Enciclopédia de Êxodo 16:13-13

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ex 16: 13

Versão Versículo
ARA À tarde, subiram codornizes e cobriram o arraial; pela manhã, jazia o orvalho ao redor do arraial.
ARC E aconteceu que à tarde subiram codornizes, e cobriram o arraial: e pela manhã jazia o orvalho ao redor do arraial.
TB Aconteceu que, à tarde, subiram codornizes e cobriram o arraial; e, pela manhã, havia uma camada de orvalho ao redor do arraial.
HSB וַיְהִ֣י בָעֶ֔רֶב וַתַּ֣עַל הַשְּׂלָ֔ו וַתְּכַ֖ס אֶת־ הַֽמַּחֲנֶ֑ה וּבַבֹּ֗קֶר הָֽיְתָה֙ שִׁכְבַ֣ת הַטַּ֔ל סָבִ֖יב לַֽמַּחֲנֶֽה׃
BKJ E aconteceu que, à tarde subiram codornizes e cobriram o acampamento, e pela manhã estava o orvalho ao redor do arraial.
LTT E aconteceu que ao anoitecer subiram codornizes, e cobriram o arraial; e ao alvorecer repousava- deitado o orvalho ao redor do arraial.
BJ2 À tarde subiram codornizes e cobriram o acampamento; e pela manhã havia uma camada de orvalho ao redor do acampamento.
VULG Factum est ergo vespere, et ascendens coturnix, cooperuit castra : mane quoque ros jacuit per circuitum castrorum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Êxodo 16:13

Números 11:9 E, quando o orvalho descia, de noite, sobre o arraial, o maná descia sobre ele.
Números 11:31 Então, soprou um vento do Senhor, e trouxe codornizes do mar, e as espalhou pelo arraial quase caminho de um dia de uma banda, e quase caminho de um dia da outra banda, à roda do arraial, e a quase dois côvados sobre a terra.
Salmos 78:27 E choveu sobre eles carne como pó, e aves de asas como a areia do mar.
Salmos 105:40 Oraram, e ele fez vir codornizes e saciou-os com pão do céu.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A ROTA DO ÊXODO

Não há dúvida de que um êxodo israelita partindo do Egito realmente aconteceu. Contudo, continuam existindo várias e importantes dúvidas históricas e geográficas sobre acontecimentos antes e durante o Êxodo. As dúvidas geográficas receberão mais atenção aqui, mas talvez seja oportuno, primeiro, acrescentar algumas rápidas informações históricas.

OS ANTECEDENTES HISTÓRICOS
Já na época do "Reino Médio" do Egito, no final da XII dinastia (aprox. 1800 a.C.) ou mesmo antes, um número cada vez maior de asiáticos veio para o Egito e se estabeleceu basicamente no leste do delta do Nilo e na região ao redor.
Os egípcios vieram a chamar essas pessoas de hegaw Whasut, uma expressão que significava "governantes de terras estrangeiras", mas que se referia, mais especificamente, aos governantes procedentes de Canaã que falavam um dialeto semítico ocidental. 13 Empregamos a forma aportuguesada do termo grego usado para descrever essas pessoas: hicsos. Ao longo do século 18 a.C., o poder egípcio foi diminuindo, ao mesmo tempo que o número de hicsos foi crescendo. As estruturas peculiares das construções dos hicsos, a forma de seus objetos cerâmicos e várias práticas sociais e religiosas cananeias refletem uma força relativa e uma independência crescente. Atribui-se aos hicsos introduzirem no Egito várias formas de inovação tecnológica militar, inclusive carros de guerra puxados por cavalos, arcos compostos e aríetes,104 o que os teria tornado uma forca militar ainda mais notável e uma entidade política com autodeterminação. No final, por volta de 1640 a.C., os hicsos se tornaram suficientemente fortes para tomar o controle de quase todo o Egito, constituindo aquilo que, na história egípcia, é hoje conhecido como XV e XVI dinastias Os hicsos se estabeleceram basicamente em Aváris/T. el-Dab'a, no braço mais oriental (Pelúsio) do delta, e ali cresceram e prosperam por cerca de 100 anos.
A independência da cidade durante esse período também se refletiu no amplo alcance de seu comércio, que se estendia pelo Mediterrâneo oriental, o Levante e a Mesopotâmia e, no sul, chegava até a Núbia. Por volta de 1560 a.C. os egípcios saquearam Aváris, a capital hicsa. Não muito depois, os hicsos foram expulsos do Egito por príncipes naturais dali e começou, na história egípcia, o período denominado "Reino Novo". Os faraós do Reino Novo realizaram um esforco concentrado - até mesmo impetuoso - para fazer com que o Egito reunificado ficasse livre de qualquer vestígio de influência hicsa. Até mesmo numerosas campanhas militares foram lancadas contra os hicsos em Canaã e na Síria e, no devido tempo, contra seus aliados asiáticos, em especial os arameus e os mitânios.
A história bíblica e os dados arqueológicos parecem indicar que foi diante de um monarca hicso que José compareceu como intérprete de sonhos (Gn 41:14-37), o qual, mais tarde, concedeu à sua família excelente gleba (Gósen) (Gn 47:5-6).
Essa teoria pode explicar como José - um não egípcio - pôde experimentar uma ascensão política tão meteórica, chegando à posição de vice-regente num país que normalmente exibia uma mentalidade xenófoba e, às vezes, arrogante diante de estrangeiros. De forma semelhante, o faraó acolheu calorosamente a família semítica de José, que vinha de Canaã (Gn 47:1-11), e lhes entregou terras valiosas para morarem - um gesto que é mais sugestivo de um monarca que era, ele próprio, um semita originário de Canaã, do que de um egípcio nativo. Essa teoria é coerente com o fato de que aqueles que desceram com Jacó conseguiram prosperar e se multiplicar no Egito, e, por algum tempo, foram fortes o suficiente para representar uma ameaça em potencial a um faraó.
Dando sequência a essa teoria, o "novo rei, que não havia conhecido José [e] levantou-se sobre o Egito" (Ex 1:8), teria sido então um dos faraós do Reino Novo, isto é, um faraó natural do Egito. Assim, como parte do expurgo dos hicsos. o faraó estaria decidido a retomar o controle político total do leste do delta, recusando-se firmemente a reconhecer que a concessão de terras de Gósen continuava sendo legítima. Além disso, percebendo que os israelitas eram uma multidão que poderia muito bem estar inclinada a formar uma aliança militar com os inimigos hicsos (sendo que ambos os povos tinham vindo de Cana para o Egito), por precaução esse novo rei escravizou o povo de Deus (Ex 1:9-11). A bem da verdade, essas são generalizações vagas, ainda que sustentáveis, mas, além desse ponto, parece arriscado especular sobre a identidade do faraó específico que favoreceu José, do rei em particular que escravizou os israelitas ou do monarca do Egito à época do Êxodo. Nesse aspecto, não existe nenhum dado transparente que sirva de base para uma afirmação definitiva.

O CONTEXTO GEOGRÁFICO
As narrativas bíblicas situam na cidade de Ramessés o ponto de partida do êxodo israelita do Egito (Nm 33:3; cp. Êx 1.11; 12.37); dali, viajaram primeiro para Sucote (Êx 12.37; cp. Nm 33:5), então para Etá (Êx 13.20; cp. Nm 33:6) e, finalmente, para Pi-Hairote, junto à massa de água (Êx 14.2; cp. Nm 33:7-8) Iv. mapa 33]. Desses lugares, apenas a localização de Ramessés está acima de dúvida. Hoje sabemos que a Ramessés bíblica ficava em I. el-Dab'a/Qantir, Por volta de 1290 a.C. o faraó Seti I comecou a construir Ramessés perto das ruínas da cidade hicsa de Aváris, mas foi o faraó Ramsés II que a ampliou grande e esplendidamente.
A Ramessés bíblica tornou-se uma enorme metrópole em expansão, cobrindo uma área de pelo menos 15 quilômetros quadrados no espaço de uns mil hectares.
Na cidade havia um enorme conjunto de prédios régios e religiosos. A maioria foi construída com tijolos de barro (Ex 1:14-5.7,8,16-19), uma forma de construção anteriormente desconhecida no delta, muito embora, naquela região, pedras fossem praticamente inexistentes. Ramessés também incluía uma grande fortaleza militar,107 um espaçoso complexo de templos em que arqueólogos encontraram no solo até mesmo restos de pó de ouro, resultante do trabalho de douração de objetos da realeza,108 um amplo complexo de carros e cavalos capaz de acomodar 450 cavalos, dezenas de peças de carros, uma imensa área industrial para produção de bronze e muitas oficinas e instalações para armazenamento de tijolos de barro (Ex 1:11). Descobriu-se uma fábrica de lajotas azuis vitrificadas para uso nas propriedades palacianas dos faraós. Logo ao redor dessa instalação, foram encontrados alguns óstracos que até trazem o nome "Ra'amses" (Ramsés) E bem recentemente se encontrou um tablete cuneiforme que parece confirmar que o lugar era a residência régia do faraó Ramsés.!! Então, não há dúvida de que foi desse lugar que os israelitas começaram sua viagem.
Partindo de Ramessés, os israelitas chegaram a Sucote (Ex 12:37; Nm 33:5).
Já faz muito tempo que estudiosos reconheceram que Sucote é o equivalente Um texto egípcio do século 13 indica que Pitom ficava a oeste de Tieku/Sucote.! Alguns estudiosos têm procurado Tjeku/Sucote em T. el-Maskhuta ' e acreditam que o nome original Sucote se reflita no nome moderno Maskhuta. Se for esse o caso, então T. er-Retaba se torna um excelente candidato para a localização da Pitom bíblica (Ex 1:11), embora não haja tanta certeza quanto a isso.
A Bíblia diz que os israelitas, que estavam indo embora, foram de Sucote para Eta, às margens do ermo/deserto (Ex 13:20; Nm 33:6). Ao contrário de Sucote e Pitom, que têm uma etimologia claramente egípcia, é incerta a origem da palavra Eta. Mas, tendo em vista o trajeto implícito numa viagem de T. el-Dab'a/Ramessés até T. el-Maskhuta/Sucote a caminho da massa de água, junto com a explicitação adicional de que Etá ficava à entrada do deserto", a localização de Eta deve ter sido a leste de T. el-Maskhuta/Sucote, provavelmente na estrada principal que ia para o leste, rumo ao deserto de Sur. É possível que a origem da palavra Età seja um topônimo egípcio HwI-Itm (uma variante da palavra para Atum, o deus-sol de Heliópolis), I14 localidade situada no uádi Tumilat.
Vindos de Etã, os israelitas chegaram a Pi-Hairote, que, conforme descrição no livro de Êxodo, ficava "entre Migdol e o mar, em frente de Baal-Zefom" (Ex 14:2), e, conforme descrição no livro de Números, estava "defronte de Baal-Zefom, londe\ acamparam diante de Migdol" (Nm 33:7).
Onde quer que tenha sido esse lugar, devia ficar bem ao lado da massa de água que Israel atravessou "em terra seca", visto que, de acordo com Exodo, os israelitas ficaram acampados "junto ao mar" (14,26) e, de acordo com Números, logo após partirem de Pi-Hairote, passaram "pelo meio do mar até o deserto" (Nm 33:8).
É obieto de debate se o nome Pi-Hairote é de origem egípcia (pi(r)-hahiroth significa "casa de Hator" uma deusa celeste egípcia]) ou semítica (com o sentido de "escavar/cortar", o que deixa implícita a localização junto a um canal). Quanto a esta última possibilidade, o mapa apresenta os vestígios de um canal, só recentemente descoberto, que, saindo do lago Timsah, estendia-se até o litoral do Mediterrâneo. Trechos desse canal têm cerca de 70 metros de largura na superfície, cerca de 20 metros de largura no fundo e quase 3 metros de profundidade. Sem dúvida, o canal estava operante na época em que os israelitas saíram do Egito, qualquer que seja a data que se aceite para o Êxodo. Estudiosos concluíram que, embora também possa ter sido construído para navegação ou irrigação, na Antiguidade seu propósito principal era servir de barreira defensiva militar.
Outra indicação de que Pi-Hairote pode ter tido relação com algum tipo de obstáculo defensivo militar é que nos dois relatos do Êxodo ele aparece junto com Migdol (Ex 14:2; Nm 33:7). A palavra egípcia maktar reflete a palavra semítica migdol, que significa "fortaleza". Textos egípcios trazem inúmeras referências a Maktar/Migdol e foram identificados vários lugares com o nome Matar/Migdol.
Um desses lugares fica na área do uádi Tumilat mais a leste, 16 provavelmente bem próximo da moderna 1smaília. Se, depois de T. el-Maskhuta, os israelitas estavam indo na direção leste pelo uádi Tumilat, é de se prever que teriam chegado a Maktar/Migdol.
A Bíblia registra que, logo no início da viagem do Êxodo, Israel foi proibido de ir pelo "caminho da terra dos filisteus" (Ex 13:17). Hoje sabemos que essa destacada rota militar egípcia - "a(s) estrada(s) de Hórus" - era protegida por uma série de instalações militares egípcias entre Sile e Gaza.
Caso não fosse uma rota consagrada, parece que a proibição divina teria sido desnecessária. Além disso, um texto egípcio do século 13 a.C. I8 conta sobre um oficial egípcio que saiu em perseguição de fugitivos que haviam passado por Ramessés, Tjeku/Sucote e Maktar/Migdol - nessa ordem - e então haviam se dirigido para o norte, presumivelmente na direção de Canaã. A probabilidade de que tanto Israel quanto o oficial egípcio tenham passado por três lugares com os mesmos nomes e exatamente na mesma sequência, num intervalo de apenas poucos dias, é grande demais para ser coincidência.
Os dados são um forte indício de que os fugitivos, o oficial egípcio e os israelitas estavam todos seguindo pelo mesmo bem conhecido e bastante usado corredor de trânsito, e - no caso dos israelitas - não era uma alternativa fora de mão, na tentativa de não serem detectados pelo faraó e suas forças. O mapa mostra três dessas vias de trânsito que, saindo do delta, irradiavam para o leste. Do norte para o sul, são:

Conforme dito acima, Deus excluiu a opção mais ao norte (Ex 13:17). Das duas escolhas restantes, parece significativo que, depois de passarem por Maktar/Migdol de Seti e entrarem no deserto, os fugitivos mencionados no papiro egípcio se dirigiram para o norte. Isso torna muitíssimo provável que estavam pegando a saída mais rápida e mais direta ("o caminho de Sur") e que não tinham escolhido um caminho tão ao sul quanto o Darb el-Hajj. Assim, parece que " caminho de Sur" deve ter sido, entre as rotas existentes, a que mais provavelmente os israelitas seguiram.

OS 1SRAELITAS JUNTO AO MAR
Os israelitas chegaram a uma massa de água onde seriam resgatados e o exército egípcio seria afogado. O Antigo Testamento grego (LXX) identifica essa massa de água como o ervthrá thálassa ("mar Vermelho"), o que tem levado muitos a imaginar que Israel deve ter ficado junto à massa de água que hoje conhecemos pelo nome de mar Vermelho. Contudo, no mundo clássico, quando a LXX foi traduzida, a expressão ervthrá thálassa podia designar não apenas aquilo que, num mapa moderno, seria chamado de mar Vermelho, mas também o golfo Pérsico, o oceano Índico e/ou águas a eles associadas... ou até mesmo todas essas massas de água juntas.!° Parece, então, que os tradutores da LXX empregaram a expressão erythrá thálassa de uma maneira consistente com seu uso em outros textos do mundo clássico (At 7:36; Hb 11:29). Houve um "mar Vermelho" clássico, assim como existe um "mar Vermelho" moderno, mas essas duas massas de água não têm a mesma extensão nem devem ser confundidas. Por outro lado, o Antigo Testamento hebraico chamou de yam sûf ("mar de juncos/papiro") a massa de água onde os israelitas pararam. Essa mesma palavra, sûf, é empregada para se referir a juncos/papiro que cresciam ao longo do Nilo.
A mãe de Moisés pôs o filho num cesto e colocou o cesto no meio dos sûf (Ex 2:3-5). Da mesma maneira, a literatura profética se refere a um tipo de planta aquática. Depois de ser atirado do navio, Jonas afirma que sûf ("algas marinhas"?) se enrolaram em sua cabeça (In 2.5). Isaías escreve que os rios e canais do Egito secarão; seus juncos e sûf ("caniços"?) apodrecerão (Is 19:6). É quase certo que sûf foi tomado de empréstimo de uma palavra egípcia, tf(y), atestada no período do Reino Novo e que significava "juncos/papiro",20 e, em função disso, aqui em Êxodo a expressão vam sûf deve ser traduzida "mar de juncos" É oportuno assinalar por alto que, pelo fato de que Lutero, nessa passagem, dependeu bastante do texto hebraico, ele usou a palavra Schilfmeer ("mar de juncos") na tradução em alemão.
Em egípcio, a palavra tw/fy) frequentemente designava uma região onde havia tanto brejos com papiros quanto pastagens. Com a rota criada devido à localização de Ramessés, Sucote/ Tieku e Migdol/Maktar, parece mais plausível que a travessia milagrosa do "mar" (SI 77.19,20) aconteceu no lago Timsah ou ali perto, onde a artéria de transporte existente (°o caminho de Sur') cruzava uma série de lagos. Mesmo se esforçando para ser ardentemente bíblico nesse ponto, é impossível que se chegue a certas conclusões geográficas indisputáveis nessa parte da investigação.
Contudo, embora a Bíblia forneça bem poucos detalhes relevantes - tanto geográficos quanto logísticos - da travessia milagrosa, o que é claro, mas com frequência ignorado, é o fato de que, ao que parece, a travessia levou bem pouco tempo. Pensa-se que a cronologia dos acontecimentos foi a seguinte:


Parece que os israelitas iniciaram sua travessia depois do pôr do sol e, contudo, quando começava a raiar o dia, na perseguição, os egípcios já estavam tentando atravessar o mar. Isso dá a entender convincentemente que toda a travessia israelita se estendeu no máximo por oito horas.
Os israelitas tinham acabado de ser emancipados da escravidão e haviam deixado o Egito às pressas, com seus rebanhos e manadas (Ex 12:38). Simplesmente passar de um lado para o outro de uma massa de água num período tão curto, com uma eficiência de movimento pouco maior do que a de uma multidão levemente organizada, teria exigido um milagre de uma magnitude bem maior do que a representada por Cecil B. DeMille no filme Os Dez Mandamentos, pela arte medieval ou pela literatura cristã de nossos dias. Não é inconcebível que tenha sido necessário um corredor de terra com a largura de alguns quilômetros para, dentro do tempo disponível, permitir que os israelitas atravessassem com tudo o que levavam consigo. De modo que não é de admirar que, mais tarde, escritores bíblicos citem repetidas vezes o acontecimento do Exodo quando procuram estabelecer um paradigma do poder absoluto e soberano de Deus (SI 66.5,6; 78.13 106:11; Is 51:9-10; 63:12-14) ou apresentar uma justificação da crença de que lahweh é o único e verdadeiro Deus da história (Nm 23:22-24.8; Js 2:10-11; 9.9,10).
Tendo experimentado livramento ali na água, em seguida Israel foi orientado a iniciar viagem para o monte Sinai. Bem poucas questões geográficas do Antigo Testamento têm sido objeto de debate mais intenso do que a localização do monte Sinai. Hoje em dia, o monte sagrado é procurado em qualquer uma de três regiões principais:

PROCURANDO O MONTE SINAI NA ARÁBIA SAUDITA/SUL DA JORDÂNIA
Defensores da hipótese saudita/jordaniana destacam três detalhes apresentados na Bíblia. Primeiro, depois de fugir de um faraó que procurava tirar-lhe a vida, Moisés passou a residir na terra de Midia e se tornou genro de um sacerdote que vivia ali (Ex 2:15-16; 18.1). Segundo, a Bíblia está repleta de referências ao que parece ter sido atividade vulcânica ou sísmica associada ao estabelecimento da aliança sinaítica (Ex 19:18-24.17; Dt 4:11-12; 5:22-26; 9.10,15; 10.4; Jz 5:5; SI 68.8; Ag 2:6). E, terceiro, o apóstolo Paulo explicitamente situou o monte Sinai na Arábia (GI 4.25).
De acordo com esse ponto de vista, a terra de Midia estava situada exclusivamente a leste do golfo de Ácaba. Afirma-se ainda que a estrutura geológica de montanhas Aninhado abaixo das encostas do jebel Musa ("o monte de Moisés"), fica o mosteiro ortodoxo grego de Santa Catarina.
dentro da própria península do Sinai não favorece atividade vulcânica nem sísmica, ou, pelo menos, não favoreceu atividade recente. E, por fim, esse ponto de vista sustenta que representa a única opção importante para situar o monte santo dentro da Arábia. É muito provável que estudiosos com essa opinião situem o monte Sinai em um dos seguintes lugares: Petra, j. Bagir, i. al-Lawz, j. Manifa ou Hala el-Bedr.
Objeções levantadas a cada um dos três argumentos a favor de uma localização saudita/jordaniana têm diminuído sua força. A tradição bíblica associa Moisés aos queneus (Jz 1:16-4.
11) e também aos midianitas. Não se pode afirmar que, antes do período greco-romano, os midianitas nômades ou sua subtribo, os queneus, estivessem confinados em uma só região.
Midianitas residiram dentro do território de Moabe (Gn 36:35-1Cr 1.46), na chapada Mishor da Transjordânia (Js 13:21), nas áreas desérticas a leste de Moabe e Amom (Jz 7:25), no norte do Sinai (1Rs 11:18) e até mesmo (talvez sazonalmente) na própria Canaã (Jz 6:1-6; 7.1). O argumento de atividade vulcânica/sísmica já não é mais decisivo. Primeiro, embora se reconheça que não há registro de atividade vulcânica recente no próprio Sinai, indícios sísmicos mostram que há bastante atividade sísmica na área do golfo de Ácaba.Bem recentemente, em 1982, a península do Sinai experimentou um terremoto de grandes proporções (medindo mais de seis graus na escala Richter). Mas, em segundo lugar, o linguajar fenomenológico dos textos bíblicos relevantes pode estar refletindo condições climáticas ao redor do monte Sinai na ocasião (SI 68:8-10). Uma possível interpretação alternativa é entender o linguajar desses textos em um sentido dinâmico, que destaca vividamente uma aparição de Deus - uma teofania.123 Outras passagens teofânicas do Antigo Testamento empregam terminologia semelhante, sem pressupor atividade vulcânica/sísmica (25m 22:8-16; SI 18:7-15; 89:5-18; 97:1-5; 104.31,32).
A questão da "Arábia" exige esclarecimento adicional.
Quem utiliza o termo atualmente pode se referir ou à Arábia Saudita ou a toda a península Arábica. De modo análogo, referências antigas à "Arábia" podiam denotar áreas diferentes.12 Aliás, em geral o mundo clássico atesta pelo menos cinco regiões distintas conhecidas como "Arábia"125 Em função disso, é essencial que o intérprete moderno entenda que o apóstolo Paulo (Gl 4:25) estava retratando com precisão a verdade geográfica de seu mundo - não do nosso! De maneira que, conquanto nenhum dos três principais pontos de vista sobre a localização do monte Sinai possa afirmar que, na questão geográfica, o apóstolo Paulo lhe dá apoio exclusivo, a declaração do apóstolo também não elimina nenhum deles.

PROCURANDO O MONTE SINAI NO NORTE DA PENÍNSULA DO SINAI
Quando situam o monte Sinai no j. Sin Bisher, j. Magharah, j. Helal, j. Yeleg, j. Kharif, j. Karkom ou na própria Cades-Barneia, defensores da hipótese do norte do Sinai também procuram ancorar seus argumentos na Bíblia. Para começar, o pedido de Moisés ao faraó foi para ir deserto adentro numa distância que levava três dias de viagem (Ex 5:3; cp. 3.18; 8.27). Proponentes da ideia de que o monte Sinai ficava no norte da península do mesmo nome deduzem, portanto, que o monte não podia estar distante de Gósen muito mais do que três dias de caminhada. Segundo, eles citam duas referências bíblicas à chegada de codornizes (Êx 16.13; Nm 11:31-32) e, ainda hoje, moradores do norte do Sinai conseguem capturar com facilidade codornizes exaustas, que acabaram de completar uma longa etapa em sua migração anual entre o sul da Europa e a Arábia. Terceiro, também dizem que a vitória israelita sobre os amalequitas em Refidim favorece decisivamente uma localização no norte (Ex 17:8-13), visto que essa é a região onde outras passagens da Bíblia os situam. E, quarto, afirmam que determinadas passagens poéticas do Antigo Testamento apoiam uma localização no norte (Dt 33:2; Jz 5:4; Hc 3:3-7).
Vistos no conjunto, esses argumentos parecem bastante fortes, mas, vistos isoladamente, pode-se considerar que não são conclusivos. A proposta dos três dias pressupõe uma interpretação literal da expressão "três dias", o que poderia ser tão provável quanto interpretá-la como um período aproximado ou um exemplo de barganha oriental.
Ela também exige que o destino envolvido no pedido de Moisés fosse o monte Sinai, embora o texto nunca afirme isso. Os destinos propostos no Sinai ficam a pelo menos 120 quilômetros da região de Gósen - uma distância grande demais para cobrir em três dias. Anais desse período em geral indicam que o exército egípcio conseguia cobrir cerca de 24 quilômetros por dia. Os israelitas, com a dificuldade natural representada pelas mulheres, filhos, rebanhos e manadas (Êx 12.37.38: 34.3), não conseguiriam viajar tanto. Hoje a distância média diária que um grupo de beduínos consegue percorrer naquele terreno é de cerca de 9,5 quilômetros. 127 E há, listados, um total de oito acampamentos intermediários entre o livramento de Israel junto ao mar e sua chegada no monte Sinai (Nm 33:8-15).
A viagem de Gósen ao monte Sinai aconteceu na primavera (Ex 13:3-6: o mês de abibe corresponde a março/abril),128 e a jornada do monte Sinai até Cades-Barneia ocorreu cerca de um ano depois, também durante a primavera (Nm 9:1-10.11). Por isso, qualquer um que procure interpretar as duas narrativas de codornizes (Ex 16:13; Nm 11:31-35) em termos de fenômeno da natureza tem de relacionar tais narrativas com a migração de aves durante a primavera. Na realidade, pode chegar a um bilhão o número de aves migrantes, pertencentes a até 350 espécies diferentes, que voam anualmente sobre a península do Sinai em suas migrações de primavera rumo ao nortel. No entanto, conforme pode-se imaginar, a imensa maioria dessas aves pousa perto do litoral da península (i.e., no sul) em vez de em lugares mais ao norte. Pontos de pouso no norte são mais sugestivos de migração no outono,130 Assim sendo, levando em conta a informação explícita sobre a estação do ano das duas narrativas de "codornizes", é mais convincente situar esses eventos em algum lugar no sul da península do Sinai e não uns 240 quilômetros para o norte.
O lugar do encontro entre os israelitas e os amalequitas em Refidim (Êx 17:8-16) continua envolto num certo mistério, em especial à luz da narrativa de I Samuel 15. Em outras passagens do Antigo Testamento, parece que os amalequitas são encontrados basicamente em regiões no norte. São situados na terra de Edom (Gn 36:16), na área ao redor de Cades-Barneia (Gn 14:7), no Neguebe (Nm 13:29), na região logo ao sul de Judá (1Sm 27:8), na região montanhosa de Efraim (Jz 12:15), perto de Ziclague (1Sm 30:1-2) e até mesmo tão a oeste quanto o território de Sur (1Sm 15:7). Também existem relatos de amalequitas fazendo parte de uma liga com moabitas (Jz 3:12-14) e midianitas (Jz 6:33-7.12). Levando em conta essa distribuição territorial ampla, o estilo de vida bem móvel e o fato de que os textos, às vezes, dizem que empregavam camelos para transporte (Jz6.5; 7.12).comumente os amalequitas são considerados um povo nômade. Seus deslocamentos, embora por uma ampla área, tendiam a estar ligados a desertos e a terras improdutivas e despovoadas. Por isso, esse argumento não parece decisivo em favor de localizar o monte Sinai no norte. Quanto aos textos de Deuteronômio, Juízes e Habacuque que parecem identificar o monte Sinai com Seir, Para, Hama e Edom, é preciso ter em mente que sua estrutura claramente poética inclui elementos de paralelismo hebraico. Então, empregando o mesmo raciocínio, pode-se tentar defender que Para deva ser identificada com Seir, Temá ou Edom, o que é claramente um absurdo. Além do mais, as passagens descrevem exemplos de teofania:132 cada uma reflete a realidade de que o Deus de Israel, um guerreiro divino, é capaz de livrar seu povo da opressão. Nesses textos, o denominador comum de Sinai, Seir, Pará, Temã e Edom é apenas que, para quem está em Canaã, todos estão localizados no sul, em geral.
Além disso, vários textos bíblicos dão a entender que o monte Sinai estava separado da região de Cades-Barneia por uma grande distância. No itinerário israelita entre o monte Sinai e Cades (Nm 33:16-36), são registradas cerca de 20 paradas, e aquele itinerário pode ser de natureza seletiva (Dt 1:1). Deuteronômio 1.2 especifica que havia uma caminhada de 11 dias entre Horebe/Sinai e Cades-Barneia. De modo análogo, o texto de I Reis 19:8 indica que Elias levou 40 dias para viajar de Berseba até o monte Sinai. Embora o tempo de viagem varie de um texto para outro, essas narrativas bíblicas concordam que havia uma distância considerável entre o monte Sinai e Cades-Barneia - uma conclusão que é fatal para o ponto de vista que defende que o monte Sinai deve ser situado em algum lugar no norte da península do mesmo nome.

PROCURANDO O MONTE SINAI NO SUL DA PENÍNSULA DO SINAI
Defensores do ponto de vista do monte Sinai no sul tendem a procurar o monte Sinai no j. Serbal, Ras Safsaf, j. Katarina ou j. Musa. Esse ponto de vista também tem uma tradição antiga e com muitos argumentos em seu Evor: mais de 2.500 inscrições nabateias foram encontradas perto de Serbal, com datas já dos séculos 2:3 d.C. Em geral essas inscrições são invocações por uma viagem segura e talvez indiquem uma rota de peregrinação » Além disso, moedas do século 4 foram encontradas nas vizinhanças.
•Uma tradição crista que remonta ao início da era bizantina reverencia o local do j. Musa ("monte de Moisés"), o que surpreende em vários aspectos. No sul do Sinai, há dez outros cumes mais altos do que o j. Musa, o que os torna escolhas mais prováveis, caso a escolha se desse apenas por acaso ou com base na altitude ou aparência. Na realidade, o contorno da topografia ao redor deixa o pico do j. Musa quase invisível para as planícies próximas e fica claro que o monte não atrai nenhuma atenção. Apesar disso, à época de perseguições romanas no século 3,136 um pequeno grupo de ascetas cristãos estava vivendo no j. Musa e, já no início do século 4, existia um mosteiro no sopé do monte.
A tradição que associa o j. Musa ao monte Sinai merece crédito também porque vai contra a tendência bizantina de estabelecer santuários em locais de fácil acesso a peregrinos cristãos. E, ao contrário de muitos antigos lugares cristãos no Levante, o monte Sinai não está associado ao Novo Testamento, mas ao Deus do Antigo Testamento e aos profetas Moisés e Elias. Ele está bem na periferia da tradição cristã. Como dado adicional que favorece uma localização no sul, alguns lugares ao longo do itinerário israelita até o monte Sinai (Êx 15:22-19,1) e entre o monte Sinai e Cades-Barneia (Nm 21:33; Dt
1) lembram os nomes de alguns lugares modernos, e a localização de três pontos intermediários de parada necessariamente pressupõe uma rota do sul. Mas é preciso fazer uma advertência. Visto que a maior parte do sul do Sinai nunca foi habitada de forma permanente, não se deve afirmar que todos, a maior parte ou mesmo muitos postos intermediários de parada no itinerário podem ser hoje localizados com precisão geográfica. Os textos bíblicos informam que os israelitas deram nome a alguns dos lugares enquanto passavam por eles (e.g., Mara Êx 15.23]; Massá e Meribá [Êx 17.7]). É óbvio que nomes dados em tais circunstâncias jamais se tornariam permanentes. Entretanto, não há dúvida de que Eziom-Geber (Nm 33:35) estava situada nas proximidades da moderna Eilat (cp. 1Rs 9:26), mais provavelmente no sítio-ilha adiacente chamado Jezirat Fara'un. 138 Da mesma forma, parece que o nome Di-Zaabe (Dt 1:1) se reflete no da moderna cidade de Dahab, pois os nomes são foneticamente equivalentes e ambos têm a ver com locais de ouro. 139 Ademais, parece que o nome do maior e mais exuberante oásis do sudoeste do Sinai (Feiran) foi mantido em fontes clássicas e bizantinas.140 Além dessas correlações bastante seguras, alguns estudiosos propõem que o ponto de parada em Jotbatá (Nm 33:33) - que, na lista, é a segunda parada rumo ao norte, antes de Eziom-Geber, indo para Cades-Barneia - deve ser identificado com o moderno Oasis de Taba, situado no litoral do mar Vermelho, cerca de 11 quilômetros ao sul de Eziom-Geber.
Parece que a localização da própria Eziom-Geber faria com que a rota norte do Sinai desse uma volta impossível. Pois como alguém explica uma viagem do j. Kharif, j. Karkom, j. Helal, j. Yeleg ou até mesmo do j. Sin Bisher até Eziom-Geber, se o destino do itinerário é Cades-Barneia? Da mesma maneira, se fosse possível comprovar indubitavelmente a identificação de qualquer um dos outros dois lugares (Feiran, Di-Zaabe), a tese saudita/jordaniana também seria considerada geograficamente incoerente. Por isso, a impressão é que a tradicional hipótese sul do Sinai é a mais provável. Parece que é a que tem o máximo em seu favor e nada decisivo contra ela.

SEGUINDO A ROTA DOS 1SRAELITAS
Com base nessa conclusão, é possível reconstruir uma rota israelita plausível até o monte Sinai, então até Cades-Barneia e, por fim, até Sitim. Do lugar em que foram livrados do Egito, é provável que os israelitas tenham seguido para o sul, pela estrada costeira a leste do golfo de Suez, indo por toda ela até a foz do uádi Feiran, ao longo do qual havia uma série de oásis e poços para fornecer água.
Uma rota alternativa pelo uádi Matalla os teria levado para o interior do continente, em um ponto logo ao sul da moderna Abu Zeneimeh, passando por Serabit el-Khadim e, em seguida, indo numa diagonal rumo ao sudeste, até encontrar o uádi Feiran, perto de Refidim. Essa é, porém, uma alternativa extremamente problemática, tanto do ponto de vista histórico quanto do geográfico.!# Por sua vez, o uádi Feiran (também conhecido em seus trechos superiores como uádi Sheikh) é uma passagem bem larga, contínua e com subida suave, que atravessa a região de granito, a qual, pelo contrário, é irregular e um pouco íngreme; o uádi Feiran é todo assim até o passo de Watiya. Seguindo pelo passo de Watiya, os israelitas então teriam dobrado para o sul e saído diretamente na planície de er-Raha, localizada logo ao norte do j. Musa.
Mais tarde, quando partiram do monte Sinai rumo a Eziom-Geber e além, o uádi Nasb teria sido uma escolha excelente. Seguindo o curso desse uádi isolado, que era contínuo e com descida suave, até o ponto de sua desembocadura, perto da moderna Dahab, os israelitas teriam passado por uma rede de oásis,45 dos quais o mais proeminente era Bir Nasb. Com relativa facilidade, teriam conseguido atravessar a barreira montanhosa que corre longitudinalmente ao longo do leste da península e flanqueia o golfo de Ácaba. E, então, chegando ao golfo, teriam caminhado para o norte, entre a serra e o golfo, de novo passando por vários oásis, inclusive o Nuweiba - o maior e mais fértil oásis de todo o Sinai oriental - até que, por fim, chegassem a Eziom-Geber.
A partir dali, o mais provável é que os israelitas teriam seguido na direção noroeste, indo por uma estrada hoje conhecida como Darb al-Ghazza, rumo a Cades-Barneia (Ain Qadeis). Foi de Cades-Barneia que doze homens foram enviados para entrar em Canaã e espionar ali (Nm 13). Quando a maioria daqueles homens apresentou um relatório sem fé e negativo, aceito pela comunidade de Israel (Nm 14:1-10), aquela geração foi desqualificada para entrar na terra e possuí-la, e Israel permaneceu mais ou menos parado em Cades por talvez 35 anos ou mais (cp. Dt 1:46)
Quando, finalmente, os israelitas partiram de Cades e estavam a caminho de Sitim, o rei de Edom não permitiu que fossem por Punom, um passo que atravessa as montanhas de Edom até chegar à "Estrada Real" (Nm 20:14-17). Isso exigiu um desvio de mais de 280 quilômetros de cenário bem imponente, o que possivelmente desencadeou o incidente denominado de "serpente de bronze" (Nm 21:4-9). Dar a volta em torno do território edomita fez com que Israel de novo tomasse o caminho do "mar Vermelho" (Nm 21:4) e de Eziom-Geber (Dt 2:8) e, então, ao longo da margem do deserto que flanqueava uma série de fortalezas edomitas e moabitas, provavelmente usando uma estrada que mais tarde veio a ser conhecida como "estrada dos Peregrinos"17 Por fim, pela segunda vez chegaram perto da Estrada Real (Nm 21:22). De novo foram proibidos de passar, dessa vez por Siom, um monarca amorreu. Seguiu-se uma batalha em que Siom foi derrotado (Nm 21:23-30). Isso permitiu que os israelitas finalmente completassem a terceira etapa indireta de sua jornada, passando por Dibom e Hesbom e chegando a Abel-Sitim ("a campina/pastagem de Sitim" [Nm 33:45-49]), ou Sitim, que é como o lugar é normalmente conhecido no Antigo Testamento (Nm 25:1; Is 2:1).

Os israelitas deixam o Egito
Os israelitas deixam o Egito
A rota do Êxodo
A rota do Êxodo
A viagem dos espias
A viagem dos espias

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

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Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

ex 16:13
Sabedoria do Evangelho - Volume 3

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 34
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 6:26-34


26. Respondeu-lhes Jesus e disse: "Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais não porque vistes demonstrações, mas porque comestes dos pães e vos saciastes.


27. Trabalhai não pelo alimento transitório, mas pelo alimento estável para a vida imanente, que vos dará o filho do homem, pois o Pai o confirmou".


28. Eles lhe perguntaram: "Que faremos para realizar as obras de Deus"?


29. Respondeu Jesus e lhes disse: "Esta é a obra de Deus, que acrediteis naquele que ele enviou".


30. Perguntaram-lhe então: "Que demonstrações fazes para que as vejamos e acreditemos em ti? Que realizas tu?


31. Nossos pais comeram o maná no deserto, como foi escrito: "Deu-lhes a comer o pão do céu".


32. Replicou-lhes então Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo: não foi Moisés que vos deu o pão do céu: mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu,


33. porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo".


34. "Disseram-lhe então: "Senhor, dá-nos sempre esse pão".


A aula teórica que Jesus dá sobre o Pão da Vida, e que constitui uma parte de seu "ensino" (de seu lógos), é uma explicação da aula prático-experimental que foi a multiplicação dos pães e peixes. Trecho dos mais profundos que o Evangelho nos conservou.


Estudá-lo-emos cuidadosamente, dando os comentários linguísticos primeiro, e a seguir a interpretação impressa em grifo. Veremos cada versículo separadamente, porque cada palavra é importante.


26. "Respondeu" (apekríthe) é fórmula genérica no sentido de "tomou a palavra" ou "prosseguiu". A repetição "em verdade, em verdade" traduz a locução hebraica amén amén (transliterada no grego) e exprime uma espécie de juramento sobre a veracidade do que é afirmado, uma "afirmativa categórica" (ver vol. 1). Traduzimos sêmeia por "demonstrações" (ver vol. 1), que é o sentido real da palavra: "sinal, prova, demonstração", só lhe sendo atribuído o sentido de "prodígio, milagre" (tradução que lhe é dada sistematicamente nas edições comuns) quando a demonstração é fora do comum, acima do normal. Só não aceitamos essa tradução porque hoje a palavra "milagre" variou de tal forma de sentido, que passou a significar outra coisa.


27. "Trabalhai" traduz ergázesthe, no sentido de "esforçar-se ou trabalhar com esforço, arduamente".


O "alimento" recebe dois adjetivos opostos: "transitório" (apolluménen, "que perece") e "estável" (menousan, "que permanece"). São dois particípios presentes com valor adjetivo, "Vida imanente" é zôê aiônos, que estudamos exaustivamente no vol. 2. "Que vos dá" (presente dídôsin segundo os mss. aleph e D) repetido no vers. 32. O sentido de "filho do homem" foi estudado no vol. 1. Traduzimos" o Pai confirmou", sentido do verbo esphrágisen, que também pode significar "selar, marcar com selo" ou "carimbar", depois que se aprova ou confirma o documento.


28/30 "Obra" é a tradução de érgon, que exprime um trabalho realizado, isto é, produzido pelo esforço da criatura. Daí termos traduzido o verbo ergázomai como "realizar", no sentido de "produzir". O verbo "confiar. crer, acreditar" é pistéuô, donde o substantivo pístis, "confiança, fé".


#fonte 31 O verbo "comer" apresenta neste trecho dois sinônimos gregos: esthíô (no qual alguns tempos tomam as formas do defectivo phágomai) e que tem o sentido normal de "comer"; e trôgô que é mais especialmente empregado com o significado de "comer alimentos crus", ou "regalar-se com acepipes"; preferimos, para distinguir em português os dois sinônimos, traduzir o primeiro por "comer" e o segundo por "saborear ". O "maná", palavra hebraica, formado de man’hu, que significa "que é isto"?, é a denominação dada ao "pão que caiu do céu" no deserto (cfr. EX 16:4, EX 16:8, EX 16:12-15). A expressão" pão do céu" só poderia ser fielmente traduzida por uma perífrase: "pão VINDO do céu", já que o grego ho ártos ek toú ouranoú dá o ponto de partida (latim em ablativo) e não a qualidade (do céu = celeste, que seria dado em latim pelo genitivo). É indispensável fixar bem na mente esse pormenor, para que não haja confusão de sentido: quando se ler "pão do céu", entenda-se sempre" pão VINDO do céu".


32. "Verdadeiro" aqui é tradução de alêthinón, adjetivo.


33. "Dar vida" é o grego zôén didoús. "Descer do céu" é katabaínô, que se opõe a anabaínô, "subir".


Aqui começa mais precisamente a aula teórica, o "ensino (tòn lógon, vers. 60) de Jesus, a respeito do Pão da Vida, um dos mais importantes e profundos textos dos Evangelhos. Examinemos atentamente cada frase, acompanhando o desenvolvimento didático, com todas as suas oportunas repetições esclarecedoras.


Aproveitando-se da busca ansiosa que Dele fizeram os que se haviam saciado com os pães e peixes, salienta que era para isso que O procuravam: para ter garantido o sustento sem trabalhar; e não por causa da demonstração prática que lhes dera, como antecipação da explicação que agora seria dada de Sua doutrina da unificação da criatura com o Criador.


27. Jesus começa esclarecendo que há duas espécies de alimento: o que refocila temporariamente apenas o corpo perecível, e que portanto é transitório (porque "perece": brôsin apolluménen) e o que sustenta perenemente o espírito, e portanto é estável (porque "permanece": brósin ménousan). Este segundo dá vida, não por acréscimo exterior, mas por crescimento interior: é a "Vida Imanente" de união com o Pai que habita em todos. Os dois alimentos, representados figurativamente pelo pão comum (que os antigos "comeram" no deserto, mas apesar disso "morreram") e pelo Pão "sobressubstancial" (MT 6:11; ver. vol. 2).


E é este Pão, afirma o Mestre em Sua aula magistral, que nos será dado pelo "filho do homem", isto é, pela Individualidade já evoluída, e portanto desperta e vigilante, porque a este (filho do homem) o Pai já "confirmou", isto é, "já lhe colocou Seu Selo" (esphrágisen) com a unificação do Encontro Místico.


Justamente por este segundo alimento estável é que precisamos "trabalhar com esforço", e não pelo pão comum e transitório, que nutre por algumas horas o corpo perecível.


28. Os ouvintes idagam "que fazer para realizar as obras de Deus". A pergunta que, em português, parece não condizer com a explicação anterior, tem perfeita consonância no original grego, pois é repetido o mesmo verbo empregado por Jesus (ergázomai), com seu objeto da mesma raiz (ergaz ômetha tà érga), tanto que a tradução literal é "que faremos para trabalhar os trabalhos de Deus"?


29. A resposta é simples e pouco exigente: para realizar as obras de Deus, basta confiar (crer) naquele que foi enviado à Terra pelo Pai. E deixa entrever que o "Enviado do Pai" é exatamente Ele, o Cristo, que estava então a falar através da personalidade de Jesus. O Cristo Cósmico, teceira manifestação divina, o Filho (o Amado) que proveio do Pai, foi enviado à Terra e habita em todos.


Confiando em Sua voz silenciosa no âmago de nosso ser, nós "realizaremos as obras de Deus".


30. Diante dessa afirmativa solene, e sem perceber que não era a personalidade de Jesus que falava, indagam qual a prova que Ele pode dar, a fim de confirmar Sua missão de Embaixador. Querem uma "demonstração"; teriam esquecido a maravilhosa comprovação realizada havia menos de vinte e quatro horas, na multiplicação dos pães e peixes? Eles insistem: "Que realizas" empregando o mesmo verbo ergázomai.


31. E prossegue a argumentação dos ouvintes: "Moisés deu a nossos pais o pão vindo do céu, no deserto


... está escrito"! ... Mas calam a principal razão, que já fora percebida e veladamente denunciada por Jesus: "o sustento foi dado por Moisés anos a fio, sem que ninguém precisasse "fazer força" (ergázomai) ... então, que demonstração é essa que fizeste, que apenas distribuis alimento uma vez"?


32. Jesus protesta quanto à expressão "pão vindo do céu", dizendo que esse, Moisés não havia dado: esse, o verdadeiro pão vindo do céu (é usado o adjetivo alêthinós em lugar de destaque, no fim da frase), só o Pai o dá, ninguém mais. Porque "o verdadeiro pão vindo do céu" é a Centelha Divina; o Cristo Interno ("Eu sou o Pão vivo que desci do céu") e que habita (diríamos com a deliberada ênfase de Paulo, CL 2:9) que habita corporalmente em todas as coisas.


33. Não satisfeito ainda, Jesus esclarece mais: "O Pão de Deus (não o humano), esse é o que desce do céu", e seu efeito é maravilhoso, porque "dá, vida ao mundo". Ora, está bastante claro que nossa interpretação está correta; não se trata aqui do pão vulgar de trigo (tomado apenas como símbolo), nem mesmo do pão sobressubstancial que alimenta o Espírito; mas de algo mais profundo, daquilo que realmente DÁ VIDA ao mundo. Se, no mundo, a vida é dada pelo "Pão descido do céu"; se, no mundo, a vida é dada pela Centelha Divina, que é a substância última de todas as coisas; então podemos corretamente concluir que o "’Pão descido do céu"’ é a Centelha Divina, o Cristo Interno, que provém diretamente do Pai, que nasce de Deus, e portanto "vem do céu".


Concorda com isso o que ensina Agostinho (Confissões, 10, 28, 39): Cum inhaésero tibi ex omni me...


VIVA erit vita mea, tota plena de te, ou seja: "Quando eu aderir a ti com todo o meu eu... minha vida será VIVA, toda cheia de ti". (Cfr Salmo 23:24: "Eu encho o céu e a Terra"). E, é confirmado por Tom ás de Aquino (Summa Theologica, I, q. 8, art. 3, ad primum) Deus dícitur esse in ómmbus PER ESSENTIAM: non quidem rerum quasi sit de essentia earum; sed per essentiam SUAM: quia SUBSTANTIA SUA adest ómnibus ut causa essendi, ou seja: "diz-se que Deus está em todas as coisas PELA ESSÊNCIA não, de certo, das coisas, como se fora da essência retas, mas pela Sua essência (de Deus); porque SUA SUBSTÂNCIA (de Deus) está em todas as coisas como a causa da existência".


Então, nossa conclusão está certa, confirmada por dois dos maiores luminares humanos na interpreta ção do pensamento evangélico: a VIDA DO MUNDO é o CRISTO CÓSMICO, que é, na realidade, o PÃO VIVO QUE DESCE DO CÉU, constituindo, por meio da Centelha Divina que habita em todas as coisas, a VIDA do mundo.


34. Evidentemente os ouvintes hão entenderam o esclarecimento, e repetem o mesmo pedido que fez a Samaritana (JO 4:18) da "água viva": querem recebê-lo sem esforço, com a mesma inconsciência com que uma criança pede balas... Depois de tão elevada exposição, é chocante o pedido: demonstra a total incompreensão do auditório.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Êxodo Capítulo 16 do versículo 1 até o 36
2. O Maná e as Codornizes (16:1-36)

  1. Outra murmuração de Israel (16:1-3). Israel deveria ter aceitado os "estatutos" de Deus e crido em sua "ordenação" (15.25). O fato de não terem agido assim resultou em mais reclamações. Tinham deixado para trás um deserto (Sur) e entrado em outro (Sim) a caminho do monte Sinai e já fazia um mês que viajavam (1). Pelo visto, o suprimento de comida estava diminuindo e não havia evidência externa de novas provisões. Deus permitiu que o problema surgisse como prova para a fé de Israel. Mas o povo murmu-rou contra Moisés e contra Arão (2), desejando ter morrido no Egito com os estôma-gos cheios em vez de morrer de fome no deserto (3). Parece que comiam bem no Egito, e agora as coisas estavam piores. Claro que o alimento é necessário para a vida física, mas Deus não esquecera do povo. Ele teria suprido as necessidades de maneira mais satisfatória se Israel tivesse permanecido pacientemente firme na fé.
  2. A promessa de pão e carne (16:4-12). Não há que duvidar que o tempo todo Deus sabia como alimentaria os israelitas no deserto. Quando murmuraram, o Senhor revelou seu plano de fornecer pão dos céus (4) para colherem a porção para cada dia — "a ração para cada dia" (Smith-Goodspeed). Até no fornecimento de pão Deus faria uma prova: Queria ver se o povo andaria em sua lei ou não. No sexto dia, as pessoas achariam quantidade suficiente de pão para durar dois dias, em cumprimento da lei do sábado (5).

Deus queria que estes israelitas soubessem que aquele que os tirou do Egito ainda estava com eles. A tarde sabereis (6) e amanhã vereis (7). A glória mencionada no versículo 7 diz respeito à realização da mão de Deus no suprimento do pão, ao passo que a glória referida no versículo 10 era a manifestação especial de Deus na nuvem.

Moisés repreendeu os israelitas por murmurarem contra ele e Arão, pois nada signi-ficavam — era Deus quem os conduzia (7). Quando Deus lhes desse carne e pão para comer, eles saberiam que o Senhor ouvira as murmurações feitas contra ele (8). De certo modo, fornecer comida desta maneira era uma repreensão. Deus não forneceu co-mida só porque reclamaram; Ele queria que soubessem que Ele era o Senhor e que não estava contra seus servos, mas contra quem murmurava.

Os filhos de Israel seriam humilhados diante de Deus. Arão os reuniu, dizendo: Chegai-vos para diante do SENHOR, porque ouviu as vossas murmurações (9). Quando se aproximaram e olharam para o deserto, de repente a glória do SENHOR apareceu na nuvem (10). "A prova inconfundível da presença de Deus na coluna de fogo autenticou as palavras de Moisés e preparou o povo para a glória mais encoberta do milagre que ocorreria."' A glória do Senhor deu a estes fracos seguidores de Deus a oportunidade de ver o mal dos seus corações quando contemplassem a fidelidade de Deus para com eles. Com a realização do milagre da carne e do pão, eles saberiam que o SENHOR era o seu Deus (12). Ele teve paciência com estes crentes fracos, cuja fé neces-sitava de crescimento; em outra época, depois de terem tempo para amadurecer (Nm 14:11-12), eles foram punidos por causa da permanência na incredulidade.

c) Deus envia codornizes e pão (16:13-21). As codornizes, que subiram e cobri-ram o arraial (13), faziam seu trajeto habitual de migração "pelo mar Vermelho, em grande quantidade nesta época do ano, e, cansadas pelo vôo longo, [...] podiam ser captu-radas facilmente perto do chão"»

Na manhã seguinte, houve um orvalho ao redor do acampamento (13). Quando o orvalho se secou, encontraram "uma coisa fina e semelhante a escamas, fina como a geada sobre a terra" (14, ARA). Quando viram, as pessoas perguntaram: Que é isto? (15). Moisés respondeu: Este é o pão que o SENHOR vos deu para comer. "O nome maná é proveniente da pergunta [Que é isto?], ou a semelhança no som tem relação com as duas palavras originais 1man hur"

Há quem procure identificar o maná bíblico com as substâncias naturais encontra-das nesta região. Embora semelhantes em certos aspectos, estas substâncias naturais não se ajustam à narrativa bíblica. Não surgem em grande quantidade, nem podem ser o principal alimento. Ocorrem somente durante curto período do ano. O maná da Bíblia:

1) Foi o principal alimento nutritivo para Israel por quarenta anos;

2) Era fornecido em quantidades grandes;

3) Ocorria ao longo do ano inteiro;
4) Aparecia somente em seis dos sete dias da semana; e

5) Criava bichos se fosse guardado por dois dias, exceto no sába-do.' Obviamente este maná era um milagre de Deus, sendo um tipo do Cristo que desceu do céu (Jo 6:32-40).

As instruções para colher o maná eram inequívocas. Cada família tinha de colher quantidade suficiente para o consumo de um dia: um gômer por cabeça (16), cerca de 1,3 litro, e segundo o número de pessoas da família. Pelo milagre do aumento ou da diminuição de acordo com a necessidade vigente," não sobejava para quem colhesse muito, nem faltava para quem colhesse pouco (18).

Moisés foi claro em dizer que nada do maná deveria ser deixado para o dia seguinte (19). Alguns israelitas, que ainda precisavam aprender acerca da obediência explícita, guardaram uma provisão de maná até o dia seguinte, mas criou bichos e cheirava mal (20). Considerando que o maná guardado para o sábado não estragava (24), ficou evidente a desobediência dos ofensores, os quais foram punidos com a deterioração do alimento.

Neste episódio, a lição de Deus para Israel, como também para os cristãos, é que os crentes têm de depender de Deus dia após dia. A vida de Cristo no cristão é preservada a cada momento por sua permanência em Deus. A obediência diária e cuidadosa resulta em provisão regular; o descuido traz perturbação e julgamento. Israel aprendeu a colher o maná pela manhã, antes que o sol o derretesse (21) ; o alimento espiritual colhido de manhã cedo suporta o calor do dia.

  1. A observância do sábado (16:22-31). No sexto dia, quando alguns israelitas co-lhiam quantidades duplas de maná, todos os príncipes da congregação (22) não entenderam. Moisés repetiu a regra sem deixar dúvidas: Não haveria maná no sábado (25). No sexto dia, eles tinham de cozer no fogo (assar) ou cozer em água (ferver; usado como pão ou mingau) o que precisavam e guardar para o dia seguinte (23). Apren-deram que o maná guardado para o sétimo dia não se estragava (24).

Estes versículos indicam um conhecimento do sábado anterior ao recebimento dos Dez Mandamentos (20:8-11). Deus estabeleceu um dia de descanso na criação do mundo (Gn 2:2-3) ; este fato era provavelmente conhecido por Abraão, visto que em certo sentido era observado pelos babilônios. Mas nem os primitivos hebreus nem os egípcios conhe-ciam uma semana de sete dias.' Levando em conta que depois da criação o sábado é mencionado somente neste momento, podemos supor que esta é uma renovação da ob-servância sabática. Durante a opressão egípcia, a observância teria sido impossível; por-tanto, para estas pessoas as palavras de Moisés eram novidade."

Embora Moisés tivesse deixado claro que não haveria pão no dia de sábado (26), mesmo assim alguns do povo saíram para colher (27). Sempre há quem não acredita na palavra de Deus, desta forma recusando guardar seus mandamentos e leis (28). A ordem tornou-se mais explícita: Ninguém deveria sair do seu lugar no sétimo dia (29). Ninguém deveria sair do acampamento; as pessoas tinham de descansar no séti-mo dia (30). Ver mais comentários sobre o sábado em 20:8-11.

O maná era como semente de coentro (31), "uma semente pequena e cinzento-branca, com sabor picante e agradável, usada amplamente como tempero para cozinhar"." Tinha gosto de bolos feitos de farinha de trigo, óleo e mel. O alimento que Deus dava era agradável ao paladar.

  1. O maná comemorativo (16:32-36). Moisés, sob ordens divinas, ordenou que fosse colocado diante do SENHOR um vaso contendo um gômer cheio de maná (33), na casa de Deus, diante do Testemunho (34). Este recipiente seria guardado para as gerações (32) futuras. O escritor aos Hebreus mencionou a existência de "um vaso de ouro" de "maná" no "Santo dos Santos" (Hb 9:3-4). O texto bíblico não informa se a ordem de Deus foi dada neste momento ou mais tarde quando a arca do concerto foi construída. Presumimos que, perto do fim da vida, Moisés adicionou esta seção (32-36) ao Livro de Êxodo." O Testemunho (34) diz respeito aos Dez Mandamentos que também foram depositados na arca do concerto.

Para ficar registrado, Moisés afirmou que os filhos de Israel comeram maná até que chegaram aos termos da terra de Canaã. Esta afirmação não significa que não tinham outro tipo de comida no caminho, mas que sempre havia a provisão do maná. Josué registrou a cessação deste milagre depois de chegarem à terra da promessa (Js 5:10-12). O gômer e o efa (36) eram medidas de capacidade usadas no Egito, e esta nota era necessária porque somente o efa continuou sendo usado como medida em Israel." Um efa correspondia a cerca de 37 litros. O gômer seria, então, de aproximadamente 3,7 litros.

No capítulo 16, o alimento de Deus para Israel aponta para o Pão Vivo do Novo Testamento, "Cristo, o Nosso Maná".

1) É dado aos famintos e perturbados 1:3;

2) Torna-se a manifestação da glória de Deus, 4-12;

3) Satisfaz plenamente quem o colhe, 13-18;

4) É eficiente pela obediência cotidiana 19:30;

5) Trata-se de experiência comemorada para sempre, 31-34.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Êxodo Capítulo 16 versículo 13
As codornizes são aves que emigram no outono da Europa para a África e retornam na primavera, passando pela Palestina e pela península do Sinai. O seu vôo é baixo e pesado; se o vento for contrário, podem cair no chão esgotadas e ser facilmente capturadas com a mão. Conforme o relato de Nu 11:31-34 e também Sl 78:26-31; Sl 105:40.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Êxodo Capítulo 16 do versículo 1 até o 36
*

16.1-36

Israel chegou em tempo de observar o sábado, e uma teofania ocorreu em resposta às queixas do povo (16.9-13). Este capítulo vai se concluindo, com um descanso no sábado seguinte (16.27-30). A observância do sábado por Israel, antes da revelação do Sinai, foi destacada, como também o teste contínuo de Israel por parte de Deus (v. 4; conforme 15.25; 17.2).

* 16:1

deserto de Sim. Situado no sudoeste do Sinai, talvez na moderna região de Debbet er-Ramleh.

* 16:4

pão. O povo clamou por pão e carne (v. 3), e Deus daria ambas as coisas (v. 8). O maná foi chamado de "cereal do céu" (Sl 78:25). Em João 6:26-58, Jesus chamou a si mesmo de o verdadeiro maná ("pão da vida"), do qual essa provisão no deserto serviu de símbolo e de tipo.

* 16:7

glória. A palavra normalmente refere-se à presença manifestada de Deus. Neste caso, está em pauta a provisão graciosa do maná.

* 16:13

codornizes. Essas pequenas aves de caça migratórias, da família da perdiz, chegam de seu habitat de inverno na África, durante a primavera. Algumas vezes elas descansam no solo, exaustas de tanto voar. Em uma segunda ocasião, elas chegam tangidas por um forte vento oriental (Nm 11).

* 16:14

coisa fina e semelhante a escamas. Parece que o maná se assemelhava a uma secreção melosa de insetos que infestavam as tamargueiras da área (que os árabes chamam de "manna"). Ela solidifica nas noites frias do deserto, mas deve ser recolhida bem cedo pela manhã. Se isso é, realmente, o maná, então o milagre seria o controle divino da quantidade. A quantidade recolhida era de um ômer por homem, ou seja, 1,891, embora uma palavra árabe relacionada signifique uma xícara, que talvez seja o significado aqui.

* 16:23

santo sábado. Um termo elevado, normalmente reservado para as festas santas. O que fica entendido é que o sábado semanal era normalmente guardado por Israel, antes do Sinai. A ordenança relativa ao sábado, nos Dez Mandamentos, foi uma codificação da observância do sábado, e não sua inauguração.

* 16:31

coentro. Essa semente é pequena, globular, cinzenta e aromática, com sabor de bolos de mel.

* 16:33

vaso. Um pouco de maná foi separado naquilo que Hb 9:4 chama de "urna de ouro".

* 16:35

quarenta anos. O maná continuou a ser fornecido por Deus até que chegaram a Canaã (Js 5:10-12). Quando os filhos de Israel chegaram à região da Transjordânia, eles já contavam com campos, vinhedos e poços de água (Nm 21:22), mas o manã parece ter continuado.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Êxodo Capítulo 16 do versículo 1 até o 36
16:1 O deserto de Sem era um ambiente vasto e hostil de areia e pedra. Sua esterilidade proporcionava um lugar perfeito para que Deus provasse e moldasse o caráter de seu povo.

16:2 Voltou a acontecer outra vez. Quando os israelitas se enfrentaram ao perigo, à escassez e às inconveniências se queixaram amargamente e tiveram saudades sua vida no Egito. Mas como sempre, Deus supriu suas necessidades. As circunstâncias difíceis podem nos causar estresse. Quando isso acontece, nossa resposta natural é a queixa. Os israelitas em realidade não queriam estar outra vez no Egito; só queriam que a vida fora um pouco mais fácil. Com a pressão do momento, não puderam analisar a causa de seu estresse (neste caso, a falta de confiança em Deus). Nem sequer puderam pensar na forma mais rápida de escapar. Quando chegar a pressão a seu encontro, resista a tentação de fazer seu escapamento mais rápido. Em vez disso, concentre-se no poder e na sabedoria de Deus que o ajudará a tratar a causa de seu estresse.

16:4, 5 Deus prometeu que supriria a necessidade de alimento dos hebreus no deserto, entretanto, decidiu provar sua obediência. Deus queria ver se obedeciam suas instruções detalhadas. Só poderemos aprender a confiar no como Senhor, seguindo-o. Só poderemos aprender a obedecer, dando pequenos passos de obediência.

16:14, 16 O maná (16,31) aparecia no chão cada dia em forma de um floco fino, similar à geada. O povo o compilava, moía-o como grão e fazia omeletes com sabor a mel. Para os israelitas o maná foi um presente; chegava todo os dias e era justo o que necessitavam. Satisfazia suas necessidades físicas temporárias. Em Jo 6:48-51 Jesus se compara a si mesmo com o maná. Cristo é nosso pão de cada dia, que satisfaz nossa necessidade eterna e espiritual.

16:23 Os israelitas não deviam trabalhar no dia de repouso, nem sequer cozinhar. por que? Deus sabia que a rotina diária poderia distrair ao povo para não adorá-lo. É muito fácil deixar que o trabalho, as responsabilidades familiares e a recreação saturem nossos programas ao grau que não tomemos o tempo para adorar. Com exceção de seu tempo para estar com Deus.

16:32 Os hebreus puseram um pouco de maná em uma vasilha especial como lembrança da forma em que Deus lhes proveu no deserto. Os símbolos foram sempre uma parte importante, até no louvor dos cristãos. Utilizamos objetos especiais como símbolos que nos recordam a obra de Deus em nossas vidas. Tais símbolos podem ser uma ajuda valiosa para nossa adoração enquanto cuidemos que não se convertam em objetos de adoração.

16:36 "Um gomer é a décima parte de uma f", isto é mais ou menos 3:7 litros.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Êxodo Capítulo 16 do versículo 1 até o 36
2. Encontro com Fome (16: 1-36)

1 E tomaram a sua viagem de Elim, toda a congregação dos filhos de Israel veio ao deserto de Sim, que está entre Elim e Sinai, no décimo quinto dia do segundo mês depois que saíram da terra do Egito. 2 E toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão no deserto: 3 e os filhos de Israel disseram-lhes: Quem dera que tivéssemos morrido pela mão do Senhor na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne, quando comíamos pão até fartar! que fostes vós que nos trouxe a este deserto, para matar toda essa montagem com fome.

4 Então disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover pão do céu; e as pessoas devem sair e reunir parte de um dia de cada dia, para que eu possa prová-los, se anda em minha lei ou não. 5 E ela deve vir a passar no sexto dia, que prepararão o que eles . trazer, e será o dobro do que colhem cada dia 6 Moisés e Arão disse a todos os filhos de Israel, Em mesmo, então sabereis que o Senhor vos tirou da terra do Egito; 7 e em Pela manhã, então vereis a glória do Senhor; para que ele ouve as vossas murmurações contra o Senhor; e quem somos nós, para que murmureis contra nós? 8 E disse Moisés: Este será , quando o Senhor vos der carne para comer à noite, e pela manhã pão até fartar! para que o Senhor ouve as vossas murmurações, com que murmurais contra ele e quem somos nós? As vossas murmurações não são contra nós, mas contra o Senhor. 9 E disse Moisés a Arão: Dize a toda a congregação dos filhos de Israel: Chegai-vos perante o Senhor; porque ele ouviu as vossas murmurações. 10 E aconteceu que, quando falou Arão a toda a congregação dos filhos de Israel, que eles olharam para o deserto, e eis que a glória do Senhor apareceu na nuvem. 11 E Jeová falou a Moisés, dizendo: 12 Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel: falar-lhes, dizendo: Ao mesmo haveis de comer carne, e pela manhã vos fartareis de pão; e sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus.

13 E sucedeu que, à tarde, que subiram codornizes, e cobriram o arraial; e pela manhã jazia o orvalho ao redor do arraial. 14 E, quando o orvalho se levantou, eis que sobre a face da deserto uma coisa redonda pequena, pequena como a geada sobre a terra. 15 E quando os filhos de Israel, vendo isto, disseram uns aos outros. O que é isso? porque não sabiam o que era. E Moisés disse-lhes: Isto é o pão que o Senhor vos deu para comer. 16 Esta é a palavra que o Senhor ordenou. Colhei dele cada um conforme ao seu comer; um ômer uma cabeça, de acordo com o número das vossas almas, vós vos levar, cada um para os que estão em sua tenda. 17 E os filhos de Israel fizeram assim, e colheram uns mais e outros menos. 18 E quando eles mediram -lo com um Omer, ao que colhera muito não tinha nada mais, e que colheu pouco não teve falta; colhia cada um tanto quanto podia comer. 19 E disse-lhes Moisés: Ninguém deixe dele para amanhã. 20 Mas não ouviram a Moisés; mas alguns deles deixaram dele para a manhã, e criou bichos, e tornou-se falta; e Moisés irou-se contra eles.

21 E a tua reuniu-lo todas as manhãs, cada um conforme o que podia comer e quando o sol se acendeu, derretia-se. 22 E sucedeu que, que ao sexto dia colheram pão em dobro, dois omers para cada um :. e todos os príncipes da congregação vieram, e disse a Moisés 23 E disse-lhes: Isto é o que o Senhor falou: Amanhã é repouso, sábado santo ao Senhor: assar o que vos vai assar, e ferver o que vos vai ferver; e tudo o que sobejar, ajuntai para vós, guardando até de manhã. 24 E guardaram-no até o dia seguinte, como Moisés tinha ordenado; e não cheirou mal, nem houve nele bicho alg1. 25 E disse Moisés: Coma que-a-dia; para-a-dia é o sábado ao Senhor; a-dia não o achareis no campo. 26 Seis dias o colhereis; mas o sétimo dia é o sábado, em que não haverá. 27 E aconteceu que, no sétimo dia, que saíram alguns do povo para se reunir, mas não o acharam. 28 E disse o SENHOR a Moisés: Como lixo longo guardar os meus leis? 29 Sé, para que o Senhor vos deu o sábado, por isso ele dá você no sexto dia o pão para dois dias; fique cada um no seu lugar, não saia ninguém do seu lugar no sétimo dia. 30 Então o povo descansou no sétimo dia.

31 E a casa de Israel chamou o nome de maná era como semente de coentro; e o gosto dele era como wafers feitos com mel. 32 E disse Moisés: Esta é a palavra que o Senhor ordenou: Deixe um gômer cheio de ele ser guardado para as vossas gerações, para que vejam o pão que eu te alimentou no deserto , quando eu vos tirei da terra do Egito. 33 E disse Moisés a Arão: Toma um vaso, e colocar um gômer cheio de maná nele, e põe-no diante do Senhor, para ser mantido nas vossas gerações. 34 Tal como o Senhor lhe ordenara , assim Arão o pôs diante do testemunho, para ser guardado. 35 E os filhos de Israel comeram o maná quarenta anos, até que chegaram a uma terra habitada; eles comeram o maná, até que chegaram até as fronteiras da terra de Canaã.36 E um ômer é a décima parte de um efa.

Depois de deixar a Elim , Israel viajou para o deserto de Sin . Em números, em que Moisés escreveu para baixo a lista completa de seus lugares de parar o (N1. Ex 33:1) e Jacó (Gn 30:14 ), foram seriamente prejudicados quando a fome privou de seu suprimento pessoal de grãos nos dias de José (Gn 42:1 ), e durante a sua estada de 430 anos no Egito havia se tornado muito dependente do produto da terra (N1. Ex 11:5 ). Esta reunião pode ter sido realizada antes de uma "tenda do encontro", primitiva, que parece ter sido o centro de adoração antes da construção do tabernáculo (33: 7-11 ). Foi realizada, aparentemente, à beira do acampamento, onde, enquanto eles observavam, o Senhor de alguma forma manifesta a Sua glória na nuvem pelo qual Ele havia sido orientando-os (v. Ex 16:10 ). Então o Senhor falou a Moisés, anunciando que "entre as noites" eles comeriam a carne, e pela manhã eles seriam preenchidos com pão. Isso seria feito para o mesmo fim que as pragas tinha sido visitado em cima de Egipto e sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus (vv. Ex 16:11-12 ). Além disso, o Senhor instruiu Moisés a respeito da porção diária de maná que era para ser recolhido eo porção dobrada para fins de semana-instruções não pertinentes ainda para o público, mas para ser usado quando surgiu a necessidade (vv. Ex 16:4-5 ). Então Moisés e Arão falou a Israel, anunciando que no mesmo saberiam o Senhor lhes tinha trazido do Egito, para eles iriam comer carne, e na parte da manhã eles iriam ver a glória do Senhor de uma forma ainda mais concreta, pois eles seria comer pão a fartar (vv. Ex 16:6-8 ). Moisés também repreendeu suas murmurações, explicando por que o Senhor tem de provar que Ele trouxe a Israel do Egito. Israel teve, em suas murmurações, apenas culpou Moisés e Arão por trazê-los para fora (v. Ex 16:3 ). Mas nem a sua libertação nem os seus problemas poderiam ser culpa de líderes humanos. Complainings sobre liderança divina nunca pode ser apontada para líderes designados e dirigidas de Deus sem realmente sendo destinada a Deus.

Fiel à promessa de Deus, no mesmo subiram codornizes, e cobriram o arraial . Codornas migrar para o sul através do Mediterrâneo, em setembro e outubro de cada ano para o inverno na Arábia ou na África, e voar para o norte novamente na primavera.Desde que Israel chegou no deserto de Sin em cerca Dt 1:1 , ele é descrito como aparecendo como bdélio, uma goma perfumada obtida a partir de uma árvore em Saudita e outros países orientais, e cinza de cor amarelada. Diz-se também que as pessoas "triturando-o em moinhos" e "Beat 1t em argamassas", "em panelas o cozia, e dele fazia bolos." Aí é descrito como tendo o gosto de bolos cozidos com óleo fresco. Quando o povo, vendo isso, exclamou: Man hu? ou O que é? Moisés explicou que era o pão Jeová havia prometido dar a eles. Ele os instruiu quanto a se reunir. E quando as suas instruções foram seguidas, o homem com uma grande família que se reuniram muito eo homem com uma pequena família que se reuniram menos, ambos descobriram que a média para fora exatamente certo quando dividido dentro de suas famílias. Moisés instruiu-os a não tentar salvar nada disso.Mas, como sempre, houve algumas pessoas que só poderia aprender com a experiência. Eles tentaram com resultados desagradáveis, incluindo a ira de Moisés. No sexto dia, eles coletaram o dobro, para que eles não teriam de se reunir no sábado. E aqueles que mais uma vez contrariamente às instruções de Moisés saiu para procurá-lo no sábado não encontrou nenh1.

Foram feitas tentativas de encontrar uma explicação natural para o maná. Vários insetos sustentar a vida sugando a seiva das plantas e, em seguida, produzir secreções doces. No Sinai, dois tipos de escala-insetos fazer isso em relação às árvores tamargueira.As formas de secreção de grandes gotas transparentes, que secam e caem no chão. Durante a noite, quando as formigas não pode levar estes fora, eles se acumulam. Eles são compostos de um açúcar raro e são deliciosos como um doce. Essas secreções aparecer no final da primavera e início do verão na época em Israel chegou no deserto de Sin. Muitos estudiosos têm procurado identificar maná com essas secreções doces. Há muitos pontos de semelhança, mas também há diferenças, a principal das quais são as maneiras em que foi utilizado o maná e as constantes referências pelas Escrituras a ele como um substituto para o pão ou cereais. A quantidade de maná precisava teria excedeu em muito a capacidade dos insetos do Sinai! E sua duplicação milagrosa na sexta-feira e ausência no sábado, e sua continuação não apenas por algumas semanas nessa área, mas para 40 anos em toda a península de removê-lo da esfera do natural. O melhor que essa atual "paralelo" pode oferecer é uma dica de como Deus pode ter modificado e ampliado um processo natural neste milagre.

O Senhor disse a Moisés que preservar uma omer, a porção diária individual standard, do maná como um testemunho para as gerações futuras de Seu cuidado providencial para o seu povo. Isso foi feito, e Arão o pôs diante do testemunho , uma referência para as tábuas de pedra em que foram escritos os Dez Mandamentos (34: 28-29 ), e que foram mantidos na arca no santuário mais íntimo do tabernáculo (Ex 25:16 ). Desde as instruções para a construção do tabernáculo ainda não tinha sido dada no maná tempo foi dado em primeiro lugar, esta é provavelmente uma referência a medidas tomadas muito mais tarde, depois que o tabernáculo foi erguido e, talvez, para o fim da peregrinação no deserto.

Em Dt 8:3 , fica claro que o dom do maná foi destinado a atender não só uma necessidade física, mas também a espiritual. Foi dada a humilhar Israel, torná-lo consciente de sua dependência diária de provisão de Deus. E apontou para além de si à verdade "que o homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor Acaso o homem viver." Mesmo aqui em Ex 16:4), da sua vontade de aceitar "confiante e contente ... esse estado de dependência continuada." Suas palavras instruindo-os a "recolher parte de um dia de cada dia" encontrar um eco nas palavras de oração do Senhor: "Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia" (Mt 6:11 ). Em 1Co 10:3 ss , após a alimentação dos cinco mil, Jesus usou o maná como um tipo de Si mesmo, dizendo que só Ele era "o pão da vida "," o verdadeiro pão do céu. "Realmente tudo o que poderia ser dito em relação à dependência diária de Deus para o maná ou para alimentos em geral, pode-se destacar em relação à dependência diária de Deus para o pão espiritual disponível através de Cristo.

Um aspecto interessante é exibido em conjunto com a história do maná. É uma referência ao dia de sábado antes do recebimento dos Dez Mandamentos (20: 8-11 ). É evidente que a sua observância não começou no Sinai, mas foi provavelmente tão antigo quanto a própria criação (Gn 2:2 ). A semana foi conhecido tão cedo quanto o tempo de Jacó e Laban (Gn 29:27 ). Um padrão semelhante foi seguido na Babilônia antes do Êxodo, com o sétimo, décimo quarto, vigésimo primeiro e vigésimo oitavo dia de cada mês lunar observado como sábados. Mas enquanto estes chamados de descanso físico, eles foram pensados ​​como dias de mal. O Senhor estava agora a preparar o seu povo para uma manutenção mais elevado e mais santo de sua época.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Êxodo Capítulo 16 do versículo 1 até o 36
  1. Israel louva em triunfo (Ex 15:1-21)

Esse é o primeiro registro de um cântico na Bíblia que, de forma re-levante, vem depois da redenção da escravidão. Apenas os cristãos têm o direito de entoar cânticos de re-denção (SI 40:1-3). Êxodo inicia-se com gemidos (Ex 2:23), mas agora, por causa da redenção, vemos a nação entoar cânticos. Note que esse cân-tico exalta a Deus, pois esses 18 versículos referem-se, pelo menos, 45 vezes ao Senhor. Muitos cânti-cos exaltam os homens, em vez de a Pessoa, o santo caráter de Deus e sua maravilhosa obra de poder.

No versículo 2, observe o re-frão central. Sl 118:14 repete isso quando os judeus retornam do cativeiro e reconstroem o templo sob o comando de Esdras, como também emIs 12:2; 1Tm 2:11-54)

Seria maravilhoso demorar-se à bei-ra do mar e louvar o Senhor, mas o crente é peregrino e deve seguir a liderança de Deus. Como é estra-nho o fato de o Senhor os ter leva-do a um local onde não havia água. Contudo, Deus deve disciplinar seus filhos a fim de que descubram o próprio coração. Quando os ju-deus encontram água, descobrem que é amarga e imediatamente re-clamam a Moisés e a Deus. Como o coração humano é perverso! Um dia, louvamos Deus por sua glorio-sa salvação e, na primeira vez em que encontramos águas amargas, reclamamos a ele. Essa experiência ensinou algumas lições valiosas ao povo de Israel:

  1. Sobre a vida

A vida é uma combinação de doçura e amargor, de triunfos e provações. No entanto, se seguirmos Deus, nun-ca precisamos temer o que surge em nosso caminho. Com frequência, depois da provação há um "Eiim" espiritual (v. 27), em que Deus nos conforta. Devemos aceitar as águas amargas junto com as doces, lem-brando-nos de que Deus sabe o que é melhor para nós.

  1. Sobre si mesmos

A vida é um grande laboratório, e cada experiência radiografa nosso coração e mostra quem realmente somos. As águas de Mara revelaram que os judeus eram mundanos, pen-savam apenas na satisfação do cor-po; eles caminhavam pela visão e esperavam ser satisfeitos pelo mun-do, eram ingratos e reclamavam a Deus quando surgiam provações em seu caminho.

  1. Sobre o Senhor

Deus sabe o que é necessário, por-que planejou o caminho. Ele usou a árvore (o que sugere a cruz, 1Pe 2:24) para transformar as águas amargas em doce. Ele é Jeová-Rafá, "o Senhor, que te sara".

Deve-se ler esse capítulo junto comJo 6:0).

  1. O maná explica quem é Jesus

A palavra hebraica manna signifi-ca: "Que é isto?" (v. 15), a declara-ção dos judeus quando não conse-guem explicar o alimento novo que Deus mandou. Em 1Tm 3:16, Paulo escreve: "Grande é o misté-rio da piedade". Observe como o maná retrata Jesus Cristo:

  1. Sua humildade

Era pequeno (v. 14), o que nos lem-bra a humildade dele, pois ele se tornou um bebê e, até mesmo, um servo.

  1. Sua natureza eterna

Era redondo (v. 14), o que nos lem-bra o círculo, símbolo da eternidade dele, pois Jesus Cristo é o Deus eter-no Go 8:53-59).

  1. Sua santidade

Era branco (v. 31), o que nos lembra a pureza e impecabilidade dele. Ele é o Filho santo de Deus.

  1. Sua doçura

Era doce (v. 31). "Provai e vede que o Senhor é bom" (Sl 34:8). Em Nú-meros 11:4-8, observe que o "misto de gente" que foi com os judeus não gosta do sabor do maná e pergun-ta a respeito "dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos" do Egito. Eles não se satisfaziam com o sim-ples maná. Eles o colhiam, moíam e coziam, mas o maná tinha sabor de "azeite", não de mel. Aqui, há uma lição espiritual para nós: não pode-mos aperfeiçoar a Palavra de Deus (Sl 119:103).

  1. Sua nutrição para nós

Por quase quarenta anos, foi satisfa-tório e fortalecedor para a nação ali-mentar-se do maná. Tudo que pre-cisamos como alimento espiritual é Jesus Cristo, o Pão celestial enviado por Deus. Devemos banquetear-nos com o Pão que nunca nos deixará famintos.

  1. O maná retrata a forma como Jesus veio
  2. Ele veio do céu

Ele não foi importado do Egito nem feito no deserto, veio do céu; é dá-diva da graça de Deus. Jesus Cristo desceu do céu Jo 6:33), como uma dádiva do Pai para alimentar o pe-cador. Dizer que Cristo é "apenas homem como outro qualquer" é o mesmo que negar o ensinamento de toda a Bíblia de que ele é o Filho de Deus enviado do céu.

  1. Ele veio à noite

A cada início de manhã, as pessoas pegavam o maná, pois ele caía du-rante a noite. Isso sugere a escuridão do pecado que havia neste mundo quando Jesus veio. Era noite quando Jesus nasceu, pois ele veio para ser a luz do mundo Oo 8:12). E ainda é noite no coração dos que o rejeitam (2Co 4:1-47).

  1. Ele veio sobre o orvalho (w. 13-14)

O

orvalho impedia que a terra ma-culasse o maná (veja Nu 11:9). Isso é um símbolo do Espírito Santo, pois Jesus veio à terra por intermédio do ministério miraculoso do Espírito (Lc 1:34-42). Se Jesus não tivesse nascido de uma virgem, nunca seria chamado "o Santo".

  1. Ele caiu no deserto

Este mundo não é um paraíso. Ele é um lugar maravilhoso para o não- salvo, mas é um deserto para o cris-tão em sua peregrinação em direção à glória. Contudo, Cristo veio a este mundo por amor aos homens, para dar sua vida a nós. Que graça!

  1. Ele veio para um povo rebelde (vv. 1-3)

Que memória fraca Israel tem! Ape-nas seis semanas, fora libertado da escravidão no Egito e já esquecera as muitas mercês de Deus. O povo mur-mura contra Moisés e contra Deus (veja 15:22-27) e anseia pela alimen-tação de carne da vida antiga; contu-do, Deus, em sua misericórdia e gra-ça, supre-os com pão. O versículo 4 faria bem se dissesse: "Farei chover fogo e enxofre sobre esses pecadores ingratos!". Mas não, Deus prova seu amor por eles ao fazer chover pão so-bre eles. VejaRm 5:6-45. Alguém calculou que para suprir diariamente dois milhões de pessoas com menos de quatro litros aproximadamente de maná para cada uma, seriam neces-sários quatro trens de carga com ses-senta vagões cada um. Como Deus é generoso conosco!

  1. Ele caiu exatamente onde eles estavam

Como os judeus tinham acesso fácil ao maná! Eles não tiveram de escalar uma montanha nem atravessar um rio profundo. O maná caiu onde eles esta-vam (veja Rm 10:6-45). Jesus Cristo não está distante dos pecadores. A qual-quer momento, eles podem ir a ele.

  1. O maná mostra-nos o que devemos fazer com Jesus Cristo
  2. Nós devemos perceber a necessidade

Temos uma fome espiritual que ape-nas Jesus pode satisfazer (Jo 6:35). O filho pródigo decidiu voltar para a casa do pai e pedir perdão quando disse: "Morro de fome!" (Lc 15:17-

  1. . Hoje, muito do desassossego e do pecado no mundo é resultado da fome espiritual não satisfeita. As pessoas vivem com substitutos e re-jeitam a alimentação que Deus ofe-rece livremente (Is 55:1-23). No entanto, é importante que nos alimentemos em Cristo para ter forças para nossa peregrinação, assim como os judeus se alimentaram com o cordeiro da Páscoa (Êx 12:11ss). Como os cren-tes se alimentam de Cristo? Ao ler, meditar e estudar a Palavra dele. Deus convida-nos a levantar cedo e pegar o precioso maná que alimen-ta nossa alma com sua Palavra. Não podemos acumular as verdades de Deus para o dia seguinte (vv. 16-21); devemos pegar alimento fresco a cada novo dia. Muitos cristãos mar-cam suas Bíblias e enchem cader-nos com esboços, contudo nunca se alimentam realmente de Cristo.

    Observe que o maná espiritual (Cristo) realiza mais do que o maná físico que Deus manda para os ju-deus. O maná do Antigo Testamento sustenta a vida física, mas Cristo dá vida espiritual a todos os que o rece-bem. O maná do Antigo Testamento era apenas para os judeus, mas Cristo oferece a si mesmo ao mundo todo (Jo 6:51). Não custou nada a Moisés assegurar o maná a Israel, mas Cristo teve de morrer na cruz para se tor-nar disponível para o mundo. Como é triste observar que a maioria das pessoas do mundo caminha sobre Cristo, como se ele fosse o maná não utilizado, deixado no chão, em vez de inclinar-se para recebê-lo a fim de poder viver.

    Deus testava a obediência de Israel ao fazê-lo pegar o maná dia-riamente (v. 4), e isso ainda é um teste para o povo de Deus. Deus pode confiar e usar os cristãos que começam o dia buscando alimento espiritual na Bíblia. Infelizmente, muitos cristãos ainda anseiam pela alimentação carnal do mundo (v. 3)! E muitos esperam que o pastor ou o professor da escola dominical recolha o maná para eles e "alimen-te-os". Este é o teste de nossa cami-nhada espiritual: eu tenho Cristo e sua Palavra em alto apreço, a pon-to de iniciar meu dia recolhendo o maná?

    Js 5:10-6 conta-nos que o maná cessou quando os judeus en-traram em Canaã por Gilgal, e que eles "comeram do fruto da terra". O maná caía do céu, referindo-se à encarnação e à crucificação de Cristo. O "fruto da terra" crescia em um local de sepultamento e de morte e fala da ressurreição e do ministério celestial de Cristo. Entrar em Canaã significa entrar na posse de sua herança celestial em Cris-to (Ef 1:3), e isso significa reter as bênçãos que recebemos na ressur-reição, ascensão e no sacerdócio celestial de nosso Salvador. Muitos santos conhecem "Cristo segundo a carne" (2Co 5:16) por meio da vida e do ministério terrenos dele, mas nunca chegam ao seu minis-tério sacerdotal celestial. Quando eles dão o passo nessa direção, co-mem "do fruto da terra" — alimen-tam-se do poder da ressurreição de Cristo.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Êxodo Capítulo 16 do versículo 1 até o 36
16.1 Sim. O deserto que se estende até o sul da península.

16.2 Congregação. A palavra é usada quase no sentido de "Igreja". Realmente, o sentido é o da coletividade dos que foram chamados a sair da vida mundana ou do paganismo para se tornarem povo de Deus.

16.3 Panelas de carne. A terceira grande murmuração era causada pela fome. A pessoa ingrata sempre sonha com outras condições longínquas, nunca quer enfrentar o presente (conforme Rm 1:21).

16.4 À prova. Juntamente com as providências de Deus, viriam certos mandamentos a serem cumpridos (20 e26).

16.8 Quem somos nós? O fiel servo de Deus nada mais tem a fazer senão pregar e viver a Palavra de Deus; quem não aceita sua mensagem não está lutando contra homens, mas contra Deus.

16.10 A glória. O brilho da presença de Deus sempre ilumina o mais árido deserto da Vida, quando aprendemos a buscar Sua Face.

16.12 Sabereis. Se a destruição dos ímpios revela o poder de Deus (14.18), muito mais cuidado sobrenatural e misericordioso Ele tem para com os seus, nas horas da maior dificuldade.

16.13 Codornizes. Na primavera, que corresponde aos meses de março e abril (conforme 12.2; 13.4), multidões de pássaros migram da África para a área do Mar Báltico, para evitar o extremo calor do verão. Uma das duas linhas de direção tomadas, passa justamente pela parte do Sinal onde os 1sraelitas estavam. Um pouco de tempestade, um pouco de cansaço poderia fazer que um sem número deles caísse exausto sobre a terra. No mês de outubro há outra migração ali (conforme Nu 11:31).

16.15 Que é isto? Em heb, a pergunta tem a forma semelhante à palavra Maná, que é o nome então dado a este "Pão do Céu” (16.4).

16.16 Gômer. É uma tigela que equivale à medida de dois litros. Cada um encheu sua tigela e alguns acharam mais (18).

16.18 Medindo-o. Ou quer dizer que tudo foi recolhido em depósitos centrais e distribuído com justiça pela medida, ou que, na hora das colheitas, por uma medida exata; viu-se que aqueles que tinham mais que uma tigela cheia não tiveram mais que dois litros. Paulo cita este fato, como um exemplo de justiça e fraternidade que deve existir entre os crentes (2Co 8:15). A hora do aperto não é hora de ambições, de competições e de gula.

16.20 Não deram ouvidos. Mesmo na hora milagrosa, não há muita obediência à Palavra de Deus (16.4).

16.22 Em dobro. Se é Deus que ordenou um descanso religioso para todos no sétimo dia, é Ele mesmo que protege Seu povo contra as conseqüências de ficar sem colheita de maná (16.5 e 22).

16.27 Saíram alguns. A dúvida, a desobediência e a curiosidade vãs são as forças que dirigem aqueles que ainda não aprenderam a ser dirigidos pela Palavra de Deus, 28-30.

16 31 Casa de Israel. Um dos nomes usados para descrever Israel como sendo uma família única, de linhagem real; o profeta Ezequiel usa mais deste nome.

16.33 Diante do Senhor. Num lugar santificado, mudando-se logo depois para a arca da aliança (25:10-16). Logo que fizeram a Arca e o Testemunho (as duas tábuas da Lei), foi que Arão colocou a tigela selada que preservava o maná, v. 34.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Êxodo Capítulo 16 do versículo 1 até o 36
16.1. deserto de Sinv. o nome poderia estar associado a Sinai; os dois eram adjacentes, independentemente de onde localizarmos o monte. v. 2,3. Eles tinham chegado a um lugar deserto, e o povo novamente deu vazão a seus sentimentos. Agora dizem que teria sido melhor sofrer na mão do Senhor — supostamente como os primogênitos do Egito. Os anos de escravidão e opressão pareciam idílicos em comparação com o presente estado. A principal queixa era contra a falta de carne. “Gomo todo bom criador de animais, eram avessos a matar os seus (conforme Nu 11:22)...” (Cole), v. 4. chover pão: conforme Sl 78:24. do céu: ao se apresentar aos judeus como “pão da vida”, o nosso Senhor fez uma comparação entre Sl e o maná mandado do céu (Jo 6:41). v. 5. Um sistema especial em reconhecimento da santidade do sábado. V.comentário dos v. 22-30. v. 7. a glória do Senhor deveria ser reconhecida tanto na provisão miraculosa de alimento quanto na manifestação gloriosa do v. 10. Se nessa ocasião a queixa e a reclamação tiveram como resposta uma demonstração de glória, nem sempre seria assim (v. Nu 11:1). v. 8. Codornízes como carne e maná como pão foram a provisão graciosa de Deus para as necessidades deles (conforme v. 13-36). O v. 10 reforça o ponto dos v. 7,8 (“Quem somos nós?”) ao tirar a atenção de Moisés e Arão e dirigi-la para o Senhor cuja glória estava sendo manifesta na nuvem (conforme 13 21:22). v. 13. codornízes: conforme Nu 11:31-4. São pequenos galináceos que migram do norte da África e da Arábia na primavera. Alguns passam por cima da península do Sinai. Voam rente ao chão e, especialmente quando exaustas, são presa fácil. Não se diz mais nada acerca delas aqui, pois a preocupação é com o maná que seria a dieta básica dos israelitas pelos 40 anos seguintes (v. 35; conforme Js 5:12). v. 14 .flocos: um hapax graphomenon de significado incerto.

A NTLH traz “escamas”; a BJ, “coisa miúda, granulosa”, v. 15. Que ê isto?: em hebraico mãn hü’. Na verdade, a palavra hebraica para “que” é mãh (como nos v. 7,8); no entanto, há paralelos para a forma mãn nos textos cananeus do segundo milênio a.C. Será que esse maná (cf. v. 31) está relacionado ao árabe mann que é encontrado em partes da península do Sinai no início do verão? Este último é uma excreção comestível produzida por certos insetos que vivem nos ramos das tamargueiras (v.F. S. Bodenheimer, “The Manna of Sinai”, Biblical Archaeologist, 10, 1947, p. 2-6). Embora certamente haja características em comum, os elementos sobrenaturais no relato do maná não podem ser negligenciados; cf. especialmente os v. 18,24,26,35. Havia também um propósito didático por trás da provisão do maná, de acordo com Dt 8:3,Dt 8:16; ele era também “alimento espiritual” na medida em que apontava além dos aspectos meramente físicos e temporais (1Co 10:3; conforme Jo 6:50). v. 16. um jarro (heb. omer)-. um pouco mais de dois litros. O termo ocorre somente nesse capítulo, daí a explicação adicional do v. 36. Não deve ser confundido com o homer (que era equivalente a 100 “omers”). v. 18. jarro (heb. omer) nesse caso significa uma vasilha contendo exatamente esse volume. O versículo é citado em 2Co 8:14,2Co 8:15 em defesa do ideal cristão da equiparação das posses. v. 22. Aparentemente, as pessoas não estavam esperando a porção dupla que veio no sexto dia e foram falar com Moisés para buscar uma explicação, v. 23. O sábado, como está implícito, era observado pelos israelitas até mesmo antes da entrega dos Dez Mandamentos (cap. 20). Essa é a primeira ocorrência da palavra no AT, embora, acerca dessa idéia, v. Gn 2:2,3. assem. conforme Nu 11:8. v. 24. O maná assado ou cozido na véspera do sábado não estava sujeito à proibição do v. 19. v. 27. Parece que esses transgressores não foram punidos; a lei do Sinai ainda não havia sido promulgada (conforme 31.14). Contraste com Nm 15:32-36. v. 31. maná-, conforme comentário do v. 15. tinha gosto: v. Nu 11:8 acerca de uma descrição um pouco diferente, v. 33. Esse é o “vaso de ouro” de He 9:4 [Na LXX, se diz que era de ouro, mas não no TM]. O jarro não é mencionado em conjunção com o Santo dos Santos no templo de Salomão (v. lRs 8.9). Stalker associa esse desaparecimento com a captura da arca da aliança por parte dos filisteus (1Sm 4:0; Js 5:12.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Êxodo Capítulo 16 do versículo 1 até o 36
b) A provisão do maná (Êx 16:1-36)

Panelas da carne (3). Seu alimento, no Egito, provavelmente não tinha sido tão abundante como diziam, mas o espírito de murmuração ampliava a comparação entre o presente e o passado suprimentos, e obliterava a memória dos labores da escravidão. A porção para cada dia (4). Melhor: "A porção diária para cada dia". Para que eu veja se anda em minha lei ou não (4). Os meios sobrenaturais pelos quais era providenciado o alimento, bem como os preceitos ligados ao mesmo, serviam de teste para verificar se confiariam no poder e obedeceriam à lei de um Deus invisível. Sabereis (6). O Senhor haveria de mostrar que foi Ele (6) e não Moisés e Aarão (3) que os tinha tirado do Egito, dando-lhes carne naquela tarde, miraculosamente (8; conf. 12-13), e maná pela manhã. Portanto, visto que a resposta de suas murmurações viria da parte de Deus, o povo ficaria convencido que suas queixas contra Moisés em realidade eram feitas contra o Senhor, que era o único responsável pela situação em que então se encontravam (Êx 7:8). A glória (7). Não é a mesma glória referida no versículo 10, mas antes, a revelação de Deus vista na doação do maná: ver Jo 6:32. Na nuvem (10), isto é, a coluna de nuvem, que era o sinal visível da presença do Senhor, da qual agora brilhava alguma espécie de luz divina.

>Êx 16:13

Codornizes (13). Estariam migrando em travessia do mar Vermelho em grandes números, naquela época do ano, e, exaustas pelo longo vôo, podiam ser facilmente apanhadas quando passavam perto da superfície. Nesse caso, o milagre consistiu não tanto da aparição das codornizes em tão grande número, mas sim, em sua vinda exatamente no tempo predito por Deus. Que é isto? (15). Em heb. man hu. Uma tradução possível. Mas melhor seria "É um presente", ou "É man", aplicando o nome, àquela substância desconhecida, de algo que já conheciam no Egito. Todas as circunstâncias da doação e do uso do maná demonstram que se tratava de uma substância sem igual, completamente diferente de qualquer produto natural, provida pelo Criador para um propósito especial e numa ocasião especial. Medindo-o com o gômer (18). Recolheram o maná segundo estimativas gerais, mas, ao medi-lo em casa, descobriam que, por meio de um milagre, perfazia exatamente um gômer por pessoa, ou seja, cerca de três litros. A natureza miraculosa do maná também é vista no fato que, se guardado para o segundo dia; bichava (20), mas isso nunca acontecia em dia de sábado (24). Isso servia para ensinar completa dependência de Deus, para o suprimento de cada dia, bem como para ensinar obediência à Sua lei relativa ao sábado. O sábado já era uma instituição, pelo que, quando os dez mandamentos foram transmitidos, o sábado não foi proposto como se fosse uma nova lei.

>Êx 16:1

Embora escritos por Moisés, os versículos 32:33 se referem a um tempo posterior, quando o tabernáculo já tinha sido erigido, e quando o vaso de maná foi posto, juntamente com as tábuas da lei (ou testemunho, ver Êx 25:22; Êx 31:18) na arca. Moisés escreve sobre a continuação do suprimento de maná até os israelitas chegarem às fronteiras de Canaã, onde então Moisés faleceu. O maná não cessou senão quando atravessaram o Jordão (Js 5:10-6). Um gômer (36). Uma palavra que não é usada fora deste capítulo. Esta anotação, por conseguinte, foi escrita ou por Moisés ou por um escriba, a fim de explicar sua significação a uma geração posterior, para a qual tal palavra não estava então em uso.


Dicionário

Acontecer

suceder, ocorrer, dar-se, passar-se. – Quanto aos três primeiros, diz Bruns.: “Acontecer é termo genérico, aplicável a qualquer fato, previsto ou imprevisto, importante ou não. Geralmente, acontecer não relaciona o fato com outro anterior nem o atribui a determinada causa; não obstante, como termo genérico, não há dúvida que em tais casos seja bem empregado: aconteceu o que tínhamos previsto; aconteceu um desastre.” – Suceder é o mesmo que acontecer, mas encerra ideia de causa anterior. Dizendo – “aconteceu uma desgraça” – referimo-nos à desgraça em si, sem outra ideia acessória; dizendo “sucedeu uma desgraça” – apresentamos o fato como consequência de tal ou tal existência: “na perfuração dos túneis sucedem desgraças amiúde...” Ocorrer é o mesmo que suceder ou acontecer; emprega-se, porém, quando se quer dar a entender que do que sucede ou acontece se origina alguma consequência... – Dar-se é, aqui, um verbo que em todos os casos poderia substituir a qualquer dos três primeiros, significando o mesmo que acontecer, ou suceder, ou ocorrer. Dão-se às vezes desgraças que surpreendem os mais fortes ânimos. Deram-se acontecimentos extraordinários em Lisboa. Dizem que se deram naquele momento sucessos imprevistos. As ocorrências que se dão diariamente já não impressionam. – Passar-se está quase no mesmo caso: não é, porém, tão extensivo, e é de predicação mais precisa. Decerto que se não poderia dizer: “Passou-se uma catástrofe; passar-se-ia um desastre se não fora a nossa prudência”.

verbo transitivo indireto e intransitivo Ocorrer; ser ou se tornar real (num tempo ou espaço), casualmente ou como efeito de uma ação, de modo a alterar o sentido e afetar algo ou alguém: o evento acontecia na varanda do prédio; o amor simplesmente aconteceu.
verbo intransitivo Dar-se uma situação ruim ou imprevisível: vai bebendo deste jeito e nem imagina o que vai te acontecer!
Figurado Chamar a atenção ou ser alvo da atenção alheia; inspirar admiração ou ter sucesso: ele vivia querendo acontecer, mas não conseguia.
Etimologia (origem da palavra acontecer). Do latim contigescere; contingere.

Arraial

Acampamento

Arraial ACAMPAMENTO (Ex 16:13).

arraial s. .M 1. Acampamento de militares. 2. Pequena aldeia.

Cobrir

verbo transitivo direto Ocultar ou proteger, estando ou pondo-se em cima, diante, ou em redor: as nuvens cobrem o sol; cobrir a cama com o cobertor.
Fazer o reforço numa cobertura: cobrir os buracos do telhado com massa.
[Agricultura] Colocar terra na raíz de uma planta: cobrir as raízes do quintal.
Estar envolto por; envolver, vestir: o mendigo estava coberto de farrapos.
Garantir que o pagamento seja efetuado: cobrir o valor do cheque.
Ser o necessário: meu salário cobre metade das minhas despesas.
No jornalismo, estar (o repórter) presente (a um acontecimento); dedicar espaço (o jornal, a revista) a (um acontecimento).
Esporte. Cumprir um trajeto a uma certa distância: cobrir 100 metros rasos.
[Biologia] Ter cópula com (falando-se de animais); fecundar: o touro cobriu a vaca.
verbo transitivo direto e pronominal Defender algo, alguém ou si mesmo; proteger, defender, resguardar-se: cobrir a criança dos tiros; cobriu-se sob o telhado; cobria-se dos golpes com o escudo.
Pôr o chapéu, o barrete ou o capuz na cabeça: cobrir a cabeça; cubra-se, está frio!
Estender-se, alastrar-se por cima de; ocupar inteiramente; encher: os inimigos cobriam os montes e vales.
verbo bitransitivo e pronominal Exceder em quantidade; ultrapassar: a receita cobriu a despesa; cobriu-se de problemas com a falência da empresa.
Etimologia (origem da palavra cobrir). Do latim cooperire.

Codornizes

fem. pl. de codorniz

co·dor·niz
(latim coturnix, -icis)
nome feminino

Ornitologia Ave galinácea de arribação menor que a perdiz e de cauda muito curta. = CODORNA

Plural: codornizes.

Jazer

verbo intransitivo Ter sido sepultado, enterrado: na sepultura jaz Carlota Joaquina.
Ter aspecto de morte; estar morto: soldados jaziam pela cidade.
Localizar-se; estar presente num determinado local: ao lado do rio jaz uma igrejinha barroca.
verbo intransitivo e predicativo Estar deitado, estirado, numa posição completamente imóvel: jazia doente; há semanas jaz.
verbo transitivo indireto Figurado Possuir base, fundamento: seu futuro jaz naquela empresa.
verbo predicativo Permanecer; ter continuidade: os banqueiros jaziam capitalistas.
Etimologia (origem da palavra jazer). Do latim jacere.

Ele nos auxilia. Cidade dos amorreus, perto de Gileade, ao norte de Hesbom, que foi tomada pelos israelitas (Nm 21:32 – 32.1,3). Sendo reedificada por Gade, coube aos filhos de Merari (Nm 32:35Js 13:25 – 21.39 – 2 Sm 24.5). A cidade foi assunto de uma lamentação profética (is 16:8-9Jr 48:32). Nesta última passagem, o ‘mar’ pode ter sido um lago. A sua posição julga-se ter sido em Sa”aur, seis quilômetros ao norte de Hesbom – 1,5 km mais ao norte está ‘uma perene nascente, formando uma lagoa’.

Jazer
1) Estar estendido no chão ou na cama (Gn 4:7); (Mt 8:6)

2) Estar morto (Gn 47:30). 3 Permanecer (Mt 4:16), RA).

4) Cidade que ficava na região de Gileade, na tribo de Gade (Nu

Manhã

Manhã Expressão que se refere à quarta vigília da noite — de 3 a 6 horas — (Mt 16:3; 20,1; 21,18; 27,1; Mc 1:35; 11,20; 13 35:15-1; 16,2.9; Jo 18:28; 20,1; 21,4).

substantivo feminino Período de tempo ou parte inicial do dia (entre o nascer do Sol e o meio-dia).
As primeiras horas do dia; amanhecer.
Período de tempo que vai da meia-noite ao meio-dia; madrugada: cinco horas da manhã.
Figurado Aquilo que dá início a; o principio; começo: manhã de uma nova vida.
De manhãzinha. Muito cedo.
De manhã. Que ocorre ou poderá acontecer entre o amanhecer e o meio-dia: viajaram de manhã.
De manhã cedo. Nas horas iniciais do dia.
Pela manhã. Que ocorre ou poderá acontecer entre o amanhecer e o meio-dia: eles chegarão pela manhã.
Etimologia (origem da palavra manhã). Do latim maneána.

substantivo feminino Período de tempo ou parte inicial do dia (entre o nascer do Sol e o meio-dia).
As primeiras horas do dia; amanhecer.
Período de tempo que vai da meia-noite ao meio-dia; madrugada: cinco horas da manhã.
Figurado Aquilo que dá início a; o principio; começo: manhã de uma nova vida.
De manhãzinha. Muito cedo.
De manhã. Que ocorre ou poderá acontecer entre o amanhecer e o meio-dia: viajaram de manhã.
De manhã cedo. Nas horas iniciais do dia.
Pela manhã. Que ocorre ou poderá acontecer entre o amanhecer e o meio-dia: eles chegarão pela manhã.
Etimologia (origem da palavra manhã). Do latim maneána.

Orvalho

substantivo masculino Precipitação atmosférica caracterizada pelo vapor de água que se condensa, permanecendo sobre o que está exposto ao ar livre, durante a noite ou pela manhã; rocio.
Por Extensão Chuva muito rala, leve, passageira; chuvisco, garoa.
Figurado Sensação de alívio da pessoa que desabafou ou de quem se livrou das preocupações que o afligiam: suas palavras foram um orvalho naquela situação tensa.
Etimologia (origem da palavra orvalho). De origem questionável.

os orvalhos na Palestina são abundantes no verão, todas as manhãs. Gideão encheu uma taça com a água do velo orvalhado (Jz 6:38). Quando isaque abençoou Jacó, desejou-lhe o orvalho do céu que fertiliza os campos (Gn 27. 28). Nestes países quentes, onde raras vezes chove, os orvalhos da noite suprem a falta de chuvas. os profetas e os poetas empregam muitas vezes o termo orvalho nas suas imagens (Dt32.2 – 29:19Sl 133:3Pv 19:12is 26:19os 6:4 – 13.3 – 14.5 – Mq 5:7). Em algumas destas passagens é mais da neblina que se trata, a qual é trazida pelo vento ocidental.

Orvalho Pequenas gotas de água que aparecem à noite sobre superfícies frias (Sl 133:3).

Redor

redor s. .M 1. Arrabalde. 2. Circuito, contorno (mais usado no plural). 3. Roda, volta.

Tarde

substantivo feminino Parte do dia que vai do meio-dia ao começo da noite: a tarde está linda.
advérbio Depois da hora marcada: chegou tarde à reunião.
A uma hora avançada da noite: dormiu tarde.
locução adverbial À tarde, depois do meio-dia e antes do anoitecer: trabalho à tarde.
Mais tarde, posteriormente, em ocasião futura: volte mais tarde.
Antes tarde do que nunca, expressão de agrado pelo que acontece depois de longamente esperado.
Figurado Ser tarde, já não haver remédio ou solução (para alguma coisa), por haver chegado fora de tempo: agora é tarde para arrependimento.

tarde adv. 1. Fora do tempo ajustado, conveniente ou próprio. 2. Próximo à noite. S. f. Parte do dia entre as 12 horas e o anoitecer.

Tarde Começo da noite ou fim da primeira vigília (Mt 28:1; Mc 11:19; 13,35).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Êxodo 16: 13 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E aconteceu que ao anoitecer subiram codornizes, e cobriram o arraial; e ao alvorecer repousava- deitado o orvalho ao redor do arraial.
Êxodo 16: 13 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1446 a.C.
H1242
bôqer
בֹּקֶר
a manhã
(the morning)
Substantivo
H1961
hâyâh
הָיָה
era
(was)
Verbo
H2919
ṭal
טַל
separar, colocar separadamente, selecionar, escolher
(to sue)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo passivo
H3680
kâçâh
כָּסָה
cobrir, ocultar, esconder
(and were covered)
Verbo
H4264
machăneh
מַחֲנֶה
O campo
(The camp)
Substantivo
H5439
çâbîyb
סָבִיב
por aí / em torno
(around)
Substantivo
H5927
ʻâlâh
עָלָה
subir, ascender, subir
(there went up)
Verbo
H6153
ʻereb
עֶרֶב
a noite
(the evening)
Substantivo
H7902
shᵉkâbâh
שְׁכָבָה
o ato de deitar, camada, revestimento
(lay)
Substantivo
H7958
sᵉlâv
שְׂלָו
()
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


בֹּקֶר


(H1242)
bôqer (bo'-ker)

01242 בקר boqer

procedente de 1239; DITAT - 274c; n m

  1. manhã, romper do dia
    1. manhã
      1. referindo-se ao fim da noite
      2. referindo-se à chegada da aurora
      3. referindo-se ao início do nascer do sol
      4. referindo-se ai início do dia
      5. referindo-se a grande alegria depois de uma noite de sofrimento (fig.)
    2. amanhã, próximo dia, próxima manhã

הָיָה


(H1961)
hâyâh (haw-yaw)

01961 היה hayah

uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

  1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
    1. (Qal)
      1. ——
        1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
        2. vir a acontecer, acontecer
      2. vir a existir, tornar-se
        1. erguer-se, aparecer, vir
        2. tornar-se
          1. tornar-se
          2. tornar-se como
          3. ser instituído, ser estabelecido
      3. ser, estar
        1. existir, estar em existência
        2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
        3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
        4. acompanhar, estar com
    2. (Nifal)
      1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
      2. estar pronto, estar concluído, ter ido

טַל


(H2919)
ṭal (tal)

02919 טל tal

procedente de 2926; DITAT - 807a; n m

  1. orvalho, névoa noturna

כָּסָה


(H3680)
kâçâh (kaw-saw')

03680 כסה kacah

uma raiz primitiva; DITAT - 1008; v

  1. cobrir, ocultar, esconder
    1. (Qal) oculto, coberto (particípio)
    2. (Nifal) ser coberto
    3. (Piel)
      1. cobrir, vestir
      2. cobrir, ocultar
      3. cobrir (para proteção)
      4. cobrir, encobrir
      5. cobrir, engolfar
    4. (Pual)
      1. ser coberto
      2. ser vestido
    5. (Hitpael) cobrir-se, vestir-se

מַחֲנֶה


(H4264)
machăneh (makh-an-eh')

04264 מחנה machaneh

procedente de 2583; DITAT - 690c; n m

  1. acampamento, arraial
    1. arraial, lugar de acampamento
    2. acampamento de um exército armado, acampamento dum exército
    3. aqueles que acampam, companhia, grupo de pessoas

סָבִיב


(H5439)
çâbîyb (saw-beeb')

05439 סביב cabiyb ou (fem.) סביבה c ebiybaĥ

procedente de 5437; DITAT - 1456b subst

  1. lugares ao redor, circunvizinhanças, cercanias adv
  2. ao redor, derredor, arredor prep
  3. no circuito, de todos os lados

עָלָה


(H5927)
ʻâlâh (aw-law')

05927 עלה ̀alah

uma raiz primitiva; DITAT - 1624; v

  1. subir, ascender, subir
    1. (Qal)
      1. subir, ascender
      2. encontrar, visitar, seguir, partir, remover, retirar
      3. subir, aparecer (referindo-se a animais)
      4. brotar, crescer (referindo-se a vegetação)
      5. subir, subir sobre, erguer (referindo-se a fenômeno natural)
      6. aparecer (diante de Deus)
      7. subir, subir sobre, estender (referindo-se à fronteira)
      8. ser excelso, ser superior a
    2. (Nifal)
      1. ser levado para cima, ser trazido para cima, ser levado embora
      2. levar embora
      3. ser exaltado
    3. (Hifil)
      1. levar ao alto, fazer ascender ou escalar, fazer subir
      2. trazer para cima, trazer contra, levar embora
      3. trazer para cima, puxar para cima, treinar
      4. fazer ascender
      5. levantar, agitar (mentalmente)
      6. oferecer, trazer (referindo-se a presentes)
      7. exaltar
      8. fazer ascender, oferecer
    4. (Hofal)
      1. ser carregado embora, ser conduzido
      2. ser levado para, ser inserido em
      3. ser oferecido
    5. (Hitpael) erguer-se

עֶרֶב


(H6153)
ʻereb (eh'-reb)

06153 ערב ̀ereb

procedente de 6150; DITAT - 1689a; n. m.

  1. o anoitecer, noite, o pôr do sol
    1. o anoitecer, o pôr do sol
    2. noite

שְׁכָבָה


(H7902)
shᵉkâbâh (shek-aw-baw')

07902 שכבה sh ekabaĥ

procedente de 7901; DITAT - 2381a; n. f.

  1. o ato de deitar, camada, revestimento
    1. o ato de deitar (relações sexuais)
    2. camada

שְׂלָו


(H7958)
sᵉlâv (sel-awv')

07958 שלו s elav̂ ou שׁליו s elayv̂

procedente de 7951 por variação ortográfica com a idéia de preguiça; DITAT - 2265; n f

  1. codorniz

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo