Enciclopédia de Salmos 105:4-4

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

sl 105: 4

Versão Versículo
ARA Buscai o Senhor e o seu poder; buscai perpetuamente a sua presença.
ARC Buscai ao Senhor, e a sua força: buscai a sua face continuamente.
TB Buscai a Jeová e a sua fortaleza.
HSB דִּרְשׁ֣וּ יְהוָ֣ה וְעֻזּ֑וֹ בַּקְּשׁ֖וּ פָנָ֣יו תָּמִֽיד׃
BKJ Buscai ao SENHOR e a sua força; buscai a sua face continuamente.
LTT Buscai ao SENHOR e à Sua força; buscai a Sua face continuamente.
BJ2 Procurai a Iahweh e sua força, buscai sempre a sua face;
VULG Memento nostri, Domine, in beneplacito populi tui ; visita nos in salutari tuo :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Salmos 105:4

II Crônicas 6:41 Levanta-te, pois, agora, Senhor Deus, e entra para o teu repouso, tu e a arca da tua fortaleza; e os teus sacerdotes, ó Senhor Deus, sejam vestidos de salvação, e os teus santos se alegrem do bem.
Salmos 27:8 Quando tu disseste: Buscai o meu rosto, o meu coração te disse a ti: O teu rosto, Senhor, buscarei.
Salmos 78:61 e deu a sua força ao cativeiro, e a sua glória, à mão do inimigo,
Salmos 132:8 Levanta-te, Senhor, no teu repouso, tu e a arca da tua força.
Amós 5:4 Porque assim diz o Senhor à casa de Israel: Buscai-me e vivei.
Sofonias 2:2 antes que saia o decreto, e o dia passe como a palha; antes que venha sobre vós a ira do Senhor; sim, antes que venha sobre vós o dia da ira do Senhor.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

sl 105:4
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 25
CARLOS TORRES PASTORINO
MT 3:13-17

13. Depois veio Jesus da Galileia ao Jordão ter com João, para ser mergulhado por ele.


14. Mas João objetava-lhe: "Eu é que preciso ser mergulhado por ti e tu vens a mim"?


15. Respondeu-lhe Jesus: "Deixa por agora; porque assim nos convém cumprir toda justiça". Então ele anuiu.


16. E Jesus tendo mergulhado, saiu logo da água; e eis que se abriram os céus e viu o espírito de Deus descer como pomba sobre ele,


17. e uma voz dos céus disse: "Este é meu filho amado, com quem estou satisfeito".


MC 1:9-11

9. Naqueles dias veio Jesus de Nazaré da Galileia, e foi mergulhado por João no Jordão.


10. Logo ao sair da água, viu os céus se abrirem e o espírito, como pomba, descer sobre ele.


11. E ouviu-se uma voz dos céus: "Tu és meu Filho amado, estou satisfeito contigo".


LC 3:21-22

21. Quando todo o povo havia sido mergulhado, tendo sido Jesus também mergulhado, e estando a orar, o céu abriu-se


22. e o espírito santo desceu como pomba sobre ele em forma corpórea, e veio uma voz do céu: "Tu és meu Filho amado, estou satisfeito contigo. "


Pela cronologia que estudamos, o Mergulho de Jesus deve ter ocorrido cerca de dois a três meses antes da Páscoa do ano 29 (782 de Roma), tendo Jesus perto de 35 anos (Santo Irineu, Patrologia Graeca, vol. 7, col. 783 e seguintes, diz que "no batismo" tinha Jesus 30 anos; no início de sua missão, 40 anos; e à sua morte, 50 anos; baseia-se em motivos místicos e em JO 8:57). A expressão de Lucas "cerca de 30 anos" apenas serve para justificar que Jesus já tinha a idade legal (30 anos) para começar sua" vida pública".


As igrejas orientais celebram, desde o 4. º século, a data do mergulho a 6 de janeiro, no mesmo dia em que comemoram a visita dos magos ou epifania (Duchesne, Origines du culte chrétien, 4. ª edição, páginas 263 e 264).


Pela tradição, parece que o ato foi celebrado na margem direita (ou ocidental) do Jordão, nas cercanias de Jericó.


Os "Pais" da igreja buscam "razões" para o mergulho ou "batismo" de Jesus: para dar exemplo ao povo; por humildade; para autorizar o mergulho de João, aprovando-o: para provocar o testemunho do Espírito, revelando-se ao Batista; para santificar as águas do Jordão com sua presença e com os fluídos que saíam de seu corpo; para confirmar a abolição do rito judaico do "batismo"; para aprovar o rito joanino, etc. João procurou evitar o mergulho de Jesus. O verbo diekóluen está no imperfeito de repetição: "esforçava-se por evitá-lo", com várias razões, dizendo: "eu é que devo ser mergulhado por ti".


João conhecia Jesus perfeitamente. Com efeito, sendo Isabel e Maria "parentas" (primas?), tendo Maria" se apressado a visitar Isabel" em sua gravidez, e com ela morando durante três meses, é evidente que as relações entre as duas famílias eram de intimidade, e Jesus e João se hão de ter encontrado várias vezes, embora, pela prolongada ausência de Jesus (dos 12 aos 35 anos) e pela estada de João no deserto, talvez se não tivessem visto nos, últimos anos.


A resposta de Jesus é incisiva: "deixa por enquanto". A necessidade, salientada por Jesus, de "cumprir toda justiça", tem o sentido de "realizar tudo o que está previsto com justeza", ou "fazer tudo direito como convém".


E João anuiu, realizando o mergulho de Jesus, com o que demonstrou também verdadeira humildade (não a falsa humildade, que se recusa a ajudar um superior, dando-se "como indigno" ...) : houve a tentativa de recusa sincera, mas logo a seguir, dadas as razões, houve anuência, sem afetação.


Agora chegamos aos fatos, que enumeramos para facilitar o comentário: 1) Jesus mergulha e sai imediatamente (eythys) da água. Aqui chamamos a atenção do leitor para o mergulho (batismo) que não era por aspersão nem por derramamento de água na cabeça, mas era realmente mergulho, tanto que Jesus "sai da água", onde havia mergulhado totalmente (com cabeça e tudo), costume que se manteve na igreja católica até, pelo menos, o século XI, notando-se que só era conferido a pessoas adultas, acima da idade da razão. Cirilo de Jerusalém (Catecismo, 20,2) ao discursar aos recém "batizados", diz: "à vossa entrada (no batistério) tirastes a túnica, imagem do homem velho que despistes. Assim desnudados, imitáveis a nudez de Cristo na Cruz... coisa admirável: estáveis nus diante de todos e não tínheis acanhamento: éreis a imagem de nosso primeiro pai, Adão". E na vida de. João Crisóstomo (Patrologia Graeca, vol. 47, col. 10) Paládio escreve: " Era Sábado-santo. A cerimônia do batismo ia começar e os catecúmenos nus esperavam o momento de descer na água. Foi quando irrompeu um bando de soldados que invadiu a igreja para expulsar os fiéis. Corre o sangue e as mulheres fogem nuas, pois lhes não permitiram apanhar suas roupas".


Lucas acrescenta: "estando Jesus a orar", coisa que esse evangelista de modo geral registra (cfr.


LC 5:16; LC 6:12; LC 9:18; LC 11:1; LC 22:24), talvez compreendendo o grande valor da prece e demonstrando que, em todas as ocasiões mais graves, Jesus elevava seu pensamento em prece.


Figura "O MERGULHO DE JESUS" - Desenho de Bida, gravura de L. Massad 2) os céus se abriram - céus ou ar atmosférico. Como se abriram? Daria ideia de que algo tivesse sido visto por trás da abertura. O que? Ou seria apenas uma luz mais forte que tivesse aparecido, dando a impressão de abertura? Marcos usa a expressão "os céus se fenderam" ou "rasgaram" (mesmo termo que se emprega para roupa ou rede que se rompe), verbo que também hoje se diz: "um raio rasgou os céus". Por aqui se vê que céu ou céus exprime a atmosfera, e não um lugar de delícias. 3) é visto o Espírito (Marcos e João), o Espírito de Deus (Mateus), o Espírito o Santo (Lucas). Mas de que forma foi percebido o Espírito? 4) "com a forma (Lucas: corporalmente) de uma pomba". Os quatro evangelistas empregam a conjunção comparativa "COMO". Nenhum deles diz que ERA uma pomba, mas que era COMO uma pomba. O advérbio "corporalmente" (somatikó) empregado por Lucas indica a razão de haver sido comparado o Espírito a uma pomba: era a aparência do corpo de uma pomba. Trata-se da shekinah, luz que desce em forma de V muito aberto: tanto assim que todas as figurações artísticas, desde os mais remotos tempos, apresentam uma pomba de frente, e de asas abertas, e jamais pousada e de asas fechadas. Os artistas possuem forte intuição. 5) descer sobre ele ("e permanecer", João). Todas essas ocorrências narradas (que numeramos de 2 a 5) são fenômenos físicos de vidência. A luz não estava parada, mas se movimentava, descendo sobre Jesus. Essa descida é que empresta a forma maior profundidade ao centro e maior elevação dos lados fazendo que pareça (imagem óptica bem achada) uma pomba em voo. O Espírito desceu sobre Jesus, sem forma, como uma luz que descia. Nele penetrou e permaneceu. Mas parecia, ou era como uma pomba. 6) e ouviu-se uma voz do céu. A própria atmosfera vibrou noutro fenômeno físico de audiência, desta vez com rumor de voz humana, que emitiu um som e articulou palavras claras, audíveis e compreendidas:

"este é meu Filho amado, com quem estou satisfeito", isto é, que aprovei, que me agradou.


Tendo-o chamado "meu Filho", deve supor tratar-se de um Espírito Superior ao de Jesus, que O amava como um pai ama o filho.


A expressão é de carinho. Comum ser dado e recebido esse tratamento por parte de pessoas que não são pais e filhos: sacerdotes assim tratam os fiéis, professores a seus alunos, superiores a seus subordinados, mais velhos a mais moços. E nas reuniões mediúnicas, então, é quase de praxe que assim o "espíritos" tratem os encarnados. Não significa, em absoluto, que a voz tenha sido de DEUS-PAI, simplesmente porque DEUS ABSOLUTO não é antropomórfico, não possui atributos humanos (em que idioma falaria Deus?).


Todos os fenômenos narrados são manifestações de efeitos físicos (vidência e audiência) que frequentemente ocorrem em reuniões espiritistas, com as mesmas características, percebidas por médiuns videntes e clariaudientes: céu que se abre, luzes que descem, vozes que falam. Para quem está habituado a assistir a essas cenas, elas se tornam naturais e familiares, embora sempre impressionem profundamente, pelas revelações que trazem. Autores antigos gregos e romanos, são férteis em narrativas desse gênero.


Quem percebeu esses fenômenos? Apenas João ou todos os presentes? Mateus e Marcos dão-nos a impressão de que só João viu e ouviu. Lucas nada diz: apresenta o fato. O evangelista João coloca as palavras na boca do Batista, como única testemunha ocular, não acenando à voz.


JO 1:29-34

29. No dia seguinte, viu João a Jesus que vinha a ele e disse: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o erro do mundo!


30. Este é o mesmo de quem eu disse: Depois de mim vem um homem, que começou antes de mim, porque existia primeiro que eu ;


31. eu não o sabia, mas para que ele fosse manifestado a Israel, é que eu vim mergulhar na água".


32. E João deu testemunho, dizendo: "Vi o Espírito descer do céu como pomba e permanecer sobre ele.


33. Eu não o sabia, mas aquele que me enviou para mergulhar na água, disse-me: "Aquele sobre quem vires descer o Espirito e ficar sobre ele, esse é o que mergulha num espírito santo".


34. E eu vi e testifiquei que ele é o Escolhido de Deus.


Mantivemos separado o texto de João, embora houvesse repetição de algumas cenas, porque a narrativa diverge dos sinópticos.


Em primeiro lugar, o evangelista que tanta importância dá à numerologia, assinala "no dia seguinte", reportando-se ao interrogatório do sinédrio, coisa de que os outros não cogitam. Não há necessidade, cremos, de interpretar ao pé da letra. Diríamos: "na segunda etapa". Mais adiante (versículo 35) ele repetirá a mesma expressão com o mesmo sentido, revelando então os três passos da evolução do caso: Primeiro, o interrogatório da personalidade (João), estabelecendo seus limites reais; segundo, o mergulho na individualidade, que passa a agir através da personalidade; terceiro, a transferência dos discípulos (de João) que abandonam também a personalidade, para aderirem à individualidade (Jesus).


Mas voltemos ao texto.


João viu Jesus vir até ele. Essa narrativa é posterior ao mergulho de Jesus, contado logo após, como fato já vivido anteriormente (vers’ 32, 33). E ele atesta diante dos discípulos: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o erro do mundo".


Que significará "Cordeiro de Deus"? Seria uma alusão ao cordeiro pascal? ou ao "Servo de Yahweh" (ebed YHWH) segundo Isaías: "como um cordeiro levado à matança e como uma ovelha diante do tosquiador" (IS 53:7) ?


Ao cordeiro se atribuía a qualidade de "expiar os pecados do mundo", coisa que jamais foi atribuída a Jesus (cfr. Strack-Billerbeck, Kommentar zum neuen Testament aus Talmud und Midrasch München, 1924, tomo 2, pág. 368). A semelhança com Isaías é mais aparente que real. Além disso, o verbo empregado por João "tirar o erro" (airein) para esclarecer a verdade, é bem diverso do utilizado por Isaías (pherein) "tomar sobre si o erro, para expiá-lo como vítima". Nem pode admitir-se que, nessa época, se cogitasse de um Messias sofredor. Não obstante, alguns hermeneutas explicam, pelo sentido interno, que no momento da teofania (manifestação divina) do mergulho, João tenha compreendido todo o alcance da missão sacrificial de Jesus, tendo-lhe então aplicado a expressão "Cordeiro de Deus" no sentido exato de Isaías (veja capítulo 52:13-15 e 53:1-12).
Recordemos, de passagem que o latim AGNUS (cordeiro), como símbolo de pureza, aproxima-se de IGNIS (fogo) que, em sânscrito, língua-máter do latim, é AGNÍ com o sentido de fogo purificador, fogo do holocausto. Logo a seguir, João repete a frase sibilina que costumava dizer a seus discípulos: "depois de mim vem um homem, que começou antes de mim, porque existia primeiro que eu". Analisemo-la. " Homem", no. sentido de macho, de varão (ανηρ) . "Vem depois de mim" (οπισω µου), com significado temporal, isto é, aparecerá entre vós depois de mim"; e segue "que começou antes de mim", quer dizer "nasceu na eternidade, tornou-se ser" (γεγονεν, no perfeito) antes de mim (εµπροσθεν µου) .
Alguns interpretam "que me superou", ou "que passou à minha frente". E dá a razão: "porque existia primeiro que eu " (οτι πρωτος µου ην) . Clara aqui a reencarnação, ou, pelo menos, a preexistência dos espíritos. Jesus, COMO HOMEM, existia antes de João: então, COMO HOMEM, tomou corpo. E a conclusão lógica é que, se ficar provado que UM SÓ homem existiu antes do nascimento, fica automaticamente provada a preexistência PARA TODOS. E se a preexistência de UM SÓ espírito for comprovada, ele só poderá nascer na Terra por meio da "encarnação". E se pode realizar esse feito uma vez, poderá realizá-lo quantas vezes quiser ou de que necessitar para sua evolução.

Depois, concedendo uma explicação aos discípulos, o Batista revela-lhes por que fez essas afirmativas.


"Eu não o sabia, mas vim mergulhar na água para que ele fosse manifestado a Israel".


As traduções vulgares trazem "eu não o conhecia". Mas o verbo ηδειν do texto (mais-que-perfeito do perfeito presente do indicativo οιδα do verbo ειδω e portanto com sentido de imperfeito do indicativo), tem o significado primordial de "saber", ou "estar informado".

Então o Batista confessa que não tinha informação ou conhecimento total da missão de seu parente Jesus, mas que tinha vindo à Terra (reencarnado) para que ele, o Messias, pudesse manifestar-se. O testemunho do mergulho de Jesus era imprescindível para que João o reconhecesse como Messias, e como tal o apresentasse ao povo. Com isso, compreendemos melhor a frase de Jesus em Mateus: "deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda justiça", isto é, ajustar-nos ao que está previsto.


E continuam os esclarecimentos, dando o motivo por que soube de que se tratava "vi o Espirito descer do céu COMO pomba e PERMANECER sobre ele" . O pormenor de que o Espírito (não "santo" nem de "Deus", concordando com Marcos) "permaneceu" sobre Jesus, parece ser valioso e será repisado adiante.


Repete: "eu não o sabia", e explica: "mas aquele que me enviou para mergulhar na água, disse-me". A notícia de que "alguém" enviou João Batista à Terra (logo preexistência e reencarnação) é de suma importância e confirma as palavras do evangelista JO 1:6. Quem será esse "alguém" que enviou João à Terra? Acreditamos que o próprio Jesus (Yahweh) antes de encarnar, firmando-lhe na memória um fato típico que não seria esquecido: aquele sobre quem vires descer o Espírito e permanecer sobre ele, esse é o que mergulha num espírito santo" (em grego sem artigo). O sinal foi cumprido no mergulho de Jesus, que o evangelista supõe conhecido e dele não fala.


E conclui: "eu vi e testifiquei que esse é o Escolhido de Deus". As traduções vulgares trazem "Filho de Deus", lição dos manuscritos Borgianus (T), século 5. º; Freerianus (W), século 5. º; Seidelianus II (H), Mosquensis (VI) e Campianus (M) do século 9. º. Mas preferimos a lição o "Escolhido de Deus" (О Εκλεκτος του Θεου), porque é atestada por mais antigos e importantes manuscritos: Papyrus Oxhirincus (Londres, do século 3. º), pelo sinaítico (séc. 4. º), Vercellensis (séc. 4. º), Veronensis (séc. 4. º), e pelas versões siríacas sinaítica (séc. 4. º) e curetoniana (séc. 5. º), pela sahídica, assim como pela Vetus Latina (codex Palatinus, séc. 4. º), bem como por Ambrósio, que foi bispo de Milão no século 4. º.

Além disso, a expressão "Escolhido de Deus" é muito empregada no grego dos LXX e em o Novo Testamento (cfr. IS 43:20; SL 105:4; Sap. 3:9; 2CR 8:15; MT 20:16; MT 22:14; MT 24:22, MT 24:24, MT 24:31; MC 13:20, MC 13:22, MC 13:27; LC 18:7; LC 23:35; JO 1:34 (este); RM 8:33 e RM 16:13; CL 3:12; 1TM 5:21; 2TM 2:10; TT 1:1; 1PE 1:1; 1PE 2:4, 1PE 2:6, 1PE 2:9; 2 JO 1, 13; AP 17:14).


Temos, pois, razões ponderáveis para aceitar nossa versão, que dá a medida das coisas nesse momento: João viu e deu testemunho, de que Ele, Jesus, era o "escolhido de Deus" para a missão de Messias, o Enviado Crístico.


No mergulho de Jesus, encontramos farto material de estudo.


Diz a Teosofia que, no momento do mergulho, o "espírito" de Jesus saiu do corpo, deixando-o para que nele entrasse, como entrou, o "espírito" do Cristo, que aí permaneceu até o momento da crucifica ção.


A ideia está expressa de maneira incompreensível. Mas assim mesmo, através dessas palavras, percebemos a realidade do que houve.


Jesus, como personalidade, manifestou tão grande humildade, que se aniquilou a si mesmo. E o aniquilamento da personalidade, pela renúncia a qualquer vaidade e orgulho, foi tão grande, que não mais agiu daí por diante. E isso fez que, através de Jesus, só aparecesse e só agisse o seu Cristo Interno, isto é, a Sua individualidade Crística, o Eu divino. Essa é a meta de todas as criaturas: "quem quiser seguir-me, negue-se a si mesmo" (MT 16:24), anule sua personalidade, com a humildade máxima, e então poderá seguir a mesma estrada que Jesus, que a viveu antes para dar-nos o exemplo vivo e palpitante de humildade e aniquilamento.


João Batista é o protótipo da personalidade já espiritualizada.


Nasce antes de Jesus, o que exprime que a evolução da personalidade se dá antes da individualidade.


João é "a voz que clama preparando o caminho para o Senhor", ou seja, para a individualidade. Daí dizer (JO 3:30): "é necessário que Ele (Jesus, a individualidade) cresça, e que eu (João, a personalidade) diminua". Não fora esse o sentido, haveria contradição com o que foi antes dito: "é tão grande, que não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias". Se já era tão superior a João, porque teria que CRESCER? E se João era tão pequeno, por que teria que DIMINUIR? Não seria o caso de João dever progredir, aperfeiçoar-se, CRESCER, para tornar-se grande como Jesus? A meta não é o crescimento espiritual? Mas aí se trata é da oposição entre a personalidade e a individualidade: para que a segunda CRESÇA só há um caminho: é fazer que a primeira DIMINUA até ANULARSE.


Só assim podemos compreender essa frase de João. O intelecto iluminado de João percebe a Luz da Verdade, a Bondade do Amor e o Fogo do Poder de Cristo, e o anuncia como o "Cordeiro de Deus", pregando a necessidade da metánoia, isto é, da "reforma mental", a fim de perceber o "reino de Deus" que, diz ele, "se aproxima de vós", ou melhor, porque estais prestes a penetrar os mistérios recônditos do Eu Supremo.


O conhecido "batismo" deve ser entendido no sentido real e pleno da palavra original grega: MERGULHO.


Com efeito, é o mergulho consciente na presença de Deus dentro de nós, em nosso coração, mergulho esse que dá o desenvolvimento pleno à individualidade, ao Espírito.


João, a personalidade, só realiza o "mergulho na água", isto é, o mergulho exterior; mas Jesus (a individualidade) veio exemplificar-nos o mergulho "no fogo" (AGNÍ) da Centelha de Deus em nosso coração - por isso, em nossos comentários acenamos à semelhança da raiz latina AGNUS (cordeiro), em grego "Amnós", com o sânscrito "agní" - e "no Espírito", ou seja, no Eu profundo, nosso verdadeiro Eu espiritual que é o Cristo Cósmico.


ESPÍRITO


Vamos aproveitar para esclarecer a distinção que fazemos das diversas acepções da palavra ESPÍRITO.


Ora o escrevemos entre aspas e com inicial minúscula: o "espírito", e queremos então referir-nos ao termo comum de espírito desencarnado, isto é, ao espírito da criatura que ainda está preso à personalidade, com um rótulo, ou seja, um NOME: por exemplo, o "espírito" de João, o "espírito" de Antônio, etc. Doutras vezes escrevemos a palavra com inicial maiúscula: o Espírito, e com isso significamos a individualidade, ou seja, o trio superior composto de Centelha Divina, Mente e Espírito, mas sem nome, não sujeito a tempo e espaço. Então, quando o Espírito se prende à personalidade, passa a ser o "espírito" de uma criatura humana, encarnada ou desencarnada. O Espírito é o que está em contato com o Eu Profundo, enquanto o "espírito" está em contato com o "eu" pequeno, que tem um nome. Somos forçados a fazer estas distinções para que as ideias fiquem bem claras. Além desses, temos o "Espírito" de Deus, ou o "Espírito" Santo, que é a manifestação cósmica da Divindade, também chamado o Cristo Cósmico, de que todos somos uma partícula, um reflexo; em nós, o Cristo é denominado "Cristo Interno" ou Centelha Divina, e é a manifestação divina em cada um de nós. Não se pense, entretanto, que a reunião de todas as Centelhas divinas ou "mônadas" das criaturas forme o Cristo Cósmico. Não! Ele está imanente (dentro de todos nós), mas é INFINITO e, portanto, é transcendente a todos, porque existe ALÉM de todos infinitamente. O mergulho de que falamos exprime, em primeiro lugar, o ENCONTRO do "espírito" (personalístico) com o seu próprio Esp írito (individualidade), e depois disso, em segundo lugar, a absorção do Espírito no mais recôndito de seu EU profundo, ou seja, a UNIFICAÇÃO do Espírito com o Cristo Interno, com sua consequente INTEGRAÇÃO com o Cristo Cósmico.


Quando a criatura dá esse mergulho profundo, o Espírito de Deus "desce sobre ele e nele permanece", porque a união é definitiva e absorvente. Para conseguir-se o mergulho, temos que ir ao encontro de Deus em nosso coração, mas também temos que aguardar que Deus desça a nós, ou seja, temos que esperar a "ação da graça", para então realizar-se o Encontro Sublime.


A forma de pomba, percebida pelo Batista e por ele salientada, simboliza a paz interior permanente, essa "paz que o mundo não dá" (JO 14:27). E a Voz divina o revela aos ouvidos internos do mensageiro, como o "Filho Amado", como o "escolhido", confessando-se satisfeito com ele.


Esse mergulho foi compreendido por Paulo de Tarso. Escreveu ele: "todos quantos fostes mergulhados em Cristo, vos revestistes de Cristo" (GL 3:27). Desde que o homem mergulha em seu íntimo, passa a ser revestido do Cristo Interno, como foi Jesus. Quase que o interior se torna exterior, e a personalidade, ao anular-se, cede lugar à individualidade que começa a manifestar-se externamente:

"não sou mais eu (personalidade) que vivo: é Cristo (individualidade) que vive em, mim" (GL 2:20).


E acrescenta: "agora Cristo será engrandecido em meu corpo (personalidade), quer pela vida, quer pela morte, pois para mim o viver é Cristo, e o morrer (a personalidade) é lucro" (FP 1:20-21) . E explica: "por isso nós, de agora em diante, não conhecemos a ninguém segundo a carne (a personalidade): ainda que tenhamos conhecido a Cristo segundo a carne, agora, contudo, não O conhecemos mais desse modo; se alguém está em Cristo, é nova criatura; passou o que era velho e se fez novo (2CO 5:16-17). Esclarece mais: "pois morrestes (na personalidade) e vossa vida está escondida com Cristo em Deus " (CL 3:3). E Pedro Apóstolo, localizando a Centelha divina no coração, aconselha: " santificai Cristo em vossos corações" (1PE 3:15).


Nesse estado, após o mergulho interno no coração, a criatura passa a ser o "escolhido" ou o "Filho de Deus", porque purificou (santificou) seu coração de todo apego personalístico ("bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus", MT 5:8), e estão com a "pomba" da paz divina permanente, pacificando-se e pacificando a todos ("bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados Filhos de Deus", MT 5:9). E assim perdem o apego a pai, mãe, esposa, filhos e a si mesmos, e seguem ao Cristo Interno em seus corações ("quem ama - ou se apega - a seu pai ou mãe ou filho ou filha mais do que a mim (Cristo), não é digno de mim... o que acha sua vida (personalística) perdê-laá (porque morrerá um dia), mas o que perde (renuncia) sua vida (personalística) por minha causa, achá-la-á, MT 10:37-39).


O homem que atingiu esse ápice sublime, no mergulho dentro de seu Espírito e do Fogo da Centelha,

"tira o erro do mundo"(liquidai seu carma) e, por seu exemplo de amor e de humildade, revela a todos o Caminho certo, o Caminho Crístico, que leva à Verdade e à Vida (João,14:6).


Paulo ainda explica: "ou ignorais que todos os que fomos mergulhados em Cristo Jesus, mergulhamos na morte dele"? (RM 6:3). Quer dizer, os que tomam contato com a Individualidade, fizeram a personalidade perecer "crucificada na carne" (a Cruz é o símbolo do corpo - de pernas juntas e braços abertos - e exprime o quaternário inferior da personalidade: corpo denso, duplo etérico, corpo astral e intelecto). Por isso: "num só Espírito (Cristo) fomos todos nós mergulhados num corpo" (1CO 12:13). A comparação do mergulho no Espírito é feita, exemplificando-se com o ato oposto, quando o "espírito" mergulha num corpo (reencarnação): assim como ao nascer o "espírito" mer gulha na carne, assim nós todos, embora ainda crucificados na carne, teremos que mergulhar a personalidade no Espírito e no Fogo, fazendo que essa personalidade se aniquile, se anule, pereça.


Com isso, com a anulação da personalidade, será tirado o "erro" do mundo, porque ninguém mais terá pruridos de vaidade, nem sentirá o amor-próprio ferido, nem se magoará, porque SABE que nada externo poderá atingir seu verdadeiro EU, que está em Cristo. Teremos o perdão em toda a sua amplitude, a ausência de raivas e ódios, reinando apenas o Amor e a Humildade em todos. O adversário será dominado. O adversário (diabo ou satanás) é a própria personalidade vaidosa e cheia de empáfia de cada um de nós. Liquidada a personalidade, acaba a separação e acaba o erro no mundo.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Salmos Capítulo 105 do versículo 1 até o 45
SALMO 105: AS OBRAS MARAVILHOSAS DE DEUS, 105:1-45

O Livro IV dos Salmos conclui com dois salmos históricos nos quais as lições do passado são usadas para corrigir e encorajar o povo de Deus. Os Salmos 78:107-104 e 136 também ilustram esse modelo de composição. A conexão entre os Salmos 105:106 está no poder e na fidelidade de Deus em contraste com o fracasso do povo. Encontramos Salmos 105:1-5 em I Crônicas 16:8-22, onde é atribuído a Davi na ocasião da vinda da Arca da Aliança para Jerusalém.

A "alegria na adoração" e "a condução divina da história" são as importantes ênfases do salmo de acordo com Oesterley.51 Morgan observa: "A palavra-chave no salmo é o pronome 'Ele'. Por meio da constante repetição, ele mostra o pensamento mais elevado na mente do cantor. É o pensamento da atuação permanente de Deus em todas as expe-riências pelas quais seu povo passou"."

  1. Glória ao Nome Santo de Deus (105:1-6)

A estrofe de abertura é um chamado à adoração que convoca o povo a louvar e orar com base na memória das obras maravilhosas de Deus. As ordens são: "Dêem graças" (1; NVI) ; invocai o seu nome: fazei conhecidas as suas obras entre os povos [...] Cantai-lhe (2), falai [...] Gloriai-vos no..., alegre-se (3), Buscai (4) ; Lembrai-vos (5). Os motivos para o louvor são as obras do Senhor (1) ; as suas maravilhas (2) ; as maravilhas que ele fez (5), seus prodígios e os juízos da sua boca. A convocação é feita aos descendentes de Abraão, seu servo e aos filhos de Jacó, seus escolhidos (6).

  1. Deus dos Patriarcas (105:7-22)

O poeta traça a história do seu povo até os tempos de Abraão e a época dos patriar-cas. Embora os juízos (soberania ou governo) do Senhor estejam em toda a terra (7), Ele é de forma específica o Deus do concerto (aliança) do seu povo perpetuamente (8). A expressão até milhares de gerações tem sua origem em Deuteronômio 7:9, em que ela está especificamente relacionada com o amor eletivo de Deus por Israel. O paralelismo desse versículo deixa claro que essa expressão deve ser entendida como um sinônimo de perpetuamente. O concerto (aliança) foi feito com Abraão [...] Isaque (9), e com Jacó e seus descendentes (10). O concerto continha a promessa da posse da terra de Canaã por limite ("quinhão", ARA) da sua herança (11). Quer o concerto seja conside-rado condicional, quer incondicional, promessa ou profecia, isso tem dividido os intérpre-tes em dois campos distintos. Nomes eminentes podem ser citados para apoiar cada uma das posições. O NT ressalta a idéia de que, em última análise, o concerto com Israel é cumprido no novo pacto (aliança) por meio de Cristo (cf. Atos 13:16-34; Rm 2:28-29; 4:12-17,22-25; Gl 3:7-28; 4:28-29; Hb 10:15-22).

O autor destaca a proteção de Deus concedida aos patriarcas enquanto eram estran-geiros na terra que lhes foi prometida (12-15). Por amor deles Deus repreendeu reis (14) ; cf. Gênesis 12:14-20; 20:1-16; 26:6-11. Meus ungidos (15) indica homens separa-dos e consagrados com óleo, como ocorria com os reis e sacerdotes. Meus profetas é um uso amplo do termo, no sentido de que Deus falou aos patriarcas e por meio deles.

O versículo 16 marca uma transição do período patriarcal para a estabelecimento de Israel no Egito. A narrativa histórica é encontrada em Gênesis 37:39-47. A última parte do versículo é interpretada por Moffatt como: "destruindo todo o sustento dos egíp-cios". Perowne comenta: "A fome em Canaã não foi por acaso. Isso foi obra do Senhor. (Cf. 2 Rs 8.1; Am 5:1; Ag 1:11). A posição de José no Egito não foi mero acaso; Deus o havia enviado para lá e ele próprio reconhece nisso a mão de Deus (Gn 45:5) "." A palavra do SENHOR o provou (19) refere-se ao contraste entre sua posição de servo na casa de Potifar e sua prisão, e a promessa comunicada pelos sonhos registrada em Gênesis 37:5-11. A fé pode ser provada no período de espera entre a promessa e a posse do que foi prometido. O retrato da exaltação de José é traçado em termos impressionantes (20-22). A expressão instruir os seus anciãos lembra o exemplo prudente de José em guardar mantimentos durante os anos da abundância (Gn 41:46-49).

  1. Deus e os Egípcios (105:23-36)

Estes versículos descrevem a história dos israelitas no Egito desde a vinda de Jacó até o Êxodo. O crescimento fascinante do povo é descrito como obra de Deus (23-24). Terra de Cam (23), como em 78.51, é uma descrição poética do Egito (cf. Gn 10:6). Mudou o coração deles para que aborrecessem o seu povo (25) deveria ser enten-dido da mesma maneira que o endurecimento do coração de Faraó, como resultado do seu próprio endurecimento (Êx 8:15-32; 9.34). Moffatt traduz os versículos 24:25 da se-guinte forma: "Deus multiplicou sobremodo o seu povo até que excedessem em número os egípcios, que passaram a odiar seu povo, para tratar astutamente os seus servos". As pragas são descritas, como no Salmo 78, sem dar importância à ordem da sua ocorrência em Êxodo 7:12. Tem-se conjeturado que a nona praga aparece aqui em primeiro lugar (trevas,
28) porque foi essa que finalmente trouxe convicção às mentes dos egípcios de modo mais completo, embora a morte do primogênito tenha sido necessária para conven-cer o faraó.54A última parte do versículo 28: elas não foram rebeldes à sua palavra parece provar esse ponto. Seus termos (31,33) refere-se às fronteiras do seu territó-rio. Fogo abrasador, na sua terra (32) também pode ser traduzido como: "raios que incendiaram sua terra" (Berkeley). Moffatt interpreta as primícias de todas as suas forças (36) como "todos os filhos mais velhos". A rebelião dos egípcios foi quebrada. O efeito cumulativo de todas as pragas foi demonstrar a superioridade do Deus de Israel sobre os deuses do Egito.

  1. Deus e o Êxodo (105:37-45)

O Êxodo do Egito é descrito nos versículos 37:39, com pouca atenção aos eventos no tempo do deserto (40-41). Não houve um só enfermo (37) tem sido interpretado como: "Não houve um errante em suas fileiras" (Smith-Goodspeed) ou: "Não havia um só invá-lido" (ARA). Não lemos nada acerca da rebelião de Israel nessa passagem. O cumprimen-to da promessa de Deus a Abraão na posse da Terra Prometida por parte de Israel é o ponto culminante do salmo (42-45). Louvai ao SENHOR (45) é "Aleluia" (hb. Hallelu-Yah). O que pode parecer parcial na omissão dos elementos desfavoráveis na história é equilibrado no Salmo 106.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Salmos Capítulo 105 do versículo 1 até o 45
*

Sl 105

Ao passo que o Salmo 104 louva os atos de Deus na criação do mundo, este cântico medita sobre os seus atos na história contínua do mundo. Os primeiros quinze versículos são citados (juntamente com Sl 96 e parte do Sl 106) em 13 16:0'>1Cr 16, talvez indicando o uso deste salmo na adoração.

* Sl 105:1 entre os povos. Israel não podia esconder sua luz "debaixo do alqueire" (Mt 5:15). O verdadeiro povo de Deus presta por todo mundo testemunho jubiloso sobre a graça divina.

* 105:2

narrai todas as suas maravilhas. Estão em pauta aqueles atos de graça e de juízo que Deus realiza ao longo da História. Deus entra na História e age graciosamente em favor de seu povo, notavelmente através da vida, da morte, da ressurreição e da ascensão de seu Filho unigênito.

* 105:4

buscai perpetuamente a sua presença. Que os crentes busquem viver na presença do Senhor. O salmista com freqüência testificava sobre o horror associado à perda da amizade de Deus (Sl 22:1; 28:1).

* 105:5

Lembrai-vos. Lembrar-se das obras de Deus é mais do que rememorar os acontecimentos; significa reagir com fé e obediência ao que elas significam.

* 105:8

Lembra-se perpetuamente. Uma vez mais (v. 5) as lembranças envolvem fazer, tanto quanto saber. Neste caso, Deus age no presente baseado nas promessas feitas a Abraão.

sua aliança. A aliança específica aqui em foco é o pacto abraâmico (Gn 12:1-3; 15 e 17).

* 105:9-10

a Isaque... a Jacó. Deus reafirmou seu relacionamento segundo a aliança com os descendentes de Abraão. Ver Gn 26:3.

* 105:11

Dar-te-ei a terra de Canaã. Ver Gn 15:17-20.

* 105:12

forasteiros. Abraão, Isaque e Jacó viveram na Terra Prometida como estrangeiros. Eles perambulavam de lugar para lugar na terra de Canaã.

* 105:14

repreendeu a reis. Ver Gn 12:10-20; 26.

* 105:15

os meus profetas. Abraão é referido como um profeta, em Gn 20:7.

* 105.16-22 Deus promoveu José a uma posição de autoridade, no Egito.

* 105:16

Fez vir fome. Deus dirigiu os acontecimentos no Egito, de tal modo que quando veio a fome, ameaçando aquele país, José já estava no poder, capaz de conservar "muita gente em vida" (Gn 50:20).

* 105:23

Então, Israel entrou no Egito. Ver Gn 46.

na terra de Cam. Um outro nome para o Egito.

* 105:28

Enviou trevas. O salmista enfatiza aqui a nona praga do Egito, mencionando-a primeiro.

* 105:31

moscas e piolhos. Estas são a terceira e a quarta pragas, na ordem inversa de sua ocorrência real no Egito.

* 105:32

saraiva. A quinta e a sexta pragas não são mencionadas neste salmo. A praga da saraiva foi a sétima.

* 105:36

os primogênitos. Esta foi a décima e final praga, depois da qual o Egito permitiu que Israel saísse de Gósen.

* 105:37

com prata e ouro. Podemos ver aqui a grande misericórdia e a generosidade de Deus. Como nação escravizada pelo Egito, Israel tinha poucas posses. Através das pragas, no entanto, Deus lançou o temor nos corações dos egípcios, pelo que não somente deixaram que Israel saísse do Egito, mas dispuseram-se a entregar seus objetos valiosos para encorajar a saída (Êx 12:33-36).

* 105:40

pão do céu. O maná. A misericórdia providencial de Deus foi além de tirar os israelitas do Egito — ele proveu para eles no deserto, dando-lhes o que comer e o que beber.

* 105:42

sua santa palavra. A aliança com Abraão incluía a promessa de que Deus faria de Israel "uma grande nação" (Gn 12:2).

* 105:45

para que lhe guardassem os preceitos. O relacionamento entre Deus e seu povo segundo a aliança foi estabelecido e mantido por Deus exclusivamente por meio de sua graça. Seu povo (e, de fato, toda a humanidade) tem o dever de corresponder, não meramente por meio da observância formal de mandamentos específicos, mas apropriadamente, com todo o seu ser (Mc 12:29-34; conforme 10.20-22).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Salmos Capítulo 105 do versículo 1 até o 45
105.1ss Os primeiros quinze versículos deste salmo também se encontram em 1Cr 16:8-22 onde se cantam como parte da celebração do Davi ao levar o arca do pacto a Jerusalém. Outros três salmos também são hinos que falam da história do Israel: 78, 106 e 136.

105:4, 5 Se parecer que Deus está muito longe, persista em sua busca. Deus recompensa a quem o busca com sinceridade (Hb_11:6). Jesus prometeu: "Procurem, e acharão" (Mt 7:7). Davi sugeriu um método valioso para encontrar a Deus: familiarizar-se com a forma em que O ajudou a seu povo no passado. A Bíblia narra a história do povo de Deus. Ao procurar em suas páginas descobriremos a um Deus amoroso que espera que o encontremos.

105.6-11 A nação do Israel, o povo que Deus usou para revelar suas leis à humanidade, descendia do Abraão. Deus escolheu ao Abraão e lhe prometeu que seus descendentes viveriam na terra do Canaán (agora chamada o Israel) e que seriam tão numerosos que não se poderiam contar (Gn 17:6-8). O filho do Abraão foi Isaque, o filho deste Jacó. Estes três homens se consideram os patriarcas ou fundadores do Israel. Deus os benzeu devido a sua fé (veja-se Hb 11:8-21).

105.23-25 Foi Deus o que provocou que os egípcios odiassem aos israelitas? Deus não é o autor do mal, mas os escritores da Bíblia não sempre distinguem entre a ação final de Deus e os passos intermédios. portanto, ao benzer Deus aos israelitas, os egípcios chegaram a odiá-los (Ex 1:8-22). devido a que Deus benzeu aos israelitas, diz-se que O também causou o ódio dos egípcios para eles. Deus usou sua animosidade como médio para tirar os israelitas do Egito.

105:45 O propósito de Deus em salvar aos israelitas era "para que guardassem seus estatutos e cumprissem suas leis". Muito freqüentemente usamos nossas vidas e liberdade para nos agradar a nós mesmos, mas deveríamos honrar a Deus. Esse é o propósito do para nossas vidas e o que motivou que nos desse sua Palavra.

A HISTÓRIA NO LIVRO DOS SALMOS

Para os primeiros ouvintes, os salmos históricos eram vívidos avisos dos fatos passados de Deus pelo bem do Israel. Estes cânticos históricos se escreveram com o propósito de que se transmitissem lições importantes às gerações futuras. Elogiam as muitas promessas que Deus fez e cumpriu com fidelidade, além disso faziam uma recontagem da infidelidade do povo.

Não podemos ler esta história antiga sem refletir na forma tão constante em que o povo de Deus fracassou em aprender do passado. Muitas vezes lhe deram as costas aos exemplos recentes da fidelidade e do perdão de Deus, solo para inundar-se de novo no pecado. Deus pode usar estes salmos para nos recordar quão freqüentemente fazemos exatamente o mesmo: tendo todas as razões para viver para Deus, decidimos justamente o contrário: viver para tudo menos para Deus. Se puséssemos mais atenção à história de Deus", não cometeríamos tantos enganos em nossas próprias histórias.

Os salmos históricos incluem: 68; 78; 95; 105; 106; 111; 114; 135; 136; 149.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Salmos Capítulo 105 do versículo 1 até o 45
Sl 105:1; Rm 10:13). Invocadle de conformidad con su gloria histórica manifestada: según el ejemplo de Abrahám, quien cuantas veces Dios adquiría un nombre para sí mismo, guiándole, invocaba en solemne adoración el nombre del Señor (Gn 12:8; Gn 13:4). pueblos(Gn 18:49). maravillas(Gen Sl 103:7).

3, 4. Sólo con buscar en verdad el favor de Dios es posible alcanzar la verdadera felicidad, y su fortaleza es la única fuente de protección (conforme el Sl 32:11; el Sl 40:16). gloriaos … nombreGloriaos en sus perfecciones. El mundo se jacta de sus caballos y sus carros contra la Iglesia de Dios arrojada por tierra; pero nuestra esperanza está en su nombre, eso es, en el poder y amor de Dios para con su pueblo, manifiestos en las liberaciones de antaño.

5, 6. juicios de su bocaSus fallos judiciales a favor de los justos y en contra de los malos.

7. Más bien, “El, Jehová, es nuestro Dios.” Su título, Jehová, expresa que él, el Ser inmutable, autoexistente, lleva las cosas a cabo: eso es, cumple sus promesas, y por tanto no desamparará a su pueblo. Es Dios especialmente de su pueblo, pero no obstante, es Dios sobre todos.

8-11. El pacto fué ratificado muchas veces. mandóordenó (Sl 68:28). palabracorresponde a alianza (pacto) de la frase paralela, a saber, la palabra de la promesa, la que, según el v. Sl 105:10, propuso como ley inviolable. generacionesperpetuamente. Alusión verbal a Dt 7:9 (conforme Ex 20:6).

10, 11. Aludiendo a la promesa hecha a Jacob (Gn 28:13). De todo el conjunto de las promesas de Dios, una sola se subraya aquí, a saber, la tocante a la posesión de Canaán. Todo gira alrededor de ésta. Las maravillas y los juicios tienen por finalidad el cumplimiento de esta promesa.

12-15. pocos hombres en númeroaludiendo a las palabras de Jacob (Gn 34:30): “Yo, siendo pocos en número.” “Cuando no eran sino pocos en número: muy pocos en verdad, y extranjeros en ella” (Versión Inglesa) (conforme Is 1:9). extranjerosforasteros en la tierra de su futura habitación, como en tierra extraña (He 11:9).

13-15. de gente en gentey así de un peligro a otro; ya en Egipto, ya en el desierto, y por fin, en Canaán. Aunque eran unos pocos extranjeros, peregrinando entre varias naciones, Dios los protegía. castigóo reprendió. los reyesFaraón en Egipto y Abimelec de Gerar (Gn 12:17; Gn 20:3). No toquéisconforme Gn 26:11, donde Abimelec dice de Isaac, “El que toque a este hombre o a su mujer, de seguro será muerto.” mis ungidoslos especialmente consagrados a mí (Sl 2:2). El patriarca era el profeta, sacerdote y rey de su familia. mis profetasen sentido semejante (conforme Gn 20:7). Los “ungidos” son aquellas vasijas de Dios, consagradas a su servicio, “en los cuales (como dijo Faraón a José, Gn 41:38) está el Espíritu de Dios.” (Hengstenberg.)

16. Dios ordenó el hambre. “Llamó al hambre,” como si fuera un siervo, presto a venir al llamado de Dios. Conforme las palabras del centurión, respecto a la enfermedad como sierva de Dios (Mt 8:8; Lv 26:26; Is 3:1) sobre la tierraa saber, Canaán (Gn 41:54).

17-21. José fué enviado de Dios (Gn 45:5). con grillos( Gn 40:3). en hierro … su personalit., su alma, o bien él (Gn 16:10) entró en hierros, y fué encadenado a su dolor (conforme el Sl 3:2; el Sl 11:1). Se señala a José como tipo propio de los “aprisionados en aflicción y en hierros” (Sl 107:10). El “alma” se usa por toda la persona, por cuanto el alma del cautivo sufre aun más que el cuerpo. llegó su palabraSu profecía (Gn 41:11, Jz 13:17; 1Sm 9:6, explican esta dicción). el dichoo decreto de Jehová le probópor las aflicciones que ordenó que padeciera antes de su elevación (Gn 41:40, Gn 41:44, donde se habla no de un encadenamiento literal, sino del mandamiento de obediencia. Se refiere al v. Sl 105:18. El alma que alguna vez se ató a sí misma, ahora ata a otros, aun a príncipes. La misma atadura moral se asigna a los santos (Gen Sl 149:8). enseñara sabiduríala razón de su ensalzamiento por Faraón fué su sabiduría (Gn 41:39), a saber, en el orden político y buena ordenación del reino.

23-25. Israel … Jacobeso es, Jacob mismo, como el v. Sl 105:24 habla de “su pueblo”. Sin embargo, él llegó con toda su casa (Gn 46:6.) tierra de Chamo sea, Egipto (Gen Sl 78:51). Volvió el corazón de ellosDios dirige los actos libres de los hombres (conforme 1Sm 10:9). Cuando Saúl “tornó su hombro para partir de Samuel (el profeta), Dios le tornó (marginal) a otro corazón” (conforme Ex 1:8, etc.). Cualquier mal que el malo concibe en contra del pueblo de Dios, Dios lo restringe aun en el corazón, de modo que no haga ni un solo plan sino el que Dios permita. Así dice Isaías (Exo Is 43:17) que fué Dios quien sacó el ejército de Faraón para que persiguiera a Israel hasta su propia destrucción (Ex 4:21; Ex 7:3). Moisés … Aarón … escogiólos dos fueron lo que eran por la divina elección (Exo Sl 78:70).

27. palabraso cosas (en el hebreo) de sus señales; eso es, las maravillas de su poder (Exo Sl 145:5 marginal). Conforme “palabras de iniquidades,” el mismo hebraísmo en el Sl 65:3 marginal.

28-36. La novena plaga se destaca aquí por ser peculiarmente maravillosa. no fueron rebeldesMoisés y Aarón puntualmente obedecieron a Dios (He 11:27) (conforme Ex 7:1), la plaga literal de las tinieblas (Ex 10:22: “Yo daré vuestra lluvia en su tiempo.” Su “don” a los enemigos de Israel es de una clase muy diferente del que da a su pueblo.

33. de su términopor toda su tierra (Lev Sl 78:54).

34. pulgónlit., lamador, insecto devorador.

36. los primogénitosEl clímax ascendente pasa del alimento del hombre hasta el hombre mismo. El lenguaje aquí es cita del Sl 78:51.

37. con plata y ororegalados por los egipcios, en reconocimiento de la deuda de los trabajos forzados (conforme Ex 12:35). enfermoni uno no apto para la marcha. Conforme “armados,” equipados, organizados, cual ejército en marcha (Ex 13:18; Is 5:27).

38. (Conforme Ex 12:33; Dt 11:25).

39. por cubiertaen el sentido de protección (conforme Ex 13:21; Nu 10:34). En las arenas calientes del desierto la nube protegía a la congregación del calor del sol: emblema del favor de Dios de proteger a su pueblo, según interpreta Isaías (Is 4:5, Is 4:6; conforme Nu 9:16).

42-45. Las razones de estos tratos son: (1) la fidelidad de Dios a su pacto, “su santa promesa” de Canaán, es la fuente de donde fluían tantos actos de maravillosa bondad a su pueblo (conforme los vv. Sl 105:8, Sl 105:11). Ex 2:24 es el texto fundamental. (Hengstenberg). (2) Para que ellos fuesen obedientes. El cumplimiento por Abrahám de los mandatos de Dios fué el objeto de su pacto con él (Gn 18:19), como lo fué también del pacto con Israel, para que observasen sus estatutos. su santa palabraeso es, su alianza confirmada a Abraham. las laboreslos frutos de las labores de ellos; su grano y sus viñas (Jos 21:43-45).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Salmos Capítulo 105 do versículo 1 até o 45
105.1- 45 Um salmo, baseado na revelação de Deus através da história do Seu povo, incluindo um relato sobre como Deus o tirara da escravidão no Egito.

105.1- 15 Estes versículos são a primeira das duas partes do salmo de Davi que cantou ao trazer a arca de Deus para Jerusalém; a outra metade se acha no Sl 96:0).

105.9 Juramento. Esta aliança é de promessas que foram repetidas na vida de cada Patriarca, nestes termos: "Na tua descendência serão benditas as nações da terra" (Gn 22:17-18).

105.12 Daqui até v. 15 vai um resumo da vida dos Patriarcas, enquanto peregrinavam como pequena família (Gn 12:38).
105.16 Fome. Foi a fome que levou os descendentes de Abraão a buscarem trigo no Egito (Gn 42), fome que fazia parte do plano de Deus de separar para Si Mesmo o Seu povo escolhido (conforme Êx 19:5).

105.17 José. Foi o instrumento que Deus tinha preparado para acolher Seu povo no Egito (conforme 17-22 com Gn 37:45, esp. 45.5).

105.18 Grilhões. Sofreu pela justiça (conforme Ef 6:20).

105.19 Profecia. Os sonhos de José a seu próprio respeito (Gn 37:5-18). Provado. Quando os sonhos que os dois servos de Faraó tiveram foram corretamente interpretados por José, foi aprovado como verdadeiro profeta de Deus.

105.22 José recebeu poder civil e religioso.
105.23 Israel. O nome que Deus deu a Jacó, que foi herdado pelos seus descendentes. Com. Em Gn 10:6 o povo do Egito (Mizraim) consta como descendência, de Cam, filho de Noé.

105.25 Mais uma vez (veja v. 16), Deus trouxe a desgraça aparente, a fim de prosseguir com os Seus desígnios graciosos (Rm 8:28).

105.26 Aqui começa a história do Êxodo do Egito (conforme 26-38 com Êx 1:12). • N. Hom. Moisés e Arão eram servos de Deus, escolhidos por Ele (26), munidos de poder (27), e revestidos de obediência à Palavra de Deus (28). Olhando para essas vidas, podemos extrair o modelo para cada crente e especialmente para os líderes.
105.36 Primogênitos. Esta última praga foi o que determinara a saída dos israelitas do Egito; os próprios egípcios os ajudaram.

105.37 Inválido. Compare Sl 103:31 com a, nota.

105.39 As vicissitudes do povo, no deserto se descrevem em poucas palavras até v. 45. O Sl 106:0 trata do assunto por extenso, enquanto o 105 se dedica mais a descrever o poder de Deus nos milagres.

105.40 Pão do céu. Tanto o maná que se achava na terra como as codornizes que caíram do céu fizeram parte do alimento que Deus proveu milagrosamente para Seu povo. • N. Hom. É importante notar que todos os milagres eram sinais de Deus, isto é, eram precedidos e seguidos pela proclamação da vontade de Deus. Cada milagre de Jesus era uma parte dinâmica da proclamação do evangelho e da autenticação da divindade de Cristo.

105.42 As maravilhas que Deus mostra ao Seu povo baseiam-se na Sua aliança imutável (8, 9; Sl 89:28-19).

105.45 O motivo destas maravilhas é a preparação de um povo particularmente de Deus, zeloso de boas obras (1Pe 2:9-60; Tt 2:11 -14).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Salmos Capítulo 105 do versículo 1 até o 45
Sl 105:0 - DEUS É FIEL

O povo de Deus se encontra para adorá-lo. Esse salmo foi designado para ser um meio do seu louvor. O seu tema geral é a fidelidade de Deus para com as suas promessas (v. 8,42). A história sagrada de Israel é esboçada de tal forma que destaca a lição espiritual de que ele é absolutamente confiável e capaz de salvar e proteger.

O chamado ao louvor (v. 1-6)

Israel recebe o convite para dar graças a Deus e adorá-lo. Parte dessa adoração seria de testemunhos da salvação, não individual mas nacional. Ele deve relembrar a criação histórica desse seu povo da aliança, como faz esse salmo, e gravá-la no coração. Além das suas fronteiras, há nações pagãs, mas Israel é um enclave em que o verdadeiro Deus é adorado. Eles sabem que o nome dele é digno de adoração, pois ele revelou a eles seu caráter pessoal e seus propósitos. Assim, são chamados a se encontrar com ele com alegria e ação de graças e apreciar de forma renovada o seu poder e buscar sua presença. Portadores contemporâneos de uma herança viva que remonta aos dias de Abraão, eles têm o privilégio de olhar com gratidão para o tempo da sua fundação espiritual quando foram estabelecidos como o povo de Deus.

A aliança concernente à terra prometida (v. 7-11)

Javé é o Deus da aliança de Israel (conforme Ex 20:2). Para estabelecer sua aliança, ele fez uso da sua autoridade universal, moldando os destinos do Egito para o benefício de Israel. Se o seu povo é exortado a lembrar (v. 5, heb. zitru), ele nunca precisa ser exortado a lembrar da sua promessa aos patriarcas (v. 8, heb. zãkar). Uma parte essencial dessa promessa repetida diz respeito à terra de Canaã como possessão destinada a Israel (conforme Gn 17:826:3; 28:13).

Esperando pela promessa (v. 12-25)

Para muitas gerações, a promessa foi uma questão de fé, e não de vista. Para os patriarcas apátridas, um punhado de estrangeiros nômades espalhados entre os diversos Estados cananeus, a esperança era um sonho inalcan-çável. Mas, já naquela época, Deus estava agindo, protegendo os ancestrais do seu povo e preparando tudo para o cumprimento da sua promessa. Quando reis como o faraó ou Abimeleque punham em perigo a sucessão, ele intervinha e os protegia como sacrossantos (Gn 12:17; 20:3). Embora os ancestrais tenham sido forçados a deixar a terra, como se a promessa tivesse sido cancelada, ele na verdade estava controlando a natureza e a história de acordo com os seus propósitos. Ele pavimentou a estrada por meio da carreira de José. A experiência de José foi a de Israel em miniatura. Mesmo tendo recebido a promessa de grandeza futura (Gn 37:5-11), ele teria de passar com paciência por sofrimentos e provações antes que tudo se tornasse realidade.

Por meio da vida desse indivíduo, Deus estava encorajando seu povo a continuar com os olhos fixos na esperança maior. Ele usou a posição de José como meio de preservar e abençoar seu povo (cf Gn 45:7,8). Á bênção divina, como em muitas ocasiões, veio em forma de fecundidade física (conforme 127.3 e comentário), assim cumprindo um outro elemento da promessa aos patriarcas, não mencionado antes (conforme Gn 12:2; 22:17). Esses eram sinais para encorajar os antepassados de Israel e sustentá-los em meio a infortúnios ainda por vir. Deus era soberano até com respeito à inimizade dos egípcios; de forma paradoxal, ela foi o meio usado para mais tarde cumprir o seu plano de bênção.

O prelúdio poderoso para o cumprimento (v. 26-36)
Se José havia sido o homem de Deus em uma crise anterior (v. 16,17), Moisés e Arão foram levantados por Deus para essa emergência. Deus revelou o seu poder no Egito com o propósito de executar seus planos embutidos na aliança (conforme v. 7). As pragas foram ordenadas por ele, uma a uma, em retaliação à rebelião do vassalo egípcio contra esse Senhor das nações.

Indo para casa (v. 37-45)
O êxodo significou o início de Israel como povo e anunciou a aurora do dia da promessa.
A bênção de Deus era evidente então na forma de riquezas materiais e capacitação física. Ele havia deixado muito claro ao Egito que os israelitas não eram um povo qualquer, mas que estavam debaixo da sua proteção. Ele prosseguiu em supri-los de maneira abundante nas suas necessidades diárias. O salmo destaca o tema básico segundo o qual essa experiência era a expressão da fidelidade de Deus para com a sua antiga promessa.
Os israelitas foram libertos do Egito com cânticos alegres nos lábios (Ex 15) e com júbilo que ecoariam ao longo dos séculos até que a geração presente retomasse o tema por meio dessa canção (v. 3). Canaã e os seus recursos finalmente lhes pertenciam, não conquistados por seus próprios méritos, mas concedidos como dádivas de Deus (conforme Dt 6:10,Dt 6:11). Redimidos pela iniciativa de Deus e receptores da graça divina, o que os israelitas ainda poderiam fazer? Nada, a não ser mostrar sua gratidão ao se conformarem com a vontade revelada de Deus, impelidos pela fidelidade

dele. O louvor religioso (conforme v. 1-6) e a obediência moral deveriam ser as respostas gêmeas à obra concluída pelo Deus da sua aliança, que tinha cumprido sua promessa.

Não é difícil traduzir esse salmo para a prática cristã. Na festa sagrada da ceia do Senhor, o povo de Deus é exortado a lembrar o estabelecimento de uma nova aliança, prometida por meio de Jeremias muito tempo antes (1Co 11:25,1Co 11:26). A morte e a ressurreição de Jesus são os pontos centrais da revelação dos seus propósitos para a igreja, e precisam ser valorizados e apreciados como eternamente válidos e relevantes para a vida contemporânea. A carta aos Hebreus retoma o tema específico do salmo e lhe dá uma conotação cristã. A promessa a Abraão não foi esgotada pelo fato de Israel ter ocupado temporariamente a terra. Canaã é uma sombra da realidade, um país celestial, que deve ser o destino final do povo de Deus da antiga e da nova alianças (Hb 3:7—4.11; He 11:13-58,He 11:40; conforme Lc 1:72,Lc 1:73).

v. 28-36. A ordem e o número das pragas de Ex 7:12 são citados de forma diferente aqui: a nona é mencionada em primeiro lugar, e a quinta e a sexta são omitidas.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Salmos Capítulo 105 do versículo 1 até o 6

1-6. O Chamado para a Ação de Graças. Rendei graças . . . invocai . . . cantai . . . narrai . . . gloriai . . . alegre-se . . . buscai . . . lembrai. As instruções detalhadas do salmista revelam o que significa louvar o Senhor. Está claro que o hino foi criado com propósito de uso congregacional.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Salmos Capítulo 105 do versículo 1 até o 4
Sl 105:0; Sl 136:0). Trata do concerto de Jeová com Abraão, a respeito da terra de Canaã e repassa os acontecimentos que levaram à sua ocupação pelos filhos de Jacó. A ênfase, em todo o Salmo, recai sobre a misericórdia e a fidelidade do Senhor, conforme declaradas em todas as suas maravilhas (2; cfr. vers. 5). Note-se a constante repetição de "ele" (por exemplo, "ele fez", "ele lembra-se", "ele confirmou", "ele chamou", etc.). Os pronomes "ele", "dele", "seu", etc., ocultos ou não, ocorrem mais de quarenta vezes nos vers. 5-45.

Essa recapitulação detalhada do "que ele fez", especialmente na libertação dos israelitas do Egito, é concluída com uma bem generalizada e breve declaração sobre a invasão e possessão da terra prometida; mas, não se deve inferir disso que o Salmo date dos primeiros anos do estabelecimento dos israelitas ali. Trata-se, obviamente, de um Salmo paralelo ao Sl 106:0, que interpreta a história israelita de outro ponto de vista, e cobre um período muito mais longo, isto é, até os primeiros anos pós-exílicos. Neste poema o salmista estava preocupado exclusivamente com o processo pelo qual Israel se desenvolveu, de uma comunidade fraca e cativa até transformar-se num povo a quem nação alguma podia resistir em poder, ou exceder em regozijo, ou equiparar-se quanto aos princípios religiosos da vida. Em outras palavras, o salmista estava apontando, aos exilados que tinham retornado da Babilônia, um precedente radiante de esperança para eles. Note-se que os primeiros quinze vers. também se encontram na antífona associada com o transporte da arca para Jerusalém (1Cr 16:8-13).

a) A chamada para a adoração (1-4)

Invocai (1); a palavra hebraica é aqui usada, como geralmente sucede, no sentido de "proclamai publicamente"‘ (cfr. Êx 33:19); isto é, estabelecei entre todas as nações os atos de Deus de lembrança e livramento, com cânticos e melodias. Cantai-lhe salmos (2); a palavra hebraica também pode significar "fazei melodia". Nos vers. 3-4 o pensamento se desvia do testemunho para a adoração. Gloriai-vos (3) isto é, "ufanai-vos" (cfr. Sl 106:5; Fp 3:3).


Dicionário

Buscar

verbo transitivo direto Pesquisar; analisar com minúcia; examinar exaustivamente: buscava as melhores cidades europeias.
Esforçar-se excessivamente para encontrar algo ou alguém: buscava o conceito num livro; buscava o código postal da cidade.
Conseguir ou conquistar: buscava o incentivo do pai.
Empenhar; tentar obter algo com esforço: buscava a aprovação do pai.
Dirigir-se para; caminhar em direção a: os insetos buscam as plantas.
Imaginar; tentar encontrar uma saída mental: buscou se apaixonar.
verbo transitivo direto e bitransitivo Pegar; colocar as mãos sobre: o pai buscou os filhos; o menino buscou-lhe um copo de água.
verbo pronominal Utilizar-se de si mesmo para: buscou-se para a vitória.
Seguir a procura de alguém: buscavam-se na tempestade.
Etimologia (origem da palavra buscar). De origem controversa.

procurar. – Destes dois verbos diz muito judiciosamente Bruns.: “Pretendem alguns que em buscar há mais diligência ou empenho que em procurar: não nos parece que tenha fundamento essa distinção. Buscar inclui sempre a ideia de movimento por parte de quem busca; procurar não inclui nem exclui essa ideia. Busca-se ou procura-se por toda parte aquilo de que se necessita. Procura-se (mas não se busca) uma palavra no dicionário. O que nos parece Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 245 acertado estabelecer é que quem procura sabe que existe o que anda procurando; enquanto que aquele que busca ignora se há o que anda buscando. Um inquilino procura casa para onde mudar-se; um necessitado busca ou procura um emprego”.

Continuamente

advérbio De maneira contínua, sem interrupções ou obstáculos: seguia seu caminho continuamente, sem grandes incômodos.
Etimologia (origem da palavra continuamente). Contínuo + mente.

Face

substantivo feminino Junção das partes laterais que compõe o rosto; rosto, semblante.
Cada parte lateral da cara; a maçã do rosto.
Por Extensão Cada um dos lados de um objeto, coisa ou sólido geométrico: face de uma moeda, de um diamante, de um tecido.
Aparência exterior de algo ou de alguém; aspecto.
O que está no exterior de; superfície: face da terra.
Âmbito específico que está sendo discutido: face da questão.
[Zoologia] Parte da frente da cara de um animal.
[Geometria] Superfície de aspecto plano que limita um poliedro (sólido composto por polígonos planos, com 4 ou mais lados).
expressão Figurado Fazer face a. Prover, suprir: fiz face às despesas; enfrentar, resistir: fiz face ao invasor.
locução adverbial Face a face. Defronte, frente a frente: ficou face a face com o adversário.
locução prepositiva Em face de. Em virtude de; diante de: em face dos últimos acontecimentos, o evento será cancelado.
Etimologia (origem da palavra face). Do latim facies.es.

Face
1) Rosto (Lm 3:30); (Mt 5:39)

2) Presença (2Ts 1:9). 3 A própria pessoa (Dt 1:17); (Sl 44:24); (Mt 11:10).

Forca

substantivo feminino Jogo em que se deve adivinhar uma palavra pelas letras que a compõem, sendo que cada erro corresponde ao desenho de uma parte de um corpo sendo enforcado.
Instrumento usado para executar uma pena de morte por estrangulamento, suspensão de alguém pelo pescoço.
Essa pena; o enforcamento: Saddam Huassei foi condenado à forca.
Figurado Ação feita para enganar; ardileza.
Grafismo. Erro de paginação causada por uma linha que destoa das demais; linha enforcada.
Etimologia (origem da palavra forca). Do latim furca.ae.

substantivo feminino Jogo em que se deve adivinhar uma palavra pelas letras que a compõem, sendo que cada erro corresponde ao desenho de uma parte de um corpo sendo enforcado.
Instrumento usado para executar uma pena de morte por estrangulamento, suspensão de alguém pelo pescoço.
Essa pena; o enforcamento: Saddam Huassei foi condenado à forca.
Figurado Ação feita para enganar; ardileza.
Grafismo. Erro de paginação causada por uma linha que destoa das demais; linha enforcada.
Etimologia (origem da palavra forca). Do latim furca.ae.

substantivo feminino Jogo em que se deve adivinhar uma palavra pelas letras que a compõem, sendo que cada erro corresponde ao desenho de uma parte de um corpo sendo enforcado.
Instrumento usado para executar uma pena de morte por estrangulamento, suspensão de alguém pelo pescoço.
Essa pena; o enforcamento: Saddam Huassei foi condenado à forca.
Figurado Ação feita para enganar; ardileza.
Grafismo. Erro de paginação causada por uma linha que destoa das demais; linha enforcada.
Etimologia (origem da palavra forca). Do latim furca.ae.

Forca Armação na qual um condenado morre ESTRANGULADO por uma corda (Et 5:14).

Força

[...] é apenas o agente, o modo de ação de uma vontade superior. É o pensamento de Deus que imprime o movimento e a vida ao Universo.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

A força é ato, que significa compromisso no bem ou no mal.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A força é palavra que edifica ou destrói.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A força é determinação que ampara ou menospreza.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Salmos 105: 4 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Buscai ao SENHOR e à Sua força; buscai a Sua face continuamente.
Salmos 105: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1245
bâqash
בָּקַשׁ
buscar, requerer, desejar, exigir, requisitar
(did you require it)
Verbo
H1875
dârash
דָּרַשׁ
recorrer a, procurar, procurar com cuidado, inquirir, requerer
(will I require [an accounting])
Verbo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H5797
ʻôz
עֹז
poder, força
(my strength)
Substantivo
H6440
pânîym
פָּנִים
o rosto
(the face)
Substantivo
H8548
tâmîyd
תָּמִיד
continuidade, perpetuidade, estender
(always)
Substantivo


בָּקַשׁ


(H1245)
bâqash (baw-kash')

01245 בקש baqash

uma raiz primitiva; DITAT - 276; v

  1. buscar, requerer, desejar, exigir, requisitar
    1. (Piel)
      1. procurar para encontrar
      2. procurar para assegurar
      3. procurar a face
      4. desejar, demandar
      5. requerer, exigir
      6. perguntar, pedir
    2. (Pual) ser procurado

דָּרַשׁ


(H1875)
dârash (daw-rash')

01875 דרש darash

uma raiz primitiva; DITAT - 455; v

  1. recorrer a, procurar, procurar com cuidado, inquirir, requerer
    1. (Qal)
      1. recorrer a, freqüentar (um lugar), (pisar em um lugar)
      2. consultar, inquirir de, procurar
        1. referindo-se a Deus
        2. referindo-se a deuses pagãos, necromantes
      3. buscar a divindade por meio de oração e adoração
        1. Deus
        2. divindades pagãs
      4. procurar (com uma exigência), demandar, requerer
      5. investigar, inquirir
      6. perguntar por, requerer, demandar
      7. praticar, estudar, seguir, buscar com aplicação
      8. procurar com cuidado, preocupar-se com
    2. (Nifal)
      1. permitir que alguém seja interrogado, consultado (somente referindo-se a Deus)
      2. ser procurado
      3. ser requerido (referindo-se a sangue)

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

עֹז


(H5797)
ʻôz (oze)

05797 עז ̀oz ou (completamente) עוז ̀owz

procedente de 5810; DITAT - 1596b; n m

  1. poder, força
    1. material ou física
    2. pessoal ou social ou política

פָּנִים


(H6440)
pânîym (paw-neem')

06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

  1. face
    1. face, faces
    2. presença, pessoa
    3. rosto (de serafim or querubim)
    4. face (de animais)
    5. face, superfície (de terreno)
    6. como adv. de lugar ou tempo
      1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
    7. com prep.
      1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

תָּמִיד


(H8548)
tâmîyd (taw-meed')

08548 תמיד tamiyd

procedente de uma raiz não utilizada significando estender; DITAT - 1157a; n. m.

  1. continuidade, perpetuidade, estender
    1. continuamente, continuadamente (como advérbio)
    2. continuidade (substantivo)