Enciclopédia de Êxodo 1:6-6

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ex 1: 6

Versão Versículo
ARA Faleceu José, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração.
ARC Sendo pois José falecido, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração.
TB Morreu José, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração.
HSB וַיָּ֤מָת יוֹסֵף֙ וְכָל־ אֶחָ֔יו וְכֹ֖ל הַדּ֥וֹר הַהֽוּא׃
BKJ E José morreu, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração.
LTT Faleceu José, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração.
BJ2 Depois José morreu, bem como todos os seus irmãos e toda aquela geração.
VULG Quo mortuo, et universis fratribus ejus, omnique cognatione illa,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Êxodo 1:6

Gênesis 50:24 E disse José a seus irmãos: Eu morro, mas Deus certamente vos visitará e vos fará subir desta terra para a terra que jurou a Abraão, a Isaque e a Jacó.
Gênesis 50:26 E morreu José da idade de cento e dez anos; e o embalsamaram e o puseram num caixão no Egito.
Atos 7:14 E José mandou chamar a Jacó, seu pai, e a toda sua parentela, que era de setenta e cinco almas.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

AS MIGRAÇÕES DOS PATRIARCAS

O livro de Gênesis descreve tanto as migrações quanto as peregrinações dos patriarcas. Essas migrações registradas em Gênesis tiveram início quando Abraão, como parte do clã de seu pai, mudou-se de Ur dos Caldeus para a cidade de Harra (Gn 11:31-32). É possível determinar com segurança a localização de Harrá na moderna Haran, situada perto do rio Balih, cerca de 16 quilômetros a sudeste de Urfa (Edessa) e a aproximadamente 6,5 quilômetros ao norte da fronteira turco-síria dos dias de hoje. Escavações modernas indicam que os primeiros moradores de Harra podem ter vivido ali já por volta de 8000 a.C., e a existência do local é amplamente atestada em textos cuneiformes do terceiro, segundo e primeiro milênios a.C. Mais tarde, os romanos vieram a conhecer o lugar pelo nome de Carrhae (Carras).
Entretanto, a localização de Ur dos Caldeus continua sendo objeto de algum debate. Desde o trabalho arqueológico de Leonard Woolley e a publicação de seus textos no início do século 20, é comum identificar a "Ur da Bíblia" com a famosa capital suméria da terceira dinastia de Ur (T. Muggayar), situada no baixo Eufrates, cerca de 105 quilômetros acima de sua confluência com o Tigre. No início, esse ponto de vista parecia lógico devido à óbvia semelhança de nomes, à complexidade e aos magníficos achados do sítio, além do fato de que tanto a Ur suméria quanto a cidade de Harra floresceram no segundo milênio a.C.como centros importantes de adoração da Lua. Uma forma de religião de culto lunar está claramente atestada em nomes de ancestrais dos patriarcas: os nomes de Terá (Gn 11:24-26), Labão (Gn 24:29), Milca (Gn 11:29) e Sarai (Gn 11:29) podem todos estar relacionados à adoração da Lua (Js 24:2). De acordo com essa interpretação, a primeira etapa da migração de Abraão o levou de um centro de adoração da Lua a outro.
No entanto, investigações subsequentes levantaram algum questionamento quanto às ideias de Woolley. Em primeiro lugar, continua havendo incerteza por que a Bíblia nunca se refere apenas a "Ur", mas sempre a "Ur dos caldeus" ou "Ur da terra dos caldeus" (Gn 11:28-31; Ne 9:7; cp. At 7:4). Um qualificativo constante pode sugerir que os escritores bíblicos estavam se esforçando para distinguir entre o lugar de onde Abraão emigrou e a famosa metrópole da mesma época e com o mesmo nome (assim como um morador de Paris 1linóis, nos Estados Unidos, talvez tenha de especificar onde mora, para evitar confusão com a cidade mais famosa, localizada na França). Nas muitas atestações apresentadas por Woolley, Ur nunca recebe esse qualificativo; até o século 7 a.C., Ur sempre é associada aos sumérios e não aos caldeus.
A necessidade de distinguir o nome Ur talvez se acentue ainda mais quando nos debruçamos sobre o significado de "caldeus" Qualquer interpretação aponta para uma localização no norte da Mesopotâmia. Não existe, no sul da Babilônia, nenhum vestígio seguro dos caldeus antes do início do século 9 a.C, que é depois do fim da era patriarcal.
Antes dessa data, é preciso procurar no norte referências aos caldeus. Além disso, no hebraico, a palavra traduzida por "caldeus" é kasdim. Com base seja na fonética, seja na fonologia, os estudiosos identificam essa palavra com "caldeus".
Caso kasdìm deva ser relacionada ao ancestral patriarcal Quesede (Gn 22:22), o significado da expressão seria "Ur (da terra/região] de Quesede" De qualquer maneira, chega-se à mesma conclusão, pois a Bíblia diz que os descendentes de Quesede se estabeleceram em Pada-Ará - no norte da Mesopotâmia (Gn 24:10).
Além do mais, quando influências mesopotâmicas parecem se refletir na vida dos patriarcas (levirato, tribalismo dimórfico, herança genealógica, constituição populacional etc.), em geral são textos mesopotâmicos do norte que fornecem paralelos culturais. Até onde sabemos, a influência do sul da Babilônia é praticamente nula nas narrativas patriarcais.
Textos mesopotâmicos de fato atestam a existência de várias cidades do segundo milênio a.C. que tinham o nome de "Ur(a/u)" ou seu equivalente linguístico, as quais devem ser situadas no norte da Mesopotâmia ou perto dali. Com base em importantes registros históricos, podemos afirmar com segurança que, no segundo milênio a.C., existiu uma U- "do norte localizada: (1) ou em algum ponto bem perto do litoral mediterrâneo; (2) ou em algum ponto mais para dentro do continente, entre o alto rio Habur e o rio Tigre, perto de Ninive. É provável que tenham existido, no norte, mais de dois lugares com esse nome, mas é impossível que tenha havido menos de dois. É claro que continua sendo uma questão aberta se um ou outro desses lugares corresponde à Ur bíblica dos caldeus, e uma localização próxima do Mediterrâneo deve ser considerada possibilidade bem remota. À luz dessas considerações, alguns estudiosos procuram Ur dos caldeus em algum lugar no norte da Mesopotâmia, e não no lugar ao sul sugerido por Woolley, como mencionado antes. 

AS PEREGRINAÇÕES DOS PATRIARCAS
Um estudo das perambulações patriarcais nos leva a duas conclusões importantíssimas. A primeira é que os patriarcas viveram em tendas, como pastores seminômades em pastagens sazonais. Os lugares que os patriarcas visitaram em Canaã recebiam entre 250 e 750 milímetros anuais de chuva, o que faz com que fossem lugares bastante apropriados para rebanhos e manadas pastarem. Normalmente, os patriarcas não se estabeleceram em cidades (Ló foi exceção). Eles tendiam a não cultivar a terra (Gn 26:12 é provavelmente uma exceção). Parece que não possuíram terras, exceto uns poucos e modestos lugares de sepultamento em Manre/Hebrom (Gn 23:2-20; cp. 25.9,10; 35.27; 49:29-32; 50.13), em Siquém (Gn 33:19; cp. Js 24:32) e onde Raquel foi enterrada (Gn 35:16-20).
A segunda conclusão é que os patriarcas devem ter chegado a Canaã numa época em que a terra estava relativamente livre de controle político externo. Parece que Abraão e seu clã se moviam de um lugar para outro sem interferência política e, além disso, o tamanho de seu grupo (Gn 14:14) dá a entender que, caso contrário, autoridades políticas provinciais, com certeza, teriam detectado os movimentos do patriarca. Esse cenário coincide com o perfil histórico de Cana durante o final da Idade do Bronze Médio (1850-1550 a.C.), quando Cana e Síria estavam profundamente envolvidas e tinham uma cultura material comum. Mas, durante a Idade do Bronze Final (1550-1200 a.C.), a forte dominação egípcia e a formação de entidades políticas mais fortes levaram a uma diferenciação cultural mais acentuada, o que sem dúvida deve ter tornado mais difíceis o livre trânsito e a migração étnica. Vários outros aspectos das narrativas patriarcais apontam para determinado contexto na 1dade do Bronze Médio. Por exemplo, os 20 siclos de prata que os comerciantes amalequitas pagaram por José (Gn 37:28) representava o preço médio pago por um escravo durante a Idade do Bronze Médio.% Ao mesmo tempo, uma variedade de costumes sociais dos patriarcas também se encaixa bem num ambiente social da Idade do Bronze Médio:

Com frequência, textos cuneiformes e egípcios dos séculos 21:12 a.C. empregam o termo "habiru" para designar alguns povos que frequentemente viviam à margem da sociedade, às vezes descritos como ameaça a cidades pequenas e seus governantes. "Habiru" é uma palavra parecida com "hebreu" - o termo que descrevia os patriarcas de Gênesis (Gn 14:13-39.14,17; 40.15; 41.12; 43,32) antes da adoção da designação mais comum "filhos de Israel" (e.g., Ex 1:1-7). Como os textos bíblicos apresentam os patriarcas vivendo à margem da sociedade e como, às vezes, a semelhança de nomes é considerada identidade de nome, alguns estudiosos acreditam que os hebreus patriarcais devem ser identificados com os habirus de textos seculares antigos. No entanto, uma rápida olhada no mapa mostra que, do ponto de vista geográfico, não é possível chegar a essa conclusão. Os habirus aparecem em textos de toda a Mesopotâmia, além de lugares tão afastados quanto Susã, no leste, Hattusha, no norte, e Tebas, no sul do Egito, bem distantes de qualquer lugar que se possa associar aos hebreus patriarcais. Em resumo, embora, fora do livro de Gênesis, nenhum texto da Antiguidade faça menção a alguma pessoa ou grupo que aparece em Gênesis, sem dúvida as jornadas dos patriarcas apresentam um quadro histórico preciso daquela época.

Migrações e viagens dos patriarcas
Migrações e viagens dos patriarcas

José

do início à metade do segundo milênio a.C.

O FILHO PREDILETO

Os capítulos 37:39-50 do livro de Gênesis relatam a história de José, o filho predileto de Jacó. Trata-se de um relato emocionante. Como sinal do favor de seu pai, José recebeu dele uma túnica. Não se sabe ao certo o que havia de especial nessa vestimenta. Tradicionalmente, o termo que se retere a ela é traduzido por "túnica talar de várias cores", uma conjetura tão plausível quanto qualquer outra, mas, ainda assim, uma conjetura.
losé deixou seus irmãos ainda mais irados ao descrever para eles dois sonhos nos quais seus irmãos, pai e mãe se curvavam diante dele. José, na época com dezessete anos de idade, foi enviado pelo pai para visitar os irmãos mais velhos que estavam apascentando seus rebanhos perto de Siquém. Os irmãos invejosos o venderam para alguns ismaelitas,' também chamados de midianitas,? que estavam passando. O rapaz foi vendido por vinte silos de prata, o preço médio de um escravo na primeira metade do segundo milênio a.C. Na segunda metade do segundo milênio a.C., esse valor havia subido para trinta siclos e, no primeiro milênio a.C., era de cinquenta ou sessenta silos. Assim, o valor em questão pode ser considerado prova de que a história reflete com exatidão os preços do início do segundo milênio a.C. Ao ver a túnica de José manchada de sangue, Jacó chegou à conclusão equivocada de que o filho estava morto.

JOSÉ NO EGITO
No Egito, José foi vendido a Potifar, comandante da guarda do faraó.3 Achou favor aos olhos de Potifar que o colocou para administrar sua casa, mas, depois de se desentender com a esposa de seu senhor, foi mandando para a prisão. Mesmo preso, José prosperou e interpretou os sonhos do copeiro- chefe e do padeiro-chefe do faraó. Dois anos depois, o próprio faraó consultou José ao saber do seu dom de interpretar sonhos. * A interpretação que José deu ao sonho do faraó - sete anos de abundância, seguidos de sete anos de fome - convenceu o soberano do Egito, que encarregou José de administrar a colheita, armazenagem e distribuição de alimentos de lodo o seu reino. O faraó colocou seu anel de sinete no dedo de José, o vestiu com roupas de linho fino e pôs um colar de ouro em seu pescoço. Enquanto José passava com seu carro, homes clamavam diante dele: Abrek, uma palavra de significado incerto, para a qual se sugerem as traduções "Abri caminho!" ou "Inclinai-vos!" Não existe nenhuma evidência arqueológica direta dos sete anos de abundância e dos sete anos de escassez, mas, sem dúvida, essa grande fome afetou outras regiões além do Egito, pois os irmãos mais velhos de José desceram de Canaà ao Egito em busca de alimento." Vestido como um egípcio e se comunicando por meio de um intérprete, José não foi reconhecido pelos irmãos. Ao perceber que teria tempo de sobra para analisar as intenções de seus irmãos, José providenciou para que o caçula também estivesse presente quando ele revelasse sua verdadeira identidade. Por fim, a família toda, inclusive Jacó, ainda aturdido com essa reviravolta, se mudou para o Egito.

OS 1SRAELITAS SE ASSENTAM NO EGITO
Sabe-se de outros povos de origem semítica palestina que foram ao Egito durante o Médio Império. O Túmulo de Khnumhotep (c. 1900 a.C.) em Beni Hasan, no Médio Egito, mostra 37 asiáticos, liderados por um semita chamado Absha, se dirigindo ao Egito a fim de fazer comércio, provavelmente transportando para lá matérias- primas usadas na produção de pintura para os olhos, como o sulfato de antimônio em pó. Os israelitas se assentaram na região de Gósen, cuja localização exata é desconhecida, sabendo-se com certeza apenas que ficava no leste do Delta e era considerada a melhor região da terra. De acordo com Gênesis 47:11, Jacó e sua família receberam propriedades "no melhor da terra, na terra de Ramessés". Esta cidade é um local amplo, conhecido hoje como Qantir, que abrange uma área de aproximadamente mil hectares na região leste do Delta. Sem dúvida, seu nome é originário do grande faraó egípcio Ramsés I (1279-1213 a.C). Assim, parece provável que o nome Ramsés tenha sido incluído no texto no tempo desse faraó ou depois. losé morreu com centro e dez anos de idade e foi embalsamado.* No Egito, essa era a idade ideal que um homem podia atingir, como comprovam textos desde o final do Antigo Império até o período ptolomaico. Ultrapassava consideravelmente a idade ideal dos israelitas que, de acordo com Salmos 90:10 era setenta anos. O primeiro livro da Bíblia que começou afirmando, "No princípio, criou Deus os céus e a terra", termina descrevendo a morte e embalsamamento de José, que foi colocado num caixão no Egito.

 

Por Paul Lawrence

 

Referencias:

Gênesis 37:27
Gênesis 37:28
Gênesis 39:1
Gênesis 41:14
Gênesis 42:1-7
Gênesis 46:6
Gênesis 26-27
Gênesis 46:34;
Gênesis 47:6
Gênesis 50:26

A viagem de José para o Egito
A viagem de José para o Egito

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Êxodo Capítulo 1 do versículo 6 até o 22
  1. Os líderes morrerão (1.6). Os pais e líderes têm de morrer; este é o modo de vida na terra. José faleceu e todos os seus irmãos (6). Aqueles de quem muito dependemos, no final das contas, partirão. O crescimento é dependente da morte. "Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto" (Jo 12:24). Uma geração passa para outra assumir o lugar. É assim com o povo de Deus como também com as demais pessoas do mundo.
  2. O cumprimento da promessa de Deus (1.7). Os filhos de Israel frutificaram, e aumentaram muito. Ainda que os homens que Deus escolheu morram, Ele cuida dos filhos que ficam. Deus prometeu para Abraão que lhe aumentaria a semente (Gn 12:2-15.5; 17:1-8) e aqui, no Egito, esta promessa foi cumprida. Quando Israel saiu do Egito o total computava cerca de 600.000 homens, além das mulheres e crianças (12.37). Levan-do-se em conta o tempo decorrido, não se tratava necessariamente de crescimento incomum.2 Mas considerando o ambiente hostil, esse aumento mostrava a providência especial de Deus.

O que Deus prometeu ao gênero humano na criação (Gn 1:28) agora estava tendo cumprimento na sua família escolhida. As palavras aumentaram muito provêm do hebraico que significa "abundar ou enxamear" como se dá com os insetos e na vida mari-nha (ver Gn 1:20-7.21).3 Os israelitas não somente eram muito numerosos, mas foram fortalecidos grandemente. É lógico que esta expressão indica saúde e vigor. Moisés reconheceu esta providência graciosa quando escreveu: "Siro miserável foi meu pai, e desceu ao Egito, e ali peregrinou com pouca gente; porém ali cresceu até vir a ser nação grande, poderosa e numerosa" (Dt 26:5).

A terra que se encheu deles diz respeito a Gósen, onde Jacó e seus filhos se insta-laram (Gn 47:1-4-6,27). Não há dúvida de que com o passar do tempo eles cresceram a ponto de este lugar se tornar pequeno demais, levando-os a se relacionar com os egípcios em outras regiões do país. O aumento numérico logo chamou a atenção do rei.

2. A Escravização de Israel no Egito (1:8-14)

a) Favores esquecidos (1.8). As breves palavras: Um novo rei... que não conhece-ra a José, transmitem muita história. O desempenho de José na preservação do Egito foi apreciado por seus contemporâneos. Agora uma nova dinastia, como provavelmente significam estas palavras, assumiu o poder no Egito. A dinastia dos hicsos reinou no Egito de aproximadamente 1720 a.C. até 1570 a.C. Estes reis eram estrangeiros e foram expulsos por este novo rei. Parece que a nova dinastia, a décima oitava, odiava todos os povos associados com os reis anteriores, sobretudo os hebreus.' O novo rei desconhecia José e não se importava com o passado do Egito.

Esquecer José também significava esquecer Deus. Ao desconsiderar o povo de Deus, Faraó fixou a mente e o coração contra Jeová. É comum a recusa em se lembrar do passado resultar em rebelião presente. Todo aquele que fixa o rosto contra Deus terá dias infelizes.

  1. Opressão desculpada (1.9,10). Homens maus buscam razões para justificar seus caminhos diante de outros homens e a seus próprios olhos. Este novo rei exagerou o problema dizendo que o povo... é muito e mais poderoso do que nós (9). Amedronta-va-lhe o aumento numérico dos israelitas e a força que possuíam. O favor de Deus para com seu povo despertou ciúmes no rei.

O monarca temia a possibilidade de Israel se unir com os inimigos do Egito em uma guerra (10). Não há evidências de Israel ter intenções bélicas, mas é surpreendente o mal que o coração carnal pode ler nas intenções de outros homens.

Na mente do rei, o maior desastre seria o povo sair da terra (10, ARA). É possível que todos soubessem a esperança de Israel se estabelecer na Palestina. Se Faraó temia a presença desse povo no Egito, por que não o mandou sair em vez de procurar destruí-lo (16,22) ? Possivelmente porque tinha medo que se tornasse uma nação forte naquela região.

  1. Crueldade engendrada (1.11,13,14). A sabedoria mundana sabe inventar métodos cruéis. O rei queria debilitar o poder dos israelitas, quebrando-lhes a vontade como gru-po e levando-os a se tornar como os egípcios. De acordo com avaliações posteriores (Js 24:14; Ez 20:7-9), alguns israelitas fizeram exatamente isso. Sob circunstâncias nor-mais, tais métodos teriam cumprido o desígnio do rei.

Os maiorais de tributos (11) eram supervisores gerais cujos métodos tiranos eram famosos. Provavelmente alguns desses chefes de serviços fossem israelitas (5.14). "Há [...] lugar para pensar que eles os faziam trabalhar desumanamente e, ao mesmo tempo, os obrigava a lhes pagar exorbitante tributo."' Cidades de tesouros eram "cidades-armazéns" onde eram armazenados provisões e armamentos.

As tarefas para os israelitas ficaram muito amargas com dura servidão (14). Pelo visto, o trabalho no campo refere-se a projetos de irrigação ou ao cuidado dos reba-nhos do governo,' ou possivelmente a levar tijolos para os lugares de construção.' A es-cravidão era tão cruel quanto o homem podia torná-la sem infligir a morte.

  1. Intenções contrariadas (1.12). Quando Deus interfere em prol do seu povo, os maus desígnios dos homens não têm sucesso: Quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e tanto mais cresciam. Trata-se de reversão da lei na-tural, mas semelhante intervenção divina frustrou muitas vezes os perseguidores do povo de Deus. Ao conceder favor especial ao seu povo, Deus neutralizava o poder tirânico. Não houve libertação da escravidão, mas nas pessoas permanecia vigor e força.

Estes resultados incomuns confundiam os maiorais de tributos. Não conseguiam entender o que estava acontecendo, de maneira que se enfadavam — "por isso os egípcios passaram a temer os israelitas" (NVI). "Havia algo sinistro e enervante na situ-ação."' Este ambiente só fazia aumentar o medo e a crueldade.

3. Ameaça à Existência de Israel (1:15-22)

O escritor de Êxodo está compondo o cenário para o nascimento e proteção milagro-sa de Moisés. A reação dos israelitas confundiu o maldoso rei do Egito e seus conselhei-ros, que tiveram de recorrer a métodos mais severos para debilitar Israel.

As ações de Faraó e seus conselheiros ilustram a "A Crescente Ousadia do Mal".

1) A opressão geral do bem, 8-14;

2) O assassinato secreto dos inocentes, 15-21;

3) O extermí-nio total e franco da vida, 22.

  1. A anulação da trama secreta (1:15-21). Considerando que Israel se multiplicou mesmo sob dura escravidão, o rei decidiu atacar o segredo da força: os bebês do sexo masculino. A fim de evitar publicidade, ele se serviu da cooperação das parteiras das hebréias (15) para que matassem os meninos ao nascerem. Talvez estas parteiras fos-sem egípcias designadas exclusivamente às hebréias.' As duas parteiras nomeadas eram provavelmente chefes de uma instituição de parteiras, visto que duas não dariam conta de todo o Israel.' O propósito do rei era aniquilar os meninos e misturar as meninas na população egípcia. Este plano acabaria com Israel como nação. Os assentos (16) eram tamboretes ou banquinhos próprios para o parto, sendo comuns no Egito, Mesopotâmia e entre os hebreus.

Mais uma vez Deus frustrou a intenção do rei. Estas parteiras temeram a Deus (17) e não obedeceram à ordem do monarca. A influência israelita sobre os vizinhos foi eficaz. A razão que as parteiras deram ao rei era verdadeira: as mulheres hebréias... são vivas (19) ; elas davam à luz antes que a ajuda das parteiras chegasse. Dessa forma, Deus protegeu as mães hebréias e deu às parteiras uma desculpa satisfatória ao rei. "A fé em Deus capacita os homens a dar uma razão para não errarem."' Deus honrou estas parteiras com casas (21; "família", ARA). É possível que tenham se casado com israelitas e se tornado membros do povo escolhido de Deus.'

  1. A abertura da ameaça (1.22). Quando os homens lutam contra Deus, acabam chegando às raias do desespero. O rei do Egito não sabia mais o que fazer. Por duas vezes tentou reduzir a força de Israel e fracassou. Tinha de tomar medidas drásticas. Era imperativo que abrisse o jogo e exigisse o extermínio dos hebreus.

Desta vez, não precisava somente da ajuda dos maiorais de tributos ou das par-teiras. Faraó encarregou todos os egípcios com a ordem de afogar os bebês do sexo masculino. No versículo 22, no original hebraico, não ocorre as palavras "aos hebreus", mas estão subentendidas (cf. ARA). Por esta época, os israelitas estavam mais espa-lhados entre o povo do Egito do que quando estavam concentrados na terra de Gósen. Estavam mais vulneráveis. Sem a providência de Deus, este decreto teria acabado com Israel.

O capítulo 1 retrata como "Deus Guarda o seu Povo":

1) Quando pouco em número, 5-7;

2) Quando sob opressão, 8-14;

3) Quando ameaçado de extinção, 15-22.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Êxodo Capítulo 1 versículo 6
Conforme Gn 50:26.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Êxodo Capítulo 1 do versículo 1 até o 22
*

1.1-4

Os livros de Êxodo e Gênesis estão ligados entre si por esta introdução (Gn 46:8-27). A promessa de Deus a Abraão foi cumprida pela frutificação de Israel (Gn 12:1).

* 1:5

setenta. Ver notas em Gn 46:15-27. O número daqueles que entraram no Egito às vezes é dado como 75 (referência lateral; At 7:14), e essa diferença depende de quem é contado. O texto da Septuaginta (o Antigo Testamento traduzido para o grego) adiciona mais cinco os descendentes masculinos de José, dando assim um total de setenta e cinco. Contando-se as mulheres e as crianças, o número total era de mais de cento e cinqüenta.

* 1:7

aumentaram muito, e se multiplicaram. Os termos "fecundos", "aumentaram muito" e "a terra se encheu deles" nos fazem lembrar Gn 1:26-28. Dessa maneira, Israel cumpriu o mandato dado à humanidade em Gn 1. A terra provavelmente era a terra de Gósen, na parte noroeste do Egito, no Wadi Tumilat, no delta, um vale que tinha entre 48 e 64 km de extensão (conforme Gn 47:4).


*

1.8-22

A multiplicação de Israel levou a serem eles oprimidos por parte dos egípcios.

* 1:8

novo rei. O começo de uma nova era foi assinalada pelo advento de um novo Faraó. Esse novo rei do Egito pode ter sido Amosis 1 (1570 - 1546 a.C.), da XVIII dinastia, que expulsou os hicsos, os governantes semitas do Egito, de 1700 a 1550 a.C. (Introdução: Data e Ocasião, At 7:18 nota).

* 1:11

Pitom e Ramessés. Essas cidades para guardar provisões agrícolas e suprimentos militares estavam localizadas na estratégica região do delta do Nilo. Pitom, provavelmente, estava localizada no moderno Tell er-Ratabah ou Tell el Maskutah, ao passo que a cidade de Ramassés é identificada com a moderna Qantir. Esse item aparece demasiadamente cedo no ciclo da opressão para ser identificado como obra de Ramessés II (1304—1236 a.C.), que é geralmente identificado como sendo o Faraó do Êxodo (ver Introdução: Dificuldades de Interpretação: Gn 47:11, nota). O único outro rei com o reinado necessário de quarenta anos foi Tutmés III (1504—1450 a.C.). Na dinastia XXIX o termo "Faraó" (egípcio para "casa grande") tornou-se um título real no Egito. Antes disso, o nome era sinônimo de autoridade governamental.

* 1:14

lhes fizeram amargar a vida. A amarga opressão egípcia foi mais tarde lembrada através das ervas amargosas da refeição da páscoa (12.8).

* 1:15

hebréias. Ver nota em Gn 14:13.

parteiras. Duas parteiras para servirem tão numerosa população parece muito pouco; elas podem ter sido líderes das parteiras. Seus nomes são de origem semita, e o v. 15 identifica-as como israelitas.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Êxodo Capítulo 1 do versículo 1 até o 22
1:1 Os filhos do Israel, ou israelitas, foram os descendentes do Jacó, cujo nome foi trocado ao Israel depois que lutou com o anjo (veja-se Gn 32:24-30). A família do Jacó se transladou ao Egito por convite do José, um dos filhos do Jacó, que chegou a ser um grande governador de Faraó.

A família do Jacó cresceu até chegar a ser uma grande nação. Mas, como estrangeiros e recém chegados, suas vidas estavam em marcado contraste com as dos egípcios. Os hebreus adoravam a um Deus; os egípcios adoravam muitos deuses. Os hebreus eram nômades; os egípcios tinham uma cultura profundamente estabelecida. Os hebreus eram pastores; os egípcios eram construtores. além de ser tão diferentes, os hebreus estavam fisicamente separados do resto dos egípcios: viviam no Gosén, ao norte dos grandes centros egípcios.

1:9, 10 Faraó temia que os israelitas fossem tão numerosos que pudessem organizar-se e ameaçar seu reino. Fez-os escravos para matar seu espírito e deter seu crescimento. A escravidão era uma prática antiga utilizada por quase todas as nações para "empregar" ao povo conquistado e a outros cativos. É quase seguro que as grandes pirâmides do Egito foram construídas mediante o trabalho dos escravos. Embora o Israel não era uma nação conquistada, o povo era estrangeiro e possuía menos direitos que os nativos egípcios.

1:11 Havia no Egito diferentes níveis de escravidão. Alguns escravos trabalhavam largas horas em sarjetas de lodo enquanto que outros eram hábeis carpinteiros, joalheiros e artesãos. Apesar da habilidade específica ou do nível, todos os escravos eram vigiados por um capataz desumano. Este capataz era uma espécie de opressor e sua função era manter aos escravos trabalhando tão rapidamente como fora possível. Eram especialistas em fazer miserável a vida de um escravo.

1:11 Os registros antigos indicam que estas cidades se construíram em 1290 a.C., pelo qual muitos eruditos insistem em que os hebreus deixaram o Egito no século treze antes de Cristo. Ao olhar outras evidências, entretanto, outros eruditos acreditam que os hebreus deixaram o Egito em 1446 a.C. Como puderam construir duas cidades cento e cinqüenta anos depois de sair? Os estudiosos sugerem que Ramsés II, o Faraó de 1290 a.C., não construiu as cidades de armazenagem do Pitón e Ramesés. Mas sim lhes voltou a pôr nome a duas cidades que tinham sido construídas cento e cinqüenta anos antes. Era uma prática comum que um governante egípcio fizesse melhoras em uma cidade e logo se creditasse sua construção, e assim apagava qualquer registro de fundadores anteriores. Veja-se também a segunda nota a 13 17:18.

1:12 Os egípcios trataram de acabar com o povo hebreu ao forçá-lo à escravidão e ao maltratá-lo. Mas em lugar disso, os hebreus se multiplicaram e se fizeram mais fortes. Quando somos oprimidos ou maltratados, podemos nos sentir derrotados. Mas nossas cargas podem nos fortalecer mais e desenvolver em nós algumas qualidades que nos prepararão para o futuro. A gente não pode triunfar sem problemas que superar. lhe agradeça a Deus os momentos difíceis, porque até as piores situações, à larga, podem nos fazer melhores.

1.15-17 Sifra e Fúa puderam ter sido parteiras supervisoras, por isso lhes fez uma menção especial. As parteiras hebréias ajudavam às mulheres a dar a luz e cuidavam dos bebês até que a mãe se recuperava. Quando Faraó ordenou às parteiras que matassem aos bebês hebreus varões, o estava pedindo às pessoas equivocadas. As parteiras estavam para ajudar a nascer, não para matar. Estas mulheres mostraram um grande valor e amor a Deus arriscando suas vidas ao desobedecer a ordem de Faraó.

1.17-21 Contrário às ordens de Faraó, as parteiras preservaram a vida dos bebês hebreus. Sua fé em Deus lhes deu o valor para pronunciar-se pelo que sabiam que era correto. Nesta situação, desobedecer à autoridade era o adequado. Deus não espera que obedeçamos a uma autoridade quando esta peça que o desobedeçamos ao ou a sua Palavra. A Bíblia está cheia de exemplos daqueles que estiveram dispostos a sacrificar suas próprias vidas para obedecer a Deus ou para salvar as vistas de outros. Ester e Mardoqueo (Et_3:2; Et 4:13-16), e Sadrac, Mesac e Abed-nego (Dn 3:16-18) são alguns que se pronunciaram a favor do que era correto. Nações inteiras podem ser apanhadas pela imoralidade (ódio racial, escravidão, crueldade nos cárceres), mas seguir à maioria ou à autoridade não sempre é o correto. Quando nos ordena que atuemos em desobediência à Palavra de Deus, devemos "obedecer a Deus antes que aos homens" (At 5:29).

1.19-21 Benzeu Deus às parteiras hebréias por lhe mentir a Faraó? Deus as benzeu não porque mentiram, mas sim porque salvaram as vistas de meninos inocentes. Isto não significa que uma mentira fora necessariamente a melhor forma de lhe responder a Faraó. Entretanto, as parteiras foram bentas ao não violar a lei suprema de Deus que prohíbe a matança insensata de vidas inocentes.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Êxodo Capítulo 1 do versículo 1 até o 22
I. a libertação de Israel (Ex 1:1)

1. O resumo do Passado (1: 1-7)

1 Ora, estes são os nomes dos filhos de Israel, que vieram para o Egito (cada homem e sua família veio com Jacó): 2 Rúben, Simeão, Levi, Judá, 3 Issacar, Zabulon, e Benjamin, Dt 4:1 e os comentários lá), mas uma vez que este número refere-se quase exclusivamente aos homens, um número muito maior é sugerida no que cada homem tomou também seu agregado familiar , incluindo esposas, filhas e servos.

A alteração na configuração dos versos finais de Gênesis é marcado de duas maneiras: a morte não só de José (Gn 50:26 ), mas também do resto de seus irmãos, suas esposas e irmãs, ea servants- tudo o que geração ; eo subsequente desenvolvimento do clã em uma grande nação. Essa "explosão populacional" é indicado por uma progressão de cinco etapas: eles (1) foram frutíferos , e (2) aumentaram muito , e (3) multiplicado , e (4) foram fortalecidos grandemente ; e (5) a terra se encheu deles . Tal amontoando-se de expressões indica que o ganho foi mais do que meramente natural. Foi o resultado da bênção divina direta. Esta convicção da providência divina na vida da família escolhida foi evidente em todo Genesis e, particularmente, nas experiências de José. Ele aparece novamente nestes versículos do Êxodo de abertura, e continua a ser um tema dominante ao longo do livro.

2. A acusação da Escravatura (1: 8-14)

8 Agora surgiu um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a Js 9:1 E ele disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós: 10 vêm, usemos de astúcia para com eles, para que não se multiplique, e aconteça que, que, quando não cai fora qualquer guerra, eles também se unem a nossos inimigos, e lutar contra nós, e levá-los para fora da terra. 11 Portanto puseram sobre eles feitores, para afligem com suas cargas. Porque edificaram a Faraó cidades-armazéns, Pitom e Ramessés. 12 Mas quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam, e quanto mais eles se espalhou. E eles estavam aflitos por causa dos filhos de Israel. 13 E os egípcios faziam os filhos de Israel servir com dureza: 14 e eles fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o tipo de serviço no campo, todo o seu serviço, em que os faziam servir com dureza.

Embora as condições estavam mudando dentro de Israel, eles também estavam mudando em sua casa temporária, a terra do Egito. Um novo rei ascendeu ao trono, um que não sabia José . A maneira peculiar em que este é enfatizada indica mais do que simplesmente um novo herdeiro do trono que por causa da passagem do tempo não conhecia pessoalmente com José. É algo que marca o início de uma nova era, em que a influência de José e precedentes foram esquecidos ou ignorados, quando o Faraó não senti nenhuma responsabilidade ou o desejo de conceder favores especiais para Israel. Ele provavelmente marcou o início de toda uma nova dinastia de reis, a XVIII, que assumiu a regra do Egito após a expulsão dos hicsos, os reis pastores estrangeiros que gostam os israelitas eram semita na origem. Enquanto os hicsos ganhou o controle do Egito depois da época de José, é provável que o seu governo ainda era lembrado, e o parentesco dele e de seu povo para os hicsos teria vencido por Israel continuou gentilezas. Mas quando foi restabelecida regra egípcia nativa, emoções patrióticas seria facilmente lançaram suspeitas sobre os outros estrangeiros que vivem em Goshen. (Para uma discussão mais completa da datação de eventos em Êxodo, consulte " Date "em" Introdução ".)

O novo rei do Egito se comprometeu com a opressão de Israel. Ele explicou que os egípcios, com base em sua força numérica, exagerando o seu número, dizendo que os israelitas eram mais numerosas e mais poderosas do que os egípcios, um termo (margem ASV) "demasiados e muito poderoso para nós" melhor traduzido. Ele ressaltou o perigo, no caso de guerra e invasão do leste, de Israel está subindo para se juntar inimigos do Egito e usando a oportunidade de sair do país. Residência de Israel em Goshen, na parte oriental do delta do Nilo, perto das rotas do deserto da Palestina e da Síria, fez tal ação possível. E, apesar do ódio do rei egípcio para Israel, ele não queremos que eles saiam. Eles representavam demais riqueza potencial para ele e sua nação.

A primeira medida preventiva o rei proposto era o de recrutar os israelitas por "gangs trabalho forçado." Era uma prática comum nos tempos antigos, assim, para escravizar os povos subjugados. Salomão fez isso na construção do templo e suas outras obras públicas (1Rs 5:13 ; 1Rs 9:15 ). E os registros arqueológicos indicam que os antigos egípcios eram notórios por esta prática. A partir do século XV em diante, as inscrições egípcias antigas mencionar um povo chamado de 'Apiru , um termo estrangeiro equivalente ao Habiru mencionado na Mesopotâmia e na Síria. A palavra aparentemente significa "aqueles que atravessar" ou É considerado por muitos estudiosos que esta palavra é o equivalente do bíblica "hebreus", aplicado em Gênesis a Abraão e José e seus irmãos ("imigrantes". Gn 14:13 ; Gn 39:14 , Gn 39:17 ; Gn 40:15 ; Gn 41:12 ; Gn 43:32 ), e freqüentemente nos primeiros capítulos de Êxodo aos israelitas enquanto eles ainda estavam no Egito. Às vezes se pensa que "hebreu" é um nome étnico derivado de Eber, o antepassado de Abraão. Mas agora parece mais provável que o termo era um problema geral aplicado aos povos migrantes, dos quais os hebreus bíblica teria sido uma parte. E estes'Apiru são mencionados nos registros egípcios como sendo forçados a trabalhar nos projetos de construção reais.

Este tipo de trabalho foi bem calculado para impedir o crescimento e as aspirações do povo, no âmbito dos egípcios capatazes foram definidos para construir cidades, trabalhando com argamassa e tijolos, e também no campo , envolvendo, sem dúvida, a escavação e manutenção de irrigação canais, plantando e cultivando as culturas, etc. O rigor de tal trabalho recrutado é evidenciado no registro de Heródoto, o historiador grego, que relata que o Faraó Neco perdeu 120.000 homens na escavação de um canal do Mar Vermelho para o Nilo, e na experiência de um governante mais moderno, Mehemet Ali, que perdeu 20.000 de um total de 120.000 trabalhadores na construção do Canal de Alexandria, no meio do século XIX AD

Duas cidades são especificamente mencionados como centros de trabalho israelita, Pithom e Ramsés . Isso fez com que o versículo 11 para se tornar o centro da tempestade de controvérsia sobre a data do Êxodo de Israel do Egito. A leitura mais natural dos dados fornecidos nas Escrituras poderia indicar uma data de aproximadamente 1441 aC Mas os faraós cujos nomes foram dados para a cidade de Ramsés (Ramsés I, 1319-1318, e Ramsés II, 1301-1
234) não se pronunciou até muito mais tarde. Também está registrado que Ramsés II construiu a cidade que leva seu nome, e ele fala de usar o'Apiru na sua construção. Isto levou praticamente todos os estudiosos liberais e alguns mais conservadores de liquidar em uma data por volta do século XIII aC para o Êxodo. Mas essa evidência também está sujeito a uma interpretação diferente. Ramsés II era notório para reivindicar o crédito para as realizações de seus antecessores e é provável que ele simplesmente reconstruída ou ampliada, a cidade que leva seu nome. A cidade era o mais conhecido para os israelitas sob o nome Zoan. Ele, aparentemente, tinha sido construído na época de Abraão, sendo, portanto, apenas sete anos mais novo que Hebron (N1. Ex 13:22 ). Ele era conhecido pelo nome de Avaris, quando era a capital dos governantes hicsos, e foi destruído quando fizeram sua última resistência lá. Então os israelitas poderiam ter sido utilizados em obras de construção da cidade, em qualquer momento posterior à hicsos. Como vimos, o'Apiru incluídos outros estrangeiros, e os mencionados por Ramsés II não precisa ser israelitas. É verdade que a cidade era conhecida pelo nome de Ramsés apenas a partir de 1300-1100 aC, mas a ocorrência do nome no Pentateuco (Gn 47:11 ; Ex 1:11. ; 0:37 ; Nu 33:3) pode ser devido à modernização de um nome antigo lugar por um escriba a partir desse período, assim como Laís é chamado Dan em Gn 14:14 , ainda que não recebeu esse nome até séculos depois da época de Moisés (Jz 18:27 ). (Para uma discussão mais completa sobre a datação dos eventos deste livro, consulte " Date "em" Introdução "). Praticamente todos os estudiosos, sejam quais forem as suas opiniões sobre a data do Êxodo, não concordam com a localização das duas antigas cidades mencionadas aqui. Pithom está localizado no Informe moderno er-Retabeh, no Wadi Tumilat, um vale que liga o Nilo e Lago Timsah, perto das fronteiras orientais do Egito. Ramsés , como já indicado, é o mesmo que Zoan ou Avaris, também designado mais tarde, em grego como Tanis. Ele também foi localizado no delta oriental, cerca de trinta quilômetros ao norte e um pouco a oeste de Pithom, na antiga Tanitic braço do Nilo. As cidades foram construídas como cidades-armazéns , depósitos de material de guerra, apoiando-se na linha de frente da defesa ao longo das fronteiras orientais da nação.

O resultado significativo do plano de Faraó a dificultar o crescimento de Israel era seu completo fracasso. O mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e quanto mais eles se espalhou . Esta foi mais uma prova da intervenção divina e da providência, e que causou até mesmo os egípcios a ser afligido por causa de os israelitas, ou como é mais bem traduzida, "sentiu um pavor de", ou "tornou-se apreensivo sobre." Eles reconheceram o caráter incomum da prosperidade de Israel.

3. O risco de extinção (1: 15-22)

15 E o rei do Egito falou às parteiras das hebréias, das quais o nome de uma era Sifrá, e o nome da outra Puá: 16 e ele disse, quando fazeis o ofício de parteira às hebréias, e ver -los sobre o banquinho nascimento; se for um filho, fareis matá-lo; mas se for uma filha, então ela viverá. 17 As parteiras, porém, temeram a Deus e não fizeram como o rei do Egito lhes ordenara, antes conservavam os meninos com vida. 18 E o rei do Egito chamou as parteiras e disse-lhes: Por que fizestes isto, e salvou os meninos com vida? 19 E as parteiras a Faraó, que as mulheres hebréias não são como as egípcias; pois são vigorosas, e são entregues antes que a parteira venha a elas. 20 E Deus fez bem às parteiras e as pessoas se multiplicaram, e se fortaleceu muito. 21 E aconteceu que, como as parteiras temeram a Deus, ele fez -los famílias. 22 E Faraó a todo o seu povo, dizendo, todos os filhos que nascerem lançareis no rio, mas a todas as filhas guardareis com vida.

Quando Faraó observou que seus esforços para parar o rápido crescimento de Israel havia falhado, ele tomou uma nova abordagem. Ele chamou em seu auxílio as parteiras que ajudaram a entregar os bebês de Israel. Apenas dois são mencionados, um fato que é frequentemente citada como prova de que as figuras bíblicas que indicam o número de israelitas na época do Êxodo como mais de dois milhões estão em erro. Embora isso possa ser uma observação válida, é preciso lembrar que este primeiro comando foi emitido, pelo menos, 80 anos antes do Êxodo, talvez mais, quando o número de israelitas poderia facilmente ter sido muito menor do que na época do Êxodo. Também é possível que apenas as principais famílias foram servidos pelas parteiras, ou que estes dois são os únicos de um grupo maior, cujos nomes foram preservados, ou que eram supervisores do resto. Disse-lhes que quando as mulheres hebréias eram , em cima do banquinho nascimento (o original é plural e se refere a "duas pedras, tijolos, ou fezes de baixa sobre a qual ele era o costume para as mulheres a se ajoelhar ou sentar-se durante o parto"), eles eram para matar todos os meninos-bebê, mas salvar vivo cada menina. Este acabaria por aniquilar a nação, para as meninas poderiam ser absorvidos pelo casamento para os egípcios. Não está claro se essas parteiras eram egípcio ou hebraico. As parteiras hebréias pode significar "as parteiras egípcias que servem as mulheres hebréias." O fato de que as bênçãos de Deus foram adicionados às parteiras indicaria que eles não eram israelitas, uma vez que não tinha o seu bênçãos até agora. Seus nomes são o hebraico, que significa "Beleza" e "Splendor", embora estes possam ter sido apenas traduções de seus nomes egípcios. Mas se egípcio ou hebraico, eles se recusaram a obedecer às ordens do Faraó, pois temia a Deus . Quando chamado a prestar contas para a sobrevivência dos meninos, eles responderam que as mulheres israelitas não eram tão dependente como as egípcias sobre as parteiras e geralmente eram entregues de seus filhos antes que eles chegaram. Isso pode ter sido uma verdade parcial, já que conseguiu dissipar as suspeitas de Faraó. Sua devoção heróica ao seu dever ético também motivou a abençoada pelo Senhor para que eles também tinham famílias grandes, a maior bênção qualquer mulher poderia ter naquele dia.

Mas Faraó insistiu em acabar com o povo de Israel. Então agora ele emitiu uma proclamação convocando todos os egípcios a se juntar a ele em matar todos os meninos infantis de Israel e salvar as meninas vivas para o futuro escravidão. O caso de Moisés indica que este anúncio foi realizado até certo ponto, mas essa prática foi, provavelmente, nunca totalmente operativa nem de longa duração. Ele também foi condenado ao fracasso.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Êxodo Capítulo 1 do versículo 1 até o 22
  1. A perseguição ao povo de Deus (Exodo 1)
  2. A nova geração (vv. 1-7)

Em Gênesis 15:13-16, profetiza-se a escravidão de Israel no Egito. Já que Abraão tinha 100 anos quan-do Isaque nasceu, a quarta gera-ção equivalia a 400 anos. É claro, as gerações são mais curtas hoje. Deus também cumpriu a promessa de multiplicar as pessoas (Gn 46:3), e os 70 descendentes originais de Jacó transformaram-se em mais Dt 1:0 At 7:5 At 7:9.

  1. O novo rei (vv. 8-14)

At 7:18 diz que havia "outro rei de um tipo diferente" (tradução literal do grego). Isto é, o novo rei era de um povo diferente. A história conta- nos a respeito do período em que os invasores "hicsos" dominaram o Egito. Eles eram semitas, provavel-mente da Assíria (Is 52:4). O novo rei advertiu seu povo (não os egíp-cios) de que a presença de tantos ju-deus era uma ameaça ao governante deles; portanto, eles decidiram agir de forma vigorosa com os filhos de Israel. Já que José foi o salvador do Egito, seria improvável que um rei egípcio não o conhecesse, mas esse novo rei era estrangeiro. Claro que, no entanto, a escravidão no Egito é um retrato da escravidao espiritual do pecador a este mundo. Os ju- deus descêrárírão EgTícTè viveram no melhor da terra (Gn 47:6), mas, mais tarde, esse fausto transformou- se em provação e sofrimento. Assim como é hoje a vereda do pecador perdido; o pecado também promete prazer e liberdade, mas traz sofri-mento e escravidão.

CA nova estratégia (vv. 15-22)

Não fosse pela intervenção de Deus, o plano do rei de matar todos os be-bês do sexo masculino teria muito sucesso. Ele usou as parteiras para confundir o rei, da mesma forma como depois usou o choro do bebê para alcançar o coração da filha do faraó. Deus usa as coisas fracas deste mundo para anular as podero-sas. É claro, a estratégia do rei veio de Satanás, o assassino. Portanto, essa foi outra tentativa de Satanás de destruir os judeus e de impedir o nascimento do Messias. Posterior-mente, Satanás usaria o rei Herodes para tentar assassinar o bebê Jesus. Era certo as mulheres desafiarem as ordens do rei? Sim, pois "antes, im-porta obedecer a Deus do que aos

homens" (At 5:29). O crente, quan-do as leis da terra definitivamente são contrárias aos mandamentos de Deus, tem o direito e o dever de pôr Deus em primeiro lugar. Ao mesmo tempo que Deus não aprova as des-culpas dadas pelas parteiras ao faraó (embora as palavras delas pudessem ser verdadeiras), ele as abençoa por sua fé. Lembre-se, esse mesmo go-vernante que queria suprimir o povo de Deus viu seu exército ser esma-gado no mar Vermelho (Ex 15:4-5). Colhemos o que plantamos, embora a colheita possa demorar a chegar (Ec 8:11).

Nesse capítulo, também ve-mos a tentativa de Satanás de es-cravizar o povo de Deus. O versí-culo 1 chama os judeus de "filhos de Israel", e IsraeTsignifica "lutou [como príncipe] com Deus" (Gn 32:28) — o príncipe do mundo (Satanás) desafia o príncipe com Deus! O povo de Deus não é deste mundo e será libertado da escravi- dão de Satanás!


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Êxodo Capítulo 1 do versículo 1 até o 22
1.1- 22 O capítulo mostra a prosperidade que Deus sempre quer dar ao seu povo, e a desgraça que o mundo está sempre prestes a infligir.
1.8 Novo rei. Aqui saltamos quatro séculos de história, desde a entrada de José no Egito. Trata-se de novas dinastias com outras maneiras de pensar e de agir.

1.10 Astúcia. É a arma predileta dos servos do Maligno, na sua batalha contra os fiéis.

1.11 Feitores. A mesma vitalidade dos israelitas, que podia fazer deles inimigos potenciais, era desviada para o uso dos egípcios era mão de obra forçada, a escravidão.

1.12 Quanto mais. A graça de Deus para com seu povo sempre supera as tentativas de destruição feitas contra seus escolhidos.

1.14 Amargar. No princípio, a escravidão era para dominar e utilizar os hebreus, mas agora era para aniquilá-los, mesmo.

1.16 O assassínio secreto: as parteiras podiam atribuir a morte do filhinho a um acidente de nascimento.
1.22 O assassínio público - a fidelidade das parteiras em conservar a vida dos filhinhos forçou Faraó a revelar publicamente sua iniqüidade. Assim é que uma atitude corajosa pode desmascarar as obras do Maligno.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Êxodo Capítulo 1 do versículo 1 até o 22
I. OS 1SRAELITAS SÃO OPRIMIDOS (1.1—4.31)

1) Um novo rei no Egito (1:1-22)
Mesmo que tivessem sido estabelecidos no Egito com amparo e proteção do faraó, ao longo do tempo os israelitas descobriram que já não podiam viver à custa da glória de José. Vários séculos haviam passado desde a morte do patriarca, e a comunidade israelita havia se transformado num grupo que era considerado pelos egípcios nativos uma ameaça à segurança nacional. Quando os rigores da corvéia já não tinham mais os efeitos desejados, o faraó recorreu a medidas mais cruéis. Implantou-se um programa de extermínio que, no início, só envolvia parteiras que davam atendimento às mães hebréias (v. 15,16), mas que a certa altura exigiu a cooperação de todo o povo egípcio (v. 22). v. 5. eram setenta: a LXX, um MS hebraico de Cunrã e At 7:14 trazem “setenta e cinco”. Há diversas formas de explicar as variantes, e nenhum desses números representa exatamente o total daqueles que foram com Jacó para o Egito. Precisamos observar que nem suas noras nem suas netas estão incluídas na lista (cf. Gn 46:26). O v. 7 usa alguns verbos que ocorrem em Gn 1:21,22. proliferaram: lit. “enxamearam”, a terra: ou Gósen, ou, de forma hiperbólica, a terra do Egito (conforme Mt 3:5,Mt 3:6). v. 8. O novo rei provavelmente era Seti I da XIX dinastia , que governou c. 1303-1290 a.C. Não há necessidade de interpretar o versículo como referência à passagem das dinastias semíticas dos hicsos no século XVI a.C. A lembrança tanto de José quanto de suas grandes obras a favor do Egito tinha desvanecido entre o povo egípcio, v. 10. temos que agir [...] para que não: as palavras hebraicas lembram as maquinações dos construtores de Babel (Gn

11.4). Aqui também a história se concentra em argamassa e tijolos (v. 14) e na construção de cidades (v. 11); conforme Gn 11:3,4. Mas se naquela ocasião a visitação divina havia sido rápida (“Venham, desçamos”, Gn 11:7), foi somente depois de muitos dias que Deus anunciou a Moisés: “desci para livrá-los” (3.8). Assim como os construtores de Babel, os egípcios estavam preocupados com a auto-preservação; a presença de uma potencial quinta coluna entre eles estava lhes causando grande apreensão (conforme 1Sm 29:1-9). A fronteira nordeste do Egito era a mais importante em termos estratégicos, e Gósen ficava nessa região. Os israelitas estavam numa posição ideal para, se algum dia quisessem, fazer parceria com um exército invasor e se livrar do jugo egípcio, v. 11. Grande parte do trabalho de construção do faraó dependia de mão-de-obra escrava, fosse por parte dos egípcios, fosse por parte dos estrangeiros estabelecidos no Egito. Os israelitas foram submetidos a condições muito cruéis para esse tipo de serviço (conforme 5:6-21). cidades-celeiro: usadas principalmente para depósitos de alimentos e armamentos; o nordeste do Delta, além de ter importância estratégica, era também muito fértil. Pitom (egípcio Pr-itm, “Casa de [deus] Atum”) estava situada no uádi Tumilat e provavelmente deve ser identificada com Tell Er-Ratabah ou Tell El-Maskhuta. Ramessés é quase certamente aPr-R‘mssw (“Casa de Ramessés”) mencionada em vários textos egípcios. Evidências publicadas em 1975 dão grande apoio a um local em Qantir, a cerca Dt 25:0; He 5:7); v. Sl 127:3 e, para contrastar, 2Sm 6:23.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Êxodo Capítulo 1 do versículo 1 até o 7

INTRODUÇÃO

Título. O nome Êxodo, uma transliteração do título Exodos da Septuaginta (LXX), veio até nós através da Vulgata Latina. A palavra em grego significa "partida" ou "saída". O nome hebraico para o livro é apenas a primeira frase, "São Estes os Nomes", ou mais comumente, "Os Nomes". Como título descritivo de todo o livro, Êxodo não é satisfatório, pois a saída do Egito propriamente dita só ocupa menos que a metade do volume.

Data e Autoria. As Escrituras atribuem a Moisés a autoria do Êxodo, com os outros quatro livros do Pentateuco. A alta crítica tem considerado estes livros como uma compilação de manuscritos escritos por diversos autores desde o século nove até o século cinco A.C. A posição radical que negava qualquer participação de Moisés na autoria destes livros já não é mantida tão largamente como há uma geração atrás. Embora muitos mestres liberais continuem duvidando da autoria mosaico do Pentateuco, descobertas arqueológicas têm proporcionado aos mestres de cada formação teológica um mais elevado respeito pela historicidade dos acontecimentos que descreve.

Antecedentes Históricos. O Êxodo recomeça a história dos israelitas onde o Gênesis a abandonou. O longo período entre José e Moisés fica coberto por dois resumidos versículos, Ex 1:6, Ex 1:7, e então descreve-se a situação inteiramente nova dos descendentes de Jacó. Os hóspedes protegidos por Faraó e José tornaram-se uma nação de escravos, objeto de medo e ódio de seus superiores. Enquanto Faraó procura controlar os hebreus por meio de brutal opressão, Deus age no sentido de libertá-los. Moisés, o libertador, é primeiro preparado e, então, no poder de Deus, o grande livramento acontece.

Redenção do poder do Egito é, entretanto, mais que uma simples libertação da escravidão. Deus retirou os israelitas do Egito para que pudesse introduzi-los na Terra Prometida, como o Seu próprio povo preparado. O grande tema do Êxodo é, então, não simplesmente o grande ato redentor de Deus, mas também a Sua adoção e constituição de Israel como o povo de Deus. E.E. Flack diz: "O Êxodo é sem dúvida o mais significativo livro já compilado sobre o nascimento de uma nação" ("Interpretation of Exodus", Interpretation, Jan., 1949).

"Toda a subseqüente história dos hebreus ou filosofia da história, relembra o Êxodo como o ato criador de Deus que constituiu os hebreus em nação" (Alleman e Flack, Old Testament Commentary, pág. 207).

A época em que o Êxodo foi escrito tem constituído um problema para os mestres durante séculos, e com as descobertas da arqueologia moderna, o calor da discussão tem-se intensificado, embora a luz do fato histórico continue bastante obscurecida. A data tem sido colocada entre 1580 A.C. até 1230 A.C. Uma vez que as Escrituras pouco informam sobre cronologia, pode-se ter em mente que a data do Êxodo não é questão de doutrina, mas simplesmente um fato histórico elucidativo. Pensa-se de um modo geral que os israelitas foram para o Egito quando seus primos semitas, os hicsos, estavam governando, possivelmente em cerca de 1700 A.C. Se a sua estada no Egito durou 430 anos (Ex 12:40), então a data de sua partida deve ser fixada em cerca de 1270 A.C. A maior parte das provas arqueológicas que temos parecem apontar para uma data dentro do século treze. O construtor de Pitom e Ramessés (Ex 1:11), o Grande Ramessés, era quem governava naquele tempo. A data determinada por escavações para a queda de numerosas cidades cananitas, desde Laquis até Hazor, é novamente o século treze. A investigação de Nelson Glueck na Transjordânia e no Neguebe estabeleceu o fato de que as nações de Moabe, Amom, Edom e os amoritas não se estabeleceram ali, prontas para se oporem ao avanço de Israel, antes do século treze (cons. The Other Side of Jordan e Rivers in the Desert).

A dificuldade principal em se datar o Êxodo no século treze encontra-se em 1Rs 6:1. Lemos ali que o Templo foi começado 480 anos depois do Êxodo, no quarto ano de Salomão. Uma vez que o quarto ano de Salomão foi em cerca de 960 A.C., este fato parece colocar o Êxodo no ano de 1440 A.C.; e esta data além de entrar em conflito com as evidências arqueológicas, também o faz com a data obtida em Ex 12:40. Uma solução pala o problema tem sido sugerida tornando-se os anos de 1Rs 6:1.

Êxodo 1

A. Introdução. Ex 1:1-7.

Estes poucos versículos servem de ligação entre o Êxodo e a narrativa do Gênesis. Depois de fazer uma lista daqueles que vieram ao Egito com Jacó, a passagem narra rapidamente o que aconteceu nos muitos anos intermediários e resume o fio da história no versículo 7.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Êxodo Capítulo 1 do versículo 1 até o 22
I. A OPRESSÃO NO EGITO (Êx 1:1-22)

Israel... Jacó (1). Não parece haver qualquer significação nos dois diferentes nomes aqui usados, bem como nos versículos subseqüentes. Setenta almas (5). Conf. Gn 46:8-27. Somente duas mulheres são nomeadas na lista, Diná e Sara. A esse número deve ser adicionada a "casa" (versículo 1), isto é, as esposas e empregados de cada filho e neto, totalizando, talvez, diversas centenas.

>Êx 1:7

Frutificaram (7). Uma multiplicação anormal é aqui indicada, conforme fora prometido em Gn 22:17. A terra (7), isto é, Gósen. Conf. Gn 46:1-7. Um novo rei (8). Provavelmente os primeiros de uma nova dinastia. Se os "hicsos", os reis-pastores, estavam reinando na época da entrada de José e Jacó no Egito, teriam sido favoráveis para com os recém-chegados, visto que também tinham sangue semita. Isso subentende, naturalmente, a adoção do sistema de datas mais recuadas para a opressão e o êxodo. Quanto aos detalhes, ver a Tábua Cronológica, e quanto à discussão sobre essas questões de data ver as Introduções aos livros de Josué e Juízes. Não conhecera a José (8). Talvez tenha ouvido falar em José, mas não se sentia sob obrigação pessoal para com ele. Além disso, talvez ele se tivesse mostrado hostil para com a dinastia anterior, de cujo governo os verdadeiros egípcios se ressentiam, como também, naturalmente, daqueles que tinham sido favorecidos pelos hicsos. Muito, e mais poderoso do que nós (9). Melhor tradução seria: "demais, e poderoso demais para nós". Numericamente a população egípcia era muito maior. Suba da terra (10). Embora odiassem aos israelitas, os egípcios não estavam dispostos a prescindir dos serviços de quaisquer dos povos por eles dominados. Maiorais de tributos (11). Os egípcios empregavam em suas obras públicas grupos de trabalhadores, coagidos e não-pagos, controlados por duas patentes de supervisores, que marcavam as tarefas e forçavam a execução do trabalho mediante o uso do chicote. Cidades de tesouros (11). Ou "cidades-celeiros". Conf. 1Rs 9:19. Depósitos próximos da fronteira, para acúmulo tanto de equipamento militar como de provisão de boca, que serviam tanto na defesa como no ataque. Ramessés (11). A mesma que aparece em Gn 48:11, onde ver anotação. Tanto mais se multiplicava (12). Devido à miraculosa providência de seu Deus. Com dureza (13). Podemos reconhecer quão severas eram as condições daquele trabalho forçado pela declaração de Heródoto (2,158) que Faraó Neco perdeu 120.000 homens (possivelmente uma cifra exagerada) na construção de um canal do mar Vermelho até o Nilo.

>Êx 1:15

Parteiras (15). Provavelmente mulheres hebréias. Quanto a "Sifrá" não há dúvida; "Puá" talvez; mas, quer fossem egípcias ou hebréias sua qualidade é que temeram a Deus (17). Respeitaram Sua vontade e Seu propósito para com Seu povo. Se for filho (16). Dessa maneira a raça hebraica desapareceria, pois as suas mulheres seriam absorvidas pelas famílias egípcias mediante casamento. As mulheres hebréias não são como as egípcias (19). Essa declaração provavelmente era verdadeira-mas não expressa o verdadeiro motivo por que salvaram os meninos. As Escrituras registram mas nunca recomendam as faltas das pessoas tementes a Deus. (Conf. a mentira de Raabe, Js 2:4-6). Portanto Deus fez bem... (20). Não porque tivessem enganado Faraó, mas porque tinham temido a Deus e se tinham recusado a obedecer ao decreto sanguinário. A lealdade a Deus vem antes da sujeição ao rei estipulada em Rm 13:0. Deu famílias e descendentes àquelas que tinham preservado em vida as famílias de Seu povo.


Dicionário

Falecido

adjetivo Morto.
substantivo masculino Aquele que morreu; o finado.

Geração

substantivo feminino Ato de gerar ou de ser gerado: geração de energia.
Função pela qual os seres organizados se reproduzem; concepção.
Série de organismos semelhantes que se originam uns dos outros.
Parentesco direto; linhagem, ascendência, genealogia.
Espaço de tempo que separa cada grau de filiação: cada século compreende cerca de três gerações.
Etapa da descendência natural que deve ser seguida por outra; considera-se como período de tempo de cada geração humana cerca de 25 anos: os pais representam uma geração, os filhos representam a geração seguinte.
[Biologia] Qualquer fase necessária para manter a sobrevivência de uma espécie.
Etimologia (origem da palavra geração). Do latim generatio.onis.

Emprega-se esta palavra no Sl 24 (*veja
6) para designar uma certa classe de povo. Dum modo prático e equivalente a ‘genealogia’ em Mt 1:1 e a ‘história’ em Gn 2:4 (Versão Bras.). Na longa vida patriarcal parece ter sido calculado em 100 anos o tempo de uma geração (Gn 15:16) – mas em cálculos posteriores era esta de 30 a 40 anos (42:16).

[...] a geração a quem Jesus se dirigia é a geração de Espíritos que, purificados com o auxílio do tempo, das expiações e das reencarnações sucessivas, executarão, nas épocas preditas, as coisas anunciadas.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

Geração adúltera Aquela geração, que resistia a todos os esforços empregados para conduzi-la ao caminho era má e adúltera. Era adúltera no sentido de desprezar a fé no seu Deus para se entregar a práticas materiais.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2


Geração
1) Sucessão de descendentes em linha reta: pais, filhos, netos, bisnetos, trinetos, tataranetos (Sl 112:2); (Mt 1:17)

2) Conjunto de pessoas vivas numa mesma época (Dt 32:5); (Fp 2:15).

Irmãos

-

José

Nome Hebraico - Significado: Aquele que acrescenta.

Nome Hebraico - Significado: Aquele que acrescenta.

Ele (o Senhor) acrescenta. 1. Filho do patriarca Jacó e de Raquel – nasceu em Padã-Arã, depois de – por muito tempo, ter Raquel esperado em vão por um filho (Gn 30:1-22 a 24). os filhos da mulher favorita de Jacó foram José e Benjamim, sendo cada um deles particular objeto da profunda afeição de seus pais. Em virtude desta parcialidade surgiram acontecimentos de grande importância. Na primeira referência que a José se faz depois do seu nascimento, é ele um rapaz de dezessete anos, dileto filho de Jacó, tendo já este patriarca atravessado o rio Jordão, e havendo fixado em Canaã a sua residência. Raquel já tinha morrido, e por esta razão era de Jacó que pendia o cuidado dos dois filhos favoritos, e também por ser ainda jovem, servia José de portador de recados para seus irmãos mais velhos, que estavam longe, guardando os rebanhos – e, andando ele vestido com roupa superior à deles, era isso motivo de grande ofensa para os filhos de Jacó. Talvez o seu pai tivesse feito a ‘túnica de muitas cores’ com as suas próprias mãos, em conformidade com o costume ainda em voga entre os beduínos. E explica-se assim o ódio e o ciúme daqueles moços. Tanto a sua mãe como ele próprio tinham sido colocados desde o princípio em lugar de honra. Era Raquel a verdadeira esposa – e por isso só ela é nomeada como ‘mulher de Jacó’ na genealogia, que vem no cap. 46 de Gênesis. Além disso, a retidão de José era tal que eles reconheciam a sua própria inferioridade, comparando as suas vidas com a de José, mais pura e mais tranqüila. E então acontecia que ele levava a seu pai notícias dos maus feitos de seus irmãos (Gn 37:2). Mas parece que foi a ‘túnica talar de mangas compridas’ que fez que o ódio de seus irmãos se manifestasse em atos (Gn 37:3). Mais insuportável se tornou José para com os seus irmãos quando ele lhes referiu os sonhos que tinha tido (Gn 37:5-11). Não tardou muito que se proporcionasse a oportunidade de vingança. os irmãos de José tinham ido apascentar os seus rebanhos em Siquém, a 80 km de distância – e querendo Jacó saber como estavam seus filhos, mandou José ali para trazer notícias dos pastores. Mas como estes já se tinham retirado para Dotã, para ali também se dirigiu José, andando mais 24 km. Tinha bebido pela última vez do poço de Jacó. Dotã era uma importante estação, que ficava na grande estrada para caravanas, que ia de Damasco ao Egito. Havia, por aqueles sítios, ricas pastagens, estando a terra bem suprida de cisternas ou poços. Eram estas cisternas construídas na forma de uma garrafa, estreitas por cima e largas no fundo, estando muitas vezes secas, mesmo no inverno. E também eram empregadas para servirem de prisão. Naquela região foi encontrar José os seus irmãos, que resolveram tirar-lhe a vida (Gn 37:19-20). Mas Rúben, ajudado por Judá, fez todo o possível para o salvar, e isso conseguiu, não podendo, contudo, evitar que ele fosse vendido como escravo (Gn 37:36). os compradores eram negociantes ismaelitas ou midianitas, os quais, tendo dado por José vinte peças de prata, tomaram a direção do Egito (Gn 37:25-28,36). Entretanto os irmãos de José levaram a seu pai a túnica de mangas compridas, com manchas de sangue de uma cabra, para fazer ver que alguma fera o havia devorado. José foi levado ao Egito e vendido como escravo a Potifar, oficial de Faraó (Gn 39:1). Bem depressa ganhou a confiança de seu senhor, que lhe entregou a mordomia da sua casa (Gn 39:4). Depois disto foi José tentado pela mulher de Potifar, permanecendo, contudo, fiel a Deus e a seu senhor (Gn 39:8-9) – sendo falsamente acusado pela dona da casa, foi lançado numa prisão (Gn 39:20). o carcereiro-mor tratava José com certa consideração (Gn 39:21) – e no seu encarceramento foi o moço israelita feliz na interpretação dos sonhos de dois companheiros de prisão, o copeiro-mor e o padeiro-mor de Faraó (Gn 40). o copeiro-mor, quando o rei precisou de um intérprete para os seus sonhos, contou ao monarca que tinha conhecido na prisão um jovem de notável sabedoria (Gn 41:1-13). Em conseqüência disto foi José chamado, afirmando ele que só como instrumento do Altíssimo Deus podia dar a devida interpretação (Gn 41:16). Explicado o sonho de Faraó, ele aconselhou o rei a respeito das providências que deviam ser tomadas, por causa da fome que ameaçava afligir o Egito. Faraó recebeu bem os seus conselhos, e colocou-o na posição própria do seu tino e sabedoria, dando-lhe, além disso, em casamento a filha do sacerdote de om (Gn 41:37-45). Nesta ocasião foi-lhe dado por Faraó um nome novo, o de Zafenate-Panéia. Durante os sete anos de abundância, preparou-se José para a fome, pondo em reserva uma quinta parte do trigo colhido (Gn 41:34-47 a 49). os governadores egípcios, em épocas anteriores à do governo de José, vangloriavam-se de terem providenciado de tal maneira que nos seus tempos não tinha havido escassez de gêneros. Mas uma fome de sete anos era acontecimento raríssimo, e tão raro que num túmulo de El-kad se acha mencionado um caso daquele gênero em certa inscrição, na qual o falecido governador da província declara ter feito a colheita dos frutos, e distribuído o trigo durante os anos de fome. Se trata da mesma fome, deve este governador, cujo nome era Baba, ter operado sob a suprema direção de José – porquanto está expressamente fixado no Sallier Papyrus que o povo da terra traria os seus produtos a Agrepi (o Faraó do tempo de José) em Avaris (Hanar). Mas com tantos cuidados não se esqueceu o governador israelita do seu Deus e dos seus parentes. os seus dois filhos, Manassés e Efraim, nasceram antes da fome. Tendo-lhes dado nomes hebraicos, mostrou que o seu coração estava ainda com o seu próprio povo, e que, de um modo especial, era fiel ao Deus de seus pais (Gn 41. 50 a 52). Com efeito, os acontecimentos foram tão maravilhosamente dispostos, que ele veio novamente a relacionar-se com a sua família. A fome foi terrível na terra de Canaã, e Jacó olhou para o Egito, como sendo o país donde lhe havia de vir o socorro (Gn 42:1-6). A descrição da visita dos filhos do patriarca ao Egito, e o fato de serem eles reconhecidos por José, tudo isso se lê em Gn 42:45. Não

1. Veja José, o filho de Jacó.


2. Veja José de Nazaré.


3. José, o pai de Jigeal, da tribo de Issacar. Jigeal foi um dos doze homens enviados por Moisés do deserto de Parã para espiar a terra de Canaã (Nm 13:7).


4. Mencionado em I Crônicas 25:2, era um dos filhos de Asafe. Imediatamente abaixo da liderança de seu pai e sob as ordens diretas do rei Davi (v. 1), estava entre os levitas que profetizavam e lideravam o ministério da música nos cultos no Templo. Foi o líder do primeiro grupo de músicos levitas e componentes do coral que ministrou no Templo (v. 9).


5. Um dos descendentes de Bani. Após o exílio na Babilônia, Secanias confessou a Esdras que muitos homens da tribo de Judá, até mesmo descendentes dos sacerdotes, tinham-se casado com mulheres de outras nações. Esdras levou o povo ao arrependimento e fez com os judeus um pacto de obedecer e servir ao Senhor (Ed 10:2). José é mencionado em Esdras 10:42 como um dos que se divorciaram das esposas estrangeiras.


6. Líder da casa de Sebanias, uma família sacerdotal do tempo de Neemias (Ne 12:14).


7. Ancestral de Jesus, listado na genealogia que vai de Jesus até Adão. Era filho de Matatias e pai de Janai (Lc 3:24).


8. Outro ancestral de Jesus, listado na mesma genealogia. Era filho de Jonã e pai de Judá (Lc 3:30).


9. Um dos irmãos de Jesus, é mencionado pelo nome em Marcos 6:3 e na passagem paralela em Mateus 13:55. Na narrativa, Cristo havia chegado a Nazaré e começado a ensinar na sinagoga. Ambos os evangelhos registram a surpresa da multidão diante da sabedoria demonstrada por Jesus. As pessoas estavam particularmente atônitas porque todos conheciam sua família, que até aquele momento ainda estava entre eles. Então perguntaram: “Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Não estão entre nós todas as suas irmãs? Donde, pois, lhe veio tudo isto? E escandalizavam-se nele” (Mt 13:55-57). Lamentavelmente, devido à falta de fé deles, Jesus não fez muitos milagres na cidade e declarou que o profeta não tem honra no meio de seu povo. Para mais detalhes sobre os irmãos de Cristo, veja Simão. P.D.G.


10. José de Arimatéia era um membro do Sinédrio que se tornou discípulo de Jesus. Depois que Cristo foi crucificado, ajudou a tirar seu corpo da cruz e permitiu que fosse sepultado num túmulo de sua propriedade. Todos os evangelhos mencionam o seu nome apenas uma vez, nas passagens referentes ao sepultamento de Jesus.

Ele era da cidade de Arimatéia, na Judéia (Lc 23:51). Além de ser rico (Mt 27:57), era também um membro influente do concílio de líderes judaicos (Mc 15:43); entretanto, desejava o Reino de Deus (v. 43) e opôs-se ao veredito do Sinédrio contra Jesus (Lc 23:51).

Este “homem bom e justo” (Lc 23:50) superou seu medo (Jo 19:38), declarou-se publicamente discípulo de Jesus Cristo e pediu seu corpo a Pôncio Pilatos; generosamente, preparou-o para o sepultamento (vv. 39,40) e então o colocou num túmulo recentemente aberto num jardim (vv. 41,42), de sua propriedade. Essas circunstâncias cumpriram a profecia de que o Messias estaria “com o rico na sua morte” (Is 53:9). A.B.L.


11. “José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome o Justo”. Candidato à vaga de Judas 1scariotes entre os apóstolos; perdeu para Matias (At 1:23). Veja também Justo.


12. Veja Barnabé. José era um levita de Chipre, geralmente chamado de Barnabé, nome que lhe foi dado pelos apóstolos. Chamado de José somente em Atos 4:36.


13. Mencionado somente em conexão com sua mãe Maria, a qual estava presente na crucificação e no sepultamento de Jesus. Era irmão de Tiago, o menor (Mt 27:56; Mc 15:40-47).


14. Mencionado na genealogia que vai de Jesus até Adão, como pai de Semei e filho de Jodá (Lc 3:26).


José [Deus Aumenta ? Ele Acrescenta ?] -

1) Filho de Jacó e Raquel (Gn 30:22-24). Foi vendido ao Egito pelos irmãos (Gen 37), onde, após uma série de dificuldades, tornou-se ministro de Faraó (Gen 39—41). Salvou os próprios irmãos e seu pai da fome, trazendo-os para Gósen, no Egito (Gen 42—47). Morreu com 110 anos, e seus ossos foram levados a Siquém (Js 24:32)

2) Marido de Maria, mãe de Jesus, e descendente de Davi (Mt 1:16—2:23). Era carpinteiro (Mt 13:55). 3 Homem rico de Arimatéia, membro do SINÉDRIO e discípulo de Jesus. Ele cedeu seu túmulo par

José Filho de Jacó ou Eli, esposo de Maria e pai legal de Jesus (Mt 1; Lc 3:23; 4,22; Jo 1:45; 6,42). Pertencia à família de Davi, mas com certeza de um ramo secundário. Sua ocupação foi a de “tekton” (carpinteiro, ou melhor, artesão) (Mt 13:55). Casado com Maria, descobriu que ela estava grávida e, inicialmente, pensou em repudiá-la em segredo, possivelmente para evitar que ela fosse morta como adúltera. Finalmente contraiu matrimônio com ela e, após o nascimento de Jesus, foi para o Egito para salvá-lo de Herodes. Depois que este morreu, regressou à Palestina, estabelecendo-se na Galiléia. Ainda vivia quando Jesus completou doze anos e se perdeu no Templo, porém sua morte deve ter antecedido o ministério público de Jesus, porque os evangelhos não mais o mencionaram.

Jerônimo atribuiu-lhe a paternidade dos chamados irmãos de Jesus, aos quais se faz referência em Mt 13:54-55 e Mc 6:3, todavia considerando-os fruto de um matrimônio anterior ao contraído com Maria.


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Êxodo 1: 6 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Faleceu José, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração.
Êxodo 1: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1700 a.C.
H1755
dôwr
דֹּור
período, geração, habitação, moradia
(in his time)
Substantivo
H1931
hûwʼ
הוּא
ele / ela / o / a
(it)
Pronome
H251
ʼâch
אָח
seu irmão
(his brother)
Substantivo
H3130
Yôwçêph
יֹוסֵף
José
(Joseph)
Substantivo
H3605
kôl
כֹּל
cada / todo
(every)
Substantivo
H4191
mûwth
מוּת
morrer, matar, executar
(surely)
Verbo


דֹּור


(H1755)
dôwr (dore)

01755 דור dowr ou (forma contrata) דר dor

procedente de 1752; DITAT - 418b; n m

  1. período, geração, habitação, moradia
    1. período, idade, geração (período de tempo)
    2. geração (aqueles que vivem em um determinado período)
    3. geração (caracterizada por qualidade, condição, classe de homens)
    4. moradia, habitação

הוּא


(H1931)
hûwʼ (hoo)

01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

  1. ele, ela
    1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
    2. retomando o suj com ênfase
    3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
    4. (antecipando o suj)
    5. (enfatizando o predicado)
    6. aquilo, isso (neutro) pron demons
  2. aquele, aquela (com artigo)

אָח


(H251)
ʼâch (awkh)

0251 אח ’ach

uma palavra primitiva; DITAT - 62a; n m

  1. irmão
    1. irmão (mesmos pais)
    2. meio-irmão (mesmo pai)
    3. parente, parentesco, mesma tribo
    4. um em relação a outro (relacionamento recíproco)
    5. (fig.) referindo-se a semelhança

יֹוסֵף


(H3130)
Yôwçêph (yo-safe')

03130 יוסף Yowceph

futuro de 3254, grego 2501 Ιωσηφ; n pr m

José = “Javé adicionou”

  1. o filho mais velho de Jacó com Raquel
  2. pai de Jigeal, que representou a tribo de Issacar entre os espias
  3. um filho de Asafe
  4. um homem que casou com uma esposa estrangeira na época de Esdras
  5. um sacerdote da família de Sebanias na época de Neemias

כֹּל


(H3605)
kôl (kole)

03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

  1. todo, a totalidade
    1. todo, a totalidade de
    2. qualquer, cada, tudo, todo
    3. totalidade, tudo

מוּת


(H4191)
mûwth (mooth)

04191 מות muwth

uma raiz primitiva; DITAT - 1169; v

  1. morrer, matar, executar
    1. (Qal)
      1. morrer
      2. morrer (como penalidade), ser levado à morte
      3. morrer, perecer (referindo-se a uma nação)
      4. morrer prematuramente (por negligência de conduta moral sábia)
    2. (Polel) matar, executar, despachar
    3. (Hifil) matar, executar
    4. (Hofal)
      1. ser morto, ser levado à morte
        1. morrer prematuramente