Enciclopédia de Esdras 10:32-32

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ed 10: 32

Versão Versículo
ARA Benjamim, Maluque e Semarias.
ARC Benjamim, Maluque, Semarias.
TB Benjamim, Maluque e Semarias.
HSB בְּנְיָמִ֥ן‪‬ מַלּ֖וּךְ שְׁמַרְיָֽה׃ ס
BKJ Benjamim, Maluque e Semarias.
LTT Benjamim, Maluque, Semarias.
BJ2 Benjamim, Meluc, Semerias;
VULG Benjamin, Maloch, Samarias.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Esdras 10:32

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Esdras Capítulo 10 do versículo 1 até o 44
  • A Proposta de Secanias (Ed 10:1-5)
  • Enquanto Esdras orava, um grande grupo de pessoas se aproximou para comparti-lhar o seu pesar. Um deles, Secanias (2) agiu como porta-voz do grupo. Ele sugeriu a Esdras fazer um concerto, segundo o qual todos aqueles que tivessem se casado com mulheres estrangeiras receberiam o pedido de separar-se delas, inclusive dos filhos nascidos dessas uniões. Esta sugestão, vinda de um representante do povo, agradou a Esdras. Ele imediatamente convocou os maiorais dos sacerdotes e os levitas, de quem exigiu que jurassem (5), em nome de toda a nação de Israel, que isso seria feito'. Pertence-te este negócio (4), ou seja, "é sua responsabilidade" (Berk.).

    Para muitos comentaristas, as medidas tomadas por Esdras para corrigir o mal parecem extremamente rigorosas. "Esdras fez com que eles jurassem", observa o profes-sor Rogers, "fazer essa coisa bárbara, cruel, atroz. Oh, religião, que crimes foram come-tidos em seu nome!"5. E, com relação ao versículo 6, ele diz "Esdras afastou-se para cho-rar e jejuar, não de pena das pobres mulheres e crianças que iriam sofrer, mas porque esses casamentos tinham acontecido. Um pouco mais de misericórdia e piedade teriam feito com que ele se parecesse um pouco mais com um ser humano'.

    Este tipo de crítica comete uma grave injustiça para com Esdras, que certamente agia com a maior sinceridade e, sem dúvida, sob o estímulo direto do Espírito de Deus. Também revela pouco entendimento da diferença entre o tratamento de Deus no Antigo e no Novo Testamento. É provável que no período neotestamentário um procedimento diferente tivesse sido aplicado. Ainda assim, por mentirem para o Espírito Santo, Ananias e Safira foram mortos (At 5:1-10). Uma vez mais, é ressaltada a gravidade do pecado e é enfatizada a certeza do castigo de Deus. É verdade que na punição ao pecado, descrita neste capítulo, exigiu-se que os inocentes sofressem, mas esta é a lei da vida que nunca pode ser completamente evitada.

    4. A Tomada das Medidas Finais (Ed 10:6-17)

    Como resultado da proposta de Secanias (2-4) e do juramento feito pelos líderes entre os judeus de Jerusalém (5), Esdras aparentemente tinha, agora, toda a cooperação dos seus compatriotas para tomar medidas severas contra aqueles que tinham desobe-decido à lei, ao casarem-se com esposas estrangeiras. Na verdade, existem, na narrativa a seguir, somente quatro mencionados como contrários a essas medidas. Eles estão registrados no versículo 15 como os que se puseram sobre esse negócio. As versões revisadas concordam em traduzir como "foram contrários" (cf. Berk.). Entretanto, havia muito a ser feito antes que a decisão de Esdras e dos líderes judeus pudesse ser final-mente colocada em prática.

    Esdras ainda estava triste pelo pecado do povo e desejava estar em sua melhor for-ma quando tratasse esse assunto importante com eles. Ele se retirou à câmara de um certo Jeoanã (6), homem de posição sacerdotal, e lá jejuou e sem dúvida passou muitas horas em oração a Deus para pedir a sua orientação específica. No dia seguinte, uma convocação foi enviada segundo o conselho dos príncipes e dos anciãos (8) a todos os judeus da província de Judá para uma reunião em Jerusalém dentro de três dias. A ausên-cia significaria o confisco das propriedades e a excomunhão da congregação dos judeus.

    Foi uma medida rigorosa, mas aparentemente eficaz. Apesar do clima inclemente do nono mês (dezembro), todos os homens de Judá e Benjamim, em três dias, se ajuntaram em Jerusalém (9). A expressão a praça da casa de Deus significa "a praça aberta diante da casa de Deus". Em resposta ao urgente apelo de Esdras para que confessassem os seus pecados e se separassem dos pagãos e das suas esposas es-trangeiras, eles disseram, como uma única voz: Assim seja; conforme as tuas pala-vras, nos convém fazer (12). Entretanto, eles pediram o privilégio de que a execução do assunto fosse deixada a cargo dos líderes da congregação em Jerusalém, e promete-ram que os culpados viriam a Jerusalém quando fossem chamados, acompanhados pelos anciãos e juízes que oficiavam nas suas próprias cidades. Esse privilégio lhes foi concedido, e organizou-se uma corte de divórcio, com Esdras na liderança. Dentro de três meses esse tribunal julgou todos os casos trazidos à sua atenção. No entanto, o fato de que os casamentos com mulheres estrangeiras não estavam totalmente acaba-dos é evidente pelo fato de Neemias ter tido que lidar com o mesmo problema no perí-odo de seu governo (Ne 13:23-31).

    5. O Registro dos Culpados (Ed 10:18-44)

    Agora é apresentada uma longa lista dos considerados culpados do casamento com esposas estrangeiras — 114 no total. Não menos do que 17 sacerdotes estavam incluídos, além de levitas, cantores e porteiros do Templo, para mostrar que muitos dos líderes religiosos envolveram-se nessa violação da lei. Alguns dos sacerdotes culpados eram, evidentemente, parentes próximos de Jesua, o sumo sacerdote, que tinha retornado com Zorobabel. "Na verdade", observa o Dr. Samuel Schultz, "uma comparação de Esdras 10:18-22 com Ed 2:36-39 indica que nenhuma das ordens dos sacerdotes que voltaram esta-va livre do casamento entre as raças'. No entanto, todos eles deram-se as mãos, ou seja, se comprometeram a despedir suas mulheres (19).

    Com esta séria nota chega ao fim o livro de Esdras, mas a história de seu trabalho continua em Neemias 8:10. Podemos supor que cenas semelhantes às que vimos aqui devem ter sido testemunhadas em outras ocasiões durante os treze anos, ou mais, passa-dos desde a vinda de Esdras a Jerusalém. O episódio relativo às esposas estrangeiras foi necessário para limpar o caminho para o verdadeiro trabalho que Esdras veio realizar'. Podemos ver o resultado deste empenho no entusiasmo com que o povo pedia a leitura da lei (Ne 8:1). Além disso, a cooperação dada a Neemias durante a construção dos muros de Jerusalém só pode ser adequadamente explicada com base no amor e no serviço a Deus, nascido de um verdadeiro conhecimento de seus preceitos e uma conseqüente experiên-cia de graça no coração.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Esdras Capítulo 10 do versículo 1 até o 44
    *

    10:1

    Esdras orava... chorando. Outros líderes tinham marcado o passo para o pecado (9.2). Agora Esdras marcava o passo para o arrependimento, não exortando o povo a lamentar-se, mas lamentando-se ele mesmo.

    * 10:2

    A confissão de Esdras, em 9.13,14 tornou-se a confissão do povo através de um de seus líderes, Secanias.

    ainda há esperança. Secanias encorajou a Esdras, dizendo-lhe que nem tudo estava perdido.

    * 10:3

    façamos aliança. Não se tratava de uma aliança inteiramente nova, mas da renovação da aliança com Moisés em termos de um juramento (v. 5), de que guardariam a estipulação referente aos casamentos mistos (Dt 7:3; conforme Jr 34:8-22 quanto a outra renovação similar do pacto).

    despediremos. Não temos aqui o vocabulário usual dos hebreus quanto ao divórcio, e é usado somente aqui para se despedir uma esposa. A expressão hebraica no v. 2, "casando com mulheres", não é a frase usual para indicar casamento, e é usada da mesma maneira somente em Ne 13, em uma situação análoga. A escolha da linguagem, por parte do autor, parece indicar que ele não considerava as uniões como casamentos legítimos, e nem a despedida das mulheres como um divórcio propriamente dito.

    segundo a lei. A lei não provia explicitamente para essa situação exata. A frase pode indicar o envio para longe, de uma mulher com seus filhos, algumas provisões (Gn 21:14) e certos direitos legais (Dt 21:10-14).

    * 10:5

    Esdras se levantou. Esdras reagiu bem ao encorajamento de Secanias, e pôs em prática o seu conselho.

    e todo o Israel... E eles juraram. A aliança foi condicional, conforme o indica o juramento feito pelos israelitas, e não pelo Senhor (9.9, nota; Jr 34:8-22).

    * 10:6

    na câmara. Localizada no templo.

    não comeu pão, nem bebeu água. Um jejum total era raro (Dt 9:18). O jejum indica que Esdras não pensava que os exilados eram imunes às punições próprias do pacto, somente à base de um juramento.

    * 10:8

    em três dias. Três dias era tempo suficiente para qualquer um que quisesse viajar até Jerusalém, devido ao território reduzido de Judá.

    seriam totalmente destruídos, e ele mesmo separado. O não atendimento teria resultado na perda das propriedades e na excomunhão (7.26).

    * 10:9

    Judá e Benjamim. Ver nota em 1.5.

    no dia vinte do nono mês. Corria o mês de dezembro, na estação fria e chuvosa. Jerusalém é mais fria do que a maior parte do interior do país ao redor, e as chuvas, na região da cidade, se concentravam mais do que nos climas temperados.

    todo o povo. O povo de Israel como um todo atendeu à proclamação.

    tremendo por causa desta coisa. A aflição de Esdras se havia espalhado entre a população (v. 1, nota).

    * 10:11

    fazei confissão. Lit., "dai graças e louvai". Quando uma pessoa confessa o seu pecado e confia na misericórdia de Deus, Deus está sendo louvado. O Salmo 103 "bendiz" a Deus, confessando quem Deus é e o que ele tem feito.

    fazei o que é do seu agrado. A confissão deve resultar no arrependimento (v. 6, nota).

    separai-vos. Ver nota em 9.11,12.

    * 10:12

    Respondeu toda a congregação. Não somente todos os homens se tinham reunido e expressado sua aflição (v. 9), mas também concordaram com Esdras quanto ao pecado e à culpa deles.

    * 10:13

    Porém. Não se tratava de uma tentativa de escapar da responsabilidade de se arrepender, mas de uma expressão de preocupação genuína de que o arrependimento fosse posto em prática.

    * 10:15

    se opuseram. Provavelmente opuseram-se ao adiamento, embora a oposição pode ter sido à despedida das mulheres estrangeiras.

    * 10.18-44

    Com base nessa lista dos culpados de terem contraído casamentos mistos, é evidente que o indivíduo que tivesse pecado não poderia encontrar abrigo na comunidade mais lata (Dt 29:19-21). Mas para aqueles que se valem dos sacrifícios providos por Deus, sempre haverá perdão (v. 19).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Esdras Capítulo 10 do versículo 1 até o 44
    10:3 por que ordenou aos homens que se despedissem de suas algemas e filhos? Mesmo que a medida era extrema, o matrimônio misto com pagãos estava estritamente proibido (Dt 7:3-4) e até os sacerdotes e levita tinham incorrido neste pecado. Isto pode comparar-se na atualidade com um cristão que se casa com alguém que adora ao diabo. Embora era uma solução drástica, só envolvia a cento e treze das aproximadamente vinte e nove mil famílias.

    A medida drástica do Esdras, embora foi muito difícil para muitos, era necessária para preservar ao Israel como nação comprometida com Deus. Alguns dos cativos do reino do norte do Israel tinham perdido tanto sua identidade espiritual como física por meio do matrimônio misto. Seus cônjuges pagãos tinham ocasionado que o povo caísse na idolatria. Esdras não queria que isto acontecesse aos cativos do reino do sul do Judá.

    10:3, 4, 11 Logo depois da intensa oração do Esdras, o povo confessou seu pecado ante Deus, e pediu direção para restaurar sua relação com O. O verdadeiro arrependimento não termina com palavras de confissão (as quais podem ser não mais que palavras), mas sim além disso deve levar a uma conduta correta e a uma mudança de atitude. Quando pecar e esteja plenamente arrependido, confesse-o a Deus, peça seu perdão e aceite sua graça e misericórdia. Logo, como um ato de gratidão por seu perdão que condice com a justiça de Deus, faça as correções necessárias.

    10:8 Perder a fazenda significava ser deserdado, quer dizer, ser despojado do direito legal de possuir a terra. Isto assegurava que nenhum filho de pagão herdasse a terra do Israel. Além disso, a pessoa que recusava vir a Jerusalém seria excluída da assembléia dos cativos e não lhe permitiria adorar no templo. Os judeus consideravam isto um castigo horrível.

    10:11 Como crentes em Cristo, todos nossos pecados são perdoados. Sua morte nos limpou de tudo pecado. por que então ainda temos que confessá-los? A confissão é mais que nos apropriar do perdão de Cristo pelo que temos feito mal, e temos que confessar pecados que já foram confessados previamente. Confessar é estar de acordo com Deus que nossos pensamentos, palavras e ações estão equivocadas e contrárias a sua vontade. É voltar a nos comprometer a fazer sua vontade e renunciar a qualquer ato de desobediência. Confessar é nos apartar do pecado e lhe pedir a Deus um poder fresco para viver para O.

    O IMPÉRIO MEÇO-PERSA: Os acontecimentos nos livros do Esdras, Nehemías e Ester, tiveram lugar durante o governo dos medos e os persas. Estes dois reino provinham do nordeste da Mesopotamia (o que hoje é o Irã) e uniram suas forças para derrotar aos babilonios (Dn 5:30-31). Os persas governaram até que surgiu o Império Grego sob o Alejandro o Grande. Os persas tinham um sistema mais flexível com respeito a seus cativos, lhes permitindo ter propriedades, possuir terras e casas. O rei Ciro da Persia foi um passo mais à frente, permitindo a muitos grupos de cativos, incluindo os judeus, retornar a sua terra natal. Nos livros do Esdras e Nehemías se relata como a grupos de judeus cativos lhes permitiu voltar para a Palestina a reconstruir sua cidade capital e templo. O primeiro grupo que voltou foi liderado pelo Zorobabel e atracou no 538 a.C. O segundo grupo voltou com o Esdras no 458 a.C. Nehemías o fez no 455 a.C. para animar aos que estavam reconstruindo o muro de Jerusalém. Ester se converteu em reina do império no 479 a.C., entre a primeira e segunda voltas.

    10:44 O livro do Esdras começa com o templo de Deus em ruínas e o povo do Judá cativo em Babilônia. Esdras relata a volta do povo de Deus, a reconstrução do templo e a restauração do sistema de adoração sacrificial. De maneira similar, Deus pode restaurar e reconstruir hoje as vistas das pessoas. Ninguém se encontra tão longe de Deus que não possa ser restaurado. Tudo o que se requer é arrependimento. Não importa quão longe nos tenhamos separado, ou quanto tempo tenha passado desde que adorávamos a Deus, O pode restaurar nossa relação com O e reconstruir nossas vidas.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Esdras Capítulo 10 do versículo 1 até o 44
    F. REFORMA DO POVO (10: 1-17 ; conforme 1 Esdras 8:91-9: 18)

    1 Ora, enquanto Esdras orava e fazia confissão, chorando e prostrando-se diante da casa de Deus, ajuntou-se a ele, de Israel, uma grande congregação de homens, mulheres e crianças; . para o povo chorava amargamente 2 e Secanias, filho de Jeiel, um dos filhos de Elam, respondeu e disse a Esdras: Nós temos transgredido contra o nosso Deus, e casamos com mulheres estrangeiras dentre os povos da terra: ainda agora há esperança para Israel no tocante a isto. 3 Agora, pois, façamos um pacto com o nosso Deus de que despediremos todas as mulheres, e os que delas são nascidos, conforme o conselho do meu Senhor, e dos que tremem ao mandamento do nosso Deus; e deixá-lo ser feito de acordo com a Lv 4:1 Levanta-te; para a matéria pertence a ti, e nós somos contigo; tem bom ânimo, e faze-lo.

    5 Então Esdras se levantou, e fez os chefes dos sacerdotes, os levitas, e todo o Israel, a jurar que fariam conforme a esta palavra. Então eles juraram. 6 E Esdras se levantou de diante da casa de Deus, e entrou na câmara de Joanã, filho de Eliasibe; equando ele chegou lá, não comeu pão, nem bebeu água; porque lamentava da transgressão dos do cativeiro. 7 E fizeram passar pregão por Judá e Jerusalém, a todos os filhos do cativeiro, para que eles se reunissem para Jerusalém, 8 e que todo aquele que não veio no prazo de três dias, de acordo para o conselho dos príncipes e dos anciãos, toda a sua fazenda se perdido, e separou-se a montagem do cativeiro.

    9 Então todos os homens de Judá e Benjamin se ajuntaram em Jerusalém nos três dias (que era o nono mês, no vigésimo dia do mês); e todo o povo sentou-se na praça diante da casa de Deus, tremendo por causa deste negócio e por causa das grandes chuvas. 10 E Esdras, o sacerdote levantou-se e disse-lhes: Vós tendes transgredido, e casamos com mulheres estrangeiras, aumentando a culpa de Israel. 11 Agora, pois, fazei confissão ao Senhor, o Deus de vossos pais, e fazei a sua vontade; e apartai-vos dos povos das terras, e das mulheres estrangeiras. 12 E toda a congregação respondeu, e disse em alta voz, como disseste a nosso respeito, por isso que temos de fazer. 13 Mas o povo é muito, e É um momento de muita chuva, e não somos capazes de ficar sem: nem é esta a obra de um dia ou dois; pois temos muito transgredido nesta matéria. 14 Vamos agora nossos oficiais por toda a congregação, e deixar que todos os que estão em nossas cidades que se casaram com mulheres estrangeiras venham em tempos apontados, e com eles os anciãos de cada cidade, e . os juízes do mesmo, até que o ardor da ira do nosso Deus ser transformado a partir de nós, até que este assunto seja despachado 15 Somente Jônatas, filho de Asael, e Jazeías, filho de Ticvá levantou-se contra esta matéria: Mesulão, e Sabetai, levita, os ajudaram.

    16 E os filhos do cativeiro fizeram. E Esdras, o sacerdote, com certos chefes de pais ' casas , segundo as suas casas paternas, e todos eles pelos seus nomes, foram separados; e assentaram-se no primeiro dia do décimo mês, para examinar o assunto. 17 E eles acabaram de tratar de todos os homens que tinham casado com mulheres estrangeiras, no primeiro dia do primeiro mês.

    O efeito da oração de Esdras sobre o povo era muito grande. Eles temiam que Deus iria destruí-los. Uma das pessoas, Secanias, sugeriu a Esdras que o caminho para escapar do julgamento do Senhor sobre o casamento misto era ter todos os infratores separar-se de suas esposas e crianças estrangeiras (vv. Ed 10:2 , Ed 10:3 ).

    Esdras foi chamado para levar a reforma (v. Ed 10:4 ). Seu primeiro passo foi garantir um juramento de fidelidade dos sacerdotes, os levitas e os anciãos do povo (v. Ed 10:5 ). Etapas sucessivas incluiu uma proclamação para que todos possam reunir no templo dentro de três dias (vv. Ed 10:7-8 ). Na assembléia Esdras chamou o povo para fazer a confissão (vv. Ed 10:10-11 ). Ele também pediu a dissolução formal dos casamentos mistos (v. Ed 10:11 ).

    A assembleia aprovou um tribunal de inquérito para lidar com aqueles envolvidos em casamentos mistos (v. Ed 10:14 ). Com Esdras como um membro, este tribunal começou a dissolver os casamentos mistos. A obra foi concluída em dois meses (vv. Ed 10:16-17 ).

    G. registo dos casamentos mistos (10: 18-44 ; conforme 1 Esdras 9:19-36)

    18 E entre os filhos dos sacerdotes acharam-se que tinha mulheres estrangeiras casadas: a saber ., dos filhos de Jesuá, filho de Jozadaque, e seus irmãos, Maaséias, e Eliezer, Jaribe e Gedalias 19 E eles deram o seu mão que eles iriam arrumar suas esposas;e sendo culpado, eles ofereceram um carneiro do rebanho pela sua culpa. 20 E dos filhos de Imer: Hanani e Zebadias. 21 E dos filhos de Harim:. Maaséias, Elias, Semaías, Jeiel e Uzias 22 E dos filhos de Pasur: Elioenai, Maaséias, Ismael, Netanel, Jozabade e Elasa.

    23 E dos levitas: Jozabade, Simei, Quelaías (é Quelita), Petaías, Judá e Eliezer.

    24 E dos cantores: Eliasibe. E dos porteiros: Salum, Telem e Uri.

    25 E de Israel, dos filhos de Parós: Ramiah, Jezias, Malquias, Miamim, Eleazar, Malquias e Benaia. 26 E dos filhos de Elam: Matanias, Zacarias, Jeiel, Abdi, e Jerimote e Elias. 27 E dos filhos de Zatu:. Elioenai, Eliasibe, Matanias, Jeremote, Zabade e Aziza 28 E dos filhos de Bebai:. Joanã, Hananias, Zabai Atlai 29 E dos filhos de Bani:. Mesulão, Maluque, Adaías, Jasube e Sheal, Jerimot 30 E dos filhos de Paate-: Adna, Quelal, Benaías, Maaséias, Matanias, Bezalel, Binui e Manassés. 31 E dos filhos de Harim : Eliezer, Isshijah, Malquias, Semaías, Simeão, 32 Benjamim, Maluque, Semarias. 33 Dos filhos de Hasum: Matenai, Matatá, Zabade, Elifelete, Jeremai, Manassés e Simei. 34 Dos filhos de Bani: Maadai, Amran, e Uel, 35 Benaías, Bedeiah, Cheluhi, 36 Vaniah, Meremote, Eliasibe, 37 Matanias, Matenai e Jaasu, 38 e Bani, Binui Simei, 39 e Selemias, e Natan, Adaías, 40 Machnadebai, Shashai, Sharai , 41 Azarel, e Selemias, Semarias, 42 Salum, Amarias, José. 43 Dos filhos de Nebo:. Jeiel, Matitias, Zabade, Zebina 1do, e Joel, Benaiah 44 Todos estes tomaram mulheres estrangeiras; e alguns deles tinham mulheres de quem tiveram filhos.

    Esta lista inclui os membros da família de Josué, o sumo sacerdote, bem como membros das famílias sacerdotais (vv. Ed 10:18 , Ed 10:20-22 ). Clérigos, bem como leigos foram envolvidos.

    Bibliografia

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    Stevenson, Dwight E. Pregação sobre os livros do Antigo Testamento . New York: Harper, 1961.

    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Esdras Capítulo 10 do versículo 1 até o 44
  • A purificação da nação (10)
  • Para ver relatos paralelos de aviva- mentos religiosos que aconteceram em Jerusalém, leia Neemias 8—13. Deus respondeu à oração de Esdras ao tocar o coração do povo e ao condená-lo. Alguns homens vieram abertamente a ele e confessaram que se casaram com mulheres pa- gãs e desobedeceram à Lei do Se-nhor. Eles ofereceram-se para fazer uma aliança com o Senhor e afastar sua esposa impura. Que grande rea- vivamento aconteceria em nossas igrejas hoje se todo o povo de Deus se humilhasse diante do Senhor, e confessasse seus pecados, e obede-cesse à Palavra do Senhor!

    O resultado foi a proclamação, em toda a terra, chamando o povo para se reunir em Jerusalém a fim de decidir essa questão importante. Quem fosse culpado e não compa-recesse perdería seu lugar na terra. Em 20 de dezembro de 457, uma grande multidão reuniu-se, apesar da chuva terrível que sempre caía nessa época do ano. Contudo, o povo tremia não apenas por causa da chuva, mas pelo medo que sentia do Senhor. Esdras deu um ultimato ao povo: confessem seu pecado e despeçam suas esposas. Isso é arre-pendimento e restauração, e os dois têm de andar juntos. O povo concor-dou em obedecer, mas admitiu que o problema estava muito dissemina-do e seria complicado resolvê-lo em apenas um dia. O povo sugeriu que, primeiro, os governantes reergues-sem suas casas (v. 14) e, depois de tornarem as coisas certas, auxilias-sem Esdras no trabalho de purgar a nação do pecado. O versículo 15 informa que apenas quatro homens "se opuseram." a essa sugestão ("se puseram sobre este negócio", ARC); os outros líderes aprovaram-na. Não podemos esperar 100% de coopera-ção, principalmente quando se trata de disciplina.

    Levou de dezembro a abril para resolver esse problema. Os versículos 18:44 indicam que 17 sacerdotes, 10 levitas e 87 outros homens eram culpados de casar-se com mulheres pagãs. É aterrador encontrar sacerdotes que desobe-decem deliberadamente a Deus, pois, quando os líderes espirituais apostatam, o que podemos esperar do resto das pessoas? A investiga-ção foi tão abrangente que mesmo as crianças pagãs foram expostas e expulsas. É claro que sabemos que os maridos e pais judeus providen-ciaram o bem-estar dessas pesso-as expulsas, mas eles não viveram mais com essas pessoas como pai e marido. Quanto tempo durou essa reforma? Cerca Dt 25:03ss). Esse era um pecado constante e exigia disciplina constante. Os servos de Deus devem "vigia[r] e ora[r]" a fim de que o trabalho do Senhor prospere.

    Seria tolice reconstruir o tem-plo sem corrigir as pessoas. Esdras teve mais facilidade para reconstruir o templo do que para trazer a nação pecadora de volta para o Senhor.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Esdras Capítulo 10 do versículo 1 até o 44
    10.1 Ajuntou-se a ele. A oração de Esdras foi eficaz para com Deus e para com os homens. A solução não foi obra de Esdras, mas sim, sugerida pelo povo inspirado por Deus, em resposta à sua oração. "Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo", (Jc 5:16). Despediremos todas as mulheres. Os casamentos mistos tinham aberto o caminho à religião mista. A crença verdadeira, revelada por Deus, contamina-se, quando promiscuída com religiões falsas produto da imaginação humana.

    10.4 Incumbência. O mesmo Esdras que tomou a primeira iniciativa na oração (9:6-15), será o primeiro a verificar quais os passos que se deve tomar para aliviar a situação.

    10.8 Destruídos. Seus bens serão confiscados, apropriados em benefício do templo (ver Lv 27:28), mas hão propriamente destruídos, como no caso de uma cidade caída na idolatria (Dt 13:13-5).

    10.9 Das grandes chuvas. O nono mês, novembro/dezembro, é o das chuvas, em pleno inverno. O povo tremia; portanto, por causa da gravidade dos acontecimentos e por causa das chuvas. Em Jerusalém, de vez em quando, chega a nevar no mês de dezembro.

    10.11 Separai-vos. O divórcio era permitido por Moisés "por causa da dureza dos vossos corações” conforme Jesus explicou (comp. Mt 19:8 com Dt 24:1-5). A maioria das mulheres despedidas não seriam esposas, mas sim, concubinas. Na melhor das hipóteses, seriam de casamentos ilícitos.

    10.13 O problema ficou solucionado no prazo de três meses (16 e 17).
    10.15 Se opuseram. Muitas vezes o pecado envenena a consciência de tal maneira, que impede o desejo da restauração. Numa assembléia dessas, quem vota contra, está envolvido em delito.

    10.18 Dos filhos dos sacerdotes. A primeira lista (18-22) contém os nomes dos filhos dos sacerdotes que estavam envolvidos no delito; depois vem a lista dos levitas (23-24), e finalmente a lista dós demais israelitas (25-43).

    10.19 Com aperto de mão. Um gesto oriental para selar uma promessa (conforme Ez 17:18 e Lm 5:6, onde a expressão hebraica "dar a mão" é corretamente traduzida por "submeter-se"). Despedir. Mulheres e filhos pagãos (3 e 44). Coloca-se a observância da lei acima das coisas mais queridas. Carneiro. A oferta pela transgressão dos sacerdotes (Lv 6:4-6). 10:20-43 Os nomes das pessoas que voltaram do cativeiro, seja com Zorobabel em 538 a.C., seja com Esdras em 458 a.C., mostram que os israelitas, cativos na Babilônia, conservaram uma esperança viva. As terminações "ias", de muitos nomes, representam o nome de Deus, assim revelando ao Seu povo: Jahvé, Jeová, Eu sou, Senhor (que são quatro maneiras de transliterar o nome inefável de Deus). Quando o nome de Deus vem no começo do nome do indivíduo, é representado pela letra "J" em nossas traduções. A palavra "EI" que no heb quer dizer "Deus", tanto consta no fim como no começo desses nomes (Elias e Jeiel no v. 21). No v. 28 os nomes Jeoanã e Hananias têm o mesmo significado, "Deus é misericórdia, no primeiro, o nome de Jeová, é representado pelo "Je"; e no segundo, pelo "ias" a misericórdia, heb hãnãn, aparece no fim do primeiro nome, como "anã", e no começo do segundo como "Hanan". Infelizmente, as exigências da moderna grafia portuguesa alteraram tão profundamente a forma das palavras que compõem estes nomes, que o leitor moderno não tem o privilégio de verificar as mensagens de fé e de esperança que se escondem nesses versículos, como por exemplo em Selemias, no v. 39, que significa "Deus é meu modelo, meu padrão".

    10.44 Mulheres estrangeiras. Século de experiência ensinaram aos israelitas que, qualquer conformidade com o mundo pagão em derredor ameaça trazer a idolatria, a apostasia e a maldição.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Esdras Capítulo 10 do versículo 1 até o 44

    3) O arrependimento do povo (10:1-17)

    Quando Esdras concluiu sua oração, um dos presentes cujo nome era Secanias falou com Esdras e reconheceu com ele o pecado do povo (v. 2). Ele afirmou, no entanto, que estava errado que se desesperassem, crendo que, se o povo se arrependesse e se afastasse do seu pecado, Deus lhes perdoaria os pecados e renovaria as suas bênçãos para eles. Por isso, ele propôs que Esdras agisse ordenando que os homens culpados mandassem embora essas esposas e seus filhos (v. 3). Esse conselho que Secanias deu a Esdras pode parecer cruel e desapiedado, mas consideraram que seria uma ação essencial se quisessem fazer sobreviver a fé judaica. Além disso, parece que o próprio Secanias estaria envolvido na ruptura da vida familiar que resultaria, pois o seu pai, Jeiel, um dos descendentes de Elão (v. 2), sendo um dos homens culpados (v. 26), seria ordenado a se separar da sua esposa e seus filhos, ele incluído. Por isso, Esdras concordou em prosseguir, e ele levou os judeus a fazer um juramento para garantir a cooperação deles (v. 5). Em seguida, ele deixou o pátio do templo e entrou numa sala pertencente a Joanã, filho de Eliasibe (v. 6; para mais informações acerca desses homens, v. a Introdução)', mas, mesmo que tivesse passado várias horas até então sem comida e bebida, em virtude da sua tristeza pelo pecado do povo, ele continuou o seu jejum. Fez-se então uma proclamação (v. 7) pública chamando todos os exilados que haviam voltado e que estavam em Judá e Jerusalém para se reunirem em Jerusalém no prazo de três dias. Foi o que eles fizeram, e se reuniram na praça que ficava diante do templo de Deus (v. 9). Esdras os acusou do seu pecado e desafiou aos que estavam dispostos a confessar o seu pecado que consertassem o seu caminho se divorciando das suas esposas estrangeiras (v. 10,11). O povo ficou muito preocupado, com exceção de quatro homens (v. 15), e concordaram que isso era necessário, mas indicaram que não poderia ser colocado em prática naquele encontro, em parte porque havia muitos homens envolvidos e também pelo mau tempo naquele dia (v. 13). Isso foi no nono mês (v. 9), i.e., quisleu, que no nosso calendário seria o mês de dezembro. As primeiras chuvas caíam em dezembro, e as últimas, na primavera. O que se propôs então foi que as pessoas culpadas fossem julgadas por juízes locais nos lugares em que viviam (v. 14). Todo esse processo levou três meses (v. 16,17).


    4) Registro daqueles que tinham casado com mulheres estrangeiras (10:18-44)

    Os v. 18-44 consistem em uma lista daqueles que eram culpados. Totaliza-vam 111, sendo 17 sacerdotes (v. 18-22), seis levitas (v. 23), um cantor e três porteiros (v. 24) e outros 84 (v. 25-43). Afirma-se acerca dos descendentes dos sacerdotes (v. 18) que eles ofereceram a Deus um cordeiro como oferta por sua culpa (v. 19), e é possível que cada um dos culpados fizera isso, pois agora estavam despedindo as esposas estrangeiras; alguns deles tiveram filhos dessas mulheres (v. 44).

    BIBLIOGRAFIA

    Veja o comentário de Neemias.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Esdras Capítulo 10 do versículo 18 até o 44

    C. Lista Daqueles que Tinham Esposas Estrangeiras. Ed 10:18-44.

    Dezessete sacerdotes, dez levitas e oitenta e seis homens da congregação de Israel foram declarados culpados e cada um separou-se de sua esposa estrangeira, oferecendo depois um carneiro pela sua culpa.


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de Esdras Capítulo 10 versículo 32
    Ed 10:10-44- Porque Deus ordenou que os israelitas despedissem suas esposas não-crentes, se Paulo nos diz para não fazer isso?


    PROBLEMA:
    Esdras fez com que todos os israelitas despedissem suas "mulheres estrangeiras", porque elas estavam "aumentando a culpa de Israel"(Ed 10:10), Entretanto, quando perguntaram a Paulo se o crente deveria divorciar se de uma esposa não crente, ele disse: "se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone" (1Co 7:12). Essas instruções não se contradizem?

    SOLUÇÃO: Essas duas colocações são feitas em tempos diferentes, para pessoas diferentes e por razões diferentes. A ordem dada por Esdras aconteceu no tempo do AT, e foi dada a judeus, e a palavra de Paulo foi dada a cristãos, no tempo do NT. Os crentes do NT não mais estão debaixo das leis dadas a Israel (veja os comentários de Mt 5:17-18).

    Além disso, mesmo considerando que o princípio moral contido nesse mandamento do AT ainda esteja em vigor hoje, as situações são diferentes, por três razões. Primeiro, as esposas no AT não eram apenas "incrédulas" que "consentiam" em morar com o marido, sendo "santificadas" por ele (1Co 7:12,1Co 7:14). Elas eram mulheres "estrangeiras", ou seja, provavelmente adoradoras de ídolos (conforme Ne 13:25-26), que estavam trazendo uma influência pagã sobre seus maridos. Deus disse a Salomão que suas mulheres pagãs lhe "perverteriam o coração", para seguir "os seus deuses" (1Rs 11:2).

    Segundo, aquelas mulheres não eram tão-somente pagãs, mas também descendentes de Moabe e Amom (Ed 10:30; conforme Ne 13:23) e de outras nações circunvizinhas, a respeito das quais o Senhor dissera explicitamente a Israel que não as tomassem como mulher (conforme Ex 34:16; Dt 7:3).

    Terceiro, é possível que elas tenham sido tomadas como segunda ou terceira mulher (conforme Ed 10:44), e Deus proibia a poligamia (veja os comentários de 1Rs 11:1). Sendo assim, eles violaram as leis contra a poligamia (Dt 17:17) e a idolatria (Ex 20:4-5).

    Essa é uma situação bem diferente da que havia quando Paulo deu a instrução para um marido crente manter uma só esposa incrédula não-idólatra (conforme 1Co 7:2), se ela se dispusesse a permanecer sob a influência santificadora do marido crente.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Esdras Capítulo 10 do versículo 16 até o 44
    e) Nomeada uma comissão de inquérito: a lista dos culpados (Ed 10:16-15). Este pecado podia ser considerado como resultante da ignorância (Lv 5:15), visto ter havido incúria geral na aplicação da Lei. O texto hebraico do versículo 44 é difícil. Em 1Esdras 9:36 lemos: "Repudiaram-nas com os seus filhos".

    J. STAFFORD WRIGHT.


    Dicionário

    Benjamim

    substantivo masculino O filho mais amado, em geral o caçula.
    [Brasil] Dispositivo que serve para ligar vários aparelhos elétricos em uma só tomada.

    Filho da mão direita. 1. Nomeque lhe foi dado por seu pai Jacó. A sua mãe moribunda tinha dado à recém-nascida criança o nome de Benoni, filho da minha aflição (Gn 35:18). Benjamim era dos doze filhos do patriarca Jacó o mais novo, e teve com o seu irmão José, filho da mesma mãe, a mais afetuosa estima da parte de seu pai. Benjamim era a grande consolação do seu idoso pai, e correspondia com igual afeto à grande amizade que lhe tinha o seu irmão José, mais velho do que ele (Gn 45:14). Nasceu na Palestina, entre Betel e Belém, e a sua vida, quando foi dado à luz, custou a vida de sua mãe (Gn 35:16 e seguintes). Nada mais se sabe de Benjamim até àquela ocasião em que seus irmãos tiveram de ir ao Egito para comprar trigo. Revela-se, então, o seu caráter como bem amado filho e querido irmão. É ele o favorito de toda a família, e ainda que pai de numerosa descendência, foi sempre considerado como aquele de quem o resto da família devia ter especial cuidado (Gn 46:21 – 44.20). A partir de então a sua vida se extingue na da tribo, a que deu o seu nome. Ele, que parece ter sido o menos varonil dos doze, foi o fundador de uma tribo de guerreiros temíveis. Mas a fortaleza e as qualidades guerreiras desta gente provinham do seu escabroso país que estava também exposto aos ataques dos seus inimigos de fora. Que isto havia de ser assim, foi anunciado por Jacó à hora da sua morte (Gn 49:27). 2. Um descendente de Harim (Ed 10:32). 3. Um daqueles que tomaram parte na reedificação dos muros de Jerusalém (Ne 3:23). Provavelmente o mesmo que o dos números 4:5. 4. (Ne 12:34). 5. (1 Cr 7.10).

    1. Décimo segundo filho de Jacó. Sua mãe, Raquel, morreu logo após seu nascimento. Por isso, deu-lhe o nome de Benoni, que significa “filho da minha tristeza” (Gn 35:18-24; 1Cr 2:2), o qual Israel mais tarde mudou para Benjamim (“filho da minha mão direita”). Embora Jacó tivesse doze filhos, somente dois deles eram de Raquel — José e Benjamim. Isso, somado ao fato de que a mãe morrera enquanto ainda eram bem pequenos, ajudou a fortalecer a afeição especial que havia entre os dois irmãos. Após José ser vendido e levado como escravo para o Egito, Benjamim experimentou o favor especial do pai; numa época de grande fome em Canaã (Gn 42:4), Jacó hesitou em enviá-lo junto com os outros em busca de ajuda egípcia. Na segunda viagem deles ao Egito, José —promovido a governador por Faraó — os ajudou, embora sem se identificar. Ele fez de tudo para mostrar generosidade, principalmente para com o irmão Benjamim, a princípio sem permitir que soubessem quem era (Gn 45:22). A atitude peculiar de José, ao ordenar que seus servos escondessem presentes nas bagagens dos irmãos, deixou-os turbados e temerosos, até que finalmente ele se deu a conhecer e trouxe toda a família para o Egito. Essa mudança provou ser significativa para a futura realização dos planos redentores de Deus para seu povo (Gn 46:3s).

    Em sua velhice, Jacó (Israel) abençoou todos os seus filhos, e profetizou que no futuro voltariam para Canaã. A Benjamim, progenitor dos benjamitas (veja adiante) Jacó pronunciou: “Benjamim é lobo que despedaça; pela manhã devorará a presa, e à tarde repartirá o despojo” (Gn 49:27). Uma bênção mista, que marcaria os benjamitas como uma tribo impetuosa, mas, às vezes, também impiedosa. Benjamim teve dez filhos (veja Gn 46:21).

    A tribo de Benjamim tinha reputação de bravura e muita habilidade militar. Eram adeptos do manuseio das armas com a mão esquerda, o que, no caso de Eúde, resultou no livramento de Israel das mãos dos moabitas (Jz 3:15ss; 1Sm 9:1), em cumprimento da profecia de Jacó. Moisés predisse que Deus abençoaria Benjamim e “descansaria em seus braços” (Dt 33:12). A presa seria devorada e o espólio, repartido.

    Os benjamitas estabeleceram-se na faixa oriental de terra abaixo das colinas da Judéia — entre Efraim e Judá; incluía cidades importantes, como Jerusalém, Gibeá e Mizpa. Como a história da tribo, entretanto, isso também era uma bênção mista. Gibeá ficou conhecida pelo seu alto índice de homossexualismo (Jz 19:22), e as constantes batalhas sobre Jerusalém marcaram sua história. Durante o reinado de Saul, os benjamitas tiveram sua maior preeminência e a maior parte da tribo permaneceu leal ao rei (veja 1Cr 12:2-7).

    As tribos de Benjamim e Judá mantiveram grande influência entre o povo de Israel depois do retorno da Babilônia, em 537 a.C. (veja Esdras 1:2). De acordo com Jeremias 33:12-26, Benjamim e Judá tiveram destaque particular como recipientes das “promessas da graça” de restauração e retorno feitas pelo Senhor.

    O apóstolo Paulo era benjamita e usava a si mesmo como exemplo da teologia do “remanescente” (veja Romanos 11:1ss). Apesar da rejeição quase total ao Senhor, por parte de Israel, sempre haveria um remanescente; não por causa da justiça deles, mas porque foram escolhidos pela graça (Rm 11:5) e, como no caso do próprio Paulo, deviam sua continuidade à obra da graça de um Deus salvador (veja Fp 3:4s).

    Para nós, hoje, a lição é que mesmo um grande passado, como o da tribo de Benjamim, não garante um excelente futuro, exceto pela misericórdia de Deus. A linhagem de Paulo não tinha nenhum valor para ele, a não ser para entender a maneira pela qual o Senhor conservou um remanescente e enxertou outros ramos (os cristãos gentios; veja Rm 11). Não foi, entretanto, sua herança que o salvou, mas sim a misericórdia de Deus e sua fidelidade em guardar as promessas da aliança (Gn 12:1-3). Em sua defesa diante do rei Agripa, Paulo explicou que Deus o resgatara do seu próprio povo e dos gentios, para depois enviá-lo de volta para abrir os olhos deles (At 26:15ss). Como a tribo de Benjamim, o apóstolo reconheceu que era a atividade redentora do Senhor, o próprio Deus que conservaria um testemunho para si, no meio de um mundo hostil.


    2. Nome dado ao bisneto de Benjamim, filho de Bilã (1Cr 7:10).


    3. Membro da tribo de Benjamim que se arrependeu de ter-se casado com uma mulher estrangeira (Ed 10:32). Esdras exortou os judeus que fizeram isso a se apresentar publicamente diante de toda a cidade, para demonstrar arrependimento pelo pecado. Esse pode ser o mesmo Benjamim citado em Neemias 3:23; ias 12:34, que ajudou na reconstrução do Templo.

    S.V.


    Benjamim [Filho da Mão Direita] -

    1) Filho mais novo de JACÓ (Gn 35:18)

    2) Tribo dos descendentes de BENJAMIM 1, (Js 21:17).

    Maluque

    hebraico: conselheiro

    1. Pai de Abdi e filho de Hasabias; foi ancestral de Etã, um levita músico que viveu no tempo do rei Davi (1Cr 6:44).


    2. Descendente de Bani. Na época do retorno da Babilônia para Jerusalém, após o exílio, Secanias confessou a Esdras que muitos homens da tribo de Judá, inclusive descendentes dos sacerdotes, tinham-se casado com mulheres de outras tribos e de diversas nações. Esdras levou o povo ao arrependimento e ao pacto de servir ao Senhor (Ed 10:2). Maluque é mencionado entre os que se divorciaram das esposas estrangeiras (v. 29).


    3. Estava entre os descendentes de Harim. Também listado entre os que se divorciaram das esposas estrangeiras (Ed 10:32).


    4. Um dos sacerdotes que retornaram do exílio na Babilônia para Jerusalém e selaram um pacto com Neemias para adorar somente ao Senhor e obedecer à sua Lei (Ne 10:4; Ne 12:2-14).


    5. Líder do povo que também assinou o pacto com Neemias (Ne 10:27). P.D.G.


    Semarias

    a quem Jeová guarda

    (Heb. “o Senhor tem preservado”).


    1. Guerreiro da tribo de Benjamim que se uniu a Davi em Ziclague (1Cr 12:5).


    2. Um dos três filhos do rei Roboão e de Maalate (2Cr 11:18-19).


    3. Filho de Harim, listado como um dos judeus que se casaram com mulheres estrangeiras depois do exílio na Babilônia. Posteriormente se divorciou, por orientação de Esdras (Ed 10:32).


    4. Filho de Binui, também está listado como um dos israelitas que se casaram com mulheres estrangeiras (Ed 10:41). S.C.


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Esdras 10: 32 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Benjamim, Maluque, Semarias.
    Esdras 10: 32 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    456 a.C.
    H1144
    Binyâmîyn
    בִּנְיָמִין
    filho mais novo de Raquel e Jacó, irmão legítimo de José
    (Benjamin)
    Substantivo
    H4409
    Mallûwk
    מַלּוּךְ
    um levita merarita, filho de Hasabias
    (of Malluch)
    Substantivo
    H8114
    Shᵉmaryâh
    שְׁמַרְיָה
    um benjamita, um dos guerreiros de elite de Davi que se uniram a ele em Ziclague
    (and Shemariah)
    Substantivo


    בִּנְיָמִין


    (H1144)
    Binyâmîyn (bin-yaw-mene')

    01144 בנימין Binyamiyn

    procedente de 1121 e 3225, grego 958 βενιαμιν; DITAT - 254a; n pr m

    Benjamim = “filho da mão direita”

    1. filho mais novo de Raquel e Jacó, irmão legítimo de José
    2. filho de Bilã, bisneto de Benjamim
    3. um benjamita, um dos filhos de Harim, na época de Esdras que casara com esposa estrangeira
    4. a tribo descendente de Benjamim, o filho de Jacó

    מַלּוּךְ


    (H4409)
    Mallûwk (mal-luke')

    04409 מלוך Malluwk ou מלוכי Malluwkiy (Ne 12:14)

    procedente de 4427; n pr m Maluque ou Maluqui = “conselheiro”

    1. um levita merarita, filho de Hasabias
    2. um descendente de Bani que tinha uma esposa estrangeira na época de Esdras
    3. um descendente de Harim que tinha uma esposa estrangeira na época de Esdras
    4. um sacerdote que assinou a aliança com Neemias
    5. um dos líderes do povo que assinou a aliança com Neemias
    6. um sacerdote que retornou do exílio com Zorobabel

    שְׁמַרְיָה


    (H8114)
    Shᵉmaryâh (shem-ar-yaw')

    08114 שמריה Sh emaryaĥ ou שׂמריהו Sh emaryahuŵ

    procedente de 8104 e 3050; n. pr. m.

    Semarias = “guardado pelo SENHOR”

    1. um benjamita, um dos guerreiros de elite de Davi que se uniram a ele em Ziclague
    2. um filho do rei Roboão, de Judá
    3. um israelita dos filhos de Harim que tinha uma esposa estrangeira na época de Esdras
    4. um israelita dos filhos de Bani que tinha uma esposa estrangeira na época de Esdras