Enciclopédia de Salmos 84:6-6
Índice
Perícope
sl 84: 6
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | o qual, passando pelo vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre a primeira chuva. |
ARC | O qual passando pelo vale de Baca, faz dele uma fonte; a chuva também enche os tanques. |
TB | Passando pelo vale de Baca, fazem dele um lugar de fontes; |
HSB | עֹבְרֵ֤י ׀ בְּעֵ֣מֶק הַ֭בָּכָא מַעְיָ֣ן יְשִׁית֑וּהוּ גַּם־ בְּ֝רָכ֗וֹת יַעְטֶ֥ה מוֹרֶֽה׃ |
BKJ | O qual passando pelo vale de Baca, faz dele um poço; a chuva também enche os tanques. |
LTT | Que, passando pelo vale de Baca |
BJ2 | Felizes os homens cuja força está em ti, e que guardam as peregrinações |
VULG |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Salmos 84:6
Referências Cruzadas
II Samuel 5:22 | E os filisteus tornaram a subir e se estenderam pelo vale dos Refains. |
II Reis 3:9 | E partiu o rei de Israel, e o rei de Judá, e o rei de Edom; e andaram rodeando com uma marcha de |
Salmos 66:10 | Pois tu, ó Deus, nos provaste; tu nos afinaste como se afina a prata. |
Salmos 68:9 | Tu, ó Deus, mandaste a chuva em abundância e confortaste a tua herança, quando estava cansada. |
Joel 2:23 | E vós, filhos de Sião, regozijai-vos e alegrai-vos no Senhor, vosso Deus, porque ele vos dará ensinador de justiça e fará descer a chuva, a temporã e a serôdia, no primeiro mês. |
João 16:33 | |
Atos 14:22 | confirmando o ânimo dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus. |
Romanos 5:3 | E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; |
Romanos 8:37 | Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. |
II Coríntios 4:17 | Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente, |
Apocalipse 7:14 | E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. |
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
O CLIMA NA PALESTINA
CLIMAÀ semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm
1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.
A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex
15) e "vento sul" (Lc
ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt
(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.
O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed
HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA
HIDROLOGIANão é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm
- pastores (1Sm
17: Rs 22.17; SI 23.1; IS40-1 13: .11: Ir 31.10: Ez20-40 34: : Am2 3: : Zc12 10: : Jo2 10: : Hb11 13: Pe 5.4):20-1 - ovelhas/cordeiros/bodes (Ex
12: ; Is3-5 7: Sm 8.17; 16.19; 2Sm24-1 7: ; Ne8 3: ; SI 44. 11: Is1 13: : Ir 506: 7c 137. M+ 12.11; 25.32,33; Jo14 1: ; 21.15,16; At29-36 8: ; Ap32 5: .22):12-21 - lobos (Is
11: .25; Mt6-65 7: ): e15 - rebanhos (Jz
5: Sm 17.34; Jó 24.2; Ct16-1 4: ; Is1 40: ; Jr11 6: .23; Ez3-51 34: ; Sf2.14; 1Pe12 5: ).2
Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:
- poços (Gn
21: :18-22; Jr19-26 6: :6-26);• cisternas (2Cr7-4 26: ; Is10 36: );16 - nascentes (Jr
9: ; Zc1 13: ):1 - fontes (Gn
16: ; Jz7 7: ; Pv1 5: ); água como instrumento de comunicação de uma verdade espiritual (Is15-16 12: ; Ap3-4 22: ); e17 - água como símbolo de bênção (Nm
24: ; Is6-7 41: ; 44.3,5), alegria (Is 35), deleite (SI 1:1-3) e até mesmo perfeição escatológica (Is17-20 43: ; Jr19-21 31: ; Ez10-14 47: ; Zc1-12 8: .8; Ap12-14 22: ). Em contrapartida, a ausência de água logo resultava numa terra árida e ressequida (SI 63.1; 143.6). As imagens geradas eram especialmente eloquentes: rios que ficaram secos (Ez1-2 30: ; Na 1.4);12 - água envenenada (Jr
23: );15 - nuvens sem água (Pv
25: ; Jd 12);14 - fontes que se tornaram pó (SI 107.33);
- fontes ressecadas (Os
13: );15 - nascentes secas (Jr
51: );36 - nascentes poluídas (Pv
25: );26 - cisternas vazias (Gn
37: ; cp. 1Sm24 13: ; Jr6 41: );9 - cisternas rompidas (Ir 2.13).
Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
Existem poucos poemas na Bíblia ou fora dela que podem ser igualados ao Salmo 84 no que tange à sua profundidade de sentimento ou beleza de expressão. Ele é muito parecido com o pensamento dos Salmos
O salmo tem sido associado com a Festa dos Tabernáculos no outono, e, como Oesterley conjectura, pode ter sido o cântico dos peregrinos caminhando para a festa de outono depois de um longo e seco verão.31 "Nossa concepção de religião, seus métodos e propósi-tos, tem crescido ao longo dos séculos. Prosperidade material não é mais o único teste de favor divino, nem achamos que o bem-estar da comunidade se resume à vida do seu líder individual. Mas continua sendo verdade que a maior bênção conhecida ao espírito huma-no é o sentido de comunhão com Deus, e que na 'comunhão do Espírito Santo' temos mais certamente uma experiência daquilo que é invisível e eterno"."
1. Ansiando pela Casa de Deus (84:1-4)
Quão amáveis sãos os teus tabernáculos (1), ou, como diríamos hoje: "Como é agradável o lugar da tua habitação" (NVI). O hebraico nos versículos
A referência ao pardal e à andorinha (3) tem sido entendida como uma expressão de desejo daquilo que as aves têm tão livremente: acesso à presença na casa de Deus (Perowne, McCullough), ou, como Moffatt sugere, o salmista compara seu próprio espíri-to com as aves que fazem seus ninhos dentro ou próximo do santuário. Junto aos teus altares, no sentido de que as aves podem fazer seus ninhos perto do altar no pátio aber-to do Templo e mesmo perto do altar de incenso no santuário, mas dificilmente sobre os altares. Nada pode se igualar à bênção daqueles que habitam em tua casa (4). A ex-pressão louvar-te-ei continuamente também pode ser entendida como: "louvam-te perpetuamente" (ARA). Selá: cf.comentário em 3.2.
Embora ainda não esteja presente no santuário, o poeta vislumbra a peregrinação terminando na casa do Senhor. Perowne indica a relação dessa estrofe com a anterior e mostra seu significado: "Mas abençoados não são apenas aqueles que habitam no lugar santo na cidade de Deus e perto da sua casa; abençoados são também aqueles que podem visitá-la, como a caravana de peregrinos nas grandes festas nacionais Eles lembram com carinho as memórias dessas estações. Cada parte da estrada conhecida, cada local em que haviam descansado, mora em seus corações. O caminho pode estar seco e poei-rento, passar através de um vale solitário e triste, mas, mesmo assim, eles o amam. O grupo de peregrinos, cheio de esperança, esquece as provações e dificuldades do cami-nho: O vale floresce como se a chuva doce do céu o tivesse coberto com bênçãos. A espe-rança os sustenta a cada passo; de estação em estação eles renovam suas forças à medida que se aproximam da etapa final da sua jornada, até que finalmente aparecem diante de Deus, se apresentam como seus adoradores em seu santuário em Sião".33
Em cujo coração estão os caminhos (5) pode ser entendido no sentido de que apreciam os caminhos de Deus em seus corações (Berkeley), ou, que amam cada parte do caminho a Sião. Vale de Baca (6) significa "vale do choro" ou "vale de lágrimas" (NVI, nota de rodapé). "O significado desse versículo é que a fé, esperança e alegria dos pere-grinos torna o deserto arenoso em um lugar de fontes, e então (este é o lado divino do quadro) o Deus do céu envia a chuva da sua graça. A palavra [lit., a primeira chuva] denota uma chuva de outono suave e macia (J12,23) que caía depois que as sementes do plantio eram semeadas. Assim o Vale de Lágrimas se tornava em Vale de Alegria".34
Vão indo de força em força (7), renovando suas energias depois da jornada labo-riosa de cada dia (cf. Is
As bênçãos da casa de Deus só não são maiores do que a bênção da sua presença. Acerca de Deus, escudo nosso (9), cf.comentário em 3.3. Teu ungido é uma expressão típica usada com referência ao rei, o que faz com que o salmo possa ter sido escrito por um dos reis de Israel. No entanto, o contexto favorece a idéia de que a oração é proferida em favor do rei — ou que o poeta espiritualizou a unção e pensa em si mesmo como o ungido do Senhor.
A devoção do salmista a Deus é tão grande que um único dia na casa de Deus vale mais do que mil em outra parte (10). Moffatt mostra o contraste da parte final do versículo:
Eu preferiria sentar à porta da casa de Deus A habitar nas tendas dos ímpios.
O SENHOR Deus (11) é Yahweh Elohim, usado somente aqui nos Salmos, mas bem característico em Gênesis
Não negará bem algum significa, primeiro, "tudo o que diz respeito à vida e pieda-de" (2 Pe 1.3), e então o suprimento das outras necessidades de acordo com a sua vontade (Mt
Champlin
Lit. vale dos bálsamos, (árvore nativa das regiões áridas da Palestina, identificada como amoreira em 2Sm
Genebra
Sl 84 Este salmo exprime o profundo anelo do autor pela presença de Deus. Apesar de os cristãos não terem de viajar a algum local especial para desfrutar da presença de Deus (Jo
* 84:1
os teus tabernáculos. Está em foco o templo, o lugar que Deus escolheu para revelar a sua presença ao povo (Dt 12; 1Rs 8).
* 84:2
pelo Deus vivo! O verdadeiro objeto da devoção do salmista não era o templo propriamente dito, mas o Deus que ali se revelava. Israel era com freqüência tentada a esquecer-se de Deus e depender dos apetrechos externos da religião (Jr 7).
* 84:3
O pardal... a andorinha. Note o leitor a inveja humorada expressa pelo salmista. Ele tinha ciúmes dos pássaros que podiam construir seus ninhos perto do altar. Dessa maneira ele expressou seus mais profundos anelos, querendo estar tão perto quanto possível de Deus.
* 84:4
Bem-aventurados. Ver nota em Sl
em tua casa. Ou seja, o templo, sendo o lugar de encontro com Deus se tornava um céu na terra. Da perspectiva do Novo Testamento, este versículo dá um vislumbre da interminável felicidade celestial.
* 84:5
Bem-aventurado. Ver nota em Sl
cuja força está em ti. A vitalidade deles encontra-se no poder de Deus, e não em suas próprias forças.
em cujo coração se encontram os caminhos aplanados. Ou, cujos corações se voltam para as peregrinações. Pessoas que viviam fora de Jerusalém faziam viagens especiais ao templo para desfrutar da presença de Deus na adoração. Os cânticos das romagens (120 -
134) provavelmente eram usados durante essas jornadas (120:Título).
* 84.6
vale árido. Em outras versões, "vale de Baca". Esse era o nome de um vale desconhecido fora da Bíblia. Há um verbo hebraico de som semelhante que significa "chorar". Outros eruditos identificam o substantivo com uma certa espécie vegetal que floresce em lugares áridos, como o bálsamo ou o choupo. O contexto indica que esse vale árido era transformado pela presença de jubilosas peregrinações.
* 84:7
em Sião. A localização do templo, o alvo final da peregrinação dos israelitas. Ver notas em Sl
* 84:9
escudo nosso... teu ungido. O rei era não somente o líder político de Israel, mas também o reflexo do governo de Deus sobre a terra.
* 84:11
é sol. A metáfora que compara Deus ao sol ardentes como a fonte da luz e da energia. Os raios solares, nas terras a leste do mar Mediterrâneo, tornam o sol um retrato apropriado do poder de Deus.
nenhum bem sonega. Ver Rm
Matthew Henry
Wesley
Usando a linguagem de profunda afeição, o salmista revela desde o início que ele é um místico. Não era o trabalho de pedra e linhas arquitetônicas que lhe emocionou como ele pensava do templo (conforme Mc
Movendo-se facilmente da realidade para símbolo, e de símbolo de volta à realidade, o salmista lembra a serenidade dos pássaros que aninhados sobre o terreno do templo. Eles tinham suas próprias casas no lugar onde Deus era adorado. Tal reflexão foi demais para este poeta. Ele, também, ansiava por estar perto dos altares de Deus, porque para ele Deus era o meu Rei e meu Deus. Em sua mente, essa pessoa foi abençoado de fato, que era, na verdade, nos tribunais do templo. O coração de uma pessoa só poderia ser transbordando com louvor.
II. MARCAS de um peregrino VERDADEIRO (SlEm ambos os casos o impulso deste versículo parece claro. Onde quer que o peregrino viajou, mesmo no lugar mais desolado ou triste, ele foi uma bênção para aqueles sobre ele. As palavras- molas (ou "poços", KJV) E primeiras chuvas têm conotações espirituais que suportar a idéia de alegria e jovialidade.
C. CRESCIMENTO (Sl
Em seu coração, ele tem o poder de fazer uma escolha. Ele pode avaliar as possibilidades e decidir qual curso de ação a ser tomada e que tipo de vida que levam. Para o peregrino a escolha certa é óbvio. Em termos de valores de tempo, um dia nos teus átriosé de valor supremo em comparação com mil dias em outro lugar. Em termos de valores de trabalho, a humildade de ser um porteiro na casa de meu Deus é muito melhor do que o glamour de morar nas tendas de maldade. Ele está em seu poder para escolher, e ele alegremente escolhe o que ele se aproxima de Deus.
C. A COMUNHÃO ÍNTIMA (Sl
Um aspecto importante do estado de uma com outra pessoa é a qualidade de seu relacionamento com essa pessoa. O peregrino não tem dúvida sobre a sua relação com Deus; é expressa em termos de nossa e minha. Ele também é lançado em metáforas que vão muito além do visível para o reino do eterno.
Como se começa o salmo, a primeira impressão é que este homem é limitado em seu conceito de adoração a Deus, que ele compara a verdadeira adoração com apenas um lugar particular. Mas Deus não é apenas um escudo que protege, mas um solbrilhando sobre o mundo inteiro, dando luz e vida. A vida que Deus dá não é o calor radiante, mas a vida interior fornecido livremente como graça e glória , que incluem todos os dons de Deus em sua soma. Para aqueles que lhe obedecem, ou seja, andam na retidão , todas as coisas boas estão disponíveis.
IV. A bem-aventurança FINAL (Sl. 84:12) 12 O Senhor dos exércitos, Bendito o homem que confia em ti.Com um último grito de alegria, o peregrino agarra o Bem supremo. Nada é melhor do que ser abençoado de Deus, ea pessoa que confia em ti é verdadeiramente em um estado de ser abençoado. No hebraico, a confiança é Boteach , uma forma participial que transporta o pensamento de contínuo, a confiança intacta. Como a confiança é estabelecida uma relação de confiança em Deus, de modo a ser abençoado é um fruto constantemente realizada do Espírito. Este é o verdadeiro objetivo de adoração.
Russell Shedd
84.2 Freqüentar o culto deve ser um privilégio almejado, a exultação do crente; se não, estará longe do espírito deste salmo.
84.3 A humildade da fé verdadeira faz o salmista se comparar a um passarinho, que acha refúgio no templo, para construir seu ninho.
84.4 Habitam em tua casa. O que interessa na casa de Deus é a presença divina, que nos acompanha no Espírito de Jesus Cristo (Mt
84.5 Os caminhos aplanados. Uma vida cheia de fé faz com que os próprios tempos áridos e escabrosos da nossa vida possam ser momentos de refrigério e de ascensão; a necessidade do crente é simplesmente receber a força sobrenatural de Deus em todas as circunstâncias (Veja também v. 6.)
84.6 A primeira chuva. A chuva do outono depois da seca do verão, que traz as flores.
84.7 De força em força. Quem sente Deus agindo em sua vida, sente que tudo o que acontece em seus dias se toma uma fonte de força - este segredo da fé aprende-se ao freqüentar o templo (Sião).
84.8,9 Assim é que o crente ora. Pede em nome de Deus, isto é, não pleiteia seus próprios méritos, mas sim os de Cristo, na expressão: contempla o rosto do teu ungido (9).
84.10 Estar à porta. Os filhos de Cora tinham o dever de ser os porteiros do templo. Nenhuma posição de honra no mundo se compara com o mais humilde serviço prestado por amor a Deus.
84.11 Sol e escudo. O Sol revela nossos pecados, o escudo nos preserva contra o efeito deles, e o ataque do Maligno (conforme Ef
84.12 A suma do salmo: Feliz a homem que em ti confia. • N Hom. Vamos freqüentar o templo com fé singela (1-3); vamos aprender a andar com Deus (4-6); vamos crescer no conhecimento dele por meio de uma vida piedosa (7-9); vamos confiar em Deus (10-12).
NVI F. F. Bruce
O rei divino (v. 8,9)
Jerusalém é sede tanto do templo quanto do palácio; a realeza e a religião são canais gêmeos dos propósitos de Deus para o seu povo. A reverência pelo rei divino (v. 3) obriga ao respeito pelo seu representante humano (conforme v. 11). O fato de Deus favorecer o rei (o teu ungido, um tipo de Cristo) significa prosperidade para a nação.
O crente feliz (v. 10-12)
O salmista conhece as suas prioridades. Ele dá as costas para os caminhos maus do mundo, por mais tentadores que sejam, e com alegria os troca pela pérola da adoração a Deus. Nele o salmista encontra a verdadeira segurança e a bênção transbordante, para a qual a vida de integridade moral é a chave de acordo com a aliança. Que privilégio poder entregar a vida ao Deus todo-poderoso (conforme Fp
v. 10. É interessante a tradução da BJ: “ficar no umbral da casa do meu Deus”. O ofício sacerdotal de guardar a porta (prefiro ficar à porta..?) usufruía de muito respeito na época e foi negado ao salmista (conforme Jr
Moody
5-8. A Peregrinação à Casa de Deus. Bem-aventurado o homem cuja força está em ti. A felicidade do morador constante reflete-se no peregrino. Ele tem um senso especial da força de Deus e temem seu coração os caminhos aplanados para Sião. Quando passa pelo vale desprovido de águas, onde só o bálsamo cresce, surge uma mudança. O vale seco é transformado em lugar de fontes quando o peregrino recebe e transmite as bênçãos de Deus.
Francis Davidson
Vieram para adorar ao Senhor, e esse pensamento leva o salmista a fazer também uma oração (vers. 8-12). Senhor Deus dos Exércitos (8); cfr. vers. 1. Olha, ó Deus, escudo nosso (9); isto é, "Tu, que és nosso escudo". Uma tradução alternativa poderia ser "Contempla nosso escudo, ó Deus". O vocábulo "escudo" denotaria, neste caso, o rei; cfr. Sl
Deve-se notar que o vers. 10 tem sido tratado como um parêntese, um aparte exuberante que expressa o sentimento essencial do poema. Note-se, também, que os coratitas eram os vigias dos portões do santuário (cfr. 1Cr
Dicionário
Baca
hebraico: vale de prantoChuva
substantivo feminino Precipitação da água atmosférica sob a forma de gotas.Figurado O que cai em grande quantidade: chuva de papel.
Embriaguez.
A chuva resulta da impossibilidade de as correntes ascendentes manterem em suspensão as partículas líquidas ou sólidas formadas pela precipitação do vapor de água contido na atmosfera (fase de condensação devida à presença de núcleos de condensação), vapor este proveniente do resfriamento do ar úmido por expansão adiabática (fase de saturação). De acordo com os agentes determinantes das ascendências que são a base do ciclo das chuvas, distinguem-se classicamente as chuvas ciclônicas ou de ascendência frontal (devidas ao contato do ar quente com ar frio), as chuvas de instabilidade ou de convecção (devidas à variação da temperatura), as chuvas orográficas (devidas ao relevo).
Há, na Sagrada Escritura, referências às primeiras chuvas, e às que vinham mais tarde, as temporãs e as serôdias (Dt
Chuva V. ESTAÇÃO (Ct
Enche
(latim impleo, -ere)
1. Tornar ou ficar cheio (ex.: os estudantes enchem o auditório; o balde pequeno enche num instante; a sala não se encheu). = LOCUPLETAR ≠ ESVAZIAR, VAZAR
2. Deixar ou ficar coberto ou ocupado por algo ou alguém (ex.: o povo encheu a rua; se não limpar, os livros enchem-se de pó). = COBRIR, OCUPAR, PREENCHER
3. Provocar ou criar algo em quantidade ou com intensidade (ex.: a conversa encheu a moça de dúvidas; enchi-me de medo).
4. Deixar ou ficar satisfeito. = FARTAR, SACIAR, SATISFAZER
5. Ocupar todo ou quase todo o espaço ou o tempo de (ex.: as sessões de autógrafos enchem a agenda). = PREENCHER
6. Espalhar-se por (ex.: o perfume encheu a sala).
7. Crescer gradualmente; ir subindo (ex.: a maré já encheu). = SUBIR ≠ DESCER, VAZAR
8. [Informal] Fazer exercícios físicos repetidos, geralmente flexões de braços, sobretudo como punição (ex.: quem chegar atrasado ao treino, vai encher).
9. [Brasil, Informal] Perder a paciência. = AMOLAR-SE, CHATEAR-SE, INCOMODAR-SE, IMPORTUNAR-SE
10. [Informal] Ganhar muito dinheiro. = ENRIQUECER, LOCUPLETAR-SE
Faz
(latim facio, -ere)
1. Dar existência, ser autor de (ex.: fez uma obra notável). = CRIAR, OBRAR, PRODUZIR
2. Dar ou tomar determinada forma (ex.: façam uma fila). = FORMAR
3.
Realizar determinada
4. Agir com determinados resultados (ex.: fazer um erro; fazer um favor).
5. Fabricar (ex.: fizera um produto inovador).
6. Compor (ex.: fazer versos).
7. Construir (ex.: a construtora está a fazer uma urbanização).
8.
Praticar (ex.: ele faz
9. Ser causa de (ex.: esta imagem faz impressão). = CAUSAR, ORIGINAR, MOTIVAR, PRODUZIR, PROVOCAR
10. Obrigar a (ex.: fizeste-me voltar atrás).
11. Desempenhar um papel (ex.: fiz uma personagem de época; vai fazer de mau na novela). = REPRESENTAR
12. Ultimar, concluir.
13. Atingir determinado tempo ou determinada quantidade (ex.: a empresa já fez 20 anos; acrescentou uma maçã para fazer dois quilos). = COMPLETAR
14. Arranjar ou cuidar de (ex.: fazer a barba; fazer as unhas).
15. Tentar (ex.: faço por resolver os problemas que aparecem).
16. Tentar passar por (ex.: não se façam de parvos). = APARENTAR, FINGIR, SIMULAR
17. Atribuir uma imagem ou qualidade a (ex.: ele fazia da irmã uma santa).
18. Mudar para (ex.: as dificuldades fizeram-nos mais criativos ). = TORNAR
19.
Trabalhar em determinada
20. Conseguir, alcançar (ex.: fez a pontuação máxima).
21. Cobrir determinada distância (ex.: fazia 50 km por dia). = PERCORRER
22. Ter como lucro (ex.: nunca fizemos mais de 15000 por ano). = GANHAR
23. Ser igual a (ex.: cem litros fazem um hectolitro). = EQUIVALER
24. Exercer as funções de (ex.: a cabeleireira faz também de manicure). = SERVIR
25. Dar um uso ou destino (ex.: fez da camisola um pano do chão).
26. Haver determinada condição atmosférica (ex.: a partir de amanhã, vai fazer frio). [Verbo impessoal]
27.
Seguido de certos
28. Passar a ser (ex.: este rapaz fez-se um homem). = TORNAR-SE, TRANSFORMAR-SE
29. Seguir a carreira de (ex.: fez-se advogada).
30. Desenvolver qualidades (ex.: ele fez-se e estamos orgulhosos).
31. Pretender passar por (ex.: fazer-se difícil; fazer-se de vítima). = FINGIR-SE, INCULCAR-SE
32. Julgar-se (ex.: eles são medíocres, mas fazem-se importantes).
33. Adaptar-se a (ex.: fizemo-nos aos novos hábitos). = ACOSTUMAR-SE, AFAZER-SE, HABITUAR-SE
34. Tentar conseguir (ex.: estou a fazer-me a um almoço grátis).
35. Cortejar (ex.: anda a fazer-se ao colega).
36. Iniciar um percurso em (ex.: vou fazer-me à estrada).
37. Levar alguém a perceber ou sentir algo (ex.: fazer-se compreender, fazer-se ouvir).
38. Haver determinada circunstância (ex.: já se fez noite).
39. Ter lugar (ex.: a entrega faz-se das 9h às 21h). = ACONTECER, OCORRER
40.
Obra, trabalho,
fazer das suas
Realizar disparates ou traquinices.
fazer por onde
Procurar a maneira de conseguir ou de realizar algo.
=
TENTAR
Dar motivos para algo.
fazer que
Fingir, simular (ex.: fez que chorava, mas depois sorriu).
não fazer mal
Não ter importância; não ser grave.
tanto faz
Expressão usada para indicar indiferença; pouco importa.
Fonte
substantivo feminino Água viva que brota da terra de forma contínua; nascente: fonte de água mineral.Chafariz ou bica de onde jorra água, geralmente localizados em praças, com fins arquitetônicos ou de fornecimento de água.
Figurado Princípio, origem, causa: a eleição é fonte do poder.
Figurado O texto original de uma obra ou do qual são retiradas informações para um trabalho.
Figurado Pessoa ou situação da qual provém as informações referentes a um determinado fato: minha informação é de fonte segura.
[Informática] Conjunto completo de caracteres de um mesmo tipo.
Cada um dos lados da cabeça que formam a região temporal.
Chaga aberta com cautério.
Etimologia (origem da palavra fonte). Do latim fons,fontis; fonte, nascente.
substantivo feminino Água viva que brota da terra de forma contínua; nascente: fonte de água mineral.
Chafariz ou bica de onde jorra água, geralmente localizados em praças, com fins arquitetônicos ou de fornecimento de água.
Figurado Princípio, origem, causa: a eleição é fonte do poder.
Figurado O texto original de uma obra ou do qual são retiradas informações para um trabalho.
Figurado Pessoa ou situação da qual provém as informações referentes a um determinado fato: minha informação é de fonte segura.
[Informática] Conjunto completo de caracteres de um mesmo tipo.
Cada um dos lados da cabeça que formam a região temporal.
Chaga aberta com cautério.
Etimologia (origem da palavra fonte). Do latim fons,fontis; fonte, nascente.
Derivado de fundere. Uso da palavra fonte para os tipos de letra que a gente usa em tipografias ou no computador. Elas eram fundidas em metal, por isso receberam esse nome.
Nascente de água, ou manancial, de que se faz menção muitas vezes na Bíblia. Em terras secas da Judéia eram de particular valor, e provém daí o uso figurativo da palavra, como emblema de esperanças, bênçãos e consolações. ‘o Cordeiro… os guiará para as fontes da água da vida’ (Ap
Tanques
(inglês tank, do português tanque)
1. [Militar] Carro de assalto, blindado e armado.
2. Figurado Pessoa forte e robusta.
(origem controversa, talvez de estanque)
1. Reservatório para água.
2. Chafariz.
3. Estrutura, geralmente dotada de cuba com escoamento e aba inclinada ondulada, destinada à lavagem manual de roupa.
4. Reservatório para líquidos.
5. [Náutica] Depósito das tinas de baldeação.
6. [Brasil] Açude.
7. [Agricultura] Cada um dos canteiros do arrozal.
Vale
substantivo masculino Geografia Depressão ou planície entre montes ou no sopé de um monte.Várzea ou planície à beira de um rio.
Depressão alongada, mais ou menos larga, cavada por um rio ou geleira.
Etimologia (origem da palavra vale). Do latim valles; vallis,is.
substantivo masculino Documento que garante o valor de um empréstimo ou retirada em dinheiro.
Documento que serve como pagamento de um serviço, especialmente transporte ou refeição, aos funcionários; ticket: vale-refeição, vale-transporte.
Valor que se recebe antes do pagamento do salário.
Num comércio, documento que substitui o troco, quando este faltar.
Etimologia (origem da palavra vale). Forma derivada do verbo valer.
interjeição Até já; forma de se despedir, dizer adeus.
expressão Figurado Vale de lágrimas. Mundo como local de sofrimento.
Vale de Josafá. Lugar onde os mortos, segundo as Escrituras, irão ressuscitar após o juízo final.
Etimologia (origem da palavra vale). De origem questionável.
substantivo masculino Geografia Depressão ou planície entre montes ou no sopé de um monte.
Várzea ou planície à beira de um rio.
Depressão alongada, mais ou menos larga, cavada por um rio ou geleira.
Etimologia (origem da palavra vale). Do latim valles; vallis,is.
substantivo masculino Documento que garante o valor de um empréstimo ou retirada em dinheiro.
Documento que serve como pagamento de um serviço, especialmente transporte ou refeição, aos funcionários; ticket: vale-refeição, vale-transporte.
Valor que se recebe antes do pagamento do salário.
Num comércio, documento que substitui o troco, quando este faltar.
Etimologia (origem da palavra vale). Forma derivada do verbo valer.
interjeição Até já; forma de se despedir, dizer adeus.
expressão Figurado Vale de lágrimas. Mundo como local de sofrimento.
Vale de Josafá. Lugar onde os mortos, segundo as Escrituras, irão ressuscitar após o juízo final.
Etimologia (origem da palavra vale). De origem questionável.
A Palestina é um território de montes e vales, e por isso encontramos muitas povoações com o nome do vale ou da serra, onde foram fundadas. Geralmente, quando se menciona um vale, com mais propriedade quer dizer-se ‘desfiladeiro’ ou ‘ravina’, porquanto a natureza abrupta e escabrosa dos montes da Palestina e a estreiteza do espaço entre muitas serras tornam esses nomes mais apropriados. Em alguns sítios o vale representa o Sefelá, ou terra baixa, que é o território ondulado que fica entre a região montanhosa e a planície marítima (Js
Vale Extensão longa e baixa da terra que fica entre COLINAS ou montanhas (Is
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
בָּכָא
(H1056)
procedente de 1058; n pr loc
Baca = “choro”
- um vale na Palestina
בְּרָכָה
(H1293)
procedente de 1288; n f
- bênção
- (fonte de) bênção
- bênção, prosperidade
- bênção, louvor de Deus
- um dom, presente
- acordo de paz
גַּם
(H1571)
por contração de uma raiz não utilizada; DITAT - 361a; adv
- também, ainda que, de fato, ainda mais, pois
- também, ainda mais (dando ênfase)
- nem, nem...nem (sentido negativo)
- até mesmo (dando ênfase)
- de fato, realmente (introduzindo o clímax)
- também (de correspondência ou retribuição)
- mas, ainda, embora (adversativo)
- mesmo, realmente, mesmo se (com ’quando’ em caso hipotético)
- (DITAT) novamente, igualmente
מֹורֶה
(H4175)
procedente de 3384; DITAT - 910b,910c; n m
- (a primeira) chuva
- (DITAT) professor
מַעְיָן
(H4599)
עָבַר
(H5674)
uma raiz primitiva; DITAT - 1556; v
- ultrapassar, passar por, atravessar, alienar, trazer, carregar, desfazer, tomar, levar embora, transgredir
- (Qal)
- ultrapassar, cruzar, cruzar sobre, passar, marchar sobre, transbordar, passar por cima
- ir além de
- cruzar, atravessar
- os que atravessam (particípio)
- passar através (referindo-se às partes da vítima em aliança)
- passar ao longo de, passar por, ultrapassar e passar
- o que passa por (particípio)
- ser passado, estar concluído
- passar adiante, seguir, passar antes, ir antes de, passar para frente, viajar, avançar
- morrer
- emigrar, deixar (o território de alguém)
- desaparecer
- perecer, cessar de existir
- tornar-se inválido, tornar-se obsoleto (referindo-se à lei, decreto)
- ser alienado, passar para outras mãos
- (Nifal) ser atravessado
- (Piel) impregnar, fazer passar
- (Hifil)
- levar a ultrapassar, fazer trazer, fazer atravessar, transpor, dedicar, devotar
- levar a atravessar
- fazer passar por ou além de ou sob, deixar passar por
- levar a morrer, fazer levar embora
- (Hitpael) ultrapassar
עָטָה
(H5844)
uma raiz primitiva; DITAT - 1601,1602; v
- cobrir, enrolar, envolver, cobrir-se
- (Qal)
- envolver, envolver-se
- cobrir (a barba em lamentação)
- enlutado, aquele que se cobre (particípio)
- (Hifil) cobrir, enrolar, envolver
- segurar
- (Qal) segurar
עֵמֶק
(H6010)
procedente de 6009; DITAT - 1644a; n. m.
- vale, várzea, planície, região aberta
שִׁית
(H7896)
uma raiz primitiva; DITAT - 2380; v.
- pôr, colocar
- (Qal)
- pôr, colocar (a mão sobre)
- colocar, postar, designar, fixar, estar determinado a
- constituir, fazer (alguém ou alguma coisa), fazer igual a, realizar
- assumir a posição de
- devastar
- (Hofal) ser imposto, ser colocado sobre