Enciclopédia de Gênesis 7:6-6

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 7: 6

Versão Versículo
ARA Tinha Noé seiscentos anos de idade, quando as águas do dilúvio inundaram a terra.
ARC E era Noé da idade de seiscentos anos, quando o dilúvio das águas veio sobre a terra.
TB Noé tinha seiscentos anos de idade, quando o dilúvio de águas veio sobre a terra.
HSB וְנֹ֕חַ בֶּן־ שֵׁ֥שׁ מֵא֖וֹת שָׁנָ֑ה וְהַמַּבּ֣וּל הָיָ֔ה מַ֖יִם עַל־ הָאָֽרֶץ׃
BKJ E Noé tinha seiscentos anos de idade quando o dilúvio de águas veio sobre a terra.
LTT E Noé era da idade de seiscentos anos, quando o dilúvio das águas veio sobre a terra.
BJ2 Noé tinha seiscentos anos quando veio o dilúvio, as águas sobre a terra.
VULG Eratque sexcentorum annorum quando diluvii aquæ inundaverunt super terram.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 7:6

Gênesis 5:32 E era Noé da idade de quinhentos anos e gerou Noé a Sem, Cam e Jafé.
Gênesis 8:13 E aconteceu que, no ano seiscentos e um, no mês primeiro, no primeiro dia do mês, as águas se secaram de sobre a terra. Então, Noé tirou a cobertura da arca e olhou, e eis que a face da terra estava enxuta.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O DILÚVIO

DE ADÃO A NOÉ

O livro de Gênesis relata como Adão e Eva desobedeceram a Deus e foram expulsos do jardim do Éden. Vários aspectos da civilização são atribuídos a seus descendentes: "uma cidade", "harpa e flauta" e "todo instrumento cortante, de bronze e de ferro".1 Seus descendentes foram longevos, chegando, no caso de Matusalém, aos 969 anos de idade.? Sem dúvida, trata-se de uma vida longa - para alguns, absurdamente longa, mas isso não é quase nada em comparação com as idades apresentadas na famosa lista dos reis da Mesopotâmia, conhecida como "Lista Suméria de Reis". De acordo com esse registro, o homem mais longevo de todos foi um certo Enmenluanna que viveu 43.200 anos. A perversidade dos descendentes do primeiro casal foi motivo de grande tristeza para o Senhor e ele decidiu eliminar a humanidade da face da terra. 

O Senhor escolheu Noé, um "homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos" e que "andava com Deus" e lhe deu ordem para construir uma grande caixa de madeira (o termo original é traduzido, tradicionalmente, como "arca") com 300 côvados de comprimento, 50 de largura e 30 de altura - em medidas modernas, cerca de 133,5 m x 22,3 m x 13.4 m medidas que sugerem um peso de mais de dez mil toneladas. Além de Noé e sua família, a arca abrigaria sete pares de todas as aves e animas limpos e um par de todos os animais considerados imundos. Quarenta dias de chuva eliminariam da face da terra todas as criaturas vivas.

A somatória dos números fornecidos em Gênesis 7:11-12 e Gênesis 8:14 totaliza 371 dias de duração do dilúvio, a menos que consideremos alguns dos períodos simultâneos, e não subseqüentes. Declarações como "cobriram todos os altos montes que havia debaixo do céu" A "quinze côvados [cerca de 7 m] acima deles prevaleceram as águas" e "Pereceu toda carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de animais domésticos e animais selváticos, e de todos os enxames de criaturas que povoam a terra, e todo homem"," mostram claramente a crença do autor no carter universal do dilúvio. Do ponto de vista do autor, a destruição foi total: "Assim, foram exterminados todos os seres que havia sobre a face da terra; o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus foram extintos da terra; ficou somente Noé e os que com ele estavam na arca" Para alguns, a "terra" não se refere ao nosso planeta, mas sim, a uma região do mesmo e, portanto, indica um dilúvio localizado.

A arca repousou "sobre as montanhas de Ararate"® e, depois de soltar um corvo e, em seguida, uma pomba, para verificar se as águas haviam baixado, Noé saiu da arca com sua família e os animais. O Senhor prometeu nunca mais destruir todos os seres vivos e deu o arco-íris como sinal dessa aliança.

COMPARAÇÃO COM HISTÓRIAS MESOPOTÂMICAS DE DILÚVIOS

Pode-se encontrar paralelos do relato do dilúvio de Gênesis em histórias mesopotâmicas de dilúvios apresentadas em três versões: o Épico de Atrahasis (c. 1635 a.C.), o Epico de Ziusudra (c. 1600 a.C.) e o Épico de Gilgamés (c. 1600 a.C.). Este último conhecido através de cópias feitas em Nínive e outras cidades no primeiro milênio a.C.O Épico de Gilgamés é uma adaptação da história do Epico de Atrahasis. As semelhanças entre os relatos do dilúvio em Gênesis e no Épico de Gilgamés são mostradas na tabela da página ao lado.

Apesar da história de Gilgamés apresentar aspectos lendários, não devemos descartar o próprio Gilgamés, considerando-o apenas uma figura mitológica. Gilgamés, rei de Uruk, no sul da Mesopotâmia (a Ereque de Gênesis 10:10), y | provavelmente foi, de fato, um monarca que viveu por volta de 2700 a.C.

Em sua busca pela imortalidade, Gilgamés vai ao encontro dos únicos seres humans imortais, Utnapistim e sua esposa. Utnapistim (cujo nome significa " aquele que encontrou a vida') explica que os deuses lhe deram a imortalidade porque ele sobreviveu ao dilúvio e conta sua história a Gilgamés. Ele vivia em Shurruppak (atual Fara), junto do Eufrates, quando os deuses decidiram enviar um grande dilúvio sobre a humanidade. O deus Ea era amigo dos seres humanos e avisou Utnapistim sobre a calamidade iminente, instruindo-o a construir uma embarcação em forma de cubo com cerca de 60 m de cada lado e sete andares divididos em nove partes. Utnapistim devia encher a embarcação com ouro, prata, gado e toda sorte de animal doméstico e selvagem. Durante seis dias e sete noites, os céus escureceram e a tempestade caiu. A embarcação repousou sobre o monte Nimush. Utnapistim soltou uma pomba, mas esta voltou, pois não encontrou onde pousar. Em seguida, soltou uma andorinha, que também voltou e, por fim, um corvo que não voltou. Utnapistim deixou a embarcação e ofereceu um sacrifício as deuses. Pelo fato de Utnapistim haver salvo a humanidade, ele e sua esposa receberem dos deuses a vida eterna.

Uma comparação entre o relato do dilúvio em Gênesis e Gilgamés 11, resumida a tabela abaixo, revela diferenças   importantes. Se a embarcação de Utnapistim tivesse a forma de cubo, teria girado repetidamente em torno do seu próprio eixo e os animais teriam passado mal. A embarcação de Noé foi construída seguindo a proporção extremamente estável de 6:1. Utnapistim envia o pássaro mais fraco (a pomba) primeiro. Noé, pelo contrário, envia primeiramente o corvo, o pássaro mais forte.

O lugar onde a embarcação repousou é motivo de grande controvérsia. Gênesis 8:4 diz apenas "sobre as montanhas de Ararate". Observe o plural. Ararate é simplesmente o nome hebraico do reino de Urartu que, no século VIII a.C., abrangia grande parte da atual região leste da Turquia. O monte mais alto da Turquia, Agri Dagi (5137 m), é chamado, por vezes, de "monte Ararate", o que não limita a indicação de Gênesis, necessariamente, a um local tão específico. Histórias de um dilúvio podem ser encontradas na mitologia de vários povos do Pacífico, das Américas, do sul da Ásia e também do Oriente Próximo. Dentre todas elas, Gilgamés 11 é a mais semelhante ao relato bíblico, o que não surpreende, tendo em vista a proximidade relativa da Mesopotâmia com a região de "Ararate" e o fato da tradição mesopotâmica do dilúvio ser tão antiga.

EVIDÊNCIAS DO DILÚVIO?

O que comprova a ocorrência do dilúvio? Estratos correspondentes ao tempo do dilúvio nas cidades iraquianas antigas de Ur, Kish e Fara (antiga Shurruppak) não apresentam correlações e também não cobrem totalmente essas cidades. Talvez tenhamos de buscar evidências do dilúvio numa era mais antiga e no registro geológico, e não arqueológico.

Por Paul Lawrence

 

Referências

Gênesis 4:17-22
Gênesis 5:27
Gênesis 6:9
Gênesis 7:19
Gênesis 7:20
Gênesis 7:21
Gênesis 7:23
Gênesis 8:4

Lugares associados às histórias do dilúvio encontradas na Mesopotâmia e em Gênesis.
Lugares associados às histórias do dilúvio encontradas na Mesopotâmia e em Gênesis.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

gn 7:6
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 14
CARLOS TORRES PASTORINO

LC 17:22-30


22. Disse então aos discípulos: "Virão dias em que ansiareis ver um dos dias do Filho do Homem e não vereis,

23. e vos dirão: ei-lo lá, ou ei-lo aqui. Não saiais nem procureis.

24. Pois como, relampejando, o relâmpago fulgura de um horizonte a outro horizonte, assim será o Filho do Homem no dia dele.

25. Mas primeiro deve ele experimentar muitas coisas e ser reprovado por esta geração.

26. E como ocorreu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do Homem:

27. comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca e veio o cataclismo e perdeu a todos.

28. Como igualmente ocorreu nos dias de Lot: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e construíam,

29. mas no dia em que Lot saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e perdeu a todos.

30. Do mesmo modo será o dia em que o Filho do Homem se revelar".



A interpretação literal deste trecho, dado pelas igrejas ortodoxas, não satisfaz espiritualmente: imaginam ser a volta do mesmo Jesus, o Cristo, de forma espetacular e formidanda, imenso, abarcando os céus, para o "juízo final". É a denominada parusia. O infantilismo dessa concepção pode vicejar no analfabetismo generalizado da idade média. Hoje cai no ridículo do absurdo.


Mas há indagações várias que fazer: a) Que significa o "dia" do Filho do Homem? b) Por que ansiaria a criatura por ver "um" desses dias, sem que o pudesse conseguir? c) Por que haveria uma falsa localização aliciadora dos crentes? d) Por que e como seria o aparecimento semelhante ao do relâmpago? e) De que forma se assemelharia, ao mesmo tempo, a uma inundação de água e a um incêndio vulcânico de fogo e enxofre? f) Pelas palavras parece tratar-se de fenômeno próximo a realizar-se. Mas por que teria o Filho do Homem de experimentar dores (sofrer) antes de aparecer como um relâmpago? Se a "paixão" de Jesus se deu dentro de alguns meses a partir dessas palavras, até agora, após dois mil anos, nada apareceu nos céus com essas características. Teria Jesus se enganado?


Anotemos a recomendação de não "ir atrás" (apelthête) e de não "perseguir" ou "procurar" (diôzête) essa imaginação enganadora de um Filho do Homem hipotético: a vinda será espontânea (cfr. MT 24:27).


Vêm, então, as comparações: a) com Noé, no dilúvio (tecnicamente designado como cataclismo (kataclismós) como no Gênesis 6:17; Gênesis 7:6; Gênesis 9:11 E 28), com uma enumeração de quatro funções materiais dos homens da época: comer, beber, casar (egámoun, isto é, o homem que busca: a mulher) e dar-se em casamento (ega mízonto, ou seja, a mulher que busca o homem). Infelizmente não há, em português, termos que possam ser usados para; traduzir, com uma só palavra, o significado preciso desses verbos gregos.


b) com Lot, na "chuva de fogo e enxofre do céu", onde também são citadas seis atitudes humanas materiais dos homens: comer, beber, comprar, vender, plantar e edificar.


Notemos que a expressão é a mesma que se repete: nos dias do Filho do Homem, nos dias de Noé, nos dias de Lot; usada também no singular: o dia do Filho do Homem, no dia em que Noé entrou na arca, no dia em que Lot saiu de Sodoma, e no dia em que o Filho do Homem se manifestar.


A interpretação racional tem que ser procurada através do significado simbólico das palavras, coisa que os próprios fatos citados do Antigo Testamento vêm esclarecer.


Analisemo-los, pois, em primeiro lugar.


NOÉ (em hebraico No"ah, significando quietude) símbolo de alguém que não se mistura com a multidão bulhenta e rixadora, só preocupada com as atividades físicas da comida e do sexo animalizado.

Mas, ao contrário, busca na quietude solitária da meditação um aprendizado mais profundo. Com efeito "aos seiscentos anos" (o SEIS exprime o penúltimo passo, cfr. vol. 4) Noé consegue sobrenadar acima do populacho e permanecer a salvo em cima das águas, isto é, penetra o sentido alegórico dos acontecimentos e dos ensinos (cfr. vol 4). E isso ocorre depois que mergulhou "na arca" de seu coração, embora ainda acompanhado de todos os "animais" de seus veículos físicos (células, etc.) .


Ora, em todo esse fato, houve realmente um "dia", ou seja, uma LUZ, em oposição às trevas da noite interior; e não é fora de propósito o que se diz: na LUZ (no "dia") em que Noé entrou na arca, ao perceber o sentido alegórico do ensino, enquanto a multidão humana permanecia no puro animalismo, perdendo-se todos, sem que se dessem conta do que se passava com aquele mais elevado discípulo, que foi até mesmo ridiculizado como fantasista, alucinado e louco.


Semelhantemente, no "dia" em que Lot saiu de Sodoma (que significa "aridez") quando a humanidade algo mais esclarecida já se preocupava com problemas mais intelectuais: comprar, vender, plantar e edificar - houve uma LUZ que se fez em seus interior, e ele saiu de Sodoma, ou seja se desligou dos interesses materiais, coisa que nem sua própria esposa compreendeu, e por isso não pó de acompanhálo, transformando-se em "estátua de sal" (matéria pura).


Em ambos os casos, a massa humana atrasada recebeu os resultados funestos de sua permanência teimosa nos planos mais baixos e a perda dos corpos animalizados foi generalizada, para que outros veículos mais adiantados lhes fossem construídos: no primeiro caso, a destruição foi pela água, no segundo, pelo fogo.


Observando-se sob esse prisma, tornam-se claras as palavras referentes ao Filho do Homem.


Já sabemos o que significava a expressão (cfr. vol. 1): o ser que superou a evolução no reino hominal e passou para o grau seguinte. Essa transição é dada pela permanência do mergulho no Cristo Interno, que é o "portador da Luz" (Lúcifer) definitiva do despertamento total, em plano mais elevado da consciência.


Tudo isso já devia ser perfeitamente sabido pelos "discípulos" da Assembleia do Caminho. E foi a eles que o Mestre falou. Logicamente o evangelista anotou a lição sob o véu do mistério, de forma a não ser percebida pelos profanos, como não o foi até hoje.


Então, foi dito: "chegará a época em que ansiareis ver um dos dias do Filho do Homem e não vereis".


Quer dizer: ao atingirdes certa evolução espiritual e desejardes penetrar na Luz e alcançar o grau de Filho do Homem, nem que seja momentaneamente (um dos dias)" não o conseguireis dessa forma, por provocação pessoal.


Ocorre que, quando o aspirante ou mesmo o discípulo estão nessa busca ansiosa, lançam mão de todos os recursos, sobretudo na ilusão de que vão encontrar o caminho iniciático FORA deles mesmos.


Aparecem, então, numerosos os que se intitulam "mestres", pretendendo agrupar em torno de sua vaiSABEDORIA DO EVANGELHO dade as almas sequiosas de aperfeiçoamento. E muitas delas, que desconhecem ou não compreendem o Evangelho, seguem quais carneiros mansos para o matadouro espiritual, e ingressam nas confrarias, fraternidades, ordens ou grupos, nos quais pontificam esses "mestres" autonomeados. E assim retardam cada vez mais o "seu dia". Mas, como nada ocorre por acaso, essas demoras são úteis ou, talvez até, necessárias, para que haja maior amadurecimento espiritual antes do "encontro". Enquanto vão cá e lá, em busca de um mestre externo, com endereço errado do Cristo, estão acabando de fazer a própria catarse e evoluindo um pouco mais. Aqueles que, realmente estão "no ponto", esses recusam filiar-se a grupos: voltam-se para dentro de si mesmos, e lá encontram o caminho que buscavam.


Como reconhecer as agremiações certas, aonde ingressar para estudos, sem o risco de perder-se num desvio? São aquelas onde não há mestres, já que o único Mestre é o Cristo.


O Cristo (Filho do Homem) aconselha, pois, categoricamente, que "não vamos atrás deles nem os procuremos", e dá a razão: "como, relampejando, o relâmpago fulgura de um horizonte a outro horizonte, assim será o Filho do Homem no dia dele". Traduzindo o pensamento: da mesma forma que o relâmpago ilumina repentina e inesperadamente o céu todo, assim se dá o aparecimento do Filho do Homem no coração da criatura que amadureceu espiritualmente (1).


(1) A expressão "no dia dele" é omitida no papiro 75, em B e D (bons códices), mas aparece no Sinaítico, em A, K, L, W, X, delta, theta; pi e ypsilon. E essas palavras são "chave": assim aparece o Filho do Homem NA LUZ DELE.


No silêncio e na quietude da meditação, (No"ah), dentro da arca do coração e fora da aridez (Sodoma) do mundo material consumido pelo fogo das ambições e pelo enxofre das paixões exacerbadas, o discípulo levanta o véu ("Lot" significa exatamente véu, e no último versículo está que o Filho do Homem "se revelará", isto é, levantará o véu) e sente em si mesmo como um relâmpago relampejante a presença divina, e nela se perde, se desfaz, se incendeia, se infinitiza, num grau de consciência muito mais elevado que a pequenina consciência da personagem, tornando-se, então, também ele, um Filho do Homem.

Isso, porém, não lhe é dado de graça: "primeiro deve ele (o discípulo que se torna Filho do Homem) sofrer ou experimentar muitas coisas: sobretudo ser "reprovado" por sua geração atrasada que com ele habita a Terra. Todos os intérpretes atribuem essa alusão a Jesus: é "Ele" que diz que vai sofrer.


Cremos, entretanto, que se refere ao novo candidato: antes de tornar-se Filho do Homem, deve ele suportar e experimentar (páthein. vol. 4) muitas coisas, e deve ser rejeitado por sua geração.


São dados, então: exemplos esclarecedores: NOÉ (quietude) e LOT (véu) o conseguiram; mas um teve que penetrar nas águas da interpretação alegórica e permanecer solitário e em quietude durante quarenta dias e quarenta noites (quanto durou o "dilúvio" e quanto durou a estada de Jesus no deserto depois do "mergulho"); e Lot teve que sair de Sodoma ("aridez", vol. 5) para alcançarem o grau ambicionado, mesmo à custa, o segundo, da perda da esposa. Ambos deram testemunho de fidelidade às ordens recebidas, com desapego total de tudo o que possuíam e que perderam, o primeiro pela água, o segundo pelo logo, antes de recomeçarem nova vida, como "homens novos" que se tornaram.


A frase final vem trazer a confirmação de tudo: "será assim o dia em que o Filho do Homem SE REVELAR (apokalyptetai, isto é, tirar o véu, Lot) que o oculta a nós mesmos, pois nós mesmos seremos os Filhos do Homem amanhã. Essa manifestação ou revelação de Filhos do Homem em nós far-se-á ASSIM, como o relampejar repentino e fulgurante, de um horizonte a outro, revestindo de LUZ, ou lucificando, todo o nosso ilimitado Espírito, em um átimo de segundo. E a massa de células que nos cerca materialmente nos veículos físicos, verá desaparecer em outras dimensões o Espírito, e, sem ele, perecerá, quer afogada nos fluidos do plano astral ou do físico, quer queimada pelo fogo e pelo enxofre que a envolve, a fim de aniquilar-lhe totalmente as impurezas e poderem as células renascer um ponto acima, na evolução.


Temos, assim, uma descrição do grande acontecimento que aguarda o Espírito em sua unificação com o Todo.


Trata-se de uma espécie de choque violento, que realmente lembra um cataclismo destruidor: tudo em torno se abate e desmorona e se desmantela e morre abruptamente nesse instante solene e único em que o existir mergulha no ser, em que conscientemente o homem transfere seu centro para o Espírito adimensional (e por isso ilimitado), inespacial (e por isso infinito, porque fora do espaço), instante sublime em que a criatura se absorve no Criador, sentindo-se LUZ sem sombra, DIA sem noite, eterno, porque fora do tempo.


A descrição pode não ser entendida de pronto, sem explicação. Mas, depois de interpretada, fica tão clara a lição, tantas vezes descrita, quase com as mesmas palavras, pelos místicos de todos os climas, de todas as épocas, e todos os cultos, que não compreendemos como já não tivesse sido percebida durante os dois milênios que nos separam de sua divulgação.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 7 do versículo 1 até o 24
Depois que a arca estava pronta, o SENHOR (7,1) apareceu a Noé outra vez. Ele foi elogiado por sua obediência identificada pela palavra justo. O que Noé fez contou com a aprovação de Deus.

A lista dos animais que entram na arca faz distinção entre animal limpo (2) e animais que não são limpos. Os animais limpos, em sentido ritualista, foram privile-giados para entrar sete e sete. Se o significado é sete pares ou três pares mais um indivíduo extra não está claro. Dos animais não limpos só um par de cada um foi permi-tido. Não é feita classificação entre aves (3) imundas e limpas, mas também tinham de entrar sete e sete. Noé teve sete dias (4) para carregar a arca antes do início do julga-mento. Este viria na forma de um dilúvio que destruiria o homem e os animais. Noé obedeceu prontamente à mensagem de Deus em todos os detalhes.

c) O Dilúvio (7:6-24). Na época desta catástrofe, era Noé da idade de seiscentos anos (6). A descrição da entrada na arca é de um evento tranqüilo e ordeiro, que se deu do modo como Deus ordenou que fosse feito. De acordo com o tempo estabelecido, vieram as águas do dilúvio (10).

A segunda anotação cronológica menciona o mês e o dia quando irrompeu o dilúvio. A fonte das águas era dupla: jorraram de baixo, do grande abismo (11), e se derrama-ram de cima, pelas janelas do céu. Esta brevidade de descrição ocasiona uma avalanche de conjecturas relativas ao significado destes termos.' A Bíblia se contenta em apenas dizer que esta turbulência continuou por quarenta dias e quarenta noites (12). Antes do início do dilúvio, Noé e sua família, com os animais, já estavam na arca conforme a ordem divina. Deus, então, fechou a porta de forma que a arca flutuou com segurança sobre as águas em formação que cresceram grandemente (18) até cobrirem todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu (19).

As águas subiram quinze côvados (20), distância de cerca de 6,75 metros, mas não informa se esta medida era do cume da montanha mais alta até à superfície das águas ou de algum outro ponto de partida.'

As águas cumpriram seu propósito mortal, destruindo as criaturas que estão mais à vontade no seco (22) do que em cima ou dentro d'água. A destruição é acentuada duas vezes (21,23), pois o julgamento era assunto apavorante. Somente os que estavam na arca escaparam da fúria da tempestade, cujas conseqüências perduraram por um total de cento e cinqüenta dias (24).29

A Cronologia do Dilúvio

Gênesis 7 ; 8

7.6 Idade de Noé (600 anos)

7:7-10a Carregando a arca

7 dias

7.10b,11 A chuva começa

7.12,17 A chuva pára

7.24; 8.3 O Dilúvio permanece

8.4 A arca pousa no monte Ararate

Dia 17 do mês 7 do ano 600

8.5 As águas recuam

73 dias

8.5 Os cumes das montanhas aparecem

Dia 1 do mês 10 do ano 600

40 dias

8.6,8,9 Noé abre a janela e liberta uma pomba (que volta)

8.10,11 Pela segunda vez, Noé envia uma pomba (que volta com uma folha no bico)

7 dias

8.12 Pela terceira vez, Noé envia uma pomba (que não volta)

7 dias

36 dias


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 7 do versículo 6 até o 12

Gn 7:6-12

Seiscentos anos de idade. Esse informe, combinado com o que achamos em Gn 8:13 (que assinala o fim do dilúvio), permite-nos determinar que as águas cobriram a terra pelo espaço de um ano. Alguns intérpretes pretendem aqui marcar o tempo exato, dizendo “um ano e treze dias”. “Seu flího mais velho tinha agora cem anos de idade, porquanto Noé tinha quinhentos anos de idade quando gerou seus filhos (Gn 5:32)" (John GUI, in loc.).

É aqui que apresento o artigo intitulado Dilúvio.

Dilúvio de Noé Esboço
I. A Pré-História e Antigos Relatos do Dilúvio
II. Provas Arqueológicas, Geológicas, Zoológicas e Botânicas de Mudanças dos Pólos e de Dilúvios
III. A Narrativa Bíblica e o Registro Mesopotâmico
IV. Um Dilúvio Universal ou Parcial?
V. Data do Dilúvio de Noé
VI. A Próxima Mudança dos Pólos — um Desastre Mundial
VII. Implicações Éticas
VIII. Cronologia
I. A Pré-História e Antigos Relatos do Dilúvio
Muitas vezes a verdade é mais difícil de ser descoberta do que alguns gostariam que acreditássemos. A verdade geralmente requer longa pesquisa, com subsequentes comparações, combinações e separações de itens obtidos na pesquisa. A verdade sobre o dilúvio de Noé cabe dentro dessa categoria. Há muitas evidências de um grande cataclismo que envolveu um imenso dilúvio. Mas o problema não é assim tão simples. Pois há provas de muitos eventos dessa ordem, pelo que concluímos que um deles pode ser identificado como o dilúvio de Noé. Ademais, distinguir quais evidências se ajustam àquele evento, e quais testificam sobre acontecimentos similares, em diferentes épocas, não é tarefa fácil. Mesmo quando abordam somente os informes bíblicos, com base em evidências geológicas e arqueológicas, os eruditos não concordam quanto à data desse dilúvio, pensando em qualquer ponto entre 10000 e 4000 A, C, A verdadeira data, pois, está perdida em algum ponto da pré-história.

1. Mudanças dos Pólos. O historiador grego, Heródoto, relata seu diálogo com sacerdotes egípcios do século V A. C. Ele ficou admirado de que os registros deles afirmassem que, dentro do período histórico, e desde que o Egito se tornara um remo, por quatro vezes o sol girara na direção contrária ao costumeiro. Diversos papiros egípcios falam sobre como a terra virou de cabeça para baixo, quando o sul tornou-se norte, e vice-versa. O diálogo de Platão, Estadista, conta a mesma história sobre a mudança na direção do raiar e do põr-do-sol. Platão garante que, quando isso ocorreu, houve grande destruição da vida animal, e que somente uma pequena porção da raça humana sobreviveu. Essas referências literárias são indicações claras de que, por mais de uma vez, os pólos da terra mudaram de posição. Alguns estudiosos afirmam que as reversões magnéticas das rochas indicam que os pólos já mudaram nada menos de quatrocentas vezes. Isso ensina que grandes cataclismos têm feito parte constante da história de nosso planeta. Considerando a cronologia bíblica, alguns têm calculado que a história de Adão emergiu depois da penúltima dessas ocorrências, e que a de Noé coincide com o último desses cataclismos. Datar esses acontecimentos, porém, é muito precário; mas, se essas narrativas são autênticas, então tanto Adão quanto Noé representam novos começos, e não começos absolutos. Isso posto, é correto falar em raças humanas pré-adâmicas, cujas histórias estão essencialmente perdidas para nós, excetuando alguma ocasional suposta descoberta arqueológica não-cronológica, que não se ajusta ao período da raça adâmica. O leitor deve examinar os artigos intitulados Antediluvianos e Astronomia, onde abordamos essas teorias com maiores detalhes.

Se os pólos costumam mudar de posição, com o consequente deslizamento da crosta terrestre, então é óbvio que há imensos dilúvios, com ondas de até um quilômetro de altura e ventos que chegam a mil quilômetros por hora. Isso correspondería a um grande catacusmo como aquele descrito na Bíblia, em tomo de Noé. As fontes do abismo se rompem, os oceanos também mudam de lugar. Não seria, talvez, um acontecimento absolutamente universal, mas seria imenso. Quanto maior for a mudança polar, maior será o cataclismo, e, inversamente, quanto menor a mudança, menor o cataclismo.
2. Muitos Dilúvios? Antigas Histórias de Dilúvios. Penso que o que dizemos a seguir ilustra adequadamente o fato de que, quando examinamos o passado remoto, não encontramos apenas um grande dilúvio. Houve diversos dilúvios, com a subsequente mistura de evidências. Os sacerdotes egípcios zombaram de Heródoto, afirmando que os gregos eram apenas crianças, porquanto conheciam apenas um grande dilúvio. Os registros egípcios relatam vários dilúvios. As pessoas que examinam somente a Bíblia e relutam em extrair informações de outras fontes têm uma visão muito simples da pré-história. De fato, nem têm nenhuma pré-história, por suporem que os poucos e breves capítulos da porção inicial de Gênesis pretendem narrar-nos, em forma de esboço, tudo quanto já aconteceu neste mundo. Portanto, os hebreus, tal como os gregos, tinham apenas um relato sobre o dilúvio. Mas se Gênesis 6:9 nos dá detalhes de um desses cataclismos, outros registros antigos, bem como os registros geológicos, asseguram que já houve muitos de tais acontecimentos. Quando os seguimos, vemos claramente que não estamos tratando de uma única época, ou de um único evento. Portanto, é inútil afirmar que todos eles são apenas cópias do relato bíblico. Antes, a narrativa bíblica destaca um único desses desastres. Muitos deles o antecederam,

A ciência diz-nos que os dinossauros viveram há milhões de anos passados. Ocasionalmente, porém, encontram-se ossos humanos mesclados com ossos de dinossauros. Então as pessoas concluem: “Os dinossauros não foram animais que viveram há milhões de anos!”. Porém, essa observação ignora alguns fatos importantes: 1. Usualmente, nas áreas onde são achados restos de dinossauros, não há nenhum vestígio humano. 2. Quando esses vestígios humanos sáo encontrados, há uma explicação simpies para isso. Os grandes cataclismos, ao rearranjarem a crosta terrestre, naturalmente misturaram as épocas em alguns lugares, embora em outros, as camadas preservem corretamente suas respectivas épocas. 3. Os modos de datar projetam, definidamente, tanto remanescentes humanos quanto remanescentes animais — muito antes — de qualquer cronologia que possa ser extraída do livro de Gênesis. Devemos concluir, pois, que toda a narrativa do Gênesis, excetuando Gn 1:1, que descreve a criação original, consiste em história recente, a saber, a história da raça adâmica, mas sem tocar em tempos pré-históricos realmente remotos. Muitas descobertas científicas, a começar pelo século XIX, envolvendo fósseis de formas de vida extintas e artefatos primitivos, em sucessivas camadas de rochas, indicam uma pré-história muito mais ampla e complicada do que até então tem sido concebida pelos estudiosos,

a. Histórias de Dilúvios na Mesopotâmia. Em 1872, George Smith, ao decifrar antigos documentos assírios, achados em 1853 por arqueólogos britânicos que trabalhavam em Nínive, encontrou uma antiga versão mesopotâmica do relato do dilúvio que, de alguma maneira, tem certos paralelos semelhantes à narrativa de Gênesis. Smith descobriu a biblioteca do rei Assurbanipal (século VII A. C.) e, dentre esse material, uma versão bem mais longa da posterior história babilônica do dilúvio. Elementos dessa história desde há muito eram conhecidos nos escritos de um babilônio de nome Beroso (século III A. C.), cujos fragmentos foram citados por Josefo e Eusébio. Mas foi então que veio à luz o mais longo épico de Gilgamés. Essa história aparece naquele que é atualmente conhecido como o tablete do dilúvio de número onze, proveniente da cultura assiria, cuja narrativa sobre o dilúvio tem sido preservada, com menores detalhes, pelos registros babilônicos. O épico de Gilgamés, porém, é apenas uma história de uma série de relatos que parecem ter-se derivado da mesma tradição. Certo número de versões de um relato de dilúvio tem sido encontrado entre os documentos em escrita cuneiforme, escavados no Oriente Próximo.

Um tablete sumério de Nipur, no sut da Babilônia. Esse tablete relata como o rei Ziusudra, ao ser advertido sobre um dilúvio próximo, que a assembléia dos deuses resolvera enviar para destruir a humanidade, construiu uma grande embarcação, e assim escapou do desastre. Esse tablete é datado de cerca de 2000 A. C., sendo possível que se trate apenas da preservação de uma narrativa muito mais antiga. Versões acádicas dessa história procedem da Babilônia e da Assíria. O épico Atrahasis fala de um dilúvio enviado para expurgar a humanidade. O épico de Gilgamés é o mais bem detalhado, derivado da versão acádica. Nesse relato, Gilgamés é informado por um sobrevivente de um dilúvio que ocorreu muito tempo antes, de nome Uta-napishitim, de como ele escapou da morte em um grande dilúvio, por haver sido avisado do mesmo pelo deus Ea, para que construísse um barco no qual abrigou a sua família, animais domésticos e selvagens, e tesouros de ouro e de prata. Esse dilúvio teria perdurado por sete dias, e o barco veio a repousar sobre o monte Nisir no noroeste da Pérsia. Uta-napishitim teria enviado, em sucessão, uma pomba, uma andorinha e um corvo. Quando o corvo não voltou, isso foi tomado como sinai de que o barco podia ser abandonado em segurança. Uta-napishitim ofereceu holocaustos às divindades, e estas, como moscas, juntaram-se em torno dos sacrifícios. Uta-napishitim falou a Gilgamés sobre uma planta rejuvenescedora, existente no fundo do mar, um tipo de variante da lenda da fonte da juventude Gilgamés a obteve, somente para vê-la ser roubada por uma serpente. O poema termina com uma nota amarga, onde Gilgamés queixa-se de que os seus labores haviam sido em vão, e que somente a serpente, afinal de contas, fora beneficiada. Esse pormenor da história é deveras interessante. Presumivelmente, o dilúvio foi causado pelo deus Eniii, por causa dos muitos ruídos produzidos pela humanidade, que lhe perturbavam o sono. (Podemos simpatizar com isso, nesta nossa época de muita poluição sonora!) Entretanto, o deus Ea não concordou com o decreto do deus Enlil, pelo que avisou Uta-napishitim do dilúvio iminente, o que resultou na sua sobrevivência. A história do dilúvio entra no épico de Gilgamés como um detalhe lateral, porquanto, na realidade, conta a história de um herói acadiano em busca da vida eterna. Gilgamés, rei da cidadle de Ereque, no sul da Babilônia, é o herói dessa história. Em suas aventuras, ele se encontrou com Uta-napishitim, o único mortal que já atingira a vida eterna na terra dos viventes, isto é, dos deuses. Gilgamés não conseguiu atingir a vida da mesma maneira que Uta-napishitim, porquanto as circunstâncias deste último haviam sido impares; mas foi-lhe recomendada uma planta rejuvenescedora, que foi encontrada e perdida, devido à intervenção da serpente. São óbvios os paralelos da árvore da vida e da serpente, no jardim do Éden.

Na verdade, há muitos paralelos entre esses mitos e a história do ívro de Gênesis, sobre a existência do homem primitivo. Os paralelos são por demais parecidos e numerosos para os rejeitarmos como meros acidentes, pelo que ou há uma fonte informativa comum a ambos, ou uma narrativa depende da outra. Alguns eruditos supõem que o registro bíblico é o original, e que todos os demais registros seguem corrupções politeistas. Outros estudiosos supõem que as narrativas mesopotâmicas são mais antigas, e que o relato bíblico é um refinamento teológico e moral daquelas. Ver comentários sobre essa circunstância no artigo sobre a Criação. Ver especialmente o artigo sobre a Cosmogonia, onde são apresentados vários sistemas antigos de crenças, que mostram daramente a interdependência envolvida. Os grupos de estudiosos em oposição jamais chegarão a uma posição de consenso sobre a questão.

b. Outras Histórias de Dilúvios. Essas narrativas não se limitam à área da antiga Mesopotâmia. A história de um grande dilúvio, no qual apenas algumas poucas pessoas escolhidas se salvaram, aparece em grande variedade de culturas, sob diversas formas. Aparecem em lugares tão distantes um do outro como a Grécia, a Polinésia, a Terra do Fogo, no extremo sul da América do Sul, e no circulo polar Ártico, entre os esquimós. Os estudiosos pensam que essas narrativas falam sobre mais de um gigantesco dilúvio; e que algumas delas não passam de relatos exagerados sobre dilúvios localizados.

Os índios hopi. Esses índios, um grupo de índios Pueblos norte-americanos que atualmente vive em reservas indígenas no estado de Arizona, nos Estados Unidos da América, confirmam com clareza em seu folclore que houve tempo em que o mundo perdeu o equilíbrio, girando loucamente, por duas vezes. Isso reflete uma mudança de pólos. Eles também acreditam que o mundo anterior ao nosso foi destruído por um dilúvio. Suas lendas falam sobre civilizações avançadas, nas quais os homens viajavam em máquinas de voar. O chefe Dan Katchongva, o falecido Hopi Sun Clan, disse enfaticamente em uma entrevista: “Os Hopi são os sobreviventes de outro mundo, que foi destruído. Portanto, os Hopi estiveram aqui primeiro e fizeram quatro migrações, para o norte, para o sul, para o leste e para o oeste, reclamando para si mesmos toda a terra, em favor do Grande Espírito, conforme a ordem de Massau’u, e em favor do Verdadeiro Irmão Branco, que trará o Dia da Purificação”. Isso se parece com o anúncio de uma figura semelhante ao Messias, podendo ser uma referência histórica ou intuitiva sobre Cristo. Esses índios crêem na vinda, para breve, do Dia da Purificação, o que talvez seja a segunda vinda de Cristo. O Logos parece ter implantado as suas sementes nos lugares mais inesperados. Ver o artigo sobre o Verbo (Logos).

II. Provas Arqueológicas, Geológicas, Zoológicas e Botânicas de Mudanças dos Pólos e de Dilúvios
1. Depósitos de Sedimentos. Muito material arqueológico tem ficado registrado sobre esses depósitos. Sir Leonard Woolley, no seu livro Ur ol the Chaldees (1929), despertou muito interesse. Ele descobriu um depósito feito pela água, com data de cerca do quarto milênio A. C.: que tomou como evidência conclusiva em prol do dilúvio de Noé. Porém, em somente dois dos cinco buracos que ele escavou foi encontrada a sua suposta camada do dilúvio. Isso podería sugerir um dilúvio local, que não cobriu a área inteira adjacente a Ur. Outras cidades, nos vales dos rios da Mesopotâmia, especialmente Quis, Fará e Nínive, também exibem camadas do dilúvio, embora não pareçam ser pertencentes à mesma época, pelo que mais de um dilúvio local deve estar em pauta. Nenhuma camada do dilúvio foi encontrada em Ereque, a cidade associada ao épico de Gilgamés. Abundam, entretanto, as evidências literárias que falam em mais de um dilúvio de grandes proporções, Há também muitas provas de mudanças de pólos que, naturalmente, poderíam incluir gigantescas inundações. Terraços de seixos mostram que antigamente houve oceanos onde hoje há terras emersas. Sabe-se que a totalidade do território dos Estados Unidos da América já foi o leito do oceano, embora não todo ao mesmo tempo. Os oceanos têm surgido e desaparecido em vários lugares ao redor do globo, em passado remoto, que não mais podemos acompanhar com facilidade. Cataclismos, sem dúvida alguma, têm envolvido o aparecimento e o desaparecimento dessas grandes massas de água.

2. Evidências Zoológicas e Botânicas. Os restos de mamutes, rinocerontes, cavalos, cabras, bisões, leões e outros animais, em regiões que agora são árticas, perenemente recobertas de gelo, mostram que, em outras épocas, aquelas porções do globo eram próprias para servir de habitat a animais de sangue quente, indicando tremendas transformações no clima dessas regiões. Parece que alguns mamutes, por exemplo, foram congelados instantaneamente. O ato de cair num buraco de gelo não explica como eles foram preservados tão perfeitamente. Somente um súbito congelamento desses animais pode explicar por que eles não se putrefizeram, ainda com alimento não-digerido em seus estômagos. Focas encontradas no mar Cáspio e no lago Baical, na Sibéria, são idênticas às que hoje pululam nas águas do Alasca, Certo tipo de lagostas se encontra somente nas águas congeladas do Ártico e nas porções mais frias do mar Mediterrâneo. Esses mistérios zoológicos são explicados pela teoria de dilúvios globais, que transportaram os animais sobreviventes para grandes distâncias, em pouco tempo. Medusas fósseis têm sido encontradas incrustadas na lama. Não podenam ter sido preservadas senão mediante o súbito congelamento, causado por alguma repentina mudança dos pólos. De que outra forma as moles medusas poderíam ter endurecido como rocna? Outro tanto apiíca-se a fósseis delicados, como as marcas das patas de passarinhos e os sinais deixados pela queda de uma gota de água!

No solo congelado da Sibéria têm sido encontradas árvores totalmente congeladas, com folhas e frutos! Nenhum processo gradual poderia ter feito isso, e nenhuma árvore frutífera medra atualmente no Ártico, No parque Yeliowstone, nos Estados Unidos da América, uma montanha pesquisada mostrou contar com dezessete camadas de árvores petrificadas, ainda de pé. Entre cada camada havia uma camada de terra vulcânica. Cada camada de árvores estava em seu próprio período geológico de vida vegetal e animal. Cada época terminou mediante uma catástrofe. Quanto mais aprendemos sobre essas coisas, tanto mais apreciamos a vastidão da criação e chegamos a entender melhor a insignificância do conhecimento que temos sobre a vida abundantíssima que existiu antes de nós. Somente um pequeno fragmento veio a ser registrado nas páginas da Bíblia, ou em qualquer outro registro. Apesar de alguns estudiosos procurarem explicações para esses fatos, não há como justificar a presença, no Ártico, de animais cujo hábitat é outro, ou a presença de uma vegetação tipicamente tropical, com folhas e frutos! E o resfriamento gradual da região também não explicaria o fenômeno dessas descobertas. Todos os argumentos esboroam-se diante do fato de que não somente o mamute é ali achado, sabendo-se que esse animal era capaz de resistir a baixíssimas temperaturas, mas também cavalos, leões, cabras, bisões etc. Isso demonstra que nem sempre a região do Ártico foi recoberta de gelo.

3. As Eras Glaciais e a Deriva do Gelo Giacial. Há outras provas em favor da idéia de que os povos já ocuparam posições diferentes das que vemos hoje. Os geólogos acham difícil explicar como há hoje grandes acúmulos de gelo onde já foi região tropical ou semitropiçal. Já houve grandes camadas de gelo na América do Sul, na Austrália, na África e na índia. Ao examinar os depósitos deixados por essas geleiras e a direção em que se moveram (o que se verifica nas marcas que deixaram no solo), os estudiosos descobriram um grande mistério. Em primeiro lugar, a localização delas ignora totalmente o cirna atual dessas regiões. Em segundo lugar, elas se moveram em direções contrárias ao que seria de esperar, considerando-se a localização atual dos pólos. O Dr, William Stokes, da Universidade de Utah, em seu texto Essentials ol Earth History, faz a seguinte declaração:

“Na África do Sul as geleiras moveram-se principalmente do norte para o sul — para longe do Equador. Na África central e em Madagáscar, outros depósitos mostram que o gelo movia-se para o norte, para bem dentro do que é hoje zona tropical. Mas o mais surpreendente tem sido a oescoberta de grandes camadas de caliça das geleiras no norte da índia, onde o movimento foi na direção norte,,. na Austrália e na Tasmânia, onde o gelo moveu-se do sul para o norte,.. no Brasil e na Argentina, esse movimento foi na direção oeste".
O Dr. C. O. Dunbar, de Yale, ficou admirado diante do fato de que, no Brasil, a glaciação chega a dez graus do equador e de como, na índia, o gelo derivou dos trópicos para as latitudes superiores. Muitos geólogos, pois, têm chegado à conclusão de que os pólos já estiveram localizados nessas regiões atualmente tropicais, quentes. Alguns eruditos pensam que a deriva continental explica o fenômeno, mas outros crêem que a teoria da mudança dos póios é uma explicação mais satisfatória. Essa mudança de pólos teria dois resultados: primeiro, grandes depósitos de gelo subitamente encontraram-se em climas quentes, com a subseqüente deriva e dissolvição, produzindo grandes rios e mares interior®. Segundo, novos acúmulos de gelo teriam início onde os pólos então ficaram, cobrindo o que antes eram regiões tropicais ou semitropicais.
4. Data do dilúvio, no tocante a esse fenômeno. É quase certo que o que dissemos antes se relaciona a mais de uma mudança dos pólos magnéticos da terra. É de presumir-se que a última dessas mudanças esteve relacionada ao dilúvio de Noé, e que a mudança anterior a essa esteve ligada à história de Adão. Quanto aos mamutes, a sua extinção parece pertencer a uma antiguidade ainda anterior à do dilúvio. Portanto, essa situação ilustra como são provocados os imensos dilúvios, embora não, específicamente, o último da série. Ver o presente artigo em seu ponto quinto, Data.

5. Depósitos de Corais no Ártico. Sabemos que os corais são formados pelos esqueletos calcários secretados pelos tecidos de certos animais marinhos, e que esses depósitos vão-se acumulando durante milênios, até formarem os recifes. Esses animais sâo tropicais. No entanto, recifes de corais têm sido encontrados no Oceano Giacial Ártico!

6. A Deriva Continental. Sem dúvida foi preciso uma força gigantesca para separar o que é atualmente a África do que é a presente América do Sul, com todo um oceano entre os dois continentes. É bem possível que uma ou mais mudanças de pólos estejam por trás disso.

7. Alterações Magnéticas. Nem sempre o norte esteve no norte, e nem sempre o sul esteve no sul. A terra é um gigantesco magneto com pólos positivo (noite) e negativo (sul), que ficam próximos dos pólos geográficos. Com base nos registros impressos nas rochas, sabemos que os pólos têm mudado altemativamente a sua polaridade magnética através dos milênios. Nos últimos setenta e seis milhões de anos, os pólos norte e sul já mudaram de polaridade pelo menos cento e setenta e uma vezes. Nos últimos quarenta e oito milhões de anos, os registros magnéticos polares nas rochas e nos sedimentos mostram que houve cerca de cinco reversões a cada milhão de anos, com uma média de 220 mil anos entre cada reversão, com um período mais curto de 30 mil anos. Os geólogos supõem que uma nova reversão se aproxima, supondo que deverá ocorrer dentro de alguns poucos séculos, um tempo muito curto, geologicamente falando. Os místicos predizem que isso sucedera em nossa própria época, o que discutimos no sexto ponto deste artigo. Alguns dentistas pensam que essas reversões ocorrem espontaneamente (por razões ainda desconhecidas), sem nenhuma mudança da posição dos pólos; mas outros supõem que as mudanças dos pólos sempre são a causa dessas reversões. Ainda um terceiro grupo de estudiosos prefere a teoria dos meteoritos ou dos cometas. As reversões poderiam ser causadas por grandes colisões cósmicas de algum corpo celeste com o globo terrestre. Outrossim, tanto as mudanças de pólos quanto as reversões magnéticas poderiam ter tais colisões como causas. Um impacto dessa grandeza poderia ser responsável pela extinção em massa dos animais.

8. A Muaança de Pólos e a História de Noé. As muitas histórias sobre dilúvios quase certamente indicam que houve bolsões de sobreviventes, em vános lugares do mundo, em cada um deles. Também alguns acham difícil explicar as radicais diferenças raciais da presente humanidade, em face do tempo relativamente breve que se passou desde o úttimo cataclismo. Há uma história muito mais longa de Noé para trás do que de Noé até nós. Consideremos este fato: os relatos mesopotâmicos têm muitos elementos similares aos do relato bíblico. Portanto, há uma espécie de tradição comum naquela região do mundo no tocante a esse desastre. Porém, as histórias provenientes de outras regiões do globo têm as suas próprias características. Esses relatos não parecem dependentes dos da Mesopotâmia. Finalmente, a China teria permanecido relativamente intocada por ocasião do dilúvio de Noé. A história chinesa pode ser acompanhada até antes desse grande abalo, pelo que grande parte da China deve ter permanecido seca, enquanto dilúvios inundavam outros continentes ou porções de outros continentes. Todavia, os chineses não foram totalmente poupados, pois a tradição chinesa fala sobre um grande dilúvio, há pouco mais de cinco mil anos, e Confúcio (nascido em cerca de 551 A. C.), em sua história da China, começa o seu relato falando sobre um dilúvio em recessão que “subira até os céus”. Também há registros de imensas destruições por incêndios produzidos por pertuibações cósmicas, e de como o sol não se pôs no horizonte por diversos dias (uma mudança de pólos?), além de grandes inundações. É muito difícil datar esses acontecimentos, e não podemos ter certeza sobre como relacioná-los com o dilúvio de Noé. Mas eles ilustram, a grosso modo, a história narrada neste artigo. As histórias sobre dilúvios, em outras nações, referem-se a conaições locais, e não universais, conforme dizem os registros mesopotâmicos, comprovando o que dissemos anteriormente, que deve ter havido sobreviventes de civilizações passadas, formando grupos isolados. Porém, houve muitos sobreviventes chineses, talvez sendo essa a razão pela qual atualmente os chineses chegam a cerca de um bilhão, um número inteiramente fora de proporção com as populações de outras raças.

A história dos grandes cataclismos é uma história grandiosa, repleta de mistérios. O que oferecemos aqui é apenas um mostruário das informações de que dispomos sobre a questão. Esse material mostra que a Bíblia está com a razão ao aludir a vastíssimas destruições, não faz muito tempo na história, Isso também nos mostra que podemos suplementar extraordinariamente o nosso conhecimento sobre esses eventos, voltando-nos para as descobertas científicas e para as tradições literárias de outros povos.

III. A Narrativa Bfbllca e o Registro Mesopotâmico
Ver o artigo em separado sobre Gilgamés, Epopéia de. Temos dado provas da declaração de que os registros bíblicos apresentam uma das tradições do dilúvio, e que há outras narrativas que não se derivam daí. Muitas outras histórias refletem condições locais, e não aquelas refletidas pelo relato mesopotâmico. No Irã, o alto deus instruiu Yima a construir um ambiente cercado por muralhas, para salvar as pessoas boas. É possível que em diversos lugares do mundo, onde as águas atingiram diferentes níveis de inundação, diferentes modos de proteção tenham sido adequados para salvar algumas pessoas. Também é possível que Deus tenha salvado outras pessoas, tal como salvou Noé e seus familiares, mediante informações dadas por profetas e homens santos. Os propósitos de Deus sempre são maiores e mais vastos do que nossos sistemas teológicos permitem. Seja como for, é significativo que a maior parte das histórias sobre dilúvios relaciona-se à corrupção moral dos homens. No entanto, na índia temos uma exceção a essa regra. Ali o dilúvio não sena resultado de um decreto divino, mas de uma série de cataclismos cósmicos que destruinam, periodicamente, o mundo, Apesar disso, a religião hindu vincula essas questões aos padrões cármicos da raça humana, de tal modo que fica envolvida a lei da colheita segundo a semeadura, ainda que não esteja em pauta um decreto divino específico, conforme a questão é exposta na Bíblia. A religião hindu sempre demonstrou apreciação pela imensidade do tempo envolvido na criação e no desdobramento do plano divino relativo ao homem, pelo que, ali as pessoas nunca tiveram um senso de urgência espiritual, conforme tanto se vê nas religiões ocidentais. Os propósitos divinos operam através de grandes expansões da história, e a redenção permeia todas essas expansões.

1. A Questão Moral. O relato bíblico salienta a corrupção dos valores morais, pelos homens, como a causa do dilúvio. É interessante que os animais também tenham sido objetos da ira do Senhor (Qên. Gn 6:7), o que poderia dar a entender alguma forma de moralidade e responsabilidade animal, conforme se vê na religião hindu. Contudo, estou apenas especulando quanto a esse ponto. O versículo doze do sexto capítulo de Gênesis afirma que “todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra”, o que parece dar a entender que os animais irracionais, e não somente os homens, no parecer do autor sagrado, são capazes de errar. Por essa razão foi que toda carne se tornou objeto do decreto divino. O homem, o pior de todos os animais, havia espalhado a violência por toda parte (vs. Gn 7:11), e seus processos de pensamento se haviam tornado totalmente depravados (vs. Gn 7:5). Esse raciocínio é melhor que a versão da tradição mesopotâmica, que diz que o deus Enlil decretou o dilúvio porque os homens estavam fazendo muito barulho, a ponto de ele não poder dormir!

2. Monoteísmo. A tradição mesopotâmica sobre o dilúvio, excetuando a versão bíblica, mostra-se totalmente politeísta, onde homens e deuses aparecem na narrativa. O relato bíblico, porém, é monoteísta, mais simples, mais direto, exibindo uma declaração muito melhor sobre a responsabilidade dos homens diante de Deus. É difícil crer que essa versão bíblica, muito superior, tenha sido a fonte original, que então sofreu uma série de corrupções, algumas delas tolas e curiosas. Para os intérpretes bíblicos também é difícil acreditar que a narrativa bíblica seja mero refinamento das histórias babilônicas. O mais provável é que tenha havido uma fonte comum das variantes mesopotâmicas, de cuja fonte procedem relatos separados. Mas alguns pensam que não há maneira satisfatória de resolver a questão, nem ela se reveste de importância especial, a não ser para os ultraconservadores, por um lado, e para os céticos, por outro lado. Os ultraconservadores exigem revelação somente, sem o acompanhamento de nenhum fator cultural. Os céticos gostam de lançar dúvidas quanto a todas as questões da revelação, ao dizerem que a similaridade de relatos significa que a questão inteira é mitológica. Ou então afirmam que as várias narrativas são invenções posteriores, criadas após o cataclismo, a fim de explicar por que ele teve lugar. Quando examinamos as diversas versões da história do dilúvio, toma-se óbvio para nós que muitos mitos vieram a ligar-se a ela, embora haja evidências mais do que convincentes sobre a realidade desse evento. Não há nenhuma razão para duvidarmos do relato bíblico sobre Noé e sua famína, embora muitos pensem que eles não foram os únicos sobreviventes do dilúvio. A sobrevivência deles representaria o resultado de um ato salvador local de Deus, mas não o único desses atos.

3. Eventos do Dilúvio segundo o Relato Bíblico

a. Noé, quando tinha seiscentos anos de idade, tendo sido informado pelo Senhor sobre a iminente destruição, construiu a arca entrou nela, e assim preservou a vida de sua família e de muitos animais, As chuvas começaram no décimo sétimo dia do segundo mês, continuando por quarenta dias. As águas do abismo irromperam. Presumimos que isso aponta para uma mudança dos pólos magnéticos da terra, embora isso não tenha sido reconhecido pelo autor sagrado (Gên. 7:1-9,10-17).

b. As chuvas cessaram, mas as águas persistiram, e, até onde Noé era capaz de ver ao seu redor, só havia água. Naturalmente, isso teria sido tomado como um dilúvio universal (Gên. 7:18-24).

c. A arca acabou pousando sobre o monte Ararate, no décimo sétimo dia do sétimo mês (Gên. 8:1-4).

d. Os picos das montanhas tornaram-se visiveis no primeiro dia do décimo mês (Gn 8:5)

e. Um corvo e uma pomba foram soltos, a fim de investigarem a situação nas proximidades da arca (Gên. 8:6-9).

f. A pomba foi enviada novamente, sete dias mais tarde, e retornou com um raminho de oliveira no bico, mostrando que as águas estavam diminuindo de nível (Gn 8:10,Gn 8:11).

g. A pomba foi enviada pela terceira vez, mas dessa vez não voltou, o que mostrou que agora era seguro aos homens abandonar a arca (Gn 8:12).

h. O solo secou, sendo aquele o ano 601 da vida de Noé, o primeiro mês e o primeiro dia do mês. A cobertura da arca foi removida (Gn 8:13).

i. Noé deixou a arca no segundo mês, no vigésimo sétimo dia (Gên. 8:14-19).

IV, Um Dilúvio Universal ou Parcial?

1. Argumentos em Prol do Dilúvio Universal

a. A linguagem dos capítulos sexto a nono de Gênesis refere-se a um dilúvio de dimensões universais. Todos os picos dos montes foram cobertos pelas águas, tendo havido a destruição absoluta de todos os seres vivos terrestres, excetuando-se os que estavam na arca (e, naturalmente, excetuando-se a vida marinha em geral).
b. A universalidade das narrativas sobre o dilúvio mostra que o dilúvio chegou a todos os lugares.
c. Há uma distribuição mundial dos depósitos aluviais do dilúvio.
d. Houve a súbita extinção de mamutes peludos do Alasca e da Sibéria, na hipótese de que eles foram mortos afogados, e não por congelamento.
e. A diminuição das espécies animais. Poucas espécies restam agora, em comparação com o que se via na antiguidade. Isso supõe que Noé não abrigou na arca todas as espécies possíveis, mas apenas as representativas de cada espécie; ou, então, que muitas dessas espécies extinguiram-se após terem sido soltas da arca.
2. Argumentos em Proi de um Dilúvio Parcial

a. Embora a linguagem de Gênesis 6:9 seja universal, só o é para aquela parte do mundo que Noé observou na ocasião. Ele não fazia idéia da verdadeira extensão da terra. O trecho de Cl 1:6 também diz como o evangelho se espalhara pelo mundo inteiro, embora seja óbvio que isso indique o mundo que Paulo conhecia, e não toda a superfície do globo. Havia muitos outros povos, nos dias de Paulo, que ele jamais visitou.

b. A universalidade das histórias do dilúvio demonstra que estamos tratando com um gigantesco cataclismo terrestre, com dilúvios que ocorreram por toda a parte, como resultado desse cataclismo, mas não que as águas cobriram absolutamente toda a superfície terrestre. Quando os pólos magnéticos se alteram, há inundações generalizadas, mas nem todas as terras emersas são cobertas. A história do dilúvio na China mostra que os chineses tinham conhecimento do dilúvio e sofreram com ele, mas a história chinesa também mostra que uma larga porção da superfície da terra permaneceu intocada.
c. Há depósitos aluviais do dilúvio por toda parte, mas muitos desses depósitos refletem apenas dilúvios locais, não podendo ser usados como evidências em prol de um dilúvio universal.
d. A destruição dos mamutes e outros animais, no Ártico, deu-se por congelamento, e não por afogamento. Alguns têm sido recuperados em condições quase perfeitas, sem putrefação. Isso jamais poderia ter acontecido se eles tivessem morrido por afogamento. Ademais, essa destruição parece estar relacionada a algum cataclismo anterior ao dilúvio de Noé, pelo que não serve para propósitos de ilustração.
e. A diminuição do número de espécies animais seria decorrência natural de qualquer grande cataclismo, resultante de um dilúvio universal ou apenas parcial, pelo que esse argumento nada prova.
f. A Quantidade de Água. Fatal à teoria do dilúvio universal é a observação de que a quantidade de água necessária para cobrir a face da terra até encobrir o monte Everest, o mais alto monte do planeta, teria de ser seis vezes maior do que aquela que atualmente existe na terra. Teria sido impossível haver chuvas assim abundantes, dentro do tempo determinado em Gn 7:12, quarenta dias e quarenta noites, incluindo os depósitos naturais de água na terra, para que isso pudesse suceder. Além disso, como tanta água ter-se-ia evaporado? Só se essa água estivesse perdida no espaço, o que sabemos que |amais acontece. Verdadeiramente, para que esse efeito fosse conseguido, teria de ter chovido durante vários anos, com água vinda do espaço exterior. Isso posto, teríamos de supor, em primeiro lugar, um suprimento sobrenatural de água, e, em segundo lugar, uma retirada sobrenatural de água, da face do planeta.

g. O Problema do Abngo. O autor da narrativa bíblica parece que não fazia idéia do vasto número de animais existentes no mundo. Há incontáveis milhares de variedades de vermes e insetos. Haveriamos de supor que Noé tomou consigo somente um par ou sete pares de cada espécie, e que, desde o dilúvio, todas as outras espécies desenvolveram-se? O número de espécies só de vermes e insetos deve ser de quinhentos mil, embora somente doze mil espécies tenham sido classificadas. Só de aranhas há cerca de trinta mil espécies. Teria Noé abrigado somente um par de aranhas, do qual se desenvolveram todas as espécies de aracnídeos que atualmente existem? Há cerca de três mil espécies de batráquios, seis mil espécies de répteis, dez mil espécies de aves, cinco mil especies de mamíferos. Somente um pequeno número representativo, de iodos esses seres vivos, reside na área da Mesopotâmia. Os animais levados para a arca, por Noé, teriam sido os dessa área.

h. O Problema do Recolhimento. Teria havido um ato sobrenatural de imensas proporções para recolher um ou três pares mais um de cada espécie animal no mundo, a fim de deixá-los convenientemente aos pés de Noé e seus familiares. No entanto, no relato de Gênesis não há nenhuma indicação da necessidade de alguma intervenção divina nessa tarefa. O autor sagrado simplesmente não toma consciência do problema que estaria envolvido em um dilúvio de proporções universais, nem mesmo alude a esse problema, porquanto o munido que ele conhecia era uma minúscula fração do mundo inteiro. Não há a menor indicação de que foi preciso o Senhor realizar uma série de milagres a fim de concretizar o que ocorreu por ocasião do dilúvio de Noé.

I. Formas de Vida Marinha. Há espécies de vida marinha como as que vivem imóveis, nos corais, ou as que vivem no fundo de águas rasas, que requerem uma camada rasa de água para sobreviver. A pressão produzida pelo aumento das águas e a diminuição da salinidade tenam destruído totalmente essas formas de vida marinha; e, no entanto, elas continuam a sobreviver, a despeito das supostas águas universais que atingiram os mais elevados picos do planeta.

j. O Fenômeno da Mudança de Pólos Magnéticos. Acima apresentamos certos argumentos que dão apoio à teoria de vastas destruições mediante mudanças periódicas dos pólos. Tais mudanças, naturalmente, produziríam gigantescas inundações. A própria natureza dessas mudanças de pólos prova a teoria de um dilúvio parcial. Quando isso ocorre, afundam continentes ou partes de continentes, ao passo que outras terras imersas aparecem. As águas dos oceanos são redistribuídas, mas as terras emersas nunca são completamente inundadas. Isso é assim porque é impossível todos os continentes submergirem ao mesmo tempo, deixando os oceanos cobrir toda a superfície do planeta. Para que isso pudesse acontecer, a terra teria de ser tremendamente condensada, e não existe força conhecida, concebida pela ciência, que possa produzir tal ocorrência.

V. Data do Dilúvio de Noé

A Cronologia das Genealogias. Se usarmos esses informes, chegaremos até cerca de 2400 A. C. Mas bem poucos eruditos bíblicos apegam-se a esse método de fixação de datas, pois não aceitam uma data tão recente para o dilúvio. Utilizando-se de outros métodos, alguns estudiosos chegam a retroceder até 20000 A. C. Mas a maioria dos estudiosos confessa que não há como estabelecer a data do dilúvio de Noé, Alguns associam o dilúvio ao fim da última glaciação, ou seja, cerca de 10000 A. C.; mas todas essas opiniões são meras tentativas. A observação mostra que a maioria dos escritores sobre o assunto prefere uma data entre 5000 e 15000 A. C., embora as evidências de modo algum sejam conclusivas. A maioria dos escritores cristãos conservadores sugere cerca de 4000 A, C,, quase sempre com base em registros genealógicos ou evidências arqueológicas. Mas sob exame, essas evidências não resistem à sondagem, A descoberta de camadas de argila (com supostas focas de antes e de depois do dilúvio, encontradas em Fará e Ur) provavelmente nada representem senão inundações locais dos rios da área, o Tigre e o Eufrates. Afinal, não é preciso nenhuma imensa inundação para depositar uma camada de argila com alguns metros de espessura. Outrossim, essas camadas de argila, segundo tem sido demonstrado, pertencem a diversos períodos, e não a uma única ocasião que possa ser identificada como um dilúvio universal ou quase universal. Conclusão: Não sabemos dizer a data do dilúvio, embora a opinião de que ocorreu em cerca de 8000 A. C. seja tão boa quanto qualquer outra.

VI, A Próxima Mudança dos Pólos-Um Desastre Mundial
A Bíblia prediz uma ocasião futura de desastres sem precedentes, que os estudiosos das predições bíblicas pensam não estar muito distante. Esse período é chamado de Grande Tribulação. Ver o artigo sobre Tributação, a Grande. Os místicos contemporâneos concordam que esse tempo está se aproximando rapidamente. Alguns deles associam esse novo cataclismo a outra mudança dos pólos. Alguns geólogos concordam que gigantescas mudanças nas terras emersas são possíveis. Mas no que concerne a quando isso poderá suceder, os vários místicos têm sugerido o final deste século ou o começo do século XXI. Poderiamos citar alguns deles, como Adam Barber, Emíl Sepíc, Edgar Cayce, Aron Abrahamsen, Paul Solomon, Ruth Montgomery, Baird Wallace. Mas antes deles todos, Nostradamus. Todas essas pessoas tiveram ou têm a reputação de fazer predições exatas. Os intérpretes da Bíblia concordam quanto a um prazo relativamente curto que resta ao mundo, antes de ter início essa próxima e grande fase de perturbações, embora quase todos eles não expressem ou não tenham consciência da teoria da mudança de pólos magnéticos, em relação a esse período atribulado. Seja como for, as implicações morais e espirituais da aproximação desse período são vitais e perturbadoras.

Imaginemos como tal desastre poderia ocorrer. Lembremo-nos de que isso talvez seja o clímax da Grande Tribulação:

Aproxima-se a noite. Habitantes das granaes cidades do mundo precipitam-se para casa nas horas de pico no trânsito. A maioria não nota que o sol continua a brilhar acima do horizonte. Alguns poucos sentem-se apreensivos desde o começo. Passam-se várias horas e o sol não desaparece atrás do horizonte. Todos ficam alarmados. Então as pessoas começam a ouvir um ruído cavo, das profundezas da terra. Em alguns lugares a terra está tremendo, embora ainda gentilmente. A força normal da gravidade diminui, e as pessoas sentem-se inseguras sobre seus pés. Os animais estão inquietos desde horas atrás, e então, em massa, começam a movimentar-se na mesma direção. O firmamento fica avermelhado, e enormes nuvens de poeira começam a tapar a luz do sol. Um vento forte e constante começa a soprar, aumentando de forma alarmante, enquanto o ruído subterrâneo toma-se ensurdecedor. Os ventos chegam a uma velocidade de quase quinhentos quilômetros horários, desarraigando árvores e fazendo cidades inteiras desaparecer em questão de segundos. A terra começa a balançar loucamente, e há imensas tempestades elétricas como os homens nunca viram. Há terremotos de proporções devastadoras por todo o orbe. Monles abrem-se pelo meio e surgem vulcões cuspindo lava derretida e fogo. A terra fica com rachaduras de centenas de quilômetros. A crosta terrestre começa a mudar de posição e continentes inteiros desaparecem no fundo dos oceanos, Novos continentes vêm tomar o lugar dos antigos. Os oceanos agora irrigam vastos territórios que antes eram terra seca, ou retrocedem de vastos territórios antes cobertos pelo mar, O holocausto de vidas prossegue como se nunca terminasse. Mas cerca de quarenta e oito horas mais tarde, tudo começa a amainar novamente. Mas ainda assim há gigantescos terremotos que se negam a permitir que povos ao redor do globo aliviem a tensão. A temperatura de todos os lugares da terra começa a mudar, para mais quente ou para mais frio. Novas áreas árticas, de muito frio, começam a ser cnadas, onde tudo fica congelado. Grandes massas de gelo desprendem-se das atuais áreas polares e agora derivam em várias direções, O gelo dissolvido começa a formar rios gigantescos que não demoram a devastar tudo em seu curso. Sim, aconteceu novamente. Um enorme cataclismo removeu toda uma antiga era e civilização, abrindo caminho para uma nova era e civilização. E os poucos homens sobreviventes começam a ediíicar tudo de novo.

VII, Implicações Éticas
Os profetas e os místicos afiançam que sempre há um forte fator moral envolvido nos grandes cataclismos da terra. A história do dilúvio de Noé está firmada espectfíca-mente sobre essa base, no sexto capitulo de Gênesis, O livro de Apocalipse também apresenta a Grande Tribuiação sobre essa base. A única preparação que temos contra tal eventualidade é o nosso próprio desenvolvimento espiritual. Não há outro modo de nos prepararmos para uma ocorrência assim. “Oh, podemos dizer que estamos prontos, irmão, prontos para o resplendente lar da alma? Quando Jesus vier, para galardoar Seus servos, Ele nos encontrará preparados, aguardando a volta do Senhor?”
VIII. Cronologia
Para detalhes, ver no Dicionário o artigo intitulado Dilúvio de Noé.

Gn 7:7
Por causa das águas do dilúvio, que logo começariam a subir de nível. Os vizinhos de Noé chamavam-no de louco. Ninguém o seguia. Afinal, nem ao menos estava chovendo ainda.

Entrou Noé na arca. Noé e as outras sete pessoas entraram na arca. Ver o artigo sobre a Arca de Noé em Gn 6:14.

Gn 7:8

Os Animais Seguiram. O autor sacro nos dá um breve sumário de tipos de animais, limpos e imundos. Nenhuma espécie fica de fora dessa classificação. Dentro dos mitos babilônicos 10isutro tomou consigo todas as espécies de animais e as sementes de plantas (um item esquecido no Gênesis). Ele também levou ouro e prata, coisas essas que não interessaram a Noé, e até mesmo escravas para fazerem o trabalho. Nessa história, uma tribo inteira, com o seu chefe, foi salva, No Gênesis, fala-se apenas de uma família salva,

Gn 7:9
De dois em dois. Não fazendo aqui a distinção entre dois e sete, se esse último número significa sete pares. Mas o leitor não precisa ser ajudado a cada passo. Já lemos sobre isso páginas atrás.

Como Deus lhe ordenara. Noé realizava suas tarefas em espírito de completa obediência a Deus, algo de que muito precisamos e pelo que oramos. Ver no Dicionário o artigo intitulado Vontade de Deus, Como Descobri-la.

Gn 7:10
Depois de sete dias. O fim do período divino de oportunidade de possível mudança de mente. Ver o vs. Gn 7:4 quanto a notas a esse respeito. Mas disso nada resultou, e assim as águas se espraiaram pela face da terra, subindo sempre de nível. Este versículo antecipa o parágrafo seguinte, que entra em detalhes sobre como as águas foram engolfando tudo. Passar-se-iam cento e cinquenta dias antes que começassem a baixar de nível, e mais de um ano até que aparecesse a terra seca. Algumas tradições judaicas fazem esses sete dias serem um período de lamentações de Metusalém, o qual, ao que se presume, morreu no começo daquele período.

Gn 7:11
No ano seiscentos, Repetindo a informação do vs. Gn 7:6.
Segundo mês. No hebraico, marcheshvan. Era o segundo mês do ano civil, que começava com tisri, no equinócio do outono. Isso posto, o autor sacro informa-nos que o dilúvio começou no fim de outubro e continuou até a primavera. O ano eclesiástico, por sua vez, começava no mês de abib, ou seja, abril; mas o ano eclesiástico foi instituído como memorial do livramento da servidão no Egito, pelo que não é o ano eclesiástico que está em foco aqui. (Ex 12:2; Ex 23:15). Plutarco tinha uma interessante declaração que serve de paralelo ao relato do Gênesis. Ele afirmou que Osíris entrou na arca no dia 17 de Athyr, que era o segundo mês após o equinócio do outono (De Iside and Osir). É possível que essa pequena informação tenha sido tomada por empréstimo da Bíblia, direta ou indiretamente

Aos dezessete dias. Aqui lembrado por causa do tremendo acontecimento que teve lugar naquele dia.

Romperam-se todas as fontes do grande abismo. O dilúvio não dependeu somente da chuva, pois nenhuma chuva, por forte que fosse, poderia ter causado tão grande inundação em apenas quarenta dias. As fontes do grande abismo, de acordo com alguns intérpretes, seriam depósitos de águas subterrâneas, os quais são realmente grandes. Mais provavelmente, todavia, o autor sacro referia-se às águas sobre as quais repousaria a terra, as “águas debaixo”, em distinção às “águas sobre” (ver Gn 1:6,Gn 1:7, onde há notas a respeito). As águas aqui referidas não são aquelas no interior do globo terrestre, mas sob a terra, em consonância com as antigas idéias dos hebreus acerca da natureza da terra. Ver o artigo chamado Astronomia, onde apresento um diagrama que ilustra essas crenças antigas.

Abismo. O theom, o grande abismo com água onde a terra flutuaria, com suas colunas para baixo.

As comportas dos céus. Pode ser uma alusão às “águas acima” do firmamento, e não meramente à chuva natural. Minha ilustração no artigo intitulado Astronomia inclui essa noção.

A imensa quantidade de água é considerada por alguns eruditos como prova de um dilúvio parcial, pois eles crêem que nenhum poder (exceto as forças sobrenaturais) poderia ter produzido a água necessária para encobrir as mais altas montanhas da terra, em apenas quarenta dias. Ver o artigo sobre o Dilúvio de Noé, nas notas sobre Gn 7:6, iv.f.

Gn 7:12
Quarenta dias e quarenta noites. Quarenta é o número das provações e dos testes. Ver as notas no vs. Gn 7:4. As chuvas começaram no décimo sétimo dia do segundo mês, marcheshvan, e cessaram no vigésimo oitavo dia do terceiro mês, chisleu. Quanto aos meses judaicos, ver o artigo intitulado Calendário no Dicionário.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 7 do versículo 1 até o 24
*

7.1-10 Ver nota em 6.9—9.29. O ajuntamento e preservação deste remanescente é um protótipo da salvação por Deus de seus eleitos no Dia do Senhor (Mt 3:12; 24:31; 2Ts 2:1). Este remanescente do dilúvio, entretanto, vai demonstrar ser uma mistura de eleitos e não eleitos (9.20-27 e notas).

* 7.1 toda a tua casa. Ver nota em 6.18.

justo. Ver notas em 6.9.

* 7.2, 3 Estas orientações exatas clarificam, e não contradizem aquelas de 6.19, 20.

* 7.2 sete. Os animais limpos adicionais eram necessários para fins sacrificiais (8,20) e para alimento (9.3).

todo animal. Ver 6.19, 20 e nota.

limpo. Noé deveria reconhecer a distinção entre limpo e impuro através de revelação especial (5.22, nota). Instituições fundamentais da lei — o Sábado (2.1-3), o santuário ideal (2.8, nota), e o sacrifício (3.21; 4:3-5) — remontam à ordem da criação pré-diluviana; outros como o dízimo (14,20) e circuncisão (17.9-14) remontam pelo menos ao período dos patriarcas. O futuro da terra dependia daqueles animais sacrificiais (8.20-22 e notas; Lv 11:1-47, nota).

*

7.4 daqui a sete dias. Foram necessários cento e vinte anos para construir a arca (6.3 e nota) e uma semana para enchê-la. O relato babilônico do dilúvio pressupõe sete dias para construir um navio muito maior que o de Noé e um dilúvio de sete dias (6.15, nota).

quarenta. Quarenta é um número convencional para um longo período e marca a introdução de uma nova era: por Noé, Moisés (Êx 24:18); Elias (1Rs 19:8); Cristo (At 1:3). Os quarenta dias são parte do número total de 150 dias (8.4).

* 7.5 ordenara. Ver nota em 6.22.

* 7.6 seiscentos. Ver 6.3 e nota. O dia preciso é dado no v. 11.

* 7.7 filhos. Ver 6.18 e nota.

*

7.9 entraram. Ver nota em 6.20.

* 7.10 vieram sobre a terra as águas. Ver a nota em 6.17.

* 7.11 fontes… comportas. Expressões poéticas para a liberação irrestrita de água (Sl 78:23; Is 24:18; Am 8:4; Ml 3:10). A terra é trazida à sua condição primordial pelo rompimento das água presas acima e pela elevação das águas subterrâneas (1.2, 6-9, nota 8:2-5).

abismo. Ver nota em 1.2.

* 7.13-16 Ver nota em 6:18-20. A lista de chamada completa, com a expressão “segundo as suas espécies” ecoa o relato da criação (p.ex., 1.21, 24, 25).

*

7.13 Nesse mesmo dia. Esta expressão sugere uma ocasião memorável (17.23, 26; Êx 12:41, 51; Dt 32:48).

* 7.16 o SENHOR fechou. As obras da graça de Deus são soberanas e específicas. No relato babilônico do dilúvio o herói fecha a porta; Deus é o ator principal em todo o relato bíblico. Ao fechar a porta, Deus também distingue entre o justo e o ímpio (6.18-20, nota). Em outros lugares das Escrituras portas provêem segurança para o povo de Deus em tempos de julgamento. Atrás de portas fechadas enquanto Deus derramava julgamento nos ímpios, Ló (19.10), Israel (Êx 12:23), e Raabe (Js 2:19) encontraram segurança. Jesus usa este símbolo de separação ao descrever a segurança do justo no dia da vinda do Senhor (Mt 25:10-13).

* 7.17-24 Nesta seção crucial, as águas agitadas se multiplicam e triunfam, destruindo a criação. Contraste esta cena com a bênção de 1.22.

* 7.17 quarenta. Ver nota no v. 4.

*

7.18 Predominaram. A palavra hebraica, repetida nos vs. 19, 20, é um termo militar para o triunfo na batalha.

* 7.20 Quinze côvados acima. As montanhas foram submersas a uma profundidade de quinze côvados (6,6 m), uma profundidade suficiente para evitar que a arca encalhasse.

* 7:21 As criaturas são alistadas na ordem de sua criação (1.20-25).

Pereceu toda carne. Ver nota em 6.17.

*

7.23 somente Noé... na arca. Ver nota em 6.18. O dilúvio foi o meio de Deus punir o mundo antigo e purificar a humanidade para uma nova terra.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 7 do versículo 1 até o 24
7.1ss Se uniram ao Noé no arca casais de todos os animais; tomaram sete casais de "animais limpos" dos que se utilizavam nos sacrifícios. calcula-se que no arca entraram aproximadamente 45,000 animais.

Montes DO ARARAT: O arca tocou terra nos Montes do Ararat, que se encontram localizados no que hoje é a Turquia, perto da fronteira com a Rússia. Ali se estacionou por quase oito meses antes de que Noé, sua família e os animais baixassem a terra seca.

7.16 Muitos se perguntaram como puderam capturar tantos animais. Acaso Noé e seus filhos passaram anos recolhendo-os? Em realidade, a criação, junto com o Noé, atuaram conforme Deus o tinha mandado. Parece que não houve nenhum problema em reunir aos animais. Deus se fez cargo dos detalhes desta tarefa enquanto que Noé fazia sua parte: construir o arca. Freqüentemente fazemos exatamente o oposto ao Noé. Preocupamo-nos com detalhes na vida sobre os que não temos nenhum controle, enquanto que descuidamos as coisas que sim estão sob nosso controle (atitudes, relações, responsabilidades). Trate de parecer-se mais ao Noé, e concentre-se nas coisas que Deus lhe encomendou e lhe deixe o resto ao.

7.17-24 Cobriu a terra inteira? Um dilúvio universal é certamente possível. Há suficiente água no planeta para cobrir toda a terra seca (a terra começou assim, veja-se 1.9, 10). Mais tarde, Deus prometeu que nunca mais a destruiria com um dilúvio. Assim, deveu haver talher toda a terra ou destruído toda as partes habitadas dela. Recorde que Deus mandou o dilúvio para destruir a maldade que havia na terra. necessitava-se um grande dilúvio para obter isso.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 7 do versículo 1 até o 24
c. Julgamento Executado-Mercy exemplificado (7: 1-24)

1 Então disse o Senhor a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca; . porque te hei visto justo diante de mim nesta geração 2 De todo animal limpo tomarás para ti sete e sete, o macho e sua fêmea; e dos animais que não são limpos dois, o macho e sua fêmea: 3 das aves também dos céus, sete e sete, macho e fêmea, para se conservar em vida sobre a face de toda a terra. 4 Porque, passados ​​ainda sete dias , e vos farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e cada coisa viva que eu tenho feito Eu destruirei de sobre a face da terra. 5 E fez Noé conforme a tudo o que o Senhor lhe ordenara.

6 Tinha Noé seiscentos anos de idade, quando o dilúvio veio sobre a terra. 7 Noé entrou, e seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos com ele, para a arca, por causa das águas do dilúvio. 8 Dos animais limpos e dos animais que não são limpos, e das aves, e de tudo o que se arrasta sobre a terra, 9 entraram dois a dois para junto de Noé na arca, macho e fêmea, como Deus ordenara a Noé. 10 E sucedeu que, depois de os sete dias em que as águas do dilúvio sobre a terra. 11 No ano seiscentos da vida de Noé, no segundo mês, no dia dezessete do mês, no mesmo dia foram todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram. 12 E houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.

13 No mesmo dia entrou Noé, e Shem, e Presunto, e Jafé, os filhos de Noé, e esposa de Noé, e as três mulheres de seus filhos com eles, na arca, 14 e com eles todo animal segundo a sua espécie, e todo o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil que se arrasta sobre a terra segundo a sua espécie, e todas as aves segundo a sua espécie, pássaros de toda espécie. 15 E foram para Noé na arca, dois a dois de toda a carne em que há espírito de vida. 16 E os que entraram eram macho e fêmea de toda a carne, como Deus lhe ordenara:. E o Senhor o fechou em 17 E o dilúvio quarenta dias sobre a terra; e as águas cresceram e levantaram a arca, e ela se elevou por cima da terra. 18 E prevaleceram as águas e cresceram grandemente sobre a terra; ea arca andava sobre a face das águas. 19 E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo do céu foram cobertos. 20 Quinze côvados acima prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos. 21 E toda a carne morreu para que se movia sobre a terra, as aves e gado, e animais, e todos os répteis que rastejam sobre a terra, e todos os homens: 22 tudo estava em cujas narinas o sopro do espírito da vida, de tudo o que estava na terra seca, morreu. 23 E todos os seres vivos foi destruída que havia sobre a face da terra, o homem eo gado, e répteis e aves do céu; e foram extintos da terra: Noé e só foi para a esquerda, e os que estavam com ele na arca. 24 E prevaleceram as águas sobre a terra cento e cinqüenta dias.

Nos versículos 1:5 o Senhor dá instruções mais completas Noé e mais detalhes completos sobre o dilúvio iminente. Essa advertência ocorre sete dias antes do início da enchente e ampliado o mandamento anterior, pedindo para sete pares de cada um dos animais limpos e os pássaros e apenas um par de cada um dos animais impuros. Mais uma vez, fez Noé conforme a tudo o que o Senhor lhe ordenara .

Nos versículos 6:12 uma conta é dada de entrada de Noé na arca, com sua família e os animais. Aqui também é um começo da conta do próprio dilúvio. Nos versículos 13:24, é encontrado o relato completo do dilúvio até o momento as águas começaram retrocedendo. Por uma questão de ênfase, ela começa com uma reafirmação da entrada.

Colocar essas seções sobrepostas juntos certos fatos parecem evidentes. O dilúvio começou no ano seiscentésimo da vida de Noé, no dia dezessete do segundo mês. As águas do dilúvio tinha duas fontes: as fontes do grande abismo e as janelas do céu . A chuva caiu durante quarenta dias e noites. As águas subiram até as altas montanhas que havia debaixo do céu foram cobertos , aparentemente, a uma profundidade de quinze côvados ou vinte e dois e meio pés, a metade da altura da arca. Toda coisa viva que normalmente encontrado sua existência no terra morreu. Somente Noé e seus companheiros sobreviveram. As águas aparentemente continuou à sua altura máxima por mais 110 dias em conjunto com os 40 dias em que foram crescentes.

Que no passado obscuro da história humana houve uma inundação que afetou profundamente toda a raça humana é praticamente além debate. Histórias de uma inundação que paralelamente a história de Noé em muitos detalhes precisos são encontrados em praticamente todas as partes da terra, a partir da conta da Babilônia na epopéia de Gilgamesh para as lendas de algumas das tribos do hemisfério ocidental. Três interpretações possíveis apresentar-se: (1) que esta foi, uma inundação destrutiva adicional extra grande experimentado de forma totalmente natural em algum vale do rio, e usado pelo Senhor como um instrumento de julgamento da humanidade, (2) que esta era uma inundação único que inundou todo o Oriente Próximo, cobrindo toda a terra habitada, e destruir toda a humanidade e os animais que viviam na área habitada pelo homem, ou (3) que esta era uma inundação que cobriu todo o globo, apagando toda a vida que era dependente de terra como o seu habitat natural, e trazendo transtornos geológicas drásticas e mudanças em seu trem.

A primeira interpretação é a que estudiosos liberais por e grandes iria apoiar, e não seria necessariamente pensar que todas as lendas sobre o dilúvio resultou da mesma inundação ou que apenas uma família realmente sobreviveram. No entanto, a linguagem das Escrituras governa claramente uma enchente do rio-vale. O escopo é muito grande, as preparações muito elaboradas, a arca muito maciça, as dimensões do dilúvio muito extensas, o período de mais de um ano descrito na subida e descida das águas tempo demais para qualquer inundação "normal" .

A segunda interpretação tem encontrado apoio bastante difundida entre os estudiosos evangélicos. Eles não encontraram nenhuma necessidade bíblica para o dilúvio de ser geograficamente universal, mas sim antropologicamente-universal só onde o homem morava. Eles apontam que os termos universais utilizados em relação à inundação são utilizados em outras Escrituras em sentido relativo. E eles acreditam que as dificuldades de um dilúvio universal geograficamente são tão extremas que, uma vez que não são necessários também são improváveis. Estes incluem a dificuldade de recolha de animais, tais como os de Noé, que são encontrados somente na Austrália, a incapacidade de qualquer estrutura como a arca segurando o número prescrito de animais, se todas as espécies de todo o mundo devem ser considerados, a tarefa de cuidar de a alimentação e limpeza do que muitos animais, a enorme quantidade de água necessária para cobrir a terra a uma profundidade suficiente para submergir as montanhas, ea disposição da água, após o dilúvio. Mas esta visão não evita todas as dificuldades; simplesmente diminui o seu número. Imaginar uma enchente muito grande para um vale do rio, apagando toda a raça humana, que teve vários séculos para se multiplicar e se espalhar a partir do vale da Mesopotâmia, implicaria um tremendo milagre por si só. Desde que a água sempre procura o seu próprio nível, a única forma de uma grande área de superfície da terra poderia tornar-se exclusivamente inundada seria para que seja temporariamente deprimido até que os oceanos si ajudariam a inundá-lo. Este Whitelaw propõe-a depressão da massa de terra entre o Oceano Índico eo Mar Mediterrâneo.

A terceira interpretação é a tradicional e ainda encontra forte apoio entre os estudiosos evangélicos. Um dos estudos mais exaustivos de todo o problema tem sido feito nos últimos anos por João C. Whitcomb, Jr., um estudioso do Antigo Testamento, e Henry M. Morris, um professor universitário de engenharia civil. Este estudo resultou em um trabalho polêmico chamado The Genesis Diluvio . Ergue-se solidamente para uma inundação geograficamente universal, listando sete razões os registros bíblicos exigir tal interpretação e, em seguida, tentar responder a todos os argumentos contra essa interpretação. No processo, salienta-se que a topografia da Terra pode ter sido consideravelmente diferentes antes do dilúvio. As montanhas podem ter sido muito menor e os continentes ligados de modo que as variedades incomuns de animais poderia ter seguido instintos implantados por Deus em suas migrações para a arca. Há também a possibilidade de que houve uma grande loja de água na atmosfera exterior e outra sob a crosta da terra, que o rompimento das fontes das mudanças violentas profundamente envolvido na crosta terrestre, submergindo continentes inteiros, elevando o piso de os oceanos, e retornando a Terra por um tempo a um estado um pouco comparável à de Gênesis 1:2 , quando toda a terra estava coberta por oceanos primitivos. Tal uma tremenda inundação, os autores acreditam, seriam responsáveis ​​por muitos dos fenômenos estudados por geólogos, realizando em um ano curto através da dimensão e do poder da inundação que pelos processos agora perceptíveis na natureza teria levado milhões de anos para fazer -thus resolver parte do problema de harmonizar a cronologia Genesis aparente com as teorias da ciência moderna.

Não é sábio ser dogmático na interpretação de uma passagem tão controversa como essa. O presente escritor encontra-se atraído por ambos os segundo e terceiro interpretações do dilúvio. Há talvez uma espécie de preferência para o terceiro porque o seu caso já foi dito muito mais completa e habilmente por uma série de escritores que tem a do segundo, mas algumas dificuldades ainda permanecem. De qualquer forma, houve uma inundação, uma das dimensões suficientes para cumprir o propósito divino, que só poderia ter sido provocada por uma força divina, aquele em que a graça de Deus foi tão plenamente revelado como Seu julgamento. Para o Deus que havia concedido a Sua graça a Noé, e que tinha planejado com Noé para a sua libertação, agora demonstrado a sua misericórdia, fechando-o na arca e cuidando dele por toda a turbulência do dilúvio. O milagre da fuga de Noé era totalmente tão grande quanto a do próprio dilúvio. E seja qual for a verdade sobre os detalhes do dilúvio, a história da libertação de Noé nos transmite a verdade mais essencial de todo-o constante cuidado de Deus para a Sua própria.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 7 do versículo 1 até o 24
7.1 Há evidência muito forte, fora do livro de Gênesis, com respeito à destruição da raça humana, cuja única exceção foi uma família. Inúmeras tribos selvagens, espalhadas por todo o mundo, conservam a tradição de um dilúvio. Existem possíveis registros arqueológicos, como outras tantas evidências diretas de um dilúvio (ver MB, p 75 e NCB, p 91).
7.8 Limpos e imundos, são animais que, posteriormente, foram cuidadosamente distinguidos na lei e no ritual mosaico.

7.17 Fazendo-se a soma dos períodos nos quais se fala das águas subindo e descendo até que a superfície da terra se secou (8.14), encontramos que o dilúvio durou por 371 dias (conforme NCB, p 92).
7.19 A descrição das águas a cobrirem as altas montanhas parece implicar em que o dilúvio teria sido universal, abrangendo toda a terra. Alguns piedosos eruditos admitem que o relato bíblico não sugere mais do que o suficiente para que se verificasse a destruição da parte habitada da terra (possivelmente, não mais do que a Mesopotâmia e regiões circunjacentes, conforme NCB, p 91). De qualquer forma, o fato não pode ser explicado senão como um milagre.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 7 do versículo 1 até o 24
Embora não seja necessário pressupor que para Noé a divisão entre puro e impuro fosse idêntica à encontrada em Lv 11 e Dt 14, essa divisão é praticamente universal. Visto que é fundamentada somente no uso como alimento, isso é praticamente um reconhecimento de que o início da dieta de carne precedeu 9.3.

Com base na suposição de um Dilúvio localizado, 7.11 parece referir-se a uma onda gigantesca trazendo água do golfo Pérsico. Isso poderia ajudar a explicar por que a arca acabou estacionada no extremo norte da planície da Mesopotâmia. (Muitos têm sugerido que água represada nas montanhas da Armênia, presas por uma barreira de gelo da última era do gelo, também foi liberada, mas isso deve continuar como suposição.) O avanço tão rápido da água ajuda a explicar por que ninguém conseguiu salvar sua vida.
7.16. Então o Senhor fechou a porta: a observação acerca do caráter decisivo do juízo e da proteção não poderia ter sido expresso de forma mais dramática. O uso de Javé aqui sublinha sua misericordiosa proteção.

O Dilúvio durou quase um ano, ou seja, dez meses e meio (7.11; 8.13), dos quais 40 dias foram de chuva forte (7.12), os 150 dias seguintes foram de inundação (7.24); a inclinação da planície da Mesopotâmia é tão pequena que o escoamento seria lento. Os meses são contados em termos de 30 dias, mas é pouco provável que se deva dar alguma importância especial a esse fato. Fazer isso seria pressupor que uma medida exata do mês e do ano, em contraste com medidas aproximadas, já tivesse sido calculada.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 7 do versículo 1 até o 24
Gn 7:1

3. NOÉ ENTRA NA ARCA (Gn 7:1-10). De todo o animal limpo (2). Não há certeza sobre o que esse termo, "limpo", seria aplicado naquele período. Talvez a distinção fosse entre comestível e não comestível, ou entre manso e selvagem, ou entre próprio para sacrifício e impróprio para sacrifício. Provavelmente não se refere às leis de Lv 11. Sete e sete (2). Pode significar sete pares, mas mais provavelmente significa três pares e mais um, adicional, para holocausto. Toda a substância que fiz (4). O termo aqui empregado ocorre novamente só em Gn 7:23 e Dt 11:6. Não denota tanto "vida", mas subsistência. Deus eliminaria ou "apagaria" toda a ordem de coisas estabelecida e começaria novamente.

>Gn 7:11

4. O DILÚVIO (Gn 7:11-24). As fontes do grande abismo (11). Alguma grande convulsão na terra libertou as águas que estavam por baixo da crosta terrestre e causou uma grande elevação de águas, que eventualmente transportaram a arca até as montanhas de Arará. Em adição a esse jorrar de águas subterrâneas também houve o derramamento das águas que "estavam acima do firmamento", quando as janelas do céu foram abertas. As restrições impostas sobre as águas, no segundo e terceiro dias da criação foram relaxadas tendo em vista a destruição do mundo pecaminoso. Se o dilúvio teve começo no outono, então as nuvens de chuva coincidiram com o período das primeiras chuvas. Todo... toda (14). Não era possível que a arca comportasse dois animais de cada espécie de criatura, segundo entendemos o termo espécie hoje em dia. Ou a base da diferenciação foi uma base popular, ou a área da qual as espécies tinham de ser preservadas era apenas a área das vizinhanças, ou ainda, a seleção teve de ser feita dentre os tipos restritos de criatura que Deus fez chegar às mãos de Noé. A primeira dessas sugestões parece ser a mais natural, e os animais, muito provavelmente, foram aqueles de que o homem necessitaria para sua vida renovada sobre a terra. Foi uma graciosa provisão por causa do homem. O Senhor o fechou (16). Deve ter sido um dia de profunda emoção para Noé e sua família. Observe-se a maravilhosa ternura no fato que foi o Senhor que fechou a porta de segurança. No relato babilônico sobre o dilúvio o homem é quem faz isso por si mesmo. "A salvação vem do Senhor".

A questão da universalidade do dilúvio pode talvez ser discutida neste ponto. A resposta é provavelmente encontrada no que significa "universal", neste caso. Que as palavras "toda", "tudo" sempre têm que ser entendidas à luz de seu contexto é claro mediante um exame em passagens tais como Gn 41:57; Dt 2:25; 1Rs 10:24; Rm 1:8; Rm 10:18. O dilúvio foi universal no sentido geográfico, cobrindo cada milha quadrada da superfície da terra? Ou foi universal apenas no sentido que incluiu todos quanto se achavam dentro de seus limites? A favor desta última alternativa pode ser observado que, vendo a questão do ponto de vista do pecado humano e do julgamento divino, no que diz respeito à universalidade do dilúvio no sentido de apagar a raça humana, sua universalidade geográfica não foi essencial. "O objetivo do dilúvio", escreve Delitzsch "foi o estabelecimento de uma nova e melhor raça de homens por meio do extermínio da incorrigível raça antiga. Era suficiente, para efetuar uma cura radical, que o distrito em que se achava a raça humana então espalhada, fosse submerso sob a água. Esse distrito da disseminação dos homens era também seu horizonte geográfico, e para eles era "a terra toda" (Gênesis, vol. 1, pág. 248). O trabalho de Sir Leonard Woolley, em Ur, confirma a conclusão que o dilúvio foi a varrição completa de uma civilização. (Ver Ur of the Chaldees, capítulo I) As tradições quase universais sobre o dilúvio constituem um testemunho poderosíssimo sobre sua importância. Sir Charles Marston dá seu veredito como segue: "Um julgamento realmente equilibrado precisa confessar que as lendas sobre um grande dilúvio, que vêm de todas as partes do mundo, têm a sua significação. Tem sido sugerido que apesar de talvez não se aplicarem a um dilúvio universal, certamente presumem uma dispersão geral por parte dos descendentes daqueles que o experimentaram" (The Bible is True, página 69). Debaixo de todo o céu (19). De conformidade com o ponto de vista tomado acima, a respeito da extensão geográfica do dilúvio, isso é equivalente à frase "dentro de todo o horizonte". Quinze côvados acima (20). Ou seja, cerca de oito metros.


Dicionário

Anos

ano | s. m. | s. m. pl.
masc. pl. de ano

a·no 1
(latim annus, -i)
nome masculino

1. [Astronomia] Tempo, de aproximadamente 365 dias e um quarto, que a Terra demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

2. [Astronomia] Tempo que um planeta demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

3. Período de 12 meses consecutivos (ex.: tem um contrato de um ano).

4. Idade ou tempo de existência, medido em períodos de 12 meses (ex.: a empresa vai fazer 26 anos).

5. Período de duração aproximada de 12 meses ou menos, em relação às actividades que aí se desenvolvem ou aos acontecimentos que nele acontecem (ex.: ano lectivo, ano judicial).

6. Nível de escolaridade que corresponde a um ano escolar ou lectivo (ex.: o menino está no segundo ano).


anos
nome masculino plural

7. Dia em que se completa um ou mais anos sobre a data de um acontecimento ou do nascimento de alguém (ex.: festa de anos; prenda de anos; anos de casamento). = ANIVERSÁRIO


ano bissexto
Ano com 366 dias, em que Fevereiro tem 29 dias, por oposição a ano comum.

ano civil
Divisão do calendário gregoriano, com 365 ou 366 dias (se for ano bissexto), que principia a 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro.

ano comum
Ano com 365 dias, em que Fevereiro tem 28 dias, por oposição a ano bissexto.

ano de safra
Ano abundante.

ano económico
Período que, para efeitos administrativos, principia em 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro seguinte.

ano escolar
Período compreendido entre o início e o fim de todas as actividades escolares.

ano lectivo
Período compreendido entre o início das aulas e o fim das aulas ou das actividades escolares.

ano natural
O mesmo que ano civil.

ano novo
Ano que começa.

Noite de passagem de ano de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro.

ano planetário
[Astronomia] Tempo que um planeta gasta a fazer a sua revolução à volta do Sol.

ano sabático
Religião Último ano de um ciclo de sete anos, no calendário judaico, em que nãso são permitidas certas actividades agrícolas nem a cobrança de dívidas.

Ano lectivo concedido a professores para investigação ou formação.

ano secular
Último ano de cada século (ex.: o ano 2000 foi o ano secular do século XX).

ano sideral
[Astronomia] Tempo que o Sol, no seu movimento aparente, gasta para voltar ao mesmo ponto do céu em relação às constelações. (A sua duração é de 365 dias, 6 horas, 9 minutos, 9 segundos.)

fazer anos
Completar mais um ano de existência.

muitos anos a virar frangos
[Portugal, Informal] Muita experiência (ex.: não tem problemas com saltos altos, são muitos anos a virar frangos).

verdes anos
A juventude.


a·no 2
(latim anus, -i, ânus)
nome masculino

O mesmo que ânus.


ano | s. m. | s. m. pl.
masc. pl. de ano

a·no 1
(latim annus, -i)
nome masculino

1. [Astronomia] Tempo, de aproximadamente 365 dias e um quarto, que a Terra demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

2. [Astronomia] Tempo que um planeta demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

3. Período de 12 meses consecutivos (ex.: tem um contrato de um ano).

4. Idade ou tempo de existência, medido em períodos de 12 meses (ex.: a empresa vai fazer 26 anos).

5. Período de duração aproximada de 12 meses ou menos, em relação às actividades que aí se desenvolvem ou aos acontecimentos que nele acontecem (ex.: ano lectivo, ano judicial).

6. Nível de escolaridade que corresponde a um ano escolar ou lectivo (ex.: o menino está no segundo ano).


anos
nome masculino plural

7. Dia em que se completa um ou mais anos sobre a data de um acontecimento ou do nascimento de alguém (ex.: festa de anos; prenda de anos; anos de casamento). = ANIVERSÁRIO


ano bissexto
Ano com 366 dias, em que Fevereiro tem 29 dias, por oposição a ano comum.

ano civil
Divisão do calendário gregoriano, com 365 ou 366 dias (se for ano bissexto), que principia a 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro.

ano comum
Ano com 365 dias, em que Fevereiro tem 28 dias, por oposição a ano bissexto.

ano de safra
Ano abundante.

ano económico
Período que, para efeitos administrativos, principia em 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro seguinte.

ano escolar
Período compreendido entre o início e o fim de todas as actividades escolares.

ano lectivo
Período compreendido entre o início das aulas e o fim das aulas ou das actividades escolares.

ano natural
O mesmo que ano civil.

ano novo
Ano que começa.

Noite de passagem de ano de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro.

ano planetário
[Astronomia] Tempo que um planeta gasta a fazer a sua revolução à volta do Sol.

ano sabático
Religião Último ano de um ciclo de sete anos, no calendário judaico, em que nãso são permitidas certas actividades agrícolas nem a cobrança de dívidas.

Ano lectivo concedido a professores para investigação ou formação.

ano secular
Último ano de cada século (ex.: o ano 2000 foi o ano secular do século XX).

ano sideral
[Astronomia] Tempo que o Sol, no seu movimento aparente, gasta para voltar ao mesmo ponto do céu em relação às constelações. (A sua duração é de 365 dias, 6 horas, 9 minutos, 9 segundos.)

fazer anos
Completar mais um ano de existência.

muitos anos a virar frangos
[Portugal, Informal] Muita experiência (ex.: não tem problemas com saltos altos, são muitos anos a virar frangos).

verdes anos
A juventude.


a·no 2
(latim anus, -i, ânus)
nome masculino

O mesmo que ânus.


Dilúvio

substantivo masculino Inundação; chuva muito intensa, abundante e permanente que causa enchentes ou alagações: a cidade foi destruída pelo dilúvio.
Religião De acordo com o Gênenis, livro bíblico, a inundação que alagou toda a superfície da Terra: o grande dilúvio.
Figurado Enxurrada; excesso de coisas, de pessoas: o espetáculo foi um dilúvio de risos.
Etimologia (origem da palavra dilúvio). Do latim diluvium.ii.

[...] o dilúvio de Noé foi uma catástrofe parcial, confundida com o cataclismo geológico [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 59


Dilúvio Grande e demorada inundação mandada por Deus durante a vida de Noé para destruir a humanidade corrompida (Gen 6—8).

Dilúvio Inundação universal (Gn 6:9) provocada por Deus para castigar a maldade humana e da qual só se salvaram Noé e sua família. A história relata numerosos paralelos em todas as culturas, embora o conteúdo monoteísta e ético seja exclusivo da Bíblia.

Jesus compartilhou a crença no dilúvio e apresentou-o como imagem do juízo final de Deus sobre a humanidade, quando ele virá pela segunda vez (Mt 24:38-39). Essa mesma tese é encontrada em 2Pe 2:5, de onde se deduz que, se a entrada na arca fora garantia de salvação, agora é a conversão e a aceitação de Jesus como salvador pessoal.

A. Heidel, The Gilgamesh Epic And Old Testament Parallels, Chicago e Londres 1963; N. m. Sarna, Understanding Genesis, Nova York 1966.


Era

substantivo feminino Época fixa a partir da qual se começam a contar os anos.
Figurado Época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas: a era romântica; a era espacial.
Período histórico que se sobressai por suas características próprias, por situações e acontecimentos importantes.
Qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época.
expressão Era Cristã. Tempo que se inicia a partir do nascimento de Jesus Cristo.
Era Geológica. Cada uma das cinco grandes divisões da história da Terra.
Etimologia (origem da palavra era). Do latim aera.

outro

Era Período longo de tempo que começa com uma nova ordem de coisas (Lc 20:35, RA).

Erã

Um dos netos de Efraim e filho de Sutela. Tornou-se líder do clã dos eranitas.


Idade

substantivo feminino Período que decorre a partir do nascimento até certa data: 50 anos de casamento.
Velhice; excesso de anos: pessoa de idade.
Época; intervalo de tempo que divide a vida de alguém: idade adulta.
Era; tempo marcado por algo relevante: idade do bronze.
Período histórico ou pré-histórico: idade da pedra.
Tempo que, medido em anos, se considera desde a origem de alguém ou de certa circunstância: a idade da humanidade.
Idade de Cristo. Diz-se dos 33 anos de vida.
Terceira Idade. Velhice; o último período da vida de alguém.
Etimologia (origem da palavra idade). De origem questionável.

Noé

Noé No Antigo Testamento (Gn 5:29-9:28), homem justo e vigilante que não foi atingido pelo juízo divino desencadeado no dilúvio. Seus dias são comparados aos que precederão a Parusia (Mt 24:37-39; Lc 17:26ss.), já que em ambos os casos somente uns poucos se encontram preparados e uns poucos se salvam.

Noé [Descanso] - Filho de Lameque da descendência de Sete (Gn 5:28-32). Noé era um homem JUSTO 4. Quando Deus decidiu destruir o mundo através de um DILÚVIO, ele escolheu Noé e sua família para escaparem da destruição. Durante o dilúvio, Noé e sua esposa, seus três filhos e suas esposas e muitos animais permaneceram dentro de uma ARCA que havia sido construída por Noé. Depois que as águas secaram, Noé e sua família saíram da arca e receberam de Deus a ordem e a bênção para povoarem de novo a terra. Noé viveu 950 anos (Gen 6—9).

Repouso. Não se conhece nada sobreseus primeiros anos. Aparece pela primeira vez nas Escrituras com quinhentos anos de idade. Seu bisavô, Enoque, foi homem sobremaneira piedoso, e que pela graça divina escapou da morte. Foi trasladado, Gn 5:22-24At 11:5. Seu avô, Matusalém, foi o homem que mais viveu, segundo Gn 5:25-27. o nome de seu pai era Lameque, aparentemente homem religioso, que deu a seu filho um nome que significa ‘Descanso’, Gn 5:29. 1. Filho de Lameque, e neto de Matusalém (Gn 5:26-29). Pela sua retidão de caráter (Gn 6:8-9Ez 14:14-20), achou graça aos olhos de Deus. Quando as maldades dos homens trouxeram a calamidade do dilúvio (6.5 a 7), foi Noé avisado e dirigido na construção de uma arca para sua salvação e de sua família (Gn 6:14-22). Noé, juntamente com a sua mulher, seus filhos, e suas noras, entrou na arca, que flutuou sobre as águas pelo espaço de 150 dias antes de pousar no monte Ararate (Gn 7:8). Quando saíram da arca, edificou Noé um altar, oferecendo sacrifício a Deus. Foi abençoado pelo Senhor, sendo-lhe então feita a promessa de que nunca mais seria a terra coberta por algum dilúvio (Gn 8:21-9.17). Depois disso ‘Sendo Noé lavrador, passou a plantar uma vinha. Bebendo do vinho, embriagou-se’ (Gn 9:20-21). Cão, nesta ocasião, procedeu para com seu pai de um modo diferente de Sem e Jafé. o resultado do mau procedimento de Cão foi ser este amaldiçoado, ao passo que os seus irmãos foram abençoados. A profecia de Noé foi amplamente cumprida na história dos seus descendentes. Noé viveu, depois do dilúvio, ainda trezentos e cinqüenta anos… (Gn 9:28-29). Ao testemunho de Noé refere-se Jesus (Mt 24:37-38Lc 17:26-27), S. Pedro (1 Pe 3.20 – 2 Pe 2.5), e a epístola aos Hebreus (11.7).

adjetivo Pop Bêbedo.
Etimologia (origem da palavra noé). De Noé, nome próprio.

Quando

advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
Em qual época: quando partiram?
advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.

quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.

Seiscentos

numeral Quantidade que corresponde a uma centena
(100). multiplicada por seis; diz-se desse número.

A representação que designa essa quantidade (600 em algarismos arábicos; DC em algarismos romanos).
Aquilo que pode equivaler ou designar essa quantidade: seiscentos reais.
Numa série, diz-se do sexcentésimo elemento.
substantivo masculino O século XVII designado por manifestações artísticas e/ou culturais que ocorrem nesse período.
Etimologia (origem da palavra seiscentos). Do latim sexcenti.

Terra

substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
[Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
[Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
[Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
[Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1:25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4:2). o termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47:19Zc 2:12). Quando Naamã pediu uma carga de terra que dois mulos pudessem levar (2 Rs 5.17), ele foi influenciado pela idéia pagã de que o Senhor era um deus local, podendo apenas ser adorado com proveito no seu nativo solo. Eretz é a terra em oposição ao céu, ou a terra seca como distinta do mar (Gn 1:1-10). A palavra é, também, aplicada a toda a terra (Gn 18:18), ou a qualquer divisão dela (Gn 21:32), e mesmo ao chão que uma pessoa pisa (Gn 33:3). A frase ‘profundezas da terra’ (is 44:23) significa literalmente os vales, os profundos recessos, como as cavernas e subterrâneos, e figuradamente a sepultura. No N.T., além do termo vulgar ‘terra’, que corresponde às várias significações já apresentadas, há uma palavra especial que significa ‘ terra habitada’ (Lc 4:5Rm 10:18 – etc.), usando-se esta expressão de um modo especial a respeito do império Romano. Terra, num sentido moral, é oposta ao que é celestial e espiritual (*veja Jo 3:31 – 1 Co 15.47 a 49 – Tg 3:15, etc.).

terreno, solo, campo. – Terra sugere ideia das qualidades, das propriedades da massa natural e sólida que enche ou cobre uma parte qualquer da superfície da terra. – Terreno refere-se, não só à quantidade, ou à extensão da superfície, como ao destino que se lhe vai dar, ou ao uso a que se adapta. – Solo dá ideia geral de assento ou fundamento, e designa a superfície da terra, ou o terreno que se lavra, ou onde se levanta alguma construção. – Campo é solo onde trabalha, terreno de cultura, ou mesmo já lavrado. Naquela província há terras magníficas para o café; dispomos apenas de um estreito terreno onde mal há espaço para algumas leiras e um casebre; construiu o monumento em solo firme, ou lançou a semente em solo ingrato; os campos já florescem; temos aqui as alegrias da vida do campo.

[...] berço de criaturas cuja fraqueza as asas da Divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 23

O nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa Humanidade são a conseqüência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 132

Disse Kardec, alhures, que a Terra é um misto de escola, presídio e hospital, cuja população se constitui, portanto, de homens incipientes, pouco evolvidos, aspirantes ao aprendizado das Leis Naturais; ou inveterados no mal, banidos, para esta colônia correcional, de outros planetas, onde vigem condições sociais mais elevadas; ou enfermos da alma, necessitados de expungirem suas mazelas através de provações mais ou menos dolorosas e aflitivas.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça

[...] é oficina de trabalho, de estudo e de realizações, onde nos cumpre burilar nossas almas. [...]
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Sede perfeitos

[...] é o calvário dos justos, mas é também a escola do heroísmo, da virtude e do gênio; é o vestíbulo dos mundos felizes, onde todas as penas aqui passadas, todos os sacrifícios feitos nos preparam compensadoras alegrias. [...] A Terra é um degrau para subir-se aos céus.
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 11

O mundo, com os seus múltiplos departamentos educativos, é escola onde o exercício, a repetição, a dor e o contraste são mestres que falam claro a todos aqueles que não temam as surpresas, aflições, feridas e martírios da ascese. [...]
Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

[...] A Terra é um mundo de expiações e provas, já em fase de transição para se tornar um mundo de regeneração.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] o Planeta terrestre é o grande barco navegando no cosmo, sacudido, a cada instante, pelas tempestades morais dos seus habitantes, que lhe parecem ameaçar o equilíbrio, a todos arrastando na direção de calamidades inomináveis. Por esta razão, periodicamente missionários e mestres incomuns mergulharam no corpo com a mente alerta, a fim de ensinarem comportamento de calma e de compaixão, de amor e de misericórdia, reunindo os aflitos em sua volta e os orientando para sobreviverem às borrascas sucessivas que prosseguem ameaçadoras.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

Quando o homem ora, anseia partir da Terra, mas compreende, também, que ela é sua mãe generosa, berço do seu progresso e local da sua aprendizagem. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

Assim se compreende porque a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pensamento e perispírito

Apesar de ainda se apresentar como planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos; é também oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social. Sem dúvida, é também cárcere para os rebeldes e os violentos, que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram perturbando-lhe a ordem e a paz.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cilada perversa

O mundo conturbado é hospital que alberga almas que sofrem anemia de amor, requisitando as vitaminas do entendimento e da compreensão, da paciência e da renúncia, a fim de que entendimento e compreensão, paciência e renúncia sejam os sinais de uma vida nova, a bem de todos.
Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Hospital

[...] É um astro, como Vênus, como seus irmãos, e vagueia nos céus com a velocidade de 651.000 léguas por dia. Assim, estamos atualmente no céu, estivemos sempre e dele jamais poderemos sair. Ninguém mais ousa negar este fato incontestável, mas o receio da destruição de vários preconceitos faz que muitos tomem o partido de não refletir nele. A Terra é velha, muito velha, pois que sua idade se conta por milhões e milhões de anos. Porém, malgrado a tal anciania, está ainda em pleno frescor e, quando lhe sucedesse perecer daqui a quatrocentos ou quinhentos mil anos, o seu desaparecimento não seria, para o conjunto do Universo, mais que insignificante acidente.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 4a efusão

[...] Por se achar mais distante do sol da perfeição, o nosso mundozinho é mais obscuro e a ignorância nele resiste melhor à luz. As más paixões têm aí maior império e mais vítimas fazem, porque a sua Humanidade ainda se encontra em estado de simples esboço. É um lugar de trabalho, de expiação, onde cada um se desbasta, se purifica, a fim de dar alguns passos para a felicidade. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão

[...] A Terra tem que ser um purgatório, porque a nossa existência, pelo menos para a maioria, tem que ser uma expiação. Se nos vemos metidos neste cárcere, é que somos culpados, pois, do contrário, a ele não teríamos vindo, ou dele já houvéramos saído. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

Nossa morada terrestre é um lugar de trabalho, onde vimos perder um pouco da nossa ignorância original e elevar nossos conhecimentos. [...]
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

[...] é a escola onde o espírito aprende as suas lições ao palmilhar o longuíssimo caminho que o leva à perfeição. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

[...] o mundo, para muitos, é uma penitenciária; para outros, um hospital, e, para um número assaz reduzido, uma escola.
Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] casa de Deus, na específica destinação de Educandário Recuperatório, sem qualquer fator intrínseco a impedir a libertação do homem, ou a desviá-lo de seu roteiro ascensional.
Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

[...] é uma estação de inverno, onde o Espírito vem preparar-se para a primavera do céu!
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref•

Feito o planeta – Terra – nós vemos nele o paraíso, o inferno e o purgatório.O paraíso para os Espíritos que, emigra-dos de mundos inferiores, encontram naTerra, podemos dizer, o seu oásis.O inferno para os que, já tendo possuí-do mundos superiores ao planeta Terra,pelo seu orgulho, pelas suas rebeldias, pelos seus pecados originais a ele desceram para sofrerem provações, para ressurgirem de novo no paraíso perdido. O purgatório para os Espíritos em transição, aqueles que, tendo atingido um grau de perfectibilidade, tornaram-se aptos para guias da Humanidade.
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Antes de tudo, recorda-se de que o nosso planeta é uma morada muito inferior, o laboratório em que desabrocham as almas ainda novas nas aspirações confusas e paixões desordenadas. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a guerra

O mundo é uma escola de proporções gigantescas, cada professor tem a sua classe, cada um de nós tem a sua assembléia.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Colegas invisíveis

A Terra é o campo de ação onde nosso espírito vem exercer sua atividade. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Por que malsinar o mundo?

[...] é valiosa arena de serviço espiritual, assim como um filtro em que a alma se purifica, pouco a pouco, no curso dos milênios, acendrando qualidades divinas para a ascensão à glória celeste. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1

A Terra inteira é um templo / Aberto à inspiração / Que verte das Alturas [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia da espiritualidade• Pelo Espírito Maria Dolores• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1985• - cap• 4

A Terra é a escola abençoada, onde aplicamos todos os elevados conhecimentos adquiridos no Infinito. É nesse vasto campo experimental que devemos aprender a ciência do bem e aliá-la à sua divina prática. Nos nevoeiros da carne, todas as trevas serão desfeitas pelos nossos próprios esforços individuais; dentro delas, o nosso espírito andará esquecido de seu passado obscuro, para que todas as nossas iniciativas se valorizem. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos nos matriculamos, solicitando – quando já possuímos a graça do conhecimento – as lições necessárias à nossa sublimação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

O mundo atual é a semente do mundo paradisíaco do futuro. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 25

Servidores do Cristo, orai de sentinela! / Eis que o mundo sangrando é campo de batalha, / Onde a treva infeliz se distende e trabalha / O coração sem Deus, que em sombra se enregela.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

No macrocosmo, a casa planetária, onde evolvem os homens terrestres, é um simples departamento de nosso sistema solar que, por sua vez, é modesto conjunto de vida no rio de sóis da Via-Láctea.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

No mundo terrestre – bendita escola multimilenária do nosso aperfeiçoamento espiritual – tudo é exercício, experimentação e trabalho intenso.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O orbe inteiro, por enquanto, / Não passa de um hospital, / Onde se instrui cada um, / Onde aprende cada qual.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo, com as suas lutas agigantadas, ásperas, é a sublime lavoura, em que nos compete exercer o dom de compreender e servir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo é uma escola vasta, cujas portas atravessamos, para a colheita de lições necessárias ao nosso aprimoramento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Apesar dos exemplos da humildade / Do teu amor a toda Humanidade / A Terra é o mundo amargo dos gemidos, / De tortura, de treva e impenitência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é o nosso campo de ação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é a nossa grande casa de ensino. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é uma escola, onde conseguimos recapitular o pretérito mal vivido, repetindo lições necessárias ao nosso reajuste.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra, em si mesma, é asilo de caridade em sua feição material.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é o campo de trabalho, em que Deus situou o berço, o lar, o templo e a escola.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é a Casa Divina, / Onde a luta nos ensina / A progredir e brilhar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo em que estagiamos é casa grande de treinamento espiritual, de lições rudes, de exercícios infindáveis.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é um grande magneto, governado pelas forças positivas do Sol. Toda matéria tangível representa uma condensação de energia dessas forças sobre o planeta e essa condensação se verifica debaixo da influência organizadora do princípio espiritual, preexistindo a todas as combinações químicas e moleculares. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Doenças da alma

O Universo é a projeção da mente divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da mente humana.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

O mundo é uma ciclópica oficina de labores diversíssimos, onde cada indivíduo tem a sua parcela de trabalho, de acordo com os conhecimentos e aptidões morais adquiridos, trazendo, por isso, para cada tarefa, o cabedal apri morado em uma ou em muitas existências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Antíteses da personalidade de Humberto de Campos

A Terra é uma vasta oficina. Dentro dela operam os prepostos do Senhor, que podemos considerar como os orientadores técnicos da obra de aperfeiçoamento e redenção. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 39

A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 338

A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 347

[...] é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 403

O mundo em que vivemos é propriedade de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Lembranças

[...] é a vinha de Jesus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

[...] é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

[...] abençoada escola de dor que conduz à alegria e de trabalho que encaminha para a felicidade com Jesus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 28

Não olvides que o mundo é um palácio de alegria onde a Bondade do Senhor se expressa jubilosa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria

[...] é uma vasta oficina, onde poderemos consertar muita coisa, mas reconhecendo que os primeiros reparos são intrínsecos a nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6

A Terra é também a grande universidade. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado

Salve planeta celeste, santuário de vida, celeiro das bênçãos de Deus! ...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15

A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

[...] é um santuário do Senhor, evolutindo em pleno Céu.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

Agradece, cantando, a Terra que te abriga. / Ela é o seio de amor que te acolheu criança, / O berço que te trouxe a primeira esperança, / O campo, o monte, o vale, o solo e a fonte amiga...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 33

[...] é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, me drar, florir e amadurecer em energia consciente [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 13


Veio

substantivo masculino Ducto, canal, fresta ou ramificação das mais variadas cores, formas ou tamanhos que são encontradas em pedras, madeiras ou em mármore.
Por Extensão Sinal que se assemelha a uma estria, riscas irregulares; estria.
Corrente de água que provém de rios; riacho.
Mineralogia Camada que pode ser explorada; filão: veio de ouro.
Figurado O que pode ser utilizado como fundamento para; o ponto central de; essência: o veio de uma teoria.
Canal natural de água que se localiza abaixo da terra.
Peça que move uma roda, eixo de ativação manual; manivela.
Etimologia (origem da palavra veio). Veia + o.

Veio
1) Parte da mina onde se encontra o mineral; filão (28:1, RC).


2) Riacho (28:11, RA).


águas

água | s. f. | s. f. pl.
2ª pess. sing. pres. ind. de aguar
Será que queria dizer águas?

á·gua
(latim aqua, -ae)
nome feminino

1. Líquido natural (H2O), transparente, incolor, geralmente insípido e inodoro, indispensável para a sobrevivência da maior parte dos seres vivos.

2. Esse líquido como recurso natural que cobre cerca de 70% da superfície terrestre.

3. Lugar por onde esse líquido corre ou se aglomera.

4. Chuva (ex.: fomos e viemos sempre debaixo de água).

5. Suor.

6. Lágrimas.

7. Seiva.

8. Limpidez (das pedras preciosas).

9. Lustre, brilho.

10. Nome de vários preparados farmacêuticos.

11. [Engenharia] Cada uma das vertentes de um telhado (ex.: telhado de duas águas; telhado de quatro águas).

12. [Marinha] Veio por onde entra água no navio.

13. [Brasil, Informal] Bebedeira.

14. [Brasil, Informal] Aguardente de cana. = CACHAÇA


águas
nome feminino plural

15. Sítio onde se tomam águas minerais.

16. [Informal] Urina.

17. Ondulações, reflexos.

18. Líquido amniótico.

19. Limites marítimos de uma nação.


água chilra
Comida ou bebida sem sabor ou com água a mais.

Água ruça proveniente do fabrico do azeite.

água de Javel
[Química] Solução de um sal derivado do cloro utilizada como anti-séptico (tratamento das águas) ou como descorante (branqueamento).

água de pé
Água de fonte.

água doce
Água que não é salgada, que não é do mar.

água lisa
Água não gaseificada.

água mineral
Água de nascente que, natural ou artificialmente, contém sais minerais dissolvidos ou gás, aos quais são atribuídas propriedades medicinais.

água no bico
[Informal] Intenção oculta que se procura alcançar por meio de outra acção (ex.: a proposta traz água no bico; aquela conversa tinha água no bico). = SEGUNDAS INTENÇÕES

água panada
Água em que se deita pão torrado.

água sanitária
[Brasil] Solução aquosa à base de hipoclorito de sódio, de uso doméstico generalizado, sobretudo como desinfectante ou como branqueador. = LIXÍVIA

água tónica
Bebida composta de água gaseificada, açúcar, quinino e aromas.

água viva
Água corrente.

capar a água
[Portugal: Trás-os-Montes] Atirar pedras horizontalmente à água para que nela dêem um ou dois saltos.

com água pela
(s): barba(s)
[Informal] Com muito trabalho ou dificuldades.

comer água
[Brasil, Informal] Ingerir bebidas alcoólicas. = BEBER

dar água pela
(s): barba(s)
[Informal] Ser complicado, difícil; dar trabalho.

deitar água na fervura
[Informal] Esfriar o ardor ou o entusiasmo de alguém; apaziguar os ânimos. = ACALMAR, CONCILIAR, HARMONIZARAGITAR, ALVOROÇAR, ENERVAR

em água de barrela
[Informal] O mesmo que em águas de bacalhau.

em águas de bacalhau
[Informal] Sem consequência, sem resultados ou sem seguimento (ex.: o assunto continua em águas de bacalhau; acabou tudo em águas de bacalhau; a ideia ficou em águas de bacalhau).

ferver em pouca água
[Informal] Irritar-se facilmente ou por pequenas coisas (ex.: você ferve em pouca água, homem!).

ir por água abaixo
[Informal] Ficar desfeito ou ser malsucedido (ex.: a teoria foi por água abaixo). = FRACASSAR, GORAR

levar a água ao seu moinho
Conseguir obter vantagens pessoais.

mudar a água às azeitonas
[Informal, Jocoso] Urinar.

pôr água na fervura
[Informal] O mesmo que deitar água na fervura.

primeiras águas
As primeiras chuvas.

sacudir a água do capote
Recusar responsabilidades ou livrar-se de um compromisso.

Atribuir as culpas a outrem.

tirar água do joelho
[Informal, Jocoso] Urinar.

verter águas
[Informal] Urinar.


a·guar |àg| |àg| -
(água + -ar)
verbo transitivo

1. Molhar com água ou outro líquido (ex.: tem de aguar estas plantas, se não secam). = BORRIFAR, REGAR

2. Misturar com água. = DILUIR

3. Tornar insípido, geralmente por excesso de água ou por pouco tempero. = DESTEMPERAR

4. Fazer malograr ou frustrar algo.

5. Pôr nota discordante em.

verbo intransitivo

6. Ficar muito desejoso de algo, geralmente comida ou bebida; ficar com água na boca. = SALIVAR

7. Sentir grande desprazer por não comer ou beber coisa que agrada.

8. [Veterinária] Sofrer de aguamento.

verbo pronominal

9. Tornar-se ralo e fino por doença (ex.: o cabelo está a aguar-se).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Gênesis 7: 6 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E Noé era da idade de seiscentos anos, quando o dilúvio das águas veio sobre a terra.
Gênesis 7: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Antes de 2500 a.C.
H1121
bên
בֵּן
crianças
(children)
Substantivo
H1961
hâyâh
הָיָה
era
(was)
Verbo
H3967
mêʼâh
מֵאָה
cem
(and a hundred)
Substantivo
H3999
mabbûwl
מַבּוּל
inundação, dilúvio
(a flood)
Substantivo
H4325
mayim
מַיִם
água, águas
(of the waters)
Substantivo
H5146
Nôach
נֹחַ
filho de Lameque, pai de Sem, Cam e Jafé; construtor da arca que salvou a sua família da
(Noah)
Substantivo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H776
ʼerets
אֶרֶץ
a Terra
(the earth)
Substantivo
H8141
shâneh
שָׁנֶה
ano
(and years)
Substantivo
H8337
shêsh
שֵׁשׁ
seis
([was] six)
Substantivo


בֵּן


(H1121)
bên (bane)

01121 בן ben

procedente de 1129; DITAT - 254; n m

  1. filho, neto, criança, membro de um grupo
    1. filho, menino
    2. neto
    3. crianças (pl. - masculino e feminino)
    4. mocidade, jovens (pl.)
    5. novo (referindo-se a animais)
    6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
    7. povo (de uma nação) (pl.)
    8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
    9. um membro de uma associação, ordem, classe

הָיָה


(H1961)
hâyâh (haw-yaw)

01961 היה hayah

uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

  1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
    1. (Qal)
      1. ——
        1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
        2. vir a acontecer, acontecer
      2. vir a existir, tornar-se
        1. erguer-se, aparecer, vir
        2. tornar-se
          1. tornar-se
          2. tornar-se como
          3. ser instituído, ser estabelecido
      3. ser, estar
        1. existir, estar em existência
        2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
        3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
        4. acompanhar, estar com
    2. (Nifal)
      1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
      2. estar pronto, estar concluído, ter ido

מֵאָה


(H3967)
mêʼâh (may-aw')

03967 מאה me’ah ou מאיה me’yah

propriamente, um numeral primitivo; cem; DITAT - 1135; n f

  1. cem
    1. como um número isolado
    2. como parte de um número maior
    3. como uma fração - um centésimo (1/100)

מַבּוּל


(H3999)
mabbûwl (mab-bool')

03999 מבול mabbuwl

procedente de 2986 no sentido de fluente; DITAT - 1142; n m

  1. inundação, dilúvio
    1. o dilúvio de Noé que submergiu todo o planeta terra sob a água por aproximadamente um ano

      Alguns acreditam que o dilúvio de Noé tenha sido somente local. Entretanto, conforme a descrição de Gn 6:1, esta palavra sempre se refere ao dilúvio de Noé. A verdadeira razão para insistir em um dilúvio local é a aceitação da teoria da evolução com suas longas eras genealógicas. A maioria daqueles que adotam dos que tem esta visão não querem aceitar que um dilúvio de dimensões mundiais possa tenah acontecido a menos de 5000 anos atrás. Admitir isso elimina a necessidade das eras geológicas pois assim a maioria das colunas geológicas teriam sido rapidamente derrubadas pelo dilúvio de Noé.


מַיִם


(H4325)
mayim (mah'-yim)

04325 מים mayim

dual de um substantivo primitivo (mas usado no sentido singular); DITAT - 1188; n m

  1. água, águas
    1. água
    2. água dos pés, urina
    3. referindo-se a perigo, violência, coisas transitórias, revigoramento (fig.)

נֹחַ


(H5146)
Nôach (no'-akh)

05146 נח Noach

o mesmo que 5118, grego 3575 Νωε; DITAT - 1323b; n pr m Noé = “repouso”

  1. filho de Lameque, pai de Sem, Cam e Jafé; construtor da arca que salvou a sua família da destruição do mundo enviada por Deus através do dilúvio; tornou-se o pai da da humanidade porque a sua família foi a única que sobreviveu ao dilúvio

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

אֶרֶץ


(H776)
ʼerets (eh'-rets)

0776 ארץ ’erets

de uma raiz não utilizada provavelmente significando ser firme; DITAT - 167; n f

  1. terra
    1. terra
      1. toda terra (em oposição a uma parte)
      2. terra (como o contrário de céu)
      3. terra (habitantes)
    2. terra
      1. país, território
      2. distrito, região
      3. território tribal
      4. porção de terra
      5. terra de Canaã, Israel
      6. habitantes da terra
      7. Sheol, terra sem retorno, mundo (subterrâneo)
      8. cidade (-estado)
    3. solo, superfície da terra
      1. chão
      2. solo
    4. (em expressões)
      1. o povo da terra
      2. espaço ou distância do país (em medida de distância)
      3. planície ou superfície plana
      4. terra dos viventes
      5. limite(s) da terra
    5. (quase totalmente fora de uso)
      1. terras, países
        1. freqüentemente em contraste com Canaã

שָׁנֶה


(H8141)
shâneh (shaw-neh')

08141 שנה shaneh (somente no pl.), ou (fem.) שׂנה shanah

procedente de 8138; DITAT - 2419a; n. f.

  1. ano
    1. como divisão de tempo
    2. como medida de tempo
    3. como indicação de idade
    4. curso de uma vida (os anos de vida)

שֵׁשׁ


(H8337)
shêsh (shaysh)

08337 שש shesh masc. שׂשׂה shishshah

um número primitivo; DITAT - 2336a; n. m./f.; adj.

  1. seis
    1. seis (número cardinal)
    2. sexto (número ordinal)
    3. em combinação com outros números