Enciclopédia de Jeremias 48:27-27

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jr 48: 27

Versão Versículo
ARA Pois 1srael não te foi também objeto de escárnio? Mas, acaso, foi achado entre ladrões, para que meneies a cabeça, falando dele?
ARC Pois não foi também Israel objeto de escárnio para ti? porventura foi achado entre ladrões? por que então desde que falas dele te ris?
TB Pois não se tornou Israel objeto de ludíbrio para ti? não foi ele achado entre ladrões? porquanto sempre que falas dele, meneias a cabeça.
HSB וְאִ֣ם ׀ ל֣וֹא הַשְּׂחֹ֗ק הָיָ֤ה לְךָ֙ יִשְׂרָאֵ֔ל אִם־ בְּגַנָּבִ֖ים [נמצאה] (נִמְצָ֑א) כִּֽי־ מִדֵּ֧י דְבָרֶ֥יךָ בּ֖וֹ תִּתְנוֹדָֽד׃
BKJ Porque não foi Israel um escárnio para ti? Foi encontrado entre ladrões? Pois desde que falaste dele, pulaste de alegria.
LTT Pois não foi também Israel objeto de escárnio para ti? Porventura foi achado entre ladrões, para que sempre que fales dele, saltes de alegria?
BJ2 Israel não foi para ti um objeto de zombaria? Acaso foi encontrado entre ladrões, para que meneies a cabeça cada vez que falas dele?
VULG Fuit enim in derisum tibi Israël : quasi inter fures reperisses eum : propter verba ergo tua quæ adversum illum locutus es, captivus duceris.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jeremias 48:27

Jó 16:4 Falaria eu também como vós falais, se a vossa alma estivesse em lugar da minha alma? Ou amontoaria palavras contra vós e menearia contra vós a minha cabeça?
Salmos 44:13 Tu nos fazes o opróbrio dos nossos vizinhos, o escárnio e a zombaria daqueles que estão à roda de nós.
Salmos 79:4 Estamos feitos o opróbrio dos nossos vizinhos, o escárnio e a zombaria dos que estão à roda de nós.
Provérbios 24:17 Quando cair o teu inimigo, não te alegres, nem quando tropeçar se regozije o teu coração;
Jeremias 2:26 Como fica confundido o ladrão quando o apanham, assim se confundem os da casa de Israel; eles, os seus reis, os seus príncipes, os seus sacerdotes e os seus profetas,
Jeremias 18:16 para fazerem da sua terra um espanto e uma irrisão perpétua; todo aquele que passar por ela se espantará e meneará a cabeça.
Lamentações de Jeremias 2:15 Todos os que passam pelo caminho batem palmas, assobiam e meneiam a cabeça sobre a filha de Jerusalém, dizendo: É esta a cidade que denominavam perfeita em formosura, gozo de toda a terra? Pê.
Ezequiel 25:8 Assim diz o Senhor Jeová: Visto como dizem Moabe e Seir: Eis que a casa de Judá é como todas as nações;
Ezequiel 26:2 Filho do homem, visto como Tiro disse no tocante a Jerusalém: Ah! Ah! Está quebrada a porta dos povos; virou-se para mim; eu me encherei, agora que ela está assolada,
Ezequiel 35:15 Como te alegraste com a herança da casa de Israel, porque foi assolada, assim te farei a ti; assolado serás, ó monte Seir, e todo o Edom, sim, todo; e saberão que eu sou o Senhor.
Ezequiel 36:2 Assim diz o Senhor Jeová: Pois que diz o inimigo sobre vós: Ah! Ah! Até as eternas alturas serão nossa herança;
Ezequiel 36:4 portanto, ouvi, ó montes de Israel, a palavra do Senhor Jeová: Assim diz o Senhor Jeová aos montes e aos outeiros, às correntes e aos vales, aos lugares assolados e solitários e às cidades desamparadas, que se tornaram rapina e escárnio para o resto das nações que estão ao redor delas.
Obadias 1:12 Mas tu não devias olhar para o dia de teu irmão, no dia do seu desterro; nem alegrar-te sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína; nem alargar a tua boca, no dia da angústia;
Miquéias 7:8 Ó inimiga minha, não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei; se morar nas trevas, o Senhor será a minha luz.
Sofonias 2:8 Eu ouvi o escárnio de Moabe e as injuriosas palavras dos filhos de Amom, com que escarneceram do meu povo e se engrandeceram contra o seu termo.
Sofonias 2:10 Isso terão em recompensa da sua soberba, porque escarneceram e se engrandeceram contra o povo do Senhor dos Exércitos.
Mateus 7:2 porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
Mateus 26:55 Então, disse Jesus à multidão: Saístes, como para um salteador, com espadas e porretes, para me prender? Todos os dias me assentava junto de vós, ensinando no templo, e não me prendestes.
Mateus 27:38 E foram crucificados com ele dois salteadores, um, à direita, e outro, à esquerda.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA

Infelizmente, na Antiguidade o sul do Levante não era conhecido por um único nome abrangente, mas por vários, dependendo de onde e de quando se fazia referência ao lugar.
O contrário acontecia: uma gama de termos bíblicos e/ou seculares designava a terra do Israel bíblico, não sendo possível supor que algum deles correspondesse completamente às fronteiras teológicas de Israel (ou um ao outro) nem se podendo aplicar qualquer deles a todo o período da história bíblica sem criar algum anacronismo.
Na Antiguidade, em muitos casos, nomes que antes haviam sido usados para denotar uma divindade ou um grupo populacional importante foram simplesmente emprestados e reaplicados para designar a entidade geopolítica em que aquele grupo estava. Por exemplo, o nome "Canaa" derivou dos cananeus; o nome "Palestina" deve sua existência aos filisteus; e "(a terra de) Hatti" originalmente designava uma série de cidades-estados neo-hititas situadas aproximadamente entre Carquêmis e Damasco, cujos habitantes parecem ser descendentes de Hete (e.g., Gn 10:15-1Cr 1,13) e/ou devotos do deus Hatti.37 O texto bíblico diz que tanto os cananeus quanto os hititas estavam entre os "ocupantes da terra" na época da colonização por Israel (Dt 7:1; Dt 3:10-12.8; cp. Gn 15:18-21; Ex 3:8-17), e sabe-se que os filisteus imigraram para aquela terra por volta de 1200 a.C.


CANAÃ
O termo Canaa/cananeu(s) é bem atestado em boa parte dos textos do segundo milênio a.C.38 A julgar por esse uso, parece que Canaã era o termo convencional para designar o sul da área que o Egito controlava na Ásia, em contraste com Amurru (a terra dos amorreus, ao norte do rio el-Kabir). Canaã se estendia das cidades de Gaza e Ráfia, no sul, até tão ao norte quanto o vale do rio el-Kabir e a localidade de Sumra/Simyra.3 De modo que o quadro geral que surge é que as citações, tanto em textos do Oriente Próximo quanto na Bíblia, revelam uma notável semelhança quando delineiam os limites de Cana (v. acima a análise sobre as fronteiras teológicas de Israel). Essa afirmação pode ter consequências quanto à antiguidade e à essencial historicidade daquelas narrativas que mencionam as fronteiras de Israel.
Antes das descobertas arqueológicas em Nuzi, em geral se acreditava que a palavra "Canaa" derivava de um verbo semítico com o sentido de "curvar/curvar-se/ser baixo", porque os cananeus ocupavam a região baixa perto do mar, em contraste com a região montanhosa dos amorreus (Nm 13:29; Js 5:1; cp. Is 23:11). Uma teoria relacionada é que Canaã era o lugar onde o sol "se curva" (se põe), de maneira que, por definição, um cananeu era alguém do oeste. Mas se descobriu que, em Nuzi, a palavra kinahhu" se refere a uma substância de cor púrpura avermelhada, extraída de conchas de múrex e usada no tingimento de tecidos, especialmente lã.
Os textos antigos estão repletos de referências à grande consideração dada a quem se vestia de púrpura. Por ser natural, ao invés de produzida pelo homem, a tintura de múrex tinha valor elevado, pois nunca desbotava. A lucrativa indústria do múrex se concentrava ao norte de Cesareia, no Mediterrâneo, onde as águas do mar regularmente lançavam na praia uma grande quantidade dessas conchas. No local de uma antiga fábrica de tintura, em Tiro, foi encontrado um grande número de conchas*2 e, em Dor, também se encontraram claros indícios do processo de tingimento.43 Os nomes de certos lugares cananeus nos arredores oferecem ainda outros indícios de que o tingimento de múrex era uma atividade econômica essencial. Por exemplo, o nome "Sarepta" vem de um verbo que tem o sentido de "tingir" e o nome "Zobá" é derivado de um verbo que denota o tingimento de tecido. Às vezes a própria palavra "cananeu" é traduzida por "comerciante/mercador"* Como consequência, parece preferível entender Canaã como "a terra da púrpura" e "cananeus" como "o povo da terra da púrpura" (ideia a partir da qual o conceito de comércio poderia facilmente derivar). Textos gregos nos mostram que, no primeiro milênio a.C., os herdeiros culturais dessa indústria de tintura foram denominados fenícios, nome que deriva da palavra grega phoinix ("púrpura"). Mesmo no Novo Testamento aparentemente "cananeu" e "fenício" ainda eram designativos um tanto quanto equivalentes (Mt 15:22 refere-se a uma mulher cananeia; o relato de Marcos sobre o mesmo acontecimento chama-a de siro-fenícia [Mc 7:26]). Parece, então, que as palavras "Canaa" e "Fenícia" têm apenas duas diferenças básicas: (1) a primeira é vocábulo semítico, ao passo que a segunda é de origem grega; (2) a primeira é empregada no segundo milênio a.C., enquanto a segunda passa a ser normativa no primeiro milênio a.C. Se levarmos esses dados à sua conclusão lógica, parece que a mesma palavra teve, no início, a conotação do processo de tingimento, com o passar do tempo foi estendida às pessoas envolvidas no processo e, por fim, englobou o território/província onde essas pessoas formavam um grupo bastante importante da população.

PALESTINA
Por motivos que ainda não estão claros para nós, por volta de 1200 a.C. boa parte do mundo bíblico experimentou uma séria turbulência política, provocada em grande parte por hordas de invasores a que fontes egípcias se referem como "povos do mar" Há muito os estudiosos vêm cogitando sobre o que provocou esse movimento de cerca de 14 povos na direção sudeste: denyen, lukka, shardanu, masha, arinna, karkisha, pitassa, kashka, akawasha, tursha, sheklesh, peleset (filisteus), tjekker e weshesh (essas grafias são aproximadas). Embora dois ou três desses povos também apareçam em textos mais antigos do Levante ou do Egito, parece que por essa época houve uma migração bem vasta. Esses povos foram desalojados devido a uma mudança climática que causou escassez de alimento, à turbulência política que cercou a batalha de Troia ou à invasão da Grécia pelos dórios, ou a algum outro fator? Qualquer que tenha sido o motivo, é provável que, antes de chegar ao coração do Egito, vários contingentes de povos do mar tenham sido responsáveis pela queda do Império Hitita, cujo centro de poder ficava na Ásia Menor, pela captura da ilha de Chipre e pela devastação e/ou reocupação de muitas cidades em todo o Levante: Ugarit, Alalakh, Carquêmis, T. Sukas, Tiro, Sidom, Hazor, Aco, Dor e um grande número de lugares na planície da Filístia. Mas os egípcios resistiram aos povos do mar, e seus textos indicam que os filisteus foram repelidos do território egípcio na direção nordeste,15 onde mais tarde habitaram o sudoeste de Canaã, que se tornou conhecido como planície da Filístia. O local de onde os filisteus emigraram também continua sendo objeto de debate.1 A tradição bíblica de que procederam de Caftor (Creta) não é decisiva, porque aquele texto declara que os filisteus foram trazidos de Caftor da mesma maneira que os israelitas foram trazidos do Egito (Am 9:7; cp. Gn 10:14-1Cr 1.12; Jr 47:4; Ez. 25.16; SF2.5). Ou seja, é possível que a Biblia não esteja indicando o lugar de origem de nenhum dos dois povos. Levando em conta certos aspectos da cultura material filisteia (caixões de defunto estilizados, cerâmica característica etc.) ou palavras bíblicas encontradas em narrativas sobre os filisteus (guerreiro, senhor, capacete, arca), alguns estudiosos defendem que os filisteus emigraram da Grécia. Outros, com base em épicos gregos e na tradução que a LXX faz de Caftor ("Capadócia") em Deuteronômio 2.23 e Amós 9.7, afirmam que os filisteus tiveram origem ao longo do litoral sudoeste da atual Turquia. Mas tudo isso continua sendo bastante especulativo, em parte devido à escassez de textos indubitavelmente filisteus e em parte porque os filisteus começaram a passar pelo processo de assimilação cultural logo depois de chegarem a Canaã. A única conclusão segura a que se pode chegar é que, como designação de uma entidade geográfica distinta, a palavra Palestina deriva dos filisteus.
Hoje em dia às vezes se diz que, como designação da terra de Israel, o termo "Palestina" surgiu só em meados do segundo século d.C., quando, como castigo político pela revolta de Bar-Kochba, o imperador Adriano deliberadamente adotou o nome dos antigos inimigos de Israel - os filisteus - e apenas o latinizou para criar conotações pejorativas óbvias.
De acordo com esse ponto de vista, o uso mais antigo de "Palestina" foi propaganda feita pelos romanos com fortíssimas implicações políticas antijudaicas. Nesse caso, então, qualquer uso que se faça atualmente da palavra Palestina para se referir à história antes da época de Adriano é, na melhor das hipóteses, perigosamente anacrônico e historicamente errôneo e, na pior, antibíblico e até mesmo antijudaico. Existem, contudo, dados que apontam em outra direção.
Para começar, o nome Palestina aparece 13 vezes em textos neoassírios ainda do reinado de Adade-Nirari III (810-782 a.C.), Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) e Sargão II (721- 705 a.C.)." É improvável que qualquer uma dessas citações vislumbrasse a terra de Israel como um todo (em contraste com a região da Filístia). Na realidade, em um dos textos, Palestina aparece em contraste tanto com Israel (literalmente " terra de Onri") quanto com Edom.5 No entanto, em 11 casos a palavra Palestina é imediatamente precedida pelo indicador semântico para "terra/país", o que é uma indicação inconfundível de que a referência é a uma entidade geográfica distinta. De modo semelhante, uma estatueta egípcia com data presumível da 27. dinastia (945-715 a.C.) traz inscrição que faz referência a um "encarregado de Cana e Palestina" (escrita PIst). Nesse caso, o termo Palestina está sendo usado em contraste com o território de Canaã. Pode-se observar mais uma vez que o termo aparece definitivamente num contexto geográfico/provincial (e não político).
Mais relevantes para essa controvérsia são, porém, os resultados de uma pesquisa por computador que pode ser feita no Thesaurus linguae graecae (TLG; University of California, campus de Irvine). Uma pesquisa de "Palestina" como nome próprio em textos escritos antes do fim do primeiro século da era crista revelou 196 citações completas em textos gregos ou latinos (excluindo-se possíveis atestações parciais da palavra Parte das extensas ruínas arqueológicas do período Palácio Novo (aprox. 1700-1400 a.C.) em Zakros, no litoral sudeste de Creta. Alguns especialistas creem que o lugar de origem dos filisteus pode ter sido Creta.


ISRAEL
O nome Israel deriva, em última instância, do patriarca Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn 32:28). Quando os descendentes do patriarca se tornaram escravos no Egito, a expressão "filhos de Israel" passou a ser frequentemente aplicada a eles (Êx 1:9-12; 2.23,25; 3:9-11; etc.). Mais tarde, o nome Israel veio a ser aplicado ao reino nortista de Efraim, em contraste com o reino sulista de Judá (1Rs 12:18-20; 1Cr 5:17; etc.). Posteriormente, após o desaparecimento do Reino do Norte, ocasionalmente "Israel" foi usado para se referir ao reino sulista de Judá (Jr 10:1). Assim mesmo, é difícil identificar uma passagem bíblica que use explicitamente a palavra Israel para denotar uma área geográfica específica. É claro que ocorre a expressão "terra de Israel" (1Sm 13:19-1Cr 22.2; 2Cr 2:17; Ez 40:2-47.18), mas ela sempre está ligada ao terreno ocupado ou a ser ocupado por alguns ou por todos os israelitas e, em consequência, a extensão dessa área sofre variação. Fora da Bíblia, "Israel" (i.e., o Israel da Bíblia) ocorre em três textos antigos. O mais antigo é uma estela de granito do quinto ano de Merneptah (1209 a.C.). Nessa tábua de granito há uma inscrição que menciona 1srael, mas ela está registrada de tal maneira que parece apontar para uma entidade étnica e, por esse motivo, a citação não oferece quase nenhuma ajuda na definição das fronteiras geográficas de Israel. Contudo, a Estela de Merneptah é a única testemunha extrabíblica de Israel antes do nono século a.C., quando o nome aparece em duas inscrições distintas. O Obelisco Negro está escrito em cuneiforme e data do sexto ano do rei assírio Salmaneser III (853 a.C.), quando Acabe forneceu 2 mil carros e 10 mil soldados para uma coalizão que lutou contra as forças de Salmaneser. A inscrição faz referência a Acabe como " rei de Israel" Poucos anos depois (c. 835 a.C.), o rei Messa de Moabe mandou inscrever, em uma estela de basalto, uma dedicatória à sua divindade, Camos; nessa inscrição ele se vangloriou de ter retomado o território que anteriormente havia sido conquistado por Onri, "rei de Israel" De acordo com a Bíblia, Messa de Moabe foi vassalo de Israel durante os dias de Onri e Acabe, mas se rebelou por ocasião da morte deste último (2Rs 3:4-5). Contudo, uma batalha ocorrida em seguida e registrada na Bíblia terminou com uma derrota moabita (2Rs 3:9-27). Numa tentativa de harmonizar a afirmação bíblica com a declaração de vitória registrada na estela de Messa, alguns estudiosos sustentam que a vitória de Messa sobre Israel ocorreu um pouco depois, durante o reinado de Jeoacaz. Nenhuma dessas duas inscrições do nono século a.C. fornece informações geográficas que permitam traçar fronteiras específicas para Israel. No entanto, ambas são bastante úteis, pois cada uma identifica explicitamente pelo nome pessoas que, na Bíblia, também são conhecidas como "rei de Israel. A Inscrição de Messa é ainda muito útil por ser rica em terminologia bíblica.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jeremias Capítulo 48 do versículo 1 até o 47
D. ORÁCULO CONTRA MOABE, Jeremias 48:1-47

Entre os oráculos encontrados nos capítulos 46:49, essa profecia é singular em relação à sua extensão, seu grande número de nomes de lugares e suas semelhanças com outras passagens das Escrituras.' Por causa das suas semelhanças com os textos de Isaías,' alguns estudiosos têm insistido em que essa profecia não pertence a Jeremias.1° Não podemos negar que ela encontra paralelos em outros textos bíblicos. No entanto, parece que nesse caso, Jeremias reuniu em um compêndio novo todas as afirmações referentes a Moabe feitas por profetas anteriores desde os tempos de Balaão. Ele reafir-ma essas predições à sua maneira, acrescentando suas próprias idéias. Isso não deveria soar estranho, visto que ele estava bem familiarizado com a história hebraica e conhecia bem as afirmações dos seus predecessores no ofício profético. É provável que as profecias de Isaías em relação a Moabe tenham estado bem vivas na sua mente naquele momento e que tenham influenciado o seu pensamento. Ele as usou porque refletiam sua própria compreensão do que iria acontecer à nação moabita.

  1. As Conseqüências da Confiança Inapropriada (48:1-10)

A profecia começa com uma descrição da destruição que o Deus de Israel causará a Moabe (veja mapa 2). A terra será invadida por um inimigo não mencionado que o Se-nhor irá enviar. As cidades serão destruídas. Nebo (não a montanha), Quiriataim, Misgabe (1) e seus habitantes fugirão apavorados, com choro contínuo (5) enquanto caminham. A subida de Luíte e a descida de Horonaim podem representar estradas ascendentes e descendentes dessas cidades. O versículo 6 tem sido traduzido como uma advertência: "Fujam! Corram para salvar suas vidas! Tornem-se como um asno selva-gem no deserto!" (RSV). Até mesmo o deus Quemos (7) será levado ao cativeiro junto com os sacerdotes que o serviram. Nenhuma [cidade] escapará, e perecerá o vale, e destruir-se-á a campina (8). A destruição será tão completa que se Moabe procuras-se escapar, necessitaria das asas de uma ave (9). Tudo isso acontecerá por causa da tua confiança nas tuas obras e nos teus tesouros (7), em vez de confiar no Senhor. Além disso, a maldade de Moabe é tão grande que uma maldição é anunciada sobre qualquer invasor que não realizar com afinco a obra de destruição do Senhor, ou que preserva a sua espada do sangue (10).

  1. A Desgraça da Vida Indisciplinada (48:11-17)

Moabe era famosa pelas suas vinhas, e o profeta parece ter um odre de vinho em mente enquanto profetiza. A sina do povo de Moabe tinha sido menos severa do que de outros povos: não foi mudado de vasilha para vasilha (11). A terra, às vezes, tinha sido invadida e obrigada a pagar tributos, mas suas cidades não foram destruídas e seu povo não foi para o cativeiro. Assim, Moabe havia se acomodado e vivia uma vida indisciplinada. O profeta o comparou com alguém que "tem repousado nas fezes (resídu-os) do seu vinho" (ARA). Um vinho inferior, quando fica parado tempo demais, tende a apresentar o sabor e o cheiro de resíduos e adquire um sabor amargo. Esse era o caso de Moabe. Indolência e falta de privação trouxeram uma grande deterioração para a estrutura moral da nação.

O profeta percebe que essa vida fácil será interrompida. O dia de julgamento de Moabe está chegando: "Portanto, certamente vêm os dias", declara o Senhor, "quando enviarei decantadores que a decantarão; esvaziarão as suas jarras e as despedaça-rão" (12, NVI). Moabe vai ruir quando uma verdadeira situação crítica surgir. Quan-do essa hora chegar, Moabe terá vergonha de Quemos, seu deus, da mesma forma como se envergonhou a casa de Israel de Betel (13; i.e., o bezerro de ouro em Betel). Ambos eram meros ídolos feitos por mãos humanas, e não podiam ajudar seu povo. Israel já havia ido para o cativeiro e Moabe logo experimentaria o mesmo des-tino. Os moabitas tinham falado acerca de si mesmos: Somos valentes e homens fortes para guerra (14), mas, a vida indisciplinada trouxe suas conseqüências, e Moabe está destruída (15) ; seus jovens escolhidos desceram à matança. Seus amigos são encorajados a lamentar por ela, porque o cetro — o cajado da sua sobera-nia — se quebrou (17).

  1. O Desastre Chega (Jeremias 48:18-28)

O destruidor de Moabe (18) fez sua obra implacável. Os habitantes da nação são derrubados do seu lugar de glória e estão assentados na ignomínia e vergonha. As mai-ores fortalezas de Moabe são destruídas, e quando os habitantes fugitivos são pergunta-dos pelo povo de Aroer (19) o que está acontecendo, eles gritam: Moabe está envergo-nhado, porque foi quebrantado (20). O povo é chamado para lamentar, uivar e gritar, porque cidade após cidade foi tomada até que não sobrou nenhuma.' Conseqüentemen-te, o poder ("chifre" no hb. — simbolizava poder) está cortado e seu braço (símbolo de autoridade) está quebrantado (25)." Tudo isso aconteceu porque Moabe se engrande-ceu contra O SENHOR (26). A atitude arrogante de Moabe em relação a Israel voltou-se contra ele. Aquele que ria da situação de Israel tornou-se objeto de escárnio (27). Seus habitantes são persuadidos a fugir como uma pomba enlutada que se aninha nas rochas e cavernas nas montanhas (28), porque uma enorme catástrofe tomou conta da nação!

  1. Um Lamento pela Orgulhosa Nação de Moabe que Caiu (Jeremias 48:29-39)

O orgulho de Moabe foi sua característica mais detestável. Usando a profecia de Isaías (Is 16:6-14) como base das suas observações, Jeremias junta palavra a palavra para descrever a arrogância e o orgulho (29) dessa nação. O espírito hipersensível, com acessos de indignação (30) e as mentiras, são sempre características de um coração arrogante. A NVI interpreta o versículo 30 da seguinte forma:

"Conheço bem a sua arrogância", declara o Senhor "A sua tagarelice sem fundamento e as suas ações que nada alcançam".

No versículo 31, o profeta expressa o que aparenta um lamento pessoal por essa nação. Parece um tanto estranho Jeremias lamentar a queda de um inimigo de Israel, mas é como Raschi diz: "Os profetas de Israel diferem dos profetas pagãos como Balaão, porque encarnam a aflição que anunciam às nações".' Portanto, não é ilógico supor que os versículos 31:32 se refiram a Jeremias. De alguma forma, o coração afável do homem de Anatote chora pelos homens de Moabe. Ele continua descrevendo as condições lamen-táveis que ocorrerão naquele país: as vinhas que eram famosas pela sua qualidade estão completamente destruídas; os pomares estão inteiramente estragados; pode-se ouvir choro e clamor por todo o país; o júbilo cessou (33). A desolação é tão grande que não serão mais oferecidos sacrifícios nos santuários, nem se queimará incenso aos deuses (35). Aliás, os deuses foram levados cativos e não há sacerdotes para oferecer sacrifícios (7). Toda a terra está em estado de luto; percebe-se a calvície por toda parte; as barbas foram diminuídas (37), e as pessoas se cortaram, para mostrar a intensidade do seu luto. Ou-vem-se lamentos dos telhados (38), bem como das ruas. As pessoas lamentam por Moabe clamando: "Como ela foi destruída! Como lamentam! Como Moabe dá as costas, envergo-nhada!" (39, NVI).

  1. Não há Escape do Juízo (48:40-47)

Na visão do profeta, o conquistador de Moabe assemelha-se a uma águia (40) quanto à sua rapidez e envergadura das asas. A figura da águia é uma descrição favorita de um líder vitorioso. Ela quase certamente se refere a Nabucodonosor, que, de acordo com Josefo, destruiu Moabe, Amom e os povos vizinhos em 582-581." Sua força é implacável. Queriote é tomada (ou: São tomadas as cidades) e ocupadas as fortalezas (41). Os corações dos guerreiros mais valentes de Moabe ficarão aterrorizados como o coração da mulher em suas dores de parto. Todo o país será destruído (42) e chegará o tempo em que Moabe deixará de existir. Isso ocorrerá porque Moabe foi arrogante e orgulhoso demais para servir o Deus de Israel, e se engrandeceu contra o SENHOR.

Não haverá escape do temível conquistador. Aquele que foge por causa do terror cairá na cova (44), e aquele que sair da cova ficará preso no laço. Não haverá lugar para se esconder. A primeira parte do versículo 45 pode ser traduzida da seguinte forma:

Na sombra de Hesbom os fugitivos se encontram sem forças (RSV).

Hesbom, embora uma cidade forte, não pode oferecer proteção para os esgotados fugitivos, porque um fogo sairá de Hesbom (45) como nos dias de Seom, rei dos amorreus (Nm 21:28-30), e devorará aqueles que buscarem refúgio ali. O canto de Moabe é me-lhor traduzido como "a testa de Moabe" (Smith-Goodspeed). O profeta parece estar di-zendo que todas as predições antigas em relação a Moabe, mesmo a profecia de Balaão, se cumprirão na destruição vindoura." Os filhos e as filhas do povo que adoravam o ídolo Quemos (46), em vez de ao Deus vivo, irão para o exílio. No entanto, depois que as labaredas da disciplina fizerem a sua obra, há uma certa esperança de um dia de restau-ração para Moabe (47).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Jeremias Capítulo 48 do versículo 1 até o 47
*

47:4

de Tiro e de Sidom. Essas cidades fenícias serviam de proteção natural para os filisteus, que viviam mais para o interior das costas do mar Mediterrâneo, embora não se saiba se houve aliança entre eles.

Caftor. Lugar de origem dos filisteus, usualmente identificado como Creta.

* 48.1-47 Este capítulo registra o oráculo contra Moabe; conforme Is 15 e 16; Ez 25:8-11; Am 2:1-3. Moabe era inimigo de Israel (Jz 3:12-14; 2Rs 3:4-27). Aliou-se com Judá para defender-se da Babilônia (27.3), mas supriu tropas para Nabucodonosor contra Jeoaquim (2Rs 24:2). Sua derrota para Nabucodonosor deve ter ocorrido em 582 a.C., depois de uma rebelião.

* 48:1

Nebo... Quiriataim. Originalmente, essas cidades foram destinadas à tribo de Rúben (Nm 32:3,37,38; Js 13:15,19).

* 48:2

Hesbom. Essa aldeia também foi destinada a Rúben (Num. 32.37; Js 13:17).

* 48:7

Camos. Um dos deuses moabitas que foi adorado por Salomão (1Rs 11:7,33; 2Rs 23:13). As imagens dos deuses "derrotados" eram, com freqüência, levadas para o exílio.

* 48:8

o destruidor. Provavelmente, Nabucodonosor.

* 48:11-12

O vinho deixado para envelhecer representa a complacência dos moabitas. O lazer e a segurança deles se desvaneceria tão rapidamente como uma garrafa se esvazia quando é virada.

* 48:13

Betel. Possivelmente uma referência ao nome El Betel, usado para indicar o Senhor, na adoração apóstata de Jeroboão, em Betel (1Rs 12:28-30). Esse culto não havia impedido os assírios de saquearem a terra em 722 a.C. (2Rs 18:9-12).

* 48:19

Aroer. A sudeste de Dibom, essa fortaleza de fronteira, às margens do rio Arnom (v. 20) é aqui pintada a vigiar ansiosamente a fuga dos refugiados.

* 48:20

Arnom. Ou seja, a região ao longo do rio Arnom. Esse era o rio mais importante de Moabe.

* 48:28

habitai no rochedo. Ver Is 2:10.

* 48:32

Sibma... ao mar de Jazer. Ver Is 16:8.

* 48:38

os eirados de Moabe. Era costume oferecer incenso sobre os eirados como um ato de adoração (2Rs 23:12).

* 48:40

como a águia. Esta seria Nabucodonosor (Ez 17:3).

*

48:45-46 Derivados de Nm 21:28,29; mas Jeremias redireciona a profecia de Balaão contra os amorreus, aplicando-a a Moabe.

Seom. Ele foi o governante dos amorreus nos tempos de Moisés, cuja capital era Hesbom (Nm 21:21-30).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Jeremias Capítulo 48 do versículo 1 até o 47
48:1 Os moabitas descendiam do Lot devido ao incesto que este cometeu com uma de suas filhas (Gn 19:30-37). Levaram aos israelitas à idolatria (Nu 25:1-3) e se uniram às bandas armadas que Nabucodonosor enviou ao Judá em 602 a.C. Mais tarde, Babilônia os conquistou e desapareceram como nação.

48:7 Quemos era o deus principal da nação do Moab (Nu 21:29) e o sacrifício de meninos era parte importante em sua adoração (2Rs 3:26-27).

48.11, 12 Para fabricar vinho se esmagavam as uvas. Logo depois de quarenta dias, o vinho se trocava de vasilha e ficava o sedimento. Se não se fazia esta operação, o vinho resultante era inferior. Com esta ilustração o profeta quer dizer que por causa da complacência do Moab e sua negativa a fazer a obra de Deus, seria totalmente destruída.

48:13 Depois que o Israel se dividiu nos reino do norte e do sul, o reino do norte estabeleceu bezerros como ídolos em Presépio e Dão para evitar que o povo fora a adorar a Jerusalém, a capital do reino do sul (1Rs 12:25-29).

48:29 Moab foi condenada por sua soberba. Deus não tolera a soberba porque esta é nos apropriar do mérito que corresponde ao ou olhar com desdém a outros. Deus não condena a satisfação pelo que realizamos (Ec 3:22), mas sim fica firme contra superestimar nossa importância. Rm 12:3 nos ensina a que pensemos de nós mesmos com prudência.

48:31 Kir-hares era uma cidade fortificada no Moab. A compaixão de Deus alcança a toda a criação, inclusive a seus inimigos.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Jeremias Capítulo 48 do versículo 1 até o 47

C. MOAB RELATIVA (


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Jeremias Capítulo 48 do versículo 1 até o 47
48.1 Moabe. O rico planalto a leste do mar Morto. Nebo. Aqui se refere à cidade, e não a montanha (Nu 33:47, Dt 34:1).

48.1 Quiriataim. Provavelmente "Kureyat", 16 quilômetros ao norte do mar Morto. Fortaleza. Um "alto refúgio", um "forte alto".

48.2 Hesbom. Uma antiga e famosa cidade moabita, certa Dt 21:0; Is 15:4). Madmém. Moabe.

48.5 Luíte. Ficava numa colina. Horonaim. Ficava em um vale.

48.6 Arbusto. Heb Aroer, quer dizer "toco morto ", que é também a nome de uma cidade de Moabe (v. 19).

48.7 Camos. Era o objeto da adoração nacional de Moabe (Nu 21:29; 1Rs 11:71Rs 11:7). Na qualidade de deus desta, era impotente para impedir seu próprio cativeiro e o cativeiro de seus adoradores.

48.8 Vale. Como em Js 13:11, Js 13:27; provavelmente a larga depressão em que se transforma o vale do Jordão ao aproximar-se do mar Morto. Campina. O planalto com cerca de 800 metros acima do mar Mediterrâneo, onde se assediava a maioria das cidades moabitas (Dt 3:10; Js 13:9).

48.11 Mocidade de Moabe. Datava do tempo da conquista dos emins aborígenes pelos moabitas (Dt 2:10). Freqüentemente estavam em guerra, mas nunca haviam sido expulsos de sua pátria original, que ficava ao sul do rio Arnom.

48.12 Trasfegarão. Um processo efetuado lenta e cuidadosamente para se proteger as jarras de barro e remover-se o vinho claro que deixava o sedimento no vaso original. No caso de Moabe, nenhum cuidado semelhante seria tomado, mas Moabe seria tratada violentamente.

48.15 Pouco depois da queda de Jerusalém, Nabucodonosor invadiu a Moabe, talvez na expedição punitiva causada pela rebelião de Ismael (39.14n), e a nação nunca voltou a existir; só existiam indivíduos conhecidos como moabitas (Ed 9:1; Ne 13:1,Ne 13:23).

48.17 Cajado formoso. É figura de força e autoridade. A glória nacional e o poder sobre outros (Sl 110:2; Is 14:29; Ez 19:11, 12, 14).

48.18 Dibom. Ficava sobre colinas, cerca Dt 6:0. É a atual Kerak, 29 quilômetros ao sul do Arnom e 13 quilômetros a leste do mar Morto; uma poderosa fortaleza numa colina muito inclinada rodeada por ravinas.

48.33 Júbilo. Vd. nota sobre Eia! em 25.30. No hebraico, a palavra é a mesma. Assim sendo, o "Eia"! não era apenas dos pisadores de uvas, mas era também um grito de guerra.

48.34 Eleale. Menos Dt 2:0).

48.36 Flautas geme. Eram usadas nos funerais pelo que é um símbolo de lamentação.

48 37 Todas essas coisas são símbolos de lamentação. Vd. 16.6n.
48.40 Águia. Representa o adversário, isto é, Babilônia ou Nabucodonosor (Ez 17:1-17).

48.42 Destruído. Nabucodonosor subjugou a Moabe (605 a 562 a.C.), mas continuou existindo como raça até o primeiro século d.C., ainda que a existência como nação tanto para Moabe como para Amom, parecia haver cessado muito antes do tempo de Cristo. 48.45 Hesbom. Refugiar-se aí era inútil visto que seria um dos primeiros lugares a cair (2). Seom. Outro dos nomes de Hesbom (vd. nota em 48.2; Nu 21:26; Dt 2:26). Nesse tempo era controlado pelos amonitas (49.3).

48.47 Mudarei a sorte, vd. 29.14n. Últimos dias. Nos tempos messiânicos (23.20), Moabe será restaurada. Os sinais de sua restauração são evidentes, atualmente.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Jeremias Capítulo 48 do versículo 1 até o 47

3) Moabe (48:1-47)
A devastação que vai surpreender Moabe é anunciada em uma série de profecias. Moabe, como também Amom e Edom, foram instigados a atacar Judá como represália pela rebelião de Jeoaquim em 601—597 a.C. (2Rs 24:2), aguardando a sua própria expedição punitiva. Moabe havia sido advertido anteriormente por Jeremias do castigo inevitável nas mãos dos babilônios (9.26; 25.21; 27:1-7). Aqui ele cita livremente das profecias de Isaías com o mesmo propósito (caps. 13—16). De acordo com Josefo (Ant. X. 181,182), os babilônios invadiram Moabe c. 581 a.C. Conforme Ez 25:8-11.

As características mais marcantes do povo de Moabe são a confiança em sua própria força, em suas fortalezas e em seus tesouros (v. 7), seu orgulho de Sl mesmo (v. 29) em rebeldia ao Senhor (v. 42) que o levou a se alegrar com a desgraça de Israel e de Judá (v.

27), mas que reflete a sua relação histórica com esses Estados. Moabe teve a sua origem em Ló (Gn 14:37). Originariamente ocupava o alto e fértil platô tão ao norte quanto Hes-bom (v. 2; conforme Nu 21:15,Nu 21:16). Seduziu os israelitas à idolatria (Nu 25:1-4). Os israelitas conquistaram a região ao norte do rio Arnom, que Rúben ocupou durante um tempo, e construíram a cidade de Nebo (v. 2; Nu 32:3,

38). Depois de muitas guerras, tornou-se vassalo de Davi (2Sm 8:2) até a revolta do rei Messa contra Israel (2Rs 3:4). Conquistou a sua independência da Assíria c. 627 a.C. Mais advertências contra Moabe são dadas por Ezequiel (25:8-11), Amós (2:1-3) e Sofonias (2:8-11).

a) Juízo contra Camos, deus de Moabe
(48:1-10). Quiriataim (v. 1), a 10 quilômetros a noroeste de Dibom, e Horonaim (v. 3) são mencionadas na inscrição do rei Messa (a Pedra Moabita). A destruição é descrita como de alcance muito grande. Hesbom (v. 2, a moderna Hesbân) foi escavada, mas Madmém (v. 2) ainda não foi localizada — a não ser que, como sugerem alguns (LXX), leiamos o heb. gm-dmm tdmm como “também serás completamente silenciada”.

O costume de tomar os deuses dos povos vencidos, especialmente dos nômades, é atestado nos anais da Assíria (conforme v. 7). v. 7. Camos (também mencionado na Pedra Moabita, v. NBD p. 1241-2) era a deidade principal de Moabe (Kamus; conforme Nu 21:29). A sua completa derrota é destacada nesse belo trecho poético. Essa será uma condenação a mais das vis práticas cultuais (2Rs 23:13). As suas terras ficarão despovoadas, pois em Hesbom tramam a sua ruína (v. 2; heb. b‘hesbõn hêsebu — um jogo de palavras), v. 6. A segurança só existe na retirada para o distante deserto (‘aro‘er [TM] pode ser traduzido por “calor” [VA, RV] ou “tamargueira”; burro selvagem na BJ e galinha anã na NEB, seguindo interpretação da LXX). v. 9. sal. heb. sts, alguns deduzem do ugarítico uma referência a espalhar sal sobre o sítio de cidades destruídas (cf. Jz 9:45). Talvez seria melhor traduzir por “erguer uma lápide (semeia na LXX, implicando o heb. siyyãn\ conforme 2Rs 23:17) para Moabe, pois será completamente destruído”, v. 10. Temos aqui o chamado aos obreiros de Deus para nunca se descuidarem do trabalho, mesmo como agentes de juízo.

b) A segurança de Moabe é perturbada (48:11-20). Moabe nunca havia sido exilado, mas isso é agora predito (v. 11,12). A confiança no seu deus Camos (v. 13; conforme v. 7) se mostraria tão inútil quanto a confiança israelita na adoração do bezerro na sua própria “casa de deus” (Betei, v. 13). Eles também tinham ido para o exílio (lRs 12.29; Jl 4:4Jl 5:5; Jl 7:13). O retrato da repentina evacuação e destruição é baseado no famoso comércio vinícola de Moabe. Este seria abandonado e destruído (v. 11; conforme 32,33). Os v. 17-20 são um lamento acerca da queda de Moabe expresso na linguagem de Deuteronômio (e.g., 32.35). v. 18. sobre o chão ressequido: interpretando sãmê’ como em Is 44:3; v. em comparação com “sentar com sede” na 5A (TM: samã), o siríaco “sentar na imundícia”. Dibom é a moderna Diban, a 20 quilômetros a leste do mar Morto.

c)    A destruição está por todo lado (48:21-27). Uma seção em prosa faz a lista das cidades arruinadas e pelas quais a sua força (“chifre”, v. 25) foi quebrada. O juízo é completo e radical. Os que desprezaram Israel se tornariam desprezíveis, um conceito retomado em Ap 1:7 (conforme Mc 15:27-41). Moabe será embriagado, mas não com o seu vinho (conforme v. 11,12).

d)    Os orgulhosos serão humilhados

(48:28-39). Jeremias adapta as palavras anteriores de Is 16:6-23 e as formula em outro lamento (v. 28-33), seguido de uma descrição do cumprimento (v. 34-39). O esmagamento da nação e de suas esperanças é marcado pela queda de mais lugares. Quir-Heres (v. 31) talvez seja a atual Kerak, a 12 quilômetros a leste do mar Morto (i.e., do mar, 32), e o “Qrhh” da Pedra Moabita. v. 32. Jazar ficava a 16 quilômetros ao norte (conforme Nu 21:32); Sibma, a 5 quilômetros a noroeste; e Eleale (v. 34), a 3 quilômetros ao norte de Hesbom. Algumas versões trazem “mar de Jazar”, seguindo o TM, mas yãm (mar) é omitido por Is 16:8 e pela LXX (conforme RSV). Eglate-Selisia (v. 34, NVI) é considerado um substantivo; a VA traduz por “uma novilha de três anos”.

e)    O juízo final (48:40-47). A águia representa Nabucodonosor, da Babilônia (cf. 49.22), atuando como agente do Senhor contra quem Moabe está se vangloriando (v. 42). A profecia de Balaão contra Moabe (Nu 21:28;

24,17) vai se cumprir. Os refugiados buscam abrigo em diversos lugares, porém em vão (v. 43-45; conforme Is 24:17,Is 24:18). Contudo, a misericórdia de Deus está presente no juízo com uma promessa de restauração semelhante à dada a Israel e Judá. Embora Moabe cessasse de existir como povo (v. 42), como até o dia de hoje, a terra seria repovoada e se tornaria um lugar de refúgio (v. 47; Ez 11:41). O v. 47b é um co-lofao interessante, indicando o final do texto copiado (conforme 51.64; Sl 72:20; 31:40); portanto, não é um acréscimo editorial posterior.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Jeremias Capítulo 46 do versículo 1 até o 64

III. Os Oráculos de Jeremias Contra as Nações Estrangeiras. 46:1 - 51:64.

O profeta hebreu tinha uma palavra especial para as nações vizinhas dos hebreus, além das que tinha para o Povo Escolhido propriamente dito. Jeremias foi comissionado um "profeta às nações" (Jr 1:5) e foi estabelecido "sobre as nações, e sobre os reinos" (Jr 1:10). Na última parte deste livro estão reunidas as acusações proféticas dos gentios feitas em diversas ocasiões. A Bíblia Grega coloca estes oráculos imediatamente depois de Jr 25:13.


Moody - Comentários de Jeremias Capítulo 48 do versículo 1 até o 47

Jr 48:1. Talvez a invasão dos moabitas (entre outros) em Judá durante o reinado de Jeoaquim (2Rs 24:2) seja o antecedente segundo o qual o oráculo deveria ser entendido. Dos muitos lugares moabitas aqui citados, só os mais significativos receberão comentários.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Jeremias Capítulo 48 do versículo 1 até o 47
c) Contra Moabe (Jr 48:1-24), e o Arnom como a fronteira de Moabe. Mas, afinal, Rúben não ficou de posse da região que lhe foi atribuída e, assim, aqui, como em Is 15:16, muitas das cidades concedidas em Js 13:15-6 a Rúben vêm mencionadas como ocupadas por Moabe". Este poema é talvez o mais soberbo de todos os escritos de Jeremias. Se compararmos com Is 15:0 (ver 29).

1. IAVÉ CONTRA O DEUS DE MOABE, CAMOS (Jr 48:1-24). A arrogância do Moabe radica-se no seu deus, e por isso tanto este como os sacerdotes de Moabe deverão ser levados para o exílio (7-8). Ai de Nebo (1), isto é, a cidade desse nome, não a montanha sua homônima mais bem conhecida. Misgab (1); este local não vem mencionado em qualquer outro ponto. A palavra significa "alto refúgio", sendo provavelmente o nome de uma fortaleza. Hesbom (2) era uma antiga e famosa cidade a leste do Jordão; Josué concedeu-a a Rúben, mas no tempo de Jeremias estava nas mãos de Moabe. Madmém (2) também não vem mencionada em qualquer outro ponto. A Septuaginta, a Siríaca e a Vulgata dizem: "Sim, tu (isto é, Moabe) serás absolutamente reduzida ao silêncio". Em 4b deveria talvez preferir-se a Septuaginta: "o seu brado pode ser ouvido até Zoar", um local que ficava na extremidade sudeste do Mar Morto, dando esta versão a entender que o brado de Moabe se ouvia de um extremo do país ao outro. Porque pela subida de Luíte... (5), ou melhor, "os homens escalam a garganta até Luíte, em lágrimas". Vida (6) significa alma viva, pois o vocábulo nefesh é o sopro da alma que anima o corpo, não encarnado neste, como no pensamento grego. Por causa da tua confiança nas tuas obras (7), isto é, nas tuas iniciativas, medidas de defesa, etc. A Septuaginta diz: "nas tuas fortalezas", o que talvez corresponda ao texto primitivo. Nenhuma escapará (8) refere-se, talvez, em primeiro lugar à capital de Moabe. Destruir-se-á a campina (8), isto é, o extenso planalto a grande altitude em que ficava a maior parte das cidades moabitas.

>Jr 48:11

2. UM CONTRASTE NO CASTIGO (Jr 48:11-24). Israel (13) confiara no santuário de Betel, em que Iavé era representado pelo bezerro de ouro, mas em vão. Moabe ficara impune do castigo, como o vinho que não é mudado de odre para odre para evitar a contaminação pela borra que vai criando; mas agora, no exílio que lhe é infligido como castigo, Moabe terá vergonha de Camos (13), um deus que, em épocas de perigo, foi impotente contra o poder de Iavé, o Deus vivo. O único sentido claro do vers. 15 é a espoliação.

>Jr 48:16

3. A CALAMIDADE DE MOABE (Jr 48:16-24). Tão grande é a aflição de Moabe que até os seus inimigos a lamentarão. Vara... cajado (17), símbolos de força e autoridade; ambos desaparecerão no dia do castigo. Filha (18) simboliza a população. Dibom (18) ficava sobre dois montes (por isso lemos "desce") a uns 20 quilômetros a leste do Mar Morto. Foi aí que se encontrou em 1868 a famosa Pedra Moabita. A perda de segurança e poder vem no vers. 25, braço é um símbolo de poder.

>Jr 48:26

4. O ANTAGONISTA DE MOABE (Jr 48:26-24). Moabe deverá embriagar-se, não com o seu famoso vinho, mas com o terror do seu antagonista Iavé. A versão do vers. 26b na Septuaginta é: "Moabe bateu as palmas" (isto é, em zombaria), "mas ela própria será zombada". Os seus antigos admoestos contra Israel caíram, afinal, sobre os que se riam do povo eleito. Compare-se o vers. 29 com Is 16:6. Compare-se o vers. 30 com Is 15:5; Is 16:7, Is 16:11. Em vez de homens (31) leia-se "pasta de passas de uvas", ou seja, uvas passadas com farinha consumidas nos festivais religiosos. Comparar também os vers. 32 e 33 com Is 16:9-23. A Septuaginta corrige até ao Mar de Jaezer (32) para "até Jaezer", provavelmente uma cidade a norte de Hesbom, mas trata-se apenas de uma conjectura (ver Is 16:8). Em vez de já não pisarão uvas com júbilo (33) ler "o pisador não pisará". Compare-se Is 15:4-23 com o vers. 34. As águas do Ninrim se tornarão em assolação (34). Ao que parece, isto significa que secarão por as suas fontes serem entupidas pelo inimigo (ver 2Rs 3:25).

>Jr 48:35

5. O CHORO DE MOABE (Jr 48:35-24). A causa desse choro é Deus, que porá fim ao culto moabita (35), provocando, assim, o choro desse povo (36-38). Iavé esmagou Moabe como um vaso que já não serve (38b), pelo que Moabe se transformou em objeto de vergonha e zombaria (39). Quem sacrifique nos altos (35) leia-se com a Septuaginta, "aquele que sobe ao lugar alto". No vers. 36, a Septuaginta tem "harpa de Moabe" em vez de o meu coração, mas o texto massorético está mais de acordo com a natureza de Jeremias, que não ficara petrificada pelo ódio antes permanecia sensível até ao sofrimento de um inimigo. Compare-se Is 15:3 com o vers. 38. Leia-se no vers. 39 o imperativo uivai em vez de "como uivam".

>Jr 48:40

6. IAVÉ TEM A ÚLTIMA PALAVRA DE CASTIGO (Jr 48:40-24). A Septuaginta omite no vers. 40 as palavras eis que voará como a água... Moabe (40); mais propriamente um abutre, aqui símbolo do inimigo, Nabucodonosor. Queriote (41) era uma importante cidade de Moabe, também mencionada em Jl 2:2. Os vers. 45-47 não figuram na Septuaginta. Os vers. 45b e 46 baseiam-se, com pequenas variantes, em Nu 21:28 e Nu 24:17: vai-se cumprir o oráculo de Balaão contra Moabe. O vers. 47 talvez reflita a piedade do coração de Jeremias que, por seu turno, reflete a de Iavé. A cólera é sempre "obra estranha de Deus", cujo coração se inclina mais para a misericórdia. Moabe será colocada sob tremenda disciplina, e não condenada à destruição.


Dicionário

Achado

substantivo masculino Ação de achar; achamento.
Aquilo que se achou.
[Brasil] Invento ou descoberta feliz; solução ou ideia providencial.

invento, invenção, descoberta, descobrimento. – Achado é “aquilo com que se deu, que se encontrou, quase sempre por acaso, mas podendo ser também fruto de esforço”; e, como diz Roq., anda esta palavra em regra associada à ideia de bom, feliz, proveitoso. – Sobre invento e invenção escreve o mesmo autor que “exprimem o que se inventou, o produto da faculdade inventiva (ou criadora), a obra do inventor; com a diferença que invenção é muito mais extensiva, e que invento se restringe às artes. Pode-se, além disso, estabelecer, entre invenção e invento, a mesma diferença que se dá entre ação e ato”. – Descoberta e descobrimento designam o ato de “dar com alguma coisa oculta, ou não conhecida; de revelar o que não era sabido”. Descobrimento aplica-se às descobertas de grande alcance, aos fatos de extraordinárias proporções realizados pelos navegadores e viajantes modernos. Descoberta aplica-se mais particularmente ao que se descobre no domínio das artes e das ciências. Ex.: o descobrimento da América; a descoberta da pólvora10.

Então

advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

Escárnio

substantivo masculino Dito ou comportamento que zoa alguém ou alguma coisa, com o intuito de causar risos; zombaria.
Comportamento que demonstra desdém por algo ou alguém; menosprezo: tinha escárnio em relação aos próprios eleitores.
O que pode ser alvo desse comportamento; desdém: não aguentou seu escárnio e preferiu se separar.
Etimologia (origem da palavra escárnio). De origem questionável.

A palavra escárnio vem do verbo escarnir, ou escarnecer, que tem origem no germânico skernjan, que significa gozar, humilhar ou fazer pouco de alguém.

Zombaria; desprezo

Escárnio Caçoada (Sl 79:4; Hc 11:36).

Israel

Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


Israel [O Que Luta com Deus] -

1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

Ladrões

2ª pess. sing. pres. conj. de ladroar
Será que queria dizer ladrões?

la·dro·ar -
(ladrão + -ar)
verbo transitivo

Roubar.


Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Objeto

substantivo masculino Toda coisa material que pode ser percebida pelos sentidos.
Causa, motivo de um sentimento, de uma ação: o objeto do desejo.
Tudo o que se oferece ao espírito, que o ocupa: objeto de preocupação.
Assunto de uma área do conhecimento: o objeto da filosofia.
Mercadoria, artigo, bem de consumo.
[Jurídico] Aquilo sobre o que incide um direito, uma obrigação, um contrato, uma demanda em juízo.
[Filosofia] O que é pensado e se opõe ao ser pensante, sujeito.
Gramática Complementos verbais: objeto direto e objeto indireto.
Etimologia (origem da palavra objeto). Do latim objectus.

Porventura

advérbio Demonstra que o falante expressa, no plano hipotético, o teor da oração que pretende modificar; por hipótese, por acaso: se porventura ela aparecer, você me chama?
Em frases interrogativas, geralmente em interrogações retóricas; por casualidade: o professor é porventura o escritor deste livro? Porventura seguiremos unidos até o final?
Etimologia (origem da palavra porventura). Por + ventura.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Jeremias 48: 27 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Pois não foi também Israel objeto de escárnio para ti? Porventura foi achado entre ladrões, para que sempre que fales dele, saltes de alegria?
Jeremias 48: 27 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1697
dâbâr
דָּבָר
discurso, palavra, fala, coisa
(and speech)
Substantivo
H1767
day
דַּי
suficiência, o bastante
(than enough)
Prepostos
H1961
hâyâh
הָיָה
era
(was)
Verbo
H3478
Yisrâʼêl
יִשְׂרָאֵל
Israel
(Israel)
Substantivo
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H4672
mâtsâʼ
מָצָא
achar, alcançar
(he found)
Verbo
H5110
nûwd
נוּד
balançar, vacilar, vaguear, mover-se para lá e para cá, bater as asas, mostrar pesar, ter
(and a vagabond)
Verbo
H518
ʼim
אִם
se
(If)
Conjunção
H7814
sᵉchôwq
שְׂחֹוק
riso, risada, zombaria, escárnio
(with laughing)
Substantivo


דָּבָר


(H1697)
dâbâr (daw-baw')

01697 דבר dabar

procedente de 1696; DITAT - 399a; n m

  1. discurso, palavra, fala, coisa
    1. discurso
    2. dito, declaração
    3. palavra, palavras
    4. negócio, ocupação, atos, assunto, caso, algo, maneira (por extensão)

דַּי


(H1767)
day (dahee)

01767 די day

de derivação incerta; DITAT - 425; subst prep

  1. suficiência, o bastante
    1. o bastante
    2. para, conforme a abundância de, tanto quanto a abundância de, cada vez

הָיָה


(H1961)
hâyâh (haw-yaw)

01961 היה hayah

uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

  1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
    1. (Qal)
      1. ——
        1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
        2. vir a acontecer, acontecer
      2. vir a existir, tornar-se
        1. erguer-se, aparecer, vir
        2. tornar-se
          1. tornar-se
          2. tornar-se como
          3. ser instituído, ser estabelecido
      3. ser, estar
        1. existir, estar em existência
        2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
        3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
        4. acompanhar, estar com
    2. (Nifal)
      1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
      2. estar pronto, estar concluído, ter ido

יִשְׂרָאֵל


(H3478)
Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

03478 ישראל Yisra’el

procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

Israel = “Deus prevalece”

  1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
  2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
    1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
    2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
    3. o nome da nação depois do retorno do exílio

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

מָצָא


(H4672)
mâtsâʼ (maw-tsaw')

04672 מצא matsa’

uma raiz primitiva; DITAT - 1231; v

  1. achar, alcançar
    1. (Qal)
      1. achar
        1. achar, assegurar, adquirir, pegar (algo que foi buscado)
        2. encontrar (o que está perdido)
        3. topar com, encontrar
        4. achar (uma condição)
        5. aprender, inventar
      2. achar
        1. achar
        2. detectar
        3. adivinhar
      3. surpreender, apanhar
        1. acontecer por acaso, encontrar, topar com
        2. atingir
        3. acontecer a
    2. (Nifal)
      1. ser achado
        1. ser encontrado, ser apanhado, ser descoberto
        2. aparecer, ser reconhecido
        3. ser descoberto, ser detectado
        4. estar ganho, estar assegurado
      2. estar, ser encontrado
        1. ser encontrado em
        2. estar na posse de
        3. ser encontrado em (um lugar), acontecer que
        4. ser abandonado (após guerra)
        5. estar presente
        6. provar que está
        7. ser considerado suficiente, ser bastante
    3. (Hifil)
      1. fazer encontrar, alcançar
      2. levar a surpreender, acontecer, vir
      3. levar a encontrar
      4. apresentar (oferta)

נוּד


(H5110)
nûwd (nood)

05110 נוד nuwd

uma raiz primitiva; DITAT - 1319; v

  1. balançar, vacilar, vaguear, mover-se para lá e para cá, bater as asas, mostrar pesar, ter compaixão de
    1. (Qal)
      1. mover-se para cá e para lá, vaguear (sem rumo), levantar vôo
      2. bater as asas
      3. vacilar, ondular, balançar
      4. mostrar pesar
        1. lamentar, expressar condolências, mostrar compaixão
    2. (Hifil)
      1. levar a vaguear (sem rumo)
      2. fazer um meneio, menear (com a cabeça)
    3. (Hitpolel)
      1. mover-se para lá e para cá, oscilar, cambalear
      2. balançar-se, tremer
      3. lamentar-se

אִם


(H518)
ʼim (eem)

0518 אם ’im

uma partícula primitiva; DITAT - 111; part condicional

  1. se
    1. cláusula condicional
      1. referindo-se a situações possíveis
      2. referindo-se a situações impossíveis
    2. em juramentos
      1. não
    3. se...se, se...ou, se..ou...ou
    4. quando, em qualquer tempo
    5. desde
    6. partícula interrogativa
    7. mas antes

שְׂחֹוק


(H7814)
sᵉchôwq (sekh-oke')

07814 שחוק s echowq̂ ou שׁחק s echoq̂

procedente de 7832; DITAT - 1905d; n. m.

  1. riso, risada, zombaria, escárnio
    1. riso
      1. alegre
      2. falso
    2. escárnio (de um objeto)
    3. brincadeira