Enciclopédia de Isaías 43:16-16

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

is 43: 16

Versão Versículo
ARA Assim diz o Senhor, o que outrora preparou um caminho no mar e nas águas impetuosas, uma vereda;
ARC Assim diz o Senhor, o que preparou no mar um caminho, e nas águas impetuosas uma vereda;
TB Assim diz Jeová, que prepara um caminho no mar e uma vereda nas águas impetuosas;
HSB כֹּ֚ה אָמַ֣ר יְהוָ֔ה הַנּוֹתֵ֥ן בַּיָּ֖ם דָּ֑רֶךְ וּבְמַ֥יִם עַזִּ֖ים נְתִיבָֽה׃
BKJ Portanto, assim diz o SENHOR, o qual faz um caminho no mar e uma vereda nas poderosas águas.
LTT Assim diz o SENHOR, O que preparou no mar um caminho, e nas águas impetuosas uma vereda;
BJ2 Assim diz Iahweh, aquele que abre um caminho pelo mar, uma vereda por meio das águas impetuosas,
VULG Hæc dicit Dominus, qui dedit in mari viam, et in aquis torrentibus semitam ;

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 43:16

Êxodo 14:16 E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre o mar, e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco.
Êxodo 14:21 Então, Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o Senhor fez retirar o mar por um forte vento oriental toda aquela noite; e o mar tornou-se em seco, e as águas foram partidas.
Êxodo 14:29 Mas os filhos de Israel foram pelo meio do mar em seco: e as águas foram-lhes como muro à sua mão direita e à sua esquerda.
Josué 3:13 porque há de acontecer que, assim que as plantas dos pés dos sacerdotes que levam a arca do Senhor, o Senhor de toda a terra, repousem nas águas do Jordão, se separarão as águas do Jordão, e as águas que de cima descem pararão num montão.
Neemias 9:11 E o mar fendeste perante eles, e passaram pelo meio do mar, em seco; e lançaste os seus perseguidores nas profundezas, como uma pedra nas águas violentas.
Salmos 74:13 Tu dividiste o mar pela tua força; quebrantaste a cabeça dos monstros das águas.
Salmos 77:19 Pelo mar foi teu caminho, e tuas veredas, pelas grandes águas; e as tuas pegadas não se conheceram.
Salmos 78:13 Dividiu o mar, e os fez passar por ele; fez com que as águas parassem como num montão.
Salmos 106:9 Repreendeu o mar Vermelho, e este se secou, e os fez caminhar pelos abismos como pelo deserto.
Salmos 114:3 O mar viu isto e fugiu; o Jordão tornou atrás.
Salmos 136:13 Àquele que dividiu o mar Vermelho em duas partes; porque a sua benignidade é para sempre.
Isaías 11:15 E o Senhor destruirá totalmente o braço de mar do Egito, e moverá a sua mão contra o rio com a força do seu vento, e, ferindo-o, dividi-lo-á em sete correntes, que qualquer atravessará com calçados.
Isaías 43:2 Quando passares pelas águas, estarei contigo, e, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.
Isaías 51:10 Não és tu aquele que secou o mar, as águas do grande abismo? E que fez o caminho no fundo do mar, para que passassem os remidos?
Isaías 51:15 Porque eu sou o Senhor, teu Deus, que fende o mar, e bramem as suas ondas. Senhor dos Exércitos é o seu nome.
Isaías 63:11 Todavia, se lembrou dos dias da antiguidade, de Moisés e do seu povo, dizendo: Onde está aquele que os fez subir do mar com os pastores do seu rebanho? Onde está aquele que pôs no meio deles o seu Espírito Santo,
Jeremias 31:35 Assim diz o Senhor, que dá o sol para luz do dia e as ordenanças da lua e das estrelas para luz da noite, que fende o mar e faz bramir as suas ondas; Senhor dos Exércitos é o seu nome.
Apocalipse 16:12 E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A TABELA DAS NAÇÕES

Gênesis 10 é às vezes chamado de "Tabela das Nações" e tem sido objeto de incontáveis estudos e comentários. Bem poucos textos do Antigo Testamento têm sido analisados de modo tão completo. Entretanto, continuam sem resposta perguntas importantes e variadas sobre sua estrutura, propósito e perspectiva. O que está claro é que a Tabela pode ser dividida em três secções: (1) os 14 descendentes de Jafé (v. 2-5); (2) os 30 descendentes de Cam (v. 6-20); (3) os 26 descendentes de Sem (v. 21-31). Cada secção termina com uma fórmula que é um sumário da narrativa precedente (v. 5b,20,31) em termos de famílias (genealogia/sociologia), línguas (linguística), terras (territórios/geografia) e nações (política). A tabela termina no versículo 32, que apresenta um sumário de todos os nomes da lista.
Existe, porém, um número imenso de maneiras de entender esses termos e interpretar o que as várias divisões representam. Por exemplo, as secções têm sido classificadas de acordo com:


Também se deve destacar que os nomes de Gênesis 10 são apresentados de formas diferentes: o contexto pode ser de uma nação (e.g., Elão, v. 22), um povo (e.g. jebuseu, v. 16), um lugar (e.g., Assur, v. 22) ou até mesmo uma pessoa (e.g., Ninrode, v. 8,9). Deixar de levar em conta essa estrutura mista encontrada na Tabela tem levado a numerosas conclusões sem fundamento. Por exemplo, não se deve supor que todos os descendentes de qualquer um dos filhos de Noé vivessem no mesmo lugar, falassem a mesma língua ou mesmo pertencessem a uma raça específica. Uma rápida olhada no mapa mostra que a primeira dessas conclusões é indefensável.
Por exemplo, os descendentes de Cam residem na África, em Canaã, na Síria e na Mesopotâmia. Mas o texto também não pode ser interpretado apenas do ponto de vista linguístico: a língua elamita (Sem) não é uma língua semítica, ao passo que o cananeu (Cam) tem todas as características de um dialeto semítico. Em última instância, tentativas de remontar todas as línguas existentes a três matrizes malogram porque as formas escritas mais antigas são de natureza pictográfica, e tais formas simbólicas não contribuem para uma classificação linguística precisa. Além do mais, os antropólogos ainda não chegaram a um consenso sobre o que constitui uma definição correta de "raça", o que enfraquece ainda mais quaisquer conclusões sobre grupos raciais representados na Tabela.

OS 14 DESCENDENTES DE JAFÉ

OS 30 DESCENDENTES DE CAM


OS 26 DESCENDENTES DE SEM


A Tabela das nações
A Tabela das nações

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Isaías Capítulo 43 do versículo 1 até o 28
E. "Vós Sois MEUS". Eu Sou o vosso "SANTO", Is 43:1-44.5

Do ponto de vista teológico, este é um texto tremendamente significativo. Agora o poeta canta o livramento, após ter falado do Libertador em Is 41 ; 42. A recipro-cidade mútua do relacionamento divino-humano é relatada no tema dessa seção do nos-so esboço. Se Deus é o Autor dos castigos do seu povo (42.25), Ele também é o Autor da sua redenção, agregação e transformação. Eles, por sua vez, são suas testemunhas entre todas as nações do fato de que Ele é o Deus vivo. Ele os escolheu e os tornou seu "exem-plo" para provar que somente Ele é Deus e Salvador.

1. A Garantia da Redenção (43:1-8)

  1. A preservação é prometida (43:1-2). A mensagem confortadora do Deus Eterno para a criatura que Ele formou é o fato de que Israel é sua "possessão comprada" e é chamado pelo seu nome (1). Adam Clarke argumenta que a tradução deveria ser a se-guinte: "Eu os chamei pelo Meu nome". Dar nome significa uma escolha pessoal e uma apropriação. Águas [...] rios [...] fogo (2) são todos símbolos de perigo. Mas na presença do Grande Companheiro, Israel não tem nada a temer. Havia falta de pontes no Oriente Médio. Não existe a palavra ponte no hebraico bíblico. Mas a promessa de Deus é que os rios transbordantes não arrastarão o seu povo, e o fogo também não os queimará.
  2. O preço do resgate é pago (43.3). O Deus de Israel lembra o seu povo que Ele já tinha dado o Egito, o Sudão e a Etiópia como preço pelo seu resgate. O verbo no hebraico está no tempo perfeito; assim, não se refere a um resgate futuro a ser pago a Ciro para deixar que os cativos retornem da Babilônia. As três nações mencionadas eram o objeto da fúria de Senaqueribe. Ao passar pela pequena Jerusalém, ele nunca a conquistou. Portanto, o Santo de Israel tinha negociado essas três nações para libertar a pequena Judá.

  1. Uma possessão valiosa (43.4). Na redenção, o amor de Deus alcança sua obra máxima. "Tão preciosa, tão honrada, tão ternamente amada, que estou pronto a entre-gar a humanidade em seu lugar, um mundo para salvá-la" (Knox). Deus está disposto a sacrificar todo o mundo por esse pequeno povo, visto que este pequeno povo deve se tornar povo para todo o mundo. Que relacionamento "Eu — Vós" esplendoroso é esse!
  2. A reabilitação é prometida (43:5-8). O Deus eterno vai reivindicar seus filhos e filhas (6) das quatro extremidades da terra. No tempo de Isaías, uma dispersão bastan-te ampla dos hebreus havia ocorrido, como os arqueólogos agora reconhecem. Mas como Deus ordenou a Faraó que deixasse seu povo ir, assim Ele promete ordenar o mesmo a todas as nações. "Restaurarei ... Todo aquele que é chamado pelo meu nome é minha criatura, criado e formado para minha glória" (7, Knox).

Em Is 43:1-7, encontramos a descrição do "Povo Destemido de Deus".

1) Eles são pos-sessão dele pela criação, v. 1, e pela redenção, v. 2;

2) eles são protegidos pela sua presen-ça, v. 2;

3) sua posteridade conhecerá a salvação de Deus, v. 5 (G. B. Williamson).

"Traga-o para fora, para a luz do dia, esse povo meu que tem olhos e não consegue ver, tem ouvidos, e não consegue ouvir" (8, Knox). "O versículo 8 é o clímax da transfor-mação que torna o servo pronto para a tarefa".' Isso provavelmente se refere ao Israel ainda não convertido, embora Clarke aplique esse texto aos gentios.

2. A Promessa do Cumprimento (43:9-13)

Somente o Deus Eterno pode prometer e cumprir. Assim, mais uma vez 1saías leva as nações diante do tribunal com as três personagens desse drama: Deus, as nações e Israel.

  1. Chamando as testemunhas (43:9-10). Quem dentre eles pode anunciar (9) que têm deuses que são os senhores da história? Não são esses ídolos sem vida, mas o Deus vivo quem tem dado a interpretação dos eventos passados mesmo antes de eles acontece-rem. Que as nações apresentem testemunhas a favor dos seus deuses pagãos! O Eterno também tem referências; e Ele declara a Israel: Vós sois as minhas testemunhas (10). Aqui os pronomes são enfáticos. Vós e minhas indicam que o povo de Deus não existe para si mesmo. Eles precisam ser as testemunhas de Deus para que saibas [...] creiais [...] e entendais o real propósito e significado da eleição deles. Antes de mim deus nenhum se formou e depois de mim nenhum haverá indica que o Senhor não tem nem predecessor nem sucessor. Os advérbios de tempo não devem ser construídos de tal maneira que o resultado indique uma Deidade temporal. Deus não é uma criatura presa a tempo e espaço. Por isso, seu nome é Eterno.
  2. Deus toma a posição de testemunha (43:11-13). Eu, eu, o Eterno, sou o único Salvador (11). Eu anunciei [...] eu salvei e "anunciei" (12, NVI), e não foi nenhum deus estranho que fez essas coisas no meio de vocês; pois vós sois minhas testemu-nhas [...] que eu sou Deus. Deuses pagãos não oferecem nenhuma revelação, e não foi nenhuma deidade pagã que planejou e executou o êxodo do Egito. Mas como um dia sucede ao outro, eu permaneço o mesmo, com o mesmo poder e mantendo os destinos de todos em minhas mãos; operando eu, quem impedirá? (Cf. 9:12-11.10).

3. Um Novo Êxodo é Predito (43:14-21)

Vamos agora para uma seção em que Isaías ressalta o fato de que a redenção é pela graça (43.14 44.5). O Santo de Israel (14) é o Orador. A iminente obra de redenção é predita (43:14-21), razão pela qual a graça é livre (43:22-28) ; e o resultado completo disso é o Espírito de Deus derramado, produzindo membros leais em abundância (44:1-5).

  1. A frustração da Babilônia (43:14-15). "Assim diz o Senhor, seu Salvador, o Santo de Israel: Por amor a vós, enviei à Babilônia e trouxe de volta todos os fugitivos e os caldeus que se gloriam em seus navios. Eu sou o Senhor, o vosso Santo, o Criador de Israel, vosso Rei" (Versão Peshitta [Lamsa]).'
  2. O Deus do Êxodo fala (43:16-17). O mesmo Deus que subjugou Faraó com seu exército e seus carros no mar Vermelho promete livramento agora. O Deus que pode transformar o mar (16) em uma estrada, e afundar carro e cavalo, o exército e a força (17) como chumbo abaixo das suas águas, também é capaz de tornar extintos os inimigos de Israel como se fossem apagados como um pavio.
  3. Algo novo num futuro próximo (43:18-21). O Deus que secou as águas tem o poder de suprir água em abundância no livramento vindouro (18). Que o povo de Deus, portan-to, se volte da memória para a esperança, porque aqueles eventos notáveis do passado anunciam eventos decisivos no futuro (19). Aquele que prepara caminhos pelo mar tam-bém preparará um caminho no deserto e fará com que rios brotem do meio do deserto. Assim, os habitantes do deserto honrarão o Deus eterno por causa dessa mudança em seu hábitat. Porque o Deus que deu de beber a Israel na sua caminhada pelo deserto pode repetir o milagre por amor do seu eleito (20), para que esse povo escolhido dê louvor a Ele (21). Assim como o Êxodo é significativo para os santos do Antigo Testa-mento, a Ressurreição e o novo nascimento são importantes para os que seguem a fé do Novo Testamento. A maior conseqüência da profecia de Isaías é um livramento do cati-veiro e da escravidão do pecado, e um novo êxodo da Babilônia dos ímpios.

4. O Indigno Israel e o Deus Perdoador (43:22-28)

O Eterno agora declara a acusação ao indiferente Israel. Para toda provisão e pro-messas de Deus a resposta deles não tem sido adoração mas sim indiferença e pecado.

  1. Cansados de Deus (43.22). Tu não me invocaste [...] mas te cansaste de mim. Uma nação cansada do seu Deus faz apenas uma coisa: se volta a outros deuses, porque o homem é irremediavelmente religioso. Esse foi o caso de Jacó e Israel. Cansados de Deus, eles se voltaram para uma nova fé nos deuses de aliados pagãos. Aqui temos um vislumbre da dor do coração do Eterno. A adoração oferecida de má vontade não é verdadeira adoração.
  2. Deus não é um tirano religioso (43.23). Nem me honraste com os teus sacrifí-cios.' Os muitos holocaustos de gado miúdo pela manhã e à noite, as ofertas ofereci-das e o incenso no altar de ouro não davam prazer ao coração de Deus visto que Israel não os oferecia de coração. "O Senhor não requer ofertas generosas e caras, mas uma confiança nele e submissão à sua vontade".'
  3. A oferta de Israel não era em sinceridade, mas em pecados (Is 43:24; cf. Is 1:11-14). "Você me sobrecarregou com seus pecados" (NVI). "Fui sobrecarregado com seus peca-dos; fui afligido com sua incredulidade" (Knox).
  4. Graça e juízo (43:25-28). Deus perdoa porque Ele é Deus. Eu, eu mesmo, sou (25) o que oferece perdão e apaga transgressões (cf. 1.18).' Por amor de mim, diz Deus. Nenhuma razão é dada além da sua própria infinita bondade. "Sou eu, sempre eu, que devo apagar tuas ofensas, por amor da minha honra, apagando da memória os teus pecados" (Knox).

Israel nada tem a alegar a não ser declarar-se culpado (26-28). Procura lembrar-me (26) — Venham, vamos resolver o problema com uma discussão franca! Se eu deixei de fazer alguma coisa em seu favor, lembrem-me! O que vocês podem oferecer como argumento para sua autojustificação? Teu primeiro pai pecou (27). Esse poderia ser tanto Abraão como Jacó (visto que Adão é o pai não somente de Israel, mas de toda a humanidade). Archer talvez esteja certo ao escrever: "Do ponto de vista das leis da justi-ça, os judeus não tinham nenhum direito de defesa, porque mesmo seu antigo pai da aliança era culpado de pecado (ao mentir a Faraó e Abimeleque acerca da sua esposa), e os seus líderes espirituais se voltaram contra Deus"» Tanto o povo como seus governantes eram culpados; por isso, ambos devem suportar seus castigos. "Pela culpa do teu primei-ro pai, pela rebelião dos teus próprios porta-vozes contra mim, eu desonrei os teus governantes invioláveis, entreguei Jacó para destruição e Israel à zombaria dos seus inimigos" (27-28, Knox). Clarke, no entanto, traduz essa passagem, como faz a Peshitta e muitos tradutores mais recentes: "Teus governantes têm profanado meu santuário", enquanto o grego (Septuaginta) diz: "Os governantes têm corrompido minhas coisas sa-gradas".' O pecado, portanto, é o motivo da destruição e opróbrio do povo de Deus, por-que o pecado é opróbrio para qualquer nação (Pv 14:34).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Isaías Capítulo 43 do versículo 1 até o 28
*

43.1-7 Deus estabelecerá uma nova comunidade.

* 43:1

que te criou. Ver nota em 4.5.

que te formou. Ver nota em 27.10,11.

Não temas. Ver nota em 10.24; 35.4.

eu te remi. Ver nota em 35.8,9.

chamei-te pelo teu nome. O Senhor chamara-os para serem o seu povo, e ele os conhecia por nome (v. 3, nota; 45.3; 49.1; 62.2; Jo 10:3; Ap 2:17). A bênção fundamental da aliança divina é expressa em Jr 30:22: “Vós sereis o meu povo, eu serei o vosso Deus”. Ver também Êx 6:7; Lv 11:45; Jr 11:4.

* 43:2

pelas águas... pelo fogo. Essas palavras descrevem a aflição através das quais Deus levará seu povo até à segurança (Sl 66:6,12).

* 43:3

Egito... Etiópia... Sebá. Sebá, provavelmente, é o sul da Arábia, ou a Eritréia. Quanto à Etiópia, ver Sl 68:31, nota. O Senhor escolheu Israel acima dessas nações (Sl 147:20; Am 3:1,2), e transferiu as terras deles para o seu povo (Dt 4:20,37,38; Js 24:13; Sl 78:55).

* 43:4

precioso... digno de honra. O povo de Deus é exaltado pela eleição (49.5; Êx 19:5; Dt 7:6-8).

* 43:8

é cego, e surdo. Aqui, uma vez mais, temos menção à comunidade dos rebeldes. Ver notas em 29.18; 42.18,19. Espiritualmente “cego” e “surdo”, Israel cumpre as profecias do Senhor, a despeito de si mesmo.

* 43:9

as predições antigas? Ver 41.22, nota.

* 43:10

o meu servo. Ver notas em 20.3; 41.8; 42.1.

* 43:13

antes que houvesse dia. Somente o Senhor, na antiguidade, quis a redenção de seu povo (40.21; 41.4).

nenhum há que possa livrar. Ver Dt 32:39.

* 43:14

o que vos redime. Ver 35.9; 41.14 e notas.

* 43:16

no mar... nas águas impetuosas. Isaías referiu-se à travessia do mar Vermelho (Êx 14 e 15).

* 43:17

o carro e o cavalo, o exército e a força. O profeta relembra aqui os carros de combate do Egito, que foram destruídos diante da face do Senhor (conforme 31.1).

* 43:19

coisa nova. O êxodo do Egito era menos importante do que a nova era da redenção (42.9, nota).

um caminho no deserto. Ver nota em 40.3.

rios no ermo. Ver nota em 41.18.

* 43:20

Os animais do campo... os filhotes de avestruzes. Essas criaturas estão associadas a áreas desoladas (34.11-15). Ver nota em 13 20:22.

águas. Essa palavra nos faz lembrar a provisão de Deus no deserto (Êx 15:22-26). Ver nota em 1.30.

meu povo. Ver notas nos vs. 1,3.

* 43:22

não me tens invocado... te cansaste. Em lugar de ter apresentado oferendas e sacrifícios, os israelitas ficaram endurecidos em seus pecados.

* 43:23

Não me trouxeste o gado miúdo. O povo de Israel observava várias práticas religiosas, mas os animais não eram necessariamente oferecidos a Deus. Quanto ao vazio dos sacrifícios que não passam de meros rituais externos, ver Jr 7:21-23, nota.

* 43:24

cana aromática. Uma planta aromática, possivelmente a cana de açúcar.

* 43:25

Eu, eu mesmo. Uma repetição para efeito de ênfase.

apago... não me lembro. Deus perdoa os nossos pecados, conforme Israel tinha experimentado após o incidente do bezerro de ouro (Êx 34:6,7; conforme Lc 5:21). O Senhor promete graciosamente perdoar e estabelecer a sua palavra (37.35; 42.21; 48.9,11).

* 43:26

apresenta as tuas razões. Eles estavam condenados, incapazes de refutar as acusações de Deus.

* 43:27

Teu primeiro pai. Jacó foi o pai das doze tribos (Os 12:2,3).

guias. Esses são os líderes religiosos, incluindo os profetas e os sacerdotes.

* 43:28

os príncipes... ao opróbrio. A tribo de Judá foi envergonhada pela destruição do templo e do exílio de seu povo (63.18; conforme 2Rs 25:18-21).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Isaías Capítulo 43 do versículo 1 até o 28
43.1ss O capítulo 42 termina com a tristeza de Deus pela decadência espiritual de seu povo. No capítulo 43, Deus diz ao povo que, apesar de seu fracasso espiritual, O lhes mostrará misericórdia, trará-os de volta do cativeiro e os restaurará. Derramaria-lhes amor e não ira. Então o mundo saberia que unicamente Deus tinha feito isto.

43.1-4 Deus criou ao Israel fazendo-o especial para O. Redimiu-a e a chamou por seu nome para que fossem do. Deus protegeu ao Israel em tempos difíceis. Nós somos importantes para Deus, também nos chama por nome e nos dá seu nome (43.7)! Quando levarmos seu maravilhoso nome, nunca devemos fazer nada que lhe envergonhe.

43:2 Ao passar por águas de tribulação possivelmente o afoguem ou o obriguem a crescer mais forte. Se for com sua força, é muito provável que se afogue. Se convidar ao Senhor a ir com você, O protegerá.

43:3 Deus entregou a Persia a outras nações em troca de deixassem partir para os judeus a sua terra natal. Egito, Etiópia e partes da Arábia (Seba) atacaram a Persia e foram derrotados.

43.5, 6 Isaías fala sobre tudo da volta do Israel desde Babilônia. Mas há um significado mais amplo: todo o povo de Deus se reunirá quando Cristo deva governar em paz sobre a terra.

43:10, 11 A tarefa do Israel era a de ser testemunha (44.8), dizer ao mundo quem era Deus e o que tinha feito. Na atualidade todos os crentes têm a mesma responsabilidade de ser testemunhas de Deus. Saberá a gente como é Deus ao ver a forma em que você fala e atua? Eles não podem ver deus diretamente, mas o podem ver refletido em você.

43.15-21 Esta seção descreve um novo êxodo para um povo uma vez mais oprimido, como o foram os israelitas durante o cativeiro no Egito antes do êxodo. Clamariam a Deus e uma vez mais os escutaria e liberaria. Um novo êxodo se levaria a cabo por um novo deserto. Os milagres passados não foram nada em comparação com o que Deus faria por seu povo.

43.22-24 O cano aromático possivelmente era um ingrediente do incenso usado na adoração. Um sacrifício requeria renunciar a um animal valioso e clamar pelo perdão de Deus. Mas o povo se apresentava ante Deus com pecados em vez de sacrifícios. Pode imaginar-se levando o melhor de seus pecados ante ao altar de Deus? Esta ilustração irônica mostra o baixo que caiu o Israel. O que apresenta ante Deus: seus pecados ou uma súplica para obter seu perdão?

43:25 Quão tentador resulta recordar a outro uma ofensa passada! Entretanto, quando Deus perdoa nossos pecados, esquece-os totalmente. Nunca devemos temer que O nos recorde isso mais tarde. Posto que Deus fez isto por nós, precisamos fazer o mesmo por outros.

A IDOLATRIA ATUAL

Isaías nos diz: "Quem formou um deus, ou quem fundiu uma imagem que para nada é de proveito?" Pensamos nos ídolos como figuras de madeira ou pedra, mas em realidade um ídolo é algo natural a que lhe dá um valor e um poder sagrados. Se sua resposta a qualquer das seguintes pergunta é outra coisa ou outra pessoa que não seja Deus, terá que analisar a quem ou a que adora em realidade.

Quem me criou?

-- Em quem confio sempre?

-- Em quem procuro a verdade suprema?

-- Em quem procuro a segurança e a felicidade?

-- Quem está a cargo de meu futuro?


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Isaías Capítulo 43 do versículo 1 até o 28
ONIPOTÊNCIA D. DEUS E GRACE (43: 1-44: 5)

Nestes dois capítulos, temos uma série de mensagens do Senhor, que giram em torno do servo e sua obra. Ao explicar este trabalho, o profeta dá outra previsão e explicação do exílio babilônico, e pela primeira vez menciona Cyrus.

1. O Senhor Redentor (43: 1-9)

1 Mas agora, assim diz o Senhor que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; Chamei-te pelo teu nome, tu és Mt 2:1 Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando tu andas pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em Jc 3:1 Pois eu sou o Senhor teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador; Tenho dado o Egito como o teu resgate, a Etiópia e Seba em teu lugar. 4 Desde foste precioso aos meus olhos, e honrado, e eu te amei; portanto darei homens por ti, e os povos em vez da tua vida. 5 : Não temas; porque eu sou contigo; trarei a tua descendência desde o Oriente, e te ajuntarei desde o ocidente, 6 Direi ao norte: Dá; e ao sul, não reter; trazei meus filhos de longe, e minhas filhas das extremidades da terra; 7 cada um que se chama pelo meu nome, e que criei para minha glória, a quem formei, sim, a quem eu fiz.

8 Trazei o povo cego, que tem olhos; e os surdos que têm ouvidos. 9 Todas as nações se congreguem, e os povos se reúnam; quem dentre eles pode anunciar isso, e mostrar-nos coisas já passadas? que tragam suas testemunhas, para que possa ser justificado; ou que se ouça, e dizer: É verdade.

O Senhor, que criou Israel, diz que desde que ele criou ... formada ... redimido ... chamado ela, a nação pertence a Ele. Ele, portanto, promete proteger a nação em seus problemas (vv. Is 43:2)

10 Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, eo meu servo, a quem escolhi; para que saibais e acredite em mim, e entender que eu sou o mesmo: antes de mim deus nenhum se formou, nem haverá depois de mim. 11 Eu, eu mesmo, sou o Senhor; e fora de mim não há salvador. 12 Eu anunciei, e eu salvei, e eu já mostrou; e não havia nenhum estranho deus entre vós, pois vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e eu sou Dt 13:1 , onde é apontado que os deuses-ídolos-são feitos, ao passo que o Senhor Deus é o Portanto, a preexistência eterna de Deus está implícito nesta declaração "Criador dos confins da terra.".

Há forte ênfase aqui sobre a identidade do Senhor Deus. Ele declara que Ele mesmo tem feito tudo o que foi feito, não um deus estranho (v. Is 43:12 ); . portanto vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor A constante repetição da primeira pessoa do singular é significativa neste discurso de Deus.

O versículo 13 deve ser lido como o ASV tem no texto, uma vez que refere-se ao início dos tempos e é, portanto, uma outra referência para a eternidade de Deus. Ninguém pode realmente frustrar os propósitos eternos de Deus: eu vou trabalhar, e quem o impedirá?

3. O Senhor destrói Babilônia (43: 14-15)

14 Assim diz o Senhor, teu Redentor, o Santo de Israel: Por amor de vós enviei a Babilônia, e eu vou derrubar todos os fugitivos, mesmo os caldeus, nos navios com que se vangloriavam. 15 eu sou o Senhor, vosso Santo, o Criador de Israel, vosso Rei.

Deus disse que Ele vai proteger seu próprio povo, e agora dá um caso particular das maneiras em que ele vai fazer isso. Eu enviei a Babilônia, e eu vou trazer para baixo. ... Observe os dois tempos diferentes aqui. Não é estranho ou incomum para um profeta para usar o perfeito ou passado para expressar certeza profética de uma ação futura. A previsão é de queda de Babilônia, que ainda não estava no auge. Compare com esta capítulos 13 1:14-32'>13-14 e 21: 1-9 .

Há, no versículo 15 uma colocação importante de títulos do Senhor: Eu sou o Senhor, vosso Santo, o Criador de Israel, vosso Rei. Compare Is 44:6 ; Is 41:21 ; Is 43:15 . O que um Deus poderoso que servimos!

4. O Senhor Effects um novo êxodo (43: 16-28)

16 Assim diz o Senhor, que faz nascer um caminho no mar, e um trajeto nas águas poderosas, 17 , que faz sair o carro eo cavalo, o exército ea força homem (se deitam juntos, eles não devem subir, pois eles estão extintos , eles apagaram-se como um pavio): 18 Não vos lembreis das coisas passadas, nem considerar as coisas de velho. 19 Eis que faço uma coisa nova; agora está saindo à luz; não vos conhece? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no deserto. 20 Os animais do campo me honrarão, os chacais e os avestruzes; porque porei águas no deserto, e rios no ermo, para dar de beber ao meu povo, ao meu escolhido, 21 o povo que formei para mim, para que o meu louvor.

22 No entanto, não te chamou a mim, ó Jacó; mas te cansaste de mim, ó Israel. 23 Tu não me trouxe das tuas ovelhas para holocaustos; nem tu me honrado com teus sacrifícios. Eu não te sobrecarregados com ofertas, nem te fatiguei com incenso. 24 Tu me compraste por dinheiro cana aromática, nem tu me encheu com a gordura dos teus sacrifícios; mas tu me sobrecarregada com os teus pecados, tu me cansado com as tuas iniqüidades.

25 Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim; e eu não me lembro dos teus pecados. 26 Faze-me lembrar; entremos juntos em juízo: set tu diante tua causa , para que te possas justificar. 27 Thy primeiro pai pecou, ​​e os teus professores têm transgredido contra mim. 28 Pelo que profanei os príncipes do santuário; e eu farei de Jacó um anátema, e Israel ao opróbrio.

Nos versículos 16:19 Isaías lembra as pessoas da forma milagrosa Deus os havia libertado do Egito e os perigos que os cercam no caminho para Canaã, e declara que Ele é o mesmo hoje. Ele é tão capaz de entregar, como Ele sempre foi. Os versículos 16:17falam da travessia do Mar Vermelho e do afogamento do exército de Faraó, e versículo 19 relata a travessia do deserto da Península do Sinai, quando Deus fez um caminho no deserto, e fornecido para as suas necessidades alimentos e água. Desde muito dos versos Is 43:19-20 é figurativa e dificilmente poderia ser tomada literalmente, é melhor considerar esta uma descrição geral do poder de Deus para livrar do pior dos problemas (Alexander) do que aplicá-la também, especificamente. Não parece que o profeta aqui usa os tipos de detalhes que exigem esses versos para ser aplicado ao retorno da Babilônia, apesar de que é especificamente mencionado no versículo 14 . Esse retorno foi um exemplo do poder de Deus para entregar, mas o exemplo supremo, eo cumprimento real desta forte linguagem figurada, é na libertação da escravidão do pecado (Calvin, Alexander, Gerlach).

Os versículos 22:24 não pode ser adequadamente compreendida sem o reconhecimento de que eles levam até o clímax no versículo 25 . Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões, não porque você tem chamado a me (v. Is 43:22) ou oferecidos de modo muitos sacrifícios e oferendas (vv. Is 43:23-24) como para ganhar o meu perdão, para você ter pecado e cansado me com as tuas iniqüidades -mas sim por amor de mim (v. Is 43:25 ). Esta não é mais uma polêmica contra o sacrifício de He 9:22 é contra a livre graça. Isaías aqui sobe para a altura do próprio evangelho, ao dizer que Deus não predicado Seu perdão sobre as coisas que os homens oferecem-Lo, mas perdoa pelo Seu próprio bem. É como se Ele disse: "Você não é tão realizada estas cerimônias como para me colocar sob a obrigação de te perdoar" (Alexander). Torrey também aponta que é o Senhor que chama as pessoas, e não as pessoas que chamados do Senhor (v. Is 43:22 ). Assim, a iniciativa foi com o Senhor, como também a escolha de uma base para o perdão. Deus está aqui sublinhando Sua própria vontade soberana e seu lugar no perdão dos pecados.

O Senhor continua seu apelo ao povo, chamando-os diante dEle em juízo, para provar a sua inocência, se puderem: estabelecido a tua causa, para que sejas justificado (v. Is 43:26 ). Ele, porém, assegura-lhes que eles não podem mostrar que eles são inocentes, pois, Ele diz: Teu primeiro pai pecou, ​​e os teus professores (v. Is 43:27 ). Este pecado constante é a causa da punição (v. Is 43:28 ), e também a razão que o perdão deve vir como resultado da livre graça de Deus (v. Is 43:25 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Isaías Capítulo 43 do versículo 1 até o 28
  • A grandiosidade do perdão dele (Is 42—43)
  • Is 42:1-23 apresenta Jesus Cris-to (Mt 12:18-40), e vemos sua pri-meira vinda em humildade e graça, bem como a segunda, em poder e julgamento. Entre esses dois even-tos, temos a era presente da igreja. Deus permitiu que os judeus fossem capturados e exilados a fim de dis-cipliná-los por causa dos pecados (42:18-25); todavia, o cativeiro de-les não seria para sempre. Ele viria em julgamento e destruiría a Babi-lônia (42:10-1 7), usando Ciro como seu instrumento. O capítulo 43, de novo, assegura a Israel: "Não temas, [...] eu serei contigo". A libertação do seu povo o tornaria testemunha para o mundo da graça e do poder do Senhor (43:10,12). No entanto, Isaías admoesta a nação por ter se esquecido do Senhor (Is 43:22-23); e, no entanto, Deus, em sua graça, per-doa os pecados da nação (43:25). Podemos aplicar essas promessas de perdão ao remanescente judeu futuro, no período da tribulação.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Isaías Capítulo 43 do versículo 1 até o 28
    43.1 Eu te remi. Os remidos estão inscritos no rol da vida, e seus nomes são conhecidos por Deus, que os considera propriedade Sua. Isto é um grande consolo para todos os crentes que aceitam a remissão.

    43.2 Quando passares pelo fogo. Conforme Ez 3:19-27.

    43.3 Egito... Etiópia... Sebá. Deus "deu" (o tempo verbal aqui é o chamado perfeito profético, o qual garante que estas profecias já se consideram cumpridas) estas nações ao rei Ciro, nações ricas e opulentas, como "salário", pela futura emissão da ordem da restauração de Israel.

    43.8 Cego... surdo. Apesar de possuírem olhos e ouvidos não aprenderam as lições que Deus ensina mediante Sua manifestação na história.

    43.15 Com base em v. 11: "fora de mim, não há salvador", alguns consideram que v. 15 seja um testemunho da divindade do Messias: isto fica claro em outras passagens.
    43.16 Perante Israel e para os povos vizinhos, a salvação que Deus operou, fazendo Seu povo atravessar o mar Vermelho, foi o maior dos milagres; mas a "coisa nova" (v. 19), a transformação de todos os obstáculos, para trazer o povo de volta do cativeiro babilônico será muito mais maravilhosa, e serve como um antegozo da verdadeira libertação do pecado.
    43.18 Coisas passados. Conforme Jr 16:14-24; Jr 23:7-24).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Isaías Capítulo 43 do versículo 1 até o 28
    g) A promessa do livramento (43:1-21)
    As repreensões (raras nesses capítulos) dão lugar novamente ao consolo. A promessa do livramento do exílio é mais uma vez o tema do profeta, mas agora é ampliado e aprofundado. E ampliado, visto que os espalhados de Israel em todos os quatro cantos do globo, não somente na Babilônia, devem ser trazidos para casa (v. 5ss); é aprofundado pelo destaque ao amor especial de Deus pelo seu povo (v. 3,4). A linguagem é pictórica, mas a verdade subjacente é que, enquanto os exilados judeus seriam libertos e ajudados por Ciro, o continente africano, especificamente o Egito, sofreria a invasão e seria conquistado pelo sucessor de Ciro, Cambises. O amor de Deus, a ser demonstrado dessa forma na história, é a resposta suficiente a todos os temores dos exilados (v. 1,2).

    Ao usar novamente as palavras cego e surdo em referência aos exilados (v. 8; conforme 42.18,

    19), o profeta os enxerga como “conduzidos para fora” (a saber, da Babilônia) para um propósito específico, o de serem testemunhas na corte (v. 10). A outra parte nessa causa (isso está implícito mesmo que não declarado) são deuses pagãos, que são desafiados a encontrar testemunhas a favor de sua capacidade de predizer o futuro (v. 9). Por meio dessa forma de argumentação, o poder singular de Javé é defendido e destacado (v. 10-13); o parágrafo culmina com a ênfase na capacidade de Deus de derrubar qualquer império, e o oráculo seguinte (v. 14-21) especifica que são os babilônios e seus governantes caldeus (v. nota de rodapé da NVI) que vão cair. (Isso está claro, apesar das obscuridades do heb. no v. 14.) Essa nova libertação de Israel é representada em termos do êxodo do Egito muito tempo antes, tantas vezes lembrado e repetido na adoração dos judeus em épocas antigas e modernas; na verdade, no entanto, o profeta recomenda aos exilados que esqueçam o êxodo (v. 17), porque a sua experiência futura será muito mais maravilhosa. E importante a descrição de Israel como “criado” por Deus (v. 15) e “formado” para ele (v. 21); ela serve para confirmar o propósito imutável que Deus tinha para o seu povo. O louvor àe Deus (v. 21) nunca estava distante dos pensamentos e dos modos de expressão do profeta.

    h) A infidelidade passada (43:22-28)
    A seção final do cap. 43 se ocupa com as falhas na adoração antigamente oferecida a Deus por Israel. A passagem é disposta como um cenário do tribunal, como os v. 8-13, mas agora Israel não testemunha a favor de Deus, mas aparece como seu oponente (conforme especialmente o v. 26). Evidentemente, alguns exilados negavam que a sua deportação para a Babilônia havia sido merecida; eles não tinham sempre adorado a Deus fielmente, com uma devoção que beirava a exaustão completa? Essa afirmação é enfaticamente rejeitada por Deus; ao contrário, eles o haviam “sobrecarregado” com as suas constantes ofensas (v. 24). Dificilmente cabe no contexto geral fazer os v. 22ss serem uma referência ao período exílico em Sl, quando obviamente a adoração sacrificial no templo em

    Jerusalém era uma impossibilidade física; antes, deveríamos destacar a repetição de eu e me — i.e., os muitos sacrifícios e devoções nunca tinham chegado a Deus, em virtude dos pecados que os acompanhavam. O v. 27 lembra a pecaminosidade dos líderes nacionais desde o início (Seu primeiro pai provavelmente significa o próprio Jacó), e o v. 28 confirma a justiça do castigo que caiu sobre Israel. (Os porta-vozes provavelmente são os reis de Judá, que de certa forma estavam associados constitucionalmente ao templo.') O castigo usado como sinal havia caído sobre eles; e mesmo assim o veredicto de Deus é perdão (v. 25)!


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Isaías Capítulo 40 do versículo 1 até o 24

    VOLUME VIII. O LIVRO DO CONFORTO. 40:1 - 66:24.

    Seção I. O Propósito da Paz. 40:1 - 48:22.


    Moody - Comentários de Isaías Capítulo 43 do versículo 14 até o 21

    14-21. Esta passagem declara que Deus demonstrada a Sua soberania derrubando o Império Caldeu e levando os judeus de volta à Palestina. Ele destronada os caldeus de sua preeminência e os faria fugir da Babilônia antes da violenta investida da Pérsia. Era o mesmo Deus que fizera um caminho através do Mar Vermelho para os hebreus do Êxodo e que fizera afundar os carros egípcios que os perseguiram. Mas este livramento futuro eclipsaria até mesmo aquele em glória. Pois Ele conduziria os judeus libertados através do ressecado Deserto da Síria, e faria brotar rios de água para matar a sede deles (provavelmente figurativamente referindo-se à provisão que Ele forneceria aos pioneiros durante seus primeiros anos de privação e sofrimento). Os animais do deserto que são apresentados regozijando-se neste suprimento de água podem ser as nações gentias que se beneficiariam do testemunho dos judeus restaurados.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Isaías Capítulo 43 do versículo 1 até o 28
    g) O poder invencível e a graça perdoadora de Deus (Is 43:1-23). Nestes grandiosos versículos, Jeová assegura a Israel que o manterá e sustentará em todo o caminho que esse povo tem a percorrer, não só na criação e redenção, mas também em graciosa providência. O seu desgosto e o seu regresso ao país ambicionado dos seus antepassados são objeto de zelo constante e determinados por um profundo propósito de amor.

    Mas agora... (1). Estas palavras constituem um elo entre o manifesto de Jeová, que acaba de ser registrado, e as mensagens que Ele vai agora enviar, dependentes todas elas da proclamação. Eu te remi (1). O presente eterno; o propósito e ação de Deus são um só. Dei o Egito (3), referência à futura derrota e derrubamento do Egito e reinos vizinhos pelo poder da Pérsia; foram conquistados no reinado de Cambises. Foste glorificado (4), isto é, honrado pela ligação com o seu Deus. Numa outra versão, temos a seguinte estruturação da frase: "Visto teres sido precioso à Minha vista, e honrado, e Eu te ter amado, portanto darei homens por ti e povos pela tua vida".

    >Is 43:10

    2. ISRAEL, TESTEMUNHA DE JEOVÁ NO MUNDO (Is 43:10-23). Esta segunda mensagem afirma que Israel desempenhará a sua função de testemunha de Jeová por aquilo que Ele é e realizará (10-11). Uma vez mais repete-se o argumento decisivo da profecia, assegurando-se que a promessa divina não falhará (12-13). Esta mensagem está relacionada com a primeira, por o contraste entre Israel como verdadeira testemunha de Jeová e as outras nações da terra, incompetentes para pronunciar qualquer palavra afirmativa, ser bem vincado.

    E o Meu Servo (10). O sentido é que, sendo Sua testemunha, Israel é também Seu servo. Para que... creiais (10), o que talvez se traduzisse melhor assim: "Para que... Me creiam". O sentido é que Israel é testemunha de Jeová para que os pagãos possam saber e compreender que, além dEle, não há qualquer outro Salvador. Quem impedirá? (13), ou "quem contrariará"?

    >Is 43:14

    3. JEOVÁ, DESTRUIDOR DE BABILÔNIA (Is 43:14-23). A Babilônia, como o Egito, deverá ser derrubada e abatida pelo poder e majestade do Deus de Israel. Trata-se do primeiro anúncio inequívoco da queda de Babilônia (ver Is 46:1-23). Depois de uma referência ao grande passado de libertamento divino nos dias do Êxodo e aos atos de poder por Deus realizados ali e então (16-17), promete-se que o livramento do poder de Babilônia será uma obra ainda maior. Será uma coisa nova realizada pela própria mão de Deus (19), e o deserto amargo do atual sofrimento de Israel florescerá em louvor do seu Redentor (20-21). E todo este misericordioso ato de restauração não será devido a quaisquer méritos desse povo, pois não os tem, havendo, até, falhado abertamente em tudo quanto Deus lhe ordenara (22-23). Me cansaste com as tuas maldades (24), ou, segundo outra tradução, "puseste sobre Mim um fardo". Deus perdoa e esquece os pecados de Israel (25), num ato da Sua graça gratuita, e foi a própria graça que planeou a forma que o castigo desse povo ia assumir, e a dor que o atormentou (28).


    Dicionário

    Assim

    advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
    Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
    Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
    Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
    conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
    Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
    locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
    locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
    expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
    Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
    Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
    Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.

    Caminho

    substantivo masculino Faixa de terreno para trânsito de pedestres ou de veículos; estrada.
    Figurado Meio de alcançar um resultado; direção: o caminho do sucesso.
    Espaço a percorrer de um lugar para outro: a linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos.
    Roteiro de viagem; itinerário: vou pelo caminho mais curto.
    Modo como uma sequência de acontecimentos ocorre; tendência: neste país a educação segue pelo caminho errado.
    Antigo Rumo marítimo: o caminho das Índias.
    expressão Caminho de ferro. Via de comunicação que utiliza veículos sobre trilhos de ferro entre cidades, países etc.; estrada de ferro.
    Etimologia (origem da palavra caminho). Do latim camminus; de origem celta.

    Esta palavra aparece na Bíbliano sentido de via, de estrada (Gn 16:7Nm 14:25 – Mc 10. 32). Muitas vezes o termo ‘caminho’ significa os simples hábitos da vida – ‘endireitai os vossos caminhos’ – ‘todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra’ (Gn 6:12 – 19.31 – Jr 32:19). ‘Caminho do Senhor’ quer dizer o que Ele é em relação a nós: ‘os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos’ (is 55:8). ir ‘pelo caminho de todos os da terra’ (Js 23:14) significa estar para morrer, na sua viagem para a sepultura. Caminho duro representa o caminho dos pecadores (Jz 2:19). Jesus Cristo é chamado o Caminho (Jo 14:6), pois que é por Ele somente que os crentes obtêm a comunicação com o Pai. Estas expressões ‘o Caminho’, ‘este Caminho’, usavam-se a respeito da crença e prática cristãs (At 9:2 – 19.9,23 – 22.4 – 24.14,22), talvez para contrastar com o sistema judaico de regras para a vida diária, chamadas Halacote ou Caminhos.

    estrada, via, trilha, raia, vicina, carreiro, azinhaga, picada, senda, vereda, atalho. – Todas estas palavras têm de comum a propriedade de designar “espaço aberto conduzindo de um lugar a outro”. – Caminho não sugere mais que a ideia de “espaço ou trilho livre entre dois pontos”. – Estrada é “caminho largo, construído com mais ou menos arte, e de modo que se preste ao tráfego de veículos”. Há estradas de rodagem, estradas de ferro, etc. Por influência do francês, já se diz também – caminho de ferro. – Via só dá ideia do meio de comunicação entre um e outro ponto. É assim que tanto dizemos – via terrestre, como – via marítima, ou fluvial (e não – estrada, nem mesmo caminho). – Trilha (ou trilho) é caminho estreito, aberto por entre obstácu- 248 Rocha Pombo lo. Nesta acepção, trilha é vocábulo mais próprio e mais usado do que trilho, pois este designa melhor o sulco, a passagem rápida para transpor um embaraço. – Raia é, aqui, “uma curta trilha destinada a jogos de corrida”. – Vicina é termo pouco usado, empregando-se, em vez dele, a locução – caminho vicinal – para indicar os “pequenos caminhos, que levam de um caminho geral ou de uma estrada, para os lugares vizinhos”. – Carreiro é “caminho estreito, aberto pelo tráfego de carros”. – Azinhaga é também “caminho estreito”, mas sugere a ideia de “complicado e escuso”. – Picada é “trilha mal aberta em floresta, cortando-se apenas as árvores, numa certa direção”. – Senda, se se atende à respetiva origem (do latim semita de semis + iter) deve significar “meio caminho”, ou caminho muito estreito por onde mal pode passar-se. Não se compreende como é tão usada esta palavra na frase – a senda..., e até – “a larga” senda do progresso... Talvez só se explique isso pela beleza fônica do vocábulo. – Vereda é “trilha tão maldistinta que apenas parece marcar o rumo seguido”. – Atalho é “caminho estreito, trilha, azinhaga por onde se evitam as longas curvas do caminho geral”.

    O caminho celeste é o dia que o Pai nos concede, quando aproveitado por nós na prática do bem. Cada hora, desse modo, transforma-se em abençoado trecho dessa estrada divina, que trilharemos até o encontro com a grandeza e a perfeição do Supremo Criador, e cada oportunidade de bom serviço, durante o dia, é um sinal da confiança de Deus, depositada em nós. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O caminho oculto• Pelo Espírito Veneranda• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 19


    Caminho CAMINHO DO SENHOR

    Nomes dados à religião dos primeiros cristãos e ao seu modo de vida (At 19:9; 22.4).


    Caminho A estrada que conduz à vida eterna. Jesus ensinou que não existia uma pluralidade de caminhos; apenas que ele era o único que levava ao Pai (Jo 14:4-6). Em termos humanos, esse caminho é tão estreito que segui-lo é impossível sem uma prévia conversão (Mt 7:13ss.; Mt 5:20; 18,8ss.; 25,21.23).

    Diz

    3ª pess. sing. pres. ind. de dizer
    2ª pess. sing. imp. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Mar

    Mar Designação que se dá ao lago de Tiberíades (Mt 4:13). Os evangelhos relatam episódios de Jesus caminhando sobre suas águas e dando ordens às suas ondas (Mt 8:24-27; 14,24-27; Mc 4:37-41; 6,47-50; Lc 8:23-25; Jo 6:17-20), como o fez YHVH em tempos passados (Sl 89:9ss.; Jn 1; Na 1:4).

    Mar Na Bíblia, qualquer grande extensão de Água, salgada (mar Mediterrâneo) ou doce (lago da Galiléia).


    1) Os mares mencionados na Bíblia são: a) MEDITERRÂNEO, ou o Mar, ou mar dos Filisteus, ou Grande, ou Ocidental (Nu 34:6); b) MORTO, ou da Arabá, ou Oriental, ou Salgado (Js 3:16); c) VERMELHO, ou de Sufe, ou do Egito (Ex 13:18); d) ADRIÁTICO (At 27:27).


    2) Os lagos são os seguintes: a) da GALILÉIA, ou de Genesaré, ou de Quinerete, ou de Tiberíades (Mt 4:18); b) de MEROM (Js 11:5).


    3) MONSTRO (7:12; Sl 74:13).

    ====================================

    O MAR

    V. MEDITERRÂNEO, MAR (Nu 13:29).


    O mar é a fotografia da Criação. Todo ele se pode dizer renovação e vida, tendo em si duas forças em contínuo trabalho – a da atração e a da repulsão, M que se completam na eterna luta, pois, se faltasse uma, nulo estaria o trabalho da outra.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Um adeus

    O mar, gigante a agitar-se / Em primitivos lamentos, / É o servidor do equilíbrio / Dos terrestres elementos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18


    oceano. – Resumindo Bourg. e Berg. diz um autor: “Designa-se com estas palavras a vasta extensão de água salgada que cobre a maior parte da superfície do nosso planeta”. – Mar é o termo que ordinariamente se aplica para designar alguma das partes dessa extensão; e também para designar o conjunto das águas que circulam o globo, mas só quando esse conjunto é considerado de modo vago e geral (em sentido absoluto) e mais quanto à natureza que à vastidão dessa extensão. Dizemos: o mar e o céu; o mar é imenso; as areias do mar. E dizemos também o mar Báltico; o mar do Norte; o mar, os mares da costa, etc. Oceano designa em geral a vasta extensão dos mares. Usa-se, porém, às vezes para designar somente uma das suas partes, mas só quando essa parte forma uma das grandes divisões em que o mar se considera: o oceano Atlântico e o oceano Pacífico são as duas grandes divisões do oceano. – Antigamente dizia-se também – o mar Atlântico.

    os hebreus davam o nome de mar a qualquer grande massa de água. Esse termo compreendia o oceano (Gn 1:2 – 1 Rs 10.22 – 38:8) – o Mediterrâneo, que era chamado o mar último, o mar ocidental, tendo ainda vários outros nomes (Dt 11:24 – 34.2 – J12.20 – Êx 23:31 – 1 Rs 4.20 – Sl 80:11) – o mar Vermelho (Êx 10:19Js 24:6) – o mar Morto (ou Salgado) (Nm 34:3Js 18:19) – o mar da Galiléia (ou Quinerete) (Nm 34:11Mt 4:15Mc 3:7) – o mar de Jazer, um pequeno lago que fica perto de Hesbom (Jr 48:32). Além disso, aplicava-se algumas vezes a palavra aos grandes rios, como o Nilo (is 11:15), o Eufrates, o Tigre, que estavam sujeitos aos transbordamentos anuais, sendo inundados os territórios circunjacentes.

    substantivo masculino Grande extensão de água salgada; oceano: o mar ocupa uma grande parte da superfície da Terra.
    Uma parte limitada ou a água que compõe essa grande extensão: o mar Cáspio; banho de mar.
    A região situada na costa; área no litoral de: este final de semana vou para o mar!
    Figurado Grande quantidade; o que é imenso: ganhou um mar de dinheiro na loteria.
    Figurado Excesso de líquido que escoa ou derramamento exagerado de: mar de sangue.
    Figurado O que provoca fascinação, admiração; excessivamente belo.
    Etimologia (origem da palavra mar). Do latim mare.is.

    substantivo masculino Grande extensão de água salgada; oceano: o mar ocupa uma grande parte da superfície da Terra.
    Uma parte limitada ou a água que compõe essa grande extensão: o mar Cáspio; banho de mar.
    A região situada na costa; área no litoral de: este final de semana vou para o mar!
    Figurado Grande quantidade; o que é imenso: ganhou um mar de dinheiro na loteria.
    Figurado Excesso de líquido que escoa ou derramamento exagerado de: mar de sangue.
    Figurado O que provoca fascinação, admiração; excessivamente belo.
    Etimologia (origem da palavra mar). Do latim mare.is.

    Preparar

    verbo transitivo Aprontar, arranjar, dispor com antecedência.
    Predispor favoravelmente.
    Estudar, organizar previamente.
    Dar preparo a, ensinar.
    Química Obter (um corpo qualquer) por meio de composição ou decomposição: preparar o oxigênio.
    verbo pronominal Aparelhar-se, apetrechar-se.
    Vestir-se convenientemente; enfeitar-se, ataviar-se.

    preparar
    v. 1. tr. dir. e pron. Aparelhar(-se), aprontar(-se), dispor(-se) antecipadamente. 2. pron. Arranjar-se, ataviar-se. 3. tr. dir. Educar, habilitar. 4. tr. dir. Predispor. 5. tr. dir. Armar, dispor, maquinar. 6. tr. dir. Estudar, meditar, memorizar. 7. tr. dir. Dosar e combinar os ingredientes para um medicamento. 8. tr. dir. Tratar (plantas, animais ou partes do corpo humano) a fim de conservar ao natural para fins de estudo.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Vereda

    substantivo feminino Caminho apertado (desprovido de espaço); sendeiro.
    Caminho alternativo através do qual se consegue chegar mais rápido a um determinado local; atalho.
    Terreno alagadiço ou brejo, normalmente localizado perto da encosta de um rio e encoberto por uma vegetação rasteira.
    [Regionalismo: Nordeste] Região que, em meio à caatinga (entre montanhas), apresenta uma grande quantidade de água e de vegetação.
    [Regionalismo: Goiás] Grande extensão de terra plana, localizada ao longo de um rio.
    [Regionalismo: Minas Gerais e Centro-Oeste] No cerrado, fluxo de água cercado por buritis (planta).
    Figurado O direcionamento ou caminho que alguém segue em sua vida; rumo: sua vida tomou uma vereda inexplicável.
    Figurado Circunstância; momento ou oportunidade.
    Etimologia (origem da palavra vereda). Talvez do latim vereda.veredus.i; rumo, direção.

    Vereda
    1) Caminho estreito (Nu 22:24).


    2) Modo de viver e agir (Pv 4:18).


    3) A condição para Deus vir ao seu povo, isto é, o arrependimento (Mt 3:3).


    águas

    água | s. f. | s. f. pl.
    2ª pess. sing. pres. ind. de aguar
    Será que queria dizer águas?

    á·gua
    (latim aqua, -ae)
    nome feminino

    1. Líquido natural (H2O), transparente, incolor, geralmente insípido e inodoro, indispensável para a sobrevivência da maior parte dos seres vivos.

    2. Esse líquido como recurso natural que cobre cerca de 70% da superfície terrestre.

    3. Lugar por onde esse líquido corre ou se aglomera.

    4. Chuva (ex.: fomos e viemos sempre debaixo de água).

    5. Suor.

    6. Lágrimas.

    7. Seiva.

    8. Limpidez (das pedras preciosas).

    9. Lustre, brilho.

    10. Nome de vários preparados farmacêuticos.

    11. [Engenharia] Cada uma das vertentes de um telhado (ex.: telhado de duas águas; telhado de quatro águas).

    12. [Marinha] Veio por onde entra água no navio.

    13. [Brasil, Informal] Bebedeira.

    14. [Brasil, Informal] Aguardente de cana. = CACHAÇA


    águas
    nome feminino plural

    15. Sítio onde se tomam águas minerais.

    16. [Informal] Urina.

    17. Ondulações, reflexos.

    18. Líquido amniótico.

    19. Limites marítimos de uma nação.


    água chilra
    Comida ou bebida sem sabor ou com água a mais.

    Água ruça proveniente do fabrico do azeite.

    água de Javel
    [Química] Solução de um sal derivado do cloro utilizada como anti-séptico (tratamento das águas) ou como descorante (branqueamento).

    água de pé
    Água de fonte.

    água doce
    Água que não é salgada, que não é do mar.

    água lisa
    Água não gaseificada.

    água mineral
    Água de nascente que, natural ou artificialmente, contém sais minerais dissolvidos ou gás, aos quais são atribuídas propriedades medicinais.

    água no bico
    [Informal] Intenção oculta que se procura alcançar por meio de outra acção (ex.: a proposta traz água no bico; aquela conversa tinha água no bico). = SEGUNDAS INTENÇÕES

    água panada
    Água em que se deita pão torrado.

    água sanitária
    [Brasil] Solução aquosa à base de hipoclorito de sódio, de uso doméstico generalizado, sobretudo como desinfectante ou como branqueador. = LIXÍVIA

    água tónica
    Bebida composta de água gaseificada, açúcar, quinino e aromas.

    água viva
    Água corrente.

    capar a água
    [Portugal: Trás-os-Montes] Atirar pedras horizontalmente à água para que nela dêem um ou dois saltos.

    com água pela
    (s): barba(s)
    [Informal] Com muito trabalho ou dificuldades.

    comer água
    [Brasil, Informal] Ingerir bebidas alcoólicas. = BEBER

    dar água pela
    (s): barba(s)
    [Informal] Ser complicado, difícil; dar trabalho.

    deitar água na fervura
    [Informal] Esfriar o ardor ou o entusiasmo de alguém; apaziguar os ânimos. = ACALMAR, CONCILIAR, HARMONIZARAGITAR, ALVOROÇAR, ENERVAR

    em água de barrela
    [Informal] O mesmo que em águas de bacalhau.

    em águas de bacalhau
    [Informal] Sem consequência, sem resultados ou sem seguimento (ex.: o assunto continua em águas de bacalhau; acabou tudo em águas de bacalhau; a ideia ficou em águas de bacalhau).

    ferver em pouca água
    [Informal] Irritar-se facilmente ou por pequenas coisas (ex.: você ferve em pouca água, homem!).

    ir por água abaixo
    [Informal] Ficar desfeito ou ser malsucedido (ex.: a teoria foi por água abaixo). = FRACASSAR, GORAR

    levar a água ao seu moinho
    Conseguir obter vantagens pessoais.

    mudar a água às azeitonas
    [Informal, Jocoso] Urinar.

    pôr água na fervura
    [Informal] O mesmo que deitar água na fervura.

    primeiras águas
    As primeiras chuvas.

    sacudir a água do capote
    Recusar responsabilidades ou livrar-se de um compromisso.

    Atribuir as culpas a outrem.

    tirar água do joelho
    [Informal, Jocoso] Urinar.

    verter águas
    [Informal] Urinar.


    a·guar |àg| |àg| -
    (água + -ar)
    verbo transitivo

    1. Molhar com água ou outro líquido (ex.: tem de aguar estas plantas, se não secam). = BORRIFAR, REGAR

    2. Misturar com água. = DILUIR

    3. Tornar insípido, geralmente por excesso de água ou por pouco tempero. = DESTEMPERAR

    4. Fazer malograr ou frustrar algo.

    5. Pôr nota discordante em.

    verbo intransitivo

    6. Ficar muito desejoso de algo, geralmente comida ou bebida; ficar com água na boca. = SALIVAR

    7. Sentir grande desprazer por não comer ou beber coisa que agrada.

    8. [Veterinária] Sofrer de aguamento.

    verbo pronominal

    9. Tornar-se ralo e fino por doença (ex.: o cabelo está a aguar-se).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Isaías 43: 16 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Assim diz o SENHOR, O que preparou no mar um caminho, e nas águas impetuosas uma vereda;
    Isaías 43: 16 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    H1870
    derek
    דֶּרֶךְ
    o caminho
    (the way)
    Substantivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3220
    yâm
    יָם
    mar
    (Seas)
    Substantivo
    H3541
    kôh
    כֹּה
    Então
    (So)
    Advérbio
    H4325
    mayim
    מַיִם
    água, águas
    (of the waters)
    Substantivo
    H5410
    nâthîyb
    נָתִיב
    .. .. ..
    (.. .. ..)
    Substantivo
    H5414
    nâthan
    נָתַן
    E definir
    (And set)
    Verbo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H5794
    ʻaz
    עַז
    ()


    דֶּרֶךְ


    (H1870)
    derek (deh'-rek)

    01870 דרך derek

    procedente de 1869; DITAT - 453a; n m

    1. caminho, estrada, distância, jornada, maneira
      1. estrada, caminho, vereda
      2. jornada
      3. direção
      4. maneira, hábito, caminho
      5. referindo-se ao curso da vida (fig.)
      6. referindo-se ao caráter moral (fig.)

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    יָם


    (H3220)
    yâm (yawm)

    03220 ים yam

    procedente de uma raiz não utilizada significando rugir; DITAT - 871a; n m

    1. mar
      1. Mar Mediterrâneo
      2. Mar Vermelho
      3. Mar Morto
      4. Mar da Galiléia
      5. mar (geral)
      6. rio poderoso (Nilo)
      7. o mar (a bacia grande no átrio do templo)
      8. em direção ao mar, oeste, na diração oeste

    כֹּה


    (H3541)
    kôh (ko)

    03541 כה koh

    procedente do prefixo k e 1931; DITAT - 955; adv dem

    1. assim, aqui, desta forma
      1. assim, então
      2. aqui, aqui e ali
      3. até agora, até agora...até então, enquanto isso

    מַיִם


    (H4325)
    mayim (mah'-yim)

    04325 מים mayim

    dual de um substantivo primitivo (mas usado no sentido singular); DITAT - 1188; n m

    1. água, águas
      1. água
      2. água dos pés, urina
      3. referindo-se a perigo, violência, coisas transitórias, revigoramento (fig.)

    נָתִיב


    (H5410)
    nâthîyb (naw-theeb')

    05410 נתיב nathiyb ou (fem.) נתיבה n ethiybaĥ ou נתבה n ethibaĥ (Jr 6:16)

    procedente de uma raiz não utilizada significando vaguear; DITAT - 1440a,1440b; n m/f

    1. pisado com os pés, caminho, vereda
    2. caminho, vereda, viajante

    נָתַן


    (H5414)
    nâthan (naw-than')

    05414 נתן nathan

    uma raiz primitiva; DITAT - 1443; v

    1. dar, pôr, estabelecer
      1. (Qal)
        1. dar, conceder, garantir, permitir, atribuir, empregar, devotar, consagrar, dedicar, pagar salários, vender, negociar, emprestar, comprometer, confiar, presentear, entregar, produzir, dar frutos, ocasionar, prover, retribuir a, relatar, mencionar, afirmar, esticar, estender
        2. colocar, estabelecer, fixar, impor, estabelecer, designar, indicar
        3. fazer, constituir
      2. (Nifal)
        1. ser dado, ser concedido, ser providenciado, ser confiado a, ser garantido a, ser permitido, ser emitido, ser publicado, ser afirmado, ser designado
        2. ser estabelecido, ser posto, ser feito, ser imposto
      3. (Hofal)
        1. ser dado, ser concedido, ser abandonado, ser entregue
        2. ser colocado sobre

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    עַז


    (H5794)
    ʻaz (az)

    05794 עז ̀az

    procedente de 5810; DITAT - 1596a; adj

    1. forte, poderoso, violento