Enciclopédia de II Samuel 12:26-26

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2sm 12: 26

Versão Versículo
ARA Entretanto, pelejou Joabe contra Rabá, dos filhos de Amom, e tomou a cidade real.
ARC Entretanto pelejou Joabe contra Rabá, dos filhos de Amom, e tomou a cidade real.
TB Ora, Joabe pelejou contra Rabá, dos filhos de Amom, e tomou a cidade real.
HSB וַיִּלָּ֣חֶם יוֹאָ֔ב בְּרַבַּ֖ת בְּנֵ֣י עַמּ֑וֹן וַיִּלְכֹּ֖ד אֶת־ עִ֥יר הַמְּלוּכָֽה׃
BKJ E Joabe lutou contra Rabá, dos filhos de Amom, e tomou a cidade real.
LTT Ora, pelejou Joabe contra Rabá, dos filhos de Amom, e tomou a cidade real.
BJ2 Joab, entretanto, atacou Rabá dos amonitas e se apoderou da cidade real.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Samuel 12:26

Deuteronômio 3:11 (Porque só Ogue, rei de Basã, ficou do resto dos gigantes; eis que o seu leito, um leito de ferro, não está porventura em Rabá dos filhos de Amom? De nove côvados o seu comprimento, e de quatro côvados a sua largura, pelo côvado de um homem.)
II Samuel 11:25 E disse Davi ao mensageiro: Assim dirás a Joabe: Não te pareça isso mal aos teus olhos; pois a espada tanto consome este como aquele; esforça a tua peleja contra a cidade e a derrota; esforça-o tu assim.
I Crônicas 20:1 Aconteceu, pois, que, no decurso de um ano, no tempo em que os reis costumam sair para a guerra, Joabe levou o exército, e destruiu a terra dos filhos de Amom, e veio, e cercou a Rabá; porém Davi ficou em Jerusalém; e Joabe feriu a Rabá e a destruiu.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS VIZINHOS DE ISRAEL E JUDÁ

O LEGADO DE DAVI E SALOMÃO
Durante o reinado de Davi, Israel conquistou vários povos vizinhos, mas não todos. Ao norte, Hirão de Tiro e outros reis fenícios governavam uma faixa ao longo da costa do Mediterrâneo correspondente de forma aproximada a atual Líbano. Mais ao sul, também junto ao Mediterrâneo, os filisteus mantiveram sua independência. Do lado leste do rio Jordão e a leste e sul do mar Morto, Davi conquistou Amom, Moabe e Edom. Depois de derrotar Hadadezer de Zobá, Davi parece ter conseguido controlar parte da Síria até o rio Eufrates. Nos anos depois da morte de Salomão, essas regiões readquiriram sua independência.

AMOM
O centro do reino de Amom era a grande cidadela de Rabá- Amom (atual Amã, capital da Jordânia). Os amonitas eram descendentes de Ben-Ami, filho de Ló (sobrinho de Abraão) (com sua filha mais nova) A região a oeste que se estendia até o vale do Jordão entre os ribeiros Jaboque e Arnom era ocupada pelos amorreus.

MOABE
O reino de Moabe se concentrava no planalto entre o ribeiro de Arnom, que corria por um vale de até 500 m de profundidade, e o ribeiro de Zerede, a leste do mar Morto. Sua cidade mais importante era Quir-Haresete, a magnífica fortaleza de Kerak. A região ao norte do rio Arnom era chamada de Misor, ou campinas de Moabe. Os moabitas eram descendentes de Ló com sua filha mais vela. Rute, a bisavó de Davi, era moabita. Moabe era uma região conhecida pela criação de ovinos e, por algum tempo, teve de pagar a Israel um tributo anual de cem mil cordeiros e a lã de cem mil carneiros.

EDOM
Os edomitas eram descendentes de Esaú, o irmão mais velho de Jacó. Ocupavam o território ao sul do mar Morto e a sudeste do ribeiro de Zerede. Essa região montanhosa também era chamada de monte Seir, que significa "peludo", pois era coberta de uma vegetação densa constituída, em sua maior parte, de arbustos. Abrangia a Arabá, ou deserto de Edom, a grande depressão que liga o mar Morto ao mar Vermelho. Sua capital, Sela, pode ser identificada com Petra, a cidade que viria a ser conhecida como a espetacular capital rosada dos árabes nabateus.

A REGIÃO AO SUL DO MAR MORTO
Ao sul de uma linha imaginária entre Gaza e Berseba, estendendo-se para o leste até o sul do mar Morto, fica o deserto de Zim. Essa área extensa que constitui a parte norte do deserto do Sinai apresenta um índice pluviométrico anual inferior a 200 mm e, portanto, não pode ser usada para a agricultura. Judá procurou exercer controle sobre Edom e essa região. Os portos de Eziom-Geber (possivelmente Tell el-Kheleifeh) e Elate no norte do golfo de Ácaba permitiam que Judá tivesse acesso ao mar Vermelho e seu comércio valioso.

OS FILISTEUS
Quatro cidades filistéias, Ecrom, Asdode, Asquelom e Gaza, permaneceram independentes do controle de Israel e Judá. Apenas Gate foi controlada pelo reino de Judá.

O LÍBANO
Os montes da região norte da Galileia são separados das cadeias de montanhas do Líbano ao norte pelo vale profundo do rio Litani que desemboca no Mediterrâneo alguns quilômetros ao norte de Tiro. As montanhas de até 3.088 m de altura que passam cerca da metade do ano cobertas de neve explicam o nome "Líbano", que significa "branco". As coníferas e cedros do Líbano forneciam a madeira de melhor qualidade do Antigo Oriente Próximo, cobiçadas por reis da Mesopotâmia e do Egito, e também por Salomão, que adquiriu dessa região a madeira para o templo do Senhor em Jerusalém. A leste da cadeia de montanhas do Líbano encontra-se o vale de Becá. As montanhas formam uma barreira natural, impedindo que as chuvas cheguem ao vale onde o índice pluviométrico anual não passa de 250 mm. Os rios Orontes e Litani correm, respectivamente, ao longo do norte e do sul do vale para o mar Mediterrâneo. A leste de Becá fica a cadeia de montanhas do Antilíbano, cujo pico mais alto é o do monte Hermom (também chamado de Sirion ou Senir) com 2.814 m de altura. A costa mediterrânea do Libano possui

DO OUTRO LADO DO MAR
Os fenícios da costa do Líbano eram exímios marinheiros. Salomão contratou marujos de Hirão, rei de Tiro, para seus empreendimentos comerciais no mar Vermelho. Os israelitas, por sua vez, eram um povo ligado à terra que mostrava pouco entusiasmo pelo mar, como o salmista deixa claro: "Subiram até aos céus, desceram até aos abismos; no meio destas angústias, desfalecia-lhes a alma. Andaram, e cambalearam como ébrios, e perderam todo tino. Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações" (SI 107:26-28).

A SÍRIA
A leste da cadeia do Antilíbano fica o país chamado hoje de Síria. Este foi o nome que os romanos deram à região, que incluía a Palestina, quando Pompeu a conquistou em 63 .C. e a transformou numa província romana. No tempo do Antigo Testamento, a região ao redor de Damasco e mais ao norte era chamada de Hara. Davi firmou alianças com os reis arameus de Gesur (a leste do mar da Galileia) e Hamate. Conquistou Zoba (ao norte de Damasco), estendendo seu domínio até o rio Eufrates. Damasco recobrou sua independência durante o reinado de Salomão quando um certo Rezom passou a controlar a região. Ben-Hadade II, Hazael e Ben-Hadade IlI, reis posteriores de Damasco, entraram em conflito repetidamente com Israel, o reino do norte.

A LESTE DO JORDÃO
Basã e Gileade, a leste do rio Jordão, faziam parte da terra prometida, e, portanto, não eram vizinhos de Israel. Entretanto, a fim de fornecer uma descrição mais abrangente, devemos tratar dessas terras do outro lado do rio. Nessa região, os ventos frios do deserto que, no inverno, sopram sobre os montes orientais impedem o cultivo de oliveiras e, em alguns lugares, também de vinhas.

Vizinhos de Israel e Judá
Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam. em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.

Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.
Cedros nas montanhas do Líbano.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

AMOM

Atualmente: JORDÂNIA
Região dos amonitas a leste do Mar Morto. Estas terras não pertenciam aos israelitas no tempo da conquista. Os amonitas foram incorporados no império assírio, babilônico e persa. Posteriormente, nos períodos de independência, constituíram ameaça para Israel até o tempo dos Macabeus.
Mapa Bíblico de AMOM


Rabá

Rabá - (Rab'bath)

(1.) "Rabá dos filhos de Amom, a cidade principal dos Amonitas, entre as colinas orientais, cerca de 32 quilômetros a leste do Jordão, ao sul das duas correntezas que uniram-se ao Rio Jaboque.

(2.) Uma cidade na região montanhosa de Judá (Josué 15:60), possivelmente a ruína de Rubá, 9,7 quilômetros ao nordeste de Bete-Jeribim.

(3.)Rabá também conhecida como "Cidade das águas".

Mapa Bíblico de Rabá



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Samuel Capítulo 12 do versículo 1 até o 31
2. Natã e Davi (2Sm 12:1-25)

O profeta Natã (cf.comentário sobre 2Sm 7:2) foi enviado pelo Senhor para confrontar Davi com seu pecado. Dramaticamente usou uma parábola simples, mas admirável para revelar a verdade à consciência do rei. A sabedoria desta abordagem faz um paralelo com o discurso de Paulo aos atenienses no Areópago (At 17:22-31). Cada elemento da parábo-la é planejado para estimular a solidariedade do rei e ultrajar o seu senso de justiça: um homem pobre com apenas uma cordeira, a qual ele amava com grande estima; um ho-mem rico com uma riqueza abundante em rebanhos e gado; a cruel desconsideração pelos sentimentos e direitos de seu pobre vizinho ao tomar-lhe a única cordeira e matá-la para os seus convidados (1-4).

A reação de Davi foi imediata e correta. A sua ira foi provocada, e ele declarou: Digno de morte é o homem que fez isso (5), ou como o hebraico o expressa literal-mente: "é um filho de morte". Além disso, a cordeira roubada deveria ser restituída qua-tro vezes (6), a devolução exigida pela lei (Êx 22:1; cf. Lc 19:8). Natã revelou com habili-dade o ponto-chave da parábola, com as dramáticas palavras: Tu és este homem (7). A palavra de Deus para o rei o lembrou de que o Senhor lhe havia ungido rei de Israel; havia lhe livrado da mão de Saul; havia lhe dado muitas esposas, e teria dado ainda mais, se tudo isso não fosse suficiente (8). E, se isto é pouco, mais te acrescentaria tais e tais coisas, ou "Eu acrescentaria ainda mais" (Moffatt). Apesar disso, Davi tinha desprezado o mandamento de Deus, e tinha feito o mal diante de seus olhos com o pecado duplo de adultério e assassinato (9).

O terrível resultado do pecado começa agora a se desdobrar. Pelo fato de Davi ter usado a espada dos amonitas para causar a morte de Urias, esta ferramenta de guerra jamais se afastaria de sua casa (10). Pelo fato dele ter secretamente tomado a mulher de seu súdito, suas esposas seriam também retiradas publicamente (11,12). O juízo seria duplamente severo porque viria, não de estrangeiros e inimigos de fora, mas da sua própria casa (11). Me desprezaste (10) deixa inequivocamente claro que o pecado contra outros é um mal contra Deus. E impossível separar o que é moral daquilo que é religioso.

O arrependimento de Davi foi rápido e sincero. Pequei contra o Senhor (13). Não houve tentativa de encobrir ou desculpar estes atos, embora em qualquer reino tirânico da época eles pudessem ter sido cometidos sem se pensar duas vezes (cf. Gn 12:12-20.11; 26.7). Davi viu ainda que os seus crimes contra Urias eram pecados vis contra Deus, por-que eram todos contrários à sua santa vontade e lei. O profeta assegurou ao rei o perdão do Senhor. A justa penalidade por seu pecado foi suspensa; ele não morreria naquele momento. Mas as conseqüências ainda se seguiriam e a criança gerada em adultério faleceria, visto que com este feito deste lugar sobremaneira a que os inimigos do Senhor blasfemem (14). A morte do menino pelo menos apontaria para a justiça de um Deus santo que vinga o pecado. A menção da criança indica a passagem de aproximada-mente um ano entre o pecado de Davi e a vinda de Natã com a palavra de juízo.

"A atitude de Deus em relação ao pecado" é claramente vista nos versículos 1:14. Tu és este homem, 7, foram as palavras ditas por Natã a Davi. Vemos: (1) Um apelo à justiça comum, 1-6; (2) Deus fala à consciência do homem, 7-9; (3) Os resultados devastadores do pecado, 10-12; (4) Arrependimento e perdão, 13; (5) As conseqüências perduram, 14.

Quando a criança adoeceu gravemente (15), Davi buscou um quarto interior em sua casa onde pudesse ficar sozinho, jejuou e orou, e passou a noite inteira prostrado sobre a terra (16). Os anciãos da sua casa (17), isto é, seus servos de maior confiança no palácio, procuraram confortá-lo e fazê-lo comer, mas ele se recusou. Ao sétimo dia, morreu a criança (18). Cientes da profunda tristeza de seu rei, seus servos temiam... dizer-lhe que a criança era morta, ao pensarem que isto mais mal lhe faria, isto é, faria mal a ele. Ao sentir, pela atitude de seus servos (que cochichavam), que a criança estava morta, Davi perguntou abruptamente: É morta a criança? E eles disseram: É morta (19).

Quando soube da notícia, ao invés de fazer algum mal a si mesmo, Davi levantou-se, preparou-se, foi ao Tabernáculo e adorou ao Senhor; em seguida, voltou para casa, a fim de comer pela primeira vez em sete dias (20). Surpresos com o que parecia ser o inverso daquilo que esperavam, seus servos perguntaram sobre o seu estranho comportamento (21). A resposta de Davi foi simples e reverente. Vivendo ainda a criança, havia es-perança de que Deus pudesse ouvir a sua oração e curar o menino (22). Uma vez que a criança estava morta, a tristeza e o jejum não poderiam trazê-lo de volta. Uma das claras sugestões sobre a vida após a morte a ser encontrada no Antigo Testamento é expressa pelas palavras de Davi: Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim (23).

Nos versículos 15:23 temos um exemplo de um homem "que enfrenta a realidade da morte": Agora que é morta, por que jejuaria eu agora? Poderei eu fazê-la mais voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim, 23. (1) Durante a enfermi-dade de seu filho, Davi jejuou e orou, 15-17; (2) Quando a criança morreu, o rei aceitou a irreversibilidade da morte, 18-20; (3) ele enfrentou a irreversibilidade da morte com fé na imortalidade, 21-33.

Os versículos 24:25 contam sobre o nascimento de Salomão, introduzido neste ponto por causa da ligação com Bate-Seba, como o primeiro filho vivo de Davi através desta união. Salomão significa "pacífico", o nome dado por Davi. Mas ele também foi chamado de Jedidias, "amado do Senhor", por Natã sob a direção de Deus — um nome, porém, que não foi posteriormente usado. O Senhor o amou (24), visto que Deus pou-pou a sua vida, em contraste com a doença e morte da primeira criança.

3. A Guerra Contínua com Amom (12:26-31)

O parágrafo final do capítulo volta ao assunto da guerra contra Amom, cujo início é descrito em 11.1. Joabe teve êxito em capturar a cidade real (26), que Moffatt, à luz do versículo 27 traduz: "O forte protegendo o suprimento de água". Sem água os amonitas não poderiam resistir por muito tempo, e Joabe solicitou a Davi que completasse o cerco e a captura (28), para que o rei pudesse receber o crédito. O monarca veio com reforços, capturou, saqueou e destruiu não só a capital mas também as outras cidades de Amom (29-31). O tratamento de Davi para com os seus cativos nesta guerra (31) tem sido inter-pretado literalmente por alguns como uma descrição figurativa de colocar o povo em trabalhos forçados com serrotes, rastelos, machados e em fornos de tijolos.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de II Samuel Capítulo 12 do versículo 1 até o 31
*

12:1

O SENHOR enviou Natã. Os profetas eram servos da palavra de Deus, que exerce autoridade até sobre os reis. Os profetas precisavam de coragem, e algumas vezes entravam em conflito direto com os reis (1Rs 22:8; 2Rs 1:3,4; Mc 6:17: conforme At 7:52).

um rico e outro pobre. O rico era Davi, e o pobre era Urias. Essa parábola também se cumpriu no caso de Acabe e Jezabel contra Nabote (1Rs 21:1-14).

* 12:3

a tinha como filha. Este versículo termina com a palavra hebraica para "filha", a qual, não por acaso, é também a primeira sílaba do nome Bate-Seba.

* 12:5

o homem que fez isso deve ser morto. A parábola de Natã tinha obtido sucesso; ao pronunciar julgamento contra o homem rico da parábola, Davi condenou a si mesmo. Sua resposta foi uma exclamação, e não uma decisão jurídica. Ele menciona primeiramente a morte, e, em seguida, a restituição do que era devido.

* 12:6

quatro vezes. Êx 22:1 ordena uma quádrupla restituição por ovelhas roubadas. Alguns têm detectado aqui um indício da perda subseqüente de quatro filhos de Davi; o primeiro filho de Bate-Seba (vs. 14, 18), Amnom (13 28:29), Absalão (18.14,15) e Adonias (1Rs 2:24,25).

* 12.7-12

De uma maneira típica dos discursos de julgamento profético (1Sm 2:27-36, nota), Natã começou com uma acusação incluindo uma descrição da providência do Senhor (vs. 7 e 8), uma pergunta acusadora e uma acusação formal (v. 9). E Natã concluiu anunciando o julgamento e as penas correspondentes ao crime.

* 12:7

Eu te ungi. Compare a acusação formal de Samuel contra Saul (1Sm 15:17).

* 12:8

as mulheres de teu senhor. É incerto se esta declaração deve ser considerada literalmente (somente uma esposa e uma concubina de Saul são mencionadas; 3.7 e 1Sm 14:50), ou se, simplesmente, refere-se à plena extensão do reino de Saul herdado por Davi. Quanto à questão de os reis ficarem com os haréns de seus antecessores, ver 3.7 e notas.

* 12:9

o que era mal perante ele? Essa mesma expressão aparece em 11.25,27.

A Urias, o heteu, feriste. Visto que Davi causou a morte de Urias em batalha, ele era tão culpado como se o tivesse assassinado com suas próprias mãos.

* 12:10

não se apartará a espada jamais da tua casa. Assim como Urias foi morto de forma violenta, assim também a casa de Davi seria perseguida pela violência. Absalão matou Amnom (13 28:29); Joabe matou Absalão (18.14,15) e Salomão ordenou as mortes de Adonias (1Rs 2:24,25) e Joabe (1Rs 2:29-34).

* 12:11

suscitarei o mal. Essa profecia se cumpriu pela rebelião de Absalão (caps. 15—18).

Se deitará com elas, em plena luz deste sol. Essa predição teve cumprimento em 16.21,22.

* 12:13

Pequei contra o SENHOR. Quando foi acusado pelo profeta de Deus, Davi reagiu com uma confissão imediata e fora dos padrões de uma confissão; contrastar com as confissões de Saul, em 1Sm 15:24,25,30 (notas). O Sl 51, de acordo com o seu subtítulo é uma quadro mais completo do arrependimento de Davi.

não morrerás. Ver notas em 11.5 e 12.5.

* 12:14

Os inimigos do SENHOR. Com base em uma antiga tradução deste versículo, alguns eruditos crêem que a palavra "inimigos" deveria ser omitida. A acusação de Natã, nesse caso, seria que Davi tinha desprezado diretamente ao Senhor.

* 12:17

e não comeu com eles. Ver nota em 1Sm 1:7.

* 12:20

adorou. Tal como Eli, mas diferente de Saul, Davi aceitou humildemente a disciplina do Senhor (15.26; 16.11; 1Sm 3:18 e notas).

* 12:23

Eu irei a ela. Ou seja, ao lugar dos mortos (1Sm 28:19, nota; Gn 37:35).

* 12:24

Então Davi veio a Bate-Seba. Aqui, de acordo com algumas traduções pela primeira vez, Bate-Seba é chamada esposa de Davi (11.3, nota).

Salomão. Esse nome próprio usualmente é considerado como derivado da palavra hebraica que significa "paz" (conforme 13 22:9'>1Cr 22:9). Outra possibilidade é que esse nome signifique "substituição", pois o nascimento de Salomão teria compensado pela perda do primeiro filho.

* 12:25

Jedidias. Ver referência lateral. Esse nome confirma que "o SENHOR o amou" (v. 24) e que o Senhor decretou o bem para o futuro da casa de Davi. A despeito do pecado de Davi e de seus descendentes, o favor do Senhor não será jamais retirado (7.14, nota).

* 12.26-31

Neste ponto, a narrativa volta a ocupar-se com a campanha contra os filhos de Amom (11.1 e nota). Dessa vez, não foi Davi que enviou Joabe, mas Joabe foi quem mandou chamar Davi (v. 27).

* 12:28

aclame sobre ela o meu nome. A preocupação de Joabe pode ter sido despertada por seu interesse pela reputação de Davi, sendo apropriado que o rei recebesse as glórias da vitória.

* 12:30

a coroa... do seu rei. Uma coroa que pesava nada menos que 34kg seria pesada demais para ser usada, exceto nas cerimônias breves. Essa coroa seria de uma estátua de Milcom ou Moloque. As mesmas letras consoantes da palavra hebraica traduzida por "seu rei" poderia também ser lida como "de Milcom" (isto é, Moloque, a principal divindade dos amonitas: ver 1Rs 11:5,33).

* 12:31

Fê-lo passar a serras, e a picaretas e a machados... e em fornos de tijolos. A subjugação de inimigos derrotados era uma prática comum de Davi (8.2), bem como na cultura do antigo Oriente Próximo, de modo geral (Êx 1:11; Js 9:22-27; 1Rs 9:20,21).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de II Samuel Capítulo 12 do versículo 1 até o 31
12.1ss Como profeta, Natán era requerido para confrontar o pecado, inclusive o pecado de um rei. necessitou-se um grande valor, habilidade e tato, para falar com o Davi de forma tal que o fizesse ver suas más ações. Quando tiver que confrontar a alguém com notícias desagradáveis, peça em oração valor, habilidade e tato. Se quiser que essa pessoa responda de uma maneira construtiva, pense o que vai dizer. A forma em que você apresenta sua mensagem é tão importante como o que diz. Amadureça suas palavras com sabedoria.

12:5, 6 Tinha passado um ano, para esse então Davi estava tão insensível a seus próprios pecados que não se deu conta que ele era o vilão na história do Natán. As qualidades que condenamos em outros são freqüentemente nossos próprios defeitos de caráter. Que amigos, sócios ou membros de sua família lhe são difíceis de aceitar e fáceis de criticar? Em vez de tratar de trocá-los lhe peça a Deus que o ajude a entender seus sentimentos, e a ver seus próprios defeitos com maior claridade. Você pode descobrir que ao condenar a outros, condenou-se a si mesmo.

12.10-14 As predições destes versículos se cumpriram. devido a que Davi assassinou ao Urías e roubou sua mulher: (1) O assassinato foi uma ameaça constante em sua família (13 26:30-18.14, 15; 1Rs 2:23-25), (2) sua própria casa se rebelou contra ele (1Rs 15:13), (3) suas algemas foram dadas a outros à vista do povo (1Rs 16:20-23), (4) seu primeiro filho com o Betsabé morreu (1Rs 12:18). Se Davi tivesse sabido as conseqüências dolorosas de seu pecado, possivelmente não se teria deixado levar pelos prazeres do momento.

12:13 Durante este incidente, Davi escreveu o Salmo 51, lhe dando um discernimento valioso em seu caráter, e nos oferecendo uma esperança para nós também. Não importa quão miserável a culpabilidade o faça sentir-se ou quão terrível seja o pecado que cometeu, você pode derrubar seu coração em Deus, e procurar seu perdão como o fez Davi. Há perdão para nós quando pecamos. Davi também escreveu o Salmo 32, que expressa o gozo que sentiu depois de ser perdoado.

12:14 Davi confessou, e se arrependeu de seu pecado (12.13), mas o julgamento de Deus foi que seu menino morrera. As conseqüências do pecado do Davi foram irreversíveis. Em ocasiões não basta uma desculpa. Quando Deus nos perdoa, e restaura nossa relação com O, não elimina as conseqüências de nossas más ações. Possivelmente nos vejamos tentados a dizer: "se isso estiver mau, posso lhe pedir perdão a Deus", mas devemos recordar que podemos pôr-se a andar situações cujas conseqüências não poderemos reverter.

12:14 por que tinha que morrer este menino? Não foi um julgamento sobre o menino por ter nascido fora do matrimônio, a não ser um julgamento sobre o Davi por seu pecado. Davi e Betsabé mereciam morrer, mas Deus lhes perdoou a vida e em seu lugar tomou do menino. Deus ainda tinha trabalho para o Davi. Queria que construíra o reino. Possivelmente a morte do menino foi um castigo maior para o Davi que sua própria morte.

É possível, que se o menino teria vivido, o nome de Deus tivesse sido desonrado entre os vizinhos pagãos do Israel. O que teriam pensado de um Deus que recompensa o assassinato e o adultério lhe dando um herdeiro ao rei? A morte de um bebê é trágica, mas o desprezo a Deus conduz morte para as nações inteiras. Mesmo que Deus perdoou imediatamente o pecado do Davi, Deus não anulou todas suas conseqüências.

12.20-24 Davi não continuou vivendo em seu pecado. voltou-se para Deus, e O perdoou abrindo o caminho para que começasse sua vida de novo. Até o nome que Deus deu ao Salomão (Jedidías, "Amado do Jeová") era um aviso da graça de Deus (12.25). Quando retornamos a Deus, aceitamos seu perdão e trocamos nossa maneira de viver, O nos dá um fresco começo. Para sentir-se perdoado como Davi, reconheça seu pecado ante Deus e volte-se para O. Logo siga adiante em sua vida cristã, com um novo e fresco começo.

12:22, 23 Possivelmente a experiência mais amarga na vida de um seja a morte de algum filho. Para nos consolar nessas circunstâncias tão difíceis, vejam-se Sl 16:9-11; Sl 17:15; Sl 17:139; Is 40:11.

12:24 Salomão foi o quarto filho do Davi e Betsabé (1Cr 3:5). portanto, passaram vários anos entre a morte de seu primeiro filho e o nascimento do Salomão. Provavelmente Betsabé ainda estava afligida pela morte de seu filho.

PROBLEMAS FAMILIARES DO Davi

A grande quantidade de algemas que teve Davi lhe causaram muita aflição. Como resultado do pecado do Davi com o Betsabé, Deus disse que o assassinato seria uma ameaça constante em sua família, esta se rebelaria, e outro dormiria com suas algemas. Tudo isto aconteceu como o havia predito o profeta Natán. As conseqüências do pecado não só nos afetam, mas também também a aqueles que conhecemos e queremos. Recorde-o-a próxima vez que se veja tentado a pecar.

Esposa - Filhos: Mical (filha do Saul) - Era estéril - i O que aconteceu? - Davi entregou a seus cinco sobrinhos aos gabaonitas para ser assassinados devido aos pecados do Saul -

Esposa - Filhos: Ahinoam (do Jezreel) - Amnón, primogênito do Davi - i O que aconteceu? - Violou ao Tamar, sua meia irmana e mais tarde foi assassinado pelo Absalón em vingança

Esposa - Filhos: Maaca (filha do rei Talmai do Gesur) - Absalón, terceiro filho Tamar, a única filha mencionada por nome - i O que aconteceu? - Absalón matou ao Amnón por violar ao Tamar e logo fugiu ao Gesur. Mais tarde retornou, só para rebelar-se contra Davi. Colocou uma loja no teto, e aí se deitou com dez das esposas de seu pai. Sua soberba o levou a morte

Esposa - Filhos: Haguit - Adonías, quarto filho. Era muito atrativo, mas está registrado que alguma vez foi disciplinado - i O que aconteceu? - nomeou-se a si mesmo rei antes da morte do Davi. Seu plano foi descoberto e Davi lhe perdoou a vida, mas seu meio irmano Salomão, fez-o executar mais tarde

Esposa - Filhos: Betsabé - Filho cujo nome não se menciona - i O que aconteceu? - Morreu em cumprimento do castigo de Deus pelo adultério do Davi e Betsabé

Esposa - Filhos: Betsabé - Salomão - i O que aconteceu? - Chegou a ser o seguinte rei do Israel. De maneira irônica, a grande quantidade de esposas do Salomão causaram sua queda


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de II Samuel Capítulo 12 do versículo 1 até o 31
3. Davi repreendido (12: 1-25)

1 E o Senhor enviou Natã a Davi. E ele foi ter com ele e disse-lhe: Havia dois homens em uma cidade; . a um rico e outro pobre 2 O rico possuía muitíssimas ovelhas e vacas; 3 mas o pobre não tinha coisa nenhuma, senão uma pequena cordeira que comprara e criara; e ela tinha crescido com ele, e com seus filhos; que comia do seu próprio pedaço, e bebia do seu copo, e dormia em seu regaço, e lhe foi como uma filha. 4 E, vindo um viajante ao homem rico, deixou este de tomar das suas ovelhas, e das suas vacas para assar para o viajante que viera a ele, e tomou a cordeira do homem pobre, ea preparou para o homem que viera a Ec 5:1 Então a ira de Davi se acendeu em grande maneira contra aquele homem; e disse a Natã: Vive o Senhor, o homem que fez isso é digno de morrer: 6 e ele deve restaurar o cordeiro quádruplo, porque fez tal coisa, e porque não se compadeceu.

7 Então disse Natã a Davi: Tu és o homem. Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Eu te ungi rei sobre Israel, livrei-te da mão de Saul, 8 e te dei a casa de teu senhor, e as mulheres de teu senhor em teu seio, e também te dei a casa de Israel e de Judá; e se isso fosse pouco, eu teria acrescentado a ti tais e tais coisas. 9 Por que desprezaste a palavra do Senhor, para fazer o que é mau aos seus olhos? tens ferido Urias, o hitita, com a espada, e sua mulher tomaste para ser tua mulher, e ele mataste com a espada dos filhos de Amom. 10 Agora, pois, a espada jamais se apartará da tua casa, porquanto me desprezava e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser tua mulher. 11 Assim diz o Senhor: Eis que eu levantarei o mal sobre ti da tua própria casa; e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com tuas mulheres à luz deste sol. 12 Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei este negócio perante todo o Israel, e antes ao sol. 13 E disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor. E disse Natã a Davi: Também o Senhor perdoou o teu pecado; não morrerás. 14 Todavia, porquanto com este feito tens dado lugar a que os inimigos do Senhor blasfemem, também o filho que te nasceu certamente morrerá. 15 E Natã foi para sua casa.

E o Senhor feriu a criança que a mulher de Urias dera a Davi, e ele estava muito doente. 16 Davi, pois, buscou a Deus pela criança; e jejuou Davi, e entrou, e fica a noite toda sobre a terra. 17 Então os anciãos da sua casa se ​​levantaram e ficou ao lado dele, para o levantar da terra; porém ele não quis, e não comeu pão com eles . 18 E aconteceu que, no sétimo dia, que a criança morreu. E os servos de Davi temia dizer-lhe que a criança estava morta; pois diziam: Eis que, sendo a criança ainda viva, lhe falávamos, e ele não deu ouvidos a nossa voz: como ele irá, em seguida, os maltratar a si mesmo, se nós dizer-lhe que a criança morreu 19 Mas quando Davi viu que seu servos cochichavam entre si, Davi percebeu que a criança estava morta; e Davi disse aos seus servos: Está morta a criança? E eles disseram: Ele está morto. 20 Então Davi se levantou da terra, lavou-se, ungiu-se, e mudou de roupas; e ele entrou na casa do Senhor, e adorou: então ele veio para sua própria casa; e quando necessário, puseram pão, e ele comeu. 21 Então os seus servos lhe disseram: Que é isto que fizeste? tu rápido e chorar para a criança, enquanto ele estava vivo; mas quando a criança estava morta, te levantaste e comeste. 22 E ele disse: Quando a criança ainda viva, jejuei e chorei, porque eu disse: Quem sabe se o Senhor não se compadecerá de mim, para que a criança pode viver? 23 Mas agora ele está morto, porque jejuaria eu? Eu posso trazê-lo de volta? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim.

24 Então consolou Davi a Bate-Seba sua mulher, e entrou a ela, e se deitou com ela, e ela deu à luz um filho, e chamou o seu nome Salomão. E o Senhor o amou; 25 e ele enviou pela mão do profeta Natã; e chamou o seu nome Jedidiah, pelo amor de Deus.

O Senhor, desagradado com o que Davi fez, encomendado seu profeta para falar com o rei. A mensagem de Natan para o rei começou com uma história de opressão highhanded de um homem pobre por um vizinho rico. Nesta parábola Natan tratados com apenas um pecado, ou seja, o roubo do pobre homem uma pequena cordeira (v. 2Sm 12:4 ). O ponto da parábola é especificamente dada nas palavras de Natã a Davi: Por que desprezaste a palavra do Senhor, para fazer o que é mau aos seus olhos? tu ferido Urias, o hitita, com a espada, e sua mulher tomaste ... (v. 2Sm 12:9 ).

Davi ouviu a parábola e, antes de Natan fez o pedido, explodiu em raiva contra o vizinho rico. Vive o Senhor, o homem ... é réu de morte, e ele deve restaurar o cordeiro quádruplo, porque fez tal coisa, e porque não teve compaixão (v. 2Sm 12:5 ).

NatanDavi sacudido com a tréplica sem corte, Tu és o homem (v. 2Sm 12:7 ). Ele lembrou Davi que o Deus de Israel lhe tinha dado muito libertação de Saul, o habitual obtenção das esposas de seu antecessor, o reino de Israel. Davi tornou-se extremamente rico e poderoso, e ele poderia ter tido mais (v. 2Sm 12:8 ).

Em vez disso, Davi recorreu a opressão cruel, a fim de ganhar o que ele desejava. Ele não teve compaixão. Por este pecado foi-lhe dada uma dura repreensão. Natan disse a ele que a espada jamais se apartará da tua casa, indicando as brigas de família que desenvolvem (v. 2Sm 12:10 ). Além disso, Natan antecipou a rebelião de Absalão, quando ele disse: Assim diz o Senhor: Eis que eu levantarei o mal sobre ti da tua própria casa (v. 2Sm 12:11 ). Além disso, Natan disse, também o filho que te nasceu certamente morrerá (v. 2Sm 12:14).

De acordo com Natan, castigo divino pelo pecado de Davi incluído (1) rixas dentro de sua família, (2) insubordinação dentro de sua própria casa, (3) a morte da, criança recém-nascida ilegítimo. Tal foi o castigo que veio sobre a casa de Davi, e foi escrito grande no curso da história de Israel.

Davi não sofreu punição sobre sua própria pessoa, a não ser indiretamente. No entanto, o impacto psicológico dos reveses que vieram sobre sua família, sem dúvida, causou uma profunda impressão sobre ele. Além disso, a reprimenda bolhas de Natan, em vez de enfurecendo Davi, ocasionada profundo arrependimento de sua parte. Evidência disso é a bem conhecida Fifty-primeiro Salmo que transporta a atribuição, "Salmo de Davi; quando o profeta Natã veio a ele, depois de ter ido para a Bate-Seba ".

O arrependimento de Davi causado Natan a falar palavras que implicam que tinha Davi não se arrependeu, ele pode muito bem ter pago por seu pecado com a sua vida. Quando Davi disse: Pequei contra o Senhor, Natan absolveu do seu pecado: Jeová também perdoou o teu pecado, e acrescentou, não morrerás (v. 2Sm 12:13 ).

Enquanto Davi não morreu por seu pecado, por causa de seu arrependimento, sua má ação provocou uma cadeia de eventos que trouxeram tragédia, humilhação e desgraça. A responsabilidade por estes resultados repousou sobre Davi. Ao mesmo tempo, o ponto de vista bíblico afirma que a atividade de Deus foi entrelaçada no curso dessa história em que as conseqüências do pecado de Davi foram acontecendo.

É uma simplificação afirmar, por um lado, que a punição de Davi foi causado totalmente pelo que ele tinha feito, e, por outro lado, que o castigo de Davi era totalmente a atividade da soberania divina. Em vez disso, houve uma interação entre a desobediência de Davi à vontade de Deus e descontentamento por causa da desobediência de Deus. A sutileza dessa interação tem sido uma importante fonte de mal-entendidos sobre a relação entre a dignidade do homem e da soberania de Deus.

A reprimenda por Natan foi, em parte, logo cumprida quando o filho de Davi adoeceu e morreu. Com o tempo, Davi e Bate-Seba teve outro filho a quem o nome de Salomão foi dado. Davi foi assegurado de relações restaurado com Deus quando Natan veio e batizou a criança Jedidiah, que significa "Amado de Jeová" (v. 2Sm 12:25 , margem). Era um sinal do favor de Deus, não só sobre Davi e sua relação conjugal com Bate-Seba, mas também sobre o filho nascido dessa relação.

4. Captura de Rabá (12: 26-31 ; conforme 1Cr 20:1 ). Aparentemente, ele tinha efetivamente privou a cidade de seu abastecimento de água, fazendo uma defesa prolongada contra o cerco impossível.

Sabendo disso, Joabe enviou mensageiros para dizer a Davi para vir e dirigir a carga vitoriosa contra sitiada Rabá, ou então Joabe iria levá-la e nomeá-lo após ele (v. 2Sm 12:28 ). Davi veio e dirigiu a batalha contra a cidade. O resultado foi uma vitória decisiva para Davi (vv. 2Sm 12:29 , 2Sm 12:30 ).

Os amonitas foram subjugados ao governo de Davi. Se eles foram barbaramente torturados ou simplesmente submetidos a trabalhos forçados é uma velha controvérsia. O texto indica tortura, enquanto a prestação marginal favorece o trabalho duro.Kennedy torna o versículo da seguinte forma: ". E ele defini-los como serras e picaretas de ferro e machados de ferro e os fez trabalho nos moldes de tijolos"

A guerra com Amon era um dos mais importantes para Davi. Em um aspecto, foi o campo de batalha para um dos grandes sucessos militares de Davi. O império de Davi expandiu-se rapidamente para o norte e para o leste, como resultado. Em outro aspecto, a guerra foi o pano de fundo para grande fracasso moral de Davi. O desejo sexual eclodiu e demoliu o caráter de um grande homem com elevados princípios de justiça e honra. Proezas militares nunca compensa a perda da retidão moral.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de II Samuel Capítulo 12 do versículo 1 até o 31
  1. Davi e o Senhor (12)
  2. A confissão de Davi (vv. 1-14)

Davi escondeu seus pecados por, pelo menos, um ano. Leia os sal-mos 32:51 para ver a descrição dos sentimentos de Davi durante esse período difícil. Ele ficou fisi-camente fraco e doente, perdeu a alegria, seu testemunho, seu poder. Deus deu muito tempo para que Davi corrigisse seus erros, mas ele insistiu em esconder os pecados. Se ele, por conta própria, tivesse ido até o Senhor, em sincero arrepen-dimento, posteriormente as coisas poderíam ter tomado um rumo di-ferente. Por fim, Deus enviou Natã, não com uma mensagem de bênção, como no capítulo 7, mas com uma mensagem de condenação. Como é fácil condenar os pecados dos ou-tros! Contudo, Natã, com destemor, disse a Davi: "Tu és o homem".

Temos de elogiar Davi por cur-var-se à autoridade da Palavra de Deus e confessar seu pecado. Ele po-dería matar Natã. (Observe que Davi até deu o nome de Natã a um filho, 1Cr 3:5; Lc 3:31). Deus estava pron-to para perdoar os pecados de Davi, mas ele não podia impedir que es-ses pecados gerassem "a morte" (Jc 1:15). A graça do Senhor perdoa, mas o governo dele tinha de permitir que os pecadores colhessem o que se-mearam. Veja. Sl 99:8. "Restituo quatro vezes mais! "Davi declarou a punição para o homem da história de Natã. Assim, Deus aceitou a sen-tença que ele deu. A espada jamais se afastaria da casa de Davi: o bebê morreu; Absalão matou Amnom, que arruinara Tamar (cap. 13); de-pois, Joabe matou Absalão (18:9-17); e Benaia matou Adonias (1Rs 2:24-11). No entanto, prezamos a preocupa-ção de Davi com a criança e a mãe, e sua fé na bondade do Senhor. Apreciamos também sua confiança na Palavra de Deus, pois ele sabia que a criança fora para o céu (v. 23). Embora abominemos o pecado de Davi e todos os problemas que ele acarretou, agradecemos ao Senhor esse magnífico versículo de promes-sa para pais pesarosos pela perda de um filho. (Como Vance Havner dis-se: "Quando você sabe onde algu-ma coisa está, você não a perdeu".) "Onde abundou o pecado, supera- bundou a graça!" Note também que é errado orar pelos mortos. Davi pa-rou de orar pela criança.

C As conquistas de Davi (vv. 26-31)

Esse trágico episódio inicia-se com Davi regalando-se em casa, mas encerra-se com ele assumindo seu lugar de direito no campo de ba-talha e liderando a nação em uma importante vitória. É encorajador ver que Deus estava disposto a usar Davi de novo, apesar de seus peca-dos. Ele confessou seus pecados, o Senhor perdoou-o, e agora ele po-dia lutar de novo pelo Senhor. Pecar é ruim para os crentes, mas tam-bém é ruim que vivam no passado e sintam-se inúteis mesmo depois de confessarem seus pecados. Satanás ama prender o povo de Deus em lembranças de pecados que Deus já perdoou e esqueceu. Satanás é o acusador (Ap 12:10; Zc 3:0.

Que esse acontecimento da vida de Davi sirva de advertência para todos os cristãos a fim de que "veja[m] que não caia[m]" (1Co 10:12). Primeira aos Coríntios 10:13 promete um cami-nho de fuga para quando enfrentamos tentação. No entanto, não podemos, como no caso de Davi, superar a ten-tação se permitirmos que nosso desejo assuma o comando. Temos de prestar atenção ao início do pecado e man-ter nossa imaginação pura. O apóstolo Raulo ordena-nos: "façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena", e a mortificarmos os membros do corpo que nos levam a pecar (Cl 3:0).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de II Samuel Capítulo 12 do versículo 1 até o 31
12.1 Natã. "Dádiva". Um profeta de Deus, colocado na corte de Davi (7,3) e na de Salomão (1Rs 1:11, 1Rs 1:34). No AT, os profetas possuíam uma ascendência moral e espiritual sobre os reis; isto, pelo motivo de levarem uma vida piedosa e íntegra. Eram homens em quem o próprio Deus podia confiar. • N. Hom. "As Dádivas de Deus a Davi" (10-12):
1) Deus lhe enviou Natã ("Dádiva"), para revelar o seu pecado (1-7);
2) Enviou a morte da criança (18), para lhe mostrar o salário do pecado (Rm 6:23);
3) Enviou a vergonha do incesto, na pessoa de seus filhos, Tamar e Amnom (13 1:23), para lhe lembrar a podridão moral que ele mesmo semeou (11.4);
4) Enviou a morte de Amnom (13 28:29), para lhe lembrar a morte de Urias (9; 11.15);
5) Enviou o usurpador do trono, na pessoa de seu filho, Absalão (15:1-18), para lhe lembrar que usurpou o lugar de Urias (11.3);
6) Enviou a vergonha e a afronta quando Absalão coabitou com as suas concubinas (16:21-22), para lhe lembrar o que ele fez à mulher de Urias (11:2-4);
7) Enviou a morte traiçoeira de Absalão

(18:12-15), para lhe lembrar a traição na morte de Urias (9; 11:14-17);
8) Enviou a praga (24:10-17), para lhe lembrar o seu orgulho e torná-lo humilde. Diz Paulo: "Todas, as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus" (Rm 8:28).

12.6 Restituirá quatro vezes (Êx 22:1; Lc 19:8). Na LXX se lê: "restituirá sete vezes".

12.7 Tu és o homem. Quanta coragem! O rei podia mandar matar a Natã, como já o havia feito com Urias. • N. Hom. "Deveres de um profeta" (Natã):
1) Profetizar (7:8-17), i.e., receber as mensagens de Deus e entregá-las aos homens, o que exige uma completa submissão à vontade de Deus (2Pe 1:21);
2) Denunciar o mal (1-12), o que exige uma extraordinária coragem (7; Ef 6:20);
3) Proclamar o perdão do Senhor (13; Jo 20:23), o que exige integridade de alma e fidelidade à palavra de Deus;
4) Orientar o povo (7.5; 1Rs 1:11-11), o que exige conhecimento de pessoas, de situações e de doutrinas;
5) Assumir responsabilidades .(1Rs 1:34, 1Rs 1:45), o que exige autoridade;
6) Cuidar da corte (música nos cultos, 2Cr 29:25), o que exige talento;
7) Registrar os eventos da história (2Cr 9:29), o que exige capacidade literária e crítica.

12.10 Não se apartará a espada jamais da tua casa. Quanto Davi não sofreu por causa do seu pecado! Morre a criança (18); Tamar é violentada (13 10:17); morre Amnom (13.2329); revolta-se Absalão (15:1-14); morre Absalão (18:14-15); morre Adonias (1Rs 2:25). Estas coisas são algumas das conseqüências do pecado de Davi (ver N. Hom. 12.1).

12.11 Tomarei tuas mulheres... em plena luz deste sol. Absalão toma as concubinas de seu próprio pai e coabita com elas diante dos olhos de todos (16:21-22); e não às ocultas como o fez seu pai, com a mulher de Urias (11.4).

12.13 Pequei contra o Senhor. O pecado é perdoado, mas as conseqüências perduram. O clímax, num verdadeiro arrependimento, é a palavra "pequei". Somente neste estado a graça de Deus pode manifestar-se eficientemente. Foi nessa ocasião que Davi escreveu o Sl 51:0, 1Rs 11:33), pois a escrita hebraica é igual. No texto grego (LXX) está: "Tirou a coroa da cabeça de Milcom, seu rei"... O peso da coroa era de um talento de ouro. Um talento (Kikkar) pesa c. 30 kg.

12.31 É texto difícil e discutido. Uma versão mais justa seria: "E o povo que nela havia, desterrou-o para trabalhar com a picareta (abrindo estradas e vales de segurança), com machados (derrubando matas) e para trabalhar com tijolos para os fornos".


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de II Samuel Capítulo 12 do versículo 1 até o 31
c) A parábola de Natã e o arrependimento de Davi: nasce Salomão (12:1-25) A continuação imediata ao pecado de Davi foi a intervenção do profeta Natã (v. 7.2,4,14), um exemplo interessante de um modo de comunicação profética, a parábola. O registro do incidente começa com uma afirmação inconfundível de que o autor da mensagem era o próprio Javé: E o Senhor enviou a Davi o profeta Natã (v. 1). A história que ele contou foi acerca de dois homens: um rico, o outro pobre; este possuía uma cordeirinha (v. 3), que havia crescido na sua casa como se fosse alguém da família, e o seu vizinho tinha muitas ovelhas e bois (v. 2). Isso não evitou que o homem rico, quando recebeu visita inesperada, tomasse à força a ovelha do pobre, em vez de preparar um animal do seu rebanho para a refeição. Gomo rei, Davi estava acostumado a receber queixas e processos; ao ouvir o que Natã estava contando, entendeu que esse era um caso particularmente opressivo, e o seu veredicto foi pronunciado rapidamente: Juro pelo nome do Senhor que o homem que fez isso merece a morte! Deverá pagar quatro vezes o preço da cordeira, porquanto agiu sem misericórdia (v. 5,6). “Quatro vezes” vem do texto hebraico; no grego, está “sete vezes”. Driver (Notes, p.
291) acha que “sete vezes” é o original (cf. Pv 6:31), e foi emendado em concordância com a Lei mosaica (Êx 22:1; 21.37, TM).

v. 7-15a. Natã foi direto ao ponto com tremenda rapidez e dramaticidade: Você é esse homem! (v. 7). Ele continuou e lembrou como Deus tinha dado a Davi tudo que havia sido de Saul e muito mais, e mesmo assim Davi havia pecado contra ele ao assassinar Urias com a espada dos amonitas (v. 9) e ao tomar a esposa de Urias para ele. O castigo certamente cairia sobre Davi; a espada nunca se afastará de sua família (v. 10). O mal seria suscitado contra ele de dentro da sua própria família, os vizinhos tomariam publicamente as suas esposas: Você fez isso às escondidas, mas eu o farei diante de todo o Israel, em plena luz do dia (v. 12). Davi confessou o seu pecado sem tentativa alguma de desculpar-se. Ele reconheceu claramente que estava sujeito à lei de Deus e nunca mostrou o menor ressentimento contra Natã por causa da franqueza deste. Recebeu a garantia de Natã de que Deus o perdoaria e de que não morreria. Mesmo assim, o seu pecado precisava ser castigado: o menino morrerá! (v. 14).

v. 15b-23. O filho que nasceu de Bate-Seba adoeceu e morreu uma semana depois, apesar da oração e do jejum sinceros de Davi. Todos na sua casa estavam tão entristecidos em virtude da aflição dele que não tiveram coragem de lhe contar quando a criança morreu. Quando ele ficou sabendo da morte, para a surpresa deles ele cessou o seu luto, lavou-se, perfumou-se, e entrou no santuário do Senhor e o adorou (v. 20); depois voltou à sua vida normal. Quando percebeu que os seus servos não conseguiam compreender isso, ele explicou que, enquanto a criança estivera viva, ele havia suplicado ao Senhor que a poupasse. Mas agora que ela morreu, por que deveria jejuar? Poderia eu trazê-la de volta à vida? Eu irei até ela, mas ela não voltará para mim (v. 23). Não há dúvidas dos efeitos traumáticos de todo esse incidente sobre o próprio Davi. “A posteridade, com um senso profundo do que era adequado, considerou o Sl 51:0 para 12.26. A ociosidade de Davi ao não ir para a batalha em 11.1 é corrigida por seu retorno ao comando em 12.29. Joabe, que estava continuando a campanha bem-sucedida contra os amonitas e havia de fato capturado a cidade real de Rabá, enviou uma mensagem ao rei: Lutei contra Rabã e apoderei-me dos seus reservatórios de água. Agora, convoca o restante do exército, cerca a cidade e conquista-a. Senão, eu terei a fama de havê-la conquistado (v. 27,28). “A abnegação de Joabe nesse caso não deve ser esquecida na nossa avaliação do caráter desse súdito truculento mas leal” (Kennedy, p. 249).

Davi reagiu ao chamado e rapidamente conduziu a batalha a um bom desfecho; os
v.    30,31 descrevem os gigantes, mas contêm alguns aspectos obscuros. Em primeiro lugar, a coroa do rei pesava um talento de ouro (trinta e cinco quilos), um fardo muito pesado para a cabeça de qualquer monarca. Mas o texto grego (LXX) traz “a coroa de Moloque, rei deles”. Moloque era o deus amonita Milcom. Assim, a coroa pode ter sido cultual, e não insígnia real. Uma possibilidade é que somente as pedras preciosas (v. 30) tenham se tornado parte das insígnias de Davi.

Em segundo lugar, o v. 31 pode ser interpretado como significando ou que os amonitas foram submetidos a torturas cruéis, como parecem sugerir a VA e a RV (e talvez a ARA), ou que, conforme a maioria das versões em português (NVI, BJ, NTLH etc.), eles foram obrigados a trabalhos forçados. Acerca da primeira possibilidade, podemos dizer que um massacre tão horrível não estaria em desacordo com os costumes da época (embora não seria totalmente fiel à visão geral que o AT apresenta do caráter de Davi); sobre a segunda possibilidade, apresentam-se indícios de que os implementos mencionados são industriais, e não bélicos. A expressão traduzida por “fornos de tijolos” (ARA, ARC e ARF), sugerindo queimar até a morte, na verdade significa “moldes de tijolos”, bem menos violento. A.
R. S. Kennedy (p.
250) resume assim toda a questão: “O texto [da RV] defende tortura; a nota de rodapé, trabalho forçado. Esta é apoiada pela gramática e pelo léxico, e é o ponto de vista aceito pela maioria atualmente”. S. R. Driver discute o versículo em muitos detalhes em seu Notes, p. 294-7.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de II Samuel Capítulo 12 do versículo 26 até o 31
e) A Fuga de Absalão; sua rebelião e morte (2Sm 12:26-10). Retoma-se a narrativa iniciada no capítulo 2Sm 11:1. E tirou a coroa da cabeça do seu rei (30). A palavra malkam, traduzida por "seu rei" pode facilmente referir-se a Milcom, o ídolo nacional que conhecemos pelo nome de Moloque (conforme Sf 1:5; Jr 49:1, Jr 49:3). É por conseguinte discutível se a coroa que Davi tomou era a de Hanum ou a de Moloque. Um talento correspondia a cerca de 45 kg, o que a tornava demasiadamente pesada para ser usada por um rei, a não ser por breves instantes (30). O pôs às serras (31). Leia-se como em 1Cr 20:3 "e os fez serrar com a serra" (conforme He 11:37) -horrorosa crueldade dos tempos antigos. As talhadeiras de ferro (31) eram, na realidade, instrumentos armados de aguçadas pontas, espécie de picões que se destinavam a picar ou sachar o milho. O forno de tijolos (31) pelo qual os israelitas fizeram passar os seus inimigos era uma réplica àqueloutra crueldade dos filhos de Amom: a oferta ao seu deus Moloque de sacrifícios humanos, sacrifícios queimados.

Dicionário

Amom

-

o nome de um povo (1 Sm 11.11 – Sl83,7) – mais geralmente amonitas, filhos de Amom. Segundo se lê em Gn 19:38, eles descendiam de Ben-Ami, o filho de L6. os amonitas eram uma raça de terríveis salteadores, tão cruéis que chegavam a vazar os olhos aos seus inimigos (1 Sm 11.2), e rasgavam o ventre das mulheres grávidas (Am 1:13). o território amonita ficava ao oriente do Jordão e nordeste do mar Morto, estando o país de Moabe ao sul. A sua principal cidade era Rabá (2 Sm 11.1 – Ez 2L5 – Am 1:14). Eles nunca obtiveram um palmo de terreno do lado ocidental do rio Jordão, apesar das suas incursões. os israelitas não podiam ver os amonitas, porque estes não os auxiliaram, quando do Egito se dirigiam para Canaã (Dt 23:4), e porque tomaram parte no caso de Balaão (Dt 23:4, e Ne 13:1). A animosidade entre os dois povos continuou em numerosas lutas, de que reza a sua história. Todavia, certa mulher amonita, Naamá, foi uma das mulheres de Salomão, e mãe de Roboão (1 Rs 14.21). o deus da tribo era Milcom (uma semelhança do ídolo Moloque), a abominação dos filhos de Amom (1 Rs 11.5).

1. Filho de Manassés (2Rs 21:18-19; 2Cr 33:20-21) e décimo quinto rei de Judá, reinou por dois anos. Prosseguiu com as práticas idólatras do pai — a adoração de Moloque e a continuação dos rituais da fertilidade que eram tão abomináveis para o amor zeloso de Deus. O próprio Manassés arrependeu-se tarde demais, num momento de desespero que se seguiu à derrota nas mãos dos assírios (2Cr 33). Evidentemente, sua conversão foi muito demorada, para ter alguma influência sobre o filho Amom, que “não se humilhou perante o Senhor, como Manassés, seu pai, se humilhara” (2Cr 33:22-23). Amom era odiado pelo povo, que já suportara o suficiente da tirania de seu pai; foi assassinado por seus servos, com 24 anos de idade (2Cr 33:24). Em seu lugar, o povo colocou Josias, seu filho, como rei.


2. Deus egípcio, de segunda classe, adorado pelos sacerdotes de Amom, sobre o qual Jeremias pronunciou a destruição (Jr 46:25).


3. Governador de Samaria que colocou Micaías na prisão, a fim de obedecer às ordens de Acabe. O rei não gostara da mensagem do profeta concernente à morte dele (1Rs 22:26-2Cr 18:25).


4. Um dos cativos que retornaram do exílio babilônico no tempo de Neemias (Ne 7:59; Ed 2:57 onde é chamado de Ami). Descendente de um dos servos de Salomão. S.V.


Amom [Compatriota ? Povo ?] -

1) Filho de Ló e pai dos amonitas, também chamado de Ben-Ami (Gn 19:38)

2) Décimo quinto rei de Judá, que reinou 2 anos (642 a 640 a.C.), depois de Manassés, seu pai (2Rs 21:18-26).

3) Prefeito de SAMARIA 2, (1Rs 22:15-28).

4) Deus de NÔ (Jr 46:25).

Cidade

substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
[Popular] Grande formigueiro de saúvas.
Antigo Estado, nação.
expressão Cidade santa. Jerusalém.
Cidade aberta. Cidade não fortificada.
Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
Cidade dos pés juntos. Cemitério.
Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
[Popular] Grande formigueiro de saúvas.
Antigo Estado, nação.
expressão Cidade santa. Jerusalém.
Cidade aberta. Cidade não fortificada.
Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
Cidade dos pés juntos. Cemitério.
Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

Desde o tempo em que a cidade de Jerusalém foi tomada por Davi, tornaram-se os hebreus, em grande parte, um povo habitante de cidades. As cidades eram, no seu maior número, muradas, isto é, possuíam uma muralha com torres e portas. Mas em volta da cidade, especialmente em tempos de paz, viam-se sem defesa os arrabaldes, aos quais se estendiam os privilégios da cidade. Em conformidade ao costume oriental, determinadas cidades deviam abastecer de certos produtos o Estado, para a construção de edifícios, fabricação de carros de guerra, armação de cavaleiros, e provisão da mesa real. Para manutenção dos levitas foram-lhes concedidas quarenta e oito cidades, espalhadas pelo país, juntamente com uma certa porção de terreno suburbano. Antes do cativeiro, o governo interno das cidades judaicas era efetuado por uma junta de anciãos (2 Rs 10.1), juntamente com juizes, devendo estes pertencer à classe sacerdotal. No tempo da monarquia parece que era nomeado, um governador ou presidente, sendo por ele mandados a diversos pontos do distrito os juízes, que, presumivelmente, levavam depois certas questões de dúvida a Jerusalém para serem resolvidas por um conselho de sacerdotes, levitas e anciãos. Depois do cativeiro, disposições semelhantes foram realizadas por Esdras para nomeação de juizes. Em muitas cidades orientais, destina-se grande espaço a jardins, e desta forma torna-se muito maior a extensão da cidade. A notável amplidão das cidades de Nínive e Babilônia pode assim, em parte, ser explicada. As ruas são, em geral, extremamente estreitas, raras vezes permitindo que dois camelos carregados passem um pelo outro. o comércio interno das cidades era sustentado, como hoje acontece, por meio de bazares. o profeta Jeremias fala-nos (37,21) da Rua dos Padeiros. os espaços abertos, junto às portas das cidades, eram, em tempos antigos, como ainda são hoje, usados pelos anciãos para suas assembléias, e pelos reis e juizes para reunião de cortes e constituição de tribunais e pelo povo para tratarem das suas regalias. Também se empregavam para exposição pública, quando era preciso castigar assim os culpados de certos delitos. Havia grandes trabalhos para abastecer de água as cidades, empregando-se reservatórios e cisternas que se enchiam com as águas pluviais, ou trazendo de distantes nascentes o precioso líquido por meio de aquedutos.

Filhós

substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

Joabe

Joabe [Javé É Pai] - Filho de Zeruia, meia-irmã de Davi (2Sm 2:18). Foi comandante do exército de Davi (1Cr 11:4-9) e conseguiu muitas vitórias (2Sm 10:12-26). Tramou o assassinato de Urias (2Sm
11) e matou Absalão (2Sm 18:9-15). Quando Davi já era velho, Joabe aliou-se com Adonias e foi morto por ordem de Salomão (1Rs 1:1—2:34).

o Senhor é pai. – Sobrinho de Davi, pois era filho de Zeruia, irmã de Davi. Era irmão de Abisai e Asael, e um dos mais valentes soldados do tempo de Davi. Joabe era, também, homem cruel, vingativo e imperioso. Ele prestou grandes serviços a Davi, sendo sempre para ele um homem firme e leal – e foi comandante chefe do seu exército, quando Davi apenas governava em Judá. Às suas qualidades de estadista deveu ele o ter chegado a ocupar o segundo lugar no reino. o seu irmão Abisai já tinha unido a sua sorte à de Davi em Ziclague (1 Sm 26.6), quando Joabe, pela primeira vez mencionado, parte de Hebrom à frente da guarda de Davi, para vigiar Abner. o fatal duelo que se seguiu, entre doze campeões de cada lado, teve como conseqüência uma batalha geral entre as tribos de Benjamim e Judá, ficando derrotada a primeira, e morrendo Asael, irmão de Joabe, às mãos de Abner g Sm 2). A morte de Aaael foi vingada de modo traiçoeiro por Joabe (2 Sm 3.27). Manifestou Davi a sua dor por este acontecimento, e em conformidade ao seu desejo apareceu Joabe no funeral de Abner com saco e em pranto (2 Sm 3.31). Foi no cerco de Jebus (Jerusalém) que Joabe ganhou grande distinção, sendo nomeado comandante do exército de Davi. A fortaleza de Jebus estava no alto de uma rocha, e julgava-se que era inexpugnável. Mas quando Davi ofereceu o posto de principal do exército àquele que conseguisse tomá-la, foi Joabe quem pôde para ali conduzir as tropas com êxito. Tomada a fortaleza, tratou Joabe de fortificar o lugar, que foi ocupado por Davi como capital dos seus domínios, e quartel general do exército (1 Cr 11.8). Aqui residiu Joabe e edificou uma casa (2 Sm 14.24), saindo de Jerusalém somente quando era preciso comandar as tropas nas numerosas guerras, em que o rei andava envolvido. E foi desta maneira que ele materialmente ajudou a consolidar o império de Davi. As suas felizes campanhas contra os amonitas, os edomitas e os sírios fizeram do seu nome uma palavra de terror para as nações circunjacentes (1 Rs 11.15,16,21). No cerco de Rabá tinha consigo a arca (2 Sm 11.1 a
11) – e tomando a parte inferior da cidade mandou dizer ao seu real amo que fosse ali para ter a honra de conquistar a cidadela (2 Sm 12.26 a 28). Foi por esta sua lealdade que Joabe entrou na maquinação de Davi, que tinha por fim a morte de Urias (2 Sm 11). E embora, de então para o futuro, tenha sido maior a sua influência sobre Davi, não foi àquele ato impelido por motivos egoístas. A sua lealdade foi mais tarde manifestada quando ele, com bom êxito, serviu a causa de Absalão, depois do assassinato de Amnom – e foi também esta uma ocasião em que Davi patenteou o apreço em que tinha este general (2 Sm 14.1 a 20). E mais tarde, quando Absalão se revoltou contra seu pai, achou então Joabe necessário remover um inimigo tão perigoso, e tomou inteira responsabilidade pela sua morte (2 Sm 18.2 a 15 – 19.5 a 7). Por este ato foi Joabe removido do comando do exército, e nomeado em seu lugar Amasa que tinha sido um rebelde (2 Sm 20.4). Joabe foi, na realidade, um homem que com toda a dedicação serviu o seu rei – mas isso não o afastou de praticar atos de particular vingança, como foi o assassinato de Amasa, que se seguiu imediatamente ao fato de ser ele nomeado para o cargo que Joabe havia exercido (2 Sm 20. 7,10 – 1 Rs 2.5). A resistência de Joabe ao desejo que Davi tinha de numerar o povo foi uma questão de consciência – e ainda que a vontade do rei tinha prevalecido, é certo que pelos seus esforços escaparam ao censo as duas tribos de Benjamim e Levi (2 Sm 24.1 a 4 – 1 Cr 21.6). Tendo sido Joabe, desde a sua mocidade, um homem de sangue, era bem natural que o seu fim fosse violento. Até então os seus grandes feitos tinham sido de lealdade ao trono – agora, no fim de uma vida longa e corajosa, ele se desviou para seguir a Adonias (1 Rs 2.28). Davi, já moribundo, não podia castigar o seu antigo chefe militar – mas recordou o assassínio de Abner e de Amasa, e ordenou a seu filho Salomão que os vingasse (1 Rs 2.5,6). Morreu Davi – e Joabe, temendo a vingança de Salomão, fugiu para o tabernáculo do Senhor em Gibeom. Foi Benaia que, dirigido por Salomão, matou ali o velho general (1 Rs 2.28 a 34). (*veja Abner, Adonias.) – Filho de Seraías, um descendente de Quenas de Judá (1 Cr 4.14). – o nome de uma família que voltou com Zorobabel (Ed 2:6 – 8.9 – Ne 7:11). – Um nome mencionado numa passagem obscura, aparentemente em conexão com Belém: pode referir-se a Joabe i (1 Cr 2.54).

(Heb. “o Senhor é seu pai”).


1. Filho da irmã de Davi, Zeruia, e comandante do exército. Junto com seus dois irmãos, Abisai e Asael, era um poderoso guerreiro e por muito anos permaneceu fiel ao novo rei de Israel (1Cr 2:16). Tornou-se comandante logo no início do reinado de Davi, quando este decidiu atacar Jerusalém e tomá-la dos jebuseus. O rei prometeu que quem liderasse o ataque seria nomeado comandante e chefe do exército (1Cr 11:6-2Sm 8:16).

Joabe é mencionado novamente quando enfrentou Abner, comandante das tropas de Is-Bosete, o qual, como descendente do rei Saul, reivindicava o trono que fora de seu pai. Abner, após ser derrotado pelas tropas de Davi (2Sm 2), rendeu-se e pediu a paz, ocasião em que sua vida foi poupada. Em seguida, ele se desentendeu com Is-Bosete, procurou Davi em Hebrom e fez um tratado com o novo rei. Quando Joabe voltou para Hebrom e descobriu que seu tio não capturara Abner, mas o deixara ir embora em paz, ficou furioso: chamou aquele comandante de volta e o matou traiçoeiramente (2Sm 3). Davi ficou desgostoso com essa atitude e amaldiçoou a família de Joabe (2Sm 3:29). O rei também acompanhou o funeral de Abner. Sem dúvida, essa foi uma ação com objetivos políticos, pois o rei queria assegurar que as nações do Norte vissem que ele nada tivera que ver com a morte de Abner; além disso, Davi pretendia demonstrar a grande diferença que havia entre ele e Joabe e que se evidenciaria também nos futuros eventos. Joabe sempre desejava a vingança e buscava a morte de qualquer inimigo. Ficava exasperado por ver que Davi, seu tio, sempre estava disposto a perdoar e ficava profundamente triste quando seus adversários eram mortos.

A habilidade de Joabe como comandante das tropas era notável; além da destreza, era temente ao Senhor e buscava a ajuda de Deus antes das guerras. II Samuel 10 descreve uma famosa batalha, na qual Joabe viu-se cercado entre os amonitas e seus aliados, os sírios. Ele enviou seu irmão Abisai, com uma parte dos soldados contra os amonitas, e, após escolher alguns dos melhores homens, enfrentou os sírios. Joabe confiava que o Senhor daria a vitória aos israelitas: “Sê forte e sejamos corajosos pelo nosso povo, e pelas cidades de nosso Deus. Faça o Senhor o que bem parecer aos seus olhos” (2Sm 10:12). Os israelitas, liderados por Joabe, alcançaram uma vitória memorável, mesmo contra as probabilidades.

Após Absalão matar seu próprio irmão Amnom e fugir da presença de Davi, Joabe lutou para promover uma reconciliação entre pai e filho. Por meios fraudulentos, conseguiu pelo menos parte de seu objetivo e Absalão foi autorizado a voltar para Jerusalém; contudo, estava proibido de comparecer perante o rei, seu pai. Absalão convidou Joabe para visitá-lo, mas este se recusou. Ele então ordenou que seus servos ateassem fogo nas plantações de seu primo, a fim de obrigá-lo a vir. Novamente Joabe foi enviado ao rei, em busca de uma restauração total em favor de Absalão. Davi aceitou o filho de volta, mas imediatamente Absalão conspirou contra o pai, até que finalmente o rei teve de fugir de Jerusalém para salvar sua vida (2Sm 14:15). Joabe o acompanhou e liderou a batalha contra os rebeldes. A despeito da ordem do rei de que seu filho fosse poupado, Joabe deliberadamente matou Absalão (2Sm 18).

Novamente, Joabe não entendeu a generosidade de Davi e sua tristeza pela morte de alguém que lhe causara tantos problemas. Enquanto o rei lamentava a morte de Absalão, Joabe o repreendeu severamente (2Sm 18:33-19:7). Talvez devido a essa atitude rude para com Davi, ou à sua falta de compreensão para com o rei, quando este retornou a Jerusalém, tirou Joabe do comando do exército e colocou Abisai em seu lugar.

Joabe sentiu-se humilhado e uniu-se a Adonias e aos seus seguidores, quando Davi envelheceu e ficou impossibilitado de reinar. A instrução clara do rei foi que Salomão seria o herdeiro do trono. Davi já tinha alertado este filho a respeito de Joabe e da maneira como ele havia matado Abner e Amasa (1Rs 2:5). Quando a rebelião de Adonias finalmente foi sufocada, Benaia perseguiu Joabe e o matou, por sua deslealdade para com Davi, seu tio.

Joabe era uma mistura de grande guerreiro, bom estrategista e, às vezes, um servo fiel do Senhor. Era também um homem intensamente passional, vingativo e amargo. Essas características contrastavam profundamente com o interesse que Davi demonstrava pelos inimigos, algo que Joabe considerava uma fraqueza em um rei.


2. Descendente de Paate-Moabe; muitos dos seus próprios familiares retornaram do exílio na Babilônia com Zorobabel e outros líderes (Ed 2:6, chamado de Jesua-Joabe; 8:9; Ne 7:11).


3. Filho de Seraías, da tribo de Judá, este Joabe era artífice (1Cr 4:14). P.D.G.


-

Pelejar

verbo intransitivo Batalhar; combater; lutar.
Figurado Lutar por uma ideia, por um princípio, por uma doutrina, verbalmente ou por escrito.
Entrar em desacordo com alguém; oferecer-lhe oposição.
[Brasil] Insistir, teimar.
[Popular] Trabalhar afanosamente.

batalhar; combater

Rabá

cidade principal

Real

adjetivo Que tem existência verdadeira, e não imaginária: a vida real.
De teor autêntico; genuíno: preciso ter uma conversa real com ele.
Que não é mentira; verdadeiro: explicar suas reais intenções.
Economia Que desconsidera as implicações da inflação; deflacionado: salário real.
Mat. Pertencente ao conjunto dos números reais.
[Jurídico] Que se pode referir a um bem (móvel ou imóvel).
substantivo masculino Aquilo que existe de fato; realidade: há quem tenha dificuldade para lidar com o real.
Etimologia (origem da palavra real). Do latim medieval realis; pelo francês réel.
substantivo masculino Unidade do sistema monetário brasileiro, que entrou em vigor em julho de 1994 (símbolo: R$).
Moedas ou notas dessa unidade monetária: moeda de 2 reais, nota de 50 reais.
Antiga moeda portuguesa e brasileira, no Brasil o termo também foi utilizado para se referir ao dinheiro de uma forma geral; mais conhecido pelo plural réis.
adjetivo Relativo ou pertecente ao rei ou à realeza: dignidade real, palácio real.
expressão Não ter um real. Estar completamente sem dinheiro: não posso ir à festa, estou sem um real!
Etimologia (origem da palavra real). Do latim regale, “de rei”.
substantivo masculino Antigo Povoação; arraial.
Etimologia (origem da palavra real). De origem desconhecida.

régio, reiuno, realengo, reguengo. – Real é o que é propriamente do rei; régio é o que se refere ao rei; que é próprio da realeza; Real majestade – só se aplica a um rei; régia majestade – poder-se-á aplicar a quem não seja rei. A régia pompa com que o conde, ou o ricaço celebra as suas festas... (aqui não caberia real). – Reiuno é brasileirismo (Rio G. do Sul) que significa – “pertencente ao rei”. Aplica-se quase com a significação de público. Campo, animal reiuno. – Realengo diz também – próprio de rei, ou que só se encontra entre os reis; confunde-se, portanto, com régio, e em muitos casos com reiuno. Presta-se, melhor que qualquer dos dois, a ser substantivado. Terra, terreno realengo = terreno pertencente à Coroa. Constância, grandeza, magnanimidade realenga. – Reguengo é também o que pertence ao patrimônio real, o que foi incorporado aos bens da Coroa. Terra, herdade reguenga (isto é – do trono, ou da coroa).

Real
1) Que diz respeito a reis (2Sm 8:18)

2) De verdade (At 12:9).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
II Samuel 12: 26 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Ora, pelejou Joabe contra Rabá, dos filhos de Amom, e tomou a cidade real.
II Samuel 12: 26 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

990 a.C.
H1121
bên
בֵּן
crianças
(children)
Substantivo
H3097
Yôwʼâb
יֹואָב
filho da irmã de Davi, Zeruia, e general do exército de Davi
(to Joab)
Substantivo
H3898
lâcham
לָחַם
lutar, combater, guerrear
(and fight)
Verbo
H3920
lâkad
לָכַד
capturar, tomar, apanhar
(and they took)
Verbo
H4410
mᵉlûwkâh
מְלוּכָה
o Reino
(the kingdom)
Substantivo
H5892
ʻîyr
עִיר
agitação, angústia
(a city)
Substantivo
H5983
ʻAmmôwn
עַמֹּון
de Amon
(of Ammon)
Substantivo
H7237
Rabbâh
רַבָּה
a principal cidade dos amonitas localizada a leste do Jordão
([is] in Rabbath)
Substantivo
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


בֵּן


(H1121)
bên (bane)

01121 בן ben

procedente de 1129; DITAT - 254; n m

  1. filho, neto, criança, membro de um grupo
    1. filho, menino
    2. neto
    3. crianças (pl. - masculino e feminino)
    4. mocidade, jovens (pl.)
    5. novo (referindo-se a animais)
    6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
    7. povo (de uma nação) (pl.)
    8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
    9. um membro de uma associação, ordem, classe

יֹואָב


(H3097)
Yôwʼâb (yo-awb')

03097 יואב Yow’ab

procedente de 3068 e 1; n pr m Joabe = “Javé é pai”

  1. filho da irmã de Davi, Zeruia, e general do exército de Davi
  2. um judaíta descendente de Quenaz
  3. uma família pós-exílica

לָחַם


(H3898)
lâcham (law-kham')

03898 לחם lacham

uma raiz primitiva; DITAT - 1104,1105; v

  1. lutar, combater, guerrear
    1. (Qal) lutar, combater
    2. (Nifal) entrar em batalha, fazer guerra
  2. (Qal) comer, usar como alimento

לָכַד


(H3920)
lâkad (law-kad')

03920 לכד lakad

uma raiz primitiva; DITAT - 1115; v

  1. capturar, tomar, apanhar
    1. (Qal)
      1. capturar, apanhar
      2. capturar (referindo-se a homens) (fig.)
      3. tomar (por sorteio)
    2. (Nifal)
      1. ser capturado
      2. ser pego (referindo-se a homens em armadilha, cilada) (fig.)
    3. (Hitpael) agarrar um ao outro

מְלוּכָה


(H4410)
mᵉlûwkâh (mel-oo-kaw')

04410 מלוכה m eluwkaĥ

particípio pass. de 4427; DITAT - 1199d; n f

  1. reinado, realeza, ofício real

עִיר


(H5892)
ʻîyr (eer)

05892 עיר ̀iyr

ou (no plural) ער ̀ar ou עיר ̀ayar (Jz 10:4)

procedente de 5782 uma cidade (um lugar guardado por um vigia ou guarda) no sentido mais amplo (mesmo de um simples acampamento ou posto); DITAT - 1587a,1615; n m

  1. agitação, angústia
    1. referindo-se a terror
  2. cidade (um lugar de vigilância, guardado)
    1. cidade

עַמֹּון


(H5983)
ʻAmmôwn (am-mone')

05983 עמון Àmmown

procedente de 5971; DITAT - 1642; n pr m Amom = “tribal”

  1. um povo que habitou na Transjordânia descendente de Ló através de Ben-Ami

רַבָּה


(H7237)
Rabbâh (rab-baw')

07237 רבה Rabbah

fem. de 7227; n. pr. l. Rabá = “grande”

  1. a principal cidade dos amonitas localizada a leste do Jordão
  2. uma cidade em Judá; localização incerta

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo