Enciclopédia de Gênesis 5:2-2

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 5: 2

Versão Versículo
ARA homem e mulher os criou, e os abençoou, e lhes chamou pelo nome de Adão, no dia em que foram criados.
ARC Macho e fêmea os criou; e os abençoou, e chamou o seu nome Adão, no dia em que foram criados.
TB homem e mulher os criou, e os abençoou, e os chamou pelo nome de homem, no dia em que foram criados.
HSB זָכָ֥ר וּנְקֵבָ֖ה בְּרָאָ֑ם וַיְבָ֣רֶךְ אֹתָ֗ם וַיִּקְרָ֤א אֶת־ שְׁמָם֙ אָדָ֔ם בְּי֖וֹם הִבָּֽרְאָֽם׃ ס
BKJ macho e fêmea ele os criou; e os abençoou, e chamou seu nome Adão, no dia em que eles foram criados.
LTT Macho e fêmea os criou; e os abençoou e chamou o nome deles Adão, no dia em que foram criados.
BJ2 Homem e mulher ele os criou, abençoou-os e lhes deu o nome de "Homem", no dia em que foram criados.
VULG Masculum et feminam creavit eos, et benedixit illis : et vocavit nomen eorum Adam, in die quo creati sunt.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 5:2

Gênesis 1:27 E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
Gênesis 2:15 E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.
Gênesis 2:23 E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
Malaquias 2:15 E não fez ele somente um, sobejando-lhe espírito? E por que somente um? Ele buscava uma semente de piedosos; portanto, guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja desleal para com a mulher da sua mocidade.
Mateus 19:4 Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea
Marcos 10:6 porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea.
Atos 17:26 e de um só fez toda a geração dos homens para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação,

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 5 do versículo 1 até o 32
  • Abundância de Anos, mas Escassez de Fé (5:1-32)
  • Os versículos 1:2 são uma sinopse de Gn 1:27-28, e na forma há a forte sugestão de que esta genealogia é uma unidade em si mesma. A verdadeira meta do ato criativo de Deus era que o homem fosse à semelhança de Deus (1). Essa semelhança foi corrompida pelo pecado no jardim do Éden. A semelhança foi torcida até nas realizações culturais dos descendentes da linhagem de Caim. E Sete não era verdadeiramente à semelhança de Deus. Ele possuía o estado corrompido do homem pecador, porque era à semelhan-ça de Adão. Não há número de anos na terra que mude esse fato. O resultado do pecado era morte física, e o único modo de a pessoa evitar esse destino foi ilustrado na vida de Enoque. Ele andou...com Deus; e não se viu mais, porquanto Deus para si o tomou (24). A única fuga da morte era pela comunhão íntima com Deus, junto com um ato de livramento do Todo-poderoso. Exceto por isso, todos deveriam morrer (e.g., 5,8,11).

    Uma comparação das genealogias em ambos os Testamentos logo deixa claro várias características. São genealogias altamente seletivas e não alistam necessariamente toda geração. Um estudo de "pai" e "filho", que só pode ser feito adequadamente em hebraico, revela que estes termos podem ser aplicados, respectivamente, a qualquer antepassado ou a qualquer descendente. O papel das genealogias na Bíblia nem sempre é fornecer uma cronologia histórica; sua função varia de lugar para lugar.
    É interessante observar um ponto de comparação entre a linhagem de Caim e a linhagem de Sete. O sétimo depois de Caim foi Lameque, que era o epítome da hostilida-de furiosa, embora seus três filhos fossem gênios criativos. O sétimo na linhagem de Sete foi o piedoso Enoque, que Deus para si... tomou. Noé (29), o décimo na linhagem de Sete, e seus três filhos começaram uma nova população depois do dilúvio.

    Não há modo fácil de explicar a longa extensão de vida atribuída aos patriarcas relacionados no capítulo 5. A vida mais curta é de Lameque, 777 anos. A mais longa é de Metusalém, 969 anos. Estudiosos conservadores tomam uma de duas possíveis interpre-tações. Alguns (notavelmente John Davis, na sua obra muito consultada Dicionário da Bíblia, e mais recentemente Bernard Ramm) sugerem que os nomes representam o ho-mem individual e o seu clã. Um paralelo bíblico é encontrado em Atos 7:16, onde o nome "Abraão" se refere à sua família ou clã, visto que o procedimento informado ocorreu depois da morte do patriarca. Outros destacam que nos primórdios da raça, antes que o pecado prolongado e persistente reduzisse a vitalidade humana e as doenças se desen-volvessem ao ponto em que estão hoje, idade avançada e vigor longo eram bem possíveis.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 5 do versículo 1 até o 20

    Gênesis 5:1-20

    Gn 5:1
    Livro da genealogia. Temos aqui a terceira menção ao termo hebraico toledoth, “gerações”. O autor sacro parece oferecer-nos uma crua antiga divisão do Gênesis, com a repetição dessa frase. Ver as notas em Gn 2:4, que mostram onde essa palavra é usada. Os livros antigos eram tipicamente escritos com pouca ou nenhuma divisão de material capaz de ajudar o leitor a perceber melhor o conteúdo e o intuito de seus autores, Os esboços são, essencialmente, uma invenção moderna, o que também se dá com os índices.

    Ambas as genealogias terminam com três filhos provenientes do último nome (de Caim, Jabal, Jubal e Tubalcaim; e de Sete, Sem, Cão e Jafé). Em cada lista somente homens falam, e ambos se chamam Lameque, O Lameque descendente de Caim jactou-se de um homicídio por ele cometido; e o Lameque descendente de Sete estava sofrendo os efeitos da maldição e aguardando consolação, por parte de Noé, seu filho.

    De Adão. Ver as notas sobre Gn 1:26 e Gn 2:19. Ver no Dicionário o artigo intitulado Adão.

    À semelhança de Deus. Ver em Gn 1:26 notas completas sobre essa significativa doutrina.

    Dez gerações (oram especificadas. Os intérpretes supõem que a lista poderia ser representativa, sem o intuito de ser completa. Alguns têm suposto erroneamente que a antiguidade da terra pode ser determinada se adicionarmos as idades das pessoas que figuram nessa lista. Mas muitos estudiosos há muito já abandonaram qualquer tentativa dessa natureza. Quanto à grande antiguidade da terra, ver o artigo intitulado Astronomia.

    Semelhança, e não imagem, embora talvez tenhamos aqui um sinônimo. O homem era agora um ser decaído, mas as palavras são repetidas, A imagem de Deus no homem fora borrada, mas não perdida, conforme demonstra meu artigo sobre esse assunto, em Gn 1:26. A bênção primeva continuava, a despeito da presença de várias maldições divinas em face do pecado. O pecado corrompera o vaso, mas o vaso continuava sendo preservado por Deus.

    Gn 5:2
    Os criou, e os abençoou. Adão e Eva foram criados para Deus e não para o mal Deus não criou por acidente nem caprichosamente. Deus tinha Seus propósitos, e nem mesmo a queda no pecado pôde alterá-los. Era mister que se estabelecesse um pacto; uma lei precisava ser dada; uma nação tinha de ser organizada. Essa nação teria de se tomar mestra do mundo; a redenção viria através da linhagem de Sete. Temos aí uma filosofia da história: a história é linear; é governada mediante um desígnio; encaminha-se na direção de um grande alvo; ela conta com a presença e com o poder de Deus; nada acontece por mero acaso. Ver no Dicionário o artigo Teísmo. Esse conceito entende que Deus não somente criou, mas também que Ele continua dirigindo Sua criação, com propósitos específicos; Ele recompensa o bem e pune o mal. Em contraste com isso, o deísmo (ver no Dicionário) imagina que alguma força ou pessoa divina criou, mas então abandonou sua criação, deixando-a ao sabor das leis naturais, não recompensando nem punindo, exceto indiretamente, através das insuficientes leis naturais.

    Abençoou. Com a fertilidade, a fim de que pudessem reproduzir-se, mas também em um sentido geral, conferindo-lhes todas as coisas necessárias à vida e à felicidade. A bênção é instrumental, porque é um meio de promover os propósitos maiores de Deus, conforme foi anotado na introdução a esta seção, e também no vs. Gn 5:1.

    Rebaixando o Propósito de Deus. Israel estreitou demais esse propósito, a fim de exaltar a si mesma Mas Deus não tinha abençoado a nação de Israel a fim de isolá-la. Antes, Israel deveria tornar-se o veículo da divina mensagem de redenção. Todavia, Israel levantou um muro em torno dos propósitos de Deus, e transformou-se em uma sociedade exclusivista. O exdusivismo sempre avilta.

    Gn 5:3

    Cento e trinta anos. O autor sagrado não se tinha esquecido dos filhos de Adão, Abel e Caim, Ele não tencionava dizer que Sete era o pnmogênito de Adão. Antes, com Sete temos um novo começo. Sete substituiu o piedoso Abel, e fez a espiritualidade começar novamente a rolar. A Septuaginta diz duzentos e trinta anos, e o Pentateuco samaritano e os escritos de Josefo também grafam números diferentes.
    Conforme a sua imagem. Tal como Adão havia sido criado à imagem de Deus. Talvez o autor sacro tencionasse ligar os dois incidentes à palavra imagem, mostrando que Sete tinha Deus como seu Pai. Parece haver aqui mais do que a idéia de “conforme a sua imagem”, também atribuída à procriação animal (Gn 1:11 et ai). Como é claro, a natureza pecaminosa de Adão foi reproduzida em Sete. Ele não começou inocente como o fora Adão, mas a imagem de Deus continuava em Sete, que também havia sido dada a Adão. O pecado não apagou isso. Sete, à semelhança de Adão, pendia para a bondade, fazendo contraste com Caim, que o autor acabara de descrever no quarto capítulo. Assim, disse Pirke Eliezer, c. 22: “Caim não era da semente nem da imagem de Adão, nem suas obras eram como as de Abel, seu irmão; mas Sete era da semente e imagem de Adão, e suas obras eram como as obras de Abel’. Shalshalet Hakabala enfatiza como Adão ensinou a seu filho, Sete: a sabedoria foi transmitida; a espiritualidade foi enfatizada. Os homens se tinham tornado como feras; mas o Senhor reverteu, em Sete, aquela medonha maldição. Ver o artigo detalhado sobre Sete, nas notas sobre Gn 4:25.

    Gn 5:4

    De acordo com o texto, Adão continuou vivo por oitocentos anos, depois de haver gerado Sete. A Septuaginta, porém, diz setecentos. Ver o artigo sobre Septuaginta, no Dicionário.

    E teve filhos e filhas. Tanto antes quanto depois de Sete, em um número desconhecido. A população foi aumentando, e vidas extremamente longas permitiam que muita gente nascesse de alguns poucos progenitores. Os escritores judaicos de tempos posteriores fornecem-nos números calculados de filhos de Adão, mas essas tentativas são vãs.

    Gn 5:5,Gn 5:6

    Os dias todos da vida de Adão. De acordo com a Bíblia, foram novecentos e trinta anos. O autor sacro faz algum cálculo matemático para nós, no sexto versículo. Os críticos opinam que as vidas muito longas dos patriarcas antediluvianos são apenas “manifestação de desejo”. O homem anela por uma longa vida, e uma “imensa longevidade é uma espécie de reflexo daquilo que os homens gostariam de acreditar que estivesse sucedendo’ (Cuthbert A. Simpson, in loc.). Os eruditos conservadores levam a sério esses informes. Josefo informa-nos que Manetho (o egípcio), Beroso (o caldeu), Hesiodo (o grego), além de outros, todos afirmavam a grande longevidade do homem primevo {Antiq. Gn 1:1 c.3 sec. 9). Maimônides mantinha a opinião de que somente os homens mencionados na Bíblia tiveram vidas tão longas, e não os homens em geral. Mas isso não concorda com a afirmação de Josefo, que encontrou evidências sobre essa crença nos escritos de várias culturas. A Bíblia promete vida longa aos que viverem na Era do Reino (Is 65:20,Is 65:22). A ciência trabalha para conseguir vidas humanas mais longas, se não mesmo dotadas de imortalidade. Há alguns anos, li um artigo que dizia: “Esta poderá ser a última geração mortal". E então, de súbito, ocorreram diversas doenças virais incuráveis, incluindo a terrível AIDS. E os cientistas tiveram de precipitar-se de volta a seus laboratórios para pesquisar em busca de uma vida humana mais longa. Alguns estudiosos frisam aqui a divina intervenção. A vida longa não depende apenas da genética e de condições de saúde. Deus pode intervir nessa questão, e alguns acreditam que foi isso que sucedeu com o homem primevo.

    A Natureza Incompleta das Genealogias, As evidências demonstram que as genealogias dos hebreus não tinham por alvo ser completas. As gerações (no hebraico, toledoth) de Adão são apenas dez. As gerações de Sete também atingem o mesmo número de dez. A genealogia de Moisés contém apenas quatro pessoas: Levi, Coate, Anrâo e Moisés (ver 13 6:3'>I Crô. 6:1-3), ao passo que, relativamente ao mesmo período, onze gerações são dadas na genealogia de Josué. Não há que duvidar de que as genealogias dos evangelhos de Mateus e Lucas são abreviadas: são genealogias representativas, e não exaustivas. Os números, às vezes, aparecem confusos, porque o sistema numérico dos hebreus podia resultar em grandes erros se houvesse pequenas modificações, Assim, é inútil procurar predsào e uma natureza exaustiva nos capítulos onde nomes e números são alistados,

    E morreu. Talvez parecesse que Adão viveria para sempre, e que a maldição divina falharia. Certo dia, porém, Adão morreu. A profecia tivera cumprimento. Destarte, o autor sacro nos fornece outro começo, a saber, a morte. Sabemos que a morte é nossa amiga, mas esse conhecimento aplica-se melhor a outras mortes, e não à nossa. Minha mãe, que faleceu após quatro anos e meio de batalha com o câncer, disse de certa feita: “Uma coisa é alguém dizer: ‘Devemos morrer algum dia’. E outra coisa é dizer: 'Sei que está perto o dia da minha morte’*. Embora ela tivesse sido crente firme em Cristo, por toda a sua vida, ela mostrou estar receosa nas últimas semanas. No entanto, poucos dias antes de seu passamento, esse temor desapareceu. Ela me chamou para saber se eu tinha feito tudo quanto era possível sobre o testamento. Assegurei-lhe que estava tudo em ordem. Então ela comentou: “Agora não falta muito tempo". E em sua voz não havia o tom do medo. Não obstante, não é fácil chegarmos perto da morte. Quando supomos que nossa morte ainda está distante, ignoramos o assunto. Eu mesmo tenho reagido contra a morte, procurando aprender tudo quanto posso através da teologia, da filosofia e da parapsicologia, dedicando-me a uma profunda reflexão, com base nos três campos (incluindo o campo cientifico), para reforçar minha crença na sobrevivência da alma diante da morte biológica. Esse estudo tem sido para mim uma bela aventura, e tenho podido comunicar minhas descobertas a um considerável número de pessoas, através de livros e de discursos ao vivo. Ver o artigo sobre Alma, quanto a alguns argumentos em prol da sobrevivência da alma ante a morte biológica. Incorporei artigos na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia que devem interessar ao leitor. Ver Experiências Perto da Morte e Imortalidade (onde são apresentados vários artigos). Ver também no Dicionário da presente obra os artigos intitulados Morte e Salvação de Infantes.

    Algumas pessoas ignoram a morte física, acumulando possessões materiais. Os homens são naturalmente otimistas, e assim eliminam de sua mente qualquer acontecimento, como a morte, que poderia perturbar os seus planos. Jesus aludiu à falácia de tais atitudes na parábola do rico, em Lc 12:16 ss. Alguns homens valem-se da dissipação, na tentativa de afogar os seus pensamentos sobre a morte. Os homens falam em continuar vivendo nas vidas de seus filhos, mas isso fica desgastado após algum tempo. A verdade é que é melhor viver bem do que viver por longo tempo; mas poucos são os homens capazes de apreender esse princípio. Depois de tudo ter sido dito e feito, “aos homens está ordenado morrerem uma só vez” (He 9:27).

    Há inúmeras tradições que se manifestam sobre a morte de Adão e seus funerais, mas tudo não passa de fantasias de autores posteriores. Mas o fato é que todos acabam morrendo, e isso nos deixa muito pensativos.

    Enos. Ver, sobre ele, as notas em Gn 4:26. Sete viveu por oitocentos e setenta anos, conforme nos diz o vs. 7. E tinha cento e cinco anos quando gerou a Enos. Não somos informados sobre quantos filhos, e em qual ordem, Sete teve seus filhos. Isso estava além do escopo do propósito do autor sagrado. Enos aparece na linhagem de Cristo, pelo que sua linhagem continuaria por longo tempo, por meio de Noé. O salário do pecado é a morte (Rm 6:23). Mas a vida salta para além disso.

    Gn 5:7

    Os versículos sete a vinte repetem a mesma fórmula, afirmando o nome da pessoa, o seu filho principal, quanto tinha de idade ao gerar aquele filho e por quanto tempo ainda viveu depois daquele filho ter nascido. Algumas poucas vezes, é dado o informe indefinido sobre o nascimento de outros filhos e filhas. Visto que temos essa repetição sem variação, minha exposição apenas alista os nomes próprios até aquele versículo, com seus sentidos e quaisquer outras informações que as tradições nos possam dar.

    Sete. Notas no vs. Gn 5:3. Ver Gn 4:25 quanto ao detalhado artigo sobre Sete.

    Enos. Notas em Gn 4:26 e Gn 5:6.

    A Septuaginta afirma que Sete tinha duzentos e trinta anos quando gerou a Enos. Os números, no hebraico, eram feitos com letras e pequenos sinais que facilmente podiam ser mal interpretados, pelo que a Septuaginta, outras versões e o Pentateuco samaritano exibem diferentes cálculos em alguns pontos. Josefo também difere, com frequência, quanto a esses números. Ver no Dicionário Massora (Massorah); Texto Massorético, quanto a um melhor entendimento sobre o texto hebraico padronizado e ver também Manuscritos Antigos do Antigo Testamento.

    Gn 5:8

    Declaração sobre a morte de Sete. Ver os vss. Gn 5:5,Gn 5:6 quanto a notas sobre a Morte, onde damos referências acerca dos artigos que desenvolvem esse assunto e a questão da imortalidade.

    Gn 5:9-11; 1Cr 1:2; Lc 3:37). Alguns dizem que sua data foi cerca de 4007 A. C., mas as datas desse período são difíceis de determinar com exatidão. O texto português também diz Jarede como seu nome. Esse nome significa “descida” ou Terra baixa”. Outra pessoa desse nome é mencionada em 1Cr 4:18, mas algumas versões dizem aqui Jarede.

    Gn 5:17

    Maalaleel. As tradições árabes elogiam-no. Ele proibiu que os seus descendentes se misturassem por casamento com os descendentes de Caim, e era homem piedoso e espiritualmente ativo.

    Gn 5:18

    Enoque. Chegamos agora a uma brilhante luz espiritual. Só duas coisas distintas são ditas acerca dele: a. Ele andava com Deus. b. Deus o tomou para Si. Palavras simples mas poderosas em seu significado e aplicação. Sua história, apesar de simples no Antigo Testamento, excitou a escrita de certos livros extras do Antigo Testamento: Enoque Eslavônico e Enoque Etíope, sobre os quais ofereço artigos detalhados na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Também há o livro Enoque Hebreus (III Enoque), anotado na mesma obra. A Septuaginta concorda com o texto hebraico quanto ao número de anos que viveu antes de gerar Metusalém, sessenta e cinco anos (vs. Gn 5:21); mas o Pentateuco samaritano diz apenas sessenta e dois anos.

    Seu Nome. A derivação desse nome é incerta, mas parece que significa “iniciado”, “ensino” ou “professof. Parece ser um cognato da palavra “ensina,” em Pv 22:6.

    Outras pessoas tiveram esse nome no Antigo Testamento. Ver Gn 4:17,Gn 4:18; Gn 25:4; 1Cr 1:3; Gn 46:8,Gn 46:9; Ex 6:14 e Gn 46:8,Gn 46:9. Há notas sobre elas In loc.

    Enoque, filho de Jarede, da linhagem piedosa de Sete, era o pai de Metusalém, o qual detém o recorde da mais longa vida registrada na Bíblia. Sem dúvida, Enoque foi uma pessoa mcomum, homem de poder e de notável influência. Lemos a seu respeito: “Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si” (Gn 5:24). Naturalmente, isso significa que ele foi a primeira pessoa a ser arrebatada, sem passar pela morte. Ver sobre a Parousia, quanto a elementos sobre o arrebatamento cristão, que promete generalizar, entre todos os remidos, a experiência de Enoque. Elias também passou por essa experiência. Em nosso artigo sobre Eliseu, quinto ponto, “Testemunha do Arrebatamento de Elias”, oferecemos comentários que o leitor achará interessantes, incluindo casos modernos de translação.

    Enoque foi arrebatado depois de ter vivido trezentos e sessenta e cinco anos. O trecho de He 11:5 alista-o como um dos heróis da fé. A tipologia cristã fez dele um tipo da Igreja que, na opinião de alguns, será arrebatada antes da Grande Tribulação, da mesma maneira que Enoque foi arrebatado antes do dilúvio, um tipo da Grande Tribulação. Enoque foi o avô de Noé.

    Figuras como Enoque sempre criam lendas a seu respeito. E, usualmente, alguns livros são atribuídos a personagens assim, o que se deu também com Enoque. Visto que Enoque teria sido levado corporalmente para o céu, isso fez com que escritores posteriores reproduzissem por escrito o que ele (presumivelmente) viu. Os escritos apócrifos sempre tentam preencher os hiatos sobre os quais nada se conhece. Os livros a ele atribuídos (ver sobre Enoque, Livros de), de acordo com alguns, são os mais importantes entre os livros pseudepígrafos, por servirem de pano de fundo ao Novo Testamento. Comumente diz-se que os autores do Novo Testamento não se utilizaram dos livros apócrifos e pseudepígrafos; mas qualquer pessoa que tenha examinado o Novo Testamento, versículo por versículo, sabe que há algumas citações, muitas alusões e muitas idéias extraídas daquelas obras. Ver o artigo geral sobre as obras pseudepígrafas.

    Enoque é glorificado na crônica judaica. Ele teria sido o inventor das letras, da matemática e da astronomia. De fato, é reputado como o primeiro autor de livros e supõe-se que vários livros emanaram dele. Também teria sido homem que recebeu muitas visões e profecias. Presumivelmente, a literatura por ele deixada foi posta nas mãos de seu filho, e foi preservada por Noé, chegando aos dias posteriores ao dilúvio. Tudo isso tipifica como a matéria apócrifa é manuseada. E esse material é datado de tempos muito remotos. E aqueles que falam em uma data posterior dão explicações não muito convincentes a esse respeito. Temos algo similar no caso do Livro de Mórmon (ver, sob o título Livros Apócrifos Modernos na Enciclopédia). As placas de ouro supostamente teriam sido enterradas em uma data antiga e, então, teriam sido descobertas no século XIX, quando, finalmente, o conteúdo dessas placas foi revelado. O Alcorão (Sur. xix) refere-se a Enoque como o sábio, título esse que deve ter resultado do conhecimento das tradições judaicas que circundam o livro de Enoque.

    Em nossa discussão sobre as coisas curiosas que resultaram da vida de Enoque, não podemos esquecer o verdadeiro significado de sua vida. Ele demonstrou que é possível ao homem atingir uma elevadíssima espiritualidade. A epístola aos Hebreus com toda a razão incluiu o seu nome entre os heróis da fé, por causa de suas realizações espirituais.

    Gn 5:19,Gn 5:20

    A Septuaginta concorda aqui com o número — oitocentos — que aparece no texto hebraico; mas o Pentateuco samaritano diz setecentos e oitenta e cinco. As tradições árabes dizem que o nome Jerede, “descida”, refere-se à sua descida do monte santo, não muito distante do jardim do Éden, a fim de exortar a seus filhos que não se misturassem por casamento com os pagãos, sobretudo os filhos de Caim. Por ocasião de sua morte, ele nomeou Enoque como seu sucessor, para que mantivesse em ordem a casa espiritual.


    Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 5 versículo 2
    Citado em Mt 19:4; Mc 10:6.Gn 5:2 Os abençoou:
    Ver Gn 1:28,

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 5 do versículo 1 até o 32
    *

    5.1-6.8 Neste relato da genealogia de Adão, Moisés dá ênfase na linhagem da aliança de Sete (cap.
    5) e então sumariza a escalada do pecado na Terra antes do dilúvio (6.1-8).

    * 5.1-3 A piedosa linhagem de Sete em contraste com a de Caim (4.17-24), é iniciada por sua ligação com a criação original: vs. 1-2 resumem 1:1-2.3, especialmente 1.27, 28. V. 3b ecoa 1.27, 26 e 4.25 (11.10-26). O propósito de Deus para a criação se realizará através de Sete, não de Caim.

    * 5.1 Este é o livro da genealogia. Uma nova seção do Livro de Gênesis começa (2.4 e nota). A menção de um “livro” ou “documento” indica que o autor usou fontes (11.10-26).

    * 5:2

    abençoou. A bênção da criação é reiterada (1.28; 9.1, nota).

    chamou. Ver 1.5 e nota.

    * 5.3-32 Estes versos contém 10 parágrafos, cada um escrito da mesma forma, com um parágrafo para cada geração na linhagem de Adão até Sete. Existem algumas semelhanças, assim como significativas diferenças, entre este registro e as Listas dos Reis Sumérios (escritas por volta de 2000 a.C.), que mencionam oito reis pré-diluvianos que reinaram por períodos de tempo excepcionalmente longos (até 72.000 anos). Dando seqüência ao relato sumério do dilúvio (conforme Caps. 6-9), existe uma outra lista de personagens pós diluvianos que tiveram vida mais curta. (conforme cap. 11).

    Mais significativas são as semelhanças formais e diferenças materiais entre a presente genealogia de Sete e a genealogia de Caim no cap. 4. Ambas são inicialmente lineares, mantendo o foco em um indivíduo em cada geração e ambas sendo concluídas pela divisão da linhagem entre três filhos (4.20-22; 5.32; o mesmo acontece em 11:10-26). Porém, os temas centrais destas genealogias se contrastam fortemente. A linhagem de Caim acaba no dilúvio; a de Sete sobrevive a este. Enquanto a primeira delas apresenta a linhagem amaldiçoada de Caim que se conclui com assassinato gerando assassinato (4.17-24), a última une o fundador da humanidade, Adão, com o seu novo fundador, Noé (4.25, 25, nota). O Enoque e o Lameque na linhagem de Sete não devem ser confundidos com o primeiro e o último descendente que tem os mesmos nomes na linhagem de Caim. Enoque, o sétimo na linhagem de Sete, “andou … com Deus” e “Deus o tomou para si” (v. 24); o Lameque da linhagem de Sete dá a seu filho o nome de Noé, na esperança de que o Senhor os consolasse (conforme v. 29).

    Porque a palavra hebraica traduzida como “gerou” comumente significa “se tornou o ancestral de” e porque alguns dos números parecem ser simbólicos, muitos estudiosos sustentam que existem lacunas nestas genealogias, e que, portanto, elas não servem para se computar uma cronologia precisa. A sétima geração é significativa porque marca um clímax — o apogeu da impiedade do cainita Lameque (4.18-24), e o apogeu da piedade do setita Enoque (vs. 18-24; conforme a nota dos vs. 21-24). A cifra das dez gerações de Sete a Noé (vs. 3-32) se emparelha às dez gerações de Sem a Abrão em 11:10-26 (esta última genealogia parece também ter lacunas, 11:10-26, nota; conforme Mt 1:17, nota). Também a idade de alguns personagens antediluvianos pode ser simbólica e talvez sejam relacionadas a períodos astronômicos conhecidos dos povos do Antigo Oriente Próximo (p.ex., os trezentos e sessenta e cinco anos da vida de Enoque, vs. 21-24, nota).

    * 5.5 e morreu. Ver 3.19 e notas. Através da transgressão de Adão a morte veio sobre todos (Rm 5:12-14). Por outro lado, a despeito deste julgamento, a graça de Deus preserva a linhagem messiânica (3.15 e nota) mesmo enquanto o pecado é abundante na terra (4.17-24).

    * 5.21-24 O número sete (ou seus múltiplos) é comumente significativo nas genealogias bíblicas (5.3-32, nota; Mt 1:17; Jd 14).

    *

    5.22 Andou…com Deus. A expressão, repetida duas vezes (aqui e no v. 24), significa uma comunhão íntima (3.8; 6.9), incluindo revelação especial.

    * 5.23 trezentos e sessenta e cinco anos. Talvez um número simbólico correspondente aos dias do ano solar e significando uma vida de privilégio especial. Embora a longevidade seja um sinal de bênção e favor divino (Sl 91:16), a relativamente curta duração de vida do abençoado Enoque, especialmente se comparado a do seu filho Metusalém, demonstra que estar na presença de Deus é ainda um privilégio maior (Jo 17:24).

    * 5.24 e já não era, porque Deus o tomou para si. De todos os santos descritos no Antigo Testamento apenas Enoque e Elias não experimentaram a morte física (2Rs 2:1-12; Hb 11:5).

    * 5.29 Este nos consolará. Enquanto o Lameque cainita procurou reparar o erro com a vingança (4.24 ), o Lameque setita confiava no Senhor com esperança para prover a semente através da qual viria a libertação da maldição.

    *

    5:32

    quinhentos. Ver 6.3 e nota.

    Sem, Cam e Jafé. Ver 9.18 onde sua história é resumida.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 5 do versículo 1 até o 32
    5.1ss A Bíblia contém várias listas de antepassados, chamadas genealogias. Há duas perspectivas básicas respeito a estas listas: (1) Estão completas, registram a história completa de uma família, tribo ou nação; ou (2) não pretendem ser exaustivas e pode ser que incluam unicamente gente famosa ou cabeças de família. "Engendrou a" também podia significar "era antepassado de".

    por que se incluem as genealogias na Bíblia? Os hebreus transmitiam suas crenças por meio da tradição oral. A escritura ainda era primitiva e, em muitos lugares, inexistente. Contavam as histórias aos meninos, os que a sua vez as transmitiam a seus filhos. As genealogias davam um bosquejo esquemático que ajudava às pessoas a recordar as histórias. Durante séculos estas genealogias foram crescendo e difundindo-se de família em família. Até mais importante que a tradição familiar, as genealogias se incluíram para confirmar a promessa bíblica de que o Messías que teria que chegar, Jesucristo, nasceria dentro da descendência do Abraão.

    As genealogias assinalam uma característica importante de Deus. As pessoas são importantes para O como indivíduos, não só como grandes massas. Deus as chama por seu nome, mencionando o tempo que viveram e seus descendentes. A próxima vez que você se sinta arrasado em uma imensa multidão, recorde que o centro da atenção e o amor de Deus é o indivíduo, e você!

    5.3-5 No sentido mais geral, todos os seres humanos se relacionam através do Adão e Eva. A humanidade é uma família formada de uma carne e um sangue. Recorde isto quando o prejuízo entre em sua mente ou o ódio invada seus sentimentos. Cada pessoa é uma criação valiosa e única de Deus.

    Abel

    Abel foi o segundo filho nascido no mundo, mas o primeiro que obedeceu a Deus. Tudo o que sabemos a respeito deste homem é que seus pais foram Adão e Eva, que era pastor, que apresentava sacrifícios agradáveis a Deus e que sua curta vida terminou em mãos do Caím, seu ciumento irmão maior.

    A Bíblia não nos diz por que Deus se agradou da oferenda do Abel e não da do Caím, mas ambos sabiam o que Deus esperava. Unicamente Abel obedeceu. Ao longo da história, ao Abel lhe recorda por sua obediência e fé (Hb_11:4). Lhe chama "justo" (Mt 23:35).

    A Bíblia está repleta dos princípios e expectativas de Deus quanto a nossa vida. Também está cheia de instruções mais específicas. Como Abel, devemos obedecer sem olhar o preço e confiar em que Deus tem que endireitar as coisas.

    Pontos fortes e lucros:

    -- Primeiro membro do Salão da Fé em Hebreus 11

    -- Primeiro pastor

    -- Primeiro mártir da verdade (Mt 23:35)

    Lições de sua vida:

    -- Deus escuta aos que vão ao

    -- Deus reconhece à pessoa inocente e cedo ou tarde castiga ao culpado

    Dados gerais:

    -- Onde: Fora do Éden

    -- Ocupação: Pastor

    -- Familiares: Pais: Adão e Eva. Irmão: Caím

    Versículo chave:

    "Pela fé Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício que Caím, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho de suas oferendas; e morto, ainda fala por ela" (Hb_11:4).

    A história do Abel se relata em Gn 4:1-8. Também se menciona em Mt 23:35; Lc 11:51; Hb 11:4-12.24.

    5.25-27 Como foi que esta gente viveu tanto tempo? Alguns acreditam que as grandes idades que aparecem na lista se referem à duração da dinastia, mais que à idade do indivíduo. Os que opinam que estas eram idades reais as explicam de três maneiras importantes: (1) A raça humana era geneticamente pura nesses primeiros tempos, e não havia enfermidades que cortassem a vida. (2) Ainda não tinha chovido na terra e o vapor de acima (1,7) mantinha a raia os perigosos raios cósmicos; conseqüentemente, os fatores ambientais que causam a velhice eram menos pronunciados. (3) Deus deu às pessoas larga vida para que tivessem tempo de "encher a terra" (1.28).


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 5 do versículo 1 até o 32
    C. Patriarcas DEZ (5: 1-32)

    1 Este é o livro das gerações de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez; 2 . macho e fêmea os criou, e os abençoou, e chamou o seu nome Adão, no dia em que foram criados 3 Adão viveu cento e 30 anos, e gerou um filhoà sua semelhança, conforme a sua imagem; e chamou o seu nome Sete: 4 e os dias de Adão, depois que gerou a Sete, oitocentos anos, e gerou filhos e filhas. 5 E todos os dias que Adão viveu foram novecentos e trinta anos, e morreu.

    6 E Sete viveu cento e cinco anos, e gerou a Enos: 7 Viveu Sete, depois que gerou a Enos 807 anos, e gerou filhos e filhas: 8 e todos os dias de Sete foram 912 anos: e ele morreu.

    9 E viveu Enos, 90 anos, e gerou a Kenan: 10 e viveu Enos, depois que gerou Kenan 815 anos, e gerou filhos e filhas: 11 e todos os dias de Enos foram novecentos e cinco anos; e ele morreu.

    12 E Kenan viveu setenta anos, e gerou a Maalalel: 13 e Kenan viveu depois que gerou a Maalalel 840 anos, e gerou filhos e filhas: 14 e todos os dias de Kenan foram 910 anos, e morreu.

    15 E Maalalel viveu sessenta e cinco anos e gerou a Jarede: 16 e Viveu Maalalel, depois que gerou a Jarede 830 anos, e gerou filhos e filhas: 17 e todos os dias de Maalalel foram oitocentos e noventa e cinco anos, e ele morreu.

    18 E Jared viveu cento e sessenta e dois anos, e gerou a Enoque: 19 e Jared viveu depois que gerou a Enoque, oitocentos anos; e gerou filhos e filhas: 20 e todos os dias de Jarede foram novecentos e sessenta e dois anos, e ele morreu.

    21 E viveu Enoque sessenta e cinco anos, e gerou a Matusalém: 22 e Enoque andou com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos, e gerou filhos e filhas: 23 e todos os dias de Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos: 24 e Enoque andou com Deus: e ele não estava; porque Deus o levou.

    25 Matusalém viveu cento e oitenta e sete anos, e gerou a Lameque 26 e Matusalém viveu depois que gerou a Lameque, setecentos e oitenta e dois anos, e gerou filhos e filhas: 27 e todos os dias de Matusalém foram novecentos e sessenta e nove anos : e ele morreu.

    28 Lameque viveu cento e oitenta e dois anos, e gerou um filho: 29 e ele chamou Noé, dizendo: Este nos nos confortar no nosso trabalho e no trabalho de nossas mãos, que vem por causa da terra que o Senhor amaldiçoou. 30 Viveu Lameque, depois que gerou a Noé, quinhentos e noventa e cinco anos, e gerou filhos e filhas: 31 E todos os dias de Lameque foram setecentos e setenta e sete anos, e morreu.

    32 E era Noé da idade de quinhentos anos; e gerou Noé a Sem, Cam e Jafé.

    Este é o livro das gerações de Adão . Esta é a segunda vez em Génesis que a frase característica é usada para introduzir uma nova secção, e o único momento em que o termo livro é utilizado em conjunção com ele. O autor do Gênesis foi concluída a seção sobre a descendência dos céus e da terra iniciadas em Gn 2:4 ). O próprio fato de que dez nomes estão aqui dado de Adão a Noé, e em Gn 11:10 dez são dadas de Noé a Tera gostaria de sugerir a possibilidade de que estes, também, são esquemáticas. E quando acrescentamos para posterior comparação a genealogia de Adão através de Cain em 4: 16-22 com os seus sete gerações de Adão a Lameque, e note que todos os três destes genealogias terminar com um patriarca que tinha três filhos, a prova é um pouco mais forte.

    As idades extremas desses homens tem causado problemas para muitos. Ele precisa ser salientado que os números hebreus nos tempos antigos eram representados por letras hebraicas, vários dos quais são facilmente confundidos um com o outro, tornando assim os números do centro mais provável do erro na cópia. Ele também precisa ser salientado que as versões mais antigas do Antigo Testamento com o qual podemos comparar nosso texto hebraico, a Septuaginta grega datada do século III aC e Pentateuco Samaritano datando de, talvez, o século V aC, cada um tem uma diferente conjunto de números. Uma possibilidade é sugerida pelo antigo "rei sumério List," um achado arqueológico interessante que, em suas várias edições lista oito ou dez reis como dominante na Baixa Mesopotâmia antes do dilúvio. Dá tremendamente longos períodos para os reinados de seus reis-up de 64.800 anos. Mas, no período pós-cheias, quando os seus comprimentos para reinados são mais normal, um tablet separado revela que a Lista de Reis omitiu um nome ao adicionar os anos para o reinado de seu predecessor. Assim, os períodos extremamente longos podem de alguma maneira preservar o total de anos das gerações representadas pelo patriarca cujo nome é preservado. Por outro lado, ele também deve ser salientado que sabemos pouco sobre a nossa raça antes do dilúvio e não há evidência bíblica de que o homem primitivo viveu mais tempo e que Deus propositadamente encurtou seu tempo de vida (Gênesis 6:3 ; . Ps 90 : 10 ).

    É refrescante no meio de um resumo bastante monótona da vida dos homens em termos de seus nascimentos, begettings e idades para encontrar o relato de um homem cuja vida foi notavelmente diferente. Enoque andou com Deus , uma tremenda alta avaliação de uma vida espiritual que foi compartilhado por ninguém, exceto Noé (6: 9 ). Com Enoque essa comunhão possivelmente o salvou da morte, para Deus o levou para o céu que sua caminhada pode continuar sem interrupções (conforme comentário sobre Heb. 11: 5 em WBC, Vol VI. ). Aqui, novamente, é o brilho da graça divina em meio a escuridão. As nuvens de destruição estavam se reunindo para o mundo antediluviano. Mas no meio da depravação universal ainda era possível para um homem para conhecer a Deus e entrar em comunhão com Ele. A simples menção de Enoque foi incentivo suficiente para inúmeros santos em dias sombrios desde então.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 5 do versículo 1 até o 32
    Esses capítulos falam do dilúvio e da fé de Noé. Já que aqui nos é im-possível descobrir todos os tesouros espirituais, nos limitaremos a quatro aspectos desse importante evento da história bíblica.

    1. O dilúvio sob o ponto de vista histórico
    2. O fato do dilúvio

    Os registros de Gênesis, como tam-bém de Cristo (Mt 24:37-40; Lc 17:26-42), dos profetas (Is 54:9) e dos apóstolos (1Pe 3:20; 2Pe 2:5; 2Pe 3:6), comprovam que realmente houve o dilúvio. Muitos arqueólo-gos comprovam que muitas civili-zações primitivas tinham tradições relacionadas ao dilúvio, cujos de-talhes são paralelos ao relato de Gênesis. É provável que essas his-tórias (que envolvem os deuses e as deusas fantásticos deles) sejam adulterações da história original do dilúvio transmitidas de geração a geração.

    1. A finalidade do dilúvio

    Conforme 6:5-13 afirma, houve o dilúvio porque as pessoas se cor-romperam, e a terra estava cheia de violência. Deus enviou o dilú-vio a fim de destruir a humanida-de. Sempre deve haver julgamento e morte antes de um novo início.

    1. A seqüência dos eventos do dilúvio

    Se contarmos o ano da criação de Adão como o ano 1, então Noé nasceu no ano 1056. Gênesis 6:3 indica que Deus deu 120 anos a Noé para construir a arca e pregar (1Pe 3:20), o que significa que ele tinha 480 anos quando iniciou a construção da arca (7:11). Isso se-ria o ano de 1536. O dilúvio acon-teceu quando Noé tinha 600 anos, em 1656 e 1657, e Noé e sua fa-mília, quando ele tinha 601 anos de vida, voltaram para a terra seca (8:13ss). Os eventos iniciaram-se no décimo dia do segundo mês (10/
    2) de 1 656, quando Noé e sua família entraram na arca (7:1-9). O dilúvio veio em 17/2 (7:10-11); as chuvas cessaram em 26/3 (7:12); e a arca repousou no monte Ararate em 17/7 (8:1-4). Em 1/10, a famí-lia viu o cimo dos montes (8:5). Em 11/11, Noé enviou o corvo (8:6-9). Em 18/11, ele enviou a pomba, que trouxe de volta uma folha de olivei-ra (8:10-11). Uma semana depois Dt 25:11, Noé mandou de novo a pomba, e ela não retornou (8:12). No primeiro dia do primeiro mês do ano seguinte (1657), Noé remo-veu a cobertura da arca e olhou a terra (8:13). Em 27/2, todos deixa-ram a arca (8:14ss)

    1. A arca

    Não era um navio; antes, era uma "caixa flutuante" feita de madeira de cipreste e calafetada com betume. A arca media 183 metros de com-primento, 30 metros de largura e 18 metros de altura. Outra medida pos-sível seria 137 metros x 23 metros x 14 metros. Nos dois casos, a arca era grande o suficiente para abrigar todos os animais, a comida necessária e os membros da família de Noé. Não sa-bemos quantas espécies de animais existiam na época. Observe que 6:20 indica que Deus trouxe os animais até Noé. Havia três pavimentas na arca, com uma janela ou no teto do andar superior ou à volta toda do andar su-perior (6:
    16) e uma porta.

    1. O dilúvio

    A chuva e a erupção de água brotando da terra provocaram o dilúvio (7:11). Podemos muito bem imaginar o tre-mendo efeito que isso causou à super-fície da terra, como também ao clima. A essas erupções, seguiram-se ondas gigantescas. Gênesis 2:5-6 sugere que, na época de Noé, a chuva era algo novo na terra, o que torna a fé de Noé ainda mais maravilhosa.

    1. O dilúvio considerado de forma tipológica

    A arca é uma imagem luminosa de nossa salvação em Cristo (1Pe 3:18-60). A arca salvou Noé e sua família do julgamento porque acreditaram na promessa de Deus (He 11:7); Cristo salva-nos do cas-tigo vindouro quando cremos nele. Em1Pe 3:18-60, a arca é rela-cionada à ressurreição de Cristo; as águas sepultaram o antigo mundo, mas promoveram uma nova vida para Noé. Noé foi fiel ao obedecer a tudo que Deus ordenou; Jesus disse: "Eu faço sempre o que lhe agrada" (Jo 8:29). Noé permaneceu salvo em meio ao dilúvio; Cristo atravessou um dilúvio de sofrimento (SI 42:
    7) e saiu vitorioso. Noé saiu da arca, o cabeça de uma nova criação com sua família; e Cristo saiu do sepul-cro, o Cabeça de uma nova criação e o Pai de uma nova família.

    Noé atravessou o julgamento e salvou-se, exatamente como o rema-nescente de judeus crentes atraves-sará a tribulação para estabelecer o reino na terra. Enoque foi arrebata-do antes do julgamento (5:21-24; He 11:5), exatamente como a igreja será arrebatada antes da vingança de Deus espalhar-se pelo mundo. Veja I Tessalonicenses 1:10-5:9-10.

    1. O dilúvio considerado de forma profética

    Cristo ensina que os dias anteriores ao arrebatamento e à tribulação se-rão como os dias de Noé (Lc 1:7:26; Mt 24:37-40). Hoje, vivemos nos "dias de Noé". Vemos alguns para-lelos como a multiplicação de pes-soas na "explosão populacional" (6:1); todo tipo de corrupção moral (6:5); violência (6:11,13); a expan-são das artes e das indústrias (4:16- 22); a falta de consciência, até para o assassinato (4:23-24); e o fato de os verdadeiros crentes serem uma minoria (6:8-10). Contudo, tenha em mente que os "dias de Noé" também foram dias de testemunho. Na verdade, Deus disse a Enoque que o julgamento estava a caminho, e ele advertiu as pessoas (Jd 14:15). Metusalém, filho de Enoque, nasceu no ano 687 e viveu 969 anos. Ele morreu no ano 1656 — o ano em que houve o dilúvio! Em outras pa-lavras, Deus deu 969 anos de graça ao mundo pecaminoso. E nos últi-mos 120 anos desse período, Noé esteve pregando e preparando a arca (Gn 6:3; 1Pe 3:20). Hoje, Deus avi-sa que o julgamento está a caminho (2Pe 3:0). (4) A verdadeira fé leva à obediência (6:22; 7:5). (5) O tes-temunho verdadeiro exige afastar- se do pecado, e Noé e sua família mantiveram-se não maculados pelo mundo. (6) Em 6:1 -4, quer "os filhos de Deus" fossem anjos quer fossem a família de Sete, vemos a mesma li-ção: Deus condena a concessão e a rebelião, mas recompensa os santos separados.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 5 do versículo 1 até o 32
    N. Hom. 5.22 O relato singelo a respeito da vida e da morte daqueles que pertenciam à linha de Sete é interceptada três vezes por:
    1) Enos (4.26), que prestou culto;
    2) Enoque (5.22), que teve comunhão com Deus;
    3) Noé (5.29), que servia a Deus.,


    5.24
    Apenas dois homens são descritos nas escrituras nestes termos ("andou com Deus"): Enoque e Noé (conforme 6.9). Esta frase sugere comunhão em vários aspectos, nos quais a Bíblia insiste muito: "Anda na minha presença" (Gn 17:1) implicando em sinceridade; "Andareis após o Senhor vosso Deus" (Dt 1:3.Dt 1:4), o que implica em

    obediência: andai nele" (Cl 2:6), o que implica em união com ele; andar com Deus atribui uma grande importância à comunhão, Já não era significa que Enoque, como Elias mais tarde, (2Rs 2:11) foi transformado de modo a desfrutar a existência celestial sem passar pela morte (ver He 11:5).


    5.32
    A cronologia que computa as épocas, tomando nomes de pessoas e o cumprimento de suas vidas como base, traria o dilúvio 1656 anos depois da criação de Adão à imagem de Deus. Há piedosos estudiosos da Bíblia que crêem que devemos computar as épocas tomando por base as famílias, consoante alcancem ou percam a preeminência, como acontece nos casos de dinastias. Assim sendo, a família de Sete teria tido origem quando Adão contava 130 anos de idade e alcançara a hegemonia quando a tribo de Adão já tinha governado por 930 anos. Tal método de contagem colocaria o nasci- mento de Noé no ano de 7625 e o Dilúvio no de 8225 depois da criação de Adão. Como 'Israel' refere a um homem, e a uma nação, da mesma forma, os antediluvianos poderiam ser primeiramente pessoas e, mais tarde, famílias (conforme Moabe, Amom, Amaleque).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 5 do versículo 1 até o 32
    De Adão a Noé (5:3-31). A lista de dez nomes em 5:3-31 suscita uma série de problemas de pouca importância espiritual. È pouco provável que haja alguma importância no fato de que alguns desses nomes sejam parecidos com nomes do capítulo anterior, e também não há muito valor em encontrar os possíveis significados hebraicos dos nomes, com exceção de Noé, pois originariamente não eram nomes hebraicos. O que é mais importante, talvez, é a extensão da vida registrada para as dez personagens das genealogias, que varia entre 365 e 969 anos. Diversas explicações são sugeridas, embora insatisfatórias na sua maioria. Vale observar aqui que na tradição babilónica as vidas de nove ou dez reis antediluvianos variam entre 18.600 e 65.000 anos. Isso mostra que houve uma tradição de longevidade antediluviana, e o mais fácil é supor que os efeitos da Queda demoraram para ser notados, exceto na esfera moral.
    O TM fornece o dado de 1.656 anos para o período entre a Criação e o Dilúvio. O Sam. e o livro dos Jubileus (um livro não canônico do século II a.C. associado a Cunrã) reduzem esse número para 1.307, enquanto a LXX e Josefo o aumentam para 2.242. Variações semelhantes são encontradas no cap. 11. Há concordância geral de que essas variações não são acidentais, mas ainda não se chegou a nenhuma explicação apropriada para elas. Só a opinião formada a priori vai insistir em que o TM esteja correto. Isso mostra quanto podem ser perigosos e arriscados os esquemas cronológicos.

    Não há explicação alguma no texto para a demora do nascimento de Sete (5.3). A luz Dt 5:4, não parece que isso tenha ocorrido em virtude de alguma dificuldade de fertilidade de Eva. Antes, é um exemplo do adiamento da atividade de Deus na salvação até que esse ato seja devidamente valorizado (conforme Isaque). Não é coincidência o fato de que foi Eva quem reconheceu o significado de Sete, como fica evidente na sua exclamação de alegria sobre o nascimento do filho (4.25). Devemos pressupor que Deus a fez reconhecer que havia um significado especial relacionado a esse novo filho.

    Precisamos levar a sério a linguagem do v. 3, como também o fato de que está associada a Sete. Até na linhagem divina, na linhagem da salvação, os efeitos da Queda se tornam visivelmente óbvios; não se deve pensar que isso implique o desaparecimento da imagem de Deus.
    v. 21. Enoque• a linguagem usada acerca de Enoque é tão enigmática que toda especulação é despropositada. Não podemos esquecer que não foi dito em lugar algum que Elias não morreu (2Rs 2:9-12), embora provavelmente devamos concluir isso. A pressuposição de que não se pode provar que as duas testemunhas de Ap 11 sejam Enoque e Elias está baseada na compreensão adequada dos problemas teológicos relacionados ao tema. O ponto mais importante para nós é que na transladação de Enoque temos provas da atuação do poder redentor de Cristo no passado, v. 29. Noé.: heb. nõah. Lameque associa o seu nome com o hebraico nahêm (“conforto”) e nüah (“descanso”).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 5 do versículo 1 até o 32
    d) A genealogia de Adão a Noé (Gn 5:1-32)

    Adão... gerou um filho (3). O propósito das genealogias bíblicas é traçar a linha da primogenitura e não tem ligação alguma com a provisão de uma cronologia completa de seus respectivos períodos. Há um certo acento poético quanto às listas genealógicas das Escrituras que nos proíbe de usá-las para efeito de cálculos cronológicos. Note-se os dois "dez" nas gerações de Adão (Gn 5) e de Sem (Gn 11); a omissão de nomes na genealogia de Moisés (conf. 1Cr 6:1-13), e os três "catorze" em Mt 1:1-40, um plano que exigia a omissão dos nomes de três reis (Acazias, Joás e Amazias) no versículo 8. O estudante das Escrituras também deve estar consciente do fato que não é fácil estar certo sobre quais seriam os números, originalmente, visto que nas três fontes principais de evidência textual do Antigo Testamento (o texto hebraico, o pentateuco samaritano, e a Septuaginta) existe não pequena divergência.

    >Gn 5:5

    Todos os dias que Adão viveu, novecentos e trinta anos (5). A longevidade dos patriarcas antediluvianos tem sido negada por diversas explicações. Tem sido sugerido que os nomes não representam indivíduos, mas sim, tribos; que os anos provavelmente eram mais curtos; que aqueles personagens foram mitológicos; que tais números não são históricos e servem apenas para exemplificar as teorias semíticas sobre cronologia. Todas essas tentativas de evitar a significação clara dessas passagens são igualmente desnecessárias e insatisfatórias. Existe uma tradição quase universal de que os pais da raça humana eram dotados de longevidade, e isso pode ter estado de acordo com o propósito divino em Seu governo providencial sobre a raça. Também parece ser coerente com a condição do homem, na qualidade de ser caído, o fato que ele agora já não possui o poder de viver por tão longo tempo. E andou Enoque com Deus (24). Cfr. He 11:5.


    Dicionário

    Abençoar

    verbo transitivo direto Transmitir uma bênção, lançá-la sobre algo ou alguém: o padre abençoou seus fiéis.
    Almejar o bem: a mãe é capaz de amar e abençoar seus filhos.
    Glorificar algo ou alguém: abençoou o herói por sua coragem.
    Dar proteção, converter em algo benéfico, providenciar auxílio: os bons abençoam os que buscam a paz.
    verbo pronominal Fazer em si próprio o sinal da cruz: abençoou-se.
    Etimologia (origem da palavra abençoar). A + bênção - sob a forma sem nasalização - benço + ar.

    bendizer, benzer, louvar; bendito, abençoado, bento, benção, benzimento. – Do verbo latino benedicere formaram-se – diz Roq. – três verbos portugueses (bendizer, benzer, abençoar) que, posto que concordem na ideia principal, têm entre si alguma diferença. O primeiro, bendizer, significa propriamente “dizer bem, louvar, exalçar”. O segundo, abençoar (ou abendiçoar), significa “deitar a benção, ou benções”. O terceiro, benzer, significa “lançar benções acompanhando-as de preces e ritos apropriados à coisa que se benze. Bendizer e abençoar confundem-se muitas vezes na significação extensiva de “desejar, pedir bens e prosperidades para alguém”. Benzer não é hoje usado senão para indicar as benções eclesiásticas ou supersticiosas. “O justo bendiz (ou louva) ao Senhor tanto na prosperidade como na desgraça”. “Os pais abençoam os filhos para que sejam felizes”. “Os sacerdotes benzem tudo que é consagrado ao culto divino”; e também “abençoam a assistência ao fim da missa”. O que se diz de bendizer aplica-se a louvar; com esta diferença: louvar se diz em relação a Deus, a santos e a homens; bendizer pode referir-se também a coisas. Bendizemos a hora, o instante em que nos vem alguma felicidade; e não – louvamos; porque louvar é mais “fazer elogios” do que “dizer bem e dar graças”. Esta diferença – diz Roq. – (entre bendizer, benzer e abençoar) torna-se mais sensível nos particípios destes verbos. – Bendito ou abençoado se diz para designar a proteção particular de Deus sobre uma pessoa, uma família, uma nação, etc. Nossa Senhora é bendita entre todas as mulheres. Todas as nações foram abençoadas em Jesus Cristo. – Bento designa a benção da Igreja, dada pelo sacerdote com as cerimônias do costume. Pão bento, água benta, etc. – Vê-se, pois, que bendito, e às vezes abençoado, se pode dizer no sentido moral e de louvores, e bento no sentido legal e de consagração. “As bandeiras militares, bentas com grande pompa na 1greja, nem sempre são abençoadas do Céu nos campos de batalha”. – Também se sente a distinção nos derivados benção e benzimento (ou benzedura). Benção é tanto o ato de abençoar como de benzer. Dizemos – a benção do pão, como dizemos – a benção dos pais. Benzimento é também ato de benzer, não já de abençoar; e mesmo como significando “ato de benzer, já não 28 Rocha Pombo se pode mais aplicar a cerimônias de culto, nem mesmo nos casos em que se aplica o verbo benzer. O sacerdote benze o fogo, a água, o óleo; mas a benzimento do fogo preferimos dizer – a benção do fogo. Benzimento ou benzedura ficou tendo aplicação quase exclusiva a “coisas de cabala, a gestos ou figurações de supersticiosos”.

    Abençoar V. BÊNÇÃO.

    Quando Moisés abençoou os filhos de israel (Dt 33), ele profetizou uma contínua progressão de prosperidades para eles, no auxilio de Deus. Era essa uma forma patriarcal de bênção e ao mesmo tempo uma cerimônia religiosa, em conformidade com a maneira de abençoar do Pai celestial, que está sempre, na realidade, a derramar benefícios sobre as Suas criaturas. Quando se diz no Sl 103 que os homens bendizem ao Senhor, isto significa pertencer ao Criador o louvor e a honra que são igualmente o dever e a alegria das Suas criaturas prestar-lhe. Mas quando é Deus que abençoa o Seu povo, como acontece em Gn 1:22 e em Ef 1:3, isto quer dizer que Ele distribui sobre os Seus filhos toda espécie de benefícios, temporais e espirituais, e desta forma comunica-lhes alguma parte daquela infinita bem-aventurança que Nele existe (1 Tm 1.11). A bênção era costume que muitas vezes se observava entre os hebreus, e é freqüentemente mencionada nas Sagradas Escrituras. Assim, Jacó abençoou os seus filhos (Gn 49), e Moisés os filhos de israel (Dt 33). Abraão foi abençoado por Melquisedeque. Tão importante lugar ocupava o ato da bênção na religião e vida dos judeus, que o próprio método da sua concessão fazia parte do ritual israelita (Nm 6:23). A bênção era dada em pé, com as mãos levantadas ao céu. (*veja Bênção.)

    Adão

    Nome Hebraico - Significado: Homem da terra vermelha (solo da Palestina).

    Originariamente significa “homem”, de forma genérica, embora comece logo a ser empregado como nome próprio do primeiro homem. São Paulo faz notar o paralelismo entre Adão e Cristo. O primeiro Adão é pai do homem caído; o Novo Adão – Cristo – é a origem da humanidade redimida (cf. Rm 5:12-21).

    Adão personifica a Humanidade [...]. Está hoje perfeitamente reconhecido que a palavra hebréia haadam não é um nome próprio, mas significa: o homem em geral, a Humanidade, o que destrói toda a estrutura levantada sobre a personalidade de Adão.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12, it• 16

    O homem, cuja tradição se conservou sob o nome de Adão, foi dos que sobreviveram, em certa região, a alguns dos grandes cataclismos que revolveram em diversas épocas a superfície do globo, e se constitui tronco de uma das raças que atualmente o povoam. As Leis da Natureza se opõem a que os progressos da Humanidade, comprovados muito tempo antes do Cristo, se tenham realizado em alguns séculos, como houvera sucedido se o homem não existisse na Terra senão a partir da época indicada para a existência de Adão. Muitos, com mais razão, consideram Adão um mito ou uma alegoria que personifica as primeiras idades do mundo.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 51


    Adão [Terra, Solo] -

    1) O primeiro homem criado por Deus (Gn 1:27—5:5). É uma FIGURA de Cristo, que é o segundo Adão (Rm 5:14-19); (1Co 15:22)

    2) Nome genérico do ser humano, incluindo o homem e a mulher (Gn 5:1-2).

    Adão 

    Adão no Antigo Testamento

    Alguns estudiosos sugerem que o vocábulo adão vem do hebraico, e significa “solo”; mas não se pode ter certeza disso. Esse termo é usado na Bíblia para referir-se à primeira pessoa criada (Gn 5:1-1Cr 1:
    1) e, regularmente, para significar “humanidade” ou “homem”. Em certos textos, nos capítulos iniciais de Gênesis, existe algum debate sobre se este vocábulo seria traduzido como o nome próprio “Adão” ou simplesmente como “humanidade”. A primeira ocorrência deste termo encontra-se em Gênesis 1:26-27. A Versão Contemporânea registra ali: “façamos o homem”, no que concorda a maioria dos comentaristas. Em Gênesis 2:20 algumas traduções trazem “mas para Adão não se achava adjutora...”, acrescentando uma nota de rodapé na qual se explica que o vocábulo pode também sugerir “homem”.

    Adão, feito por Deus, tornou-se o primeiro ser humano a habitar a recém-criada Terra. Os primeiros capítulos de Gênesis descrevem a criação. O homem distingue-se claramente de todo o resto. Feito “à imagem de Deus”, recebeu domínio sobre toda a criatura terrena (Gn 1:26). Ele tinha em si o sopro do Senhor (Gn 2:7) e foi colocado no Jardim do Éden (Gn 2:8-17), para obedecer aos mandamentos de Deus, principalmente o de não comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2:17). Adão trabalharia e cuidaria desse paraíso e Deus fez-lhe a mulher, para ajudá-lo a cumprir as tarefas para as quais fora criado. Ele descreveu sua esposa como “osso dos meus ossos, e carne da minha carne” (Gn 2:23). Ambos foram feitos sem pecado e viviam na inocência.

    A maneira como a Bíblia descreve Adão nesses primeiros capítulos ajuda o leitor a entender a comunhão entre Deus e sua obra-prima. Nosso primeiro pai não era como os animais. O domínio sobre o resto da criação que lhe fora confiado no princípio seria também exercido por seus descendentes, enquanto a Terra existisse. O Senhor conversava com Adão (Gn 1:28-30). Além dessa comunhão íntima, os dois primeiros capítulos servem também para reforçar a completa dependência que o homem tinha de seu Criador. Adão precisava de que Deus criasse a mulher para ele, pois necessitava de alguém para servir-lhe de companhia (Gn 1:29-30) no Jardim do Éden (Gn 2:15).

    Não se observa Adão ter suas próprias reações ao que Deus fazia por ele. Ele começou a exercer seu domínio sobre a criação (Gn 1:26), quando deu nome a todos os animais (Gn 2:19-20); mas aqui fica claro que esse poderio era secundário. No entanto, ele mostrou claramente que apreciara sua companheira e suas palavras em Gênesis 2:23 podem muito bem ter suscitado a ideia que o apóstolo Paulo usou em Efésios 5:28-29, quando disse: “quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo”.

    Gênesis 3 descreve o pecado de Adão. A comunhão com Deus e a sujeição ao Criador, mostradas nos dois primeiros capítulos, são repentinamente destruídas. Eva foi tentada pela “serpente” (Satanás) e comeu o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Além disso, ofereceu-o a Adão. A pureza da criação foi imediatamente corrompida. Nus, sem nenhum constrangimento (Gn 2:25), de repente seus olhos foram “abertos”, ficaram envergonhados, e buscaram meios de se cobrir (Gn 3:7). O desejo de se vestirem foi um reflexo de tentar se esconder da presença de Deus, a quem sabiam que desobedeceram. Assim, antes estavam felizes em caminhar com o Senhor e obedecer aos seus mandamentos; agora se escondem de Deus, quando Ele passeia pelo Jardim (Gn 3:8). A única conversa entre o Senhor e Adão registrada na Bíblia é aquela em que ele tenta jogar a culpa sobre a mulher por tudo o que acontecera.

    A punição de Deus para o pecado de Adão é declarada em termos bem claros. As duas áreas em que ele era tão claramente distinto dos animais foram afetadas pelo castigo. O trabalho que Adão recebeu para fazer, para a glória de Deus, como parte do seu domínio sobre a criação, agora seria doloroso (Gn 3:17-19). A partir daquele instante, nosso primeiro pai teria dificuldades em cultivar o solo e exercer o domínio sobre os animais. Esta seria sua tarefa, mas mediante um esforço cansativo e doloroso, que continuaria até a morte — quando então retornaria ao pó, de onde fora formado (Gn 3:19). Adão também experimentou o castigo da separação de Deus, ao ser expulso do Jardim do Éden (Gn 3:23-24) e ao ver a manifestação física do que agora era sua realidade espiritual — a morte. Ele contemplou, constrangido, Caim, seu primogênito, matar Abel, seu segundo filho (Gn 4:8).

    Adão preparou o palco para a humanidade e apresentou a cena em que as verdadeiras origens da humanidade, como única, em toda a criação de Deus é claramente revelada; contudo, é também o espetáculo no qual o que recebeu tanto domínio do Criador tentou negar sua dependência do Senhor. Naquela negação, naquele pecado, Adão fixou seu olhar num tipo de vida que ignoraria ou mesmo negaria ao Todo-poderoso. Por meio daquela transgressão, o homem colocou a si mesmo no lugar de Deus. Por intermédio de Adão, o pecado entrou no mundo e trouxe o castigo e a maldição do Criador sobre toda a criação.

    É importante notar que, após o castigo e a exclusão do Jardim do Éden, Adão continuou o mesmo. Ele não regrediu a um estado no qual não seria melhor que os animais. Ele possuía a imagem de Deus; possuía o sopro do Criador dentro dele. Agora, contudo, era um ser pecaminoso e, conforme a narrativa bíblica prossegue, fica claro que cada aspecto da vida do homem foi permeada pelo pecado e pelo desejo de negar a Deus, em pensamentos, palavras e obras.

    O Antigo Testamento não faz muitas outras referências nominais a Adão. A criação é mencionada freqüentemente e a condição da humanidade como seres criados foi lembrada pelos que eram fiéis e adoravam a Deus (veja Sl 8:3-5). Abraão recebeu mais atenção na história judaica, porque foi o pai da nação israelita. No entanto, na época do Novo Testamento, Adão novamente assumiu a posição proeminente nas discussões sobre como Deus trata com a humanidade.

    Em Lucas 3:38, Adão encabeça a genealogia que leva até Jesus. A diferença entre essa relação e a de Mateus (Mt 1:1), que retorna até Abraão, é notável e provavelmente indica o cuidado deste escritor em mostrar a relação de Cristo com toda a humanidade e não somente com o povo judeu. Há outra referência direta a Adão em Judas 14. Jesus mencionou Gênesis 1:27-2:4, quando falou do casamento como uma instituição indissolúvel. Deus criou Adão e Eva para permanecerem juntos e este deveria ser o padrão para o matrimônio e a vida familiar. Paulo usa os mesmos textos de forma similar em Efésios 5:31. Ali, contudo, o apóstolo acrescenta mais um significado ao relacionamento entre homem e mulher, ao indicar que na própria convivência conjugal havia uma alusão à comunhão entre Cristo e sua Igreja (cf. 1Co 6:16-17). O amor, a durabilidade e a intimidade desse relacionamento com Jesus foram mostrados por Paulo, quando ele fez a comparação com o casamento.

    Paulo também apelou para o relacionamento de Adão com Eva, para apoiar seu argumento sobre o lugar da esposa na família e na igreja. As mulheres exercem funções diferentes das dos homens, porque Adão “foi formado primeiro” e Eva foi enganada primeiro (1Tm 2:13; cf. 1Co 11:8-9).

    Foi também nos escritos de Paulo que uma clara descrição foi formulada sobre o lugar teológico que Adão ocupa nos assuntos relacionados com o homem. Em Romanos 5, o apóstolo apresenta sua visão da comunhão entre Adão e Cristo. Adão (Rm 5:14), “um homem” (v.12), trouxe o pecado a toda a humanidade. Ele, portanto, “é a figura daquele que havia de vir” (v. 14). Paulo provavelmente viu nisso uma “figura”, mas o interesse do apóstolo era, na verdade, demonstrar o quanto Adão e Cristo são diferentes.

    O argumento de Paulo baseava-se em seu entendimento de que Adão era realmente um personagem histórico. Ele trouxe o pecado ao mundo, o qual é reafirmado diariamente na vida de cada indivíduo (Rm 5:12): “porque todos pecaram”. Então, no v.15, começa o contraste com: “mas não é assim o dom gratuito como a ofensa”. O apóstolo queria que as pessoas vissem sua ênfase em duas coisas nesta passagem. Primeiro, ele fala repetidamente em “um homem”, ao referir-se tanto a Adão como a Cristo (a palavra “um/uma” é repetida dez vezes nos vv. 15-19). Segundo, queria que todos entendessem plenamente o significado de sua expressão “muito mais”. Os crentes aprendem sobre a graça de Deus em Cristo, quando observam que ela se torna “muito mais” superabundante para as pessoas depois que muitas transgressãos são cometidas, quando comparada com o castigo que seguiu apenas um pecado (vv.15-17). Dessa maneira, Adão foi superado por Jesus. Cristo obedeceu a Deus quando Adão não o fez. Cristo trouxe justiça — Adão, juízo. Cristo trouxe vida eterna (v. 21) — Adão, morte.

    Paulo mostrou que a humanidade tem diante de si duas alternativas: ser representada por Adão ou Cristo, como seu líder; receber a graça da salvação de Deus mediante a fé em Jesus (Rm 5:2) ou alcançar o castigo, como filhos de Adão. Dessa maneira, nosso primeiro pai é visto como o que foi desobediente e trouxe o pecado, o juízo e a morte para todas as pessoas (v. 18), enquanto Cristo traz a salvação desse juízo, da ira de Deus.

    Esse contraste entre Adão e Cristo foi desenvolvido em linhas similares em I Coríntios 15, na discussão de Paulo sobre a morte e a ressurreição. O
    v. 22 diz: “Pois assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo”. O contraste que o apóstolo fez foi entre a pessoa natural e a que, pela fé, é espiritual. Paulo fala sobre isso de forma mais vívida em I Coríntios 15:45-47, onde faz um contraste entre o “primeiro homem, Adão, (que) foi feito alma vivente”, e o “último Adão, espírito vivificante”. O primeiro era o Adão de Gênesis, “sendo da terra”, e o segundo “é do céu”.

    O vocábulo “todos” de I Coríntios 15:22 tem sido exaustivamente discutido pelos comentaristas. Ele se refere a dois grupos diferentes de “todos”: o primeiro, os que estão “em Adão”, seres humanos naturais que morrem devido ao juízo de Deus sobre o pecado de nosso primeiro pai e sobre suas transgressões diárias; o segundo, todos os que estão “em Cristo”, os quais têm fé nele e são representados por Ele, receberão sua natureza — “a imagem do celestial” (1Co 15:49) e isso redundará em vida eterna e ressurreição.

    A passagem, contudo, da morte para vida, por meio da fé em Cristo, começou primeiro com o próprio Jesus que se tornou “homem”. Cristo estava preparado para receber a maldição do juízo de Deus e morrer, para tornar-se “as primícias” dos que ressuscitariam, conforme Paulo fala em I Coríntios 15:21: “Pois assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem”. É nesse sentido que Jesus é realmente “Adão” — o último Adão (1Co 15:45), ou o segundo homem (v. 47). Cristo teve sucesso onde Adão fracassou e Ele só poderia fazer isso como um verdadeiro homem. O “homem do céu” viveu, sofreu e morreu como aconteceu com Adão e sucede com toda a humanidade, para trazer vida aos que crêem.

    Em sua morte, Jesus identificou-se com Adão e toda a humanidade, que está debaixo do juízo de Deus por causa do pecado. Ao fazer isso, Ele ofereceu a si mesmo como sacrifício pelo pecado, um ato que foi aceito por Deus quando Ele levantou o segundo Adão dentre os mortos e dessa maneira reverteu em Cristo a maldição do juízo colocado sobre Adão. P.D.G.


    Criados

    masc. pl. part. pass. de criar
    masc. pl. de criado

    cri·ar -
    (latim creo, -are)
    verbo transitivo

    1. Dar existência a.

    2. Dar o ser a.

    3. Gerar; produzir.

    4. Originar.

    5. Educar.

    6. Inventar.

    7. Fomentar; estabelecer; interpretar.

    verbo pronominal

    8. Nascer; produzir-se.

    9. Crescer; passar à juventude.


    cri·a·do
    (latim creatus, -a, -um, particípio de creo, -are, criar, fazer crescer, causar, dar origem)
    adjectivo
    adjetivo

    1. Que se criou.

    2. Nédio, gordo (falando-se de animais).

    nome masculino

    3. Empregado doméstico.

    4. Usado como fórmula de cortesia para indicar que a pessoa que fala se coloca ao serviço ou às ordens de outrem.


    Criar

    verbo transitivo direto Provocar a existência de; fazer com que alguma coisa seja construída a partir do nada: algumas religiões afirmam que Deus criou o mundo.
    Produzir (alguma coisa); desenvolver ou gerar: já criaram o primeiro clone humano?
    Compor na mente; conceber ou inventar: o escritor criou o protagonista a partir de si mesmo.
    Desenvolver alguma coisa, normalmente, de teor científico ou prático: criava novas metodologias de pesquisa.
    Dar início a (alguma coisa); construir ou estabelecer: o engenheiro criou uma empresa.
    Passar a possuir o que não se tinha a posse: criou força e bravura; criou amigos naquele país.
    Providenciar o sustento de; sustentar: o avô criava os netos.
    Desenvolver o cultivo de plantas: criava bromélias.
    Tratar e cuidar de animais com o intuito de vendê-los, para garantir o sustento da família ou, ainda, por estima: criava porcos; criava vários cães e gatos.
    verbo bitransitivo Provocar consequências em; causar: criava encrenca por onde passava; o conflito criou uma guerra entre aqueles países.
    verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Oferecer instrução a; educar: criou as filhas; criou os netos na solidariedade; criaram-se no paganismo.
    verbo bitransitivo e pronominal Desenvolver-se em contato com: criaram-se com os vizinhos; criou-se com vários livros.
    verbo intransitivo Encher-se de pus.
    Etimologia (origem da palavra criar). Do latim creare.

    produzir, gerar. – “Por todos estes modos se dá existência ao que não era, mas cada um destes verbos indica diferente meio na causa que cria, produz, ou gera. – Criar é tirar do nada uma coisa, e metaforicamente é erigir, instituir. – Produzir é tirar de si, com atividade ou ação vital, alguma coisa. – Gerar é propagar a espécie pela geração. – Deus criou o universo e todos os seres que o compõem. Os reis criam novos cargos e dignidades. Os sábios criam novas ciências. As sementes, que se lançam à terra, germinam, crescem, e produzem o fruto, segundo suas espécies. Os literatos produzem suas obras, quando as concebem em sua mente, e com os auxílios que lhe ministram as letras ou as ciências, dão à luz suas produções50. Geram ou engendram todos os animais sua prole, segundo sua espécie; e, moralmente falando, erros geram erros, e vícios geram vícios”. (Segundo Roq.)

    Dia

    Entre os índios e em geral no Oriente, a palavra que trasladamos por dia tem uma significação primitiva, que corresponde exatamente ao termo caldeu sare, revolução.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O Velho Testamento

    [...] todo dia é também oportunidade de recomeçar, reaprender, instruir ou reerguer.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    Cada dia é oportunidade de ascensão ao melhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 58

    [...] cada dia é um ramo de bênçãos que o Senhor nos concede para nosso aperfeiçoamento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No livro da existência, cada dia é uma página em branco que confiarás ao tempo, gravada com teus atos, palavras e pensamentos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é nova oportunidade de orar, de servir e semear. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é desafio sereno da Natureza, constrangendo-nos docemente à procura de amor e sabedoria, paz e elevação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é a oportunidade desvendada à vitória pessoal, em cuja preparação falamos seguidamente de nós, perdendo-lhe o valor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é um país de vinte e quatro províncias. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é oportunidade de realizar o melhor. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o dia que deixas passar, vazio e inútil, é, realmente, um tesouro perdido que não mais voltará.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Diante do tempo

    O dia e a noite constituem, para o homem, uma folha do livro da vida. A maior parte das vezes, a criatura escreve sozinha a página diária, com a tinta dos sentimentos que lhe são próprios, nas palavras, pensamentos, intenções e atos, e no verso, isto é, na reflexão noturna, ajudamo-la a retificar as lições e acertar as experiências, quando o Senhor no-lo permite.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

    [...] Cada dia é uma página que preencherás com as próprias mãos, no aprendizado imprescindível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 31

    [...] O dia constitui o ensejo de concretizar as intenções que a matinal vigília nos sugere e que à noite balanceamos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6


    Dia O oposto à noite, à qual segue (Lc 21:37; Jo 9:4). Também espaço temporal de 24 horas. Os romanos contavam o dia de meia-noite a meia-noite — prática que perdura entre nós —, enquanto os judeus contemporâneos de Jesus iniciavam o dia com o surgimento da lua, concluindo-o no dia seguinte pela tarde. Para designar um dia completo, costumava-se empregar a expressão “noite e dia” (Mc 4:27; 5,5; Lc 2:37).

    Dia
    1) Período de 24 horas (Rm 8:36;
    v. HORAS).


    2) Tempo em que a terra está clara (Rm 13:12).


    3) O tempo de vida (Ex 20:12).


    4) Tempos (Fp 5:16, plural).


    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    o ‘calor do dia’ (Mt 20:12) significa o tempo das nove horas, quando no oriente o sol resplandece vivamente no Céu. ‘Pela viração do dia’ (Gn 3:8) é justamente antes do sol posto. Antes do cativeiro, os judeus dividiam a noite em três vigílias: a primeira vigília durava até à meia-noite (Lm 2:19), a média ia da meia-noite até ao cantar do galo (Jz 7:19), e a da manhã prolongava-se até ao nascer do sol (Êx 14:24). No N.T., porém, há referências a quatro vigílias, divisão que os judeus receberam dos gregos e romanos: a primeira desde o crepúsculo até às nove horas (Mc 11:11Jo 20:19) – a segunda, desde as nove horas até à meia-noite (Mc 13:35) – a terceira, desde a meia-noite até às três da manhã (Mc 13:35) – e a quarta, desde as três horas até ao romper do dia (Jo 18:28). o dia achava-se dividido em doze partes (Jo 11:9). A hora terceira, a sexta, e a nona, eram consagradas à oração (Dn 6:10, At 2:15, e 3.1). Parte de um dia era equivalente nos cálculos ao dia todo (Mt 12:40). os judeus não tinham nomes especiais para os dias da semana, mas contavam-nos desde o sábado. Usa-se, também, a palavra ‘dia’, como significando dia de festa (os 7:5), e dia de ruína (18:20, e os 1:11). Deve ser notado que no cálculo da duração de um reinado, por exemplo, conta-se uma pequena parte do ano por um ano completo. E assim se um rei subia ao trono no último dia do ano, o dia seguinte era o princípio do segundo ano do seu reinado. (*veja Cronologia, Tempo, Ano.)

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    Fêmea

    substantivo feminino Animal do sexo feminino.
    [Popular] A mulher.
    Diz-se de qualquer peça de objeto ou instrumento em que se encaixa outra, chamada macho.

    Macho

    substantivo masculino Qualquer animal do sexo masculino.
    Mulo, filho de jumento e de égua, ou de cavalo e jumenta.
    Peça que se encaixa em outra, chamada fêmea.
    Instrumento para tornar côncava a parte cortada da madeira.
    Dobra em duas pregas num pano, uma de cada lado.
    Náutica Machos de leme, ferragem cujas abas giram dentro dos fusos.
    adjetivo Que é do sexo ou do gênero masculino.
    Forte, vigoroso.
    Valente, corajoso; másculo.

    Nome

    substantivo masculino Denominação; palavra ou expressão que designa algo ou alguém.
    A designação de uma pessoa; nome de batismo: seu nome é Maria.
    Sobrenome; denominação que caracteriza a família: ofereceu seu nome.
    Família; denominação do grupo de pessoas que vivem sob o mesmo teto ou possuem relação consanguínea: honrava seu nome.
    Fama; em que há renome ou boa reputação: tinha nome na universidade.
    Apelido; palavra que caracteriza alguém.
    Quem se torna proeminente numa certa área: os nomes do cubismo.
    Título; palavra ou expressão que identifica algo: o nome de uma pintura.
    Gramática Que designa genericamente os substantivos e adjetivos.
    Etimologia (origem da palavra nome). Do latim nomen.inis.

    Entre os hebreus dava-se o nome auma criança, umas vezes quando nascia (Gn 35:18), e outras quando se circuncidava (Lc 1:59), fazendo a escolha ou o pai, ou a mãe (Gn 30:24Êx 2:22Lc 1:59-63). Algumas vezes o nome tinha referência a certas circunstâncias relacionadas com o nascimento ou o futuro da criança, como no caso de isaque (Gn 21:3-6), de Moisés (Êx 2:10), de Berias (1 Cr 7.23). isto era especialmente assim com os nomes compostos de frases completas, como em is 8:3. Acontecia, também, que certos nomes de pessoas sugeriam as suas qualidades, como no caso de Jacó (Gn 27:36) e Nabal (1 Sm 25.25). Eram por vezes mudados os nomes, ou aumentados, em obediência a certas particularidades, como no caso de Abrão para Abraão (Gn 17:5), de Gideão para Jerubaal (Jz 6:32), de Daniel para Beltessazar (Dn 1:7), e de Simão, Pedro (Mt 16:18). Alem disso, devemos recordar que, segundo a mentalidade antiga, o nome não somente resumia a vida do homem, mas também representava a sua personalidade, com a qual estava quase identificado. E por isso a frase ‘em Meu nome’ sugere uma real comunhão com o orador Divino. Houve lugares que receberam o seu nome em virtude de acontecimentos com eles relacionados, como Babel (Gn 11:9), o Senhor proverá (Gn 22:14), Mara (Êx 15:23), Perez-Uzá (2 Sm 6.8), Aceldama (At l.19). Para o nome de Deus, *veja Jeová, Senhor.

    Nome Palavra que designa uma pessoa ou coisa. Nos tempos bíblicos o nome, às vezes, estava relacionado com algum fato relativo ao nascimento (Gn 35:18
    v. BENONI); outras vezes expressava uma esperança ou uma profecia (Os 1:6; Mt 1:21-23). Era costume, no tempo de Jesus, o judeu ter dois nomes, um hebraico e outro romano (At 13:9). Partes dos nomes de Deus entravam, às vezes, na composição dos nomes (v. ELIAS, JEREMIAS, JESUS). Na invocação do nome de Deus chama-se a sua pessoa para estar presente, abençoando (Nu 6:22-27; Mt 28:19; Fp 6:24). Tudo o que é feito “em nome” de Jesus é feito pelo seu poder, que está presente (At 3:6; 4:10-12). Na oração feita “em nome de Jesus” ele intercede por nós junto ao Pai (Jo 15:16; Rm 8:34). Em muitas passagens “nome” indica a própria pessoa (Sl 9:10).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gênesis 5: 2 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Macho e fêmea os criou; e os abençoou e chamou o nome deles Adão, no dia em que foram criados.
    Gênesis 5: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Antes de 3000 a.C.
    H120
    ʼâdâm
    אָדָם
    homem / ser humano / marido / peão
    (man)
    Substantivo
    H1254
    bârâʼ
    בָּרָא
    criar, moldar, formar
    (created)
    Verbo
    H1288
    bârak
    בָרַךְ
    abençoar, ajoelhar
    (and blessed)
    Verbo
    H2145
    zâkâr
    זָכָר
    macho
    (male)
    Substantivo
    H3117
    yôwm
    יֹום
    dia
    (Day)
    Substantivo
    H5347
    nᵉqêbâh
    נְקֵבָה
    fêmea
    (and female)
    Substantivo
    H7121
    qârâʼ
    קָרָא
    E liguei
    (And called)
    Verbo
    H8034
    shêm
    שֵׁם
    O nome
    (The name)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    אָדָם


    (H120)
    ʼâdâm (aw-dawm')

    0120 אדם ’adam aw-dawm’

    procedente de 119; DITAT - 25a; n m

    1. homem, humanidade (designação da espécie humana)
      1. homem, ser humano
      2. homem (como indivíduo), humanidade (sentido intencionado com muita freqüência no AT)
      3. Adão, o primeiro homem
      4. cidade no vale do Jordão

    בָּרָא


    (H1254)
    bârâʼ (baw-raw')

    01254 ברא bara’

    uma raiz primitiva; DITAT - 278; v

    1. criar, moldar, formar
      1. (Qal) moldar, dar forma a, criar (sempre tendo Deus com sujeito)
        1. referindo-se ao céu e à terra
        2. referindo-se ao homem individualmente
        3. referindo-se a novas condições e circunstâncias
        4. referindo-se a transformações
      2. (Nifal) ser criado
        1. referindo-se ao céu e à terra
        2. referindo-se a nascimento
        3. referindo-se a algo novo
        4. referindo-se milagres
      3. (Piel)
        1. cortar
        2. recortar
    2. ser gordo
      1. (Hifil) engordar

    בָרַךְ


    (H1288)
    bârak (baw-rak')

    01288 ברך barak

    uma raiz primitiva; DITAT - 285; v

    1. abençoar, ajoelhar
      1. (Qal)
        1. ajoelhar
        2. abençoar
      2. (Nifal) ser abençoado, abençoar-se
      3. (Piel) abençoar
      4. (Pual) ser abençoado, ser adorado
      5. (Hifil) fazer ajoelhar
      6. (Hitpael) abençoar-se
    2. (DITAT) louvar, saudar, amaldiçoar

    זָכָר


    (H2145)
    zâkâr (zaw-kawr')

    02145 זכר zakar

    procedente de 2142; DITAT - 551e n m

    1. macho (referindo-se a seres humanos e animais) adj
    2. homem, macho (referindo-se a seres humanos)

    יֹום


    (H3117)
    yôwm (yome)

    03117 יום yowm

    procedente de uma raiz não utilizada significando ser quente; DITAT - 852; n m

    1. dia, tempo, ano
      1. dia (em oposição a noite)
      2. dia (período de 24 horas)
        1. como determinado pela tarde e pela manhã em Gênesis 1
        2. como uma divisão de tempo
          1. um dia de trabalho, jornada de um dia
      3. dias, período de vida (pl.)
      4. tempo, período (geral)
      5. ano
      6. referências temporais
        1. hoje
        2. ontem
        3. amanhã

    נְקֵבָה


    (H5347)
    nᵉqêbâh (nek-ay-baw')

    05347 נקבה n eqebaĥ

    procedente de 5344; DITAT - 1409b; n f

    1. fêmea
      1. mulher, menina
      2. animal fêmea

    קָרָא


    (H7121)
    qârâʼ (kaw-raw')

    07121 קרא qara’

    uma raiz primitiva [idêntica a 7122 com a idéia de dirigir-se a uma pessoa ao encontrála]; DITAT - 2063; v.

    1. chamar, clamar, recitar, ler, gritar, proclamar
      1. (Qal)
        1. chamar, gritar, emitir um som alto
        2. chamar, gritar (por socorro), invocar (o nome de Deus)
        3. proclamar
        4. ler em voz alta, ler (para si mesmo), ler
        5. convocar, convidar, requerer, chamar e encarregar, designar, chamar e dotar
        6. chamar, nomear, colocar nome em, chamar por
      2. (Nifal)
        1. chamar-se
        2. ser chamado, ser proclamado, ser lido em voz alta, ser convocado, ser nomeado
      3. (Pual) ser chamado, ser nomeado, ser evocado, ser escolhido

    שֵׁם


    (H8034)
    shêm (shame)

    08034 שם shem

    uma palavra primitiva [talvez procedente de 7760 com a idéia de posição definida e conspícua; DITAT - 2405; n m

    1. nome
      1. nome
      2. reputação, fama, glória
      3. o Nome (como designação de Deus)
      4. memorial, monumento

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo