Enciclopédia de I Reis 14:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1rs 14: 11

Versão Versículo
ARA Quem morrer a Jeroboão na cidade, os cães o comerão, e o que morrer no campo aberto, as aves do céu o comerão, porque o Senhor o disse.
ARC Quem morrer a Jeroboão na cidade os cães o comerão, e o que morrer no campo as aves do céu o comerão, porque o Senhor o disse.
TB Quem morrer a Jeroboão na cidade, comê-lo-ão os cães; e quem lhe morrer no campo, comê-lo-ão as aves do céu, pois Jeová o disse.
HSB הַמֵּ֨ת לְיָֽרָבְעָ֤ם בָּעִיר֙ יֹאכְל֣וּ הַכְּלָבִ֔ים וְהַמֵּת֙ בַּשָּׂדֶ֔ה יֹאכְל֖וּ ע֣וֹף הַשָּׁמָ֑יִם כִּ֥י יְהוָ֖ה דִּבֵּֽר׃
BKJ Aquele que morrer de Jeroboão, na cidade, os cães comerão; e aquele que morrer no campo, as aves do céu comerão; porquanto o SENHOR o falou.
LTT Quem morrer dos de Jeroboão, na cidade, os cães o comerão, e o que morrer no campo as aves do ar o comerão, porque o SENHOR falou isto.
BJ2 Os membros da família de Jeroboão que morrerem na cidade serão devorados pelos cães; e os que morrerem no campo serão comidos pelas aves do céu.[j] É Iahweh quem o diz."
VULG Fecit pacem super terram, et lætatus est Israël lætitia magna.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Reis 14:11

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS REIS DE JUDÁ

930-701 a.C.
Voltamo-nos agora para os acontecimentos em Tudá, o reino do sul, cujo governo era centrado em Jerusalém. Os reis que ocuparam o trono de Davi depois de Roboão constituíram uma dinastia muito mais estável e duradoura do que os governantes de Israel, o reino do norte.

SISAQUE ATACA ROBOÃO
Roboão (930-913 a.C.) estava no trono há apenas cinco anos (em 926 a.C.) quando teve de enfrentar a grande invasão de Sisaque, rei do Egito. Sisaque levou embora alguns dos tesouros do templo e do palacio real, inclusive os escudos de ouro feitos por Salomão. O rei do Egito deve ser identificado com Shosheng (945-924 a.C.), o fundador da vigésima segunda dinastia.
Sisaque I deixou no templo de Amun, Karnak, um relevo com uma cena triunfal que traz o nome de várias cidades da Palestina permite fazer uma reconstrução detalhada de sua campanha. Uma estela quebrada com as cártulas distintivas de Shosheng 1 to1 encontrada em Megido.

ZERÁ ATACA ASA
Asa (910 869 a.C.), neto de Roboão, derrotou um exército invasor numeroso liderado por Zerá, o etiope (ou cuxita), no vale de Zefatà, próximo a Maressa.? Etiópia (ou Cuxe) era uma região que ia do sul de Assuâ no Egito até Cartum no Sudão. Zerá não ceve ser identificado com o rei contemporâneo do Egito, Osorkon I (924 889 a.C.), pois os nomes não podem ser equivalentes. Convém observar que o livro de Crônicas não chama Zerá de "rei" e, portanto, talvez ele fosse um comandante de Osorkon I. Uma vez que o rei já era idoso na época da campanha, pode ter preferido enviar um general para liderar expedição à Palestina.

A LINHAGEM DE DAVI É AMEAÇADA POR ATALIA
Apesar do Senhor ter prometido a Davi que sua linhagem seria estabelecida para sempre, houve um momento em que ela quase foi extinta. Jeorão (848-841 a.C.), rei de Judá, se casou com Atalia, filha do perverso rei Acabe (873-853 a.C.). Quando Jeú, o rei de Israel, matou Acazias, o filho de Jeorão, Atalia tomou o trono de Judá e se manteve no poder por seis anos (841-835 a.C.). Atalia exterminou todos da família real, exceto um filho de Acazias chamado Joás que ainda era bebè e ficou escondido no templo, sem conhecimento da rainha, durante os seis anos de seu reinado. O sumo sacerdote loiada liderou um golpe bem-sucedido contra a rainha Atalia e o menino Joás foi coroado em seu lugar.

UZIAS
Diz-se que Uzias (também chamado de Azarias) reinou 52 anos sobre Judá. Há evidências claras de que esse período incluiu uma co-regência com seu pai, Amazias, de 792 a.C.até a morte de Amazias em 767 .C. Semelhantemente, Jotão, filho de Uzias, foi regente com ele até a morte de Uzias em 740 a.C. De acordo com o registro bíblico, Uzis reconstruiu Elate, no golfo de Ácaba, derrotou os filisteus e árabes, construiu torres no deserto, cavou cisternas, aumentou o potencial agrícola da terra e desenvolveu máquinas para atirar flechas e pedras grandes. Não se sabe ao certo se tais máquinas eram catapultas (que, de acordo com o escritor grego Diodoro Sículo," foram inventadas apenas em 399 .C.) ou se eram construções especiais sobre os muros e torres que permitiam aos defensores atirar pedras na cabeça dos soldados atacantes. O retrato positivo de Uzias apresentado pelos livros de Reis e Crônicas é contrabalançado com a revelação de que, depois de oferecer incenso sem autorização no templo do Senhor, Uzias foi acometido de uma doença de pele grave, traduzida de forma tradicional, porém anacrônica, como "lepra". Uzias se mudou para uma casa afastada e permaneceu excluído do templo até o final de sua vida. Entrementes, seu filho Jotão governou como regente.

ACAZ
Acaz (735-715 .C.), rei de Judá, é lembrado especificamente por sua perversidade. "Andou no caminho dos reis de Israel e até queimou a seu filho como sacrifício, segundo as abominações dos gentios, que o Senhor lançara de diante dos filhos de Israel" (2Rs 16:3). Tratamos anteriormente de como Acaz lidou com a ameaça de Peca, rei de Israel, pedindo ajuda a Tiglate-Pileser III (746-727 a.C.), rei da Assíria. Além de colocar um novo altar no templo do Senhor, Acaz remove os painéis laterais e as bacias dos suportes móveis de bronze que Salomão havia feito para o templo, tirou o "mar de fundição" de cima dos bois de bronze, colocando-o sobre uma base de pedra, e remove também o passadiço coberto que se usava no sábado e a entrada real do templo. Os profetas contemporâneos 1saías e Miquéias descrevem superstições e práticas pagas abomináveis.

A AMEAÇA ASSÍRIA SOB SARGÃO Il
Vimos que Samaria, a capital do reino do norte, foi tomada pelos assírios em 722 .C. Depois de organizar a deportação dos israelitas de Samaria, o novo rei assírio, Sargão II (722-705 a.C.), avançou para o sul pela planície costeira em 720 a.C., conquistando Gaza e, talvez, Ecrom e Gibetom. Em 712 a.C., Sargão enviou seu turtanu, ou comandante supremo, para reprimir uma rebelião na cidade costeira de Asdode. Um estela fragmentária erigida pelo comandante supremo de Sargão Il foi encontrada em Asdode. O profeta Isaías valeu-se da captura de Asdode para advertir o povo contra a confiança no Egito como um aliado contra a ameaça crescente da Assíria. E os assírios viriam a ameaçar a própria existência do reino de Judá nos acontecimentos marcantes do ano de 701 a.C., tema dos próximos dois capítulos.
invasões contra Judá entre 926-712 a.C. O reino de Judá foi -invadido várias vezes pelo sul por Sisaque, rei do Egito, e por Zera, o cuxita. Pelo norte, foi invadido por Sargão, rei da Assíria, e seu tartà ou comandante supremo
invasões contra Judá entre 926-712 a.C. O reino de Judá foi -invadido várias vezes pelo sul por Sisaque, rei do Egito, e por Zera, o cuxita. Pelo norte, foi invadido por Sargão, rei da Assíria, e seu tartà ou comandante supremo
expansão do Império Assírio em c. 850-650 a.C. A Assíria tornou-se a principal potência no Oriente Próximo. Estabeleceu um império por todo o crescente fértil e conquistou até o Egito por um breve período.
expansão do Império Assírio em c. 850-650 a.C. A Assíria tornou-se a principal potência no Oriente Próximo. Estabeleceu um império por todo o crescente fértil e conquistou até o Egito por um breve período.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Reis Capítulo 14 do versículo 1 até o 31

4. A Esposa de Jeroboão Visita Aías (14:1-16)

Em seu relacionamento com esse profeta em particular, o rei de Israel às vezes se encontrava em uma situação comparável àquela em que o marido fala em tom de brinca-deira sobre sua esposa: "Ruim com ela; pior sem ela". Isso também se aplica ao relaciona-mento de Jeroboão com Aías. Aparentemente, os dois nada tinham em comum, mas, em tempos de necessidade, o rei ia novamente em busca do profeta.

  1. Jeroboão envia sua esposa a Siló (14:1-3). Siló (2), ou a moderna Seilun, ficava a aproximadamente 14 quilômetros ao norte de Betel e era a terra natal de Aias, o profe-ta (cf. 11.29).0 fato de ele ter ali a sua residência sugere que Siló era uma cidade de profetas. Essas localidades são mencionadas posteriormente em conexão com os minis-térios de Elias e Eliseu (2 Rs 2). Mesmo que assim não fosse, ela era certamente uma cidade com história religiosa, pois servira como sede intermitente do Tabernáculo (cf. Js 18:1-21.2; 1 Sm 1.3). A decisão de Jeroboão de procurar a ajuda de Aias estava baseada no apoio recebido desse profeta no passado — que disse que eu seria rei sobre este povo (2). Entretanto, o fato de ter mandado sua esposa se disfarçar e levar um presente que qualquer pessoa comum poderia oferecer mostra que ele sabia que Aias não estava contente com a maneira como ele se conduzia desde que se tornara rei. A palavra pães (3) pode ser traduzida como "alguns bolos".
  2. Notícias de Aias para a mulher de Jeroboão (14:4-16). Embora Aias estivesse quase completamente cego, ele sentiu, através da ajuda de Deus, que a mulher de Jeroboão vi-nha visitá-lo (4,5), e sua simpatia por ambos está refletida em suas palavras de saudação: "Pois eu sou enviado a ti com duras novas" (6). Entretanto, ele não permitiu que sua simpatia comprometesse a mensagem do Senhor que lhes deveria transmitir. (a) Jeroboão fazia parte dos planos do Senhor para ser um instrumento contra a casa de Davi, e Deus já havia preparado para ele um importante papel político (7,8; cf. 11:30-38). (b) Jeroboão tirara vantagem da situação e reivindicara indevidamente sua posição; era culpado dos atos mais graves de desobediência perante Deus. "E me lançaste para trás de tuas costas" (9) é uma expressão de extremo desdém. (c) A casa de Jeroboão seria destruída até o último descendente'. Tanto o escravo como o livre em Israel (10) se refere tanto aos presos como aos livres. Quem morrer a Jeroboão (11), qualquer um que pertencer a Jeroboão e que morrer. (d) O filho de Abias irá morrer e todo o Israel o pranteará (13) porque ele sucederia Jeroboão no trono. (e) Outro rei para Israel (14, outra dinastia) se levantaria para substituir Jeroboão. A frase aparentemente vaga: "mas que será tam-bém agora?" (14) pode significar "hoje, e de agora em diante". (f) A religião e a influência de Jeroboão causariam resultados tão nefastos que, por fim, o povo de Israel seria levado para o exílio, para além do rio (15, ou rio Eufrates). Jeroboão poderia ter alcançado um lugar de grande proeminência se tivesse agido em conformidade com a vontade de Deus. Entretanto, sua desobediência colocou um ponto final na oportunidade de sua casa conti-nuar a governar o Reino do Norte e traria o castigo divino tanto para o seu lar como para o povo de Israel. Nenhum homem pode restringir a si mesmo as conseqüências de seus atos iníquos. Jeroboão, o qual pecou (16), também fez pecar a Israel.

5. Explicações Resumidas sobre o Reinado de Jeroboão (14:17-20)

A mulher de Jeroboão retornou a Tirza (17), cidade que era então a capital do reino do Norte, a aproximadamente 40 quilômetros de Siló. Depois da morte e do sepultamen-to de seu filho (18), ficou claro que o falecimento de Jeroboão não demoraria. Ele foi sucedido por seu outro filho, Nadabe (20). Ele reinara durante vinte e dois anos como o primeiro rei de Israel'.

C. O FINAL DO REINADO DE ROBOÃO (931-913 a.C.), 14:21-31

Nessa passagem, o material foi selecionado do Livro das Crônicas dos Reis de Judá (29). Eles foram obtidos de acordo com a estrutura literária que o historiador emprega repetidamente desse ponto em diante. Nessa estrutura foram incluídos o nome e a idade dos reis, assim como a duração de seu reinado. Um detalhe que nem sempre aparece no prólogo é que a cidade de Jerusalém, depois da época de Salomão, seria sem-pre identificada como o lugar do Templo (21). O nome da rainha mãe aparece muitas vezes; nesse exemplo, sua identidade como amonita fornece alguma explicação para o drástico abandono de Roboão de uma adoração aceitável a Deus.

1. Apostasia e Idolatria de Roboão (14:22-24, cf. 2 Cron 11:5-12,8)

Um relato completo sobre o reinado de Roboão pode ser encontrado no segundo livro de Crônicas, que menciona a construção das cidades fortes e da afluência de sacerdotes do Reino do Norte, e também o fato de Jerusalém ter sido poupada da destruição por causa do arrependimento do rei e do príncipe.

A expressão "tal pai, tal filho" pode ser aplicada a Roboão como sucessor do trono de Judá. Seu reino foi não só a continuação da religião idólatra de Salomão como, pelo menos em grande parte, também um desenvolvimento desse culto.

Sobre o Senhor, foi dito que Judá provocou o seu ciúme (ou zelo; 22). Essa frase pode ser comparada à expressão provocando o Senhor à ira (15) que é freqüentemente repetida nos livros dos Reis (15.30; 16.7; 21.22; cf. Dt 4:25-9.18). Ela transmite a idéia de que Deus se irou porque os pecados de Judá representavam uma ofensa ao seu caráter de santidade. A expressão: o provocaram a zelo também pode ser traduzida como "provo-cou-o a uma ação zelosa" (cf. Is 9:7, onde a frase "zelo do Senhor" é usada em uma expres-são junto a um substantivo que tem a mesma raiz do verbo traduzido como "provocou à ira" — QN'). Essa expressão acentua a preocupação de Deus com o seu nome e a sua causa.

Sob o governo de Roboão as características mais notáveis da religião dos cananeus tiveram lugar juntamente com a adoração a Deus, ou mediante a exclusão desta — luga-res altos (23), imagens (pilares), bosques (ou postes-ídolos) e sodomitas (24; prosti-tuição masculina). Todas essas características da religião dos cananeus eram chamadas de abominações (24).

Talvez algumas palavras possam estabelecer a diferença entre o relato do reinado de Roboão em Reis e o mesmo relato em Crônicas. Por que o historiador de Reis omitiu as informações sobre o arrependimento de Roboão e o resultado menos severo das conseqüên-cias da invasão de Sisaque? Talvez o historiador não tenha enxergado no arrependimen-to de Roboão e de seus oficiais a mesma importância que o cronista observou. Ele parece não ver o assunto com bons olhos, pois esses fatos não levaram a uma reforma. Asa, depois de Abias (ou Abião), teve que fazer essas mudanças alguns anos depois do término do reinado de Roboão.

2. A Invasão de Sisaque (14:25-28; cf. 2 Cron 12:9-12)

No quinto ano (25) do reinado de Roboão, a nação de Judá foi invadida por Sisaque, rei do Egito. A menção desse fato, depois da descrição da idolatria, indica que o histori-ador considerava essa invasão um aspecto do castigo sobre Judá. A explicação em Crônicas é que o castigo não foi tão severo como deveria, caso Roboão e os seus príncipes não tivessem se arrependido. Parece existir uma sugestão em Reis de que, embora essa expe-riência devesse tê-lo levado a adotar medidas corretivas, isso não aconteceu. O historia-dor deixa aparentemente implícito que as condições pecaminosas prevaleceram durante todo o reinado de Roboão.

  1. O relato bíblico. Sisaque invadiu Judá, subiu contra Jerusalém e tomou os tesou-ros da casa do Senhor e todos os escudos de ouro da "casa do bosque do Líbano" (cf. 10.16,17). Não está claro se isso aconteceu depois de um breve combate entre os dois exércitos, ou após algum acordo que aconteceu depois da conquista das remotas cidades fortificadas (2 Cr 12:2-4). Também não está claro se isto significava ou não que Judá se tornara uma nação vassala de Sisaque. Roboão substituiu os escudos de ouro pelos de bronze e estes foram usados pela guarda real para aumentar a pompa quando o rei entrava no Templo.

Os versículos 21:28 fornecem uma notável ilustração da "forma sem essência". (1) Os escudos de ouro foram perdidos por causa do pecado, 21-26; (2) A religião substituta ficou no lugar da verdadeira, 27; (3) A imitação é tão inferior à verdade como o latão é inferior ao ouro puro, 27; (4) Alguma forma de santidade ainda pode ser mantida quando se perde a verdade, 28.

  1. O relato de Sisaque em Karnak. O Sisaque mencionado na Bíblia pode ser identi-ficado com o rei Sesonque I (945-924 a.C.), fundador da 21á Dinastia do Egito. Ele gover-nou em Bubastis (Pi-Besete em Ez 30:17) e deixou um relato sobre a campanha palestina na parede do famoso Templo de Karnak construído junto ao rio Nilo, na moderna cidade de Luxor. Seu relato é, em grande parte, uma inscrição em baixo relevo que mostra o deus Amun à frente de pelo menos 156 prisioneiros asiáticos, provavelmente israelitas. O nome inscrito no quadro oval abaixo da cabeça e dos ombros de cada prisioneiro é da cidade palestina aparentemente capturada por Sisaque. Algumas das localidades men-cionadas são Taanaque, Bete-Seã, Gibeão, Bete-Horom, Megido e Soá'. Esse registro confirma o relato bíblico sobre a invasão egípcia e mostra, também, que o historiador omitiu muitos detalhes de considerável importância política. Mas, como é muitas vezes corretamente observado, o seu desejo não era fazer um relato completo da história secular.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Reis Capítulo 14 do versículo 1 até o 31
*

14:1

adoeceu Abias, filho de Jeroboão. As pessoas, nos tempos do Antigo Testamento, algumas vezes procuravam os profetas para curarem suas enfermidades (2Rs 4:18-22; 5.1-14) ou para predizer a sorte de alguém que estava enferma (2Rs 1:2-4; 8:8).

* 14:2

disfarça-te. Jeroboão, segundo parece, temia o profeta, e pensou que seu filho seria melhor tratado se não aparecesse associado com ele, seu pai.

* 14:3

Leva contigo dez pães. A esposa de Jeroboão devia levar consigo esses presentes, apropriados para um cidadão comum, mas não para a realeza (1Sm 9:6-8; 2Rs 5:15; 8:8), a fim de parecer agradável para Aías.

* 14:11

cães o comerão... as aves do céu. Ver Dt 28:26. Tais maldições eram típicas do mundo antigo, incluindo Homero (Ilíada 1.4).

* 14:15

arrancará a Israel desta boa terra. A possibilidade de exílio como castigo pela apostasia aparece na aliança mosaica (Dt 28:63,64; 29:28), no discurso de despedida de Josué (Js 23:15,16) e na oração de Salomão no templo (8.33,34,46-53).

postes-ídolos. Provavelmente figuras esculpidas da deusa cananéia, Aserá, uma consorte de Baal (Êx 34:13; Dt 12:3; Jz 3:7).

* 14:17

Tirza. Tirza ficava a 22,5 km a oeste do rio Jordão, na metade do caminho entre Jerusalém e o mar de Quinerete (Galiléia). Era ali que Jeroboão rendia, e mais tarde tornou-se a capital de Israel (15.33), até que Onri edificasse a cidade de Samaria (1Rs 16:24).

chegando ela ao limiar da casa. A morte de Abias era uma indicação de que as demais profecias de Aías também teriam cumprimento (v. 18).

* 14:19

mais atos de Jeroboão. O autor sagrado não pretendia escrever um relato exaustivo sobre o reinado de Jeroboão. Antes, ele escreveu o que considerava importante para seus leitores conhecerem (Introdução: Características e Temas).

livro da História dos Reis de Israel. Ver nota em 11.41 e Introdução: Autor.

* 14:20

vinte e dois anos. Ou seja de 930 a 909 a.C.

* 14.21-31

Esses versículos resumem o reinado de Roboão, filho e imediato sucessor de Salomão. Seu reinado foi marcado por uma idolatria e por uma imoralidade crescentes, a perda de tesouros para o rei do Egito, e uma guerra contínua com Jeroboão.

* 14:21

Roboão. O autor sagrado mudou a sua atenção para o reino do sul, registrando eventos que coincidem cronologicamente aos acontecimentos do reino do norte.

dezessete anos. Isto é, de 930 a 913 a.C.

* 14:22

Judá. A Septuaginta (tradução do Antigo Testamento grego) diz "Roboão" em lugar de "Judá" (conforme 2Cr 12:14, que diz "ele fez o que era mau").

* 14:23

altos. Ver nota em 3.2.

Colunas. Basicamente eram pedras levantadas no solo. Muitas dessas pedras sagradas eram usadas pelos cananeus, em sua adoração. Tais colunas eram proibidas pela lei de Israel (Êx 23:24; Lv 26:1; Dt 12:3; 16:22).

Postes-ídolos. Ver nota no v. 15.

debaixo de todas as árvores verdes. Atividades religiosas que ocorriam perto de certas árvores, nos dias do Antigo Testamento, eram consideradas dotadas de significação especial (Dt 12:2; 2Rs 17:10; Is 57:5; Jr 2:20; Ez 6:13; Os 4:13).

* 14:24

prostitutos-cultuais. Os cananeus acreditavam que a prostituição ritual (ver referência lateral) ajudava a garantir a fertilidade da terra, dos rebanhos e das pessoas. Essa prática, porém, era proibida em Israel (Dt 23:17,18; 1Rs 15:12; 22:46; 2Rs 23:7 e Os 4:14).

* 14:25

Sisaque. Ele é o fundador da vigésima segunda dinastia do Egito, e começou a reinar em 945 a.C. De conformidade com fontes egípcias, incluindo um fragmento de uma inscrição relatando campanha de Sisaque, Sisaque também invadiu Israel e infligiu uma destruição generalizada.

* 14:26

tomou os tesouros. Isto é, os tesouros guardados no templo pelo rei Salomão (1Rs 7:51).

* 14:27

escudos de bronze. O reino independente de Judá era pequeno e pobre demais para repor os paveses de ouro de Salomão.

* 14:29

livro da História dos Reis de Judá. Ver nota em 11.41.

* 14:30

guerra... todos os seus dias. Pequenos atritos de fronteira ou guerras plenas entre Israel e Judá caracterizaram a história primitiva da monarquia dividida (1Rs 12:24; 14:19; 15:6; 13 1:14-13.20'>2Cr 13:1-20).

* 14:31

Naamá... amonita. Roboão nasceu de um dos casamentos de Salomão com mulheres estrangeiras (11.1).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Reis Capítulo 14 do versículo 1 até o 31
14:10, 11 Estes desastres foram aplicações práticas para o Israel dos ensinos específicos do Deuteronomio (veja-se Dt 28:15-19, Dt 28:36-68; Dt 30:15-20). Ahías está profetizando a queda do Israel por sua flagrante violação dos mandamentos de Deus.

14:14 Quem era este rei que destruiria a casa do Jeroboam? Seu nome era Baasa e mataria a todos os descendentes do Jeroboam (15.27-30).

14:15 "Imagens da Asera" se refere a adoração de ídolos. faziam-se imagens de madeira para a adoração da Asera, uma deusa dos cananeos.

14:19 Em 1 e 2 Rseis se mencionam três livros: o livro das histórias dos reis do Israel (14.19), as crônicas dos reis do Judá (14.29), e o livro dos fatos do Salomão (11.41). Estes livros eram registros históricos do Israel e Judá e eram as principais fontes de material com o que Deus dirigiu ao autor para escrever 1 e 2 Rseis. Não se encontraram cópias destes livros.

14:23 "Estátuas" eram pilares de pedra colocados ao lado de um altar pagão. supunha-se que estes pilares representavam uma deidade.

14:25 Quando Roboam subiu ao poder, herdou um reino poderoso. Tudo o que tinha querido alguma vez o tinha à mão. Mas aparentemente não reconheceu o porquê tinha tanto ou como tinha sido obtido. Para ensinar uma lição ao Roboam, Deus permitiu que o rei Sisac do Egito invadisse Judá e Israel. Egito já não era a potência mundial que fora alguma vez, e Sisac, possivelmente ressentido com o enorme êxito do Salomão, estava determinado a trocar isso. O exército do Sisac não era o suficientemente forte para destruir Judá e Israel, mas os debilitou tanto que nunca voltaram a ser os mesmos.

14:25, 26 Só cinco anos depois da morte do Salomão, o templo e o palácio foram saqueados por invasores estrangeiros. Quão rápido desapareceram a glória, o poder e o dinheiro! Quando o povo chegou a ser espiritualmente corrupto e imoral (14.24), só passou muito pouco tempo até que o perderam tudo. Suas riquezas, idolatria e imoralidade tinham chegado a ser mais importantes para eles que Deus. Quando retiramos a Deus de nossas vidas, todo o resto se volta inútil, sem importar quão valioso pareça.

O ATRATIVO DE IDO-OS

Vista-las dos reis não têm um sentido verdadeiro. Como puderam correr para a idolatria se tinham a Palavra de Deus (ao menos parte dela), profetas e o exemplo do Davi? Aqui mostramos algumas das razões da tentação dos ídolos:

PODER

O atrativo dos ídolos: O povo queria liberdade da autoridade tanto de Deus como dos sacerdotes. Queria que a religião encaixasse em seu estilo de vida, não que seu estilo de vida encaixasse na religião.

Paralelo moderno: As pessoas não querem responder a uma autoridade superior. Em vez de ter poder sobre outros, Deus quer que tenhamos o poder do Espírito Santo, para ajudar a outros.

PRAZER

O atrativo dos ídolos: A idolatria exaltava a sensualidade sem alguma responsabilidade ou culpabilidade. A gente imitava as personalidades viciosas e sensuais dos deuses que adoravam, assim obtinham aprovação por sua vida degradada.

Paralelo moderno: A gente deifica o prazer, e o busca a qualquer preço. Em vez de procurar prazer, que leva a larga a um grande desastre, Deus nos chama a procurar a classe de prazer que nos leva a larga a grandes recompensa.

PASION

O atrativo dos ídolos: A humanidade se viu reduzida a algo pouco mais que animais. A gente não tinha que ser vista como indivíduos únicos, mas sim podiam ser explorados sexual, política e economicamente.

Paralelo moderno: Assim como animais, as pessoas permitem que seus impulsos físicos e paixões os governem. Em vez de procurar a paixão que explora a outros, Deus nos chama para que voltemos a dirigir nossas paixões para áreas que edifiquem a outros.

LOUVOR E POPULARIDADE

O atrativo dos ídolos: A grandeza e santidade de Deus foi substituída por deuses que eram um reflexo mais da natureza humana, portanto muito mais adequados culturalmente para a gente. Estes deuses já não requeriam sacrifícios, só uma amostra de apaziguamento.

Paralelo moderno: O sacrifício é visto como um castigo infligido, que não tem sentido. deve-se procurar o êxito a toda costa. Em vez de procurar o louvor por nós mesmos, Deus nos chama a que o elogiemos ao e que consideremos a aqueles que o honram.

Quando as sociedades trocam, desprezam normas e valores que já não consideram necessários nem aceitáveis. Os crentes devem tomar cuidado ao seguir o exemplo da sociedade se esta descartar a Palavra de Deus. Quando a sociedade faz isso, só permanecem o ateísmo e o mal.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Reis Capítulo 14 do versículo 1 até o 31

um. A Ocasião (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Reis Capítulo 14 do versículo 1 até o 31
C O julgamento de Deus (14:1-20)

Abias era jovem quando teve uma doença fatal (seu pai reinava havia 22 anos), e é claro que o rei ficou preocupado em não ter um filho para sucedê-lo no trono. Jeroboão não podia buscar ajuda de seus falsos deuses e, portanto, voltou-se para o profeta Aías em busca de orientação. Esse profeta fora quem primeiro dis-sera a Jeroboão que ele seria o novo rei. O rei não ousava ir pessoalmente à procura de Aías e, assim, enviou a esposa usando um disfarce. Mas o profeta cego via mais com seus olhos espirituais que Jeroboão com seus olhos físicos. Aías expôs o disfarce da mulher e mandou uma mensa-gem de julgamento ao rei perverso. A mensagem era verdadeira: a rainha voltou para casa e, quando entrou no palácio, seu filho morreu. Trágico foi o fato de Jeroboão desviar-se do Se-nhor, pois ele poderia ter conduzido as dez tribos para que recebessem glórias e bênçãos magníficas. Em vez de fazer isso, seu legado foi esse exemplo terrível para que outros reis o seguissem.

  1. O declínio de Judá (14:21—15:24)
  2. Roboão (14:21-31)

Esse filho perverso de Salomão con-duziu, por 17 anos, o povo a peca-dos terríveis. Ele, em vez de seguir a Lei do Senhor, seguiu o padrão das nações pecaminosas que Israel der-rotou. Deus puniu-o ao fazer o Egi-to derrotar a nação. O povo perdera seus valores espirituais, e os caros escudos de ouro foram substituídos por baratos escudos de bronze. Pa-recia que as coisas continuavam do mesmo jeito, mas o Senhor sabia que esse não era o caso.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de I Reis Capítulo 14 do versículo 1 até o 31
14.1 Abias. Este nome vem da palavra hebraica Abijah, que significa "Deus é meu Pai”. Duvida-se que Jeroboão tivesse motivos sinceros para dar esse nome a seu filho. Em vista do que lemos sobre este rei em 13 33:14-9, não se pode atribuir-lhe uma verdadeira fé religiosa. É semelhante ao caso dos pais que dão ingenuamente (levianamente) o nome de "João" a seu filho recém-nascido, não sabendo que esse nome significa "Deus é misericordioso". Assim acontece com muitos nomes bíblicos.

14.2 Disfarça-te. É claro que Jeroboão já perdera qualquer apoio da parte de Aías (11:29-39), por causa da sua apostasia. Se o rei pensava poder disfarçar-se perante os servos de Deus, é porque já havia perdido todo e qualquer discernimento religioso. Se Deus conhece o íntimo do Coração (1Sm 16:7), e inspira Sua vontade aos profetas (Jl 3:7), as artimanhas humanas não têm nenhum valor.

14.3 Menino. A palavra hebraica na ar traduz-se melhor pela palavra "rapaz", em se tratando de um adolescente.

14.11 Os cães o comerão. A maldição sobre a casa de Jeroboão foi completa, pois considerava-se uma calamidade moral o não receber, na morte, os devidos funerais (13.22; Jr 16:6). Era um sinal de total abandono dos parentes mais próximos, a quem cabia o cuidado dos funerais.

14.15 O espalhará para além do Eufrates. Este cativeiro, com a dispersão do povo, aconteceu no ano 721 a.C., quando os assírios invadiram a Israel (2Rs 17:3-12). Judá, com Jerusalém, foi milagrosamente preservada, para subsistir mais um século e meio. Das tribos do norte nunca se descobriram os descendentes, que sumiram das páginas da história humana. Postes-ídolos. A palavra hebraica é asherim. A Bíblia não define exatamente o que seriam, apenas dizendo deviam ser cortadas, derrubadas e queimadas (Dt 7:5), Tinham alguma relação a Ashera, uma deusa dos cananitas. Entende-se que se trataria de algum poste de madeira (provavelmente esculpido) para o culto que era oferecido àquela deusa da fertilidade. Era um tropeço para os israelitas.

14.19 Livro da História dos Reis. Deve ser o arquivo real do reina do norte e não o livro das Crônicas, que descreve um relatório mais breve da vida de Jeroboão (2Cr 10:16-14).

14.24 Prostitutas cultuais. As práticas homossexuais eram comuns em Sodoma e em Gomorra (Gn 19:4-14); não se trata, portanto, de um pecado recente. Neste caso, porém, trata-se de prostitutas que serviam no culto cananeu. No paganismo, os piores pecados faziam parte da liturgia oficial dos templos!

14.25 Sisaque. Esta invasão, descrita com mais pormenores em 2Cr 12:2-14, fora vitoriosa, apesar das fortalezas e arsenais que Roboão preparara (2Cr 11:5-14). As nações modernas devem compreender que os armamentos militares não têm poder para proteger o estado (ou cidade) que cai na corrupção moral.

14.29 Podemos ler em 2Cr 12:12 que o rei se arrependera, ao menos em parte, antes de morrer.

14.31 Naamá. Duas vezes, neste capítulo aparece o nome da mãe de Roboão (21). Nas cortes orientais, a rainha-mãe gozava do mais alto respeito e às vezes exercia uma grande influência política (2.19). Daí o costume de registrarem seus nomes ao longo destes livros históricos.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de I Reis Capítulo 14 do versículo 1 até o 31
Ao enviar a mulher para Aías em Siló (14.2), demonstrou a superstição de um homem angustiado, o gosto de um governante por um pequeno presente: dez pães... (v. 3) e o disfarce ilógico de um enganador contumaz: Use um disfarce (v. 2). Aías, agora já idoso e cego (v. 4), destrói o disfarce e transmite a sua mensagem de condenação, desta vez sem raio algum de esperança. Em Siló, ele estava próximo da tradição de Samuel e do santuário mais antigo de Israel. Ele havia falado contra o desvio de Salomão para a idolatria diplomática e agora estava falando mais severamente contra o uso deliberado da religião por parte de Jeroboão para animar um regime instável. A nova mensagem de condenação incluiu a declaração: e os espalhará para além do Eufrates, e a causa aqui é religiosa (v. 9,15). Os Profetas Posteriores trataram e desenvolveram as conseqüências sociais e morais do declínio religioso. A condenação é selada pela morte de Abias no momento em que sua mãe volta a Tirza (v. 17). v. 18. todo o Israel chorou por ele, num pressentimento pesaroso pela nova dinastia, visto que Abias era aparentemente o primeiro filho e herdeiro do trono. Assim, Nadabe se tornou rei após a morte de Jeroboão (v. 20).

O veredicto contra Roboão (14:21-29)
A história que foi interrompida em 12.24 é retomada para dar o veredicto contra o reinado de Roboão e para incluir mais alguns incidentes, v. 21. Sua mãe [...] chamava-se Naamá: o nome é dado, refletindo a posição que a rainha-mãe desfrutava no Reino do Sul (não mencionado com relação aos reis do Norte, visto que os princípios hereditários eram menos importantes), v. 22. Judá fez, o que o Senhor reprova: a LXX traz: “Roboão” no lugar de Judá, especificando a responsabilidade do rei pelo mal (como 15.26,34). Segundo Crônicas 11 e 12 nos dá mais detalhes e faz menção de um bom começo atrapalhado por apostasia posterior. Os pecados citados são religiosos: altares idólatras, colunas sagradas e postes sagrados sobre todos os montes eram as marcas dos cultos pagãos dos cananeus condenados em Dt 12:1-5, que incluíam a prostituição ritual associada às religiões da natureza. Ironicamente, o termo hebraico para prostitutos cultuais (v. 24) é derivado da palavra “santo” (qadesh). As religiões da natureza definem santidade como alguém ou algo ser “separado” para o ritual.

A religião hebraica batalhou incessantemente por um elemento moral como também ritual na santidade.
A invasão de Sisaque (v. 25), vista como retribuição divina em 2Cr 12:0,Pv 23:5). O Norte, com maior potencial agrícola, recuperou-se mais rapidamente do que Judá.

O incidente da substituição dos escudos de ouro pelos escudos de bronze (v. 26,27) mostra a continuação do cerimonial em que o rei tinha uma parte importante, mas com a conotação clara de que era uma imitação de mau gosto do esplendor de Salomão. Talvez Roboão nunca tenha vencido as ilusões de grandeza que aprendeu como filho do resplandecente harém. A guerra [...] entre Roboão e Jeroboão (v. 30) era antes um “estado de guerra” marcado por escaramuças de fronteira e desconfianças mútuas, um estado que persistiu até que a pressão da Assíria tornou o acordo uma necessidade política 50 anos mais tarde (15.7,16).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de I Reis Capítulo 14 do versículo 1 até o 20
1Rs 14:1

2. PRINCIPIA A CUMPRIR-SE A SENTENÇA QUE PESAVA SOBRE A CASA DE JEROBOÃO. (1Rs 14:1-11). Numa época não especificada do reinado de Jeroboão, Abias, o herdeiro presuntivo, adolescente prometedor (13,18), cai gravemente doente. Disfarça-te (2); é óbvio que Aías rompera com Jeroboão devido à política religiosa que este adotara. O primitivismo da religião de Jeroboão sobressai aqui em toda a sua crueza. Ele pensava que enganando o profeta de Jeová poderia enganar o próprio Jeová. Menino (3); o heb. na’ar aplica-se a qualquer pessoa não perfeitamente integrada na sociedade. Aplica-se a um escravo de qualquer idade ou a alguém demasiado jovem para casar e constituir família. No presente contexto é mais provável que signifique um adolescente, já perto da idade adulta do que uma criança para a qual existiriam outras palavras. Fizeste outros deuses (9). Ao dar a seu filho o nome de Abias, Jeroboão professara adorar a Jeová; mas para o profeta a sua religião não passava de idolatria e culto a outros deuses (ver apêndice I). Tanto o encarcerado como o desamparado; frase de sentido incerto. Não ser sepultado (11) era considerado o pior dos castigos. Trata-se de uma concepção enraizada nas primitivas idéias que se tinham acerca dos mortos. Mas que será também agora? (14); o sentido apresenta-se-nos um tanto obscuro; é possível que esteja certa a conjectura que preside à seguinte versão: "a partir de agora o Senhor ferirá..." O rio (15); deveria escrever-se a palavra com maiúscula; trata-se, como sempre, do Eufrates. Bosques (15); substitua-se esta palavra por Aserim; sobre o significado da palavra, consulte-se o comentário ao versículo 23.

>1Rs 14:19

3. SUMÁRIO DO REINADO DE JEROBOÃO (1Rs 14:19-11). Como guerreou (19); ver 1Rs 14:30; 2Cr 13:2-14.


Dicionário

Aves

fem. pl. de ave

a·ve 1
(latim avis, -e)
nome feminino

1. [Zoologia] Animal vertebrado, ovíparo, de respiração pulmonar, sangue quente, pele coberta de penas. (Os membros posteriores servem-lhe para andar e os anteriores, ou asas, para voar; tem bico córneo e desdentado.)

2. Figurado Pessoa que aparece numa terra e tem ali pouca demora.

3. Vagabundo.


ave de arribação
Ornitologia A que muda de região em certas épocas do ano.

ave de mau agouro
Ave que, por superstição, se crê ser presságio de desgraça ou fatalidade.

Figurado Pessoa a cuja presença se associa, por superstição, o prenúncio de desgraça ou fatalidade.

ave de rapina
Ornitologia Ave carnívora de bico curto e adunco e garras fortes. = RAPACE

Pessoa com grande ambição, que não olha a meios para atingir o que quer.

ave rara
Pessoa ou coisa com características originais e pouco frequentes.


ave |àvé| 2
(palavra latina)
interjeição

Expressão designativa de saudação, de cumprimento. = SALVE


As aves achavam-se divididas em animais limpos e imundos na Lei de Moisés. As aves imundas, que por isso mesmo não podiam servir de alimento, eram aquelas que se alimentavam de carne, peixe e animais mortos. As que se alimentavam de insetos, de grãos e de fruta eram ‘animais limpos’. Esta classificação pode, facilmente, concordar com as idéias modernas sobre o assunto. outra cláusula da lei judaica proibia que se tirasse do ninho a ave-mãe, embora os seus filhinhos ou os seus ovos pudessem dali ser levados. Há várias referências aos hábitos das aves. Jeremias (8,7) fala da chegada da cegonha, do grou e da andorinha – e em Cantares de Salomão (2.11,12) o canto das aves e a voz da rola são anunciativos da primavera. Em Ec 12:4 acha-se esta expressão, ‘a voz das aves’: é a do rouxinol, que existe em grande número ao longo das margens do Jordão e na vizinhança do mar Morto. Canta muito bem, e é uma ave que facilmente se domestica. Tais aves são muito procuradas no oriente, e há uma referência a este costume em Jó (41.5): ‘Brincarás com ele, como se fora um passarinho?’ A grande maioria das aves que se encontram na Palestina, pertence à classe das aves de arribação. Nos lugares mais baixos do vale do Jordão acham-se aves subtropicais, que não se vêem nas regiões mais ao norte. Além destas, há umas quinze espécies peculiares à Palestina. As aves eram muito empregadas como alimento pelos habitantes da Terra Santa, e ainda o são hoje. Nos tempos primitivos eram elas apanhadas principalmente por meio de redes e armadilhas (Sl 124:7Pv 7:23) – mas atualmente são caçadas com a espingarda nos arrabaldes de Jerusalém. outro sistema de caçar aves, principalmente perdizes e abetardas, consiste em arremessar uma pequena vara. A uma caça deste gênero faz-se alusão em 1 Sm 26.20. Em uma única passagem menciona Bildade quatro diferentes métodos de apanhar aves (18:8-10). Aves marítimas e aves aquáticas são raras na Palestina – mas aves de presa, como abutres, açores, etc., são numerosas, e há muitas referências a elas na Bíblia. No livro de Deuteronômio (32,11) diz-se que Deus ensinou israel como a águia ensina os filhos. (*veja Águia.)

Campo

substantivo masculino Território ou área plana; planície, prado.
Extensão de terra cultivável: campo de trigo, de milho.
Terreno fora das cidades: morar no campo; ir para o campo.
Esportes. Área limitada à prática de esportes: campo de futebol.
Figurado Domínio intelectual ou conjunto do que é próprio a um ofício, profissão, atividade; âmbito, domínio: campo jurídico; campo médico.
Área a partir da qual algo é desenvolvido; o que se pretende discutir; assunto: trazer a campo.
[Física] Região influenciada por um agente físico, por uma força: campo eletromagnético.
[Física] Espaço em que um ímã, um corpo elétrico ou um corpo pesado, está sujeito à determinadas forças: campo de gravitação.
Fotografia e Cinema. Quantidade de espaço cuja imagem se forma no filme.
Etimologia (origem da palavra campo). Do latim campum.

substantivo masculino Território ou área plana; planície, prado.
Extensão de terra cultivável: campo de trigo, de milho.
Terreno fora das cidades: morar no campo; ir para o campo.
Esportes. Área limitada à prática de esportes: campo de futebol.
Figurado Domínio intelectual ou conjunto do que é próprio a um ofício, profissão, atividade; âmbito, domínio: campo jurídico; campo médico.
Área a partir da qual algo é desenvolvido; o que se pretende discutir; assunto: trazer a campo.
[Física] Região influenciada por um agente físico, por uma força: campo eletromagnético.
[Física] Espaço em que um ímã, um corpo elétrico ou um corpo pesado, está sujeito à determinadas forças: campo de gravitação.
Fotografia e Cinema. Quantidade de espaço cuja imagem se forma no filme.
Etimologia (origem da palavra campo). Do latim campum.

Significa esta palavra, na Bíblia, uma terra meramente cultivada – ou limitada extensão de terreno (Gn 23:13-17is 5:8) ou toda herança de um homem (Lv 27:16Rt 4:5Jr 32:9-25). A ausência de valados tornava os campos expostos ao dano feito pelos animais desgarrados (Êx 22:5). o ‘campo fértil’, em Ez 17:5, significa uma terra para plantação de árvores – muitas vezes, porém, é uma tradução da palavra hebraica Carmel, como em is 10:18. Vilas sem muros, e casas espalhadas eram tidas como campos aos olhos da Lei (Lv 25:31).

O campo [a que Jesus se refere na parábola do Joio] simboliza o mundo, isto é: o [...] planeta e a humanidade terrena [...].
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

O campo é o celeiro vivo do pão que sustenta a mesa [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19


Campo Terras usadas para plantação ou para pastagem (Jr 4:3); (Lc 2:8).

Cidade

substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
[Popular] Grande formigueiro de saúvas.
Antigo Estado, nação.
expressão Cidade santa. Jerusalém.
Cidade aberta. Cidade não fortificada.
Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
Cidade dos pés juntos. Cemitério.
Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
[Popular] Grande formigueiro de saúvas.
Antigo Estado, nação.
expressão Cidade santa. Jerusalém.
Cidade aberta. Cidade não fortificada.
Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
Cidade dos pés juntos. Cemitério.
Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

Desde o tempo em que a cidade de Jerusalém foi tomada por Davi, tornaram-se os hebreus, em grande parte, um povo habitante de cidades. As cidades eram, no seu maior número, muradas, isto é, possuíam uma muralha com torres e portas. Mas em volta da cidade, especialmente em tempos de paz, viam-se sem defesa os arrabaldes, aos quais se estendiam os privilégios da cidade. Em conformidade ao costume oriental, determinadas cidades deviam abastecer de certos produtos o Estado, para a construção de edifícios, fabricação de carros de guerra, armação de cavaleiros, e provisão da mesa real. Para manutenção dos levitas foram-lhes concedidas quarenta e oito cidades, espalhadas pelo país, juntamente com uma certa porção de terreno suburbano. Antes do cativeiro, o governo interno das cidades judaicas era efetuado por uma junta de anciãos (2 Rs 10.1), juntamente com juizes, devendo estes pertencer à classe sacerdotal. No tempo da monarquia parece que era nomeado, um governador ou presidente, sendo por ele mandados a diversos pontos do distrito os juízes, que, presumivelmente, levavam depois certas questões de dúvida a Jerusalém para serem resolvidas por um conselho de sacerdotes, levitas e anciãos. Depois do cativeiro, disposições semelhantes foram realizadas por Esdras para nomeação de juizes. Em muitas cidades orientais, destina-se grande espaço a jardins, e desta forma torna-se muito maior a extensão da cidade. A notável amplidão das cidades de Nínive e Babilônia pode assim, em parte, ser explicada. As ruas são, em geral, extremamente estreitas, raras vezes permitindo que dois camelos carregados passem um pelo outro. o comércio interno das cidades era sustentado, como hoje acontece, por meio de bazares. o profeta Jeremias fala-nos (37,21) da Rua dos Padeiros. os espaços abertos, junto às portas das cidades, eram, em tempos antigos, como ainda são hoje, usados pelos anciãos para suas assembléias, e pelos reis e juizes para reunião de cortes e constituição de tribunais e pelo povo para tratarem das suas regalias. Também se empregavam para exposição pública, quando era preciso castigar assim os culpados de certos delitos. Havia grandes trabalhos para abastecer de água as cidades, empregando-se reservatórios e cisternas que se enchiam com as águas pluviais, ou trazendo de distantes nascentes o precioso líquido por meio de aquedutos.

Cães

-

Céu

Céu 1. No evangelho de Mateus, no plural, perífrase empregada no lugar de Deus como, por exemplo, o Reino de Deus é descrito como o Reino dos céus (Mt 5:10; 6,20; 21,25; Lc 10:20; 15,18.21; Jo 3:27).

2. Morada de Deus, de onde envia seus anjos (Mt 24:31; Lc 22:43); faz ouvir sua voz (Mt 3:17; Jo 12:28); e realiza seus juízos (Lc 9:54; 17,29ss.).

3. Lugar onde Jesus ascendeu após sua ressurreição (Mc 16:19; Lc 24:51).

4. Destino dos que se salvam. Ver Vida eterna.

m. Gourgues, El más allá en el Nuevo Testamento, Estella 41993; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


Céu
1) Uma das grandes divisões do UNIVERSO (Gn 1:1).


2) Lugar onde moram Deus, os seres celestiais e os salvos que morrem (Is 66:1; Mt 24:36; 2Co 5:1).


Em geral, a palavra céu designa o espaço indefinido que circunda a Terra, e mais particularmente a parte que está acima do nosso horizonte. Vem do latim coelum, formada do grego coilos, côncavo, porque o céu parece uma imensa concavidade. Os antigos acreditavam na existência de muitos céus superpostos, de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro. [...] Segundo a opinião mais comum, havia sete céus e daí a expressão – estar no sétimo céu – para exprimir perfeita felicidade. [...] A teologia cristã reconhece três céus: o primeiro é o da região do ar e das nuvens; o segundo, o espaço em que giram os astros, e o terceiro, para além deste, é a morada do Altíssimo, a habi-tação dos que o contemplam face a face.[...]As diferentes doutrinas relativamente aoparaíso repousam todas no duplo errode considerar a Terra centro do Uni-verso, e limitada a região dos astros
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3, it• 1 e 2

[...] é o espaço universal; são os plane-tas, as estrelas e todos os mundos supe-riores, onde os Espíritos gozamplenamente de suas faculdades, sem astribulações da vida material, nem as an-gústias peculiares à inferioridade.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1016

[...] O Céu é o espaço infinito, a multidão incalculável de mundos [...].
Referencia: FLAMMARION, Camille• Deus na Natureza• Trad• de M• Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - t• 4, cap• 1

[...] o Céu que Deus prometeu aos que o amam é também um livro, livro variado, magnífico, cada uma de cujas páginas deve proporcionar-nos emoções novas e cujas folhas os séculos dos séculos mal nos consentirão voltar até a última.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 6a efusão

O Céu de Jesus é o reinado do Espírito, é o estado da alma livre, que, emancipando-se do cativeiro animal, ergue altaneiro vôo sem encontrar mais obstáculos ou peias que a restrinjam.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Céu de Jesus

O Céu representa uma conquista, sem ser uma imposição.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 2

[...] em essência, é um estado de alma que varia conforme a visão interior de cada um.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu

[...] o céu começará sempre em nós mesmos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu e inferno

Toda a região que nomeamos não é mais que uma saída gloriosa com milhões de portas abertas para a celeste ascensão.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 57

Céu – esferas espirituais santificadas onde habitam Espíritos Superiores que exteriorizam, do próprio íntimo, a atmosfera de paz e felicidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8


Segundo os judeus, havia pelo menos três céus: o primeiro era a região nublada do ar, onde voam os pássaros, que por isso mesmo são chamados ‘as aves dos céus’ (35:11). É a este que se referem aquelas passagens em que se fala do orvalho do céu, das nuvens do céu, e do vento do céu. o segundo céu era aquela parte do espaço, onde luzem o Sol, a Lua, e as estrelas, e que se chama o ‘firmamento’, ou a expansão do céu (Gn 1:8). o terceiro, segundo pensavam os judeus, achava-se simbolizado pelo Santo dos Santos, e era a Casa de Deus e dos santos anjos. Foi este o céu, donde veio Cristo, e para o qual subiu depois da Sua ressurreição (At 1:11), e donde há de vir outra vez (1 Ts 4.16). A este mesmo céu foi Paulo arrebatado (2 Co 12.2). Não é como os outros céus, perceptíveis à vista humana (Jo 3:12-13Hb 8:1 – e 9.24). Alguns judeus distinguiam sete céus (Testamento dos doze Patriarcas, Levi 2 e 3 – Livro dos Segredos de Enoque, 3.21). Com respeito ao céu, como eterna morada dos remidos, sabemos que é um lugar, que foi para eles preparado por Jesus Cristo (Jo 14:2) – um lugar de felicidade 1Co 2:9), e de glória (2 Tm 2,11) – e é, também, um repouso, em que se está livre de toda inquietação (Hb 4:10-11). Chama-se ‘reino’ (Mt 25:34Tg 2:5 – 2 Pe 1,11) – Paraíso (Lc 23:43Ap 2:7) – uma herança (1 Pe 1,4) – cidade (Hb 11:10). Nesta abençoada morada servem os remidos a Deus, inteiramente livres do mal da alma e do corpo (Ap 7:15-16), em completa alegria e felicidade (Sl 16:11), vida essa acima da nossa compreensão 1Co 2:9).

substantivo masculino Espaço infinito no qual se localizam e se movem os astros.
Parte do espaço que, vista pelo homem, limita o horizonte: o pássaro voa pelo céu.
Reunião das condições climáticas; tempo: hoje o céu está claro.
Local ou situação feliz; paraíso: estou vivendo num céu.
Religião Deus ou a sabedoria ou providência divina: que os céus nos abençoem.
Religião Local para onde vão as boas almas: o reino dos Céus.
Religião A reunião dos anjos, dos santos que fazem parte do Reino de Deus.
Por Extensão Atmosfera ou parte dela situada acima de uma região na superfície terrestre.
expressão A céu aberto. Ao ar livre: o evento será a céu aberto.
Mover céus e terras. Fazer todos os esforços para obter alguma coisa.
Cair do céu. Chegar de imprevisto, mas numa boa hora: o dinheiro caiu do céu.
Etimologia (origem da palavra céu). Do latim caelum; caelus.i.

Dissê

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Jeroboão

-

que o povo se multiplique

Dois reis de Israel tinham este nome:

1Jeroboão I (930-909 a.C.) Os registros sobre Jeroboão aparecem em I Reis 11:26-14:20 e II Crônicas 10:1-13:20. Era um homem proeminente da tribo de Efraim, a quem o rei Salomão colocou como supervisor de todo o trabalho forçado. Essa nomeação real colocou Jeroboão no centro de um conflito político entre as tribos do Norte e as do Sul. As esposas estrangeiras de Salomão o levaram a adorar falsos deuses (1Rs 11:1-13) e o Senhor levantou muitos adversários contra ele (vv. 14-25). Jeroboão foi o maior deles. O profeta Aías anunciou que Deus dividiria o reino e daria a este súdito dez das doze tribos (vv. 26-39). Essa divisão foi adiada, entretanto, quando Salomão tentou matar Jeroboão, o qual fugiu para o Egito (v. 40).

Depois da morte de Salomão, Jeroboão se uniu a outros representantes das tribos do Norte, os quais pediram a Roboão (sucessor do rei Salomão) que aliviasse a severa política dos trabalhos forçados de seu pai (1Rs 12:1-24). Depois de três dias de discussão, Roboão recusou o pedido e insensatamente ameaçou seus trabalhadores com condições ainda piores. Como resultado, Jeroboão liderou uma rebelião contra a casa de Davi e tornou-se rei sobre as dez tribos do Norte.

A Bíblia não condena Jeroboão por essa rebelião. Na verdade, o relato bíblico indica que ele tinha motivos, devido às ameaças de Roboão de acrescentar mais dificuldades aos trabalhadores. O trono de Jerusalém tinha violado tão profundamente suas prerrogativas que se tornara um governo ilegítimo. Em duas ocasiões o Senhor aprovou explicitamente Jeroboão como rei das tribos do Norte. Prometeu-lhe especificamente uma dinastia tão duradoura quanto a da linhagem de Davi, desde que permanecesse fiel (1Rs 11:38). Além disso, quando Roboão reuniu suas tropas e preparou-se para atacar Jeroboão, o profeta Semaías ordenou em nome do Senhor que voltassem (1Rs 12:24).

Mesmo assim, os problemas logo surgiram para Jeroboão. Ficou preocupado com a possibilidade de seu povo voltar-se para a casa de Davi, se freqüentasse o Templo em Jerusalém para adorar ao Senhor (1Rs 12:26-27). Por essa razão, inaugurou dois centros de culto alternativo, um em Betel, alguns quilômetros ao norte de Jerusalém, e o outro no extremo norte de Israel, na região de Dã. Essa atitude não foi simplesmente contra Roboão, mas também um desafio contra o Senhor, que estabelecera o Templo em Jerusalém como o lugar de sua presença especial e o único local de adoração (1Rs 8:27-30). Além disso, Jeroboão misturou a adoração a Deus com o culto a Baal. Erigiu bezerros de ouro em Betel e Dã e pronunciou essas palavras, reminescentes de Arão (Ex 32:4-5): “Vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito” (1Rs 12:28). Ele também construiu altares em vários lugares altos por todo seu reino. Nomeou seus sacerdotes e criou suas próprias festas de adoração (1Rs 12:31-33).

A falsa religião criada por Jeroboão suscitou a ira de Deus contra ele. Um profeta anônimo anunciou que um rei chamado Josias um dia destruiria o altar de Betel (1Rs 13:2-3). Essa predição se cumpriu quando este monarca estendeu sua reforma religiosa também a Israel, o reino do Norte (2Rs 23:15). Além disso, o próprio profeta Aías, que proferira boas palavras a Jeroboão (1Rs 11:29-39), anunciou que as ações do rei trariam desastre sobre sua dinastia (1Rs 14:1-16). Essa profecia cumpriu-se quando Baasa assassinou o filho de Jeroboão, Nadabe, e o resto de sua família (1Rs 15:27-28).

A idolatria do rei Jeroboão tornou-se um padrão pelo qual o escritor dos livros dos Reis comparou todos os demais governantes do Norte. Freqüentemente mencionava que o rei “andou em todos os caminhos de Jeroboão” (1Rs 16:26-2Rs 14:24). Assim como Davi era o modelo do rei íntegro, Jeroboão era o modelo do monarca ímpio. Essa lembrança constante de seu pecado indica a maneira como o Senhor tratou contra a idolatria durante a história de Israel.

2Jeroboão II (793 a 752 a.C.) Filho de Jeoás, foi o quarto rei da dinastia de Jeú. Seu longo reinado sobre Israel (quarenta e um anos) recebeu uma atenção relativamente pequena nos registros de II Reis (2Rs 14:23-29), mas foi alvo de muitas profecias nos livros de Amós e Oséias.

Jeroboão II liderou Israel numa época de prosperidade sem precedentes. A Assíria havia enfraquecido a Síria, que dessa maneira não representava mais uma ameaça para Israel. Os próprios assírios estavam preocupados com a guerra na Armênia. Conseqüentemente, Jeroboão teve liberdade para executar uma agressiva expansão de seu território. O profeta Jonas predissera que ele restauraria as fronteiras dos dias de Salomão e realmente o rei alcançou esse objetivo (2Rs 14:25). O Senhor usou esse governante para salvar Israel de anos de dificuldades e problemas (2Rs 14:27).

A prosperidade do reino de Jeroboão, entretanto, levou a muitos males. Amós condenou a grande lacuna que havia entre os ricos e os pobres (Am 2:6-7); denunciou os rituais religiosos vazios (Am 5:21-24) e a falsa segurança (Am 6:1-8). Esses e outros pecados levaram o profeta a predizer a queda de Israel (Am 6:8-14). Jeroboão e seu povo recusaram-se a dar ouvidos às palavras de Amós (Am 7:10-17) e em 722 a.C. Samaria caiu diante do exército assírio.

O reinado de Jeroboão II é uma advertência sobre quão facilmente a prosperidade leva à corrupção. Embora Deus tivesse abençoado a nação de muitas maneiras, a bênção do Senhor tornou-se ocasião para a desobediência e a destruição decorrente dela. R.P.


Morrer

verbo intransitivo Cessar de viver, perder todo o movimento vital, falecer.
Figurado Experimentar uma forte sensação (moral ou física) intensamente desagradável; sofrer muito: ele parece morrer de tristeza.
Cessar, extinguir-se (falando das coisas morais).
Diz-se de um som que pouco se vai esvaecendo até extinguir-se de todo.
Desmerecer, perder o brilho; tornar-se menos vivo (falando de cores).
Aniquilar-se, deixar de ser ou de ter existência.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
I Reis 14: 11 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Quem morrer dos de Jeroboão, na cidade, os cães o comerão, e o que morrer no campo as aves do ar o comerão, porque o SENHOR falou isto.
I Reis 14: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

925 a.C.
H1696
dâbar
דָבַר
E falou
(And spoke)
Verbo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3379
Yârobʻâm
יָרׇבְעָם
o primeiro rei do reino do norte, Israel, quando este dividiu-se após a morte de Salomão e
(And Jeroboam)
Substantivo
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H3611
keleb
כֶּלֶב
cão
(a dog)
Substantivo
H398
ʼâkal
אָכַל
comer, devorar, queimar, alimentar
(freely)
Verbo
H4191
mûwth
מוּת
morrer, matar, executar
(surely)
Verbo
H5775
ʻôwph
עֹוף
criaturas voadoras, aves, insetos, pássaros
(and birds)
Substantivo
H5892
ʻîyr
עִיר
agitação, angústia
(a city)
Substantivo
H7704
sâdeh
שָׂדֶה
do campo
(of the field)
Substantivo
H8064
shâmayim
שָׁמַיִם
os ceús
(the heavens)
Substantivo


דָבַר


(H1696)
dâbar (daw-bar')

01696 דבר dabar

uma raiz primitiva; DITAT - 399; v

  1. falar, declarar, conversar, comandar, prometer, avisar, ameaçar, cantar
    1. (Qal) falar
    2. (Nifal) falar um com o outro, conversar
    3. (Piel)
      1. falar
      2. prometer
    4. (Pual) ser falado
    5. (Hitpael) falar
    6. (Hifil) levar embora, colocar em fuga

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

יָרׇבְעָם


(H3379)
Yârobʻâm (yaw-rob-awm')

03379 ירבעם Yarob am̀

procedente de 7378 e 5971; n pr m Jeroboão = “o povo contenderá”

  1. o primeiro rei do reino do norte, Israel, quando este dividiu-se após a morte de Salomão e as dez tribos separaram-se de Judá e Benjamim e do reino sob o filho de Salomão, Reoboão; a idolatria foi introduzida no início do seu reinado
  2. o oitavo rei do reino do norte, Israel, filho de Joás, e o quarto na dinastia de Jeú; durante o seu reinado os invasores sírios foram afastados e o reino foi restaurado às suas antigas fronteiras, porém a idolatria do reino continuou

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

כֶּלֶב


(H3611)
keleb (keh'-leb)

03611 כלב keleb

procedente de uma raiz não utilizada significando ganir, ou ainda atacar; DITAT - 981a; n m

  1. cão
    1. cão (literal)
    2. desprezo ou humilhação (fig.)
    3. referindo-se ao sacrifício pagão
    4. referindo-se a prostitutos cultuais (fig.)

אָכַל


(H398)
ʼâkal (aw-kal')

0398 אכל ’akal

uma raiz primitiva; DITAT - 85; v

  1. comer, devorar, queimar, alimentar
    1. (Qal)
      1. comer (tendo o ser humano como sujeito)
      2. comer, devorar (referindo-se aos animais e pássaros)
      3. devorar, consumir (referindo-se ao fogo)
      4. devorar, matar (referindo-se à espada)
      5. devorar, consumir, destruir (tendo coisas inanimadas como sujeito - ex., peste, seca)
      6. devorar (referindo-se à opressão)
    2. (Nifal)
      1. ser comido (por homens)
      2. ser devorado, consumido (referindo-se ao fogo)
      3. ser desperdiçado, destruído (referindo-se à carne)
    3. (Pual)
      1. fazer comer, alimentar
      2. levar a devorar
    4. (Hifil)
      1. alimentar
      2. dar de comer
    5. (Piel)
      1. consumir

מוּת


(H4191)
mûwth (mooth)

04191 מות muwth

uma raiz primitiva; DITAT - 1169; v

  1. morrer, matar, executar
    1. (Qal)
      1. morrer
      2. morrer (como penalidade), ser levado à morte
      3. morrer, perecer (referindo-se a uma nação)
      4. morrer prematuramente (por negligência de conduta moral sábia)
    2. (Polel) matar, executar, despachar
    3. (Hifil) matar, executar
    4. (Hofal)
      1. ser morto, ser levado à morte
        1. morrer prematuramente

עֹוף


(H5775)
ʻôwph (ofe)

05775 עוף ̀owph

procedente de 5774; DITAT - 1582a; n m

  1. criaturas voadoras, aves, insetos, pássaros
    1. aves, pássaros
    2. insetos com asas

עִיר


(H5892)
ʻîyr (eer)

05892 עיר ̀iyr

ou (no plural) ער ̀ar ou עיר ̀ayar (Jz 10:4)

procedente de 5782 uma cidade (um lugar guardado por um vigia ou guarda) no sentido mais amplo (mesmo de um simples acampamento ou posto); DITAT - 1587a,1615; n m

  1. agitação, angústia
    1. referindo-se a terror
  2. cidade (um lugar de vigilância, guardado)
    1. cidade

שָׂדֶה


(H7704)
sâdeh (saw-deh')

07704 שדה sadeh ou שׁדי saday

procedente de uma raiz não utilizada significando estender; DITAT - 2236a,2236b; n. m.

  1. campo, terra
    1. campo cultivado
    2. referindo-se ao habitat de animais selvagens
    3. planície (em oposição à montanha)
    4. terra (em oposição a mar)

שָׁמַיִם


(H8064)
shâmayim (shaw-mah'-yim)

08064 שמים shamayim dual de um singular não utilizado שׂמה shameh

procedente de uma raiz não utilizada significando ser alto; DITAT - 2407a; n. m.

  1. céu, céus, firmamento
    1. céus visíveis, firmamento
      1. como a morada das estrelas
      2. como o universo visível, o firmamento, a atmosfera, etc.
    2. Céus (como a morada de Deus)