Enciclopédia de I Reis 18:19-19

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1rs 18: 19

Versão Versículo
ARA Agora, pois, manda ajuntar a mim todo o Israel no monte Carmelo, como também os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas do poste-ídolo que comem da mesa de Jezabel.
ARC Agora pois envia, ajunta a mim todo o Israel no monte Carmelo; como também os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas de Asera, que comem da mesa de Jezabel.
TB Agora, envia e ajunta a mim todo o Israel no monte Carmelo e os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal, e os quatrocentos profetas da Aserá, que comem da mesa de Jezabel.
HSB וְעַתָּ֗ה שְׁלַ֨ח קְבֹ֥ץ אֵלַ֛י אֶת־ כָּל־ יִשְׂרָאֵ֖ל אֶל־ הַ֣ר הַכַּרְמֶ֑ל וְאֶת־ נְבִיאֵ֨י הַבַּ֜עַל אַרְבַּ֧ע מֵא֣וֹת וַחֲמִשִּׁ֗ים וּנְבִיאֵ֤י הָֽאֲשֵׁרָה֙ אַרְבַּ֣ע מֵא֔וֹת אֹכְלֵ֖י שֻׁלְחַ֥ן אִיזָֽבֶל׃
BKJ Agora, portanto, mandai reunir a mim todo o Israel no monte Carmelo, e dos profetas de Baal, quatrocentos e cinquenta, e dos profetas dos bosques, quatrocentos, os quais comem à mesa de Jezabel.
LTT Agora, pois, envia mensageiros e ajunta a mim todo o Israel no monte Carmelo; como também os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal, e os quatrocentos profetas de bosques- com- postes- ídolos- a- Astarote, que comem da mesa de Jezabel.
BJ2 Pois bem, manda que se reúna junto de mim, no monte Carmelo, todo o Israel com os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal,[q] que comem à mesa de Jezabel."

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Reis 18:19

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

VISÃO PANORÂMICA DA GEOGRAFIA DO TERRITÓRIO HERDADO PELO ISRAEL BÍBLICO

TOPOGRAFIA FÍSICA
UMA TERRA PEQUENA
No estudo da terra de Israel, uma das primeiras descobertas que se faz é o reconhecimento de seu pequeno tamanho.
De acordo com a definição dada acima, a área central da herança do Israel bíblico na Cisjordânia cobre cerca de 17.600 quilômetros quadrados e sua herança na Transjordânia incorpora mais 10:100 quilômetros quadrados, o que perfaz uma área total de aproximadamente 27.700 quilômetros quadrados. Desse modo, a área total do território é quase a mesma do estado de Alagoas, da Bélgica ou de Ruanda, ou ainda do lago Erie, nos Estados Unidos.
Os leitores atuais da Bíblia tendem a pensar em termos de territórios imensos e com frequência ficam bastante surpresos quando percebem, por exemplo, que a distância entre o mar da Galileia e a costa mediterrânea, em linha reta, é de 55 quilômetros. Há uma distância de apenas 148 a 185 quilômetros entre a margem ocidental do deserto Oriental (no leste da Jordânia) e o Mediterrâneo. E a distância entre o mar da Galileia e Jerusalém é só cerca de 120 quilômetros. Conforme dito anteriormente, as extremidades tradicionais norte e sul da região central de Israel são, com frequência, descritas na Bíblia como "desde Da até Berseba" Na verdade, esses dois pontos extremos estão separados por uma distância da ordem de apenas 280 quilômetros. Em termos de Brasil, o equivalente aproximado seria de São Paulo a Poços de Caldas" ou "de Natal a Recife" Nos Estados Unidos, a distância aproximada seria "de Los Angeles a San Diego" e, na Europa, "de Milão a Veneza". O tamanho do território envolvido é surpreendentemente pequeno.

UMA TERRA DE LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA
Apesar do tamanho diminuto, essa terra está estrategicamente situada em um contexto tanto intercontinental quanto interoceânico. Como ponte terrestre intercontinental, na Antiguidade era a única opção para qualquer viagem por terra entre a África, de um lado, e a Ásia ou a Europa, de outro. Como ponte terrestre interoceânica, fica ao lado da única massa de terra que separa o mundo do oceano Índico e o mundo do oceano Atlântico. Neste último aspecto, desde a Antiguidade remota uma vasta rede de comércio e comunicação tem levado para o Crescente Fértil bens provenientes de mundos bem longínquos (cravo vindo da Tailândia; canela, da Malásia; cássia, seda, cálamo, espicanardo, índigo, painço e gergelim, da Índia; lápis-lazúli e estanho, do Afeganistão; prata, da Espanha).
Por ser, na Antiguidade, ponto de contato tanto terrestre quanto marítimo, essa terra também se tornou uma ponte cultural internacional. Sua localização estratégica faz com que seja o lugar em que o Oriente se encontra com o Ocidente e o Norte com o Sul. Desde a Antiguidade remota, grandes potências com aspirações políticas e econômicas internacionais estiveram junto a suas fronteiras. Em termos históricos, o que acontecia nessa terra era quase sempre resultado do que estava ocorrendo ou havia recentemente ocorrido nos domínios de um de seus vizinhos. Foram, de fato, raros os momentos em que cidadãos dessa terra foram donos do próprio destino.
Durante o período bíblico a sorte dessa terra minúscula, mas estratégica, foi em grande parte determinada por gente de fora, fossem egípcios, assírios, babilônios, persas, partos, gregos, selêucidas, ptolomaicos ou romanos. Nesse aspecto, os filisteus e até mesmo os próprios israelitas têm de ser considerados estrangeiros que migraram para ali. A mesma tendência continuou existindo na história pós-bíblica, com os califas muçulmanos, os cruzados cristãos, os mamelucos egípcios, os turcos otomanos e os mandatários britânicos.
Por essa "ponte" marcharam os exércitos de Tutmés III, Amenhotep II, Seti I, Ramsés II, Merneptah, Sisaque I, Neco II, Salmaneser III, Tiglate-Pileser III, Salmaneser V, Sargão II, Senaqueribe, Esar-Hadom, Assurbanipal, Nabucodonosor II, Cambises II, Xerxes 1, Artaxerxes III, Alexandre III (o Grande), Ptolomeu I, Antíoco III, Antíoco IV, Herodes, o Grande, Pompeu, Vespasiano, Tito, Saladino, Ricardo Coração de Leão, Napoleão e Edmund Allenby, além de um número enorme de generais menos conhecidos.
Essa terra continua sendo uma das áreas mais instáveis e estratégicas do mundo.

UMA TERRA VARIADA
Apesar da pequena extensão, essa terra reflete uma variedade surpreendente, quase como a de um mosaico. Do ponto de vista sociológico, a variedade é evidente na menção aos vários "eus" na terra: girgaseus, cananeus, heveus, heteus, amorreus, perizeus, jebuseus, quenezeus, cadmoneus, queneus, refains etc. (Gn 10:16-18; 15:19-21; Ex 3:8-13.5; Nm 13:29; Dt 7:1-20.17; Js 3:10-12.8; 24.11; Jz 3:5-1Rs 9.20; cp. At 13:19). Na perspectiva da história colonialista, a terra foi conhecida por diversos nomes: Canaã, Palestina, Hatti, Djahy, Hurru, Retenu etc. Mas a ideia de variedade apresentada a seguir tem a ver com a topografia multiforme e diversificada da terra. Em seu eixo lateral, ela está dividida em pelo menos quatro zonas fisiográficas distintas.

PLANÍCIE COSTEIRA
A designação "planície Costeira" se refere à faixa marítima longitudinal que começa na extremidade sul da planície filisteia (no uádi el-Arish) e vai para o norte, chegando até a extremidade norte da planície de Aser (perto da atual Rosh HaNigra, que corresponde ao final da "Linha Verde", a fronteira atual entre Israel e Líbano). Essa planície é internamente segmentada por três obstáculos naturais - o monte Carmelo, o rio Crocodilo e o rio larcom - criando quatro planícies distintas. Além do mais, por motivos geográficos que serão explicados adiante, é conveniente subdividir a planície mais ao norte. Assim, a planície Costeira é constituída de cinco partes, que, do norte para o sul, são conhecidas como: (1) a planície de Aser (de Rosh HaNigra até as proximidades de Aco; cp. Is 17:10-11; 19:24-26); (2) a planície de Aco (a baía que tem forma de crescente e se estende ao redor do monte Carmelo; cp. Jz 4:13-16; 5.21); (3) a planície de Dor (uma faixa de terra bem estreita e situada entre o monte Carmelo e o rio Crocodilo; cp. Js 17:15-18); (4) a planície de Sarom (a área de terras baixas que vai do pântano do rio Crocodilo para o sul, até o Jarcom; cp. 1Rs 4:10-1Cr 5.16; 27.29; Is 33:9-35.2; 65.10; Ct 2:1); (5) a planície Filisteia (a região ao sul do larcom).
A planície costeira pode ser caracterizada com três palavras: "baixa" (uma referência à sua altitude relativa), "aberta" (uma referência à topografia plana) e "fértil (uma referência à produtividade agrícola da planície em tempos modernos).
Com exceção de umas poucas elevações situadas mais para dentro do continente, na extremidade oriental da Filístia, que chegam a quase 200 metros acima do nível do mar, a altitude da maior parte da planície Costeira é inferior a 100 metros, e boa parte dela tem uma altitude inferior a 45 metros acima do nível do mar.75 Uma análise do mapa revela que, nessa planície, as cidades bíblicas tendiam a se localizar não no seu centro, mas sim ao longo da costa (Aco, Cesareia, Jope, Asquelom e Gaza) ou em direção à sua margem oriental (Socó, Afeque, Gezer, Ecrom, Gate e Ziclague). De igual maneira, o mapa mostra que a artéria de transporte internacional (a chamada Grande Estrada Principal) corria ao longo da margem oriental dessa planície e não pelo centro. O mais provável é que a baixa altitude e a natureza relativamente nivelada da planície, combinadas com as serras de arenito calcário ao longo de grande parte da costa mediterrânea, que impediam uma drenagem natural, criavam uma área pantanosa bastante grande na planície durante toda a Antiguidade.
Esse obstáculo geográfico é a provável razão para o fato de a planície Costeira ter desempenhado um papel insignificante, quase nulo, na história bíblica. Exceto dois breves relatos sobre Gerar (Gn 20:26), nas narrativas patriarcais não há nenhuma referência a essa planície . Nenhuma das batalhas da ocupação israelita aconteceu ali, nenhuma área da planície foi habitada por Israel no início de sua ocupação , ali não havia cidades de refúgio e quase nenhuma das cidades levíticas, dali nenhum juiz nem profeta de Israel fez convocação ao povo, e nada aconteceu ali referente ao ministério registrado de Jesus.
Além de ser baixa, a planície também é aberta. Ao contrário da Cadeia Montanhosa Central da Galileia-Samaria-Judá, que, do ponto de vista geográfico, tendia a permanecer mais fechada e isolada devido à sua topografia elevada e sinuosa, a planície Costeira oferecia um terreno favorável à circulação, sem nenhum obstáculo Embora a terra, no geral, tenha sido descrita pouco antes neste texto como ponte terrestre internacional, era especialmente a planície Costeira, ao sul do monte Carmelo, que constituía essa ponte. Essa abertura também implicava mobilidade.
Durante o início do período bíblico, conflitos militares envolveram uso de carros de guerra (e.g., Ex 14:6; Dt 20:1; Js 11:4; Jz 1:19-4.3; 2Sm 1:6; observe-se também a proibição em Dt 17:16). Em contraste com as montanhas vizinhas, essa planície oferecia um terreno favorável ao uso de carros, inclusive a ataques-relâmpago, que não seriam barrados por grandes rochas ou terreno montanhoso. Aliás, há uma notável correspondência entre a área em que os cananeus conseguiam rodar seus carros e a área que Israel não conquistou durante o período de ocupação (Js 17:16-18). Ao mesmo tempo, essa abertura pode ajudar a explicar por que, depois do período bíblico, os filisteus não conseguiram sobreviver como entidade política nativa, ao passo que os israelitas, mais isolados, foram capazes de manter um sentimento duradouro de identidade nacional.
Por fim, essa planície é fértil; ou pelo menos se tornou fértil em tempos recentes. Uma olhada num mapa do Israel moderno mostra que a maior parte da região ocidental que o Plano da ONU para partição da Palestina, de 1947, designou para Israel está situada na planície Costeira, que, naquela época, era extremamente pantanosa e até mesmo infestada de malária. Entretanto, depois que a área foi devidamente drenada na década de 1950, houve grande prosperidade agrícola, pois se descobriram camadas profundas de riquíssimo solo arável resultante da erosão das montanhas ao lado e, como consequência, houve um grande e bem-sucedido esforço agrícola.

CADEIA MONTANHOSA CENTRAL
Constituída das regiões montanhosas da Galileia, Samaria, Judá e Neguebe, em sua natureza e topografia a Cadeia Montanhosa Central é exatamente o oposto da planície Costeira. A planície é "baixa, aberta e fértil"; a cadeia montanhosa é "alta, fechada e estéril". Enquanto, em seu ponto mais elevado, a planície chega a apenas uns 200 metros acima do nível do mar, em seu ponto mais baixo a Cadeia Montanhosa Central fica cerca de 450 metros acima do nível do mar, com muitos trechos superando os 900 metros. Onde as duas zonas se encontram, esse contraste de altitude pode ser bem pronunciado. É possível subir cerca de 800 metros viajando apenas de cinco a sete quilômetros do Mediterrâneo para o interior. Além do mais, a cadeia central é fechada. Essa cadeia, que na realidade é uma série de serras sinuosas e conectadas, funciona como barreira natural à circulação lateral.com exceção do ponto onde é interrompida pelo vale de lezreel/ Esdraelom. Em alguns lugares, para ir de um lado para o outro, além de ter de superar a ondulação difícil, era necessário atravessar até quatro ou cinco serras diferentes, separadas umas das outras por leitos profundos de uádis. Devido a seu terreno elevado e revolvido, a cadeia central é mais isolada e menos suscetível a aventureirismo internacional ou a ataques estrangeiros. Só raramente essa zona se revelou atraente para aqueles que construíam impérios. Por fim, a cadeia central é estéril e improdutiva. Constituída de calcário duro, sem minerais preciosos ou outros recursos naturais, e com grandes áreas que sofreram erosão e ficaram apenas com a pedra nua, parece improvável que alguma vez essa área montanhosa estéril, com somente 15 a 50 quilômetros de largura, tenha sido considerada capital político. No entanto, é justamente nessa região montanhosa que se desenrola boa parte da história bíblica. E aí que os patriarcas viveram, construíram altares e se comunicaram com seu Deus. É onde aconteceram as batalhas da conquista , onde Israel ocupou sua terra e foram fundadas muitas de suas instituições nacionais . É também onde, em seu devido momento, estiveram localizadas as capitais do Reino do Norte (Siquém, mais tarde Tirza e finalmente Samaria) e do Reino do Sul (Jerusalém). É aí que o judaísmo pós-exílico se estabeleceu e onde aconteceu boa parte do ministério registrado de Cristo . Galileia. Embora seja uma extensão das montanhas mais altas do Líbano, ainda assim a região elevada da Alta Galileia apresenta uma topografia bem complexa. O jebel Jarmuk (monte Merom) é o ponto mais alto de toda a Cisjordânia, mas é cercado por outros cumes que chegam a alturas superiores a 900 metros. Apesar de a Alta Galileia ter uma precipitação pluviométrica maior, seu terreno elevado e sua topografia fragmentada a tornam menos adequada para ocupação intensa. Na região nunca se estabeleceu aquilo que se pode chamar de cidade grande. No lado leste, a Baixa Galileia mantém o contorno irregular de sua vizinha no norte. Vê-se ali um enorme e alto afloramento de calcário, que, no flanco oriental, despenca no mar da Galileia. Nessa região se incluem o monte Tabor, os penhascos de Arbela e os vulcânicos Cornos de Hattin. Em contraste, as áreas central e oeste da Baixa Galileia apresentam o terreno mais plano de todo a cadeia central. A região é composta de várias serras paralelas que estão num eixo mais ou menos leste-oeste, entre as quais existem bacias relativamente abertas que são quase contíguas no lado ocidental. Vale de Jezreel/Esdraelom. Entre a região montanhosa da Baixa Galileia e a da Samaria, estende-se um vale que, em última instância, liga o vale do Jordão à planície Costeira, em Aco. Esse vale, que tem a forma de uma flecha apontada para o Mediterrâneo, é conhecido no Antigo Testamento hebraico como o vale de lezreel ("Deus semeou" ou "que Deus semeie"; e.g., Js 17:16; Jz 6:33; Os 1:5-2.
22) e, na época do Novo Testamento, por seu equivalente grego, Esdraelom.7 A estreita haste da flecha, em alguns pontos com não mais de três quilômetros de largura, estende-se de Bete-Sea até a cidade de Jezreel, margeada, no norte, pelo monte Moré e, no sul, pelo monte Gilboa, e drenada pelo rio Harode. Perto desse território ocorreu a triunfante vitória de Gideão sobre os midianitas (Jz
7) e a humilhante derrota de Saul nas mãos dos filisteus (1Sm 29:31). A base da ponta da flecha se estende por cerca de 28 quilômetros, a partir dos arredores, ao norte de Jenin, até o monte Tabor e, desses dois pontos, estende-se por cerca de 32 quilômetros até seu vértice, logo a oeste de Jocneão e perto do rio Quisom, em cujo pântano o carro de Sísera ficou atolado (Jz 5:21; cf. SI 83.9). A ponta dessa flecha, às vezes chamada de planície de Megido (2Cr 35:22; Zc 12:11), é baixa e plana. A planície é coberta por uma camada extremamente grossa de terra preta, em alguns lugares com mais de 90 metros de profundidade, e que se formou com a decomposição e erosão de basaltos da Galileia. Enquanto a planície de Jezreel tinha muitos acessos, o acesso para a principal artéria de transporte, conhecida como Grande Estrada Principal era em Megido. Os vinte estratos arqueológicos dessa cidade refletem uma ocupação quase contínua até o início do período romano. Na verdade, a cidade de Megido, uma base militar permanente, teve enorme importância durante cada período de sua história, sem exceção; não é exagero afirmar que, do ponto de vista militar, foi um dos pontos mais estratégicos de todo o sudoeste do Crescente Fértil. A partir do final do quarto milênio a.C. até o próprio século 20, Megido tem sido palco de repetidos confrontos militares. Samaria. Ao sul de Jezreel fica o distrito montanhoso de Samaria - que, em termos de altitude, vegetação e clima, é uma área intermediária e de transição entre a Galileia e Judá. No extremo noroeste, devido à sua beleza (Ct 7:5) e fertilidade (Is 35:2; Jr 50:19), o monte Carmelo ("vinha/jardim de Deus") era proverbial na Bíblia. Nos textos antigos está amplamente atestado que o monte era lugar de um santuário? Foi talvez nesse contexto que o monte Carmelo serviu de cenário para a disputa religiosa de Elias com os profetas de Baal (1Rs 18:17-40) e, em outra ocasião, como lugar de retiro espiritual para Eliseu (2Rs 2:25-4.25). No extremo nordeste, a região montanhosa de Samaria também é conhecida como as montanhas de calcário de Gilboa. Outros montes de Samaria, o monte Ebal e o monte Gerizim, cercam o vale em que Siquém, a principal cidade, está localizada. Samaria é toda montanhosa, e os cumes de j. el-Qurein, j. 'Ayrukabba, j. 'en-'Ena e j. el-'Asur (Baal-Hazor, cp. 2Sm 13:23) dominam o horizonte.
Embora montanhosa, Samaria também é entremeada por várias planícies pequenas e vales abertos, uma das quais está situada perto do ponto em que as encostas do Carmelo e do Gilboa se encontram, nas proximidades da cidade de Dotã . Entre as bacias de Samaria, essa planície de Dota é a maior e a mais intensamente cultivada, e é onde José foi vendido como escravo (Gn 37:12-28). Outra depressão, a planície comprida e estreita de Mikhmetat, vai de Siquém para o sul, até ser interrompida pelo j. Rahwat.
Ela é cortada pelo divisor de águas ao longo do qual a estrada da Serra Central ruma na direção de Jerusalém. Indo de Socó até Siquém e dividindo lateralmente o oeste de Samaria, fica o vale baixo conhecido como u. Shekhem. De modo parecido, indo de Tirza até o vale do Jordão e dividindo o leste de Samaria, encontra-se a fratura acentuada, conhecida como u. Far'ah. Juntos, esses dois vales são o ponto mais baixo de toda Samaria. Constituíam os caminhos mais fáceis e mais utilizados para atravessar a serra central de Samaria, o que ajuda a explicar por que determinados locais foram escolhidos para capitais de Israel durante o período do reino dividido (Siquém, Tirza, Samaria). Judá. Conquanto não haja uma fronteira geológica definida separando Samaria e Judá, existe uma acentuada diferença na topografia das duas regiões. A precipitação maior de chuva em Samaria contribuiu para a ocorrência de muito mais erosão e para a formação de uádis com leitos mais profundos. Judá é mais um planalto, menos seccionado devido a seu clima mais seco. À medida que se caminha para o sul de Judá, o terreno se torna mais adverso, mais irregular e mais estéril. A principal característica da superfície de Judá são rochas nuas e amplas áreas de pedras quebradas e soltas, sem nenhuma terra por causa da ação da chuva. Só ao longo da bacia hidrográfica, nas vizinhanças de Ramá e entre Belém e Hebrom, é que o solo de Judá permite o cultivo. Nas demais áreas, o solo superficial, que sofre erosão nas chuvas torrenciais de inverno, tem impedido em grande parte o cultivo da terra.
A apenas cerca de oito quilômetros a sudeste de Jerusalém, começa o deserto de Judá (Nm 21:20-1Sm 26.1,2; cp. Mc 1:4). Espetáculo assustador de desolação, o deserto de Judá, também conhecido como lesimom, é um deserto verdadeiro E uma terra despovoada, deprimente, selvagem, rochosa e improdutiva, e praticamente sem nenhuma ocorrência de chuva (SI 63.1). Até mesmo os nômades beduínos dos dias de hoje tendem a evitar a aridez e o terreno irregular desse deserto. Em sua margem oriental, o deserto de Judá mergulha quase verticalmente até o vale do Jordão abaixo e em alguns lugares a descida chega a 1.350 metros. Entre Jericó e a ponta sul do mar Morto, existem mais de 20 desfiladeiros profundos que foram cavados por uádis. Contudo, no período bíblico, esses uádis eram estreitos e sinuosos demais para permitirem estradas importantes e, por esse motivo, Judá estava naturalmente isolada no lado oriental. O profeta Isaías anunciou, porém, um tempo em que até a topografia contorcida e acidentada do deserto de Judá será endireitada e nivelada e todos os lugares escarpados serão aplanados (Is 40:3-4; ср. 41:18-20; 51.3).
No lado oeste, o final da cadeia central de Judá é apenas um pouco menos abrupto. Uma vala estreita e rasa (uádi Ghurab, uádi Sar) faz divisão entre a região montanhosa e uma região com topografia distinta, conhecida como Sefelá ("contraforte". cp. Dt 1:7; Js 9:1-10.40; 12.8; Iz 1.9; 1Rs 10:27-1C 27.28; 2Cr 9:27-26.10; 28.18; Jr 17:26-32.44; 33.13; Ob 19).
A Sefelá começa no vale de Aijalom e se estende para o sul por cerca de 55 quilômetros até a área de T. Beit Mirsim. Esses contrafortes cobrem uma área de aproximadamente 13 a 16 quilometros de largura e, o que e importante, estendem-se para o oeste até a vizinhança do que foram as cidades filisteias de Gezer, Ecrom e Gate . Composta principalmente de calcário macio, com uma superfície ondulante inclinando suavemente para o lado oeste, entrecortada por alguns uádis importantes e férteis, a Sefelá era uma zona intermediária entre a cadeia central de Judá (ocupada pelos israelitas) e o sul da planície Costeira (ocupada pelos filisteus).
Não é surpresa que, na Bíblia, a área tenha sido cenário de vários episódios de guerra motivada por razões econômicas entre os israelitas e os filisteus (Jz 15:4-5; 2Sm 23:11-12). Aliás, é possível que as disputas entre filisteus e israelitas fossem provocadas justamente pelo desejo de ambos os povos de dominar e explorar os ricos vales agrícolas da Sefelá.
Inicialmente, o Neguebe ("terra seca"; e.g., Gn 24:62; Nm 13:29; Js 15:19; Jz 1:15) designava o deserto estéril ao sul de Judá (e.g. Is 15:2-4; 18.19; 1Sm 27:10-2Sm 24.7; cp. os leques aluvianos que se estendem de Berseba até Arade). Ao longo do tempo, o sentido da palavra evoluiu e, pelo fato de essa região estéril ficar no sul, passou a ter o sentido de um ponto cardeal e, assim, designar o sul de quase qualquer lugar (Is 11:2; Zc 14:10-1Sm 30.14).
Hoje o Neguebe inclui aquilo que a Bíblia chama de deserto de Zim (Nm 20:1-34.3; Js 15:1) e o deserto de Para (Nm 10:12; Dt 1:1). A região do moderno Neguebe apresenta um ambiente adverso à atividade humana ou à sua povoação por um grande número de pessoas. A área depende totalmente de chuva, sempre escassa e incerta, embora o território tenha alguns poços nas vizinhanças de Berseba (Gn 26:18-22) e Cades-Barneia.
A localização estratégica da Palestina
A localização estratégica da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
Altitude da Palestina
Altitude da Palestina
Samaria
Samaria
O vale de Jezreel
O vale de Jezreel

Os REIS DE ISRAEL

930-741 a.C.
A DINASTIA DE ONRI
Como vimos anteriormente, Israel, o reino do norte, foi caracterizado por um governo instável no qual o trono foi tomado por vários usurpadores. Um deles, chamado Onri, estabeleceu uma dinastia que proporcionou estabilidade relativa a Israel. Apesar da Bíblia dedicar apenas seis versículos ao reinado de Onri (880-873 a.C.),' outras fontes deixam claro que ele foi um rei importante. A conquista de Moabe por Onri encontra-se registrada na famosa Pedra Moabita, hoje no museu do Louvre, em Pais (ver abaixo). Foi Onri quem estabeleceu Samaria como capital de Israel, o que explica o fato dos assírios chamarem Israel de "casa de Onri" muito tempo depois da extinção dessa dinastia.
Onri foi sucedido por seu filho Acabe (873-853 aC.). O primeiro livro de Reis afirma a seu respeito: "Fez Acabe, filho de Onri, o que era mau perante o Senhor, mais do que todos os que foram antes dele" (1Rs 16:30) e ressalta que Jezabel, a esposa fenícia de Acabe, promoveu a idolatria em Israel. Escavações realizadas em Samaria revelaram vários fragmentos de marfim entalhado, provavelmente da " casa de marfim"2 de Acabe, que mostram influências fenícias e egípcias. Num episódio bastante conhecido, Acabe e Jezabel foram repreendidos pelo profeta Elias por mandar matar Nabote, o jezreelita, a fim de obter sua vinha: cães lamberiam o sangue de Acabe no lugar onde haviam lambido o sangue de Nabote e devorariam Jezabel dentro dos muros de Jezreel.' Quando Acabe morreu em combate e foi levado de carro até Samaria, de fato, os cães lamberam o sangue no seu carro.

A DINASTIA DE JEÚ
O profeta Elias atendeu à ordem do Senhor e ungiu a Jeú, o comandante do exército, como rei de Israel. Num golpe sangrento, Jeú exterminou a dinastia de Onri e matou não apenas Jorão, rei de Israel, mas também Acazias, rei de Judá. Também executou os sacerdotes de Baal, os filhos de Acabe que haviam sobrevivido e a viúva de Acabe, Jezabel, da qual restou apenas o crânio, os pés e as mãos, pois o resto de seu corpo foi devorado pelos cães.°
Logo no início de seu reinado, Jeú (841-813 a.C.), ou seu embaixador, pagou tributo ao rei assírio Salmaneser III (859-824 a.C.), conforme retratado no famoso Obelisco Negro de Salmaneser, da cidade assíria de Nimrud. Uma inscrição identifica Jeú como "Jeú, filho de Onri". Cortesãos numa longa fila trazem tributos: ouro, prata e frutas. Pode-se observar, portanto, que Israel foi obrigado a reconhecer o poder crescente da Assíria. Jeroboão II (781-753 a.C.), bisneto de Jeú, aproveitou um período em que a Assíria se encontrava enfraquecida conquistou grande parte da Síria para Israel, conforme havia sido predito pelo profeta Jonas. O reino de Jeroboão II foi caracterizado por prosperidade crescent, acompanhada de idolatria. O profeta Amós apresenta uma descrição vívida:
"(Vós] que dormis em camas de marfim, e vos espreguiçais sobre o vosso leito, e comes os cordeiros do rebanho e os bezerros do cevadouro; que cantais à toa no som da lira e inventais, como Davi, instrumentos músicos para vós mesmos; que bebeis vinho em taças e vos ungis com o mais excelente óleo.
Amós 6:4-6
Entalhes suntuosos de marfim e grandes construções encontradas em Samaria, a capital israelita, são provas arqueológicas dessa prosperidade. Além disso, 102 óstracos escritos em hebraico foram encontrados em Samaria e provavelmente podem ser datados do reinado de Jeroboão II. As inscrições registram recibos de vinho e azeite, provavelmente referentes ao pagamento de impostos de propriedades nos arredores de Samaria.

Um selo magnífico de jaspe com a inscrição "Pertencente a Shema, servo de Jeroboão" (referindo-se provavelmente a Jeroboão I) foi encontrado em Megido. Como o profeta Amós predisse, essa prosperidade não seria duradoura: "Mas não vos afligis com a ruína de José. Portanto, agora, ireis em cativeiro entre os primeiros que forem levados cativos, e cessarão as pândegas dos espreguiçadores.
Amós 6.6h-7
O Senhor tinha dito a Jeú que sua dinastia duraria apenas quatro gerações. Zacarias, filho de Jeroboão Il, foi assassinado por Salum. Este tomou o trono, mas o ocupou por apenas um mês antes de sucumbir a outro usurpador chamado Menaém (752-741 a.C.). Para infelicidade de Israel, os assírios voltaram a ganhar força no reinado de Tiglate-Pileser III (746-727 a.C.) e, trinta anos depois da morte de Teroboão II, os israelitas foram exilados na Assíria.

ESTÁBULOS EM MEGIDO?
Escavações em Megido revelaram um grande conjunto de construções, identificados, por vezes, como estábulos com capacidade para até 450 cavalos. De cada lado de uma passagem central com 3 m de largura havia duas fileiras de colunas de pedra que sustentavam o telhado e, supostamente, serviam como postes as quais os cavalos podiam ser amarrados. As instalações também contavam com cochos, armazéns de cereais e tanques de água feitos de tijolos de barro. Logo depois de sua descoberta, o local foi associado a Salomão, em parte devido à referência às suas "cidades para carros" em I Reis 10:26. Essa atribuição não é mais defensável, pois pode-se observar que a extremidade sudeste do conjunto foi construída sobre um edifício do tempo de Salomão. Hoje em dia, esse complexo é considerado obra de Acabe, conhecido por ter usado dois mil carros na batalha contra os assírios em Qarqar, no rio Orontes na Síria em 853 a.C.O consenso entre os estudiosos é de que, na verdade, as instalações não são estábulos, mas sim, armazéns como aqueles ao redor das construções. Edifícios semelhantes encontrados em Hazor também passaram a ser considerados armazéns.

A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
Em 1868, F. A. Klein, um missionário alemão que morava em Jerusalém, viu uma placa encontrada na cidade de Dhiban (a Dibom bíblica) na atual Jordânia, com c. de 1,1 m de altura e 34 linhas de inscrições. Durante as negociações para comprar a pedra, C. S. Clermont-Ganneau, representante do museu do Louvre, conseguiu fazer um molde das inscrições, uma decisão prudente, pois, algum tempo depois, os proprietários da pedra colocaram-na no fogo e derramaram água fria para que se partisse em fragmentos. Alguns destes fragmentos nunca mai foram encontrados, porém o molde permitiu recuperar o texto parcialmente. Gravada em c. 830 a.C. por Mesa, rei de Moabe, a inscrição na língua moabita (que possui semelhanças com o hebraico) registra: "Onri era rei de Israel e oprimiu Moabe por muitos dias" (linhas 4-5). Mesa continua: "E Onri tomou posse da terra de Medeba e viveu nela durante seus dias e metade dos dias de seu filho quarenta anos" (linhas 7-8). Por fim, Mesa conseguiu se livrar desse domínio israelita.° Ele registra que tomou alguns dos utensílios do Senhor: "Tire de lá os utensílios do Senhor" (linhas 17-18). Esta é a primeira menção extra-bíblica das quatro consoantes hebraicas (YHWH) que constituem o nome do Senhor.

Guerra entre Israel e os moabitas

 

sinete de jaspe, pertencente a Sema, servo de Jeroboão Il (781-753 a.C.), Megido.
sinete de jaspe, pertencente a Sema, servo de Jeroboão Il (781-753 a.C.), Megido.
A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
Entalhe em marfim encontrado em Samaria. Mostra uma esfinge alada em meio a uma plantação de lótus, usando peruca e salote estampado.
Entalhe em marfim encontrado em Samaria. Mostra uma esfinge alada em meio a uma plantação de lótus, usando peruca e salote estampado.
Guerra entre Israel e os moabitas
Guerra entre Israel e os moabitas
Edifício com colunas em Hazor. Outrora considerado um estábulo, hoje é identificado como um armazém.
Edifício com colunas em Hazor. Outrora considerado um estábulo, hoje é identificado como um armazém.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 2)

Reis do reino de Judá (continuação)
777 a.C.

Jotão: 16 anos

762

Acaz: 16 anos

746

Ezequias: 29 anos

716

Manassés: 55 anos

661

Amom: 2 anos

659

Josias: 31 anos

628

Jeoacaz: 3 meses

Jeoiaquim: 11 anos

618

Joaquim: 3 meses e 10 dias

617

Zedequias: 11 anos

607

Jerusalém e seu templo são destruídos pelos babilônios durante o reinado de Nabucodonosor. Zedequias, o último rei da linhagem de Davi, é tirado do trono

Reis do reino de Israel (continuação)
c. 803 a.C.

Zacarias: reinado registrado de apenas 6 meses

Em algum sentido, Zacarias começou a reinar, mas pelo visto seu reinado não foi plenamente confirmado até c. 792

c. 791

Salum: 1 mês

Menaém: 10 anos

c. 780

Pecaías: 2 anos

c. 778

Peca: 20 anos

c. 758

Oseias: 9 anos a partir de c. 748

c. 748

Parece que foi somente em c. 748 que o reinado de Oseias foi plenamente estabelecido ou recebeu o apoio do monarca assírio Tiglate-Pileser III

740

A Assíria conquista Samaria e domina 1srael; o reino de Israel de dez tribos, ao norte, chega ao seu fim

Lista de profetas

Isaías

Miqueias

Sofonias

Jeremias

Naum

Habacuque

Daniel

Ezequiel

Obadias

Oseias


Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 1)

Reis do Reino de duas tribos, ao sul Reino de Judá
997 a.C.

Roboão: 17 anos

980

Abias (Abião): 3 anos

978

Asa: 41 anos

937

Jeosafá: 25 anos

913

Jeorão: 8 anos

c. 906

Acazias: 1 ano

c. 905

Rainha Atalia: 6 anos

898

Jeoás: 40 anos

858

Amazias: 29 anos

829

Uzias (Azarias): 52 anos

Reis do Reino de dez tribos, ao norte Reino de Israel
997 a.C.

Jeroboão: 22 anos

c. 976

Nadabe: 2 anos

c. 975

Baasa: 24 anos

c. 952

Elá: 2 anos

Zinri: 7 dias (c. 951)

Onri e Tibni: 4 anos

c. 947

Onri (sozinho): 8 anos

c. 940

Acabe: 22 anos

c. 920

Acazias: 2 anos

c. 917

Jeorão: 12 anos

c. 905

Jeú: 28 anos

876

Jeoacaz: 14 anos

c. 862

Jeoacaz e Jeoás: 3 anos

c. 859

Jeoás (sozinho): 16 anos

c. 844

Jeroboão II: 41 anos

Lista de profetas

Joel

Elias

Eliseu

Jonas

Amós


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Humberto de Campos

1rs 18:19
Crônicas de Além-Túmulo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 26
Francisco Cândido Xavier
Humberto de Campos

Meu Senhor Jesus: Dirijo-vos esta carta quase como nos últimos tempos em que o fazia na Terra, fechado nas perplexidades da incompreensão. Muitas vezes imaginei que estivésseis acessível à visão de todos aqueles que se evadem do mundo pela porta escura da morte, a fim de premiar os bons e punir pessoalmente os culpados, como os modernos chefes de Estado, que distribuem medalhas de honra nas datas festivas e exaram sentenças condenatórias em seus gabinetes.

Mas, não é assim, Senhor! Todas as ingênuas e doces concepções do Catolicismo se esfumaram na minha imaginação. A morte não faz de um homem um anjo; amontoa-nos, aos magotes, onde possa caber toda a imensidade das nossas fraquezas e aí, na contemplação das nossas realidades e das nossas misérias, descerra um fragmento dos véus do seu grande mistério. Então sentimo-nos reconfortados pela esperança, e basta esse raio de luz para que sejamos deslumbrados na vossa glória.

Se é verdade que não vos buscávamos nos caminhos da Terra, não era justo que nos viésseis esperar à porta do Céu.

Todavia, Senhor, não é para exprobrar o meu passado, no mundo, que vos dirijo esta carta. É para vos contar que os homens vão reviver novamente a tragédia da vossa morte. Muitos judeus influentes promovem, na atualidade uma ação tendente a esclarecer o processo que motivou a vossa condenação. É verdade que esses movimentos tardios, para apurar os erros do passado, não são novos. foi canonizada após a calúnia, o martírio e o vilipêndio e, ainda agora, no Brasil, foi revivido o processo que fizera de um monstro nefando, movimento esse que lhe atenuou a falta, humanizando-se a sua figura através da análise minuciosa dos fatos recapitulados pelo Sr. Evaristo de Morais. 

Os descendentes dos vossos algozes querem reparar a violência dos seus avós. Objetivam a reconstrução do mesmo cenário de antanho. A corte provincial romana, o tribunal famoso dos israelitas, copiando a situação com a possível fidelidade. Eu queria, porém, acrescentar, entre parêntesis, que o mesmo Caifás  ainda estará no Sinédrio  para punir e julgar.

Foi pensando tudo isso, Senhor, que fui a Jerusalém observar detidamente os lugares santos. Se ultimamente contemplei a cidade arruinada dos profetas, no momento em que se comemorava a vossa paixão e a vossa morte, tendo fixado no espírito os quadros dolorosos do vosso martírio não pude observar detalhadamente as suas ruínas, desde o momento em que a minha atenção foi solicitada pela magnânima figura de Iscariote. [v. ]

É verdade que os séculos guardarão aí, para sempre os traços indeléveis da vossa ligeira passagem pelo planeta. Jerusalém prosseguirá contando aos peregrinos do mundo inteiro a sua história de lamentações e dores. Reconheci, contudo, a dificuldade para copiarem o passado com as suas coisas e com as suas circunstâncias.

Conta-se que, anos depois da vossa crucificação, o Rabi Aguiba  foi, com alguns companheiros visitar as ruínas do templo onde haviam ecoado as vossas divinas palavras. Mas, o local sagrado onde se venerava o Santo dos Santos  era refúgio dos chacais, que fugiram espantados com a presença dos homens.

Hoje, igualmente, Senhor, Jerusalém não possui a fisionomia de outrora. Nos lugares onde se derramava o perfume do incenso e da mirra, há cheiro pronunciado de gasolina e vapores. Os burricos graciosos foram substituídos pelos automóveis confortáveis. Os ingleses vivem ocidentalizando as ruínas abandonadas. Sobre o mar da Galileia,  em Tiberíades,  foi construído um balneário elegante cheio de banhistas com seus trajes multicores, sentindo-se ali como em Copacabana, ou Biarritz.  A Judeia está cortada de linhas férreas, de estradas macadamizadas, de cinematógrafos, de iluminações elétricas, de serviços modernos. Há até, Senhor, um poderoso judeu russo chamado Rutemburgo, que captou energia elétrica nas águas mansas do Jordão, à força de mecanismos e represas. Aquelas águas sagradas e claras, que batizaram os cristãos, movem hoje poderosas turbinas. As usinas estão em toda a parte. Todas essas instalações têm alterado a fisionomia da região.

Certamente, Senhor, conhecestes Haifa,  que era um ninho tranquilo e doce, à sombra do monte Carmelo, sobre o qual Elias encontrou os profetas de Baal, (1Rs 18:19) confundindo-os com a sabedoria das suas palavras. Pois, hoje, palpita ali enorme cidade, guardando uma grande estação de depósito de petróleo, onde a marinha inglesa costuma abastecer-se.

O campo suave de Mizpeh,  onde a voz de Samuel se fez ouvir durante trinta dias consecutivos, exortando Israel, transformou-se num imenso aeródromo onde pousam as aves metálicas do progresso, cheias de notícias e de ruídos.

Torna-se difícil reconstituir o ambiente da vossa injusta condenação. Mas os homens, Senhor, nunca dispensaram a teatralidade e as máscaras de suas vidas. É possível que engendrem um dramalhão, no qual, a pretexto de vos reabilitar perante a História, subvertam, ainda mais, no abismo da sua materialidade, a profunda significação espiritual da vossa doutrina.

As multidões não serão inquiridas agora a respeito da sua preferência por Barrabás.  Os pontífices do Sinedrim não conseguirão colocar nos vossos braços misericordiosos uma cana à guisa de cetro, nem ferir vossa fronte com a coroa de espinhos. Certamente mandarão erigir ironicamente um colosso de pedra, à vossa semelhança, injuriando a vossa memória. Os chamados crentes ajoelhar-se-ão aos pés dessa estátua impassível, suplicando, no seu cepticismo elegante, a vossa bênção, antes de se levantarem para devorar-se uns aos outros, como Cains desvairados.

Ah! Senhor! nós sabemos que do vosso trono estrelado vindes velando por esse orbe tão pequenino e tão infeliz! A manjedoura e a cruz ainda constituem o maior tesouro dos humildes e dos infortunados. Mas, vede, Senhor, como as ervas más se alastram pela Terra…

Cortai-as, Jesus, para que o trigo louro da paz e da verdade resplandeça na vossa seara bendita. E que os homens, reunidos no mesmo jugo suave da fraternidade que nos ensinastes, descansem embalados no cântico sublime da vossa misericórdia e do vosso amor.


(.Irmão X)


8 de março de 1937.



Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

CARMELO

Atualmente: ISRAEL
Atual cidade de Haifa. Lugar em que o profeta Elias desafiou os profetas de Baal

Monte Carmelo ou Monte do Carmo é uma montanha na costa de Israel com vista para o Mar Mediterrâneo. A grande cidade israelita de Haifa localiza-se parcialmente sobre o Monte Carmelo, além de algumas outras cidades menores, como Nesher e Tirat Hakarmel.

O seu nome deriva do hebraico Karmel, que significa "jardim", "campo fértil" ou "vinha do Senhor" (carmo significa "vinha", el significa "senhor").

Segundo a Bíblia, neste local se deu o duelo espiritual entre o profeta Elias e os profetas de Baal. Na ocasião, Elias provou, aos homens, que o Deus de Israel era o verdadeiro Deus, e não Baal. Na história narrada pela Bíblia, o Monte Carmelo é citado como o local onde Elias desconcertou os profetas Baal, levando, de novo, o povo de Israel à obediência ao Senhor.

Foi também no Monte Carmelo que, segundo a Bíblia, Elias fez descer fogo do céu, que consumiu por duas vezes os 50 soldados com o seu capitão, que o rei Acazias tinha mandado ali para prender o profeta, em virtude de ter este feito parar os seus mensageiros que iam consultar Baal Zebube, deus de Ecrom (II Reis 1:9-15).

A Bíblia ainda cita esta montanha como o local em que a mulher sunamita que perdera seu filho, foi encontrar-se com o profeta Eliseu (II Reis, capítulo 4, versículos 8:31) para entender a sua perda.

A montanha também é o local de origem da Ordem Carmelita: ali, viviam eremitas entregues à oração e à penitência, inspirados no exemplo de vida austera de Elias. Esses eremitas, que, ali, construíram uma capela dedicada a Nossa Senhora do Carmo, teriam dado origem à ordem e à devoção a Nossa Senhora do Carmo. Com a perseguição muçulmana no século XII, a ordem e a devoção teriam se espalhado pelo Ocidente.

O Monte Carmelo é considerado um lugar sagrado aos seguidores da Fé Bahá'í, e é o local do Centro Mundial Bahá'í e do Santuário do Báb. A localização dos lugares sagrados Bahá'ís têm suas origens com o exílio e a prisão do fundador da religião, Bahá'u'lláh, próximo a Haifa pelo Império Otomano durante o domínio do Império Otomano na Palestina.

O Santuário do Báb é a estrutura onde estão os restos mortais do Báb, fundador do Babismo e antecessor de Bahá'u'lláh na Fé Bahá'í. A localização precisa do santuário no Monte Carmelo foi designada por Bahá'u'lláh mesmo, e os restos do Báb permanecem ali desde 21 de março de 1909 em um mausoléu de seis salas construído de pedras locais. A construção do santuário com um domo de ouro foi concluída sobre o mausoléu em 1952, e uma série de patamares decorativos ao redor do santuário foram concluídos em 2001. O marbles branco usado vem da mesma fonte antiga que as principais obras de arte Atenienses usaram, o Monte Pentélico.

Bahá'u'lláh, fundador da Fé Bahá'í, escreveu na Epístola do Carmelo que a área ao redor do santuário seria o lugar da sede administrativa da religião; os edifícios administrativos Bahá'ís estão construídos nas adjacências dos patamares decorativos, e são referidos como edifícios do Arco, devido à forma de seu arranjo físico.

Mapa Bíblico de CARMELO


ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Reis Capítulo 18 do versículo 1 até o 46
3. Elias Apresenta-se a Acabe (I Reis 18:1-46)

A longa seca havia causado uma grave falta de alimentos para os povos das terras afetadas, bem como de grãos e de pasto para os seus animais Com a fome que criava as mais graves condições e sentimentos que, sem dúvida, cresciam contra aquele que havia trazido a profecia da seca, Deus enviou Elias de volta para Samaria, a fim de comparecer novamente perante Acabe. Ao se dirigir àquela cidade, o profeta enfrentaria não só a ira do rei, mas também Jezabel e seus fanáticos sacerdotes.

  1. Deus manda e Elias obedece (18.1,2). No terceiro ano (1) é uma expressão que deve ser entendida como a indicação do tempo que Elias passou em Sarepta — isto é, mais de dois anos. Elias havia iniciado a viagem a Samaria quando ocorreram os dois inciden-tes de 3 a 16. Apesar da explosiva situação que o aguardava, ele obedeceu à ordem de Deus para se apresentar perante Acabe.
  2. Elias encontra Obadias (18:3-16). Podemos imaginar o rigor da falta de alimentos pelo fato do rei Acabe e seu mordomo Obadias serem forçados a procurar sistematica-mente, e em lugares longínquos, as ervas para os animais (5,6). Obadias é identificado como um sincero servo de Deus, que teve coragem de esconder cem profetas do Se-nhor (4) em uma caverna para poupá-los da implacável perseguição de Jezabel. Elias o encontrou e pediu-lhe que dissesse a Acabe que gostaria de vê-lo. És tu o meu senhor Elias? (7) também poderia ser entendido mais claramente como "És tu, meu senhor Elias?" Podemos entender a relutância de Obadias de procurar Acabe, porque o rei havia despendido um grande esforço, mas sem resultado, para encontrar o profeta. Elias pode-ria desaparecer outra vez, misteriosamente, do mesmo modo que havia ficado escondido antes. Se isso acontecesse, Acabe se iraria e mandaria matar o mordomo (9-14). Quando Elias lhe garantiu que isso não aconteceria, ele se dispôs a falar ao rei.
  3. O perturbador de Israel (18:17-19). O fato de Acabe chamar Elias de perturbador de Israel é típico da cegueira de um pecador. Na verdade, é muito difícil alguém admitir que pecou e que, como pecador, deve ser justificadamente submetido ao juízo de Deus. Esta confissão só acontece quando o indivíduo está misericordiosamente convencido dos seus pecados através do ministério do Espírito Santo.

Elias deixou bem claro quem era o verdadeiro perturbador de Israel: Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor (18). Havia chegado o momento da prova final. O Deus de Israel exporia Baal, Aserá e também quaisquer outros falsos deuses, para deixá-los exatamente como eram. E isto aconteceria em uma competição entre Elias e os profetas das divindades dos cananeus no monte Carmelo (19).

  1. A disputa (18:20-46). O monte Carmelo é uma cordilheira com cerca de 32 quilômetros de comprimento que se estende na direção sudeste-noroeste desde o vale de Esdraelom até a margem do Mediterrâneo. O rio Quisom corre ao longo de sua margem oriental durante grande parte dessa extensão. O promontório ocidental da montanha, situado junto ao mar, forma a região suburbana da moderna cidade de Haifa. Nesse local ainda existe um famoso mosteiro carmelita construído sobre uma caverna que, segundo se acredita, é o lugar onde Elias viveu durante algum tempo.

Acredita-se que o local da disputa entre Elias e os profetas de Baal era perto da encosta sudeste do Carmelo, junto ao seu ponto mais elevado que está a aproximada-mente 600 metros acima do nível do mar. Esse lugar é geralmente identificado com el-Muhraka ou "lugar queimado", e ajusta-se muito bem aos detalhes fornecidos pela Bíblia Sagrada. Próximo a ele há uma fonte que abastece o local com água. O rio Quisom está logo abaixo, e o monte Tell el-Qassis ou "monte do sacerdote" não é muito distante dali.

O monte Carmelo está situado a cerca de 64 quilômetros de Samaria. A Bíblia não afirma se essa cidade foi o lugar onde Elias e Acabe se encontraram (17-19), mas, presumivelmente, isso não foge à verdade. Diferentes sugestões foram apresentadas, para justificar a razão pela qual o monte Carmelo foi escolhido. Essa cadeia de monta-nhas, com suas cavernas e poucos habitantes, pode ter sido o local do esconderijo de Elias e seus seguidores ou discípulos ("os filhos dos profetas", veja II Reis 2). Ele também pode ter sido o local onde havia um ponto elevado e preferido para o culto a Baal, com sua vista imponente do mar do lado oriental e do vale de Aco ao norte. Esse local deve ter sido considerado muito apropriado para o culto a Baal que, como controlador da tempestade e da chuva, terminava com a seca do verão e trazia as vivificantes chuvas do inverno. Se essa última sugestão estiver correta, então Elias levou o conflito ao núcleo da própria fortaleza dos seguidores de Baal.

  1. O desafio (21-24). Elias não deu oportunidade aos profetas de Baal de colocá-lo em uma posição defensiva, e tomou a iniciativa da disputa. "Até quando coxeareis entre dois pensamentos? ou "fendas" (21, hebraico) era o seu desafio. O significado exato das palavras não está muito claro para nós atualmente. Mas, a expressão pode ser traduzida como: "Quanto tempo ireis coxear por causa de duas tendências diferentes?" Essa é uma tradução em sentido figurado sugerida pelo contexto.

O que acontece depois está bem claro. O povo tentava encontrar um lugar para Baal e outro para Deus em sua vida, e isso o incapacitava seriamente. Elias desafiou todos a observar o que aconteceria, para depois decidir — Se o Senhor é Deus, segui-o (21). Esse desafio era uma proposta definitiva; ela indicava sua grande confiança em Deus, a quem o profeta conhecia como o Senhor de poder e milagres. Ele estava confiante, embo-ra fosse apenas um contra os 450 profetas de Baal. A Bíblia não declara porque os profe-tas das cavernas (19, ou profetas de Aserá) não apareceram, pois foram convocados. Cada um dos lados deveria preparar um bezerro para o sacrifício e concordaram em orar e aguardar que os sacrifícios fossem consumidos pelo fogo sagrado (24).

Na indagação de Elias, Até quando coxeareis entre dois pensamentos? (21) podemos imaginar: O tormento da indecisão — (1) a atraente sedução de outros deuses, 18,19; (2) a reivindicação do Senhor de ser o único Deus, 21; (3) o crucial teste das conse-qüências, 24; (4) O fracasso do falso, 25-29; (5) o triunfo da verdade, 30-40.

  1. O frenesi dos profetas de Baal (25-29). Os profetas de Baal (25) foram os pri-meiros a preparar o sacrifício. Clamaram toda manhã pelo seu deus, mas seus gritos foram em vão, e o escárnio de Elias incitava ainda mais a sua agitação. De acordo com seus costumes' eles cortavam e feriam profundamente o corpo e proferiam loucamente palavras sem nexo. Esperavam que Baal fosse responder por causa de suas expressões (razão pela qual eram chamados de profetas) ; porém, ao consumir o seu sacrifício, "não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma" (29).
  2. A oração de Elias (30-40). É difícil encontrar uma explicação a respeito do al-tar do Senhor que Elias reparou (30). Parece que a adoração a Deus, conduzida nesse local, havia sido interrompida. Uma provável sugestão é que esse altar fora usa-do por pessoas do Reino do Norte que eram fiéis a Deus, mas que foram proibidas de continuar com suas práticas religiosas por causa da religião de Acabe e Jezabel, que era dirigida à adoração a Baal e Aserá. A restauração de Elias significava que a reli-gião de Deus seria novamente instalada. Talvez exista aí a explicação da razão pela qual Elias escolheu o monte Carmelo para a competição contra os profetas de Baal.

As doze pedras (31), as quais simbolizavam as doze tribos de Israel, foram colocadas no altar com a finalidade de retratar o desejo de Deus para a unidade entre as tribos, particularmente uma crença unificada em sua pessoa. Segundo a largura de duas medidas de semente (32), isso "não pode significar duas medi-das de cereais juntas, mas, provavelmente, a largura da vala em volta do altar, uma grande jarda, ou uma medida semelhante" (Berk). Depois de tomar grandes precauções à vista de todos, contra acusações de fraude (33-35), o sacrifício de Elias estava pronto.

Na hora em que o sacrifício da noite era habitualmente oferecido, Elias orou ao Deus dos patriarcas de Israel, que também era o seu Senhor. Ele orou, como somente uma pessoa obediente pode rogar, para que Deus pudesse responder, afastar o seu povo (37) de Baal e Aserá, e trazê-lo de volta para Si.

Deus respondeu a Elias e, bondosamente, honrou os fiéis israelitas com a sua santa presença. Seu fogo sagrado consumiu a lenha, o sacrifício encharcado de água e o próprio altar (38). O povo, cheio de admiração e espanto, confessou o que todo homem deve con-fessar — quanto mais cedo na vida, melhor: "Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!" (39). Essa confissão deixava bem claro que eles haviam decidido em favor de Deus e contra Baal. Elias, então, ordenou que o povo agarrasse os profetas de Baal para matá-los.

O Quisom (40), também mencionado na batalha de Débora e Baraque contra Sísera (Jz 4:13-5.21), e que corre a cerca de 300 metros abaixo de el-Muhraka, pode ser alcan-çado quando se desce uma ravina cheia de pedras.

No sacrifício e na oração de Elias podemos ver: (1) Uma fé que ousa submeter Deus a um teste, 30-35; (2) Um homem que está preocupado com a glória de Deus e a salvação de seu povo, 36,37; (3) A espécie de resposta dada por Deus a essa fé e a esses homens, 38; e, (4) A resposta do povo diante do poder de Deus assim manifestado, 39.

  1. Deus envia a chuva (41-46). Elias fez o povo entender que era Deus, e não Baal, quem enviava a chuva e terminava com a terrível seca. A finalidade do milagre era mos-trar claramente quem estava no controle de todo o reino da Natureza.

As pessoas consideravam que Baal era particularmente o deus da tempestade e da chuva. Elas acreditavam que durante o verão, quando o campo se tornava seco e tostado, como acontece na Palestina, Baal dormia ou estava confinado ao mundo inferior. O retor-no das chuvas em meados de outubro ou no início de novembro indicava que Baal retornava às suas atividades'.

Dessa forma, a seca anunciada por Elias (I Reis 17:1) havia acontecido como um desafio direto a Baal. Quanto mais tempo ela continuasse, mais evidente se tornava que ele não era o grande deus que os seus seguidores acreditavam ser, e que só o Senhor era o Deus verdadeiro. A mensagem de Elias a Acabe: Sobe, come e bebe (41) indicava que a ansi-edade e o temor experimentados durante o longo período de seca logo seriam substituí-dos pela alegria, pelo fato de que a calamidade finalmente chegara ao fim. E a chuva começou a cair logo depois da oração de Elias. Primeiro apareceu uma pequena nuvem sobre o mar na linha do horizonte. Depois, formou-se a tempestade e finalmente caiu uma chuva abundante (43-45). Acabe, instruído por Elias, tomou o caminho de Jezreel (45,46), a moderna Zer`in, na base do monte Gilboa, na região oriental do vale de Jezreel. Este era aparentemente o local da residência de verão do rei, e a distância não era muito longa. Elias, fortalecido pelo Senhor, chegou a essa cidade antes de Acabe.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de I Reis Capítulo 18 versículo 19
O monte Carmelo é uma cadeia montanhosa que se estende uns 30 km na beira do vale de Jezreel ou Esdrelom e termina em um promontório que dá sobre o mar Mediterrâneo. Tinha caráter sagrado tanto para os israelitas como para os fenícios, e a abundante vegetação que o cobre chegou a ser no AT um símbolo de fecundidade e formosura. Conforme Is 35:2; Jr 46:18; Ct 7:5. Ver o Índice de Mapas.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Reis Capítulo 18 do versículo 1 até o 46
*

18:3

o mordomo. Esta era uma importante posição na administração real (4.6, nota).

* 18:4

Jezabel exterminava os profetas do SENHOR. Não se contentando em promover sua religião nativa, Jezabel perseguia os seguidores do Senhor e assassinava os seus profetas.

* 18:5

cavalos e mulos. A seca ameaçava o governo de Acabe, porquanto o exército dependia desses animais, por exemplo, nas forças de carros de combate. A reação de Acabe à seca foi prática, pois tentou descobrir água, ao invés de procurar chegar até ao âmago da questão: quem é soberano sobre a natureza e a vida.

* 18:12

o Espírito do SENHOR te leve. Anteriormente, Elias tinha desaparecido do outro lado do rio Jordão, para então emergir em Sarepta.

* 18:17

ó perturbador de Israel? Acabe via Elias como um perturbador da ordem, uma ameaça ao funcionamento normal da sociedade. Sua compreensão era superficial.

* 18:18

os baalins. Eram manifestações locais do deus Baal.

* 18:19

monte Carmelo. Esse monte se projeta ao longo do litoral do mar Mediterrâneo, na direção oeste do mar de Quinerete (Galiléia). Visto que ficava próximo às cidades fenícias, provavelmente era muito forte ali a influência da religião de Baal.

profetas do poste-ídolo. Ou: Asera. Ver nota em 14.15.

que comem da mesa de Jezabel. Esses profetas falsos eram sustentados pelo estado (2.7, nota).

* 18:24

o deus que responder por fogo. Visto que os seguidores de Baal acreditavam que Baal controlava o trovão, o relâmpago e as tempestades, o desafio de Elias atingiu o âmago desse poder alegado (16.31, nota).

* 18:26

manquejando, se movimentavam ao redor do altar. Os profetas de Baal se envolveram numa dança ritual (referência lateral) para despertar o indiferente Baal.

* 18:27

Clamai em altas vozes. Os mitos de Baal retratam-no viajando, guerreando, visitando o sub-mundo e até mesmo morrendo e voltando à vida. Elias sabia acerca dessas crenças, e se aproveitou disso, zombando dos seguidores de Baal.

atendendo a necessidades. Esta frase provavelmente é um eufemismo como o sentido de aliviar o ventre.

* 18:28

segundo o seu costume. Eles se cortavam para provocar a Baal. A auto-dilaceração era proibida segundo a lei do Antigo Testamento (Lv 19:28; Dt 14:1), apesar disto era praticada por alguns judeus (Jr 41:5; 47:5).

* 18:29

profetizaram eles. Essa descrição, provavelmente, indica um transe ou estado extático.

até que a oferta de manjares se oferecesse. Isto é, em torno das 15 hs (Êx 29:38-41; Nm 28:3-8; 2Rs 16:15 e At 3:1).

* 18:31

doze pedras. Elias enfatizou a unidade do povo de Israel, a despeito da divisão do reino em dois. Dessa forma, ele salientou que o fato ocorrido no monte Carmelo não era relevante somente para as tribos do norte, mas para as tribos do sul, por semelhante modo (Êx 20:25; 24:4; Js 4).

Israel será o teu nome. Essas palavras são uma citação de Gn 35:10, onde Deus declara o nome especial que ele tinha dado anteriormente a Jacó.

* 18:36

aproximou-se o profeta Elias e disse. Em contraste com as atividades complicadas e frenéticas dos profetas de Baal, a oração de Elias foi simples e direta.

* 18:37

a ti fizeste retroceder o coração deles. O ato humano do arrependimento não é possível sem a graça divina.

* 18:40

ribeiro de Quisom. Esse ribeiro corre na direção norte, na planície abaixo do monte Carmelo.

ali os matou. Israel era uma teocracia, uma sociedade fundada e constituída sob Deus. 13 1:5-13.5'>Dt 13:1-5 determina a execução dos falsos profetas: 13 13:5-13.18'>Dt 13:13-18 e 17:2-7 prescreve a morte de qualquer um que abrace a idolatria ou incite outros a se tornarem idólatras.

* 18:41

come e bebe. A austeridade de Acabe podia terminar, porque a fome em breve terminaria (conforme Tg 5:17,18).

* 18:45

Acabe subiu ao carro e foi para Jezreel. Acabe usava a cidade de Jezreel (localizada próximo ao monte Gilboa) como sua segunda residência (em adição a Samaria: 20.43; 21.1).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Reis Capítulo 18 do versículo 1 até o 46
18.3, 4 Apesar de que Elías estava sozinho em sua confrontação com o Acab e Jezabel, não era o único no Israel que acreditava em Deus. Abdías tinha sido fiel ao esconder a cem profetas que ainda seguiam leais a Deus.

Elias

O compromisso leal do Elías com Deus nos impressiona e nos apresenta uma provocação. Foi enviado para confrontar, não consolar, e falou as palavras de Deus a um rei que freqüentemente rechaçou sua mensagem só porque era Elías o que o trazia. O profeta escolheu seguir adiante solo com seu ministério para Deus e pagou por esta decisão experimentando o isolamento de outros que também eram fiéis a Deus.

É interessante pensar nos surpreendentes milagres que Deus levou a cabo por meio do Elías, mas faremos bem se nos centrarmos na relação que tinham ambos. Tudo o que aconteceu na vida do Elías começou com o mesmo milagre que está a nosso alcance: ele respondeu ao milagre de poder conhecer deus.

Por exemplo, depois de que Deus levou a cabo um milagre grandioso por meio do Elías, ao derrotar aos profetas do Baal, reina-a Jezabel se vingou ameaçando a vida do Elías, e Elías fugiu. Sentiu medo, abandono e se deprimiu. Apesar da provisão de comida e casaco no deserto, Elías desejava morrer. Assim Deus lhe apresentou em uma "demonstração áudio-visual" e com a mensagem que ele precisava escutar. Elías presenciou uma tormenta de vento, um terremoto e fogo. Mas o Senhor não estava em nenhuma dessas manifestações poderosas. Pelo contrário, Deus mostrou sua presença em um suave sussurro.

Elías, como nós, lutou com seus sentimentos até depois desta mensagem de consolo de parte de Deus. Assim Deus confrontou as emoções do Elías e o mandou a atuar. Disse-lhe o que agora tinha que fazer e lhe informou que parte de sua solidão estava apoiada na ignorância: ainda havia no Israel sete mil pessoas que seguiam sendo fiéis a Deus.

Ainda na atualidade, Deus freqüentemente nos fala por meio da quietude e do óbvio, e não pelo espetacular e incomum. Deus tem trabalho para nós mesmo que sintamos medo ou temor a fracassar. Deus sempre tem mais recursos e pessoas das que nós conhecemos. Embora podemos desejar fazer grandes milagres para Deus, em troca devemos nos concentrar em ter uma relação pessoal com O. O milagre real da vida do Elías foi sua verdadeira relação pessoal com Deus. Esse milagre segue estando a nosso alcance.

Pontos fortes e lucros:

-- Foi o profeta do Israel mais famoso e dramático

-- Predisse o começo e o final de uma seca de três anos

-- Foi usado Por Deus para ressuscitar a um menino

-- Representou a Deus em uma prova de forças com os sacerdotes do Baal e Asera

-- Apareceu com o Moisés e Jesus na cena da transfiguración no Novo Testamento

Debilidades e enganos:

-- Decidiu trabalhar sozinho e pagou por isso com o isolamento e a solidão

-- Fugiu com pavor do Jezabel quando ameaçou sua vida

Lições de sua vida:

-- Nunca estamos tão perto do fracasso como em nossos momentos de maior vitória

-- Nunca estamos tão solos como parece que nos sentimos. Deus sempre está conosco

-- Deus fala com maior freqüência em sussurros persistentes, que a gritos

Dados gerais:

-- Onde: Galaad

-- Ocupação: Profeta

-- Contemporâneos: Acab, Jezabel, Ocozías, Abdías, Jehú, Hazael

Versículos chave:

"Quando chegou a hora de oferecer o holocausto, aproximou-se o profeta Elías e disse: Jeová, Deus do Abraão, do Isaque e do Israel, seja hoje manifesto que você é o Deus no Israel, e que eu sou seu servo, e que por teu mandato tenho feito todas estas coisas. me responda, Jeová, me responda, para que conheça este povo que você, OH Jeová, é o Deus, e que você, volta para ti o coração deles. Então caiu fogo do Jeová, e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras e o pó, e até lambeu a água que estava na sarjeta" (1Rs 18:36-38).

A história do Elías se relata em 2 Rsseis 17:1-2Rs 2:11. Além disso o menciona em

2Cr 21:12-15; Ml 4:5-6; Mt 11:14; Mt 16:14; Mt 17:3-13; Mt 27:47-49; Lc 1:17; Lc 4:25-26; Jo 1:19-25; Rm 11:2-4; Jc 5:17-18.

18:18 Em vez de adorar ao Deus verdadeiro, Acab e sua esposa Jezabel adoravam ao Baal, o deus mais popular dos cananeos. Pelo general, os ídolos do Baal eram moldados em forma de touro, representando a fortaleza e a fertilidade, e refletindo fome de poder e de prazer sexual.

18:19 Acab convocou a oitocentos e cinqüenta profetas pagãos em monte Carmelo para comparar a inteligência e o poder com o Elías. Os reis malvados odiavam aos profetas de Deus porque falavam em contra do pecado e da idolatria, e minavam seu controle sobre o povo. Com a ajuda dos reis malvados, muitos profetas pagãos se levantaram para combater as palavras dos profetas de Deus. Mas Elías mostrou ao povo que o falar uma profecia não era suficiente. necessitava-se o poder de um Deus vivente para cumpri-la.

18:21 Elías desafiou ao povo a tomar uma decisão: seguir a quem quer que fora o verdadeiro Deus. por que oscilou tanta gente entre as duas alternativas? Possivelmente alguns não estavam seguros. Muitos deles, entretanto, sabiam que Deus era Jeová, mas desfrutavam dos prazeres pecaminosos e de outros benefícios que obtinham ao seguir ao Acab e sua adoração idólatra. É importante tomar partido Por Deus. Se só nos deixamos levar por algo que seja prazenteira e fácil, algum dia descobriremos que estivemos adorando a um deus falso: nós mesmos.

18:29 Apesar de que os profetas do Baal se desfizeram em louvores durante toda a tarde, nenhum lhes respondeu. Seu deus estava em silêncio porque não era real. Os deuses aos que nos vemos tentados a seguir não são ídolos de pedra ou de madeira, mas são igualmente falsos e perigosos porque nos fazem depender de outras coisas e não de Deus. O poder, a posição, a aparência ou as posses materiais podem chegar a converter-se em nossos deuses se lhes dedicarmos nossas vidas. Mas quando chegar o tempo de crise e desesperadamente clamemos a esses deuses, solo haverá silêncio. Não podem oferecer respostas verdadeiras, nem guia, nem sabedoria.

18:31 Usar doze pedras para construir o altar requereu valentia. Isto poderia ter ocasionado que algumas pessoas se zangassem porque era um aviso silencioso da divisão entre as tribos. Enquanto as dez tribos do norte se chamaram a si mesmos o Israel, este era o nome que originalmente tinham recebido as doze tribos em conjunto.

18.36-38 Deus enviou fogo dos céus para o Elías, e O nos ajudará a completar o que nos mandou a realizar. A prova pode não ser tão dramática em nossa vida como foi na do Elías, mas Deus nos fará acessíveis os recursos de maneiras criativas para obter seus propósitos. Dará-nos a sabedoria para educar a nossa família, o valor para nos levantar em favor da verdade, ou os meios para ajudar a alguém em necessidade. Como Elías, podemos ter fé em que, seja o que Deus nos mande fazer, O proverá o que necessitamos para levá-lo a cabo.

18:46 Elías correu quase 10 km de volta à cidade para poder dar ao Acab a última oportunidade para voltar-se de seu pecado antes de reunir-se com o Jezabel no Jezreel. Sua carreira assegurou, além disso, que chegasse ao Jezreel a história correta do que tinha acontecido.

PROFETAS FALSOS E VERDADEIROS

FALSOS PROFETAS

Trabalhavam com propósitos políticos para benefício deles mesmos

Abundavam em posses

Davam mensagens falsas

Diziam só o que o povo queria escutar

VERDADEIROS PROFETAS

Trabalhavam com propósitos espirituais para servir a Deus e ao povo

Possuíam pouco ou nada

Só davam mensagens verdadeiras

Diziam só o que Deus lhes indicava, sem importar o pouco popular que fora sua mensagem

Os falsos profetas foram um obstáculo para poder levar a Palavra de Deus ao povo. Levavam mensagens que contradiziam as palavras dos verdadeiros profetas. Davam "mensagens" que apelavam à natureza pecaminosa e consolavam seus temores. Os falsos profetas disseram ao povo o que este queria escutar. Os verdadeiros profetas davam a conhecer a verdade de Deus.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Reis Capítulo 18 do versículo 1 até o 46

c. Contestando em Carmel (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Reis Capítulo 18 do versículo 1 até o 46
O ministério público:

"Vai, apresenta-te" (18)

O profeta, após ser treinado e testa-do em particular, agora está pronto para seu ministério público, portan-to o Senhor ordena-lhe que enfrente o perverso rei Acabe (veja 16:33). Temos de admirar a paciência de Elias em esperar três anos para pre-gar um sermão.

  1. Elias e Obadias (vv. 1-16)

Obadias é o retrato do crente que faz concessão, e sua vida é um con-traste direto com a de Elias. Elias ser-via ao Senhor publicamente e sem medo; Obadias servia a Acabe (vv. 7-8) e, em segredo, tentava servir a Jeová (vv. 3-4). Elias estava "fora do arraial" (He 13:13); Obadias estava na corte. Elias conhecia a vontade do Senhor; Obadias não sabia o que estava acontecendo. Ao mes-mo tempo que Elias trabalhava para salvar a nação, Obadias procurava ervas para salvar os cavalos e mulos. Quando Elias confrontou Obadias, o servo amedrontado nao confiou no profeta. Observe que Obadias gaba-se de seu serviço secreto na tentativa de impressionar Elias com sua devoção (v. 13). Infelizmente, hoje temos muitos Obadias e pou-cos Elias!

B. Elias e Baal (vv. 17-29)

O profeta não estava com medo de encontrar-se com o rei Acabe nem de dizer-lhe a verdade. Os maus sempre culpam os crentes pelos pro-blemas do mundo; eles nunca pen-sam em culpar seus próprios peca-dos. A disputa não era entre Elias e Acabe. Era entre Deus e Baal. A na-ção coxeava "entre dois pensamen-tos", e estava na hora de tomar uma decisão (veja Êx 32:26; Js 24:1 Js 24:5; Mt 12:30). O povo não respondeu nada quando foi confrontado com seu pe-cado (v. 21). Elias pediu uma situa-ção impossível: o Deus verdadeiro respondería com fogo. É claro que ele sabia que, em tempos passados, o Senhor respondera muitas vezes com fogo (Lv 9:24; 1Cr 21:26). O servo do Senhor que obedece à Palavra dele e crê nela não precisa temer o fracasso. Obviamente, Baal não podia responder porque ele não existe. Satanás poderia mandar fogo para enganar o povo Oó 1:16; Ap 1:3:13), mas o Senhor não permitiría que isso acontecesse. Elias zombou dos profetas de Baal: "Ri-se aque-le que habita nos céus" (Sf 2:4). É \ 'impressionante a que extremos os pagãos perversos chegam para ten-tar fazer com que seus deuses falsos respondam à sua oração. Veja Sl 115:0). Ele sabia como vigiar e orar (Cl 4:2) e como persis-tir em oração até o Senhor enviar a resposta. Deus não envia chuvas de bênçãos enquanto não julga o peca-do. Não demorou muito para o céu escurecer cheio de nuvens, e o vento soprar, e a chuva chegar. O Senhor deu força sobre-humana a Elias para correr adiante do carro do rei que seguia em direção a Jezreel.

O que fazemos com o Senhor em particular é muito mais impor-tante do que o que fazemos por ele em público. Nossa vida secreta pre-para-nos para nossa vida pública. A não ser que estejamos dispostos a passar pela disciplina como a da torrente seca, da botija vazia e da morte do menino, jamais alcançare-mos vitórias como a do monte Car- melo. "Os que esperam no Senhor renovam as suas forças" (Is 40:31).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de I Reis Capítulo 18 do versículo 1 até o 46
18.3 Obadias. O nome quer dizer "Servo de Deus" e é comum no Antigo Testamento, havendo até um profeta com idêntico nome. Ele, assim como José e Daniel, conservou sua piedade, mesmo no meio de uma corte pagã. Deus preservara Seus filhos até mesmo em ambientes pecaminosos, na própria política, onde a luz do crente deve brilhar (Mt

5:13-16).
18.10 Vê-se aqui a importância que o rei dava à procura de Elias, vendo nele a chave do problema da seca, que já se agravara demais. O próprio rei com seu mordomo, estava percorrendo a terra, em busca de erva para Seus animais (5 e 6). Segundo os costumes pagãos, que o rei adquiriu de Tiro, capital da religião cananéia, a morte do "feiticeiro" quebraria o "feitiço" (para os adoradores de Baal, era Baal que regia as forças da natureza; razão por que a luta contra alguém que profetizara uma seca teria de prosseguir até e fim).
18.12 O Espírito do Senhor te leve. Este tipo de arrebatamento não podia ser considerado improvável (2Rs 2:1, 2Rs 2:3, 2Rs 2:16; At 8:39). Se o profeta escapasse por um milagre, Obadias seria culpado de estar ajudando o profeta, e isto contra o rei. Ele já se arriscara muito (13).

18.17 Ó perturbador. • N Hom. O pecador nunca reconhece que é ele mesmo quem perturba o seu próprio íntimo, sua própria saúde, e seu próprio ambiente social. Sempre culpa a quem lhe desperta a consciência. É por isso que a psicologia pagã, vendo as pessoas perturbadas por um senso de culpa, admite abolir toda a moralidade, julgando que com a ausência da lei moral, o pecado jamais preocuparia, uma vez que o ilícito passaria a ser lícito. Mas sendo Deus justo e o homem pecador, tal inversão seria uma aberração moral. O próprio Deus nos deu o senso divino da realidade do pecado e o escape eterno para dele nos libertar - a vida e a morte do Seu próprio Filho Jesus Cristo, nosso Salvador (1Jo 1:7 e 2.1 -2).

18.18 Seguistes os Baalins. A palavra hebraica Ba'al quer dizer "Dono", "Senhor" e "Marido". No paganismo de Canaã, era o nome coletivo para expressar várias idéias que o povo fazia, das divindades da natureza, que seriam os protetores de certas regiões, especialmente de bosques e montanhas. Alguns consideram-no deus das chuvas, outros um deus do fogo. Gradualmente, o nome se tornou um nome próprio, o Baal, o "grande" deus da fertilidade, e produção agrícola, adorado pelos cananitas e pelos seus sucessores, os fenícios. Esta adoração incluía os piores abusos sexuais e o sacrifício de vidas infantis (Jr 19:5). Jezabel, filha de um sacerdote-rei de Tiro, era a grande incentivadora do restabelecimento do culto de Baal na Palestina, tendo conseguido tal progresso no assunto, que provocara o desafio público e decisivo de profeta Elias (21).

18.26 Manquejando. Aqui se descreve uma parte do ritual pagão em voga naquela época. Os falsos profetas caminhavam ao redor do altar, ajoelhando-se a cada passo, fazendo uso alternado dos joelhos.

18.31 Doze pedras. Este ato é uma condenação simbólica e profética da divisão das tribos, todas elas pertencentes a Deus. A divisão do reino levara Acabe a fazer aliança com os pagãos. O altar que "Elias restaurou" (30) teria sido, talvez, um centro do culto a Jeová, até os tempos de Acabe e a ascendência do paganismo.

18.34,35 Nota-se a calma sustentada pela fé do profeta, verdadeiro dom de Deus, que simplesmente deixa o Senhor agir em lugar da incapacidade humana (2Co 12:9). Vê-se como o profeta fez os preparativos, sem sequer sombra de dúvida da resposta divina, possuindo uma fé que, se necessário, poderia esperar horas sem temor e já sentindo o júbilo da vitória (27). Nas coisas eternas, o esforço humano não tem valor, mas sim a obra de Deus, aceita pela fé (Rm 4:5). Água. Teria vindo de um poço ou do mar que fica perto do monte Carmelo.

18.40 Ali os matou. Este ato ofenderia à sensibilidade do homem moderno, pois que já estamos na era dá graça de Cristo; mas para aquele povo, naquela situação histórica se justificava por vários motivos:
1) Vingava a morte dos profetas do Senhor;
2) Era o cumprimento ao julgamento divino contra os falsos profetas em Israel (Dt 13:1-5);
3) Era uma guerra autêntica, dos servos de Baal contra Deus e Seus seguidores.

18.43 Seu moço. Há uma tradição que afirma que o filho da viúva de Sarepta passou a ser o companheiro constante do profeta (17.23).

18.45 Jezreel. Esta cidade, situada perto do monte Gilboa, parece que era uma segunda capital de Acabe, ou talvez sua moradia de verão (21.1). A capital central era Samaria (16.24; 20.43).

18.46 Correu. A distância percorrida era de c. 25 km, e tinha de ser percorrida em alta velocidade , para acompanhar o carro real. Trata-se de um milagre de sustento sobrenatural, um sinal da presença de Deus com Elias.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de I Reis Capítulo 18 do versículo 1 até o 46
Javé ou Baal (18:1-46)
A disputa entre Javé e Baal é retomada no terceiro ano (18.1). Josefo cita Menandro quando diz que houve uma grande seca de um ano no reinado de Etbaal de Tiro. Os três anos e meio de Lc 4:25 e Jc 5:17 poderiam ser considerados os seis meses de estação seca antes de Elias fazer a sua declaração (17.1) quando deveriam cair as chuvas de outubro. Um período longo desses de seca deixava a terra árida e arruinada, v. 2. a fome era grande em Samaria: o rei e o seu assessor participam da busca por capim (v. 5,6). Será que os cavalos do rei recebiam mais cuidados do que os súditos moribundos?

v. 1. Vá apresentar-se a Acabe, esse ato exigia coragem por parte de Elias, que foi possível somente em virtude de sua fé na promessa de Deus: enviarei chuva. v. 3. Obadias, o responsável por seu palácio (o mesmo título é usado em 4.6), é apresentado como javista que usou a sua posição para atenuar as tentativas de Jezabel de exterminar os profetas do Senhor (v. 4). O texto não nos dá detalhes das tentativas dela, e pouco se sabe dos profetas que foram poupados e de sua relação com Elias. Provavelmente eram profetas cultuais associados aos santuários javistas ou mantidos pelo rei (como em 22.6). Obadias parece desconfortável na presença de Elias (v. 7), atestando com exagero a sua fidelidade (v. 13) e mostrando-se incapaz de compreender a situação. Talvez a calamidade o tivesse levado a um quase colapso nervoso; talvez não estivesse com a consciência totalmente tranqüila em virtude de sua posição de assessor do rei. A busca de Acabe por Elias (v. 10) resume três anos de temor crescente, e o rei teria prazer em extravasar de maneira ilógica a sua frustração sobre o mensageiro do desastre. Elias responde ao desabafo angustiado de Obadias com a simples garantia: Juro pelo nome do Senhor dos Exércitos, a quem eu sirvo, que hoje eu me apresentarei a Acabe (v. 15).

Acabe saúda Elias como o perturbador de Israel (v. 17) com a estupidez comum que não consegue olhar adiante do juízo e enxergar as causas morais. Elias preencheu o que Acabe tinha omitido: você e a família do seu pai [...] abandonaram os mandamentos do Senhor e seguiram os baalins (v. 18) e propõe uma disputa diante de todo o povo de Israel (v. 19).

v. 20. O monte Carmelo era o extremo ocidental de uma cadeia de montanhas cujo domínio havia sido disputado por Tiro e Israel. O lado mais próximo do mar (a oeste do local tradicional em memória de Elias) era reconhecidamente território de Tiro (e portanto pertencente a Baal). Os profetas de Baal e [...] de Aserá seriam desafiados no seu próprio território. O consentimento de Acabe (v. 20) mostra o domínio da personalidade de Elias. A natureza exata da disputa não foi revelada, mas os sacerdotes mostraram autoconfiança e concordância extraordinárias ao aparecerem em peso. Elias questiona a falta de compromisso sincero e total. v. 21. Até quando vocês vão oscilar para um lado e para o outro?-, o verbo pãsah é usado em relação ao manco Mefibosete em 2Sm 4:4 e em Is 31:5 com relação a aves pairando no ar. No v. 26, o verbo descreve a dança ritual. A figura talvez seja de um aleijado caminhando com muita dificuldade com a ajuda de duas muletas, ou de uma ave esvoaçando de um galho para outro. A lógica intransigente Se o Senhor é Deus, sigam-no; mas, se Baal é Deus, sigam-no foi um golpe duro na base da cultura de mente aberta e inclusiva que Acabe estava promovendo. As implicações do monoteísmo só são compreendidas lentamente (v. Ez 20:39Mt 6:24 para obter outros exemplos dessa lição). v. 22. Eu sou o único [...] talvez seja uma referência a esse confronto específico com os muitos profetas de Baal ou pode ser um comentário acerca da natureza corrompida dos outros profetas professos de Javé.

Os detalhes da disputa mostram poucas diferenças entre os preparativos cananeus e os hebreus para a oferta, mas o ritual violento e desvairado da mágica de imitação contrasta fortemente com a simples oração de Elias na hora do sacrifício (v. 36). O fim da seca tinha sido declarado em nome de Javé (v. 1), e para que isso não fosse atribuído a Baal a disputa deveria terminar com a resposta por meio do fogo (v. 24). A multidão, que antes esteve silenciosa (v. 21), aprova as condições: 0 que você disse é bom (v. 24). Elias aumenta ainda mais o desapontamento e desconforto dos sacerdotes de Baal ao usar um pouco de humor (as duas primeiras frases podem significar que Baal estava literalmente fazendo necessidades), v. 28. Então passaram a [...] ferir-se com espadas e lanças, de acordo com o costume deles (a RSV lê o mesmo verbo, gãdad, em Dn 7:14 no contexto agrícola; geralmente está relacionada ao lamento pelos mortos, e.g., Dt 14:1), no tipo de desconsideração pelo sofrimento característico de algumas práticas muçulmanas hoje, enquanto continuaram profetizando em transe (v. 29, uma tradução pejorativa do verbo nãbã’ que cobre a profecia de forma bem ampla. JB: “discursaram de forma bombástica” e NEB: “deliraram e discursaram” têm ainda menos apoio textual. Provavelmente “profetizaram” [entre aspas] seria a melhor maneira de representar a ironia do texto). O sombrio veredicto do v. 26 é reforçado com o lacônico: Mas não houve resposta alguma; ninguém respondeu, ninguém deu atenção (v. 29).

v. 30. Então Elias disse a todo o povo: Aproximem-se de mim\ um convite totalmente honesto. Era fácil escarnecer do ineficiente Baal; agora começava o verdadeiro teste da fé. Elias reparou o altar do Senhor, que estava em ruínas, possivelmente um santuário antigo que havia caído em desuso ou sido intencionalmente destruído sob o regime de Jezabel. As doze pedras (v. 31) eram um lembrete silencioso de que o verdadeiro Israel havia sido desintegrado pelo cisma. A água provavelmente foi tirada do mar e fornecia uma garantia tríplice contra a trapaça. A oração breve de Elias contrasta com as horas do ritual de Baal e mais uma vez inclui a antiga aliança, v. 36. 0 Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israeh não somente Senhor da natureza, mas também da história e do povo. v. 37. responde-me, ó Senhor contrasta com não houve resposta alguma do v. 29, e a razão declarada não é a sua vindicação pessoal mas para que este povo saiba que tu, ó Senhor, és Deus, e que fazes o coração deles voltar para ti (a NVI deixa pouco espaço para ambigüidade. BJ: “que convertes os corações deles”; NEB: “é o Senhor que os causou a se afastarem”). A tradução gira em torno da compreensão que Elias tinha da situação. Será que ele estava otimista de que um sinal dramático iria trazer o povo de volta a Javé? E mais provável (como Jesus em Jo 2:23-43) que ele estivesse desesperançado de qualquer arrependimento genuíno e só queria que eles soubessem que a sua decadência não poderia ser atribuída a Baal ou Jezabel, mas que era obra de Javé, e que era resultado inevitável do fato de eles terem rejeitado a antiga aliança e o primeiro mandamento.

v. 38. Então o fogo do Senhor caiu em tal demonstração de poder que o povo expressou a única reação possível: O Senhor é Deus! (v. 39). O destino dos profetas de Baal (v. 40) não era imprevisível. Eles e o povo sabiam da aposta que estavam fazendo. A liderança de Elias na defesa da aliança feita no deserto levou às sanções severas incluídas naquele pacto (Dt 13:0. Quando finalmente aparece a nuvem tão pequena quanto a mão de um homem (v. 44), a alegria da vitória lhe dá forças para correr os mais de 25 quilômetros até Jezreel como arauto do rei.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de I Reis Capítulo 18 do versículo 1 até o 19
c) O encontro de Elias com Acabe (1Rs 18:1-19)

No terceiro ano (1). O Novo Testamento (Lc 4:25; Jc 5:17) refere-se a três anos e meio porque se a profecia de Elias (1Rs 17:1) se fez precisamente antes de dever começar a estação das chuvas, seguir-se-ia um período de meio ano durante o qual não choveria. Desconhecem-se as circunstâncias em que Jezabel assassinou os profetas (4). Não é provável que essa mortandade fosse uma conseqüência da seca, uma vez que Obadias parte do princípio de que Elias tomara conhecimento da sua ação (13). É mais provável que a seca fosse uma conseqüência daquele crime. O fato de Elias poder chamar Acabe à sua presença demonstra bem até que ponto o rei aprendera a respeitá-lo e a temê-lo (8,16). Elias escolheu o Monte Carmelo (19) por este representar terreno disputado por Israel e pela Fenícia e ser por esta considerado sagrado e reservado aos deuses cananeus. Ajunta... a todo o Israel (19); aqui, como em tantas outras passagens, Israel está presente nos seus representantes. Os profetas de Asera, a deusa, não o símbolo (ver comentário a 1Rs 15:13); por razões desconhecidas estes profetas desaparecem da história e não voltam a ser mencionados.


Dicionário

Agora

advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

Ajunta

substantivo feminino Ação ou efeito de ajuntar.
Etimologia (origem da palavra ajunta). De ajuntar.

Asera

deusa dos tiros

Aserá

Nome de uma deusa cananita, mas esse termo nem sempre se distingue dos instrumentos usados em sua adoração. Referências às “colunas de Aserá” indicam alguns destacáveis objetos de madeira usados no culto à deusa. Ao que parece, essas colunas eram levantadas ao lado dos altares e, quando os israelitas obedeceram à ordem do Senhor, tais peças foram derrubadas e a madeira usada como lenha para queimar seus próprios sacrifícios (Ex 34:13; Dt 7:5; Dt 16:21; Jz 6:25)3.

Essa deusa é mencionada em vários documentos extrabíblicos. Nos textos ugaríticos ela era a deusa do mar, intimamente ligada a Baal. Os dois foram invocados juntos no confronto entre Elias e os falsos profetas, no monte Carmelo. Naquele desafio, o homem de Deus clamou e caiu fogo do céu, o qual queimou o sacrifício ao Senhor. A chama ardente caiu em resposta às orações de Elias, e não às dos falsos profetas (1Rs 18:19).

O povo de Israel desviava-se freqüentemente do Senhor para adorar os deuses cananeus. Tal “adultério”, como os profetas chamavam, era punido com grandes juízos de Deus. A extensão com que tal adoração a Baal e Aserá penetrou na vida e na adoração dos israelitas pode ser vista em muitos textos das Escrituras; mas a passagem de II Reis 21:3-7 merece uma nota particular, pois mostra o perverso rei Manassés estabelecendo uma coluna de Aserá dentro do próprio Templo. Como resultado dessa grande blasfêmia, o Senhor prometeu destruir Jerusalém e permitir que os inimigos de Judá conquistassem a terra.

Talvez, mais do que qualquer outro culto, a influência de longo prazo do culto de Aserá tornou-se um símbolo da assimilação israelita de outras culturas e religiões. As advertências feitas em Êxodo 34:13 (“os seus altares derrubareis, e as suas colunas quebrareis, e os seus postes-ídolos cortareis”) e repetidas muitas vezes em Deuteronômio (cf. 7:5; cf. 12:3; etc.) foram ignoradas.

O ponto central do problema com a adoração de Aserá e Baal era que Israel recusava-se a encarar com seriedade a necessidade de ser uma nação “santa” e dedicada somente ao Senhor e ao seu serviço. A facilidade de assimilar as culturas ao redor e suas várias manifestações religiosas sempre foi e será a questão que mais preocupa os homens e mulheres de Deus. P.D.G.


Aserá V. POSTE-ÍDOLO.

Baal

Baal [Dono; Senhor; Marido] - O principal deus da fertilidade em Canaã. O culto a Baal foi uma das piores tentações dos israelitas, desde os tempos antigos (Jz 2:13); (1Rs 16:31-32). Havia várias formas de Baal, que eram encontradas em diversas cidades, como se pode ver nos três verbete s seguintes. “Baalins” é o plural de “Baal” (Jz 2:11). Sua companheira era Aserá (v. POSTE-ÍDOLO).

Deus cananeu da fertilidade responsável, segundo se acreditava, pela germinação dos plantios, pela multiplicação dos rebanhos e pelo aumento de filhos na comunidade. O mais conhecido dos deuses de Canaã

(Heb. “mestre”). Esse deus semita ocidental sempre provou ser uma ameaça para a adoração genuína do povo de Israel. Era muito temido na cultuação cananita, porque representava o deus da tempestade, o qual, quando estava satisfeito, cuidava das colheitas e das terras; porém, se estivesse zangado, não enviava as chuvas.

Elias, no auge de sua atividade profética — enquanto o reino de Israel encontrava-se num triste declínio sob o reinado de Acabe — confrontou a adoração de Baal feita pelo rei e pelo povo, em I Reis 18. O confronto entre o profeta do Senhor e os de Baal sobre o monte Carmelo foi o ponto culminante da crescente tensão entre os nomes indicados por Jezabel e, portanto, leais a Acabe. Desde o início do reinado de Salomão, Israel estava envolvido em um sincretismo religioso com as nações circunvizinhas. Ao invés de fazer prosélitos, como deveriam, viviam num ambiente onde o temor de outros deuses havia obstruído a confiança do povo nas palavras dos profetas, muitos dos quais inclusive mataram.

A dificuldade do povo de Israel não era a de encontrar o Deus principal num panteão de muitos deuses. Pelo contrário, a questão era descobrir: “Qual é o único Deus vivo?”. Em I Reis 18, a intenção do profeta era zombar da insensatez de se adorar um “falso deus”, em vez de argumentar que tais entidades na verdade não existiam. A ironia desta passagem, ao comparar a verdade com a falsidade, Deus com Baal, pode ser vista em três áreas:


(1). Talvez a mais poderosa seja a ironia relacionada com a incapacidade de Baal de enviar chuva. Os cananeus acreditavam que ele, o deus que tinha o controle das forças da natureza, passava por ciclos regulares de morte e ressurreição. Esse fenômeno podia ser visto nos períodos da seca e da chuva. Começando com o desafio de I Reis 17:1, o qual comprovou que o Senhor podia reter a chuva, a despeito do que diziam os seguidores de Baal, e concluindo com a cena onde a chuva veio somente por meio das instruções de Deus, a Bíblia demonstra claramente que o Senhor é todo-poderoso sobre a natureza.


(2). A segunda ironia é sobre o próprio sacrifício. Em última análise, o sangue do sacrifício pareceria ser o dos próprios profetas de Baal mortos (1Rs 18:40). A despeito de toda a frenética atividade deles (vv. 27-29), “não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma” (v.
- 29b) por parte deste deus. O sacrifício deles foi em vão, porque o único sacrifício aceitável ao Senhor foi a fidelidade de um único profeta, apesar do fracasso nacional na adoração do Deus verdadeiro.


(3). A conclusão, a qual o escritor supõs que seria evidente para sua audiência, era a ironia de que Baal estava morto. Essa realidade não está explícita em I Reis 18:27-29, mas o leitor é levado a formular essa inescapável conclusão. A vindicação do profeta é que somente Deus está realmente vivo. Somente Ele responde com fogo; os outros não dão resposta alguma, pois não existem.

O ponto é novamente destacado quando, em I Reis 18:41-45, foi Deus quem mandou a chuva — algo que acreditavase ser uma prerrogativa de Baal. A religião cananita racionalizou os silêncios periódicos dos seus deuses com a ideia mitológica de que Baal ocasionalmente morria, para posteriormente ressuscitar. O indiscutível silêncio do falso deus deveria levar à conclusão de que na verdade estava permanentemente morto! S.V.


substantivo masculino Divindade cultuada em vários locais, por alguns povos antigos, especialmente pelos Cananeus (habitantes de Canaã, terra prometida a Abraão, antes da chegada dos judeus), sendo adorado como deus da fertilidade, da chuva e do céu.
Religião Deus supremo dos fenícios, povo antigo que habitava a atual região do Líbano, referenciado no Antigo Testamento como uma falsa entidade cujo templo foi erguido por Jezabel, sendo as ações de seus discípulos de teor reprovável.
Religião Designação bíblica atribuída aos deuses falsos; ídolo.
Etimologia (origem da palavra baal). Do hebraico Bahal.

Carmelo

substantivo masculino Mosteiro dos carmelitas.
Etimologia (origem da palavra carmelo). Carmel, nome próprio.

Lugar bem coberto de vegetação l. Uma montanha que nos fornece notável e característica feição de Canaã. Entra no mar Mediterrâneo formando um grande promontório, e estende-se pela terra dentro, quase em linha reta, numa distância de mais de 19 km. para o sueste, terminando repentinamente num despenhadeiro. Forma como que uma barreira entre a planície marítima de Sarom ao sul e as terras interiores de Esdrelom ao norte. o monte Carmelo é formado de pedra calcária dura, abundante em cavernas. Na montanha são, por vezes, encontradas pedras redondas, conhecidas pelo nome de ‘melões de Elias’. São, realmente, o que os geólogos chamam ‘geodos’. o carmelo acha-se ainda revestido daquela excelente vegetação que sugeriu aos profetas algumas das suas favoritas ilustrações (is 33:9Mq 7:14). o carmelo coube à tribo de Aser (Js 19:26) – e o rei de ‘Jacanã, ou Jocneão do Carmelo’ era um dos chefes cananeus, que foram derrotados por Josué (12.22). o monte Carmelo é, para nós, muito interessante pela sua conexão com a história dos dois grandes profetas de israel – Elias e Eliseu. Foi ali que Elias desconcertou os profetas de Baal, levando de novo o povo de israel à obediência ao Senhor. Deu-se este acontecimento na extremidade oriental da cordilheira. Deste sítio devia ser distintamente visível a cidade de Jezreel onde estavam o palácio de Acabe e o templo de Jezabel. E na base da montanha claramente se via o tortuoso leito do Quisom. Depois da mortandade subiu Elias ao cume do Carmelo, ali orando pela desejada chuva (1 Rs 18.17 a 46). Foi, também, no monte Carmelo que Elias fez descer fogo do céu, que consumiu por duas vezes os cinqüenta soldados com o seu capitão, que o rei Acazias tinha mandado ali para prender o profeta, em virtude de ter este feito parar os seus mensageiros que iam consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom (2 Rs l.9 a 15). Depois de Elias ser elevado ao céu, foi Eliseu ao monte Carmelo, mas somente uma vez – recebeu ali a sunamita, aquela consternada mãe, cujo filho lhe foi restituído vivo (2 Rs 4.25). 2. Cidade na região montanhosa de Judá (Js 15:55), e que nos é familiar por ter sido a residência de Nabal (1 Sm
25) e a terra natal da predileta esposa de Davi, a carmelita Abigail (1 Sm 27.3 – 1 Cr 3.1). Foi este, sem duvida, o lugar, onde Saul levantou um monumento depois de ter alcançado vitória na batalha com os amalequitas (1 Sm 15.12). Ali, também, o rei Uzias tinha as suas vinhas (2 Cr 26.10). As ruínas da cidade, que hoje se chama Curmul, estão 16 km. abaixo de Hebrom. Entre elas são notáveis um castelo com grande fortaleza e um grande e belo reservatório.

Carmelo
1) Aldeia de Judá, que ficava perto de Hebrom (1Sm 25:2).


2) Monte situado na costa do mar Mediterrâneo, na direção oeste do lago da Galiléia (1Rs 18:19).


Cinquenta

adjetivo Outra fórma de cincoenta, usada por Garrett, mas pouco diffundida, embora exacta.

Como

assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

Enviar

remeter, mandar, despachar, expedir. – Enviar é “dirigir, pôr a caminho”. – Remeter é “fazer chegar às mãos, à posse daquele a quem se envia”. – Mandar é “enviar alguém para algum fim, ou expedir alguma coisa pelas próprias mãos”. – Despachar é “desimpedir, deixar sair”. – Expedir é “fazer seguir”. – Enviam-se encomendas; enviam-se representantes, ou empregados; enviam-se cumprimentos, ou felicitações, ou saudades, ou pêsames. Remetemos a um amigo o que ele nos pede; a um freguês, a fatura de gêneros de sua ordem. Remetem-se também os presos escoltados. Manda-se uma pessoa cumprimentar os noivos; manda-se um presente ao menino aniversariante. Despachou logo o “próprio” com a solução do negócio. Expedem-se ordens, principalmente; mas também se expedem mercadorias, cartas, veículos, etc.

verbo transitivo Fazer partir com uma finalidade: enviar uma criança à escola.
Fazer chegar a, expedir, remeter, endereçar: enviar uma carta.
Arremessar, lançar: enviar a bola.

Israel

substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


Israel [O Que Luta com Deus] -

1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


Jezabel

Jezabel [Sem Marido ? Sem Nobreza ?]

Filha de Etbaal, rei de SIDOM. Acabe se casou com ela e dela teve um filho chamado Jorão (1Rs 16:31; 2Rs 3:1; 9.22). Promoveu o culto a BAAL, matou os profetas de Javé e obrigou Elias a fugir (1Rs 18:4—19.18). Tomou a vinha de NABOTE para Acabe (1Rs 21). Foi morta 11 anos depois por ordem de Jeú, e os cães comeram a sua carne (2Rs 9). Em Ap 2:20 Jezabel é o símbolo de alguém que leva as pessoas a adorarem deuses pagãos.


Filha de Etbaal, rei de Tiro e Sidom. Foi esposa do rei Acabe de Israel [874 a 853 a.C.] (1Rs 16:31). No hebraico bíblico seu nome significa “não há nobreza”. Este nome provavelmente é uma distorção intencional do seu verdadeiro significado, “onde está o príncipe (Baal)” ou “o príncipe (Baal) existe”, a fim de louvar o deus dela, o Baal fenício. O escritor dos livros dos Reis distorceu o nome de Jezabel, para mostrar seu desprezo por sua ação e religião. Desta maneira, caracterizou a rainha como inteiramente perversa.

Jezabel devotou-se à implantação da adoração a Baal e a sua deusa consorte Aserá (ou Astarte) em Israel. Contratou 450 profetas de Baal e 400 profetisas de Aserá (1Rs 18:19; onde Aserá é traduzida como poste-ídolo) e perseguiu os profetas do Senhor, inclusive Elias (1Rs 19:1-9). Também expandiu sua religião e violou o conceito de Israel de limitar o poder da monarquia (Dt 17:14-20). Quando Nabote recusou-se a vender ao rei Acabe a herança que lhe fora dada por Deus (1Rs 21:3), Jezabel tramou para que fosse executado, ao contratar alguns homens que o acusaram falsamente de blasfêmia (1Rs 21:8-16).

A atitude desafiadora de Jezabel para com Deus levou Elias a profetizar que o corpo dela seria devorado pelos cães (1Rs 21:23). Embora tenha vivido pelo menos dez anos depois da morte de Acabe, ela morreu conforme o profeta havia predito, quando Jeú ordenou que fosse atirada por uma janela (2Rs 9:32-33). Os cães a devoraram na rua, e deixaram apenas seu crânio, os pés e as palmas das mãos (2Rs 9:34-37).

O caráter e as ações de Jezabel ganham um significado simbólico no Novo Testamento. Apocalipse 2:20 refere-se a uma falsa crente na igreja de Tiatira como “Jezabel, mulher que se diz profetisa”, para indicar que a ira de Deus seria contra ela, por seus falsos ensinos e suas imoralidades. R.P.


Era filha de Etbaal, rei dos sidônios, e foi casada com Acabe, rei de israel (1 Rs 16.31). Esta princesa introduziu no reino da Samaria a forma siríaca do culto a Baal, a Astarte, e a outras divindades fenícias. Com este culto trouxe ela também para os israelitas muitas daquelas abominações, que tinham chamado a ira de Deus contra os cananeus. Tão fanatizada estava Jezabel, nesta religião, que em volta da sua mesa reunia ela 450 profetas ou sacerdotes de Baal, e 400 sacerdotes de Astarte (poste-ídolo) (1 Rs 18.19). Foi um mau dia para os israelitas aquele em que Acabe trouxe uma mulher estrangeira para partilhar do trono de israel. Salomão tinha colocado cada uma das suas mulheres pagãs longe dos negócios do Estado; mas Acabe procedeu de diverso modo, permitindo que ela tomasse parte no governo, e até algumas vezes com exclusão dele próprio (1 Rs 21.25). A terrível perseguição contra os profetas do Senhor (1 Rs 18.13; 2 Rs 9,7) deu causa a um forte levante do povo, por instigação de Elias, sendo destruídos quase inteiramente os que adoravam o deus Baal (1 Rs 19.1). Mas ele próprio, o forte Elias, caiu em abatimento quando lhe constou que Jezabel ficara ferozmente irritada ao receber a notícia da mortandade dos seus sacerdotes; e então tratou de fugir para salvar a vida (1 Rs 19.3). Jezabel era mulher de desígnios mais firmes do que o seu marido. Sem escrúpulos, no uso daquele poder que o rei devia conservar nas suas próprias mãos, ela ocasionou a morte de Nabote (1 Rs 21.14), e mandou a seu marido que se apoderasse das cobiçadas terras do assassinado. Provavelmente a rainha pouca importância dava à vinha ou ao seu proprietário; mas para ela o poder era tudo, e foi pelo fato de o exercer cruelmente que a maldição do profeta caiu sobre ela (1 Rs 21.23). A descrição do seu terrível fim, sendo Jeú o seu implacável executor, é feita de modo inteiramente dramático em 2 Rs 9.30 a 37. As palavras de Jeú, quando o mensageiro que tinha sido encarregado de a enterrar, ‘porque é filha de rei’, voltou, informando-o do que tinha acontecido ao corpo, foram uma recordação da profecia de Elias (2 Rs 9.36,37). Ele havia considerado que, deixando a rainha sem sepultura, seria um insulto ao rei de Tiro. Jezabel deve ter sido de avançada idade quando morreu, porque ela sobreviveu a Acabe pelo espaço de quatorze anos, sendo proeminente o seu lugar na corte de seus filhos, como o tinha sido junto do trono do seu marido. Considerada em seu todo, foi Jezabel a mais perversa das rainhas de israel, sendo também a mais inteligente e notável. (*veja Acabe, Jeú, Elias, Nabote.)

-

Mesa

substantivo feminino Móvel, em geral de madeira, formado por uma tábua horizontalmente assentada em um ou mais pés.
Figurado Alimentação habitual, diária; passadio: mesa frugal.
Conjunto de presidentes e secretários de uma assembléia: a mesa do Senado.
Geologia Camada plana, horizontal e rodeada de escarpas.
[Brasil] Pop. Seção de feitiçaria.
Mesa de cabeceira, pequena mesa que se coloca ao lado do leito.
Mesa de operação, mesa articulada, na qual se opera o doente.
Pôr a mesa, colocar na mesa os alimentos e objetos necessários à refeição.

1. Rei de Moabe nos reinados de Acabe e de seus filhos Acazias e Jorão, reis de israel. Mesa era vassalo de Acabe, pagando-lhe um tributo de ‘cem mil cordeiros, e a 1ã de cem mil carneiros’ (2 Rs 3.4). Quando Acabe foi morto em Ramote-Gileade, Mesa sacudiu o jugo. Mas Jorão, rei de israel, uniu-se a Josafá, rei de Judá, e ao rei de Edom, numa expedição contra os moabitas, que foram completamente derrotados. Em tais extremos ofereceu Mesa o seu filho primogênito, que havia de suceder no reino, em holocausto a Camos, o desapiedado deus do fogo, adorado em Moabe, resultando deste fato o retirarem-se para as suas terras horrorizados os três exércitos. Em 1868 foi descoberto nas ruínas de Divom um grande fragmento que pertencia a um monumento de pedra, levantado por Mesa (c. 850 a.C.). Na sua inscrição estavam registradas as vitórias de Mesa sobre israel. Essa pedra, restaurada com a adição de outros fragmentos, existe hoje no Museu Britânico. É conhecida pelo nome de Pedra Moabita. 2. Um benjamita (1 Cr 8.9).

Mesa [Salvação]

Rei MOABITA que reinou no tempo de Acabe, de Acazias e de Jorão, reis de Israel. Mesa ofereceu o seu filho mais velho em sacrifício ao deus QUEMOS (2Rs 3).


Mesa 1. Móvel, geralmente com pés, utilizado para comer (Mt 15:27; Mc 7:28) ou para trabalhar (Mt 21:12; Mc 11:15; Jo 2:15).

2. Banco (Lc 19:23; comp.com Mt 25:27). Mesa de três pés “cabriolé” para as refeições.


Monte

substantivo masculino Relevo de importância muito variável: o monte Evereste eleva-se a 8.848.
substantivo masculino Forma estrutural de uma região, que corresponde à camada dura de um anticlinal.
Serra, cordilheira, montanha.
Terra alta com arvoredos, matos, pastos etc.
Figurado Quantidade de quaisquer coisas em forma de monte.
Grupo, ajuntamento.
Grande volume, grande quantidade.
O bolo ou resultado das entradas de cada parceiro de um jogo.
O total dos bens de uma herança.
Figurado A porção de bens móveis e imóveis que em um inventário cabe em partilha a cada herdeiro; quinhão, lote.
Jogo de azar em que o banqueiro coloca na mesa, tirando-as do baralho, quatro cartas para se apostar numas contra as outras, ganhando os parceiros que apostarem nas que primeiro saírem.
Monte de Vênus, proeminência arredondada na sínfise pubiana da mulher.
Monte de ouro, soma considerável de dinheiro.
Correr montes e vales, andar longamente, sem destino.

Monte Grande massa de terra que se eleva acima do terreno que está à sua volta. Os montes mencionados mais vezes nas Escrituras são os seguintes: ABARIM, ARARATE, BASÃ, CALVÁRIO ou Gólgota, CARMELO, EBAL, EFRAIM, GERIZIM, GILBOA, GILEADE, HERMOM, HOR, LÍBANOS, MORIÁ, NEBO, OLIVEIRAS, Perazim (Baal-Perazim), PISGA, SEIR, SIÃO, SINAI ou Horebe, TABOR. Outros montes: Efrom (Js 15:9), Halaque (Js 11:17, RA; RC, Calvo), Jearim (Js 15:10), Sefar (Gn 10:30), Salmom (Jz 9:48), Zemaraim (2Cr 13:4).

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O MONTE

V. MONTE SIÃO (Ez 17:23).


Profetar

verbo intransitivo e transitivo direto Variação de profetizar.
Etimologia (origem da palavra profetar). Do latim prophetare.

Quatrocentos

numeral cardinal Quatro vezes cem: quatrocentos livros. (CD ou CCCC em algarismos romanos.).
numeral ordinal Quadringentésimo: o batalhão quatrocentos.
substantivo masculino O séc. XV.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
I Reis 18: 19 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Agora, pois, envia mensageiros e ajunta a mim todo o Israel no monte Carmelo; como também os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal, e os quatrocentos profetas de bosques- com- postes- ídolos- a- Astarote, que comem da mesa de Jezabel.
I Reis 18: 19 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

863 a.C.
H1168
Baʻal
בַּעַל
divindade masculina suprema dos cananeus ou fenícios
(Baalim)
Substantivo
H2022
har
הַר
as montanhas
(the mountains)
Substantivo
H2572
chămishshîym
חֲמִשִּׁים
cinquenta
(fifty)
Substantivo
H3478
Yisrâʼêl
יִשְׂרָאֵל
Israel
(Israel)
Substantivo
H348
ʼÎyzebel
אִיזֶבֶל
()
H3605
kôl
כֹּל
cada / todo
(every)
Substantivo
H3760
Karmel
כַּרְמֶל
uma montanha na costa mediterrânea do norte de Israel, logo abaixo de Haifa
(in Carmel)
Substantivo
H3967
mêʼâh
מֵאָה
cem
(and a hundred)
Substantivo
H398
ʼâkal
אָכַל
comer, devorar, queimar, alimentar
(freely)
Verbo
H413
ʼêl
אֵל
até
(unto)
Prepostos
H5030
nâbîyʼ
נָבִיא
porta-voz, orador, profeta
([is] a prophet)
Substantivo
H6258
ʻattâh
עַתָּה
agora / já
(now)
Advérbio
H6908
qâbats
קָבַץ
reunir, juntar
(And let them gather)
Verbo
H702
ʼarbaʻ
אַרְבַּע
e quatro
(and four)
Substantivo
H7971
shâlach
שָׁלַח
enviar, despedir, deixar ir, estender
(he put forth)
Verbo
H7979
shulchân
שֻׁלְחָן
mesa
(a table)
Substantivo
H842
ʼăshêrâh
אֲשֵׁרָה
uma deusa babilônica (Astarte) e cananéia (da fortuna e felicidade), a suposta esposa de
(their groves)
Substantivo
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


בַּעַל


(H1168)
Baʻal (bah'-al)

01168 בעל Ba al̀

o mesmo que 1167, Grego 896 Βααλ; DITAT - 262a

Baal = “senhor” n pr m

  1. divindade masculina suprema dos cananeus ou fenícios
  2. um rubenita
  3. o filho de Jeiel e e avô de Saul n pr loc
  4. uma cidade de Simeão, provavelmente idêntica a Baalate-Beer

הַר


(H2022)
har (har)

02022 הר har

uma forma contrata de 2042, grego 717 Αρμαγεδων; DITAT - 517a; n m

  1. outeiro, montanha, território montanhoso, monte

חֲמִשִּׁים


(H2572)
chămishshîym (kham-ish-sheem')

02572 חמשים chamishshiym

múltiplo de 2568; DITAT- 686c; n pl

  1. cinqüenta
    1. cinqüenta (número cardinal)
    2. um múltiplo de cinqüenta (com outros números)
    3. qüinquagésimo (número ordinal)

יִשְׂרָאֵל


(H3478)
Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

03478 ישראל Yisra’el

procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

Israel = “Deus prevalece”

  1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
  2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
    1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
    2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
    3. o nome da nação depois do retorno do exílio

אִיזֶבֶל


(H348)
ʼÎyzebel (ee-zeh'-bel)

0348 איזבל ’Iyzebel

procedente de 336 e 2083, grego 2403 Ιεζαβελ; n pr f Jezabel = “Baal exalta” ou “Baal é marido de” ou “impuro”

  1. rainha de Israel, esposa de Acabe, filha de Etbaal

כֹּל


(H3605)
kôl (kole)

03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

  1. todo, a totalidade
    1. todo, a totalidade de
    2. qualquer, cada, tudo, todo
    3. totalidade, tudo

כַּרְמֶל


(H3760)
Karmel (kar-mel')

03760 כרמל Karmel

o mesmo que 3759; DITAT - 1042; n pr loc Carmelo = “campo fértil”

  1. uma montanha na costa mediterrânea do norte de Israel, logo abaixo de Haifa
  2. uma cidade nas montanhas no lado oeste do mar Morto e ao sul de Hebrom

מֵאָה


(H3967)
mêʼâh (may-aw')

03967 מאה me’ah ou מאיה me’yah

propriamente, um numeral primitivo; cem; DITAT - 1135; n f

  1. cem
    1. como um número isolado
    2. como parte de um número maior
    3. como uma fração - um centésimo (1/100)

אָכַל


(H398)
ʼâkal (aw-kal')

0398 אכל ’akal

uma raiz primitiva; DITAT - 85; v

  1. comer, devorar, queimar, alimentar
    1. (Qal)
      1. comer (tendo o ser humano como sujeito)
      2. comer, devorar (referindo-se aos animais e pássaros)
      3. devorar, consumir (referindo-se ao fogo)
      4. devorar, matar (referindo-se à espada)
      5. devorar, consumir, destruir (tendo coisas inanimadas como sujeito - ex., peste, seca)
      6. devorar (referindo-se à opressão)
    2. (Nifal)
      1. ser comido (por homens)
      2. ser devorado, consumido (referindo-se ao fogo)
      3. ser desperdiçado, destruído (referindo-se à carne)
    3. (Pual)
      1. fazer comer, alimentar
      2. levar a devorar
    4. (Hifil)
      1. alimentar
      2. dar de comer
    5. (Piel)
      1. consumir

אֵל


(H413)
ʼêl (ale)

0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

partícula primitiva; DITAT - 91; prep

  1. para, em direção a, para a (de movimento)
  2. para dentro de (já atravessando o limite)
    1. no meio de
  3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
  4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
  5. em adição a, a
  6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
  7. de acordo com (regra ou padrão)
  8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
  9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

נָבִיא


(H5030)
nâbîyʼ (naw-bee')

05030 נביא nabiy’

procedente de 5012; DITAT - 1277a; n m

  1. porta-voz, orador, profeta
    1. profeta
    2. falso profeta
    3. profeta pagão

עַתָּה


(H6258)
ʻattâh (at-taw')

06258 עתה ̀attah

procedente de 6256; DITAT - 1650c; adv.

  1. agora
    1. agora
    2. em expressões

קָבַץ


(H6908)
qâbats (kaw-bats')

06908 קבץ qabats

uma raiz primitiva; DITAT - 1983; v.

  1. reunir, juntar
    1. (Qal) reunir, coletar, juntar
    2. (Nifal)
      1. juntar, ajuntar
      2. ser reunido
    3. (Piel) reunir, ajuntar, levar
    4. (Pual) ser reunido
    5. (Hitpael) ajuntar, ser ajuntado

אַרְבַּע


(H702)
ʼarbaʻ (ar-bah')

0702 ארבע ’arba masculino ̀ ארבעה ’arba ah̀

procedente de 7251; DITAT - 2106a; n, adj m, f

  1. quatro

שָׁלַח


(H7971)
shâlach (shaw-lakh')

07971 שלח shalach

uma raiz primitiva; DITAT - 2394; v

  1. enviar, despedir, deixar ir, estender
    1. (Qal)
      1. enviar
      2. esticar, estender, direcionar
      3. mandar embora
      4. deixar solto
    2. (Nifal) ser enviado
    3. (Piel)
      1. despedir, mandar embora, enviar, entregar, expulsar
      2. deixar ir, deixar livre
      3. brotar (referindo-se a ramos)
      4. deixar para baixo
      5. brotar
    4. (Pual) ser mandado embora, ser posto de lado, ser divorciado, ser impelido
    5. (Hifil) enviar

שֻׁלְחָן


(H7979)
shulchân (shool-khawn')

07979 שלחן shulchan

procedente de 7971; DITAT - 2395a; n m

  1. mesa
    1. mesa
      1. referindo-se à mesa do rei, uso privado, uso sagrado

אֲשֵׁרָה


(H842)
ʼăshêrâh (ash-ay-raw')

0842 אשרה ’asherah ou אשׂירה ’asheyrah

procedente de 833; DITAT - 183h; n pr f Aserá = “bosque (para adoração de ídolos)”

  1. uma deusa babilônica (Astarte) e cananéia (da fortuna e felicidade), a suposta esposa de Baal, representações desta deusa
    1. a deusa, deusas
    2. representações desta deusa
    3. árvores sagradas ou postes erigidos próximos a um altar

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo