Enciclopédia de Êxodo 9:34-34

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ex 9: 34

Versão Versículo
ARA Tendo visto Faraó que cessaram as chuvas, as pedras e os trovões, tornou a pecar e endureceu o coração, ele e os seus oficiais.
ARC Vendo Faraó que cessou a chuva, e a saraiva, e os trovões, continuou a pecar: e agravou o seu coração, ele e os seus servos.
TB Tendo Faraó visto que a chuva, e a saraiva, e os trovões haviam cessado, tornou a pecar e endureceu o seu coração, ele e os seus servos.
HSB וַיַּ֣רְא פַּרְעֹ֗ה כִּֽי־ חָדַ֨ל הַמָּטָ֧ר וְהַבָּרָ֛ד וְהַקֹּלֹ֖ת וַיֹּ֣סֶף לַחֲטֹ֑א וַיַּכְבֵּ֥ד לִבּ֖וֹ ה֥וּא וַעֲבָדָֽיו׃
BKJ E quando Faraó viu que a chuva e o granizo e os trovões haviam cessado, pecou ainda mais, e endureceu seu coração, ele e os seus servos.
LTT Vendo Faraó que cessou a chuva, e a saraiva, e os trovões, pecou ainda mais; e endureceu o seu coração, ele e os seus servos.
BJ2 Faraó, porém, vendo que tinha cessado a chuva, as pedras e os trovões, continuou a pecar, e endureceu o seu coração, ele e os seus servos.
VULG Videns autem Pharao quod cessasset pluvia, et grando, et tonitrua, auxit peccatum :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Êxodo 9:34

Êxodo 4:21 E disse o Senhor a Moisés: Quando voltares ao Egito, atenta que faças diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão; mas eu endurecerei o seu coração, para que não deixe ir o povo.
Êxodo 7:14 Então, disse o Senhor a Moisés: O coração de Faraó está obstinado; recusa deixar ir o povo.
Êxodo 8:15 Vendo, pois, Faraó que havia descanso, agravou o seu coração e não os ouviu, como o Senhor tinha dito.
II Crônicas 28:22 E, ao tempo em que este o apertou, então, ainda mais transgrediu contra o Senhor; ele mesmo, o rei Acaz.
II Crônicas 33:23 Mas não se humilhou perante o Senhor, como Manassés, seu pai, se humilhara; antes, multiplicou Amom os seus delitos.
II Crônicas 36:13 Além disso, também se rebelou contra o rei Nabucodonosor, que o tinha ajuramentado por Deus; mas endureceu a sua cerviz e tanto se obstinou no seu coração, que se não converteu ao Senhor, Deus de Israel.
Eclesiastes 8:11 Visto como se não executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal.
Romanos 2:4 Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência, e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

As dez pragas

século XV ou XIII a.C.
De acordo com o livro de Êxodo, o Senhor ordenou que Moisés e seu irmão mais velho, Arão, se dirigissem ao faraó. Arão lançou diante do faraó o seu bordão e este se transformou numa serpente.' Os magos e feiticeiros dos egípcios conseguiram reproduzir esse feito com suas ciências ocultas, mas a vara de Arão engoliu a vara dos egípcios. Então, o Senhor lançou sobre a terra uma série de pragas devastadoras, culminando com a morte dos primogênitos do Egito. O escritor de Êxodo descreve pragas que mostram o controle do Senhor sobre diversos aspectos de sua criação e o contrasta implicitamente com a impotência dos deuses e da magia do Egito. Ele registra o propósito de Deus: "Saberão os egípcios que eu sou o Senhor, quando estender cu a mão sobre Egito e tirar do meio deles os filhos de Israel" (Éx 7.5). E possível sugerir explicações naturais para todas as pragas, com exceção da última; o caráter miraculoso das mesmas diz respeito à sua sequência devastadora e a fato de metade delas (as de número 4, 5, 7, 9 e
10) não ter atingido especificamente os israelitas.

1. Sangue
O nível das águas do Nilo se eleva em julho e agosto e chega ao seu ponto mais alto em setembro quando, normalmente o rio adquire um aspecto avermelhado devido à presença de partículas do solo suspensas na água. Neste caso, porém, trata-se de uma ocorrência incomum. Alguns estudiosos sugerem que milhões de organismos microscópicos chamados de flagelados, provavelmente originários do lago Tana, na Etiópia, conferiram às águas do Nilo a cor vermelha semelhante a sangue. Os peixes morreram, provocando mau odor e tornado a água impotável. Durante a noite, os flagelados precisariam de uma quantidade maior de oxigênio, mas durante o dia, o expeliriam. Essa variação poderia ser a causa da morte dos peixes, pois estes precisam de um nível constante de oxigênio.

2. Rãs
Sabe-se da ocorrência de invasões de rãs que saem do rio e vão para a terra no final do período de cheias (setembro-outubro). A água poluída poderia estimular as rás a saírem do rio e se espalharem pela terra (chegando a entrar nos aposentos do faraó). A morte súbita das rãs teria sido causada, talvez, pela contaminação dos peixes em decomposição.

3. Piolhos
Seres humanos e animais sofreram uma infestação de piolhos. O termo original também pode indicar um tipo de mosquito que talvez tenha se multiplicado nas poças que ficavam nas margens do Nilo quando as águas baixavam.

4. Moscas
Enxames densos de moscas (talvez mutucas) devastaram a terra. Esses insetos também podem ter se procriado nas poças às margens do rio.

5. Pestilência entre os animais
A quinta praga, possivelmente uma epidemia de antraz propagada pelas rãs, exterminou os rebanhos egípcios.

6. Úlceras
Tanto os seres humanos quanto os animais de toda a terra tiveram úlceras supurantes.

7. Granizo
Uma vez que o granizo é uma ocorrência incomum numa terra quente como o Egito, esta tempestade foi, sem dúvida, extraordinária. Arrasou todas as plantações e desfolhou as árvores. De acordo com Êxodo 9.31, o linho e a cevada já haviam florescido e foram destruídos pelo granizo, mas o trigo e o centeio ainda não tinham germinado. E possível inferir, então, que esta tempestade ocorreu em janeiro ou fevereiro.

8. Gafanhotos
Em março ou abril, os ventos orientais predominantes podiam trazer, talvez do Sudão, nuvens de gafanhotos migradores no seu estágio imaturo e mais voraz. Os insetos cobriram a terra até que esta escureceu e consumiram toda a vegetação que havia sobrevivido ao granizo.

9. Trevas
Os três dias de trevas podem ter sido causados pela hamsin, uma tempestade de areia comum no mês de março. Depois que os gafanhotos limparam toda a vegetação da terra, a tempestade levantou ainda mais pó.

10. A morte dos primogênitos
A décima praga ocorreu entre março e abril, quando os judeus de hoje celebram a Páscoa. Esta é a única praga para a qual não há nenhuma explicação natural, constituindo uma ocorrência inequivocamente sobrenatural. "Aconteceu que, à meia-noite, feriu o Senhor todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se assentava no seu trono, até ao primogênito do cativo que estava na cnxovia, e todos os primogênitos dos animais" (Êx 12.29).

A TRAVESSIA DO MAR
Os egípcios instaram os israelitas a deixar a terra. Êxodo 12.37 registra a partida de seiscentos mil homens, sem contar as mulheres e crianças. Considerando que o termo eleph (traduzido, em geral, como "mil") também pode significar ll grupos familiares alguns estudiosos sugerem um número muito menor. Depois de permitir a partida, o faraó mudou de ideia e perseguiu os escravos na tentativa de recuperar parte importante da força de trabalho do seu reino. Durante a noite, um forte vento oriental empurrou as águas do mar e o transformou em terra seca, permitindo as israelitas atravessar o mar em segurança. Então, o mar se fechou e afogou os egípcios que os perseguiam. Esse livramento dramático foi considerado na história subsequente de Israel como o acontecimento constitutivo do povo de Israel.

Em nossas traduções da Biblia, diz-se que as águas do "mar Vermelho" foram divididas e depois se fecharam sobre os perseguidores egípcios. A designação hebraica yam suph significa, na verdade, "mar de juncos" e, provavelmente se refere a um dos lagos rasos ao norte do golfo de Suez, e não ao que chamamos de mar Vermelho, ou seja, o próprio golfo de Suez. Evidencias geográficas, oceanográficas e arqueológicas sugerem que o golfo de Suez se estendia bem mais para o norte do que nos dias de hoje e que o lago Amargo se estendia bem mais para o sul. Existe a possibilidade de que os dois fossem ligados no segundo milênio a.C. Outros possíveis locais de travessia são os lagos Timsah e Ballah, mais ao norte.


Uma objeção levantada ocasionalmente é a impossibilidade de haver juncos em regiões alagadiças de água salgada. No entanto, alguns juncos e caniços tolerantes ao sal, chamados de halófilos, crescem em regiões desse tipo. Tanto Rashi (rabino Solomon ben Isaac), um estudioso do século XI, quanto os reformadores do século XVI Martinho Lutero e João Calvino adotaram a designação "mar de Juncos". Mas o nome "mar Vermelho" foi sedimentado em nosso linguajar devido ao seu uso na Septuaginta (a tradução grega do Antigo Testamento) e no Novo Testamento.

 

Por Paul Lawrence

As duas rotas possíveis que os israelitas usaram para cruzar o mar de Juncos em sua fuga do Egito
As duas rotas possíveis que os israelitas usaram para cruzar o mar de Juncos em sua fuga do Egito

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Êxodo Capítulo 9 do versículo 1 até o 35
5. A Morte do Gado (9:1-7)

Deus pacientemente continuou exigindo de Faraó (1) a liberação dos israelitas — o povo do concerto. Avisou que se o rei continuasse recusando deixá-los ir (2), viria outra praga. Deus poderia ter destruído Faraó em um instante e tirado seu povo do Egito, mas preferiu recorrer à vontade deste tirano perverso. O gado do Egito tornou-se o alvo desta quinta praga (3). Pela primeira vez a Bíblia faz menção a cavalos. Desconhece-se a natureza desta pestilência gravíssima, mas era fatal para o gado (6).

Os aspectos milagrosos desta praga são: a ocorrência no gado, que está no campo 3), afastado do contato com animais infetados; a isenção do gado dos israelitas (4) ; e o tempo exato do acontecimento (5).

Não devemos entender em sentido absoluto a declaração todo o gado dos egípcios morreu (6). Em hebraico, o termo todo designa grande número em vez de completude, totalidade." Ainda havia gado que sofreu com a sétima praga (20,21). Esta doença afetou

  1. gado que estava no campo (3). Além disso, o gado que morreu era do Egito, dando destaque ao fato de que o gado de Israel não morreu (4), e este pode ser o significado do versículo 6.

O coração de Faraó se endureceu de novo quando descobriu que o gado de Israel não foi atingido (7; cf. 7.13 e comentários ali). Ele permitiu que o ciúme e o ódio gerassem mais obstinação contra Deus. É possível que pensou em requisitar o gado de Israel para substituir o que perdera.

  1. A Sarna e as Úlceras (9:8-12)

Na sexta praga, como na terceira, não houve repetição da exigência a Faraó e ne-nhum aviso foi dado. Moisés estava perante o rei, pegou cinzas do forno (o forno de olaria onde se fabricavam tijolos) e as lançou no ar. As cinzas se tornaram "em tumores que se arrebentavam em úlceras nos homens e nos animais" (11, ARA). O milagre estava nas cinzas que se tornaram em pó miúdo (9) e se espalharam por todo o Egito, produ-zindo sarna ou furúnculos. Presumimos que Israel também escapou desta praga.

O texto menciona os magos (11), mas desta vez eles estão aflitos com a sarna, inca-pazes de competir com o poder de Deus ou de permanecer na presença de Moisés. Nada mais ficamos sabendo sobre esses magos por este registro bíblico.

Aqui, pela primeira vez, é mencionado que o SENHOR endureceu o coração de Faraó (12), cujo ato foi previsto em 7.3. O julgamento de Deus começara sobre este homem perverso, tornando seu coração ainda mais duro. Quando os homens persistem na desobediência, chega o momento em que Deus envia "a operação do erro, para que creiam a mentira" (2 Ts 2.11). Sobre o endurecimento do coração de Faraó ver comentá-rios em 7.13.

  1. O Granizo e o Fogo (9:13-35)

a) O pedido a Faraó (9:13-17). Esta praga foi prefaciada pela exigência e aviso freqüentemente repetidos (13,14). Entrementes, Faraó esperava seus visitantes indese-jáveis pela manhã cedo. Ele não conseguia se livrar destes homens que eram agouros do mal.

Embora as pragas não seguissem umas às outras com aumento de intensidade, ha-via um aumento global de perigo de vida. Moisés deveria dizer a Faraó: Esta vez envi-arei todas as minhas pragas sobre o teu coração, e sobre os teus servos, e sobre teu povo (14). A competição se aproximaria mais do rei ímpio e o impacto seria de maior intensidade. O propósito de Deus era claro: Para que saibas que não há outro como eu em toda a terra (14).

Esta praga continha várias características inéditas: "
1) É prenunciada com uma mensagem invulgarmente longa e excessivamente medonha (vv. 13-19). [...]

2) É a pri-meira praga que ataca a vida humana; e o faz em grande escala: todos os homens e animais expostos a esta calamidade perecem (v. 19).
3) É a mais destrutiva às proprieda-des que todas as outras anteriores. [...] (v. 31).

4) É acompanhada com demonstrações terríveis. [...] (v. 23).

5) É feita para testar o grau de fé ao qual os egípcios atingiram. [...] (v. 20) ".51 Granizo e trovão, ou até chuva, eram raros no Egito, e tais fenômenos climáti-cos que acompanhavam estas tempestades eram desconhecidos pelos egípcios.

As palavras: Agora tenho estendido a mão (15), são mais bem traduzidas por: "Já eu poderia ter estendido a mão" (ARA). O original hebraico transmite a possibilidade do passado. Deus estava dizendo que poderia ter dado um fim rápido a Faraó e seu povo. Só não o fizera porque queria mostrar o seu poder e dar glória ao seu nome (16). Deus alongara a vida de Faraó e permitira que ele continuasse resistindo para que Deus reve-lasse os grandiosos poderes de que dispunha a favor do povo que clamara a Ele. Por estes atos poderosos seu nome seria anunciado em toda a terra. É provável que não haja acontecimento na história que seja mais amplamente conhecido que a libertação de Israel do Egito. O versículo 17 é um desafio na forma de pergunta a Faraó: Tu ainda te levan-tas contra o meu povo, para não os deixar ir? Um rei que se exaltou contra o poder divino tornou-se meio de maior glória para Deus.

b) O aviso e a promessa (9:18-21). O aviso (18) dado aos egípcios, que até agora desconheciam o confronto que havia entre Faraó e Moisés, foi a oportunidade de se pro-teger e ao seu gado. Eles tinham de levar para casa os homens e os animais a fim de se protegerem (19). Alguns egípcios temeram a palavra do SENHOR (20) e tomaram medidas urgentes para se resguardar. Outros, porém, não deram atenção à palavra do SENHOR (21) e nada fizeram. Estes fatos nos fazem lembrar dos tempos do Novo Testa-mento. Quando Jesus falava, alguns criam em sua palavra, ao passo que outros não.

c) A intensidade da praga (9:22-26). Os fenômenos climáticos de trovões, saraiva e fogo devem ter sido terríveis (23-25). As pedras eram tão grandes que mataram ho-mens e animais e quebraram as árvores (25). Nunca houve algo assim na terra do Egito (24). As colheitas de cevada e linho estavam suficientemente germinadas para serem destruídas, enquanto que o trigo e o centeio (holius sorghum, não o centeio no sentido comum) 52 ainda estavam por germinar, por isso permaneceram incólumes (31,32). A mão protetora de Deus estava sobre os israelitas, que escaparam da tempestade na terra de Gósen (26).

d) A reação de Faraó (9:27-35). Desta vez, Faraó ficou tremendamente amedronta-do. Confessou: Pequei; o SENHOR é justo (27). Pediu demência e prometeu: Eu vos deixarei ir (28). Moisés atendeu o pedido de Faraó para que este soubesse que a terra é do SENHOR (29). Mas a esta altura Moisés sabia que o rei e seu povo ainda não temeriam diante do SENHOR Deus (30). É fácil para o indivíduo cujo coração é duro se endurecer ainda mais quando a adversidade passa (34; cf. 7.13 e comentários ali). Muitos confessam os pecados, fazem promessas e parecem arrependidos sob julgamento, mas acabam revelando o verdadeiro eu quando a dificuldade diminui. A profundidade da mudança é conhecida quando as circunstâncias externas mudam. No versículo 31: O linho, na cana significa "O linho estava em botão" (Moffatt).

Os versículos 27:30 retratam "O Falso Arrependimento".

1) Possui a característica de confissão, 27;

2) Reconhece a justiça de Deus, 27;

3) Admite a incapacidade pessoal e busca a ajuda de Deus, 28;

4) Promete melhorias, 28;

5) Carece do temor de Deus, 30.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Êxodo Capítulo 9 do versículo 1 até o 35
*

9:3

cavalos. O cavalo foi introduzido no Egito pelos hicsos (c. de 1700 a.C.).

camelos. Embora esporadicamente usado durante esse período (conforme Gn 12:16), o uso generalizado do camelo, no Egito, só começou bem mais tarde. Talvez camelos usados pelos comerciantes de caravanas, vindos da Arábia e de outros lugares, sejam referidos aqui.

* 9:5

certo tempo. A praga não ocorrera por mera coincidência. O relato bíblico não dá margem a explicações naturalistas (como uma epidemia de antraz proveniente das rãs mortas).

Amanhã. O prazo marcado sugere que Deus proveu tempo para os egípcios tementes a Deus abrigarem o seu gado (conforme vs. 18 e 19). Nem todo o gado dos egípcios sucumbiu diante dessa praga (vs. 9 e 19).

* 9:6

todo o rebanho. Visto que a praga seguinte também afeta o gado, esta frase deve designar ou "toda espécie de gado" ou todo o gado que se achava nos campos (v. 5, nota; conforme os vs. 18 e 19).

* 9:7

Ver 8.23 e nota.

* 9:8

mãos cheias. Isso foi feito na presença de Faraó, a fim de salientar o fato que o evento era sobrenatural.

* 9:11

magos. A derrota dos mágicos do Egito foi clara desde o começo, quando o cajado de Arão, que virara serpente, devorou as serpentes por eles produzidas (7.12). Eles foram capazes de imitar a água transformada em sangue, e de produzir rãs; mas só puderam imitar, e não reverter essas pragas (7.22; 8.7). Quando não puderam imitar a produção dos piolhos, disseram a Faraó que as pragas eram julgamentos divinos, e não artes mágicas (8.18,19). Finalmente, os magos egípcios retrocederam, feridos por tumores, derrotados e envergonhados (9.11).

* 9:14

Essas pragas (lit., "golpes") demonstravam o poder da mão de Deus ferindo o Egito (3.20; 7.25; 12.13). As três últimas pragas caem quando o cajado do Senhor foi estendido na direção do céu, da terra e do céu (9.22; 10.13,21).

* 9:15-16

Os juízos divinos são temperados com a misericórdia. Deus evita uma destruição total a fim de que os egípcios saibam de seu poder e se arrependam (v. 15). Ademais, os juízos de Deus contra Faraó fariam o nome de Deus ser proclamado entre as nações.

* 9:20-21

Pelo menos alguns egípcios aprenderam a temer a palavra de Deus (10.7).

* 9:23

trovões. Lit. "vozes". Não foi chuva de pedras natural, quando falou a voz "trovejante" de Deus (subentendendo a sua soberania sobre toda a criação), em seu julgamento (Sl 23:9-9).

* 9:25

quebrou todas as árvores. Ver Sl 29:5.

* 9:27

pequei. Faraó confessa sua culpa pela primeira vez, mas as palavras "esta vez" mostram a superficialidade de sua confissão. Embora não acreditando nele, Moisés mostra o poder de Deus sobre a terra, fazendo parar a chuva de pedras.

* 9:31-32

na espiga... em flor... ainda não haviam nascido. Ver referência lateral no v. 32. Essa informação parece marcar janeiro-fevereiro, um período em que as tempestades eram comuns no Egito. O linho estava em botão em janeiro; e a cevada estava na espiga; seria colhida em fevereiro.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Êxodo Capítulo 9 do versículo 1 até o 35
9:1 Esta foi a quinta vez que Deus mandou ao Moisés ao Faraó com a demanda: "Deixa sair a meu povo!" Possivelmente nesses momentos Moisés estava cansado e desanimado, mas continuou obedecendo. Existe um conflito difícil que você deve enfrentar uma e outra vez? Não se renda quando souber o que é quão correto deve fazer. Como Moisés o descobriu, a persistência será recompensada.

9:12 Deus deu a Faraó muitas oportunidades para escutar as advertências do Moisés. Mas finalmente parece que Deus disse: "Está bem, Faraó, que seja a sua maneira", e o coração de Faraó se endureceu permanentemente. Acaso endureceu Deus o coração de Faraó de propósito e anulou seu livre-arbítrio? Não, só confirmou que Faraó escolheu livremente uma vida de rechaço a Deus. Da mesma maneira, depois de uma vida resistindo a Deus, pode que lhe seja impossível voltar-se para O. Não espere até o momento oportuno para fazê-lo. Faça-o agora enquanto tem oportunidade. Se sempre passar por cima a voz de Deus, à larga não poderá escutá-la nunca.

9:20, 21 O gado tinha morrido em todo o Egito por uma praga anterior (9.6), como puderam os escravos de Faraó guardar seu gado em casa? A possível resposta é que a praga anterior matou aos animais do campo (9.3), mas não aos que estavam sob refúgio.

9.27-34 depois de prometer que deixaria sair aos hebreus, Faraó rompeu sua promessa imediatamente e originou até maiores problemas ao país. Suas ações revelaram que seu arrependimento não era genuíno. Quando pretendemos trocar e não o fazemos, machucamos a nós mesmos e a outros.

AS PRAGAS

O que ocorreu e com que Resultado

Sangue 7:14-24

Os peixes morrem, o rio fede, a gente não tem água

Os magos de Faraó imitam o milagre com "artes secretas" e Faraó não se altera

Rãs 8:1-15

Saem rãs da água e cobrem completamente a terra

Uma vez mais os magos de Faraó imitam o milagre com feitiçaria e Faraó permanece imutável

Piolhos 8:16-19

Todo o pó do Egito se converte em um pulular de piolhos

Os magos não podem imitar isto, dizem que é o "dedo de Deus". Mas o coração de Faraó permanece duro

Moscas 8:20-32

Toda classe de moscas cobrem a terra

Faraó promete deixar sair aos hebreus, mas logo endurece seu coração e se nega

Ganho 9:1-7

Morre todo o gado egípcio, mas o dos israelitas nem sequer se doente

Faraó segue negando-se a deixar sair ao povo

Ulcera 9:8-12

Terríveis sarpullidos brotam em cada um dos egípcios

Os magos não podem responder pois também têm sarpullido. Faraó se nega a escutar

Granizo 9:13-35

Tormentas de granizo matam a todos os escravos e a quão animais não estão protegidos e rasga e destrói quase todas as novelo

Faraó reconhece seu pecado, mas troca de parecer e se nega a deixar sair ao Israel

Lagosta 10:1-20

As lagostas cobrem o Egito e se comem tudo o que fica depois do granizo

Todo mundo aconselha a Faraó que deixe sair aos hebreus, mas Deus endurece o coração de Faraó e ele se nega

Trevas 10:21-29

Uma completa escuridão cobre ao Egito durante três dias de tal forma que ninguém pode nem sequer mover-se, exceto os hebreus que têm a luz como sempre

Faraó promete uma vez mais que deixará sair aos israelitas mas outra vez troca de parecer

Morte dos primogênitos 11:1-12.33

Morre o primogênito de todo o povo e do gado egípcio, mas o Israel é preservado

Faraó e os egípcios apressam ao Israel para que saia rapidamente, mas Faraó troca outra vez de parecer e os persegue


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Êxodo Capítulo 9 do versículo 1 até o 35
e. Quinta Plague-Doença da Pecuária (9: 1-7)

1 Então disse o SENHOR a Moisés: Vai a Faraó e dize-lhe: Assim diz o Senhor, o Deus dos hebreus: Deixa ir o meu povo, que me sirva. 2 Porque, se recusares deixá-los ir, e retiveres -los ainda, 3 eis que a mão do Senhor será sobre teu gado, que está no campo, sobre os cavalos, sobre os jumentos, sobre os camelos, sobre os bois e sobre as ovelhas: haverá uma pestilência muito grave. 4 E o Senhor fará uma distinção entre o gado de Israel eo gado do Egito; e não morrerá nada de tudo o que pertence aos filhos de Israel. 5 E o Senhor assinalou certo tempo, dizendo: Amanhã o Senhor deve fazer esta coisa na terra. 6 E o Senhor fez isso no dia seguinte; e todo o gado dos egípcios morreu; porém do gado dos filhos de Israel não morreu nenh1. 7 E Faraó mandou ver, e eis que não era tanto como uma das gado dos israelitas mortos. Mas o coração de Faraó se endureceu, e não deixou ir o povo.

Mais uma vez o Senhor advertiu Faraó através de Moisés que, se ele não deixou ir o povo, Ele enviaria uma praga ou peste em todo o seu gado que estavam nos campos ou em locais abertos. A "peste" é simplesmente uma palavra em Inglês que significa uma praga ou peste perniciosa, especialmente uma que afeta animais domésticos ou plantas. Finegan acredita que esta praga ocorreu em dezembro-janeiro, depois de alguns dos bovinos tinha sido deslocado para as pastagens de onde as inundações águas tinham diminuído. Aqui onde as rãs foram empilhados, eles contraíram a mesma doença antraz pavor que tinha matado os sapos. Mais uma vez o Senhor obteve uma vitória clara sobre os falsos deuses do Egito. A deusa Hathor era simbolizado por um touro, eo Apis-bull foi venerado durante séculos no Egito. Na verdade, todos os touros eram sagrados. Agora o Senhor mostrou a loucura de tal superstição. Novamente Ele dividiu entre o Egito e Israel, e não um animal morrendo em Goshen. Desta vez, o interesse do Faraó era suficientemente excitada para verificar o factualness desta divisão, mas ainda assim seu coração era obstinado e ele se recusou a obedecer a ordem de Jeová.

f. Sexta-Plague Ferve (9: 8-12)

8 E disse o SENHOR a Moisés ea Arão: Tomai mancheias de cinza do forno, e Moisés a espalhe para o céu diante dos olhos de Faraó. 9 e ela se tornará em pó fino sobre toda a terra do Egito, e deve ser ferver irrompendo com blains sobre o homem e sobre os animais, em toda a terra do Egito. 10 E eles tomaram cinza do forno, e se diante de Faraó; e Moisés a espalhou para o céu; e tornou-se uma fervura irrompendo com blains sobre o homem e sobre os animais. 11 Os magos não podiam parar diante de Moisés, por causa dos tumores; porque havia tumores nos magos, e em todos os egípcios. 12 E o Senhor endureceu o coração de Faraó, e ele não lhes deu ouvidos; como o Senhor tinha dito a Moisés.

Nas três primeiras pragas, Moisés e Arão tinha usado a vara de Deus. Nenhuma menção é feita na quarta e quinta. Na sexta, um instrumento visível diferente é usado. Moisés era a "tomar dois punhados de cinza do forno" e "atirá-lo para o céu", e não haveria irromper uma epidemia de furúnculos ou feridas invadir pústulas sobre o homem e sobre os animais . É possível que esta era uma extensão da epidemia de antraz que tinha atingido o gado na quinta praga. No fim repentino é mencionado para que a peste. Agora que ele atinja o estoque nas bancas e dobras, e deles para o povo da terra. Esta doença é caracterizada por ulcerações da pele e a formação de pústulas. Ela afeta principalmente as pernas e pés, sendo comumente chamado de "pé negro." Os magos eram incapazes até mesmo de parar diante de Moisés por causa disso. Ela é transmitida principalmente pelas Stomoxys calcitrans , um dos insectos mencionados em ligação com a quarta praga.

Agora, depois de teimosia de Faraó tinha sido plenamente demonstrada, depois de ter duas vezes quebrado sua promessa de deixar ir Israel, o Senhor deu-lhe para o pecado voluntário que havia escolhido (ver comentários sobre Ex 4:21 ).

g. Seventh Plague-Hail (9: 13-35)

13 E disse o SENHOR a Moisés: Levanta-se cedo pela manhã, e diante de Faraó, e dize-lhe: Assim diz o Senhor, o Deus dos hebreus: Deixa ir o meu povo, que me sirva. 14 Porque desejo este vez enviarei todas as minhas pragas sobre o teu coração, e sobre os teus servos, e sobre o teu povo; para que saibas que não há outro como eu em toda a terra. 15 Por agora eu tinha colocado a minha mão, e ferido a ti e ao teu povo com pestilência, e tu terias sido cortado da terra: 16 , mas na verdade, para esta causa eu te fiz ficar em pé, para te mostrar o meu poder, e que o meu nome seja anunciado em toda a terra. 17 Até o momento que te exaltas contra o meu povo, que tu não deixá-los ir? 18 Eis que to- Amanhã a estas horas eu vou chover saraiva mui grave, como nunca houve no Egito, desde o dia em que foi fundado até agora. 19 Agora, pois, manda acelerar em teu gado e tudo o que tens no campo; para todo homem e animal que se acharem no campo, e não deve ser levado para casa, a saraiva cairá sobre eles, e morrerão. 20 Ele temia que a palavra do Senhor entre os servos de Faraó fez seus servos e seu gado fugir para as casas: 21 e aquele que não considerava a palavra do Senhor, deixou os seus servos eo seu gado no campo.

22 E disse o SENHOR a Moisés: Estende a tua mão para o céu, que pode haver saraiva em toda a terra do Egito, sobre os homens e sobre os animais, e sobre toda a erva do campo, por toda a terra do Egito. 23 E Moisés estendeu a sua vara para o céu, o Senhor enviou trovões e saraiva, e fogo desceu à terra; eo Senhor fez chover granizo sobre a terra do Egito. 24 E havia saraiva e fogo misturado entre a saraiva, tão grave, como não tinha sido em toda a terra do Egito, desde que se tornou uma nação. 25 E a saraiva feriu, em toda a terra do Egito, tudo quanto havia no campo, desde os homens até aos animais; e feriu também toda erva do campo, e quebrou todas as árvores do campo. 26 Somente na terra de Goshen, onde os filhos de Israel foram, não houve saraiva.

27 Então Faraó mandou chamar Moisés e Arão, e disse-lhes: Pequei desta vez:. O Senhor é justo, mas eu eo meu povo ímpios 28 Entreat Jeová; pois não tem sido suficiente de estes trovões poderosos e granizo; e eu vou deixar você ir, e vos não ficar. 29 E Moisés disse-lhe: Assim que eu tiver saído da cidade, estenderei minhas mãos ao Senhor; trovejar cessarão, e não haverá, mais saraiva, para que saibas que a terra é do Senhor. 30 Mas, quanto a ti e aos teus servos, eu sei que vocês ainda não vai temer a Jeová Dt 31:1 ; Ex 8:22 ). O Senhor lembrou Faraó, que ele poderia facilmente ter aniquilado os egípcios por agora, mas que Ele os havia preservado a fim de melhor demonstrar o Seu poder sobre eles, para que todo o mundo soubesse. Depois, veio o anúncio da sétima praga, a chuva de granizo mais mortífero de sempre a atacar o Egito, e o aviso de que homens e dos animais ser trazidos para fora dos campos para que não morram. É interessante notar que, enquanto Faraó teimosamente se recusou a ser convencido, algumas de suas pessoas estavam prontas para ouvir.

Quando o faraó procurou libertação da segunda praga, ele havia nomeado "amanhã" como o prazo para a remoção das rãs. A partir de então, em cada praga que foi anunciado com antecedência, para Faraó (o quarto, quinto, sétimo e oitavo), o tempo determinado foi de amanhã . E assim, no dia seguinte, sob vara erguida de Moisés, a tremenda tempestade de granizo veio. No Egito superior, a parte sul de Goshen (onde habitou Israel e onde não caiu granizo), chuvas de granizo podem ocorrer em qualquer época do ano. Em Goshen eles ocorrem apenas no verão. Esta chuva de granizo é datado pelo fato de linho em flor e cevada na orelha, mas o trigo e espelta ainda não foram maturados. O linho é geralmente em flor lá no final de janeiro e a cevada colhida em fevereiro, enquanto o trigo e espelta não são colhidas até o final de março. Assim, a chuva de granizo atingiu perto do final de janeiro ou início de fevereiro. Foi acompanhado por um raio (v. Ex 9:24) e do trovão (vv. Ex 9:28 , Ex 9:29 , Ex 9:33 , Ex 9:34 ). E sua destruição foi fenomenal, matando o homem e besta, rasgando a vegetação, quebrando as árvores, destruindo as plantações de linho e cevada.

Novamente o faraó chamou Moisés e pediu trégua, prometendo para a terceira hora de deixar ir o povo. Moisés disse que iria pedir ao Senhor para parar o granizo, mas ele sabia que o Faraó e os seus servos que ainda não temer a Jeová Deus . E quando a tempestade amainou, Faraó pecou ainda mais, fazendo com que seu coração obstinado e permitindo que ela cresça duro. Até este ponto, o faraó tinha tomado a iniciativa no processo de endurecimento que operou a sua destruição final. Apenas uma vez (Ex 9:12) que se diz antes desta que o Senhor endureceu o seu coração. Mas uma vez que é dada essa dupla referência ao seu próprio endurecimento, o seu destino é, aparentemente, selado. Desse momento em diante o endurecimento é atribuída inteiramente ao Senhor (ver comentários sobre Ex 4:21 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Êxodo Capítulo 9 do versículo 1 até o 35
  1. "Mas eis que não crerão" (Ex 4:1-9)

Contudo, Deus acabara de dizer que acreditariam nele (3:18), portanto essa afirmação não era nada além de total descrença. Deus fez dois milagres para Moisés—o bordão transformou-se em serpente, e a mão dele ficou leprosa. Essas seriam suas credenciais diante do povo. Deus pega o que temos à mão e usa isso, se apenas confiarmos nele. O bordão, por si mesmo, não seria nada, mas nas mãos de Deus transformou-se em poder. A própria mão de Moisés matara um homem, mas, no segundo milagre, Deus mostrou a Moisés que pode curar a fraqueza da carne e usá- lo para sua glória. As mãos dele não eram nada, mas nas mãos de Deus po-diam fazer maravilhas! Depois, Deus acrescentou um terceiro sinal —trans-formar a água em sangue. Esses sinais convenceríam o povo de Deus (Ex 4:29- 31), mas eram apenas imitados pelos egípcios ímpios (Ex 7:10-25).

  1. "Eu nunca fui eloqüente" (Ex 4:10-17)

Deus disse: "Eu Sou" — e tudo que Moisés dizia era: "Eu não sou!". Ele olhava para si mesmo e para suas fraquezas, em vez de olhar para Deus e seu poder. Nesse caso, Moi-sés argumentou que não era eloqüente. Contudo, o mesmo Deus que fizera sua boca podia usá-la. Deus não precisa de eloquência nem de oratória: ele precisa ape-nas de um vaso puro que possa se encher ''cõmTTua mensagem. No 'versículo 13, Mõises“cTãTríãrT/Envia aquele que hás de enviar, menos a mim". Essa atitude de descrença enraiveceu Deus, contudo ele de-signou Arão para ser ajudante de Moisés. Infelizmente, Arão, mais de uma vez, foi mais um obstáculo que uma ajuda! Ele levou a nação à idolatria (32:15-28) e murmurou '^ontra~Moisés (Nu 12:0). Deus teve de disciplinar Moisés (talvez, pela doença) para lembrá-lo de sua obrigação. Como ele poderia guiar Israel se fracassava em guiar a própria família nas coisas espi-rituais? Mais tarde, Moisés manda, sua família de volta para Midiã (veja 18:2).

  1. A liderança do Senhor (vv. 27-28)

Deus prometera que Arão viria (v. 14) e, agora, cumpria sua promes-sa. Ao mesmo tempo que Moisés e Arão tinham suas fraquezas e que cada um deles fracassou mais de uma vez com Deus, era uma grande ajuda para Moisés ter o irmão a seu lado. Eles encontraram-se no "mon-te de Deus", local onde Moisés vira a sarça ardente (3:1).

  1. A aceitação do povo (vv. 29-31)

Isso também é o cumprimento da Palavra de Deus (3:18). Infelizmen-te, esses mesmos judeus que rece-beram Moisés e inclinaram a cabe-ça para Deus, depois o odiaram e o criticaram por causa do aumento de trabalho que tiveram (5:19-23). É sábio não pôr nossas esperanças na reação das pessoas, pois, com frequência, ‘as pessoas deixam de cumprir seus compromissos.

  1. A ordem

Sete vezes nesse capítulo, Deus diz ao faraó: "Deixa ir o meu povo" (veja 5:1; 7:16; 8:1,20; 9:1,13 10:3). Essa ordem revela que Israel estava na escravidão, mas Deus queria-o livre para servir-lhe. Essa é a condição de todo pecador perdi-do: escravização ao mundo, à car-ne e ao mal (Ef 2:1-49).

"Quem é o Senhor para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel", foi a resposta do faraó à ordem de Deus (5:2). O mundo não respeita a Palavra de Deus, pois para ele são "palavras mentirosas" (5:9). Moisés e Arão apresentam a or-dem de Deus ao faraó, e o resulta-do foi mais escravidão para Israel! O pecador entrega-se à Palavra de Deus ou resiste a ela e endurece (veja 3:18-22 e 4:21-23). Em um sentido, Deus endureceu o co-ração do faraó ao apresentar-lhe suas reivindicações, mas o pró-prio faraó endureceu o coração ao resistir às reivindicações de Deus. O mesmo sol que derrete o gelo endurece o barro.

Infelizmente, o povo de Israel procurou o faraó em busca de aju-da, em vez de procurar o Senhor que prometera libertá-lo (5:15-19). Não é de admirar que os judeus não fossem capazes de concordar com Moisés (5:20-23) e o acusassem, em vez de encorajá-lo. Os crentes que não têm comunhão com Deus trazem pesar para seus líderes, em vez de ajuda. Com certeza, Moisés estava desencorajado, mas ele fez o que sempre é melhor — levou seu problema ao Senhor. No capítulo 6, Deus encorajou Moisés ao lem-brá-lo de seu nome (6:1-3), de sua aliança (6:4), de sua preocupação pessoal (6:
5) e de suas promessas fiéis (6:6-8). O "EU SOU" e "FAREI" de Deus são suficientes para derro-tar o inimigo! O propósito de Deus ao permitir que o faraó oprimisse Israel era fazer com que o mundo conhecesse o poder e a glória do Senhor (6:7; 7:5, 17; 8:10, 22; veja Rm 9:17).

Montou-se o cenário: o faraó recusou a ordem de Deus, e, ago-ra, o Senhor mandaria seu julga-mento sobre o Egito. Ele cumpriría sua promessa de Gênesis 12:3 de julgar as nações que perseguissem os judeus. Ele revelaria seu poder (9:16), sua ira (Sl 78:43-19) e sua grandeza, mostrando que os deuses do Egito eram falsos deuses, e que Jeová é o único Deus verdadeiro (12:12; Nu 33:4).

  1. O conflito

As dez pragas do Egito represen-tam muitas coisas: (1) eram um si-nal para Israel que lhe assegurava o poder e o cuidado de Deus, 7:3; (2) eram pragas de julgamento para o Egito a fim de punir seu povo por perseguir Israel e de mostrar a inu-tilidade dos deuses dele, 9:14; e (3) eram profecias de julgamentos por vir, conforme Apocalipse revela.

Observe a seqüência das pra-gas. Elas dividem-se em três grupos, com três pragas em cada grupo. A décima praga (morte dos primogê-nitos) foi a última:

  1. A água transforma-se em san-gue, Ex 7:14-25 (advertência em Ex 7:16)
  2. Rãs, 8:1 -15 (advertência em Ex 8:1)
  3. Piolhos, Ex 8:16-19 (sem adver-tência, e os magos não pude-ram copiar, Ex 8:1 8-19)
  4. Moscas, Ex 8:20-24 (advertência em Ex 8:20)
  5. Peste no gado, Ex 9:1-7 (adver-tência em Ex 9:1)
  6. Úlceras e tumores nas pesso-as, 9:8-12 (sem advertência, os magos foram afligidos, Ex 9:11)
  7. Chuva de pedras, fogo, 9:13- 35 (advertência em Ex 9:13)
  8. Gafanhotos, Ex 10:1-20 (adver-tência em Ex 10:3)
  9. Trevas espessas, Ex 10:21-23 (sem advertência, o faraó recusou-se a ver Moisés de novo, Ex 10:27-29)
  10. Morte dos primogênitos, Ex 11-.12 (o julgamento final).

Na verdade, as pragas eram uma declaração de guerra aos deuses do Egito (veja 12:12). Os egípcios adoravam o rio Nilo como um deus, porque esse rio era fonte de vida para eles (Dt 11:1 Dt 11:0-5); rãs (Ex 16:13); úlceras malignas e per-niciosas (16:2); chuva de pedras e fogo (Ex 8:7), gafanhotos (Ex 9:1 ss); e tre-vas (Ex 16:10).

Os magos egípcios consegui-ram copiar alguns dos milagres de Moisés — transformar o bordão em serpente (Ex 7:8-13), e a água, em san-gue (7:19-25), e fazer aparecer as rãs (Ex 8:5-7). Contudo, eles não con-seguiram transformar o pó em pio-lho (Ex 8:16-19). Em 2Tm 3:8-55, somos advertidos de que, nos últi-mos dias, falsos mestres se oporão a Deus ao imitar seus milagres. Veja II Tessalonicenses 2:9-10. Satanás é um falsificador que engana o mun-do perdido ao imitar o que Deus faz (2Co 11:1-47,2Co 11:13-47)

Deus exige separação total do mun-do, a amizade com o mundo é inimizade com Deus (Jc 4:4). Os egípcios poderiam se ofender se vissem os judeus sacrificar seu gado a Jeová, já que adoravam vacas. Os crentes devem sair "do meio deles" e separar-se (2Co 6:1 2Co 6:7, NVI).

  1. Não se afastar muito (Ex 8:28)

O mundo diz: "Não seja fanático!". "E bom ter religião, mas não leve isso a sério demais". Aqui, temos a tentação de ser "crentes limítrofes", os que tentam se manter próximos do mundo e de Deus ao mesmo tempo.

  1. Apenas os homens podem ir (Ex 10:7-11)

Isso significa deixar as mulheres e as crianças no mundo. A fé envolve toda a família, não apenas os ho-mens. É privilégio do marido e do pai liderar a família nas bênçãos do Senhor.

  1. Manter as posses no Egito (10:24-26)

Satanás ama segurar nossas rique-zas materiais para que não possa-mos usá-las para o Senhor. Tudo que temos pertence a Cristo. E Jesus disse-nos: "Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração" (Mt 6:21). Que tragédia roubar a Deus ao deixar nossos "rebanhos e gados" para Satanás usar (Ml 3:8-39).

Moisés recusou fazer cada uma das concessões, pois não podia fazer concessões a Satanás e ao mundo e ainda agradar a Deus. Podemos pensar que vencemos ao pacificar o mundo, mas estamos enganados. Deus exige obediência total, separa-ção completa do mundo. Realizou- se isso com o sangue do cordeiro e a travessia do mar Vermelho, retratos da morte de Cristo na cruz e de nossa ressurreição com ele, libertando-nos "deste mundo perverso" (Gl 1:4).

  1. ponto principal dessa seção é o cordeiro. A Páscoa marca o nasci-mento da nação de Israel e sua li-bertação da escravidão. Esse grande evento também retrata Cristo e sua obra na cruz Jo 1:29; 1Co 5:7-46; 1Pe 1:18-60).

Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Êxodo Capítulo 9 do versículo 1 até o 35
9.1 Assim diz o Senhor. Se o crente desejar falar com autoridade e com poder, antes de mais nada tem que possuir a certeza de que Deus lhe deu uma mensagem para transmitir aos seus semelhantes. Só aqueles que crêem que a Bíblia é a Palavra de Deus, e que a ela submetem sua vida, têm autoridade para falar ao povo em nome de Deus. Para que me sirva. A finalidade da nossa redenção é salvar-nos da escravidão do pecado, para servirmos a Deus, com alegria aqui na terra, como nos céus.

9.4 Distinção. Mais uma vez, veio uma prova definida que não se trata de acontecimentos naturais; o próprio Faraó teria verificado que a pestilência não atingiu o gado dos israelitas (7).

9.7 Porém. O processo de rebelião contra Deus se desenvolveu de tal maneira que Faraó nem mais precisou de motivos, nem de desculpas para recusar deixar ir o povo de Deus. Assim também cada parábola de Jesus dava mais sabedoria para aqueles que quisessem ouvir, e confundia cada vez mais aqueles que apenas presenciassem suas pregações por curiosidade.

9.9 Úlceras. Se os homens não atentam para a perda dos seus bens, então a disciplina se estende até a própria carne (2:4-18).

9.11 Tumores nos magos. Longe de remover a praga, os magos são vitimas dela, e nunca mais aparecem nesta história como conselheiros de Faraó. Assim também o ser humano que pensa ser um livre-pensador, já é vítima da situação que tenta analisar.

9.14 Para que saibas. A praga da chuva de pedras é especificamente descrita como sendo um sinal da autoridade soberana de Deus, e é justamente na história desta praga que sabemos que um grupo de oficiais egípcios temia à palavra do Senhor (20). A misericórdia de Deus sempre está ao alcance dos homens.

9.15 Cortado da terra. As mesmas pragas, que tanto dano causaram, podiam ter sido concentradas em torno da pessoa de Faraó, para eliminá-lo da terra, mas o rebelde recebe permissão para sobreviver e assim deixar para a posteridade um exemplo sobre o que acontece quando o chefe, embora de um grande império, quer endeusar-se a si mesmo, resistindo assim a Deus. Que este propósito surtiu efeito, temos prova em 1Sm 4:8).

9.30 Não temeis. Moisés não ignorava a malícia do coração humano, mas nem por isso deixou de interceder por Faraó.

9.32 Não sofreram dano. Um parêntese que nos ensina sobre a misericórdias de Deus -ainda haveria comida para o povo simples do Egito, que recebera uma última trégua (cf. 10-15).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Êxodo Capítulo 9 do versículo 1 até o 35

9) As pragas sobre o rebanho e o povo (9:1-12)
v. 3. praga: a palavra não é mais específica do que isso. E possível que tenha sido uma epidemia de antraz, embora o v. 6 faça crer que ocorreu a destruição repentina e ampla dos rebanhos. Mas somente os animais nos campos parecem ter sofrido; conforme comentário do v. 6. camelos, provavelmente, eram pouco numerosos no Egito do século XIII a.G. v. 4. distinção: conforme 8.22,23. Aparentemente, os israelitas ainda possuíam rebanhos, apesar de suas privações (conforme Gn 46:31-34). v. 6. Todos os rebanhos dos egípcios deve se referir ou aos animais no campo (conforme v. 3) ou ser entendido como hipérbole (conforme comentário Dt 1:7); os v. 19,20 se referem a mais rebanhos no campo. v. 8. A praga seguinte traz sofrimento tanto para animais quanto para seres humanos. v. 9. feridas purulentas: Dt 28:27 menciona as “úlceras do Egito” como um castigo a ser evitado. A palavra ocorre diversas vezes em Lv 13, entre os sintomas da “lepra”. O antraz de pele e de feridas são os diagnósticos mais próximos que têm sido sugeridos, v. 11. Os magos, que já haviam sido forçados a admitir a derrota (8.18,19), sofrem com a vergonha adicional de contrair a praga assim como o restante da população.


10)    A praga do granizo (9:13-35)
O anúncio da sétima praga é prefaciado com algumas palavras de explicação em benefício do rei. A essa altura, ele já deveria ter descoberto que em todo o processo havia estado à mercê do Deus dos hebreus, v. 14. mandarei desta vez todas as minhas pragas: a NLT traz “vou enviar uma praga que realmente vai falar com você”, v. 16. Conforme Rm 9.17. Sem saber, o rei estava ajudando a aumentar a reputação (nome) de Deus. v. 18. O Egito não tinha tempestades de granizo com tanta freqüência; essa seria de uma intensidade inusitada, v. 19. rebanhos', conforme comentário do v. 6. Os v. 19,20 introduzem um novo elemento. Deveria haver a oportunidade para que os egípcios se protegessem da tempestade de granizo. Alguns egípcios se valeram da sua inteligência e tiraram todos os homens e animais do campo. v. 29. erguerei as mãos: observe quase a mesma expressão no v. 22. Essa é a atitude na oração, como em lRs 8.22 etc. v. 31. Um importante indicador de tempo é fornecido com a menção de linho e cevada. O estágio em que são descritos ocorreria em janeiro e fevereiro, v. 32. o trigo e o centeio viriam um mês ou dois mais tarde.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Êxodo Capítulo 9 do versículo 1 até o 35
Êx 9:1

5. A MORTE DO GADO (Êx 9:1-7). Certo tempo (5). A peste dos animais até certo ponto não era fenômeno desconhecido no Egito. A prova da mão de Deus, neste caso, foi dada pelo fato que veio no tempo assinalado, que os israelitas estiveram isentos da peste em seus animais, e que a praga afetou somente o gado exposto nos campos. Amanhã (5). Foi dado prazo para qualquer egípcio crente tirar seu gado do campo aberto. Todo (6), isto é, literalmente todo o gado que ficara no campo. Se endureceu (7). Faraó ficou pouco impressionado, provavelmente por ter sido pessoalmente menos afetado pela praga.

>Êx 9:8

6. A PRAGA DA SARNA (Êx 9:8-12). Disse o Senhor (8). Tal como a terceira, esta praga foi enviada sem aviso, como um julgamento. Os magos não podiam parar (11). Agora não só foram incapazes de imitar o milagre, mas também foram vítimas do julgamento; ver 2Tm 3:8-55. O Senhor endureceu (12). O endurecimento voluntário começou agora a ser punido com endurecimento judicial. Ver 4.21 nota.

>Êx 9:13

7. A PRAGA DA SARAIVA (Êx 9:13-35). Todas as minhas pragas sobre o teu coração (14). Aqui começa a última série de golpes infligidos por Deus que finalmente haveriam de esmagar a resistência do empedernido coração de Faraó. O julgamento haveria de sobrevir de tal modo que Faraó libertaria seus cativos; contudo, apesar de reconhecer o poder soberano sem igual de Deus, permaneceria irreconciliado com Ele. O coração de Faraó foi ferido, mas permaneceu endurecido. Tenho estendido minha mão (15). A última cláusula do versículo 14 explica por que Deus não tinha destruído Faraó e seu povo anteriormente, e essa razão é novamente dada no versículo 16, "deveras para isto te mantive", isto é, "te conservei vivo". A preservação de Faraó e dos egípcios tinha em vista revelar mais manifestamente a eles o poder e o caráter de Deus: ver Rm 9:16-45. Enquanto permanecessem vivos, serviriam como objetos das atividades e dos justos juízos de Deus, pois se não fosse isso há mais tempo tê-los-ia destruído. Agora aproximava-se o tempo quando não apenas suas propriedades mas suas próprias pessoas começariam a ser feridas. Recolhe o teu gado (19). Deus não é um bárbaro. Foi dada oportunidade até mesmo aos egípcios para que demonstrassem, por esse ato exterior, que acreditavam no Senhor e respeitavam Sua palavra. Ver versículo 20. Fogo (23-24). Provocado possivelmente por alguma forma de distúrbio elétrico.

>Êx 9:29

A terra é do Senhor (29). Conf. Jc 5:17-59. Aquele extraordinário fenômeno no mundo físico viera em conseqüência da predição de Moisés e sucedeu em resposta à sua oração. Tanto o ato de ser infligido como o ato de ser removido foram, portanto, provas que o Senhor, o Criador, pode fazer o que lhe parecer melhor com a terra que Ele mesmo criou. Continuou a pecar (34). Quanto maior era a longanimidade de Deus para com Faraó, maior era o pecado deste, mostrando-se infiel a seus próprios protestos. A oração de Moisés pôde abrir os céus, mas não pôde abrir o coração de um homem voluntarioso. Não obstante, até mesmo a oposição dos inimigos de Deus é obrigada a contribuir para Seu plano de redenção.


Dicionário

Agravar

verbo transitivo Tornar mais grave, mais pesado, mais difícil de suportar: agravar seus erros, seu mal.
Ofender, injuriar.
verbo intransitivo Direito Interpor o recurso do agravo.

Agravar
1) Piorar (Sl 39:2)

2) Ofender; prejudicar (2Co 7:2), RC).

Cessar

verbo transitivo direto e intransitivo Interromper a continuação de; deixar de continuar; acabar: as chuvas cessaram.
verbo intransitivo Fazer parar; dar fim a; interromper: cessaram com as manifestações.
Cessar de. Deixar de (fazer alguma coisa); desistir: cessou de lutar.
Etimologia (origem da palavra cessar). Do latim cessare.

Chuva

substantivo feminino Precipitação da água atmosférica sob a forma de gotas.
Figurado O que cai em grande quantidade: chuva de papel.
Embriaguez.
A chuva resulta da impossibilidade de as correntes ascendentes manterem em suspensão as partículas líquidas ou sólidas formadas pela precipitação do vapor de água contido na atmosfera (fase de condensação devida à presença de núcleos de condensação), vapor este proveniente do resfriamento do ar úmido por expansão adiabática (fase de saturação). De acordo com os agentes determinantes das ascendências que são a base do ciclo das chuvas, distinguem-se classicamente as chuvas ciclônicas ou de ascendência frontal (devidas ao contato do ar quente com ar frio), as chuvas de instabilidade ou de convecção (devidas à variação da temperatura), as chuvas orográficas (devidas ao relevo).

Há, na Sagrada Escritura, referências às primeiras chuvas, e às que vinham mais tarde, as temporãs e as serôdias (Dt 11:14 – Jr 5. 24 – os 6:3Jl 2:23Tg 5:7). As primeiras caíam pelos meses de outubro e novembro (não muito depois do começo do ano civil), e as últimas na primavera. Na Palestina, a chuva, de modo geral, cai entre aquele espaço de tempo. Aquela trovoada e chuva miraculosamente vindas durante a sega dos trigos, encheram o povo de medo e de espanto (1 Sm 12.16 a 18). E Salomão pôde falar da ‘chuva na ceifa’ para dar expressivamente a idéia de alguma coisa fora do seu lugar, que não é natural (Pv 26:1). As chuvas, a maior parte das vezes, vinham do ocidente e do sudoeste (Lc 12:54).

Chuva V. ESTAÇÃO (Ct 2:11).

Continuar

verbo transitivo Prosseguir o que se começou: continuar uma viagem.
Prolongar: continuar um muro.
Persistir, não cessar.

Coração

[...] O coração, por exemplo, é o recanto por onde flui o calor suave e generoso das boas impressões que ele guarda acerca da vida e das esperanças por tempos melhores. É o espaço interior propício a que se realize sua capacidade de acolher em plenitude a lei do Amor e suas manifestações.
Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O coração é o meu templo

[...] O coração é o terreno que mais deveremos cultivar, pois é dele que nascem as forças de nossa vida. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

Espontaneidade do sentimento nos nossos atos, nas idéias e em sua expressão.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mediunidades diversas

[...] o coração é mais do que a bomba que impulsiona o sangue por todo o organismo. Sendo o órgão fisiológico mais resistente que se conhece no ser pensante, porquanto começa a pulsar a partir do vigésimo quinto dia de vida do feto, continua em ação palpitando cem mil vezes diariamente, no que resultam quarenta milhões de vezes por ano, e quando cessa a vida se desorganiza, advindo a morte dos equipamentos orgânicos com a sua conseqüente degenerescência. A pouco e pouco, alguns cientistas dão-se conta de que ele é portador de uma energia vital, que o mantém e o impulsiona ininterruptamente. Essa energia seria permutável, podendo ser intercambiada com outros indivíduos que se beneficiariam ou não, conforme o teor de que se constitua, positiva ou negativa, cálida ou fria, estimuladora ou indiferente. Seguindo essa linha de raciocínio, estão concluindo que esse órgão é portador da faculdade de pensar, tornando afirmativa a tradicional voz do coração a que se referem poetas, escritores, artistas, amantes e... Jesus.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cérebro e coração

Nosso coração é um templo que o Senhor edificou, a fim de habitar conosco para sempre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18


Coração
1) Órgão que bombeia o sangue (Ex 28:29).

2) Em sentido figurado, o coração é a sede do intelecto (Gn 6:5), dos sentimentos (1Sm 1:8) e da vontade (Sl 119:2).

Coração Nos evangelhos, a palavra tem um conteúdo simbólico, servindo para designar os sentimentos (Jo 16:6.22), o íntimo da personalidade (Mt 15:8; Mc 7:6), a origem do pensamento (Mc 2:6.8; Lc 3:15) e do entendimento (Lc 24:25). Também em sentido figurado, afirma-se que o coração é o lugar das decisões morais (Mt 22:37; Mc 12:30; Lc 10:27) e, por isso, onde se opta pela fé e se acolhe Jesus (Lc 24:32) ou ainda onde acontece a incredulidade (Mc 6:52). Quem decidiu seguir Jesus tem um coração puro (Mt 5:8) e nele reina a paz (Jo 14:1.27).

os hebreus empregavam esta palavra no sentido de ser a sede de toda a vida mental – inteligência, vontade e emoção (Ez 13:2os 7:11Lc 8:15At 16:14).

Do latim cor, cordis, que significa “coração” ou “órgão que bombeia o sangue para o corpo”.

substantivo masculino Órgão torácico, oco e muscular, que funciona como o motor central da circulação do sangue.
Figurado Parte anterior do peito em que se sente as pulsações cardíacas.
Objeto com a forma estilizada desse órgão: corrente um coração de prata.
Figurado Conjunto das faculdades emocionais; sede da afetividade; caráter, índole: tem um bom coração.
Figurado O que se traz na memória: trago seu nome gravado em meu coração.
Figurado Demonstração de afeição; amor: conquistaste meu coração.
Figurado Parte central de alguma coisa; objeto situado no centro: sua casa fica no coração da cidade.
expressão Coração duro. Coração de pedra; pessoa sem sentimentos.
Coração de leão. Grande coragem.
Coração mole. Predisposição para se comover ou se emocionar.
Coração de ouro. Generosidade, grande bondade.
Abrir o coração. Fazer confidências.
Cortar o coração. Causar grande dor ou constrangimento.
Com o coração nas mãos. Com toda a sinceridade.
De coração ou de todo o coração. Com o máximo de empenho; com toda a boa vontade; com toda a sinceridade.
Sem coração. Diz-se da pessoa insensível.
[Medicina] Coração de atleta. Hipertrofia do coração por excesso de exercício.
[Medicina] Coração artificial. Aparelho destinado a assegurar a circulação do sangue, quando necessário isolar do circuito sanguíneo do coração natural, para uma intervenção cirúrgica.
Etimologia (origem da palavra coração). Pelo espanhol corazón.

Faraó

casa grande

Título comumente utilizado na Bíblia para os reis do Egito, que significa “casa grande”. Existem evidências concretas de fontes egípcias de que a palavra “faraó” podia ser usada simplesmente como um título, como é encontrada freqüentemente na Bíblia. Vários faraós são mencionados nas Escrituras e muito raramente são identificados (Neco é identificado em II Reis 23:29-33 como o rei do Egito que matou o rei Josias). O primeiro faraó citado foi o encontrado por Abraão quando foi ao Egito e temeu pela própria segurança, por causa da esposa Sara (Gn 12:15-17; etc.). Outro muito proeminente foi o que reinou na época do nascimento de Moisés e tornou a vida dos israelitas insuportável. Nem sempre é possível identificar com certeza um faraó em particular, por meio da lista dos reis do Egito, principalmente porque não existem detalhes suficientes nas Escrituras ou porque os eventos registrados na Bíblia foram tão insignificantes para os egípcios que não foram registrados em seus anais.

P.D.G.


Faraó [A Grande Casa] - Título que no Egito queria dizer “rei”. Oito faraós são mencionados nas seguintes passagens bíblicas:

1) (Gn 12:10-20:)

2) (Gen 39—50:
3) (Exo 1—15:
4) (1Cr 4:17) (RA), 18 (RC).

5) (1Rs 3:1); 9.16; 11.1,6) (2Rs 18:21:
7) (2Rs 23:29-35:)

8) (Jr 44:30);

Farão

substantivo deverbal Ação de fazer; ato de realizar ou de possuir a vontade de desenvolver alguma coisa: eles farão a festa esta semana; os times farão amanhã o maior jogo do campeonato; alguns políticos farão promessas vãs.
Ação de alterar ou modificar a aparência de: eles farão mudanças na igreja.
Ato de desenvolver ou de realizar algum tipo de trabalho: eles farão o projeto.
Ação de alcançar certa idade: eles farão 30 anos amanhã!
Etimologia (origem da palavra farão). Forma regressiva de fazer.

Pecar

verbo transitivo indireto e intransitivo Não cumprir uma regra religiosa; cometer um pecado: receberam a penitência porque pecaram contra as leis da Igreja; os fiéis pecaram.
Por Extensão Cometer um erro; falhar em alguma forma: pecava contra a ética; em matéria de literatura, peca em excesso.
verbo transitivo indireto Incidir; estar sujeito a; ser reincidente em: peca sempre da mesma forma.
Condenar; ser passível de críticas; ser alvo de condenação: peca pelos excessos.
Etimologia (origem da palavra pecar). Do latim pecare.
verbo intransitivo Tornar-se estúpido; não se desenvolver ou definhar.
Etimologia (origem da palavra pecar). De origem questionável.

Saraiva

Granizo

Saraiva GRANIZO (Sl 105:32; Ap 8:7).

Servos

masc. pl. de servo

ser·vo |é| |é|
(latim servus, -i, escravo)
nome masculino

1. Aquele que não dispõe da sua pessoa, nem de bens.

2. Homem adstrito à gleba e dependente de um senhor.SUSERANO

3. Pessoa que presta serviços a outrem, não tendo condição de escravo. = CRIADO, SERVENTE, SERVIÇAL

4. Pessoa que depende de outrem de maneira subserviente.

adjectivo
adjetivo

5. Que não tem direito à sua liberdade nem a ter bens.LIVRE

6. Que tem a condição de criado ou escravo.

7. Que está sob o domínio de algo ou alguém.

Confrontar: cervo.

Ver também dúvida linguística: pronúncia de servo e de cervo.

Trovoar

verbo intransitivo O mesmo que trovejar.

trovoar
v. Trovejar.

Vendar

verbo transitivo Cobrir os olhos com uma venda.
Figurado Obscurecer, cegar: o ódio lhe vendava a razão.

Vendar Cobrir com uma tira (Lc 22:64) ou com um pano (Is 29:10).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Êxodo 9: 34 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Vendo Faraó que cessou a chuva, e a saraiva, e os trovões, pecou ainda mais; e endureceu o seu coração, ele e os seus servos.
Êxodo 9: 34 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1446 a.C.
H1259
bârâd
בָּרָד
granizo
(a hail)
Substantivo
H1931
hûwʼ
הוּא
ele / ela / o / a
(it)
Pronome
H2308
châdal
חָדַל
parar, cessar, desistir, privar-se de, deixar de ser, deixar incompleto, abster-se
(and they stopped)
Verbo
H2398
châṭâʼ
חָטָא
pecar, falhar, perder o rumo, errar, incorrer em culpa, perder o direito, purificar da
(from sinning)
Verbo
H3254
yâçaph
יָסַף
acrescentar, aumentar, tornar a fazer
(And she again)
Verbo
H3513
kâbad
כָּבַד
ser pesado, ser importante, estar aflito, ser duro, ser rico, ser digno, ser glorioso, ser
([was] rich)
Verbo
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H3820
lêb
לֵב
ser interior, mente, vontade, coração, inteligência
(of his heart)
Substantivo
H4306
mâṭar
מָטַר
perceber de antemão, prever
(providing)
Verbo - particípio no presente médio - nominativo Masculino no Plural
H5650
ʻebed
עֶבֶד
escravo, servo
(a servant)
Substantivo
H6547
Parʻôh
פַּרְעֹה
do/de Faraó
(of Pharaoh)
Substantivo
H6963
qôwl
קֹול
a voz
(the voice)
Substantivo
H7200
râʼâh
רָאָה
e viu
(and saw)
Verbo


בָּרָד


(H1259)
bârâd (baw-rawd')

01259 ברד barad

procedente de 1258; DITAT - 280a; n m

  1. granizo
    1. referindo-se ao julgamento de Deus (fig.)

הוּא


(H1931)
hûwʼ (hoo)

01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

  1. ele, ela
    1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
    2. retomando o suj com ênfase
    3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
    4. (antecipando o suj)
    5. (enfatizando o predicado)
    6. aquilo, isso (neutro) pron demons
  2. aquele, aquela (com artigo)

חָדַל


(H2308)
châdal (khaw-dal')

02308 חדל chadal

uma raiz primitiva; DITAT - 609; v

  1. parar, cessar, desistir, privar-se de, deixar de ser, deixar incompleto, abster-se
    1. (Qal)
      1. cessar, chegar ao fim
      2. parar, deixar

חָטָא


(H2398)
châṭâʼ (khaw-taw')

02398 חטא chata’

uma raiz primitva; DITAT - 638; v

  1. pecar, falhar, perder o rumo, errar, incorrer em culpa, perder o direito, purificar da impureza
    1. (Qal)
      1. errar
      2. pecar, errar o alvo ou o caminho do correto e do dever
      3. incorrer em culpa, sofrer penalidade pelo pecado, perder o direito
    2. (Piel)
      1. sofrer a perda
      2. fazer uma oferta pelo pecado
      3. purificar do pecado
      4. purificar da impureza
    3. (Hifil)
      1. errar a marca
      2. induzir ao pecado, fazer pecar
      3. trazer à culpa ou condenação ou punição
    4. (Hitpael)
      1. errar, perder-se, afastar do caminho
      2. purificar-se da impureza

יָסַף


(H3254)
yâçaph (yaw-saf')

03254 יסף yacaph

uma raiz primitiva; DITAT - 876; v

  1. acrescentar, aumentar, tornar a fazer
    1. (Qal) acrescentar, aumentar, tornar a fazer
    2. (Nifal)
      1. juntar, juntar-se a
      2. ser reunido a, ser adicionado a
    3. (Hifil)
      1. fazer aumentar, acrescentar
      2. fazer mais, tornar a fazer

כָּבַד


(H3513)
kâbad (kaw-bad')

03513 כבד kabad ou כבד kabed

uma raiz primitiva; DITAT - 943; v

  1. ser pesado, ser importante, estar aflito, ser duro, ser rico, ser digno, ser glorioso, ser incômodo, ser honrado
    1. (Qal)
      1. ser pesado
      2. ser pesado, ser insensível, ser monótono
      3. ser honrado
    2. (Nifal)
      1. ser feito pesado, ser honrado, apreciar honra, tornar-se abundante
      2. tomar para si glória ou honra, ganhar glória
    3. (Piel)
      1. tornar pesado, tornar monótono, tornar insensível
      2. tornar honroso, honrar, glorificar
    4. (Pual) ser digno de honra, ser honrado
    5. (Hifil)
      1. fazer pesado
      2. fazer pesado, tornar monótono, deixar sem resposta
      3. fazer ser honrado
    6. (Hitpael)
      1. tornar-se pesado, tornar-se denso, tornar-se numeroso
      2. honrar-se

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

לֵב


(H3820)
lêb (labe)

03820 לב leb

uma forma de 3824; DITAT - 1071a; n m

  1. ser interior, mente, vontade, coração, inteligência
    1. parte interior, meio
      1. meio (das coisas)
      2. coração (do homem)
      3. alma, coração (do homem)
      4. mente, conhecimento, razão, reflexão, memória
      5. inclinação, resolução, determinação (da vontade)
      6. consciência
      7. coração (referindo-se ao caráter moral)
      8. como lugar dos desejos
      9. como lugar das emoções e paixões
      10. como lugar da coragem

מָטַר


(H4306)
mâṭar (maw-tawr')

04306 מטר matar

procedente de 4305; DITAT - 1187a; n m

  1. chuva

עֶבֶד


(H5650)
ʻebed (eh'-bed)

05650 עבד ̀ebed

procedente de 5647; DITAT - 1553a; n m

  1. escravo, servo
    1. escravo, servo, servidor
    2. súditos
    3. servos, adoradores (referindo-se a Deus)
    4. servo (em sentido especial como profetas, levitas, etc.)
    5. servo (referindo-se a Israel)
    6. servo (como forma de dirigir-se entre iguais)

פַּרְעֹה


(H6547)
Parʻôh (par-o')

06547 פרעה Par oh̀

de origem egípcia, grego 5328 φαραω; DITAT - 1825; n. m.

Faraó = “casa grande”

  1. o título comum do rei do Egito

קֹול


(H6963)
qôwl (kole)

06963 קול qowl ou קל qol

procedente de uma raiz não utilizada significando chamar em voz alta; DITAT - 1998a,2028b; n. m.

  1. voz, som, ruído
    1. voz
    2. som (de instrumento)
  2. leveza, frivolidade

רָאָה


(H7200)
râʼâh (raw-aw')

07200 ראה ra’ah

uma raiz primitiva; DITAT - 2095; v.

  1. ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar
    1. (Qal)
      1. ver
      2. ver, perceber
      3. ver, ter visão
      4. examinar, ver, considerar, tomar conta, verificar, aprender a respeito, observar, vigiar, descobrir
      5. ver, observar, considerar, examinar, dar atenção a, discernir, distinguir
      6. examinar, fitar
    2. (Nifal)
      1. aparecer, apresentar-se
      2. ser visto
      3. estar visível
    3. (Pual) ser visto
    4. (Hifil)
      1. fazer ver, mostrar
      2. fazer olhar intencionalmente para, contemplar, fazer observar
    5. (Hofal)
      1. ser levado a ver, ser mostrado
      2. ser mostrado a
    6. (Hitpael) olhar um para o outro, estar de fronte