Enciclopédia de II Crônicas 15:19-19

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2cr 15: 19

Versão Versículo
ARA Não houve guerra até ao trigésimo quinto ano do reinado de Asa.
ARC E não houve guerra até ao ano trigésimo quinto do reinado de Asa.
TB Não houve guerra mais até o trigésimo quinto ano do reinado de Asa.
HSB וּמִלְחָמָ֖ה לֹ֣א הָיָ֑תָה עַ֛ד שְׁנַת־ שְׁלֹשִׁ֥ים וְחָמֵ֖שׁ לְמַלְכ֥וּת אָסָֽא׃ ס
BKJ E não houve mais guerra até o trigésimo quinto ano do reinado de Asa.
LTT E não houve guerra até ao ano trigésimo quinto do reinado de Asa.
BJ2 Não houve guerra até o trigésimo quinto ano do reinado de Asa.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Crônicas 15:19

I Reis 15:16 E houve guerra entre Asa e Baasa, rei de Israel, todos os seus dias.
I Reis 15:31 Quanto ao mais dos atos de Nadabe e a tudo quanto fez, porventura, não está tudo escrito no Livro das Crônicas dos Reis de Israel?
I Reis 15:33 No ano terceiro de Asa, rei de Judá, Baasa, filho de Aías, começou a reinar sobre todo o Israel em Tirza, e reinou vinte e quatro anos.
II Crônicas 16:1 No ano trigésimo sexto do reinado de Asa, Baasa, rei de Israel, subiu contra Judá e edificou a Ramá, para ninguém deixar sair, nem entrar a Asa, rei de Judá.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

GUERRAS: ESTRATEGIAS, ARMAS E FORTALEZAS

AS GUERRAS NO ANTIGO TESTAMENTO
Logo em seus primeiros capítulos, a Bíblia registra um ato de violência: "Sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou" (Gn 4:8). A violência dos habitantes da terra antes do dilúvio é citada como uma dos principais motivos pelos quais o Senhor resolve destruir sua criação.' Devido à sua localização geográfica entre o Egito e o Oriente Próximo, a Palestina foi palco de inúmeras guerras. Para os autores bíblicos, porém, a guerra era, com frequência, um sinal da ira de Deus, um castigo pela desobediência dos israelitas: "O Senhor te fará cair diante dos teus inimigos; por um caminho, sairás contra eles, e, por sete caminhos, fugirás diante deles (….] O teu cadáver servirá de pasto a todas as aves dos céus e aos animais da terra; e ninguém haverá que os espante" (Dt 28:250-26).
Certas limitações foram impostos os israelitas com respeito à sua conduta na guerra. Ao cercar uma cidade, por exemplo, um exército não devia derrubar as árvores frutíferas. Porém, as guerras também são vistas sob outra ótica no Antigo Testamento. O Senhor ordenou que os israelitas destruíssem os cananeus, citando como motivo a perversidade desses povos.' Quem não cumpriu à risca as instruções de Deus para travar essa "guerra santa" sofreu consequências terríveis.

O EXÉRCITO ISRAELITA
O serviço militar era obrigação religiosa dos adultos do sexo masculino com mais de vinte anos de idade, mas os recém-casados, os medrosos e os de coração tímido, entre outros, eram dispensados. Saul reuniu homens de grande coragem para formar sua guarda pessoal. Davi tinha os seus "trinta" valentes (na verdade, eram trinta e sete) e um exército com duas partes distintas: uma força permanente constituída de soldados de carreira e uma milicia popular composta de reservistas. O rei também usava os serviços de mercenários estrangeiros: os queretitas (talvez cretenses), os peletitas e os geteus (filisteus).

O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
As guerras da antiguidade promoveram o desenvolvimento de novas armas e, conseqüentemente, de novas medidas defensivas para neutralizá-las, como mostram os três exemplos a seguir.

1. O ARCO COMPOSTO E A ARMADURA DE ESCAMAS
Figuras de arcos aparecem em vários monumentos do Egito e da Mesopotâmia do final do quarto milênio a.C.Mas o arco composto ou reforçado, constituído de quatro materiais diferentes - madeira, chifres e tendões ou nervos de animais e cola - possuía alcance muito mais longo (cerca de 300 a 400 m) e maior poder de penetração. A primeira imagem de um arco composto pode ser vista na estela do rei acádio Naram- Sin (2291-2255 a.C.), encontrada em Susã, no sudoeste do Irã, mas esse tipo de arma só se tornou comum na metade do segundo milênio .C. Seu uso mais amplo levou à criação da armadura de escamas, cujo exemplo mais antigo é proveniente de Nuzi, na Mesopotâmia e datado de 1500 a.C. Outro exemplo de uma armadura de escamas pode ser visto em uma pintura na parede do túmulo de Kenamun em Tebas, no Egito, datado do reinado de Amenófis 2 (1427-1401 a.CJ. E as próprias escamas foram encontradas em Tebas no palácio de Amenófis 3 (1391-1353 a.C.).

2. OS CARROS DE GUERRA E AS PORTAS DAS CIDADES
Existem evidências de carros de duas e quatro rodas puxados por onagros (burros selvagens) na Mesopotâmia desde 2800 a.C.e veículos desse tipo aparecem no Estandarte de Ur (c. 2500 a.C.). Construídos com rodas sólidas, eram lentos e difíceis de manobrar. Carros puxados por cavalos são mencionados em textos de Mari na Síria, datados do século XVIII aC. Consistiam, basicamente, em plataformas móveis para armas que podiam ser direcionadas rapidamente para áreas críticas da batalha. Eram veículos complexos, produzidos apenas por nações ricas com técnicas avançadas e seu uso era limitado a terrenos planos e regulares. Os egípcios e os hititas, as principais potências da metade do segundo milênio a.C., não tardaram em incorporá-los aos seus exércitos. Sua aparência é exemplificada claramente pelo famoso carro da tumba de Tutankamon (1336-1327 a.C.). Até a metade do segundo milênio a.C,, os atacantes se deslocavam na transversal pelas encostas dos montes onde ficavam as torres e se aproximavam da porta da cidade seguindo um percurso paralelo aos muros. A posição de o desenvolvimento dos carros, as portas da cidade podiam ser atacadas de frente, o que tornou obsoletas as portas em forma de "L". As portas foram estendidas de modo a conter várias câmaras, nas quais outras portas podiam ser acrescentadas. As portas duplas centrais tinham de ser largas o suficiente para permitir a passagem de carros, mas eram reforçadas por dentro com ferrolhos enormes. Torres foram acrescentadas aos muros, para que os defensores pudessem atingir os atacantes e fazer frente às rampas de terra que eram encostadas nas muralhas.
Apesar dos cananeus terem adotado os carros de guerra e os introduzido no Egito, os israelitas demoraram a incorporá-los ao seu exército. Sem dúvida, isto se deveu, em parte, ao fato de ocuparem uma região montanhosa. Quando derrotou Hadadezer, rei do estado arameu de Zobá, Davi tomou mil carros dele. Ao que parece, o rei de Israel não percebeu seu potencial militar ou, talvez, não quis ter gastos com forragem e estábulo, pois mandou jarretar ou aleijar quase todos os cavalos, deixando apenas cem intactos." Coube a Salomão desenvolver o uso de carros de guerra em seu reino. Acabe, rei de Israel (873 853 a.C.), forneceu dois mil carros para a coalizão da Síria e Palestina contra a Assíria na batalha de Qargar junto ao rio Orontes, na Síria, em 853 a.C.

3. OS ARÍETES E OS MUROS DAS CIDADES
A representação mais antiga de um ariete provavelmente se encontra nas pinturas de Beni Hasan, no Egito, datadas de c. 1900 a.C., mas apenas no século IX a.C.os assírios começaram a usar os aríetes com eficácia significativa. A extremidade de ferro do aríete podia ser impelida com força contra o muro e, uma vez alojada entre as pedras, podia ser movimentada de um lado para o outro para deslocá-las. O aríete era protegido dos defensores por uma estrutura comprida em forma de caixa e feita de madeira. Posteriormente, o ariete passou a ser suspenso da parte superior dessa estrutura, permitindo que fosse balançado para frente e para trás. No início da monarquia em Israel, as cidades eram protegidas por muros de "casamata". Dois muros paralelos com cerca de um metro e meio de espessura, afastados por um vão de aproximadamente dois metros, eram unidos por muros transversais em intervals regulars. Quando os assírios começaram a usar os aríetes, algumas cidades se cercaram com muros sólidos de 3 a 4 m de espessura. O muro da cidade de Mispa (Tell en-Nasbeh) possuía 600 m de extensão e dez torres com uma altura provável de 12m. Foi construído sobre uma rampa íngreme, o que sem dúvida era uma proteção adicional contra um ataque com aríetes.

A GUERRA NO NOVO TESTAMENTO
Ao contrário do Antigo Testamento, a guerra no Novo Testamento não é vista em termos políticos. A luta do cristão não é contra carne e sangue. E uma luta espiritual contra as forças do mal, travada nas regiões celestes. Os cristãos devem se revestir de toda a armadura de Deus a fim de permanecerem inabaláveis quando vier o dia mau." O exército romano chegou a controlar um império que se estendia desde o muro de Adriano no norte da Inglaterra até o Eufrates, chegando a ter de 25 a 35 legiões, cada uma com um máximo de seis mil soldados de infantaria. Uma legião era dividida em dez coortes, cada uma com cerca de seiscentos homens. A coorte era dividida em seis centúrias, comandadas por um centurião. As legiões eram apoiadas por unidades de cavalaria integradas por quinhentos homens. Alguns soldados desempenhavam funções especiais: escreventes, porta- estandartes, mensageiros, médicos, carrascos e cavalariços. Na primeira metade do século I a.C., havia três mil soldados em Cesaréia, na costa palestina do Mediterrâneo, e uma coorte (seiscentos homens) em Jerusalém, no forte de Antônia e no palácio do governador. Reforços eram enviados de Cesaréia durante as festas ou quando ocorriam agitações populares.
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Crônicas Capítulo 15 do versículo 1 até o 19

c. A advertência do profeta Azarias (15:1-15)

(1) A advertência (15:1-7). Azarias é mencionado aqui, quando se fala sobre como Deus o usou a favor da causa da justiça. Com o objetivo de que a religião de Asa não fosse apenas um tipo de "covil de raposas", o profeta advertiu que as promessas, a presença eo poder de Deus dependiam da obediência à lei. O Senhor continuaria a dar a vitória se o rei e o povo andassem em seus caminhos.

Na mensagem de Azarias a Asa, temos o segredo do "triunfo em tempos difíceis" (1-7). Aqui podemos ver (1) A questão dos tempos 5:6; (2) 0 pedido da bênção de Deus, 2; (3) A necessidade de um avivamento religioso, 3; (4) A fidelidade de Deus, 4; (5) A promessa do triunfo, 7.

(2) A renovação da aliança (15:8-15). O profeta, filho de Obede [ou Odede] (8). Aqui é usado o nome do pai de Azarias ao invés do próprio nome do profeta. Alguns comentaristas acreditam que a reforma de Asa teve dois estágios, o primeiro aconteceu no tempo de Obede e o segundo nos dias de Azarias. Outros acreditam que a advertência de Azarias foi uma ilustração específica da profecia de seu pai. Esta última opinião é certamente possível'.

As cidades das montanhas de Efraim (8) podem ter sido cidades não menciona-das anteriormente, ou as que seu pai, Abias, tinha protegido (13.9).

Na Festa das Semanas (10), a reforma de Asa precisaria ter continuidade, mas não antes que os servos de Deus de Efraim, Manassés e Simeão viessem ao Reino do Sul. Evidentemente, a maior parte da tribo de Simeão havia migrado para o norte (veja no mapa a sua localização original). Judá deu as boas vindas aos migrantes. Havia alguns no Reino do Sul que reagiram como o irmão mais velho de Lucas 15 quando o filho prodígio voltou para casa.

A renovação da aliança foi acompanhada pela ameaça de morte por desobediência (13; cf. Êx 22:20; Dt 13:6-17; 17:2-7).

Sob o tópico "A procura que sempre encontra" Maclaren nota nesta seção: (1) A procura, 12; (2) O encontro que coroa a procura, 15c; (3) o descanso que resulta de se encontrar a Deus, 15d.

d. As reformas (15:16-19)

(1) A remoção de Maaca, a rainha mãe (15:16). Como parte da reforma, Asa removeu sua mãe e o ídolo que ela tinha em um bosque (16), para provar que a obediência começa em casa. A abominável imagem de Aserá representava uma religião licenciosa.

(2) A reforma na adoração (15.17,18). Evidentemente, a reforma descrita em 14.3 não foi completamente bem-sucedida. Mas não por alguma falha de Asa; o seu coração foi perfeito todos os seus dias (17). Ele trouxe todos os seus despojos, bem como os de seu pai, e os dedicou aos tesouros do Templo (18).

  • Paz (15.19). Este versículo parece estar em contradição com o relato de I Reis 15:32. Alguns acreditam que a leitura do número seria "vigésimo" ao invés de trigési-mo, enquanto outros mantêm a crença de que o relato em Crônicas seja mais preciso do que o de Reis'.

  • Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de II Crônicas Capítulo 15 versículo 19
    Estes vs. descrevem uma cerimônia solene de renovação da aliança que o SENHOR tinha estabelecido com o povo de Israel no monte Sinai. Conforme Ex 19:1-3; Js 23:1-24.28.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de II Crônicas Capítulo 15 do versículo 1 até o 19
    *

    15.1-7 Azarias proclamou o princípio da retribuição, tão freqüentemente ilustrado neste relato sobre a monarquia dividida. A fidelidade a Deus traz a bênção; a deslealdade resulta no castigo divino.

    * 15:2

    se o buscardes. Ver notas em 7.14 e 13 28:9'>1Cr 28:9.

    * 15:4

    voltaram ao SENHOR. Ver nota em 7.14.

    * 15.8-19

    Asa reagiu aos profetas iniciando novas reformas (v. 8) e uma assembléia de renovação do pacto (vs. 9-15); ele foi ao extremo de depor Maaca, sua parenta, por causa da apostasia religiosa dela (vs. 16-19).

    * 15:9

    desertaram para ele. Israelitas vindos das tribos do norte (11.14, nota) desertaram e se uniram a Asa, quando ele suprimiu a idolatria e restabeleceu a adoração em Jerusalém.

    * 15:12

    Entraram em aliança. A renovação da aliança aqui continua o relacionamento de Deus com seu povo através das gerações. Asa (15.12), Joiada (23.16), Ezequias (29,10) e Josias (34.30-32) lideram a nação em tais renovações.

    * 15.13

    Morresse. A lei de Moisés prescrevia a pena capital para aqueles que buscassem outros deuses (Êx 22:20; 13 6:5-13.16'>Dt 13:6-16).

    * 15:15

    paz por toda parte. Ver nota em 13 22:9'>1Cr 22:9.

    * 15:17

    todos os seus dias. Ver nota em 14.3.

    * 15:19

    Não houve guerra. Ver nota em 14.6.

    * 15.19—16.1

    trigésimo quinto ano... trigésimo sexto ano. Reis registra que Elá sucedeu a Baasa no vigésimo sexto ano de Asa (1Rs 15:33; 16:8), Zinri, no vigésimo sétimo ano de Asa (1Rs 16:10,15) e Onri, no trigésimo primeiro ano de Asa (1Rs 16:23). Em conseqüência, essa batalha não pode ter ocorrido no ano trigésimo sexto de Asa (16.1), visto que Baasa já estaria morto havia dez anos. Nenhuma solução simples para essa dificuldade tem sido encontrada.



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de II Crônicas Capítulo 15 do versículo 1 até o 19
    15.1, 2 Sabiamente, Asa deu a bem-vinda às pessoas que tinha uma relação íntima com Deus, e escutou suas mensagens. Azarías pronunciou uma advertência importante aos exércitos e os respirou a permanecer perto de Deus. Mantenha o contato com gente que esteja cheia do Espírito de Deus, e conhecerá o conselho de Deus. Com regularidade, passe tempo comentando e orando com aqueles que podem lhe ajudar a explicar e aplicar a mensagem de Deus.

    ASA

    Deus nunca aceitou a idéia de que "o fim justifica os meios". O é justo e perfeito em todos seus caminhos. As pessoas, por outro lado, estão muito longe de ser perfeitas. que possa existir um vínculo entre um Criador amoroso e misericordioso, e uma criação rebelde e que resiste, é um milagre como a criação mesma! Como rei, Asa esteve muita perto de ser bom. Viajou um comprido trecho com Deus antes de sair do caminho. Seu pecado não foi a desobediência tão deliberada, a não ser o escolher o caminho fácil e não o caminho correto.

    Quando as probabilidades pareciam impossíveis na batalha contra os etíopes, Asa reconheceu a necessidade de depender de Deus. depois dessa vitória, a promessa de Deus de paz apoiada na obediência estimulou ao rei e ao povo para viver muitos anos corretamente. Mas Asa tinha que enfrentar uma prova maior.

    Os anos de animosidade entre Asa e o rei Baasa do Israel deram um giro horrível. Baasa, soberano do reino rival do norte, estava construindo um forte que ameaçava tanto à paz como à economia do Judá. Asa pensou que tinha encontrado uma saída, subornou ao rei Ben-adad de Síria para romper sua aliança com o rei Baasa. O plano funcionou brilhantemente, mas não era o caminho de Deus. Quando Asa foi confrontado pelo Hanani, o profeta de Deus, encolerizou-se, encarcerou ao Hanani e derrubou sua ira sobre seu povo. Asa rechaçou a correção e se negou a reconhecer seu engano ante Deus. Seu maior engano foi perder-se do que Deus tivesse feito com sua vida se tivesse estado disposto a ser humilde. Sua soberba arruinou a saúde de seu reinado. Teimosamente se manteve apanhado neste fracasso até sua morte.

    Parece-lhe familiar esta atitude? Pode identificar fracassos em sua vida aos que continuou dando uma explicação racional em vez de admiti-los ante Deus e aceitar seu perdão? Os fins não justificam os meios. Tal crença nos leva a pecado e ao fracasso. O rechaço obstinado a admitir um fracasso devido ao pecado pode converter-se em um grande problema porque faz que invista tempo procurando a explicação racional em vez de aprender de seus enganos e continuar seu caminho.

    Pontos fortes e lucros:

    -- Obedeceu a Deus durante os primeiros dez anos de seu reinado

    -- Levou a cabo um esforço parcialmente bem-sucedido para abolir a idolatria

    -- Destituiu a Maaca, sua mãe idólatra

    -- Derrotou ao poderoso exército etíope

    Debilidades e enganos:

    -- Respondeu com ira quando lhe confrontou por seu pecado

    -- Fez alianças com nações pagãs e gente malvada

    Lições de sua vida:

    -- Deus não só reforça o bem, confronta o mal

    -- Os esforços para seguir os planos e as regras de Deus rendem resultados positivos

    -- O bom funcionamento de um plano não é indício de que seja correto ou de que tenha a aprovação de Deus

    Dados gerais:

    -- Onde: Jerusalém

    -- Ocupação: Rei do Judá

    -- Familiares: Mãe: Maaca, Pai: Abías. Filho: Josafat

    -- Contemporâneos: Hanani, Ben-adad, Zera, Azarías, Baasa

    Versículo chave:

    "Porque os olhos do Jeová contemplam toda a terra, para mostrar seu poder a favor dos que têm coração perfeito para com O. Locamente fez nisto; porque daqui em diante haverá mais guerra contra ti" (2Cr 16:9).

    A história de Asa se relata em 1Rs 15:8-24 e II Crônicas 14:16. Além disso o menciona em Jr 41:9; Mt 1:7.

    15:3 Azarías disse que o Israel, o reino do norte, esteve "sem verdadeiro Deus". Oito reis reinaram no Israel durante os quarenta e um anos que governou Asa no Judá, e os oito foram malvados. Jeroboam, o primeiro rei do Israel, começou seu caminho malvado ao estabelecer ídolos e ao expulsar aos sacerdotes de Deus (11.13-15). Azarías utilizou os problemas do Israel como um exemplo do mal que viria ao Judá se se separava de Deus como o tinham feito seus irmãos do norte.

    15:7 Azarías respirou aos homens do Judá a manter-se no cumprimento do dever "pois há recompensa para sua obra". Também para nós esta é uma inspiração. O reconhecimento e a recompensa são grandes motivações que têm duas dimensões: (1) A dimensão temporária. Uma vida acorde com as pautas de Deus pode provocar uma ovação aqui na terra. (2) A dimensão eterna. Mas o reconhecimento e a recompensa permanentes se outorgarão na eternidade. Não se desalente quando sentir que sua fé em Deus não vai ser recompensada aqui na terra. As melhores recompensa não são nesta vida, a não ser na eternidade.

    15.14, 15 A muitas pessoas lhes faz muito difícil comprometer-se com algo. São vacilantes, indecisos e temem à responsabilidade. Asa e seu povo foram diferentes: tinham corações fiéis e se declararam abertamente seguidores de Deus. Seu juramento foi acentuado com aclamação de júbilo e som de trompetistas! Este compromisso decisivo e total agradou a Deus e trouxe paz à nação. Se você desejar paz em sua vida, revise se houver algo em sua vida onde falte um compromisso total com Deus. A paz surge como um produto da entrega de nossa vida inteira a Deus.

    15:16 Os Dez Mandamentos nos dizem que honremos a nosso pai e mãe, e mesmo assim Asa retirou a sua mãe do trono. Embora o honrar a nossos pais é um mandamento de Deus, o manter a lealdade a Deus é uma prioridade muito major. Jesus advertiu que o respeito aos pais nunca deve ser um obstáculo para que o sigamos (Lc 14:26). Se você tiver pais não crentes, deve respeitá-los e honrá-los, mas a devoção a Deus deve ser sua prioridade maior.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de II Crônicas Capítulo 15 do versículo 1 até o 19
    c. Fidelidade (15: 1-19)

    1 E o Espírito de Deus veio sobre Azarias, filho de Oded: 2 e que saiu ao encontro de Asa e lhe disse: Ouvi-me, Asa, e todo o Judá e Benjamim: O Senhor está convosco, enquanto vós estais com ele ; e se não procurá-lo, ele será achado de ti; porém, se vos deixardes, ele te abandonarei. 3 Agora, para uma longa temporada Israel esteve sem o verdadeiro Deus, e sem sacerdote que o ensinasse, e sem lei: 4 , mas quando na sua angústia voltaram para o Senhor, o Deus de Israel, e procurei-o, ele foi encontrado um deles. 5 E naqueles tempos não havia paz para o que saia, nem para o que entrava; mas grandes perturbações estavam sobre todos os habitantes daquelas terras. 6 E eles foram quebrados em pedaços, nação contra nação e cidade contra cidade; porque Deus fez maltratar-los com toda a adversidade. 7 Mas vós forte, e deixar que suas mãos não se enfraqueçam; para o seu trabalho será recompensado.

    8 Asa, tendo ouvido estas palavras, ea profecia de Oded o profeta, tomou coragem, e pôr de lado as abominações de toda a terra de Judá e de Benjamim, como também das cidades que tomara na região montanhosa de Efraim; e renovou o altar do Senhor, que estava diante do pórtico do Senhor. 9 E congregou todo o Judá e Benjamim, e os que peregrinou com eles fora de Efraim e Manassés, e de Simeão, porque caiu para ele, de Israel em abundância, quando viram que o Senhor seu Deus era com Ec 10:1 Então eles reuniram-se em Jerusalém no terceiro mês, no décimo quinto ano do reinado de Asa. 11 e sacrificaram ao Senhor naquele dia, do despojo que trouxeram, setecentos bois e sete mil ovelhas. 12 E entraram na aliança para buscarem o Senhor, o Deus de seus pais, de todo o coração e com toda a sua alma; 13 e que todo aquele que não buscasse ao Senhor, Deus de Israel, deve ser condenado à morte, seja ela pequena ou grande, seja homem ou mulher. 14 E prestaram juramento ao Senhor em alta voz, com júbilo, ao som de trombetas e buzinas. 15 E todo o Judá se alegrou deste juramento; pois havia prometido com todo o seu coração, e procurou-o com toda a sua vontade; e ele foi encontrado um deles, eo Senhor deu-lhes rodada resto aproximadamente.

    16 E também a Maaca, a mãe, o rei Asa, ele tirou de ser rainha, porquanto tinha feito um abominável para uma Asherah e Asa derrubou a imagem dela, e fez poeira dele, e queimou junto ao ribeiro de Cedrom. 17 Mas os altos não se tiraram de Israel:. contudo o coração de Asa foi perfeito todos os seus dias 18 E trouxe para a casa de Deus as coisas que seu pai havia consagrado, e que ele mesmo tinha consagrado, prata e ouro, e os vasos. 19 E não houve guerra até ao trigésimo quinto ano do reinado de Asa.

    Não há nenhuma outra referência ao profeta Azarias do que o dado conta dele em Cronicas. Ele profetizou nos dias de Asa, e os encargos de sua profecia estava em harmonia com o ponto de vista do cronista. O Senhor está convosco, enquanto vós estais com ele (v. 2Cr 15:2 ). A mensagem de Azarias até Asa foi que a fidelidade de Asa em reforma encontraste graça diante de Deus, pois Deus estaria com ele.

    Isso inspirou Asa com coragem a tomar novas medidas de reforma (v. 2Cr 15:8 ). Ele chamou a Judá e os das tribos do norte que haviam migrado para o território de Judá para vir diante do Senhor e oferecer sacrifícios (vv. 2Cr 15:9-12 ). Porque Asa realizado numerosas reformas, o cronista observou que muitos dos habitantes das tribos do norte migrou para o reino de Asa, pois caiu para ele, de Israel em abundância, quando viram que o Senhor seu Deus era com ele (v. 2Cr 15:9) .

    Com a oferta de sacrifícios, Asa e todo o povo renovou a aliança com o Senhor. E todo o Judá se alegrou deste juramento (v. 2Cr 15:15 ). As pessoas que migraram de tribos do norte participou em tudo isso. Os habitantes de Judá eram excelentes exemplos em sua recepção feliz daqueles que saíram das tribos do norte para se juntar a sua adoração fiel. Cristãos fazem bem para emular essa conduta exemplar para com aqueles que podem se afastaram da multidão dos fiéis por um tempo, mas que mais tarde voltar.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de II Crônicas Capítulo 15 do versículo 1 até o 19
    15.1 Azarias. Quer dizer: "Deus me ajudou". Era o profeta que animou Asa a perseverar na reforma espiritual que iniciara em Judá.

    • N. Hom. 15.2 Três fatos indiscutíveis tirados do v. 2:
    1) Deus está conosco enquanto nós estamos com ele (Jc 4:8);
    2) Deus deixa-se achar por aqueles que O buscam (7,14; Is 55:6; Jr 29:13; Mt 6:33);
    3) Quem abandona a Deus será abandonado por ele. Isto diz respeito a qualquer nação ou indivíduo; como se nota em 15:3-6, refere-se à época dos Juízes (Jz 2:10-7).

    15.3 Sem o verdadeiro Deus. Israel foi privado da prosperidade nacional, sinal visível do favor divino, que permite chegar até ao ponto daquela angústia (v. 4), que leva os homens a buscarem a Deus, uma angústia que Deus impõe para despertar o arrependimento.

    15.7 Sede fortes. Há recompensa para quem se firma em Deus (Mc 13:13; 1Co 15:58). As abominações (v. 8) são os ídolos pagãos.

    15.9 Membros das tribos do norte apoiavam a reforma (13.3n).
    15.12 Entraram em aliança. Os termos desta aliança entre Deus e o povo acham-se em Êx 19:5-8; 24:3-8. Depois de cada período de apostasia, o povo, arrependido, renovava aquela aliança:
    1) Na época de Asa (910-869 a.C.), 15.12;
    2) Na época de Josias (640609 a.C.), 34.31; 2Rs 23:3, 2Rs 23:3) Na época de Neemias, Ne 10:29. Nesses três casos cumpriram-se as condições estabelecidas em Dt 4:29.

    15.16 Aserá. Ou Astarote. Adorada segundo se lê em 14.13n.

    15.17 O coração de Asa foi perfeito. Não quer isto dizer que não teve pecados, pois há uma lista destes no próximo capítulo:
    1) Confiou na Síria e não em Deus (16:1-9);
    2) Foi o primeiro rei a perseguir um profeta (16.10),
    3) Confiou nos médicos e não em Deus (16:12-14). Esta expressão significa que, não obstante os deslizes, Asa adorava tão-somente a Deus, como se lê na nota de2Cr 16:9.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de II Crônicas Capítulo 15 do versículo 1 até o 19
    b) A reforma (15:1-19)
    As reformas de Asa foram mencionadas no início do seu reinado como a base sobre a qual repousava a bênção de Deus na sua vida. Agora o cronista apresenta um relato mais detalhado e coloca as reformas no contexto do seu reinado. Parece, com base nos v. 1,11, que o profeta Azarias se dirigiu ao rei depois do seu retorno da derrota diante de Zerá. A palavra do profeta (v. 2-9) tem sido descrita como “um exemplo excelente de pregação levítica” (assim G. von Rad); isso quer dizer que o cronista aproveitou a ocasião para ampliar o discurso e aplicar a mensagem ao seu tempo. Há uma série de alusões aos escritos proféticos (Jr 29:13,Jr 29:14; Jr 31:16; Sf 3:16; Zc 8:10). O discurso tem três elementos principais, uma confirmação de que Javé vai estar com o povo enquanto o povo estiver com ele (v. 2), uma série de ilustrações da história (v. 3-6) e uma exortação (v. 7). E difícil termos certeza do exato pano de fundo dos v. 3-6. Na superfície, parece estar relacionado à situação no período final dos juízes (Jz 17—21), mas isso parece ter pouco em comum com o tempo de Asa e pode ser que se refira mais diretamente à insegurança do período pós-exílico e à época do próprio cronista (cf., no entanto, 2Rs 14:26).

    As reformas que seguiram o discurso de Azarias parecem ter sido profundas (v. 8-15), englobando todo o território de Judá e de Benjamim, como também as cidades que [Asa] havia conquistado nos montes de Efraim (v. 8). Os ídolos repugnantes (v. 8) foram removidos (cf. lRs 15.12), e o altar foi consertado. Esse altar era o altar de bronze que ficava no pátio do templo, e as atividades da convocação solene que ocorreu no terceiro mês do décimo quinto ano do reinado de Asa (v. 10) provavelmente incluíram a sua rededicação. O cronista menciona o apoio dado pelos fiéis de Efraim, Manassés e Simeão. A menção de Simeão causa problemas porque o território ficava no sul de Judá. Pode ser que os habitantes de Simeão se tornaram refugiados (que viviam entre eles, v. 9) em conseqüência da expansão dos edo-mitas no sul, embora Ellison (NBCR) considere a referência uma “correção não inteligente de um antigo erro de escribas”.

    A conclusão da reforma foi marcada por uma convocação solene (v. 10-15). Ocorreu no terceiro mês e, por isso, pode ter coincidido com a festa das semanas (Pentecoste). Há estudiosos que sugerem (assim P. R. Ackroyd) que há uma alusão a isso no v. 14 em um jogo de palavras (sãbü‘ôt, o nome da festa, e sãba‘, o verbo “jurar”). Visto que a festa das semanas na tradição judaica posterior (talvez já na época do cronista) comemorava a entrega da Lei e o estabelecimento da aliança nacional, a escolha do terceiro mês era especialmente adequada para a sua rededicação. A cerimônia foi marcada pela renovação da aliança (v. 12-14), acompanhada do sacrifício de parte dos despojos tomados na batalha contra Zerá (v. 11). Myers observa que o fato de que “a aliança era algo soberanamente imposto pode ser visto na ameaça que a acompanhava” (v. 13). O resultado da fidelidade do povo foi que o Senhor lhes concedeu paz em suas fronteiras (v. 15).

    A apostasia anterior é atribuída diretamente à influência perversa da rainha-mãe Maaca (v. 16). (Acerca da posição da rainha-mãe, v.comentário Dt 22:10-5 abaixo.) Ela havia feito um poste sagrado repugnante (v. 16), o que talvez poderia ser traduzido por “imagem indescritível de Aserá”. A imagem foi destruída, e os restos foram queimados no vale de Cedrom. E possível que tenha havido significado ritual nisso (conforme 29.16 e 2Rs 23:4,2Rs 23:6,

    12). Maaca é removida de sua posição de autoridade, de onde tinha conseguido exercer forte influência sobre a nação durante os anos iniciais do reinado de Asa. Pode-se supor que ela passou o restante da sua vida em isolamento e desgraça.
    A colocação dos utensílios consagrados (v. 18) no templo não parece estar relacionada a esse contexto. A afirmação de que não houve mais nenhuma guerra até o trigésimo quinto ano do seu reinado (v. 19) reforça a sua natureza longa e pacífica, e isso está relacionado à lição do cronista de que a fidelidade de Deus em geral resulta em paz, bem-estar de todos e integridade da comunidade (v. 14.6).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de II Crônicas Capítulo 15 do versículo 1 até o 19
    2Cr 15:1

    4. A EXORTAÇÃO DE AZARIAS E OS SEUS RESULTADOS (2Cr 15:1-14). Não ocorre em Reis. A idéia principal da passagem é suficientemente clara. Azarias (1) explicou a vitória dizendo: "O Senhor esteve convosco por vós estardes com Ele" (2), e, assim, animou-os a prosseguir até ao fim (7) na reforma que, até então, só fora levada a cabo a um nível oficial. Esta foi selada numa grande reunião popular no Festival das Semanas (10). Os versículos 3:6 levantam uma dificuldade. Parecem descrever o estado de coisas sob o regime dos juízes, constituindo um comentário, ao que se pensa, sobre a última parte do versículo 2. Todavia, se se trata de palavras de Azarias ou de um comentário pelo cronista, eis o que não se percebe bem.

    >2Cr 15:10

    No décimo quinto ano (10). Comparando com 2Cr 14:1, verifica-se que não se procura estruturar uma cronologia completa do reinado de Asa; ver também a nota referente a 2Cr 15:19. E ajuntou... os estrangeiros de Efraim e Manassés, e de Simeão (9). Podiam ter emigrado para Judá, especialmente na época conturbada em que Baasa extirpara a casa de Jeroboão (1Rs 15:27-11); mas por que Simeão? Não há provas de viverem senão no sul, e fizeram sempre parte de Judá (compare-se com a nota sobre 1Rs 11:30). Ou isso implica que, até então, o seu coração estivera com o norte, ou, mais provavelmente, trata-se de uma correção pouco inteligente de um antigo erro de copista.

    >2Cr 15:19

    5. A GUERRA DE ASA COM BAASA (2Cr 15:19-14, ver o parágrafo c1, supra). Ver 1Rs 15:16-11. Os algarismos em 2Cr 15:19; 2Cr 16:1 são impossíveis, pois Baasa morreu no vigésimo sexto ano de Asa. Sugeriu-se já que o texto original era: "... No trigésimo sexto ano, isto é, no ano dezesseis de Asa", mas isto é mais plausível do que convincente.


    Dicionário

    Ano

    substantivo masculino Período de tempo compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro, composto por 12 meses.
    [Astronomia] Tempo que a Terra leva para completar uma volta em torno do Sol, com duração de 365 dias e 6 horas; ano solar.
    [Astronomia] Duração média da revolução de qualquer astro ao redor do Sol: ano de Marte.
    Medida da idade, do tempo de existência de algo ou de alguém: jovem de 20 anos.
    Período anual durante o qual algumas atividades são feitas com regularidade.
    substantivo masculino plural Tempo, velhice: o estrago dos anos.
    expressão Ano bissexto. Ano que tem 366 dias, contando-se em fevereiro 29 dias, e ocorre de quatro em quatro anos.
    Ano letivo. O que vai do início ao encerramento das aulas; ano escolar.
    Ano novo ou ano bom. Primeiro de janeiro.
    Etimologia (origem da palavra ano). Do latim annu-.

    Uma comparação entre Dn 7:25-12.7 e Ap 11:2-3 e 12.6, mostra que se faz nesses lugares referência a um ano de 360 dias. Um tempo, tempos, e meio tempo ou 3,5 anos ou 42 meses ou 1.260 dias. Mas um ano de 360 dias teria tido logo este mau resultado: as estações, as sementeiras, a ceifa e coisas semelhantes deviam ter sido pouco a pouco separadas dos meses a que estavam associadas. Conjectura-se que para obviar a este mal foi, nos devidos tempos, intercalado um mês, chamado o segundo mês de adar. o ano sagrado principiava no mês de abibe (nisã), pelo tempo do equinócio da primavera. No dia 16 de abibe, as espigas de trigo, já maduras, deviam ser oferecidas como primícias da colheita (Lv 2:14 – 23.10,11). Depois do cativeiro, um mês, o décimo-terceiro, era acrescentado ao ano, todas as vezes que o duodécimo acabava tão longe do equinócio, que não se podia fazer a oferta das primícias no tempo fixado. o ano civil principiava aproximadamente no tempo do equinócio do outono. (*veja Cronologia, Tempo.)

    Ano Período de 12 meses lunares (354 dias; (1Cr 27:1-15). De 3 em 3 anos acrescentava-se um mês (repetindo-se o último mês) para acertar a diferença entre os 12 meses lunares e o ano solar.

    Ano Sua duração dependia de seu caráter solar ou lunar. Dividia-se em inverno (de 15 de outubro a 15 de maio) e verão (de 15 de maio a 15 de outubro). Nos cálculos de duração, uma fração de ano equivalia a um ano inteiro. Contavam-se os anos de um imperador a partir de sua ascensão ao trono. Assim, o ano quinze de Tibério (Lc 3:1) iria de 19 de agosto de 28 a 19 de agosto de 29, mas Lucas utilizou o cômputo sírio — que iniciava o ano em 1o de outubro — e, nesse caso, o ano quinze teria iniciado em 1o de outubro de 27.

    substantivo masculino Período de tempo compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro, composto por 12 meses.
    [Astronomia] Tempo que a Terra leva para completar uma volta em torno do Sol, com duração de 365 dias e 6 horas; ano solar.
    [Astronomia] Duração média da revolução de qualquer astro ao redor do Sol: ano de Marte.
    Medida da idade, do tempo de existência de algo ou de alguém: jovem de 20 anos.
    Período anual durante o qual algumas atividades são feitas com regularidade.
    substantivo masculino plural Tempo, velhice: o estrago dos anos.
    expressão Ano bissexto. Ano que tem 366 dias, contando-se em fevereiro 29 dias, e ocorre de quatro em quatro anos.
    Ano letivo. O que vai do início ao encerramento das aulas; ano escolar.
    Ano novo ou ano bom. Primeiro de janeiro.
    Etimologia (origem da palavra ano). Do latim annu-.

    Asa

    substantivo feminino Órgão do voo das aves, dos morcegos e dos insetos.
    [Zoologia] Membros anteriores das aves.
    [Aeronáutica] Cada um dos planos de sustentação do avião.
    Apêndice em forma de argola, ou semicircular, de certos utensílios, que serve para os segurar; alça: a asa da xícara.
    Botânica As duas pétalas laterais da flor das papilionáceas; apêndice sedoso de certas sementes que permite ao vento disseminá-las.
    Figurado Tudo o que é rápido; ligeiro, veloz: nas asas do pensamento.
    Qualquer objeto ou peça que se assemelha a uma asa.
    Ala lateral de um prédio.
    Nave lateral de uma edificação religiosa.
    Botânica Prolongamento de sementes e frutos.
    Conjunto dos braços ou ombros.
    expressão Asas do nariz. Partes laterais das narinas.
    Asas de um edifício. Suas partes laterais.
    Figurado Arrastar a asa. Fazer a corte, galantear.
    Bater asa ou as asas. Distanciar rapidamente de; fugir.
    Ter asas. Ser muito veloz.
    Etimologia (origem da palavra asa). Do latim ansa.ae.

    Médico. 1. Filho de Abias e rei deJudá, que se distinguiu pela sua dedicação ao verdadeiro culto do SENHoR e pela sua ativíssima hostilidade à idolatria (1 Rs 15.9 a 24 – 2 Cr 15.1 a 19). Sua avó Maaca prestava culto a certo ídolo num bosque, mas Asa queimou esse símbolo religioso, e mandou lançar as suas cinzas no ribeiro de Cedrom, despojando depois Maaca da sua dignidade de rainha-mãe. Asa fortificou cidades na fronteira e levantou um grande exército, com o qual derrotou inteiramente o invasor Zerá. Voltando a Jerusalém, convocou uma grande assembléia, na qual foi renovado, com impressiva solenidade, o concerto de buscar a nação o Senhor Deus de israel (2 Cr 15). Aliando-se com Ben-Hadade, rei de Damasco, Asa obrigou Baasa, rei de israel, a abandonar o seu projeto de fortificar Ramá, e firmou as fortalezas de Geba e Mispa em Benjamim com a intenção de evitar a emigração de Judá, ou a imigração para este reino. Asa morreu, muito estimado e honrado pelo seu povo, no ano quarenta e um do seu reinado. 2. *veja 1 Cr 9.16.

    1. Bisneto de Salomão, sucedeu seu pai Abias no trono de Judá e reinou em Jerusalém de 911 a 870 a.C. “Fez Asa o que era reto aos olhos do Senhor, como Davi, seu pai” (1Rs 15:8-11; 1Cr 3:10). O escritor de I Reis enfatiza especialmente seu trabalho de remoção dos ídolos da terra e a expulsão dos prostitutos cultuais: “Embora ele não tenha tirado os altos, o coração de Asa foi reto para com o Senhor todos os seus dias” (1Rs 15:14).

    Durante seu reinado, o rei Baasa, de Israel, declarou guerra contra Judá, sitiou toda a região e não permitiu que alguém entrasse naquele território. Asa juntou os tesouros remanescentes no Templo e enviou como presente ao rei da Síria, para que o ajudasse contra Israel. O monarca sírio concordou e atacou Baasa, destruindo muitas cidades.

    O livro de Crônicas traz maiores detalhes sobre o reinado de Asa (2Cr 14:15), onde a fidelidade deste rei para com Deus é enfatizada. Ele clamou ao Senhor, para que o ajudasse na batalha, reconhecendo que podia confiar em Deus para obter ajuda e que o Senhor era o Todopoderoso (2Cr 14:11). Deus ajudou-o a derrotar Zerá, o etíope, a despeito do exército inimigo, procedente do norte, ser muito mais numeroso. Quando encontrou-se com Asa, o profeta Azarias assim transmitiu sua mensagem: “O Senhor está convosco, quando vós estais com ele. Se o buscardes, o achareis; porém, se o deixardes, ele vos deixará” (2Cr 15:2). Azarias prosseguiu, prometendo recompensas e bênçãos de Deus, se o rei permanecesse fiel. Essa mensagem foi de grande valia para Asa, que continuou seu trabalho de fé na destruição de mais ídolos, não só em Judá como também nas partes de Efraim que estavam sob seu controle, na região de Efraim (2Cr 15:8).

    Tal era a luz de Deus na nação durante o reinado de Asa que pessoas do reino do Norte foram atraídas para o Sul e vieram a Judá, ao verem a bênção de Deus sobre a nação. Asa liderou todo o povo num ato de renovação do pacto, no qual “entraram em aliança de buscarem o Senhor, Deus de seus pais, de todo o seu coração, e de toda a sua alma” (2Cr 15:12).

    Assim, houve grande progresso no reino. A nação era abençoada e a paz foi estabelecida. A prova de que o Senhor honra os que confiam nele não poderia ser mais clara. Por um breve tempo os povos que viviam ao redor tiveram uma pequena amostra da “luz” que uma Judá fiel a Deus demonstrava para as nações vizinhas.

    O sucesso de Asa, entretanto, subiu-lhe à cabeça. O cronista então nos mostra o quanto foi errado ele estabelecer um pacto com o rei da Síria. Deveria ter aprendido, depois da experiência com os etíopes, que Deus podia protegê-lo de Baasa sem tais alianças (2Cr 16). Apesar de Asa ter vencido o rei de Israel, o profeta Hanani foi enviado pelo Senhor para lhe dizer que, devido à sua falta de fé, ele e seu povo estariam em constante guerra. O próprio rei adoeceu; mas, apesar da enfermidade, não se voltou para Deus (2Cr 16:12).

    Vemos claramente nessa passagem que a doença que Asa experimentou e as guerras que enfrentou foram designadas por Deus, para levá-lo ao arrependimento e de volta à fidelidade que demonstrou tão bem e por tanto tempo em seu reinado. Até onde sabemos, entretanto, Asa não se arrependeu, e sua história fica como um alerta de que o compromisso com Deus deve ser total e completo, de todo coração e alma e em todas as circunstâncias.

    Em I Reis 16 os governos de vários reis de Israel são datados em relação ao de Asa, de Judá. Quando ele finalmente morreu, com idade bem avançada, seu filho Jeosafá tornou-se rei (1Rs 15:24-1Rs 22:41; etc.). Asa é mencionado na genealogia de Jesus, em Mateus 1:7-8.

    2. Mencionado em I Crônicas 9:16, era pai de Berequias, um dos levitas citados entre os que retornaram para Jerusalém, depois do cativeiro babilônico.

    P.D.G.


    Asa [Médico] - Terceiro rei de Judá, que reinou 41 anos (911-870 a.C.), depois de Abias, seu pai. Asa promoveu uma reforma religiosa (1Rs 15:9-24); (2Ch 14—16).

    Guerra

    [...] Ora, sendo a guerra uma contingência especial que tortura o indivíduo, causando-lhe desgostos sem conta, avanços e retrocessos freqüentes, gerando contrariedades, despertando paixões, pondo em comoção até as mais insignificantes fibras do coração, claro é que, como coisa natural, desse estado anormal há de o homem procurar libertar-se. Porque, se a guerra é o estado febril que determina o desassossego das criaturas; se é um acidente que se enquadra no plano da evolução dos seres, transitório, portanto, difícil não é compreender-se que o oposto dessa anormalidade fatigante e amarga, para os indivíduos e para os povos, tem que ser a paz.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    [...] [As guerras são] grandes carmas coletivos, elas são sempre a resultante de atos e cometimentos passados, explicadas portanto como resgates do lorosos de povos e nações inteiras. [...]
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 57

    [...] A guerra é a forma que tais acontecimentos [bruscos abalos, rudes provações] muitas vezes revestem, para soerguer os Espíritos, oprimindo os corpos. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 13

    [...] é a prova máxima da ferocidade e da vindita humana [...].
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 3

    As guerras, como todo tipo de violência humana, individual ou coletiva, não são resultantes da vontade de Deus, mas sim expressões do egoísmo e do orgulho imperantes nos mundos atrasados como o nosso.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 16

    A guerra é sempre o fruto venenoso da violência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

    A própria guerra, que exterminaria milhões de criaturas, não é senão ira venenosa de alguns homens que se alastra, por muito tempo, ameaçando o mundo inteiro.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 26

    [...] a guerra será sempre o estado natural daqueles que perseveram na posição de indisciplina.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] As guerras não constituem senão o desdobramento das ambições desmedidas. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 32

    A guerra de ofensiva é um conjunto de idéias-perversidade, senhoreando milhares de consciências.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 20

    [...] se a criatura deseja cooperar na obra do esclarecimento humano, recebe do plano espiritual um guarda vigilante – mais comumente chamado o guia, segundo a apreciação terrestre –, guarda esse, porém, que, diante da esfera extra-física, tem as funções de um zelador ou de um mordomo responsável pelas energias do medianeiro, sempre de posição evolutiva semelhante. Ambos passam a formar um circuito de forças, sob as vistas de Instrutores da Vida Maior, que os mobilizam a serviço da beneficência e da educação, em muitas circunstâncias com pleno desdobramento do corpo espiritual do médium, que passa a agir à feição de uma inteligência teleguiada.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 17


    Guerra O Antigo Testamento relata numerosas guerras das quais 1srael participou. Antes de entrar na guerra, os israelitas deviam consultar a Deus para conhecer sua vontade (Jz 20:23.27-28; 1Sm 14:37; 23,2; 1Rs 22:6) e pedir-lhe ajuda, caso a guerra fosse inevitável (1Sm 7:8-9; 13,12 etc.).

    Contudo, no Antigo Testamento, vislumbra-se, em relação à guerra, uma atitude diferente da de outros povos contemporâneos. Para começar, existiam diversas razões normativas de isenção do serviço de armas (Dt 20:2-9). Também são criticadas as intenções de instrumentalizar Deus na guerra (1Sm
    4) e uma pessoa da estatura de Davi é desqualificada para construir um templo para Deus, exatamente por ter sido um homem dedicado à guerra (1Cr 22:8). O desaparecimento da atividade guerreira é uma das características da era messiânica (Is 2:1ss e par.), cujo rei é descrito através de uma ótica pacifista (Zc 9:9ss.) e sofredora (13 53:12'>Is 52:13-53:12).

    O judaísmo do Segundo Templo manifestou uma evidente pluralidade em relação à guerra. Junto com representantes pacifistas, os fariseus reuniram partidários da rebelião armada. Os saduceus opunham-se à guerra — mas não ao uso da violência — porque temiam que ela pudesse modificar o “status quo” que lhes era favorável (Jo 11:45-57). Os essênios abstinham-se da violência, mas esperavam uma era em que se juntariam à guerra de Deus contra os inimigos deste. Os zelotes — que não existiam na época de Jesus — manifestaram-se ardentes partidários da ação bélica contra Roma e contra os judeus, aos quais consideravam inimigos de sua cosmovisão.

    O ensinamento de Jesus nega legitimidade a toda forma de violência (Mt 5:21-26; 5,38-48 etc.), até mesmo a empreendida em sua própria defesa (Jo 18:36) e refutou claramente o recurso à força (Mt 26:52ss.). Nesse sentido, as pretensões de certos autores para converter Jesus em um violento revolucionário exigem uma grande imaginação, porque nem as fontes cristãs nem as judaicas (certamente contrárias a ele e que poderiam aproveitar-se dessa circunstância para atacá-lo) nem as clássicas contêm o menor indício que justifique essa tese. De fato, como ressaltam alguns autores judeus, esta é uma das características originais do pensamento de Jesus e, na opinião deles, claramente irrealizável.

    Assim fundamentado, não é de estranhar que os primeiros cristãos optaram por uma postura de não-violência e generalizada objeção de consciência, tanto mais porque consideravam todos os governos humanos controlados pelo diabo (Lc 4:1-8; 1Jo 5:19 etc.). Historicamente, essa atitude chegou até o início do séc. IV e se refletiu tanto no Novo Testamento como nos primeiros escritos disciplinares eclesiásticos, nas atas dos mártires (muitos deles executados por serem objetores de consciência) e nos estudos patrísticos.

    Em relação à guerra, portanto, o cristão não pode apelar para o testemunho do Novo Testamento nem para a tradição cristã dos três primeiros séculos, somente para a elaboração posterior como a teoria da guerra justa de Agostinho de Hipona e outros.

    W. Lasserre, o.c.; J. m. Hornus, It is not Lawful for me to Fight, Scottdale 1980; C. Vidal Manzanares, El judeocristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; Idem, Los esenios...; Idem, Diccionario de las tres...; J. Klausner, o. c.; G. Nuttal, o. c.; P. Beauchamp e D. Vasse, La violencia en la Biblia, Estella 1992.


    Guerra Atividade normal nos tempos do AT (2Sm 11:1). Os inimigos dos israelitas eram considerados inimigos de Deus (1Sm 30:26). Deus era representado como guerreiro, combatendo em favor de Israel (Ex 15:3); (Sl 24:8); (Is 42:13) ou usando a guerra para castigar Israel (Is 5:26-30); (Jr 5:15-17) e outras nações (Is 13; (Jr 46:1-10). Mas Isaías também profetizou uma era de paz (Is 2:1-5; 65:16-25). Nos tempos apostólicos, quando os romanos dominavam 1srael, a linguagem da guerra só aparece em METÁFORAS (Ef 6:11-17) e para descrever a batalha do fim dos tempos (Ap

    A palavra "guerra", ensina a etimologia, procede do germânico werra (de onde virá igualmente o war inglês), cujo significado inicial não era o de conflito sangrento, mas algo mais na linha da discordância, que podia nascer de uma simples discussão verbal e chegar, no máximo, a um duelo.

    As circunstâncias em que vivia o povo hebreu, levavam-no a freqüentes guerras, e pelas narrativas do A.T. se podem conhecer as condições sob as quais se pelejava nesses tempos. Antes de entrarem na luta, as nações pagãs consultavam os seus oráculos, adivinhos, necromantes, e também a sorte (1 Sm 28.3 a 10 – Ez 21:21). os hebreus, a quem eram proibidos atos deste gênero, costumavam, na primitiva parte da sua história, interrogar a Deus por meio de Urim e Tumim (Jz 1:1 – 20.27, 28 – 1 Sm 23.2 – 28.6 – 30.8). Também costumavam levar a arca para o campo (1 Sm 4.4 a 18 – 14.18). Depois do tempo de Davi, os reis que governavam na Palestina consultavam segundo a sua crença religiosa, ou segundo os seus sentimentos, os verdadeiros profetas, ou os falsos, com respeito ao resultado da guerra (1 Rs 22.6 a 13 – 2 Rs 19.2, etc.). Eram, também, oferecidos sacrifícios, e em virtude desses atos se dizia que os soldados se consagravam eles próprios à guerra (is 13:3Jr 6:4 – 51.27 – Jl 3:9 – ob 9). Há exemplos de formais declarações de guerra, e algumas vezes de prévias negociações (Jz 11:12-28 – 2 Rs 14.8 – 2 Cr 25,27) – mas isto nem sempre era observado (2 Sm 10.1 a 12). Quando o inimigo fazia uma incursão repentina, ou quando a guerra principiava inesperadamente, era dado ao povo o alarma por mensageiros mandados com rapidez a toda parte – e então soavam as trombetas de guerra, tremulavam os estandartes nos lugares mais altos, clamavam vozes reunidas sobre as montanhas, formando eco de cume para cume (Jz 3:27 – 6.34 – 7.22 – 19.29, 30 – 1 Sm 11.7,8 – is 5:26 – 13.2 – 18.3 – 30.17 – 62.10). As expedições militares começavam geralmente na primavera (2 Sm 11.1), e continuavam no verão, indo no inverno os soldados para os quartéis. Quanto aos exércitos romanos, permaneciam fumes e vigilantes em ordem de batalha, prontos a receber o golpe dos adversários: a esta prática pode haver alusões nas seguintes passagens: 1 Co 16.13 – Ef 6:14. os gregos, enquanto estavam ainda distantes do inimigo algumas centenas de metros, começavam o cântico de guerra: alguma coisa que a isto se assemelha, se vê em 2 Cr 20.21. Levantavam então vivas, o que também se fazia entre os hebreus (Js 6:5 – 1 Sm 17.52 – is 5:29-30 – 17.12 – Jr 4:19 – 25.30). o grito de guerra, em Jz 7:20, era ‘Espada pelo Senhor e por Gideão’. Nalguns exemplos soltavam clamores terríveis. A simples marcha dos exércitos com a suas armas, carros e atropeladoras corridas de cavalos, ocasionava uma confusão terrível, cujo barulho é comparado pelos profetas ao bramido do oceano e à queda de caudalosas correntes (is 9:5 – 17.12,13 – 28.2). os vitoriosos no combate ficavam extremamente excitados na sua alegria – as aclamações ressoavam de montanha para montanha (is 42:11 – 52.7, 8 – Jr 50:2Ez 7:1 – Na 1.15). o povo, guiado pelas mulheres, saía ao encontro dos conquistadores, com cânticos e danças (Jz 11:34-37 – 1 Sm 18.6, 7). Cânticos de vitória eram entoados em louvor aos vivos – e recitavam-se elegias pelos mortos (Êx 15:1-21Jz 5:1-31 – 2 Sm 1.17 a 27 – e 2 Cr 35.25). Levantavam-se monumentos em memória do triunfo obtido (1 Sm 7.12, e segundo alguns intérpretes, 2 Sm 8.13), e eram penduradas as armas do inimigo como troféus, no tabernáculo (1 Sm 31.10 – 2 Rs 11.10). os soldados merecedores de recompensas pelos seus feitos eram honrados com presentes, e proporcionava-se-lhes a ocasião de realizarem honrosos enlaces matrimoniais (Js 14 – 1 Sm 17.25 – 28.17 – 2 Sm 18.11).

    substantivo feminino Luta armada entre nações ou entre partidos; conflito armado entre povos ou etnias diferentes, buscando impor algo pela força ou para proteger seus próprios interesses.
    Combate armado; conflito: a manifestação terminou em guerra.
    Qualquer luta sem armas: guerra ideológica, religiosa.
    Conflito hostil: guerra entre escolas.
    Luta declarada contra algo prejudicial: guerra à dengue.
    expressão Guerra aberta. Hostilidade declarada, constante.
    Guerra civil. Luta armada entre partidos da mesma nacionalidade.
    Guerra fria. Hostilidade latente, que não eclodiu em conflito armado, nas relações internacionais, especialmente entre as grandes potências.
    Guerra de nervos. Período de forte tensão entre indivíduos, nações ou partidos adversários.
    Guerra química. Forma de guerra em que seriam empregados agentes químicos, biológicos ou radiológicos.
    Guerra total. Guerra que abrange todas as atividades de um povo e visa a aniquilar o adversário.
    Fazer guerra (a alguém). Opor-se constantemente a seus desígnios.
    Homem de guerra. Perito na arte militar.
    Nome de guerra. Pseudônimo pelo qual alguém é conhecido em determinados setores de sua atividade.
    Guerra santa. Aquela levada a efeito em nome de razões religiosas.
    Etimologia (origem da palavra guerra). Do germânico werra, “revolta, querela”.

    substantivo feminino Luta armada entre nações ou entre partidos; conflito armado entre povos ou etnias diferentes, buscando impor algo pela força ou para proteger seus próprios interesses.
    Combate armado; conflito: a manifestação terminou em guerra.
    Qualquer luta sem armas: guerra ideológica, religiosa.
    Conflito hostil: guerra entre escolas.
    Luta declarada contra algo prejudicial: guerra à dengue.
    expressão Guerra aberta. Hostilidade declarada, constante.
    Guerra civil. Luta armada entre partidos da mesma nacionalidade.
    Guerra fria. Hostilidade latente, que não eclodiu em conflito armado, nas relações internacionais, especialmente entre as grandes potências.
    Guerra de nervos. Período de forte tensão entre indivíduos, nações ou partidos adversários.
    Guerra química. Forma de guerra em que seriam empregados agentes químicos, biológicos ou radiológicos.
    Guerra total. Guerra que abrange todas as atividades de um povo e visa a aniquilar o adversário.
    Fazer guerra (a alguém). Opor-se constantemente a seus desígnios.
    Homem de guerra. Perito na arte militar.
    Nome de guerra. Pseudônimo pelo qual alguém é conhecido em determinados setores de sua atividade.
    Guerra santa. Aquela levada a efeito em nome de razões religiosas.
    Etimologia (origem da palavra guerra). Do germânico werra, “revolta, querela”.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Quinto

    numeral Ordinal e fracionário correspondente a cinco: quinto artigo.
    substantivo masculino A quinta parte de um todo.
    Imposto de 20% que era cobrado pelo erário português das minas de ouro do Brasil.
    substantivo e masculino plural [Popular] O inferno.

    Reinado

    substantivo masculino Reino.
    Espaço de tempo em que reina ou reinou um monarca.
    Período em que vigora alguma coisa: o reinado da folia.
    Autoridade moral, influência: reinado das leis, da moda.

    Reinado Tempo em que um rei ou um imperador governa (Jr 26:1); (Lc 3:1).

    Trigésimo

    numeral Ordinal e fracionário correspondente a trinta.
    substantivo masculino Cada uma das trinta partes em que se divide um todo.

    trigésimo nu.M Ordinal correspondente a trinta. S. .M Cada uma das trinta partes em que se divide um todo.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    II Crônicas 15: 19 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E não houve guerra até ao ano trigésimo quinto do reinado de Asa.
    II Crônicas 15: 19 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    895 a.C.
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H2568
    châmêsh
    חָמֵשׁ
    cinco
    (five)
    Substantivo
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H4421
    milchâmâh
    מִלְחָמָה
    de / da guerra
    (of war)
    Substantivo
    H4438
    malkûwth
    מַלְכוּת
    realeza, poder real, reino, reinado, poder soberano
    (his kingdom)
    Substantivo
    H5704
    ʻad
    עַד
    até
    (until)
    Prepostos
    H609
    ʼÂçâʼ
    אָסָא
    rei de Judá, filho de Abias, pai de Josafá
    (Asa)
    Substantivo
    H7970
    shᵉlôwshîym
    שְׁלֹושִׁים
    trinta
    (thirty)
    Substantivo
    H8141
    shâneh
    שָׁנֶה
    ano
    (and years)
    Substantivo


    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    חָמֵשׁ


    (H2568)
    châmêsh (khaw-maysh')

    02568 חמש chamesh masculino חמשׂה chamishshah

    um numeral primitivo; DITAT- 686a; n m/f

    1. cinco
      1. cinco (número cardinal)
      2. um múltiplo de cinco (com outro número)
      3. quinto (número ordinal)

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    מִלְחָמָה


    (H4421)
    milchâmâh (mil-khaw-maw')

    04421 מלחמה milchamah

    procedente de 3898 (no sentido de luta); DITAT - 1104c; n f

    1. batalha, guerra

    מַלְכוּת


    (H4438)
    malkûwth (mal-kooth')

    04438 מלכות malkuwth ou מלכת malkuth ou (no pl.) מלכיה malkuyah

    procedente de 4427; DITAT - 1199e; n f

    1. realeza, poder real, reino, reinado, poder soberano
      1. poder real, domínio
      2. reino
      3. reinado, domínio

    עַד


    (H5704)
    ʻad (ad)

    05704 עד ̀ad

    propriamente, o mesmo que 5703 (usado como prep, adv ou conj); DITAT - 1565c prep

    1. até onde, até, até que, enquanto, durante
      1. referindo-se a espaço
        1. até onde, até que, mesmo até
      2. em combinação
        1. de...até onde, ambos...e (com ’de’, no sentido de origem)
      3. referindo-se ao tempo
        1. até a, até, durante, fim
      4. referindo-se a grau
        1. mesmo a, ao ponto de, até mesmo como conj
    2. até, enquanto, ao ponto de, mesmo que

    אָסָא


    (H609)
    ʼÂçâʼ (aw-saw')

    0609 אסא ’Aca’

    de derivação incerta, grego 760 Ασα; n pr m

    Asa = “curador: nocivo (?)”

    1. rei de Judá, filho de Abias, pai de Josafá
    2. um levita

    שְׁלֹושִׁים


    (H7970)
    shᵉlôwshîym (shel-o-sheem')

    07970 שלושים sh elowshiym̂ ou שׂלשׂים sh eloshiym̂

    múltiplo de 7969; DITAT - 2403d; n m

    1. trinta, trigésimo

    שָׁנֶה


    (H8141)
    shâneh (shaw-neh')

    08141 שנה shaneh (somente no pl.), ou (fem.) שׂנה shanah

    procedente de 8138; DITAT - 2419a; n. f.

    1. ano
      1. como divisão de tempo
      2. como medida de tempo
      3. como indicação de idade
      4. curso de uma vida (os anos de vida)