Enciclopédia de Salmos 15:1-1

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

sl 15: 1

Versão Versículo
ARA Quem, Senhor, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte?
ARC SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? quem morará no teu santo monte?
TB Quem, Jeová, poderá hospedar-se na tua tenda?
HSB מִזְמ֗וֹר לְדָ֫וִ֥ד יְ֭הֹוָה מִי־ יָג֣וּר בְּאָהֳלֶ֑ךָ מִֽי־ יִ֝שְׁכֹּ֗ן בְּהַ֣ר קָדְשֶֽׁךָ׃
BKJ SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?
LTT ‹Salmo de Davi.› Ó SENHOR, quem habitará no Teu tabernáculo? Quem morará no Teu santo monte?
BJ2 Salmo. De Davi. Iahweh, quem pode hospedar-se em tua tenda?[z] Quem pode habitar em teu monte sagrado?
VULG Tituli inscriptio, ipsi David. Conserva me, Domine, quoniam speravi in te.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Salmos 15:1

Salmos 1:1 Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
Salmos 2:6 Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte Sião.
Salmos 3:4 Com a minha voz clamei ao Senhor; ele ouviu-me desde o seu santo monte. (Selá)
Salmos 21:3 Pois o provês das bênçãos de bondade; pões na sua cabeça uma coroa de ouro fino.
Salmos 23:6 Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor por longos dias.
Salmos 24:3 Quem subirá ao monte do Senhor ou quem estará no seu lugar santo?
Salmos 27:4 Uma coisa pedi ao Senhor e a buscarei: que possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor e aprender no seu templo.
Salmos 43:3 Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem e me levem ao teu santo monte e aos teus tabernáculos.
Salmos 61:4 Habitarei no teu tabernáculo para sempre; abrigar-me-ei no oculto das tuas asas. (Selá)
Salmos 84:4 Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvar-te-ão continuamente. (Selá)
Salmos 87:1 O seu fundamento está nos montes santos.
Salmos 92:13 Os que estão plantados na Casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus.
João 3:3 Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.
João 14:3 E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também.
João 17:24 Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me hás amado antes da criação do mundo.
Hebreus 12:22 Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos,
Apocalipse 7:14 E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.
Apocalipse 14:1 E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em sua testa tinham escrito o nome dele e o de seu Pai.
Apocalipse 21:3 E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.
Apocalipse 21:23 E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O Tabernáculo

século XV ou XIII a.C.
O QUE ERA O TABERNÁCULO?
Enquanto o povo de Israel se encontrava acampado no deserto junto ao monte Sinai, o Senhor deu a Moisés instruções detalhadas para a construção de uma tenda de culto,' chamada de "santuário", "tabernáculo" e "tenda da congregação" O termo "tabernáculo" (da palavra latina tabernaculum, tenda) se referia à tenda de culto e ao átrio ao seu redor. A tenda propriamente dita era constituída do Santo Lugar, medindo 20 por 10 côvados (9 por 4,5 m) e do Lugar Santíssimo, também chamado de "Santo dos Santos", com 10 côvados (4,5 m) de cada lado, onde ficava a "arca da aliança". As duas partes do santuário eram separadas por uma cortina de fio azul, púrpura e escarlate. Ao redor da tenda de culto, havia um átrio retangular cercado de cortinas com 100 por 150 côvados (45 por 22,5 m). A estrutura era feita de madeira de acácia, resistente aos insetos como os cupins, comuns na península do Sinai. Sobre esta estrutura, era esticada uma cobertura feita de peles de carneiros e bodes, e de um animal cuja identificação ainda é incerta.? Há quem proponha que essas "peles finas" fossem provenientes de dugongos, mamíferos aquáticos encontrados no mar Vermelho, uma hipótese bem mais provável do que os "'exugos" mencionados na 5ersão Revista e Corrigida.

SANTUÁRIOS MÓVEIS DO EGITO E DO SINAI
Moisés e seus artífices tinham à sua disposição a tecnologia egípcia tradicional de construção de santuários móveis. exemplo mais antigo do qual se tem conhecimento é estrutura de um pavilhão laminado em ouro da rainha Hetepheres (c. 2600 a.C.), a mãe de Khufu (Quéops), o faraó que construiu a grande pirâmide. Vários santuários móveis revestidos de ouro foram encontrados no túmulo do rei egípcio Tutankamon (1336-1327). Antes do êxodo, Moisés passou quarenta anos na península do Sinai com midianitas da família de sua esposa.? Um santuário em forma de tenda datado de 1100 a.C. proveniente de uma mina de core em Timna (Khibert Tibneh), no vale da Arabá ao sul do mar Morto, pode ter sido confeccionado por midianitas. Varas de madeira com vestígios de cortinas vermelhas e amarelas foram encontradas nesse local. Além da experiência egípcia, Moisés talvez tenha lançado mão de térnicas dos midianitas na construção do tabernáculo.

A MOBÍLIA DO TABERNÁCULO
Vários objetos colocados no tabernáculo são descritos em detalhe em Êxodo 25:10-40; 27:1-8. O lugar de honra foi reservado para a "arca da aliança", uma arca de madeira de acácia revestida de ouro medindo 1,1 m de comprimento e 70 centímetros de largura e altura, contendo as duas tábuas de pedra onde os Dez Mandamentos haviam sido gravados. Sobre sua tampa de ouro maciço ficavam dois querubins com as asas estendidas. O nome dessa tampa, chamada tradicionalmente de "propiciatório", deriva do verbo hebraico "expiar" ou "fazer propiciação". Nas laterais da arca havia quatro argolas de ouro, pelas quais eram passadas varas de acácia revestidas de ouro para carregar a arca, um método semelhante àquele usado para carregar uma caixa encontrada no túmulo de Tutankamon
Reconstituição do tabernáculo, a Arca da aliança e o candelabro de ouro podem ser vistos dentro da tenda de adoração.
Reconstituição do tabernáculo, a Arca da aliança e o candelabro de ouro podem ser vistos dentro da tenda de adoração.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

O tabernáculo e o sumo sacerdote

O tabernáculo e seus componentes

1 Arca (Ex 25:10-22; 26:33)

2 Cortina (Ex 26:31-33)

3 Coluna da cortina (Ex 26:31, 32)

4 Santo (Ex 26:33)

5 Santíssimo (Ex 26:33)

6 Cortina (Reposteiro) (Ex 26:36)

7 Coluna da cortina (do reposteiro) (Êx 26:37)

8 Base de cobre com encaixe (Ex 26:37)

9 Altar do incenso (Ex 30:1-6)

10 Mesa dos pães da proposição (Êx 25:23-30; 26:35)

11 Candelabro (Ex 25:31-40; 26:35)

12 Panos de linho (Ex 26:1-6)

13 Panos de pelo de cabra (Ex 26:7-13)

14 Cobertura de pele de carneiro (Êx 26:14)

15 Cobertura de pele de foca (Êx 26:14)

16 Armação (Ex 26:15-18, 29)

17 Base de prata com encaixe para armação (Ex 26:19-21)

18 Travessa (Ex 26:26-29)

19 Base de prata com encaixe (Ex 26:32)

20 Bacia de cobre (Êx 30:18-21)

21 Altar da oferta queimada (Ex 27:1-8)

22 Pátio (Ex 27:17, 18)

23 Entrada (Ex 27:16)

24 Cortinados de linho (Êx 27:9-15)

Sumo sacerdote

Êxodo, capítulo 28, descreve em detalhes as vestes do sumo sacerdote de Israel

Turbante (Ex 28:39)

Sinal sagrado de dedicação (Ex 28:36-29:6)

Pedra de ônix (Ex 28:9)

Correntinha (Ex 28:14)

Peitoral do julgamento com 12 pedras preciosas (Êx 28:15-21)

Éfode e cinto (Ex 28:6, 8)

Túnica sem mangas azul (Êx 28:31)

Barra com sinos e romãs (Êx 28:33-35)

Veste comprida de linho fino (Ex 28:39)


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Salmos Capítulo 15 do versículo 1 até o 5

SALMO 15: A VIDA DE SANTIDADE, 15:1-5

Este salmo, identificado como "Um Salmo de Davi", é o primeiro do tipo conhecido como "litúrgico", isto é, ligado à adoração pública. Existem aproximadamente trinta sal-mos que se enquadram nessa categoria (cf. Int.). O Salmo 15 é uma perfeita pepita de devoção e, da mesma forma que uma pedra preciosa, dificilmente pode ser dividida sem ser danificada. O poema descreve as características positivas e as negativas de quem permanece no Tabernáculo do Senhor e habita em seu santo monte. A vida de santidade apresenta esses dois lados. Ela envolve algumas abstinências e negações do eu. Ela tam-bém requer algumas características positivas e um serviço ativo. A bondade meramente passiva e negativa nunca atenderá as vastas necessidades da vida humana atual. A bondade precisa de uma qualidade dinâmica de piedade se ela tiver como alvo atender as necessidades da nossa era presente.

1. As Características Positivas de uma Vida Santa (15:1-2)

Quais são as características positivas do cidadão de Sião? São mencionadas cinco:

  1. Habitar (1). Habitará sugere permanência. Significa vir e permanecer. Por isso, foi assim que Jesus falou acerca do Consolador que viria aos seus discípulos em Pente-costes: "Ele vos dará outro Consolador, para que fique (habite) convosco para sempre" (Jo 14:16). Para habitar no Tabernáculo do Senhor significa firmar nossa vida em Deus.
  2. Morar (1). Morará acrescenta a idéia de estar em casa, ser um membro do lar, tendo status permanente na família. Nenhum poder terreno ou satânico pode nos arrancar da nossa morada no santo monte de Deus se nossos corações estiverem firmados nele. Um cristão pode deixar o lar, mas ele nunca precisará temer ser seqüestrado ou levado à força.
  3. Caminhar em sinceridade (2). Caminhar descreve um curso habitual de vida. Aquele que anda em sinceridade é a mesma linguagem usada em Gênesis 17:1, em que Deus disse a Abraão: "Anda em minha presença e sê perfeito". Kirkpatrick ressalta: "A palavra tamim significa

    1) completo,
    2) sem culpa, como referência à vítima sacrifical,

    3) no sentido moral, perfeito, sincero, sem culpa. Essa palavra inclui a devoção sincera a Deus e a completa integridade ao lidar com os homens".36 O Novo Testamento apresenta uma boa descrição da perfeição evangélica (cf. Mt 5:48; Hb 6:1-1 Jo 4:17-19) !
  4. Praticar a justiça (2). A conduta externa deve ser justa. Justiça (tsaddiq; "justo") significa "ser correto", de acordo com a lei.

e) Falar a verdade (2). Falar a verdade segundo o seu coração significa viver em absoluta sinceridade. A verdade nos lábios é importante. A verdade no coração é muito importante. A convicção do salmista acerca da necessidade de purificação estava basea-da na sua compreensão de que Deus deseja "a verdade no íntimo" (Sl 51:6-7).

2. As Características Negativas de um Viver Santo (15:3-5)

Podemos enumerar oito aspectos de negação de uma vida de santidade:

  1. Não difamar (3). Não difama com a sua língua significa literalmente: "Ele não pronuncia calúnia com a sua língua". Inventar ou passar adiante histórias que são inju-riosas e denigrem a reputação de outra pessoa é considerado pecado que não tem lugar na vida dos cidadãos de Sião.
  2. Não fazer o mal (3). O hebraico (ra) é um termo genérico que inclui todo tipo de dano, maldade e pecado. Ele é tão amplo quanto o termo português "mal". O homem aprovado por Deus não prejudica seu próximo.
  3. Não injuria [calúnia] (3). Aceitar alguma afronta contra o seu próximo pode significar: dar origem a uma calúnia e escárnio ou passar adiante o que de outra forma ficaria oculto. Ou pode significar adicionar difamação à desgraça do próximo. "Sabe o que eu ouvi?" é o prelúdio de muitos ataques mortíferos ao bom nome de alguém.
  4. Não fechar os olhos para o pecado (4). Aquele a cujos olhos o réprobo é des-prezado significa literalmente: "Desprezado em seus olhos é o réprobo". O cidadão de Sião não se regozija com o registro da iniqüidade. Nem fecha os olhos para o pecado e a conduta encoberta que viola a lei de Deus.
  5. Não mudar a palavra (4). "Sua palavra vale tanto quanto o seu pacto". Promessas feitas devem ser mantidas, a não ser que esteja envolvido algum pecado. O mero fato de uma promessa se tornar desvantajosa para aquele que a fez não o libera da obrigação de mantê-la.

O Não cobrar juros extorsivos (5). Usura é, às vezes, definida como qualquer tipo de juros. Mas o termo hebraico vem da raiz que significa "infligir com uma picada" como uma serpente ou "oprimir". Os juros comerciais dos tempos do NT eram reconhecida-mente legítimos (Mt 25:27). Assim, provavelmente, o termo deveria ser entendido como juros exorbitantes ou desmedidos — o significado mais comum hoje em dia.

  1. Não receber suborno (5). Nem recebe suborno contra o inocente. O suborno sempre foi proibido nos países orientais, como podemos verificar em Êxodo 23:7-8; Deuteronômio 16:19-27.25. Ele também é freqüentemente condenado pelos profetas.
  2. Não vacilar (5). Quem faz isto nunca será abalado. Isso pode ser visto como uma condição e uma conseqüência. Literalmente essa frase pode significar: "Quem fizer essas coisas jamais será abalado". Uma pessoa como a que foi descrita aqui vai permanecer firme, constante e fidedigna em meio a condições e circunstâncias turbulentas 1Co 15:58).

Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Salmos Capítulo 15 versículo 1
Antes de entrarem no templo, os fiéis são instruídos sobre as condições morais necessárias para participarem dignamente do culto ao SENHOR. Conforme Sl 24:3-6; Is 33:14-16.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Salmos Capítulo 15 do versículo 1 até o 5
*

Sl 15 Este salmo nos lembra o Sl 1, enfocando sua atenção sobre os requisitos para alguém aproximar-se da presença de Deus, no santuário. É semelhante a Sl 24:3-6. As duas passagens (cf., também 33:14-16) têm sido chamadas de "liturgias de entrada", visto que respondem à pergunta: "Quem pode entrar no santo lugar de Deus?"

* 15:1

tabernáculo? Lit., "tenda". Antes do templo ser erigido, o símbolo da habitação de Deus entre o seu povo era uma tenda.

santo monte? O monte Sião, onde o templo estava localizado.

* 15.2-5 Os dez requisitos para a entrada ali são éticos, e não formais ou litúrgicos.

* 15:4

com dano próprio. Alternativamente, "e não se retrata". A lição é a mesma: quando faz uma promessa, a pessoa justa cumpre a sua palavra.

* 15:5

não empresta o seu dinheiro com usura. Dt 23:19,20. De um estrangeiro se podia cobrar juros, mas não de um compatriota israelita. A intenção dos empréstimos era aliviar a necessidade extrema, e tais juros eram uma forma de exploração.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Salmos Capítulo 15 do versículo 1 até o 5
15:1 Tabernáculo e monte santo são palavras intercambiáveis que descrevem o principal centro da adoração israelita: a morada de Deus. Na poesia hebréia o esquema de repetição se encontra mais no pensamento que na consonância ou rima.

15.1ss Deus chama a seu povo a ser moralmente reto. Neste salmo, dá-nos dez normas para nos ajudar a determinar como vamos. Vivemos em meio de gente malvada cujas normas e moral se estão desgastando. Nossos padrões de vida não deveriam provir da sociedade malvada em que vivemos, mas sim de Deus. Podemos encontrar outras referências sobre este tema em Is 33:15, Is 56:1; Mq 6:8; Hc 2:4 e Mc 12:29-31.

15:3, 4 As palavras são poderosas e a maneira em que alguém as usa refletem sua relação com Deus. Possivelmente nada identifica tanto aos cristãos como sua forma de medir-se ao falar: falam a verdade, não se burlam e guardam os votos (promessas). Tome cuidado com o que diz. (Veja-se Jc 3:1-12 se deseja maior informação a respeito da importância de dominar a língua.)

15:5 Deus estava contra a prática judia de cobrar interesses excessivos (usura) ou de tirar ganho sobre os empréstimos aos judeus necessitados (vejam-se Ex 22:25; Lv 25:35-37). Entretanto, estava permitido cobrar interesse sobre empréstimos aos estrangeiros (Dt 23:20). O interesse estava além disso permitido por razões de negócios, sempre e quando não fora exorbitante (Pv 28:8).

15:5 Algumas pessoas estão tão obcecadas com o dinheiro que são capazes de violar as normas de Deus para obtê-lo. Se o dinheiro for uma força dominante em sua vida, deve ser freado ou machucará a outros e destruirá sua relação com Deus.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Salmos Capítulo 15 do versículo 1 até o 5
Sl 15:1 contém duas questões, que são respondidas nos versículos 2:5 . Os versículos 3:5 são uma expansão mais detalhada do mapa geral feita no versículo 2 .

Sl 15:1 são notavelmente paralelo.

I. A dupla indagação (Sl 15:1. ). A segunda questão, quem habitará no teu santo monte? relaciona-se com a Igreja triunfante, cujos membros vão morar para sempre com o Senhor. É de notar que as respostas a essas perguntas são idênticos. Embora a justificação é somente pela fé, a comunhão com Deus agora e para sempre depende de uma fé viva atestado por certos padrões de vida diária. O Apóstolo Tiago deixa claro que a fé genuína será provado pelas obras cristãs (Jc 2:17 Jas. , 26 ). Como Jesus disse ao jovem rico: "Se queres entrar na vida, observa os mandamentos" (Mt 19:17 ).

No Gamara, diz-se que, no Sl 15:1. ; . Gl 5:14 ).

Seis dos critérios de um homem de Deus, listado no Sl 15:1 ). Como Delitzsch aponta, "Sua vontade diz respeito à própria substância da lei, viz. os nossos deveres para com todos os homens, e o estado interior do coração em direção a Deus ".

Este salmo não diz nada de como se alcança e mantém estas qualidades morais. Davi está interessado neste momento simplesmente em enfatizar as próprias qualidades. O pretérito perfeito dos verbos hebraicos é usada, indicando qualidades tentaram ou habituais.

Observe os critérios.

(1) O homem de Deus anda retamente . (2) As suas obras são justos (2a). A prova de que as suas obras são genuínos é visto no fato de que (3), ele fala a verdade no seu coração (2b).

Mas existem dois pólos positivos e negativos da vida piedosa: o homem de Deus não maltratar seus colegas homens (v. Sl 15:3 ). Pecados da língua, especialmente se destacam: (4) ele não caluniar seu amigo, e (5), ele não ocupa um opróbrio contra o seu próximo.Isso elimina fofocas sobre irmãos na 1greja. (6) Ele pratica nenhum mal ao seu amigo (
- 3b) Um que maltrata seu amigo não está apto para a comunhão com ninguém, especialmente com Deus.

Versículo Sl 15:4 ), o contexto aqui não permite essa interpretação. (7) Em seus olhos um réprobo é desprezado , claramente é contrastada com (8) que os que temem Johovah honra , e exige o paralelismo.

Eliseu era um exemplo notável de um em cujos olhos o réprobo é desprezado (2Rs 3:13 ). Um homem de Deus não imoralmente favores com os ímpios. Eliseu depised Ahab mas honrado temente a Deus Josafá.

(9) O homem de Deus guarda a sua palavra; ele não muda , mesmo quando ele descobre que seu juramento trabalha para o seu próprio dano .

(10) Ele não cobrar juros exorbitantes. O critério no versículo 5 não condena interesse jurídico quanto cobrado no comércio moderno. As taxas de juros nos dias de Davi variou 20-50 por cento do valor do empréstimo. Sob a lei mosaica, os hebreus eram proibidos de oprimir, assim, seus irmãos (Ex 22:24. ; Lv 25:37. ; Dt 23:20. ; conforme Pv 28:8 ).Coletando uma taxa honesta de interesse para o dinheiro emprestado é o mesmo princípio que coleta uma renda honesta para terreno ou imóvel emprestado a outro. Mas os princípios cristãos podem impedir o homem de Deus, desde a coleta até a taxa de juro legal de um irmão que está em tal extrema necessidade que ele iria encontrar a taxa legal opressivo.

(11) Aquele que deseja a comunhão com Deus não vai aceitar um suborno, para "um suborno Acaso cegar as palavras dos sábios, e perverte as palavras dos justos" (Dt 16:19 ). Ele não terá recompensa contra o inocente (5b ). Isso é impensável para quem teme a Deus.

Ele, então, que deseja a comunhão com Deus irá tratar seus semelhantes com caridade cristã. A ênfase de Jesus sobre este princípio é impressionante feita em Mt 7:12 , onde Seu uso de "portanto" amarra fortemente a regra de ouro do seu contexto de efetiva rezando. Em essência, Ele está dizendo que quem teria Deus como Pai, por sua vez deve tratar seus semelhantes como irmãos. O mesmo princípio é a ênfase deste salmo: quem quiser permanecer no de Deus tabernáculo (a Igreja, o corpo de Cristo) nesta vida e habitar em Seu santo monte para sempre, deve praticar sinceramente amor por seus semelhantes.

III. A RECOMPENSA colector (Sl 15:5. ; 1Pe 1:3. ), mas ele vai ser como Mt. Si Zion ", que não pode ser abalado, mas permanece para sempre" (Sl 125:1. ).

Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Salmos Capítulo 15 do versículo 1 até o 5
15.1 Duas perguntas importantes sobre a comunhão com Deus.
15:2-5 A, resposta pormenorizada a essas perguntas, do homem que pode entrar em comunhão com Deus, se descreve positiva e negativamente, pois a retidão abrange não somente o que alguém faz, mas também aquilo que evita fazer. Mencionam-se aqui onze pontos específicos desses dois tipos, que devem caracterizar a vida dos justos.

15.2 Somente os que assimilaram a retidão de Cristo podem preencher todas essas exigências (conforme 2Co 5:21; 1Jo 3:7). Em primeiro lugar, o homem necessita ser justo, antes de praticar obras justas.

15.5 A promessa. Numa época em que tantos crentes estão tendo dificuldades emocionais, é importante estudar com cuidado este salmo, para descobrir o que é que conserva o crente estável e emocionalmente saudável: a comunhão com Deus, comprovada pelo viver diário.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Salmos Capítulo 15 do versículo 1 até o 5
Sl 15:0). Embora seja possível encontrar dez condições aqui (cf. o decálogo em Ex 20), é melhor interpretar o v. 2 como a resposta, e os v. 3-5b, como uma série de exemplos específicos. O v. 5c pode ser um acréscimo posterior quando o salmo era usado com objetivos didáticos. Liturgias de permissão como essa para entrada no templo podem ser encontradas em Sl 24:3-19 e Is

33:14-17; e o ensino profético também ocorre em Mq 6:0;

7.6), mas também aplicável ao templo (conforme Sl 27:4,Sl 27:5; Is 33:20). santo monte-, o monte Sião (v.comentário Dt 2:6), santificado pela presença de Javé. v. 2. íntegw. heb. tãmim significa “completo”, “sem mancha”, “irrepreensível”; não perfeito, mas que não tenha falha evidente (“grande transgressão”,

19.13), “sadio”, tendo um “coração não dividido” (von Rad; conforme Dt 18:13). Além de integridade, a idéia aqui é de sinceridade e devoção completa a Deus e à sua lei (cf. Gn 17:1; Sl 119:1). verdade: em quem se pode confiar, de coração', conforme Sl 12:1; Is 29:13.

v. 3. semelhante', pessoas do seu convívio. não lança calúnia', o sentido no original não está bem claro; tal pessoa não passa adiante relatos do infortúnio do seu próximo, nem se alegra com eles nem se aproveita do seu próximo em virtude desses relatos, v. 4. quem merece desprezo', um malfeitor notório que evidentemente foi rejeitado por Deus (conforme Jr 6:30); acerca da idéia do v. 4a, v. SL

1.1. que mantém a sua palavra', conforme Lv 27:10. v. 5. Cobrar juros de uma pessoa necessitada era proibido pela lei israelita (conforme Ex 22.25; Lv 25:36,37), mas permitido para os negócios com estrangeiros (conforme Dt 23:20). As taxas de juros na antiga Mesopotâmia chegavam a 50% ao ano. aceita suborno', a corrupção era tentadora tanto para o juiz quanto para as testemunhas (conforme Ex 23:8; Dt 16:19Is 1:23; Is 5:23; Mq 3:11; Mq 7:3). nunca será aba-ladol: tal pessoa não somente será admitida para a comunhão com Javé no santuário, mas, como qualquer hóspede no Antigo Oriente Médio, estará constantemente debaixo da proteção do seu anfitrião (conforme Sl 10:6; Sl 13:4Sl 16:8; Sl 91:1,Sl 91:2; Pv 10:30; Is 33:16; ljo 2:17).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Introdução ao Capítulo 1 do Livro de Salmos

INTRODUÇÃO

Natureza. Entre todos os livros da antiguidade, nenhum tem agradado tanto ao coração humano como Os Salmos. Em nenhum outro livro da Bíblia podemos encontrar tal variedade de experiências religiosas. Aqui o coração de Israel foi desnudo em múltiplas expressões de fé, pois 1srael conheceu experimental, mente a verdade da revelação de Deus. Nos diversos Salmos, o conhecimento que Israel tinha dos dias passados uniu-se à adoração e assim recebeu permanência. A experiência dos indivíduos está aqui ligada à vida corporativa de Israel. Portanto, no Livro dos Salmos existe uma qualidade universal que só pode advir da expressão combinada das experiências espirituais dos homens nos muitos períodos da história e em uma variedade de circunstâncias da vida. Cada homem foi motivado pelo seu desejo de reação para com o Deus vivo. Todos foram unidos pelo seu desejo inerente de reagir através de suas mais profundas emoções. Cada tipo de experiência religiosa reflete-se no cadinho da vida dada e projeta-se sobre a vida do crente de hoje. Assim, encontramos nos Salmos uma ausência da limitação do tempo que toma este livro igualmente aplicável a cada período da história.

O termo "Salmos" vem da LXX, que deu o título de Psalmoi à coleção. Um dos maiores manuscritos bíblicos, o Códice Alexandrino, fornece a designação "Saltério" pelo uso da palavra grega Psalterion. Contudo, a Bíblia Hebraica usa a designação Tehillîm, que significa "Louvores". Na literatura rabínica esta mesma idéia foi transmitida no termo Seper Tehillîm, significando "Livro dos Louvores". Em ambos os termos, hebraico e grego, encontramos a raiz significando cântico com acompanhamento instrumental. Através da passagem do tempo a palavra assumiu o significado de "o canto com acompanhamento musical", um aspecto do culto israelita popularizado pelo cântico dos coros levíticos. Muitos dos salmos dão evidências de terem sido usados pelos coros e devotos como hinos, enquanto outros não se adaptavam a tal uso.

Entretanto, a coleção como um todo atesta do mais profundo e mais apaixonado anseio de Israel em conjunto na adoração de Deus.

Títulos e Autoria. Uma das coisas que primeiro se nota em um salmo é o título que leva. Como chegar a uma adequada interpretação desses títulos é um dos problemas mais exasperantes apresentados por este livro. Às vezes é a autoria que está enfatizada nos títulos; noutras, o relacionamento. A ocasião da composição dos salmos às vezes é indicada. Certos títulos fazem referência do uso especifico de um salmo para o culto público. Outros títulos indicam o desejado efeito musical ou cenário. Outros ainda descrevem o caráter básico do salmo como
1) um hino para ser cantado com acompanhamento musical (mizmôr),
2) uma canção (shîr),
3) uma antema (maskîl), ou
4) uma lamentação (miktam).

Todos, menos trinta e quatro salmos, têm algum tipo de título sobrescrito. Os trinta e quatro salmos sem título são chamados de "órfãos" judeus. Entre os salmos com título, setenta e três têm a inscrição le Dawid, que foi traduzida para "Um Salmo de Davi" na E.R.A, e E.R.C. Contudo, o uso hebraico da expressão pode indicar "pertencente a Davi", "no estilo de Davi" ou "por Davi". De modo nenhum se deve considerar que esses títulos sempre indiquem autoria, quer se refira a Davi ou outros. A LXX acrescenta o nome de Davi a quinze salmos que não foram assim intitulados no hebraico. Em adição aos setenta e três atribuídos a Davi (oitenta e oito na LXX), doze são relacionados com Asafe, doze com os Filhos de Coré, dois com Salomão, um com Etã e um com Moisés.

Embora esses títulos não façam parte do texto original, eles se baseiam em tradição relativamente antiga. Uma comparação entre o Texto Massorético e a LXX indica que os títulos antedatam a LXX, pois algumas das orientações musicais já eram incompreensíveis aos tradutores gregos e os títulos não se fixaram. Embora os sobrescritos não façam parte do texto original, são dignos de consideração, pois representam o primeiro esforço do homem em escrever uma introdução ao Saltério.

Estrutura. Embora o livro de Salmos pareça carecer de um plano, não está em uma ordem indefinida. Embora careça de organização em termos de assunto, segue um sistema muito mais óbvio de organização. Está dividido em cinco seções, representando diversas coleções que foram reunidas. De acordo com o Midrash on the Psalms, um antigo comentário judeu, esta divisão quíntupla foi feita para corresponder aos cinco livros da Lei. Assim deve ter havido um propósito original entre os editores das coleções de salmos para fazer um paralelo entre esta quíntupla expressão do povo com a quíntupla convocação divina.

Mais evidências de um plano é a presença da doxologia no fim de cada um dos cinco livros. Os salmos 41:72-89, 106 e 150 incluem doxologias para cada um dos cinco livros. Realmente, o Sl 150:1 é uma doxologia global, enquanto o Sl 1:1, declara-se que ali "findam as orações de Davi", embora sigam-se outros salmos que se atribuem a Davi. Outras coleções menores incluem os Salmos das Peregrinações e os Salmos dos Aleluias. Certas seções também demonstram uma preferência decisiva por Jeová ou Elohim, indicando a antiga existência de determinadas seções. As coleções abaixo podem ter circulado separadamente, sendo mais tarde reunidas:

Salmos 3-41. Uma coleção davídica com doxologia e preferência por Yahweh (272 ocorrências com 15 de Elohim).

Salmos 51-72. Uma coleção davídica com doxologia e preferência por Elohim (208 ocorrências com 48 de Yahweh).

Sl 50:1. Coleção de corporação levita atribuída aos Filhos de Coré.

Salmos 90-99. Salmos sabáticos intimamente relacionados com o culto regular do sábado.

13 1:118-1'>Salmos 113-118. Salmos de Halel do Egito, relacionados com o culto da Festa da Páscoa (cons. Sl 136:1).

Salmos 120-134. Cânticos das Peregrinações ou dos Degraus, provavelmente cantados pelos peregrinos quando iam ao Templo.

Salmos 146-150. Salmos dos Aleluias cantados nos festivais.

T.H. Robinson (The Poetry of the Old Testament) e outros têm sugerido que uma divisão tripla precedeu a forma quíntupla final. Esses três livros 1:41-42-89, 90-150, podem bem ter sido redivididos na forma presente para fazê-los corresponder às divisões da Lei. Quer se possa ou não provar esta teoria, uma compreensão adequada da natureza composta do livro dos Salmos é coisa essencial. Através do processo gradual da compilação, rearranjo e revisão, Deus preservou este tesouro da expressão de Israel diante de Sua revelação.

Data. Um preciso sistema de datas para o livro de Salmos é impossível. Os responsáveis pela edição final do Saltério, como também os compiladores anteriores, esforçaram-se em fornecer um hinário para suas gerações. Em tempos de tensão e dificuldades, tentaram reviver o vigor do passado para servir ás necessidades dos seus dias. O processo da revisão e adaptação faz muitos dos salmos parecerem posteriores aos períodos de sua origem.

N.H. Snaith (Twentieth Century Bible Commentary, pág.
235) diz: "Poucos Salmos são pré-exílicos ou totalmente pós-exílicos. Alguns Salmos podem conter elementos de várias datas distantes em mais de mil anos". Alguns mestres têm seguido Duhm, afirmando que a maioria dos salmos pertencem ao período dos Macabeus. Contudo, a tendência hoje em dia entre esses mestres, tais como Gunkel, Snaith, Patterson, Oesterley e outros é de lhes conceder datas mais antigas. A frase, "O Hinário e Livro de Orações do Segundo Templo", pode bem se aplicar à coleção como um todo por causa da edição final depois do Exílio. No entanto, a maior parte do Saltério é pré-exílico, com alguns elementos originalmente pré-davídicos. Este reconhecimento de material antigo e novo torna o livro dos Salmos ainda mais precioso como registro de toda a história da expressão de Israel diante de Deus na qualidade de Seu Povo Escolhido.

Embora seja importante na interpretação conhecer os antecedentes históricos exatos e a data de certa passagem, torna-se menos imperativo nos Salmos do que em outras seções do Velho Testamento. Por causa da universalidade de suas verdades, o livro sofre menos da falta deste conhecimento do que se poderia esperar. Sua mensagem eterna toma-a aplicável ao período pré-exílico, ao período pós-exílico e à nossa presente dispensação. Contudo, esta ausência da limitação temporal não deveria nos afastar de buscarmos os antecedentes históricos sempre que possível. O estilo literário, as alusões históricas, a linguagem, as idéias teológicas e outras evidências internas deveriam ser examinadas, porque qualquer passagem é enriquecida quando seus antecedentes são devidamente compreendidos. Mesmo que tais aquisições da realidade sejam desejáveis, o dogmatismo em atribuir autores, datas e circunstâncias é descabido por causa da mensagem ilimitada do livro. Devemos nos lembrar de que a história costuma repetir-se muitas e muitas vezes.

Forma Poética. Os hebreus deram ao mundo uma herança de expressão poética simples e infantil. Seus pronunciamentos poéticos saíram mais do coração do que de um desejo de atingir a excelência da arte. Considerando que o hebraico é uma linguagem pitoresca, cada palavra é viva e descritiva. As raízes verbais retratara ação visível, enquanto o seu uso dá lugar à imaginação. A linguagem tem uma qualidade intensamente emocional muito apropriada para exibir ardente paixão religiosa.

Embora a poesia hebraica não tenha rima e seja pobre na métrica, tem aspectos compensatórios. Em lugar dos fundamentos básicos da poesia inglesa, o hebraico emprega duas principais características que a distinguem – acento rítmico (ritmo) e paralelismo. De acordo com F.C. Eiselen (The Psalms and Other Sacred Writings), o ritmo é "a repetição harmoniosa de determinadas relações de som". Um padrão rítmico de dois, três ou quatro compassos em cada linha torna possível esta harmoniosa repetição. Diversas sílabas átonas entre os compassos formam a regra das sílabas curtas e longas. Esta forma de regulamentação depende do ritmo dentro das cláusulas e do equilíbrio rítmico entre as cláusulas. O resultado é um agradável subir e descer da voz que pode expressar espírito animado, segurança, calma, excitamento, lamentação ou qualquer outra qualidade emocional .

A segunda principal característica distinta da poesia hebraica é o equilíbrio de forma e sentido chamado paralelismo. O poeta apresenta uma idéia; depois ele a reforça por meio da repetição, variação ou contraste. Três tipos principais de paralelismo se encontram através do Saltério:

COMENTÁRIO

LIVRO 1. Salmos 1-41

O primeiro livro na divisão quíntupla do Livro dos Salmos parece ter sido alguma vez uma coleção davídica em separado. O nome Senhor, Yahweh em hebraico, aparece 272 vezes, enquanto o mais generalizado Elohim só se encontra 15 vezes. Os salmos são de conteúdo variado, mas os ensinamentos morais são simples e diretos. Evidente através de toda esta divisão está a fé positiva na justiça de Deus. O Salmo 1 serve como introdução a todo o Saltério, enquanto o Salmo 2 introduz a coleção do Livro I. O fato de alguns manuscritos darem o Salmo 3 como sendo o primeiro torna o caráter introdutório do salmo 1 e 2 mais aparente. Também é possível que os salmos 1:2 fossem originalmente um só salmo, começando e terminando com "bem-aventurados". Todos com exceção do 1, 2, 10 e 33 estão ligados a Davi pelo título e anotações.


Dicionário

Habitar

verbo transitivo direto e transitivo indireto Morar; ter como residência fixa: habitava um apartamento novo; habitam em uma cidade pequena.
Figurado Permanecer; faz-ser presente: um pensamento que habitava sua mente; Deus habita na alma de quem crê.
verbo transitivo direto Povoar; providenciar moradores ou habitantes: decidiram habitar o deserto com presidiários.
Etimologia (origem da palavra habitar). Do latim habitare.

Habitar Morar (Sl 23:6; At 7:48).

Monte

substantivo masculino Relevo de importância muito variável: o monte Evereste eleva-se a 8.848.
substantivo masculino Forma estrutural de uma região, que corresponde à camada dura de um anticlinal.
Serra, cordilheira, montanha.
Terra alta com arvoredos, matos, pastos etc.
Figurado Quantidade de quaisquer coisas em forma de monte.
Grupo, ajuntamento.
Grande volume, grande quantidade.
O bolo ou resultado das entradas de cada parceiro de um jogo.
O total dos bens de uma herança.
Figurado A porção de bens móveis e imóveis que em um inventário cabe em partilha a cada herdeiro; quinhão, lote.
Jogo de azar em que o banqueiro coloca na mesa, tirando-as do baralho, quatro cartas para se apostar numas contra as outras, ganhando os parceiros que apostarem nas que primeiro saírem.
Monte de Vênus, proeminência arredondada na sínfise pubiana da mulher.
Monte de ouro, soma considerável de dinheiro.
Correr montes e vales, andar longamente, sem destino.

Monte Grande massa de terra que se eleva acima do terreno que está à sua volta. Os montes mencionados mais vezes nas Escrituras são os seguintes: ABARIM, ARARATE, BASÃ, CALVÁRIO ou Gólgota, CARMELO, EBAL, EFRAIM, GERIZIM, GILBOA, GILEADE, HERMOM, HOR, LÍBANOS, MORIÁ, NEBO, OLIVEIRAS, Perazim (Baal-Perazim), PISGA, SEIR, SIÃO, SINAI ou Horebe, TABOR. Outros montes: Efrom (Js 15:9), Halaque (Js 11:17, RA; RC, Calvo), Jearim (Js 15:10), Sefar (Gn 10:30), Salmom (Jz 9:48), Zemaraim (2Cr 13:4).

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O MONTE

V. MONTE SIÃO (Ez 17:23).


Santo

Santo
1) Que possui SANTIDADE (Is 6:3-7; Ex 29:29; Lv 11:45; 1Pe 1:16).


2) Título de Deus que ressalta a sua SANTIDADE 1, (Hc 1:12; Is 5:24, Santo de Israel).


Santo No Antigo Testamento, considerava-se santo todo aquele que era consagrado ao Senhor (a terra, o sábado, os sacrifícios etc.) e — muito especialmente — Deus é Santo exatamente para contrapor-se a tudo que é pecaminoso (Is 6). O povo de Israel tinha a especial obrigação de ser santo, isto é, consagrado a Deus (Dt 7:6; 14,2; 26,19 etc.). Nos evangelhos, recebem esse atributo os anjos (Mc 8:38), os profetas (Lc 1:70), o Templo (Mt 24:15) e, por antonomásia, Jesus (Mc 1:24; Lc 1:35; Jo 6:69). A chamada para ser santo só pode ser ouvida a partir da perspectiva que Jesus oferece, pois é ele que santifica os homens (Jo 17:17-19).

C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Diccionario de las tres...


[...] bons Espíritos [...] são seus mensageiros e os executores de sua vontade [de Deus].
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A prece

O mais santo [é] [...] aquele que descer da própria grandeza, estendendo mãos fraternas aos miseráveis e sofredores, elevando-lhes a alma dilacerada aos planos da alegria e do entendimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Jesus no lar• Pelo Espírito Neio Lúcio• Prefácio de Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24

Santo – atributo dirigido a determinadas pessoas que aparentemente atenderam, na Terra, à execução do próprio dever.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8


hebraico: sagrado, separado; Latim: inocente, sagrado

adjetivo Que se refere à divindade; considerado sagrado.
Relacionado com religião, com ritos sagrados.
Que recebeu canonização, passando a ser cultuado pelos fiéis.
Que vive de acordo com as leis de Deus e da Igreja.
Por Extensão Que é puro em sua essência; perfeito: santo casamento.
Por Extensão Que demonstra inocência; simples: esse aí é um santo!
Por Extensão Cuja conduta serve de exemplo e modelo.
Por Extensão Que não se consegue violar nem corromper: preceito santo.
Por Extensão Que faz bem; que tem utilidade; eficaz: santo motorista.
Religião Diz-se dos dias que antecedem do domingo de Páscoa, em que a igreja não permite o trabalho, sendo consagrados ao culto religioso.
substantivo masculino A imagem da pessoa que foi alvo dessa canonização.
Quem recebeu canonização e é cultuado pelos fiéis.
Aquele que vive de acordo com as regras de Deus e da Igreja.
Pessoa cuja conduta e/ou comportamento servem como exemplo ou modelo.
Por Extensão Indivíduo que se mostra inocente; ingênuo.
Religião Designação atribuída aos orixás, entidades, em cultos afro-brasileiros.
Etimologia (origem da palavra santo). Do latim sanctus.a.um.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Tabernáculo

substantivo masculino Liturgia cat. Pequeno armário, situado sobre o altar, e no qual se conservam as hóstias consagradas.
Tenda em que os hebreus guardavam a arca da aliança.
Figurado Residência, habitação, morada.
Mesa de trabalho do ourives.
Festa dos tabernáculos, uma das três grandes solenidades hebraicas, celebrada depois da colheita, sob as tendas, em memória do acampamento no deserto, após a saída do Egito.

l. A construção do tabernáculo, com uma descrição das coisas que encerrava, acha-se narrada em Êxodo, caps. 25,26, 27,36,37,38. o tabernáculo, onde se realizava o culto público, desde que os israelitas andaram pelo deserto até ao reinado de Salomão, era não só o templo de Deus, mas também o palácio do Rei invisível. Era a ‘Sua santa habitação’, o lugar em que Ele encontrava o Seu povo, tendo com os israelitas comunhão – era, pois, o ‘tabernáculo da congregação’, isto é, o templo do encontro de Deus com o homem. Tinha a forma de um retângulo, construído com tábuas de acácia, tendo 18 metros de comprimento, e seis metros de largura. Eram as tábuas guarnecidas de ouro, e unidas por varas do mesmo metal, com a sua base de prata. Havia em volta ricos estofos e bordados custosos de várias cores (Êx 26:1-14). o lado oriental não era formado de tábuas, mas fechado por uma cortina de algodão, suspensa de varões de prata, que eram sustentados por cinco colunas, cobertas de ouro. o interior achava-se dividido em duas partes por um véu ou cortina bordada com figuras de querubins e outros ornamentos (Êx 26:36-37). A parte anterior, por onde se entrava, chamava-se o lugar santo (Hb 9:2) – o fundo do tabernáculo, ocupando um espaço menor, era o Santo dos Santos, isto é, o Lugar Santíssimo. Aqui estava a arca da aliança ou do testemunho, que era um cofre de madeira de acácia, guarnecido de finíssimo ouro por dentro e por fora, com uma tampa de ouro, em cujas extremidades estavam colocados dois áureos querubins, com as asas estendidas. Por cima estava ‘o Glória’, símbolo da presença de Deus: ficava entre eles, e vinha até à cobertura da arca – ‘o propiciatório’. A arca continha as duas tábuas de pedra, o livro da Lei, uma urna com maná, e a vara de Arão (Êx 25:21Dt 31:26Hb 9:4). Na primeira parte do tabernáculo estava o altar de ouro do incenso (Êx 30:1-10) – (para a exposição de Hb 9:3-4, *veja Altar), um candelabro de ouro maciço com sete braços (Êx 25:31-39), e uma mesa de madeira de acácia, chapeada de ouro, sobre a qual estavam os pães da proposição, e talvez o vinho (Êx 25:23-30). Em volta do tabernáculo havia um espaço de cem côvados de comprimento por cinqüenta de largura, fechado por cortinas de linho fino, que se sustentavam em varões de prata, e iam de uma coluna à outra. Estas colunas eram em número de vinte, com bases de bronze, tendo três metros de altura. A entrada era pelo lado oriental, e estava defendida por uma cortina, em que havia figuras bordadas de jacinto, de púrpura, e de escarlate (Êx 27:9-19). Era neste pátio, sem cobertura, que se realizavam todos os serviços públicos da religião e eram oferecidos os sacrifícios. Perto do centro estava o altar de cobre, com cinco côvados de comprimento por cinco de largura, tendo nos seus quatro cantos umas proeminências chamadas ‘chifres’ (Êx 27:1-8Sl 118:27). os vários instrumentos deste altar eram de bronze, sendo de ouro os do altar do incenso (Êx 25:31-40 – 27.3 – 38.3). No átrio, entre o altar de bronze e o tabernáculo, havia uma grande bacia, também de bronze, onde os sacerdotes efetuavam as suas abluções antes dos atos do culto (Êx 30:17-21). Sobre o altar via-se continuamente vivo o lume, que ao principio aparecia miraculosamente, e que depois era conservado pelos sacerdotes (Lv 6:12 – 9.24 – 10.1). É provável que, antes de ser edificado o próprio tabernáculo, fosse usada por Moisés uma tenda menor, para ali ser feita a adoração a Deus, fora do campo, que se chamava ‘a tenda da congregação’ (Êx 33:7). Deve dizer-se que todos os materiais para o tabernáculo podiam ter sido obtidos na península do Sinai, pois era simples a sua construção. Vejam-se os artigos que tratam separadamente das diversas partes do tabernáculo.

Tabernáculo Grande barraca na qual eram realizados os atos de adoração durante o tempo em que os israelitas andaram pelo deserto, depois da sua saída do Egito (Êx 25—27). O tabernáculo continuou a ser usado até que o TEMPLO foi construído, no tempo do rei Salomão.

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FESTA DOS TABERNÁCULOS

Festa dos israelitas para lembrar o tempo em que os seus antepassados haviam morado em barracas na viagem pelo deserto, do Egito à TERRA PROMETIDA (Lv 23:33-36). Começava no dia 15 do mês de ETANIM e durava uma semana (mais ou menos a primeira semana de outubro).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
‹Salmo de Davi.›
Salmos 15: 1 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

‹Salmo de Davi.› Ó SENHOR, quem habitará no Teu tabernáculo? Quem morará no Teu santo monte?
Salmos 15: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1481
gûwr
גּוּר
residir temporariamente, permanecer, habitar, residir com, ficar, habitar, ser um
(to sojourn)
Verbo
H168
ʼôhel
אֹהֶל
tenda
(in tents)
Substantivo
H1732
Dâvid
דָּוִד
de Davi
(of David)
Substantivo
H2022
har
הַר
as montanhas
(the mountains)
Substantivo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H4210
mizmôwr
מִזְמֹור
Um salmo
(A Psalm)
Substantivo
H4310
mîy
מִי
Quem
(Who)
Pronome
H6944
qôdesh
קֹדֶשׁ
sagrado
(holy)
Substantivo
H7931
shâkan
שָׁכַן
instalar, habitar, residir, morar em tenda, morar
(and he placed)
Verbo


גּוּר


(H1481)
gûwr (goor)

01481 גור guwr

uma raiz primitiva; DITAT - 330,332; v

  1. residir temporariamente, permanecer, habitar, residir com, ficar, habitar, ser um forasteiro, estar continuamente, certamente
    1. (Qal)
      1. residir temporariamente, habitar por um tempo
      2. permanecer, ficar, habitar temporariamente
    2. (Hitpolel)
      1. buscar hospitalidade com
      2. agrupar-se
  2. incitar problema, lutar, discutir, reunir-se
    1. (Qal)
      1. incitar conflito
      2. discutir
    2. (Hitpolel) excitar-se
  3. ter muito medo, temer, ficar pasmado, estar com medo
    1. (Qal)
      1. temer, estar com medo
      2. estar atônito, ficar pasmado

אֹהֶל


(H168)
ʼôhel (o'-hel)

0168 אהל ’ohel

procedente de 166; DITAT - 32a; n m

  1. tenda
    1. tenda de nômade, veio a tornar-se símbolo da vida no deserto, transitoriedade
    2. casa, lar, habitação
    3. a tenda sagrada de Javé (o tabernáculo)

דָּוִד


(H1732)
Dâvid (daw-veed')

01732 דוד David raramente (forma plena) דויד Daviyd

procedente do mesmo que 1730, grego 1138 δαβιδ; DITAT - 410c; n pr m Davi = “amado”

  1. filho mais novo de Jessé e segundo rei de Israel

הַר


(H2022)
har (har)

02022 הר har

uma forma contrata de 2042, grego 717 Αρμαγεδων; DITAT - 517a; n m

  1. outeiro, montanha, território montanhoso, monte

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

מִזְמֹור


(H4210)
mizmôwr (miz-more')

04210 מזמור mizmowr

procedente de 2167; DITAT - 558c; n m

  1. melodia, salmo

מִי


(H4310)
mîy (me)

04310 מי miy

um pronome interrogativo de pessoas, assim como 4100 é de coisas, quem? (ocasionalmente, numa expressão peculiar, também usado para coisas; DITAT - 1189; pron interr

1) quem?, de quem?, seria este, qualquer um, quem quer que


קֹדֶשׁ


(H6944)
qôdesh (ko'-desh)

06944 קדש qodesh

procedente de 6942; DITAT - 1990a; n. m.

  1. separado, santidade, sacralidade, posto à parte
    1. separado, santidade, sacralidade
      1. referindo-se a Deus
      2. referindo-se a lugares
      3. referindo-se a coisas
    2. algo à parte, separado

שָׁכַן


(H7931)
shâkan (shaw-kan')

07931 שכן shakan

uma raiz primitiva [aparentemente semelhante (por transmissão) a 7901 com a idéia de alojar]; DITAT - 2387; v.

  1. instalar, habitar, residir, morar em tenda, morar
    1. (Qal)
      1. instalar para permanecer
      2. habitar, morar, residir
    2. (Piel)
      1. levar a instalar, estabelecer
      2. fazer morar
    3. (Hifil)
      1. colocar, pôr, assentar, estabelecer, instalar, fixar
      2. fazer morar ou habitar