Enciclopédia de II Crônicas 1:2-2

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2cr 1: 2

Versão Versículo
ARA Falou Salomão a todo o Israel, aos capitães de mil e aos de cem, aos juízes e a todos os príncipes em todo o Israel, cabeças de famílias;
ARC E falou Salomão a todo o Israel, aos capitães dos milhares e das centenas, e aos juízes, e a todos os príncipes em todo o Israel, chefes dos pais.
TB Salomão falou a todo o Israel, aos capitães de mil e de cem, e aos juízes, e a todos os príncipes em todo o Israel, cabeças das famílias.
HSB וַיֹּ֣אמֶר שְׁלֹמֹ֣ה לְכָל־ יִשְׂרָאֵ֡ל לְשָׂרֵי֩ הָאֲלָפִ֨ים וְהַמֵּא֜וֹת וְלַשֹּֽׁפְטִ֗ים וּלְכֹ֛ל נָשִׂ֥יא לְכָל־ יִשְׂרָאֵ֖ל רָאשֵׁ֥י הָאָבֽוֹת׃
BKJ Então, Salomão falou a todo Israel, aos capitães de milhares e de centúrias, e aos juízes, e a cada governador em todo o Israel, aos chefes dos pais.
LTT E falou Salomão a todo o Israel, aos capitães de mil e de cem, aos juízes, e a todos os governadores em todo o Israel, chefes dos pais das famílias.
BJ2 Salomão falou então a todo o Israel, aos comandantes de esquadrões de mil e de cem aos juízes e a todos os príncipes de todo o Israel, chefes de famílias.
VULG Gratia vobis, et pax adimpleatur in cognitione Dei, et Christi Jesu Domini nostri :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Crônicas 1:2

I Crônicas 13:1 E teve Davi conselho com os capitães dos milhares, e dos centos, e com todos os príncipes;
I Crônicas 15:3 E Davi ajuntou a todo o Israel em Jerusalém, para fazerem subir a arca do Senhor ao seu lugar, que lhe tinha preparado.
I Crônicas 15:12 e disse-lhes: Vós sois os chefes dos pais entre os levitas; santificai-vos, vós e vossos irmãos, para que façais subir a arca do Senhor, Deus de Israel, ao lugar que lhe tenho preparado.
I Crônicas 24:4 E achou-se que eram muitos mais os filhos de Eleazar entre os chefes de famílias do que os filhos de Itamar, quando os repartiram; dos filhos de Eleazar, dezesseis chefes das casas dos pais, mas dos filhos de Itamar, segundo as casas de seus pais, oito.
I Crônicas 24:31 E o chefe da casa dos pais e bem assim como um de seus irmãos menores lançaram sortes igualmente como seus irmãos, os filhos de Arão, perante o rei Davi, e Zadoque, e Aimeleque, e os chefes dos pais entre os sacerdotes e entre os levitas.
I Crônicas 27:1 Estes são os filhos de Israel segundo o seu número, e os chefes dos pais, e os capitães dos milhares e das centenas, com os seus oficiais, que serviam ao rei em todos os negócios das turmas, entrando e saindo de mês em mês, em todos os meses do ano, cada turma de vinte e quatro mil.
I Crônicas 28:1 Então, Davi convocou em Jerusalém todos os príncipes de Israel, os príncipes das tribos, e os capitães das turmas, que serviam o rei, e os capitães, dos milhares, e os capitães das centenas, e os maiorais de toda a fazenda e possessão do rei, e de seus filhos, como também os eunucos e varões, e todo varão valente.
I Crônicas 29:1 Disse mais o rei Davi a toda a congregação: Salomão, meu filho, o único a quem Deus escolheu, é ainda moço e tenro, e esta obra é grande; porque não é palácio para homem, senão para o Senhor Deus.
II Crônicas 29:20 Então, o rei Ezequias se levantou de madrugada, e ajuntou os maiorais da cidade, e subiu à Casa do Senhor.
II Crônicas 30:2 Porque o rei tivera conselho com os seus maiorais e com toda a congregação em Jerusalém para celebrarem a Páscoa no segundo mês.
II Crônicas 34:29 Então, o rei convocou e ajuntou todos os anciãos de Judá e Jerusalém.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

SALOMÃO

(970-930 a.C.)
SALOMÃO SE TORNA REI
Assim que sucedeu seu pai, Davi, no trono de Israel, Salomão (970-930 a.C.) tomou medidas severas para remover aqueles que poderiam desafiar sua autoridade. Seu meio-irmão, Adonias, que havia tentado tomar o trono anteriormente, foi executado. Abiatar foi substituído por Zadoque na função de sumo sacerdote. Com a permissão de Salomão, Benaia matou Joabe, o comandante do exército de Davi, e assumiu esse cargo.

SALOMÃO PEDE SABEDORIA
Salomão se dirigiu ao "alto" ou santuário em Gibeão onde o tabernáculo foi montado após ser salvo do ataque dos filisteus a Siló.' Depois de Salomão ter oferecido mil holocaustos, o Senhor lhe apareceu em um sonho e lhe disse para pedir o que quisesse. Consciente de sua inexperiência e sentindo o peso das responsabilidades, Salomão pediu um coração discernente para governar o povo e distinguir entre o certo e o errado. O Senhor se agradou desse pedido e o atendeu, prometendo ainda vida longa, riqueza, honra e a morte de seus inimigos.

UM HOMEM DE PAZ
Salomão era um homem de paz. Aliás, seu nome significa "pacífico". Sob seu governo, Israel prosperou e se enriqueceu como nunca antes. O livro de Reis apresenta Israel como um povo numeroso, feliz e satisfeito, vivendo em segurança numa terra onde cada família tinha sua própria vinha e figueira.

A POLÍTICA INTERNACIONAL DE SALOMÃO
Logo no início de seu reinado, Salomão fez uma aliança com o Egito e se casou com a filha do faraó. O rei em questão provavelmente era Simon (979-960 a.C.), da fraca vigésima primeira dinastia: O faraó atacou e queimou a cidade cananéia de Gezer, matou seus habitantes e deu- a como presente de casamento para sua filha e como um pequeno acréscimo ao território de Salomão.‡ Não se sabe ao certo o que provocou essa intervenção egípcia. Talvez com a morte de Davi, Os egípcios esperassem poder se restabelecer na Palestina, mas, ao se depararem com um governo mais poderoso do que imaginavam, julgaram prudente firmar uma aliança de paz.
Salomão encontrou um aliado valioso em Hirão, rei da cidade fenícia de Tiro, na costa do Líbano. Hirão forneceu ao rei de Israel cedro e outras madeiras para seus projetos de construção em troca de azeite de oliva. Salomão deu a Hirão vinte cidades numa região fronteiriça predominantemente não-israelita da Galileia. Hirão não se impressionou e chamou-as de Cabul (isto é, " desprezíveis"). Posteriormente, Salomão recuperou estas cidades.

A ADMINISTRAÇÃO DE SALOMÃO
A corte de Salomão era suprida diariamente com quatro toneladas de farinha fina e oito toneladas de farinha comum, trinta cabeças de gado, cem carneiros e bodes, bem como veados, gazelas, corços e aves cevadas. Ao contrário de Davi, Salomão não realizou campanhas de conquista militar. À medida que suas despesas se tornaram mais altas, Salomão aumentou a tributação, levando seus súditos a pagar impostos pesados e reorganizando a terra em doze distritos administrativos, cada um com seu próprio governador. Cada distrito era responsável por suprir a corte durante um mês. Apesar de, em alguns casos, esses distritos coincidirem com os antigos territórios das tribos, divisão administrativa desconsiderou a maior parte das fronteiras tribais e incluiu territórios cananeus, pois Salomão desejava integrar a população cananéia em seu reino. É possível que Judá também tivesse seu próprio governador, responsável pelo recolhimento dos impostos.

TRABALHOS FORÇADOS
Quanto as não-israelitas que permaneceram no território controlado por Israel, "a esses fez Salomão trabalhadores forçados" e "tinha também Salomão setenta mil que levavam as cargas e oitenta mil que talhavam pedra nas montanhas" (1RS 5:15). Os israelitas também tinham de trabalhar. Trina mil foram enviados ao Líbano para cortar madeira e passavam um mês lá e dois meses em Israel. O trabalho forçado, do qual o povo se ressentiu tanto, contribuiu de forma significativa para a divisão do reino de Salomão logo depois de sua morte.

Os distritos administrativos de Salomão
Israel passou por mudanças profundas sob o governo de Salomão. As antigas estruturas tribais não eram suficientes para suprir a demanda fiscal de um Estado em expansão. Assim, Salomão criou distritos administrativos, desconsiderando, em muitos casos, as antigas divisões territoriais das tribos. No mapa da página oposta, os números ao lado dos nomes dos governadores se referem ao versículo correspondente em I Reis 4.

Literatura Sapiencial
SALOMÃO COMO AUTOR DE TEXTOS SAPIENCIAIS
De acordo com o escritor do livro de Reis, "Deu também Deus a Salomão sabedoria, grandíssimo entendimento e larga inteligência como a areia que está na praia do mar. Era a sabedoria de Salomão maior do que a de todos os do Oriente e do que toda a sabedoria dos egípcios".° A história sobre como Salomão discerniu quem era a verdadeira mãe de um bebê é um exemplo prático de sua sabedoria. 10 O escritor de Reis também atribui a Salomão a autoria de três mil provérbios e mil e cinco canções e registra o interesse do rei em botânica e zoologia. Várias obras chamadas de "literatura sapiencial" são atribuídas a Salomão:

Provérbios
O livro hebraico de Provérbios é repleto de ditados sábios e incisivos, organizados em coletâneas:
• os provérbios de Salomão formam o núcleo do livro (PV 1:1-22 16)

• provérbios de Salomão (PV 25:1 PV 29:27) copiados pelos homens de Ezequias, rei de Judá (715-686 a.C.)

• "Preceitos e admoestações dos sábios" (PV 22:17 EC 24:22)

• "Mais alguns provérbios dos sábios" (PV 24:23-34)

• "As Palavras de Agur" (PV 30:1-33)

• "Conselhos para o rei Lemuel" (PV 31:1-9)

• "O louvor da mulher virtuosa" (PV 31:10-31)

Coletâneas de provérbios eram conhecidas a Mesopotâmia e no Egito no terceiro milênio a.C. No livro bíblico de Provérbios, os "Preceitos e admoestações dos sábios" são particularmente interessantes, pois podem ser comparados com a coletânea egípcia de provérbios conhecida como "Ensinos de Amenemope" , provavelmente escrita por volta de 1100 a.C. no máximo até o final da vigésima primeira dinastia em 945 a.C. O "Ensinamento de Amenemope" é divido em trinta seções e há quem sugira, provavelmente de forma indevida, que o texto de Provérbios 22:20 deveria ser emendado de acordo com esta coletânea e que os  "Preceitos e admoestações dos sábios" também teria de ser dividido em trinta seções. Para alguns estudiosos, o autor de "Preceitos e admoestações dos sábios" usou material de Amenemope. É igualmente possível, porém, que ambos tenham se baseado numa herança comum mais antiga de conselhos sábios.

ECLESIASTES
O significado do título hebraico do livro chamado tradicionalmente de Eclesiastes é incerto. Pode significar "orador" (numa assembleia) ou "colecionador de ditados". O autor é identificado no versículo de abertura apenas como "filho de Davi". Sem dúvida, os grandes projetos do autor e suas declarações em 2.7 de que tinha mais bois e ovelhas do que qualquer outro em Jerusalém antes dele, coincide com a descrição de Salomão que sacrificou vinte e dois mil bois e cento e vinte mil ovelhas na dedicação do templo.

CÂNTICO DOS CÂNTICOS
O interesse de Salomão pela natureza também é expressado por meio das diversas images extraídas do mundo natural no livro erótico de "Cântico dos Cânticos". Por exemplo, "Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales" (Ct 2:1). Os versículos de abertura atribuem a obra a Salomão.

OUTRAS OBRAS DA LITERATURA SAPIENCIAL
É difícil atribuir uma data e um lugar de origem ao livro de Jó. Sem dúvida, ele e seus amigos não eram israelitas e o estilo de vida de Jó corresponde ao do período patriarcal. O livro explora uma pergunta de importância perene: "Por que sofrem os inocentes?"

MADEIRA
Como Salomão outros governantes do Antigo Oriente Próximo também usaram a madeira das florestas do Líbano. Neste relevo em pedra de Khorsabad, Iraque, pode-se ver trabalhadores assírios sob o comando do rei Sargão (722-705 a.C.) transportando madeira pelo mar.

SILÓ
Siló era um importante centro religioso e administrativo no tempo de Samuel. Também era o local onde se encontrava o tabernáculo antes de ser transferido para Gibeão.

Os distritos administrativos de Salomão
Os distritos administrativos de Salomão
trabalhadores assírios sob o comando do rei Sargão
trabalhadores assírios sob o comando do rei Sargão
Siló era um importante centro religioso e administrativo no tempo de Samuel.
Siló era um importante centro religioso e administrativo no tempo de Samuel.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Reino de Davi e de Salomão

Informações no mapa

Tifsa

Rio Eufrates

HAMATE

SÍRIA (ARÃ)

Hamate

Rio Orontes

Ribla

Zedade

ZOBÁ, ARÃ-ZOBÁ

Tadmor (Palmira)

Zifrom

Hazar-Enã

Lebo- Hamate

Gebal

Cobre

Berotai

Deserto da Síria

Sídon

SIDÔNIOS (FENÍCIA)

Cadeia do Líbano

BETE-REOBE

Cadeia do Antilíbano

Damasco

Mte. Hermom

Tiro

Abel

MAACÁ, ARÃ-MAACÁ

Basã

Terra de Cabul?

Hazor

Argobe

GESUR

Dor

Vale de Jezreel

En-Dor

Helão

Megido

Mte. Gilboa

Lo-Debar

Rogelim

Bete-Seã

Jabes-Gileade?

Salcá

Tobe

Sucote

Maanaim

Jope

Silo

Gileade

Ramá

Zereda

Rabá

Gezer

Gilgal

AMOM

Ecrom

Jerusalém

Hesbom

Gate

Belém

Medeba

FILÍSTIA

Gaza

Hebrom

En-Gedi

Aroer

Ziclague

Jatir

Betel

MOABE

Berseba

Ramote

Mispa

Aroer

Vale do Sal?

Torrente do Egito

Neguebe

Tamar

Cobre

Punom

EDOM

Deserto de Parã

Deserto da Arábia

Eziom-Geber

Elote, Elate

Bete-Horom Baixa

Bete-Horom Alta

Gezer

Gibeão

Geba

Quiriate-Jearim

Gibeá

Anatote

Baurim

Nobe

Baal-Perazim

Ecrom

Bete-Semes

Jerusalém

Fonte de Giom

Poço de En-Rogel

Gate

Vale de Elá

Azeca

Socó

Belém

Adulão

Queila

Gilo

Tecoa

Deserto de Judá

Cisterna de Sirá

Hebrom

Jesimom

Zife

Horesa

Estemoa

Carmelo

Maom

Informações no mapa

Reino de Davi

Reino de Salomão

Importações

Exportações

Para os hititas e a Síria: cavalos, carros de guerra

De Társis: ouro, prata, marfim, macacos, pavões

De Tiro: cedro, junípero, ouro

Para Tiro: cevada, trigo, vinho, azeite

Do Egito: cavalos, carros de guerra

De Ofir: ouro, pedras preciosas, madeira

Da Arábia: ouro, prata


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Crônicas Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
SEÇÃO III

O REINO DE SALOMÃO (cerca de 971-931 a.C.)

II Crônicas 1:1-9.31

Aqui a narrativa omite detalhes encontrados na passagem correspondente em I Reis 1:1-11.43. O cronista omite a revolta de Adonias e o castigo de Salomão (I Reis 1:2) ; o casamento de Salomão com a filha do Faraó (I Reis 3:1-2) ; o seu sábio julgamento (I Reis 3:16-28) ; os seus funcionários públicos, os oficiais, a magnificência e a glória real (I Reis 4:1-5.
18) ; a construção do seu palácio (I Reis 7:1-12) ; a sua idolatria e a crescente atividade dos seus inimigos (I Reis 11:1-40). Por outro lado, há detalhes importantes, inclusive aqueles que são omitidos pelo autor do primeiro livro de Reis. Seis capítulos tratam dos detalhes do Templo. É evidente que a construção do Templo é mais importante para o cronista do que a biografia do construtor.

A. A CONFIRMAÇÃO DE SALOMÃO, 1:1-17

  1. A Ascensão de Salomão ao Trono (1,1)

O cronista escreve este versículo como uma introdução a todo o reinado de Salomão. O monarca era de muitas maneiras majestoso e régio. Mas existem detalhes em Reis que fazem o seu talento menos que admirável, a partir de um ponto de vista democrático. Até mesmo o Senhor Jesus reconheceu o seu esplendor e a sua glória, mas reduziu-os ao compará-los com a beleza de um lírio. Os sucessos materiais de Salomão certamente não podem ser o único critério de avaliação. Ele só foi grande na primeira parte do seu reinado.

  1. O seu Sacrifício em Gibeão (1:2-6)

A arca estava na tenda de Davi em Jerusalém, mas o altar de cobre encontrava-se no Tabernáculo, em Gibeão. Salomão e a congregação o visitavam (5) é traduzido me lhor como "Salomão e a congregação buscavam ao Senhor". Aqui ele pretendia unir o seu reino ao do seu pai, Davi, ao oferecer em sacrifício mil animais (6). Este altar de cobre em Gibeão fora criado por Bezalel (cf. Êx 31:2-5; 38:1-7). Grande parte do material des-tes versículos é peculiar a Crônicas (cf. I Reis 3:4).

  1. O seu Sonho e o Pedido por Sabedoria (1:7-13)

O pedido de Salomão provavelmente foi inspirado pela oração de que ele, como novo rei, pudesse ter sabedoria e entendimento (1 Cron 29.10ss.). A aparição do Senhor, em visão, deu a ele a oportunidade de pedir o que quisesse (cf. 1 Rs 3:5-15). Aqui está o princípio hebraico de que riquezas, fazenda e honra (12) seguem aquele que faz a vontade de Deus. Isso não era sempre verdade naquela época, nem o é hoje em dia; mas o que era verdade então, e continua hoje, é que o homem que obedece a Deus é sempre melhor do que o que o ignora.

Nesta passagem, vemos "a grande escolha": (1) Deus dá a cada homem uma escolha, 7; (2) os fundamentos de uma herança divina 8:9; (3) a escolha de valores mais elevados, 10; (4) a recompensa pelas escolhas corretas, 11,12.

  1. A sua Riqueza (1:14-17)

Os detalhes aqui correspondem aos de I Reis 10:26-29 e são elaborados em II Crônicas 9:13-28. Dizer que o ouro e a prata eram em Jerusalém [tão abundantes] como pedras (15) é uma descrição vívida da riqueza do governo de Salomão.

A multiplicação de cavalos, que representa guerra ao invés de paz, e o acúmulo de ouro e prata eram expressamente proibidos pela lei mosaica (Dt 17:14-20). Também era proibi-do ter várias esposas, mas o cronista não as menciona ao narrar a riqueza do novo rei'.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de II Crônicas Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
*

1.1-17

Esta seção é equilibrada por uma seção paralela sobre a sabedoria e as riquezas de Salomão (9.13-28).

* 1:1

fortaleceu-se. Com freqüência, o historiador usa expressões como essa para indicar sucesso após alguma dificuldade (12.13 13:21-17.1; 25.11; 27.6). Ele reconheceu, indiretamente, que a ascenção de Salomão ao poder foi tumultuada, embora ele tenha omitido os detalhes dados em 1Rs 2 (13 23:1'>1Cr 23:1, nota).

Deus, era com ele. O sucesso de Salomão resultou da bênção soberana de Deus, em cumprimento às esperanças de Davi (13 22:11'>1Cr 22:11,13 22:16'>16; 13 28:20'>28:20).

* 1.2-13

Esta passagem segue mais ou menos a 1Rs 3:4-15, mas a narrativa é um tanto expandida, enfatizando o tema do reinado de Salomão sobre "todo o Israel" (v. 2), e explicando porque Salomão foi sacrificar em Gibeom (vs. 3-6).

* 1:2

todo o Israel. ver a nota em 13 11:1'>1Cr 11:1.

* 1:5

Bezalel. No decurso da construção do templo, Salomão surgiu como uma espécie de contraparte de Bezalel, que tinha construído o tabernáculo. Ver as notas em 13 2:20'>1Cr 2:20 e Êx 31:1-11.

* 1:7

apareceu... disse. Tal como o faz o livro de 1 Reis, os Crônicas relatam que Deus falou diretamente a Salomão por meio de sonhos (7.12). Salomão, à semelhança de Davi, foi um instrumento de revelações para Israel (13 22:8'>1Cr 22:8; 13 28:6'>28:6,13 28:19'>19).

* 1:9

cumpra-se a tua promessa feita a Davi, meu pai. Essa petição liga o reino de Salomão a Davi (13 17:1-13.17.15'>1Cr 17:1-15, nota; 22.5, nota). Salomão dependeu inteiramente de Deus quanto à capacidade de cumprir seu papel de rei (conforme 13 29:14-13.29.16'>1Cr 29:14-16, nota).

um povo numeroso como o pó da terra. Salomão reconheceu a multiplicação de Israel como cumprimento da promessa de Deus a Abraão (Gn 13:16; 22:17). Essa promessa encorajaria os leitores nos tempos depois do exílio babilônico quanto ao repovoamento bem sucedido da Terra Prometida em seus próprios dias (Ne 1:8,9; Zc 8:7,8).

* 1:10

sabedoria. O esplendor e o poder do reinado de Salomão resultou da sabedoria divinamente conferida a ele. Em sua sabedoria, Salomão prefigurou a Cristo, que é a Sabedoria do Deus encarnado (Is 11:1,2; Cl 2:3).

* 1:13

O relato no livro de Reis termina com o sacrifício de Salomão em Jerusalém (1Rs 3:15). Desconsiderando isso, bem como o julgamento de Salomão entre as duas mães (1Rs 3:16-28), Crônicas enfoca a construção do templo, por Salomão, como demonstração de sua sabedoria.

* 1.14-17

Deus manteve a sua promessa de tornar Salomão um homem rico (v. 12). Esta passagem está ligada a seu paralelo (9.13-28), na narrativa total, pela repetição do tema do comércio com cavalos (compare 1.14,16,17 com 9:25-28), e da abundância de "prata e ouro" com as "pedras", e os "cedros" que eram tão comuns quanto os sicômoros (1.15; 9.27).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de II Crônicas Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
1:1 Embora o primeiro livro de Crônicas se centra principalmente na vida do rei Davi, o segundo livro de Crônicas se centra na vida do resto dos reis do Judá, o reino do sul. menciona-se muito pouco a respeito do Israel, o reino do norte, devido a que (1) Crônicas foi escrito por membros da tribo do Judá que retornaram do cativeiro em Babilônia, e (2) Judá representava a família do Davi, da qual viria o Messías. Enquanto que o Israel tinha distúrbios constantes, anarquia e rebelião contra Deus, Judá ao menos fez esforços esporádicos para segui-lo.

1:1 Se deseja mais detalhe sobre a ascensão do Salomão ao trono, veja-se 2 Rsseis 1:2. O perfil do Salomão se encontra em 2 Rsseis 4.

1.2-5 O tabernáculo de reunião, ou tabernáculo, que Moisés tinha construído séculos antes (Exodo 35-40) ainda se utilizava, apesar de que tinha sido transladado em várias ocasiões. Quando Salomão chegou a ser rei, localizou-se o tabernáculo no Gabaón, um povo a quase dez quilômetros ao nordeste de Jerusalém. Todo o mobiliário do tabernáculo foi guardado no Gabaón, à exceção do arca de Deus que Davi transladou a Jerusalém (I Crônicas 13:15-16) já que queria que o arca, símbolo da presença de Deus, residisse na cidade onde governava ao povo. Entretanto, o tabernáculo que estava no Gabaón seguia sendo considerado o centro religioso principal até que Salomão construiu o templo em Jerusalém.

1:10 Sabedoria é a habilidade de tomar boas decisões apoiadas em discernimento e julgamento adequados. O conhecimento neste versículo se refere aos conhecimentos práticos necessários para dirigir os assuntos cotidianos. Salomão utilizou sua sabedoria e conhecimento não só para construir o templo a partir dos planos de seu pai, mas também para estabelecer o crescimento econômico da nação.

1:10 O oferecimento de Deus ao Salomão leva a imaginação ao extremo: "me peça o que queira que eu te dê" (1.7). Mas Salomão colocou em primeiro lugar as necessidades de seu povo e pediu sabedoria em vez de riquezas. deu-se conta de que a sabedoria seria a posse mais valiosa que podia ter como rei. Mais tarde escreveu a respeito dela: "Mais preciosa é que as pedras preciosas; e tudo o que pode desejar, não se pode comparar a ela" (Pv 3:15). A mesma sabedoria que deu ao Salomão está disponível para nós, é o mesmo Deus o que o oferece. Como podemos adquirir sabedoria? Primeiro, devemos pedir a Deus, "o qual dá a tuda abundantemente e sem recriminação" (Jc 1:5). Segundo, devemos nos dedicar de todo coração a estudar e aplicar a Palavra de Deus, fonte de sabedoria divina. (Para mais informação a respeito da sabedoria do Salomão, leiam-nas notas a 1Rs 3:6-9 e 3.12.)

1:11, 12 Salomão pôde ter tudo o que quis, entretanto pediu sabedoria para governar a nação. Deus aprovou a forma em que Salomão ordenou suas prioridades, e lhe deu além riquezas, prosperidade e honra. Jesus também falou de prioridades. Disse que quando colocamos a Deus em primeiro lugar, algo que necessitemos realmente virá além disso (Mt 6:33). Isto não garante que seremos ricos e famosos como Salomão, a não ser significa que quando pomos a Deus em primeiro lugar, a sabedoria que O nos dá, permitirá-nos desfrutar de uma vida cheia de satisfações. Quando temos um propósito na vida e aprendemos a nos contentar com o que possuímos, nossas riquezas serão maiores que as que jamais poderíamos acumular.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de II Crônicas Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
I. o reinado de Salomão (2Cr 1:1 ; conforme I Reis 3:4-15 ; 10: 26-29)

1 Ora, Salomão, filho de Davi, fortaleceu-se no seu reino, eo Senhor seu Deus era com ele, e muito o engrandeceu. 2 E falou Salomão a todo o Israel, aos capitães de mil e de cem, e aos juízes, e todos os principes em todo o Israel, os chefes das paternascasas . 3 foi Salomão, e toda a congregação com ele, ao alto que estava em Gibeão; porque ali estava a tenda da revelação de Deus, que Moisés, servo do Senhor, tinha feito no deserto. 4 Mas a arca de Deus teve Davi fez subir de Quiriate-Jearim ao lugar que Davi tinha preparado para isso; porque lhe tinha armado uma tenda em Jerusalém. 5 Também o altar de bronze, que Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, tinha feito, estava ali diante do tabernáculo do Senhor:. e Salomão ea congregação o buscavam 6 E Salomão ofereceu ali para o altar de bronze diante do Senhor, que estava na tenda da reunião, e ofereceu mil holocaustos sobre ela.

7 Na mesma noite Deus apareceu a Salomão, e disse-lhe: Pede o que eu te darei. 8 E Salomão disse a Deus: Tu usaste de grande benignidade com meu pai Davi, ea mim me fizeste rei em seu lugar. 9 Agora , ó Senhor Deus, que a tua promessa a Davi, meu pai ser estabelecida; porque tu me fizeste rei sobre um povo numeroso como o pó da terra em multidão. 10 Dá-me agora sabedoria e conhecimento, para que eu possa sair e entrar perante este povo; pois quem poderá julgar este povo teus, que é tão grande? 11 E Deus disse a Salomão: Porquanto houve isto no teu coração, e não pediste riquezas, bens ou honra, nem a morte dos que te odeiam, nem tampouco pediste longa vida; mas pediste sabedoria e conhecimento para ti, para que possas julgar o meu povo, sobre o qual te fiz rei ti: 12 sabedoria e conhecimento te são dados; e eu te darei riquezas, e riquezas, e honra, como nenhum dos reis tiveram que houve antes de ti; nem haverá depois de ti tal. 13 Assim Salomão veio do alto que estava em Gibeão, de diante da tenda da congregação, a Jerusalém; e reinou sobre Israel.

14 Salomão ajuntou carros e cavaleiros, e teve mil e quatrocentos carros e doze mil cavaleiros, que colocou nas cidades dos carros, e junto ao rei em Jerusalém. 15 E o rei tornou a prata e ouro em Jerusalém como as pedras, e os cedros que ele seja tão sicômoros-que há na baixada em abundância. 16 Os cavalos que Salomão tinha eram trazidos do Egito; os mercadores do rei os recebiam de Coa por preço determinado. 17 E faziam subir e sair do Egito cada carro por seiscentos siclos de prata, e um cavalo por cento e cinqüenta; e assim, para todos os reis da hititas, e os reis da Síria, fez eles tirá-los pelos seus meios.

Salomão começou seu reinado por se envolver em um ato sagrado de adoração em Gibeão, porque ali estava a tenda da revelação de Deus (v. 2Cr 1:3 ). Mesmo que a arca da aliança não estava lá, o Deus da Aliança reuniu-se com Salomão e conversava com ele em Gibeão (ver notas sobre a passagem paralela em I Reis).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de II Crônicas Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
1.1 Salomão. O primeiro descendente de Davi que ocupou o trono; a linha real continuou durante mais 513 anos sem interrupção, até ao ano 586 a.C. Desde então, os israelitas ficaram sem rei, e só o terão de novo quando o Messias vier reinar. É Ele que restaurará ao verdadeiro reinado de Davi, um reinado espiritual e milenar: Is 9:6-23; At 15:13-44; Ap 11:15; Ap 20:1-66; Lc 3:23-42). Fortaleceu-se no seu reino. Isto ocorreu tão-somente porque Deus estava com ele.

1.3 A tendo do congregação. Era um tipo de templo portátil, construído por Moisés, segundo as ordens de Deus. Era considerada o lugar de encontro do qual Deus falava a

Seu povo (Êx 33:7-11).

1.3- 6 Nesta época as coisas essenciais do Tabernáculo estavam distribuídas entre Jerusalém e Gibeom, mas, depois de pronto o Templo, toda a mobília do Tabernáculo foi reunida, e Jerusalém tornou-se o verdadeiro centro do culto divino (Dt 12:13-5).

1.4 A arca. Sua fabricação se descreve em Êx 25:10-16. Nela foram depositadas as tábuas da Lei (Êx 25:21; 31:18; Dt 10:3-5).

1.10 Sabedoria e conhecimento. A sabedoria sempre foi reconhecida como um dom especial de Deus. O conhecimento (tradução da palavra hebraica Mada' que se acha somente aqui e em Ez 1:17) contém a idéia de critério e de percepção íntima, algo mais profundo do que o simples saber. A sabedoria é a arte de aplicar de maneira certa todo o conhecimento, relacionando-o com Deus (Sl 111:10).

1.14 Salomão ajuntou carros. Nisto já começou a pecar (Dt 17:14-5).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de II Crônicas Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
2CRONICAS


9) Salomão assume o controle do reino (1:1-17)

Essa seção serve de introdução geral à vida e reinado de Salomão. O cronista vai destacar principalmente a conclusão da construção do templo, o ponto para o qual ele conduziu todo o seu relato do reinado de Davi. Mesmo assim, as observações acerca da riqueza e honra de Salomão (que serão retomadas no cap.
9) servem para ressaltar que Deus estava com ele. O fato de ele assumir o poder régio é descrito com a expressão: estabeleceu-se com firmeza em seu reino, uma declaração que talvez reflita a consciência que o cronista tinha da luta pelo poder imediatamente após a morte de Davi.

O primeiro ato do rei é religioso — um ato de consagração que envolveu tanto o rei quanto o povo (v. 3). E representado aqui como um ato oficial (lRs 3.4 sugere um ato de devoção pessoal) que ocorreu no santuário de Gibeom (ainda o santuário oficial do reino, o lugar da antiga Tenda do Encontro em que era usado o altar original construído por Bezalel). E notável que o cronista não faça nenhuma referência ao lugar alto nem veja razão alguma para a nota de desculpa em lRs 3.3 (“lugares sagrados”). O exílio tinha mostrado ao povo judeu que a presença de Deus não dependia do local e era o que importava mais. A presença de Deus é simbolizada aqui pelo altar e confirmada na revelação que Salomão recebe.
A aparição de Deus a Salomão está baseada no texto paralelo de Reis, mas é condensada, e aqui Deus lhe aparece diretamente, e não por meio de um sonho. Há pequenas alterações, embora o significado final tanto do pedido de Salomão quando da bênção de Deus seja o mesmo. A omissão interessante é a da ida de Salomão à frente da arca para oferecer um sacrifício; um ato que não concordaria com as convicções do cronista acerca das responsabilidades na adoração. A constante diminuição da função sacerdotal do rei já foi considerada anteriormente.
O relato da riqueza impressionante (v. 14

17) fundamenta-se em lRs 10:26-29, com a menção adicional de ouro, prata e cedro (v. 15). O cedro era uma madeira rara e muito valorizada; Salomão a tornou tão comum quanto as figueiras bravas da Sefeld. E evidente que Salomão era um grande mercador que conseguia transformar cada oportunidade em vantagem para Sl mesmo. Ele importou cavalos da Cilicia (não pode haver dúvida quanto a essa leitura; a Cilicia [heb. “Cuve”] é mencionada com freqüência em documentos assírios do século IX a.C.) pelo preço corrente (m‘hir) e carros do Egito, vendendo-os por meio dos seus agentes para os hititas e arameus. Os carros eram mais caros do que os cavalos em virtude da habilidade necessária na sua manufatura, enquanto cavalos eram simplesmente criados sem a preocupação atual pelo pedigree.

A riqueza e a sabedoria de Salomão formam um início adequado para a história do seu reinado, indicando que Deus estava com ele para cumprir a promessa divina de bênção.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de II Crônicas Capítulo 1 do versículo 1 até o 17

INTRODUÇÃO

(Veja os Comentários 1ntrodutórios em I Crônicas)

COMENTÁRIO

I. O Reinado de Salomão. 1:1 - 9:31.

2Cr 1:1). Com isto, portanto, o cronista começa a segunda parte de seu grande estudo. fie assim faz rim paralelo com 1Rs 3:4-15, embora omita a imediata confirmação do acontecido em Gibeom na decisão que Salomão tomou a respeito dos filhos das duas prostitutas (I Reis 3:1628), como sendo assunto de interesse pessoal e limitado. Ele o substitui, antes, pela posterior confirmação econômica conforme comprovada pela prosperidade nacional de Israel (2Cr 1:14-17, uma passagem que faz paralelo com 1Rs 10:26-29).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de II Crônicas Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
III. O REINADO DE SALOMÃO2Cr 1:1-14). A maior parte do conteúdo dos versículos 1:6 só ocorre em Crônicas. Os versículos 7:13 resumem 1Rs 3:5-11. Em 1Rs 3:4-11 vem o comentário principal. Veio a Jerusalém do alto (13), versão esta de acordo com a Septuaginta.

>2Cr 1:14

2. AS RIQUEZAS DE SALOMÃO (2Cr 1:14-14). Ver 1Rs 10:26-11, passagens estas em que existe uma identidade verbal praticamente exata, e compare-se com 2Cr 9:13-14.


Dicionário

Capitães

-

Chefes

masc. e fem. pl. de chefe

che·fe
(francês chef)
nome de dois géneros

1. Funcionário ou empregado que dirige um serviço.

2. Director.

3. Cabeça, principal.

4. Cabecilha.

5. Cozinheiro principal que dirige um restaurante, geralmente conhecido pela boa cozinha.

6. [Militar] Soldado que, em cada fila, está no lugar da frente.

7. Forma de tratamento utilizada informalmente com pessoas cujo nome se desconhece. = PATRÃO

nome masculino

8. [Heráldica] Peça honrosa no terço superior do escudo.


chefe de sala
Chefe dos empregados de mesa num restaurante.


Israel

substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


Israel [O Que Luta com Deus] -

1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


Juizes

livro da Bíblia que narra o período dos juizes

Juízes

Juízes LIVRO DE JUÍZES

Sétimo livro da Bíblia, um dos LIVROS HISTÓRICOS DO AT. Narra a história de Israel desde a morte de Josué até o tempo de Samuel, período em que o povo de Israel era governado por juízes (v. JUIZ 2).


O período dos juízes veio após a conquista de Canaã sob a liderança de Josué, o que trouxe relativa paz e estabilidade para os israelitas (Js 21:43-45). A geração seguinte, entretanto, fracassou em assegurar as bênçãos de Deus e falhou em expulsar as nações remanescentes em Canaã. A conseqüência deste fracasso foi um enfraquecimento crescente na vida de Israel, marcado por conflitos entre as tribos, sincretismo religioso e a derrota diante das nações estrangeiras. A resposta de Deus para a desobediência e a idolatria de Israel foi o juízo sobre a nação, ao permitir que sofressem derrotas nas mãos de uma sucessão de inimigos (Jz 2:12-15) — sírios (3:8), moabitas (3:12), filisteus (3:31; 13:1), cananeus (4:2), midianitas (6:
1) e amonitas (10:9). Os juízes eram homens levantados pelo Senhor (Jz 2:16) para livrar a nação da opressão estrangeira e restaurar a adoração a Deus. Em todos os casos, entretanto, depois do livramento conquistado pelo juiz, o período que se seguia à sua morte resultava numa deterioração ainda maior do compromisso do povo com o Senhor (Jz 2:19).

Características dos juízes

O título “juiz” vem de Juízes 2:16: “Então levantou o Senhor juízes, que os livraram das mãos dos que os despojavam”. Este termo, entretanto, carrega mais do que uma conotação meramente judicial. Durante o Êxodo, Moisés nomeou juízes, que funcionavam como seus delegados, com autoridade para aplicar a Palavra de Deus em situações que requeriam um julgamento legal (Ex 18:13-27); o papel judicial deles continuaria depois que o povo se estabelecesse em Canaã (Dt 16:18). Nos tempos de opressão nacional, entretanto, a função dos juízes era a de ser os instrumentos usados por Deus no livramento do povo. Num tempo de apostasia, eram capacitados pelo Todo-poderoso de maneira sobrenatural para libertar Israel, no nome do Senhor (Jz 3:10-28; Jz 7:15; etc.), enquanto nas épocas de paz aparentemente exerciam o papel de líderes (Jz 12:8-13).

O caráter daqueles homens levantados pelo Senhor para livrar Israel era variado. Otniel, sobrinho de Calebe, apresenta-se como um juiz exemplar. Chamado por Deus, recebeu o poder sobrenatural do Espírito Santo, derrotou o opressor de Israel em batalha e trouxe um período de paz (Jz 3:9-10). Cada juiz que se seguiu, entretanto, foi marcado por ambigüidades deliberadas de caráter. Eúde, o canhoto, triunfou por meio do engano e do assassinato (Jz 3:15-26). Baraque relutou em obedecer ao Senhor, ao insistir em que Débora [a juíza] o acompanhasse (Jz 4:8); desta maneira, a honra pela morte do general inimigo foi de uma mulher, Jael, esposa de Héber, o queneu (v. 21). Gideão precisou de repetidas garantias para acreditar que o Senhor estava com ele (Jz 6:15-27,36-40; 7:
10) e, no final de sua vida, levou Israel de volta à idolatria (Jz 8:27). O passado duvidoso de Jefté, filho de uma prostituta, foi confirmado pela insensatez do voto que fez (Jz 11:30-31), numa tentativa de manipular a vontade do Senhor. Sansão quebrou repetidamente a Lei de Deus, ao tocar e comer coisas proibidas a um nazireu (Jz 14:8ss; veja 13:
7) e em envolvimentos sexuais ilícitos (Jz 14:2-3; Jz 16:1-4ss). Este padrão persistiu no livro de I Samuel. Eli, chamado de juiz (1Sm 4:18), honrou os filhos rebeldes mais do que ao Senhor (1Sm 2:29). Até mesmo Samuel, que combinou as funções de profeta, sacerdote e juiz (1Sm 7:15-17), teve filhos desobedientes (1Sm 8:5).

Em cada um dos casos, os juízes apresentavam muitos dos defeitos que eram típicos da nação naquela época. Funcionavam como uma figura de Israel, ou seja, israelitas típicos equipados para o serviço do Senhor unicamente por sua graça. A implicação do livro é que o Senhor é o verdadeiro Juiz (Jz 11:27), e os instrumentos humanos da salvação são chamados e preparados de forma sobrenatural, usados em sua graça para aliviar o sofrimento de seu povo. Os juízes prefiguravam a Igreja: imperfeitos no caráter, mas mesmo assim comissionados pelo Senhor para levar sua mensagem a um povo rebelde. Por isto, Hebreus 11:32 menciona vários juízes pelo nome, como exemplos de fé.

No sentido de que Deus é quem levanta os governantes de seu povo, o período dos juízes marcou mais o governo imediato do Senhor do que o tempo da monarquia que se seguiu (1Sm 8:7-8; Is 1:26). Assim, as intervenções miraculosas de Deus durante este período estavam associadas aos juízes, ao passo que, no decorrer da monarquia, os profetas eram o foco desses sinais.

Características do povo

Israel foi obediente ao Senhor, sob a liderança de Josué, e obteve muitas vitórias diante dos inimigos, conforme Deus prometera (Js 21:43-45). A questão subentendida no livro de Juízes é o não cumprimento da promessa do Senhor aos patriarcas de dar toda a terra de Canaã a Israel. Juízes 1 registra a continuação da campanha de Josué contra os cananeus, inicialmente com sucesso (Jz 1:4-20). A total confiança no Senhor, entretanto, deu lugar a alianças com os moradores da terra (Jz 1:23-26), as quais foram proibidas por Deus (Ex 23:32); as campanhas seguintes não foram finalizadas (Jz 1:27-33) ou fracassaram (v. 34). O cumprimento da promessa era visto como condicionado à obediência de Israel aos mandamentos de Deus. O Senhor permitiu que alguns cananeus sobrevivessem, para testar o nível do compromisso de Israel com Ele (Jz 2:21-3:4), devido à desobediência da geração que se levantou após Josué.

A desobediência nas campanhas militares estava associada com a persistente apostasia do povo. Aparentemente, depois de se estabelecer na terra, os israelitas iniciaram um sincretismo religioso, pois adoravam o Senhor e também os deuses locais da fertilidade (Jz 2:11-13). A amplitude desta apostasia é indicada pelo fato de o pai de Gideão ser um sacerdote de Baal e de Aserá (poste-ídolo) (Jz 6:25) e pela idolatria aberta mencionada em Juízes 17, a qual envolveu um sacerdote levita, e a aparente mistura da adoração de Baal e do Senhor da Aliança de Israel, na criação da adoração a Baal-Berite (literalmente, “Baal da Aliança), em Juízes 8:33. Esta apostasia provocou o juízo de Deus contra seu povo (Jz 2:12-15; Jz 3:7; Jz 6:10), a fim de trazê-lo de volta para si.

A repetida desobediência e a apostasia proporcionam o padrão da narrativa da maior parte do livro de Juízes. Há um padrão comum que se repete:

1. Israel faz o que é mau (Jz 2:11; Jz 3:7-12; Jz 4:1; Jz 6:1; Jz 10:6; Jz 13:1).


2. O Senhor entrega o povo na mão dos inimigos (Jz 2:14; Jz 3:8-12; Jz 4:2; Jz 6:1; Jz 10:9; Jz 13:1).


3. Israel clama ao Senhor (Jz 2:18; Jz 3:9-15; Jz 4:3; Jz 6:6; Jz 10:10; significativamente, isso não ocorre no episódio de Sansão).


4. O Senhor envia um libertador (Jz 2:16; Jz 3:9-15; implícito em 4:4; de maneira significativa, entretanto, um profeta é enviado primeiro em 6:8; inicialmente, Deus recusou-se a salvar o povo em 10:13; e o resgate tinha “apenas começado” com Sansão em 13:5).


5. O resultado é vitória e paz (Jz 3:10-30; Jz 4:23; Jz 8:28; Jz 11:33; contudo, não há declaração de paz depois de Jefté nem de vitória depois de Sansão).

As mudanças no padrão da narrativa refletem a declaração de Juízes 2:19 de que, depois da opressão de um inimigo e da libertação providenciada por Deus, o povo voltava para um estado pior do que o anterior. A desobediência e apostasia seguiam uma espiral descendente e não simplesmente a repetição de um fracasso. Portanto, este período apresenta similaridades com a época anterior ao Dilúvio (antes de Noé), quando o Senhor permitiu que as conseqüências do pecado do homem crescessem. Aqui, a permissão de Deus na multiplicação da maldade é compensada pela sua obra de libertação pela graça, à luz do arrependimento do povo, mas Juízes 6:8-10:13 demonstram que a contrição não era genuína. Esta apostasia crescente estabeleceu o pano de fundo para a próxima grande revelação da história da salvação associada com os reis e profetas de Israel.

As consequências práticas da desobediência e da apostasia de Israel são ilustradas no término do livro. Juízes 17:18 falam sobre a idolatria aceita entre o povo (17): uma das tribos de Israel adotou um sacerdócio idólatra (18:1-26) e abandonou a território que Deus lhe entregara, para se apossar de maneira violenta de outra área (18:27-31). Juízes 19:21 registram a degeneração moral de Israel, o pecado dos benjamitas, mais sério que a transgressão de Sodoma (19). O esforço para reparar este erro quase levou à aniquilação de uma tribo
(20). e a uma série de decisões extremamente duvidosas, na tentativa de corrigir o erro (21). A desunião entre as tribos era um problema constante (Jz 5:17; Jz 8:1ss; 12:1ss; 21); a unidade do povo da aliança, pela qual Deus os levou à Canaã, estava ameaçada, porque eles se afastaram do Senhor. A desobediência e a apostasia levaram a uma deterioração da moral e ao aumento da violência, juntamente com uma avaliação distorcida — baseada na vontade humana e não na de Deus — no estabelecimento do certo e do errado (Jz 17:6; Jz 21:25). Contra este pano de fundo, o governo de um rei foi antecipado (Jz 19:1; Jz 21:25) como o ponto central para a responsabilidade da obediência de Israel à aliança.

Características de Deus

A verdade repetida em todo o livro é o direito soberano do Senhor e seu poder para executar juízo sobre o povo da aliança. A justiça de Deus é vista na sua ira causada pelo pecado (Jz 2:14). A transgressão é vista como desobediência à aliança (v. 20). O Senhor é revelado como aquele que não tolera a quebra do compromisso para com Ele; por isso, disciplina continuamente seu povo, para levá-lo ao arrependimento.

Juntamente com o tema da justiça de Deus está a revelação de sua misericórdia para com seu povo, quando está sob juízo. Ao levantar os juízes para resgatar Israel, o Senhor demonstra seu amor e fidelidade à aliança. Quando o Todo-poderoso levava o povo de volta à dependência dele, respondia com amor, o qual, entretanto, vai além do desejo do homem por salvação; em Juízes 10:16, depois de ameaçar não mais salvá-los, “o Senhor não pôde mais suportar a angústia de Israel”. Em Juízes 13:16, aparentemente não há clamor ao Senhor por livramento da opressão dos filisteus. É como se a nação não desejasse mais a liberdade; mesmo assim, Deus tomou a iniciativa e enviou Sansão como juiz.

O quadro da espiral descendente do pecado reflete a corrupção total do homem e a urgência da obediência de todo o coração ao Senhor, por parte de seu povo; entretanto, ao levantar os juízes, apesar do corrupção deles, Deus demonstrava sua soberania sobre o pecado e como, em sua providência, fazia o bem a partir do mal.

Finalmente, este período da história israelita revela a dependência que o povo de Deus precisava ter de seu Senhor, para cumprir as promessas. A santidade de Deus não admite a apostasia, embora o seu amor nunca cesse de prover o caminho da salvação para seu povo. Por trás dos juízes humanos, estava o verdadeiro Juiz (Jz 11:27), o Senhor Soberano, que levanta nações para disciplinar seu povo, o Deus cujo poder capacita um homem a derrotar mil (Jz 15:15). A história dos juízes revela o Senhor de toda a História, o qual permite que seu povo experimente a derrota para levá-lo ao arrependimento, mas que sempre proporciona o caminho da salvação aos que se voltam para Ele.

O período dos juízes é uma triste espiral do pecado, a despeito do privilégio do povo de ter o próprio Deus como governante por meio de seus servos. O fracasso desse período, entretanto, em produzir obediência à aliança, apontava para além, a uma nova revelação dos propósitos salvadores do Senhor, não por intermédio dos juízes, mas por meio da responsabilidade do Rei escolhido por Deus. O fracasso dos juízes estava no fato do povo não considerar a autoridade divina deles, atitude observada na rapidez com que rejeitavam ao Senhor depois da morte do libertador; o rei seria um símbolo permanente do direito que Deus tem de governar e aponta para a única esperança de salvação: o advento do rei humano-divino, Jesus Cristo. R.M.


-

Milhar

substantivo masculino O número mil.
[Militar] unidades.
[Brasil] Cada um dos números de quatro algarismos que compõem os prêmios do jogo do bicho.
substantivo masculino plural Grande número indeterminado: milhares de bolas.

Milhar
1) MIL 2, (Nu 31:14)

2) Grande número (Gn 24:60).

País

substantivo masculino Local de nascimento; coletividade, social e política, da qual alguém faz parte; pátria ou terra: meu país é o Brasil.
Área política, social e geograficamente demarcada, sendo povoada por indivíduos com costumes, características e histórias particulares.
Designação de qualquer extensão de terra, local, território ou região.
Reunião das pessoas que habitam uma nação.
Reunião do que está relacionado com um grupo de pessoas, situação econômica, hábitos culturais, comportamentais, morais etc.; meio.
Figurado Local cujos limites não foram demarcados; lugar: país das maravilhas.
Etimologia (origem da palavra país). Do francês pays/ pelo latim pagensis.

substantivo masculino Local de nascimento; coletividade, social e política, da qual alguém faz parte; pátria ou terra: meu país é o Brasil.
Área política, social e geograficamente demarcada, sendo povoada por indivíduos com costumes, características e histórias particulares.
Designação de qualquer extensão de terra, local, território ou região.
Reunião das pessoas que habitam uma nação.
Reunião do que está relacionado com um grupo de pessoas, situação econômica, hábitos culturais, comportamentais, morais etc.; meio.
Figurado Local cujos limites não foram demarcados; lugar: país das maravilhas.
Etimologia (origem da palavra país). Do francês pays/ pelo latim pagensis.

Salomão

Nome Hebraico - Significado: O pacífico.

Nome Hebraico - Significado: O pacífico.

Nome Hebraico - Significado: O pacífico.

O nome Salomão está associado à palavra que significa “paz”, com a qual compartilha as mesmas consoantes. Também tem ligação com o nome da cidade de Davi, Jerusalém, com a qual também compartilha três consoantes. Essas duas identificações lembram as características desse rei de Israel e de Judá que são mais bem conhecidas: um reino pacífico presidido por um monarca mundialmente famoso por sua sabedoria em manter tal estado de paz; e uma cidade próspera que atraía a riqueza e o poder de todas as nações ao redor e cuja prosperidade foi resumida na construção da casa de Deus, o magnífico Templo de Jerusalém. Esses mesmos elementos foram lembrados no Novo Testamento, onde Jesus referiu-se à sabedoria de Salomão que atraiu a rainha de Sabá (Mt 12:42; Lc 11:31) e onde o Templo de Salomão foi preservado nos nomes dados a partes do Santuário construído por Herodes (Jo 10:23; At 3:11; At 5:12). O Novo Testamento, entretanto, também menciona as conseqüências desastrosas desses aspectos gloriosos da vida de Salomão. Apesar de toda sua riqueza, Jesus disse aos seus ouvintes que ele não podia ser comparado com um lírio do vale (Mt 6:29; Lc 12:27), o qual mostra uma beleza que lhe foi dada pelo Pai celestial, amoroso e cuidadoso. Em contraste, o esplendor de Salomão demonstrava a ganância brutal do trono, o apoio de aliados pagãos e a adoração de outras divindades, além de um regime opressor que destruiu a confiança e a boa vontade das tribos do norte de Israel e que abusava dos súditos do reino o qual Davi criara. O mesmo pode ser dito do Templo de Salomão. O mais significativo quanto a ele, conforme Estêvão observou (At 7:47-48), era a tentativa perigosa de “domesticar” o Deus de Israel, ao colocá-lo dentro de uma “caixa”, sobre a qual o rei teria o controle para escolher a adoração e a obediência a Deus ou a outras divindades, ao seu bel-prazer.

A história de Salomão está registrada em I Reis 1:11 e I Crônicas 28 a II Crônicas 9. Todos os textos registram o esplendor de seu reino. O relato de Reis, entretanto, também demonstra a queda gradual do rei na apostasia. Isso é demonstrado por meio da ênfase em três pronunciamentos de Deus, quando cada um deles introduz uma nova fase na vida de Salomão e mostra o julgamento do Senhor sobre o que acontecera. Para entender a vida e a obra desse grande personagem bíblico, examinemos as quatro partes da vida de Salomão, divididas pelas três aparições divinas: a garantia do trono para Salomão (1Rs 1:2); a sabedoria de Salomão e suas realizações (1Rs 3:8); a fama internacional de Salomão e a conseqüente apostasia (1Rs 9:11-8); e os oponentes de Salomão (1Rs 11:9-43).

A garantia do trono

De acordo com os registros bíblicos, Salomão era o décimo filho de Davi e o segundo de Bate-Seba com o rei, pois o primeiro morreu, como castigo pelo pecado de adultério e homicídio de Urias, marido dela (2Sm 11). A história de como os filhos mais velhos de Davi morreram antes de subirem ao trono ocupa boa parte do relato da vida e morte deste rei (2Sm 10:1Rs 2). Num certo sentido, esse material justifica a legitimidade da escolha de Salomão como sucessor de Davi, apesar de não ser o filho mais velho.

Os relatos da escolha de Salomão e sua coroação em Crônicas e Reis enfatizam duas perspectivas diferentes. Em I Crônicas 28:29, ele é ungido rei numa solenidade pública. Ali, é declarado o sucessor de Davi divinamente escolhido. Essa, porém, não é a visão de I Reis 1, a qual descreve uma cerimônia bem diferente, realizada às pressas e sem qualquer preparativo prévio. Crônicas mostra o que aconteceu exteriormente, quando Salomão foi feito rei “pela segunda vez”. I Reis 1 dá uma ideia do que realmente aconteceu nos bastidores.

Adonias assumira o controle da situação, ao declarar-se rei, e era preciso agir rápido, para impedir que Salomão subisse ao trono. Bate-Seba, entretanto, atuou sob a direção de Natã, embora buscasse seus próprios interesses. Sua mensagem para Davi foi a de mostrar como a atitude de Adonias era contrária às intenções declaradas do rei (1Rs 1:17-21). A própria declaração do profeta para Davi era um argumento de que Adonias desafiava a autoridade do rei: “Viva o rei Adonias!” (vv. 22-27). Existem, porém, dois problemas aqui. Primeiro, o fato de que em nenhum lugar antes a história menciona tal promessa feita a Bate-Seba. Mesmo no livro de Crônicas, onde Davi refere-se a Salomão como uma escolha feita por meio de revelação divina (1Cr 22:9), não há nenhuma menção anterior a isso. Perguntamo-nos até que ponto foi realmente revelação divina e até onde foi sugestão de Natã. Segundo, a afirmação do profeta de que o povo clamava “Viva o rei Adonias” não tem apoio no relatório dos vv. 5 a 9. A declaração esconde um pouco os detalhes, desde que os relatados por Bate-Seba e Natã foram confirmados pela descrição das ações de Adonias. Embora ele quisesse ser rei, em nenhum lugar o relato declara que foi proclamado, mas, sim, que ele simplesmente fazia os preparativos.

De qualquer maneira, Davi concordou com os pedidos de Natã e Bate-Seba. Salomão foi confirmado rei numa cerimônia rápida e recebeu a bênção do pai. Isso foi suficiente para dissolver qualquer oposição. Natã manteve sua posição e seus filhos ocuparam excelentes cargos durante este reinado. Adonias foi repreendido. Posteriormente, tornou-se um dos que foram caçados e mortos por Benaia, por ordem de Salomão (1Rs 2:13-25). Essas instruções introduzem a tarefa do novo rei de cumprir a última vontade de seu pai (1Rs 2:1-9,26-46). Mesmo assim, I Reis 2 é uma história terrível de vingança e matança. Perguntamo-nos que tipo de rei seria este, com um reinado que começava com tantos assassinatos. O fato de que Deus apareceria a ele e o abençoaria não seria devido a nenhum mérito de sua parte. Foi uma manifestação da graça divina e da fidelidade à aliança feita com Davi e seus descendentes, com a promessa de uma dinastia em Jerusalém (2Sm 7:4-17). Salomão era o herdeiro dessa dádiva.

Sua sabedoria e realizações

O reinado de Salomão começou com alianças poderosas e uma grande construção civil na capital (1Rs 3:1). Ele se dedicou ao serviço do Senhor (v. 3). Viajou para o norte de Jerusalém. Em Gibeom, o Senhor apareceu-lhe em sonho e permitiu que escolhesse o que desejava receber. Salomão solicitou “um coração entendido” (v. 9), o qual é o centro da vontade. Ter um bom entendimento significa possuir um coração que ouve a Palavra de Deus e responde em obediência. Ele também precisava ouvir e atender às necessidades dos súditos. Salomão especificou o pedido com uma referência à habilidade de discernir “entre o bem e o mal”. Nesse contexto, isso significa mais do que o conhecimento do certo e do errado — antes, é algo disponível para todas as pessoas. Envolvia a habilidade de captar a essência de um problema e entender exatamente o que se passava na mente das pessoas ao redor. Envolvia a habilidade de reagir bem diante das situações mais difíceis e governar com sabedoria. Isso faz um contraste com os últimos dias de Davi e os eventos dos dois capítulos anteriores. Ele nada sabia a respeito da rebelião de Adonias. Não lembrava que escolhera Salomão, o qual foi apanhado no meio da política brutal do palácio e já começara a participar do mesmo jogo. Ali, porém, diante de Deus, buscou a habilidade de mudar o rumo e alterar o universo político de maneira que as virtudes do Senhor e da aliança divina fossem dominantes — em vez dos valores nos quais prevalecia a lei do mais forte.

A resposta de Deus foi aprovadora (vv. 10-14). Era a coisa correta a pedir. Em vez de pedidos egoístas, como longevidade, riqueza ou segurança, Salomão solicitou algo que era apropriado ao seu chamado como governante do povo de Deus. Por esta razão o Senhor alegremente lhe concedeu discernimento e acrescentou bênçãos adicionais que Salomão não pedira. Uma condição, entretanto, foi apresentada junto com as bênçãos: “Se andares nos meus caminhos, e guardares os meus estatutos e mandamentos, como andou Davi, teu pai” (v.14). Era a única coisa que Salomão precisava fazer.

A bênção de um coração entendido já começava a fazer efeito. Afinal, a habilidade de Salomão de ouvir a Deus foi demonstrada por sua presença em Gibeom e a aparição divina a ele. Sua maneira especial de ouvir o povo seria demonstrada na história das duas mães que reclamavam o mesmo bebê (vv. 16-26). A famosa decisão do rei, quando ameaçou dividir a criança ao meio para assim descobrir qual era a verdadeira mãe, demonstrou a todos que “havia nele a sabedoria de Deus para fazer justiça” (v. 28). Exemplos adicionais são apresentados nos capítulos seguintes. Salomão organizou seu próspero reino (1Rs 4:1-21), sua corte (1Rs 4:22-28) e escreveu provérbios e outras literaturas sobre a sabedoria (1Rs 4:29-34; cf. Pv 1:1; Pv 10:1; Pv 25:1; Ct 1:1 e os títulos dos Sl 72:127). A maior demonstração da sabedoria de Salomão, entretanto, foi a construção do Templo do Senhor Deus de Israel. I Reis 5:7 contém os detalhes das negociações, dos preparativos, do início e fim da obra. A sua inauguração foi celebrada com a introdução da Arca da Aliança na parte santíssima da estrutura (1Rs 8:1-11). Esse ato foi seguido pela bênção de Salomão sobre o povo e sua oração dedicatória, onde falou das promessas que Deus fizera a Davi, seu pai, e intercedeu pelo bem-estar do povo e da terra (1Rs 8:12-66).

A fama internacional e a consequente apostasia

A segunda aparição de Deus veio após a dedicação do Templo e a observação de que Salomão tinha “acabado de edificar a casa do Senhor... e tudo o que lhe veio à vontade fazer” (1Rs 9:1). Desta vez a mensagem do Todo-poderoso compõe-se de advertências de juízo sobre o povo e o Templo, se Salomão e seus descendentes não seguissem a Deus de todo coração (vv. 6-9). Ainda assim a bênção do Senhor permanece e é prometida como resultado da obediência e do culto fiel (vv. 3-5). Novamente isso é exemplificado no livro de Reis por duas narrativas que descrevem as realizações internacionais, imperiais e religiosas de Salomão. Diferentemente, porém, dos relatos anteriores de seu sucesso incondicional, a última narrativa introduz um elemento de grande tensão. Os problemas começam a surgir, embora somente no final do segundo período a raiz causadora torne-se mais explícita.

No primeiro período, o pagamento de Salomão a Hirão é descrito como um exemplo de suas relações internacionais (vv. 10-14). O rei de Tiro, entretanto, não ficou satisfeito com tal pagamento. Numa atitude imperialista, Salomão alistou os cananeus remanescentes na terra para fazer parte de sua equipe de construção do Templo (vv. 15-24). Aqui também nos perguntamos como a utilização do trabalho escravo pôde manter a paz no reino. Ainda mais inquietante é a informação de que os cananeus permaneciam na terra muito tempo depois de Israel ter recebido ordem de erradicá-los. Deus permitira que continuassem em Canaã, para testar os israelitas, ou seja, se permaneceriam ou não fiéis ou se adorariam outros deuses (Jz 3:1-4). Salomão passaria no teste? Suas realizações religiosas são resumidas num breve comentário sobre como oferecia sacrifícios no Templo três vezes por ano (1Rs 9:25). Seria um relato louvável, desde que ele cumprisse o mandamento de Deus de ir diante do Senhor três vezes por ano (Ex 23:14). Para um rei, entretanto, oferecer holocaustos no lugar dos sacerdotes escolhidos por Deus era um pecado. O reino foi tirado de Saul por causa disso (1Sm 13:8-14).

No segundo período de suas realizações, as relações internacionais de Salomão concentram-se na visita da rainha de Sabá (1Rs 9:26-10:13). Embora fosse uma cena feliz, com a rainha maravilhada com a grandeza do reino de Salomão e agradecida ao Deus que ele adorava, também era um quadro que reunia dois governantes de dois países pagãos: ela e o rei de Tiro. Tal reunião seria condenada mais tarde pelos profetas como responsável pelos pecados dos reis de Jerusalém (Is 7). Do ponto de vista imperialista, a riqueza e a grandeza de Salomão são novamente enfatizadas com uma nota especial sobre seu trono, os tributos que recebia e suas defesas (1Rs 10:14-29). Ainda esses eventos, assim como a discussão anterior sobre o trabalho escravo, prefiguram o pedido que as tribos da região Norte de Israel fariam ao filho de Salomão para que reduzisse a intensidade do labor que era exigido deles (1Rs 12:4). No final, esse problema serviria de base para a divisão do reino. No campo religioso, as esposas estrangeiras de Salomão fizeram com que ele se desviasse de seguir ao verdadeiro Deus de Israel (1Rs 11:1-10). No final, o “coração entendido” de Salomão tornou-se um coração dividido (1Rs 11:4-9).

Os oponentes de Salomão

A terceira palavra do Senhor a Salomão veio como um julgamento por seus pecados (1Rs 11:11-13). O reino seria dividido e tirado do controle da dinastia de Davi. Ainda assim, mesmo no juízo pela desobediência explícita de Salomão à aliança, o Senhor permaneceu misericordioso. A ameaça foi feita junto com a promessa de que isso não aconteceria durante sua vida e a dinastia de Davi não perderia totalmente o reino. Diferentemente das outras duas visitas do Senhor, esta não é seguida por exemplos de sabedoria e glória de Salomão. O ponto principal de sua história constitui-se de divisão e perda (1Rs 11:14-42). O império começou a desaparecer. Ao Sul, Hadade, o edomita, era apoiado pelo rei do Egito. Fomentou uma rebelião contra o filho de Davi. Ao Norte, Rezom, o sírio, criou um exército rebelde que operava a partir de Damasco. Dentro das próprias fronteiras de Israel, Jeroboão foi procurado por um profeta. Salomão o tinha nomeado superintendente do trabalho escravo na região norte do reino. O filho de Davi tentou matá-lo, mas ele fugiu para o Egito e permaneceu lá até a morte do rei de Israel. Embora algumas dessas rebeliões tivessem começado antes da terceira palavra de Deus a Salomão, os relatos de Reis as organizam com o obje1tivo de nos mostrar a verdadeira origem delas no coração do filho de Davi, ao adotar a deslealdade ao Deus de Israel.

Resumo

Salomão só foi bem-sucedido no aspecto de possuir um coração entendido — ouvir as outras pessoas para fazer os julgamentos mais sábios e compartilhar com outros sua sabedoria. No entanto, ele não teve sucesso no outro aspecto, ou seja, ouvir e obedecer à vontade de Deus. No final, isso distorceu sua vida e suas atitudes. Nenhuma quantidade de sabedoria, iluminação ou sensibilidade para com os outros jamais substitui um coração voltado para Deus. Salomão foi o monarca mais bem-sucedido do mundo, mas sua vida não foi considerada um sucesso em termos de verdades eternas. Ele é um exemplo, copiado repetidamente de forma lamentável, de uma pessoa que fracassou em manter-se fiel a Deus até o fim. R.H.


Salomão [Pacífico] - O terceiro rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 970 a 931 a.C., em lugar de Davi, seu pai. Sua mãe foi BATE-SEBA (2Sm 12:24);
v. JEDIDIAS). Salomão foi um rei sábio e rico. Administrou bem o seu reino, construiu o TEMPLO, mas no final da sua vida foi um fracasso (1Ki 1—11). V. o mapa O REINO DE DAVI E DE SALOMÃO.

Salomão Filho de Davi e Betsabéia, rei de Israel durante o séc. X a.C. Mateus coloca-o entre os antepassados de Jesus (Mt 1:7-16). Jesus referiu-se a ele como exemplo de sabedoria (Mt 12:42; Lc 11:31) e opulência (Mt 6:29; Lc 12:27). Sem dúvida, Jesus era mais do que Salomão (Mt 12:42; Lc 11:31) e, por isso, o cuidado que devia esperar do Pai era superior à magnificência do monarca israelita (Mt 6:28-34).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
II Crônicas 1: 2 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E falou Salomão a todo o Israel, aos capitães de mil e de cem, aos juízes, e a todos os governadores em todo o Israel, chefes dos pais das famílias.
II Crônicas 1: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

967 a.C.
H1
ʼâb
אָב
o pai dele
(his father)
Substantivo
H3478
Yisrâʼêl
יִשְׂרָאֵל
Israel
(Israel)
Substantivo
H3605
kôl
כֹּל
cada / todo
(every)
Substantivo
H3967
mêʼâh
מֵאָה
cem
(and a hundred)
Substantivo
H505
ʼeleph
אֶלֶף
mil
(a thousand)
Substantivo
H5387
nâsîyʼ
נָשִׂיא
pessoa elevada, chefe, príncipe, capitão, líder
(princes)
Substantivo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H7218
rôʼsh
רֹאשׁ
cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
(heads)
Substantivo
H8010
Shᵉlômôh
שְׁלֹמֹה
filho de Davi com Bate-Seba e terceiro rei de Israel; autor de Provérbios e Cântico dos
(and Solomon)
Substantivo
H8199
shâphaṭ
שָׁפַט
julgar, governar, vindicar, punir
(judge)
Verbo
H8269
sar
שַׂר
Os princípes
(The princes)
Substantivo


אָב


(H1)
ʼâb (awb)

01 אב ’ab

uma raiz; DITAT - 4a; n m

  1. pai de um indivíduo
  2. referindo-se a Deus como pai de seu povo
  3. cabeça ou fundador de uma casa, grupo, família, ou clã
  4. antepassado
    1. avô, antepassados — de uma pessoa
    2. referindo-se ao povo
  5. originador ou patrono de uma classe, profissão, ou arte
  6. referindo-se ao produtor, gerador (fig.)
  7. referindo-se à benevolência e proteção (fig.)
  8. termo de respeito e honra
  9. governante ou chefe (espec.)

יִשְׂרָאֵל


(H3478)
Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

03478 ישראל Yisra’el

procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

Israel = “Deus prevalece”

  1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
  2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
    1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
    2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
    3. o nome da nação depois do retorno do exílio

כֹּל


(H3605)
kôl (kole)

03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

  1. todo, a totalidade
    1. todo, a totalidade de
    2. qualquer, cada, tudo, todo
    3. totalidade, tudo

מֵאָה


(H3967)
mêʼâh (may-aw')

03967 מאה me’ah ou מאיה me’yah

propriamente, um numeral primitivo; cem; DITAT - 1135; n f

  1. cem
    1. como um número isolado
    2. como parte de um número maior
    3. como uma fração - um centésimo (1/100)

אֶלֶף


(H505)
ʼeleph (eh'-lef)

0505 אלף ’eleph

suporte, o mesmo que 504; DITAT - 109a; n m

  1. mil
    1. como numeral
  2. mil, conjunto
    1. como um conjunto de homens sob um líder, tropas

נָשִׂיא


(H5387)
nâsîyʼ (naw-see')

05387 נשיא nasiy’ ou נשׁא nasi’

procedente de 5375; DITAT - 1421b,1421c; n m

  1. pessoa elevada, chefe, príncipe, capitão, líder
  2. névoa, vapor

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

רֹאשׁ


(H7218)
rôʼsh (roshe)

07218 ראש ro’sh

procedente de uma raiz não utilizada aparentemente significando sacudir; DITAT - 2097; n. m.

  1. cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
    1. cabeça (de homem, de animais)
    2. topo, cume (referindo-se à montanha)
    3. altura (referindo-se às estrelas)
    4. líder, cabeça (referindo-se a homem, cidade, nação, lugar, família, sacerdote)
    5. cabeça, fronte, vanguarda, começo
    6. o principal, selecionado, o melhor
    7. cabeça, divisão de exército, companhia, grupo
    8. soma

שְׁלֹמֹה


(H8010)
Shᵉlômôh (shel-o-mo')

08010 שלמה Sh elomoĥ

procedente de 7965, grego 4672 σολομων; DITAT - 2401i; n pr m Salomão = “paz”

  1. filho de Davi com Bate-Seba e terceiro rei de Israel; autor de Provérbios e Cântico dos Cânticos

שָׁפַט


(H8199)
shâphaṭ (shaw-fat')

08199 שפט shaphat

uma raiz primitiva; DITAT - 2443; v.

  1. julgar, governar, vindicar, punir
    1. (Qal)
      1. agir como legislador ou juiz ou governador (referindo-se a Deus, homem)
        1. administrar, governar, julgar
      2. decidir controvérsia (referindo-se a Deus, homem)
      3. executar juízo
        1. discriminando (referindo-se ao homem)
        2. vindicando
        3. condenando e punindo
        4. no advento teofânico para juízo final
    2. (Nifal)
      1. entrar em controvérsia, pleitear, manter controvérsia
      2. ser julgado
    3. (Poel) juiz, oponente em juízo (particípio)

שַׂר


(H8269)
sar (sar)

08269 שר sar

procedente de 8323; DITAT - 2295a; n. m.

  1. príncipe, governante, líder, chefe, comandante, oficial, capitão
    1. comandante, chefe
    2. vassalo, nobre, oficial (sob as ordens do rei)
    3. capitão, general, comandante (militar)
    4. chefe, líder, superintendente (de outras classes de funcionários)
    5. líderes, príncipes (referindo-se a ofícios religiosos)
    6. anciãos (referindo-se aos líderes representativos do povo)
    7. príncipes-mercadores (referindo-se à hierarquia dignidade)
    8. anjo protetor
    9. Soberano dos soberanos (referindo-se a Deus)
    10. diretor