Enciclopédia de Gênesis 2:1-1

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 2: 1

Versão Versículo
ARA Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército.
ARC ASSIM os céus, e a terra e todo o seu exército foram acabados.
TB Assim foram acabados o céu e a terra, com todo o seu exército.
HSB וַיְכֻלּ֛וּ הַשָּׁמַ֥יִם וְהָאָ֖רֶץ וְכָל־ צְבָאָֽם׃
BKJ Assim os céus e a terra foram finalizados, e todo o seu exército.
LTT Assim os céus e a terra foram acabados, e todo o exército deles.
BJ2 Assim foram concluídos o céu e a terra, com todo o seu exército.
VULG Igitur perfecti sunt cæli et terra, et omnis ornatus eorum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 2:1

Gênesis 1:1 No princípio, criou Deus os céus e a terra.
Gênesis 1:10 E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares. E viu Deus que era bom.
Gênesis 2:4 Estas são as origens dos céus e da terra, quando foram criados; no dia em que o Senhor Deus fez a terra e os céus.
Êxodo 20:11 Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado e o santificou.
Êxodo 31:17 Entre mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, e, ao sétimo dia, descansou, e restaurou-se.
Deuteronômio 4:19 e não levantes os teus olhos aos céus e vejas o sol, e a lua, e as estrelas, todo o exército dos céus, e sejas impelido a que te inclines perante eles, e sirvas àqueles que o Senhor, teu Deus, repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus.
Deuteronômio 17:3 que for, e servir a outros deuses, e se encurvar a eles, ou ao sol, ou à lua, ou a todo o exército do céu, o que eu não ordenei;
II Reis 19:15 E orou Ezequias perante o Senhor e disse: Ó Senhor, Deus de Israel, que habitas entre os querubins, tu mesmo, só tu és Deus de todos os reinos da terra; tu fizeste os céus e a terra.
II Reis 21:3 Porque tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, tinha destruído, e levantou altares a Baal, e fez um bosque como o que fizera Acabe, rei de Israel, e se inclinou diante de todo o exército dos céus, e os serviu.
II Crônicas 2:12 Disse mais Hirão: Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, que fez os céus e a terra; que deu ao rei Davi um filho sábio, de grande prudência e entendimento, que edifique casa ao Senhor e para o seu reino.
Neemias 9:6 Tu só és Senhor, tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto neles há; e tu os guardas em vida a todos, e o exército dos céus te adora.
Jó 12:9 Quem não entende por todas estas coisas que a mão do Senhor fez isto,
Salmos 33:6 Pela palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito da sua boca.
Salmos 33:9 Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu.
Salmos 89:11 Teus são os céus e tua é a terra; o mundo e a sua plenitude, tu os fundaste.
Salmos 104:2 Ele cobre-se de luz como de uma veste, estende os céus como uma cortina.
Salmos 136:5 Àquele que com entendimento fez os céus; porque a sua benignidade é para sempre.
Salmos 146:6 que fez os céus e a terra, o mar e tudo quanto há neles e que guarda a verdade para sempre;
Isaías 34:4 E todo o exército dos céus se gastará, e os céus se enrolarão como um livro, e todo o seu exército cairá como cai a folha da vide e como cai o figo da figueira.
Isaías 40:26 Levantai ao alto os olhos e vede quem criou estas coisas, quem produz por conta o seu exército, quem a todas chama pelo seu nome; por causa da grandeza das suas forças e pela fortaleza do seu poder, nenhuma faltará.
Isaías 42:5 Assim diz Deus, o Senhor, que criou os céus, e os estendeu, e formou a terra e a tudo quanto produz, que dá a respiração ao povo que nela está e o espírito, aos que andam nela.
Isaías 45:12 Eu fiz a terra e criei nela o homem; eu o fiz; as minhas mãos estenderam os céus e a todos os seus exércitos dei as minhas ordens.
Isaías 45:18 Porque assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a terra e a fez; ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o Senhor, e não há outro.
Isaías 48:13 Também a minha mão fundou a terra, e a minha destra mediu os céus a palmos; eu os chamarei, e aparecerão juntos.
Isaías 55:9 Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.
Isaías 65:17 Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão.
Jeremias 8:2 e expô-los-ão ao sol, e à lua, e a todo o exército do céu, a quem tinham amado, e a quem tinham servido, e após quem tinham ido, e a quem tinham buscado e diante de quem se tinham prostrado; não serão recolhidos nem sepultados; serão como esterco sobre a face da terra.
Jeremias 10:12 Ele fez a terra pelo seu poder; ele estabeleceu o mundo por sua sabedoria e com a sua inteligência estendeu os céus.
Jeremias 10:16 Não é semelhante a estes a porção de Jacó; porque ele é o Criador de todas as coisas, e Israel é a vara da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome.
Zacarias 12:1 Peso da palavra do Senhor sobre Israel. Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele.
Lucas 2:13 E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e dizendo:
Atos 4:24 E, ouvindo eles isto, unânimes levantaram a voz a Deus e disseram: Senhor, tu és o que fizeste o céu, e a terra, e o mar, e tudo o que neles há;
Atos 7:42 Mas Deus se afastou e os abandonou a que servissem ao exército do céu, como está escrito no livro dos profetas: Porventura, me oferecestes vítimas e sacrifícios no deserto por quarenta anos, ó casa de Israel?
Hebreus 4:3 Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse: Assim, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Wesley Caldeira

gn 2:1
Da Manjedoura A Emaús

Categoria: Livro Espírita
Ref: 11467
Capítulo: 27
Wesley Caldeira
Wesley Caldeira
O lançamento às feras, a queima em fogueira, o empalamento e a crucificação eram as penas mais graves da legislação romana.
A mais cruel e extremada era a crucificação. A palavra veio de cruciare, torturar, atormentar. Por isso, esse gênero de morte era restrito aos homens de origem “mais desprezível” e que possuíssem enormes culpas, escravos, criminosos perigosos e provincianos revoltosos, sendo proibida aos romanos, exceto em casos de alta traição contra o Estado.
Um século antes de Jesus, uma longa fila se formou na estrada de Cápua até Roma, seis mil escravos, liderados por Espártaco, foram crucificados pelo crime de rebelião, após terem vencido diversas legiões romanas. Em Jerusalém, Varo ordenou 2 mil crucificações no ano 4 d.C.; Floro crucificou 3.600 homens em 66 d.C.; em 70 d.C., Tito mandou à cruz 500 por dia.
Originária da Ásia (ZUGIBE, 2008, p. 70), a crucificação foi difundida pelos assírios, fenícios e persas. Até os essênios impunham a pena de crucificação, pelo crime de blasfêmia ou idolatria.
Pelos séculos, variadas metodologias de execução foram concebidas, e a mais dolorosa foi aplicada a Jesus.
Depois da flagelação, o condenado era atado a um travessão (patibulum), que deveria carregar até o local da execução, onde seria suspenso no madeiro, preso por cordas nos braços e pés, ou por pregos (a regra no método romano – ZUGIBE, 2008, p. 75).
Prova arqueológica do uso de pregos na crucificação romana, obteve- se com a ossada de um jovem de cerca de 20 anos, identificado no seu ossuário como “Jehohanan o filho de HGQWL” (Iokanan ben Há’galgol), descoberta em 1968 ao norte de Jerusalém, em Giv’at há-Mivtar. É o único esqueleto de pessoa crucificada já encontrado, relativo ao período anterior à primeira guerra romana contra os judeus (de 66 a 70 d.C.). Um prego de ferro ainda estava preso aos ossos de seus calcanhares, com uma placa feita de madeira de oliveira entre o osso e a cabeça do prego. O prego atingiu um nó da madeira vertical e entortou. Quando Iokanan foi retirado da cruz, o prego permaneceu unindo os seus calcanhares. Os pregos não atravessaram suas mãos, mas sim os antebraços, logo acima das juntas das mãos.
Fora essa descoberta, nenhuma outra evidência das crucificações naquele período foi encontrada, até o momento. Como pode ser isso, se eram tão comuns? Explica-se, sem os pregos nos esqueletos, a crucificação não deixava sinais suficientes à sua caracterização. Havia grande demanda pelos pregos, ou eram arrancados para serem reutilizados em outras crucificações, ou, muitas vezes, eram retirados, e até furtados, em razão do credo popular que supunha neles amuletos com poderes mágicos, capazes de afastar o mal e curar enfermidades. (ZUGIBE, 2008, p. 71.)
Os evangelhos não se referem diretamente ao uso de pregos em Jesus. É o quarto evangelho que, reportando a Tomé, menciona possíveis marcas de pregos nas mãos de Jesus: “Se eu não vir em suas mãos o lugar dos cravos e se não puser meu dedo no lugar dos cravos”. (JOÃO, 20:25.)
Amélia Rodrigues, a poetisa do Evangelho, quando narra esse tocante momento do texto joanino, observa que, em verdade, os pulsos de Jesus é que foram pregados, e não suas mãos, o que é mais coerente com a anatomia humana. (FRANCO, 2000, p. 158.)

Lendária tradição propôs que Helena, a mãe do imperador romano Constantino, descobriu os três pregos por volta do começo do século IV. Um desses pregos seria o que está exposto na Basílica de Santa Cruz de Jerusalém, em Roma, medindo 12,5 centímetros de comprimento, e muito semelhante ao encontrado ligando os calcanhares de “Jehohanan o filho de HGQWL”.
Em 341 d.C., a crucificação foi abolida por Constantino. Mesmo assim, continuou sendo praticada, especialmente em desprezo a cristãos, ao longo dos séculos. Há registros disso no século VII, nas lutas entre árabes e cristãos, e durante as cruzadas. No campo de concentração de Dachau, nazistas crucificaram judeus. No Egito, houve crucificação de cristãos, em 1998. No Sudão, o código penal faculta a crucificação ou a execução seguida de crucificação, com a mão direita e o pé esquerdo amputados. (ZUGIBE, 2008, p. 72-73.)
Jesus recebeu “cruz alta”, própria para quando se desejava expor o condenado, tanto que para lhe dar o vinagre o soldado prendeu a esponja molhada na ponta de uma vara. (MARCOS, 15:36.)
O termo “cruz” chegou às línguas modernas significando uma linha que atravessa outra. Contudo, a palavra grega stauros e o latim crux favoreceram um entendimento mais amplo, para também chamar de cruz grega a estaca (crux simples) em que pessoas eram atadas e empaladas, penduradas, pregadas ou amarradas. A crux simples era a mais usada quando se tratava de numerosa quantidade de pessoas a serem crucificadas.
Era comum também o uso da crux commissa, em forma da letra “T” maiúscula.
A cruz de Jesus deve ter sido a crux immissa, aquela que apresenta uma pequena extensão vertical após o entroncamento com o patibulum, já que LUCAS, 23:38 relata que a tabuleta com a inscrição foi colocada “acima dele”.
A cruz representava a humanidade miserável reduzida ao último grau de impotência, sofrimento e degradação. [...] reunia tudo o que o pior carrasco poderia desejar: tortura, escárnio, degradação e morte certa, lentamente destilada, gota a gota. (WINTER, 1998, p. 146.)
A transformação da cruz em símbolo cristão só ocorreria mais tarde, por ação da Igreja Católica. A cruz, para os habitantes do Mediterrâneo, durante os primeiros séculos da Era Cristã, representava morte infamante, destino dos criminosos mais endurecidos e dos inimigos públicos. Logo, um símbolo a ser evitado.
Observada à distância, a colina da crucificação de Jesus possuía uma saliência no solo rochoso que fazia lembrar uma grande cabeça humana. Daí, em hebraico, gulgoleth, lugar do crânio ou caveira; no latim, calvariae, caveira. A vasta área de cemitérios fazia dali um local propício para as execuções de pena de morte.
A área do Calvário se situava numa pedreira externa, mas próxima dos muros de Jerusalém (JOÃO, 19:20), pois os romanos escolhiam as estradas mais frequentadas, onde o maior número de pessoas pudesse ver e se amedrontar. (GHIBERTI, 1986, p. 677.)
Cerca de cem anos depois, ao tempo de Adriano, o lugar foi coberto pelo Capitólio da Aelia Capitolina, e a rocha do Calvário se transformou em pedestal para a estátua da Fortuna.20 Em 428 d.C., esforços cristãos reencontraram essa rocha, que passou a servir de pedestal a uma cruz de ouro coberta por um baldaquino (espécie de armação, sustentada por colunas, servindo de cúpula a um altar). Séculos de destruições e incêndios, e consequentes reconstruções, levaram essa rocha quase ao desaparecimento, restando hoje pequena estrutura, que foi anexada aos muros das capelas erguidas à volta.
MATEUS, 27:34 e MARCOS, 15:23 relatam que, na chegada ao Calvário, houve tentativas de dar a Jesus uma bebida: “vinho misturado com fel”, disse Mateus; “vinho com mirra”, escreveu Marcos.
Plínio, em sua História Natural (apud GHIBERTI, 1986, p. 679), escreveu que os antigos conheciam o efeito anestésico da mirra associada ao vinho.

Os judeus tinham o costume de preparar vinho com um pedaço de mirra, que Mateus chama de fel, objetivando tirar a consciência do condenado. Eram as mulheres piedosas as responsáveis pela preparação e oferta do entorpecente. No entanto, Jesus se recusou a ingeri-lo.
Suarentos, os legionários iniciaram a sinistra canção dos martelos sobre os pregos. Um deles segurou Jesus pelo peito, outro segurou suas pernas, e um terceiro pregou seus pulsos. Em seguida, dois deles amarram as extremidades da barra de madeira; outro abraçou Jesus pela cintura, colocando-o de pé. A barra de madeira foi erguida e encaixada na estaca. Os pés foram acomodados na estaca e pregados.
O Titulus Crucis era uma tabuleta exigida pela lei com a descrição da natureza do delito praticado pelo sentenciado à cruz. Durante o trajeto ao local da crucificação, a tabuleta era amarrada ao pescoço e, depois, pregada acima da cabeça do cruciarius.
Pôncio Pilatos, em represália aos que o coagiram a proferir a injusta condenação, mandou inscrever: “Este é Jesus, o Rei dos judeus”, de acordo com MATEUS, 27:37. A versão marcana [Marcos] restringiu-se a “Rei dos judeus”. Lucas nada mencionou sobre isso. Mas João formulou a sentença que ganhou a posteridade: “Jesus Nazareu, o rei dos judeus” (JOÃO, 19:19 a 22) — INRI: Iesus Nazarenus Rex Iudeorum, em latim.
Foram, talvez, as únicas palavras escritas sobre Jesus durante sua vida.
A inscrição estava reproduzida em hebraico, grego e latim (o que era comum), e os chefes dos sacerdotes repreenderam Pilatos, propondo que ela constasse “Este homem disse: Eu sou o rei dos judeus”, e não como estava, “O rei dos judeus”, ao que Pilatos respondeu: “O que escrevi, escrevi”.
A Basílica de Santa Cruz, em Roma, possui uma relíquia feita com madeira da nogueira, e que mede 25 centímetros de comprimento por 15 centímetros de largura e 2,6 centímetros de espessura. Ela seria parte do Titulus Crucis de Jesus. Apresenta três linhas de palavras escritas em latim, grego e hebraico ou siro-caldaico. Está muito danificada. E teria sido descoberta por Santa Helena, a mãe de Constantino. Mas testes com Carbono 14 indicam que esse objeto data do período entre 915 e 1074 d.C.
Após a crucificação, os legionários exerceram o direito de partilha das vestes (túnica, faixa, manto, sandálias): “E repartiram as suas vestes, lançando sorte sobre elas, para saber com o que cada um ficaria”. (MARCOS,15:24.)
Todos os evangelistas mencionam a ocorrência. JOÃO, 19:23 e 24, porém, dá a ela maior consideração, ressaltando que a túnica de Jesus era uma peça única, sem costura, de alto a baixo. Somente quanto a ela os soldados tiraram a sorte, a fim de que não fosse rasgada, na divisão.
Várias pessoas acompanhavam a crucificação e muitas zombavam de Jesus.
— “Salva-te a ti mesmo, desce da cruz!” (MARCOS,15:30.)
O coro dos sacerdotes e escribas acompanhava os impropérios populares:
— “A outros salvou, a si mesmo não pode salvar! O Messias, o Rei de Israel... que desça da cruz, para que vejamos e creiamos!” (MARCOS, 15:31 e 32.)
Até um dos crucificados também ironizava Jesus (LUCAS, 23:39 a 43): — “Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós”.
O outro, porém, advertiu o primeiro:
— “Nem sequer temes a Deus, estando na mesma condenação? Quanto a nós, é de justiça; estamos pagando por nossos atos; mas ele não fez nenhum mal.”
E acrescentou:
— “Jesus, lembra-te de mim, quando vieres com teu reino”. Ele respondeu:
—“Em verdade, eu te digo, hoje estarás comigo no Paraíso”.

Dimas, o chamado bom ladrão, é a única voz a defender Jesus no Calvário.
Conta Amélia Rodrigues (FRANCO, 2000, p. 152-153) que Dimas estava ao lado direito de Jesus e procurava um rosto conhecido entre aqueles que abaixo das cruzes testemunhavam sua vergonha, condenado por assaltar caravanas ao lado de Giestas, o outro crucificado. Sua mãe, Tamar, acompanhava o filho na hora de agonia, amparada por Esther, jovem noiva de Dimas.
Ao percebê-las, prodigioso sentimento esgueirou-se pelo seu íntimo: foi tomado de honesto arrependimento. A muralha da incredulidade começou a fender. A fé vicejou da frincha do sofrimento moral. Reconheceu seus enganos, identificou o inocente à sua esquerda e repreendeu a zombaria do cúmplice afogado em revolta. Ansiava por perdão, e, procurando confortar a mãe e a noiva infelizes, enviou ao Messias de Nazaré a humilde solicitação: “Jesus, lembra-te de mim, quando vieres com teu reino”. E a magnífica resposta não tardou.
Jesus lhe afirmou naquele dia (eu te digo, hoje,) que no futuro (estarás — verbo no modo indicativo, no futuro do presente) ele habitaria uma morada de Espíritos enobrecidos, após depurar-se, evidentemente. Mas, sem dúvida, desde aquela hora, sua humilde e confortante defesa do Cristo, bem como sua confiante entrega aos cuidados dele, atraiu a Dimas a proteção e a intercessão misericordiosa de Jesus.
Não é razoável interpretar que Jesus prometia o paraíso para Dimas naquele mesmo dia. Primeiro, por princípio de Justiça: o arrependimento de última hora, mesmo que sincero, não pode compensar uma vida de crimes. A eliminação dos traços de uma falta e suas consequências exige a observância da trilogia “arrependimento, expiação e reparação”. (KARDEC, 2013d, Pt. 1, cap. VII, 16o código penal da vida futura.) Embora o arrependimento seja o passo inicial para a regeneração, por si só não atende à necessidade de educação do infrator, nem respeita a justiça para as vítimas, o que só ocorrerá com a reparação. Segundo: essa linha interpretativa sugere que Jesus ressuscitou no terceiro dia e somente ascendeu aos céus várias semanas depois. Dentro dessa concepção, Jesus não estaria no paraíso naquela sexta-feira.
Em favor dos demais, Jesus suplicou:
— “Pai, perdoa-lhes: não sabem o que fazem”. (LUCAS, 23:34.)
Mulheres emudecidas faziam a vigilância junto à cruz: Maria, sua mãe; Maria de Cléofas, apresentada como irmã de Maria de Nazaré e mãe de Tiago (o Menor) e José; Maria de Magdala; Salomé, mãe de Tiago e João, e “muitas outras que subiram com ele para Jerusalém”. (MARCOS, 15:40 e 41.) Dos apóstolos, somente João estava presente, embora LUCAS, 23:49 fale de amigos que “permaneciam à distância”, entre eles o primeiro mártir cristão, o velho Simeão, da Samária, cujo sacrifício é narrado encantadoramente por Emmanuel. (XAVIER, 2013f, Pt. 1, cap. X.)
Em certo momento, a fronte do divino Supliciado encontrou sua mãe e João abraçados e mergulhados em profunda comoção. Jesus disse a ela: “Mulher, eis o teu filho!” E dirigindo-se com entonação especial ao discípulo mais afim: “Eis a tua mãe”. (JOÃO, 19:26 e 27.)
Simeão havia profetizado a Maria: “[...] e a ti, uma espada traspassará tua alma”. (LUCAS, 2:35.)
Desde a hora sexta (meio-dia) até a hora nona (três da tarde), o céu escurecera. Crucificado em torno da hora terceira (nove horas da manhã), “à hora sexta, houve trevas sobre toda a terra, até a hora nona”. Às três horas da tarde, ouviu-se Jesus proferir forte grito: “Eli, Eli, lamá sabachtháni?” Alguns circunstantes entenderam que Ele chamava por Elias, porque suas palavras escaparam enfraquecidas entre a dor e o cansaço; e, sarcasticamente, desafiaram: “Vejamos se Elias vem salvá-lo!” (MATEUS, 27:45 a 49.)
“Eli, Eli, lamá sabachtháni?” — Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?
Trata-se da primeira frase do SALMO 22, de Davi, no dialeto aramaico. Contém a lamentação de um justo por seus sofrimentos e suas esperanças;

ao final, eleva-se a prece do inocente perseguido em ação de graças pela libertação esperada.
Lucas e João não mencionam essa evocação de Jesus. É possível que tenham evitado apresentar Jesus formulando palavras que, fora do meio judaico, poderiam soar como indicação de desespero e fé vacilante. Para os judeus, todavia, que viviam no âmbito da Bíblia, essa citação nenhuma estranheza causaria, antes pareceria adequada.
Não foi uma expressão de solidão ou de abandono que envolveu Jesus na hora extrema. Em verdade, Ele pronunciava o início de um cântico bíblico de infinita confiança: “Nossos pais confiavam em ti, confiavam e tu os salvavas; eles gritavam a ti e escapavam, confiavam em ti e nunca se envergonharam”. (SALMO 22:5 e 6.)
Ademais, o SALMO 22 gozava de caráter messiânico, segundo alguns especialistas. Davi falara em nome do Messias nessa prece. O registro das primeiras palavras do salmo na boca de Jesus tinha o intuito de evidenciar esse caráter messiânico. Então, disse Jesus: “Tenho sede”. (JOÃO, 19:28.) Uma esponja molhada em vinagre foi estendida num ramo de hissopo (planta aromática) até seus lábios (MARCOS, 15:36), e Ele tomou.
É bem possível que um dos legionários tenha se apiedado dele, oferecendo-lhe a posca, mistura de água e vinagre, que os soldados romanos traziam como recurso para vencer o calor estafante.
Contudo, para Dominic Crossan (1995b, p. 172), a primeira bebida — vinho com mirra — foi um ato de misericórdia, mas a segunda foi um ato de zombaria. E cita LUCAS, 23:36 em apoio: “Os soldados também caçoavam dele; aproximando-se, traziam-lhe vinagre”.
Depois de tomar o vinagre, Jesus bradou: “Está consumado”. (JOÃO, 19:30.) E recomendou-se a Deus: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. (LUCAS, 23:46.)
Outra vez Jesus faz alusão a um salmo. Desta vez ao SALMO 31:6: “em tuas mãos eu entrego meu espírito”.

Isso acontecia, e, no Pretório, sacerdotes do Templo requeriam a Pilatos o crurifragium, isto é, que as pernas dos condenados fossem quebradas, a fim de acelerar suas mortes e retirá-los do Gólgota, de modo a não ofender o Sábado,21 pois no Judaísmo o novo dia começa ao cair da noite; no caso do sábado, após o entardecer da sexta-feira. O cadáver devia permanecer exposto pelo resto do dia, mas o direito judaico impunha que o corpo fosse enterrado antes do pôr do sol.
De fato, o DEUTERONÔMIO, 21:22 e 23 estabelece:
Se um homem, culpado de um crime que merece a pena de morte, é morto e suspenso a uma árvore, seu cadáver não poderá permanecer na árvore à noite; tu o sepultarás no mesmo dia, pois o suspenso é um maldito de Deus [...].
O texto mosaico se refere em especial aos condenados e mortos, e depois suspensos numa árvore. Crucificação de cadáveres e não de vivos.
John Dominic Crossan (1995b, p. 193) questiona se o trecho do Deuteronômio também se aplicaria à crucificação dos vivos. Entre os Manuscritos do Mar Morto, o Pergaminho do Templo (11QTemplo)22 apresenta a posição dos essênios quanto à questão, revelando que eles defendiam a crucificação pelos menos para os crimes de traição e blasfêmia, exigindo a observação do Deuteronômio para a crucificação tanto de cadáveres quanto de vivos.
O crurifragium, em geral, era aplicado como golpe de misericórdia, causando severo choque traumático e hemorrágico. Uma fratura dos ossos da perna pode causar grande perda de sangue. No homem crucificado da escavação de Giv’at há Mivtar foi praticado crurifragium na tíbia e na fíbula. Considerando-se as lesões anteriores sofridas pelo executado, o nível do choque traumático se elevaria com a violenta dor da fratura das pernas, e a hemorragia provocaria um choque hipovolêmico, com perda da pressão sanguínea, congestionamento nas extremidades inferiores, resultando em perda da consciência, coma e morte. (ZUGIBE, 2008, p. 137.)
As pernas de Dimas e Giestas foram quebradas com uma marreta, mas quando chegou a vez de Jesus nada fraturaram. Um soldado, todavia,

lancetou-o no lado do tronco, para confirmar o óbito.
Existem várias teorias sobre a causa da morte na cruz. As mais prestigiadas são: a hipótese da sufocação (asfixia); ataque cardíaco com ruptura do coração; e choque traumático (dos ferimentos) e hipovolêmico (diminuição rápida do volume de sangue e fluidos corporais).
A hipótese da sufocação parte do pressuposto de que o suspenso na cruz precisava se apoiar sobre os pés para tomar fôlego. A hemorragia, embora profusa, decorrente da flagelação e perfurações, não matava, mas, sim, a obstrução respiratória.
O diafragma é um músculo importante na respiração humana e separa a cavidade torácica da abdominal, unindo-se, na parte frontal, ao esterno, e atrás, à coluna vertebral. Possui vários orifícios por onde o esôfago, a aorta e a veia cava inferior passam, bem como vasos linfáticos e nervos. Quando se inspira, o diafragma se contrai e desce, as costelas se erguem, e o tórax expande; o ar, então, penetra os pulmões. Na expiração, o diafragma sobe, o tórax se contrai, movimentando o ar para fora.
Durante a crucificação, o diafragma seria estendido pelo peso do corpo, travando o movimento de expansão e contração do tórax, assim impedindo a penetração do ar nos pulmões. Espasmos violentos convulsionariam o crucificado. Os membros retesados obstruiriam a circulação sanguínea. O coração e os pulmões vagarosamente seriam contidos por cãibras e asfixia. Quebrar as pernas constituiria o modo de apressar o desfecho, pois impediria o apoio dos pés e dificultaria a retomada do fôlego.
O Dr. Frederick Zugibe (2008, p. 142-146), Ph.D., especialista em patologia forense e professor adjunto de clínica e cirurgia na Universidade de Colúmbia (Nova York), fez experimentos em seu laboratório com a suspensão na cruz de diversas pessoas voluntárias. As experiências culminaram com os seguintes resultados, que desautorizam a hipótese da morte por asfixia:
1. Em todos os voluntários a respiração se tornou abdominal e as inspirações eram curtas, com expirações mais longas;

2. Nos voluntários que sentiram alguma dificuldade para respirar, isso se verificou no começo do procedimento, e desapareceu em seguida;
3. A auscultação dos pulmões não revelou nenhum som patológico durante o procedimento de suspensão;
4. Em vez da diminuição da quantidade de oxigênio no sangue durante a suspensão, os voluntários revelaram uma crescente saturação de oxigênio;
5. Dado o esforço muscular, o ácido lático no sangue aumentou cerca de três vezes e meia em relação ao nível normal, depois de 15 minutos de suspensão, e o ácido lático é estimulante respiratório, causando a hiperventilação, com o objetivo de aumentar o suprimento de oxigênio.
A teoria do ataque cardíaco, com rompimento do coração, é refutada por Zugibe. O ataque cardíaco, ou infarto do miocárdio (músculo cardíaco), ocorre quando ele não recebe nutrientes e oxigênio por meio dos dois grandes vasos que o servem: as artérias coronárias esquerda e direita. Se essas artérias são bloqueadas ou obstruídas, a área do músculo cardíaco à frente do bloqueio ou obstrução morre. O infarto do miocárdio, assim, é um processo de necrose (morte do tecido) da parte do músculo cardíaco, que sofre uma redução significativa e por tempo expressivo de sangue. A oclusão de uma artéria coronária em geral se dá por formação de placas de gordura que estreitam o canal da artéria. Entretanto, dor intensa e estresse emocional também podem provocar o fechamento de uma artéria. Uma consequência rara do ataque cardíaco é a ruptura do coração. A morte do tecido muscular gera o amolecimento do músculo cardíaco, e o coração tenta se curar formando um tecido cicatricial, um processo de cicatrização local. A área do infarto, amolecida, torna-se suscetível de ruptura. Se o paciente não descansar nos primeiros dias após o ataque cardíaco, o aumento da pressão pode romper o tecido amolecido, fazendo o sangue ir para fora do coração, para o saco que o circunda, o pericárdio, onde se divide entre soro (água) e coágulos, após o óbito.
Nessa hipótese, a ruptura do músculo cardíaco, depois do infarto do miocárdio, ocorreria entre um dia e quatro semanas depois do ataque. Os crucificados não costumavam resistir tanto tempo.
Para Zugibe, a causa de morte mais comum na cruz era a parada cardíaca e respiratória, em razão (1) dos choques traumático (por ferimentos) e hipovolêmico (perda abrupta de sangue e fluidos corporais); (2) das dores superlativas e dos severos traumas na pele, nos músculos, nos ossos e nos nervos, que provocavam hemorragias e intensa transpiração, no caso de ter havido a flagelação; (3) da fadiga pelas tantas horas sucessivas de sofrimentos, com o corpo sustentado pelos pregos nos punhos e nos pés.
Narra MATEUS, 27:51 a 53 que, no Templo, o véu do Santuário (que limita o ingresso ao Santo dos Santos, área mais sagrada) se rasgou em duas partes, de cima a baixo, a terra tremeu, e as rochas se fenderam. Acrescenta o evangelista que, depois da chamada ressurreição de Jesus, Espíritos circularam por Jerusalém e foram vistos por diversas pessoas.
Três horas de escuridão enegreceu o céu, como se expressasse luto pela agonia de Jesus.
O Espírito Eros escreveu (FRANCO, 2001, p. 49): “As sombras das almas perdidas nas sombras da tarde mortuária cambaleiam como espectros de horror... Soa a hora extrema da morte”.
O jovem profeta Amós predisse (BÍBLIA, 1965, Am 8:9 a 10):
E naquele dia acontecerá, diz o Senhor Deus, que o sol se porá ao meio-dia, e farei cobrir a Terra de trevas na maior luz do dia. E converterei as vossas festas em luto, e todos os vossos cânticos em pranto [...] porei o país num pranto desfeito, como o que se faz por um filho único, e farei que o seu fim seja um dia de amargura.
No momento da morte de Jesus, a escuridão cessa e a luz retorna: “[...] houve trevas sobre toda a Terra, até a hora nona”. (MARCOS, 15:33.)
O livro dos espíritos apresenta múltiplas indagações de Allan Kardec sobre a “Ação dos Espíritos sobre os fenômenos da natureza”. Na questão 536a, o Codificador perguntou:

Esses fenômenos sempre têm o homem por objeto?
“Algumas vezes eles têm o homem como razão imediata de ser. Mas também é frequente terem por único objetivo o restabelecimento do equilíbrio e da harmonia das forças físicas da natureza”. (KARDEC, 2013a.)
Pode-se inferir, portanto, que os Espíritos superiores comandaram os agentes espirituais vinculados às forças telúricas, improvisando os efeitos atmosféricos ocorridos durante a crucificação e, especialmente, os efeitos sísmicos verificados após a morte de Jesus, que tiveram por objetivo o homem, ou seja, assinalar aos expectadores da tragédia do Gólgota a procedência divina do enviado desprezado.
Nos momentos finais de Jesus, no madeiro, “a terra tremeu e as rochas se fenderam. Abriram-se os túmulos e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram. E, saindo dos túmulos após a ressurreição de Jesus, entraram na Cidade Santa e foram vistos por muitos”. (MATEUS, 27:51 a 53.)
Obviamente, quando Mateus fala dos túmulos que se abriram e dos muitos corpos de santos falecidos que ressuscitaram, o que se viu foram possíveis materializações ou vidência de Espíritos que se manifestavam com o propósito de salientar o infame atentado contra o inocente da Cruz.
Ante os fenômenos no Calvário, o centurião que coordenava as execuções exclamou, assombrado, conforme MARCOS, 15:39: “Verdadeiramente este homem era filho de Deus!” LUCAS, 23:47 anotou: “Realmente, este homem era um justo”. Mateus repetiu Marcos. Lucas, entretanto, parece mais razoável. “Lucas faz o centurião responder à morte de Jesus, mas com uma declaração da sua inocência, e não com uma de fé cristã”. (CROSSAN, 1995b, p. 234.) O texto lucano ainda informa que a multidão presente voltou à cidade alarmada, “batendo no peito”.
Emmanuel relatou a visão de Lívia, esposa do senador Publius Lentulus, durante os acontecimentos do Gólgota (XAVIER, 2013f, Pt. 1, cap. IX, p. 126):

De repente, sentiu-se tocada por uma onda de consolações indefiníveis. Figurava-se-lhe que o ar sufocante de Jerusalém se havia povoado de vibrações melodiosas e intraduzíveis. Extasiada, observou, na retina espiritual, que a grande cruz do Calvário estava cercada de luzes numerosas.
Ao calor invulgar daquele dia, nuvens escuras se haviam concentrado na atmosfera, prenunciando tempestade. Em poucos minutos, toda a abóbada celeste permanecia represada de sombras escuras. No entanto, naquele momento, Lívia notara que se havia rasgado um longo caminho entre o Céu e a Terra, por onde desciam ao Gólgota legiões de seres graciosos e alados. Concentrando-se, aos milhares, ao redor do madeiro, pareciam transformar a cruz do Mestre em fonte de claridades perenes e radiosas.
[...] via, agora, o Messias de Nazaré rodeado dos seus lúcidos mensageiros e das legiões poderosas de seus anjos. [...]
Clemente de Alexandria forneceu a indicação mais antiga sobre o ano da morte de Jesus. A crucificação teria ocorrido 42 anos e 3 meses retroativamente ao dia em que os romanos destruíram Jerusalém. Jesus, então, teria morrido no ano 28 d.C.
Paira controvérsia sobre a questão, havendo pesquisadores que defendem os anos 29, 30, 32 e 33 d.C.
LUCAS, 3:1 situou o início da vida pública de Jesus no décimo quinto ano do império de Tibério César, que se tornou governante em 14 d.C. Somando-se quinze anos, tem-se o ano 29 do calendário cristão. Acrescidos os três anos de seu ministério, Jesus teria encerrado sua tarefa entre os homens em 32 d.C., com cerca de 37 anos.
O Espírito Emmanuel, todavia, categoricamente afirmou que a crucificação de Jesus se verificou na Páscoa do ano 33, e reforçou sua afirmativa dizendo que Pilatos caminhava para o sétimo ano de governo na Judeia. (XAVIER, 2013f, Pt. 1, cap. VIII, p. 104 e 112.)
20 N.E.: Deusa latina do destino e da boa sorte que possuía um famoso santuário em Palestrina, cidade da Itália no Lácio (província de Roma).
21 N.E.: Conforme a GÊNESIS, 2:1 a 3, é o dia de descanso instituído por Deus, para ser observado por todos os homens. Tendo completado a obra da criação em seis dias, cessou de trabalhar no sétimo dia.
22 N.E.: A sigla 11QTemplo significa: O Rolo do Templo da décima primeira gruta de Hirbet Qumran.


Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
8. O Dia do Santo Descanso (2:1-3)

Os primeiros três versículos deste capítulo pertencem apropriadamente ao conteú-do do capítulo 1, visto que trata do sétimo dia na série da criação. Durante seis dias, Deus esteve criando e formando a matéria inorgânica, as plantas, os animais e o homem. De certo modo, tudo isso ocupa e está relacionado com o espaço. O homem recebeu a ordem específica de sujeitar o que se encontrava no âmbito espacial. Deus inspecionou tudo e considerou muito bom; Ele concluiu tudo que quis criar.

Certos rabinos antigos ficaram aborrecidos porque pensaram ter visto aqui uma indicação de que Deus trabalhara no sábado. O rabino Rashi declarou que o que faltava para o mundo era descanso, e assim o último ato de Deus foi a criação do Sábado, no qual há quietude e repouso.'

Nos Dez Mandamentos, a relação dos seis dias do trabalho de Deus com as coisas materiais para um dia de descanso serve de base para a observância do homem de um dia de descanso (Êx 20:8-11). Este é um dia estabelecido por Deus e deve ocorrer regular-mente. Outros dias importantes podem ser estabelecidos pelo homem e oscilar conforme as estações, mas este dia é independente das estações ou dos problemas de fixar uma data específica. Neste dia, a ordem de Deus para o homem conquistar a natureza é posta de lado e o homem reconhece uma lei superior, na qual ele se entrega a Deus.

No Salmo 95:11 há a alusão de que Deus nega um "descanso" (um sábado) a quem o desobedece. O escritor do Livro de Hebreus se apropria desta sugestão para declarar que ainda resta um descanso sabático para o povo de Deus: "Procuremos, pois, entrar naque-le repouso" (Hb 4:11). O sábado indicaria a cessação de atos de desobediência e a aceita-ção do governo de Deus sobre o ser interior.

Ao contrário do sabbattu babilônico, no qual demônios perigosos perambulavam li-vremente, o sábado instituído aqui foi santificado por Deus. Era para ser um dia de alegria e contentamento, de renovação interior, de louvor a um Deus misericordioso. Na crença pagã, certas forças naturais, coisas, lugares, animais ou pessoas eram intrinseca-mente santos, até divinos; mas em nenhuma parte desta história da criação a santidade é atribuída a algo que venha da natureza. Tudo que Deus havia criado era muito bom, mas nada foi considerado santo. O primeiro item que foi declarado santo é a porção de tempo do sábado. Deus reservou o sábado para que nele o homem aprofundasse sua relação com seu Criador.

Deus santificou o sétimo dia da criação, estabelecendo com ele uma relação especial. Nos Dez Mandamentos, o homem tem de santificar repetidamente o sábado, reconhecen-do que ele tem uma relação especial com Deus.'
O fato de, basicamente, a santidade estar associada com o tempo e não com um lugar fixo possibilitou no exílio a construção de sinagogas. Desta forma, as duas institui-ções, o sábado e a sinagoga, puderam resistir a todas as vicissitudes da dispersão; até hoje permanecem forças poderosas no judaísmo.
O mesmo é verdadeiro acerca do sábado e a igreja cristã ao longo da história. A base do sábado foi trocada do evento da criação para o evento da ressurreição; por conseguin-te, o tempo foi mudado do sábado para o domingo. Contudo, o mesmo princípio subjacente persiste; seis dias são dados para o domínio do homem sobre a natureza, mas o sétimo dia é o Dia do Senhor.

B. O CRIADOR EM RELAÇÃO À CRIAÇÃO, Gn 2:4-3.24

A significação especial do homem como a mais sublime criação de Deus é o ponto central desta história. Ela descreve a relação ideal entre Deus e o homem, a qual, por sua vez, é a base para a relação ideal entre o homem e a mulher no casamento. Como ponto contrastante, aqui é mostrada a natureza do pecado que leva estas relações ao caos.

A história tem uma seqüência clara. Há um cenário geral (2:4-14), uma ordem (2.15-17), a inserção do ato criativo (2:18-25), um ato de violação (3:1-8), um questionamento (3:9-13), um julgamento (3:14-21) e uma expulsão (3:22-24). Pelo fato de o capítulo 3 conter a narrativa da violação e do julgamento, seu tom de dúvida, medo e raiva é nota-velmente diferente do encontrado no capítulo 2, que possui uma atmosfera de paz, har-monia e encanto.

  • O Homem com o Fôlego da Vida (2:4-7)
  • A palavragerações tem um significado mais vasto que o termo genealogia. O conceito de origens (4) não é essencial à palavra. Há outras dez ocorrências em Gênesis (Gn 5:1-6.9; 10.1; 11.10,27; 25.12,19; 36.1,9; 37.2), uma delas (37,2) sem ter genealogia; mas, na maioria dos casos, é apresentado muitos acontecimentos significativos, como também uma genealogia.

    Certos expositores colocariam a primeira parte do versículo 4 com o material prece-dente, mas nas outras ocorrências em Gênesis a expressão: Estas são as origens de (ou gerações de), serve de cabeçalho ao que vem a seguir. É o que acontece aqui.

    Há paralelo entre os versículos 4:5 deste capítulo e os versículos 1:2 do capítulo 1. Porém, o capítulo 2 fala pouco sobre os eventos criativos intermediários que levam à criação do homem. Não há indicação clara de que a história no capítulo 2 tenha alguma parte na seqüência de tempo do aparecimento de plantas e animais. Pelo contrário, a atenção é focada no fato de que sem chuva e o cuidado vigilante do homem a terra era originariamente estéril. Por conseguinte, Deus forneceu umidade e formou o homem para que as plantas que precisam de cultivo frutificassem.

    Mais detalhes sobre a criação do homem são dados aqui que em Gn 1:27. Em Gn 2:7, o homem é apresentado como criatura da terra. Ele é formado do pó. Com profundo inte-resse, Deus inalou vida no homem, ato que realça o fato de que a vitalidade do homem e a dinâmica interna vêm diretamente de Deus. Qualquer outro objeto do afeto e esperan-ça do homem é ilusão. Ele é feito para dois mundos; portanto, ser separado de Deus é murchar como o fruto de uma videira cortada.

    As duas expressões: o fôlego da vida (7, nishmat chayyim) e a alma vivente (nefesh chayyah) têm muito em comum. Ambas podem ser usadas para referir-se tanto a ani-mais como ao homem. Fôlego (nishmat) está mais associado com o homem, mas é desig-nado a animais em 7.22. Alma vivente se aplica a todos os tipos de animais em 1.20,21,24,30; 2.19; 9.12,15,16.

    O termo hebraico nefesh tem conotação mais ampla que o termo nishmat. Ambos podem significar "respiração, fôlego, hálito", mas nefesh também inclui estes significa-dos: ser vivo, alma, vida, ego, pessoa, desejo, apetite, emoção e paixão.' O homem é único. Ele é o que é, porque Deus... soprou em seus narizes o fôlego da vida. Deus nunca fez isso com um animal.

  • O Jardim da Delícia (2:8-14)
  • A palavra jardim (8) é tradução da palavra hebraica gan, que designa lugar fecha-do. A Septuaginta traduz o hebraico por "paraíso", paradeison, termo persa que significa um parque.

    Éden não é traduzido mas transliterado para nosso idioma. Basicamente, significa "prazer ou delícia". Parece indicar uma região. Éden pode ser derivado da palavra assíria edinu, que significa "planície, pradaria ou deserto" e designa a terra entre o rio Tigre e o rio Eufrates. Se a frase saía um rio (10) for compreendida no sentido de rio acima, o jardim estaria situado no vale mesopotâmico inferior. Se for entendida no sentido de rio abaixo, teria de estar situado na Armênia, onde as nascentes dos rios Tigre e Eufrates se originam perto uma da outra (ver Mapa 1). Atualmente, não há como obter conclusão definitiva sobre esta questão.

    Mais importante para a história é a presença da árvore da vida e da árvore da ciência do bem e do mal (9). Pelo visto, a primeira árvore mencionada era a fonte de vida, da qual o homem, depois que pecou, teve de ser separado (3:22-24). Uma "árvore de vida" é mencionada em Provérbios 3:18-11.30; 13 12:15-4, onde, em sentido figurado, representa fonte de felicidade, sabedoria e esperança. A frase também é encontrada no Livro do Apocalipse como o dom supremo para o crente fiel (Ap 2:7) e como símbolo da vida eterna (Ap 22:2-14).

    Com respeito à árvore da ciência do bem e do mal, os dois opostos, o bem e o mal, representam os extremos da ciência ou conhecimento e, assim, servem de expres-são idiomática para referir-se à perfeição — neste caso, onisciência e poder. Em Deuteronômio 1:39 e Isaías 7:14-17, a falta de conhecer o bem e o mal indica imaturida-de, ao passo que em II Samuel 19:35, a plena maturidade está, por vias indiretas, associ-ada com a habilidade de discernir entre o bem e o mal. Mas Gênesis 3:5 sugere que este poder é atributo divino, e Provérbios 15:3 faz a afirmação clara de que é equivalente de onisciência (ver 2 Sm 14.17; 1 Rs 3.9).

    O rio Pison (11) nunca foi satisfatoriamente identificado, embora haja suposições, entre as quais figuram o rio Indo, da índia. Havilá (11) diz respeito a um país arenoso que produz ouro bom. Essa terra também produzia bdélio (12), resina de grande valor conhecida pelos israelitas (ver Nm 11:7). É duvidoso que pedra sardônica (12) seja a tradução correta do termo hebraico shoham; a Septuaginta sugere berilo.

    A identificação de Giom (13) é desconhecida. Há muito que o rio Nilo é conjetura favorita, porque a Septuaginta e a Vulgata identificam a palavra hebraica kush (Cuxe) com a Etiópia. Mas, pela razão de Gênesis 10:7-10 mencionar que os descendentes de Cuxe são árabes e tribos ou cidades mesopotâmicas, há quem afirme que Giom é o rio Araxes, que deságua no rio Ciro e depois desemboca no mar Cáspio. Cuxe seria o nome hebraico para referir-se aos cassitas que habitavam naquela região.

    O nome do terceiro rio é Hidéquel (14), que é o famoso rio Tigre (ver Mapa 1), o qual em acádio antigo era chamado idiqlat. O rio Eufrates corre paralelo ao rio Tigre, com o qual se unia para irrigar o vale mesopotâmico. Ainda é um rio importante. O nome assírio era puratu, mas no persa antigo era ufratu, que serviu de base para a palavra grega euphrates."

    3. A Ordem que Fixou Limites (2:15-17)

    Quando Deus colocou o homem no jardim (15), Ele lhe deu duas tarefas: para o lavrar e o guardar. Em contexto agrícola, lavrar significa cultivar, ação que inclui o ato de podar videiras.

    Quando ordenou o SENHOR Deus ao homem (16), Ele deixou claro sua relação soberana com o homem e a relação subordinada do homem com Ele. Deus tinha este direito, porque Ele é o Criador e o homem é a criatura.

    Para expressar proibição, aqui é empregada a maneira mais forte possível em hebraico para colocar a árvore da ciência do bem e do mal (17) fora da alçada do homem. Visto que o discurso direto é inerentemente pessoal, a ordem: Não comerás, é pessoal e a qualidade do negativo hebraico a coloca em negação permanente. A impor-tância da ordem é aumentada pela severidade do castigo. Isto é muito forte na sintaxe hebraica, sendo que a força é um tanto quanto mantida na tradução com a palavra certamente.

    4. A Mulher que Deus Formou (2:18-25)

    Havia um aspecto da criação de Deus que não estava totalmente satisfatório. O fato de o homem ainda estar (18) não era bom. O isolamento é prejudicial. Por dedução, a relação social, ou seja, o companheirismo, é bom. Por conseguinte, Deus determinou fornecer ao homem uma adjutora que esteja como diante dele, literalmente, uma ajudante que lhe correspondesse, alguém que fosse igual e adequada para ele. "Uma ajudante certa que o complete" (VBB). A Bíblia Confraternidade traduz: "Uma ajudante como ele mesmo".

    Considerando que não há formas de tempos verbais em hebraico, não se conclui necessariamente que Deus formou os animais depois de ter formado o homem. Pode igualmente significar que depois que o homem foi colocado no jardim, os animais que Deus previamente formara foram trazidos a Adão (19). A seqüência de tempo não é o item importante aqui.

    Um aspecto da imagem de Deus foi demonstrado pelo poder de Adão discernir a natureza de cada animal e dar um nome certo, pois em hebraico, nome e caráter coinci-diam. Quando Adão pôs os nomes (20), ele mesmo foi capaz de discernir que nenhum dos animais era uma adjutora que estivesse como diante dele. Ele, como também Deus, tinha de saber disso para apreciar o que Deus estava a ponto de fazer.

    O sono pesado (21) é o tipo no qual os sentimentos ou capacidade emotiva deixam de funcionar normalmente. Ver Gênesis 15:12; 4:13-33.15, onde a frase está ligada com visões; e I Samuel 26:12 e Jonas 1:5, onde o termo não está relacionado com visões. Ver também Isaías 29:10, onde a expressão sugere falta de sensibilidade espiritual. A costela (22) pode significar o osso e a carne que a envolve. É a parte do corpo mais próxi-ma do coração, que para os hebreus era o lugar dos afetos. A mulher não foi feita de substância inferior.

    Para acentuar a singularidade deste ato, é usado um verbo hebraico diferente (yiben), que significa "construir", detalhe completamente perdido na palavra traduzida por for-mou. Deus trouxe-a a Adão para sua aprovação e avaliação. Assim, parte da história segue a seqüência dos dias criativos no capítulo 1, isto é, a decisão (18-20), o ato criativo (21,22) e a aprovação (23).

    De imediato, Adão (23) viu a conveniência desta ajudante. Ela era parte íntima dele, osso dos meus ossos e carne da minha carne e, desta forma, adequada para ele. Mas ele também demonstrou sua posição de autoridade ao lhe dar um nome.

    Com efeito, esta foi a instituição da relação matrimonial. Desde o princípio, Deus quis que o casamento fosse exclusivo e íntimo. Não era simplesmente para a mulher agarrar-se ao homem como um apêndice. Para deixar clara a responsabilidade do ho-mem, Deus ordenou que o homem se apegasse à sua mulher (24) no compromisso mútuo da verdadeira união. O casamento tem de permanecer irrompível ao longo da vida, pois foi dito: E serão ambos uma carne, ou seja, uma identificação completa entre si. E nisto eles não se envergonhavam (25).


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 2 do versículo 1 até o 4

    GÊNESIS 2

    O Sétimo Dia: O Descanso (Gn 2:1-4a)

    2,1

    Fonte informativa alegada, P (S). A instituição do sábado ou dia de descanso foi uma questão solene, e as religiões, de um modo ou outro, simbólica ou literalmente, têm sido assinaladas por esse conceito. Deus descansou de Seus labores. 0 homem também precisa trabalhar; mas também precisa descansar, tendo em vista o seu benefício. Ademais, esse descanso precisa ser marcado por serviço e devoção religiosos. Ver o artigo geral sobre o Sábado, no fim do vs. Gn 2:3. Aqui temos o primeiro grande sétimo da Bíblia. Esse número envolve o emblema da perfeição. 0 sábado tomou-se o sinal do pacto de Deus estabelecido no Sinai (Ex 31:13). A perfeição de Sua criação foi assinalada pelo número do dia de descanso. As perfeições das leis divinas são enfatizadas mediante a observância do dia sétimo, que Deus santificou.

    Os três primeiros versículos do segundo capítulo do Gênesis concluem a narrativa anterior, destacando especificamente um de seus propósitos. O Hino à Criação santifica o sábado divino. 0 próprio Criador ongmou o sábado. E assim, Aquele que não se cansa, descansou. 0 trabalho é algo enobrecedor quando cumpre algum bom propósito; o descanso também é nobre, quando se dedica àquilo que é sagrado.

    Foram acabados os céus e a terra, e todo o seu exército. A palavra exército aponta para a multiplicidade das coisas sobre a terra e nos céus, fazendo-nos lembrar de um grande exército com suas várias divisões e patentes militares. Existe um único exército — a criação de Deus, considerada coletivamente. ‘Exército do céu" é uma expressão que se acha somente aqui no Antigo Testamento. Devemos pensar em grande acúmulo de coisas, nos céus e na terra. Algo parecido foi dito no tocante aos anjos, que formam um “exército” imenso (1Rs 22:19). A criação inclui inúmeros elementos dotados de beleza e ordem, harmonia e regularidade. 0 poder divino estabeleceu as leis naturais que persistem até hoje, sem as quais não poderia haver nem vida nem conhecimento científico. A própria ciência depende do principio da constância das leis da natureza, as quais nunca sofrem variação. De outra sorte, não poderia haver experiências válidas. A invanabilidade (das leis naturais) depende da vontade e do poder de Deus, Aquele que estabeleceu as leis naturais. Ver no Dicionário o artigo intitulado Teleoiogia. Note-se que a própria ciência tem que começar pela em leis naturais invariáveis.

    2,2

    E havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra.. . descansou.
    Exponho o artigo geral sobre o Sábado no versículo terceiro. Os críticos supõem que o livro de Gênesis tenha sido escrito bastante tarde, resultante de várias fontes informativas (provenientes de diversos períodos históricos), que um ou mais editores teríam compilado. Ver o artigo sobre J.E.D.P.fS.) no Dicio-náno. Eles acreditam que o sábado já vinha sendo observado por Israel quando o livro de Gênesis foi publicado. O autor da fonte de Gên. 2:1-3, a fim de emprestar a maior autoridade a essa observância, fez o próprio Deus institui-la, como se assim tivesse sido desde o princípio. Os estudiosos conservadores aceitam o texto conforme ele está escrito, pensando em uma genuína instituição divina do sábado, após a obra da cnação. Os críticos atribuem essa seção à fonte P (S).

    A versão siríaca diz aqui “no sexto" dia, mas não há razão para supormos que “sétimo” não seja o texto correto, sendo esse o texto padrão hebraico, como também o texto mais difícil. Os escribas, com frequência, alteravam os textos difíceis para torná-los mais fáceis ou aceitáveis, mas dificilmente faziam o contrário. Talvez o autor sacro pensasse que a instituição do sábado foi o real encerramento das obras da criação. Alguns têm emendado o texto de “terminado” para “desistido", mas essa emenda é desnecessária.
    “A narrativa da criação, vista através dos olhos da nova nação de Israel, nos dias de Moisés, reveste-se de grande significação teológica. Dentre o caos e as trevas do mundo pagão, Deus tirou o Seu povo, ensinando-lhes a verdade, garantindo-lhes a vitória sobre todo poder dos céus e da terra, comissionando-os para serem Seus representantes e prometendo-lhes descanso teocrático. E isso, igualmente, haveria de encorajar crentes de todos os séculos" (Allen P Ross, in loc.).

    A instituição do sábado sugere a legislação mosaica que haveria de seguir-se, bem como todos os privilégios de Israel como nação que haveria de ensinar a todas as demais nações.
    Descansou. Não a fim de sugerir que o Ser Supremo pode ficar cansado, pois temos aqui uma declaração antropomórfica que diz respeito à cessação de atividades. Simbolicamente falando, o sábado foi uma obra de redenção, porquanto retrata o descanso após o pecado e a aceitação, como filho, na casa do Pai. Mas nesse sétimo dia não houve mais atividade criativa.

    Gn 2:3

    E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou. Ver o vs. Gn 2:2 quanto a especulações atinentes ao fundo histórico deste versículo: a instituição do sábado. Seria realmente parte de um documento muito antigo, que falava sobre a criação, ou o sábado foi subentendido no antigo relato, por parte de um escritor posterior^ Ou todos os autores das fontes do Gênesis foram posteriores, em cujos dias o sábado já havia sido instituído? Provi artigos sobre esses problemas. Os eruditos conservadores, crendo na autoria mosaica do Gênesis, supõem que ele soube da instituição divina do sábado mediante inspiração, e que isso serviu de apropnado clímax da criação original. 0 artigo que apresento no fim do versículo, a respeito do sábado, explica a questão em seus pormenores, incluindo as controvérsias sobre a alegada natureza obrigatória do sábado para os cristãos. Provi um artigo adicional sobre o sábado, no que diz respeito aos crentes, chamado Sábado Cristão, na Enddopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia.

    O sábado era a grande instituição da fé do povo hebreu. A legislação mosaica lhes dera suas instituições, ritos e crenças, mas nada era mais importante do que o sábado. Os críticos pensam que a exaltada natureza do sábado tenha sido uma das consequências do exílio babílônico, mas sem dúvida temos aí uma apreciação exagerada. 0 sábado, desde os tempos mais remotos, serviu sempre como sinal mais decisivo para quem era hebreu ou judeu. Como é claro, havia outros sinais, incluindo a circuncisão (Gn 17:10), e, naturalmente, as grandes provisões da própria lei mosaica.

    As Razões da Separação. O autor sagrado apresenta várias delas no tocante à história da criação: a luz foi separada das trevas (Gn 1:14); as águas das águas (Gn 1:6); as águas de cima do firmamento das águas de baixo (Gn 1:9); as espécies foram separadas umas das outras, e não mediante evolução (Gn 1:11,Gn 1:20). O sábado separou um tempo de outro, o tempo devotado ao trabalho, do tempo devotado ao descanso e ao serviço e adoração a Deus. Em tempos posteriores, o santuário divino serviu de meio de separar o sagrado do profano, o divino do humano.

    Deus Santificou o Sábado. Nesta oportunidade não ficou esclarecido como o sábado seria expresso e obedecido, Mas as instituições posteriores dos hebreus nos dão informações. A adoração a Deus era frisada no dia de sábado, quando então havia culto ao Senhor, Tal como o sábado é separado para ser observado pelo homem, assim também o homem é separado para Deus. Os capítulos três e quatro de Hebreus desenvolvem o tema do “descanso" providenciado para o crente, conferindo-lhe o descanso da salvação, com toda a sua fruição. Ver especialmente He 4:9. Os crentes esclarecidos que não observam o sábado mosaico véem em Cristo o cumprimento do mesmo, desfrutando desse sábado ou descanso, e não do sábado judaico.

    O Dia do Senhor. Para os cristãos, o domingo é o dia do Senhor, e não o sábado. Historicamente, os intérpretes têm dito que o domingo é o “descanso", chamando-o de sábado cristão. Mas apesar de ser verdade que nossos cultos religiosos ocorram no primeiro dia da semana, o que retém um certo elemento próprio do dia de sábado, isso não faz o Dia do Senhor tornar-se um sábado cristão. Que Deus nos salve do legalismo! Isso não significa que o crente deveria ignorar as implicações de quão próprio é que um dos dias da semana seja especialmente consagrado a exercícios espirituais. Paulo, todavia, deixou claro que, para o crente, todos os dias são iguais (Rm 14:5 ss ). No mesmo contexto, porém, ele também deixou claro que o crente pode estabelecer uma distinção, se tal distinção puder fomentar a sua piedade e a eficácia de sua adoração. Historicamente, a Igreja tem estabelecido essa distinção. O domingo deveria ser um dia isento de todo legalismo, tão-somente retendo um devido espírito de adoração. Não deveria ser profanado. A Igreja assim tem observado, para bem do homem. A Escola Dominical é uma grande instituição, embora não faça parte dos ensinos do Novo Testamento. O domingo tem-se tomado um dia dedicado à adoração, ao estudo da Bíblia e à evangelização de uma Igreja reunida com esses propósitos. É no domingo que a Igreja comemora a ressurreição de Jesus. Ele saiu do túmulo revestido de uma vida nova. O domingo, pois, é uma oportunidade para participarmos dessa vida nova e a expressarmos. O domingo não é imposto, conforme o sábado era imposto. Contudo, é benéfico, e exige nosso respeito. A liberdade, se for abusada, será sempre tão ruim e errada quanto uma obngação imposta.

    A Natureza Monótona e Destrutiva de um Labor Contínuo. Deus pode conferir-nos a graça e talvez até permitir e encorajar que labutemos todos os dias, se tal trabalho for benéfico para nós mesmos e para o próximo. Todavia, descansar um dia por semana é uma boa medida de saúde. Talvez se assim fizermos, poderemos realizar em seis dias o que realizamos em sete. A saúde inclui o ritmo intercalado de trabalho e descanso. Não nos deveriamos preocupar se, em dia de domingo, estivermos fazendo aquilo que os antigos sabatistas proibiam para o sábado. Se tivermos tai preocupação, estaremos mostrando nossa insensatez. Não obstante, estaremos pecando se nos esquecermos do espírito do sábado, que nos convida a estacar, descansar, adorar e servir.

    O Mandamento contra o Ócio. Foi ordenado ao homem que trabalhasse por seis dias, e não apenas que descansasse no sétimo. “Aquele que se mostra ocioso por seis dias é igualmente culpado, aos olhos de Deus, do que se vier a trabalhar no sétimo dia” (Adam Clark, in loc.)

    O cumprimento dos deveres espirituais, em nossa vida diária,
    é algo vital para a nossa sobrevivência.

    (Winston Churchill)

    Na civilização não há lugar para o ocioso...
    Nenhum de nós tem o direito de demorar-se no lazer.

    (Henry Ford)

    Pois Satanás sempre achará alguma malignidade
    Para as mãos ociosas fazerem.

    (Issac Watts)


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
    *

    2:1 A declaração conclusiva sublinha o fato de que o Criador executou perfeitamente a sua vontade (v. 31).

    * 2.2 Deus terminado … descansou. O ciclo da criação foi completado no sexto dia e Deus descansou no sétimo, provendo o homem de um modelo para o ciclo de trabalho e descanso. Não é feita nenhuma menção da “tarde e manhã,” talvez porque a ordenança do sábado continua e o homem é exortado a participar dela (Êx 31:17), e a antegozar o descanso do sábado eterno redentivo (Hb 4:3-10).

    * 2.3 e o santificou. O sétimo dia é o primeiro elemento na Torá ao qual Deus outorga sua santidade e o separa para si mesmo (Êx 20:11). Este ato convoca a humanidade a imitar o padrão do Rei e assim confessar o senhorio de Deus e sua consagração a ele. Este sinal da aliança com Deus (Êx 31:13, 17) e tipo de Cristo (Cl 2:16, 17) promete descanso divino agora e eternamente (Mt 11:28).

    * 2.4—4.26 A narrativa de Moisés passa de um prólogo a respeito da criação dos céus e da terra para o relato (2.4 nota e referência lateral) dos céus e terra. Moisés trata acerca da criação e da provação de Adão e Eva no Paraíso (2.4-25), sua queda no pecado e as conseqüências (cap. 3), a escalada do pecado na linha ímpia de Caim (4.1-24), e a preservação de um remanescente piedoso na linha de Sete (4.25, 26).

    *

    2.4—3.24 Esta história apresenta a queda de Adão e Eva da inocência ao pecado. Embora sejam personagens históricos (13 1:1'>1Cr 1:1; Mt 19:5; Lc 3:23-38; Rm 5:12-14; 1Co 15:45), Adão e Eva também representam cada homem e mulher (2.24; 3:16-19; Mt 19:4-6). O principal protagonista é Deus: Ele forma o homem (v. 7; 10:8-12), planta o jardim (Sl 87:1; Mt 16:18), soberanamente coloca o homem nele (v. 15; Ef 1:3-14), ordena a sua vida (vs. 16, 17; Sl 31:15), lhe dá uma esposa (vs. 18-25; Mt 19:6), julga os primeiros pais pelo seu pecado e os restaura (cap. 3; Hb 9:27, 28).

    * 2.4 Esta é a gênese. Esta palavra hebraica (toledot), às vezes traduzida como “as gerações de” ou “a genealogia de”, introduz os principais novos acontecimentos da narrativa de Gênesis (5.1; 6.9; 10.1; 11.10, 27; 25.12, 19; 36.1; 37.2). Esta “gênese dos céus e da terra” diz mais respeito ao que se segue — o que o universo gerou — do que ao relato anterior da geração ou criação da terra.

    SENHOR Deus. Normalmente estes nomes para Deus são isolados: “Deus” para representá-lo como o Criador Soberano de todas as coisas, e “SENHOR” para representar seu particular compromisso na aliança para com Israel (Êx 3:14, 15). Aqui eles estão combinados para ressaltar que o Deus Criador é também o Deus da aliança com Israel.

    * 2.5 nenhuma planta … nenhuma erva do campo. Plantas não comestíveis, tais quais espinhos (3.18), e grãos cultivados (3.17), respectivamente. Por causa do papel crucial do jardim, das árvores e do solo amaldiçoado, esta introdução à narrativa da queda tem o seu foco sobre as plantas e não os animais.

    * 2:7

    Ver a nota teológica “Corpo e Alma, Homem e Mulher”, índice.

    formou. Esta figura de um oleiro representa a atividade de Deus em moldar a cada pessoa (10:8-12).

    ao homem … da terra. O jogo de palavras no hebraico “homem” (hebraico ’adam) e “terra” (hebraico ’adamah), demonstra a conexão próxima do homem com o solo (2.5. 15; 3.19), e reflete o ensino posterior de Paulo de que o primeiro Adão foi formado corpo natural para uma existência terrena. O celestial Filho do Homem (Dn 7:13) compartilhou desse estado terreno para assegurar ao homem caído um corpo espiritual de glória imperecível na ressurreição dos redimidos (1Co 15:42-49).

    soprou. Esta figura de linguagem representa a atividade criadora do Espírito (Sl 104:30; Ez 37:1-10, 14).

    alma vivente. O hebraico aqui é traduzido como “seres viventes” em 2.19. Observe que o texto não diz “um ser vivente se tornou homem” — o homem não é formado de vida preexistente. O homem é diferenciado dos animais por levar em si a imagem de Deus (1.26 e notas), e este mostra sua autoridade sobre os animais ao lhes dar nomes (vs. 19, 20).

    * 2.8-17 O relato da provação do homem começa na sua criação (v. 7). O palco para este drama é o paradisíaco Jardim do Éden (vs. 8-14), enquanto a trama consistia de eventos durante a provação que testavam a obediência do homem para com suas obrigações pactuais (vs. 15-17). Neste acordo pactual Deus graciosamente oferece vida à humanidade enquanto exige obediência aos seus mandamentos. O primeiro Adão, representando toda a humanidade, deixou de obedecer e trouxe morte sobre todos. A obediência ativa do Último Adão, Cristo, representando os eleitos, satisfaz as exigências de Deus e ganha para eles vida eterna (Rm 5:12-19; 1Co 15:45-49).

    * 2.8-14 O Criador, provendo o homem com toda sorte de bênçãos, impôs sobre ele as reivindicações do amor de Deus e tornou sua rebelião indesculpável (Rm 1:20). A humanidade foi criada para ter comunhão com Deus no jardim; sua expulsão daquele paraíso não é natural.

    * 2.8 jardim. Um santuário onde Deus convida a humanidade a gozar de comunhão e paz com ele. Querubins protegem a santidade do jardim (3.24 e nota; Êx 26:1; 2Cr 3:7) de forma que o pecado e a morte serão excluídas (3.23; Ap 21:8). Fé e obediência são pré-requisitos para se viver neste lugar de comunhão especial com Deus.

    Oriente. Nos tempos bíblicos o leste (aqui traduzido como Oriente), onde o sol nasce, representava vida e luz (3.24 e nota).

    Éden. A origem do termo Éden é debatida; pode se derivar de um termo acádio que significa “plano” ou “campina”, ou do termo hebraico que significa “prazer” ou “deleite” (da qual vem a associação de Éden com o termo “paraíso”). Éden era aparentemente a região na qual o jardim se situava (v. 10). A menção da Assíria e dos rios Tigre e Eufrates (v. 14 e referências laterais) indicam uma locação ao leste da Palestina na Mesopotâmia.

    *

    2.9 toda sorte de árvores … alimento. A vida no jardim é apresentada como uma mesa de banquete.

    árvore da vida. Esta árvore representa a vida no seu mais alto potencial — vida eterna. Ela só é disponível àqueles que entram novamente no jardim através do Segundo Adão (3.22; Ap 22:14). A contrapartida do fruto doador de vida desta árvore no Novo Testamento é encontrada na participação do Cristo doador da vida (Jo 6:53-56).

    árvore do conhecimento do bem e do mal. Bem e mal, um par de opostos como céu e terra (1,1) é uma figura de linguagem para um conhecimento potencialmente ilimitado. É uma árvore boa (3,22) mas o homem não deve tomar do seu fruto. O tomar ilícito deste fruto envolvia a declaração da autonomia humana, a tentativa de conhecer todas as coisas à parte de Deus. O homem deve viver pela fé na palavra de Deus e não por um professo conhecimento auto-suficiente (Dt 8:3; Ez 28:6, 15-17). A lei faz sábio o símplice (Sl 19:7-9).

    * 2.10 um rio. O local deste rio é desconhecido nos tempos atuais. O Tigre e o Eufrates não têm uma fonte única, mas alguns traduzem este verso como um rio que é formado pela confluência de quatro rios (ao invés de separar-se em quatro ramos).

    Este rio nos lembra da fonte de água viva, a fonte espiritual de vida, que flui do trono do Deus vivo (Sl 36:8; Jr 17:13; Ez 47:1-12; Ap 22:1). Jesus também usou o símbolo da água viva ao descrever as bênçãos da salvação (Jo 4:14; 7.37-39).

    * 2.11-13 A identidade dos rios Pisom e Giom é incerta.

    * 2:11

    Havilá. Provavelmente localizada na Arábia (10.7, 29; 25.18; 1Sm 15:7).

    * 2.15 cultivar e o guardar. O homem devia encontrar realização, não em uma vida de ócio, mas numa vida de trabalho recompensador em obediência à ordem de Deus. O hebraico por trás deste último termo (também em 3,24) tem a idéia de proteger contra inimigos.

    * 2:16

    deu esta ordem. As primeiras palavras de Deus para o homem tomam por certo sua habilidade de escolher, sua capacidade moral, e sua responsabilidade.

    * 2.17 não comerás. Esta única exclusão, uma exceção ao domínio do homem sobre a criação (1.29), confrontava-o com o domínio do Criador sobre ele.

    *

    2.18-25 A dádiva da primeira noiva apresenta o casamento antes da Queda e assim provê o fundamento para as leis contra o adultério (Êx 20:14; Hb 13:4), um modelo para o casamento, a base para o governo no lar e na igreja (1Co 11:3-12; 1Tm 2:12, 13), assim como um tipo do relacionamento entre Cristo e a sua igreja (Ef 5:22-32). O foco em 1.26, 27 é na sua sexualidade como homem e mulher; aqui, o seu relacionamento social como marido e esposa. Ver “Corpo e Alma, Homem e Mulher”, índice.

    * 2.18 Não é bom. Ver 1.4 e nota. O homem precisa de companhia na terra. No Antigo Testamento a pessoa mais santificada, o sumo sacerdote, se casa (Lv 21:13), e o Nazireu, separado de forma exclusiva para Deus, não é celibatário (Nm 6:1-4). O abstenção do casamento legal nunca é ordenada nas Escrituras (conforme 1Tm 4:3), embora a alguns seja dado o dom do celibato para serviço (1Co 7:7).

    auxiliadora. O homem foi formado primeiro, dando-lhe prioridade social, e a mulher mais tarde lhe foi dada como uma auxiliadora (1Co 11:3-12; 1Tm 2:10). A palavra “auxiliadora” implica a inadequação do homem, não a inferioridade da mulher, mesmo porque ela é comumente usada geralmente para Deus.

    que lhe seja idônea. A expressão assume um relacionamento de complementaridade; o que falta a ele, ela supre, e vice versa. Ambos compartilham da imagem de Deus (1.26, 27).

    * 2.19, 20 Adão está sendo preparado para a dádiva de Deus, Eva, ao tornar-se consciente da sua solidão e falta de companhia.

    * 2.19 e o nome que … desse. Ver 1.5 e nota. O portador da imagem de Deus cumpre agora o mandato cultural (1.26 e nota). A posição dos homens é um pouco mais baixa do que a dos seres celestiais e mais alta do que a dos animais (Sl 8:5).

    *

    2.20-25 Ver “Casamento e Divórcio”, índice.

    * 2.21 uma das suas costelas. Ou, “do seu lado.” A mulher é derivada do homem, dando a ele prioridade dentro da instituição do casamento (1Co 11:3, 8) e ressaltando a harmonia e intimidade que devem caracterizar o relacionamento dos casados (v. 22; Ef 5:28).

    2.23 Esta … varão. O primeiro poema do homem, sua única frase registrada antes da Queda, celebra o parentesco e companhia de sua esposa.

    chamar-se-á. O fato de ele dar nome duas vezes a ela implica a sua autoridade no lar (3:20; conforme Nm 30:6-8). Nos tempos antigos a autoridade para dar nome implicava a autoridade de governar (v. 19; 1.5 e notas).

    * 2.24 deixa. No casamento as prioridades de um homem mudam. As obrigações para com sua esposa tomam precedência.

    se une. Esta é a linguagem de compromisso do pacto. Não há momento em que os seres humanos sejam mais semelhantes ao Deus mantenedor do pacto do que quando estes entram em aliança uns com os outros. O casamento retrata o relacionamento de Deus com o seu povo (Os 2:14-23; Ef 5:22-32).

    uma só carne. A expressão indica a profunda solidariedade no relacionamento de casados. O compromisso singular e total envolvido implica que Deus pretendia que o casamento fosse monógamo.

    *

    2.25 não se envergonhavam. Esta declaração não idealiza o nudismo, mas mostra por que os seres humanos devem usar roupas. Com a Queda veio a trágica perda da inocência (junto com a vergonha resultante). Quando a mente das pessoas é iluminada pelo evangelho, elas entendem sua fragilidade moral e se vestem com roupas que as protegem contra a tentação sexual.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
    2.2, 3 Vivemos em um mundo que está orientado para a ação!

    Sempre parece que há algo para fazer e não fica tempo para descansar. Entretanto, Deus demonstrou que o descanso é adequado e bom. Se Deus mesmo descansou de seu trabalho, não deve nos surpreender que também nós precisemos descansar. Jesus demonstrou este princípio quando O e os discípulos saíram em uma barco para afastar-se da pressão da multidão (veja-se Mc 6:31-32). Nossos momentos de descanso nos refrescam para estar preparados para nossos momentos de serviço.

    2:3 Que Deus tenha bento o sétimo dia significa que o apartou para um uso santo. Este ato se tira dos Dez Mandamentos (Ex 20:1-17) onde Deus ordena a observância do dia de repouso.

    2:7 "Do poeira" implica que não há nada especial nos elementos químicos que constituem nossos corpos. O corpo é uma casca inanimada até que Deus lhe dá vida com seu "fôlego de vida". Quando Deus retira seu fôlego de vida, nossos corpos retornam uma vez mais ao pó. portanto, a vida e o valor do homem provêm do Espírito de Deus. Muitos se gabam de seus lucros e habilidades, como se eles fossem os que originam suas próprias forças. Outros se sentem inúteis porque suas habilidades não se destacam. Para falar a verdade, nosso valor provém, não de nossos lucros, mas sim do Deus do universo que escolhe nos dar o presente misterioso e milagroso da vida. O valora sua vida, você faça o mesmo.

    2:9 O nome da "árvore da ciência do bem e do mal" implica que o mal já existia, se não no horta, então no momento da queda de Satanás.

    2.9, 16, 17 Acaso a árvore de vida e a árvore da ciência do bem e do mal eram árvores reais? Freqüentemente se expressam dois pontos de vista diferentes:

    (1) As árvores eram reais, mas simbólicos. A vida eterna com Deus estava simbolizada ao comer da árvore da vida.

    (2) As árvores eram reais, possuíam propriedades especiais. Ao comer o fruto da árvore da vida; Adão e Eva podiam ter vida eterna, desfrutando de uma relação permanente como filhos de Deus.

    Em qualquer dos casos, o pecado do Adão e Eva os separou da árvore da vida e assim lhes impediu de obter vida eterna. De um modo interessante, a árvore da vida aparece uma vez mais em Apocalipse 22 onde a gente está desfrutando de vida eterna com Deus.

    2.15-17 Deus deu ao Adão a responsabilidade do horta e lhe disse que não comesse da árvore da ciência do bem e do mal. Antes que acautelá-lo fisicamente de comer, Deus deu ao Adão uma opção, mesmo que ele pudesse escolher equivocadamente. Atualmente Deus nos segue dando alternativas e nós também, escolhemos equivocadamente. Estas eleições errôneas nos podem causar dor, mas nos podem ensinar a aprender e a crescer e a fazer melhores eleições no futuro. Viver com a conseqüência de nossas decisões nos ensina a pensar e escolher com mais cuidado.

    2.16, 17 por que Deus colocou uma árvore no horta, para depois proibir ao Adão comer dele? Deus queria que Adão o obedecesse, mas O lhe deu a liberdade da eleição. Sem uma alternativa, Adão teria sido como um prisioneiro, e sua obediência teria sido oca. As duas árvores apresentavam um exercício de decisão, com recompensas se se escolhia obedecer ou tristes conseqüências se se decidia desobedecer. Quando você se em frente à alternativa, sempre escolha obedecer a Deus.

    2.18-24 A obra criativa de Deus não esteve completa até que criou à mulher. Pôde havê-la feito do poeira, como fez ao homem. Entretanto, decidiu fazê-la do osso e da carne do homem. Ao fazer isto nos ilustrou que no matrimônio o homem e a mulher chegam a ser simbolicamente uma só carne. Esta é uma união mística dos corações e as vistas do casal. Ao longo da Bíblia, Deus trata seriamente esta união especial. Se você está casado ou planeja casar-se está você disposto a guardar seu compromisso que faz que os dois sejam um? A meta do matrimônio devesse ser mais que uma amizade; devesse ser uma unidade.

    2.21-23 Deus desenhou e equipou ao homem e à mulher para realizar diferentes tarefas, mas todas estas tarefas apontam à mesma meta: honrar a Deus. O homem dá vida à mulher; a mulher dá vida ao mundo. A cada rol correspondem privilégios exclusivos; não se admite o pensamento de que um sexo seja superior ao outro.

    2:24 Deus deu o matrimônio como um presente para o Adão e Eva. Foram criados perfeitamente para complementar-se entre si. O matrimônio não foi só por conveniência, tampouco o originou nenhuma cultura. Foi instituído Por Deus e conta com três aspectos básicos: (1) O homem "deixa" a seu pai e a sua mãe e, em um ato público, promete-se a sua esposa. (2) O homem e a mulher se unem ao tomar a responsabilidade do bem-estar de cada um e ao amar a seu casal sobre todos outros; (3) ambos chegam a ser "uma carne" na intimidade e no compromisso da união sexual que está reservada só para o matrimônio. Os matrimônios sólidos de hoje incluem estes três aspectos por completo.

    2:25 notou você como um menino pequeno pode correr nu em um quarto cheio de estranhos sem envergonhar-se? Não está consciente de sua nudez, assim como Adão e Eva não se envergonhavam em sua inocência. Mas depois de que Adão e Eva pecaram, seguiram-lhe a vergonha, a pena e o desconforto; criando barreiras entre eles mesmos e Deus. Freqüentemente experimentamos estas mesmas barreiras no matrimônio. Seria ideal que os maridos não tivessem barreiras, e não sentissem vergonha de expor o um ao outro ou a Deus. Como Adão e Eva (3.7), pomo-nos folhas de figueira (barreiras) devido a que há aspectos nossos que não queremos que nossa esposa, ou Deus, conheça. Logo nos escondemos, da mesma maneira que Adão e Eva se esconderam de Deus. No matrimônio a falta de intimidade espiritual, emocional e intelectual pelo general precede a uma desintegração da intimidade física. Do mesmo modo, quando não podemos expor nossos pecados e pensamentos secretos a Deus, fechamos as linhas de comunicação que temos com O.

    O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O MATRIMÔNIO

    Gn 2:18-24 O matrimônio foi idéia de Deus

    Gn 24:58-60 A entrega total é essencial para um bom matrimônio

    Cantar dos Ct 4:9-10 O romance é importante

    Jr 33:10-11 O matrimônio oferece momentos de grande gozo

    Ml 2:14-15 O matrimônio proporciona o melhor ambiente para criar filhos

    Mt 5:32 A infidelidade rompe o laço da confiança. A confiança é básica em todas as relações

    Mt 19:6 O matrimônio é permanente

    Rm 7:2-3 O ideal é que só a morte dissolva o matrimônio

    Ef 5:21-33 O matrimônio está apoiado na prática dos princípios do amor, não nos sentimentos

    Ef 5:23, Ef 5:32 O matrimônio é um símbolo vivo de Cristo e a Igreja

    Hb 13:4 O matrimônio é bom e honroso


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
    g. O setimo dia-O sábado de lazer (2: 1-3)

    1 E os céus ea terra foram acabados, e todo o exército deles. 2 E no sétimo dia Deus terminou a sua obra que tinha feito; e ele descansou no sétimo dia de toda a obra que fizera. 3 E abençoou Deus o dia sétimo, eo santificou; porque nele descansou de toda a obra que Deus criara e fizera.

    O significado destes versos é evidente em seus verbos: acabado, descansou, abençoado, santificado . O grande projeto de os céus ea terra foi trazido para a conclusão perfeita. O anfitrião , ou mais literalmente "o exército", dos céus e da terra estava em seu lugar. A imagem é linda, com as estrelas que marcham em todo o céu em seus cursos designados como soldados na parada e as inúmeras criaturas da terra ocupada que realizam todos os desejos de seu Comandante divina. Criação de Deus foi marcado por sua ordem e abundância.

    O sétimo dia trouxe uma cessação da actividade criativa original de Deus. Se o dia de descanso deve ser pensado como um período até o presente, tanto quanto o tipo de criatividade exercida durante os seis dias está em causa, ou se Deus renovou Sua criatividade em algum sentido, depois de um dia ou período de descanso, não é claro. "Terminado" (Gn 2:1) pelo menos indica que o trabalho original, de base foi feito. Mas ele usou sua própria experiência e exemplo como base para o estabelecimento de um padrão de seis dias de trabalho seguidos por um de descanso para o homem. A reverência especial para o sétimo dia parece ter existido desde o início da raça humana, e tem sido observado pelos estudiosos e viajantes entre os antigos persas, indianos, teutônicos, gregos, fenícios, assírios, babilônios, egípcios, e as tribos primitivas da África e das Américas. Tudo isto testemunhas da verdade do registro bíblico e sua conta da instituição de origem do sábado. Os homens têm se afastado de Deus de muitas maneiras e ter corrompido os Seus mandamentos, mas aqui é um mandamento que ainda lança raios fracos de luz em lugares mais escuros. A reverência babilônico para o sétimo dia lembra-nos que os babilônios também tinha um relato da criação, escrita em sete comprimidos, descoberto no local de Nínive, no século XIX. A conta tem muitos paralelos com a bíblica, mas é revoltante para um leitor moderno por causa de seu politeísmo bruta. Enquanto ele tem um certo valor em confirmar a verdade do relato bíblico, o seu valor é parcialmente visto nos contrastes entre as contas. Só se pode ver nele o quão longe o homem extraviado pode passear de verdade revelada por Deus quando ele rejeita direção de sua vida de Deus.

    Hallowed , é interessante notar, é a primeira aparição de uma das palavras bíblicas para "santificados" (conforme KJV) ou qualquer de suas palavras afins, "santo", "santidade", etc. Aqui se aplica a Sua configuração além do sábado peculiarmente para Si, para o descanso do corpo do homem e para o aprofundamento da comunhão do seu espírito com o Deus que o fez.

    3. A Origem do Homem (2: 4-25)

    1. Criador do homem (2: 4-6)

    4 Estas são as origens dos céus e da terra, quando foram criados, no dia em que o Senhor Deus fez o céu ea terra. 5 E nenhuma planta do campo ainda estava na terra, pois nenhuma erva do campo tinha ainda surgido acima; porque o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para lavrar a terra; 6 , mas levantou-se um vapor da Terra e regou toda a face da terra.

    Assim como o escritor de Gênesis estreitou seu foco entre Gn 1:1 , Gn 11:27 ; Gn 25:1,Gn 25:12 , Gn 25:19 ; Gn 36:1 , Gn 1:21 , e 24 . Mas os elementos distintivos da criação do homem dada em Gn 1:1)

    8 E o Senhor Deus plantou um jardim ao oriente, no Éden; e pôs ali o homem que tinha formado. 9 E fora do terreno fez o SENHOR Deus a crescer a cada árvore que é agradável à vista, e boa para comida; . a árvore da vida no meio do jardim, ea árvore do conhecimento do bem e do mal 10 E saía um rio do Éden para regar o jardim; . e dali se dividia e se tornava em quatro braços 11 O nome do primeiro é Pishon: este é o que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro; 12 e o ouro dessa terra é bom: ali há o bdélio . e pedra ônix 13 E o nome do segundo rio é Giom, o mesmo que é que rodeia toda a terra de Cush. 14 E o nome do terceiro rio é Tigre; este é o que vai na frente da Assíria. E o quarto rio é o Eufrates. 15 E o Senhor Deus tomou o homem, eo pôs no jardim do Éden para o lavrar e guardar. 16 E o Senhor Deus ordenou ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente: 17 mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que comeres dele tu certamente morrerás.

    Gn 2:1 ). Ele ensina que a vida eterna não é inerente ao homem, mas à sua disposição somente através da graça e do poder de Deus. Ele era dependente de acesso constante aos seus frutos e foi condenado à morte, quando separado dele. O acesso à árvore será renovado no céu (Ap 22:2)

    18 E o Senhor Deus disse: Não é bom que o homem esteja só; Vou fazer-lhe uma auxiliadora idônea para ele. 19 E fora do chão o Senhor Deus formou todos os animais do campo e todas as aves do céu; e os trouxe ao homem para ver o que ele iria chamá-los; e tudo o que o homem chamou a todo ser vivente, isso foi o seu nome. 20 E o homem deu nome a todos os animais domésticos, às aves dos céus, e para cada os animais do campo; mas para o homem não se achava uma auxiliadora idônea para ele. 21 E o Senhor Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e fechou a carne em seu lugar: 22 E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão. 23 E o homem disse: Isto é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; ela será chamada mulher, porque ela foi tirada do homem. 24 Portanto o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher. e eles serão uma só carne 25 E ambos estavam nus, o homem e sua esposa, e não se envergonhavam.

    Pela primeira vez, Deus pesquisou o que tinha feito e disse: Não é bom , isto é, que o homem esteja só . Devido a isso, ele decidiu fazer uma ajuda ou helper meet ou adequado para ele . O original é, literalmente, "um ajudante correspondente a ele."

    Os seguintes versos não se destinam a dizer que Deus, de acordo com esta suposta segunda e contradizendo conta da criação, criou os animais depois que o homem. Cronologia não está na foto. Mas, em conexão com a busca de um companheiro para o homem, a criação dos animais e pássaros de Deus é mencionado como uma questão de disciplina e à semelhança da sua origem no pó da terra é enfatizado. Agora Ele trouxe-os ao homem, que ficou suficientemente familiarizados com elas o nome de cada 1.Mas, apesar de uma origem parcialmente semelhante e perto convivência foi encontrado nenhum companheiro adequado.

    Depois segue-se uma das mais belas e profundas passagens da Bíblia. Deus decidiu criar um companheiro especial para o homem, um projetado especialmente para ele e formou a partir de uma parte de seu corpo. Assim, o companheiro do homem não se originou simultaneamente com ele, como aparentemente fez a fêmea de todas as outras espécies, mas depois, com o seu próprio corpo dependente dele para a sua existência, mas concebido de modo a fornecer àquele em que foi falta. Adão reconheceu como osso dos seus ossos e carne de sua carne, e deu a ela o nome de Mulher (hebraico ishshah) porque ela foi tirada do homem (em hebraico ish ). As Escrituras não deixam claro se Adão, ou o escritor de Gênesis, ou o próprio Deus falou as palavras do versículo 24 .Mas seu uso mais tarde por Cristo (Mateus 19:5.) só aumenta a sua autoridade e deixa claro que o relacionamento entre marido e mulher é o mais forte, o mais indissolúvel de todos os relacionamentos-forte até do que o de pai e filho humanos. Nos mistérios da providência divina, eles são um biologicamente e até certo ponto espiritualmente. A história da criação termina com eles partilhar uma linda e ideal de vida nu, não me envergonho , santo, inocente, as criaturas perfeitas de um Deus perfeito, cercado por cada prova de Seu amor e cuidado.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
  • O primeiro sábado (shabbãth) (2:1-3)
  • A palavra shabbath significa ape-nas "cessar". Deus nao "descansou" porque estava cansado, já que Deus não se cansa (Sl 121:4). Antes, ele cessou suas obras criativas, a tarefa estava terminada. Ele abençoou as criaturas (1:
    22) e o homem (1:28). Agora, ele abençoa o sétimo dia ao separá-lo como um dia especial. Aqui, não há uma ordem para que as pessoas observem o sábado. De fato, uma vez que Adão foi criado no sexto dia, na verdade o sétimo dia era o primeiro dia para ele.

    O sábado não é mencionado de novo no Antigo Testamento até Êxo-Dt 20:8-5, quando Deus dá o sába-do a Israel como seu sinal especial da aliança (Êx 31:12-1 7). Nas Escrituras, não há evidência de que Deus tenha dito aos gentios que observassem o sábado; na verdade, Sl 147:19-19). Cristo, enquanto esteve na terra, observou o sábado, já que viveu sob a dispensação da Lei. E claro que ele não seguia as re-gras dos fariseus, feitas pelos homens (Mc 2:23-41).

    Nos primeiros anos da igreja, os cristãos encontravam-se na sinago-ga no sábado, isso até que os judeus cristãos passaram a ser perseguidos e expulsos. Entretanto, o primei-ro dia da semana (domingo, o dia do Senhor) era o dia especial deles para a comunhão e a adoração (At 20:7;1Co 1:1-46 in-dica que a legitimidade em guardar o sábado é um retorno à escravidão. Rm 14:4-45 sugere que guar-dar o sábado pode ser uma marca da imaturidade do cristão que tem"" pouca consciência. Com certeza, vários grupos de cristãos confessos podem adorar no sábado, se assim preferirem, mas não devem con-denar os que dão ênfase especial à adoração nos domingos, o dia da ressurreição.

  • O primeiro jardim (2:4-14)
  • Podemos resumir a história da Bí-blia com quatro jardins: (1) Éden, onde entrou o pecado; (2) Getsêma- ni, onde Cristo entregou-se à mor-te; (3) Calvário, onde ele morreu e foi sepultado (veja Jo 19:41-43); e (4) o jardim celestial (Ap 21:1 ss). Moisés descreve a moradia que Deus deu para o primeiro casal. O relato da criação no capítulo 1 não inclui os detalhes adicionais dados nessa passagem; esses detalhes são complementares, não contraditó-rios. O versículo 5 indica que Deus precisava do homem para cultivar a terra. O homem foi formado como o oleiro forma a argila (mesma pa-lavra em Jr 18:1 ss). O homem ti-

    I nha a responsabilidade de cuidar do jardim (zelar) e de protegê-lo (guardá-lo, sugerindo a presença de um inimigo). Deus deu a Adão e Eva tudo que precisavam para viver e ser felizes, tudo que era bom e agradável, e permitiu que usufruís-sem de tudo em abundância.

    As duas árvores são importan-tes. O texto Dt 3:22 sugere que a árvore da vida fornece vida para a humanidade (veja também Ap 22:2). Se Adão tivesse comido da árvore da vida depois de pecar, não teria morrido, e, assim, a morte não passaria para todos os homens (Rm 5:12ss), e Cristo não precisaria mor-rer para redimir os homens. A árvo-re do conhecimento simbolizava a autoridade de Deus; comer dessa árvore significava desobedecer a Deus e incorrer em pena de morte. Não sabemos que árvores eram es-sas, contudo é evidente que Adão e Eva compreendiam a importância delas.

  • A primeira lei (2:15-17)
  • Adão era uma criatura perfeita que nunca pecara, mas tinha capaci-dade para pecar. Deus fizera Adão um rei com domínio (1:26ss). Con-tudo, um governante só pode go-vernar outras pessoas se conseguir governar a si mesmo, assim, era necessário que Aclao fosse tentado. Deus sempre quis que suas criatu-ras o amassem e lhe obedecessem

    de livre vontade, e não por coerção ou por recompensa.

    Esse teste era perfeitamente le-gítimo e justo. No jardim, Adão e Eva desfrutavam de liberdade e de provisão em abundância e não pre-cisavam do fruto da árvore do co-nhecimento do bem e do mal.

  • O primeiro casamento (2:18-25)
  • Tudo na criação era "muito bom" (1:31), exceto a solidão de Adão. "Não é bom que o homem esteja só", essa afirmação aponta o funda-mento para o casamento: (1) forne-cer companhia; (2) dar continuida-de à raça; (3) ajudar um ao outro a trazer à tona o melhor de si mesmo. O verbo "auxiliar" (v. 18) refere-se à auxiliadora: alguém que satisfaça as necessidades dele. Em nenhuma parte da criação animal, encontra-se essa criatura, o que mostra o grande abismo existente entre as criaturas irracionais e os seres humanos feitos à imagem de Deus. Deus fez a pri-meira mulher com a carne e o osso do primeiro homem, e ele fechou "o lugar com carne" (v. 21). No ver-sículo 22, na verdade, o verbo "fa-zer" seria "construir", como cons-truir um templo. O fato de Eva ser feita com o osso e a carne de Adão mostra a unidade da raça humana e a dignidade da mulher. Observe que Eva foi feita não a partir dos pés do homem para ser pisada por ele, ou da cabeça dele para que o governe,, mas de seu lado para estar perto do coração dele e ser amada por ele.

    Adão deu nome a todos os animais que Deus trouxe até ele (v. 19), o que mostra que o primeiro homem tinha inteligência, vocabu-lário e fala. Agora ele dá o nome de "mulher" a sua noiva (ishshah, em hebraico, relaciona-se a ish, que sig-nifica "homem"). Por isso, homem e mulher se pertencem em nome e em essência. Como seria maravilho-so se todos os casamentos fossem realizados por Deus. Assim, todas as casas seriam o paraíso na terra.

    É claro que esse evento é uma bonita ilustração de Cristo e sua igreja (Ef 5:21-49). Cristo, o último Adão, dá vida à igreja quando mor-re na cruz, e os homens perfuram o lado de seu corpo (Jo 19:31-43). Ele compartilha nossa natureza huma-na a fim de que possamos compar-tilhar a natureza divina dele. Eva foi objeto do amor e do interesse de Adão, assim como a igreja rece-be o amor e o ministério de Cristo. Em 1Tm 2:11-54, observa-se que Adão comeu de boa vontade do fruto proibido, que ele não foi enganado como Eva. Ele quis trans-formar-se em pecador a fim de ficar com sua noiva, assim como Cristo quis fazer-se pecado a fim de que pudéssemos ficar com ele para sempre. Que amor e que graça! Observe também que Eva foi feita antes de o pecado entrar em cena,

    exatamente como fomos escolhi-dos em Cristo "antes da fundação do mundo" (Ef 1:4).

    Se observarmos de perto esses versículos, veremos neles três ima-gens da igreja iguais à descrição da igreja fornecida em Efésios. Eva era a noiva (Ef 5:21-49); ela também era parte do corpo de Adão (Gn 2:23; Ef 5:29-49); e ela foi feita, ou "construí-da", o que sugere a igreja como um templo de Deus (Ef 2:19-49).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
    2.1 No capítulo 2, o pensamento relativo à criação não é mais o que domina. No capítulo 1, o homem aparece como sendo a finalidade e a coroa da criação; no capítulo 2, ele aparece como dando início à história.

    2.2 O descanso de Deus, no sétimo dia, compreende a cessação do trabalho criador e a satisfação em face do que tinha sido realizado. Trata-se de um dia separado (consagrado) para um propósito especial, incluindo o repouso físico e o reconhecimento da bondade divina mediante o culto (conforme Êx 20:7 N. Hom.).

    2.4 A palavra traduzida como "gênese" é toledoth no hebraico, que pode referir-se às fontes históricas de que Moisés dispunha, ou pode ser tão somente a indicação de certa descontinuidade relativamente ao que ficara dito antes, ao introduzir-se novo assunto (cf. outras ocorrências da mesma palavra em Gn 5:1; 6:9; 10:1; 11:10; 11:27; 25:12, 19; 36:1, 9; 37:2. Conforme NCB p. 81).

    2.11 A terra de Havilá banhada pelo Pisom estava na vizinhança do Éden. Outra Havilá é mencionada (25,18) como região de Israel; também 1Sm 15:7, se refere a uma Havilá, região habitada por amalequitas e descendentes de Esaú, que ficava no deserto da Arábia.

    2.19 As palavras "homem" e "Adão" tem o mesmo sentido em hebraico.

    2:20-25 "Adão e Cristo". Ef 5:22-49, ensina que a Igreja (incluindo todos os crentes) está para Cristo assim como Eva estava para Adão:
    1) Cristo, em certo sentida, necessita e busca nossa companhia como "ajudador", ou algo que o completa;
    2) somos espiritualmente segregados de Cristo a fim de novamente com ele nos identificarmos em um corpo;
    3) ninguém poderá tornar-se como "carne da mesma carne" com Cristo, se não se dispuser a abandonar a velha habitação que é o mundo (conforme 1Jo 2:15).

    2.25 O capítulo 2 revela o propósito de Deus para com a humanidade e, conseqüentemente, para com cada indivíduo:
    1) Afinidade do homem com Deus (v. 7 );.
    2)
    Culto que o homem tributa a Deus (v. 3);
    3) Comunhão do homem com Deus (v 16);
    4) Cooperação do homem com Deus (v. 18);
    5) Lealdade de homem para com Deus (v. 19);
    6) Vida social do homem como algo proveniente de Deus, e que visa a Deus (v. 24).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
    O sétimo dia (2:1-3)

    O propósito de Deus tinha sido atingido de forma tão perfeita que no sétimo dia ele sãbat, i.e., ele cessou (NEB, Speiser), parou (Driver), descansou (BJ), acabou de fazer [...] e descansou (BLH). No contexto, descansou é inadequado (v. 2,3), pois implica esforço que não foi de forma alguma sugerido. Podemos observar com base no v. 2 que ninguém poderia afirmar que a obra de Deus estava concluída, até que ele mostrasse que estava ao cessar de fazê-la (semelhantemente, em Ex 20.9 o guardar o sábado é um sinal de que todo o trabalho do homem foi feito). Que esse cessar da obra da criação é final e definitivo se mostra pela omissão de qualquer menção conclusiva de noite e manhã. Por isso, não há contradição com Jo 5:17, em que a referência é a obra de cura, e não de criação. Embora fique claro que o homem em comunhão com Deus vai guardar o sábado (conforme He 4:9,He 4:10), no sentido de cessar de fazer o seu próprio trabalho, não há evidências de uma revelação universal nos primórdios; Esdras afirmou que tinha sido uma revelação a Israel (Ne

    9.14). Não reconhecer que a prova de Deus ter concluído sua obra era o sábado levou o Sam., a LXX e o Sir. a ler “no sexto dia” (v. 2), e isso foi seguido pela NEB.

    b) A criação do ponto de vista do homem (2:4-25)

    Se o v. 4 é considerado a conclusão da história anterior da criação (como fazem a NEB, BJ, GNB, Wiseman) ou a introdução da segunda história (como fazem a NVI, RV, Kidner) é de pouca importância, a não ser que se considere com Wiseman que a frase esse é o relato de... seja a pista para a leitura de Gênesis. Aliás (ao contrário do TM), Skinner, Speiser, NEB, BJ, GNB dividem o versículo entre as duas histórias. Parece não fazer grande diferença para a nossa compreensão.

    Essa história se desenrola claramente numa região árida, irrigada somente por água subterrânea que irrompe repetidamente do solo (conforme NEB) que a teria tornado cultivável, um fato que aparentemente é ignorado por Kidner, quando argumenta a favor de um desperdício de água. Apesar dos argumentos de Morris e Whitcomb, não há fundamento para o ponto de vista de que não houve chuva até o Dilúvio, e tampouco a linguagem aqui é compatível com isso, pois claramente ela implica que a chuva era algo a ser esperado.

    Na seção de 2.4—3.24, o Criador é chamado Javé Elohim, um título praticamente único. Não é difícil encontrar a razão disso. Elohim ressalta o poder de Deus, e é o uso óbvio em 1.1—2.3. Javé é Deus quando se revela ao homem e cuida dele. O título duplo serve para ressaltar que o Deus da criação é também o Deus que estabelece um relacionamento com o homem; isso nos ajuda também a evitar o tipo de crítica que contrasta o Deus do Antigo Testamento com o Deus do Novo Testamento, v. 5. não havia homem\ homem (’ãdãm) é humanidade, incluindo os dois sexos. Ocorre como nome próprio somente a partir Dt 4:25, como está na NEB — o seu uso como nome na NVI em

    3.21 e 4.1 é incorreto. O termo é associado com dãmãh, “solo cultivável” (v. 7). Esse versículo é fundamental para o conceito de homem no AT, i.e., um corpo do mundo criado, ligando-o com toda a criação, sopro, ou espírito de Deus, dando a ele vida e individualidade, juntos criam uma unidade psicossomática, uma nephes hayyãh, uma alma vivente (conforme comentário em 1.21 e A Teologia do Antigo Testamento, p. 76). O termo sopro (n‘sãmãh) é usado aqui, e não “espírito” (.ruah), provavelmente para evitar a sugestão de que o homem fosse um ser semidivino.

    O homem foi criado numa região árida que se tornou cultivável somente pelo irromper repetido de água subterrânea. De lá, ele foi levado para um jardim, ou antes um “parque”, especial que ficava ao leste (v. 8,9) no Éden, um lugar não especificado — comentários o situam com igual certeza nos planaltos da Anatólia ou da Armênia, ou logo acima do golfo Pérsico. O homem recebeu a tarefa de ampliar as condições do seu lar para o mundo à sua volta, um pensamento sugerido nos v. 10-14, uma seção que até agora não recebeu uma explicação física adequada, talvez por causa dos efeitos do Dilúvio. Precisamos observar que a tarefa do homem não era somente cultivar o jardim, mas também guardá-lo — cuidar dele é uma tradução muito fraca de sãmar (conforme comentário Dt 1:28); havia perigos, não especificados, fora do jardim.

    A árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal (v. 9). A Bíblia rejeita completamente a idéia que está por trás de toda mágica, i.e., a superstição de que o homem pode forçar o braço de Deus por meio de uma palavra, coisa ou ação. Por con-seqüência, o conhecimento do bem e do mal e também o presente da vida eram atributos que Deus escolheu dar a essas árvores; não eram parte da essência delas. Podemos até questionar se o comer involuntário ou acidental por parte do ser humano teria tido algum efeito sobre ele. Em outras palavras, a sua ação era sacramental (Leupold).
    v. 17. conhecimento do bem e do mah essas árvores são consideradas por muitos como significando o certo e o errado em termos morais, mas isso é muito improvável. Se o homem não tivesse um sentido moral em virtude de sua criação, poderíamos perguntar em que sentido ele teria sido criado à imagem de Deus. Além disso, sem esse conhecimento a sua desobediência dificilmente poderia ter sido considerada pecado no sentido amplo. Como foi ressaltado em 1.4, bem não tinha necessariamente um sentido moral, e o mesmo é válido para mal (raj\ conforme Gn 47:9 (“[anos] difíceis”, NVI), Is 45:7 (“desgraça”, NVI). Visto que o homem, ao contrário dos animais, não foi criado com um conhecimento intuitivo do que era bom ou mal para ele, dependia de Deus para orientação diária. Seja qual for a razão (conforme 3.22), a árvore da vida não recebe menção especial. A advertência da pena de morte sugere fortemente que o homem sabia o significado da palavra. Foi a morte humana, e não a morte animal, que o pecado introduziu no mundo — não há sugestão em lugar algum acerca da imortalidade animal — assim Adão pode tê-la encontrado do lado de fora, antes de ter sido transferido para o jardim. A morte para o AT significava acima de tudo a incapacidade de agir, e essa foi a conseqüência principal da desobediência do homem; a advertência de Deus se cumpriu completamente. A morte física do homem foi meramente a conseqüência lógica e inevitável.

    Dando nomes aos animais (v. 18-20). No mundo antigo, dar nome a uma pessoa era um sinal de autoridade sobre aquela pessoa (conforme 2Rs 23:34; 2Rs 24:17). Assim, o fato de o homem dar nomes aos animais é o primeiro ato registrado do seu domínio sobre os animais. Visto que o registro está centrado no homem, não há razões para imaginar que isso incluiu outros animais que não fossem nativos daquela região, ou que a sua distribuição era muito diferente naquela época — observe que os peixes não são mencionados, tampouco os “pequenos animais que se movem rente ao chão”. Não temos indicação alguma dos nomes, pois a primeira língua do ser humano certamente não foi o hebraico.

    A criação da mulher (v. 20-25). Ao dar nomes aos animais, o homem tinha percebido claramente que em todos os casos havia dois sexos, em alguns casos bastante diferentes, e que ele estava sozinho. A verdadeira parceria, ao contrário do instinto sexual, precisa estar fundamentada em clara necessidade e desejo. O ser humano, por ter sido feito à imagem de Deus — que é uma Trindade —, é por natureza um ser social. Assim, a solidão não é boa para ele; o v. 18 faz menção dos dois sexos de forma igual! Visto que o propósito criativo de Deus significou desde o início os dois sexos, masculino e feminino (1.27), a primeira cura para a solidão foi a criação da mulher para ser parceira do homem; o hebraico implica o encaixe em uma unidade, em que cada um ajuda o outro da mesma forma.
    Devemos questionar seriamente se sela1 significa de fato costela ou simplesmente “lado” (conforme nota de rodapé da NVI). Se é “lado”, então há segredos científicos escondidos aqui que estão além do escopo deste comentário. Diferentemente de qualquer outro casamento, Adão e Eva, embora cada um encontrasse o seu complemento no outro, eram essencialmente um, que é o alvo nunca completamente atingido de todo verdadeiro casamento (v. 24, “uma só carne”); cf. At 17:26 (não a VA). Ao contrário do que diz 3.16, e da prática moderna na maioria dos casos, o homem deveria subordinar os seus interesses aos de sua esposa (v. 24).

    O desejo quase universal do homem decaído de cobrir o seu corpo, ao menos em parte, encontra o seu paralelo naquilo que está escondido na sua psique, seja conscientemente, seja de forma a se enganar a si mesmo e a outros; i.e., a nudez aqui é tanto literal quanto simbólica. Em 3.7 (q.v.), ela parece assumir um significado ainda mais profundo.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 2 do versículo 1 até o 2

    Gn 2:1,Gn 2:2. Acabados (keilâh) . . . descansou (sheibat) . . . santificou (keidash). Quando o Criador pronunciou Sua aprovação sobre tudo o que tinha feito, inclusive o homem, a coroa da criação, declarou a conclusão da obra. No momento não daria início a mais nada. Entretanto, Ele santificou um dia de completo descanso. A palavra hebraica, sheibat, pode ser traduzida para "desistiu" ou "cessou" ou "interrompeu". Durante este período até Deus descansaria das atividades criadoras (cons. Ex 20:11; Ex 31:17).


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de Gênesis Capítulo 2 versículo 1
    Gn 2:1 - Como o mundo pôde ser criado em seis dias?

    PROBLEMA: A Bíblia diz que Deus criou o mundo em seis dias (Ex 20:11). Mas a ciência moderna declara que isso levou bilhões de anos. As duas posições não podem ser verdadeiras.

    SOLUÇÃO: Há basicamente duas maneiras para superar esta dificuldade. Primeiro, alguns eruditos argumentam que a ciência moderna não está certa. Insistem em dizer que o universo tem apenas alguns milhares de anos e que Deus criou todas as coisas em seis dias literais (6 dias de 24 horas, ou seja, 144 horas). Para sustentar esta posição, eles apresentam os seguintes pontos:

    1.Cada dia do Gênesis tem "tarde e manhã" (conforme Gn 1:5,Gn 1:8,Gn 1:19,Gn 1:23,Gn 1:31), o que é próprio do dia de 24 horas na Bíblia.

    2.Os dias foram numerados (primeiro dia, segundo dia, terceiro dia etc), uma característica peculiar dos dias de 24 horas na Bíblia.

    3. Ex 20:11 compara os seis dias da criação com os seis dias de uma semana (literal) de trabalho de 144 horas.

    4.Há evidência científica que suporta uma idade jovem (de milhares de anos) para a Terra.
    5.Não haveria como a vida sobreviver milhões de anos do dia três (1;
    11) ao dia quatro (Gn 1:14) sem lua.

    Outros eruditos da Bíblia afirmam que o universo pode ter bilhões de anos, sem que com isso se esteja sacrificando um entendimento literal de Gn 1:1), ou um intervalo de tempo entre os dias. Há intervalos em outras partes da Bíblia (como em Mt 1:8, onde três gerações são omitidas, em comparação com 1Cr 3:11-14).

    2.A mesma palavra hebraica para "dia" (yom) é empregada em Gn 1:1 faz uso desta palavra no sentido do período total da criação de seis dias.

    3.Às vezes a Bíblia emprega a palavra "dia" para longos períodos de tempo: "Um dia é como mil anos" (2Pe 3:8; conforme Sl 90:4).

    4.Há alguns indícios em Gn 1:1), e que ele ainda está no seu

    descanso da criação (He 4:4). Assim, o sétimo dia já tem tido uma duração de milhares de

    anos. Dessa forma, os outros dias bem que poderiam ter tido milhares de anos também.

    5.Ex 20:11 pode estar fazendo simplesmente uma comparação de unidade por unidade dos dias de Gênesis com uma semana de trabalho (de 144 horas), e não uma comparação minuto a minuto.

    Conclusão: Não se demonstra contradição alguma em fatos, entre Gênesis 1 e a ciência. Há apenas um conflito de interpretações. Ou os cientistas de hoje em sua maioria estão errados ao insistirem que o mundo tem bilhões de anos, ou então alguns dos intérpretes da Bíblia estão equivocados ao insistirem em dizer que foram apenas 144 horas que durou a criação, ocorrida alguns milhares de anos antes de Cristo, sem intervalos de tempo correspondentes a milhões de anos. Mas, em qualquer dos casos, não se trata de uma questão de inspiração das Escrituras, mas de sua interpretação (em relação a dados científicos).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
    b) O lugar do homem (Gn 2:4-25)

    1. OS PRINCÍPIOS DA HISTÓRIA DO HOMEM (Gn 2:4-7). Estas são as origens (4). Pela primeira vez se nos depara o vocábulo toledoth, de que na 1ntrodução se fez larga referência. Nesta narração da origem de todos os seres a atenção vai concentrar-se no homem. Houve quem julgasse tratar-se duma segunda narrativa da criação, mas em vão, pois estamos em presença apenas duma versão mais pormenorizada de Gn 1, embora possa admitir-se que Moisés, divinamente inspirado, escrevesse a sua história sagrada baseado em várias relações já existentes. Sabemos que a inspiração não exclui a utilização de fontes. Nada impede, portanto, que uma segunda narração venha completar a primeira. Vejamos: Na primeira atende-se mais ao universo; na segunda ao homem, centro desse universo. Não admira, portanto, que em Gn 1:1-2.3 se descreva sobretudo, a criação dos céus e da terra, e que a partir daí a origem do homem seja apresentada duma forma mais humana o mais íntima, o que não quer dizer que as ações sejam menos divinas, mas o estilo é mais pormenorizado.

    O Senhor (4). Pela primeira vez aparece o nome de Yahveh, com que Deus a Si-próprio se designou na História e na Redenção. O uso das duas palavras em conjunto identificam o Criador com o Deus histórico, como na expressão "Jeová teu Deus". No comentário a Êx 3:14; Êx 6:2 fácil será verificar, que as diferentes formas do nome de Deus não se empregam indiferentemente. Toda a planta... que ainda não brotava (5). Melhor: "Nenhuma planta do campo germinara ainda...". Formou (7) Heb. yatsar, rigorosamente "formou" ou "fez". O corpo do homem não é certamente diferente à restante criação material, e Deus aparece agora a formar esse corpo duma substância já existente. A semelhança entre a estrutura física dos animais e a do homem deve atribuir-se, não a uma espécie de desenvolvimento natural, mas a um ato especial de Deus em conformidade com os Seus eternos desígnios, e que poderiam ter sido muito diferentes. A finalidade desta narração é explicar melhor o significado do ato divino indicado por bara’ em Gn 1:27, sobretudo para frisar que, ao contrário do que se passara com a criação dos outros seres, Deus formou o homem "soprando-lhe nos narizes o fôlego da vida" (Gn 2:7). E assim o formou à Sua imagem e semelhança. Pó da terra (7). Heb. ’ adamah, que significa a terra ou solo arável, que se encontra à superfície da terra. E daí deriva o nome do homem. Excetuando os casos do Gn 1:26 e Gn 2:5, onde o artigo seria inadmissível, a narração hebraica emprega sempre o artigo ("o Adão") até Gn 2:20, onde o termo passou a ser um nome próprio, sem artigo, portanto. Alma vivente (7). Heb. nephesh. Cfr. "criatura vivente" (Gn 1:20) e "alma vivente" (Gn 1:24). Não se veja nestes textos qualquer alusão à teoria tricotomista, que supõe o homem composto de três partes distintas: corpo, alma e espírito. Mas o homem difere de todas as outras "criaturas viventes", precisamente pelo modo como recebeu a vida, ou seja, do sopro de Deus. O homem é, pois uma alma.

    >Gn 2:8

    2. O JARDIM DO ÉDEN (Gn 2:8-17). Da banda do oriente (8). Não sendo fácil localizar o famoso Jardim, supõe-se que aquela localização tenha sido determinada pela posição do narrador. Éden (8). A palavra significa "delícia", e o vocábulo "Paraíso" é de origem persa, significando esse lugar de delícias, que era o Jardim do Éden. Árvore da Vida. Árvore da Ciência (9). Não se trata de árvores misteriosas, capazes de comunicar a vida ou a ciência, mas sim de símbolos das realidades espirituais. Árvore da Ciência do bem e do mal (17). Foi a árvore que serviu de prova à lealdade e à obediência do homem a vontade do seu Criador, dando-lhe pelo menos a entender a diferença entre o bem e o mal. Mas, à luz de Gn 3:22, pode muito bem admitir-se que, tratando-se duma prova, o homem tenha atingido a maturidade moral, com o conhecimento do bem e do mal, à medida que continuasse na obediência ou na desobediência.

    >Gn 2:17

    Certamente morrerás (17). É de notar que a "morte natural" não estava em princípio destinada ao homem, pois Deus determinara transferi-lo para um modo de existência superior através de novos processos que não implicam corrupção, destruição ou violência. As palavras "no dia" não supunham a morte dentro de pouco tempo, apenas que o momento da queda marcava o início do reino da morte na vida humana (cfr. Rm 5:12-45). Só à misericórdia divina se deve o fato de não sobrevir ao homem a morte imediata. E não se julgue que essa morte era apenas material; não. O pecado trazia também a morte à alma, de sorte que só graças ao Espírito Santo pudesse reviver para Deus.

    >Gn 2:18

    3. A CRIAÇÃO DA MULHER (Gn 2:18-25). Todo o animal do campo (19). Não se trata de nova descrição da criação, desta vez apresentada numa ordem diversa da do capítulo primeiro do Gênesis. Agora são as criaturas inferiores que se apresentam sujeitas ao homem-a criatura por excelência. Adão (20). O nome de Adão passa a ser um nome próprio, e o "homem" passa a desenvolver a sua personalidade, até então latente, que contrasta com os restantes seres animados, indispensáveis, no entanto, à vida do homem. Faltava-lhe, porém, aquela companheira de que fala o vers. 20. Uma das suas costelas (21). É fácil concluir que macho e fêmea formavam de início um só. Mas agora, separados os seres, não deixa de ser evidente uma íntima interdependência. A personalidade é, pois, superior à individualidade, já que a humanidade a princípio se limitava a uma unidade pessoal. Portanto deixará o varão o seu pai (24). É difícil determinar se tais palavras pertencem a Deus ou ao narrador. O certo é que são de inspiração divina, a julgar pelas palavras do Senhor em Mt 19:4-40. Seja como for é evidente a posição do homem como chefe da família, uma vez que "o varão não provém da mulher, mas a mulher do varão" (1Co 11:8).


    Dicionário

    Assim

    advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
    Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
    Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
    Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
    conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
    Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
    locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
    locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
    expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
    Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
    Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
    Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.

    Exército

    substantivo masculino Conjunto das forças militares de uma nação: o exército brasileiro.
    Reunião de grande número de tropas sob as ordens de um comandante.
    Figurado Grande quantidade, multidão: um exército de empregados.
    Exército da Salvação, organização protestante fundada em 1865 com fins caritativos.

    Durante o Êxodo, todo homem, de idade superior a vinte anos era soldado (Nm 1:3), sendo isentos do serviço militar somente os sacerdotes e os levitas (Nm 2:33). Cada tribo formava um regimento, com a sua própria bandeira e o seu próprio chefe (Nm 2:2 – 10.14). Quando estava próximo o inimigo, era feito o alistamento de todos os combatentes. Alguns destes podiam ser dispensados do serviço em determinados casos (Dt 20:5-8). o exército era, então, dividido em milhares e centenas, sob o comando dos seus respectivos capitães (Nm 31:14 – 1 Sm 8.12 – 2 Rs 1.9). Depois da entrada dos israelitas na terra de Canaã e depois de disperso o povo por todo o país, podiam os combatentes ser chamados na excitação do momento por uma trombeta (Jz 3:27), ou por mensageiros (Jz 6:35), ou por algum significativo sinal (1 Sm 11.7), ou, como em tempos posteriores, pelo arvorar de um estandarte (is 18:3Jr 4:21 – 51.27), ou ainda por meio de uma fogueira sobre algum lugar eminente (Jr 6:1). Escoltava o rei um certo número de guerreiros, que formavam o núcleo do exército. A guarda de Saul era de 3.000 guerreiros escolhidos (1 Sm 13.2 – 14.52 – 24,2) – e Davi tinha 600, que ele, com o correr do tempo foi aumentando (2 Sm 15.18). Mais tarde organizou uma milícia nacional, dividida em doze regimentos, tendo cada um destes o nome dos diferentes meses do ano (1 Cr 27.1). À frente do exército, quando estava em serviço ativo, punha o rei um comandante chefe (1 Sm 14.50). Até esta ocasião o exército constava inteiramente de infantaria, mas como as relações com os povos estranhos aumentavam, muita importância foi dada aos carros de guerra. Estes não eram de grande utilidade na própria Palestina, devido a ser muito acidentado o país, mas podiam ser empregados com vantagem nas fronteiras, tanto do lado do Egito, como da banda da Síria. Davi pôs de reserva cem carros, do despojo dos sírios (2 Sm 8,4) – Salomão tornou muito maior esse armamento, e aplicou-o à proteção das povoações da raia, sendo para esse fim estabelecidas estações em diferentes localidades (1 Rs 9.19). Essa força foi aumentada até ao número de 1.400 carros 12:000 cavaleiros. Para cada carro eram destinados três cavalos, ficando o terceiro de reserva (1 Rs 10.26 – 2 Cr 1.14). os diversos postos do exército eram os soldados (homens de guerra), os tenentes (servidores), os capitães (príncipes), os oficiais do estado-maior, e os oficiais de cavalaria (1 Rs 9.22). As operações de guerra começavam geralmente na primavera, depois de solenemente se pedir a Deus a Sua proteção. (*veja Urim e Tumim.) os sacerdotes levavam a arca e acompanhavam os combatentes com o fim de infundir coragem e prestar qualquer auxílio. Eles também influiam na qualidade de arautos e de diplomatas, tanto antes como depois da guerra (Nm 10:8Dt 20:2-4 – 1 Sm 7.9). os judeus, como guerreiros, eram terríveis combatentes, gostando de aproximar-se do inimigo, e levá-lo à luta de corpo a corpo. Precipitavam-se sobre o adversário, dando altos gritos e tocando trombetas. Mostravam, também, grande astúcia na guerra, preparando emboscadas e efetuando ataques noturnos. (*veja Davi, Jonatas.) os feitos de valor eram generosamente recompensados. Antes do estabelecimento de um exército permanente, tinha o soldado de prover a sua própria armadura, e pela força ou outros meios devia obter o seu alimento. Mais tarde tornou-se o exército um encargo nacional, embora os soldados não recebessem soldo. o exército romano pode ser descrito nesta maneira esquemática: Uma centúria = 50 a 100 homens, Duas centúrias = 1 manípulo, Três manípulos = 1 coorte, Dez coortes = 1 legião. Segue-se que havia sessenta centúrias numa legião, cada uma das quais era comandada por um centurião. Primitivamente constava a centúria, como o nome dá a conhecer, de cem homens, mas depois variava o número segundo a força da legião. No Novo Testamento acha-se mencionada ‘a legião’ (Mt 26:53Mc 5:9) – e a ‘coorte’ (Mt 27:27Mc 15:16Jo 18:3-12At 10:1 – 21.31 – 27.1). o comandante de uma coorte (Lat. tribunus, gr. chiliarck, isto é, comandante de 1
    000) é mencionado em João 18:12, e várias vezes em Atos 21:24. Neste último caso a coorte era a guarnição romana de Jerusalém, com o seu quartel no Forte Antônia, contíguo ao templo. Além dessas coortes legionárias, havia também coortes de voluntários, servindo ao abrigo dos estandartes romanos. Uma destas chamava-se coorte italiana (At 10:1), porque era formada de voluntários da itália. o quartel general das forças romanas, na Judéia, era Cesaréia. A ‘coorte imperial’ (ou ‘Augusta’), a que se faz referência em At 27:1, pode ter sido alguma das espalhadas pelas províncias, talvez a de Samaria, pois que a esta cidade tinha Herodes dado o nome de Sebasta (Lat. Augusta). E pode também essa coorte ter derivado o seu nome de alguma honra especial, concedida pelo imperador a esse corpo do exército. Referências ao oficial ‘centurião’ acham-se em Mt 8:5-27. 54, e freqüentemente no livro dos Atos. Quatro soldados constituíam a ordinária guarda militar, e como esta havia quatro, correspondentes às quatro vigílias da noite, e que se rendiam de três em três horas (Jo 19:23At 12:4). Quando uma guarda tinha a seu cuidado um prisioneiro, acontecia então que dois soldados vigiavam fora das portas da prisão, enquanto os outros dois estavam na parte de dentro (At 12:6). os arqueiros mencionados em Atos 23:23, parece terem sido tropas irregulares, que eram armados à ligeira.

    Exército
    1) Tropa organizada para combater (Dt 23:9)

    2) Os astros (Jr 33:22). 3 Os anjos (Sl 103:21); (Lc 2:13), RC).

    Terra

    substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
    Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
    Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
    País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
    Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
    Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
    Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
    [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
    [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
    expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
    Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
    Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
    Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
    Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
    Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

    substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
    Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
    Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
    País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
    Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
    Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
    Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
    [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
    [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
    expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
    Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
    Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
    Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
    Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
    Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

    os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1:25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4:2). o termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47:19Zc 2:12). Quando Naamã pediu uma carga de terra que dois mulos pudessem levar (2 Rs 5.17), ele foi influenciado pela idéia pagã de que o Senhor era um deus local, podendo apenas ser adorado com proveito no seu nativo solo. Eretz é a terra em oposição ao céu, ou a terra seca como distinta do mar (Gn 1:1-10). A palavra é, também, aplicada a toda a terra (Gn 18:18), ou a qualquer divisão dela (Gn 21:32), e mesmo ao chão que uma pessoa pisa (Gn 33:3). A frase ‘profundezas da terra’ (is 44:23) significa literalmente os vales, os profundos recessos, como as cavernas e subterrâneos, e figuradamente a sepultura. No N.T., além do termo vulgar ‘terra’, que corresponde às várias significações já apresentadas, há uma palavra especial que significa ‘ terra habitada’ (Lc 4:5Rm 10:18 – etc.), usando-se esta expressão de um modo especial a respeito do império Romano. Terra, num sentido moral, é oposta ao que é celestial e espiritual (*veja Jo 3:31 – 1 Co 15.47 a 49 – Tg 3:15, etc.).

    terreno, solo, campo. – Terra sugere ideia das qualidades, das propriedades da massa natural e sólida que enche ou cobre uma parte qualquer da superfície da terra. – Terreno refere-se, não só à quantidade, ou à extensão da superfície, como ao destino que se lhe vai dar, ou ao uso a que se adapta. – Solo dá ideia geral de assento ou fundamento, e designa a superfície da terra, ou o terreno que se lavra, ou onde se levanta alguma construção. – Campo é solo onde trabalha, terreno de cultura, ou mesmo já lavrado. Naquela província há terras magníficas para o café; dispomos apenas de um estreito terreno onde mal há espaço para algumas leiras e um casebre; construiu o monumento em solo firme, ou lançou a semente em solo ingrato; os campos já florescem; temos aqui as alegrias da vida do campo.

    [...] berço de criaturas cuja fraqueza as asas da Divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 23

    O nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa Humanidade são a conseqüência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 132

    Disse Kardec, alhures, que a Terra é um misto de escola, presídio e hospital, cuja população se constitui, portanto, de homens incipientes, pouco evolvidos, aspirantes ao aprendizado das Leis Naturais; ou inveterados no mal, banidos, para esta colônia correcional, de outros planetas, onde vigem condições sociais mais elevadas; ou enfermos da alma, necessitados de expungirem suas mazelas através de provações mais ou menos dolorosas e aflitivas.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça

    [...] é oficina de trabalho, de estudo e de realizações, onde nos cumpre burilar nossas almas. [...]
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Sede perfeitos

    [...] é o calvário dos justos, mas é também a escola do heroísmo, da virtude e do gênio; é o vestíbulo dos mundos felizes, onde todas as penas aqui passadas, todos os sacrifícios feitos nos preparam compensadoras alegrias. [...] A Terra é um degrau para subir-se aos céus.
    Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 11

    O mundo, com os seus múltiplos departamentos educativos, é escola onde o exercício, a repetição, a dor e o contraste são mestres que falam claro a todos aqueles que não temam as surpresas, aflições, feridas e martírios da ascese. [...]
    Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

    [...] A Terra é um mundo de expiações e provas, já em fase de transição para se tornar um mundo de regeneração.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] o Planeta terrestre é o grande barco navegando no cosmo, sacudido, a cada instante, pelas tempestades morais dos seus habitantes, que lhe parecem ameaçar o equilíbrio, a todos arrastando na direção de calamidades inomináveis. Por esta razão, periodicamente missionários e mestres incomuns mergulharam no corpo com a mente alerta, a fim de ensinarem comportamento de calma e de compaixão, de amor e de misericórdia, reunindo os aflitos em sua volta e os orientando para sobreviverem às borrascas sucessivas que prosseguem ameaçadoras.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    Quando o homem ora, anseia partir da Terra, mas compreende, também, que ela é sua mãe generosa, berço do seu progresso e local da sua aprendizagem. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    Assim se compreende porque a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pensamento e perispírito

    Apesar de ainda se apresentar como planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos; é também oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social. Sem dúvida, é também cárcere para os rebeldes e os violentos, que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram perturbando-lhe a ordem e a paz.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cilada perversa

    O mundo conturbado é hospital que alberga almas que sofrem anemia de amor, requisitando as vitaminas do entendimento e da compreensão, da paciência e da renúncia, a fim de que entendimento e compreensão, paciência e renúncia sejam os sinais de uma vida nova, a bem de todos.
    Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Hospital

    [...] É um astro, como Vênus, como seus irmãos, e vagueia nos céus com a velocidade de 651.000 léguas por dia. Assim, estamos atualmente no céu, estivemos sempre e dele jamais poderemos sair. Ninguém mais ousa negar este fato incontestável, mas o receio da destruição de vários preconceitos faz que muitos tomem o partido de não refletir nele. A Terra é velha, muito velha, pois que sua idade se conta por milhões e milhões de anos. Porém, malgrado a tal anciania, está ainda em pleno frescor e, quando lhe sucedesse perecer daqui a quatrocentos ou quinhentos mil anos, o seu desaparecimento não seria, para o conjunto do Universo, mais que insignificante acidente.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 4a efusão

    [...] Por se achar mais distante do sol da perfeição, o nosso mundozinho é mais obscuro e a ignorância nele resiste melhor à luz. As más paixões têm aí maior império e mais vítimas fazem, porque a sua Humanidade ainda se encontra em estado de simples esboço. É um lugar de trabalho, de expiação, onde cada um se desbasta, se purifica, a fim de dar alguns passos para a felicidade. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão

    [...] A Terra tem que ser um purgatório, porque a nossa existência, pelo menos para a maioria, tem que ser uma expiação. Se nos vemos metidos neste cárcere, é que somos culpados, pois, do contrário, a ele não teríamos vindo, ou dele já houvéramos saído. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

    Nossa morada terrestre é um lugar de trabalho, onde vimos perder um pouco da nossa ignorância original e elevar nossos conhecimentos. [...]
    Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

    [...] é a escola onde o espírito aprende as suas lições ao palmilhar o longuíssimo caminho que o leva à perfeição. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

    [...] o mundo, para muitos, é uma penitenciária; para outros, um hospital, e, para um número assaz reduzido, uma escola.
    Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    [...] casa de Deus, na específica destinação de Educandário Recuperatório, sem qualquer fator intrínseco a impedir a libertação do homem, ou a desviá-lo de seu roteiro ascensional.
    Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

    [...] é uma estação de inverno, onde o Espírito vem preparar-se para a primavera do céu!
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref•

    Feito o planeta – Terra – nós vemos nele o paraíso, o inferno e o purgatório.O paraíso para os Espíritos que, emigra-dos de mundos inferiores, encontram naTerra, podemos dizer, o seu oásis.O inferno para os que, já tendo possuí-do mundos superiores ao planeta Terra,pelo seu orgulho, pelas suas rebeldias, pelos seus pecados originais a ele desceram para sofrerem provações, para ressurgirem de novo no paraíso perdido. O purgatório para os Espíritos em transição, aqueles que, tendo atingido um grau de perfectibilidade, tornaram-se aptos para guias da Humanidade.
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Antes de tudo, recorda-se de que o nosso planeta é uma morada muito inferior, o laboratório em que desabrocham as almas ainda novas nas aspirações confusas e paixões desordenadas. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a guerra

    O mundo é uma escola de proporções gigantescas, cada professor tem a sua classe, cada um de nós tem a sua assembléia.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Colegas invisíveis

    A Terra é o campo de ação onde nosso espírito vem exercer sua atividade. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Por que malsinar o mundo?

    [...] é valiosa arena de serviço espiritual, assim como um filtro em que a alma se purifica, pouco a pouco, no curso dos milênios, acendrando qualidades divinas para a ascensão à glória celeste. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1

    A Terra inteira é um templo / Aberto à inspiração / Que verte das Alturas [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia da espiritualidade• Pelo Espírito Maria Dolores• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1985• - cap• 4

    A Terra é a escola abençoada, onde aplicamos todos os elevados conhecimentos adquiridos no Infinito. É nesse vasto campo experimental que devemos aprender a ciência do bem e aliá-la à sua divina prática. Nos nevoeiros da carne, todas as trevas serão desfeitas pelos nossos próprios esforços individuais; dentro delas, o nosso espírito andará esquecido de seu passado obscuro, para que todas as nossas iniciativas se valorizem. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos nos matriculamos, solicitando – quando já possuímos a graça do conhecimento – as lições necessárias à nossa sublimação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

    O mundo atual é a semente do mundo paradisíaco do futuro. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 25

    Servidores do Cristo, orai de sentinela! / Eis que o mundo sangrando é campo de batalha, / Onde a treva infeliz se distende e trabalha / O coração sem Deus, que em sombra se enregela.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No macrocosmo, a casa planetária, onde evolvem os homens terrestres, é um simples departamento de nosso sistema solar que, por sua vez, é modesto conjunto de vida no rio de sóis da Via-Láctea.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No mundo terrestre – bendita escola multimilenária do nosso aperfeiçoamento espiritual – tudo é exercício, experimentação e trabalho intenso.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O orbe inteiro, por enquanto, / Não passa de um hospital, / Onde se instrui cada um, / Onde aprende cada qual.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo, com as suas lutas agigantadas, ásperas, é a sublime lavoura, em que nos compete exercer o dom de compreender e servir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo é uma escola vasta, cujas portas atravessamos, para a colheita de lições necessárias ao nosso aprimoramento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Apesar dos exemplos da humildade / Do teu amor a toda Humanidade / A Terra é o mundo amargo dos gemidos, / De tortura, de treva e impenitência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é o nosso campo de ação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é a nossa grande casa de ensino. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é uma escola, onde conseguimos recapitular o pretérito mal vivido, repetindo lições necessárias ao nosso reajuste.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra, em si mesma, é asilo de caridade em sua feição material.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é o campo de trabalho, em que Deus situou o berço, o lar, o templo e a escola.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é a Casa Divina, / Onde a luta nos ensina / A progredir e brilhar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo em que estagiamos é casa grande de treinamento espiritual, de lições rudes, de exercícios infindáveis.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é um grande magneto, governado pelas forças positivas do Sol. Toda matéria tangível representa uma condensação de energia dessas forças sobre o planeta e essa condensação se verifica debaixo da influência organizadora do princípio espiritual, preexistindo a todas as combinações químicas e moleculares. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

    O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Doenças da alma

    O Universo é a projeção da mente divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da mente humana.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    O mundo é uma ciclópica oficina de labores diversíssimos, onde cada indivíduo tem a sua parcela de trabalho, de acordo com os conhecimentos e aptidões morais adquiridos, trazendo, por isso, para cada tarefa, o cabedal apri morado em uma ou em muitas existências.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Antíteses da personalidade de Humberto de Campos

    A Terra é uma vasta oficina. Dentro dela operam os prepostos do Senhor, que podemos considerar como os orientadores técnicos da obra de aperfeiçoamento e redenção. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 39

    A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 338

    A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 347

    [...] é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 403

    O mundo em que vivemos é propriedade de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Lembranças

    [...] é a vinha de Jesus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    [...] é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

    [...] abençoada escola de dor que conduz à alegria e de trabalho que encaminha para a felicidade com Jesus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 28

    Não olvides que o mundo é um palácio de alegria onde a Bondade do Senhor se expressa jubilosa.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria

    [...] é uma vasta oficina, onde poderemos consertar muita coisa, mas reconhecendo que os primeiros reparos são intrínsecos a nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6

    A Terra é também a grande universidade. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado

    Salve planeta celeste, santuário de vida, celeiro das bênçãos de Deus! ...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15

    A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    [...] é um santuário do Senhor, evolutindo em pleno Céu.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

    Agradece, cantando, a Terra que te abriga. / Ela é o seio de amor que te acolheu criança, / O berço que te trouxe a primeira esperança, / O campo, o monte, o vale, o solo e a fonte amiga...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 33

    [...] é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, me drar, florir e amadurecer em energia consciente [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 13


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gênesis 2: 1 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Assim os céus e a terra foram acabados, e todo o exército deles.
    Gênesis 2: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Antes de 4000 a.C.
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H3615
    kâlâh
    כָּלָה
    realizar, cessar, consumir, determinar, acabar, falhar, terminar estar completo, estar
    (and were finished)
    Verbo
    H6635
    tsâbâʼ
    צָבָא
    o que vai adiante, exército, guerra, arte da guerra, tropa
    (their vast array)
    Substantivo
    H776
    ʼerets
    אֶרֶץ
    a Terra
    (the earth)
    Substantivo
    H8064
    shâmayim
    שָׁמַיִם
    os ceús
    (the heavens)
    Substantivo


    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    כָּלָה


    (H3615)
    kâlâh (kaw-law')

    03615 כלה kalah

    uma raiz primitiva; DITAT - 982,983,984; v

    1. realizar, cessar, consumir, determinar, acabar, falhar, terminar estar completo, estar realizado, estar terminado, estar no fim, ser encerrado, ser gasto
      1. (Qal)
        1. estar completo, estar no fim
        2. estar completo, estar terminado
        3. ser realizado, ser cumprido
        4. ser determinado, ser conspirado (mau sentido)
        5. ser gasto, ser usado
        6. desperdiçar, estar exausto, falhar
        7. chegar ao fim, desaparecer, perecer, ser destruído
      2. (Piel)
        1. completar, chegar ao fim, terminar
        2. completar (um período de tempo)
        3. terminar (de fazer algo)
        4. concluir, encerrar
        5. realizar, cumprir, efetuar
        6. realizar, determinar (em pensamento)
        7. colocar um fim em, fazer cessar
        8. fazer falhar, exaurir, usar, gastar
        9. destruir, exterminar
      3. (Pual) estar encerrado, estar terminado, estar completo

    צָבָא


    (H6635)
    tsâbâʼ (tsaw-baw')

    06635 צבא tsaba’ ou (fem.) צבאה ts eba’aĥ

    procedente de 6633, grego 4519 σαβαωθ; DITAT - 1865a,1865b; n. m.

    1. o que vai adiante, exército, guerra, arte da guerra, tropa
      1. exército, tropa
        1. tropa (de exército organizado)
        2. exército (de anjos)
        3. referindo-se ao sol, lua e estrelas
        4. referindo-se a toda a criação
      2. guerra, arte da guerra, serviço militar, sair para guerra
      3. serviço militar

    אֶרֶץ


    (H776)
    ʼerets (eh'-rets)

    0776 ארץ ’erets

    de uma raiz não utilizada provavelmente significando ser firme; DITAT - 167; n f

    1. terra
      1. terra
        1. toda terra (em oposição a uma parte)
        2. terra (como o contrário de céu)
        3. terra (habitantes)
      2. terra
        1. país, território
        2. distrito, região
        3. território tribal
        4. porção de terra
        5. terra de Canaã, Israel
        6. habitantes da terra
        7. Sheol, terra sem retorno, mundo (subterrâneo)
        8. cidade (-estado)
      3. solo, superfície da terra
        1. chão
        2. solo
      4. (em expressões)
        1. o povo da terra
        2. espaço ou distância do país (em medida de distância)
        3. planície ou superfície plana
        4. terra dos viventes
        5. limite(s) da terra
      5. (quase totalmente fora de uso)
        1. terras, países
          1. freqüentemente em contraste com Canaã

    שָׁמַיִם


    (H8064)
    shâmayim (shaw-mah'-yim)

    08064 שמים shamayim dual de um singular não utilizado שׂמה shameh

    procedente de uma raiz não utilizada significando ser alto; DITAT - 2407a; n. m.

    1. céu, céus, firmamento
      1. céus visíveis, firmamento
        1. como a morada das estrelas
        2. como o universo visível, o firmamento, a atmosfera, etc.
      2. Céus (como a morada de Deus)