Enciclopédia de II Reis 17:31-31
Índice
Perícope
2rs 17: 31
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | os aveus fizeram Nibaz e Tartaque; e os sefarvitas queimavam seus filhos a Adrameleque e a Anameleque, deuses de Sefarvaim. |
ARC | E os aveus fizeram Niba e Tartaque: e os sefarvitas queimavam seus filhos no fogo a Adrã-Meleque, e a Anã-Meleque, deuses de Sefarvaim. |
TB | e os avitas fizeram Nibaz e Tartaque, e os sefarvitas queimavam seus filhos no fogo a Adrameleque e a Anameleque, deuses de Sefarvaim. |
HSB | וְהָעַוִּ֛ים עָשׂ֥וּ נִבְחַ֖ז וְאֶת־ תַּרְתָּ֑ק וְהַסְפַרְוִ֗ים שֹׂרְפִ֤ים אֶת־ בְּנֵיהֶם֙ בָּאֵ֔שׁ לְאַדְרַמֶּ֥לֶךְ וַֽעֲנַמֶּ֖לֶךְ [אלה] (אֱלֹהֵ֥י) [ספרים] (סְפַרְוָֽיִם׃) |
BKJ | e os aveus fizeram Nibaz e Tartaque, e os sefarvitas queimavam os seus filhos no fogo para Adrameleque e Anameleque, os deuses de Sefarvaim. |
LTT | E os aveus fizeram Nibaz e Tartaque; e os sefarvitas queimavam seus filhos no fogo a Adrameleque, e a Anameleque, deuses de Sefarvaim. |
BJ2 | os de Ava, uma de Nebaaz e uma de Tartac, e os de Sefarvaim queimavam seus filhos em honra de Adramelec e de Anamelec, deuses de Sefarvaim. |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Reis 17:31
Referências Cruzadas
Levítico 18:21 | E da tua semente não darás para a fazer passar pelo fogo perante Moloque; e não profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o Senhor. |
Deuteronômio 12:28 | Guarda e ouve todas estas palavras que te ordeno, para que bem te suceda a ti e a teus filhos, depois de ti para sempre, quando fizeres o que for bom e reto aos olhos do Senhor, teu Deus. |
Deuteronômio 12:31 | Assim não farás ao Senhor, teu Deus, porque tudo o que é abominável ao Senhor e que ele aborrece fizeram eles a seus deuses, pois até seus filhos e suas filhas queimaram com fogo aos seus deuses. |
II Reis 17:17 | Também fizeram passar pelo fogo a seus filhos e suas filhas, e deram-se a adivinhações, e criam em agouros; e venderam-se para fazer o que era mal aos olhos do Senhor, para o provocarem à ira. |
II Reis 17:24 | E o rei da Assíria trouxe gente de Babel, e de Cuta, e de Ava, e de Hamate, e de Sefarvaim e a fez habitar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; e tomaram a Samaria em herança e habitaram nas suas cidades. |
II Reis 19:37 | E sucedeu que, estando ele prostrado na casa de Nisroque, seu deus, Adrameleque e Sarezer, seus filhos, o feriram à espada; porém eles escaparam para a terra de Ararate; e Esar-Hadom, seu filho, reinou em seu lugar. |
Esdras 4:9 | Então, escreveu Reum, o chanceler, e Sinsai, o escrivão, e os outros da sua companhia: dinaítas e afarsaquitas, tarpelitas, afarsitas, arquevitas, babilônios, susanquitas, deavitas, elamitas |
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS
Antes de nos envolvermos numa análise mais aprofundada dos aspectos topográficos naturais da Palestina, é necessário definir e, em poucas palavras, delinear certos termos que as Escrituras usam para designar as várias subdivisões geográficas e/ou geopolíticas da terra. Mas, para isso, será proveitoso introduzir, primeiro, dois vocábulos geográficos modernos que, às vezes, são empregados para designar essa terra: Cisjordânia ("deste lado o lado ocidental do rio Jordão") e Transjordânia ("do outro lado [o lado oriental] do rio Jordão"). Já vimos como, em várias épocas, o rio Jordão serviu de fronteira tanto geográfica quanto política. E, antes de prosseguir, é fundamental entender a natureza temporária dessas subdivisões. As fronteiras de um distrito específico podem ter variado ao longo dos séculos, e não é possível estabelecê-las com precisão em cada período. Esse problema é especialmente agravado quando se tenta determinar as fronteiras de um distrito que existiu durante um longo período da história bíblica, talvez durante mais de um milênio. Além do mais, é necessário levar em conta que uma mesma área geográfica frequentemente tinha nomes diferentes em períodos diferentes.CISJORDÂNIA
De uma perspectiva geopolítica, pode-se dizer que a Cisiordânia esteve dividida em quatro distritos durante a maior parte da história bíblica. Indo do norte para o sul, essas quatro secções foram: Fenícia, Galileia, Samaria e Judá/Judeia.
FENÍCIA
No Antigo Testamento, a Fenícia é em geral definida como uma área litorânea estreita, que se estendia por cerca de 200 quilômetros, desde o rio el-Kabir até o monte Carmelo, e, no lado oriental, era flanqueada pelas montanhas do Líbano e da Galileia. Na época do Novo Testamento, o monte Carmelo já havia caído nas mãos de monarcas de Tiro,62 de sorte que, para o lado sul, a Fenícia chegava até a planície de Dor. A Fenícia foi o cenário de dois milagres da Bíblia: em Sarepta, Eliseu ressuscitou o filho de uma viúva, o qual havia parado de respirar (1Rs
GALILEIA
Imediatamente a leste da região sul da Fenícia, ficava o distrito da Galileia, o território mais setentrional que o Israel antigo chegou a ocupar. A área central da Galileia se estendia do rio Litani e da região de Dá, no norte, até o vale de Jezreel, no sul, medindo cerca de 80 quilômetros de norte a sul e uns 40 quilômetros de leste a oeste. Em todas as épocas, o distrito esteve dividido por um estreito vale lateral que acompanhava uma falha geológica que saía de Aco/Ptolemaida, rumava para o leste e chegava até a moderna Rosh Pinna (apenas cerca de 16 quilômetros ao norte do mar da Galileia). Esse vale de Beth Kerem divide a Galileia em duas subdivisões: Alta Galileia e Baixa Galileia.3 A distinção é geográfica e não administrativa. O terreno acidentado e praticamente intransponível da Alta Galileia chega a mais de 1.000 metros de altitude, e parte de sua região central é a mais elevada de toda a Cisiordânia (o iebel Jarmuk fica mais de 1.200 metros acima do nível do mar). Na Baixa Galileia, os cumes ficam abaixo de 600 metros de altura. A maioria das referências à Galileia, inclusive todas as do Novo Testamento, é à Baixa Galileia. Por causa de sua localização no norte, a Galileia talvez fosse mais vulnerável à assimilação cultural e ao domínio militar (Is
SAMARIA
Ao sul da Galileia, fica a terceira subdivisão: Samaria. Anteriormente era conhecida como região montanhosa de Efraim (Is
JUDÁ
A quarta principal subdivisão geopolítica da Cisiordânia era Judá, que relatos históricos mais antigos chamavam de região montanhosa de Judá (Js
IDUMEIA
Além das quatro principais entidades geopolíticas da Cisjordânia, a província da Idumeia desempenhou um papel secundário na política do período pós-exílico e do Novo Testamento. Idumeia é o nome grego aplicado especificamente a refugiados edomitas que fugiram para o noroeste para evitar a crescente pressão feita por seus vizinhos nabateus. Embora oscilasse bastante, ora separado da Judeia, ora a ela reanexado, o território idumeu chegou a cobrir a região que vai de Bete-Zur, perto de Hebrom, até Berseba, sua extremidade sul, e do mar Morto até os limites da planície da Filístia. Por fim, governantes macabeus subjugaram a Idumeia. Um deles (Alexandre laneu) nomeou Antipatro, um chefe local, para governar a região. É irônico que Herodes, o Grande, no devido tempo descendesse de Antípatro. Na condição de "rei dos judeus" (Mt
TRANSJORDÂNIA
A Transjordânia do Antigo Testamento é constituída de cinco entidades geopolíticas. Do norte para o sul, elas são. Basa, Gileade, Mishor, Moabe e Edom. O termo "Transjordânia" define especificamente a área que vai do monte Hermom até o golfo de Ácaba (cerca de 400 quilômetros de distância) e do vale do Jordão até as margens do deserto Oriental (entre 50 e 130 quilômetros). A natureza geopolítica dessa região é, na realidade, muito mais complicada do que a da vizinha Cisjordánia. Tentar, numa única análise, tratar da Transiordânia tanto do Antigo quanto do Novo Testamento é possível apenas em parte e, com certeza, trata-se de uma tarefa suscetível a imprecisão. Mas também aqui o propósito básico é fornecer a localização aproximada de entidades geopolíticas mencionadas nas Escrituras.
BASÃ
Basà significa "terra frutífera/plana" (Js
GILEADE
A segunda entidade básica da Transjordânia é Gileade. Embora pareça que a Bíblia às vezes empregue essa palavra num sentido genérico, referindo-se a toda a Transiordânia ocupada (Dt
Longitudinalmente, o domo de Gileade era dividido por um desfiladeiro profundo, escavado pelo rio Jaboque, que separou Gileade em duas metades (cp. Js
Em contraste com o significado do nome de seus vizinhos ao norte (Basa significa "terra plana") e ao sul (Mishor significa "planalto/chapada*), o provável significado do nome Gileade (terra acidentada") pode ajudar a esclarecer suas fronteiras.
Assim delineada, a região montanhosa de Gileade (Gn
Esse grupo é mencionado tanto na Bíblia (Mt
31) quanto em fontes clássicas. No período do Novo Testamento, as cidades provavelmente incluíam, do norte para o sul, Damasco, Rafana, Canata, Hipos, Gadara, Citópolis, Pela, Diom, Gerasa e Filadélfia? Embora o propósito de uma confederação helenística assim tão pouco estruturada se choque com qualquer tentativa de definir fronteiras geográficas claras, é possível concluir que a região central da Decápolis se estendia transversalmente à região montanhosa de Gileade.
MISHOR
Ao sul da Gileade do Antigo Testamento, ficava o Mishor ("planalto", p. ex., Dt
Bete-Peor (perto de onde Moisés foi sepultado [Is
MOABE/PEREIA
O planalto mais elevado que, partindo do Arnom, estendia-se para o sul, chegando até o ribeiro de Zerede, era a região mais importante e central do território moabita, tendo como capital a cidade de Quir-Haresete (2Rs
EDOM
O último distrito transiordaniano a ser listado é Edom, às vezes conhecido como Seir (Gn
Sem dúvida, essa derrota psicológica foi relacionada com o incidente das "serpentes ardentes" (Nm
Por cerca de 65 quilômetros para o sul a partir da região central de Edom, descendo do uádi Hasma para o uádi Yutm, próximo ao golfo de Ácaba, fica uma cadeia bem estreita de intransitáveis montanhas de granito. Essas montanhas de Midia elevam-se a alturas que chegam perto de 1.750 metros acima do nível do mar. Nessa região, vestígios arqueológicos revelam uma cultura totalmente distinta de sua contraparte palestina e que é, às vezes, descrita como midianita. É nesta "cultura midianita que alguns estudiosos acreditam que Moisés talvez tenha se refugiado quando fugiu do faraó e ali serviu a seu sogro, um sacerdote de Midia (Ex
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
O reinado de Oséias foi o último de Israel. Durante seu governo, a nação de Israel foi esmagada pelos impacientes reis sírios. Seu colapso deixou Judá como o único reino israelita da Palestina.
- Prólogo (17.1,2)
Os nove anos do reinado de Oséias, que antecederam o "furacão" assírio que passou pelo Reino do Norte, foram caracterizados pela prática da iniqüidade. Entretanto, essa afirmação fica suavizada pela frase, contudo, não como os reis de Israel que foram antes dele (2). Talvez esta seja uma referência ao fato de Oséias permitir que pessoas de outras tribos fossem a Jerusalém para celebrar a festa da Páscoa (2 Cron 30.10ss).
- A Traição contra a Assíria (17.3,4)
Oséias iniciou o seu reinado sob Tiglate-Pileser. Quaisquer que tenham sido as polí-ticas específicas impostas a Israel, aparentemente ele subiu ao trono depois de Tiglate-Pileser. Parece que Salmaneser veio à Palestina como parte de uma campanha voltada ao oeste. Nessa época, Oséias ficou sendo servo dele e dava-lhe presentes (3), isto é, o rei da Assíria reduziu o Reino do Norte à posição de vassalo e lhe cobrava tributos anuais'. Um partido que se opunha ao pagamento de tributos anuais aos assírios prova-velmente influenciou Oséias a tentar fazer uma aliança com o Egito e, ao mesmo tempo, parar de pagar o tributo a Salmeneser. Com base nos detalhes registrados nos anais assírios, Sô, rei do Egito (4), foi identificado com Sib`e (em hebraico Siwe), comandante de urna das pequenas monarquias do delta egípcio'.
Salmaneser mandou prender Oséias por causa de sua rebelião. A posição desse deta-lhe no relato bíblico parece indicar que, através de oficiais da terra ou por outros meios, o imperador assírio mandou prender o rei de Israel antes de iniciar o ataque contra Samaria. Entretanto, essa afirmação pode significar simplesmente que ele foi capturado e preso depois da queda da cidade'.
- Samaria é Sitiada pela Assíria (17.5,6)
Inúmeras fontes extrabíblicas comprovam e complementam o relato bíblico sobre a queda de Samaria como conseqüência do cerco dos assírios. Entretanto, no versículo 3 não está claro se o rei da Assíria (5) deve ser entendido como Sargão II ou Salmaneser V A tendência é acreditar que Sargão era o governante assírio que estava realmente no poder na época da derrota de Samaria. A afirmação da Crônica Babilônica de que Salmaneser conquistou Samaria não deve ser entendida como uma contradição às afirmações sobre Sargão, mas como um complemento a ela. A combinação das informações dessas fontes sugere que Salmaneser V deu início ao cerco, mas que ele morreu no outono do último ano de seu reinado (723/
722) e que seu sucessor, Sargão II, completou a conquista de Samarie. Por outro lado, Olmstead afirma veementemente que Salmaneser V era o rei ao qual foi feita urna referência no versículo 57°.
- Os Prisioneiros 1sraelitas são Levados para a Assíria (17,6)
Salmaneser (ou Sargão) seguiu o procedimento estabelecido por Tiglate-Pileser e levou milhares de israelitas do abatido Reino do Norte para o cativeiro. Talvez Hala e Gozã sejam as cidades Chalchitis e Gausanitis de Ptolomeu. Se assim for, a primeira estava localizada no lado ocidental do baixo Zab, próximo à sua desembocadura no Eufrates; e a segunda, pode ser identificada com Tell Halaf, no rio Habor, a leste de Harã. Habor, a moderna Kjabur, é o nome de um rio que corre em direção ao sul através da região de Gozã até alcançar o lado oriental do Eufrates.
Z. As RAZÕES DA DERROTA, 17:7-23
Foram apresentadas evidências que incriminam o Reino do Norte no registro que vai de 1 Reis 12 até esse ponto. Apenas restaram o resumo (7-17), as declarações finais (18) e a reafirmação das razões da derrota do Reino do Norte (21-23).
Nos versículos
Devemos observar que, de acordo com o ponto de vista profético, o historiador não fez qualquer consideração à inevitabilidade da derrota antes do crescimento do poderoso império assírio. Existe refletida a fé de que Deus, o qual havia libertado o seu povo das mãos do Faraó, poderia da mesma forma libertá-lo dos assírios. As palavras até Judá (18) prevêem que a mesma história seria escrita sobre esta nação. Outra referência à adoração afrontosa de Jeroboão foi incluída como a razão do comentário final; assim, foi Israel transportado da sua terra (23).
Os versículos
AA. Os Povos ESTABELECIDOS NAS CIDADES DE SANARIA, 17:24-41
A política dos assírios de deportar os cativos significava não só acabar com a popula-ção do Reino do Norte, mas de reocupar essa região com outro povo nas mesmas condi-ções. Não se sabe exatamente quando os assírios trouxeram outros moradores para Canaã depois da queda de Samaria. Existem alguns detalhes nos diários de Sargão, de que ele deportou os cativos do sul da Mesopotâmia para a terra de Hatti, ou para o ocidente em geral, inclusive a Síria e a Palestina".
1. O Povo Levado a Samaria (17,24)
Nesse ponto, o registro indica que o povo levado para o reino do Norte vinha das extremidades da Mesopotâmia. Aparentemente, isso reflete novas conquistas assírias, assim como rebeliões em diversas partes do império.
- Do Sul da Mesopotâmia. Babilônia (ou Babel) é o nome da antiga capital da baixa Mesopotâmia cujas ruínas podem ser encontradas cerca de 90 quilômetros ao sul de Bagdá, em um afluente do rio Eufrates, próximo a Hilla (Iraque) 72. Sua primeira dinastia foi fundada por Sumuabu, e o sexto rei dessa sucessão foi o famoso Hamurabi. A última dinastia foi a dos caldeus, que causaram a decadência de Judá. Cuta era o centro da adoração a Nergal, a nordeste da Babilônia; suas ruínas são Tell
- Do norte da Mesopotâmia. O nome Ava talvez seja uma ligeira variação de Iva (18.34 e 19.13), uma cidade ou região da Síria. Assim como Hamate (Nahr el-Asi), ela pode ser provavelmente localizada em algum lugar nas proximidades do rio Orontes. Sefarvaim — urna outra forma desse nome pode ser Sibraim (Ez
47: ), o equivalente hebraico do termo assírio Shabarain. Este era o nome de uma cidade em algum lugar da terra de Hums, que estava localizada entre as localidades de Damasco e Hamate. A região de Samaria teve o seu significado geográfico ampliado para indicar as partes centrais e norte da Palestina.16
2. O Problema dos Leões (17:25-28)
Os leões, que se tornaram numerosos por causa da instabilidade na terra, são consi-derados um castigo de Deus contra os novos habitantes de Israel. Entendemos que a reposição da população ocorreu durante um período de vários anos e que quando esse problema foi apresentado ao rei assírio (Sargão ou possivelmente Senaqueribe), um sa-cerdote israelita foi escolhido, dentre os prisioneiros, para retornar. Ele foi enviado para reiniciar a adoração a Deus em Betel, e seguiu aparentemente a forma como ela fora praticada durante a existência do Reino do Norte (27,28).
3. A Religião Sincretista dos Samaritanos (17:29-33)
O resultado foi que os povos das regiões da Mesopotâmia combinaram o culto ao Deus de Israel com a sua antiga religião. Assim, ao Senhor temiam e também a seus deuses serviam (33). Não sabemos corno foi resolvido o problema dos leões. É provável que eles deixaram de ser um problema à medida que a população aumentava. Os povos são relacionados novamente, cada um com o seu deus particular que trouxe-ram a Samaria (30,31; cf. 24). Sucote-Benote (30), o deus dos babilônios, não pode ser explicado de forma adequada. Parece que ele tinha alguma ligação com Zarbanit, a consorte de Marduque, o principal deus da Babilônia. Nergal, do povo de Cuta, era urna divindade masculina que originalmente estava associada com o calor do sol e do fogo, mais tarde foi o deus da guerra e da caça, e por fim passou a ser o deus dos desastres em geral. Asima dos hamateus pode ser uma variação de Aserá ou o primei-ro elemento do Ashembethel mencionado nos papiros de Elefantina. Nibaz e Tartaque (31) não puderam ser identificados com algum grau de certeza. Foi sugerido que o primeiro tinha origem elamita; mas isso ainda é questionável e também foi proposto que o segundo podia ser uma variante da deusa síria Atargatis relacionada com Atar ou Anate. Adrameleque, do povo de Sefarvaim, é considerado uma variante hebraica de Adadmeleque (Adadmilki). Parece que Anameleque teria alguma relação com o deus sumério-acadiano Anu. Em fontes sírias, como nessa passagem bíblica, o elemento di-vino melech (o termo hebraico para malik) ocorre na composição de nomes de deuses associados com o sacrifício humano'.
4. A Incapacidade de Estabelecer a Pura Adoração a Deus (17:34-41)
Não foram descritas a maneira nem a época em que aconteceu uma tentativa de purificar a religião dos samaritanos. O ponto principal a ser notado é que essa empreita-da foi malsucedida. Como era do conhecimento do historiador, desde o início e ao longo de sua história, os samaritanos nunca aceitaram a verdadeira adoração a Deus: Até o dia de hoje fazem segundo os primeiros costumes; não temem o Senhor (34).
Aquilo que pode ser chamado de "Anatomia de uma falsa fé" está descrito nos versículos
Genebra
17.1-6
Esta seção narra o reinado de Oséias, o último rei de Israel. Em 722 a.C., o rei da Assíria conquistou Samaria e deportou o povo de Israel para a Assíria.
* 17:1
No ano duodécimo de Acaz. O sincronismo com o reinado de Acaz é difícil de acompanhar. Ver 16.1 e nota.
Oséias... reinou... nove anos. Ou seja, entre 732 e 723 a.C., terminando com seu aprisionamento por três anos, antes da queda de Samaria (vs. 4 e 5).
* 17:3
Salmaneser. Tratava-se de Salmaneser V, que sucedeu a Tiglate-Pileser III como rei da Assíria, e que governou entre 727 e 722 a.C. Oséias, ao contrário de seu antecessor, Peca (15.27-31 e notas), era vassalo da Assíria.
* 17:4
Sô, rei do Egito. "Sô" talvez fosse o nome de um lugar no delta oriental do Egito, onde estava o rei do Egito. Mudando sua lealdade para com o Egito, Oséias esperava que os egípcios o protegessem de quaisquer vinganças da Assíria. O profeta Oséias condenou a sua diplomacia como "sem entendimento" (Os
não pagava tributo ao rei da Assíria. Negar pagar tributo a um suserano equivalia à rebelião.
* 17:5
a sitiou por três anos. A campanha dos assírios seguiu-se ao aprisionamento de Oséias, em 724-723 a.C. Durante o longo cerco, Salmaneser V morreu e foi sucedido por Sargão II (Is
* 17:6
No ano nono de Oséias. Ou seja, 722-721 a.C. O número apresentado ("ano nono") conta o seu reinado a partir de 730 a.C., talvez por ter tido apoio dos assírios e por isso ter atrasado seu reconhecimento oficial. Outra possibilidade é que a cifra omite os três anos que ele passou na prisão.
o rei da Assíria. Sargão II, que governou a Assíria entre 722 e 705 a.C.
transportou a Israel. Sargão II afirma, em seus anais, ter deportado 27.290 habitantes de Israel para lugares distantes. A captura de Samaria marcou o fim do reino do norte, Israel (13
Gozã. Essa capital provincial assíria ficava próxima do rio Habor, um tributário do Eufrates, na parte norte do país.
cidades dos medos. Embora não identificadas por nome, provavelmente elas ficavam na área nordeste do rio Tigre, e ao sul do mar Cáspio.
* 17:8
estatutos. Não somente Israel imitou as práticas de seus vizinhos pagãos (Êx
* 17:9
altos. Ver nota em 1Rs
* 17:10
colunas. Ver nota em 1Rs
postes-ídolos. Ver a nota em 1Rs
em todos os altos outeiros, e debaixo de todas as árvores frondosas. Ver Dt
* 17:12
ídolos. Qualquer representação de alguma divindade pagã ou mesmo do Senhor era expressamente proibida (Êx
* 17:13
toda a lei. Ou seja, a legislação mosaica, com todas as disposições da aliança (1Rs
* 17.16
imagens de fundição, dois bezerros. Os ídolos religiosos de Jeroboão I, em Betel e Dã (1Rs
o exército do céu. Embora isso tivesse sido condenado pela lei mosaica (Dt
serviram a Baal. Ver 1Rs
* 17:17
queimaram a seus filhos e suas filhas como sacrifício. Ver notas em 3.27 e 16.3.
adivinhações... agouros. Ver nota em 16.15.
* 17:19
andaram nos costumes que Israel introduziu. Ver 8.18; 11:18-21.
* 17:20
o SENHOR rejeitou a toda a descendência de Israel. A rejeição divina foi demonstrada pelo exílio deles da Terra, que lhes havia sido concedida (v. 6).
* 17:21
rasgou a Israel da casa de Davi. A criação do reino do norte foi uma punição contra Salomão (1Rs
o fez cometer grande pecado. A referência, aqui, é à construção dos dois bezerros de Jeroboão, em Betel e Dã (1Rs
* 17:24
rei da Assíria. O mais provável é que esse rei fosse Sargão II. Quando os assírios deportaram pessoas de Israel, eles também importaram para ali pessoas vindas de outros países. Essa norma política tinha por intuito assegurar que a nação derrotada não se firmasse de novo. Os registros históricos dos assírios confirmam que reis assírios posteriores levaram mais imigrantes estrangeiros para a Samaria.
Babilônia, Cuta. Nesse momento histórico, a Babilônia estava sob o controle assírio. Cuta ficava a cerca de 13 km a nordeste de Babilônia.
Ava,... Hamate... Sefarvaim. Ava ou "Iva" e Sefarvaim ficavam, provavelmente, na Síria (18.34; 19.13). Hamate ficava às margens do rio Orontes (conforme 14.25 e nota).
Samaria. Após a queda diante dos assírios, a região do já inexistente reino do norte, Israel, usualmente passou a ser chamado de "Samaria" (1Rs
* 17:25
para o meio deles leões. Leões eram com freqüência usados por Deus como um instrumento de julgamento (1Rs
* 17:26
a maneira de servir o deus da terra. Os assírios, como muitos outros povos do antigo Oriente Próximo e Médio, acreditavam que os deuses de uma terra específica perturbariam os habitantes que residiam ali se esses deixassem de realizar os ritos apropriados àquelas divindades.
* 17:29
os seus próprios deuses. Trazer de volta um sacerdote israelita para servir em Betel não obrigou os imigrantes que tinham se estabelecido em Samaria a seguirem a religião local. Pelo contrário, eles continuaram a seguir suas próprias práticas religiosas, apossando-se de santuários locais e adorando ali.
os samaritanos. Ver 23.19; 1Rs
* 17:33
serviam aos seus próprios deuses. A religião era sincretista — ela combinava elementos de adoração ao Senhor com a adoração a outras muitas divindades.
* 17:34
Até ao dia de hoje. Ver nota em 1Rs
aos filhos de Jacó, a quem deu o nome de Israel. O relacionamento entre Deus e o povo que ele elegeu foi o pacto ratificado no monte Sinai (v. 35; Êx 19—
24) e renovado nas planícies de Moabe (Deuteronômio). Ser um israelita não era tanto uma classificação étnica, mas religiosa, de que a pessoa pertencia ao Deus da Aliança (Êx
* 17:39
ele vos livrará das mãos de todos os vossos inimigos. Tal como Deus tinha libertado o seu povo no passado, ele poderia fazer novamente no futuro (Êx
* 17:41
até ao dia de hoje. Ver nota em 1Rs
Matthew Henry
Wesley
J. A QUEDA DO REINO DO NORTE (
Wiersbe
- A captura de Samaria (17:1-6)
Oséias tornou-se rei de Israel com a cooperação dos assírios, pois pro-meteu pagar tributo ao rei da Assíria. Para conhecer a história da conspira-ção de Oséias, veja2Rs
- As causas que trouxeram o cativeiro (17:7-23)
A história nunca é apenas uma série de acontecimentos acidentais, pois, por trás de cada nação, está o plano e o propósito de Deus. Nesses ver-sículos, o Espírito Santo explica-nos por que Samaria caiu. Hoje, faríamos bem em ficar atentos, pois Deus não é o protetor de nações, e, se ele cas-tigou de forma tão severa seu próprio povo, Israel, o que não faria às nações de hoje que se rebelam contra ele? "A História é a história do Senhor."
- A nação esqueceu Deus (v. 7)
Deus libertou os israelitas da escra-vidão do Egito e separou-os para ser seu povo. A festa anual da Páscoa era uma forma de a nação lembrar- se da graça do Senhor. Contudo, eles esqueceram tudo que o Senhor lhes fizera. Em Deuteronômio, Moi-sés, muitas vezes, incitou o povo a lembrar-se do Senhor e a não se es-quecer dos favores dele. Veja Deu-teronômio 6:1 Oss e 8:1 ss.
- A nação desobedece em segredo (vv. 8-9)
O Senhor advertiu seu povo de que não deveria se misturar com as na-ções pagãs de Canaã (Dt
- A nação resiste ao chamado de Deus (vv. 13-15)
O Senhor enviou profetas piedo-sos a fim de adverti-lo e rogar-lhe, mas o povo apenas endureceu a cerviz em rebelião obstinada (veja Êx
- A nação vende-se para praticar o mal (vv. 16-23)
O povo tornou-se escravo do peca-do. Jeroboão instituiu os bezerros de ouro, contudo nem mesmo isso foi suficiente para o coração concupis- cente de Israel. Ele não apenas ado-rava os deuses dos cananeus, mas também importou deuses de outras nações. Deus dividiu o reino (v. 18), deixando que a família de Davi go-vernasse Judá, mas, depois, até mes-mo Judá caiu em pecado. O Senhor entregou a nação aos "despojado- res" (v. 20), tanto da terra como de fora. Seus reis os roubaram, e seus inimigos os atacaram. Por intermé-dio dos profetas, Deus advertiu-o de que o julgamento viria, mas o povo cego continuou de pecado em pe-cado.
O Antigo Testamento enumera que Israel teve 20 reis, todos maus. Levou cerca de 250 anos para o rei-no de Israel ruir. Eles ouviram pre-gadores como Elias, Eliseu, Amós, Oséias e Isaías, contudo recusaram- se a dobrar os joelhos para o Senhor. Não há cura para a apostasia. Tudo que o Senhor pode fazer é julgar e, depois, pegar os "crentes remanes-centes" e começar de novo.
- A colonização de Samaria (17:24-41)
O rei da Assíria, depois de deportar as melhores pessoas, importou cida-dãos de outras nações que estavam sob seu governo, impedindo, assim, que Israel se organizasse e se rebe-lasse. Esses versículos descrevem a origem dos samaritanos, aquela mistura de povos a respeito da qual Jo
No início, não havia fé religio-sa em Samaria, por isso Deus teve de mandar leões para incutir temor no coração do povo (veja v. 25). No entanto, os líderes resolveram o problema de uma forma muito pe-culiar: eles importaram um sacerdo-te judeu, aprenderam o caminho do Senhor e, depois, fizeram com que o povo adorasse Jeová e seus deu-ses nacionais. O versículo 29 afir-ma: "Cada nação fez ainda os seus próprios deuses". Esse foi o movi-mento ecumênico do Antigo Testa-mento. Observe a repetição da frase "Temiam o Senhor" (vv. 25,28,32-; 34,41). Eles temiam o Senhor (como o "deus da terra", v. 27), mas ado-ravam e serviam aos seus próprios deuses (v. 33). A adoração que prati-cavam a Jeová era uma formalidade vazia, uma mera demonstração ex-terior de submissão. Eles adoravam, na verdade, seus deuses pagãos. Jeová era apenas outro "deus" em sua coleção de deidades.
Em outras palavras, o povo re-manescente, mesmo depois de ver a pesada mão do julgamento cair sobre sua terra, ainda insistia em desobedecer ao Senhor. No fim, o câncer da idolatria espalhou-se até Judá, e, em 586 a.C., os babilônios capturaram e destruíram Jerusalém. Um remanescente retornou sob o comando de Esdras e Neemias, e a nação começou a vicejar de novo. No entanto, quando Deus enviou
seu Filho para seu povo, eles o rejei-taram e, mais uma vez, houve julga-mento divino. Em 70 d.C., Jerusalém foi destruída, e a nação espalhou-se pelo mundo.
"Feliz a nação cujo Deus é o Senhor." Esses eventos trágicos da história de Israel devem fazer com que os cidadãos cristãos temam por seus países e orem por seus líderes. Líderes ímpios produzem gerações de cidadãos ímpios (v. 41). Sacerdo-tes que fazem concessões afastam os adoradores mais ainda do Senhor. Não há esperança para o futuro de uma nação, quando ela rejeita a Pa-lavra de Deus (vv. 34-38). Talvez o Senhor estenda sua misericórdia por mais um tempo (Deus aborreceu-se com Israel durante 250 anos), mas, no fim, o julgamento virá.
Não há cura para a apostasia. Quando o povo de Deus finalmen-te se afasta dele, o Senhor tem de julgar. Ele salvará para si mesmo um "remanescente" de crentes fiéis e iniciará seu testemunho de novo, mas não abençoará os que rejei-taram sua Palavra e recusaram seu chamado.
Russell Shedd
17.6 O rei do Assíria. Naquele ano de grandes acontecimentos internacionais, é bom que se defina a vida deste rei. Em 734 a.C., Tiglate-Pileser III invadiu as fortalezas do norte de Israel (15.29). Seu reinado foi de 745-727 a.C. Em 724 a.C. Salmaneser V, que reinou na Assíria em 727-722 a.C., investiu contra Israel, e Oséias lhe ofereceu tributo (3); depois de examinar bem a situação, Salmaneser notou que Oséias se rebelava, fortalecendo-se através da intriga internacional, razão por que o encarcerou (v. 4) e avançou contra a capital, Samaria. O estado de sítio durou de 724 até 722, três anos, pelo cálculo oriental (v. 5) e, enquanto Salmaneser se preocupava com a situação bélica, Sargom II (722-705 a.C.) usurpou o trono da Assíria. Foi a este último que se atribuiu o feito de ser o último conquistador de Samaria. Pelo menos foi ele quem realizou as grandes deportações que tinham. a finalidade de destruir toda e qualquer consciência nacional de Israel.
• N. Hom. 17:7-18 Aqui começa o "Epitáfio do reino de Israel”, e os versículos chaves Dt
17.23 Como falara. Moisés já havia advertido o povo contra a desobediência à Lei de Deus, antes da entrada na terra de Canaã (Dt
17.26 Um bom exemplo da maneira de pensar dos pagãos politeístas. Acreditavam eles que cada localidade tinha seus próprios deuses; por isso seria necessário aprender o culto local no território de Samaria (nome dado ao reino do norte, Israel, depois da deportação dos israelitas, para evitar a desgraça).
17.27 Um dos sacerdotes. Infelizmente, os próprios sacerdotes do norte não eram muito fiéis às tradições puramente israelitas. Isto se vê desde o início da separação das tribos (1Rs
17.30 Sucote-Benote. A palavra quer dizer "Tabernáculo das Filhas" e é possível que fossem lugares de prostituição religiosa, ou talvez capelas de imagens. Nergal era o deus das regiões subterrâneas, adorado em Cuta, na Babilônia. Asima tinha a forma de um cabrito, segundo certas tradições.
17.31 As teorias mais comuns apontam fontes babilônicas para os nomes daquelas divindades e cidades (a palavra Babilônia tanto significa o nome de uma cidade como o da região dominada por ela). As divindades tinham a forma de vários animais. Note-se aqui que alguns israelitas vindos da cidade de Samaria, continuavam a adorar no templo de Jerusalém (Jr
17.33 Compare Js
17.34 Até ao dia de hoje. A época em que os Livros de 1 e II Reis vieram a lume, talvez tenha sido no reinado de Josias, um século mais tarde, se admitirmos que os últimos capítulos foram acrescentados durante o exílio na Babilônia.
NVI F. F. Bruce
v. 1. Oséias, filho de Elá, o conspirador de 15.30, reinou nove anos, conduzindo uma política desajeitada e fútil, décimo segundo ano do reinado de Acaz (conforme 15,30) sugere que segundo algumas contas o reinado de Acaz foi datado com início em 745/4 (v.comentário Dt
v. 7. Tudo isso aconteceu porque os israelitas haviam pecado: esse é um resumo da filosofia da história do autor. Todos os fatores econômicos, sociais e políticos, segundo o autor, são resultado da corrupção cultual (v. 8-12) e da negligência dos decretos e da aliança (v. 15) atrelados à sua preocupação saudável pela justiça social. Mais importante do que a força bélica dos assírios foi o fato de os israelitas não terem vivido de acordo com toda a Lei (v. 13). Salomão havia construído o templo esplêndido de Jerusalém, mas também tinha satisfeito os desejos pagãos das suas mulheres estrangeiras (lRs 11.7,8; o v. 8b talvez seja uma referência a ele, entre outros), hesitando entre duas opiniões. Jeroboão I afirmou que o seu novo culto era uma nova expressão da aliança do Êxodo (lRs 12.28), mas na verdade induziu Israel a deixar de seguir o Senhor (v. 21). Os dois ídolos de metal na forma de bezerros (v. 16) tinham mais em comum com a adoração da natureza do que com o Senhor, o seu Deus, que os tirara do Egito (v. 7) e deu prosseguimento aos excessos do v. 17 — aqui atribuídos tanto ao Norte quanto ao Sul (todos os exércitos celestiais é uma referência a uma prática assíria, mas é mencionada em Jl
Moody
C. Desde Jeú até a Destruição de Israel. 9:11 - 17:41.
Ameaçando a idolatria de destruir todas as boas influências restantes em Israel e invadir Judá para destruir toda a nação, a casa de Acabe foi assinalada para extinção.
29-32. O resultado foi uma mistura de religião pagã e adoração a Jeová, que era pior que o paganismo completo.
Francis Davidson
Sobre os estrangeiros propriamente ditos, leia-se a seção d seguinte. Como no caso da arca (1Sm
De 34b não temem ao Senhor... a 40 não há apenas contradição em relação ao que se diz nas passagens imediatamente anteriores; o conteúdo parece não dizer mesmo respeito aos samaritanos. Dir-se-ia uma porção destacada da passagem 7-23; o tempo presente do vers. 34 poderia traduzir-se também pelo pretérito contínuo.
Dicionário
Adrameleque
-1. ídolo dos de Sefarvaim,que Salmaneser ii, rei da Assíria, trouxe para colonizar as cidades da Samaria, depois de ter levado para aquele país os habitantes cativos (2 Rs 17.31). Este ídolo era adorado com ritos semelhantes aos de Moloque, sendo-lhe sacrificadas as crianças. 2. Filho de Senaqueribe, rei da Assíria – auxiliado por seu irmão Sarezer, matou o pai na casa do deus Nisroque, estando ele a adorar ali (2 Rs 19.37).
1. Um dos deuses adorados pelos sefarvitas (2Rs
2. Um dos filhos do rei assírio Senaqueribe e irmão de Sarezer. Ezequias, rei de Judá, foi comunicado sobre a possível queda de Jerusalém pelas mãos de Senaqueribe e orou ao Senhor por livramento. Isaías profetizou que o rei assírio não capturaria a Cidade Santa e voltaria para sua terra pelo mesmo caminho, onde seria assassinado (2Rs 19). Deus matou muitos assírios, e livrou assim Ezequias e seu povo (2Rs
Adrameleque [Adar É Rei] -
1) Nome de Adar, o deus assírio que o povo de Sefarvaim levou para Samaria (2Rs
2) Filho de Senaqueribe (2Rs
Anameleque
-Um dos deuses adorados pelos sefarvitas (2Rs
Anameleque Um deus cultuado com sacrifício de crianças. Os moradores de Sefarvaim o levaram a Samaria (2Rs
Aveus
-Povo primitivo da Palestina. Habitava em vilas, ou em acampamentos nômades, ao sul de Sefela, grande planície ocidental, que vai até Gaza. Nestas ricas possessões foram os aveus atacados pelos invasores filisteus, ‘os caftorins, que saíram de Caftor’, sendo destruídos por estes, que habitaram aquelas terras em seu lugar (Dt
Deuses
(latim deus, dei)
1. Religião Ser supremo. (Com inicial maiúscula.)
2. [Religião católica] Cada um dos membros da Trindade. (Com inicial maiúscula.)
3. Religião Divindade do culto pagão ou de religião não derivada do mosaísmo.
4.
Figurado
Homem
5.
meu deus
Interjeição designativa de grande espanto, medo ou surpresa.
por deus
Interjeição designativa de juramento.
santo deus
O mesmo que meu deus.
um deus nos acuda
Situação aflitiva, confusa ou complicada.
Filhós
substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).Fogo
Fogo Um dos símbolos com o qual se descreve o castigo eterno: o inferno (MtC. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Las sectas frente a la Biblia, Madri 1992.
[...] No pensamento de Jesus, o fogo eterno não podia passar, portanto, de simples figura, pouco lhe importando fosse essa figura interpretada à letra, desde que ela servisse de freio às paixões humanas. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6, it• 7
Imagem, semelhante a tantas outras, tomada como realidade. [...] O homem não encontrou comparação mais enérgica do que a do fogo, pois, para ele, o fogo é o tipo do mais cruel suplício e o símbolo da ação mais violenta. Por isso é que a crença no fogo eterno data da mais remota antiguidade, tendo-a os povos modernos herdado dos mais antigos. Por isso também é que o homem diz, em sua linguagem figurada: o fogo das paixões; abrasar de amor, de ciúme, etc.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 974 e 974a
[...] A Teologia reconhece hoje que a palavra fogo é usada figuradamente e que se deve entender como significando fogo moral. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1009
O fogo exprime emblematicamente a expiação como meio de purificação e, portanto, de progresso para o Espírito culpado.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3
Deus revelou a Sua presença na sarça ardente por meio do fogo (Êx
Fogo (que em latim se dizia "ignis" = ignição do carro) tem origem noutra palavra latina, "focu", cujo primeiro sentido é lar doméstico, lareira, e só posteriormente passou a significar fogo. Por via culta, "focu" nos deu foco, já com sentidos novos.
substantivo masculino Desenvolvimento simultâneo de calor, de luz e de chama produzido pela combustão viva de certos corpos, como a madeira, o carvão etc.
Fogueira, incêndio, labareda, lume.
Fogão ou lugar onde se cozinha ou se faz fogo para qualquer fim; lareira: conversávamos junto ao fogo.
Calor intenso e molesto: o dia de hoje foi um fogo.
Figurado Veemência, ardor, paixão: o fogo da cólera.
Fuzilaria, guerra, combate.
Figurado Fogo de palha, entusiasmo passageiro ou aparente.
Figurado Excitação, ardência sexual: mulher de muito fogo.
Negar fogo, falhar, iludir, desanimar.
Pegar fogo, incendiar-se, inflamar-se.
Fazer fogo, acender.
Comer fogo, fazer alguma coisa com grande sacrifício ou passar dificuldades.
Figurado Atiçar fogo, açular, incitar.
Brincar com o fogo, expor-se ao perigo, arriscar-se.
Figurado Ser fogo, ser difícil, irredutível, indomável, intransigente.
A fogo lento, pouco a pouco.
Tocar fogo na canjica, animar.
Figurado Pôr as mãos no fogo (por alguém), responsabilizar-se, confiar em.
interjeição Voz de disparo em combate ou aviso de incêndio.
substantivo masculino plural Fogos de artifício, peças pirotécnicas fáceis de inflamar para festejos juninos e outras comemorações.
Nibaz
hebraico: senhor das trevasDepois que os assírios invadiram 1srael, o reino do Norte, os israelitas foram dispersos para outras regiões do império. Outros grupos étnicos foram estabelecidos em Israel e Samaria, ocasião em que levaram com eles seus próprios deuses. II Reis
Nibaz Um deus adorado em Samaria (2Rs
Queimar
verbo transitivo Consumir pelo fogo, reduzir a cinzas; abrasar, arder.Tostar; escurecer pelo calor (do fogo, do sol): o sol queimou-lhe a pele.
Crestar, estorricar: o sol forte queimou as plantas.
Causar ardor: o álcool queimou-me a garganta.
Sofrer o efeito das geadas.
Figurado Dissipar, malbaratar, esperdiçar: queimou a herança em três tempos.
Vender por qualquer preço.
Queimar os miolos, fazer grande esforço mental.
Queimar seus navios, desfazer-se voluntariamente dos meios que possam permitir um recuo quando envolvido num empreendimento.
Queimar o último cartucho, lançar mão dos últimos recursos ou argumentos.
Queimar as pestanas, aplicar-se muito nos estudos.
verbo pronominal Zangar-se, irritar-se; ficar ofendido.
Do latim cremare, queimar, com influência de caimare, queimar, do latim vulgar da Península Ibérica, por influência do grego káima, queimadura, calor ardente. Aplicado no sentido denotativo, isto é, referencial, com o significado de destruir, aparece também em numerosas acepções conotativas, ou seja, em sentido figurado, indicando desaparecimento, morte, estudo ("queimar as pestanas", estudar), lançamento indevido ("queimou o candidato") e perder oportunidade ("queimar cartucho"). Mais recentemente, em termos históricos, passou a designar ação que causa prejuízo, nascida de metáfora da fotografia e do cinema: "queimar o filme", expressão surgida entre as décadas de 1980 e 1990.
Sefarvaim
Cidade, ou cidades da Assíria, de onde o rei assírio trouxe muitos cativos para repovoarem as cidades de Samaria (2 Rs 17.24,31) – acha-se identificada com Sipar, a cidade de Samos, o deus Sol. A Sefarvaim de 2 Rs 18.34 (isSefarvaim Cidade de onde os assírios levaram pessoas para morarem em Samaria (2Rs
Sefarvitas
-Tartaque
-herói das trevas, ou profundas trevas
Após o reino do Norte [Israel] ser invadido pela Assíria, os israelitas foram levados para outras regiões do império. Ao mesmo tempo, grupos estrangeiros instalaram-se em Israel e Samaria e trouxeram junto seus próprios deuses. II Reis
Tartaque Deusa da fertilidade adorada em Samaria (2Rs
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
בֵּן
(H1121)
procedente de 1129; DITAT - 254; n m
- filho, neto, criança, membro de um grupo
- filho, menino
- neto
- crianças (pl. - masculino e feminino)
- mocidade, jovens (pl.)
- novo (referindo-se a animais)
- filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
- povo (de uma nação) (pl.)
- referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
- um membro de uma associação, ordem, classe
אֲדְרַמֶּלֶךְ
(H152)
אֱלֹוהַּ
(H433)
provavelmente forma alongada (enfát.) de 410; DITAT - 93b; n m
- Deus
- deus falso
נִבְחַז
(H5026)
de origem estrangeira; n pr m Nibaz = “aquele que late”
- uma divindade dos aveus introduzida por eles em Samaria na época de Salmaneser; o ídolo tinha a forma de um cachorro
סְפַרְוִי
(H5616)
gentílico procedente de 5617; DITAT - ; adj Sefarvitas veja Sefarvaim = “enumeração”
- um habitante de Sefarvaim
סְפַרְוַיִם
(H5617)
de derivação estrangeira; n pr loc Sefarvaim = “os dois Sipparas”
- uma cidade na Síria conquistada pelo rei da Assíria
- talvez próxima a atual ‘Mosaib’ e junto ao Eufrates, acima da Babilônia
עַוִּי
(H5757)
gentílico procedente de 5755; DITAT -; adj Aveus = “pervertedores”
- habitantes de Ava ou Iva
עֲנַמֶּלֶךְ
(H6048)
de origem estrangeira; n. pr. divindade
Anameleque = “imagem do rei”
- um deus falso assírio trazido a Israel durante a monarquia; cultuado com ritos semelhantes aos de Moloque; deus associado a “Adrameleque”
עָשָׂה
(H6213)
uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.
- fazer, manufaturar, realizar, fabricar
- (Qal)
- fazer, trabalhar, fabricar, produzir
- fazer
- trabalhar
- lidar (com)
- agir, executar, efetuar
- fazer
- fazer
- produzir
- preparar
- fazer (uma oferta)
- atender a, pôr em ordem
- observar, celebrar
- adquirir (propriedade)
- determinar, ordenar, instituir
- efetuar
- usar
- gastar, passar
- (Nifal)
- ser feito
- ser fabricado
- ser produzido
- ser oferecido
- ser observado
- ser usado
- (Pual) ser feito
- (Piel) pressionar, espremer
אֵשׁ
(H784)
uma palavra primitiva; DITAT - 172; n f
- fogo
- fogo, chamas
- fogo sobrenatural (junto com teofania)
- fogo (para cozinhar, assar, crestar)
- fogo do altar
- a ira de Deus (fig.)
שָׂרַף
(H8313)
uma raiz primitiva; DITAT - 2292; v.
- queimar
- (Qal) queimar
- (Nifal) ser queimado
- (Piel) que queima, abrasador (particípio)
- (Pual) ser destruído pelo fogo, ser queimado
אֵת
(H853)
aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida
- sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo
תַּרְתָּק
(H8662)
de origem estrangeira; n. pr. de divindade
Tartaque = “príncipe de trevas”
- uma das divindades do povo aveu de Samaria
- conforme a tradição, cultuado sob a forma de um asno