Enciclopédia de Gênesis 10:13-13
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Mapas Históricos
- Livros
- Locais
- Comentários Bíblicos
- Dicionário
- Strongs
Perícope
gn 10: 13
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | Mizraim gerou a Ludim, a Anamim, a Leabim, a Naftuim, |
ARC | E Mizraim gerou a Ludim, e a Anamim, e a Leabim, e a Naftuim, |
TB | Mizraim gerou a Ludim, Anamim, Leabim, Naftuim, |
HSB | וּמִצְרַ֡יִם יָלַ֞ד אֶת־ לוּדִ֧ים וְאֶת־ עֲנָמִ֛ים וְאֶת־ לְהָבִ֖ים וְאֶת־ נַפְתֻּחִֽים׃ |
BKJ | E Mizraim gerou Ludim, e Anamim, e Leabim, e Naftuim, |
LTT | E Mizraim gerou a Ludim, a Anamim, a Leabim, a Naftuim, |
BJ2 | Mesraim gerou os de Lud, de Anam, de Laab, de Naftu, |
VULG | At vero Mesraim genuit Ludim, et Anamim et Laabim, Nephthuim, |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 10:13
Referências Cruzadas
I Crônicas 1:11 | E Mizraim gerou os ludeus, e os anameus, e os leabeus, e os naftueus, |
Jeremias 46:9 | Avançai, ó cavalos, e estrondeai, ó carros, e saiam os valentes: os etíopes, e os de Pute, que tomam o escudo, e os lídios, que tomam e entesam o arco. |
Ezequiel 30:5 | Etiópia, e Pute, e Lude, e toda mistura de gente, e Cube, e os filhos da terra do concerto com eles cairão à espada. |
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
A TABELA DAS NAÇÕES
Gênesis 10 é às vezes chamado de "Tabela das Nações" e tem sido objeto de incontáveis estudos e comentários. Bem poucos textos do Antigo Testamento têm sido analisados de modo tão completo. Entretanto, continuam sem resposta perguntas importantes e variadas sobre sua estrutura, propósito e perspectiva. O que está claro é que a Tabela pode ser dividida em três secções: (1) os 14 descendentes de Jafé (v. 2-5); (2) os 30 descendentes de Cam (v. 6-20); (3) os 26 descendentes de Sem (v. 21-31). Cada secção termina com uma fórmula que é um sumário da narrativa precedente (v. 5b,20,31) em termos de famílias (genealogia/sociologia), línguas (linguística), terras (territórios/geografia) e nações (política). A tabela termina no versículo 32, que apresenta um sumário de todos os nomes da lista.
Existe, porém, um número imenso de maneiras de entender esses termos e interpretar o que as várias divisões representam. Por exemplo, as secções têm sido classificadas de acordo com:
- Biologia - O capítulo apresenta uma descrição verbal da árvore genealógica de Noé, talvez feita com base em tabelas genealógicas semelhantes, descobertas pela arqueologia, da Mesopotâmia.
- Clima - Os nomes dos filhos de Noé recebem significado relacionado ao clima. Por exemplo, Cam é interpretado como "quente", de modo que os camitas são classificados como aquelas nações que vivem mais perto da linha do equador.
- Apologética - O capítulo tem o propósito de demonstrar que os hebreus (eberitas) tinham conexões com as principais nações do mundo. • Etnologia - O capítulo apresenta um registro antropológico completo da humanidade.
- Matemática - A importância dos valores simbólicos de sete e dez é evidente em todo o Antigo Testamento De maneira que as "70" nacões dos descendentes de Noé representam a dispersão de toda a humanidade.
- Sociopolítica - As nacões são classificadas de acordo com seu grau de amizade ou animosidade para com os israelitas.
- Geografia - A Tabela descreve com palavras o conteúdo de um antigo mapa do mundo. Existe atestação de esforços para a confecção de mapas na Antiguidade, em data tão remota quanto o final do terceiro milênio a.C.
Também se deve destacar que os nomes de Gênesis 10 são apresentados de formas diferentes: o contexto pode ser de uma nação (e.g., Elão, v. 22), um povo (e.g. jebuseu, v. 16), um lugar (e.g., Assur, v. 22) ou até mesmo uma pessoa (e.g., Ninrode, v. 8,9). Deixar de levar em conta essa estrutura mista encontrada na Tabela tem levado a numerosas conclusões sem fundamento. Por exemplo, não se deve supor que todos os descendentes de qualquer um dos filhos de Noé vivessem no mesmo lugar, falassem a mesma língua ou mesmo pertencessem a uma raça específica. Uma rápida olhada no mapa mostra que a primeira dessas conclusões é indefensável.
Por exemplo, os descendentes de Cam residem na África, em Canaã, na Síria e na Mesopotâmia. Mas o texto também não pode ser interpretado apenas do ponto de vista linguístico: a língua elamita (Sem) não é uma língua semítica, ao passo que o cananeu (Cam) tem todas as características de um dialeto semítico. Em última instância, tentativas de remontar todas as línguas existentes a três matrizes malogram porque as formas escritas mais antigas são de natureza pictográfica, e tais formas simbólicas não contribuem para uma classificação linguística precisa. Além do mais, os antropólogos ainda não chegaram a um consenso sobre o que constitui uma definição correta de "raça", o que enfraquece ainda mais quaisquer conclusões sobre grupos raciais representados na Tabela.
OS 14 DESCENDENTES DE JAFÉ
- 1. GOMER. Fontes cuneiformes mencionam Gomer pelo nome gimirrai e fontes clássicas, pelo nome cimério, numa referência a um povo nômade que viveu no centro-norte da Turquia. Depois de serem derrotados pelos monarcas assírios Esar-Hadom e Assurbanipal, venceram Gugu/Gogue de Luddi (Giges da Lídia; cp. Ez
38: ) e colonizaram aquela região da Capadócia. De acordo com Heródoto,3 foram desalojados dali pelos citas e, por fim, estabeleceram-se na área em torno do lago Van. A inscrição trilíngue de Behistun identifica os gimirrai com os saka/citas," e Josefo afirma que os gregos se referiam aos descendentes de Gomer como gálatas.2 - 2. MAGOGUE. Ezequiel
38: associa Magogue a Tubal e a Meseque, e Ezequiel2 38: o associa a Gomer e a Togarma. Com base em outras considerações, todos eles devem ser situados no centro ou no oeste da Turquia. Josefo identificou Magogue com os citas (povo que, conforme se sabe, viveu nas vizinhanças do mar Negro). Algumas vezes o nome Magogue da Bíblia é explicado como derivado da expressão acádica má(t) gog(i), "terra de Gogue", cujo exército invasor é citado pelo profeta Ezequiel (38.14-23) como ameaça ao povo de Israel.6 - 3. MADAI. Tanto aqui quanto em outras passagens do Antigo Testamento (2Rs
17: .11; Is6-18 13: .2; Jг 25.25; 51.11,28), Madai se refere aos medos, um povo indo-europeu que, no século 8 a.C., conquistou a maior parte do atual Irã, construindo sua capital em Ecbátana.17-21
Participaram da derrubada do Império Assírio no final do século 7 a.C. o que lhes permitiu expandir seu reino para o oeste - 4. JAvA. Esse nome ocorre com frequência em textos acádicos do século 8 a.C. em diante, como designação dos gregos jônicos do litoral ocidental da Ásia Menor:3 Textos biblicos também associam Java a Elisá/Chipre e o vinculam a ilhas ou a comércio no mar Mediterrâneo (Is
66: ; Ez19 27: ; I1 3.6). No período que se segue imediatamente Alexandre, o Grande, e suas realizações, Java passou a designar toda a Grécia, tanto na literatura secular quanto na bíblica13 - 5. TUBAL. O povo tubal, ou tabali, estava ligado à Anatólia, nas proximidades da moderna Cesareia (Mazaca). Quando ocorre em textos do Antigo Testamento, Tubal normalmente aparece listado junto com Meseque (Ez
27: .2; 39.1). Isso também é válido para Heródoto, que menciona os dois nomes como parte da 19.° satrapia da Pérsia.13-38 - 6. MESEQUE. Conhecido em textos acádicos do primeiro milênio a.C.36 como mushki/mushkaya, é um povo localizado no leste da Ásia Menor, numa área que, mais tarde, ficou conhecida como Frígia. Heródoto situou o povo meseque no leste da Ásia Menor e Josefo o identificou com os capadócios. Outros defendem que há uma ligação com o povo más (número 9, adiante, na lista dos descendentes de Sem) e possivelmente com os masha. um dos povos do mar mencionados na epoca de Ramsés III e, anteriormente, em textos hititas. Ao que parece, os masha também eram nativos do leste da Asia Menor.
- 7. TIRAs. Um dos povos do mar que se uniram aos líbios pala lutar contra o farao Merneptan em seu quinto ano de reinado foi o povo tursha. Uma vez que é quase certo que os povos do mar tiveram origem na região egeia e que, conforme se sabe por outras fontes, outros da linhagem de Jafé procedem do centro ou do oeste da Turquia, tem sido bastante comum identificar tiras com os tursha, uma identificação que tanto é possível do ponto de vista etimológico quanto plausível do ponto de vista histórico. Baseados numa razoável proximidade espacial e temporal, alguns estudiosos também procuram identificar os tursha - e, por conseguinte, os tiras - com os (e) truscos, que viveram na região da Lídia até aproximadamente o século 9 a.C.
- 8. ASQUENAZ. Várias fontes situam Asquenaz numa região ao norte da Mesopotâmia. Além das citações em Gênesis
10: Crônicas 1, a única outra referência bíblica a Asquenaz aparece em Jeremias1 51: , em que os exércitos de Ararate, Mini e Asquenaz se unem para guerrear contra a Babilônia. Está bem comprovada a localização de Ararate (Urartu) ao norte do lago Van e, com base em confirmação por fontes elamitas, babilônicas e assírias, deve-se situar o reino de Mini/Mannai nas vizinhanças do lago Urmia.27 - 9. RIFATE. Esse é um local incerto. Josefo identifica os rifateus com os paflagoneus, um povo que ocupou um território entre a margem sul do mar Negro e a província da Bitínia. A proximidade no texto bíblico de Rifate com os povos mais conhecidos de Gomer, Asquenaz e Togarma pode levar a conclusão parecida.
- 10. TOGARMA. No oráculo em que Ezequiel descreve os aliados de Gogue/Gyges (Ez 38), Bete-Togarma ("a casa/ dinastia de Togarma") é relacionada junto com Meseque, Tubal e Gomer (v. 3-6; Gn
10: ; Ez2-3 27: ), o que indica uma localização no norte. O versículo 6 confirma isso, quando, de modo ainda mais específico, diz que Bete-Togarma está localizada "no extremo norte".12-13 - 11. ELISÁ. Não há dúvida de que esse nome se refere à ilha de Chipre. O nome Alashiya é com frequência atestado na literatura antiga, aí incluídas a hitita, a acádica, a semítica ocidental, a ugarítica e a egípcia.
- 12. TáRSIs. Társis refere-se à região litorânea do sul da Espanha.
- 13. QUITIM. Kittim é a grafia hebraica do grego Kition, uma cidade fenícia bem atestada, localizada em Chipre, perto do litoral sudeste, logo ao sul de Larnaca.* Em alguns textos bíblicos, Quitim está associada a navios (Nm
24: ; Dn24 11: ) ou a regiões litorâneas (Jr30 2: ; Ez10 27: ). Tanto Quitim quanto Elisá aparecem na Tabela, assim como aparecem em textos ugaríticos e fenícios. É bem provável que Elisá representasse a ilha de Chipre como um todo, ao passo que Quitim designasse apenas a cidade de Kítion e a área imediatamente ao redor. No entanto, em alguns de seus usos posteriores, o nome Quitim passou por uma certa evolução.6 - 14. RODANIM. Em Gênesis, está escrito "Dodanim" e, em 1Crônicas, "Rodanim". O Pentateuco Samaritano traz "Rodanim" em Gênesis, e a LXX e alguns manuscritos hebraicos trazem Rodanim" tanto em Gênesis quanto em Crônicas. Por isso, a maioria dos comentaristas tem adotado a forma "Rodanim" e aqui é empregada para designar a ilha de Rodes. Às vezes é considerada a leitura "Dodanim" como referência ao povo danunim, que, na Antiguidade, residiu ao norte de Tiro, no litoral da Síria. Entretanto, uma posição alternativa mais plausível identifica "Dodanim" com os residentes de Dodona, lugar renomado de um antigo oráculo de Zeus no oeste da Grécia.
OS 30 DESCENDENTES DE CAM
- 1. CUXE. A terra de Cuxe fica ao sul do Egito (Ez. 29.10), Nilo acima, depois da primeira catarata, numa região que, na Antiguidade, também era conhecida como Núbia.*7 Frequentemente tanto a LXX (e.g., Is
11: .11-18
1) quanto escritores classicos traduzem Cuxe por Etiopia. - 2. SEBA. Há incertezas quanto a Seba. Nos poucos textos bíblicos em que o nome aparece, Seba está associado ao Egito e à Etiópia/Cuxe (e.g., Is
43: .14), o que aponta para uma localização na África. No primeiro desses textos, a LXX lê Seba como Soene (Assua), o que também aponta para um lugar na África, para o sul do Egito e provavelmente não muito longe de Cuxe. Por isso, é improvável que se possa confundir Seba, filho de Cuxe (Gn3-45 10: a; 1Cr7 1: a), com Sabá, filho de Raamá (Gn9 10: b; 1Cr7 1: b). Salmos9 72: faz clara distinção entre as duas entidades e, ao contrário de Seba, Sabá é sempre situado na Arábia, não na África (v. Sabá (número 7] abaixo). Josefo situou Seba ao longo do Nilo, na cidade de Meroe, entre a quinta e a sexta cataratas. Estrabão posicionou o lugar bem mais a leste, junto ao litoral do mar Vermelho, uma localização que também tem o apoio de estudiosos modernos.10 - 3. HAVILá. Também há incertezas quanto a Havilá. Fora da genealogia camita, Havilá aparece apenas em Gênesis
2: .18 e I Samuel11-25 15: . Nos dois últimos textos, Havila está associada a "Sur, que fica a leste do Egito" Se esse detalhe se aplica tanto a Havilá quanto a Sur, então Havila deve ser localizada em algum lugar da península Arábica, provavelmente ao longo de seu perímetro ocidental, mas a sintaxe do texto hebraico é ambígua. Pelo menos um estudioso procurou Havilá no leste da península Arábica.7 - 4. SABIA. Embora Josefo tenha situado Sabtá junto ao Nilo, nas vizinhanças de Meroe, hoje a opinião mais comum é que o termo designa a Shabwat de inscrições sabeias e a Sabatah de textos gregos.S Nesse caso, Sabtá seria Sabota, a capital da moderna Hadramaute, que Estrabão identificou como um lugar de mirra.
- 5. RAAMA. A localização de Raamá e até mesmo esse nome são incertos." O nome pode estar associado à cidade de Ragmatum, que, com base em textos escritos em antigo árabe do sul e em um texto minaeano, sabe-se que se situava no oásis Nejrán, no extremo sudoeste da Arábia Saudita, logo ao norte de sua fronteira com o lêmen. Ragmatum foi um posto importante ao longo da rota de incenso, entre o interior do lêmen e o mar Mediterrâneo. Outros estudiosos procuram identificar Raamá com o topônimo Rim, que, com base em uma inscrição minaeana, é sabido que estava localizado na região de Ma'in, no norte do lêmen, não muito distante do oásis Neirán. Tal localização de Raamá torna quase certo que não se deve relacionar o nome com a cidade de Rhegama, situada no extremo leste da Arábia Saudita, no golfo Pérsico.
- 6. SABTECÁ. Esse local é desconhecido Com base na tradução de Sabtecá pela LXX (Sabathaka), têm sido propostos vários lugares situados em antigas rotas comerciais na moderna Hadramaute, inclusive Shabaka e Shubaika.
- 7. SABÁ. Referências bíblicas a Sabá ressaltam sua fama como centro comercial que utilizava camelos (Is
60: ) e exportava produtos como ouro, especiarias, incenso e pedras preciosas (SI 72.15; Is6 60: ; Jr6 6: ; Ez20 27: ). Alguns desses mesmos produtos foram levados pela rainha de Sabá, quando ela visitou Salomão em Jerusalém (1Rs22 10: ; 2Cr1-13 9: ). Já à época de Estrabão tinha-se conhecimento de que o centro do famoso Reino Sabeu ficava em Marib, no leste do lêmen, e é aí que se deve situar Sabá.5 Por isso, a Seba camita não deve ser confundida com Sabá.1-12 - 8. DEDA. Textos bíblicos indicam que Deda estava situado perto da fronteira de Edom (Ez
25: ; cp. Jr13 49: , que menciona que gente da vizinha Deda estava vivendo em Edom). À semelhança de Sabá, na Bíblia o local de Dedã estava intimamente ligado a caravanas e ao comércio (Is8 21: ; Ez13 27: ; 38.13). É segura a localização de Deda no oásis de al-Ula, no oeste do deserto da Arábia, na principal rota comercial que vai do lêmen e Meca, ao norte, a Ama e Jerusalém, cerca de 280 quilômetros a nor-noroeste de Medina.58 Observa-se de novo a íntima ligação entre vários descendentes de Cam e as principais rotas comerciais que atravessam o deserto da Arábia.15-5720 - 9. NINRODE. De acordo com a Bíblia, Ninrode foi um rei extraordinário que reinou na terra de Sinar (Suméria e Babilônia)59 sobre as cidades de Babel (Babilônia), Ereque (Uruk) e Acade. Dali viajou para a Assíria e construiu Nínive, Reobote-Ir (talvez um subúrbio ou um quarteirão de Nínive), Calá (Ninrude) e Résem(talvez um sistema de irrigação ou uma fonte de água para Nínive).
Ninrode tem sido identificado com várias personagens e heróis da Antiguidade, inclusive Sargão, o Grande, Naram-Sin (neto belicoso de Sargão), Tukulti-Ninurta I (monarca assírio que conseguiu conquistar Babilônia e levar consigo a estátua de Marduque), Amenhotep III ou Gilgamesh (um caçador astuto na literatura suméria). - 10. MIZRAIM. Mizraim designa a terra do Egito. A palavra "Egito" nunca aparece no Antigo Testamento hebraico, mas é de origem grega. Como em outras literaturas antigas, a nação era comumente chamada de Mizri/ Musris Os egípcios chamavam seu país de "terra preta" (uma referência ao solo aluvial escuro depositado pelo Nilo) ou então de "as duas terras" (devido à dualidade geográfica do Alto Egito e do Baixo Egito).
- 11. LUDIM. O nome Ludim está envolvo em incertezas. A genealogia de Cam inclui um povo conhecido como Ludim (Gn
10: Cr 1,11) e, entre os descendentes de Sem, há um Lude (Gn13-1 10: Cr 1.17 [a terminação -im é um indicador de plural]). De forma semelhante, alguns textos proféticos fazem referência a Lud(im) no contexto de oráculos contra o Egito, nos quais Lud(im) está claramente associado a outros lugares que ficavam no norte da África (Jr22-1 46: ; Ez9 30: ). Outro texto relaciona o termo às ilhas do mundo mediterrâneo e a regiões adiacentes (Is5 66: ).63 Em Ezequiel19 27: , a referência é geograficamente ambígua e pode indicar um lugar tanto na África quanto no Mediterrâneo. Diante disso, é preferível situar Ludim em algum lugar no norte da África, perto de outros descendentes de Mizraim, e fazer distinção entre os ludim camitas e os lude/lídios semitas (v. adiante o quarto na lista dos descendentes de Sem).10 - 12. AnAmIM. Parece que essa é uma entidade desconhecida em outros contextos. Devido ao fato de a Tabela associá-la a outros povos, tais como o patrusim e o caftorim, sugeriu-se que ananim seria um povo das vizinhancas de Cirene, no norte da África, local que, da mesma forma, pode muito bem ser a pátria de outros descendentes de Mizraim.
- 13. LEABIM. Esse nome ocorre apenas na Tabela e na genealogia sinótica de 1Crônicas 1. É razoável considerar Leabim como grafia alternativa de Lubim, referindo-se ao povo que costumeiramente é identificado com os antigos líbios.
- 14. NAFTUIM. Esse é um nome envolto em incertezas. Como a Tabela posiciona o povo naftuim entre o leabim (líbios) e o patrusim (povo de Patros, no Alto Egito), a tendência dos estudiosos tem sido situar o povo naftuim nas vizinhanças do delta egípcio (parte do Baixo Egito).
- 15. PATRUSIM. Textos bíblicos colocam Patros/Patrusim explicitamente "na terra do Egito" (Jr
44: ; cp. Ez1-15 29: .14), de modo que não pode haver nenhuma dúvida de que este é o equivalente, em hebraico, do nome egípcio do distrito administrativo do Alto Egito, isto é, no sul do Egito (Paturisi significa "aqueles da terra do sul".)14-30 - 16. CAsLUIm. Esse é um nome envolvido em muita incerteza.
É possível que tenha existido uma relação entre os casluins e os filisteus. Como o nome não aparece em nenhum outro texto e como a LXX traduz a palavra como "Chasmoniem", alguns estudiosos especulam que o termo designa os nasamoneus, um grupo de líbios nômades que vivia perto do litoral do norte da África, nas vizinhanças do golfo de Sidra, hoje conhecido como Grande Sirte.
Por várias razões, é muito improvável a sugestão de que os casluins teriam alguma relação com os tjekker, um dos povos do mar que atacaram o Egito na época de Ramsés III. - 17. CAFTOrIM. Durante pelo menos 30 anos, a identidade de Caftor/Caftorim foi obieto de intensos debates e hoje é amplamente aceito que o termo designa a ilha de Creta.
- 18. PUTE. No Antigo Testamento, Pute aparece com frequência associado a outros lugares da África (Jr
46: ; Ez9 30: ; Na 3.9), e a palavra é traduzida como libyes (Líbia) em todas as passagens não genealógicas da IXX (não está claro se o termo corresponde a Pute ou a Ludim). Por isso, com quase toda certeza Pute é uma área a oeste do delta do Nilo, na região leste da moderna Líbia. Não se deve confundir Pute com o Punt de textos egípcios, que ficava situado ao sul do Egito, na costa oeste do mar Vermelho.5 - 19. CANAÃ. Cana designa a terra e uma das nações que viviam a oeste do rio Jordão (Nm
13: ; Dt29 11: ). Quando Israel estava na iminência de atravessar o lordão e assentar em Canaã, a terra estava ocupada pelos cananeus, hititas, heveus, perizeus, girgaseus, amorreus e jebuseus (Js29-30 3: ; cp. Dt10 7: ; At1 13: ). Todos esses grupos estão relacionados na Tabela das Nações (tanto a antiguidade quanto a atestação do nome Canaã, bem como as fronteiras, são tratadas no capítulo 1).19 - 20. SIDOM. Sidom era uma grande cidade da antiga Fenícia, localizada no litoral mediterrâneo, cerca de 40 quilômetros ao norte de Tiro. 21. HETE. Determinadas pessoas do Antigo Testamento são descritas como "filhos de Hete" (Gn
23: ) "filhas de Hete" (Gn5 27: ) e "hititas/heteus (Gn46 23: b). Parece que viveram numa área daquilo que mais tarde se tornaria o território de Judá, nas vizinhanças de Hebrom (Gn 23; cp. Gn10 49: ; 50.13). O Antigo Testamento e textos cuneiformes também atestam a existência de uma entidade geográfica/étnica na Alta Siria, no norte de Damasco, conhecida como hititas/Hatti, um grupo de cidades-estado que existiram durante a primeira metade do primeiro milênio a.C. E improvável que esses reinos "neohititas", conforme são conhecidos na literatura atual, tivessem alguma relação biológica com os "filhos de Hete", É mais seguro dizer que os filhos de Hete não devem, de modo algum, ser associados ao bem conhecido grupo étnico indo-europeu que, no segundo milênio a.C., criou o 'Império Hitita" na Ásia Menor, o qual continuou existindo até sua derrocada, por volta de 1200 a.C.29-30 - 22. JEBUSEUS. Incluídos entre as "sete nações" de Canaã (Dt7.1), no período anterior à monarquia, os jebuseus • viviam na região montanhosa de Canaá (Nm
13: ), mais especificamente na região em torno de Jerusalém (que, naquela época, era conhecida pelo nome de Jebus). Davi tomou a cidade da mão dos jebuseus e a fez capital da região que governava (2Sm29 5: ).6-10 - 23. AMORREUS. Os amorreus/amurru são um povo bem conhecido a partir de textos acádicos, entre o final do terceiro milênio a.C. e o período neoassírio. A palavra suméria equivalente a Amurru (mar.tu) é vista na borda superior de um mapa cuneiforme, encontrado em Nuzi e datado de cerca de 2300 a.C., onde representa claramente um dos pontos cardeais: "vento do oeste". Por isso, da perspectiva mesopotâmica, os amorreus são "ocidentais". A literatura tende a situar grupos de amorreus/ Amurru por todo o Levante - Síria, Líbano e Canaã. No Antigo Testamento, parece que o termo tem uso ambíguo, assinalando aqueles que viviam na região montanhosa (Nm
13: ; Is29 10: ), mas também retratando reis/reinos na Transjordânia (Dt5-6 4: , em Hesbom; 4.47, em Basa; cp. 31.4; v. também Nm46 21: , no rio Arnom; Jz13 10: , em Gileade).8 - 24. GIRGASEUS. Quanto aos girgaseus, cujo nome aparece no Antigo Testamento apenas na relação das "sete nações" da população pré-israelita de Canaã, pode-se estabelecer apenas uma localização bem genérica. Uma ideia razoavelmente plausível, proposta por certos estudiosos, é que o nome pode estar relacionado com os gergasenos/ gerasenos/gadarenos (Mt
8: ; Mc 511), embora utilizar um texto tão tardio quanto o do período grego para identificar o lugar de um nome do Antigo Testamento seja um procedimento metodologicamente duvidoso.28 - 25. HEVEUS. Os heveus são outra das "sete nações" da população pré-israelita de Canaã, mas nos textos bíblicos que mencionam esse povo não é possível descobrir nada mais certo ou específico. No Antigo Testamento, os heveus podem ser relacionados a Gibeão (Js
11: ), a Siquém (Gn19 34: ) ou à área adjacente ao monte Hermom (Js2 11: ; Jz3 3: ). Uns poucos estudiosos identificam os heveus com os horeus, presumivelmente os hurrianos, que, conforme sabemos, existiram no segundo milênio a.C., no norte da Mesopotâmia e mesmo mais a oeste e ao sul. Uma associação direta entre os heveus e os ammia (no Líbano, presumivelmente perto da cidade de Biblos) é uma possibilidade, mas, com base na evidência disponível, tal associação é frágil. Contudo, à luz de outros nomes que, de acordo com a Tabela, também descenderam de Canaã - sidônios, arqueus, sineus, arvadeus, zemareus e hamateus - não se pode desconsiderar de todo essa possibilidade.3 - 26. ArQUEUS. Desde a época de Josefo, estudiosos têm associado os arqueus ao lugar denominado l/Argata,69 uma cidade litorânea no Líbano, localizada a cerca de 20 quilômetros a nordeste de Trípoli.
- 27. SINEUS. Os sineus devem ser associados a Siyannu, uma cidade-estado mencionada na literatura de Ugarit e Assíria. Sivannu era situada no litoral da Síria, entre Ugarit e Arvade.
- 28. ARVADEUS. Os arvadeus correspondem a uma antiga entidade conhecida como Arvade, a cidade mais setentrional da Fenícia. Parece que, entre os descendentes de Canaã relacionados na Tabela, Arvade foi o que ficou mais ao norte. Seu nome está preservado até hoje em Ruad ilhota localizada junto à costa do Mediterráneo e cerca de 90 quilômetros ao norte de Biblos.
- 29. ZEMAREUS. A literatura antiga está repleta de referências a Sumra/Sumur/Simirra, um lugar que tem de estar situado ao sul de Arvade e perto do litoral mediterrâneo?" Os zemareus da Bíblia devem ter relação com esse lugar. A literatura clássica menciona um lugar com o nome de Simvra, situado em T. Kazel, logo ao norte do rio Eleuteros (n. el-Kabir), que fica junto à moderna fronteira da Síria com o Líbano. Esse lugar serve mais ou menos de fronteira bíblica para Canaã.
- 30. HAMATEUS. Os hamateus são, com frequência, associados à cidade atestada de Hamate, situada junto ao rio Orontes, a moderna Hama, cerca de 170 quilômetros ao norte de Damasco.
OS 26 DESCENDENTES DE SEM
- 1. ELÃO. O território do famoso reino de Elão, que teve Susã como capital, ficava a leste da Mesopotâmia meridional e próximo do golfo Pérsico. O nome é conhecido em textos já do terceiro milênio a.C. e é regularmente atestado em textos posteriores, até o período neobabilônico.
- 2. AssUR. O nome do território de Assur provém de sua primeira capital.
- 3. ARFAXADE. Esse é um nome envolvido em incerteza e sobre ele há várias formas de especulação. Josefo associou Arfaxade aos caldeus, uma identificação que, mais tarde, outros aceitaram," pelo fato de as últimas três letras da palavra hebraica também poderem significar caldeus e pelo fato de que, do contrário, a Caldeia estaria fora da Tabela.
Outro ponto de vista identifica o nome com a Babilônia. Ainda com base na similaridade sonora, Arfaxade também foi relacionado ao lugar frequentemente atestado de Arrafa (Kirkuk) 76 situado perto da antiga Nuzi. - 4. LUDE. À época de Josefo, os ludins já eram associados aos lídios da Ásia Menor. Conforme mostrado anteriormente, é muito improvável que se deva identificar o povo camita "ludim" com o "Lude" semita, estando este último localizado no norte da África. O nome Lud(u) ocorre em textos acádicos, em que as referências são claramente a uma região da Ásia Menor," e não existe nenhuma razão convincente para rejeitar esse ponto de vista. Assim mesmo, como tal localização colocaria Lude numa distância muito grande de outros povos semitas da Tabela, alguns procuram alternativas geograficamente mais próximas da Mesopotâmia
- 5. ARA. Esse nome na Tabela se refere aos arameus e sua terra, que se estendia de Damasco até o território logo a leste do alto Eufrates. Parece que patriarcas bíblicos tiveram íntima relação com os arameus, em particular com aqueles que viveram entre os rios Eufrates e Habur, numa área conhecida, no Antigo Testamento, pelo nome de Ará Naaraim (Gn
24: ; cp. Gn10 25: ; e v. Dt20 26: ). A área de Ara também se tornou conhecida como "Assíria'", perto de meados do primeiro milênio a.C. um nome que os gregos encurtaram para Síria.5 - 6. Uz. Esse é um nome envolto em incerteza, pois citações bíblicas de Uz estão misturadas geograficamente, mesmo quando se supõe que todas fazem referência à mesma entidade. Por exemplo, Lamentações 4.21 associa Uz a Edom (cp. Gn
36: ), o que tem levado alguns estudiosos a procurar o lugar ou o povo mais ao sul, na direção da terra de Edom. Por outro lado, Gênesis28 22: associa Uz a Naor e Arão, o que sugere um lugar mais ao norte. Josefo situou Uz na região de Traconites e Damasco.21 - 7. HUL. Esse é um nome basicamente desconhecido. Como, na Tabela, o nome Hul vem logo após os de Ara e UZ, pode-se conjecturar que seu lugar deve ser em algum ponto dentro de Ará ou da área sob sua influência. Josefo situou Hul na Armênia, o que, ao se considerar Ará e seus descendentes, parece geograficamente deslocado.
- 8. GETER. Esse é um nome desconhecido. Aqui também, levando em conta sua menção entre os descendentes de Ara, pode-se conjecturar um lugar próximo de Ará ou da área sob sua influência. Nesse aspecto, foi sugerido que seria uma referência à terra de Gesur.
- 9. MáS. Apesar de muita especulação, é outro nome que continua desconhecido.
- 10. SELÁ. Mais um nome desconhecido. Não se deve tentar associar esse nome da Tabela com o terceiro filho de Judá (Gn
38: .12; Nm5-46 26: ), pois, no hebraico, a letra final das duas palavras é diferente. Só por coincidência é que seus nomes têm a mesma grafia em português.20 - 11. ÉBER. Cognato da palavra "hebreu", é plausível que esse nome tenha relação com os eberitas (os hebreus), o que sugere uma relação étnica com os antepassados dos israelitas. Essa interpretação fortalece a ideia de que se deve situar Éber mais ou menos na mesma área dos parentes mais próximos dos patriarcas: Naor, Harrã e Pada-Arã. Por outro lado, essa raiz ocorre em acádico, em que tem o sentido de "atravessar água". Essa palavra pode ocorrer também numa expressão (eber nari) que designa uma região oficial da Alta Síria, conhecida como "Além [a oeste] do Rio (Eufrates]". Em qualquer uma dessas sugestões, a localização de Éber seria bem próxima do alto Eufrates.
- 12. PELEGUE. Esse também é um nome envolto em incerteza. Há um texto que chega a se referir a um povo palga, que viveu próximo do rio Habur, na Alta Mesopotâmia, uma localização bem compatível com o lugar de Eber. Geógrafos posteriores referem-se a uma localidade, Phaliga, nesse mesmo lugar. Por sua vez, mais tarde, textos babilônicos fazem referência à cidade de Palkatta Faluja, uma cidade junto ao Eufrates, no sul do Iraque), mas ela parece ficar longe demais, no sul, para ser relevante aqui.
- 13. JOCTA. Mais uma vez a incerteza prevalece. Jocta é apresentado como pai dos 13 grupos restantes da Tabela, alguns dos quais, acredita-se, localizavam-se no sul da península Arábica e ajudaram na determinação de etimologias árabes. Nenhum deles está claramente situado em outro contexto geográfico. Por isso, a especulação tende a se concentrar na moderna Arábia Saudita.
- 14. AlMODÁ. Esse nome resiste a classificação, pois não aparece fora da Bíblia. Talvez deva ser entendido como "Al-moded", uma referência acádica a um indivíduo identificado como "o amado".
- 15. SELEFE. O equivalente desse nome ocorre em vários textos da Antiguidade, mas com diversas localizações possíveis, incluindo a cidade conhecida como Shalab/pi no sul da Mesopotâmia e no nordeste da península Arábica, onde parece que a tribo salapeni viveu. Mais promissoras são as referências, em inscrições sabeias e em tratados geográficos árabes, a uma tribo ou tribos do sul da Arábia denominadas al-Salif e al-Sulaf, localizadas no quadrante sul da península Arábica, no moderno Iêmen.
- 16. HAZARMAVÉ. Deve-se identificar este descendente de Joctà com a moderna Hadramaute, região produtora de olíbano situada ao longo do litoral árabe, dentro do sul do lêmen.
- 17. JERÁ. Uma cidade denominada l/larih existiu perto da confluência dos rios Eufrates e Balih. No entanto, tal localizacão não está de conformidade com a dos outros descendentes de loctã. Como Jerá é palavra cognata de uma palavra semita bem comum que designa "lua",8 é provável que, de alguma maneira, deva-se relacionar era com o culto à Lua, que, na Antiguidade, era onipresente nas regiões central e sul da península Arábica. Sua exata localização é desconhecida.
- 18. HADORÃO. Esse é um nome envolvo em incerteza.
Tenta-se identificar esse nome com um nome parecido (Dauram), encontrado em várias inscrições sabeias e normalmente situado no centro-oeste do Iêmen, perto de sua capital, San'a. A localização está bem de conformidade com outros descendentes conhecidos de loctá. - 19. UZAL. O nome Uzal é bem comum em textos em árabe do sul, nos quais se informa que esse foi o nome original de San'a, a capital do Iêmen de hoje. É a localização mais provável da Uzal bíblica. Outras possibilidades incluem um local/região conhecido como Izalla (talvez o monte Izalla [mons Izalla],% entre o triângulo do Habur e o alto rio Tigre [a moderna serra de Tur Abdin]). Ezequiel
27: indica Uzal como fonte de vinho fino, o que favorece o local conhecido como Tur Abdin ou algum lugar nas montanhas do Líbano. No entanto, nenhuma dessas localidades está em consonância com o que se sabe sobre os descendentes de Jocta.19 - 20. DICLA. Esse é um nome desconhecido. Em hebraico, o nome significa "tamareira" e, por isso, pode-se considerar candidato qualquer lugar que se destacava por esse produto.
- 21. OBAL. Com quase toda certeza, esse nome corresponde a Ubal, um lugar no oeste do lêmen, entre Hodeida, no litoral do mar Vermelho, e San'a, a capital do país.
Mais de uma tribo/clã com esse nome é encontrada em inscrições sabeias. - 22. ABIMAEL. Nome envolto em incerteza. Ouer o nome signifique "meu pai é verdadeiramente Deus", quer signifique "Pai é Deus", nada se sabe que permita identificar esse lugar.
- 23. SABÁ. Veja acima comentários sobre o Sabá camita, que é impossível distinguir de seu homônimo.
- 24. OFIR. Para ler uma análise desse nome, consulte o comentário junto do mapa.
25. HAVILÁ. Veja acima comentários sobre o Havilá camita, que é impossível de distinguir de seu homônimo. - 26. JOBABE. A localização desse item continua sendo obieto de debate. Tem-se alegado que se deve associar Jobabe a uma tribo sabeia de nome parecido, situada perto de Meca, no oeste da península Arábica. Um grupo conhecido como iobaritae, situado no canto sudeste da península Arábica (moderno Omã), também tem servido de base para especulação, mas geograficamente é menos provável.
![A Tabela das nações A Tabela das nações](/uploads/appendix/1668098170-a1.png)
JARDIM DO ÉDEN
Deus criou, para o primeiro casal, um lugar para morar, um lugar em que havia árvores, rios e animais, um lugar que veio a ser conhecido como "Éden" (GnO verbo do qual deriva a palavra "Éden" sempre aparece com sentido ambíguo no Antigo Testamento. Outros substantivos homônimos de Éden chegam a ocorrer no Antigo Testamento, estando relacionados com: (1) o nome de alguém (2Cr
No caso de "Éden", um cognato (edinu) aparece em acádico/ sumério, designando uma planície ou estepe presumivelmente situada em algum lugar da Mesopotâmia. Em ugarítico e, mais recentemente, em aramaico, uma palavra semelhante ('dn) parece denotar um lugar fértil e bem irrigado. Felizmente a citação em acádico aparece em um texto léxico ao lado de seu equivalente sumério e a atestação em aramaico se encontra num texto bilíngue aramaico e acádico, em que a palavra correspondente no lado em acádico também denota um sentido de abundância ou profusão. Com isso, a interpretação mais comum desses dados é que eles sugerem que o Éden deveria estar situado numa área relativamente fértil da estepe da Mesopotâmia ou perto dela.
A interpretação costumeira é que o relato bíblico está escrito da perspectiva de Canaã. Desse modo, a localização do Éden para o lado do oriente (Gn
Tentativas fantasiosas de situar o Éden na Etiópia, Austrália, Índia, Paquistão, Egito, Alemanha, Suécia, Mongólia, Américas, África, ilhas Seicheles, Extremo Oriente, oceano Índico, linha do equador, Polo Norte ou qualquer outro lugar não merecem atenção. Nem são mais plausíveis aqueles esforços de interpretação segundo a qual a narrativa apresenta quatro rios que, na Antiguidade, acreditava-se que circundavam o globo. Tal hipótese pressupõe que a passagem tem natureza lendária e/ou que o escritor bíblico não conhecia seu mundo. Nossa observação inicial também não concorda com uma interpretação alegórica existente na igreja antiga (e.g., Orígenes) de que o Éden era um paraíso da alma. Essa interpretação associa os quatro rios às virtudes da prudência, coragem, justiça e domínio próprio, criando um paraíso de perfeição divina - mas um paraíso que está além das esferas geográfica e histórica.
Contudo, mesmo depois de aceitar um contexto mesopotâmico para o jardim, a identificação dos dois primeiros rios - Pisom e Giom - continua sendo problemática. Com exceção de umas poucas referências incidentais em escritos judaicos posteriores, esses dois rios não são atestados em nenhum outro texto antigo. Seus nomes não têm nenhuma semelhança com quaisquer nomes pelos quais os rios daquela região são conhecidos hoje em dia, e as próprias palavras sugerem que poderiam ser descrição do movimento do rio e não o seu nome (pisom significa "descer em cascata/jorrar'", e giom significa "borbulhar/permear").
Apesar disso, já desde o primeiro século d.C. tem sido costumeiro identificar o Pisom com o rio Ganges e o Giom com o Nilo, embora correspondências alternativas para o Pisom incluam os rios 1ndo e Danúbio e uma alternativa para o Giom seria a fonte de Giom, em Jerusalém. Jerônimo deve receber o crédito de ter introduzido na tradição cristã a identificação dos quatro rios como o Tigre, o Eufrates, o Ganges e o Nilo. Também são inúteis as tentativas de identificar o Pisom e o Giom com base em suas supostas relações com os descendentes de Havilá e Cuxe (Gn
A menção a ouro e bdélio em Havilá (Gn
O mapa mostra uma área setentrional (urartiana) e uma meridional (suméria), nas quais é possível que o jardim estivesse localizado. Pode-se apresentar um argumento bem convincente em favor de cada um desses pontos de vista. O ponto de vista urartiano busca apoio em Gênesis
Aproximadamente na mesma região ficam as nascentes dos rios Araxes e Choruk. Com frequência, defensores de uma hipótese setentrional identificam esses rios com o Pisom e o Giom.
Proponentes do ponto de vista sumério buscam apoio em Gênesis
Caso a palavra traduzida por "ônix" de fato se referisse ao lápis-lazúli, o ponto de vista sumério ganharia grande reforço, visto que, na Antiguidade, só existia uma fonte conhecida desse mineral - o Afeganistão. O lápis-lazúli era levado para a Mesopotâmia por vias de transporte que começavam no sul, mas aparentemente não pelas que partiam do norte. Textos acádicos mencionam o "rio de lápis-lazúli, que é identificado com o rio Kerkha ou o rio Karun, ou um trecho do baixo Tigre, logo acima de sua confluência com o Eufrates. No entanto, a expressão nunca é empregada para um rio do centro ou do norte da Mesopotâmia. Por esse motivo, alguns estudiosos propõem uma localizacão suméria para o rio Pisom e, nesse cenário, o candidato mais provável ao Giom é ou o rio Karun, ou o rio Kerkha, ou o uádi al-Batin (que, conforme se sabe, foi um rio verdadeiro que atravessava o deserto da Arábia e desaguava no curso de água Shatt el-Arab, logo ao norte do golfo Pérsico). No século 16. João Calvino introduziu, na teologia cristã, uma modificação do ponto de vista sumério, embora em grande parte sua exegese tenha sido emprestada de Agostinho Steuco, estudioso do Antigo Testamento que, à época, também era o bibliotecário do papa.7 Steuco afirmava que "quatro fontes/bracos" (Gn
Uma advertência extra é necessária. Ao descrever acontecimentos mais antigos da Bíblia, alguns atlas bíblicos20 e outras fontes cartográficas? fazem referência a uma "antiga costa litorânea" que se estendia por cerca de 200 quilômetros para o norte do golfo Pérsico e chegava até Ur, desse modo inundando (e na prática eliminando) a denominada localização suméria do Éden. Com base em investigações científicas publicadas por volta de 1900, mas com ideias talvez já existentes no primeiro século d.C., essa teoria se baseia na hipótese geológica de que o delta avançou pouco a pouco (e sempre nesse sentido) da região de Ur (e Samarra junto ao Tigre) até a atual costa litorânea. o que aconteceu, ao longo do tempo, exclusivamente como resultado da sedimentação depositada pelos rios Tigre e Eufrates. Com essa pressuposição, a teoria fez ainda outras pressuposições uniformitaristas quanto à datação e à distância e afirmou que esta "antiga costa litorânea" devia ser datada de aproximadamente 5000-4000 a.C. Pesquisas mais recentes, tanto geológicas quanto paleoclimatológicas, demonstraram, de forma definitiva, que essas suposições anteriores eram bem prematuras e não são mais defensáveis. Hoje sabemos que, por volta de 5000 a 4000 a.C., os níveis do mar eram mais baixos do que os níveis atuais, em geral em cerca de três metros. Atualmente submersas a pouca distância do litoral, ruínas de habitações daquele período são conhecidas no lado norte do golfo Pérsico, o que indica que, naquela época, a antiga costa litorânea do golfo Pérsico se estendia mais para o sul, e não mais para o norte. Na realidade, a sedimentação provocada pelos rios Tigre e Eufrates, embora seja bem ampla e acentuada a partir das vizinhanças de Samarra (Tigre) e Ramadi (Eufrates) até quase o ponto onde os rios se unem para formar o canal Shatt el-Arab, é praticamente inexistente dali para o sul, nos 160 quilômetros seguintes até chegar à atual costa litorânea do golfo Pérsico. Em função disso, não se pode desconsiderar o ponto de vista sul/sumério sobre o Éden apenas com base nesse tipo de análise geográfica ultrapassada.
AS CIDADES LEVÍTICAS E AS CIDADES DE REFÚGIO
Como parte do processo de distribuição territorial, membros da tribo de Levi viajaram a Siló, onde a questão de sua herança foi tratada à parte e detalhadamente. Levi não recebeu nenhuma porção determinada e independente de terra tribal (Js- reze cidades nas tribos de Judá e Benjamim foram dadas ao grupo de coatitas que eram descendentes de Arão (Is
21: -19; 1Cr4-13 6: );54-60 - dez cidades, situadas dentro das terras tribais de Da, Efraim e Manassés, foram dadas a outros coatitas que não eram da linhagem araônica (Js
21: -26; 1Cr5-20 6: -70);61-66 - treze cidades foram dadas aos gersonitas, todas elas situadas do vale de lezreel para cima, mas em ambos os lados do rio Jordão (Js
21: -33; 1Cr6-27 6: -76);62-71 - doze cidades foram dadas aos meraritas, a maioria delas localizada dentro dos territórios transjordanianos das tribos de Gade e Rúben (Js
21: -40; 1Cr7-34 6: -81).63-77
Uma análise do mapa deixa claro que algumas cidades levíticas estavam situadas em território que ficava fora da área controlada permanentemente por Israel e que só veio a ser dominado pelos israelitas na época de Davi e Salomão (e.g., Gezer, Taanaque, Ibleão, Naalal e Reobe [Jz 1]). Além disso, umas poucas cidades levíticas situadas dentro da área controlada permanentemente por Israel não revelam indícios arqueológicos claros de ocupação antes da época da monarquia israelita (e.g., Gola, Mefaate, Hesbom, Estemoa [?]) 16 Isso talvez indique uma propensão editorial por detalhes e por registro de dados do tipo que se vê claramente no período monárquico. Ou, à semelhança da distribuição territorial encontrada logo antes, nos capítulos
7) e Berseba (Gn
13) e desempenhou um papel pioneiro na ordem eclesiástica pré-monárquica de Israel (1Sm
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.
Locais
MIZRAIM
Atualmente: EGITOPalavra hebraica para designar Egito. Ver Egito
![Mapa Bíblico de MIZRAIM Mapa Bíblico de MIZRAIM](/uploads/map/6244bbb05773c6244bbb05773e.png)
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
Pelos registros assírios, Gomer (2) foi identificado com os cimérios. Magogue é prova-velmente termo para designar a todos os nortistas (ver Ez
Madai era a antiga nação Média que, no século VI a.C., associou-se com os persas para formar o Império Persa. Javã era a nação grega jônica que foi proeminente nas obras de Homero. É provável que Tiras relacionava-se aos tirsenos gregos que viviam nas ilhas do mar Egeu. Há quem pense que eles possam ter sido os etruscos.
Asquenaz (3) ficava situado possivelmente na cadeia de montanhas do Cáucaso, perto dos mares Negro e Cáspio (cf. Jr
Cuxe (6) está relacionado com duas regiões geográficas diferentes. Este povo se estabelece primeiramente na cidade de Kish, no vale da Mesopotâmia, e depois se torna os cassitas. Parece que alguns deles também migraram para o sul da Arábia, pois todas as famílias alistadas em 10.7 eram habitantes daquela terra. Houve, então, um movi-mento na Abissínia, na África oriental (a atual Etiópia). Os descendentes de Cuxe, que ficaram no vale da Mesopotâmia, honraram um herói chamado Ninrode (8), que cons-truiu um reino (10) de cidades-estados proeminentes: Babel, Ereque, Acade e Calné. Pelo visto, o título caçador (9) se refere à tendência de Ninrode vitimar as pessoas e explorar os recursos naturais. O caçador está em contraste com a palavra semítica comum "pastor", que designa um regente que tem no coração o bem-estar das pessoas. O reino de Ninrode se estendeu até ao rio Tigre, onde foi construído o último centro do poder assírio, formado por Nínive, Reobote-Ir, Calá (11) e Resém (12). É interessante que o nome atual das ruínas de Calá seja Ninrode.
Mizraim (13) é o nome hebraico para aludir ao Egito, que teve sua origem no vale do Nilo. A oeste do Egito está a terra de Ludim, os líbios. Os outros povos alistados no versículo 13 não foram ainda identificados. Sabe-se hoje que Patrusim (14) era o povo de Patros, no alto Egito. Casluim era a pátria dos filisteus, de quem a Palestina obteve o nome. Caftorim era o povo de Creta, que também era a pátria original dos filisteus.
Os cananeus se tornaram um povo de fala semítica e eram conhecidos pelos gregos como fenícios. Suas cidades principais foram Sidom (15) e Tiro, que ainda existe no moderno Líbano. Por muito tempo os cananeus foram politicamente dominados pelos egípcios. Hete seria os hititas, que construíram um centro de poder na Anatólia cen-tral (Turquia), mas alguns deles fundaram colônias na Palestina, sendo que a mais conhecida estava em Hebrom (23.23,24). O jebuseu (16) representa os habitantes hurrianos de Jerusalém antes de ser tomada pelo rei Davi (2 Sm 5:6-10). O clã do amorreu ocupou os altiplanos da Palestina e da Transjordânia. O heveu (17) também era um nome para se referir aos colonos hurrianos da Palestina, mas o grupo girgaseu é desconhecido na história.
Todos os povos alistados no versículo 14 viviam no norte de Sidom estendendo-se até ao rio Orontes e estavam, em geral, sob o controle político do Egito nos primitivos tempos do Antigo Testamento. As fronteiras dos cananeus (19) abrangiam a região litorânea do Mediterrâneo indo bem ao sul, chegando a Gaza, e estendendo-se abaixo do vale do Jordão até o mar Morto. Esta descrição se harmoniza perfeitamente com resquícios de suas colonizações que duraram de mais ou menos 1750 a.C. a cerca de 1300 a.C., descobertos por arqueólogos na antiga Palestina.
Os filhos de Éber (21), nome que mais tarde ficou restrito somente ao povo hebreu, aqui designa o povo de fala semítica no deserto da Arábia e em torno dele. Porém, Elão (22), que está a leste do vale da Mesopotâmia, não era semita. O povo de Assur (Assíria) venceu os sumérios, o povo de Sinar, em cerca de 2200 a.C., e se tornou um império poderoso.
Arfaxade parece situar-se ao nordeste dos assírios. Lude se tornou a nação da Lídia. Arã se tornou o influente povo aramaico (Síria), cujo idioma e escrita se torna-ram o meio de comunicação internacional durante o período dos impérios assírio, babilônico e persa. Damasco era a capital da Síria. Uz (23) fica a leste do rio Jordão, ao longo do deserto da Arábia. Jó pertencia a este grupo (Jó
A maioria dos povos mencionados com Joctã (25) é desconhecida, mas inscrições árabes falam de Hazar-Mavé (26), de Obal, Abimael e Sabá (28), de Ofir e Havilá (29). Sabá é famosa porque a rainha de Sabá viajou a Jerusalém para ver o rei Salomão (1 Rs 10:1-13). Houve muitos casamentos entre as pessoas destes povos, mas basica-mente ocorreu uma divisão entre eles de acordo com grupos lingüísticos. Assim tende-mos a falar acerca deles em termos de características de linguagem indo-européia, semítica e camita.'
Champlin
Os filhos de Cão.
Ver no Dicionário todos esses nomes, onde há comentários detalhados. A exposição dá aqui apenas algumas idéias fundamentais.
Cuxe. Está em pauta o sul da Arábia, o sul do Egito moderno, o Sudão e, principaimente, o norte da Etiópia. Houve misturas com povos semíticos, o que explica alguns dos nomes que se seguem. Aqui entra o preconceito racial, que diz que alguns descendentes de Câo são os negros, sobre os quais, supostamente, teria caído a maldição contra Canaã (Gèn, Gn
Mizraim. Algumas traduções dizem aqui Egito. A palavra está no dual, aludindo, sem dúvida, ao Alto e ao Baixo Egito. Josefo chamava os egípcios de mestres, uma palavra cognata do texto. Os árabes chamavam o Cairo de Al-messer, outro termo cognato.
Pute. Os líbios, do norte da África. Josefo diz que o homem desse nome fundou a Libia, e antigas tradições nos dão idêntica informação.
Canaã. Ver a nota sobre ele em Gn
Gn
Os filhos de Cuxe.
Ver esses nomes explicados nos artigos correspondentes, no Dicionário.
Sebá. Está em paula o Alto Egito. O nome original era de uma tribo árabe que. finalmente, migrou para a África. Outras áreas geográficas estiveram envolvidas em sua expansão.
Havilá. Essa palavra quer dizer “terra marítima". Talvez se refira às porções norte e leste da Arábia, já no golfo Pérsico, ou, talvez, às margens ocidentais do golfo Pérsico.
Sabtá. Refere-se ao antigo Hadramaute, nas margens ocidentais do golfo Pérsico.
Raamá. Localizada no sul da Arábia. Essa localização foi dividida também entre Dedã, a sudoeste, e Sebá, ao centro.
Sabtecá. Na parte sul da Arábia.
Sabá. Está em pauta a porção sudoeste da Arábia. Ver I Reis
Dedã. Norte da Arábia. Alguns habitantes dessa área são descendentes de Sem (Gn
Ninrode. Esse homem, em face de sua violência e virulência, merece menção especial, e assim, três versículos ampliam o tema. Somente ele e Pelegue (vs.
25) tèm seu relato ampliado de algum modo. O resto do capítulo consiste somente em lista de nomes. Dou um artigo detalhado sobre esse homem e seus descendentes no Dicionário Ninrode foi um antigo tirano, um homem furioso, caçador, incansável, o fundador de Babel (ou seja, Babilônia). Ele proveu “a união da paixão pela caça com a habilidade na guerra” (Delitzsch, in loc.), e assim foi uma espécie de protótipo dos monarcas assírios.
Poderoso. Ele era violento, arrogante, matador, exatamente coisas que as pessoas admiram, protótipo dos grandes tiranos que se seguiríam. Os reis assírios eram famosos por sua habilidade na caça, que era um esporte, mas também um meio de exibir suas habilidades violentas. Fundou várias cidades, que se tomaram centros de oposição ao povo de Israel.
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.
Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens em todo lugar se arrependam.
Pois ê por isto que foi pregado o evangelho até aos mortos, para que. na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em espírito.
Daí dizer-se: Como Ninrode, poderoso caçador. O seu nome tomou-se proverbial, e muitas lendas surgiram em torno dele, conforme ilustrei detalhadamente no meu artigo sobre ele. Outros homens entregaram-se a atividades pastoris, mas não Ninrode. Ele sabia onde poderia obter fama e glória humana. E fez outros homens o temer, e com bons motivos. Fazia de suas presas tanto a animais quanto a homens, e ambos fugiam dele.
Diante do Senhor. Ninrode era tido como benfeitor público. Organizava caçadas e distribuía alimentos ao povo. Também organizava comunidades e obras públicas. Era um líder de homens e era respeitado, apesar de sua violência. Deu inicio a seu pequeno império, que, sob outros lideres, floresceu na forma dos impérios assírio e babilônico.
John Gill (in loc.) sugeriu que parte de sua fama residia no alegado fato de que, após o dilúvio, as feras aumentaram grandemente em número; e então qualquer homem, como Ninrode, que pudesse reduzir a ameaça e o desconforto produzido pelo reino animal, seria naturalmente respeitado e honrado. A capa, conforme informou Aristóteles (ver Político Gn
8) E curioso que a família real da Inglaterra sempre tenha se especializado na cavalaria e na caça, e muitos deles, mesmo em nossos dias, têm-se distinguido como militares. Os assírios deificaram Ninrode, e, em sua mitologia, puseram-no entre as constelações, após a sua morte, a fim de conferir-lhe perpetuidade. Ele chegou a ser chamado de Órion. Apesar de muitos outros homens já terem caçado, talvez o relato bíblico queira dar a entender que foi Ninrode quem deu origem à caça como uma verdadeira arte.
Diz aqui a Septuaginta “contra o Senhor”, uma denuncia contra a sua virulência; mas dificilmente temos nisso uma verdadeira interpretação do versículo. O texto parece antes envolver um elogio, por meio de um ditado popular; e parece sugerir que o próprio Senhor respeitava Ninrode
O princípio do seu reino foi Babel. Ninrode fundou várias comunidades que, mais tarde, se tomaram inimigas do povo de Israel, Ver notas completas, no Dicionário, sobre o artigo Babe! (Torre e Cidade). Ver também sobre a Babilônia. Fontes históricas e lendárias falam de vários fundadores da cidade de Babilônia, pelo que há certa confusão quanto a esse particular. A história deveras antiga sempre fica indefinida, perdida nas brumas do tempo.
Ereque. No hebraico, “extensão”, “tamanho”. No acádico, o nome dessa cidade é Umk e, no sumério, Unug. Essa foi a segunda cidade fundada por Ninrode. Ele aparece como fundador das cidades de Babel (Babilônia), Ereque, Acade, Nínrve, Reobote-lr, Calá e Resén, sete ao todo (Gn
Entre as inscrições encontradas nesse lugar, muitas são dos dias dos reis Dungi, Ur-Bau, Gudea, Singaside e Merodaque-Baladã. Também têm sido encontrados no lugar tabletes pertencentes aos reinados de Nebopolassar, Nabucodonosor, Nabonido, Ciro, Dario e dos selêucidas. Além disso, muitos artefatos têm sido encontrados, como peças de cerâmica esmaltada, esquifes, muitos tipos de receptáculos e sepulcros.
A vila original, chamada Culabe, foi fundada por pessoas do período Ubaide (cerca de 4000 A. C.). A principal pessoa envolvida nisso foi o governante semítico Mesquiagaser, da primeira dinastia. Uruque (Ereque) foi a capital do rei heróico mítico, Gilgamés, cujas lendas são paralelas, em muitos pontos, à narrativa da criação do livro de Gênesis. Ver o artigo sobre Cosmogonia. A literatura assíria e babilònica contém muitas referências a Ereque. Nos tempos assírios, ao que parece, a cidade tomou-se uma espécie de necrópole nacional.
O local foi escavado a partir de 1850. E após essa data, houve muitas outras escavações arqueológicas. Além das coisas já mencionadas, deveriamos destacar que foram encontrados ali dois zigurates, vários documentos, alguns deles pertencentes a até 70 A. C. Canais artificiais traziam água para a cidade. As referências ao lugar indicam que, antigamente, a cidade ficava situada em uma área fértil, embora atualmente seja um virtual deserto.
O culto a Anu talvez fosse a mais importante expressão religiosa de Ereque, porquanto a divindade desse nome era um dos deuses mais proeminentes da Babilônia. Outro culto importante do lugar era o de Istar.
Acade. No hebraico significa “fortaleza”, mui antigo centro do poder imperial camita, fundado por Ninrode (Gn
Calné. De acordo com alguns eruditos, no hebraico significaria “forte de Anu". Anu era uma das principais divindades do panteão babilônico. O local provável é a moderna Niffer, no Talmude, Nopher. Fica cerca de cem quilômetros a sudeste da antiga cidade da Babilônia, à margem esquerda do rio Eufrates. A Septuaginta refere-se a Calné ou Calno como o lugar onde foi edificada a torre famosa (Is
Terra de Sinear. Ver o longo artigo sobre esse lugar no Dicionário. Essa é uma das designações (talvez a mais antiga) da Babilônia.
Assíria. Ninrode é aqui retratado como quem viajou de Sinear (Babilônia), para a Assíria, ou seja, do sul para o norte. Ver o artigo detalhado sobre este último lugar, no Dicionário. Uma vez no território assírio, ele edificou Nínive, que também conta com um detalhado artigo no Dicionário. E Ninrode também fundou outras cidades, todas as quais recebem artigos separados no Dicionáno. Ver sobre Reobote-lr e Calá. As atividades de Ninrode eram poderosas e atingiam muitos lugares, e assim seu nome tomou-se legendário, tendo chegado a ser deificado em vista de suas obras prodigiosas,
Resém. O autor sacro localizou-a entre Nínive e Calá, além de tê-la denominado “a grande cidade". Na Septuaginta temos a forma Dase, provavelmente uma forma hebraicizada do assírio res eni, que significa cabeça de fonte, embora outros estudiosos prefiram o sentido de fortaleza. A maioria dos estudiosos pensa que o locativo designa uma cidade assiria edificada por Ninrode, entre Nínive e Calá. Mas nenhuma cidade de dimensões apropriadas foi encontrada nessa área. Alguns eruditos propõem a aldeia assíria de Resh-eni, mencionada por Senaqueribe em conexão com as suas obras para suprir Nínive de água, situada a nordeste da capital. Mas há quem pense que se trata de uma descrição parentética de alguma impressionante construção militar ou de engenharia, talvez alguma obra hidráulica. Alguns intérpretes chegam mesmo a sugerir que uma grande cidade pode cair no olvido se seus conquistadores e destruidores não chegarem a reedrficá-la.
Gn
Agora o autor deixa Ninrode para trás, com sua valentia e obras prodigiosas, e reverte à lista simples de nomes e de localidades.
CHAVE
Acade Fb
Gomorra Eb
Meseque Eb
Amorreus Eb
Haveus (Hurrianos) Fb
Misraim (Egito) Ec
Asquenaz Fb
Havilã Fd
Ninive Fb
Assiria Fb
Hete Eb
Ofir Fd
Babilônia Fb
Hazamavé FGd
Patros Ec
Cache Fb
Java Db
Pute Db
Caftor Db
Joctã Fd
Quitim Eb
Canaâ Eb
Leabim Db
Raamá Fd
Catã Fb
Lude Db
Rifate Ea
Cuxe Ec
Madal Gb
Seba Fc
Dedão Ec
Magogue Fa
Sebá Ed; Fd
Dodanim Db
Mar Árabe FGd
Sidom Eb
Elão Fb
Mar Cáspio Ga,b
Sinar Fb
Egito Ec
Mar Mediterrâneo Cb
Sodoma Eb
Ereque Fb
Mar Negro Ea
Tartessos Bd
Gaza Eb
Mar Vermelho Ec
Tira Eb
Gomer Ea
Messa Fc
Tuba! Eb
Mizraim. Algumas traduções dizem aqui Egito, fazendo esse termo tomar-se o nome próprio de um homem. Ver as notas sobre o vs. Gn
Lude, Ludlm. Em Gn
A identificação de Ludim com a Lídia é duvidosa, mas Lude quase certamen-te corresponde à Lídia. As inscrições assírias referem-se aos lídios chamando-os de Ludu. Essa é uma palavra cognata do termo hebraico, lud. Josefo também fez essa identificação. As evidências demonstram que Heródoto falou sobre Lydus como o ancestral dos lídios.
Ludim é um povo de origem camita, segundo se vê em Gn
Anamim. No hebraico, homens das rochas, o segundo filho de Mizraim. Coisa alguma se sabe sobre esse homem. O termo também aplica-se a uma tribo relacionada aos egípcios, mencionada somente aqui e em I Crô, Gn
Leabim. No hebraico, chamejantes ou logosos. Esse é o nome dos descendentes do terceiro filho de Mizraim (Gn
Os leabim eram descritos como líbios de cabelos claros e olhos azuis, que desde as dinastias egípcias XIX e XX vinham sendo incorporados ao exército egípcio. Os leabim parecem ter saído do Egito juntamente com outros povos, como os ludim (que vide), ou, talvez, fossem os mesmos, ou então, os anamim, naftuim, casluim e caftonm. Porém, nada se sabe com certeza a respeito deles.
Naftulm. Não se sabe o significado dessa palavra, embora todos reconheçam que é um vocábulo que está no plural, um nome próprio que se refere a uma das populações do Egito (Gn
Gn
Patruslm. No egípcio, essa palavra, que ao ser passada para o hebraico está no plural, significa “habitantes de Patros". Ver sobre Patros, em Is
Casluim. Um povo cujo primeiro antepassado era filho de Mizraim (Gn
(Donde saíram os filisteus). Uma observação migratória, e não uma indicação de descendência racial. Ver isso explicado no parágrafo anterior.
Caftorim, Caftor. Lugar de onde vieram, originalmente, algumas tribos de filisteus. A referência é migratória, e não uma indicação de descendência racial, conforme se falou antes sob Casluim. Ver também Jr
É provável que se trate de habitantes da região compreendida entre Jerusalém e as colinas de Gezer (conforme Js
Genebra
10.1—11.9 O “relato” ou “genealogia” da família de Noé (2.4, nota) consiste da lista da nações (cap.
10) e da narrativa da torre de Babel (11.1-9). Cronologicamente, a torre de Babel precede a lista das nações, pois a lista pressupõe a confusão das línguas (10.5, 17, 20, 31). Duas perspectivas diferentes, porém complementares estão presentes neste relato: a lista das nações apresenta as nações como geradas de uma só linha sangüínea, se multiplicando debaixo da bênção de Deus (9.1), enquanto a narrativa da torre de Babel apresenta as nações como confundidas por causa do castigo divino (11.1-9).
* 10.1-32 A disposição tripartida da lista das nações (vs. 2-5, 6-20, 21-31) reflete a tríplice divisão da humanidade. Setenta (representando um número grande e completo, conforme Jz
Esta lista seletiva não é sempre racial; “filhos de” ou “gerou” pode se referir a relações políticas, geográficas, sociais ou lingüísticas (4.20, 21; 10.31). Alguns nomes são pessoais (p.ex., Jafé, Ninrode); outros são nomes de lugares (p.ex., Sidom, Sabá) ou nomes de povos (p.ex., Ludim, Caftorim). Alguns pertencem a mais de uma família por causa de casamentos mistos.
* 10.1 São estas as gerações. Ver nota em 2.4.
* 10.2 Gômer. Os cimérios, um povo nômade ao norte do Mar Negro. Mais tarde, eles migraram para a Ásia Menor. Ver Ez
Magogue. Ver Ez
Madai. Os medos. Ver 2Rs
Javã. Os gregos.
Tubal, Meseque. Localizados na Ásia Menor central e oriental.
Tiras. Um dos povos do mar da região do mar Egeu. Talvez possam ser identificados com os etruscos que eventualmente se estabeleceram na 1tália.
10.3 Asquenaz. Provavelmente os citas, mais tarde desprezados pelos gregos por serem considerados não civilizados (Cl
Rifá. Ver referência lateral. Localizado na Ásia Menor.
Togarma. Possivelmente a área a oeste do alto Eufrates.
*
10:4
Elisá. Comumente identificado como parte de Chipre (conforme Ez
Társis. Usualmente identificado com Tartessos no sul da Espanha.
Quitim. Habitantes de Chipre.
Dodanim. Possivelmente ao norte de Tiro. Se “Rodanim” (referência lateral) for preferido, a referência é provavelmente à ilha grega de Rodes.
10.5 ilhas das nações. O hebraico aqui é traduzido como “países do mar” em Is
repartiram … língua. Uma antecipação de 11:1-9.
* 10.6-20 Os egípcios, babilônios e cananeus, os vizinhos mais amargos e influentes de Israel, são mencionados nesta lista (9.25, nota).
* 10:6
Cuxe. A área ao sul do Egito.
Mizraim. O Egito.
Pute. Tradicionalmente identificado como sendo a Líbia.
* 10.7 filhos de Cuxe. Estas nações todas provavelmente se localizavam na Arábia.
Havilá. Provavelmente na Arábia. A sua relação com as localidades mencionadas no v. 29 e 2.11 é incerta.
*
10.8-12 Esta interrupção na genealogia é de fundamental importância para a história de Israel: explica a origem racial e espiritual da Assíria e Babilônia que mais tarde viriam a conquistá-los.
* 10.8 Ninrode. Seu nome significa “nós nos rebelaremos”; tradições judaicas posteriores o identificam como o construtor da torre de Babel (11.1-9). Este caçador e guerreiro é um arquétipo do ideal mesopotâmio para um rei.
começou a ser. Estas expressões semelhantes são usadas para chamar a atenção para importantes acontecimentos históricos (4.26; 6.1; 9.20; 11.6).
* 10:9
valente. Este título pode ligá-lo aos tiranos em 6.4.
* 10.10 princípio do seu reino. Ver nota em 8.1—12.9. Ninrode, o precursor dos construtores de cidade e reino, marca o começo da procura do homem pósdiluviano por domínio e autonomia, contra Deus (4.17, nota; 11:4-6).
Babel. Os babilônios, infames destruidores de Judá.
Ereque. Uma das cidades mais antigas conhecidas, Ereque (ou Uruque; Warka moderna) era uma importante cidade localizada no rio Eufrates. Habitantes desta região foram mais tarde deportados para Samaria pelos assírios (Ed
Acade. Embora fosse a cidade do famoso rei Sargão de Acade (c. 2350-2295 a.C), nunca foi localizada.
Calné. Não a Calné de Amós
Sinear. A região da Babilônia.
*
10.11 Assíria. Uma das nações mais cruéis da história antiga, a Assíria foi o infame destruidor do Reino do Norte de Israel (conforme Mq
Calá. Localizada na moderna Ninrude, onde os rios Tigre e Zab se encontram.
* 10.12 Resém. A localização é incerta.
a grande cidade. Provavelmente Nínive (Jn
* 10:13
Mizraim. Egito, o infame lugar da escravidão de Israel.
Ludim. Os ludim provavelmente viveram perto do Egito. Ver v. 22.
Anamim. Estes descendentes do Egito não foram identificados com precisão.
Leabim. Geralmente tido como uma variante de “Lubim”, os líbios.
Naftuim. Provavelmente habitantes da região do delta do Nilo ou baixo Egito.
* 10:14
Patrusim. Habitantes de Patros no alto Egito ou ao sul.
Casluim. Sua identificação é incerta.
filisteus. Não uma das setenta nações, mas mencionada parenteticamente como outro inimigo amargo de Israel. Os filisteus, um dos povos do mar, vieram ao Egito através de Creta (Caftor, Am
Caftorim. Habitantes de Creta.
* 10.15-19 A área de Canaã, o povo amaldiçoado (9.25 e nota), se estende do sudoeste da moderna Síria até Gaza (Nm 34).
* 10.15 Hete. Seus descendentes são chamados às vezes de “heteus”. Como é evidente aqui, estes heteus eram contados entre os cananeus, e a relação entre os heteus mencionados no Antigo Testamento (23.3-20; 26.34; 27.46; 1Sm
* 10.16 jebuseus. Uma das nações cananéias desapossadas por Israel. Sua cidade era Jerusalém, que foi definitivamente conquistada por Davi (2Sm
amorreus. O Antigo Testamento usa este termo de forma vaga, às vezes se referindo aos habitantes pagãos da Palestina em geral (15.16; Js
girgaseus. Ver 15.21; Dt
*
10:17
heveus. Os heveus viviam no Líbano e na Síria (Js
arqueus. Habitantes de Arquate, identificada como a moderna Tell Arqah, localizada 19,5 km a noroeste de Trípoli.
sineus. Habitantes de uma cidade fenícia costeira perto de Arqa.
10.18 arvadeus. Este grupo vivia numa ilha, hoje chamada Ruad, 80 km ao norte de Biblos (Gebal).
zemareus. Este grupo não foi identificado.
hamateus. Habitantes da cidade de Hamate (hoje Hama), localizada no rio Orontes (Nm
espalharam. Ver nota em 10.1–11.9.
* 10.19 Gerar. Hoje a cidade de Tell Abu Hureira, 17km a sudeste de Gaza. Ver caps. 20, 21 e 26.
Sodoma … Zeboim. Ver caps. 13
Lasa. Sua identidade é incerta.
* 10.21—31 A linhagem eleita de Sem é apresentada por último (9.26, nota) e coincide parcialmente com a linhagem mais específica do eleito Héber (v. 21) em 11.10—26.
* 10.21 pai de todos. Ou ancestral de todos (conforme 5.3—32, nota). O termo hebraico para “pai” era usado para ancestrais mais remotos (28.13). Sem foi o tataravô de Héber (10.24; 11:10-14).
Héber. A palavra “hebreu” provavelmente vem deste nome (conforme 14.13, nota). Ele é o herdeiro da bênção de Deus sobre Sem, assim como Canaã, filho de Cam, foi o alvo da maldição de Noé. Alguns estudiosos identificam Héber com Ebrum, um antigo rei de Ebla (c. 2300 a.C.).
e irmão mais velho de Jafé. Ver referência lateral. Por causa da dificuldade de tradução, é incerto saber se Sem ou Jafé é o mais velho. Cam era provavelmente o mais novo (9.24). Supondo que a presente tradução é correta, Moisés enfatiza aqui a posição de primogênito de Sem, a despeito do fato de sua genealogia ser apresentada por último.
*
10:22
Elão. Ver 14.1, 9; Is
Assur. Um ancestral dos assírios. Embora fossem um povo misturado (conforme v. 11) os assírios eram predominantemente semíticos.
Arfaxade. O terceiro filho de Sem e o primeiro a nascer depois do dilúvio (11.10), ele foi o ancestral de muitas tribos semíticas, incluindo os hebreus (conforme Lc
Lude. Conforme v. 13. Talvez os lídios da Ásia Menor (Is
Arã. Os patriarcas tinham relações próximas com os arameus (ver 25.20; 31.20; Dt
* 10:23
filhos de Arã. Pouco se sabe a respeito deste grupo.
* 10.24, 25a Estes versos são expandidos em 11:12-17.
* 10.24 Arfaxade gerou a Salá. A Septuaginta (o Antigo Testamento Grego) acrescenta Cainã entre Arfaxade e Salá; este nome adicional se encontra na linhagem de Jesus (Lc
* 10.25 Pelegue. Ver referência lateral. Este nome, que provém do termo hebraico “separar” ou “dividir”, provavelmente profetizava a dispersão das nações em Babel. Ver Sl
*
10.29 Ofir. Uma região, talvez na Arábia, conhecida por seu ouro puro (1Rs
Havilá. Ver nota no v. 7.
*
10.30 desde Messa… para Sefar. Embora estes lugares não sejam identificados, os nomes dos filhos de Joctã indicam um local no sul da Arábia.
Matthew Henry
Wesley
Em Gn
Ham foi, aparentemente, o mais novo dos filhos de Noé (Mc
Shem foi, provavelmente, o mais velho dos filhos de Noé, certamente mais velho do que Jafé (v. Gn
Algumas coisas são imediatamente aparentes a partir desta lista. Provavelmente nem todos os netos de Noé e bisnetos cada produziu sua tribo ou nação, alguns foram simplesmente absorvida pelas outras tribos estabelecidas. Às vezes tribos de duas ou mais linhas ancestrais estabeleceram na mesma área; Sem dúvida, eles se casaram, proporcionando assim a base para as semelhanças nos nomes que se pode descobrir nas três linhas de família. Alguns nomes não são de filhos individuais, mas de nações ou tribos, e alguns deles podem não refletir os nomes de seus pais, mas das regiões onde as tribos se estabeleceram. Alguns dos nomes provavelmente referem-se a tribos temporários. Praticamente nenhum desses nomes está em uso hoje. Assim, é impossível traçar a descida de todos os povos modernos a partir dessas primeiras tribos com o conhecimento atualmente disponível para nós.
Mas há verdades duradouras mesmo nestas listas empoeirados. Os filhos de Noé começou a obedecer a ordem de Deus e repovoado a terra. Este é sempre o curso sábio e bom, seja qual for o comando. E enquanto o homem obedeceu, Deus estava exercendo sua soberania divina para selecionar a linha da família direito, o direito homens através de quem para cumprir Suas promessas e Seus propósitos. Na gravação do povoamento da terra pelos três irmãos, Deus não só gravou sua obediência e sua soberania, mas Ele também declarou claramente a unidade do gênero humano-a fraternidade do homem, não do espírito, mas de carne e osso. Nós todos somos irmãos de sangue. Nenhum indivíduo ou tribo ou nação tem o direito de considerar-se, naturalmente, superior a outro.Ninguém tem o direito de escravizar ou degradar o outro. Há apenas uma raça-raça humana (homo sapiens ), e as diferenças de cor e outras características físicas são simplesmente variedades que se desenvolveram no seio da família em função das leis da hereditariedade, a "seleção natural" dos climas onde os homens se instalaram, e talvez outros fatores desconhecidos. Em tudo isso há implícito claramente a preocupação de Deus para todas as nações. Enquanto Ele estava escolhendo um para ser seu representante entre os outros, Ele também estava planejando para a redenção de toda a terra.
Russell Shedd
10.6 Mizraim tem referência ao Egito e Cuxe é o velho nome da Etiópia.
10.20 As listas relativas aos descendentes de Jafé e de Cão denotam a importância da fraternidade natural do ser humano (conforme At
10.22 Arfaxade e Héber são referidos especialmente pelo fato de que através deles proveio Abraão. Alguns estudiosos admitem que a palavra "Hebreu" deriva de Héber. • N. Hom. A Unidade dos Homens, cap. 10:
1) Todas as nações têm um só sangue (uma das mais cabais provas da inspiração das escrituras encontra-se no fato de que nenhuma outra literatura jamais ensinara a respeito da fraternidade natural dos homens, pelo contrário, todas as nações sempre se opuseram a este ensino);
2) Todas as nações apresentam-se dotadas de uma necessidade suprema (conforme Rm
3) Todas as nações dispõem de um só meio de salvação (conforme Gl
NVI F. F. Bruce
Foi demonstrado que esse capítulo representa o mundo como era conhecido a Israel no tempo de Salomão. Nem todos os povos conhecidos de Israel estão nessa lista, e com o nosso conhecimento limitado presente seria impossível encaixar nela alguns povos modernos com alguma certeza. Mais uma vez, temos a indicação de que a inspiração não está preocupada com a transmissão de fatos desconhecidos que não têm importância espiritual. O estudante que se interessar por mais detalhes deve consultar o NBD ou outros dicionários bíblicos modernos.
v. 9. Ninrode: v. o NBD. Ele foi mais do que um guerreiro valente. A GNB dá o sentido: “ele se tornou o primeiro grande conquistador do mundo”. Portanto, ele foi, aparentemente, o iniciador da crença assíria segundo a qual um rei entre os homens tinha de demonstrar a sua habilidade na caça de animais, especialmente de leões, diante do Senhor: o hebraico tem essa expressão, que é, antes de tudo, um superlativo, significando que ele era um caçador muito famoso, mas provavelmente também é uma expressão sarcástica — ele mostrou o seu direito de reinar sobre o reino que havia criado pela força ao matar a criação animal que Deus lhe havia confiado. Em lugar algum, o AT mostra admiração por “esportes sanguinários”, v. 15. Canaã: lingüisticamente, os cananeus, incluindo os fenícios, eram semitas, e o hebraico é derivado do antigo cananeu, mas, com base nas evidências que temos, eles não eram semitas étnicos.
Francis Davidson
1. GENEALOGIAS DO MUNDO ANTIGO (Gn
Sem... pai de todos os filhos de Éber (21). Esta observação é feita em vista do fato que os descendentes de Pelegue, filho mais velho de Éber, são omitidos desta tábua e são reservados para ser enumerados adiante. Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a terra (25). Com Pelegue houve uma divisão que podemos chamar de famílias abraâmica e árabe da linha semita. Os joctanitas, descendentes do irmão de Pelegue, são enumerados imediatamente em seguida, e parecem ser os ancestrais das tribos semitas que ocuparam a Arábia. É mais provável, contudo, que a "divisão" aludida no nome de Pelegue seja aquela grande divisão da humanidade que ocorreu em conexão com a edificação da cidade e da torre de Babel.
Dicionário
Anamim
-hebraico: homem de rocha
Gerar
verbo transitivo direto Dar origem a; provocar o nascimento de; procriar: gerar descendentes.Produzir; causar a produção de: gerar empregos; gerar boleto bancário.
Por Extensão Ser o motivo de: sua ignorância gera desconforto.
Brotar; começar a se desenvolver: gerar flores.
Etimologia (origem da palavra gerar). Do latim generare.
É hoje Um el-Jerar. Cidade e distrito no pais dos filisteus, ao sul de Gaza (Gn
Gerar Dar existência a (Os
Leabim
hebraico: chamas , calor ardenteLudim
-hebraico: descendentes de Lude
Mizraim
o segundo filho de Cão (GnUm dos quatro filhos de Cão. Ele teve no mínimo sete filhos, a maioria dos quais estão listados como progenitores de diferentes tribos e povos. Mizraim é o termo hebraico usado geralmente para o Egito; os egípcios, portanto, são considerados descendentes de Cão (Gn
Mizraim [Egito, a Casa do Deus Ptah] - Filho de CAM 1, de quem descendem os egípcios (Gn
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
יָלַד
(H3205)
uma raiz primitiva; DITAT - 867; v
- dar à luz, gerar, parir, produzir, estar em trabalho de parto
- (Qal)
- dar à luz, gerar
- referindo-se ao nascimento de criança
- referindo-se ao sofrimento (símile)
- referindo-se ao perverso (comportamento)
- gerar
- (Nifal) ser nascido
- (Piel)
- levar a ou ajudar a dar à luz
- ajudar ou atuar como parteira
- parteira (particípio)
- (Pual) ser nascido
- (Hifil)
- gerar (uma criança)
- dar à luz (fig. - referindo-se ao ímpio gerando a iniqüidade)
- (Hofal) dia do nascimento, aniversário (infinitivo)
- (Hitpael) declarar o nascimento de alguém (descencência reconhecida)
לְהָבִים
(H3853)
plural de 3851; n m
Leabim = “chamas”
- uma tribo egípcia descendente de Mizraim
לוּדִי
(H3866)
gentílico procedente de 3865; adj
Ludim ou lídios = “aos tições: trabalhos excessivos”
- os descendentes de Lude, o filho de Sem
מִצְרַיִם
(H4714)
dual de 4693; DITAT - 1235;
Egito ou Mizraim = “terra dos Cópticos” n pr loc
- um território ao nordeste da África, adjacente à Palestina, no qual flui o Nilo
Egípcios = “dificuldades dobradas” adj
- os habitantes ou nativos do Egito
נַפְתֻּחִים
(H5320)
de origem estrangeira, Naftuim, uma tribo egípcia; n pr pl loc Naftuim = “aberturas”
- uma referência não clara ao Egito; talvez o baixo Egito
עֲנָמִים
(H6047)
aparentemente pl. de alguma palavra egípcia; n. pr. Anamim = “aflição de águas”
- uma tribo de egípcios
אֵת
(H853)
aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida
- sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo