as coisas, um ponto fica claro: *Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas mãos" (Sl 19:1).

Isso era bom. Uma afirmação reiterada no fim de cada dia da criação, excetuando no segundo. Ver o comentário sobre a expressão, no vs. 8.0 trabalho estava sendo bem-feito, e era benévolo. Nada foi feito ao acaso ou destituído de propósito. Resultados apropriados eram obtidos a cada dia.
Gn 1:19
O quarto dia. A menção à tarde e à manhã, formando um ciclo de vinte e quatro horas, põe fim à descrição do quarto dia da criação. Ver o vs. Gn 1:5 quanto a amplos comentários sobre essa expressão.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 1 do versículo 1 até o 31
*

1.1–2.25 Ver “Deus, o Criador”, índice.

* 1.1–2.3 Este relato da criação estabelece a fundação da cosmovisão de Israel com respeito a Deus, aos seres humanos, à criação e às leis referentes a humanidade (p.ex., não adorar outros deuses, guardar o sábado, não tirar a vida do inocente).

* 1.1 No princípio, … Deus. A palavra hebraica para “Deus”, o primeiro sujeito de Gênesis e da Bíblia, é plural para denotar a sua majestade. Não há outro Deus (Dt 2:39; Is 40:21, 28; 43:10; Jo 1:1; Cl 1:17). Ele é a verdade, a base de todo o conhecimento sadio (Jo 14:6). Deus é pessoal; ele fala e age.

criou. Esta palavra traduz a palavra hebraica que é reservada somente para a atividade criadora de Deus. Lingüisticamente possível, embora menos provável, é a tradução “Quando Deus começou a criar os céus e a terra, a terra era sem forma e vazia.” A atividade criadora de Deus, entretanto, não foi a mera organização da matéria pré-existente (como um artesão moldando a sua obra), porque outros textos ensinam claramente que o universo foi criado ex nihilo (isto é, do nada, Jo 1:3; Hb 11:3; 2Pe 2:5) e que apenas Deus é eterno e transcendente (p. ex. Sl 102:25-27; Pv 8:22-31). Nem mesmo as trevas existem a parte da palavra criadora de Deus (Is 45:7). Enquanto esta narrativa é totalmente compatível com a doutrina da criação ex nihilo, a ênfase recai na ordenação progressiva de Deus de um mundo sem forma e vazio (v. 2, nota).

os céus e a terra. Esta combinação de opostos expressa o universo organizado.

* 1.2 A terra … abismo. A terra original é sem luz e sem terra seca. A origem das trevas, do abismo e de Satanás (3.1-6) não é explicada em Gênesis. Suas origens são um mistério, porém somente Deus é eterno (Sl 90:2; Pv 8:22-31). No novo céu e nova terra não haverá mar nem trevas (Ap 21:1, 25).

A terra, porém, estava sem forma e vazia. Esta descrição expressa o estado da criação ainda desordenada ou incompleta. Alguns a vêem como uma ameaça negativa do caos que é superada pelo poder criativo de Deus.

Alguns sugerem que os vs. 1 e 2 se referem a dois atos criativos separados por um período de tempo. Eles sustentam que a criação inicial caiu em uma condição de desolação (talvez por causa da queda de Satanás) e que a palavra hebraica traduzida aqui como “estava” deveria ser entendida como “veio a ser”. Esta posição é, no entanto, muito duvidosa porque a tradução proposta (“veio a ser”) é improvável neste contexto e porque a descrição “sem forma e vazia” se refere mais naturalmente a uma criação ainda a ser formada do que a uma criação que se estragou.

Espírito de Deus. O Espírito de Deus dá vida a todos; quando ele retira Seu Espírito, a vida cessa. Ele continua a dar e a retirar a vida (33:4; Sl 104:30; Ec 12:7; Lc 23:46). O Espírito também constrói “templos”: o cosmos (Sl 104:1-4); o tabernáculo (Êx 28:3; 35:31); Cristo (Lc 1:35; conforme Jo 2:19); a igreja (1Co 3:16; Ef 2:22). Ver “O Espírito Santo”, índice.

pairava por sobre as águas. Pairando como uma águia sobre um abismo original, o poderoso Espírito faz da terra a habitação para os seres humanos.

*

1.3-31 A criação progride em duas tríades de dias relembando, respectivamente, o “sem forma e vazia” do v. 2:

Dia 1—Luz (v. 3)

Dia 4—Luzeiros (v.14)

Dia 2—Céu/água (v. 6)

Dia 5—Peixes/aves (v. 21)

Dia 3—Terra, vegetação (vs. 9-11)

Dia 6—Animais e seres humanos (vs. 24-30)

Na primeira tríade Deus dá a terra forma no separar a luz do dia da escuridão da noite, a mar abaixo das nuvens, e a terra seca com vegetação do mar; na segunda tríade ele preenche esses campos. Cada tríade, movendo-se do céu para a terra, progride de um ato criativo simples (vs. 3-5, 14-19) para um ato criativo com dois aspectos (vs. 6-8, 20-23), para dois atos criativos separados, cada um culminando na produção da terra (vs. 9-13 24:31). O padrão de cada dia é semelhante: uma declaração (“disse Deus”); uma ordem (“haja”); um relato (“e assim se fez”); uma avaliação (“isso era bom”) e uma estrutura cronológica (p.ex., “o primeiro dia”).

* 1.3 Disse Deus. O ato livre da criação de Deus através da Palavra divina (Sl 33:6, 9; conforme Jo 1:1, 3) significa que o universo não é uma emanação ou parte do ser divino, conseqüentemente descartando todas as formas de panteísmo. Embora a criação não seja parte do ser divino, toda a criação é em última instância dependente de Deus para sua existência, porque ele cria e sustenta tudo o que existe pelo poder do seu próprio ser.

Haja. A vontade de Deus é irresistível. Ela se realiza pelo imperativo divino.

* 1.4 luz. Deus é a fonte última da luz do dia que se alterna com a escuridão; o sol é introduzido mais tarde como a causa imediata (vs. 14-18; v. 5 e nota). A luz simboliza vida e benção (Sl 4:7; 56:13; Is 9:2; Jo 1:4, 5).

boa. Colocados dentro dos limites de Deus, até mesmo as trevas e o abismo (vs. 2,
10) são agora “bons”, servindo aos seus propósitos benevolentes (Sl 104:19-26). A criação dá testemunho das obras de Deus (Sl 19:1-6).

fez separação. Separação é fundamental tanto para a criação quanto para a existência de Israel (3.15; 4:1-17; 12.1; Lv 20:24, 25; Nm 8:14).

* 1.5 Chamou. Deus mostra que ele é o governante do cosmos ao dar nome a suas esferas (17.5; conforme Nm 32:38; 2Rs 23:34; 24:17). Por suas ordens e designações criativas Deus deu existência e significado a todas a coisas de acordo com seu eterno conselho. Para Deus não há mistérios e toda a criação tem coerência e significado dentro de sua vontade. Para o homem o princípio da sabedoria é o temor ao Deus sábio (Pv 1:7).

primeiro dia. Esta apresentação da semana da criação permite ao povo da aliança de Deus imitar o Criador em seus padrões de trabalho e descanso semanais (Êx 20:11; 31:13, 17).

Estudiosos reformados têm proposto diversas interpretações do “dia” criativo. Alguns os vêem como dias literais, em seqüência, de 24 horas. Esta interpretação normalmente pressupõe que a terra é relativamente “jovem” (cerca de 10.000 anos ou menos). Outros estudiosos observando que a palavra hebraica para “dia” (yom) pode se referir a períodos de tempo (p. ex., 2.4), propuseram a “teoria do dia-era”, sugerindo que os “dias” da criação se referem a extensas eras ou períodos de tempo. Ainda outros propuseram que a intenção é de dias literais de 24 horas mas que estes dias foram separados por extensos períodos de tempo. Finalmente, alguns estudiosos sustentam que os dias da criação constituem uma estrutura literária (vs. 3-31, nota) que visa ensinar que somente Deus é o criador de um universo ordenado e conclamar os seres humanos feitos à imagem do Deus criador a refletirem a atividade criadora de Deus no seu próprio padrão de trabalho (2.2; Êx 31:17). Esta “hipótese estrutural” considera os dias da criação como a acomodação graciosa de Deus às limitações do conhecimento humano — uma expressão do infinito trabalho do Criador em termos compreensíveis aos frágeis e finitos seres humanos. Este último grupo de estudiosos observa que o universo tem uma aparência de grande antigüidade, que a expressão “tarde e manhã” parece inconsistente com a teoria do “dia-era” e que a noção de eras intervenientes entre os dias isolados de 24 horas não é aparente no texto.

*

1.6-8 Durante o segundo e terceiro dias criativos, as águas são estruturadas num benevolente sistema de chuvas, fontes e rios.

* 1.6 firmamento. Descrevendo o céu de como este aparece visto da terra o hebraico sugere algo plano e duro (37:18; Is 40:22). Nos vs. 6-8 se refere ambiguamente à atmosfera ou céu (ou ambos). Aqui, faz separação entre nuvens de chuva e rios e mares.

* 1.10 Terra. A palavra conota aquilo que é benevolentemente ordenado pela soberania de Deus visando a vida e segurança humana (Sl 24:1, 2; conforme Pv 2:21, 22).

* 1.11 segundo a sua espécie. Não há espécie de vida à parte do desígnio e atos criativos de Deus. Ele queria que a vegetação servisse como alimento para formas de vidas mais altas (vs. 29, 39).

*

1.14 no … dos céus. A descrição é fenomenológica (isto é, como as coisas parecem aos olhos).

* 1.16 dois grandes luzeiros. O sol e a lua, principais deidades nos panteões pagãos do antigo Oriente Médio, não são sequer nomeadas, efetivamente rebaixando-os e enfatizando que eles servem a humanidade de acordo com o desígnio de Deus.

governar. As formas móveis da segunda tríade de dias parecem governar sobre as esferas que as abrigam (1.3-31, nota): os luzeiros sobre o dia e a noite (Sl 136:7-9), os pássaros e peixes sobre o céu e o mar respectivamente, e os animais sobre a terra e sua vegetação com o homem sobre ambos.

também as estrelas. Os pagãos geralmente creditavam às estrelas (que eram contadas entre seus deuses) a capacidade de controlar o destino humano. Aqui elas são mencionadas quase que de passagem.

* 1.21 Criou. Ver v. 1.

grandes animais marinhos. Na poesia do Antigo Testamento estes são os temidos dragões do mar associados com a mitologia antiga, que os pagãos acreditavam serem rivais dos deuses criadores (Sl 74:13; Is 27:1; 51:9; Jr 51:34). Ao adaptar e modificar essas figuras pagãs, os escritores hebraicos subverteram a teologia pagã — a bondade da criação e a subserviência dos animais aquáticos é ressaltada.

* 1.22 Sede fecundos, multiplicai-vos. Trata-se da multiplicação visando dominar (conforme v. 28). Os pássaros e os peixes dominam suas esferas pela multiplicação. O Senhor Jesus abençoou seus discípulos para se multiplicarem espiritualmente (Mt 28:18-20; Lc 24:50, 51).

*

1.24 animais domésticos … animais selváticos. O contraste entre animais selvagens e domesticados diferencia carnívoros de gado (o hebraico aqui para “animais selváticos” é o mesmo que em 5:22; Sl 79:2; Ez 29:5; 32:4; 34:28).

* 1.26 Façamos … nossa … nossa. O uso do plural aqui é interpretado de diversas maneiras. Alguns vêem isto como uma indicação da pluralidade dentro da unidade divina, aludindo à revelação posterior do Novo Testamento de um Deus como Pai, Filho e Espírito. Outros explicam este uso gramaticalmente — como plural que indica majestade (conforme v. 1 nota) ou como um plural deliberativo (no qual Deus direciona uma afirmação a si mesmo). Finalmente, alguns sustentam que se trata de Deus e da sua corte angelical (Is 6:8, nota).

imagem … semelhança. Seres humanos em todo o seu ser — corpo e alma — adequadamente e fielmente representam Deus (Sl 94:10), possuem vida proveniente dele e conseqüentemente uma intimidade em potencial com ele (2.7 e nota), e servem na terra como seus administradores (Sl 8). A imagem é passada adiante a cada ser humano, dando dignidade a cada pessoa (5.3; 9.6; Pv 22:2 e notas).

Teólogos medievais distinguiam fortemente entre “imagem” e “semelhança”, sendo a “imagem” vista com referência a razão natural e “semelhança” como uma referência à justiça original perdida na Queda. Estudos mais recentes notam que os dois termos hebraicos são usados como sinônimos nas Escrituras (v. 27; 5.1, 3; 9.6).

tenha ele domínio. Deus deu aos seres humanos o mandato cultural de dominar a criação como reis benevolentes (9.2; Sl 8:5-8; Hb 2:5-9). O homem natural pode dominar os reinos animal (v. 28) e vegetal (v. 29), mas não pode dominar os poderes espirituais, especialmente Satanás (cap. 3; Ef 6:10-12). Somente o último Adão, a própria imagem da pessoa de Deus (Cl 1:15; Hb 1:3) e aqueles unidos a ele podem fazê-lo (3.15; Mt 4:1-11; Cl 3:10).

* 1:27

Ver nota teológica “A Imagem de Deus”, índice.

Criou. Ver nota no v. 1. Estas linhas aparentemente poéticas (o verbo “criar” é usado três vezes) celebram a criação do homem.

homem e mulher. Ver “Corpo e Alma, Homem e Mulher”, índice.

* 1.28 abençoou. Ver v. 22; 9.1 e notas. A genealogias dos capítulos 5:9-11; 25; 36 e 46 dão testemunho do cumprimento desta benção.

dominai … terra. Debaixo da benção divina os seres humanos cumprem o mandato cultural (v. 26 e nota) em dar nomes à criação (v. 5; 2.19, 20). Esta atividade expressa o fato de que o homem leva em si a imagem do Criador-Rei. O homem caído, no entanto, distorce esta atividade em auto-deificação e abuso da criação.

*

1.29 ervas …árvores. Nos mitos mesopotâmicos, o homem era criado para prover os deuses com alimento; aqui Deus cria o alimento para o homem. As dietas humanas e animais (v. 30) eram originalmente vegetarianas, situação que se alterou depois do dilúvio (9.3, nota).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 1 do versículo 1 até o 31
1:1 A simples afirmação de que Deus criou os céus e a terra é um dos conceitos mais desafiantes que enfrenta a mente moderna. A grandiosa galáxia em que vivemos excursão a incrível velocidade de 784.000 km por hora. Mas inclusive a esta velocidade vertiginosa, nossa galáxia igualmente necessita 200 milhões de anos para fazer uma rotação. E existem mais de 1000 milhões de galáxias como a nossa.

Alguns cientistas dizem que o número de estrelas que há na criação é igual a todos os grãos de todas as areias de todas as praias do mundo. Mesmo assim este complexo mar de estrelas giratórias funciona com uma ordem e uma eficiência surpreendentes. Dizer que o universo "só apareceu" ou "evoluiu" requer muita mais fé que acreditar que Deus está detrás de todas estas estatísticas assombrosas. Certamente Deus criou um universo maravilhoso.

Deus não precisava criar o universo; O decidiu criá-lo. por que? Deus é amor e o amor se expressa melhor para algo ou para alguém, assim Deus criou ao mundo e às pessoas como uma expressão de seu amor. Devemos evitar reduzir a criação de Deus a termos meramente científicos. Recorde que Deus criou o universo porque ama a cada um de nós.

1.1ss A história da criação nos ensina muito a respeito de Deus e de nós mesmos. Primeiro, aprendemos a respeito de Deus: (1) O é criativo; (2) como Criador é diferente a sua criação; (3) O é eterno e controla ao mundo. Também aprendemos de nós mesmos: (1) já que Deus decidiu nos criar, somos valiosos ante seus olhos; (2) somos mais importantes que os animais. (Veja-se 1.28 para maior informação sobre nosso rol na ordem criada.)

1.1ss Exatamente como criou Deus ao mundo? Este segue sendo um assunto de grande debate. Alguns dizem que houve uma repentina explosão e o universo apareceu. Outros dizem que Deus iniciou o processo e que o universo evoluiu ao longo de milhares de milhões de anos. Quase qualquer religião antiga conta com sua própria história para explicar como chegou a ser o mundo. E quase todos os cientistas têm uma opinião sobre a origem do universo. Mas só a Bíblia mostra um Deus supremo que criou a terra por seu grande amor e que deu a toda a gente um lugar especial nele. Nunca saberemos todas as respostas de como Deus criou ao mundo. Mas a Bíblia nos diz que Deus sim o criou. Este fato por si só dá às pessoas valor e dignidade.

1:2 A afirmação de que "a terra estava desordenada e vazia", proporciona o entorno para a narração da criação que aparece a seguir. Durante o segundo e terceiro dias da criação, Deus deu forma ao universo; durante os três dias seguintes, Deus encheu a terra com seres viventes. "As trevas[...] sobre a face do abismo", dissiparam-se o primeiro dia quando Deus criou a luz.

1:2 A imagem do Espírito de Deus que se movia sobre a face das águas é similar a um pássaro que protege a seus pintinhos (vejam-se Dt 32:11-12; Is 31:5). O Espírito de Deus estava ativamente envolto na criação do mundo (vejam-se 33:4; Sl 104:30). Seu cuidado e amparo seguem estando ativos.

1.3-2.7 Quanto tempo tomou a Deus criar o mundo? Há dois pontos de vista em relação aos dias da criação: (1) cada dia foi um período literal de vinte e quatro horas; (2) cada dia representa um período indefinido (até milhões de anos).

A Bíblia não esclarece qual teoria é a correta. Mas a pergunta real não é quanto tempo tomou a Deus, a não ser como o fez. Deus criou ao mundo de uma maneira ordenada (não criou as novelo antes que a luz); e criou ao homem e à mulher como seres singulares capazes de comunicar-se com O. Nenhuma outra parte da criação pode reclamar esse maravilhoso privilégio. O ponto importante não é quanto tempo tomou a Deus criar o mundo, já sejam uns poucos dias ou uns poucos milhares de milhões de anos, mas sim o criou tal qual quis fazê-lo.

1:6 A "expansão em meio das águas" era uma separação entre o mar e o bafo do céu.

1:25 Deus viu que sua obra era boa. Em ocasiões, a gente se sente culpado por passar um momento agradável ou por sentir-se bem por um lucro. Isto não deve ser assim. Assim como Deus estava agradado com sua obra, podemos estar agradados com as nossas. Entretanto, não podemos estar agradados com nossa obra se Deus não o estiver também. O que está fazendo você que faça feliz tanto a Deus como a você mesmo?

1:26 por que Deus empregou a forma plural quando disse "Façamos ao homem a nossa imagem"? Uma perspectiva diz que está fazendo referência à Trindade -Deus, o Pai; Jesucristo, seu Filho; e o Espírito Santo- todos os quais são Deus. Outra perspectiva afirma que o plural se utiliza para denotar majestuosidad. Tradicionalmente os reis utilizam a forma plural ao falar deles mesmos. Desde 33:4 e Sl 104:30 sabemos que o Espírito de Deus estava presente na criação. Desde Cl 1:16 sabemos que Cristo, o Filho de Deus, estava trabalhando na criação.

1:26 Como é que somos feitos a semelhança de Deus? Obviamente, Deus não nos criou exatamente como O, porque Deus não tem corpo físico. Em troca, somos reflexo da glória de Deus. Alguns pensam que nosso raciocínio, criatividade, poder de comunicação ou auto-determinação é a imagem de Deus. Mas bem, é todo nosso ser o que reflete a imagem de Deus. Nunca chegaremos a ser totalmente iguais a Deus, porque O é nosso Criador supremo. Mas sim temos a capacidade de refletir seu caráter em nosso amor, paciência, perdão, bondade e fidelidade.

O saber que fomos criados a semelhança de Deus e portanto possuímos muitas de suas características, proporciona-nos uma base sólida para nossa auto-estima. Nosso valor não se apóia em posses, lucros, atrativo físico ou reconhecimento público. Em troca se fundamenta no fato de ter sido criados a semelhança de Deus. devido a que somos semelhantes a Deus podemos ter sentimentos positivos a respeito de nós mesmos. O nos criticar ou nos degradar equivale a criticar o que Deus tem feito. Saber que você é uma pessoa que tem valor lhe dá a liberdade de amar a Deus, de conhecê-lo pessoalmente e de fazer uma contribuição valiosa a aqueles que o rodeiam.

1:27 Deus fez tanto ao homem como à mulher a sua imagem. Nenhum dos dois foi feito mais à imagem de Deus que o outro. Desde o começo vemos que a Bíblia coloca tanto a um como ao outro no pináculo da criação de Deus. Nenhum dos sexos é exaltado nem desprezado.

1:28 Senhorear significa exercer absoluta autoridade e controle sobre algo. Deus é quem em última instância governa a terra e exerce sua autoridade com cuidado amoroso. Quando Deus delegou parte de sua autoridade à espécie humana, esperava que nos fizéssemos responsáveis pelo meio e das outras criaturas que compartilham nosso planeta. Não devemos ser descuidados nem esbanjadores ao levar a cabo a tarefa encomendada. Deus foi cuidadoso ao criar a terra. Não devemos ser negligentes ao atender dela.

1:31 Deus observou que o que tinha feito era muito bom. Você é parte da criação de Deus e O está agradado pela maneira em que o criou. Se em ocasiões sente que carece de valor ou que vale pouco, recorde que Deus o criou por uma boa razão. Você é valioso para ele.

DIAS DA CREACION

Primeiro dia: Luz (assim houve luz e escuridão)

Segundo dia: Céu e água (separaram-se as águas)

Terceiro dia: Mar e terra (juntaram-se as águas); vegetação

Quarto dia: Sol, lua e estrelas (para reger sobre o dia e a noite, para dar origem às estações, assinalar os dias e os anos)

Quinto dia: Peixes e aves (para encher as águas e o céu)

Sexto dia: Animais (para encher a terra). Homem e mulher (para cuidar a terra e ter comunhão com Deus)

Sétimo dia: Deus descansou e declarou que tudo o que tinha feito era muito bom

PRINCÍPIOS

A Bíblia não aborda o tema da evolução. Mas bem seu cosmovisión dá por sentado que Deus o criou. O ponto de vista bíblico da criação não está em conflito com a ciência, mas sim está em conflito com qualquer cosmovisión que principie sem um criador.

Igualmente os cristãos comprometidos e sinceros tiveram que lutar com este tema da origem das coisas e chegaram a conclusões diversas. É obvio, isto é de esperar-se já que a evidência é muito antiga e, devido aos estragos das gerações, muito fragmentada. Os estudiosos da Bíblia e da ciência devem evitar polarizações e pensamentos extremistas. Os primeiros devem tomar cuidado de não fazer que a Bíblia diga coisas que não diz, assim como os segundos não devem forçar à ciência a dizer coisas que tampouco diz.

O aspecto mais importante desta discussão contínua não é o processo da criação, a não ser a origem da criação. O mundo não é um produto da casualidade nem da probabilidade; Deus o criou.

A Bíblia não só nos diz que Deus criou o mundo; mais importante ainda, diz-nos quem é esse Deus. Revela-nos a personalidade de Deus, seu caráter e seu plano para a criação. Além disso nos revela o desejo mais profundo de Deus: relacionar-se e ter comunhão com a gente por meio de sua visita histórica a este planeta na pessoa de Seu Filho Jesucristo. Podemos conhecer de uma forma muito pessoal a este Deus que criou o universo.

Os céus e a terra estão aqui. Nós estamos aqui. Deus criou tudo o que vemos e experimentamos. O livro de Gênese começa, "No princípio criou Deus os céus e a terra".

Aqui começamos a mais emocionante e plena de todas as aventuras.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 1 do versículo 1 até o 31

I. A HISTÓRIA DO HOMEM (Gn 1:1 ), e da criação do homem (Gn 1:27 ). Seu significado é resumida em uma excelente forma de Skinner.

(A) O fato mais importante é que ele é usado exclusivamente por divina atividade-a restrição a que talvez nenhum paralelo pode ser encontrado em outros idiomas. ... (b) A idéia de novidade ... ou extraordinário ... de resultado é freqüentemente implícita. ... (c) É provável também que ele contém a idéia de esforço de produção (como convém a Almighty) por palavra ou vontade.

Skinner passa a observar que o conceito de criação ex nihilo (do nada) pode não estar incluída na palavra. Isto é verdade. Mas se o autor quis expressar esse conceito, esta é a palavra que usaria. O significado de bara aqui no que diz respeito deve ser determinado pelo contexto. Isto resolve-se em grande parte na questão, que é a relação do versículo 1 a versos Gn 1:2 e Gn 1:3 ?

Muitos estudiosos liberais insistem que o versículo 1 é uma cláusula dependente e que deve ser traduzido com o seguinte verso em algum momento, de forma como esta: "Quando Deus começou a criar os céus ea terra, a terra era um baldio desolado, com a escuridão que cobre o abismo e um vento tempestuoso fúria sobre a superfície das águas ". Isto significa que, quando Deus começou Sua atividade criadora do universo já existia em um estado caótico e que Ele simplesmente remodelada algum material pré-existente. Isso atolar o relato bíblico em todas as impossibilidades filosóficos de um dualismo eterno de Deus e da matéria. Ele é baseado em pontos técnicos da gramática hebraica, que vão muito além do escopo deste comentário. Basta dizer que a maioria dos estudiosos conservadores rejeitam essa interpretação e encontrar justificativa gramatical para traduzir o versículo 1 como uma sentença independente, uma vez que está em cada versão principal. Mas não é só devem versículo 1 ser tratada de forma independente por causa da possibilidade gramatical e necessidade filosófica, mas também por causa do plano seguido pelo autor do Gênesis ao longo do livro. Repetidamente ele descreve um grande cena, uma série de movimento rápido dos acontecimentos, um grande grupo de pessoas ou uma geração mais velha, e depois restringe seu foco para uma cena menor e amplia os detalhes como ele exerce a sua narrativa. Isso ele faz várias vezes no relato da criação. Então, no versículo 1 , ele define o maior possível fase de início de todas as coisas. Depois, no versículo 2 , ele restringe seu foco para a Terra e sua formação detalhado. Quando o verso Gn 1:1 é visto por este prisma, não há nenhuma menção de um material pré-existente para Deus para remodelar. Em vez disso, no início não havia nada além de Deus e Seu poder criador. Criação ex nihilo é novamente uma questão que não pode ser provada nem refutada pela ciência empírica, mas é uma verdade que apela para a razão humana, que tem todo o apoio possível neste versículo, e qual o crente cristão sente é exigido pelo seu conceito exaltado de Deus (conforme Jo 1:3 que, apesar de seu testemunho ao criatividade divina tem sido clara por todos os séculos, a grandeza eo alcance do que a criatividade só vai desdobrar-se em sua plenitude por meio da amplificação testemunho da ciência moderna.

É motivo de ação de graças que um clima mais favorável para a cooperação de estudos bíblicos e da ciência está se desenvolvendo. As descobertas do século XX ter abalado os pressupostos anteriores dos cientistas e têm causado muitos deles a aceitar algum tipo de crença em Deus. Por exemplo, a ciência do século XIX, negou a possibilidade de que qualquer matéria ou energia pode ser criada ou destruída: eram eterna. Mas os estudos pioneiros de Albert Einstein e posterior repartição do átomo provaram que a matéria pode ser transformada em energia e energia em matéria. Isto levou em tempos muito recentes à teoria do "big bang" da origem do universo, uma teoria que sugere que todo o universo se originou de um instante em que uma enorme quantidade de energia foi convertida em matéria. A compatibilidade desta teoria com os comandos poderosos, criativos de Deus em Gn 1:1)

2 E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo eo Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. 3 E disse Deus: Haja luz; e houve luz. 4 E Deus viu a luz que era boa; e Deus separação entre a luz e as trevas. 5 E Deus chamou à luz dia, e às trevas chamou Noite. E houve tarde e houve manhã, um dia.

Verso 2 marca um novo ponto de partida na conta da criação, uma reorientação da atenção, uma redução do campo para ser coberto com "os céus ea terra" para a terra , que a palavra aparece em primeiro lugar a palavra hebraica para o bem da ênfase . A terra, porém, não é retomado no ponto em que foi deixado no versículo 1 , mas sim em um ponto subsequente ou em consequência da sua criação inicial em que ele estava em um estado inabitável.

Três coisas são ditas da terra: ele era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo . Os dois primeiros termos são normalmente utilizados em conjunto no Antigo Testamento e pode ser traduzido como um único termo, como "resíduos sem forma." Muitos estudiosos sentiram que a terra não poderia ter deixado nas mãos de Deus em um estado tão perto de-caótica . Eles propuseram, portanto, a teoria do "gap" que sugere que milhares ou mesmo milhões de anos pode ter intervindo entre a criação de um universo aparentemente completa e perfeita no versículo 1 e a recriação da terra descrito nos versículos 2:31 . Dentro dessa lacuna esses estudiosos colocaria a queda dos anjos (2Pe 2:4. ; Ez. 28: 11-19 . É claro, nem dessas referências do VT, lido no seu contexto, pode se referir a Satanás.) Sua queda de alguma forma envolvidos da terra e do julgamento resultante deixou este planeta um desperdício desabitada. Esta lacuna também abre espaço para as eras geológicas e para os fósseis de animais pré-históricos extintos,. Esta teoria é apoiada, acreditam eles, pelo aparecimento de uma das palavras de Gn 1:2 ". um desperdício", onde o profeta diz que Deus não criou o mundo

Esta teoria é uma das possíveis formas de conciliar um universo muito antigo, como descrito pela ciência, com uma criação aparentemente mais recente do presente terra em Gênesis. Mas é quase totalmente baseada na suposição. Os ecos fracos da queda de Satanás e dos anjos que são encontrados na Bíblia falar com uma voz muito mais alto do que o seu contexto justifica, em grande parte devido aos escritos de João Milton em Paradise Lost . Nós simplesmente não temos dados suficientes disponíveis para fundamentar tal teoria. E Is 45:18 explica-se, por isso continua a dizer que Deus não criou o mundo um desperdício, mas sim "a formou para ser habitada." Isto não excluiria o fato de ter criado a Terra em, um estado imperfeito inicial como Numa primeira fase em direção à terra acabado de Gn 1:31 . Deus primeiro fez a poeira e, em seguida, o homem. O senso natural de Gn 1:2 ), ou um período indeterminado, como o dia ou a hora do safra (Pv 25:13 ), ou o período de julgamento como o dia do Senhor (Jl 5:18 ). (Nós usamos a palavra Inglês nos mesmos três sentidos, por exemplo, "não havia aviões nos dias de George Washington.") A possibilidade de que os seis dias de Gn 1:1 ). Muitos dos que aceitam a teoria do "gap" discutido anteriormente rejeitar a teoria do "período", e vice-versa. A evidência não é simplesmente suficiente neste momento para determinar a verdade ou para decidir se essas duas tentativas de harmonização precisa excluir o outro. Há espaço em vez de crença absoluta na criação divina e no propósito de Deus para revelar estas questões mais plenamente em seu próprio tempo, e espaço para a tolerância e caridade em diferenças de opinião como estes.

b. O segundo dia-Atmosfera (1: 6-8)

6 E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas. 7 E fez Deus o firmamento, e separou as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão; e assim foi. 8 E chamou Deus ao firmamento céu. E foi a tarde ea manhã, o dia segundo.

Como Adão Clarke observa, firmamento é um erro de tradução mais infeliz. Firmamento significa "firme alguma coisa" e parece implicar um céu algo como uma abóbada sólida em que o sol, a lua e as estrelas são fixas como lâmpadas. O erro teve seu início na tradução do hebraico o Antigo Testamento em grego que foi feita no século III aC e que chamamos de Septuaginta. Os antigos gregos concebiam a céu como uma esfera sólido cristalino. Foi a sua falsa ciência que determinou a palavra grega usada neste verso.O erro foi copiado por Jerônimo na 5ulgata Latina e, por sua vez pelos tradutores da Rei Tiago 5ersion. A ciência moderna tem ridicularizado o que ele pensava ser um erro bíblico quando na verdade foi um erro científico de uma outra época! O verdadeiro significado do original hebraico aqui é que algo de "esticado" ou "estendida" como uma tenda, e a melhor tradução é "expansão". Como tal, ele se encaixa perfeitamente a atmosfera da Terra, que é aqui que se destina.

Esta expansão foi a de separar as águas da terra em que lhe são superiores e aqueles abaixo dele. A explicação natural para isso parece ser as águas contidas em forma evaporado nas nuvens como separados a partir das águas que se manteve em forma líquida sobre a superfície da terra. Alguns acreditam, no entanto, que um tipo incomum e totalmente diferente de reservatório atmosférico é aqui pretendida, contendo uma quantidade muito maior de água do que seria normalmente encontrados nas nuvens, que deixou de existir depois que foi esvaziado sobre a terra no momento da Noé.

E chamou Deus ao firmamento céu. Céu aqui, como "céus" no versículo 1 , é, literalmente, "as alturas." Não há, aparentemente, refere-se a todo o universo que está além de nossa terra. Aqui refere-se a atmosfera que rodeia a terra. Mais tarde, no versículo17 , refere-se ao espaço exterior, onde encontram-se o sol, a lua e as estrelas. Em Gn 7:11 , é novamente a extensão mais perto de onde as nuvens derramar chuva sobre a terra. Em Gn 7:23 é a região imediatamente acima da terra em que os pássaros voam. E no Sl 11:4)

9 E disse Deus: Que as águas debaixo do céu se ajunte a um lugar, e deixar a terra seca aparecer:. E assim foi 10 E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares;. E Deus viu que isso era bom 11 E disse Deus: Produza a terra relva, ervas que davam semente, e árvores frutíferas que davam fruto segundo a sua espécie, em que é a sua semente , sobre a terra. E assim foi 12 E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, ea árvore frutífera, cuja semente está do mesmo, conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom. 13 E houve tarde e houve manhã, o dia terceiro.

O terceiro dia criativo foi marcado por dois eventos distintos: o de separação de terra das águas, ea introdução da vida orgânica na forma de plantas.

O quadro descrito no versículo 2 e aqui é do planeta inteiramente coberto com água. Agora as partes do planeta pia para fornecer camas para os oceanos e outras seções empurrar o seu caminho através das águas para formar a espinha dorsal dos continentes. Whitcomb e Morris sugerem que isso aconteceu por "isostasy", que significa "pesos iguais", um princípio bastante básico em geologia e geofísica. Isso envolveria o diferencial de triagem dos materiais de superfície, de acordo com seus pesos-primas de maior densidade desenho juntos e afundando, assim espremendo fora e para cima os elementos mais leves. Quando o conjunto foi concluída, os materiais pesados ​​com seus pesos sobrepostas de água estaria em equilíbrio com as maiores espessuras de materiais mais leves em outros lugares. Estes escritores apontam adequadamente a Is 40:12 , "Quem mediu as águas na concha da mão, e dispensado o céu com a extensão, e compreendeu o pó da terra, em uma medida, e pesou os montes em escalas, e os outeiros em equilíbrio? "

Uma vez que a terra tinha sido trazido para a superfície, algo perto as condições com as quais estamos familiarizados existia. Agora a vida poderia ser sustentada. Ciência concorda com as Escrituras que a vida vegetal foi a primeira forma de vida na Terra. O registro de Gênesis nos diz que Deus chamou as plantas adiante da terra, aparentemente usando a terra de alguma maneira em criá-los ou, pelo menos, levá-los até o vencimento. Menciona três classes: as gramíneas, as ervas que produzem sementes e árvores frutíferas. Todos reproduzido conforme a sua espécie . Esta frase que aparece nos versículos 11 , 12 , 21 , 24 e 25 milita contra a teoria da evolução como explicar a origem de todas as formas de vida a partir de uma forma original. Esta frase parece permitem a variação apenas a determinadas categorias indefinidos. Alguns tentaram limitar esta variação para a categoria cientistas chamam "espécies", mas esse termo parece ter sido utilizado livremente assim como para ser aplicada às variações de um único tipo de animal. Não há nenhuma palavra no vocabulário científico que corresponde exatamente ao tipo de Gn 1:1)

14 E disse Deus: Haja luminares no firmamento do céu para separar o dia da noite; e sejam eles para sinais e para estações, e para dias e anos: 15 e sirvam de luminares no firmamento do céu para iluminar a terra; e assim foi. 16 E fez Deus os dois grandes luminares; a luz maior para governar o dia, ea luz menor para governar a noite: ele fez também as estrelas. 17 E Deus os pôs no firmamento do céu para alumiar a terra, 18 para governar o dia ea noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; E Deus viu que isso era bom. 19 E foi a tarde ea manhã, o dia quarto.

Como poderia ter havido luz antes da criação do sol? E como poderiam as plantas do terceiro dia viver, crescer e produzir sem a energia dos raios do sol? Muitas tentativas foram feitas para desvendar esse problema, um complicado em qualquer esforço para harmonizar a ciência ea Bíblia. Alguns pensam que leve o suficiente estava disponível de outras fontes para fazer os primeiros três dias possível sem o sol, se não por outros meios que não a onipotência de Deus. Alguns pensam que a criação do sol, da lua e das estrelas paralelo ao da Terra, a ser iniciado em uma forma imperfeita no início e levado à perfeição um dia depois de a terra surgiu a partir dos oceanos primitivos. Alguns pensam que o sol, a lua e as estrelas já havia sido criado, mas que eles estavam envolta da vista pela atmosfera da Terra, que ainda estava em um estado diferente do de hoje. Eles apontam que a Bíblia não diz que Deus os criou, no quarto dia, mas que Ele fez -los ou "moda"-los e definir , ou mais literalmente "deu" ou "nomeado", no firmamento do céu para dar luz para a terra. Assim, eles não assumem a sua função presente na relação com a terra até o quarto dia. Tanner explica o aparecimento do sol, a lua e as estrelas no quarto dia em termos geológicos, como a substituição da atmosfera de dióxido de carbono desbas


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 1 do versículo 1 até o 31
Vamos nos restringir a algumas ver-dades principais que encontramos nessa importante passagem.

O Criador

Nenhum cientista ou historiador pode aperfeiçoar esta afirmação: "No princípio, criou Deus...". Essa simples afirmação refuta os ateístas, que dizem que Deus não existe; os agnósticos, que afirmam que não podemos conhecer Deus; os politeístas, que adoram muitos deuses; os panteístas, que dizem que toda a natureza é Deus; os materialis-tas, que declaram que a matéria é eterna, e não criada; e os fatalistas, que ensinam que não há um pla-no divino por trás da criação e da história. Vemos a personalidade de Deus nesse capítulo, pois ele fala, vê, nomeia e abençoa. O cientista pode afirmar que a matéria ape-nas "passou a existir", que a vida "aconteceu por acaso" e que todas as formas complexas de vida "evo-luíram gradualmente" de formas inferiores, mas não pode provar isso. Admitimos que há mudanças em meio às espécies (como o de-senvolvimento do cavalo e do gato doméstico), mas não aceitamos que haja transformação de um tipo de

criatura em outra espécie. Por que Deus criou o universo? Com certe-za, não para acrescentar algo a si mesmo, já que ele não precisa de nada. Na verdade, a criação limita Deus, uma vez que agora o Eter-no confina-se a trabalhar no tem-po e na história humana. A Palavra deixa claro que Cristo é o Autor, o Sustentador e o Objetivo da cria-ção (Cl 1:15-51; Ap 4:11). Cristo, a Palavra viva, revela Deus na Pa-lavra escrita e no livro da natureza (Jo 1:1-43; veja também SI 19).

O que a criação revela a res- ' peito de Deus? A criação revela: (1) sua sabedoria e poder Oó 28:23-27; Pv 3:19); (2) sua glória (SI 19:1); (3) seu poder e divindade (Rm 1:18-45). Isso significa que ele é o Deus auto- existente, imutável.

tágio da criação. Alguns anjos já haviam se rebelado contra Deus, e, com certeza, ele sabia o que o homem faria. Contudo, ele, em sua graça e amor, modelou o primeiro lãõmernà sua "imagem" no que se refere à personalidade do homem — mentervofffãdi7 emoção, liber-dade — mais que à aparência físi- ^cãTjVeja Ef 4:24; Cl 3:10.) Deu ao homem o domínio sobre a terra, a posição mais alta na criação. Isso explica o ataque de Satanás, pois ele (Lúcifer) já tivera essa posição e quisera outra mais alta ainda! Se Lú-cifer não podia ter o lugar de Deus no universo, ele podia-tentar pegar, o lugar-de-Deus na vida do homem. ‘E ele foi bem-sucedido! O homem perdeu o domínio sobre o pecado r(SI 8 e He 2:5-58); contudo, Cristo, o último Adão, reconquistou esse domínio para nós (veja Rm 5:04ss), sobre as aves (Mt 26:74-40) e sobre os animais (Mt 21:1-40).

Originalmente, o homem era vegetariano, mas em Gênesis 9:3-4. isso muda. Foram dadas restrições alimentares aos judeus (Lv 11), mas hoje não há tais restrições (Mc 7:17-41).

  • A nova criação
  • Em 2Co 4:3-47 e 5:17, se deixa claro que, em Cristo, Deus tem uma nova criação. Paulo utiliza imagens do relato da criação de Gênesis para ilustrar essa nova criação. O homem foi criado perfeito, mas se arruinou por meio do pecado. Ele torna-se pe-cador, "sem forma e vazio", sua vida é sem propósito, vazia e escura.

    O Espírito Santo inicia seu mo-vimento de persuasão no coração dos homens (Gn 1:2). Na verdade, a salvação sempre se inicia com o Senhor (Jo 2:9); qualquer peca-dor é salvo pela graça dele. O Es-pírito usa a Palavra para trazer luz (SI 119:130), pois não há salvação sem a Palavra de Deus (Jo 5:24). E He 4:12 declara que a Palavra tem o poder de "separar", trazendo à lembrança a ocasião anterior em que Deus separou a luz das trevas, e os mares da terra.

    Os crentes, como os seres cria-dos em Gênesis, têm a responsa-bilidade de ser férteis e multiplica-rem-se "segundo a sua espécie". Os crentes, em um paralelo à posição de domínio de Adão, fazem parte da realeza sob o governo de Deus e reinam "em vida" por meio de Cris-to (Rm 5:1 7ss).

    Exatamente como Adão era o cabeça da antiga criação, Cristo é o cabeça da nova criação; ele é o úl-timo Adão 1Co 1:5-45-49). O Anti-go Testamento "é o livro da genea-logia de Adão" (Gn 5:1) e termina com uma fala sobre uma maldição (Ml 4:6). O Novo Testamento é o li-vro "da genealogia de Jesus Cristo" (Mt 1:1) e termina com esta afirma-ção: "Nunca mais haverá qualquer maldição" (Ap 22:3).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 1 do versículo 1 até o 31
    1.1 O título hebraico do livro provém de suas primeiras palavras (bereshith - "no princípio"). Por todo o livro, nota-se que o propósito é tratar de "princípios". Nenhuma razão existe para que se estabeleça uma data para a criação do mundo ou do universo com base neste versículo. Muitos cristãos genuínos aceitam a estimativa de uma idade extremamente antiga para o universo. Bem pode ser que milhões de anos tivessem transcorrido entre os vv. 1 e 2. Conforme He 11:3 (gr oiõnas: eras), 2Pe 3:8.

    1.2 Alguns estudiosos da Bíblia admitem que a palavra "era" deveria ser traduzida "tornou-se", indicando a hipótese de que a criação original teria sido destruída por ocasião da queda de Satanás no pecado. Significaria então, que a criação descrita nos versos seguintes, tem referência à presente criação e não a uma criação anterior, da qual é possível identificarmos as evidências nos fósseis e na história geológica. É significativo que a criação seja resultado da atividade criadora de um Deus Pessoal, e não de forças cegas e destituídas de inteligência, como é o caso nas cosmogonias antigas e na teoria da Evolução, todas estranhas à Bíblia. Não obstante o fato de ser este capítulo incompleto, do ponto de vista científico, não se pode demonstrar que seja inexato cientificamente. Religiosamente, este capítulo é exato e completo.

    1.5 A palavra "dia" tanto poderá significar o período Dt 24:0.

    1.11 Segundo a sua espécie (ver também os vv. 12, 21, 24,
    25) parece limitar a reprodução tanto de plantas como de animais e também do homem a grupos gerais ou espécies. A admissão de que as formas mais elevadas de vida se tenham evoluído das inferiores, não se harmoniza com este ensino.

    1.14 Sejam eles para sinais. Isto é, marcarão o ano para o serviço de Deus (Lv 23:4) e o bem do homem. Falarão de Deus, e não de azar (Jr 10:2). E negada aqui toda a astrologia, antiga e moderna, sendo que os luzeiros governam somente como fornecedores de luz, não com poderes sobre a vida humana.

    1.21,22 Criou... multiplicai-vos, O poder de Deus demonstrado na criação de toda criatura do nada (ex nihilo), continua em forma derivada na procriação autônoma das suas criaturas. A fertilidade não é divina, como muitas religiões dos tempos do AT entenderam, mas é uma graciosa extensão do poder de Deus a suas criaturas.

    1.27 A imagem de Deus significa ser dotado das faculdades de raciocinar, de expressar emoções e de agir voluntariamente. Particularmente, indica a capacidade que o homem tem de manter íntima comunhão com seu Criador. Duas palavras são usadas no original hebraico para expressar a atividade criativa de Deus neste capítulo: bara "criar do nada", vv. 1, 21, 27 (o universo, a vida e a alma) e asah, usualmente traduzido por "fazer". Parece haver alguma significação especial no emprego de "criar" com referência à criação do mundo e ao homem dotado de natureza espiritual (conforme NCB, p 83).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 1 do versículo 1 até o 31
    I. OS PRIMÓRDIOS DA HUMANIDADE (1.1—11.32)
    Não importa o ponto de vista que se defenda acerca da relação entre os dois relatos da criação (Introdução, Os problemas principais de Gênesis, A 1), é claro que o primeiro é escrito do ponto de observação de Deus, enquanto o homem é o centro do segundo relato. Enquanto o primeiro conduz à criação do homem, o seu clímax é a satisfação de Deus como é expresso no sábado. No segundo, o clímax é a satisfação do homem quando ele encontra a sua complementação na mulher. Só mesmo considerações a priori vão nos levar a duvidar de que o segundo relato veio a nós em sua essência diretamente do próprio Adão; o primeiro é obviamente revelação direta.


    1) a) A criação do ponto de vista de Deus (1.1—2.3)
    A sugestão de que Gênesis provém da mitologia acadiana ou sumeriana mostra somente como a recusa de aceitar a revelação leva o ser humano à insensatez. Não se faz sugestão alguma acerca de como todo o politeísmo grosseiro foi eliminado de poemas como Enumaelish (DOTT, p. 5-13, ou A. Heidel, The Babylonian Genesis) e de como, no processo, foi estabelecida uma ordem de criação, singular na literatura antiga e não imaginada por ninguém fora da tradição hebraica até tempos modernos. Não sabemos a quem a revelação foi dada. Se preenchemos a lacuna com o nome de Moisés é porque não sabemos de nenhum outro mais adequado. Também é impossível dizer se a revelação foi puramente verbal ou principalmente visual. Há muito a favor do segundo ponto de vista, o que poderia significar que os sete dias foram dias de revelação, mas precisamos insistir em que esse ponto de vista, como qualquer outro, não pode ser provado.

    O capítulo começa com a simples afirmação: “No princípio Deus criou (bãrã’) os céus e a terra”. Como em Jo 1:1, não há artigo definido antes de “princípio”; a revelação se ocupa somente com este mundo e com todo o espaço que está estreitamente ligado a ele, “os céus e a terra”. Embora obviamente devamos deduzir que tudo o que foi criado antes, como os seres angelicais, foi igualmente obra exclusiva de Deus, a história, como toda a Bíblia, se limita à área da experiência e atividade humanas (conforme Dt 32:8).

    A tradução proposta pela NEB, GNB, RSVmg, Speiser e muitas outras versões modernas remonta aos comentaristas judeus medievais e é gramaticalmente possível. Mas é pouco provável que um capítulo escrito num estilo tão bem elaborado como o de Gn 1 começasse com uma frase tão confusa.

    O verbo traduzido por bãrã\ que ocorre 44 vezes no AT, é usado somente para a atividade de Deus e denota “a produção de algo fundamentalmente novo, por meio da ação de um poder criador soberano, transcendendo completamente o poder que o homem possui” (Driver); ele contém “tanto a idéia de total falta de esforço quanto a de creatio ex nihilo, visto que nunca está relacionado a nenhuma menção do material” (Von Rad). Esse verbo é usado em 1.21,27 acerca da introdução de um novo princípio na obra da criação. Embora o versículo de abertura possa ter a intenção de introduzir a narrativa como um todo, é mais provável que se refira ao começo do processo criativo.

    Pessoas de perspectivas muito diferentes têm argumentado que não podemos conceber a criação a partir do caos — “sem forma e vazia” —, apelo que muitas vezes é feito com base em Is 45:18. Muitos têm usado esse argumento para justificar a tradução “e a terra se tomou sem forma e vazia”, implicando com isso a destruição da criação original, mas essa versão é diretamente contrária à sintaxe hebraica. Aliás, o uso de “caos” prejulga o argumento. Quando o material para a formação do mundo veio à existência, somente o olho de Deus era capaz de discernir o seu propósito final. Por seu Espírito, ele estava separando o material (v. 2). Há pouco a favor da tradução “um forte vento” (NEB, Speiser, von Rad); nas relativamente poucas passagens poéticas em que “Deus” é usado como um superlativo, o contexto normalmente deixa isso claro. O sentido é transmitido de forma excelente na expressão “o poder de Deus” (nota de rodapé da BLH). A palavra para “abismo” {fhôrri) é associada pela maioria dos estudiosos a Tiamat, a deusa do caos na mitologia babilónica. Isso é provável, mas os profetas de Israel estavam tão convictos da onipotência de Javé que eles nunca hesitavam em usar antigos termos mitológicos como metáforas mortas.

    O primeiro dia (1:3-5)

    A luz é um dos atributos extraordinários de Deus (Jo 1:4,Jo 1:5; ljo 1:5; 2Co 4:6). Não há indicação alguma de onde possa ter vindo a luz ou de como a escuridão podia coexistir com ela (conforme Jo 1:5). A escuridão persiste na área delimitada a ela por Deus, até que na consumação a noite desaparecerá (Ap 21:25;

    22.5). O fato de que a luz é louvada, e não a escuridão, mostra que o método que Deus utiliza na criação inclui a eliminação gradual do que é imperfeito. Isso também é indicado pela seqüência “noite [...] manhã” (v. 5), apontando para o desenvolvimento crescente do menos perfeito para o mais perfeito. O método judaico posterior de contar o dia a partir do pôr-do-sol deve ter sido deduzido de Gn 1, e não o contrário.

    v. 3. E Deus disse: o que é dito deve expressar o pensamento e a vontade de quem fala (conforme Jo 1:1 ss). Isso é especialmente verdadeiro em relação ao hebraico, em que dabar significa tanto a palavra quanto a coisa citada. Para Deus, não há lacuna entre pensamento, palavra e resultado.

    v. 4. a luz era boa (heb. tôb): nós usamos “bom” para expressar a nossa aceitação; quando esse termo se aplica à opinião de Deus, significa conformidade com a sua vontade. A luz era exatamente como ele queria que ela fosse.

    O segundo dia (1:6-9)
    A separação entre a atmosfera e o mundo. Para uma compreensão apropriada, precisamos lembrar que o hebraico não tem uma palavra para “gás”, um termo relativamente recente, v. 6. firmamento (no sentido de “espaço, vastidão”) é uma boa tradução para rãqia‘\ essa versão vem por meio da VA, vindo do latim da Vulgata. “Abóbada”, como aparece em algumas versões, é apenas interpretação. Is 40:22 mostra que o AT não está necessariamente pensando em uma abóbada sólida. Aqui (v. 7) e nos v. 16,21,25 (“fez”, “criou”, “fez”), vemos o ato criativo de Deus junto com o seu falar. A explanação mais natural seria que essa ligação se refere à atividade contínua de Deus trabalhando em algo que viera à existência por meio de sua ordem. Isso daria espaço para o desenvolvimento desejado e orientado por Deus daquilo que ele tinha chamado à existência.

    Não há elogio ao trabalho do segundo dia, provavelmente porque foi concluído no terceiro dia.
    O terceiro dia (1:9-13)
    O aparecimento de terra seca. v. 11. vegetação: “relva” (ARA) inclui as formas mais primitivas de plantas em crescimento; por isso Speiser: “Que a terra irrompa em crescimento”.

    O quarto dia (1:14-19)
    E aqui que em geral os leitores atuais se afastam de Gênesis. Para eles, é absurdo que o sol e a lua tenham vindo a existir depois do aparecimento da terra. As respostas conservadoras mais comuns, e.g., que o sol não tinha se tornado visível até então porque as nuvens encobriam a terra, ou que na verdade o v. 16 é retrospectivo (Leupold), têm a desvantagem de não serem demonstráveis e de serem inaceitáveis para o cético. Devemos observar que “luminares” (v. 14,16) é uma melhor tradução do que “luzes”, como também “lâmpadas” (Von Rad) seria uma boa opção. Ou seja, esses objetos devem ser considerados transmissores, e não geradores de luz. Isso e o fato de o sol e a lua não serem citados pelo nome mostra que há uma diminuição intencional da sua importância numa época em que eram adorados quase no mundo todo. Eles são mencionados em virtude da função que realizariam como guias para os grandes e cruciais ritmos de vida, que têm maior importância para os animais do que para os vegetais. Esse ponto de vista não contradiz a afirmação freqüente de que a obra do quarto dia é paralela à do primeiro (e.g., Kidner).
    O quinto dia (1:20-23)

    Gn 1 não discute o problema de onde exatamente a vida começa. Para Gênesis, como para o AT em geral, a vida implica a possibilidade de ação e de escolha. Assim, temos o termo “seres vivos” (ARC, “alma vivente”— nephes hayyãh), usado expressamente para se referir ao homem em 2.7, aplicado a toda a criação animal, com a sua habilidade de criar vida nova (conforme 2.7; 7.22).

    Assim, estamos tratando com uma evolução totalmente nova na história da atividade de
    Deus, e por isso temos a palavra criar (bãrã ’) mais uma vez, embora não haja indicação alguma da natureza exata da ação de Deus. v. 20. aves: lit. coisas com asas; o termo inclui tanto os dinossauros alados que precederam as verdadeiras aves quanto os insetos.

    O sexto dia (1:24-31)
    No sexto dia, o trabalho do quinto é continuado em nível mais elevado. A classificação dos animais é funcional, e não científica, ou seja, os que seriam domesticados (rebanhos domésticos), animais selvagens e animais menores (os demais seres vivos da terra). Aí há uma interrupção brusca. Em vez da ordem divina e a associação com o que já existe, e.g., “produza a terra”, há um ato de Deus para o qual ele chama a atenção: façamos o homem (v. 26). Leupold ainda defende com veemência o ponto de vista tradicional cristão de que o plural faz menção da Trindade. Isso não deveria ser completamente rejeitado, mas nesse contexto não é convincente. A interpretação rabínica de que Deus está falando com os anjos é mais interessante, pois a criação do homem os afeta (Sl 8:5; 1Co 6:3), cf. 38:7. Mas não há sugestão aqui de que tenha havido cooperação dos anjos. O plural provavelmente tem a intenção de chamar a atenção para a importância e a solenidade da decisão de Deus.

    O elemento novo na criação do homem foi que ele seria formado “à sua imagem, à imagem de Deus”, o que seria demonstrado acima de tudo no seu domínio sobre a criação animal (v. 26). No contexto imediato, isso foi demonstrado na sua habilidade de ter comunhão com Deus; em última análise, e talvez o aspecto mais importante, isso fez possível a encarnação da Palavra de Deus. Outras implicações se tornaram claras à medida que a revelação continuou.

    Há uma tendência bem difundida de considerar o homem como, em certo sentido, intrinsecamente superior à mulher. Acerca dos efeitos da Queda sobre o relacionamento entre o homem e a mulher, v. o comentário Dt 3:16. No propósito de Deus, no entanto, o masculino e o feminino são parte da imagem de Deus no ser humano. A parceria, a igualdade e a subordinação voluntária resultantes são em certa medida a revelação da natureza trina de Deus.

    A conclusão divina tudo havia ficado muito bom (v. 31) leva muitas pessoas a imaginar condições paradisíacas em toda a terra. Mas isso não significa nada mais do que conformidade com o plano de Deus; conforme o comentário do v. 4. Deveriamos dar o devido valor aos termos usados no v. 28 subjuguem {kãbas), lit. “pisar em”, e dominem sobre (rãdãh), lit. “esmagar com os pés”. Esses termos mostram que Deus estava incumbindo o homem de uma grande tarefa. Não podemos pressupor com base no v. 30 que na criação original não houvesse carnívoros (embora isso seja defendido por Leupold).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 1 do versículo 1 até o 31
    a) A Criação do Universo (Gn 1:1-2.3)

    Como considerar a descrição em causa? Ciência, fábula ou revelação? Se, por ciência, entendermos a disposição sistemática dum ramo do saber, diremos, então, que a descrição nada tem de "científico". E ainda bem, pois se fosse utilizada a linguagem científica do século XX, como a entenderiam os leitores dos séculos precedentes? E mesmo os atuais necessitariam duma adequada preparação científica. Nesse caso ainda, não seria de prever que passados cem ou duzentos anos fosse já considerada antiquada aquela linguagem? A narração do Gênesis não foi, portanto, redigida em moldes científicos, talvez para melhor mostrar a sua inspiração divina. Poderíamos, no entretanto, fazer a seguinte interrogação: - Não sendo científica quanto à forma, será a descrição do Gênesis científica quanto à substância, ou quanto ao conteúdo? Serão de admitir erros ou pelo menos inexatidões na narração bíblica. Graves conflitos têm surgido entre prematuras conclusões da ciência e supostas deduções científicas da Escritura. Mas estudos ulteriores têm vindo provar que, por um lado, não eram válidas as conclusões científicas, ou, então, por outro, eram mal interpretadas no texto as afirmações científicas.

    Quanto a supor-se uma fábula a narração do Gênesis, quer no sentido popular, quer no sentido clássico, não é fácil de admitir-se. Pois no primeiro caso tratar-se-ia duma obra puramente imaginária, e no segundo duma exposição simbólica dum fato com certas verdades abstratas, que de outro modo seriam incompreensíveis. Trata-se, sim, duma narração dos acontecimentos que não seriam compreendidos, se fossem descritos com a precisão formal da ciência. É neste estilo simples mas expressivo que a divina sabedoria se manifestou claramente aos homens, indo assim ao encontro das necessidades de todos os tempos. Os fatos apresentam-se numa linguagem abundante e rica, que é possível incluir todos os resultados das pesquisas científicas.

    O primeiro capítulo do Gênesis não há dúvida que supõe a revelação divina. Pelas muitas versões, algumas delas correntes já entre os pagãos da antigüidade, é fácil concluir-se que esta revelação é anterior a Moisés. Não deve, no entanto, considerar-se como uma nova versão das tradições politeístas dos fenícios ou dos babilônicos; porque acima de tudo a obra criadora de Deus só por Deus poderia ser revelada. E essa revelação não deixou de ser preservada de qualquer contaminação pagã ou corrupção supersticiosa, encontrando-se perfeita e inviolável nos cinco livros de Moisés.

    Sob o aspecto científico nada se sabe acerca da origem das coisas. Mas o certo é que a Geologia, através do estudo dos fósseis, vem confirmar, cada vez mais, as diferentes fases da criação que Gn 1 nos descreve pormenorizadamente. Baseados em motivos meramente teóricos, vários comentadores supõem que a criação original de Deus foi destruída por uma terrível catástrofe. Assim o verso 1 descreve o ato inicial de Deus, que deu a existência ao universo; o verso 2 o estado desse universo arruinado "sem forma e vazio", se bem que não se faça qualquer alusão à catástrofe provocadora dessa ruína; os restantes versos fazem uma análise da obra de Deus na reconstituição desse universo. Trata-se duma teoria, ainda hoje muito seguida, para resolver certos problemas que, no fim de contas, continuam insolúveis, e é contestada por fortes argumentos lingüísticos. A chamada teoria da "lacuna" não assenta em bases firmes e é desmentida pela própria Geologia.

    São duas as palavras com que a Escritura designa a ação criadora de Deus: bara’ (criar) e ’ asah (fazer). A primeira é, sem dúvida, a mais importante, e aparece sobretudo nos versículos 1:21-27, ou seja, quando se pretende frisar o início de todos os seres em geral, dos seres animados e dos seres espirituais, respectivamente. O certo é que não há possibilidade de exprimir, por palavras humanas, essa obra maravilhosa de Deus, que transcende toda a ciência, por muito profunda e completa que seja. O significado exato de bara’ não é fácil de determinar. Numa das suas formas significava originariamente "cortar, separar" e passou a ser utilizada apenas para indicar a ação divina de trazer à existência algo inteiramente novo. No vers. 1 a idéia de criação exclui materiais já existentes, podendo então dizer-se que as coisas foram produzidas "do nada". Mas nos vers. 21 e 27 nada obsta a que se tenham utilizado materiais preexistentes. O principal é sublinhar o significado de bara’ que apenas supõe a produção dum ser, completamente novo, que antes não existia.

    E que dizer dos "dias" em que se operou a criação? Há quem suponha tratar-se de dias Dt 24:0 estende-se aos seis dias da criação; por outro lado, em diferentes textos da Escritura o mesmo vocábulo refere-se a períodos de tempo ilimitado, como no Sl 90:4. A principal dificuldade que se levanta contra esta última interpretação é a alusão a "tarde" e a "manhã", mas pode admitir-se que a obra da criação figuradamente seja caracterizada por épocas bem definidas.

    É espiritual e religioso o objetivo da narração de Gn 1. A formação dos seres vem manifestar as relações entre Deus e as criaturas de sorte que só a fé as compreenderá devidamente: "Pela fé entendemos que os mundos pela Palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente" (He 11:3). Só o crente, portanto, compreenderá o alcance da narração; mas não admira que por vezes surjam hesitações, perante as dificuldades de interpretação.

    Mas a narrativa tem ainda um segundo objetivo: o de pôr o homem em contato com toda a criação, ou melhor, o de colocá-lo em posição de primazia perante todos os seres criados. Por isso vemos Deus a agir gradualmente na Sua obra criadora, que atinge, com a formação do homem, o ponto culminante dessa obra-prima de Deus.

    Deus (1). ’ elohim. Muitas derivações têm sido sugeridas para esta palavra. Sua significação parece ser "aquele que deve ser reverenciado por excelência". O termo plural, ’ elohim, é um plural de intensidade, algumas vezes chamado de plural de "majestade".

    >Gn 1:2

    Sem forma e vazia (2). A expressão hebraica (tohu wabhohu) contém algo de onomatopéico que parece significar: desolação e vacuidade. Em Is 45:18, onde aparece o termo bohu não contradiz aquele significado e dá a entender que Deus não abandonou a terra que criou: "Não a criou vazia, mas formou-a para que fosse habitada". O caos era um meio, não um fim. Disse Deus (3). "Pela palavra do Senhor foram feitos os céus" (Sl 33:6). Cfr. Jo 1:1-43. Luz (3). O caráter primário da luz, mesmo antes do sol, é um dos postulados da ciência moderna. A tarde e a manhã (5). Atendendo à linguagem poética do texto, "manhã" não deve significar, aqui, a segunda metade do dia. O dia começava de manhã; seguia-se a tarde, e depois a manhã que seguia a tarde era o começo do segundo dia, que por isso terminava o primeiro. Expansão (6). É a formação da atmosfera. Produza (11). Embora se trate da criação intermédia, não se exclui a intervenção divina. Segundo a sua espécie (11). Comparando este vers.com os 12:21-24-25, fácil é interpretá-lo como se dissesse: "em todas as suas variedades", duma variedade dentro de certos grupos gerais. Para sinais (14). Tomem-se aqui estes sinais no sentido astronômico e não astrológico, pois os corpos celestes determinam as estações e dividem o tempo.

    >Gn 1:26

    Façamos o homem (26). A criação do homem é, como vimos, o apogeu da obra criadora de Deus. É a Trindade quem delibera, sem qualquer intervenção ou consulta feita aos anjos. À nossa imagem, conforme à nossa semelhança (26). São sinônimos os substantivos, e compreendem-se à face do paralelismo da poesia hebraica. Trata-se duma semelhança natural e moral. E domine (26). É dessa semelhança com Deus que deriva todo o domínio do homem sobre as criaturas. Macho e fêmea os criou (27). Uma descrição mais pormenorizada vai encontrar-se no capítulo seguinte. Enchei (28). Heb. male, que, como no vers. 22, significa apenas "encher", mas não no sentido do encher um mundo que antes estivera vazio. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou (Gn 2:3). Em presença deste texto somos levados a concluir que a instituição do sábado é anterior a Moisés, talvez motivo duma revelação especial.


    Dicionário

    Alumiar

    verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal Emanar luz: os postes alumiaram o bairro.
    Fazer com que fique claro: o lampião alumiava.
    Tornar-se iluminado; iluminar: alumiaram-se com a ajuda do lampião.
    verbo transitivo direto e pronominal Criar ou passar conhecimento: o sábio alumiou minh'alma.
    Oferecer ou adquirir cultura; ilustrar-se: sua inteligência alumiava-se com os ensinamentos dos professores.
    Figurado Tornar resplandecente, brilhoso; reluzir: a prataria alumiava; sua expressão se alumiou de contentamento.
    verbo transitivo direto Fazer ou produzir luz; acender: alumiar a vela.
    Etimologia (origem da palavra alumiar). Do latim alluminare.

    Alumiar Iluminar (Sl 97:4).

    Assim

    advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
    Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
    Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
    Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
    conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
    Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
    locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
    locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
    expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
    Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
    Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
    Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.

    Expansão

    substantivo feminino Ação de expandir, de aumentar, de alargar, de ampliar algo; aumento, alargamento: expansão territorial, comercial, econômica.
    Em que há alargamento de fronteiras; aumento: expansão marítima.
    Ação de divulgar ou propagar algo; propagação: expansão de sentimentos.
    Aumento do volume de um corpo, da matéria, de um gás; dilatação.
    Expressão natural e franca dos sentimentos, dos pensamentos; desabafo.
    Etimologia (origem da palavra expansão). Do latim expansio.onis.

    Terra

    substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
    Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
    Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
    País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
    Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
    Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
    Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
    [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
    [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
    expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
    Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
    Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
    Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
    Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
    Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

    substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
    Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
    Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
    País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
    Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
    Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
    Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
    [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
    [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
    expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
    Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
    Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
    Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
    Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
    Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

    os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1:25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4:2). o termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47:19Zc 2:12). Quando Naamã pediu uma carga de terra que dois mulos pudessem levar (2 Rs 5.17), ele foi influenciado pela idéia pagã de que o Senhor era um deus local, podendo apenas ser adorado com proveito no seu nativo solo. Eretz é a terra em oposição ao céu, ou a terra seca como distinta do mar (Gn 1:1-10). A palavra é, também, aplicada a toda a terra (Gn 18:18), ou a qualquer divisão dela (Gn 21:32), e mesmo ao chão que uma pessoa pisa (Gn 33:3). A frase ‘profundezas da terra’ (is 44:23) significa literalmente os vales, os profundos recessos, como as cavernas e subterrâneos, e figuradamente a sepultura. No N.T., além do termo vulgar ‘terra’, que corresponde às várias significações já apresentadas, há uma palavra especial que significa ‘ terra habitada’ (Lc 4:5Rm 10:18 – etc.), usando-se esta expressão de um modo especial a respeito do império Romano. Terra, num sentido moral, é oposta ao que é celestial e espiritual (*veja Jo 3:31 – 1 Co 15.47 a 49 – Tg 3:15, etc.).

    terreno, solo, campo. – Terra sugere ideia das qualidades, das propriedades da massa natural e sólida que enche ou cobre uma parte qualquer da superfície da terra. – Terreno refere-se, não só à quantidade, ou à extensão da superfície, como ao destino que se lhe vai dar, ou ao uso a que se adapta. – Solo dá ideia geral de assento ou fundamento, e designa a superfície da terra, ou o terreno que se lavra, ou onde se levanta alguma construção. – Campo é solo onde trabalha, terreno de cultura, ou mesmo já lavrado. Naquela província há terras magníficas para o café; dispomos apenas de um estreito terreno onde mal há espaço para algumas leiras e um casebre; construiu o monumento em solo firme, ou lançou a semente em solo ingrato; os campos já florescem; temos aqui as alegrias da vida do campo.

    [...] berço de criaturas cuja fraqueza as asas da Divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 23

    O nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa Humanidade são a conseqüência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 132

    Disse Kardec, alhures, que a Terra é um misto de escola, presídio e hospital, cuja população se constitui, portanto, de homens incipientes, pouco evolvidos, aspirantes ao aprendizado das Leis Naturais; ou inveterados no mal, banidos, para esta colônia correcional, de outros planetas, onde vigem condições sociais mais elevadas; ou enfermos da alma, necessitados de expungirem suas mazelas através de provações mais ou menos dolorosas e aflitivas.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça

    [...] é oficina de trabalho, de estudo e de realizações, onde nos cumpre burilar nossas almas. [...]
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Sede perfeitos

    [...] é o calvário dos justos, mas é também a escola do heroísmo, da virtude e do gênio; é o vestíbulo dos mundos felizes, onde todas as penas aqui passadas, todos os sacrifícios feitos nos preparam compensadoras alegrias. [...] A Terra é um degrau para subir-se aos céus.
    Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 11

    O mundo, com os seus múltiplos departamentos educativos, é escola onde o exercício, a repetição, a dor e o contraste são mestres que falam claro a todos aqueles que não temam as surpresas, aflições, feridas e martírios da ascese. [...]
    Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

    [...] A Terra é um mundo de expiações e provas, já em fase de transição para se tornar um mundo de regeneração.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] o Planeta terrestre é o grande barco navegando no cosmo, sacudido, a cada instante, pelas tempestades morais dos seus habitantes, que lhe parecem ameaçar o equilíbrio, a todos arrastando na direção de calamidades inomináveis. Por esta razão, periodicamente missionários e mestres incomuns mergulharam no corpo com a mente alerta, a fim de ensinarem comportamento de calma e de compaixão, de amor e de misericórdia, reunindo os aflitos em sua volta e os orientando para sobreviverem às borrascas sucessivas que prosseguem ameaçadoras.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    Quando o homem ora, anseia partir da Terra, mas compreende, também, que ela é sua mãe generosa, berço do seu progresso e local da sua aprendizagem. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    Assim se compreende porque a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pensamento e perispírito

    Apesar de ainda se apresentar como planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos; é também oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social. Sem dúvida, é também cárcere para os rebeldes e os violentos, que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram perturbando-lhe a ordem e a paz.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cilada perversa

    O mundo conturbado é hospital que alberga almas que sofrem anemia de amor, requisitando as vitaminas do entendimento e da compreensão, da paciência e da renúncia, a fim de que entendimento e compreensão, paciência e renúncia sejam os sinais de uma vida nova, a bem de todos.
    Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Hospital

    [...] É um astro, como Vênus, como seus irmãos, e vagueia nos céus com a velocidade de 651.000 léguas por dia. Assim, estamos atualmente no céu, estivemos sempre e dele jamais poderemos sair. Ninguém mais ousa negar este fato incontestável, mas o receio da destruição de vários preconceitos faz que muitos tomem o partido de não refletir nele. A Terra é velha, muito velha, pois que sua idade se conta por milhões e milhões de anos. Porém, malgrado a tal anciania, está ainda em pleno frescor e, quando lhe sucedesse perecer daqui a quatrocentos ou quinhentos mil anos, o seu desaparecimento não seria, para o conjunto do Universo, mais que insignificante acidente.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 4a efusão

    [...] Por se achar mais distante do sol da perfeição, o nosso mundozinho é mais obscuro e a ignorância nele resiste melhor à luz. As más paixões têm aí maior império e mais vítimas fazem, porque a sua Humanidade ainda se encontra em estado de simples esboço. É um lugar de trabalho, de expiação, onde cada um se desbasta, se purifica, a fim de dar alguns passos para a felicidade. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão

    [...] A Terra tem que ser um purgatório, porque a nossa existência, pelo menos para a maioria, tem que ser uma expiação. Se nos vemos metidos neste cárcere, é que somos culpados, pois, do contrário, a ele não teríamos vindo, ou dele já houvéramos saído. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

    Nossa morada terrestre é um lugar de trabalho, onde vimos perder um pouco da nossa ignorância original e elevar nossos conhecimentos. [...]
    Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

    [...] é a escola onde o espírito aprende as suas lições ao palmilhar o longuíssimo caminho que o leva à perfeição. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

    [...] o mundo, para muitos, é uma penitenciária; para outros, um hospital, e, para um número assaz reduzido, uma escola.
    Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    [...] casa de Deus, na específica destinação de Educandário Recuperatório, sem qualquer fator intrínseco a impedir a libertação do homem, ou a desviá-lo de seu roteiro ascensional.
    Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

    [...] é uma estação de inverno, onde o Espírito vem preparar-se para a primavera do céu!
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref•

    Feito o planeta – Terra – nós vemos nele o paraíso, o inferno e o purgatório.O paraíso para os Espíritos que, emigra-dos de mundos inferiores, encontram naTerra, podemos dizer, o seu oásis.O inferno para os que, já tendo possuí-do mundos superiores ao planeta Terra,pelo seu orgulho, pelas suas rebeldias, pelos seus pecados originais a ele desceram para sofrerem provações, para ressurgirem de novo no paraíso perdido. O purgatório para os Espíritos em transição, aqueles que, tendo atingido um grau de perfectibilidade, tornaram-se aptos para guias da Humanidade.
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Antes de tudo, recorda-se de que o nosso planeta é uma morada muito inferior, o laboratório em que desabrocham as almas ainda novas nas aspirações confusas e paixões desordenadas. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a guerra

    O mundo é uma escola de proporções gigantescas, cada professor tem a sua classe, cada um de nós tem a sua assembléia.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Colegas invisíveis

    A Terra é o campo de ação onde nosso espírito vem exercer sua atividade. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Por que malsinar o mundo?

    [...] é valiosa arena de serviço espiritual, assim como um filtro em que a alma se purifica, pouco a pouco, no curso dos milênios, acendrando qualidades divinas para a ascensão à glória celeste. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1

    A Terra inteira é um templo / Aberto à inspiração / Que verte das Alturas [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia da espiritualidade• Pelo Espírito Maria Dolores• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1985• - cap• 4

    A Terra é a escola abençoada, onde aplicamos todos os elevados conhecimentos adquiridos no Infinito. É nesse vasto campo experimental que devemos aprender a ciência do bem e aliá-la à sua divina prática. Nos nevoeiros da carne, todas as trevas serão desfeitas pelos nossos próprios esforços individuais; dentro delas, o nosso espírito andará esquecido de seu passado obscuro, para que todas as nossas iniciativas se valorizem. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos nos matriculamos, solicitando – quando já possuímos a graça do conhecimento – as lições necessárias à nossa sublimação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

    O mundo atual é a semente do mundo paradisíaco do futuro. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 25

    Servidores do Cristo, orai de sentinela! / Eis que o mundo sangrando é campo de batalha, / Onde a treva infeliz se distende e trabalha / O coração sem Deus, que em sombra se enregela.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No macrocosmo, a casa planetária, onde evolvem os homens terrestres, é um simples departamento de nosso sistema solar que, por sua vez, é modesto conjunto de vida no rio de sóis da Via-Láctea.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No mundo terrestre – bendita escola multimilenária do nosso aperfeiçoamento espiritual – tudo é exercício, experimentação e trabalho intenso.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O orbe inteiro, por enquanto, / Não passa de um hospital, / Onde se instrui cada um, / Onde aprende cada qual.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo, com as suas lutas agigantadas, ásperas, é a sublime lavoura, em que nos compete exercer o dom de compreender e servir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo é uma escola vasta, cujas portas atravessamos, para a colheita de lições necessárias ao nosso aprimoramento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Apesar dos exemplos da humildade / Do teu amor a toda Humanidade / A Terra é o mundo amargo dos gemidos, / De tortura, de treva e impenitência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é o nosso campo de ação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é a nossa grande casa de ensino. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é uma escola, onde conseguimos recapitular o pretérito mal vivido, repetindo lições necessárias ao nosso reajuste.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra, em si mesma, é asilo de caridade em sua feição material.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é o campo de trabalho, em que Deus situou o berço, o lar, o templo e a escola.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é a Casa Divina, / Onde a luta nos ensina / A progredir e brilhar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo em que estagiamos é casa grande de treinamento espiritual, de lições rudes, de exercícios infindáveis.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é um grande magneto, governado pelas forças positivas do Sol. Toda matéria tangível representa uma condensação de energia dessas forças sobre o planeta e essa condensação se verifica debaixo da influência organizadora do princípio espiritual, preexistindo a todas as combinações químicas e moleculares. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

    O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Doenças da alma

    O Universo é a projeção da mente divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da mente humana.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    O mundo é uma ciclópica oficina de labores diversíssimos, onde cada indivíduo tem a sua parcela de trabalho, de acordo com os conhecimentos e aptidões morais adquiridos, trazendo, por isso, para cada tarefa, o cabedal apri morado em uma ou em muitas existências.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Antíteses da personalidade de Humberto de Campos

    A Terra é uma vasta oficina. Dentro dela operam os prepostos do Senhor, que podemos considerar como os orientadores técnicos da obra de aperfeiçoamento e redenção. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 39

    A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 338

    A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 347

    [...] é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 403

    O mundo em que vivemos é propriedade de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Lembranças

    [...] é a vinha de Jesus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    [...] é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

    [...] abençoada escola de dor que conduz à alegria e de trabalho que encaminha para a felicidade com Jesus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 28

    Não olvides que o mundo é um palácio de alegria onde a Bondade do Senhor se expressa jubilosa.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria

    [...] é uma vasta oficina, onde poderemos consertar muita coisa, mas reconhecendo que os primeiros reparos são intrínsecos a nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6

    A Terra é também a grande universidade. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado

    Salve planeta celeste, santuário de vida, celeiro das bênçãos de Deus! ...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15

    A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    [...] é um santuário do Senhor, evolutindo em pleno Céu.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

    Agradece, cantando, a Terra que te abriga. / Ela é o seio de amor que te acolheu criança, / O berço que te trouxe a primeira esperança, / O campo, o monte, o vale, o solo e a fonte amiga...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 33

    [...] é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, me drar, florir e amadurecer em energia consciente [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 13


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gênesis 1: 15 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E sejam por luminares no firmamento do céU, para iluminar a terra;" e assim foi.
    Gênesis 1: 15 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Antes de 4000 a.C.
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H215
    ʼôwr
    אֹור
    ser ou tornar-se claro, brilhar
    (to give light)
    Verbo
    H3651
    kên
    כֵּן
    tão / assim
    (so)
    Adjetivo
    H3974
    mâʼôwr
    מָאֹור
    cidade marítima e portuária no extremo oeste de Chipre. Era a residência de um
    (Paphos)
    Substantivo - Feminino no Singular genitivo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H7549
    râqîyaʻ
    רָקִיעַ
    superfície estendida (sólida), expansão, firmamento
    (a firmament)
    Substantivo
    H776
    ʼerets
    אֶרֶץ
    a Terra
    (the earth)
    Substantivo
    H8064
    shâmayim
    שָׁמַיִם
    os ceús
    (the heavens)
    Substantivo


    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    אֹור


    (H215)
    ʼôwr (ore)

    0215 אור ’owr

    uma raiz primitiva; DITAT - 52; v

    1. ser ou tornar-se claro, brilhar
      1. (Qal)
        1. tornar claro (dia)
        2. brilhar (referindo-se ao sol)
        3. tornar brilhante
      2. (Nifal)
        1. ser iluminado
        2. tornar claro
      3. (Hifil)
        1. luzir, brilhar (referindo-se ao sol, lua, e estrelas)
        2. iluminar, aclarar, fazer luzir, resplandecer
        3. pôr fogo a, acender (vela, lenha)
        4. brilhar (referindo-se aos olhos, à sua lei, etc.)
        5. fazer resplandecer (o rosto)

    כֵּן


    (H3651)
    kên (kane)

    03651 כן ken

    procedente de 3559; DITAT - 964a,964b adv

    1. assim, portanto, estão
      1. assim, então
      2. assim
      3. portanto
      4. assim...como (em conjunto com outro adv)
      5. então
      6. visto que (em expressão)
      7. (com prep)
        1. portanto, assim sendo (específico)
        2. até este ponto
        3. portanto, com base nisto (geral)
        4. depois
        5. neste caso adj
    2. reto, justo, honesto, verdadeiro, real
      1. reto, justo, honesto
      2. correto
      3. verdadeiro, autêntico
      4. verdade!, certo!, correto! (em confirmação)

    מָאֹור


    (H3974)
    mâʼôwr (maw-ore')

    03974 מאור ma’owr ou מאר ma’or também (no pl.) fem. מאורה m e’owraĥ ou מארה m eoraĥ

    procedente de 215; DITAT - 52f; n m

    1. luz, luminária

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    רָקִיעַ


    (H7549)
    râqîyaʻ (raw-kee'-ah)

    07549 רקיע raqiya ̀

    procedente de 7554; DITAT - 2217a; n. m.

    1. superfície estendida (sólida), expansão, firmamento
      1. expansão (plano como uma base, suporte)
      2. firmamento (referindo-se à redoma dos céus que sustenta as águas de cima)
        1. considerado pelos hebreus como sendo sólida e que dava sustentação às “águas” de cima

    אֶרֶץ


    (H776)
    ʼerets (eh'-rets)

    0776 ארץ ’erets

    de uma raiz não utilizada provavelmente significando ser firme; DITAT - 167; n f

    1. terra
      1. terra
        1. toda terra (em oposição a uma parte)
        2. terra (como o contrário de céu)
        3. terra (habitantes)
      2. terra
        1. país, território
        2. distrito, região
        3. território tribal
        4. porção de terra
        5. terra de Canaã, Israel
        6. habitantes da terra
        7. Sheol, terra sem retorno, mundo (subterrâneo)
        8. cidade (-estado)
      3. solo, superfície da terra
        1. chão
        2. solo
      4. (em expressões)
        1. o povo da terra
        2. espaço ou distância do país (em medida de distância)
        3. planície ou superfície plana
        4. terra dos viventes
        5. limite(s) da terra
      5. (quase totalmente fora de uso)
        1. terras, países
          1. freqüentemente em contraste com Canaã

    שָׁמַיִם


    (H8064)
    shâmayim (shaw-mah'-yim)

    08064 שמים shamayim dual de um singular não utilizado שׂמה shameh

    procedente de uma raiz não utilizada significando ser alto; DITAT - 2407a; n. m.

    1. céu, céus, firmamento
      1. céus visíveis, firmamento
        1. como a morada das estrelas
        2. como o universo visível, o firmamento, a atmosfera, etc.
      2. Céus (como a morada de Deus)