Enciclopédia de Ester 9:14-14

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

et 9: 14

Versão Versículo
ARA Então, disse o rei que assim se fizesse; publicou-se o edito em Susã, e dependuraram os cadáveres dos dez filhos de Hamã.
ARC Então disse o rei que assim se fizesse: e publicou-se um edito em Susã, e enforcaram os dez filhos de Hamã.
TB O rei mandou que assim se fizesse; o decreto foi divulgado em Susã, e dependuraram os dez filhos de Hamã.
HSB וַיֹּ֤אמֶר הַמֶּ֙לֶךְ֙ לְהֵֽעָשׂ֣וֹת כֵּ֔ן וַתִּנָּתֵ֥ן דָּ֖ת בְּשׁוּשָׁ֑ן וְאֵ֛ת עֲשֶׂ֥רֶת בְּנֵֽי־ הָמָ֖ן תָּלֽוּ׃
BKJ E o rei ordenou que isto fosse feito; e o decreto foi dado em Susã; e eles enforcaram os dez filhos de Hamã.
LTT Então disse o rei que assim se fizesse; e, em Susã, publicou-se uma palavra- decretada; e eles penduraram os dez filhos de Hamã ①.
BJ2 O rei ordenou que assim se fizesse; proclamou-se o edito em Susa e os dez filhos de Amã foram dependurados na forca.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ester 9:14


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

já tinham sido mortos, v. Et 9:10.



Gematria

Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.

Dez (10)

Moisés esteve ali com Iahweh quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água. Ele escreveu nas tábuas as palavras da aliança, as dez palavras.

(Êxodo 34:28)

 


Ou qual mulher que, tendo dez dracmas , se perder uma dracma, não acende uma candeia, varre a casa e procura diligentemente até que encontre?

(Lucas 15:8)

 


Tirai, portanto, dele o talento e dai ao que tem dez talentos,

(Mateus 25:28)

A gematria é uma técnica cabalística que atribui a cada letra do alfabeto hebraico um valor numérico. A letra Yod, a décima do alfabeto, tem o valor de 10.

O significado da palavra Yud pode ser "Judeu",  mão (a mão de Deus), impulsionar, dar continuidade.

Ele representa a perfeição, a plenitude, a totalidade. É o número da criação, da ordem, da lei. O número 10 representa, também, a obra de Deus, criado pelas mãos de Deus, usando o homem como ferramenta, o homem como sendo as mãos de Deus.

Na Bíblia, o número 10 aparece em muitas passagens importantes, como:

A Yod é a letra menor do alfabeto hebraico, com apenas um traço. Ela é frequentemente associada à ideia de essência, de potencialidade, de potência.

O nome do Mestre Yoda, do universo Jedi, é inspirado na letra Yod. Yoda é um personagem pequeno, mas sábio e poderoso. Sua estatura reflete a sua essência, que é pequena e compacta, mas que contém uma grande sabedoria e poder.

No livro de Mateus, no versículo Mt 5:18:"pois amém vos digo: até que passem o céu e a terra, não passará um iota ou traço da Lei, até que tudo se realize". Isso significa que a lei de Deus é perfeita e completa, e que nenhuma parte dela pode ser ignorada ou alterada.

No livro de Lucas, em Lc 15:8: "Ou qual mulher que, tendo dez dracmas , se perder uma dracma, não acende uma candeia, varre a casa e procura diligentemente até que encontre?". Neste versículo, a parábola destaca a importância da única dracma perdida em um conjunto de dez, simbolizando a totalidade e a atenção cuidadosa de Deus por cada indivíduo.

Em Mateus 25:28 temos: "Tirai, portanto, dele o talento e dai ao que tem dez talentos". Este trecho faz parte da parábola dos talentos, onde o número 10 é usado para representar uma quantidade significativa. O servo recebeu dez talentos como uma medida de grande responsabilidade.

A letra Yad (יד), por outro lado, é a palavra hebraica para "mão" ou "braço". A mão é um símbolo poderoso em muitas culturas, representando a ação, a realização e a força. A associação com os 10 dedos é uma extensão lógica, visto que os dedos são instrumentos fundamentais para realizar tarefas e agir sobre o mundo ao nosso redor.

Portanto, a interpretação sugere que a letra Yod, com seu valor numérico de 10, está simbolicamente ligada à ideia de totalidade e realização. A relação com a letra Yad (mão) e os 10 dedos enfatiza a ideia de ação e poder associados à plenitude simbolizada pelo número 10. Esses conceitos são frequentemente explorados na interpretação simbólica e mística das Escrituras hebraicas.

Além de "Israel", "YHWH", "Judá" e "Jesus", outras palavras importantes que começam com a letra Yod são:


Aqui está uma lista de 10 nomes significativos da Bíblia que começam com "Yod," incluindo Jesus e João, com seus equivalentes em português, em hebraico e a pronúncia aproximada:

O número 10 ainda pode aparecer oculto nos versículos

Em Mateus 17:1, temos: "E depois de seis dias, Jesus toma consigo a Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os leva em particular a um alto monte.".

Neste contexto, temos "depois de 6 dias", o que indica "no sétimo" e temos 3 discípulos.

 

A Gematria desse versículo é, então, 7 + 3 = 10.

 



Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

XERXES E ESTER

486-465 a.C.
XERXES PLANEJA VINGANCA
Dario foi sucedido por seu filho Xerxes (486-465 a.C.). Daniel fala de Xerxes de forma profética: "Agora, eu te declararei a verdade: eis que ainda três reis se levantarão na Pérsia, e o quarto será cumulado de grandes riquezas mais do que todos; e, tornado forte por suas riquezas, empregará tudo contra o reino da Grécia" (Dn 11:2). Xerxes não podia esquecer a derrota vergonhosa sofrida por seu pai Dario, nas mãos dos atenienses; assim, deu ordem ao seu servo para lhe dizer diariamente: "Senhor, lembra-te dos atenienses" e fez preparativos para uma invasão em grande escala. Em 483 a.C., Xerxes ordenou a construção de um canal na faixa estreita de terra ao norte do monte Atos, onde a trota de Dario havia naufragado. Em 480 a.C., a fim de transportar o exército persa pelo estreito de Dardanelos que separa a Ásia da Europa, Xerxes ordenou construção de duas pontes, usando navios de guerra amarrados uns as outros para sustentá- las: 360 navios para a ponte do norte e 314 para a ponte do sul. A parte de cima foi coberta de gravetos e terra batida e as laterais foram cercadas para que os cavalos e mulas não vissem a água e se assustassem. Os soldados persas levaram sete dias e sete notes para atravessar as pontes.

XERXES INVADE A GRÉCIA
O exército persa avançou para dentro do território grego. Heródoto descreve em detalhes as diversas nacionalidades desse exército, suas roupas e armas, e faz uma estimativa do total de soldados e ajudantes: 5.283.220, um número que os estudiosos de hoje reduzem consideravelmente Descreve o exército bebendo de rios até secarem "Não é de surpreender que, com tantas pessoas e animais, os rios, por vezes, não tenham sido capazes de prover água suficiente" (Heródoto Histórias, 7.187).
O avanço do exército numeroso foi impedido por um grupo de trezentos soldados de Esparta que guardaram o desfiladeiro das Termópilas, na região central da Grécia. Por fim, um traidor mostrou as persas um caminho secreto pelas montanhas, os espartanos foram removidos e os persas se dirigiram a Atenas. A maioria dos atenienses fugiu da cidade e se refugiou nas ilhas de Egina e Salamina. Alguns, porém, crendo num oráculo de Delfos, segundo o qual um muro de madeira permaneceria intacto, construíram um muro de madeira temporária sobre a Acrópole e se refugiaram atrás dele. Os soldados persas amarraram em suas flechas pedaços de estopa e, depois de les atear fogo, atiraram-nas contra o muro que foi destruído pelo fogo. Ainda assim, os atenienses resistiram, lançando grandes pedras do alto do monte sobre os soldados persas que avançavam. Por fim, porém, os persas subiram a encosta da Acrópole e queimaram todos os templos. Xerxes parecia ter realizado sua ambição de tomar Atenas e se vingar da derrota de seu pai em Maratona, dez anos antes. A frota grega, porém, ainda estava intacta e muitos atenienses acreditavam que, na verdade, essas trezentas e dez embarcações eram o muro de madeira ao qual o oráculo de Delfos havia se referido.

DERROTAS EM SALAMINA E PLATÉIA
Os gregos atraíram a frota persa para um canal estreito entre a ilha de Salamina e a região continental da Grécia. Xerxes assistiu à batalha subseqüente de seu trono em terra firme. O confronto no mar foi violento e, mais uma vez, os persas levaram a pior. Diz-se que perderam cerca de duzentas embarcações, enquanto os gregos só perderam quarenta. Os navios persas restantes voltaram ao mar Egeu a fim de proteger as pontes no estreito de Dardanelos. A maioria dos soldados persas regressou à Ásia com Xerxes. Um exército menor, talvez com cerca de setenta e cinco mil dos melhores guerreiros persas, foi deixado na Grécia sob o comando de um general chamado Mardônio. Esse exército foi derrotado pelos gregos em Platéia, na região central da Grécia, no ano seguinte (479 a.C.).

A RAINHA VASTI
O livro de Ester começa com Xerxes (também chamado de Assuero) oferecendo um banquete de sete dias para nobres e oficiais no terceiro ano de seu reinado (483 a.C.). O relato bíblico informa que os líderes militares e nobres das províncias estavam presentes. E possível que a campanha malograda na Grécia tenha sido iniciada nessa ocasião. No sétimo dia, quando estava embriagado com vinho, Xerxes ordenou que sua rainha, Vasti, se apresentasse no banquete. A rainha, equiparada por alguns com a rainha de Xerxes chamada Amestris, recusou comparecer. Como resultado de sua desobediência e do mau exemplo dado às esposas de todo o seu reino, Vasti foi destituída do seu cargo de rainha.

ESTER
A próxima data fornecida no livro de Ester é o décimo mês do sétimo ano (479 a.C.). Sem dúvida, Xerxes passou o período entre o terceiro e o sétimo ano envolvido nos confrontos na Grécia. Sob a orientação de seu prime e guardião, Mordecai, uma bela moça judia chamada Hadassa, ou Ester, se apresentou no harém do palácio sem revelar suas origens e foi escolhida para ser a nova rainha de Xerxes. O livro de Ester narra uma história dramática que se passa na residência de inverno dos reis persas em Susà, no sudeste do atual Irã. A corte do rei persa, descrita no primeiro capítulo do livro, corresponde às evidências arqueológicas e inscrições dessa cidade. "Havia tecido branco, linho fino e estofas de púrpura atados com cordões de linho e de púrpura a argolas de prata e a colunas de alabastro. A armação dos leitos era de ouro e de prata, sobre um pavimento de pórfiro, de mármore, de alabastro e de pedras preciosas" (Et 1:6). Mordecai descobriu uma conspiração para assassinar Xerxes, mas apesar de terem sido registrados nos anais do rei, seus atos foram esquecidos quando o perverso Hamã convenceu Xerxes a permitir o extermínio dos judeus.3 Mordecai insistiu para Ester tomar uma providência a fim de salvar seu povo: "E quem sabe se para conjuntura como esta é que foste elevada a rainha?" (Ft 4.14b). Arriscando sua vida, Ester pedi uma audiência particular com seu marido. O rei estendeu seu cetro de ouro em sinal de aprovação e se dispôs a atender o pedido da rainha.* Ester convidou Xerxes e Hamã para um banquete, mas só apresentou seu pedido num segundo banquete, realizado do dia seguinte. Entre um banquete e outro, Hamã preparou uma forca para "o judeu Mordecai" e o rei insone leu nos anais reais aquilo que Mordecai havia feito por ele. Quando Hamã foi ao palácio com a intenção de pedir o enforcamento de Mordecai, Xerxes lhe perguntou o que se devia fazer ao homem ao qual o rei desejava honrar. Pensando que o rei estava se referindo a ele, Hamã sugeriu vários gestos pomposos que, em seguida, teve de realizar para o judeu Mordecai. A esposa de Hamã considerou esse episódio um agouro: "Se Mordecai, perante o qual já começaste a cair, é da descendência dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente, cairás diante dele" (Et 6:13). No segundo banquete, Ester revelou a trama de Hamã e salvou os judeus do extermínio. Hamã e seus filhos foram executados na forca preparada por ele para Mordecai, enquanto este último foi promovido a primeiro-ministro de Xerxes.

ACONTECIMENTOS POSTERIORES
Em 465 a.C, Xerxes foi assassinado numa conspiração palaciana e sucedido por seu filho, Artaxerxes (no hebraico, Artashasta) Amestris (possivelmente Vasti, segundo a proposta mencionada acima), mãe de Artaxerxes, atuou como rainha-mãe até falecer em 424 a.C. Caso essa proposta esteja correta, Vasti conseguiu reaver sua posição de poder (é impossível determinar se o fez à custa de Ester). A ideia não é conflitante com o relato do livro de Ester, no qual não se faz menção de Vasti ter sido executada ou se divorciado formalmente do rei. Os judeus instituíram a festa de Purim para lembrar Mordecai, o livramento obtido pelos esforços de Ester e a revogação da sorte (pur) que Hamã havia lançado para eles.
SUPERIOR: Xerxes invade a Grécia Xerxes empreendeu uma campanha malograda contra a Grécia em 480 a.C., numa invasão terrestre e marítima extremamente dispendiosa.
SUPERIOR: Xerxes invade a Grécia Xerxes empreendeu uma campanha malograda contra a Grécia em 480 a.C., numa invasão terrestre e marítima extremamente dispendiosa.
Modelo de carro persa confeccionado em ouro, c. 500 a.C, medindo 18.8 cm de comprimento. Proveniente do tesouro de Oxus, no Tadjiquistão.
Modelo de carro persa confeccionado em ouro, c. 500 a.C, medindo 18.8 cm de comprimento. Proveniente do tesouro de Oxus, no Tadjiquistão.
Relevo em calcário de um oficial da Média prestando homenagem ao rei persa Dario I (522-486 a.C.). Proveniente do Tesouro Público de Persépolis, Irã.
Relevo em calcário de um oficial da Média prestando homenagem ao rei persa Dario I (522-486 a.C.). Proveniente do Tesouro Público de Persépolis, Irã.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Ester Capítulo 9 do versículo 1 até o 32
2. A Vingança dos Judeus sobre os seus Inimigos (Et 9:1-16)

No dia treze do duodécimo mês, que é o mês de Adar (1; março), o dia fatídico designado para a matança dos judeus (Et 3:7-13), irrompeu-se a luta entre eles e as facções de seus inimigos. Supõe-se que muitos dos persas e outros povos cativos ficaram aterro-rizados pelo decreto de Mardoqueu e não se lançaram contra os judeus. Mesmo os sátrapas e outros altos oficiais nas províncias lutaram do lado deles (3). Portanto, não é de se surpreender que os judeus facilmente prevaleceram sobre seus inimigos e mataram um total de 800 pessoas em Susã (inclusive os dez filhos de Hamã), e 75 mil nas províncias (6,10,15,16) 18. Em uma vingança extensiva à família de Hamã, os cadáveres dos seus dez filhos mortos no dia anterior, foram pendurados em forcas no segundo dia. (13,14).

A crueldade de tal matança, se julgada pelos padrões cristãos, é indefensável, espe-cialmente pelo pedido de Ester para que os judeus em Susã fizessem a matança de seus inimigos (12-15). Mas há três considerações que pelo menos ajudam a explicar a ação dos judeus e da rainha nesta trágica ocasião.

  1. Este foi claramente um caso de autodefesa. Os judeus foram postos em uma posição de ter que lutar pela própria vida e pela de seus familiares. Sob tais circunstân-cias, a maioria dos cristãos concorda que o sangue deve ser derramado, se necessário, para salvar nossa nação e a vida dos nossos amados. Deve-se notar neste acontecimento que os judeus não puseram as mãos sobre o espólio de seus inimigos (10,15,16), apesar do decreto ter-lhes dado tal direito (8.11). Devido a esta moderação eles mostraram que buscavam apenas salvar suas vidas, e não roubar seus inimigos.
  2. Os judeus, no período do Antigo Testamento, não tinham o esclarecimento que possuímos hoje sobre as questões morais. Devemos julgá-los sob a visão de sua época. O problema aqui não é muito diferente do que encontramos nos livros de Juízes e I Samuel, onde há muitos exemplos de aparente crueldade da parte dos judeus enquanto lutavam para se estabelecer na Terra Prometida (cf. 1 Sm 15,33) '.

(3) Parece que, sob um ponto de vista religioso, a redenção do mundo estava em perigo. Se os judeus, a raça escolhida através da qual viria o Messias, fossem aniquila-dos como estava planejado, Cristo não teria nascido, não haveria salvação, e nós ainda estaríamos sob nossos pecados. Quer os atos de violência relatados nestes versículos tenham sido ou não justificáveis, Deus os usou para o bem da humanidade. Através deles, Ele fez surgir o bem em prol da salvação do mundo, visto que Ele sempre transfor-ma o mal nas nossas vidas em bênçãos (Rm 5:20; Tg 1:2-4).

Há ainda uma quarta consideração que alguns comentaristas sugeriram: que os inimigos dos judeus receberam uma justa retribuição por seus atos de crueldade e vio-lência dirigida contra o povo escolhido de Deus. O professor George Knight, ao comentar estes versículos, disse o seguinte:

"A principal ênfase deste capítulo não é a vingança exigida pelos judeus, mas o ato anulado pela providência divina. O fruto da legislação Lex Talionis de Israel reside na crença: "Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor" (cf. Dt 32:35-41,43; Rm 12:19; etc). Assim, os judeus esperavam constantemente a mani-festação desta verdade. Tal doutrina pode ser encontrada por exemplo no Salmo 7:15 — "Cavou um poço, e o fez fundo, e caiu na cova que fez"".

  1. A Instituição da Festa do Purim (Et 9:17-32)

Em todos os lugares, nas províncias, a luta durou apenas 24 horas, o dia treze. Os judeus se ajuntaram (18), ou prepararam as tropas, em Susã nos dias 13 e 14. Para comemorar o repouso que eles desfrutaram depois de se livrarem de seus inimigos, bem como a vitória que alcançaram, Mardoqueu enviou outro decreto no qual estabelecia os dias 14 e 15 do mês de Adar como uma ocasião anual de banquetes e de alegria, e de mandarem presentes uns aos outros e dádivas aos pobres (22). Por isso, àque-les dias chamam Purim, do nome Pur (26; "sortes"; cf 3.7). Confirmaram os ju-deus e tomaram sobre si, e sobre a sua semente... que não se deixaria de guar-dar esses dois dias... e que a memória deles nunca teria fim entre os de sua semente...como Mardoqueu, o judeu, e a rainha Ester lhes tinham estabeleci-do (27,28,31) 21. A frase, Acerca do jejum e do seu clamor (31) significa "tempos de jejum e lamento" (Berk.).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Ester Capítulo 9 do versículo 1 até o 32
*

9:1

sucedeu o contrário. O tema de uma irônica reversão é novamente salientado. Ver Introdução: Características e Temas.

* 9:2

o terror que inspiravam. O temor do Deus dos judeus estava por detrás do terror generalizado dos persas diante dos judeus (conforme Êx 15:14-16). A reversão (v.1, nota) foi tão completa que todos os oficiais que teriam dado o seu apoio ao extermínio dos judeus os ajudaram.

* 9:5

fizeram... o que bem quiseram. É enfatizada a extensão da matança (vs. 6-11), mas também é destacado o fato que os judeus não saquearam os gentios (v.10). A recusa dos judeus em saquear faz-nos lembrar que os amalequitas saquearam os judeus, o que levou à morte de Saul (1Sm 15:17-19). Esse contraste (conforme 8,11) sugere a propriedade da conduta dos judeus nesse embate com os amalequitas, a despeito da extensão da matança.

* 9.12-15 O pedido de vingança maior ainda, por parte de Ester (v.13), que pode ter sido devido ao alto grau de anti-semitismo naquela cidade, levou a um segundo dia de derramamento de sangue em Susã (v.15). Notavelmente, a ênfase da narrativa é sobre a matança dos inimigos, e não apenas sobre a vitória lograda. Os dois dias de matança têm levado a diferenças entre os judeus sobre em qual dia se deve observar a festa de Purim (vs. 17-19).

* 9:14

dependuraram... dez filhos de Hamã. Os cadáveres dos filhos mortos de Hamã (v. 12) foram exibidos como uma advertência e como um sinal de desonra final (2.23, nota).

* 9:16-17 A execução de outros setenta e cinco mil inimigos enfatizou a extensão do antagonismo contra os judeus por todo o império persa, o que, por sua vez, explica as celebrações que se seguiram.

*

9:16

tiveram sossego dos seus inimigos. O descanso concedido aos judeus, nessa ocasião, tornou-se a base da celebração anual da festa de Purim (ver também o v.22).

* 9:19

e de mandarem porções dos banquetes uns aos outros. A troca de presentes, usualmente sob a forma de alimentos (v.22), capacitou até aos judeus mais pobres unirem-se às celebrações (Ne 8:10,12; Dt 16:11,14), e serviu de exemplo adicional dos cuidados providenciais pelos oprimidos, neste caso dentro da própria comunidade judaica.

* 9.20-32 Esses versículos esclarecem que o propósito do livro de Ester é o de estabelecer a festa de Purim como uma festividade a ser celebrada por cada nova geração de judeus, dando instruções acerca de sua observância.

* 9:20

Mordecai escreveu estas coisas. Ele enviou as cartas de instrução acerca da festa.

* 9:24-25 Este breve sumário dos eventos dos capítulos anteriores enfoca não Ester e Mordecai, mas o rei e Hamã, e apresenta Hamã como o adversário arquétipo de todos os judeus, passados e presentes (3.10; 8.1; 9.10).

*

9.29-32 Ester e Mordecai enviaram uma carta final oficial acerca do Purim que colocava a Festa dentro do arcabouço das práticas israelitas mais estabelecidas do jejum e da lamentação (v.31). Dessa maneira, a Festa de Purim tornou-se uma celebração religiosa oficial dos judeus, uma tarefa que o autor do livro de Ester parecia considerar importante, por causa da origem não-mosaica da festividade.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Ester Capítulo 9 do versículo 1 até o 32
9.5-16 Amam tinha decretado que nos dia 13 do mês 12 qualquer pessoa podia matar aos judeus e tomar suas propriedades. O decreto do Mardoqueo não anulava o de Amam já que não podia ser apelada nenhuma lei assinada pelo rei. Em troca, Mardoqueo fez que o rei assinasse uma nova lei dando aos judeus o direito de defender-se. Quando chegou o dia temido, houve uma grande luta, entretanto, os judeus mataram só a aqueles que quiseram matá-los, e não tomaram as posses de seus inimigos mesmo que podiam (8.11; 9.10, 16). Não se registraram distúrbios adicionais depois dos dois dias de matança, por isso foi óbvio que o egoísmo e a vingança não foram os motivos principais dos judeus. Simplesmente queriam defender-se eles e a suas famílias de quem os odiava.

9:12 O rei parece estar mais preocupado pelos desejos do Ester que pela massacre de seus súditos.

9.19-22 As pessoas tendem a ter má memória quando se trata da fidelidade de Deus. Para ajudar a combater isto, Mardoqueo escreveu estes fatos e respirou ao povo à celebração de uma festa anual que comemorasse o histórico dia do Purim. As festas, alegria e entrega de obséquios são formas importantes para recordar os fatos específicos de Deus. Na atualidade celebramos a comemoração de grandes acontecimentos como o nascimento e a ressurreição do Jesucristo. Não permita que a celebração ou o intercâmbio de presentes ocultem o significado destes grandes acontecimentos.

9.29-31 Entre os judeus, esperava-se que as mulheres estivessem caladas, servissem em casa e permanecessem à margem da vida religiosa e política. Entretanto, Ester foi um feijão que rompeu com as normas culturais, indo mais à frente do papel que se esperava dela ao arriscar sua vida e ajudar ao povo de Deus. Qualquer que seja seu lugar na vida, Deus pode usá-lo. Esteja aberto, disponível e preparado, porque Deus pode utilizá-lo para fazer o que outros inclusive até têm medo de


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Ester Capítulo 9 do versículo 1 até o 32
C. Os judeus destruir seus inimigos (9: 1-16)

1 Ora, no duodécimo mês, que é o mês de adar, no dia treze do mesmo, quando a ordem do rei e seu decreto estavam para se executar, no dia em que os inimigos dos judeus esperavam para ter domínio sobre -los (ao passo que foi transformado em contrário, que os judeus tinham domínio sobre os que os odiavam), 2 os judeus se congregaram em suas cidades, em todas as províncias do rei Assuero, para pôr as mãos naqueles que procuravam o seu mal; e ninguém podia resistir-lhes; para o medo deles estava caído com todos os Pv 3:1 E todos os príncipes das províncias, e os sátrapas, os governadores e os que executavam os negócios do rei auxiliavam os judeus; . porque o medo de Mardoqueu havia caído sobre Ec 4:1 Para Mardoqueu era grande na casa do rei, e sua fama se espalhava por todas as províncias; para o homem Mardoqueu encerado cada vez maior. 5 E os judeus feriram todos os seus inimigos a golpes de espada, e com o abate e destruição, e fez o que faria-lhes que os odiavam. 6 E em Susã, a capital, os judeus mataram e destruíram quinhentos homens. 7 E Parshandatha e Dalphon, Aspata, 8 e Porata e Adalia, e Aridatha, 9 e Parmashta e Arisai, e Aridai e Vaizatha, 10 os dez filhos de Hamã, filho de Hamedata, o inimigo dos judeus, mataram eles;porém ao despojo não estenderam a mão.

11 Naquele dia, o número daqueles que foram mortos em Susã, a capital foi levado perante o Ap 12:1 E disse o rei à rainha Ester, os judeus mataram e destruíram quinhentos homens em Susã, a capital, e os dez filhos de Haman; que não teriam feito nas demais províncias do rei! Agora, qual é a tua petição? e te será concedido: ou o que é ainda o teu pedido? e assim será feito. 13 Então, disse Ester: Se parecer bem ao rei, que seja concedido aos judeus que estão em Susã que façam ainda amanhã conforme o decreto de dia, e deixar dez filhos de Hamã sejam pendurados na forca . 14 E o rei ordenou-lo para ser feito, e um decreto foi dado em Susã; e eles enforcado dez filhos de Hamã. 15 E os judeus que estavam em Susã reuniram-se no décimo quarto dia também do mês de Adar, e mataram trezentos homens em Susã; porém ao despojo não estenderam a Mc 16:1 E os outros judeus que estavam nas províncias do rei se reuniram, e ficou por suas vidas, e tiveram repouso dos seus inimigos, matando dos que os odiavam setenta e cinco mil; porém ao despojo não estenderam a mão.

No dia treze do mês de Adar, os judeus segurou a vantagem e causou vingança sobre seus inimigos (v. Et 9:5 ). Incluem-se entre as que foram destruídas naquele dia foram os dez filhos de Hamã (v. Et 9:14 ).

V. a festa de Purim (Et 9:17)

17 Isto foi feito no dia treze do mês de Adar; e no décimo quarto dia do mesmo descansaram, e fez dele um dia de festa e de alegria. 18 Mas os judeus que estavam em Susã se ajuntaram no dia treze dias derivados, assim como a catorze; e no décimo quinto dia do mesmo descansaram, e fez dele um dia de festa e de alegria. 19 Portanto os judeus das aldeias, que habitam nas cidades não muradas, fazem do dia catorze do mês de Adar dia de alegria e festa, e um bom dia, e de mandarem presentes uns aos outros.

20 E Mordecai escreveu estas coisas, e enviou cartas a todos os judeus que se achavam em todas as províncias do rei Assuero, aos de perto e de longe, 21 para ordenar-lhes que guardassem o dia catorze do mês de Adar, e décimo quinto dia da mesma, anualmente, 22 como os dias em que os judeus tiveram repouso dos seus inimigos, eo mês que se lhes mudou a tristeza em alegria, eo pranto em um bom dia; . que os fizessem dias de banquetes e de alegria, e de mandarem presentes uns aos outros, e presentes para os pobres 23 E os judeus se comprometeram a fazer como já tinham começado, e como Mardoqueu lhes tinha escrito; 24 porque Hamã, filho de Hamedata, o agagita, o inimigo de todos os judeus, tinha intentado contra os judeus para destruí-los, e tinha lançado Pur, isto é, a sorte, para consumi-los e destruí-los; 25 mas, quando o assunto veio antes do rei, ordenou ele por cartas que o mau intento que tinha projetado contra os judeus recaísse sobre a sua cabeça, e que ele e seus filhos fossem pendurados na forca.

26 Por isso aqueles dias se chamaram Purim, segundo o nome Pur. Por isso por causa de todas as palavras daquela carta, e do que tinham testemunhado nesse sentido, e que tinha chegado até eles, 27 os judeus ordenado, e tomaram sobre si e sobre a sua descendência, e por todos os que se juntou -se com eles, de modo que não deve falhar, que eles iriam guardar estes dois dias de acordo com a sua escrita, e de acordo com o tempo determinado do mesmo, todos os anos; 28 e que esses dias fossem lembrados e guardados por toda geração, família, província e cidade; e que esses dias de Purim não fossem revogados entre os judeus, nem a memória deles perecem de sua semente.

29 Então a rainha Ester, filha de Abiail, e Mardoqueu, o judeu, escreveu com toda a autoridade para confirmar esta segunda carta de Purim. 30 E ele enviou cartas a todos os judeus, às cento e vinte e sete províncias do reino de Assuero , com palavras de paz e verdade, 31 para confirmar esses dias de Purim nos seus tempos determinados, como o judeu Mardoqueu ea rainha Ester lhes tinham ordenado, e como haviam obrigado por si e pela sua descendência, na questão da . jejuns e suas lamentações 32 eo mandamento de Ester confirmou estas questões de Purim; e foi escrito no livro.

O décimo terceiro dia de Adar era para ter sido um dia de desgraça para os judeus; em vez disso, ele foi transformado em um dia de vitória de retaliação. Apesar de ter sido um dia de vitória, ele continuou a ser observado como um dia de jejum em comemoração do jejum de Ester (4: 15-17 ). Os dias XIV e XV de Adar são observados com festa e distribuição de presentes em comemoração da libertação dos esforços de Hamã para destruir os judeus.

Por isso aqueles dias se chamaram Purim, segundo o nome Pur (v. Et 9:26 ). Purim é o plural hebraico para Pur , que significa "muito", da fundição de Hamã de lotes (conforme Et 3:7 , Et 9:30 ). Este costume continuou até este dia.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Ester Capítulo 9 do versículo 1 até o 32
Um banquete de rememoração (8—10)

A paz reinou no palácio depois de Hamã sair do caminho. Mordecai recebeu a autoridade que, um dia, pertencera a Hamã, e agora todos sabiam que Ester era judia. No en-tanto, ainda havia um problema: o rei não podia cancelar seu decreto, e, em nove meses, os judeus seriam roubados e mortos (compare 8:8 com 3:13). Com certeza, vemos a providência de Deus no sorteio da data (3:7), pois isso deixou tempo para que o rei enviasse um novo decreto a todo o império. Mais uma vez, Ester implorou para que o rei agisse em prol da salvação de seu povo. O rei virou-se para Mordecai e deu-lhe autoridade para agir em seu nome. O novo decreto permi-tia que os judeus se defendessem e destruíssem qualquer pessoa no reino que fosse inimiga dos judeus. O rei não cancelou a lei anterior; apenas fez uma nova lei que su-plantava a anterior. Isso é uma ver-dade na vida cristã: "a lei do Espí-rito da vida, em Cristo Jesus" (Rm 8:1-45) suplantou a lei de pecado e morte.

Os versículos 10:14 são uma bela imagem da propagação do evangelho. Essa mensagem era uma questão de vida ou morte! Os escri- bas apressaram-se e escreveram a mensagem, e os ginetes correram a entregá-la em todos os cantos do reino. Se hoje os cristãos tivessem metade desse ímpeto para propa-gar a mensagem do evangelho, mais almas seriam salvas da morte eterna. VejaPv 24:11-20. Observe que muitas pessoas dife-rentes foram usadas para espalhar a boa-nova, exatamente como hoje, em que Deus usa muitos trabalha-dores. A mensagem trouxe alegria e libertação para os judeus quan-do eles a escutaram e creram nela. Eles sabiam que os persas não ou-sariam lutar com eles e incorrer na ira do rei. Na verdade, muitos per-sas disseram que eram judeus para escapar da punição!

Quando chegou o 12a mês (cap. 9), o judeus estavam prontos para a vitória; eles tinham o decreto do rei a favor deles. Foram mortos cente-nas de inimigos dos judeus, mesmo os dez filhos de Hamã (9:6-10). A Bíblia hebraica apresenta uma lista com os nomes dos filhos de Hamã dispostos em uma longa coluna que parece uma forca! Nenhum ju-deu pegou qualquer espólio (v. 10), embora o decreto permitisse (8:11). Com certeza, os inimigos deles pe-gariam as riquezas dos judeus como o rei ordenara (3:13), mas o povo de Deus tem de provar que é melhor que o inimigo. O versículo 16 afir-ma que foram mortos 75 mil inimi-gos dos judeus. Nu 14:0.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Ester Capítulo 9 do versículo 1 até o 32
9.2 O terror. Os judeus agora gozavam do favor da corte, e Mordecai tinha grande influência, junto a potentado Xerxes I.

9.3 Príncipes. Até as mais elevadas autoridades estavam dispostas a prestar apoio ao judeus, sabendo da atitude do rei a propósito do assunto.

9:7-9 Estes nomes são todos persas, menos Adalia; na Bíblia hebraica, cada um desses nomes é escrito em uma linha diferente, uns sobre os outros, formando uma. coluna em vertical.
9.10 No despojo. Não quiseram que houvesse qualquer semelhança entre a ganância de Hamã e do rei, e a justa retribuição defensiva levada a efeito pelos judeus Veja-se como o despojo foi visado na barganha entre Hamã e o rei (3:9-11, 13 7:4 e notas).

9.11 O número de mortos. Desde os primórdios, estas contagens eram feitas nas freqüentes guerras que, houveram na área da Mesopotâmia, de onde surgiram os primeiros impérios. O rei, havendo já sacrificado, a vida de um milhão de soldados, na guerra contra a Grécia, pouco se perturbou, e ainda se prontificou a completar até o que não constava no pedido de Ester (12).

9.13 Dependurem em forca os cadáveres dos dez filhos de Hamã. Já tinham sido mortos, conforme vv. 6-10, mas esta exposição pública dos seus corpos era uma vindicação aberta do povo de Deus, uma prova inegável de que a Providência de Deus desvia os mais terríveis planos do Inimigo, empregando, às vezes, meios que pareçam ser naturais, acidentais, ou mera coincidência. A chave desta vitória final estava na confiança de Mordecai, de que Deus sempre teria um meio de socorrer ao Seu povo, mesmo quando o ser humano se recusasse a fazer sua parte (4.14), e na petição de Ester, para que os judeus fizessem uma grande reunião de oração a Deus, rogando Suas bênçãos sobre a que se via obrigada a desempenhar.

9.17 Depois de sua vitória sobre seus inimigos persas, os judeus fizeram uma festa, e descansaram; seria um dia de ações de graças a Deus pela maravilhosa libertação operada. Os judeus da capital tiveram dois dias de lutas (13 e 18), e então foi resolvido que, nos anos futuros, aquelas datas 14 e 15 de adar, seriam celebradas.

9.19 O povo do oriente, além de convidar os amigos às festas, mandavam porções àqueles que não podiam vir, e também deram oportunidade aos pobres de compartilharem de alguma coisa (conforme Dt 16:14).

9:20-32 Mordecai forneceu o relato da situação para os judeus em todas as partes do império, marcando uma comemoração religiosa anual, e, em seguida, emitiu ordens na forma de decreto real, para que fosse cumprida.
9.26 Purim. A festa de Purim, precedida por um jejum, ainda se observa na noite que inicia o dia 14 de adar (data que mudou anualmente em nosso calendário, já que não é o mesmo que se usava). Na manhã seguinte, se teria o livro de Ester inteiro, em grego ou em hebraico, ou na língua entendida pela congregação ouvinte. Atualmente, e a festa de caráter mais secular entre os judeus, sem, porém, deixar de ser relacionada à intervenção divina salvando ao Seu povo, e às ações de graças que se devem prestar a Deus. Cada festa religiosa israelita tem por base comemorar algum ato de Deus realizado no passado, que revelara Seu amor, ou algum ato de salvação prenunciado pelos Sacrifícios.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Ester Capítulo 9 do versículo 1 até o 32

2) Os judeus triunfam sobre os seus inimigos (9:1-15)
O dia 13 de adar, o dia que havia sido designado como da destruição deles, tornou-se o dia do seu triunfo sobre os seus inimigos. O povo os teme, e os governantes os ajudam. Eles matam os seus inimigos, incluindo os dez filhos de Hamã, mas não os saqueiam. Depois de receber um relato dos eventos do dia em Susã, Xerxes concede o pedido a Ester de mais um dia para a luta em Susã e do enforcamento público dos filhos de Hamã. Nos outros lugares, os judeus descansam e celebram no dia 14 de adar.
a)    Os judeus destroem os seus inimigos (9:1-10)
v. 1. mas aconteceu o contrário: o autor propositadamente evita a menção de Deus. v. 2. os que buscavam a sua destruição: a retaliação estava limitada àqueles que estavam de fato tentando matar os judeus, estavam com medo deles-, os judeus agora desfrutavam do favor da corte, e Mardoqueu tinha grande autoridade. Por isso, os oficiais do governo os apoiavam, v. 6. Na cidade de Susã está numa posição enfática. Parece que os quinhentos homens mencionados aqui foram mortos na acrópole, e não na cidade principal, v. 7-10. Os nomes dos filhos de Hamã parecem de origem persa. Enquanto estivessem vivos, os filhos de Hamã representariam um perigo constante para os judeus, v. 10. não se apossaram de seus bens: o autor repete esse comentário três vezes. Embora os bens dos inimigos resultantes do saque tivessem sido concedidos aos judeus, o autor evidentemente quer ressaltar que eles estavam lutando pela sobrevivência, e não por lucros materiais. Os judeus não eram os agressores, mas estavam se defendendo dos seus inimigos.

b)    Uma extensão em Susã (9:11-15)
v. 12. qual é o seu pedido?: evidentemente Xerxes percebe que Ester não está completamente satisfeita. Ele não parece preocupado com a morte dos seus súditos, v. 13. também amanhã: a razão de Ester ter pedido mais um dia para a matança em Susã não está clara. Talvez haja a intenção de mostrar o contraste entre a acrópole de Susã, em que houve luta no primeiro dia, e a cidade principal, em que houve luta no segundo dia. Possivelmente os seus inimigos haviam sido bastante resistentes na acrópole, e só no segundo dia os judeus conseguiram derrotar os seus inimigos na cidade principal. A intenção era a exposição pública dos filhos de Hamã como advertência e intimidação aos seus inimigos.


3) A festa do Purim é instituída
Depois do resumo dos eventos dos dias 13 e 14 de adar, são descritos os passos dados por Mardoqueu e Ester para estabelecer o Purim.
a)    Um resumo dos eventos dos dias décimo terceiro e décimo quarto de adar (9:16-19)
v. 16. setenta e cinco mil parece um número bastante alto e pode sugerir que o anti-semitismo era muito forte no século V a.C. Talvez o decreto de Hamã tivesse incendiado a hostilidade contra os judeus. Muitos dos inimigos dos judeus provavelmente tiveram a esperança de destruí-los e saqueá-los, mas foram completamente derrotados, não se apossaram dos seus bens: mais uma vez, destaca-se o fato de os judeus se negarem a saquear os seus inimigos, v. 19. vilas e povoados-, implica a diferença entre os que moravam em cidades muradas e os outros, enquanto os dois versículos anteriores fizeram a diferença entre os que moravam em Susã e os outros, a não ser que todos os que viviam fora da capital estivessem incluídos entre os “aldeões”, presentes-, a troca de iguarias e presentes tornou-se uma das características principais do Purim.

b)    Mardoqueu ordena a celebração do Purim (9:20-28)
v. 20. Mardoqueu registrou esses acontecimentos-, isso pode estar se referindo à história toda ou mais provavelmente apenas aos eventos mais recentes que eram a razão dos dois dias de celebração, v. 27. todos os que se tomassem judeus-, i.e., todos os futuros convertidos ao judaísmo, não deixariam de comemorar. há uma forte ênfase para que judeus em todos os lugares comemorem esses dias. Isso parece sugerir que havia considerável relutância por parte de alguns de celebrar o Purim.

c) Ester também ordena a celebração dessa festa (9:29-32)
v. 29. a rainha Ester, obviamente a carta de Mardoqueu ordenando a celebração do Purim não foi totalmente bem-sucedida, de modo que Ester também escreveu uma carta para estimular a sua observância, uma segunda carta-, isso provavelmente se refere à carta da rainha Ester em que ela confirma a primeira carta de Mardoqueu. v. 30. desejando-lhes paz e segurança-. Ester escreve na tentativa de persuadir e não de ordenar ou coagir o seu povo a celebrar o Purim. v. 31. tempos de jejum e lamentação-. tornou-se costume fazer um jejum no dia 13 de adar antes dos dois dias de festa, v. 32. nos registros-, “escrito num livro” confirma a possibilidade de que o autor de Ester tenha se baseado em registros escritos para escrever o seu relato.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Ester Capítulo 9 do versículo 11 até o 16

11-16. Nas mais províncias do rei que terão eles feito? (v, 12). Ao que parece o rei se regozijou com a notícia de que os judeus tinham alcançado tão estupenda vitória em Susã, e ele esperava notícias de vitórias ainda maiores das províncias. Conceda-se aos judeus que se acham em Susã que também façam amanhã segundo o edito de hoje (v. Et 9:13). Ao que parece, Ester sabia de alguma conspiração persa para atacar os judeus no dia seguinte também, e por isso pediu permissão para os judeus se defenderem novamente. O rei atendeu ao seu pedido e assinou novo decreto permitindo aos judeus a matarem seus inimigos em Susã no dia quatorze de Adar também, pois o decreto de Mordecai especificara apenas um dia para os judeus se defenderem dessa maneira (Et 8:13). Este decreto adicional foi obedecido (v.Et 9:15) e mais trezentos persas foram mortos em Susã. Assim, o decreto de Et 9:14 não se refere especialmente ao empalhamento dos corpos sem vida dos filhos de Hamã (14b; cons. Dt 21:22, Dt 21:23). Enquanto isto, os judeus nas províncias mataram setenta e cinco mil dos seus inimigos no dia treze de Adar.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Ester Capítulo 9 do versículo 1 até o 16
b) Os judeus destroem os seus inimigos (Et 9:1-16)

Sucedeu o contrário... (1). É dada aqui outra oportunidade de proclamar a intervenção de Deus e, no entanto, o autor, em vez de o fazer, adota uma forma indireta e impessoal. O seu terror (2). Os judeus gozavam agora de favor na corte e o que inspirava este terror era provavelmente o medo do rei. Além disso, Mardoqueu havia-se transformado numa força com que era necessário contar.

>Et 9:3

Todos os maiorais (3). O segundo édito havia virtualmente ultrapassado o primeiro e demonstrado claramente que o rei favorecia os judeus; daí a prontidão do apoio destes funcionários. Os nomes indicados nos versículos 7:9 são todos persas, com a exceção duvidosa de Adalia. Vêm eles escritos numa coluna perpendicular na Bíblia hebraica para mostrar qual, segundo os rabis, era a sua posição enquanto pendurados na forca de cinqüenta côvados. Ao despojo (10). Não se aproveitaram da autorização de se apossarem dos bens dos seus inimigos, embora, por outro lado, pareçam ter excedido os limites marcados pelo decreto real (ver Et 8:11), vingando-se dos adversários.

>Et 9:12

Que fariam? (12), isto é, se só no palácio mataram quinhentos homens, quão grande não devia ter sido a carnificina em todo o império! O homem que fala tão levianamente acerca da carnificina dos seus súditos é o mesmo que alguns anos antes perdera um milhão de guerreiros na Grécia. Conceda-se também amanhã aos judeus... que façam conforme ao mandado de hoje (13). O Targum acrescenta: "celebrando feriado", mas é difícil aceitar qualquer interpretação que não seja a de Ester ter pedido mais um dia de carnificina. Setenta e cinco mil (16): o Targum e a Septuaginta dizem quinze mil. Segundo a recensão de Luciano de Nicomédia, o número foi de 10.107.


Dicionário

Assim

advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.

Dez

numeral O número cardinal que está acima do nove (10); a quantidade que representa a somatória dos dedos das mãos ou dos pés.
Representado pelo número 10: sapato de número dez.
Diz-se do elemento dez, numa lista, numa série: camisa dez.
Que corresponde a essa quantidade; diz-se da medida que pode ser contada: gastou dez dias para chegar na cidade.
substantivo masculino e feminino A designação desse número: o dez estava incompreensível no texto.
Etimologia (origem da palavra dez). Do latim decem.

Dissê

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Edito

substantivo masculino Decreto ou lei; qualquer regra, norma ou preceito legal.
Não confundir com: édito.
Etimologia (origem da palavra edito). Do latim edictum.i.
substantivo deverbal Ação de editar, de selecionar e coordenar os materiais filmados para o desenvolvimento de um filme ou programa.
Ação de publicar algo através de impressão.
Etimologia (origem da palavra edito). Forma Der. de editar.

Decreto; ordem

Edito DECRETO 1, (At 1:19).

Enforcar

verbo transitivo Pendurar (alguém) com uma corda, ou coisa similar, amarrada ao pescoço e presa a um galho de árvore, a uma trave etc.
Estrangular.
Supliciar na forca.
Figurado Deixar de comparecer às aulas, ao trabalho, em dia útil que caia entre dois feriados ou entre um feriado e um domingo.

o ato de pendurar no madeiro era, na primitiva história dos judeus, mais um sinal de opróbrio (Dt 21:22) do que castigo – e, geralmente, se infligia aos corpos já mortos. Todavia, mais tarde, tornou-se esse ato uma forma de pena capital, embora não fosse tão geral como a estrangulação, qualquer coisa à maneira do garrote na Espanha. Que os suicidas faziam uso dessa maneira de pôr fim à vida, claramente se vê na morte de Aitofel (2 Sm 17,23) e na de Judas (Mt 27:5). Em vários lugares onde se faz menção de ser alguém enforcado, significa isso alguma forma de empalação ou crucifixão (Js 8:29 – 2 Sm 4.12). (*veja Pena de morte.)

Então

advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

Filhós

substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

Hamã

Hamã [Celebrado ?]

Primeiro-ministro de ASSUERO 2, e feroz inimigo dos judeus (At 3:1—7.10).


Filho de Hamedata, tinha um alto cargo político no reinado de Assuero (Xerxes), na Pérsia (Et 3:7). Quando Mordecai recusou-se a ajoelhar-se, em sinal de respeito a Hamã, este ficou extremamente irado e tramou a morte dele e a de seu povo. Persuadiu o rei a assinar um decreto que ordenasse a total destruição dos judeus, acusados de não obedecerem às leis do império medo-persa. Mordecai soube do complô e pediu ajuda à rainha Ester, sua prima. Ela, no entanto, nunca confessara ser da descendência judaica e sabia que tal comunicação talvez significasse sua morte. Mesmo assim, decidiu ajudar o povo de Deus. A rainha convidou o rei Assuero e Hamã para um banquete, o qual este supôs que seria em sua honra. Pelo contrário, Ester denunciou o complô dele contra seu povo e pediu ao rei que poupasse os judeus do extermínio. Furioso, Assuero levantou-se da mesa e foi para o jardim, enquanto Hamã lançava-se aos pés de Ester e implorava misericórdia. O rei voltou e pensou que ele desejasse molestar sua esposa; ordenou então que Hamã fosse morto imediatamente, numa forca que preparara para Mordecai (Et 7). O rei então atendeu ao pedido de Ester e assinou um decreto paralelo, pelo qual os judeus recebiam autorização para se defenderem (Et 9). Eles sobreviveram e agradeceram por aquele dia e pela vitória sobre Hamã numa festa chamada Purim. A esposa de Hamã chamava-se Zeres e seus filhos mais tarde foram todos mortos pelos judeus. S.C.


Hamã, filho de Hamedata, o agagita (Et 3:1), era o vizir do rei Assuero. Ele intentou a destruição de todos os judeus do império da Pérsia, para se vingar de uma desconsideração que lhe tinha feito Mordecai, um judeu, tio da rainha Ester. Mordecai instou com a rainha para que intercedesse junto de Assuero pelo livramento dos israelitas. Mas tudo o que o rei podia fazer, visto como o decreto já tinha sido assinado, era pendurar Hamã naquela mesma forca que tinha sido preparada para Mordecai e publicar outro decreto, permitindo aos judeus que se defendessem a si próprios. os judeus modernos têm por costume dar o nome de Hamã a qualquer inimigo comum. Quando pela festa do Purim é mencionado o nome de Hamã nas sinagogas da Rússia, há pateada e fazem barulho com argolas, já preparadas para esse fim. (*veja Ester, Pur, Purim.)

Publicar

verbo transitivo Levar ao conhecimento do público: publicar uma lei.
Divulgar, propagar: publicar uma notícia.
Dar à luz da publicidade, pôr à venda um livro: publicar um romance.

publicar
v. tr. dir. 1. Tornar público e notório. 2. Imprimir para a venda; editar.

Rei

substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
Gramática Feminino: rainha.
Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
Gramática Feminino: rainha.
Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).

Rei
1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


3) Rei do Egito,
v. FARAÓ.


Reí

(Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.


Susã

adjetivo Feminino de susão.

Susã Cidade da Babilônia, que se tornou a capital do Império Persa (Et 3:15); (Dn 8:2).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Ester 9: 14 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Então disse o rei que assim se fizesse; e, em Susã, publicou-se uma palavra- decretada; e eles penduraram os dez filhos de Hamã ①.
Ester 9: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

472 a.C.
H1121
bên
בֵּן
crianças
(children)
Substantivo
H1881
dâth
דָּת
decreto, lei, edito, regulamentação, uso
(commissions)
Substantivo
H2001
Hâmân
הָמָן
ministro chefe de Assuero, inimigo de Mordecai e dos judeus, que tramou matar os
(Haman)
Substantivo
H3651
kên
כֵּן
tão / assim
(so)
Adjetivo
H4428
melek
מֶלֶךְ
rei
(king)
Substantivo
H5414
nâthan
נָתַן
E definir
(And set)
Verbo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H6213
ʻâsâh
עָשָׂה
E feito
(And made)
Verbo
H6235
ʻeser
עֶשֶׂר
dez
(ten)
Substantivo
H7800
Shûwshan
שׁוּשַׁן
()
H8518
tâlâh
תָּלָה
pendurar
(and shall hang)
Verbo
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


בֵּן


(H1121)
bên (bane)

01121 בן ben

procedente de 1129; DITAT - 254; n m

  1. filho, neto, criança, membro de um grupo
    1. filho, menino
    2. neto
    3. crianças (pl. - masculino e feminino)
    4. mocidade, jovens (pl.)
    5. novo (referindo-se a animais)
    6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
    7. povo (de uma nação) (pl.)
    8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
    9. um membro de uma associação, ordem, classe

דָּת


(H1881)
dâth (dawth)

01881 דת dath

de derivação incerta (talvez estrangeira); DITAT - 458; n f

  1. decreto, lei, edito, regulamentação, uso
    1. decreto, edito, comissão
    2. lei, regra

הָמָן


(H2001)
Hâmân (haw-mawn')

02001 המם Haman

de derivação estrangeira; n pr m

Hamã = “magnífico”

  1. ministro chefe de Assuero, inimigo de Mordecai e dos judeus, que tramou matar os judeus mas, sendo impedido por Ester, foi enforcado com sua família, na forca que tinha preparado para Mordecai

כֵּן


(H3651)
kên (kane)

03651 כן ken

procedente de 3559; DITAT - 964a,964b adv

  1. assim, portanto, estão
    1. assim, então
    2. assim
    3. portanto
    4. assim...como (em conjunto com outro adv)
    5. então
    6. visto que (em expressão)
    7. (com prep)
      1. portanto, assim sendo (específico)
      2. até este ponto
      3. portanto, com base nisto (geral)
      4. depois
      5. neste caso adj
  2. reto, justo, honesto, verdadeiro, real
    1. reto, justo, honesto
    2. correto
    3. verdadeiro, autêntico
    4. verdade!, certo!, correto! (em confirmação)

מֶלֶךְ


(H4428)
melek (meh'-lek)

04428 מלך melek

procedente de 4427, grego 3197 Μελχι; DITAT - 1199a; n m

  1. rei

נָתַן


(H5414)
nâthan (naw-than')

05414 נתן nathan

uma raiz primitiva; DITAT - 1443; v

  1. dar, pôr, estabelecer
    1. (Qal)
      1. dar, conceder, garantir, permitir, atribuir, empregar, devotar, consagrar, dedicar, pagar salários, vender, negociar, emprestar, comprometer, confiar, presentear, entregar, produzir, dar frutos, ocasionar, prover, retribuir a, relatar, mencionar, afirmar, esticar, estender
      2. colocar, estabelecer, fixar, impor, estabelecer, designar, indicar
      3. fazer, constituir
    2. (Nifal)
      1. ser dado, ser concedido, ser providenciado, ser confiado a, ser garantido a, ser permitido, ser emitido, ser publicado, ser afirmado, ser designado
      2. ser estabelecido, ser posto, ser feito, ser imposto
    3. (Hofal)
      1. ser dado, ser concedido, ser abandonado, ser entregue
      2. ser colocado sobre

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

עָשָׂה


(H6213)
ʻâsâh (aw-saw')

06213 עשה ̀asah

uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

  1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
    1. (Qal)
      1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
        1. fazer
        2. trabalhar
        3. lidar (com)
        4. agir, executar, efetuar
      2. fazer
        1. fazer
        2. produzir
        3. preparar
        4. fazer (uma oferta)
        5. atender a, pôr em ordem
        6. observar, celebrar
        7. adquirir (propriedade)
        8. determinar, ordenar, instituir
        9. efetuar
        10. usar
        11. gastar, passar
    2. (Nifal)
      1. ser feito
      2. ser fabricado
      3. ser produzido
      4. ser oferecido
      5. ser observado
      6. ser usado
    3. (Pual) ser feito
  2. (Piel) pressionar, espremer

עֶשֶׂר


(H6235)
ʻeser (eh'ser)

06235 עשר ̀eser forma masc. do termo עשׁרה ̀asarah

procedente de 6237; DITAT - 1711a; n. m./f.

  1. dez
    1. dez
    2. com outros números

שׁוּשַׁן


(H7800)
Shûwshan (shoo-shan')

07800 שושן Shuwshan

o mesmo que 7799; n. pr. l.

Susã = “lírio”

  1. a residência de inverno do reis persas; situada às margens do rio Ulai ou Choaspes

תָּלָה


(H8518)
tâlâh (taw-law')

08518 תלה talah

uma raiz primitiva; DITAT - 2512; v.

  1. pendurar
    1. (Qal)
      1. pendurar
        1. pendurar (um objeto qualquer)
        2. matar por enforcamento
    2. (Nifal) ser pendurado
    3. (Piel) pendurar, suspender (para exibição)

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo