Enciclopédia de Isaías 23:3-3

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

is 23: 3

Versão Versículo
ARA Através das vastas águas, vinha o cereal dos canais do Egito e a ceifa do Nilo, como a tua renda, Tiro, que vieste a ser a feira das nações.
ARC E a sua provisão era a semente de Sicor, que vinha com as muitas águas, a ceifa do Nilo, e ela era a feira das nações.
TB Por sobre grandes águas, foi-lhe trazida a semente de Sior, a messe do Nilo; ela se tornou o mercado das nações.
HSB וּבְמַ֤יִם רַבִּים֙ זֶ֣רַע שִׁחֹ֔ר קְצִ֥יר יְא֖וֹר תְּבֽוּאָתָ֑הּ וַתְּהִ֖י סְחַ֥ר גּוֹיִֽם׃
BKJ E por grandes águas a semente de Sior, a colheita do rio é seu lucro e ela é um mercado de nações.
LTT E a sua provisão era a semente de Sior ‹Escuro› ①, que vinha através das muitas águas, a ceifa do rio, e ela era a feira das nações.
BJ2 de águas volumosas. As searas do Canal, as colheitas do Nilo, eram a sua fonte de renda. Ela constituía o mercado das nações.
VULG In aquis multis semen Nili ; messis fluminis fruges ejus : et facta est negotiatio gentium.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 23:3

Deuteronômio 11:10 Porque a terra que entras a possuir não é como a terra do Egito, donde saíste, em que semeavas a tua semente e a regavas com o teu pé, como a uma horta.
I Crônicas 13:5 Ajuntou, pois, Davi a todo o Israel desde Sior do Egito até chegar a Hamate, para trazer a arca de Deus de Quiriate-Jearim.
Isaías 19:7 A relva que está junto ao rio, junto às ribanceiras dos rios, e tudo o que foi semeado junto ao rio se secarão, e serão arrancados, e não subsistirão.
Isaías 23:8 Quem formou este desígnio contra Tiro, a cidade coroada, cujos mercadores são príncipes e cujos negociantes são os mais nobres da terra?
Isaías 32:20 Bem-aventurados vós, que semeais sobre todas as águas e que dais liberdade ao pé do boi e do jumento.
Jeremias 2:18 Agora, pois, que te importa a ti o caminho do Egito, para beberes as águas de Sior? E que te importa a ti o caminho da Assíria, para beberes as águas do rio?
Ezequiel 27:3 E dize a Tiro, que habita nas estradas do mar e negocia com os povos em muitas ilhas: Assim diz o Senhor Jeová: Ó Tiro, tu dizes: Eu sou perfeita em formosura.
Ezequiel 27:33 Quando as tuas mercadorias eram exportadas pelos mares, fartaste a muitos povos; com a multidão da tua fazenda e do teu negócio, enriqueceste os reis da terra.
Ezequiel 28:4 pela tua sabedoria e pelo teu entendimento alcançaste o teu poder e adquiriste ouro e prata nos teus tesouros;
Joel 3:5 Visto como levastes a minha prata e o meu ouro e as minhas coisas desejáveis e formosas metestes nos vossos templos;
Apocalipse 18:11 E sobre ela choram e lamentam os mercadores da terra, porque ninguém mais compra as suas mercadorias:

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

"Sior" é o nome de um escuro canal do Nilo.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

is 23:3
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 4
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 21:18-19


18. De manhã, voltando à cidade, teve fome.

19. E vendo uma figueira à beira da estrada, foi a ela e não achou nela senão somente folhas e disse-lhe: "Nunca de ti nasça fruto no eon". E instantaneamente secou a figueira.

MC 11:12-14


12. No dia seguinte, saindo eles de Betânia, teve fome.

13. E vendo ao longe uma figueira que tinha folhas, foi (ver) se acaso achava nela (algo) e, aproximando-se dela, nada achou senão folhas, pois não era tempo de figos.

14. E respondendo, disse-lhe: "Nunca neste eon de ti ninguém coma fruto". E ouviram(-no) seus discípulos.



O episódio é narrado por Mateus e Marcos que coincidem em alguns pormenores, diferindo em outros.


Analisemos.


1 - Dizem ambos que, "saindo de manhã de Betânia para voltar à cidade, Jesus teve fome".


Há várias objeções muito sérias. Teria Marta, tão completa dona-de-casa que seu próprio nome tem esse significado, teria ela permitido que o Mestre saísse de sua casa onde se hospedava sem tomar o de jejum? O ar matinal provocou a fome? Mas por andar distância tão pequena, logo ao sair de Betânia, diante de Betfagé? Não convence...


2 - Jesus viu "à beira da estrada uma figueira". Só tinha folhas. Jesus "foi ver se achava algo para comer".


Mas como poderia fazê-lo, se em abril não era época de figos, como bem anota Marcos? Será que Jesus ignorava o que todos sabiam, até as crianças?


3 - Jesus afinal, decepcionado, amaldiçoa a figueira. Mateus adianta o final do episódio (que Marcos deixa em suspenso para o dia seguinte) e faz que a figueira "seque instantaneamente".


Algumas considerações.


Os figos-flor começam a aparecer, na Palestina, em fins de fevereiro, antes das folhas, mas só amadurecem em fins de junho. No entanto, na figueira selvagem ("figueira braba") apesar de brotarem normalmente as flores, elas secam e caem antes de amadurecer. Vemos, então, claramente, que não era" culpa" da figueira o fato de não ter frutos...


Vejamos alguns comentaristas o que dizem.


João Crisóstomo (Patrol. Graeca, vol. 58, col. 633/4), depois de classificar a exigência de Jesus de encontrar frutos de "exigência tola", por não ser estação de figos, afirma que a maldição da figueira foi apenas para conquistar a confiança dos discípulos em Seu poder: era um símbolo de "Seu ilimitado poder vingativo" (!).


Jerônimo (Patrol. Lat. vol. 26, col. 153) diz que "o Senhor, que ia sofrer aos olhos de todos e carregar o escândalo de Sua cruz, precisava fortalecer o ânimo de Seus discípulos com Este sinal antecipado".


Outros dizem que não queria figos, mas dar uma lição aos discípulos. Outros que se trata de uma "parábola de ação", bastante comum entre os profetas (1).


(1) Isaías durante três anos andou nu e descalço para profetizar o cativeiro assírio (IS 23:1-6); Jeremias enterra seu cinto e o desenterra já podre (JR 13:1-11); ele mesmo quebra uma botija de barro (JR 19:1, JR 19:2, JR 19:10) e pendura brochas e canzis ao pescoço (JR 27:1-11) ; Ezequiel desenha a cidade de Jerusalém num tijolo e constrói fortificações em torno dele (Tz. 4:1-8); corta a barba e o cabelo e queima-os (Ez. 5:1-3); depois se muda com todos os seus móveis, para que todos vejam que vão ter que sair de casa (Ez. 12:3-7).


Quando as contradições ou os absurdos são evidentes, trata-se de símbolos e não, realmente, de fatos.


Ponderemos com lógica. Causaria boa impressão aos discípulos uma injustiça flagrante do Mestre, ao condenar, por não ter frutos, uma figueira que não podia ter frutos? A demonstração de poder não teria sido, ao mesmo tempo, um exemplo de atrabiliário despotismo, além de injusto, desequilibrado e infantil? Que lucro adviria para Jesus e para os discípulos, por meio de uma ação intempestiva e de tamanho ridículo?


Não, não é possível aceitar o fato como ocorrido. Houve, realmente, uma lição. E por que foi escolhido o símbolo da figueira sem figos, ou com figos ainda verdes, porque estavam em abril?


Observemos que, ao sair de Betânia para Jerusalém, a primeira aldeia que "tinham à frente;" era BETFAGÉ, que significa, precisamente, "CASA DOS FIGOS NÃO-MADUROS"! ...


Ora, ao sair de Betânia, a conversa do caminho girou em torno do poder daquele que mantém fidelidade absoluta e inalterável ao Pai, a Deus, ao Espírito. Daí a lição destacar a capacidade de a criatura dominar os elementos da natureza com o poder mental. E o exemplo é apresentado ao vivo: se, quiserem, poderão fazer secar até as raízes, ou fazer crescer rapidamente, uma árvore, e poderão até mesmo erradicar montanhas, como veremos pouco adiante. Se fora apenas para "demonstrar poder", seria muito mais didático e lógico que Jesus fizesse a figueira sem frutos frutificar e produzir de imediato figos maduros! ...


Há, pois, evidentemente, profunda ligação entre a figueira sem figos e o nome da aldeia de Betfagé, o que vem explicar-nos a "motivação" da aula.


* * *

Quanto ao ensinamento em si que poderemos entender dessas poucas linhas que resumem, como conclusão, uma conversa que se estendeu por dois quilômetros e meio? Trata-se, é claro, de uma conclusão, e dela teremos que partir para deduzir pelo menos os pontos essenciais da mesma.


Façamos algumas tentativas.


Quando o Espírito necessita colher experiências por meio de uma personagem que esteja sendo vivificada ou animada por ele, e essa personagem não corresponde em absoluto, não produzindo os frutos, mas apenas as folhas inúteis das aparências, o único remédio que resta ao Espírito, para que não perca seu tempo, é secar ou cortar a ligação, avisando, desde logo que, naquele eon, naquela "vida", ninguém mais aproveitará dela qualquer resultado positivo.


Cabe à personalidade aceitar os estímulos do Espírito e produzir frutos, seja ou não "época" de fazêlos.


O Espírito precisa avançar, e temos por obrigação corresponder à sua expectativa, sem exigir épocas especiais. Taí como o médico deixa a refeição sobre a mesa ou sai do aconchego do leito a qualquer hora e com qualquer tempo para atender a chamados urgentes, assim o cristão tem que passar por cima de tudo; abandonando conforto, amores, amizades, comodismos, riquezas, vantagens, para obedecer incontinenti aos apelos do Espírito, que não obriga, mas convida e pede e solicita "com gemidos inenarráveis" (RM 8:26). Se o não fizermos, não desencarnaremos instantaneamente, mas secaremos até as raízes as ligações com a Espiritualidade Superior, que verifica não poder contar conosco nessa existência pelo menos. Mais à frente veremos uma parábola, a dos dois filhos, que vem ilustrar o que acabamos de afirmar. Comentá-la-emos a seu tempo.


Assim compreendemos algumas das expressões empregadas na conclusão da lição evangélica e que, no sentido literal, são incompreensíveis, por absurdas. Jesus "teve fome", ou seja, quando a Individualidade manifesta alguma necessidade vital; "vê uma figueira com folhas", isto é, uma personagem com possibilidades; "vai ver se encontra frutos", vai verificar se pode aproveitá-la para o serviço.


Nada encontra, porque a desculpa é exatamente "não tenho tempo" ... "não é minha hora" ... "não está ainda na época - preciso gozar a mocidade, aposentar-me, esperar enviuvar... mais tarde"! ...


O que falta, em realidade, é amor e boa-vontade, porque não há "horas" para evoluir. O progresso é obrigação de todos os minutos-segundos, e não se condiciona a "estações" nem "épocas". Lógico que, diante da falta de disposição, tem que vir a condenação. Não é, propriamente, a "maldição". Trata-se do verbo kataráomai, depoente, composto de katá, "para baixo" e aráomai, "orar", já que ará é "oração".


Essa condenação ou execração é introduzida pelo advérbio mêkéti, que exprime apenas "não mais". Não é, pois, uma proibição para a eternidade, mas uma verificação, tanto que o tempo empregado é o subjuntivo, e não o imperativo nem o optativo. Portanto, o Espírito diz, em outros termos: " de agora em diante, percam-se as esperanças de obter fruto de ti nesta encarnação".


A lição portanto é lógica e oportuna. Abramos os olhos enquanto é tempo!



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

NILO

Atualmente: EGITO
Nilo, rio – e delta
Mapa Bíblico de NILO



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Isaías Capítulo 23 do versículo 1 até o 18
K. CONTRA TIRO, 23:1-18

Este capítulo tem duas seções. Os versículos 1:14 falam da queda de Tiro, enquanto os versículos 15:18 falam da restauração da cidade. Basicamente, há quatro estrofes que tratam da calamidade de Tiro (1-5), da humilhação de Tiro (6-9), do reino de Tiro em desintegração (10-14) e da renovação e santificação de Tiro (15-18).

A melhor data para este oráculo é a época de Sargão (710 a.C.) ou Senaqueribe (702 a.C.)," embora seu cumprimento integral tenha ocorrido nos dias de Nabucodonosor, Alexandre, o Grande (332. a.C.), ou mesmo na conquista posterior de Tiro pelos muçul-manos no terceiro século d.C.'

1. A Queda do Centro Comercial das Nações (23:1-5)

Nos dias de Isaías, "Tiro [...] foi a pioneira no comércio, que deu origem às colônias, a mestra do mar"' Estrategicamente localizada, ela distava a cerca de 30 quilômetros ao sul de Sidom (veja mapa

2) e 35 quilômetros ao norte de Acre pela costa (na planície de Aser). Nos dias de Isaías, ela consistia de duas partes, uma costa rochosa de grande força em terra firme, e uma pequena cidade, bem fortificada sobre uma pequena ilha rochosa a menos de um quilômetro da costa. O rei Hirão tinha construído um quebra-mar para ela de cerca de 800 metros de comprimento e 8 metros de largura, tornando-a um dos melhores portos no Mediterrâneo. De acordo com Josefo, a cidade fora fundada cerca de 240 anos antes do reinado de Salomão, rei de Israel."

Os famosos navios de Társis (1) eram embarcações fenícias velejando pelo Medi-terrâneo e que viajavam até a colônia de Tártaso (Espanha). O profeta os adverte para gritar de dor por causa das notícias que haviam recebido, quando atracaram em Quitim (Chipre) na sua viagem para o leste. A casa (porto) está assolada.

Devido ao significado duplo do hebraico, moradores da ilha (2) pode se referir àqueles que moravam na pequena ilha de Tiro ou os "habitantes das regiões litorâne-as" (NVI). Os mercadores de Sidom eram comerciantes da cidade-mãe, cujo comér-cio supria não somente Tiro mas outras cidades filiais. Eles velejavam sobre muitas águas (3 "oceanos imensos", NTLH). O Nilo também era conhecido como "o rio escu-ro". O embarque da sua semente e ceifa produzia uma bela receita para estes merca-dores das nações.'

Mas agora Sidom (4) é exortada a lamentar-se envergonhada, como uma mulher estéril, visto que ela foi privada das suas colônias e de Tiro — a "fortaleza do mar". Certamente, quando essas notícias forem ouvidas no Egito, a angústia vai prevalecer "com as novidades de Tiro" (5, NVI) ; não porque os egípcios tivessem uma grande afeição pelos estrangeiros, mas porque a queda de Tiro prognosticaria o mal para eles. Qualquer potência, grande o suficiente para capturar Tiro, deveria estar se preparando para ten-tar conquistar o vale do Nilo. Um motivo secundário seria a falta de transporte e comercialização dos bens egípcios.

  • O Fracasso da Glória Humana (23:6-9)
  • Isaías exorta os habitantes da região costeira fenícia a fugir para Társis, a última colônia do seu comércio, a fim de buscar segurança (6). Quando Alexandre, o Grande, cercou a cidade de Tiro em 332 a.C., seus homens velhos, mulheres e crianças foram enviados à sua colônia em Cartago. O profeta então faz a pergunta em forma de repreen-são: É esta a vossa cidade, que andava pulando de alegria? Cuja antiguidade vem de dias remotos? (7). E embora não fosse tão antiga quanto Sidom, mesmo assim era muito antiga. Heródoto diz em 450 a.C. que seu templo de Melkart (Hércules) havia sido construído 2.300 anos antes." Agora levá-la-ão os seus próprios pés para longe andarem a peregrinar. Ao referir-se às viagens longas dos mercadores e colonos de Tiro, a versão Berkeley traduz essa frase da seguinte maneira: "cujos pés a levaram a estabelecer-se em terras distantes".

    Quem formou este desígnio contra Tiro (8), a cidade que distribuiu coroas aos governantes das suas colônias, e cujos negociantes' eram os mais nobres da terra? É o decreto de Deus, porque o SENHOR dos Exércitos formou este desígnio (9). Seu propósito é denegrir os templos dos quais os pagãos tanto se orgulham e humilhar todos os que a terra tão futilmente honra.

  • O Desmoronar de um Império (23:10-14)
  • Os colonos de Társis são agora chamados a exercer sua completa independência de Tiro, visto que "não há mais restrição" (10, ASV). Chipre se revoltou nessa época, e as colônias fenícias tomaram parte no ataque à cidade-mãe sob o comando de Senaqueribe, de acordo com Josefo.' Deus estendeu a mão sobre o mar (11) e fez tremer os reinos, mesmo o grande poder marítimo e todas as suas cidades costeiras e seu comércio. E o Eterno disse: Nunca mais pularás de alegria, ó oprimida' [...] filha de Sidom (12). Embora você fuja para Quitim (Chipre), o refúgio costumeiro dos reis fenícios, você não estará segura lá. Nos dias de Esar-Hadom, quando o rei de Sidom fugiu para Chipre, o monarca assírio perseguiu-o até lá e decepou a sua cabeça.

    Em seguida, Isaías cita o exemplo da terra dos caldeus que a Assíria destruiu (13). Sargão conquistou a Babilônia em 710 a.C., tornando-se seu rei, mas em 705 a.C. ela se rebelou e reconquistou sua independência. Em 704 a.C., Senaqueribe reconquis-tou-a, e novamente em 700 a.C., quando seu filho mais velho se tornou vice-rei. Isaías parece estar dizendo que, se os assírios agirem como sempre fazem, Tiro, assim como a Babilônia, ficará em ruínas e será um deserto desabitado. As fortalezas ("torres de vigia", NVI) eram erigidas pelos assírios contra a Babilônia; Seus passos ("cidade-las") foram destruídos (derrubados e demolidos) pelos assírios quando reduziram a cidade a ruínas."

    Essa estrofe chega ao ponto culminante com uma repreensão: "Chorem em voz alta com dor", navios de Társis, porque é destruída a vossa força (14) ; i.e., sua fortaleza foi naufragada, seu porto foi destruído.

    4. Um Futuro de Mordomia Sagrada (23:15-18)

    Setenta anos (15) é um número simbólico como ocorre com o número quarenta. Ele indica aqui um período indefinido de desastre. Conforme os dias de um rei poderia significar sem qualquer mudança de orientação política ou esperança de mudança. No final do tempo em que tinha sido esquecida por Deus, Tiro cantaria a canção de uma prostituta. "Tiro será como a prostituta na canção" (Berkeley). Isaías estava usando esse símbolo para a cidade comercial e seu comércio internacional. Ele, portanto, vê a cidade, após a visitação divina, mais uma vez saudando estrangeiros de todas as nações como seus amantes para seu benefício comercial. Mas agora como um centro restabeleci-do de comércio, seu negócio é transformado em uma mordomia santificada. Toma a harpa [...] ó prostituta (16) pode referir-se ao fato de que prostitutas antigas eram geralmente musicistas amadoras, e a harpa era um instrumento comum.

    A promessa agora é: O SENHOR visitará a Tiro, e ela tornará à sua ganância (17). Pela misericórdia de Deus, Tiro se tornará outra vez o centro de comércio e negoci-ará mais uma vez com todos os reinos do mundo." E será consagrado ao SENHOR o seu comércio (18) ; i.e., o lucro do seu comércio será dedicado ao Senhor. "Não existe nada intrinsecamente errado ou degradante no comércio. Se for desempenhado da forma correta, e exercido com a visão de devotar os lucros para meios bons e piedosos, a vida comercial pode ser tão religiosa e aceitável a Deus como qualquer outra forma de obtenção de lucro. O mundo conheceu muitos comerciantes que foram cristãos, no mais elevado sentido da palavra. [...] Aplicado ao uso religioso [...] esse tipo de obtenção de lucro santifica o co-mércio e o torna uma coisa boa e abençoada".


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Isaías Capítulo 23 do versículo 1 até o 18
    *

    23.1-8 Um oráculo de julgamento acerca de Tiro, sobre sistemas comerciais que não levam Deus em consideração. A linguagem é geral e simbólica, e não especificamente histórica.

    * 23:1

    Sentença. Ver nota em 13.1.

    Tiro. Um porto fenício às margens do mar Mediterrâneo, a oeste do monte Hermom e de Damasco. Judá tivera um relacionamento de longo tempo com Tiro, pois Salomão havia feito comércio com Hirão, de Tiro (1Rs 5:1,8-11) e marinheiros fenícios tinham tripulado a frota de Salomão (1Rs 9:27).

    navios de Társis. Essas grandes embarcações da frota mercante (1Rs 10:22; Sl 48:7) atravessavam grandes distâncias até as colônias fenícias, ao longo das costas do Mediterrâneo.

    está assolada. A queda de Tiro levaria os navios de Társis a procurarem outro porto.

    Chipre. Esse seria um porto de parada na viagem de retorno.

    * 23:2

    Sidom. Tiro e Sidom eram as duas mais importantes cidades portuárias da Fenícia, no mar Mediterrâneo. A queda de uma delas fatalmente afetaria a outra.

    * 23:3

    Egito. Algumas traduções dizem aqui Sior, que é o mesmo Egito (conforme 19.7).

    * 23:4

    o mar... fala. O mar lamentava a perda ou destruição de seus filhos. Ouvindo isso, Sidom não deveria mostrar-se exageradamente confiante.

    * 23:6

    Társis. Tartesso, na Espanha (Jn 1:3). As nações unem-se na lamentação.

    * 23:7-8

    vossa cidade que andava exultante... nobres. Tiro tornara-se conhecida por suas orgias (22.2, nota), por sua “antiguidade”, por sua influência em lugares distantes, por suas riquezas e por sua fama (v. 8).

    * 23.9-13

    Ver “Deus Vê e Sabe: a Onisciência Divina”, em Pv 15:3.

    * 23:9

    O SENHOR dos Exércitos. Ver nota em 1.9.

    formou este desígnio. Através de sua profecia, Isaías procurou trazer a lume algo do conselho de Deus (11.2, nota).

    * 23:11

    o mar... os reinos. Deus é o Senhor da terra e dos mares.

    Canaã. A terra de Canaã incluía Tiro e Sidom.

    * 23:12

    virgem filha. Os habitantes de Sidom (conforme 37.22; 47.1).

    * 23:13

    terra dos caldeus... sátiros do deserto. “Caldeus” era outro nome para os assírios. Eles tinham derrotado a Babilônia em 689 a.C. Isaías refere-se à derrota como outro exemplo para Tiro.

    * 23.15

    setenta anos. Um período determinado por Deus; “setenta” significa plenitude. Não é possível determinarmos o tempo referido aqui.

    Canção da meretriz. Um cântico popular de rua acerca de uma prostituta.

    * 23:17

    salário da sua impureza. Como se fosse uma meretriz, Tiro formava alianças econômicas com qualquer um que a enriquecesse, sem importar-se com os princípios éticos.

    * 23:18

    serão dedicados ao Senhor. Tiro, igualmente, reconheceria a soberania do Senhor, mediante o pagamento de tributo (Dt 2:3-35; Js 6:17,19).

    para que tenham comida em abundância e vestes finas. As riquezas das nações edificam o reino de Deus (45.14; 60.5,11; 61.6; 66.12; Ag 2:7,8).



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Isaías Capítulo 23 do versículo 1 até o 18
    23.1ss As profecias do Isaías contra outras nações começaram no este com Babilônia (capítulo
    13) e terminaram no oeste com Tiro, em Fenícia. Tiro era uma das cidades mais famosas do mundo antigo, um importante centro de comércio com um grande porto marítimo. Era uma cidade rica e muito perversa. A Tiro a repreenderam Jeremías (Jr_25:22, Jr 25:27; Jr 47:4), Ezequiel (Ezequiel 26:28), Joel (Jl 3:4-8), Amós (Am 1:9-10) e Zacarías (Zc 9:3-4). Esta é outra advertência contra as alianças políticas com vizinhos cambaleantes.

    23.5 por que o Egito se entristeceria quando Atiro caísse? Egito dependia da experiência em navegação de Tiro para promover e transportar seus produtos por todo mundo. Egito perderia um importante sócio comercial com a queda de Tiro.

    23:9 Deus destruiria a Tiro porque aborrecia a soberba de seu povo. A soberba separa às pessoas de Deus e O não a tolerará. Devemos examinar nossas vidas e recordar que cada verdadeiro consigo vem de Deus, nosso Criador. Não temos razão alguma para nos vangloriar.

    23:15, 16 Alguns eruditos acreditam que estes setenta anos são literais. Alguns dizem que simbolizam um comprido período. Se for literal, isto possivelmente ocorreu entre 700 aos 630 a.C. durante o cativeiro assírio do Israel, ou talvez foi durante os setenta anos de cativeiro dos judeus em Babilônia (605-536 a.C.). Nestes setenta anos os judeus se esqueceriam de Tiro, mas quando retornassem do cativeiro uma vez mais comercializariam com ele.

    24-27 A estes quatro capítulos lhes chama freqüentemente "o Apocalipse do Isaías". Falam sobre o julgamento de Deus pelo pecado do mundo. Em um princípio, as profecias do Isaías foram dirigidas ao Judá, logo ao Israel, depois às nações vizinhas e por último ao mundo inteiro. Estes capítulos descrevem os últimos dias quando Deus julgará ao mundo inteiro, quando ao fim, O tirará o mal de maneira permanente.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Isaías Capítulo 23 do versículo 1 até o 18
    L. PNEUS (23: 1-18)

    1 A carga de Tiro.

    Uivai, navios de Társis; pois está devastado, de modo que não há nenhuma casa, nenhuma entrada em: da terra do Kittim é revelado a Ec 2:1 Calai-vos, moradores do litoral, tu, a quem os mercadores de Sidom, que passam sobre o mar , ter reabastecido.3 E nas grandes águas a semente de Sior, a ceifa do Nilo, era a sua receita; e ela era a feira das nações. 4 Envergonha-te, ó Sidom; para o mar falou, a fortaleza do mar, salvando. Eu não tive dores de parto, nem dei à luz, nem ainda criei mancebos, nem eduquei donzelas. 5 Quando o relatório vem para o Egito, eles serão duramente penalizada com as notícias de Tiro. 6 Passai sobre a Társis; lamento, ó habitantes da costa. 7 É este o seu alegre cidade , cuja antiguidade é dos dias antigos, cujos pés a levavam para longe a peregrinar?

    8 Quem formou este desígnio contra Tiro, distribuidora de coroas, cujos mercadores eram príncipes e cujos negociantes são os mais nobres da terra? 9 Jeová dos exércitos o determinou para denegrir o orgulho de toda a glória, para pôr em ignomínia os ilustres da terra. 10 passar pela tua terra como o Nilo, ó filha de Társis; nenhum impedimento há mais nada. 11 Ele estendeu a sua mão sobre o mar, ele meneia os reinos: o Senhor vos deu mandado contra Canaã, para destruir as suas fortalezas. 12 E ele disse: Tu não mais te regozijar, ó tu oprimida virgem filha de Sidon: levanta-te, passar para Kittim; mesmo lá, tu não temos descanso.

    13 Eis a terra dos caldeus: este povo não era; o assírio fundou para os que habitam no deserto; eles montaram suas torres; eles derrubaram os seus palácios; eles fizeram com que uma ruína. 14 Uivai, navios de Társis; para o seu reduto está assolada. 15 E virá passar nesse dia Tiro será esquecida 70 anos, de acordo com os dias de um rei: após o fim de setenta anos ela será para Tiro como na canção de . a prostituta 16 Toma a harpa, rodeia a cidade, ó prostituta, entregue ao esquecimento; faça doces melodias, canta muitas canções, para que venhas a ser lembrado. 17 E ela deve vir a passar após o fim de setenta anos, que o Senhor visitará a Tiro, e ela tornará à sua ganância, e deve jogar a prostituta com toda a . reinos do mundo sobre a face da terra 18 E o seu comércio ea sua ganância será consagrado ao Senhor: não será entesourará, nem se; para o seu comércio será para os que habitam perante o Senhor, para comer o suficiente, e para a roupa durável.

    A partir da mensagem contra Judá, Isaías retorna agora para a última destas mensagens contra as nações estrangeiras. Desta vez é Phoenicia, dos quais Tiro era a capital. Os versículos 1:14 são um poema dramático em que o profeta usa uma série de lamentações para descrever o problema de Tiro. Essa cidade foi um porto famoso e fortemente defendida.

    O poema começa e termina com a mesma exclamação: Uivai, navios de Társis (vv. Is 23:1 , Is 23:14 ). Esta designação refere-se aos navios de grande porte que foram capazes de atravessar todo o comprimento do Mediterrâneo, se eles estavam realmente indo para Társis em Espanha ou não. Estes navios de grande porte são retratados como parar em terra de Quitim (Chipre) como sua última parada antes de chegar ao porto de Tiro. Lá eles são disse a notícia triste e inacreditável da queda de Tiro. Os versículos 2:3 referem-se à forma como Tiro e toda a Fenícia (representado por Sidon) construíram um grande comércio mundial. Mas o versículo 4 declara a vergonha de Sidon (Fenícia) na queda de seu capital. Phoenicia ouve uma voz do-mar para o mar falou -que é, então, mais claramente identificados como provenientes de Tiro, a fortaleza do mar, desde Tiro era, na verdade, em uma pequena ilha ao largo da costa. Essa voz é ouvida lamentando o fato de que Tiro poderia muito bem nunca ter tido filhos, uma vez que eles já estão cortadas. Certamente até mesmo o Egito vai chorar quando ouvem as notícias de Tiro (v. Is 23:5 ). Os povos do continente de Phoenicia- moradores do litoral -são disse que poderia ser bem para eles para passar por cima de sua colônia espanhola de Társis para a segurança. Mas se eles fizerem isso eles vão chorar como eles vão, por sua grande e antiga cidade, cuja antiguidade é dos dias antigos (v. Is 23:7 ), não é mais.

    Isaías agora enfatiza o fato de que é o próprio Senhor quem planejou a destruição de Tiro. Ele faz isso com uma pergunta retórica (v. Is 23:8 ), e, em seguida, dar a resposta positiva (v. Is 23:9 ). Deus é Aquele que é capaz de manchar o orgulho de toda a glória, e para derrubar o maior dos homens de suas alturas.

    As dificuldades do versículo 10 pode ser parcialmente resolvido, traduzindo: "Passe sobre a tua terra, ó filha de Társis; não há cinto (defesa) por mais tempo "(Gray), e interpretar isso como uma chamada para os navios de Társis para voltar para a Espanha, uma vez que Tyre é destruído. Isto implica não há emendas do texto, e mais adequada ao contexto.

    Mais uma vez os afirma profeta (v. Is 23:11 ), que é o Senhor quem está fazendo tudo isso. Deus é Aquele que declara que não há como escapar do seu poder. Eles podem fugir de Phoenicia a Chipre (Kittim), mas eles não encontrará descanso até lá. Se duvidar da extensão do poder do Senhor, eles podem olhar para a terra dos caldeus (v. Is 23:13) e ver a ruína que Ele fez com que fosse feito lá (conforme 21: 1-10 ).

    Embora há também algumas obscuridades nos versículos 15:18 , a importação geral é clara. Após um período de obscuridade, Tiro será novamente restaurada como uma potência comercial, e deve cortejar o comércio das nações puramente para fins comerciais. Mas ela não deve ser capaz de armazenar até seu comércio ea sua ganância para si mesma (v. Is 23:18 ), uma vez que será consagrado ao Senhor -não que Tiro será santo, mas que a sua mercadoria deve beneficiar o povo de Deus. No entanto, há um sentido amplo em que esta passagem pode ser considerada messiânica (Hengstenberg), e se realiza no tempo de Cristo, quando uma igreja cristã foi estabelecida lá (At 21:1ff ).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Isaías Capítulo 23 do versículo 1 até o 18
    23:1-18 Profecia contra o grande império mercantil e marítimo.
    23.2 Sidom. Cidade 40 km ao norte de Tiro, na costa do Mediterrâneo.

    23.3 Vastas águas. O mar Mediterrâneo.

    23.4 Não dei à luz. O aspecto futuro de Tiro e de Sidom haveria de ser rochas lavadas pelo mar, sem sinal de haver existido ali qualquer civilização. O mar não se lembrará que já houvera habitações naqueles rochedos (conforme Ez 26:4-5, que diz que Tiro virá a ser uma penha descalvada, um enxugadouro de redes). Esta é a situação atual daquela antiga "feira das nações" (3).

    23.6 Társis. Os subsidiários marítimos de Tiro e de Sidom são convocados a integrarem-se à civilização marítima, a mais longínqua existente na época que era Társis, um porto de exportação de minérios, provavelmente na Espanha.

    23.7 Pés. São os navios, que levavam os sidônios a toda parte.

    23.10 Agora a marinha mercantil de Társis estaria livre da concorrência.
    23.12 Sidom. De acordo com Gn 10:15, Sidom é considerada primogênita de Canaã. Tinha precedência no tempo, mas o fato é que Tiro passou a ser a mais importante das duas cidades, desde a invasão dos filisteus em 1150 a.C., quando os sidônios fugiram para a fortaleza mais segura de Tiro.

    23.16 Meretriz. Tiro era grande centro de idolatria. Agora, depois de setenta anos de sujeição, voltará a ser uma cidade de comércio internacional. Estas datas podem ser contadas assim: 701, a.C., a cidade é conquistada por Senaqueribe; 651 a.C., a restauração da autonomia coincidindo com a época do declínio do poder da Assíria.

    23.18 Dedicados. A renovação da autonomia de Tiro não dependeria dos seus próprios esforços, mas sim da graça de Deus em afastar o perigo dos assírios. Por isso haverá ofertas de ações de graças.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Isaías Capítulo 23 do versículo 1 até o 18
    j) Acerca de Tiro e Sidom (23:1-18)
    O último capítulo dessa seção importante do livro de Isaías é dedicado à Fenícia, cujas cidades principais eram Tiro (v. 1) e Sidom (v. 2). Os habitantes se chamavam “ca-naneus”; daí o uso da palavra “Canaã” em algumas versões no v. 11 (ARA, ARC; NVI: Fenícia)-, com freqüência, no AT, como nesse capítulo, “Sidom” significa o país como um todo. O capítulo reflete a grande habilidade dos fenícios no comércio marítimo e também as colônias que eles fundaram em volta do Mediterrâneo tão longe quanto a Espanha. Mas desde c. 700 a.C.começou o seu declínio, e isso foi corretamente previsto por

    Isaías, como o seu oráculo (v. 1-12) deixa claro. Primeiramente, os assírios os pressionaram, depois foram atacados novamente pelo Império Babilónico; no entanto, a ilha que faz parte da cidade de Tiro nunca foi capturada antes de Alexandre, o Grande, em 332 a.C. Assim, o cumprimento do oráculo foi progressivo, levando no todo mais de três séculos.
    Os v. 1-4 lembram o rico comércio entre a Fenícia e o Egito (imagina-se que Sior seja sinônimo de Nilo) e lamentam a queda final da cidade de Tiro. Muitos dos seus habitantes fugiram para Chipre (v. 1,12). (Os maiores navios da época eram chamados de navios de Társis.) O restante da Fenícia observa com espanto (v. 2,4). O Egito está aflito porque perdeu o comércio lucrativo com a Fenícia; mas evidentemente as colônias fenícias como Társis (Tartesso na Espanha) já não tinham como ajudar a cidade-mãe (v. 10). O declínio da Fenícia, diz Isaías, não será um acaso da história; é o propósito estabelecido do Senhor. A razão principal da ira de Deus era o orgulho comercial, o auto-engrandecimento desalmado da Fenícia (v. 8,9).

    Os v. 3-18 estão basicamente em prosa, embora incluam porções em poesia e sejam posteriores. Após Senaqueribe ter atormentado severamente a Fenícia em 701 a.C., o comércio de Tiro foi interrompido em grande parte por quase setenta anos, quando o declínio do Império Assírio permitiu a sua recuperação comercial. Mais tarde no seu ministério, então, o profeta predisse a recuperação da cidade (v. 15ss), retratando Tiro como uma prostituta exercendo a sua ocupação e cantando nas ruas. O v. 18, com uma modificação de tom marcante, revela que no final o propósito de Deus é que a cidade pagã mais rica (simbolizada aqui por Tiro) já não seja pagã, mas dedique todos os seus recursos à adoração de Deus. Há uma alusão aqui ao papel de Tiro, séculos antes, na construção e no embelezamento do templo de Salomão.

    O v. 13 (que deve ser interpretado em conjunto com o v. 14) é extremamente difícil, tanto em termos de texto como de tradução.

    Se a RSV e a NEB estiverem corretas, então o versículo só pode ser datado do tempo do ataque de Nabucodonosor contra Tiro (v. comentário de Ez 26ss), pois reflete o fato de que a Babilônia, e não a Assíria, cumpriu o oráculo de Isaías. (Nesse caso, o versículo deve ter sido uma observação marginal que por meio de erro posterior de es-criba conseguiu entrar para o texto de Isaías.) Mas a NVI (também a maioria das versões em português) segue outra possibilidade; v. especialmente as discussões em Erlandsson e Young. Nenhuma posição pode ser considerada absoluta.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Isaías Capítulo 13 do versículo 1 até o 18

    VOLUME III. TEMA DO JUÍZO SOBRE AS NAÇÕES GENTIAS.

    13 1:23-18'>13 1:23-18

    Sentença I. Queda da Babilônia; e a Descida do Seu Rei ao Hades. 13 1:14-27'>13:1- 14:27.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Isaías Capítulo 23 do versículo 1 até o 18
    n) Tiro (Is 23:1-18)

    Este capítulo divide-se em duas partes. A primeira (1-14) é um poema dramático que descreve a destruição da grande cidade fenícia de Tiro. Há três estrofes nesta elegia, abrindo com um quadro dos marinheiros da Fenícia que tocam em Chipre na sua viagem de regresso e ouvem consternados notícias da terrível sorte que se abatera sobre Tiro (1-5). Já não existe o porto onde esperavam lançar ferro no final da sua viagem (6-11). Sidom é chamada a lamentar o destino da sua descendência, e o profeta revela que o sucedido sobreviera por ação de Jeová dos Exércitos (12-14).

    >Is 23:15

    A segunda parte (15-18), em prosa, diz-nos que a desolação se prolongará durante setenta anos. No final desse período, Tiro verá restaurada a sua prosperidade e fortuna, pois será visitada por Jeová (17). No entanto, não se descobrirão indícios de se haverem alterado os seus costumes. Assim como era, assim continuará a ser -uma meretriz que se deleita na sua atividade nefanda, traficando com todos os reinos do mundo. Depois, vem esta mensagem: "Será consagrado ao Senhor o seu comércio e a sua ganância de prostituta" (18). Isto, evidentemente, não significa que Tiro vá orientar a sua atividade mercantil de acordo com princípios santos; o que se afirmou é justamente o contrário. O profeta pretende dizer que, sob a pressão divina, os seus lucros não reverterão para utilização daquele povo, antes serão consagrados ao serviço do povo de Deus.

    Tiro (1). Esta antiga cidade, uma colônia de Sidom (4), estava situada no litoral da Síria, sendo construída parcialmente em terra firme e parcialmente numa ilha ao largo. Durante muito tempo foi um grande centro comercial e o seu tráfico marítimo chegava aos limites dos mares então conhecidos. Foi mãe de muitas colônias (ver versículo 7 "cuja antigüidade vem de dias remotos? pois levá-la-ão os seus próprios pés para longe andarem a peregrinar"). G. A. Smith diz acerca deste capítulo: "É do maior interesse o capítulo de Isaías sobre Tiro. Contém ele a visão do profeta acerca do comércio a primeira vez que este se tornara suficientemente vasto para impressionar a imaginação do seu povo, bem como uma crítica do espírito mercantil do ponto de vista do Deus justo". Navios de Társis (1); ver 2.16n. Tem-se debatido muito a localização deste porto; alguns historiadores identificam-no com a célebre colônia fenícia de Tartessus na costa atlântica da Espanha, não longe da moderna Cádiz; outros, porém, afirmam que ficava na 1tália e que os seus habitantes eram tirrenos ou etruscos. Terra de Chitim (1), isto é, Chipre. Sicor (3), ou seja, o Nilo.

    Envergonha-te, ó Sidom (4). McFadyen traduz esta passagem como se segue:

    "Ó Sidom, mãe de cidades,

    Fortaleza do oceano,

    Envergonhada, entoa este lamento:

    ‘Os jovens que com angústia dei à luz e criei,

    E as donzelas que acarinhei, já não existem’".

    Como com as novas (5), "quando as novas chegarem ao Egito". O seu comércio (18). A sua fortuna será aplicada em benefício do povo de Jeová.


    Dicionário

    Canal

    substantivo masculino Curso de água artificial cavado pelo homem e utilizado seja para navegação ou transporte, seja para irrigação ou drenamento de certas regiões, seja, ainda, para abastecimento de instalações industriais.
    Braço de mar; estreito: o canal de Moçambique.
    Conduto.
    [Anatomia] Nome dado a diversos órgãos tubulares.
    Em radiotelevisão, via de comunicação radielétrica à qual é reservada uma faixa mais ou menos ampla da faixa de frequência.
    [Anatomia] Canal excretor, canal pelo qual se escoam as secreções das glândulas.
    substantivo masculino plural Figurado Intermediário, intermédio, meio (pelo qual se consegue alguma coisa): requerer pelos canais competentes.
    Canais de Havers, os canais alimentadores dos ossos longos.

    Ceifa

    Ceifa COLHEITA (Is 9:3).

    ceifa s. f. 1. Ato de ceifar. 2. Tempo de ceifar. 3. Grande destruição, desbaste ou mortandade.

    o tempo da ceifa começa em abrile acaba em princípios de junho. Medeia o espaço de três meses entre a semeadura e a primeira colheita, e um mês entre esta e a ceifa completa. A cevada tem já a espiga cheia em todo o território da Terra Santa, no começo de abril. E nos meados do mesmo mês começa a tornar-se loura, particularmente nos distritos do sul. Já então se acha tão amadurecida nos terrenos em volta de Jericó, como quinze dias mais tarde nas planícies de Acre. Faz-se a colheita até meados de sivã que é em fins de maio. os segadores na Palestina e na Síria fazem uso da foice para cortar o trigo quando o caule está em boas condições – mas quando pequeno, é costume arrancá-lo com as mãos pelas raízes. E fazem isto para que não se perca coisa alguma da palha, que serve para alimentação do gado. Há referência a esta prática no Sl 129:7. os ceifeiros vão para o campo, de manhã, muito cedo, e voltam de tarde para suas casas. Levam consigo os necessários provimentos, indo a água em cabaças ou em vasilhas de couro. Andam com eles na colheita os seus próprios filhos, ou outras pessoas, que vão apanhando tudo aquilo que, pela maneira descuidosa de ceifar, fica para trás. E sendo isto assim, é fácil compreender-se o caso de achar-se Rute no campo da ceifa. o direito dos respigadores estava assegurado pela lei positiva (Lv 19:9). Após a ceifa da cevada vinha a do trigo. Depois da colheita era o trigo debulhado e joeirado na eira. Em seguida depositava-se o trigo nos celeiros, e a palha servia de combustível, sendo muito empregada para aquecer os fornos de cozer pão.

    Era

    substantivo feminino Época fixa a partir da qual se começam a contar os anos.
    Figurado Época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas: a era romântica; a era espacial.
    Período histórico que se sobressai por suas características próprias, por situações e acontecimentos importantes.
    Qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época.
    expressão Era Cristã. Tempo que se inicia a partir do nascimento de Jesus Cristo.
    Era Geológica. Cada uma das cinco grandes divisões da história da Terra.
    Etimologia (origem da palavra era). Do latim aera.

    outro

    Era Período longo de tempo que começa com uma nova ordem de coisas (Lc 20:35, RA).

    Erã

    Um dos netos de Efraim e filho de Sutela. Tornou-se líder do clã dos eranitas.


    Feira

    substantivo feminino Local onde se faz mercado.
    Mercado público em dias ou épocas fixas em lugar determinado.
    Venda a preços reduzidos: feira de livros.
    As compras na feira: foi fazer a feira.
    Designação complementar dos dias da semana, exceto sábado e domingo.
    Figurado Balbúrdia, confusão.
    [Brasil] Feira livre, feira com isenção quase total de impostos.

    substantivo feminino Local onde se faz mercado.
    Mercado público em dias ou épocas fixas em lugar determinado.
    Venda a preços reduzidos: feira de livros.
    As compras na feira: foi fazer a feira.
    Designação complementar dos dias da semana, exceto sábado e domingo.
    Figurado Balbúrdia, confusão.
    [Brasil] Feira livre, feira com isenção quase total de impostos.

    Nações

    nação | s. f. | s. f. pl.
    Será que queria dizer nações?

    na·ção
    nome feminino

    1. Conjunto de indivíduos habituados aos mesmos usos, costumes e língua.

    2. Estado que se governa por leis próprias.

    3. Casta, raça.

    4. Naturalidade, pátria.


    nações
    nome feminino plural

    5. Religião Gentio, pagão (em relação aos israelitas).


    direito das nações
    Direito internacional.


    Nações Designação geral dos povos não-israelitas (Ex 34:24; Lc 24:47). “Nação”, no singular, é usado também para Israel (Gn 12:2; Ex 19:6).

    Nações Ver Gentios.

    Nilo

    Nilo Rio da África que nasce no lago Vitória e corre para o norte por 6.500 km, atravessando todo o Egito até o mar Mediterrâneo. Antes de chegar ao mar, o Nilo se abre em vários braços, formando um delta (Is 19:5-9), RA). Na Bíblia é também chamado de “o rio” e “rio do Egito” (Ex 2:3); (Js 15:47). O Nilo está ligado à história do ÊXODO (Ex 2:3-10); (Ex 7:14-25).

    adjetivo [Regionalismo: Rio Grande do Sul] Diz-se do gado bovino que tem a cabeça branca e o corpo de outra cor.

    A palavra Nilo aparece em Gn 41:1e muitas referências se fazem àquele rio. Sior ou Shihor, que se encontra em várias passagens (Js 13:3 – 1 Cr 13.5), significa o Nilo. ‘os rios da Etiópia’ (is 18:1) são os afiuentes ou tributários do Nilo. (*veja Egito.)

    Provisão

    substantivo feminino Ação de prover, de abastecer com o necessário; abastecimento.
    Produtos alimentícios necessários ao sustento de uma pessoa, comunidade ou família, durante um período de tempo; reserva.
    Estoque de produtos variados: provisão de tijolos.
    Excesso que coisas aproveitáveis; abundância.
    Valor que se retira antecipadamente dos lucros estimados de uma empresa.
    Documento oficial administrativo através do qual o chefe de Estado atribui um ofício ou cargo, autorizando o exercício de uma profissão ou emitindo instruções.
    [Comércio] Acúmulo de dinheiro; valor que se reserva: provisão para a viagem.
    [Comércio] Cobertura de um título de crédito (cambial).
    Etimologia (origem da palavra provisão). Do latim provisio.onis.

    Abundância de coisas necessárias ou proveitosas.

    Semente

    substantivo feminino Qualquer substância ou grão que se deita à terra para germinar: semente de trigo.
    O grão ou a parte do fruto próprio para a reprodução: semente de melancia.
    Esperma, sêmen.
    Figurado Coisa que, com o tempo, há de produzir certos efeitos; germe; origem: a semente do ódio.
    Ficar para semente, ser reservado ou escolhido para a reprodução, ou, p. ext., ser a última pessoa, ou coisa, restante de um grupo (por não ter sido escolhido, por não ter morrido ou desaparecido).

    [...] A semente é a palavra de Deus. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 4

    Apesar de pequenina, a semente é a gota de vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 10


    Vinha

    substantivo feminino Terreno plantado de videiras; número de videiras desse terreno; vinhedo.
    Figurado Aquilo que dá grande lucro: sua empresa é uma verdadeira vinha.
    Figurado O que se tem como profissão, como trabalho; ofício, ocupação.
    expressão Figurado A vinha do Senhor. A vida religiosa.
    Etimologia (origem da palavra vinha). Do latim vinea.ae, "vinhedo".
    substantivo feminino Culinária Molho feito com vinagre, sal, alho, cebola, pimenta etc., usado como conserva para alimentos; vinha-d'alhos.
    Etimologia (origem da palavra vinha). Forma reduzida de vinha-d'alhos.

    A primeira vinha de que se fala acha-se em conexão com o monte Ararate, talvez o seu primitivo habitat, onde Noé a plantou (Gn 9:20). Eram as vinhas conhecidas no Egito, como se pode compreender do sonho do copeiro-mor do Faraó (Gn 40:9-11), e da sua destruição pela saraiva (Sl 78:47). A extensão e a importância da cultura das vinhas mostram-se abundantemente noa monumentos, onde se acha representado pela pintura e escultura todo o processo de tratar as videiras (usualmente sobre varas, sustentadas por colunas), de colher o fruto, e convertê-lo em vinho. Em linguagem profética, o próprio povo de israel era uma vinha, trazida do Egito (Sl 80:8). Rabsaqué, nas suas injuriosas palavras aos judeus, no reinado de Ezequias, oferece levá-los para uma terra como a deles, ‘terra de cereal e de vinho, terra de pão e de vinhas’ (2 Rs 18.32). A cultura das videiras na terra de Canaã, antes da invasão dos hebreus, é manifesta por certos incidentes como o encontro de Abraão e Melquisedeque, a narrativa dos espias, e as alusões de Moisés à herança prometida (Gn 14:18Nm 13:20-24Dt 6:11). Mesmo naquele primitivo período, o território em que este ramo de agricultura alcançou a sua mais alta perfeição na Palestina meridional pode ser conhecido pela promessa patriarcal a Judá: ‘Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à videira mais excelente’ – e também o bem-amado José é comparado ao ‘ramo frutífero junto à fonte – seus galhos se estendem sobre o muro’ (Gn 49:11-22). o vale de Escol (cacho de uvas) proporcionou aos espias belíssimos cachos de uvas, que eles levaram a Moisés, e recebeu o seu nome dessa circunstância (Nm 32:9). o vale de Soreque (vinha), na planície da Filístia, era semelhantemente afamado (Jz 14:5 – 15.5 – 16.4). Do mesmo modo também ‘a planície das vinhas’ (Abel-Queramim), ao oriente do rio Jordão (Jz 11:33). Mais tarde eram mencionadas de um modo especial as vinhas do En-Gedi, na costa ocidental do Mar Morto (Ct 1:14) – e Jeremias lamenta a destruição das vinhas moabitas de Sibma (Jr 48:32). o vinho de Helbom, no Antilíbano, era exportado para Tiro, segundo diz Ezequiel (27,18) – e oséias alude ao aroma do ‘vinho do Líbano’ (14.7). É desnecessário citar passagens que nos mostrem quão valiosa era a videira e o seu produto na Palestina, durante os longos períodos da história do Antigo e do Novo Testamento, e quão excelente e abundante era a vinha na Síria. Bastará mencionar as originais promessas feitas aos israelitas, antes de eles formarem uma nação, a beleza da linguagem figurada nos salmos e profecias, e o fato de numas cinco parábolas do grande Mestre haver referência às videiras e à sua cultura. igualmente significativa é a circunstância de se encontrarem umas doze palavras nas línguas hebraica e grega (principalmente na primeira), para designarem esta planta e os seus usos. os antigos habitantes da Palestina imitaram os egípcios no tratamento das parreiras, sendo a uva o emblema da prosperidade e da paz. o caráter do solo ensinou aos cananeus e os seus sucessores a formação de terraços próprios. Nos pátios das casas grandes e pelas paredes das casas de campo, estendiam as videiras as suas gavinhas – e é provável que também as deixassem subir em volta das figueiras e outras árvores. Ao norte são as videiras cultivadas, e provavelmente o foram também em tempos antigos, ao longo de terrenos planos, apenas com um pequeno apoio (Sl 80:10 – 128.3 – Ez 17:6). As vinhas eram então, como hoje, cercadas de muros toscos ou de uma sebe, ou por ambas as coisas (is 5:5Mc 12:1). Foi entre muros desta espécie que Balaão ia montado na jumenta. Cabanas de construção grosseira são feitas para os guardadores das vinhas, como nos tempos do A.T. – e eram edificadas ‘torres’, donde se podia estar de atalaia para evitar as depredações do homem ou de certos animais, como o javali das selvas e os chacais (Sl 80:13Ct 2:15is 1:8 – 5.2 – Mt 21:33). o tempo da vindima no outono, bem como o da ceifa do trigo que a precedia, eram ocasiões de especial regozijo (is 16:10Jr 25:30). os preparativos gerais acham-se descritos na parábola de isaías
    (5). e na de Jesus Cristo (Mc 12:1, etc.). Era permitido aos pobres fazer a respiga nas vinhas e nas searas (Lv 19:10). os podadores também pertenciam às classes pobres (is 61:5). As vinhas, como os campos de trigo, tinham o seu ano sabático, isto é, de sete em sete anos a terra era simplesmente alqueivada (Êx 23:11Lv 25:3 e seg.). Na linguagem figurada da Escritura, a videira é emblemática do povo escolhido, das bênçãos na dispensação evangélica, e também Daquele em quem a igreja vive e cresce por meio dos seus vários membros, e do sangue derramado na cruz para resgatar a Humanidade (is 5:7 – 55.1 – Mt 26:27-29Jo 15:1). o ato de pisar uvas no lagar é emblemático dos juízos divinos (is 63:2Lm 1:15Ap 14:19-20). (*veja Vinho, Lagar de vinho.)

    [...] é o coração imenso da Humanidade.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Tramas do destino• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    A vinha do Senhor é o mundo inteiro.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6


    Vinha Plantação de VIDEIRAS (Lc 20:9).

    Vinha Símbolo do povo de Deus. Mal cuidada por seus pastores espirituais — que nem sequer reconheceram Jesus como Filho de Deus e o mataram —, Deus a entregará, finalmente, a outros vinhateiros (Mt 20:1-8; 21,28-41; Mc 12:1-9; Lc 13:6).

    águas

    água | s. f. | s. f. pl.
    2ª pess. sing. pres. ind. de aguar
    Será que queria dizer águas?

    á·gua
    (latim aqua, -ae)
    nome feminino

    1. Líquido natural (H2O), transparente, incolor, geralmente insípido e inodoro, indispensável para a sobrevivência da maior parte dos seres vivos.

    2. Esse líquido como recurso natural que cobre cerca de 70% da superfície terrestre.

    3. Lugar por onde esse líquido corre ou se aglomera.

    4. Chuva (ex.: fomos e viemos sempre debaixo de água).

    5. Suor.

    6. Lágrimas.

    7. Seiva.

    8. Limpidez (das pedras preciosas).

    9. Lustre, brilho.

    10. Nome de vários preparados farmacêuticos.

    11. [Engenharia] Cada uma das vertentes de um telhado (ex.: telhado de duas águas; telhado de quatro águas).

    12. [Marinha] Veio por onde entra água no navio.

    13. [Brasil, Informal] Bebedeira.

    14. [Brasil, Informal] Aguardente de cana. = CACHAÇA


    águas
    nome feminino plural

    15. Sítio onde se tomam águas minerais.

    16. [Informal] Urina.

    17. Ondulações, reflexos.

    18. Líquido amniótico.

    19. Limites marítimos de uma nação.


    água chilra
    Comida ou bebida sem sabor ou com água a mais.

    Água ruça proveniente do fabrico do azeite.

    água de Javel
    [Química] Solução de um sal derivado do cloro utilizada como anti-séptico (tratamento das águas) ou como descorante (branqueamento).

    água de pé
    Água de fonte.

    água doce
    Água que não é salgada, que não é do mar.

    água lisa
    Água não gaseificada.

    água mineral
    Água de nascente que, natural ou artificialmente, contém sais minerais dissolvidos ou gás, aos quais são atribuídas propriedades medicinais.

    água no bico
    [Informal] Intenção oculta que se procura alcançar por meio de outra acção (ex.: a proposta traz água no bico; aquela conversa tinha água no bico). = SEGUNDAS INTENÇÕES

    água panada
    Água em que se deita pão torrado.

    água sanitária
    [Brasil] Solução aquosa à base de hipoclorito de sódio, de uso doméstico generalizado, sobretudo como desinfectante ou como branqueador. = LIXÍVIA

    água tónica
    Bebida composta de água gaseificada, açúcar, quinino e aromas.

    água viva
    Água corrente.

    capar a água
    [Portugal: Trás-os-Montes] Atirar pedras horizontalmente à água para que nela dêem um ou dois saltos.

    com água pela
    (s): barba(s)
    [Informal] Com muito trabalho ou dificuldades.

    comer água
    [Brasil, Informal] Ingerir bebidas alcoólicas. = BEBER

    dar água pela
    (s): barba(s)
    [Informal] Ser complicado, difícil; dar trabalho.

    deitar água na fervura
    [Informal] Esfriar o ardor ou o entusiasmo de alguém; apaziguar os ânimos. = ACALMAR, CONCILIAR, HARMONIZARAGITAR, ALVOROÇAR, ENERVAR

    em água de barrela
    [Informal] O mesmo que em águas de bacalhau.

    em águas de bacalhau
    [Informal] Sem consequência, sem resultados ou sem seguimento (ex.: o assunto continua em águas de bacalhau; acabou tudo em águas de bacalhau; a ideia ficou em águas de bacalhau).

    ferver em pouca água
    [Informal] Irritar-se facilmente ou por pequenas coisas (ex.: você ferve em pouca água, homem!).

    ir por água abaixo
    [Informal] Ficar desfeito ou ser malsucedido (ex.: a teoria foi por água abaixo). = FRACASSAR, GORAR

    levar a água ao seu moinho
    Conseguir obter vantagens pessoais.

    mudar a água às azeitonas
    [Informal, Jocoso] Urinar.

    pôr água na fervura
    [Informal] O mesmo que deitar água na fervura.

    primeiras águas
    As primeiras chuvas.

    sacudir a água do capote
    Recusar responsabilidades ou livrar-se de um compromisso.

    Atribuir as culpas a outrem.

    tirar água do joelho
    [Informal, Jocoso] Urinar.

    verter águas
    [Informal] Urinar.


    a·guar |àg| |àg| -
    (água + -ar)
    verbo transitivo

    1. Molhar com água ou outro líquido (ex.: tem de aguar estas plantas, se não secam). = BORRIFAR, REGAR

    2. Misturar com água. = DILUIR

    3. Tornar insípido, geralmente por excesso de água ou por pouco tempero. = DESTEMPERAR

    4. Fazer malograr ou frustrar algo.

    5. Pôr nota discordante em.

    verbo intransitivo

    6. Ficar muito desejoso de algo, geralmente comida ou bebida; ficar com água na boca. = SALIVAR

    7. Sentir grande desprazer por não comer ou beber coisa que agrada.

    8. [Veterinária] Sofrer de aguamento.

    verbo pronominal

    9. Tornar-se ralo e fino por doença (ex.: o cabelo está a aguar-se).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    ‹Escuro›
    Isaías 23: 3 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E a sua provisão era a semente de Sior ‹Escuro› ①, que vinha através das muitas águas, a ceifa do rio, e ela era a feira das nações.
    Isaías 23: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    H1471
    gôwy
    גֹּוי
    nação, povo
    (of the Gentiles)
    Substantivo
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H2233
    zeraʻ
    זֶרַע
    semente, semeadura, descendência
    (seed)
    Substantivo
    H2975
    yᵉʼôr
    יְאֹר
    rio, riacho, canal, Nilo, canal do Nilo
    (the Nile River)
    Substantivo
    H4325
    mayim
    מַיִם
    água, águas
    (of the waters)
    Substantivo
    H5505
    çâchar
    סָחַר
    negócio, ganho, lucro, lucro comercial
    (than the merchandise)
    Substantivo
    H7105
    qâtsîyr
    קָצִיר
    ceifa, colheita
    (and harvest)
    Substantivo
    H7227
    rab
    רַב
    muito, muitos, grande
    ([was] great)
    Adjetivo
    H7883
    Shîychôwr
    שִׁיחֹור
    ()
    H8393
    tᵉbûwʼâh
    תְּבוּאָה
    produção, produto, renda
    (at the harvest)
    Substantivo


    גֹּוי


    (H1471)
    gôwy (go'-ee)

    01471 גוי gowy raramente (forma contrata) גי goy

    aparentemente procedente da mesma raiz que 1465; DITAT - 326e n m

    1. nação, povo
      1. nação, povo
        1. noralmente referindo-se a não judeus
        2. referindo-se aos descendentes de Abraão
        3. referindo-se a Israel
      2. referindo-se a um enxame de gafanhotos, outros animais (fig.) n pr m
      3. Goim? = “nações”

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    זֶרַע


    (H2233)
    zeraʻ (zeh'-rah)

    02233 זרע zera ̀

    procedente de 2232; DITAT - 582a; n m

    1. semente, semeadura, descendência
      1. uma semeadura
      2. semente
      3. sêmem viril
      4. descendência, descendentes, posteridade, filhos
      5. referindo-se a qualidade moral
        1. um praticante da justiça (fig.)
      6. tempo de semear (por meton.)

    יְאֹר


    (H2975)
    yᵉʼôr (yeh-ore')

    02975 יאר y e ̂ or̀

    de origem egípcia; DITAT - 832; n m

    1. rio, riacho, canal, Nilo, canal do Nilo
      1. corrente, rio (Nilo)
      2. braços do Nilo, canais do Nilo
      3. cursos de água
      4. galeria (mineração)
      5. rio (em geral)

    מַיִם


    (H4325)
    mayim (mah'-yim)

    04325 מים mayim

    dual de um substantivo primitivo (mas usado no sentido singular); DITAT - 1188; n m

    1. água, águas
      1. água
      2. água dos pés, urina
      3. referindo-se a perigo, violência, coisas transitórias, revigoramento (fig.)

    סָחַר


    (H5505)
    çâchar (saw-khar')

    05505 סחר cachar

    procedente de 5503; DITAT - 1486a; n m

    1. negócio, ganho, lucro, lucro comercial
      1. lucro, lucro comercial

    קָצִיר


    (H7105)
    qâtsîyr (kaw-tseer')

    07105 קציר qatsiyr

    procedente de 7114; DITAT - 2062a,2062b; n. m.

    1. ceifa, colheita
      1. processo de colheita
      2. safra, o que é colhido ou ceifado
      3. época de colheita
    2. galhos, ramos

    רַב


    (H7227)
    rab (rab)

    07227 רב rab

    forma contrata procedente de 7231, grego 4461 ραββι; DITAT - 2099a,2099b adj.

    1. muito, muitos, grande
      1. muito
      2. muitos
      3. abundante
      4. mais numeroso que
      5. abundante, bastante
      6. grande
      7. forte
      8. maior que adv.
      9. muito, excessivamente n. m.
    2. capitão, chefe

    שִׁיחֹור


    (H7883)
    Shîychôwr (shee-khore')

    07883 שיחור Shiychowr ou שׂחור Shichowr ou שׂחר Shichor

    provavelmente procedente de 7835; n. pr. f. Sior = “escuridão”

    1. um rio ou canal na fronteira oriental do Egito e um braço do Nilo

    תְּבוּאָה


    (H8393)
    tᵉbûwʼâh (teb-oo-aw')

    08393 תבואה t ebuw’aĥ

    procedente de 935; DITAT - 212c; n. f.

    1. produção, produto, renda
      1. produto, produção, safra (produtos agrícolas, geralmente)
      2. renda, rendimentos
      3. ganho (referindo-se a sabedoria) (fig.)
      4. fruto dos lábios (fig.)