Enciclopédia de Êxodo 2:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ex 2: 11

Versão Versículo
ARA Naqueles dias, sendo Moisés já homem, saiu a seus irmãos e viu os seus labores penosos; e viu que certo egípcio espancava um hebreu, um do seu povo.
ARC E aconteceu naqueles dias que, sendo Moisés já grande, saiu a seus irmãos, e atentou nas suas cargas; e viu que um varão egípcio feria a um varão hebreu, de seus irmãos.
TB Por aqueles dias, sendo Moisés já homem, saiu a ter com seus irmãos e para as suas cargas atentou; e viu um egípcio ferindo a um de seus irmãos hebreus.
HSB וַיְהִ֣י ׀ בַּיָּמִ֣ים הָהֵ֗ם וַיִּגְדַּ֤ל מֹשֶׁה֙ וַיֵּצֵ֣א אֶל־ אֶחָ֔יו וַיַּ֖רְא בְּסִבְלֹתָ֑ם וַיַּרְא֙ אִ֣ישׁ מִצְרִ֔י מַכֶּ֥ה אִישׁ־ עִבְרִ֖י מֵאֶחָֽיו׃
BKJ E aconteceu naqueles dias, quando Moisés havia crescido, que ele saiu a seus irmãos e viu as suas cargas. E ele viu um egípcio ferir um hebreu, um de seus irmãos.
LTT Quando Moisés estava grande, aconteceu naqueles dias que ele saiu a seus irmãos e atentou para as suas cargas; e viu que um egípcio feria um varão hebreu, um de seus irmãos.
BJ2 Naqueles dias, Moisés, já crescido,[m] saiu para ver os seus irmãos, e viu as tarefas que pesavam sobre eles; viu também um egípcio que feria um dos seus irmãos hebreus.
VULG In diebus illis postquam creverat Moyses, egressus est ad fratres suos : viditque afflictionem eorum, et virum ægyptium percutientem quemdam de Hebræis fratribus suis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Êxodo 2:11

Êxodo 1:11 E os egípcios puseram sobre eles maiorais de tributos, para os afligirem com suas cargas. E edificaram a Faraó cidades de tesouros, Pitom e Ramessés.
Êxodo 3:7 E disse o Senhor: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores.
Êxodo 5:9 Agrave-se o serviço sobre estes homens, para que se ocupem nele e não confiem em palavras de mentira.
Êxodo 5:14 E foram açoitados os oficiais dos filhos de Israel, que os exatores de Faraó tinham posto sobre eles, dizendo estes: Por que não acabastes vossa tarefa ontem e hoje, fazendo tijolos como antes?
Isaías 58:6 Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo, e que deixes livres os quebrantados, e que despedaces todo o jugo?
Mateus 11:28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Lucas 4:18 O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração,
Atos 7:22 E Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em suas palavras e obras.
Hebreus 11:24 Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

AS SETE IGREJAS DA ASIA: ÉFESO, ESMIRNA E PÉRGAMO

Final do século I d.C.
JOÃO EM PATMOS
O escritor do livro de Apocalipse é identificado, em geral, como o apóstolo João. Ele escreveu enquanto se encontrava exilado na pequena ilha egéia de Patmos. "Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus" (Ap 1:9).
Essa ilha, que fica a cerca de 60 km da costa da Turquia, provavelmente era usada pelos romanos como colônia penal. João é instruído a registrar sua visão num rolo e enviá-lo às sete igrejas da província romana da Asia: Efeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia." Seguem-se, então, sete cartas as quais o Senhor Jesus ressurreto se dirige ao anjo de cada igreja.
Par alguns, ao falar ao anjo da igreja, ele está se dirigindo ao seu líder, mas, como a liderança das igrejas do Novo Testamento era exercida por um grupo, e não um indivíduo, parece mais provável que o anjo seja uma personificação da igreja como um todo, pois, como fica claro, João espera que suas cartas produzam mudanças na vida espiritual de seus ouvintes.
Devemos lembrar que ao se dirigir às sete igrejas o Senhor ressurreto está, por meio de João, se dirigindo a pessoas, e não a edifícios ou instituições. Não há nenhum vestígio dos lugares em que os cristãos do tempo de João se reuniam e não devemos esperar nenhuma descoberta nesse sentido. Vemos na carta de Paulo a Filemom que uma igreja se reunia na casa de Filemom.

ÉFESO
O Senhor ressurreto começa elogiando a igreja em Éfeso. Louva-os por seu trabalho árduo, perseverança e intolerância aos falsos profetas, talvez membros de uma seta perniciosa não identificada, os nicolaítas aos quais Apocalipse 2:6 faz referência.
"Tenho, porém, contra ti [diz o Senhor ressurreto] que. abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a tie moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.
Apocalipse 2:4-5
Consideramos anteriormente o papel de Éfeso as viagens de Paulo.

ESMIRNA
Em seguida, o Senhor se dirige à igreja em Esmirna. Como Éfeso, Esmirna fica junto ao mar e possui uma longa história. É possível que seja Tishmurna, cidade mencionada em tabletes da colônia assíria de Kanesh, na região central da Turquia, que interrompeu seu comércio em c. 1780 a.C. O Senhor também louva a igreja de Esmirna, mas adverte seus membros acerca da perseguição vindoura, exortando-os a serem fiéis até à morte, pois receberão a coroa da vida.
Esmirna é a atual cidade turca de Izmir, situada na ponta do golfo de Izmir, com 50 km de extensão, onde se encontra um porto importante. As ruínas mais impressionantes da cidade são as do mercado (ou ágora) com seu conjunto de galerias subterrâneas, construído na metade do século II, destruído por um terremoto em 178 d.C. e reconstruído por ordem de Faustina, esposa do imperador romano Marco Aurélio.

PÉRGAMO
A terceira igreja, em Pérgamo, ficava no interior, onde se localiza hoje a cidade turca de Bérgama. A cidadela de Pérgamo foi construída sobre um monte de forma cônica que se eleva cerca de 300 m acima do vale ao seu redor. A cidadela abrigava o palácio e o arsenal dos reis da dinastia atálida dos séculos 1ll e Il a.C. Em Pérgamo também ficava a famosa biblioteca fundada no início do reinado de Eumenes II (197-159 a.C.) que continha cerca de duzentos mil rolos. Havia uma rivalidade intensa entre Pérgamo e a famosa biblioteca de Alexandria, no Egito, fundada por Ptolomeu I em c. 295 d.C. Quando os governantes do Egito helenista proibiram a exportação de papiro, Pérgamo desenvolveu seu próprio material de escrita a partir da pele de ovelhas, bodes e outros animais, que era transformada em folhas finas que eram polidas com óxido de cálcio. Por causa de Pérgamo, esse material veio a ser chamado de "pergaminho".
Antônio saqueou a biblioteca de Pérgamo e entregou seu acervo como presente a Cleópatra em 41 a.C. para repor os livros da biblioteca de Alexandria, incendiada durante a campanha de Júlio César5 Em 133 a.C. Átalo III morreu sem filhos e deixou todo o seu reino como herança para os romanos, então em ascensão. Eles o transformaram a capital de uma província imperial recém-constituída, chamada de Ásia. O centro administrativo da Ásia permaneceu em Pérgamo até ser transferido para Éfeso por Adriano em c. 129 d.C.
O teatro de Pérgamo foi construído durante o reinado de Eumenes II (197-159 d.C.). Escavado na encosta de um monte, abrigava dez mil espectadores em oitenta fileiras de assentos e era o teatro mais íngreme do mundo antigo.
Na cidadela ficava o famoso altar de Zeus, construído por Eumenes II para comemorar a vitória de Átalo I em 230 a.C. sobre os invasores gauleses (talvez os antepassados dos gálatas do Novo Testamento). A estrutura de 36 m por 34 m com um friso de 120 m de extensão e 2,3 m de altura no qual se pode ver gigantes e deuses guerreando foi reconstruída no Museu do Estado em Berlim. No meio da cidade moderna encontra-se um edifício estranhamente parecido com uma estação de trem vitoriana: o Kizil avlu, "pátio vermelho", uma construção enorme de tijolos vermelhos dedicada ao deus egípcio Serápis.
Datada do início do século Il, era revestida de mármore de várias cores e é a maior construção da antiguidade ainda existente na província da Ásia. O rio Selinus (Bergama Cayi) passa por baixo da área do templo, que mede 200 m por 100 m, em dois aquedutos subterrâneos.
Há quem identifique esse templo com o "trono de Satanás" mencionado por João em Apocalipse 2:13, mas ele ainda não existia no tempo de João.
Outros propõem que o trono de Satanás é o altar de Zeus. E mais provável que se trate de uma referência mais geral à cidade como um todo, pois Pérgamo era o centro oficial do culto ao imperador na Ásia e o local do primeiro templo erigido para Roma e Augusto em 29 a.C

Referências:

Apocalipse 1:10-11
Filemon 2
Apocalipse 2:10

Planta urbana de Pergamo Pérgamo é uma cidade construída em vários níveis. Sua acrópole cônica é cerca de 300 metros mais alta do que o vale ao redor. O rio Selinus corre no vale e passa por baixo do templo de Serápis, construído no século Il d.C.
Planta urbana de Pergamo Pérgamo é uma cidade construída em vários níveis. Sua acrópole cônica é cerca de 300 metros mais alta do que o vale ao redor. O rio Selinus corre no vale e passa por baixo do templo de Serápis, construído no século Il d.C.
Ilha de Patmos, na Grécia, onde o apóstolo João foi exilado e recebeu a visão de Apocalipse
Ilha de Patmos, na Grécia, onde o apóstolo João foi exilado e recebeu a visão de Apocalipse
Biblioteca de Celso, governador romano da Ásia; localizada em Éfeso, datada de 110 d.C. e extensamente restaurada
Biblioteca de Celso, governador romano da Ásia; localizada em Éfeso, datada de 110 d.C. e extensamente restaurada
As sete igrejas da província romana da Ásia
As sete igrejas da província romana da Ásia
Teatro de Pérgamo. O altar de Zeus ficava embaixo da árvore que aparece na parte superior da fotografia
Teatro de Pérgamo. O altar de Zeus ficava embaixo da árvore que aparece na parte superior da fotografia

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Êxodo Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
B. A PREPARAÇÃO DO LIBERTADOR, 2:1-4.31

1. O Nascimento, Proteção e Disciplina de Moisés (2:1-25)

Da perspectiva humana, o opressor egípcio fizera um édito que implicava na extinção de Israel. Se todos os meninos fossem afogados no rio, como uma nação sobreviveria? Com a supervisão de todo o povo para cumprir este desígnio mau, não havia jeito huma-no de resistência. Parecia que o fim chegara.

  • A providência secreta de Deus (2:1-10). Deus tinha um homem e uma mulher da casa de Levi (1) em quem poderia confiar um segredo. Moisés não era o primeiro filho do casal, pois a irmã Miriã tinha idade o suficiente para cuidar do irmão (4; Nm 26:59). Além disso, o irmão de Moisés, Arão, era três anos mais velho que ele (6.20; Nm 26:59). Parece que o édito do rei entrou em vigor depois do nascimento de Arão, sendo Moisés o primeiro filho deste casal cuja vida estava em perigo por causa da proclamação do rei.
  • A fé dos pais (Hb 11:23) é claramente ilustrada quando a mãe viu que ele era for-moso e escondeu-o três meses (2). Depois, ela o colocou em uma arca e a pôs nos juncos à borda do rio (3). A fé sempre resulta em ação, mesmo quando a ação é arris-cada. Vivendo pela fé, a mãe também mostrou inteligência. Ela colocou o bebê num lugar do rio onde a princesa do Egito normalmente freqüentava Também dispôs que a filha ficasse em um ponto estratégico para fazer a pergunta certa no momento certo (4,7). Para saber (4) ou observar. Também foi ato de fé a mulher hebréia entregar o filho nas mãos da princesa egípcia. Esta mãe, como ocorreu mais tarde com Ana e Maria, estava convencida de que seu filho era escolhido de Deus e estava disposta a entregá-lo à provi-dência divina.

    A graça de Deus está revelada na compaixão mostrada pela filha de Faraó (6). Mesmo quando os homens maus fazem o pior que podem, Deus, por seu gracioso poder, coloca boa vontade e amor tenro no coração das pessoas que estão perto do tirano. Mal sabia o rei ímpio que Deus estava executando seu plano secretamente, mesmo quando parecia que o monarca mundano estava tendo sucesso. Também é interessante notar que, para criar o próprio filho, a mãe hebréia foi paga com parte do dinheiro de Faraó (9). Este é outro exemplo de que a ira do homem é posta para louvar a Deus.

    É certo supor que Moisés (10) foi criado como príncipe egípcio e recebeu a melhor educação possível para um jovem daqueles dias. O nome, Moisés, era lembrança cons-tante de sua origem, pois o significado hebraico é "tirado para fora" e o significado egíp-cio é "salvo da água" (VBB, nota de rodapé). Pelo que deduzimos, as primeiras palavras da mãe produziram fruto que se manteve vivo no coração do rapaz. Em seu interior se desenvolveu um senso de justiça e um ódio da injustiça que acabaram brotando em suas ações posteriores.

  • As ações prematuras de Moisés (2:11-15). As injustiças que os israelitas sofriam deram a Moisés um senso de missão. Quando tinha idade para agir por conta própria, examinou pessoalmente a carga que seus irmãos suportavam. Quando viu que um va-rão egípcio feria a um varão hebreu (11), seu desejo de ajudar o povo veio à tona. Percebeu que tinha razão em punir o malfeitor, ainda que soubesse que tal ação seria perigosa. Feriu ao egípcio (12), matando-o, depois de se certificar de que ninguém estava olhando. Moisés não tinha autoridade do Egito para corrigir estes males, e Deus ainda não o comissionara. Agindo por conta própria, entrou em dificuldades.
  • No dia seguinte, quando tentou resolver uma diferença entre dois hebreus, Moisés ficou sabendo que o assassinato do egípcio fora descoberto (14). Também ficou sabendo que havia injustiça entre seus irmãos. O povo que não apoiava o homem que queria ajudá-lo ainda não estava preparado para ter um libertador. E um autodesignado maioral (ou "prín-cipe", ARA) e juiz também não estava preparado para ser o libertador. Moisés teve de espe-rar o tempo de Deus para receber mais instruções de uma Autoridade superior. O rei logo tomou conhecimento do que Moisés fizera, mas antes de Faraó agir, Moisés fugiu para a terra de Midiã (15; ver Mapa 3), onde quarenta anos depois (AcDt 7:30) seria comissionado.

    c) Moisés em Midiã (2:16-25). Os midianitas eram descendentes de Quetura e Abraão (Gn 25:1-4). Habitavam pelas redondezas do monte Sinai, na península do Sinai a leste do Egito, do outro lado do mar Vermelho. Esta montanha também era conhecida por

    "Horebe"

    O sacerdote de Midiã (16) chamava-se Reuel (18), que significa "ami‑
    go de Deus".' Em outros pontos do texto, é conhecido por Jetro (e.g., 3.1; 4.12). Tinha sete filhas que apascentavam as ovelhas do pai, mas que passavam maus momentos com os pastores que maltratavam as moças. Moisés, sempre pronto a ajudar os desvalidos, levantou-se para socorrê-las. O texto não fala como conseguiu lidar sozinho com o grupo de pastores, mas conseguiu mantê-los afastados enquanto as moças davam de beber ao rebanho (17). Em conseqüência desta bondade, Moisés achou uma casa e uma esposa (21). Aqui se tornou pai do primeiro filho em terra estranha (22). O nome Gérson "não sugere apenas 'estranho', mas indica exílio, banimento" (VBB, nota de rodapé).

    Durante o tempo da permanência de Moisés em Midiã, o povo oprimido no Egito sentiu mais intensamente o peso esmagador da escravidão (23). Os líderes do Egito ti-nham recorrido à servidão cruel para manter os hebreus em sujeição, descontinuando a política de matar os recém-nascidos do sexo masculino.

    Mas Deus estava cuidando dos seus. Ele ouviu o gemido do povo e se lembrou do concerto (24). Deus adiou a libertação de Israel até que Moisés e Israel estivessem prontos. Moisés precisava das disciplinas do deserto, e o desejo de Israel por liberdade precisava aumentar. A escravidão continuada no Egito uniu o povo de Israel no desejo por liberdade e na fé de que só Deus podia livrá-lo. Deus ouve os clamores do seu povo, mas espera até "a plenitude do tempo" para dar a vitória. Conheceu-os Deus (25) sig-nifica "Deus se preocupava com eles" (VBB).


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Êxodo Capítulo 2 versículo 11
    A tradição judaica recolhida no discurso de Estêvão divide a vida de Moisés em três períodos:
    quarenta anos no Egito (At 7:23), quarenta em Midiã (At 7:30) e quarenta no deserto, a partir do êxodo (At 7:36). Isso dá um total de cento e vinte anos, o que corresponde à cifra dada em Dt 34:7.Ex 2:11 Sobre esta mudança decisiva na vida de Moisés, conforme He 11:24-26.Ex 2:11 Antes de narrar a intervenção de Moisés como libertador de Israel, o relato ressalta o seu amor pela justiça, mostrando como em três ocasiões ele se coloca do lado dos que sofrem uma agressão injusta (conforme vs. 12-13,17).

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Êxodo Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
    *

    2:1

    um homem. A sorte de Israel dependia de um membro da família desse homem. Moisés tem uma irmã (v. 4) e um irmão (7,7) mais velhos. Seus pais, Anrão e Joquebede eram sobrinho e tia (6.20).

    * 2:2

    vendo que era formoso. Moisés era uma criança saudável, que provavelmente sobreviveria. Jesus Cristo, o antítipo de Moisés, e fundador do novo Israel, também nasceu sob um edito de morte e foi miraculosamente poupado no Egito (13 40:2-23'>Mt 2:13-23).

    * 2:3

    cesto de junco. Um caixa de juncos de papiro trançados, emplastrada com piche, para torná-la impermeável (conforme 9:26 e referência lateral; Is 18:2). Moisés talvez seja retratado como um segundo Noé — o termo hebraico aqui traduzido como "cesto" foi usado para indicar a arca de Noé, em Gênesis 7—9. Sargão, de Acade (c. de 2350 a.C.), segundo se dizia, teria sido exposto em uma caixa semelhante, e deixado a flutuar no Eufrates.

    * 2:5

    a filha de Faraó. Alguns pensam que essa princesa tornou-se a famosa Hatsepsute, a rainha de Tutmés II, e que governou o Egito após a morte de seu marido (1504—1483 a.C.).

    * 2:10

    Moisés. O nome é semita (referência lateral), embora também fosse compatível com o nome egípcio Mose, que significa "é nascido" (p.ex., Tutmose, que quer dizer "Tute é nascido"). Há evidências de que nomes semitas não era incomuns na corte real, sendo possível que à criança tenha sido dado um nome semítico pela princesa. Ele foi educado na corte egípcia como um promissor jovem nobre (At 7:22).

    * 2.11-15

    Agora, com 40 anos de idade (At 7:23), Moisés se identificou com o povo de Deus (Hb 11:24-27). O esforço de Moisés por livrar um israelita da opressão que ele estava sofrendo mostrou-se inútil, quando Moisés procurou ser um juiz em Israel (v. 14).

    * 2:15

    Midiã. Talvez o nome de uma antiga confederação tribal que operava no deserto da Arábia. Os nômades midianitas descendiam de Abraão e Quetura (Gn 25:1-6; Nm 10:29-32; Jz 6).

    * 2:16

    tirar água. As mulheres fizeram a tarefa difícil e então foram enxotadas.

    * 2:17

    as defendeu. Essa foi a terceira intervenção de Moisés em defesa dos fracos. Os conflitos entre os nômades por causa de direitos sobre a água eram comuns.

    * 2:18

    Reuel. Esse nome significa "amigo de Deus". O sogro de Moisés era conhecido por dois nomes: Reuel e Jetro (3.1; 4.18). Jetro e Reuel podem ter sido nomes variantes, ou Reuel ter sido um nome de clã.

    * 2:22

    Gérson. Ver referência lateral. Moisés não tinha se esquecido de seu lar egípcio. No entanto, ele conduziria Israel para fora do Egito para a Terra Prometida do povo de Deus.

    * 2:23

    gemiam... clamaram... o seu clamor subiu. O clamor angustiado de Israel foi equilibrado por uma quádrupla resposta de Deus. Deus "ouvindo", lembrou-se", "viu" e "atentou" (vs. 24 e 25). Esse sumário prepara-nos para a chamada de Moisés e sublinha o tema do livro da fidelidade divina às promessas da aliança.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Êxodo Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
    2:1, 2 Embora não se menciona ainda nenhum nome, o bebê desta história é Moisés. A mamãe e o papai do Moisés se chamavam Jocabed e Amram. Seu irmão foi Arão e sua irmã María.

    2:3 Este cofrezinho de juncos foi construída por uma mulher que sabia o que estava fazendo. Os navios egípcios se faziam com estes mesmos juncos e os calafetavam com breu. Estes juncos (também chamados papiros) podiam ser compilados em áreas pantanosas com o passar do Nilo e cresciam uns cinco metros. Assim, um pequeno cesto escondo entre os juncos estaria bem isolado do clima e difícil de ver.

    2.3ss A mãe do Moisés sabia quão errado seria destruir a seu filho. Mas era muito pouco o que podia fazer para trocar a nova lei de Faraó. Sua única alternativa era ocultar ao menino e colocá-lo logo em um cofrezinho de juncos no rio. Deus utilizou sua valorosa ação para pôr a seu filho, o hebreu eleito, na casa de Faraó. sente-se às vezes rodeado de maldade e frustrado pelo pouco que pode fazer? Quando se em frente ao mal, procure maneiras de atuar contra ele. Logo confie em que Deus utilizará seu esforço, por muito pequeno que seja, em sua luta contra o mal.

    2:5 Quem era a filha de Faraó? Há duas explicações populares. (1) Alguns acreditam que Hatshepsut foi a mulher que tirou o Moisés do rio. Seu marido foi o Faraó Tutmosis 2. (Isto coincidiria com a data do êxodo considerado anterior.) Aparentemente Hatshepsut não podia ter filhos, assim Tutmosis teve um com outra mulher, que chegou a ser herdeiro ao trono. Hatsepsut teria considerado o Moisés um presente dos deuses, já que agora tinha seu próprio filho, que seria o herdeiro legítimo ao trono. (2) Muitos pensam que a princesa que resgatou ao bebê Moisés era a filha do Ramesés II, um Faraó especialmente cruel que teria feito miserável a vida dos escravos hebreus. (Isto coincidiria com a data do êxodo considerado posterior.)

    2:7, 8 María, a irmã do bebê, viu que a filha de Faraó tinha descoberto ao Moisés. Rapidamente tomou a iniciativa de lhe sugerir a uma nodriza (sua mãe) que pudesse cuidar de bebê. A Bíblia não diz se María temia aproximar-se da princesa egípcia, ou se a princesa suspeitava da hebréia. Mas María se aproximou, e a filha de Faraó contratou os serviços da María e de sua mãe. Sua família tinha sido reunida outra vez. Inesperadamente, freqüentemente saem a nosso passo oportunidades especiais. Não permita que o temor do que possa acontecer o faça perder uma oportunidade quando esta chegue. Esteja alerta às oportunidades que Deus lhe dá e delas aproveite-se.

    2:9 A mãe do Moisés se reuniu com seu bebê! Deus utilizou seu valoroso ato de salvar e esconder a seu filho para começar seu plano de resgatar a seu povo do Egito. Deus não necessita muito de nós para realizar seu plano em nossas vidas. nos concentrar em nossa difícil situação pode nos paralisar já que esta pode parecer humanamente impossível. Mas nos concentrar em Deus e em seu poder nos ajuda a encontrar uma saída. Agora mesmo você pode sentir-se entre os "juncos" da vida, incapaz de ver além de seus problemas. Melhor concentre-se e confie em Deus para poder encontrar a saída. Isso é tudo o que O necessita para começar sua obra em você.

    2.12-14 Moisés tratou de assegurar-se que ninguém o estivesse vendo antes de matar ao egípcio. Mas resultou que alguém o viu e Moisés teve que fugir do país. Algumas vezes pensamos erroneamente que podemos nos sair com a nossa se ninguém nos vir ou se não somos surpreendidos. Entretanto, cedo ou tarde, o mal nos apanhará como o fez com o Moisés. Embora não sejamos surpreendidos nesta vida, mesmo assim teremos que enfrentar a Deus e à avaliação de nossas ações.

    2:17 Como tratou Moisés a estes pastores com tanta facilidade? Como príncipe egípcio, Moisés teve um bom treinamento na tropa egípcia, o exército mais avançado do mundo. Nem sequer um numeroso grupo de pastores tivesse sido um grande rival para as técnicas de luta sofisticadas deste guerreiro treinado.

    2:18 Reuel é também chamado Jetro em 3.1.

    2.23-25 O resgate de Deus não sempre chega no momento em que o desejamos. Deus tinha prometido que tiraria os escravos hebreus do Egito (Gn 15:16; Gn 46:3-4). O povo tinha esperado muito tempo para que se cumprisse sua promessa, mas Deus os resgatou quando acreditou que era o momento oportuno. Deus sabe quando é o melhor momento para atuar. Quando sentir que Deus se esqueceu de você e de seus problemas, recorde que O tem um programa que não podemos ver.

    depois de assassinar a um egípcio, Moisés escapou ao Madián. Ali se casou com a Séfora e se fez pastor.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Êxodo Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
    B. O AGENTE DE LIBERTAÇÃO (2: 1-4: 31)

    1. O nascimento de Moisés (2: 1-10)

    1 Foi-se um homem da casa de Levi e casou com uma filha de Lv 2:1 A mulher concebeu e deu à luz um filho; e quando ela viu que ele era uma criança formoso, escondeu-o três meses. 3 E quando ela já não podia escondê-lo, tomou para ele uma arca de juncos, e rebocam de lodo e com frequência; e ela colocou a criança no seu interior, e colocou-o nas bandeiras na beira do Ap 4:1 E sua irmã postou de longe, para saber o que seria feito com Ec 5:1 E a filha de Faraó desceu para banhar-se no rio; e as suas donzelas passeavam à beira do rio; e ela viu a arca no meio dos juncos, e enviou a sua criada buscá-la. 6 E ela abriu-a e viu a criança, e eis que o menino chorava. E ela teve compaixão dele, e disse: Este é um dos filhos dos He 7:1 Então disse sua irmã à filha de Faraó: Irei e chamar-te uma enfermeira das hebréias, que ela pode amamentar o menino para ti? 8 E a filha de Faraó disse-lhe: Vai. E a moça foi e chamou a mãe da criança. 9 E a filha de Faraó lhe disse: Leva este menino, e cria-me, e eu te darei o teu salário. E a mulher tomou o menino, e criou- Lv 10:1 E o menino crescia, e ela o trouxe à filha de Faraó, e ele tornou-se seu filho. E chamou o seu nome a Moisés, e disse: Porque o tirei da água.

    Foi com este pano de fundo da opressão e da tentativa de aniquilação de meninos infantis que o personagem principal do Êxodo entraram em cena. Um homem levita casou com uma mulher levita. Seus nomes são revelados mais tarde a ser Amram e Joquebede (Ex 6:20 ). Três de seus filhos são mencionados nas Escrituras, tanto Miriam e Arão ser mais velho do que Moisés. Uma vez que nenhuma menção é feita de dificuldades no momento do nascimento de Arão, parece provável que o decreto de faraó referente meninos hebreus foi emitido entre os nascimentos dos dois irmãos.

    Quando o terceiro filho nasceu, Joquebede viu que ele era um formoso (belo bonito,) criança . Para a afeição natural ela teria sentido para a criança foi adicionado o fato inegável de que ele estava bem formado, saudável, segurando uma grande promessa para o futuro. Ele era uma criança por quem se poderia muito bem dar ao luxo de assumir um risco. O autor de Hebreus declara que a aparência promissora de a criança se tornou a base para a fé de seus pais em preservar ele (He 11:23 ). Como resultado, sua mãe o escondeu durante três meses . Mas, então, a crescente vigor de seu choro tornou cada vez mais duvidoso que seus esforços seriam muito mais bem-sucedida. Então ela fez uma pequena caixa de fora das plantas de papiro que cresceram em profusão ao longo das margens do rio Nilo, revestidos com lodo (o betume ou asfalto da região do Mar Morto) e campo , colocou seu filho na mesma, e colocá-lo à tona entre os juncos ao longo da margem do rio. Miriam foi colocado por perto para ver o que iria acontecer.Logo a filha de Faraó desceu para banhar-se no rio, e espiar a pequena caixa que ela enviou uma de suas servas para buscá-la . Quando ela abriu a caixa, o bebê estava chorando e seu coração foi tocado. Ela imediatamente o reconheceu como um dos bebês hebreus. Miriam em seguida, correu para a frente e ofereceu-se para encontrar uma enfermeira hebraico para amamentar o bebê. A filha de Faraó concordou, e Joquebede foi contratado para cuidar de seu próprio bebê. À medida que a criança crescia, Joquebede levou-o a filha de Faraó, e ele aparentemente foi formalmente adoptado como seu filho. A filha de Faraó chamou Moisés , dizendo: Porque o tirei da água (conforme He 11:24 ; o nome de Moisés tem uma relação em som tanto para uma palavra egípcia, mesu , um substantivo que significa "criança" ou "filho" de um verbo que significa "produzir" ou "para desenhar por diante", e uma palavra hebraica, Mashah , que significa "tirar").

    Se a data de início para o Êxodo é correto, como o presente escritor detém, Moisés nasceu no reinado de Tutmosis 1 (1525-1508 aC). Este faraó tinha uma filha excepcional, Hatshepsut, que mais tarde praticamente governou o Egito como rainha-regente, nos primeiros anos de seu enteado e filho-de-lei, Tutmés III. É bem possível que ela era a pessoa que adotou Moisés. A lei egípcia impediu de tornar-se rainha de fato. É provável que Joquebede tinha observado a princesa que vem regularmente ao Nilo para tomar banho, e colocou Moisés onde era mais provável de ser encontrado por ela, dependendo de sua beleza natural e da providência divina para ganhar o favor real. Também é provável que a filha de Faraó não se deixou enganar a todos com o que aconteceu, mas fácil de adivinhar a partir de Miriam de aparência rápido e encontrar rapidamente de um enfermeiro capaz de o bebê que estes eram sua verdadeira mãe e irmã de amamentação. Ela provavelmente não estava em sintonia com a crueldade de seu pai. Mas, em qualquer caso, as providências de Deus novamente anulada a própria ira do homem, usando a opressão do Faraó para garantir a Moisés um lugar na própria corte real, onde recebeu preparação inestimável para a sua missão mais tarde, a ser "instruído em toda a ciência dos os egípcios "( At 7:22 ). Não há melhor educação secular poderia ter sido encontrada na idade de Moisés.

    Há muitos paralelos com a história de ser Moisés encontrado pela princesa no rio nas histórias de outros antigos heróis-Romulus e Remus os fundadores de Roma, Baco e Perseus da mitologia grega, e Sargão I da Acádia, na Mesopotâmia. Isso levou alguns estudiosos críticos para presumir que a história do nascimento de Moisés é uma ficção em vez de fato, alegando que havia uma forma literária padrão para relacionar o nascimento de um libertador, e um desejo natural de conectar o libertador com as pessoas apropriadas e actividades. Mas a mera aparência de histórias semelhantes não significa automaticamente que todos eles são fictícios. Onde existem falsificações sempre há em algum lugar um genuíno. A naturalidade da definição de história de Moisés e as suas consequências, a inclusão dele no registro divinamente inspirada, o selo de aprovação colocar em cima dele por semelhante inspirou escritores do Novo Testamento todos insistem que a história de Moisés é um fato, bem como um fascinante história.

    2. O Exílio de Moisés (2: 11-22)

    11 E aconteceu naqueles dias que, sendo Moisés já homem, que ele saiu a seus irmãos e atentou para as suas cargas, e viu um egípcio que feria a um hebreu, um de seus irmãos. 12 E ele olhou para um lado e de que maneira, e quando ele viu que não havia ninguém ali, matando o egípcio, e escondeu-o na areia. 13 E ele saiu no segundo dia, e eis que dois homens dos hebreus estavam lutando juntos, e ele Disse-lhe que fazia a injustiça: Por que feres a teu próximo? 14 E ele disse: Quem te constituiu príncipe e juiz sobre nós? pensas tu matar-me, como mataste o egípcio? Então temeu Moisés, e disse: Certamente o negócio já foi descoberto. 15 Ora, quando Faraó soube disso, procurou matar a Moisés. Moisés, porém, fugiu da presença de Faraó, e habitou na terra de Midiã; e sentou-se junto a um poço.

    16 E o sacerdote de Midiã tinha sete filhas, as quais vieram tirar água, e encheram os tanques para regar o rebanho de seu pai. 17 E vieram os pastores, e as expulsaram dali; Moisés, porém, levantou-se e ajudou-os, e deu de beber ao rebanho. 18 E quando elas voltaram a Reuel seu pai, ele disse: Como é que vocês chegaram tão cedo a-dia? 19 E eles disseram: Um homem egípcio nos livrou da a mão dos pastores, e além disso ele tirou água para nós e deu de beber ao rebanho. 20 E disse a suas filhas: E onde está ele? por que é que vos deixaram o homem? chamá-lo, para que coma pão. 21 E Moisés consentiu em morar com o homem, e ele deu a Moisés sua filha Zípora. 22 E ela deu à luz um filho, e ele chamou Gérson; porque disse: Eu fui peregrino em terra estrangeira.

    Aparentemente Joquebede teve oportunidade, antes que ela ligada pela primeira vez Moisés sobre a filha de Faraó ou, posteriormente, em contatos não mencionados nas Escrituras, para instruí-lo a respeito de sua verdadeira identidade. Quando ele foi cultivado (Estevão diz que ele era quase quarenta anos, At 7:23 ), ele saiu para ver por si mesmo como o seu povo estavam sendo oprimidos. Uma das primeiras coisas que ele viu foi um egípcio, provavelmente, um dos "feitores" Dt 1:11 , atingindo um hebreu. Olhando em volta, e pensando que ninguém estava olhando, ele matou o egípcio e enterrou-o na areia. Tal ato foi imperdoável, quer a partir de lei divina ou humana. E essa violência impulsiva revelou que o que quer que habilidades naturais e formação secular Moisés pode ter tido, ele não estava pronto para liderar seu povo. No dia seguinte, ele descobriu dois homens hebreus lutando uns com os outros, e quando ele tentou corrigir o infrator, foi imediatamente rejeitado como um príncipe e juiz sobre os israelitas, com uma referência à sua crime do dia anterior. Moisés ficou alarmado ao descobrir que o seu segredo era conhecido. A notícia espalhou-se faraó que ordenou a sua captura e execução. , Porém, fugiu para o leste em uma parte do deserto ocupado por alguns midianitas nômades. Pode-se esperar que suas ligações com a família real do Egito teria ajudado a abafar todo o assunto. Mas se Hatshepsut realmente era sua mãe adotiva (ver comentários em 2: 1-10 ), ela morreu durante o 1480 do BC, pouco antes de Moisés teria sido 40 anos de idade. Ela dominou os primeiros anos do reinado de seu enteado e filho-de-lei, Tutmés III, uma dominação que se ressentia intensamente. Após sua morte, ele procurou destruir seus monumentos, e é fácil imaginar que ele iria avidamente procuraram a morte do menino hebreu tinha favorecido e levado para o palácio com ele.

    Chegando em Midiã, Moisés sentou-se junto a um poço. Os midianitas estavam relacionadas com Israel, ser descendente de Abraão (Gn 25:1 ). Sua casa era geralmente na Arábia, no além da Península do Sinai, através do braço oriental do Mar Vermelho.Mas eles eram nômades, e freqüentemente apareceu em Sinai e as fronteiras de Canaã. O grupo que Moisés encontrou incluiu um padre, conhecida também como Reuel ou Jethro (Ex 2:18 ; Ex 3:1 ). É provável que Moisés ajudou mais tarde para atraí-lo para longe da idolatria para a adoração de Jeová. Em todo o caso, mais tarde ele foi respeitado como um verdadeiro sacerdote pelos israelitas (Ex 18:8. ). Ovelhas deste homem foram cuidadas por suas sete filhas de meninas foram frequentemente empregada como pastores no mundo antigo (conforme Gn 29:6 ). Mas quando chegaram a tirar água do poço e colocá-lo nos cochos para regar o seu rebanho, os pastores do sexo masculino mais fortes expulsaram-off, o bullying seu próprio caminho em primeiro lugar. O estranho do Egito, tão persistentes em justiça para todos os homens, mais uma vez interveio na briga dos outros, e tornou possível para as meninas para tomar a sua vez. Como resultado, eles fizeram isso de volta para casa muito mais cedo do que o habitual. Seu pai perguntou por que e quando disse, ficou desapontado e de reprovação sobre a sua incapacidade para convidar um lar estranho útil para a ceia. A supervisão foi rapidamente corrigida e Moisés não veio apenas para o jantar, mas manteve-se a casar com Zípora , uma das sete irmãs, e tome a sua habitação com Reuel. Com o tempo, nasceu um filho, e chamou-lhe Moisés Gérson , melhor explicado a partir do hebraico palavras ger ("estrangeiro")sham ("não"). Mais tarde, um outro filho nasceu (Ex 4:20 ; 18: 2-4 ).

    3. A oração de Israel (2: 23-25 ​​)

    23 E sucedeu que, no decorrer de muitos dias, que o rei do Egito morreu: e os filhos de Israel suspiraram por causa da servidão, e clamaram, eo seu clamor subiu a Deus por causa da servidão. 24 E ouviu Deus o seu gemido, e lembrou-se Deus da sua aliança com Abraão, com Isaque e com Jacó. 25 E viu Deus os filhos de Israel, e Deus tomou conhecimento deles .

    Se a cronologia temos vindo a seguir é correta, Tutmés III, enteado e filho-de-lei da rainha Hatshepsut, o faraó de quem seu irmão de Moisés fugiu para o exílio, teria terminado seu reinado em circulação pela morte de cerca de 1450 aC ou pouco tempo depois. Isso teria sido um pouco antes Moisés atingiu a idade de oitenta (Ex 7:7 ).

    Mas a morte de Tutmés III não trouxe alívio para o povo oprimido de Israel. Ele foi sucedido por seu filho, Amenhotep II, um monarca um pouco mais fraco contra a qual as tribos afastadas na Síria e Palestina se rebelaram. Mas ele tinha a mesma característica teimosia de todos os governantes que tinham oprimidos 1srael. O povo de Israel se afundou ainda mais baixa em seu desespero. O Senhor ouviu os seus gemidos , lembrou-se do convênio que tinha estabelecido com os seus antepassados, e mudou-se para levar a um clímax na libertação que Ele vinha se preparando através dos anos.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Êxodo Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
    1. A preparação do profeta de Deus (Exodo 2)

    Parecia que Deus não estava fazen-do nada. Os judeus oravam e cla-mavam por ajuda (2:23-25) e se per-guntavam onde estava a libertação de Deus. Se eles se lembrassem das palavras de Gênesis 15, saberiam que deveriam passar 400 anos. Du-rante esse tempo, Deus preparava seu povo, mas ele também esperava em misericórdia e dava tempo à pe-caminosa nação de Canaã para se arrepender (Gn 15:16). Deus nun-ca tem pressa. Ele escolhera o líder dos hebreus e preparava-o para sua imensa tarefa. Observe os recursos que Deus usou a fim de preparar Moisés:

    1. A casa piedosa (vv. 1-10)

    Leia At 7:20-44 e He 11:23. Em Êxodo 6:20, aprendemos que os pais de Moisés são Anrão e Joquebe- de. Foi um ato de grande fé e amor que se casassem em uma época de tanta dificuldade, e Deus recompen-sou-os por isso. Eles, já que agiram movidos pela fé (He 11:23), devem ter tido uma comunicação de Deus a respeito do nascimento do filho, Moisés. Ele era uma "criança divina" (bonita aos olhos de Deus), e eles, por meio da fé, o deram a Deus. Os pais nunca sabem o que Deus vê em cada criança que nasce, e é importante que eduquem os filhos no temor do Senhor. Foi necessária muita fé para pôr a criança no rio, o local exato em que matavam os meninos! Observe como Deus usou as lágrimas de uma criança para to-car a princesa e como arranjou as coisas para que a própria mãe da criança a criasse. Leia 5:13.

    1. A educação especial (At 7:22)

    Moisés, educado no palácio como filho adotivo da princesa, foi treinado nas grandes escolas egípcias. Mesmo hoje, os estudiosos maravilham-se com os ensinamentos egíp-cios, e Moisés, sem dúvida, era um dos melhores. Não há nada errado com a instrução. Com certeza, Moi-sés fez uso de seu treinamento. Mas não há substituto para a sabedoria de Deus que vem por meio do so-frimento, e da provação, e do cami-nhar pessoal com Deus.

    1. O grande fracasso (vv. 11-5; He 11:24-58)

    Moisés tinha 40 anos quando to-mou a grande decisão de deixar o palácio e ser o libertador de Israel. Nós o admiramos pelo amor a seu povo e por sua coragem, mas te-mos de reconhecer que ele, da maneira como agiu, adiantou-se ao Senhor. O versículo 12 indica que ele caminhava pela visão, não pela fé, pois "olhou de um e de ou-tro lado" antes de matar o egípcio que batia em um hebreu. Moisés, como Pedro no jardim de Getsê- mani, dependia da espada que ti-nha nas mãos e da energia de seus braços. Mais tarde, ele troca essa espada por um bordão, e o poder vem das mãos de Deus, não mais das dele (veja 6:1). Ele enterrou o corpo, mas isso não quer dizer que o feito não fora visto. No dia seguinte, ele viu dois judeus lutan-do e tentou ajudá-los, apenas para descobrir que os amigos e os ini-migos sabiam que matara um ho-mem. (Nota: o texto de At 7:24 pode indicar que Moisés matou o homem em legítima defesa, mas mesmo assim ele era um criminoso aos olhos dos egípcios.) Seu único recurso era fugir da terra.

    Ao mesmo tempo que, justificadamente, podemos criticar Moisés por seus delitos, temos de admirar sua coragem e convicção. Como o dr. Vance Havner disse (em um co-mentário sobre He 11:24-58): "Moi-sés viu o invisível, escolheu o imperecível e fez o impossível!". A fé tem suas recusas, e essas recusas trazem recompensas. Infelizmente, Moisés era muito precipitado em suas ações, e Deus tinha de pô-lo de lado para um treino adicional. As armas de nosso combate não são carnais, mas espirituais (2Co 10:3-47).

    1. A longa demora (vv. 16-25)

    A vida de Moisés divide-se em três períodos iguais: 40 anos como prín-cipe no Egito, 40 anos como pastor em Midiã e 40 anos como líder de Israel. No início desse segundo pe-ríodo, Moisés ajudou as mulheres que tentavam dar água aos reba-nhos, e essa gentileza levou-o a co-nhecer Jetro e a casar-se com a filha dele, Zípora. Observe que as moças identificaram Moisés como "um egípcio". Isso sugere que ele se pa-recia mais com os egípcios que com os judeus. Moisés passou 40 anos como servo fiel em Midiã, e aqui Deus preparava-o para as difíceis tarefas que tinha à frente. A rejeição por sua nação e a esposa gentia são um retrato de Cristo, que hoje toma uma noiva das nações para si mes-mo. "Gérson" significa "estrangei-ro" e sugere que Moisés sabia que seu lugar verdadeiro era ao lado do povo de Israel, no Egito.

    Rarecia que Deus não estava fazendo nada, contudo ele ouvia os gemidos de seu povo e esperava o momento certo para agir. Sempre que Deus trabalha, ele escolhe o trabalha-dor certo, usa o plano certo e age no momento certo. Moisés cuidava de umas poucas ovelhas e logo estaria pastoreando uma nação inteira. Ele trocaria o cajado de pastor pelo bor-dão de poder e seria usado por Deus para ajudar a criar uma nação po-derosa. Deus, porque ele era fiel ao fazer seu humilde serviço de pastor, usou-o para realizar a tarefa maior, a_ de libertador, legislador e líder.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Êxodo Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
    2.1 Levi. Tornou-se a família sacerdotal de Israel, em parte por causa da vocação de Moisés e de seu irmão mais velho Arão.

    2.2 Formoso. O homem destinado a libertar o povo já nasceu com algum sinal físico do favor divino. Quando seus próprios pais tiveram de abandoná-lo, Deus o preservou (conforme Sl 18:10).

    2:7-9 Assim a mãe de Moisés não somente tinha licença para criar seu filho, contra as ordens de Faraó, como receber condições financeiras que lhe possibilitaram fazê-lo de um modo eficiente. O único privilégio que não tinha era o de nomear a criança (v. 10)
    2.10 Moisés. O nome vem do verbo hebraico "tirar fora”, e talvez seja uma tradução do nome equivalente que a princesa lhe teria dado no idioma egípcio. O futuro legislador, historiador e líder nacional, estava para receber dos inimigos de seu povo a mais elevada cultura da época, equipando-o para estas missões.

    2.11 Espancava. Seria talvez, um superintendente; dando-se ao cínico prazer de punir um escravo, sem justo motivo. A compaixão de que já fora possuído (2.6), levou-o a interferir, mesmo com braço forte.

    2.14 Quem te pôs. Com estas palavras os israelitas mostraram que não, estavam prontos para receberem as bênçãos da liberdade, rejeitando seu defensor. Assim também os judeus do tempo de Jesus estavam sempre dispostos a receberem curas e mais favores do Senhor, mas não toleravam a pregação contra os seus pecados, não obstante ser justamente o pecado que envenena a vida mais do que a doença, rejeitando a terna compaixão de Jesus que queria libertá-los totalmente do pecado, através do evangelho (conforme a comparação entre Moisés e Jesus Cristo em At 7:23-44, At 7:52.

    2.15 Moisés viu-se repudiado pelos hebreus e acossado pelos egípcios. Antecipara a vocação divina para a missão de salvar o seu povo.
    2.16 Sacerdote. Talvez um pagão, sendo, todavia, um descendente de Abraão e de Quetura; um midianita, portanto (Gn 25:2).

    2.18 Por que. Reuel (que quer dizer "Amigo de Deus”) estava ao parda perseguição sofrida pelas suas filhas.

    2.20 Chamai-o. O homem forte era justamente o que lhe faltava.

    2.23 Morreu o rei. O fim do perigo imediato, com a possibilidade de voltar para o Egito. Mas para o povo não houve alívio.

    2.24 Lembrou-se. Não é que Deus não faz caso do sofrimento do Seu povo. Ele toma conhecimento misericordioso da nossa situação quando nos dirigimos a Ele em oração.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Êxodo Capítulo 2 do versículo 1 até o 25

    2) O nascimento de Moisés (2:1-10)

    O autor concentra sua atenção na criança que mais tarde vai ser o instrumento de libertação dos israelitas do Egito; os nomes dos pais não são informados. Somente é mencionada uma irmã mais velha por seu papel em salvar a vida da criança; Arão, três anos mais velho que Moisés (conforme 7.7), não aparece. Mais tarde, em 6.20, o nome do pai é dado como Anrão, e o da mãe como Joquebede (conforme Nu 26:59); para comparar com outra explicação, v. NBD, p. 795 (verbete “Moisés”, Ila). v. 2. At 7:20 descreve o menino Moisés como “bonito aos olhos de Deus” (nota de rodapé da NVI; conforme He 11:23). v. 3. Quanto mais se desenvolviam os pulmões do menino, mais difícil era escondê-lo. junco-, as tiras eram tecidas e vedadas com betume (conforme Gn

    6,14) para formar um receptáculo à prova de água que fosse suficientemente seguro para manter acima da água aquela carga preciosa. Essa técnica de vedação era comum em grande parte do Oriente Médio (conforme Is 18:2: “barcos de papiro sobre as águas” que viajavam pelo Nilo em épocas posteriores). Que foi a mãe de Moisés que se encarregou de fazer o cesto e levá-lo para a beira do rio talvez possa ser explicado pelo fato de os homens estarem geralmente empenhados no trabalho escravo. Há semelhanças entre Ex 2:1-10 e as lendas do nascimento de outros heróis do mundo antigo. Conta a lenda que o grande Sargão de Acade (século XXIV a.C.) também foi colocado num pequeno cesto por sua mãe, uma sacerdotisa, e deixado a flutuar sobre o Eufrates. Esse tipo de coisa pode ter acontecido na vida real de tempos em tempos, pois a lenda tem relação com o comportamento normal e as circunstâncias do dia-a-dia do ser humano. Na história de Moisés, o episódio do rio está relacionado a eventos verdadeiros — a não ser que adotemos o ponto de vista de que a ordem do faraó em 1.22 é um artifício literário para dar credibilidade à “lenda” do nascimento — e o fato de a mãe colocar a criança no rio mostra que ela está se submetendo ao decreto real, mas desconsiderando o ponto central daquele decreto, v. 4. a irmã do menino-, provavelmente Miriã (conforme 15.20). v. 5. Gomo no caso da maioria dos protagonistas dessa seção, o nome da filha do faraó não é informado. A tradição posterior atribui-lhe vários nomes (e.g., Tharmuth em Jubileus 47.5). O uso do artigo definido não significa que a princesa era a única filha do faraó. Talvez tenha até sido uma princesa menos importante, nascida de uma concubina do faraó. v. 9. Talvez possamos detectar aqui um toque de humor; Joquebede está sendo paga pelo tesouro real para cuidar do seu próprio filho. v. 10. Em virtude de uma rara combinação de circunstâncias, Moisés foi “educado em toda a sabedoria dos egípcios” (At 7:22). Não sabemos quanto tempo ele permaneceu sob os cuidados de sua mãe; o desmame de uma criança podia acontecer até perto dos seus 3 anos de idade (conforme 2Macabeus 7.27 e 1Sm 1:24). O nome Moisés, como indica a nota explicativa no texto, está associado aqui à palavra hebraica mãshãh, “tirar”. Em hebraico, a expressão lhe deu o nome pode ter como sujeito a mãe de Moisés, mas é mais provável que seja a filha do faraó. Se esse for o caso, poderia ser considerado uma dificuldade o fato de ela ser apresentada como alguém proficiente em hebraico, ou em um dialeto semítico semelhante ao hebraico. Mas não há nada de improvável acerca da sugestão de que uma princesa vivendo na região do delta do Nilo, com longa tradição em contatos com asiáticos, tivesse conhecimento de um dialeto semítico. A exclamação de Hyatt acerca disso só pode ser considerada um sinal de ignorância. Uma das filhas de Ramsés tinha o nome inteiramente semítico de Bint-‘Anath! Uma explicação alternativa preferida pela maioria dos eruditos do AT é que a princesa na verdade deu à criança um nome egípcio de som semelhante (que aparece em combinações como Tuxmose, que em português deu Tutmés etc.), e que a explicação hebraica é feita via etimologia popular. Kitchen, no entanto, ressalta a dificuldade de que nesse caso o egípcio apareceria como sh (som de “ch” em português, como em “achar”) no hebraico Mõsheh (“Moisés”), mas como í nos nomes egípcios comparáveis Ramsés e Finéias (v. NBD, p. 794-5). [Filo e Josefo dão ao nome uma etimologia copta, considerando que significa “homem salvo da água” — etimologia que é de fato refletida na grafia grega].


    3) A fuga de Moisés para Midiã (2:11-25)
    v. 11. sendo Moisés já adulto-, ele tinha agora 40 anos, de acordo com At 7:23. Por isso é mais extraordinário ainda o fato de que tão prontamente se identificou com os israelitas oprimidos. A afirmação e descobriu como era pesado o trabalho que realizavam transmite a idéia de uma profunda emparia para com o seu povo; é o primeiro ato registrado acerca desse homem de Deus em formação, e é muito significativo. Ainda mais importante foi o fato de que Deus viu os israelitas na sua aflição (v. 25). espancar é a palavra traduzida por matou no v. 12, mas é mais sábio manter as diferentes nuanças, v. 12. Moisés, Davi, Pedro e muitos outros extraordinários servos de Deus tiveram sérios defeitos de caráter. Moisés recuperou-se desse início nada promissor (v. Nu 12:3). v. 14. A relutância posterior de Moisés em assumir a responsabilidade de conduzir o povo de Israel provavelmente tinha alguma relação com a experiência de ingratidão por parte deles nessa ocasião, v. 15. A sua fuga foi motivada tanto por prudência quanto por medo. He 11:27 parece fazer menção da sua partida do Egito na época do êxodo. Midiã-, os midianitas, de acordo com Gn 25:1-6, eram descendentes de Abraão e Quetura. Eram um povo nômade familiarizado com as condições do deserto (Nu 10:29-4). Na época dos juízes eles aparecem como cameleiros beduínos que travaram uma guerra contra os israelitas (Jz 6—8) Visto que as relações entre os israelitas e os midianitas nunca foram cordiais nos séculos que se seguiram, podemos estar certos de que esse relato da associação de Moisés com eles preserva uma tradição antiga e confiável. Embora uma localização a leste do golfo de Acaba possa ser correta no período posterior, talvez os midianitas estivessem ocupando parte da península do Sinai quando Moisés teve o primeiro contato com eles; a localização tradicional do Sinai-Horebe depende dessa pressuposição (conforme 3.1). v. 17. A água era preciosa e deve ter sido objeto de disputa com frequência (conforme Gn 26:17-22). As pastoras aparentemente tinham se esforçado para tirar água do poço quando os seus descorteses rivais se intrometeram. O v. 18 indica que isso não era algo incomum. veio em auxílio delas-, lit. “libertou”; visto que essa palavra na maioria das vezes é usada ao se falar de Deus ou de libertadores nacionais chamados por Deus, podemos considerar esse uso aqui como programático, uma indicação do que estava por vir. v. 18. Reuel. Jetro em 3.1; 4.18. Se Jetro não tinha dois nomes pessoais, as opções parecem ser: (1) que Reuel representa uma tradição variante (Noth, Childs), ou (2) que Reuel é uma glosa equivocada baseada na compreensão errônea de Nu 10:29 (Stalker), ou

    (3) que é o nome do clã (Hyatt, Clements, seguindo Albright). v. 19. Moisés supostamente ainda estava vestido como egípcio, v. 22. Jônatas, filho de Gérson, é mencionado em conjunção com o santuário em Dã, em Jz 18:30. v. 23. Muito tempo passou e ainda não havia alívio à vista para os abatidos israelitas; nem mesmo a mudança de governante trouxe melhoria das condições deles. Se a morte do rei é considerada uma referência cronológica séria e o êxodo ocorreu durante o reinado de Ramsés II, então é à morte de Seti I que se faz alusão aqui. Os v. 24,25 sugerem uma mudança decisiva no rumo dos acontecimentos.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Êxodo Capítulo 2 do versículo 1 até o 25

    Êxodo 2


    1) O Nascimento e a Preservação de Moisés. Ex 2:1-25.

    A data exata do nascimento de Moisés, e a identificação de Faraó e sua filha são discutíveis, mas a evidência da fidelidade divina é inconfundível. Com base no fato de que existem vagos paralelos a esta narrativa em outras histórias antigas, a IB chama-a de "narrativa lendária". Nessa base quase tudo poderia ser considerado anti-histórico.


    Moody - Comentários de Êxodo Capítulo 2 do versículo 1 até o 31

    C. Preparação do Libertador. 2:1 - 4:31.

    Na plenitude dos tempos, quando o opressor fazia o máximo para destruir Israel, Deus preparou os meios da salvação.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Êxodo Capítulo 2 do versículo 1 até o 22
    II. NASCIMENTO, TREINO E CHAMADA DE MOISÉS (Êx 2:1-7.7)

    a) Os primeiros oitenta anos de Moisés (Êx 2:1-22)

    Note-se a simplicidade e o tom de veracidade neste relato, em contraste com as lendas elaboradas que registram o nascimento dos heróis da mitologia. Um varão... uma filha (1). A omissão de seus nomes não indica que o autor não os conhecesse. Mas trata-se antes de um sinal da modéstia de Moisés. Compare-se isso com as referências de João a si mesmo, em seu evangelho. Filha de Levi (1), isto é, descendente de Levi. Arca de juncos (3). A palavra tebah, uma "caixa" ou "baú" (provavelmente um termo egípcio), é usada somente aqui e para designar a arca de Noé. Os "juncos" eram canas de papiro, um material empregado para muitas finalidades no Egito, até mesmo para a construção de grandes barcos. Conf. Is 18:2. Nos juncos (3). Na vegetação da margem, onde a arca seria menos notada e onde ficaria impedida de flutuar rio abaixo. Sua irmã (4). Miriã é a única irmã de Moisés mencionada nas Escrituras. Ver Nu 26:59. A julgar pelas suas ações, aqui registradas, ela deve ter tido doze anos ou mais de idade naquela ocasião.

    >Êx 2:6

    O menino chorava (6). Naturalmente, em tais circunstâncias! Mas o choro do infante foi usado, na providência de Deus, para comover o coração da princesa. Dos meninos dos hebreus é este (6). Crianças egípcias talvez também costumassem ser rejeitadas, mas aquele menino "famoso", tão cuidadosamente aninhado, não podia ser senão um dos meninos dos hebreus. Tomou o menino, e criou-o (9). A mãe de Moisés foi capaz de criar seu próprio filho em sua própria casa, até desmamá-lo, no fim de seu primeiro ano de vida, ou, talvez, de seu segundo ou terceiro ano (conf. II Mac. 7.27), quando então o trouxe de volta à filha de Faraó, para ser educado no palácio real. Não somos informados se ela continuou em sua companhia ali, mas bem podemos acreditar que ela implantou nele as raízes da fé no verdadeiro Deus, que orientou sua conduta posterior. O adotou (10). Ele desfrutou dos privilégios e da educação de um filho adotivo da princesa. Esses privilégios ele mais tarde renunciou (He 11:24) mas nunca perdeu os benefícios de sua educação (At 7:22). Chamou o seu nome Moisés (10). A palavra hebraica, Mosheh, provavelmente é uma forma do termo egípcio mesu, que significa criança, filho, substantivo esse derivado de um verbo que quer dizer "produzir", "retirar". Daí a explicação, dada neste versículo, sobre a razão pela qual ela lhe deu esse nome. A palavra hebraica mashah também significa "retirar", e o jogo de palavras, portanto, podia aparecer no hebraico, o que não pode aparecer na versão portuguesa.

    >Êx 2:11

    Sendo Moisés já grande (11). De acordo com Estêvão (At 7:23), tinha "quarenta anos" completos. Saiu a seus irmãos (11). Ele não permanecera na ignorância sobre sua verdadeira raça. "Foi este o primeiro sinal daquela poderosa simpatia e terna afeição pelo seu povo que o caracteriza" na narrativa inteira, e que culmina no patético grito: "Perdoa o seu pecado, se não risca-me, peço-te, do teu livro" (Êx 32:32), (Rawlinson). Feriu ao egípcio (12). Moisés não tinha justificativa para esse ato, nem pela lei da terra nem aos olhos de Deus. Ele tinha boas intenções, mas mesmo suas melhores intenções eram produto de um espírito ainda não sintonizado à vontade de Deus. Daí a necessidade de mais quarenta anos de disciplina, antes que seu coração e mente estivessem plenamente habilitados para receber a revelação dos propósitos e leis de Deus. Na areia (12). Note-se a minúcia de detalhe. Moisés escreveu sobre aquilo que viu. Os homens de Israel atribuíram a Moisés um ofício que ele realmente não demonstrou (14). Não podiam entender seus verdadeiros motivos (At 7:25). Sua precipitada ação do dia anterior fez com que suas ações posteriores ficassem sujeitas a tais errôneas interpretações. Procurou matar a Moisés (15). Na execução razoável da justiça. Midiã (15). O território aqui referido provavelmente era a porção sudeste da península do Sinai.

    >Êx 2:16

    Sacerdote de Midiã (16). Ver Êx 18:12. Quanto à relação entre os midianitas e israelitas, ver Gn 25:2. Adoravam ao mesmo Deus verdadeiro. Reuel (18) significa "Deus é amigo". Quanto ao nome Jetro ver anotação sobre Êx 3:1. Um homem egípcio (19). A julgar por sua aparência e vestuário. Gérson (22). Nome derivado de ger, " um estranho", e de sham, " ali".


    Dicionário

    Acontecer

    verbo transitivo indireto e intransitivo Ocorrer; ser ou se tornar real (num tempo ou espaço), casualmente ou como efeito de uma ação, de modo a alterar o sentido e afetar algo ou alguém: o evento acontecia na varanda do prédio; o amor simplesmente aconteceu.
    verbo intransitivo Dar-se uma situação ruim ou imprevisível: vai bebendo deste jeito e nem imagina o que vai te acontecer!
    Figurado Chamar a atenção ou ser alvo da atenção alheia; inspirar admiração ou ter sucesso: ele vivia querendo acontecer, mas não conseguia.
    Etimologia (origem da palavra acontecer). Do latim contigescere; contingere.

    suceder, ocorrer, dar-se, passar-se. – Quanto aos três primeiros, diz Bruns.: “Acontecer é termo genérico, aplicável a qualquer fato, previsto ou imprevisto, importante ou não. Geralmente, acontecer não relaciona o fato com outro anterior nem o atribui a determinada causa; não obstante, como termo genérico, não há dúvida que em tais casos seja bem empregado: aconteceu o que tínhamos previsto; aconteceu um desastre.” – Suceder é o mesmo que acontecer, mas encerra ideia de causa anterior. Dizendo – “aconteceu uma desgraça” – referimo-nos à desgraça em si, sem outra ideia acessória; dizendo “sucedeu uma desgraça” – apresentamos o fato como consequência de tal ou tal existência: “na perfuração dos túneis sucedem desgraças amiúde...” Ocorrer é o mesmo que suceder ou acontecer; emprega-se, porém, quando se quer dar a entender que do que sucede ou acontece se origina alguma consequência... – Dar-se é, aqui, um verbo que em todos os casos poderia substituir a qualquer dos três primeiros, significando o mesmo que acontecer, ou suceder, ou ocorrer. Dão-se às vezes desgraças que surpreendem os mais fortes ânimos. Deram-se acontecimentos extraordinários em Lisboa. Dizem que se deram naquele momento sucessos imprevistos. As ocorrências que se dão diariamente já não impressionam. – Passar-se está quase no mesmo caso: não é, porém, tão extensivo, e é de predicação mais precisa. Decerto que se não poderia dizer: “Passou-se uma catástrofe; passar-se-ia um desastre se não fora a nossa prudência”.

    Atentar

    verbo transitivo indireto Fazer um atentado contra algo ou alguém; cometer um crime: atentou contra a vida do juiz.
    Figurado Não respeitar; tratar alguém de maneira ofensiva: atentava contra a bondade dos pais.
    verbo transitivo direto e intransitivo Irritar; provocar aborrecimento: atentava o pai para ir ao cinema; algumas crianças estão atentando.
    verbo transitivo direto Empreender; colocar em funcionamento: atenta abrir uma padaria.
    Etimologia (origem da palavra atentar). Do latim attemptare.
    verbo transitivo indireto Ter preocupação ou cuidado por: atente para a vida.
    verbo transitivo direto e transitivo indireto Observar atentamente: atentava a palestra; atentava para a palestra.
    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Levar em consideração; pensar de modo reflexivo acerca de: atenta pouco a conselhos; atenta pouco para conselhos; nunca atentava, nem agia.
    Etimologia (origem da palavra atentar). Atento + ar.

    Atentar
    1) Ver (Dt 26:7).


    2) Dar atenção (Pv 16:20).


    3) Fixar a atenção (2Co 4:18).


    Cargas

    fem. pl. de carga

    car·ga
    (origem controversa)
    nome feminino

    1. O que é transportado por pessoa, animal, veículo ou barco.

    2. Acto de carregar.

    3. O que pesa sobre outra coisa. = PESO

    4. Figurado Grande quantidade.

    5. Camada.

    6. Gravame, opressão, embaraço.

    7. Responsabilidade, encargo.

    8. [Informal] Conjunto de pancadas dado a alguém como castigo ou maus-tratos. = SOVA, SURRA, TAREIA, TUNDA

    9. Movimento violento de forças de autoridade sobre manifestante ou pessoas consideradas insubordinadas, geralmente para repor a ordem ou para dispersão (ex.: carga policial).

    10. [Militar] Movimento impetuoso de um corpo de tropas sobre o inimigo.

    11. [Armamento] Conjunto de pólvora e projécteis que proporciona um tiro.

    12. Quantidade de combustível que se deita de uma vez no lume.

    13. Quantidade de minério, de tijolo, etc., que se deita no forno.

    14. [Electricidade] [Eletricidade] Acumulação de electricidade.

    15. Untura cáustica para animais.


    carga cerrada
    [Militar] Descarga de muitas armas simultaneamente.

    carga de água
    Chuvada forte.

    carga de ossos
    Pessoa muito magra.

    carga eléctrica
    [Electricidade] [Eletricidade] Grandeza que é uma das propriedades fundamentais das partículas subatómicas, nomeadamente dos electrões, que caracteriza a interação electromagnética.

    carga fiscal
    Conjunto de impostos e taxas que devem ser pagar por uma pessoa ou entidade num período determinado.

    por que carga de água
    [Informal] Usa-se para questionar qual a singular ou estranha casualidade, razão de algo.

    por que cargas de água
    [Informal] O mesmo que por que carga de água.


    Dias

    substantivo masculino plural Tempo de vida, de existência, dias de vida, vida.
    Etimologia (origem da palavra dias). Pl de dia.

    Egípcio

    substantivo masculino Quem nasceu ou vive no Egito, país localizado no extremo norte da África.
    [Linguística] Idioma que se fala nesse país, no Egito; língua camito-semítica.
    adjetivo Que provém ou habita o Egito; próprio ou particular desse país e de seus habitantes: costumes egípcios.
    [Gráficas] Tipo de letra ou desenho cujas linhas possuem exatamente a mesma espessura, com traços retos.
    Etimologia (origem da palavra egípcio). Do grego aigyptiakós; pelo latim aegyptiacus.

    Féria

    substantivo feminino Salário de operário pago pelo seu dia: receber a féria.
    Dia da semana.
    O dinheiro apurado ao fim do dia numa casa comercial; receita.
    O valor total dos salários durante uma semana: receber a féria.
    História Dia que, por imposição religiosa, não se trabalhava na Roma Antiga.
    substantivo feminino plural Férias. Dia de folga, de descanso: dar férias às preocupações do cotidiano.
    Etimologia (origem da palavra féria). Do latim feria.ae.

    Grande

    adjetivo De tamanho maior ou fora do normal: cabeça grande.
    Comprido, extenso ou longo: uma corda grande.
    Sem medida; excessivo: grandes vantagens.
    Numeroso; que possui excesso de pessoas ou coisas: uma grande manifestação; uma grande quantia de dinheiro.
    Que transcende certos parâmetros: grande profundeza.
    Que obteve fortes consequências: grande briga; grandes discussões.
    Forte; em que há intensidade: grande pesar.
    Com muita eficiência: a água é um grande medicamento natural.
    Importante; em que há importância: uma grande instituição financeira.
    Adulto; que não é mais criança: o menino já está grande.
    Notável; que é eficiente naquilo que realiza: um grande músico.
    Cujos atributos morais e/ou intelectuais estão excesso: grande senhor.
    Magnânimo; que exprime um comportamento nobre.
    Fundamental; que é primordial: de grande honestidade.
    Que caracteriza algo como sendo bom; positivo: uma grande qualidade.
    Que é austero; rígido: um grande problema.
    Território circundado por outras áreas adjacentes: a Grande Brasília.
    substantivo masculino Pessoa que se encontra em idade adulta.
    Quem tem muito poder ou influência: os grandes estavam do seu lado.
    Etimologia (origem da palavra grande). Do latim grandis.e.

    Hebreu

    Hebreu Designação que se aplica a Abraão e aos seus descendentes (Ex 3:18) É o mesmo que israelita. A primeira pessoa a ser chamada de “hebreu” foi Abraão (Gn 14:13). Há três explicações para a origem dessa palavra:

    1) Deriva-se de HABIRU.
    2) Vem de HÉBER.
    3) Vem da raiz hebraica que quer dizer “atravessar”, isto é, o morador do leste do Eufrates referindo-se ao morador de Canaã, que havia “atravessado para o outro lado” daquele rio.

    Vindo de outro lado. A mais antiga menção que se faz deste qualificativo vê-se em Gn 14:13. É o nome pelo qual eram designados os filhos de israel pelas nações circunvizinhas, embora fossem igualmente empregados os termos israel e israelitas. A própria palavra é derivada de Héber (homens vindos do outro lado, do Eufrates), que é também o nome de um lugar (Nm 24:24), e secundariamente o nome de um dos avós dos hebreus (Gn 10:21). Héber significa, realmente, a parte marginal de um rio, e deriva-se de uma raiz que significa atravessar. Supõe-se, geralmente, que deste nome proveio chamar-se Abraão, o hebreu, isto é, aquele que atravessou o rio, vindo da outra banda, o que aconteceu quando aquele patriarca emigrou da Mesopotâmia (Gn 14:13) – mas também pode ser que muito antes tenha sido dado o nome aos seus ascendentes pelos babilônios, quando eles saíram da península arábica e se dirigiram para o oriente, atravessando o Eufrates. (*veja Abraão, israel, israelitas, Judeus, e o artigo seguinte.)

    (S). 1. No AT, este vocábulo aparece pela primeira vez em Gênesis 14:13, onde Abrão é chamado de “o hebreu”. Certamente essa identificação o separava dos moradores da região, mas o sentido exato da palavra permanece incerto. Alguns, no entanto, acham que deriva do nome próprio Éber (bisneto de Sem, Gn 10:24). Provavelmente é uma derivação de outro termo que quer dizer “atravessar por cima” ou “passar além”. Isso significaria que mais tarde os israelitas, ao serem chamados de “hebreus”, dariam a entender que eram peregrinos, procedentes de longe.

    O vocábulo hebreus às vezes é usado no sentido pejorativo, para designar os israelitas. Por exemplo: a esposa de Potifar, ao referir-se a José, usou esse termo (Gn 39:14-17; Gn 43:32); os filisteus também se expressaram assim (1Sm 4:6-1Sm 13 19:1Sm 14:11). Esse sentido pejorativo, entretanto, não é o uso comum; geralmente, o termo é utilizado com um sentido neutro, como um sinônimo de israelita
    (s): (Ex 1:15-19). Os egípcios consideravam os hebreus uma raça separada, que tinha seu próprio Deus (Ex 3:18; Ex 5:3; etc.). Os israelitas às vezes se referiam à própria raça usando o termo hebreus (Dt 15:12; Jr 34:9-14; Jn 1:9). O idioma dos israelitas também era conhecido como “hebraico” e foi a principal linguagem usada pelos escritores do AT. A própria língua é mencionada em várias passagens nas Escrituras (2Rs 18:28-2Cr 32:18; Is 36:11-13). P.D.G.

    2. No NT, o uso desse termo étnico para referir-se aos judeus ou a um subgrupo dentro do judaísmo é bem raro, pois o Novo Testamento prefere o vocábulo judeu/judeus para referir-se a esse grupo. Em Atos 6:1, o termo refere-se aos membros da Igreja, cuja influência cultural dominante ainda tinha características semíticas, a fim de opor-se à cultura helenista. Provavelmente ainda falavam o aramaico. Paulo usava freqüentemente esse vocábulo para referir-se a si mesmo como integrante de Israel (2Co 11:22). De fato, o apóstolo foi um membro exemplar enquanto seguiu fielmente a Lei (Fl 3:5).

    Esse termo também é empregado para referir-se ao aramaico como um “dialeto hebreu”, outra maneira de referir-se à principal linguagem do primeiro século, na Palestina (At 21:40; At 22:2; At 26:14). Há outras referências relacionadas ao idioma (Jo 5:2; Jo 19:13-17, 20; Ap 9:11; Ap 16:16).

    Nesta última lista, a língua em vista é o próprio hebraico. D.B.


    adjetivo Relativo aos hebreus, povo semita da Antiguidade que, descendente de Abraão e antepassado dos judeus, professa a religião de um só Deus, sendo sua história relatada na Bíblia pelo Velho Testamento; hebraico.
    substantivo masculino Indivíduo dos hebreus; israelita ou judeu.
    Língua semita falada pelos hebreus; hebraico.
    substantivo masculino plural Nome primitivo do povo israelense; hebreus.
    Etimologia (origem da palavra hebreu). Do latim hebraeus.a.um; pelo grego hebraíos.a.on.

    Irmãos

    -

    Moisés

    substantivo masculino Espécie de cesta acolchoada que serve de berço portátil para recém-nascidos; alcofa.
    Religião Profeta que, para cristãos e judeus, foi responsável pela escritura dos dez mandamentos e dos cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), sendo a junção destes o livro sagrado dos Judeus (a Torá ou Tora); nesta acepção, usar com letras maiúsculas.
    Etimologia (origem da palavra moisés). Do nome próprio Moisés, do hebraico "Moshe", talvez do termo egípcio "mesu",.

    Salvo das águas. (Êx 2:10) – mais provavelmente, porém, é termo egípcio, significando filho, criança. Foi o grande legislador dos hebreus, filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Ele nasceu precisamente no tempo em que o Faraó do Egito tinha resolvido mandar matar todas as crianças recém-nascidas do sexo masculino, pertencentes à família israelita (Êx 2:1-4 – 6.20 – At 7:20Hb 11:23). A sua mãe colocou-o num ‘cesto de junco’, à borda do Nilo. A filha de Faraó, que o salvou, deu-lhe o nome de Moisés, e educou-o como seu filho adotivo, de maneira que pôde ele ser instruído em toda a ciência dos egípcios (Êx 2:5-10At 7:21-22). Quando depois é mencionado, já ele era homem. Vendo que um israelita recebia bastonadas de um egípcio, e julgando que ninguém o via, matou o egípcio e enterrou o cadáver na areia. Mas alguém tinha observado o ato, e Moisés, sabendo disto, fugiu para a terra de Midiã, onde casou com Zípora, filha de Jetro, chefe ou sacerdote das tribos midianitas, tornando-se pastor dos rebanhos de seu sogro (Êx 2:11-21At 7:29). Foi no retiro e simplicidade da sua vida de pastor que Moisés recebeu de Deus a ordem de ir livrar os filhos de israel. Resolveu, então, voltar para o Egito, acompanhando-o sua mulher e os seus dois filhos – mas não tardou muito que ele os mandasse para a casa de Jetro, permanecendo eles ali até que tornaram a unir-se em Refidim, quando ele estava à frente da multidão dos israelitas. Pouco depois de se ter separado da mulher e dos filhos, encontrou Arão que, em negociações posteriores, foi o orador, visto como Moisés era tardo na fala (Êx 4:18-31). A ofensa de Moisés em Meribá foi três vezes repetida (Nm 20:1-13 – 27,14) – não acreditava que a água pudesse sair da rocha por simples palavras – então, desnecessariamente, feriu a rocha duas vezes, revelando com isto uma impaciência indesculpável – não atribuiu a glória do milagre inteiramente a Deus, mas antes a si próprio e a seu irmão: ‘porventura faremos sair água desta rocha?’ Faleceu quando tinha 120 anos de idade, depois de lhe ter mostrado o Senhor, do cume do monte Nebo, na cordilheira de Pisga, a Terra Prometida, na sua grande extensão. Este ‘ o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor – e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura’ (Dt 34:6). o único traço forte do seu caráter, que em toda a confiança podemos apresentar, acha-se em Nm 12:3: ‘Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.’ A palavra ‘manso’ não exprime bem o sentido – a idéia que a palavra hebraica nos dá é, antes, a de ser ele ‘muito sofredor e desinteressado’. Ele juntou-se aos seus compatriotas, vivendo eles a mais terrível escravidão (Êx 2:11 – 5,4) – ele esqueceu-se de si próprio, para vingar as iniqüidade de que eram vítimas os hebreus (Êx 2:14) – quis que seu irmão tomasse a direção dos atos libertadores em lugar de ele próprio (Êx4,13) -além disso, desejava que toda a gente hebréia recebesse dons semelhantes aos dele (Nm 11:29). Quando lhe foi feito o oferecimento de ser destruído o povo, podendo ele ser depois a origem de uma grande nação (Êx 32:10), pediu, na sua oração a Deus, que fosse perdoado o pecado dos israelitas, ‘ae não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste’ (Êx 32:32). (A respeito da conduta de Moisés na sua qualidade de libertador e legislador dos israelitas, vejam-se os artigos: Lei, Faraó, Pragas (as dez), Mar Vermelho, etc.)

    Moisés era filho de Anrão (da tribo de Levi) e Joquebede; era irmão de Arão e Miriã. Nasceu durante os terríveis anos em que os egípcios decretaram que todos os bebês do sexo masculino fossem mortos ao nascer. Seus pais o esconderam em casa e depois o colocaram no meio da vegetação, na margem do rio Nilo, dentro de um cesto de junco. A descoberta daquela criança pela princesa, filha de Faraó, foi providencial e ela salvou a vida do menino. Seu nome, que significa “aquele que tira” é um lembrete desse começo obscuro, quando sua mãe adotiva lhe disse: “Eu o tirei das águas”.

    Mais tarde, o Senhor o chamou para ser líder, por meio do qual falaria com Faraó, tiraria seu povo do Egito e o levaria à Terra Prometida. No processo desses eventos 1srael sofreu uma transformação, pois deixou de ser escravo de Faraó para ser o povo de Deus. Os israelitas formaram uma comunidade, mais conhecida como o povo da aliança, estabelecida pela graça e pela soberania de Deus (veja Aliança).

    O Antigo Testamento associa Moisés com a aliança, a teocracia e a revelação no monte Sinai. O grande legislador foi o mediador da aliança mosaica [do Sinai] (Ex 19:3-8; Ex 20:18-19). Esse pacto foi uma administração da graça e das promessas, pelas quais o Senhor consagrou um povo a si mesmo por meio da promulgação da Lei divina. Deus tratou com seu povo com graça, deu suas promessas a todos que confiavam nele e os consagrou, para viverem suas vidas de acordo com sua santa Lei. A administração da aliança era uma expressão concreta do reino de Deus. O Senhor estava presente com seu povo e estendeu seu governo especial sobre ele. A essência da aliança é a promessa: “Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo” (Ex 6:7; Dt 29:13; Ez 11:20).

    Moisés foi exaltado por meio de sua comunhão especial com o Senhor (Nm 12:68; Dt 34:10-12). Quando Arão e Miriã reclamaram contra a posição privilegiada que ele ocupava, como mediador entre Yahweh e Israel, ele nada respondeu às acusações (Nm 12:3). Pelo contrário, foi o Senhor quem se empenhou em defender seu servo (Nm 12:6-8).

    O Senhor confirmou a autoridade de Moisés como seu escolhido, um veículo de comunicação: “A ele me farei conhecer... falarei com ele...” (v. 6; veja Dt 18:18). Separou-o como “seu servo” (Ex 14:31; Dt 34:5; Js 1:1-2) — uma comunhão de grande confiança e amizade entre um superior e um subalterno. Moisés, de maneira sublime, permaneceu como servo de Deus, mesmo depois de sua morte; serviu como “cabeça” da administração da aliança até o advento da Nova aliança no Senhor Jesus Cristo (Nm 12:7; veja Hb 3:2-5). De acordo com este epitáfio profético de seu ministério, Moisés ocupou um lugar único como amigo de Deus. Experimentou o privilégio da comunhão íntima com o Senhor: “E o Senhor falava com Moisés” (Ex 33:9).

    A diferença fundamental entre Moisés e os outros profetas que vieram depois dele está na maneira direta pela qual Deus falava com este seu servo. Ele foi o primeiro a receber, escrever e ensinar a revelação do Senhor. Essa mensagem estendeu-se por todos os aspectos da vida, inclusive as leis sobre santidade, pureza, rituais, vida familiar, trabalho e sociedade. Por meio de Moisés, o Senhor planejou moldar Israel numa “comunidade separada”. A revelação de Deus os tornaria imunes às práticas detestáveis dos povos pagãos, inclusive a adivinhação e a magia. Esta palavra, dada pelo poder do Espírito, transformaria Israel num filho maduro.

    A posição e a revelação de Moisés prefiguravam a posição única de Jesus. O grande legislador serviu ao reino de Deus como um “servo fiel” (Hb 3:2-5), enquanto Cristo é “o Filho de Deus” encarnado: “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa” (Hb 3:6). Moisés, como o Senhor Jesus, confirmou a revelação de Deus por meio de sinais e maravilhas (Dt 34:12; veja também Ex 7:14-11:8; 14:5 a 15:21).

    Embora Moisés ainda não conhecesse a revelação de Deus em Cristo, viu a “glória” do Senhor (Ex 34:29-35). O apóstolo Paulo confirmou a graça de Deus na aliança mosaica quando escreveu à igreja em Roma: “São israelitas. Pertencem-lhes a adoção de filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto e as promessas. Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm 9:4-5)

    Moisés, o maior de todos os profetas antes da encarnação de Jesus, falou sobre o ministério de outro profeta (Dt 18:15-22). Foi testemunha de Deus para Israel de que um cumprimento ainda maior os aguardava: “Moisés, na verdade, foi fiel em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar” (Hb 3:5). A natureza desse futuro não era nada menos do que o resto que viria (Hb 4:1-13) em Cristo, por causa de quem Moisés também sofreu (Hb 11:26).

    A esperança escatológica da revelação mosaica não é nada menos do que a presença de Deus no meio de seu povo. A escatologia de Israel começa com as alianças do Senhor com Abraão e Israel. Moisés — o servo de Deus, o intercessor, o mediador da aliança — apontava para além de sua administração, para uma época de descanso. Ele falou sobre este direito e ordenou que todos os membros da comunidade da aliança ansiassem pelo descanso vindouro na celebração do sábado (heb. “descanso”), o sinal da aliança (Ex 31:14-17) e da consagração de Israel a uma missão sagrada (Ex 31:13), a fim de serem abençoados com todos os dons de Deus na criação (Dt 26:18-19; Dt 28:3-14). Moisés percebeu dolorosamente que o povo não entraria naquele descanso, devido à sua desobediência e rebelião (Dt 4:21-25). Ainda assim, falou sobre uma nova dispensação, aberta pela graça de Deus, da liberdade e da fidelidade (Dt 4:29-31; Dt 30:5-10: 32:39-43). Ele olhou para o futuro, para uma época de paz, tranqüilidade e plena alegria na presença de Deus, de bênção e proteção na Terra Prometida (Dt 12:9-10; Dt 25:19; Ex 33:14; Js 1:13).

    Essa esperança, fundamentada na fidelidade de Deus (Dt 4:31), é expressa mais claramente no testemunho final de Moisés, “o Hino do Testemunho” (Dt 32). Nele, o grande legislador recitou os atos do amor de Deus em favor de Israel (vv.1-14), advertiu contra a rebelião e o sofrimento que isso acarretaria (vv.15-35) e confortou os piedosos com a esperança da vingança do Senhor sobre os inimigos e o livramento do remanescente de Israel e das nações (vv. 36-43). Fez até uma alusão à grandeza do amor de Deus pelos gentios! (vv. 36-43; Rm 15:10).

    O significado escatológico do Hino de Moisés reverbera nas mensagens proféticas de juízo e de esperança, justiça e misericórdia, exclusão e inclusão, vingança e livramento. A administração mosaica, portanto, nunca tencionou ser um fim em si mesma. Era apenas um estágio na progressão do cumprimento da promessa, aliás, um estágio importantíssimo!

    Como precursor da tradição profética, Moisés viu mais da revelação da glória de Deus do que qualquer outro homem no Antigo testamento (Ex 33:18; Ex 34:29-35). Falou sob a autoridade de Deus. Qualquer um que o questionasse desafiava a autoridade do Senhor. Israel encontrava conforto, graça e bênção, porque em Moisés se reuniam os papéis de mediador da aliança e intercessor (Ex 32:1-34:10; Nm 14:13-25). Ele orou por Israel, falou ousadamente como seu advogado diante do Senhor e encorajou o povo a olhar além dele, próprio, para Deus (veja Profetas e Profecias). W.A.VG.


    Moisés Líder escolhido por Deus para libertar os israelitas da escravidão do Egito (Exo 2—18), para fazer ALIANÇA 1, com eles (Exo 19—24), para torná-los povo de Deus e nação independente (Exo 25—) (Num
    36) e para prepará-los a fim de entrarem na terra de Canaã (Deu 1—33). Nasceu de pais israelitas, mas foi adotado pela filha do faraó do Egito, onde foi educado (Ex 2:1-10); (At 7:22). Após colocar-se ao lado de seu povo e matar um egípcio, fugiu para MIDIÃ 2, onde se casou com Zípora (Ex 2:11-22) Passados 40 anos, Deus o chamou e o pôs como líder da libertação do povo de Israel (Exo
    3) Por mais 40 anos Moisés cumpriu o mandado de Deus e morreu às portas da terra de Canaã, no monte NEBO (Dt 34). Alguns estudiosos colocam a data da morte de Moisés em torno de 1440 a.C., e outros a colocam por volta de 1225 a.C., dependendo da posição sob

    Moisés Levita da casa de Amram (Ex 6:18.20), filho de Jocabed. Conforme o Antigo Testamento, deveria ser morto como conseqüência do decreto genocida do faraó (provavelmente Tutmósis 3, embora outros apontem Ramsés II) que ordenara a morte dos meninos israelitas. Deixado nas águas do Nilo por sua mãe, foi recolhido por uma irmã do faraó, que o educou (Êx 2). Após matar um egípcio que maltratava alguns israelitas, precisou exilar-se, indo viver na terra de Madiã (Ex 2:11-15). Nesse local foi pastor, teve esposa e filhos e recebeu uma revelação de Deus, que o enviava ao Egito para libertar Israel (Êx 3). Retornou então e, em companhia de seu irmão Aarão, tentou convencer o faraó (possivelmente Amenotep II, Menreptá, segundo outros) para que deixasse o povo sair. O fato aconteceu somente depois de uma série de pragas, especialmente após a última em que morreu seu primogênito (Êx 5:13). A perseguição que o monarca egípcio empreendeu teve um final desastroso no mar dos Juncos. A marcha de Israel pelo deserto levou-o até o Sinai, onde Moisés recebeu os Dez mandamentos, assim como um código de leis para regerem a vida do povo (Ex 20:32-34). Conforme o Talmude, foi também quando receberam a lei oral. A falta de fé do povo — manifestada na adoração de uma imagem em forma de bezerro enquanto Moisés estava no monte — malograria logo mais a entrada na Terra Prometida. Moisés morreu sem entrar nela e o mesmo sucedeu com a geração libertada do Egito, exceto Josué e Caleb.

    A figura de Moisés é de uma enorme importância e a ele se atribui a formação de um povo cuja vida centrar-se-ia no futuro, certamente com altos e baixos, mas em torno do monoteísmo.

    O judaísmo da época de Jesus considerava-o autor da Torá (Mt 22:24; Mc 7:10; 10,3ss.) e mestre de Israel (Mt 8:4; 23,2; Jo 7:22ss.). Jesus atribui-lhe uma clara importância quando se apresentou como messias (Jo 5:39-47). Lamentou que seu papel tivesse sido usurpado pelos escribas (Mt 23:2ss.) e que muitos citassem Moisés como excusa para sua incredulidade (Jo 7:28ss.). Jesus considerou-se superior a Moisés, a cuja Lei deu uma nova interpretação (Mt 5:17- 48). Essa visão — confirmada pela narrativa da Transfiguração (Mt 17:3) — aparece também no cristianismo posterior (Jo 1:17.45).

    J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y...; f. f. Bruce, Acts...; C. Vidal Manzanares, El Hijo de Ra, Barcelona 1992; Idem, El judeo-cristianismo...


    Varão

    substantivo masculino Homem, sujeito adulto; pessoa do sexo masculino.
    Por Extensão Aquele que é corajoso, esforçado; quem age sem medo; viril.
    Por Extensão Quem é merecedor de respeito, de admiração; ilustre.
    adjetivo Pertencente ao sexo masculino: filho varão.
    Etimologia (origem da palavra varão). Do latim varro.onis.
    substantivo masculino Vara grande feita em metal ou ferro: varão de cortina.
    Armação de metal usada para proteger algo; grade: varão para portão.
    Etimologia (origem da palavra varão). Vara + ão.

    Varão Indivíduo do sexo masculino (Gn 2:23; Jo 1:30).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Êxodo 2: 11 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Quando Moisés estava grande, aconteceu naqueles dias que ele saiu a seus irmãos e atentou para as suas cargas; e viu que um egípcio feria um varão hebreu, um de seus irmãos.
    Êxodo 2: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1486 a.C.
    H1431
    gâdal
    גָּדַל
    crescer, tornar-se grande ou importante, promover, tornar poderoso, louvar, magnificar,
    (and make great)
    Verbo
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H1992
    hêm
    הֵם
    eles / elas
    (they)
    Pronome
    H251
    ʼâch
    אָח
    seu irmão
    (his brother)
    Substantivo
    H3117
    yôwm
    יֹום
    dia
    (Day)
    Substantivo
    H3318
    yâtsâʼ
    יָצָא
    ir, vir para fora, sair, avançar
    (And brought forth)
    Verbo
    H376
    ʼîysh
    אִישׁ
    homem
    (out of man)
    Substantivo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H4713
    Mitsrîy
    מִצְרִי
    os egípcios
    (the Egyptians)
    Adjetivo
    H4872
    Môsheh
    מֹשֶׁה
    Moisés
    (Moses)
    Substantivo
    H5221
    nâkâh
    נָכָה
    golpear, açoitar, atingir, bater, sacrificar, matar
    (should kill)
    Verbo
    H5450
    çᵉbâlâh
    סְבָלָה
    ()
    H5680
    ʻIbrîy
    עִבְרִי
    uma designação dos patriarcas e dos israelitas adj
    (the Hebrew)
    Adjetivo
    H7200
    râʼâh
    רָאָה
    e viu
    (and saw)
    Verbo


    גָּדַל


    (H1431)
    gâdal (gaw-dal')

    01431 גדל gadal

    uma raiz primitiva; DITAT - 315; v

    1. crescer, tornar-se grande ou importante, promover, tornar poderoso, louvar, magnificar, realizar coisas grandes
      1. (Qal)
        1. crescer
        2. tornar-se grande
        3. ser magnificado
      2. (Piel)
        1. fazer crescer
        2. tornar grande, poderoso
        3. magnificar
      3. (Pual) ser educado
      4. (Hifil)
        1. tornar grande
        2. magnificar
        3. fazer grandes coisas
      5. (Hitpael) magnificar-se

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    הֵם


    (H1992)
    hêm (haym)

    01992 הם hem ou (forma alongada) המה hemmah

    procedente de 1981; DITAT - 504; pron 3p m pl

    1. eles, estes, os mesmos, quem

    אָח


    (H251)
    ʼâch (awkh)

    0251 אח ’ach

    uma palavra primitiva; DITAT - 62a; n m

    1. irmão
      1. irmão (mesmos pais)
      2. meio-irmão (mesmo pai)
      3. parente, parentesco, mesma tribo
      4. um em relação a outro (relacionamento recíproco)
      5. (fig.) referindo-se a semelhança

    יֹום


    (H3117)
    yôwm (yome)

    03117 יום yowm

    procedente de uma raiz não utilizada significando ser quente; DITAT - 852; n m

    1. dia, tempo, ano
      1. dia (em oposição a noite)
      2. dia (período de 24 horas)
        1. como determinado pela tarde e pela manhã em Gênesis 1
        2. como uma divisão de tempo
          1. um dia de trabalho, jornada de um dia
      3. dias, período de vida (pl.)
      4. tempo, período (geral)
      5. ano
      6. referências temporais
        1. hoje
        2. ontem
        3. amanhã

    יָצָא


    (H3318)
    yâtsâʼ (yaw-tsaw')

    03318 יצא yatsa’

    uma raiz primitiva; DITAT - 893; v

    1. ir, vir para fora, sair, avançar
      1. (Qal)
        1. ir ou vir para fora ou adiante, ir embora
        2. avançar (para um lugar)
        3. ir adiante, continuar (para ou em direção a alguma coisa)
        4. vir ou ir adiante (com um propósito ou visando resultados)
        5. sair de
      2. (Hifil)
        1. fazer sair ou vir, trazer, liderar
        2. trazer
        3. guiar
        4. libertar
      3. (Hofal) ser trazido para fora ou para frente

    אִישׁ


    (H376)
    ʼîysh (eesh)

    0376 איש ’iysh

    forma contrata para 582 [ou talvez procedente de uma raiz não utilizada significando ser existente]; DITAT - 83a; n m

    1. homem
      1. homem, macho (em contraste com mulher, fêmea)
      2. marido
      3. ser humano, pessoa (em contraste com Deus)
      4. servo
      5. criatura humana
      6. campeão
      7. homem grande
    2. alguém
    3. cada (adjetivo)

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    מִצְרִי


    (H4713)
    Mitsrîy (mits-ree')

    04713 מצרי Mitsriy

    procedente de 4714; adj

    Egípcio(s) ou egípcia(s) = veja Egito “dificuldades dobradas”

    1. egípcio - um habitante ou cidadão do Egito
      1. um egípcio
      2. o egípcio

    מֹשֶׁה


    (H4872)
    Môsheh (mo-sheh')

    04872 משה Mosheh

    procedente de 4871, grego 3475 Μωσης; DITAT - 1254; n pr m Moisés = “tirado”

    1. o profeta e legislador, líder do êxodo

    נָכָה


    (H5221)
    nâkâh (naw-kaw')

    05221 נכה nakah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1364; v

    1. golpear, açoitar, atingir, bater, sacrificar, matar
      1. (Nifal) ser ferido ou golpeado
      2. (Pual) ser ferido ou golpeado
      3. (Hifil)
        1. ferir, golpear, bater, açoitar, bater palmas, aplaudir, dar um empurrão
        2. golpear, matar, sacrificar (ser humano ou animal)
        3. golpear, atacar, atacar e destruir, conquistar, subjugar, devastar
        4. golpear, castigar, emitir um julgamento sobre, punir, destruir
      4. (Hofal) ser golpeado
        1. receber uma pancada
        2. ser ferido
        3. ser batido
        4. ser (fatalmente) golpeado, ser morto, ser sacrificado
        5. ser atacado e capturado
        6. ser atingido (com doença)
        7. estar doente (referindo-se às plantas)

    סְבָלָה


    (H5450)
    çᵉbâlâh (seb-aw-law')

    05450 סבלה c ebalaĥ ou (plural) סבלות

    procedente de 5447; DITAT - 1458c; n f

    1. fardo, trabalho forçado, serviço compulsório, transporte de cargas

    עִבְרִי


    (H5680)
    ʻIbrîy (ib-ree')

    05680 עברי Ìbriy

    patronímico de 5677;

    Hebreu = “pessoa dalém de” n pr

    1. uma designação dos patriarcas e dos israelitas adj
    2. uma designação dos patriarcas e dos israelitas

    רָאָה


    (H7200)
    râʼâh (raw-aw')

    07200 ראה ra’ah

    uma raiz primitiva; DITAT - 2095; v.

    1. ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar
      1. (Qal)
        1. ver
        2. ver, perceber
        3. ver, ter visão
        4. examinar, ver, considerar, tomar conta, verificar, aprender a respeito, observar, vigiar, descobrir
        5. ver, observar, considerar, examinar, dar atenção a, discernir, distinguir
        6. examinar, fitar
      2. (Nifal)
        1. aparecer, apresentar-se
        2. ser visto
        3. estar visível
      3. (Pual) ser visto
      4. (Hifil)
        1. fazer ver, mostrar
        2. fazer olhar intencionalmente para, contemplar, fazer observar
      5. (Hofal)
        1. ser levado a ver, ser mostrado
        2. ser mostrado a
      6. (Hitpael) olhar um para o outro, estar de fronte