Enciclopédia de Oséias 2:12-12

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

os 2: 12

Versão Versículo
ARA Devastarei a sua vide e a sua figueira, de que ela diz: Esta é a paga que me deram os meus amantes; eu, pois, farei delas um bosque, e as bestas-feras do campo as devorarão.
ARC E devastarei a sua vide e a sua figueira, de que ela diz: É esta a paga que me deram os meus amantes: eu pois farei delas um bosque, e as bestas-feras do campo as devorarão.
TB Assolarei as suas vides e as suas figueiras, de que ela tem dito: Estas são o meu aluguel que me deram os meus amantes; delas farei um bosque, e os animais do campo as devorarão.
HSB וַהֲשִׁמֹּתִ֗י גַּפְנָהּ֙ וּתְאֵ֣נָתָ֔הּ אֲשֶׁ֣ר אָמְרָ֗ה אֶתְנָ֥ה הֵ֙מָּה֙ לִ֔י אֲשֶׁ֥ר נָֽתְנוּ־ לִ֖י מְאַֽהֲבָ֑י וְשַׂמְתִּ֣ים לְיַ֔עַר וַאֲכָלָ֖תַם חַיַּ֥ת הַשָּׂדֶֽה׃
BKJ E destruirei as suas vinhas e as suas figueiras, de que ela diz: Estas são as minhas recompensas que os meus amantes me deram; eu, pois, farei delas uma floresta, e as feras do campo as comerão.
LTT E devastarei a sua vara- da- videira e a sua figueira, de que ela diz: é este o meu pagamento- de- prostituta que me deram os meus amantes; Eu, pois, farei delas um bosque, e as feras do campo as devorarão.
BJ2 Agora vou descobrir a sua vergonha aos olhos dos seus amantes, e ninguém a livrará de minha mão.
VULG Et corrumpam vineam ejus, et ficum ejus, de quibus dixit : Mercedes hæ meæ sunt, quas dederunt mihi amatores mei ; et ponam eam in saltum, et comedet eam bestia agri.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Oséias 2:12

Salmos 80:12 Por que quebraste, então, os seus valados, de modo que todos os que passam por ela a vindimam?
Isaías 5:5 Agora, pois, vos farei saber o que eu hei de fazer à minha vinha: tirarei a sua sebe, para que sirva de pasto; derribarei a sua parede, para que seja pisada;
Isaías 7:23 Sucederá, também, naquele dia, que todo lugar em que houver mil vides do valor de mil moedas de prata será para sarças e para espinheiros.
Isaías 29:17 Porventura, não se converterá o Líbano, em um breve momento, em campo fértil? E o campo fértil não se reputará por um bosque?
Isaías 32:13 Sobre a terra do meu povo virão espinheiros e sarças, como também sobre todas as casas de alegria, na cidade que anda pulando de prazer.
Jeremias 8:13 Certamente os apanharei, diz o Senhor; já não há uvas na vide, nem figos na figueira, e a folha caiu; e até aquilo mesmo que lhes dei se irá deles.
Jeremias 26:18 Miqueias, o morastita, profetizou nos dias de Ezequias, rei de Judá, e falou a todo o povo de Judá, dizendo: Assim disse o Senhor dos Exércitos: Sião será lavrada como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de pedras, e o monte desta casa, como os altos de um bosque.
Oséias 2:5 Porque sua mãe se prostituiu, aquela que os concebeu houve-se torpemente porque diz: Irei atrás de meus namorados, que me dão o meu pão e a minha água, a minha lã e o meu linho, o meu óleo e as minhas bebidas.
Oséias 9:1 Não te alegres, ó Israel, até saltar, como os povos; porque te foste do teu Deus como uma meretriz; amaste a paga sobre todas as eiras de trigo.
Oséias 13:8 Como urso que tem perdido seus filhos, os encontrarei, lhes romperei as teias do seu coração; e ali os devorarei como leão; as feras do campo os despedaçarão.
Miquéias 3:12 Portanto, por causa de vós, Sião será lavrado como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de pedras, e o monte desta casa, em lugares altos de um bosque.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Wesley Caldeira

os 2:12
Da Manjedoura A Emaús

Categoria: Livro Espírita
Ref: 11455
Capítulo: 15
Wesley Caldeira
Wesley Caldeira
Na sociedade judaica do período de Jesus, e no Oriente, em geral, não se admitia a participação da mulher na vida pública.
A casa era o reduto da mulher e sua esfera de ação. Por isso, sua formação se restringia às atividades de ordem doméstica. Se ela saía do lar, deveria apresentar-se com o rosto coberto por um véu especial, em respeito aos bons costumes, sob pena de sofrer repúdio do marido, sem restituição do dote.
A mulher, legalmente, equiparava-se à criança e ao escravo.
Era vergonhoso dirigir a palavra às mulheres nos espaços públicos ou cumprimentá-las, e os rabinos sugeriam que um homem falasse pouco com as mulheres, mesmo à esposa.
Fílon10 (in JEREMIAS, 2005, p. 475), o filósofo judeu, escreveu:
Negócios, conselhos, tribunais, procissões festivas, reunião de muitos homens, em suma, toda a vida pública com suas discussões e assuntos, em tempo de paz ou de guerra, é feita para homens. As jovens devem permanecer nos cômodos afastados, fixando como limite a porta de comunicação (com os apartamentos dos homens); e as mulheres casadas, como limite, a porta do pátio.

Obviamente, essas limitações não eram absolutas. Algumas mulheres da nobreza não se submetiam a elas. E, assim como as mulheres atenienses da fase clássica, as mulheres hebreias comuns desfrutavam de certa liberdade em algumas festas, como aquela que ocorria nos vinhedos das cercanias de Jerusalém, quando até as jovens das famílias abastadas poderiam exercitar certos ritos de exibição aos rapazes.
Já a mulher romana era domina, quer dizer, senhora. Tinha posição digna e autonomia mesmo no casamento, participando da vida social em igualdade com o homem, frequentando espetáculos públicos e as termas públicas.
Em Israel, ao inverso, o pai poderia vender sua filha como escrava até os 12 anos, ou explorá-la como fonte econômica. Dos 12 anos aos 12 anos e meio, a menina era considerada moça, mas seu pai detinha sobre ela poder soberano. A maioridade legal se realizava aos 12 anos e meio.
Admitia-se a poligamia, e a esposa era obrigada a tolerar concubinas. Os filhos deveriam colocar o respeito ao pai acima do respeito à mãe. As escolas eram vedadas às meninas. Não existia uma palavra para se referir à discípula. O rabino Eliezer, cerca de 190 d.C., dizia: quem “faz instruir sua filha na Lei ensina-lhe obscenidade”. E dizia mais: “a única sabedoria da mulher é a do fuso” — o instrumento utilizado para fiar. “Sejam as palavras da Lei antes queimadas do que ensinadas às mulheres”. (GHIBERTI, 1986, p. 474.)
Apesar disso, as famílias mais ricas concordavam em instruir até certo ponto suas jovens, ensinando-as, por exemplo, a língua grega.
No âmbito religioso, a opressão à mulher também era considerável. Quase não possuía direitos religiosos. No Templo, somente poderia penetrar no átrio dos gentios e no das mulheres. Durante o período da menstruação, ou no intervalo de quarenta dias após o nascimento de um filho (oitenta, caso fosse menina), não poderia frequentar nem o átrio dos gentios, porque, seja quanto ao mênstruo ou ao parto, era preciso que a mulher se purificasse.

Nas sinagogas, de igual modo, existiam áreas apropriadas e separadas para a mulher. Ela sequer poderia ser contada para atender o número legal exigido para orar em conjunto.
O Judaísmo não comportava o sacerdócio feminino, ao contrário de outras religiões da Antiguidade. Mas as pesquisas revelam que, em termos gerais a situação da mulher era ainda pior fora do âmbito do Judaísmo, pois neste pelo menos se cultivava um grande apreço pelo corpo e por suas funções reprodutoras e nunca se privou a mulher, por exemplo, de desfrutar dos prazeres do sexo. Nas regiões vizinhas à Palestina, a mulher era considerada pouco mais que um animal. No culto de Mitra, que então era florescente e que, até o século IV, competiria com o cristianismo primitivo, a mulher era excluída de todo tipo de religião, só podendo abraçar a prostituição sagrada. (ARIAS, 2001, p. 158.)
Os filósofos antigos, que tanto saturaram as velhas nações com sabedoria, foram implacáveis com a mulher: Sócrates a ignorou; Platão defendeu que não há lugar para a mulher, sendo preferencial a homossexualidade; Eurípedes supôs que a mulher é o pior dos males; Cícero sugeriu que, se não existissem as mulheres, os homens seriam capazes de falar com Deus. (ARIAS, 2001, p. 158.)
O mundo contemporâneo prosseguiu atando a mulher ao poste da abjeção.
No século XVIII, a Ciência concebia que a mulher seria inferior ao homem, porque seu cérebro pesa cerca de 120 gramas a menos do que o dele.
No final do século XIX, os estudiosos da psicologia feminina afirmavam (FIORE, 2005, p. 47-48):
O homem preocupa-se com a verdade e a solidez; a mulher só com as aparências. A mulher é incapaz de perseverar no que necessite análise, persistência, porque [...] odeia a análise e por isso impossível lhe é separar o verdadeiro do falso. [...] a maternidade a modifica. Por esta e pelos estados patológicos mensais é que ela se encontra em estado quase permanente de anormalidade, que a torna impressionável, irascível e mentirosa.
Algumas passagens do Antigo Testamento sugerem alguma valorização à mulher, citando atividades femininas no culto e no Templo, mas sem maiores esclarecimentos. Débora, Judite e Ester são heroínas da literatura bíblica. Em PROVÉRBIOS, uma boa mulher é um dom de Iahweh (19:14). Em contrapartida, Ben Sirac, no ECLESIÁSTICO, foi ríspido: uma mulher má é uma canga de bois desajustada, quem a subjuga é como quem pega um escorpião (26:7).
Essa noção degradada da mulher instituiu em Israel a ideia de que uma boa mulher é uma mulher vigiada, para que seus instintos naturais não a façam se perder. Nas camadas pobres, porém, razões econômicas afastavam a mulher mais frequentemente das fronteiras domésticas. Permitia-se à mulher buscar água na fonte, fazer a colheita e outras atividades do gênero.
Fora de Jerusalém e das cidades, nas áreas rurais e aldeias menores, as relações sociais eram mais livres, mas não a ponto de uma mulher ficar sozinha no campo, sobretudo conversando com um estranho.
Daí porque a mulher samaritana respondeu a Jesus de maneira hostil, bem como seus discípulos ficaram admirados que Ele conversasse com ela... e naquele lugar, à beira do Poço de Jacó, faltando aos bons costumes.
Três preconceitos tornaram os judeus inimigos dos samaritanos: o preconceito político, produto da divisão do Estado unificado por Davi e Salomão em dez tribos ao norte e duas ao sul, formando, respectivamente, o reino de Israel, centralizado na Samaria, e o reino de Judá, com capital em Jerusalém; o preconceito racial, originado com a invasão assíria e a transformação da Samaria em território de exilados, no século VIII a.C., com a consequente miscigenação entre dominadores, exilados e samaritanos; e o preconceito religioso, surgido com a construção do templo rival ao de Jerusalém, por Manassés, no Monte Garizim.

A samaritana mencionou outro preconceito (NOVO (O), 2013, p. 404):
— “Como tu, sendo judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?” (JOÃO, 4:9).
Jesus, ao abordar a aguadeira samaritana, que, de cântaro ao ombro, descia a estrada deserta, naquele meio-dia, fora indiferente a todos os preconceitos; e o último referia-se particularmente a ela, o preconceito social: ser mulher, e mulher samaritana.
O mênstruo era a pior das impurezas. As filhas da Samaria eram consideradas menstruadas de berço, ou seja, desde o nascimento e para sempre.
Nisso chegaram seus discípulos, e maravilharam-se de que Ele estivesse falando com uma mulher. (JOÃO 4:27.)
Aquela mulher, em tão breve diálogo, transformou radicalmente seu tratamento em relação a Jesus: primeiro, o chamou judeu; depois, Senhor; depois, profeta; por fim, Messias. Os primeiros cristãos a chamariam de Fotina — a iluminadora. Foi considerada a primeira missionária do Cristianismo.
Jesus valorizava a mulher na construção da nova sociedade. Em suas viagens, Ele era acompanhado por mulheres, num convívio habitual com discípulas:
[...] Os Doze o acompanhavam, assim como algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual haviam saído sete demônios, Joana, mulher de Cuza, o procurador de Herodes, Suzana e várias outras, que o serviam com seus bens. (LUCAS, 8:1 a 3.)
Simão e André, Tiago e João foram vocações despertadas pela decisão de Jesus, investindo-os de suas missões. Quanto às mulheres galileias, os evangelhos não narram qualquer convocação de Jesus. Elas o seguiam espontaneamente, e o seguiriam até o fim, como as inesquecíveis testemunhas do calvário e do sepulcro vazio, as “evangelistas e embaixadoras da ressurreição”.

Elas formavam dois grupos: um centralizado em Maria, mãe de Jesus; contando com a irmã de sua mãe, também Maria, mãe de Tiago e José, e mulher de Cléofas; Salomé, mulher de Zebedeu e mãe de Tiago e João. E outro grupo liderado por Maria de Magdala, composto, entre outras, por Joana de Cuza e Suzana.
Maria, da cidade de Magdala (migdol, torres, fortaleza), foi chamada pelos gregos de isapostolos (igual aos apóstolos) e os latinos a denominaram apostola apostolorum (apóstola dos apóstolos).
A conduta de Jesus em relação à mulher, seja perante as discípulas, seja perante as enfermas e/ou pecadoras, introduzia drástica alteração nos costumes sociais.
Juan Arias (2001, p. 155) considerou que “o aspecto mais revolucionário do profeta de Nazaré foi, sem dúvida, a relação aberta que ele manteve com as mulheres”.
Nesse sentido, o texto joanino (11:5) salienta algo extraordinário: “Jesus amava Marta e sua irmã e Lázaro”.
Que singelo e ao mesmo tempo magnífico modo de retratar a terna solicitude de Jesus para com a mulher e sua ligação espiritualmente profunda com a fidelíssima família de Betânia!
Numa das cenas domésticas do pequeno clã, pincelada por LUCAS, 10:38 a 42, são delineadas a mulher tradicional do mediterrâneo e a nova mulher, a mulher discípula.
Marta está inquieta; atarefa-se para que seus hóspedes sejam bem acolhidos. Maria, porém, assenta-se aos pés de Jesus e se demora a ouvi- lo, até que Marta reclama:
— “Senhor, a ti não importa que minha irmã me deixe assim sozinha a fazer o serviço? Dize-lhe, pois, que me ajude”.
Jesus responde:
— “Marta, Marta, tu te inquietas e te agitas por muitas coisas; no entanto, pouca coisa é necessária, até mesmo uma só. Maria, com efeito,

escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada”.
Claro que Jesus não pretendeu recriminar a solicitude de Marta, afadigada por lhe desejar uma visita agradável. Mas o contraste é nítido: Marta, a dona de casa; Maria, a discípula.
Marco Adinolfi observou (in GHIBERTI, 1986, p. 475):
A posição que Jesus reserva para a mulher, em sua vida, é a de respeito, indo além da pureza legal e deixando de atender às normas da segregação feminina em vigor no mundo antigo. Isso se deve, sem dúvida, à sua extraordinária afetividade e sensibilidade, assim como à sua serenidade de julgamento, que ignora confusões e sentimentalismos. Mas deve-se, sobretudo, à sua originalíssima concepção da mulher. Em seu anseio salvador, Jesus identificou, destacou e valorizou os imensos recursos da alma feminina.
Ele não propunha que a mulher tradicional do mediterrâneo fugisse aos compromissos dos deveres domésticos, mas convocou-a, simultaneamente, à construção do novo tempo social e espiritual.
Nessa nova condição e função, salientou Amélia Rodrigues ( FRANCO, 2000, p. 104):
As mulheres, ao lado de Jesus, eram as mãos do socorro atendendo os enfermos, as criancinhas aturdidas e rebeldes que lhes eram levadas, providenciando alimentos e roupas, auxílio de todo jaez nas jornadas entre as aldeias e cidades, povoados e ajuntamentos. [...] Eram as suas vozes meigas e compassivas que tranquilizavam os exasperados antes de chegarem até o Mestre; sua paciência e gentileza que amainava a ira e a rebeldia precedentes ao contato com Ele, constituindo segurança e alívio para as provas que os desesperados carregavam em clima de reparações dolorosas.
A mensagem de Jesus sobre a igualdade atraía os excluídos: os pobres, os doentes, as crianças, os banidos e as mulheres. Para as mulheres, o Evangelho constituía um hino de liberdade, malgrado o clima desfavorável que se respirava, mesmo dentro das comunidades cristãs, não totalmente integradas ao espírito do Cristo quanto ao valor da mulher.
À mulher adúltera, na porta Nicanor do Templo, Ele ofereceu a proteção de sua autoridade moral, sem, porém, a conivência com o erro. Se os sacerdotes resolveram colocá-lo à prova, é porque supunham poder embaraçá-lo diante daquela mulher, em virtude de sua conhecida tendência a defender as mulheres.
Juan Arias (2001, p. 161) escreveu sobre essa passagem:
A cena de Jesus salvando da morte por apedrejamento a mulher que alguns velhos flagraram em adultério é tão forte que só depois do Concílio de Trento passou a fazer parte dos evangelhos canônicos. Até então, essa página fora sempre censurada. Foi ignorada pelos autores gregos até o século XI e só chegou ao conhecimento dos latinos no século IV, graças a São Panciano de Barcelona e a Santo Ambrósio. Decerto essa página não era aceita como autêntica por causa da rígida disciplina contra o pecado de adultério vigente nas primeiras comunidades cristãs, que, em vez de cultivar a atitude de Jesus de defesa da mulher pecadora, preferiram eliminar essa página do evangelho.
Foram as mulheres que responderam com mais lealdade e espírito de sacrifício ao chamado do divino Mestre. Talvez, por isso, em nenhuma passagem do Evangelho Jesus nega o pedido de uma mulher.
As narrativas do Gólgota realçaram as mulheres soberanas, pelos testemunhos de fidelidade e amor ao Mestre que as libertara.
Elas talharam o perfil da mulher cristã dos primeiros tempos.
Com a partida de Jesus, os textos canônicos não mais mencionaram o destino de Suzana, Salomé, Maria Cléofas, Joana de Cusa, nem mesmo das mais destacadas: Maria, sua mãe, e Maria de Magdala.
A expansão da mensagem de Jesus deveu-se muito ao devotamento feminino, desempenhado nas comunidades cristãs emergentes.

Maria de Nazaré, na elevação rochosa à beira do oceano, nas proximidades de Éfeso, escreveu formoso capítulo de compaixão e assistência. Sua choupana, conhecida como a “Casa da Santíssima”, fez-se o abrigo dos sofrimentos humanos, e seu coração era a oferta balsâmica, lenindo angústias e acalentando esperanças aos desesperados.
Maria de Magdala, que foi o mais expressivo exemplo de soerguimento moral das páginas evangélicas, na pobreza e na solidão a que fora relegada depois do Calvário, associou-se espontaneamente a uma falange de leprosos, com os quais penetrou no vale a eles destinado, nas cercanias de Jerusalém, onde atravessou cerca de três décadas no trabalho anônimo em favor daqueles esquecidos. Desencarnou em Éfeso, acometida de lepra.
Em ATOS DOS APÓSTOLOS, 1:14, Lucas salienta a presença das mulheres no movimento cristão. Narra ATOS DOS APÓSTOLOS, 16:12 a 15 que Lídia, de Filipos, foi a primeira a transformar sua própria casa em santuário do Evangelho. Tabita (Dorcas, em grego), a costureira jopense, é identificada como uma discípula caridosa (ATOS DOS APÓSTOLOS, 9:36 a 42). E os relatos lucanos prosseguem descrevendo conversões femininas. (ATOS DOS APÓSTOLOS, 17:4, 12.)
As mulheres participavam ativamente dos trabalhos cristãos. Mais silenciosas que os homens, sim, mas participando das reuniões semanais, orando e profetizando, como demonstram os versículos 2 a 12, do capítulo 11, da PRIMEIRA CARTA AOS CORÍNTIOS, dedicados à orientação da mulher nas tarefas da oração e da profecia.
Febe é a mensageira da carta de Paulo aos ROMANOS. Na abertura do capítulo 16 da epístola, versículos 1 e 2, Paulo escreve:
Recomendo-vos Febe, nossa irmã, diaconiza (ministra) da Igreja de Cencreia, para que a recebais no Senhor de modo digno, como convém a santos, e a assistais em tudo o que ela de vós precisar, porque também ela ajudou a muitos, a mim inclusive.
Excepcionalmente, algumas mulheres realizavam tarefas quanto ao ensino.

Em ATOS DOS APÓSTOLOS, 18:26, vê-se Prisca (ou Priscila), mulher de Áquila, participando do ministério da palavra. Prisca e o esposo foram responsáveis por obras missionárias entre gentios. Quando Paulo cita o casal nos versículos 3 e 4, do capítulo 16, de sua carta aos ROMANOS, o nome de Prisca é anotado antes do nome do marido, em sinal de sua proeminência.
No mesmo texto, Paulo manda recomendações a uma mulher chamada Maria, salientando o quanto ela trabalhou pelos cristãos de Roma (versículo 6). Também manda lembranças a Trifena, Trifosa e Pérside, aludindo aos grandes esforços que praticavam em favor do Evangelho (versículo 12).
De maneira impressionante, Paulo faz alusão a Júnia, mulher de Andrônico, a quem chama de parente, companheira de prisão e eminente entre os apóstolos.
A tradução do padre Matos Soares da Vulgata Latina diz que Andrônico e Júnia eram ilustres entre os Apóstolos, enquanto a tradução de João Ferreira de Almeida emprega notáveis entre os apóstolos.
Essa é a única referência no Novo Testamento a uma mulher apóstola.
Entretanto, como conciliar alguns textos de Paulo?
Aos GÁLATAS, 3:28, ele disse:
“Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher; pois todos vós sois um só em Cristo Jesus”.
Mas a Timóteo, Paulo foi rígido:
Durante a instrução, a mulher conserve o silêncio, com toda submissão. Eu não permito que a mulher ensine ou domine o homem. Que conserve, pois, o silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E não foi Adão que foi seduzido, mas a mulher que, seduzida, caiu em transgressão. Entretanto, ela será salva pela sua maternidade, desde que, com modéstia, permaneça na fé, no amor e na santidade. (1 TIMÓTEO, 2:11 a 15.)

Em outras palavras, Paulo ensina que Deus criou Eva como extensão e dependência de Adão; que uma mulher não deve pretender ser mestra do homem, pois será enganada pelo demônio, conduzindo o homem à transgressão.
Mesmo havendo fundadas suspeitas de que Paulo não é o autor da Carta a Timóteo, em sua primeira mensagem aos cristãos de Corinto, ele afirma a inferioridade da mulher, sendo essa carta reconhecida unanimemente como procedente de Paulo:
Como acontece em todas as Igrejas dos santos, estejam caladas as mulheres nas assembleias, pois não lhes é permitido tomar a palavra. Devem ficar submissas, como diz também a Lei. Se desejam instruir- se sobre algum ponto, interroguem os maridos em casa; não é conveniente que uma mulher fale nas assembleias.
(1 CORÍNTIOS, 14:34 e 35.)
Essa é a tradução da Bíblia de Jerusalém, que propõe: não é conveniente que uma mulher fale nas assembleias. Na tradução de Luís Alonso Schökel, na Bíblia do Peregrino, lê-se: “É vergonhoso que uma mulher fale na assembleia”. João Ferreira de Almeida também utilizou a palavra vergonhoso.
Bart D. Ehrman (2006, p. 188-196) estudou essa contraditória posição:
Paulo não se empenha por uma revolução no relacionamento entre homens e mulheres — assim como não se empenhou pela abolição da escravatura, mesmo tendo afirmado que em Cristo não “há escravo nem livre”. Em vez disso, ele insistia: dado que “o tempo é curto” (antes da vinda do Reino), cada um devia se contentar com os papéis a si atribuídos e que ninguém deveria tentar mudar a própria posição — seja escravo, livre, casado, solteiro, homem ou mulher.
(1 CORÍNTIOS, 7:17 a 24.)
A visão paulina sobre a mulher favorecia a participação dela na comunidade, até onde era possível a uma mulher, não como aos homens.

A ambivalência de Paulo teria gerado efeitos contraditórios quanto ao papel da mulher nas comunidades cristãs do século II, e significa dizer que em algumas igrejas, será a igualdade em Cristo o paradigma de tratamento da mulher; em outras, a subalternidade da mulher ao homem será o modelo. Certas igrejas valorizarão a participação da mulher, enquanto outras preconizarão o silêncio e a submissão.
Está aí a origem da famosa disputa no seio do Cristianismo primitivo quanto ao papel da mulher, que acabou solucionada em seu desfavor.
Entre fins do século IV e começo do século V, foi concebida uma tese destinada a duradouro efeito numa parte considerável da humanidade. Aurelius Augustinus (Santo Agostinho) imaginou que todos os homens e mulheres nascem em pecado. E nascem em pecado porque são concebidos em pecado. E são concebidos em pecado porque o primeiro homem, Adão, pecou, sob a influência perniciosa da mulher. (RANKE- HEINEMANN, 1996, p. 88.)
Em consequência a isso, o Concílio de Mâcon (ano 585) chegou a discutir se a mulher tem ou não tem alma.
Conforme a mitologia hebraica, Iahweh concebeu Adão do limo da terra, e lhe soprou nas narinas o espírito vivificador, o fôlego vital, que fez de Adão alma vivente (GÊNESIS, 2:7). Eva, por sua vez, originou-se de uma de suas costelas. Logo, não recebeu o sopro Criador. No grego, uma única palavra designava espírito e sopro.
Santo Alberto (século XIII), considerado o maior filósofo e teólogo alemão da Idade Média, propôs que a mulher é menos qualificada que o homem para o comportamento moral. Santo Alberto foi famoso por seu extraordinário conhecimento e por defender a coexistência pacífica entre Ciência e Religião. Para ele, no entanto, a mulher conteria mais líquidos no corpo que o homem. Os líquidos se movem com facilidade; por essa razão, as mulheres são inconstantes e curiosas. Santo Alberto afirmava ser a mulher um homem vil e bastardo, portadora de uma natureza imperfeita.
São Tomás de Aquino foi discípulo de Santo Alberto. A cristandade o denominou doctor angelicus, visto como o mais sábio dos santos e o mais santo dos sábios. Mesmo assim, ele defendia a tese de que a mulher só é útil ao homem para procriar e cuidar da casa, não tendo nenhum significado para a vida intelectual do homem. Para ele, o sêmen, ao sair do homem, tem por objetivo produzir algo igualmente perfeito, ou seja, outro homem; circunstâncias adversas geram mulheres. (RANKE-HEINEMANN, 1996, p. 101.)
Nesse ponto, como em outros, a tradição e o espírito judaico prevaleceram entre os seguidores futuros de Jesus, sobrepondo-se ao modo de entender do Cristo, que foi sempre benévolo, compassivo e afetuoso para com a mulher.
10 N.E.: Filósofo alexandrino. Pertencia a uma família nobre judaica e teve uma educação hebraica e grega. O seu pensamento é um sincretismo filosófico-religioso. Também chamado Filo, o Judeu.


Referências em Outras Obras

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Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Oséias Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
B. A TRAGÉDIA PESSOAL E O AMOR REDENTOR DE OSÉIAS 2:2-23

No capítulo 2, a narrativa é recontada em estilo poético (cf. Moffatt; ECA; NVI), embora no drama os personagens sejam outros. O próprio Jeová aparece como o marido ofendido que acusa Israel como sua esposa adúltera. Deus é quem fala, ao passo que os poucos israelitas fiéis são as pessoas com quem Ele se comunica.

1 Vergonha de Israel (Os 2:2-13)

Contendei com vossa mãe, contendei, porque ela não é minha mulher, e eu não sou seu marido (2). Deus conclama o remanescente fiel (1 Rs 19,18) a instaurar o processo divino contra a idolatria e a iniqüidade da terra. Trata-se de um chamamento urgente e extremamente emotivo à conversão. Deste modo, o "casal significante dá lugar à coisa significada: O próprio Israel é a mulher adúltera"."

É importante o fato de o discurso ser dirigido aos filhos e não à esposa. Ainda que Jeová se dirija à nação idólatra, Ele reconhece que as pessoas não estavam individual-mente envolvidas da mesma forma nem eram igualmente culpadas de transgressão. A observação destaca o ensino dos profetas que tinha prevalência durante o exílio e após sua vigência: Embora Israel fora santificado como nação escolhida, cada indivíduo era responsável por sua própria integridade espiritual. O Senhor tinha os 7:000 durante o tempo de Elias (I Reis 19:18), e em cada geração havia os que eram fiéis ao concerto mesmo em meio a uma nação pecadora.

Os filhos (4), ou os fiéis entre os filhos, tinham causa urgente a contender (2, ques-tionar), pois Deus rescindira o concerto. Ela não é minha mulher, e eu não sou seu marido. O Senhor, como marido, rompeu suas relações matrimoniais com Israel, por causa do hábito adúltero de idolatria vulgar.

Pusey apresenta exposição intrigante da passagem em analogia quando observa que:

1) Os profetas sempre encerram a ameaça de julgamento iminente com o subseqüente amanhecer da esperança;

2) A mãe é a igreja ou a nação;

3) Os filhos são seus membros;

4) Os filhos têm de "contender" com a mãe em vez de acusar Deus;

5) O apelo final de Deus era de caráter mais gracioso que legal."
O versículo 2 retrata o modo desavergonhado no qual Israel praticava a idolatria: Desvie ela as suas prostituições da sua face e os seus adultérios de entre os seus peitos. O texto fala que a conduta era prostituições, mas para a esposa a conduta era adultérios. As prostituições (idolatria) de Israel eram descaradas e notórias. A Bíblia é imparcial, perfeitamente de acordo com a franqueza oriental. Schmoller escreve acerca do versículo 2: "Israel age como prostituta impudente e pública, que mostra sua profissão no rosto e nos seios [expostos]".12

O chamado ao arrependimento é comoventemente enfatizado pela referência ao cas-tigo: Para que eu não a deixe despida, e a ponha como no dia em que nasceu, e a faça como um deserto, e a ponha como uma terra seca, e a mate à sede (3). A passagem de Ezequiel 16:4-14 descreve a nação como criança imunda e nua, que o Se-nhor tomou e cobriu com roupas e adornos caros e com quem fez um concerto. De certa forma, Oséias alude a esse amor de concerto pelo qual o Senhor adornou sua esposa (Israel) durante o casamento. Por causa dos adultérios cometidos por ela, ele a deixará despida, ou seja, pobre e nua. O dia em que nasceu simboliza o nascimento da nação no momento da saída do Egito. O deserto não se refere à terra, mas ao próprio Israel, que era tão estéril quanto o deserto, sem os recursos de manutenção mínima. A terra seca indica o estado de "desidratação" espiritual que viria por Israel ter se separado da fonte das "águas vivas" — o próprio Senhor.

E não me compadeça de seus filhos, porque são filhos de prostituições (4). Este é reconhecidamente um versículo difícil se o significado for tirado do contexto e tratado isoladamente. A oração, embora independente na forma, é dependente de para que... não (3, pen), a fim de ganhar significado. Então, fica assim: "Contendei, para que eu não venha a ter misericórdia de seus filhos". Os filhos são idênticos à mãe.' São chamados "filhos de prostituições", não apenas como membros da nação, mas porque sua herança induziu a mesma conduta. Eles também estão pessoalmente contaminados. Eles endossam o pecado de sua mãe. Aprovam a idolatria cometida no santuário e no palácio. Keil observa: "O fato de os filhos serem especialmente mencionadas depois e junto com a mãe, quando na realidade ela e eles são uma coisa só, serve para dar maior veemência à ameaça e evita a segurança carnal na qual os indivíduos imaginam que, já que estão livres do pecado e da culpa da nação como um todo, também serão isentos do castigo ameaçador".'

A acusação de idolatria é repetida: Porque sua mãe se prostituiu (5). Esta frase serve para confirmar a última parte do versículo 4.15 A nova ênfase reafirma o pensamen-to de que os filhos de prostituições não acharão misericórdia.

Houve-se torpemente (5) é, literalmente, "praticou a vergonha" ou "fez coisas ver-gonhosas" (cf. "está coberta de vergonha", NVI; "o que ela fez foi uma vergonha", BV). Em seguida, o texto anuncia com todas as letras a natureza da conduta vergonhosa. Porque diz: Irei atrás de meus namorados, que me dão o meu pão e a minha água, a minha lã e o meu linho, o meu óleo e as minhas bebidas. Estes namora-dos ("amantes", ARA) são os muitos baalins, atrás dos quais as pessoas, cegas de paixão, corriam e aos quais atribuíram os benefícios materiais, que, na realidade, eram dados por Jeová. Reynolds observa que a contraparte atual deste pecado de Israel é o discurso da prosperidade, da natureza, do destino ou do reconhecimento de que a lei dá coisas boas, "como se fosse superstição ou heresia afirmar que foi Deus quem as concedeu".16

A ilusão de que foram os namorados (ídolos) que deram comida, roupas e os regalos da vida foi copiada dos assírios e egípcios, com cujos ídolos 1srael cometeu fornicação espi-ritual. Os israelitas olhavam para a riqueza dos vizinhos e a atribuíam aos deuses dessas nações. O fato de a maioria ter aceitado a perversão espiritual prova a que ponto extremo eles estavam longe de Deus e de sua vontade. "Pois, contanto que o homem continue em comunhão vital e impassível com Deus, 'ele vê com os olhos da fé a mão nas nuvens', das quais recebe tudo que precisa para sua orientação, e das quais tudo depende inteiramente, mesmo aquilo em que é visivelmente independente e forte" (Hengstenberg).'

O compromisso com a idolatria, que se encontra no termo irei (5), a despeito de tudo que Jeová fizera por Israel, indica a extensão da apostasia deste povo. Seu engano, carnalmente influenciado, foi identificar os recursos da vida com os ídolos inanimados em vez de relacioná-los ao Deus vivo. "Procurarei essas alianças e dependerei delas", disse Israel. Mas Jeová replicou: Por causa da tua persistência, cercarei o teu caminho com espinhos; e levan-tarei uma parede de sebe, para que ela não ache as suas veredas (6). As figuras da cerca de espinhos (cf. NTLH) e da parede (ou "muro", NTLH) denotam o propósito de Deus em separar os filhos de Israel de suas idolatrias, mesmo que eles estejam no meio de uma nação idólatra em pleno exílio. Repare como Phillips expressa o pensamento: "Por isso, vou bloquear todos os seus caminhos com espinhos, vou encerrá-la entre paredes de forma que ela não possa achar uma saída". Jeová concluiu que o tratamento mais cruel era o único meio de fazer seu povo se voltar para Ele, o Deus que fere e cura (Os 6:1).

A acusação do versículo 6 é confirmada e reiterada no versículo 7 em forma de paralelismo, seqüência de frases bastante comum na estrutura poética hebraica. E irá em seguimento de seus amantes, mas não os alcançará; e buscá-los-á, mas não os achará; então, dirá: Ir-me-ei e tornar-me-ei a meu primeiro marido, porque melhor me ia, então, do que agora (7). Os amantes representam as nações idólatras, de onde Israel buscou apoio, e seus ídolos que estavam envolvidos nos ritos de fertilidade imorais da religião cananéia. Desta feita, Israel ficará desapontado, porque não lhe pres-tarão qualquer serviço. Buscá-los-á, mas não os achará. A satisfação que Israel espe-rava lhe escapará. Os deuses com os quais os israelitas contavam nada podem fazer por eles. Matthew Henry observa:

1) "Aquele que está muito firme em seus julgamentos pecaminosos é quem, na maioria das vezes, está mais envolvido com eles" (Pv 22:5) ; e,

2) "Deus anda contrário àqueles que afastados dele" (Sl 18:26; Lv 26:23-24; Lm 3:7-9).18

Estas dificuldades (cercas e paredes) que Deus levantou inevitavelmente estimula-riam os pensamentos de voltar. "E então ela dirá: Vou voltar para o meu primeiro mari-do. Era melhor para mim do que agora" (Phillips; cf. BV). Os filhos de Israel aumentari-am seu afeto pelos ídolos, para então, subitamente, perceber que não lhes serviram de nada. Esperavam que os ídolos os libertassem, mas eles só encontraram calamidade em sua busca impetuosa. Em seguimento (hb., riddeph, piel) indica uma procura intensa -"procurar com avidez".

No versículo 7, há uma confissão justa: Porque melhor me ia, então, do que agora, e um propósito bom: Ir-me-ei. Não havia dúvida por parte dos israelitas de que Deus os receberia novamente na relação de concerto se eles voltassem com humildade e arrependimento.

O versículo 8 amplia o pensamento concernente à futilidade da idolatria: Ela, pois, não reconhece que eu lhe dei o grão, e o mosto, e o óleo e lhe multipliquei a prata e o ouro, que eles usaram para Baal. A ironia estava em dar a própria base da riqueza da nação (trigo, vinho e óleo [cf. ARA] em troca por prata e ouro) para os baalins. As pessoas usavam as riquezas pessoais na fabricação do ídolo e na manutenção da adoração a Baal. O pecado de ignorar o autor das bênçãos de Israel ficava mais sério ao desperdiçar os próprios recursos dados por Deus. Baal não quer dizer uma divindade específica, mas é uma expressão geral para referir-se a todos os ídolos (cf. I Reis 14:9: "outros deuses").

Por causa da perfídia de Israel, Oséias descreve que Jeová toma de volta os recursos que Ele dera. Portanto, tornar-me-ei e, a seu tempo, tirarei' o meu grão e o meu mosto, no seu determinado tempo; e arrebatarei' a minha lã e o meu linho, com que cobriam a sua nudez (9).

Deus justifica as punições pelo tratamento injusto por que passou (6-8) e avisa que Israel perderá as bênçãos que Ele concedeu. A comida seria arrebatada da boca dos israelitas e o copo dos seus lábios Também seriam tomados a e o linho, a matéria-prima para a confecção de roupas, a fim de deixar Israel na nudez, ou seja, na pobreza abjeta. A profecia não declara se a tragédia ocorreria na forma de invasão ou seria prove-niente de causas naturais, mas em todo caso seria súbita. O julgamento se daria na condição de calamidade inesperada no seu determinado tempo.

Nos versículos 10:13, Oséias faz uma lista dos castigos que se abateriam sobre Israel por causa de suas idolatrias. No versículo 10, há a vergonha da exposição diante dos olhos dos seus namorados, e a incapacidade de estes salvarem Israel. "E nenhum homem a salvará da minha mão" (Phillips; cf. NVI). Vileza (hb., navluth) significa "ne-gligência", "relaxação" ou "estado sem viço". Nem seus ídolos, nem os assírios ou os egíp-cios livram os israelitas. Ninguém é capaz de salvá-los da ira de Jeová, o "marido" contra quem pecaram.

O gozo de Israel cessará junto com as festas e os sábados (11). As festividades hebraicas eram ocasiões em que as famílias se uniam em peregrinação aos santuários sagrados. Mas eram mais que ocasiões religiosas; eram tempos de prazer e alegria ruido-sa. 21 Israel também perderia o produto da terra e enfrentaria a fome. A terra ficaria desolada como um bosque (12) e infestada de bestas-feras, para indicar o despovoa-mento e o exílio. Desta forma, Israel seria violentamente separado dos objetos sobre os quais disse: É esta a paga que me deram os meus amantes.

Os dias de Baa1 (13; ou "baalins", NVI) eram as datas sagradas que Deus mandou que mantivessem santificadas perante Ele, mas que as transformaram em celebrações aos ídolos. Não há base para crer que havia ocasiões especiais de festa peculiares à ado-ração de Baal. A segunda frase: Israel se adornou dos seus pendentes e das suas gargantilhas, lida com os modos afetados de uma mulher pelos quais ela incitava a admiração de seus amantes (cf. Jr 4:30; Ez 23:40). Phillips expressa o significado do versículo 13 graficamente: "E farei com que ela pague pelos dias de festa aos baalins, quando ela queimou incenso em honra a eles, e se enfeitou com seu anel e com todas aquelas jóias, e procurou seus amantes e se esqueceu de mim, diz o Senhor". Mas mesmo no julgamento de Deus há uma ternura. Percebemos o "mas" da compaixão. O pecado de Israel dizia respeito a esquecer o Senhor, a verdadeira fonte de sua salvação.

2. O Amor Redentor de Deus (Os 2:14-23)

Alguns profetas consideram que o período do deserto é tempo de união feliz entre Israel e seu esposo, Jeová. Embora Deus esteja disposto a permitir que o julgamento entre em ação, Ele não está propenso a abandonar Israel. Este é o verdadeiro amor! Portanto, eis que eu a atrairei (14, irei e a seduzirei; cf. NTLH), e lhe falarei ao coração. Deus demonstrará seu amor de esposo novamente a Israel e a levará para o deserto para uma segunda "lua-de-mel"." Portanto, da linguagem da severidade, surge uma nota de estranha ternura.

E lhe darei as suas vinhas dali (15). As vinhas pertenciam legalmente à esposa fiel, Israel. Elas tinham sido tomadas (12), mas seriam devolvidas. O vale de Acor situava-se ao norte de Gilgal e Jericó (Js 7.26; ver mapa 2). As vinhas e os vales férteis foram as primeiras porções da promessa de restauração de Deus. Desta forma, o vale de Acor se tornará porta de esperança. Aqui estão duas idéias colocadas em combi-nação uma com a outra: adversidade e esperança. Ao entrar na Terra Prometida, Israel pecou em Acor (cf. Js 7:20-26; Is 65:10). O lugar da adversidade agora seria ocasião de esperança.

Morgan observa que "é esta conexão entre adversidade e esperança que revela Deus. É a relação entre a lei e a graça. A lei gera adversidade em resultado do pecado. A graça gera esperança através da adversidade"."

E, naquele dia, farei por eles aliança (18). Temos agora um nítido tom escatológico. Claro que Oséias estava familiarizado com o texto de Gênesis 3 e a maldição do Senhor sobre a serpente e a terra. Também estava ciente de que o julgamento de Deus ainda jazia sobre a sua criação (cf. Rm 8:19-21).

E, naquele dia, o concerto de Deus com os animais imporá a obrigação de não ferir mais o homem. A profecia alista as três classes da vida animal que oferecem perigo aos homens (cf. Gn 9:2) : as bestas-feras do campo (18) em oposição aos animais domesti-cados; as aves do céu (aves de rapina) ; e os répteis (hb., remes) da terra. (Remes não quer dizer "répteis", mas pequenos animais que se movem rapidamente.)

Jeová acabará com os perigos da guerra: os instrumentos bélicos, o arco e a espa-da, e a própria guerra. A promessa também é dada em Levítico 26:3-8 e ampliada em Ezequiel 34:25-28 (cf. Is 2:4-35.9; e Zc 9:10).

Oséias é o primeiro dos profetas a prever que a conseqüência do plano de Deus é um casamento com Israel. Aqui, antecipa aquele dia da consumação gloriosa. E desposar te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias. E desposar-te-ei comigo em fidelidade, e co-nhecerás o SENHOR (19,20). A palavra hebraica traduzida por em representa a idéia de trazer um dote. Neste casamento, a noiva não traz qualquer objeto. Jeová é a fonte de tudo. É Ele que oferece justiça e juízo ("retidão", BV; NVI), os quais são elementos nobres de um verdadeiro casamento. Deus também oferece a Israel sua benignidade e misericórdias. Ainda que benignidade não abranja todo o significado da palavra amor (chesed; ver Introdução), é certo que neste contexto signifique "gratidão", "lealdade" ou dependência humilde da parte de Israel. Do lado de Deus, chesed implica em lealdade, característica sugerida por suas misericórdias, benignidade e, acima de tudo, por sua fidelidade (20).

Com a união proposta, a qual durará para sempre, Israel virá a conhecer o SE-NHOR (20; ver Introdução). Este conhecimento não é meramente cognitivo. Trata-se de uma relação pessoal e viva — uma comunhão de Jeová com seu povo (como o marido com a esposa). Martin Buber observa: "No livro de Oséias, esta última palavra 'conhecer' é o exato conceito de reciprocidade na relação entre Deus e o povo. Aqui, conhecer não signi-fica a percepção de um objeto por um sujeito, mas o contato último dos dois parceiros numa ocorrência de dois lados".'

Os últimos três versículos de Os 2 lidam com a consumação do casamento en-tre Jeová e Israel. Tudo depende de Deus. No dia do noivado, Deus responderá aos céus (21) com suas bênçãos. "Os céus responderão à terra que pergunta; a terra que recebe a chuva responderá ao campo, à videira e à oliveira que pedem umidade; e todos estes responderão a Jezreel Meus semeia'), ao pedir seus produtos como meio de subsistência e vida". 26

Embora os céus fossem como "bronze" e a terra como "pó", agora eles produzirão e a terra responderá. Outrora Deus ameaçara tomar o grão (8; "trigo", ARA) e o óleo; agora ele os dará livremente. Por conseguinte, Israel passa a ser o povo que "Deus semeia" e não o que ele espalha, como em 1.4. O paralelo tem prosseguimento no versículo 23. A semeadura continua, e Lo-Ami ("não meu povo") se torna meu povo a quem Deus aben-çoará, protegerá e sustentará. Em reação a estas bênçãos, o povo responderá segundo a relação de concerto renovado: Tu és o meu Deus!

O divórcio é revertido. O povo tem de se conscientizar novamente do amor do concer-to (chesed) e desfrutar a comunhão originalmente esperada por Jeová no Egito. A inicia-tiva desta obra salvadora e redentora é inteiramente de Deus, mas a resposta deve ser do homem em desejosa obediência ao chamado divino. "O Senhor pode atrair o homem com cordas de amor, mas, no fim, estas se romperão se o homem não obedecer ao puxamento e aproximação de Deus".27

O capítulo 2 é um simbolismo satisfatório acerca da relação de concerto que o ho-mem tem com Deus. Observe:

1) A natureza do concerto: uma relação matrimonial, 19a;

2) A duração do concerto: para sempre, 19b;

3) A maneira do concerto: em justiça e juízo, 19c;

4) A finalidade do concerto: conhecimento e comunhão, 20.
No capítulo 3, Oséias volta a referir-se à sua tragédia pessoal e doméstica. Gômer abandonara o marido em busca de seus amantes. Este breve ensaio autobiográfico torna-se a chave para o profeta entender a compaixão de Jeová. Por seu procedimento, foi-lhe mostrado como Deus cumpriria sua promessa. Se no coração e na alma de Oséias há a disposição de amar uma mulher indigna de seu amor, então há disposição semelhante no Criador do profeta de amar uma nação que não é digna do amor divino.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Oséias Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
*

2:1

vosso irmão... vossa irmã.

Os países irmãos hostis 1srael e Judá, se reconciliarão plenamente, e as horrendas acusações contidas nos nomes (Não-Meu-Povo) e (Desfavorecida) serão revertidas.

* 2:2

Repreendei. Deus apresentou uma causa contra Israel onde os filhos devem acusar sua própria mãe.

para que ela afaste. O arrependimento e a reconciliação são os alvos finais do julgamento divino (vs. 9-23).

* 2:3

a deixe despida. Se o arrependimento não tivesse lugar, a esposa infiel (Gômer/Israel) será desmascarada publicamente (v. 10) e deixada despida, castigos tradicionais para uma adúltera (Ez 16:37-39; Na 3:5-7), embora menos severos do que a pena de morte (Dt 22:22).

* 2:4

filhos de prostituições. O amor e a misericórdia de Deus (1,6) também seriam retirados dos filhos, os quais, como a sua mãe, foram acusados de promiscuidade.

* 2:5

sua mãe se prostituiu. A mãe infiel (Israel) tinha confiado na religião de fertilidade dos cananeus, e não no Senhor (v. 8) para prover as necessidades da vida.

* 2:7

Ela irá em seguimento... buscá-los-á. A iniciativa ativa da mulher, a qual representava todo o Israel, é aqui salientada.

meu primeiro marido. O período inicial de intimidade é aqui relembrada com saudades (conforme 11:1-4).

* 2:8

o trigo, e o vinho... a prata e o ouro. Essas eram as dádivas agrícolas e comerciais do Senhor (Dt 7:13; 11:14; 28.1-12) mas estavam sendo atribuídas a Baal. Em textos descobertos na antiga cidade do norte da Síria, Ugarite, Baal é visto como o deus da tempestada e era adorado como o provedor da chuva e fertilidade.

* 2.9-13

Portanto. Embora não fosse punida com a morte (v. 3, nota; conforme Ez 16:37-40), a amante infiel e esquecida foi severamente castigada através de uma série de reversões dramáticas, mediante as quais as dádivas de Deus foram sendo retiradas; colheitas fracassadas, exposição aos elementos e o fim das festividades.

* 2:9

reterei. O original hebraico indica uma ação forte, inevitável.

* 2:11

sábados. O termo hebraico correspondente, shabbat, é derivado do verbo que significa "parar" ou "cessar", perfazendo um jogo de palavras sarcástico.

solenidades. Essas solenidades tinham-se tornado ocasiões para o sincretismo religioso, onde era misturado o culto ao Senhor e a Baal. Ver Introdução: Data e Ocasião.

* 2:12

a paga que me deram os meus amantes. O salário da prostituta, que, na realidade, eram dádivas do Senhor (v. 8), seria destruído.

* 2:13

jóias. Nas deusas do paganismo, as jóias enfatizavam as áreas eróticas do corpo.

seus amantes. Nos vs. 7,10,12 esses amantes provavelmente são sinônimos de Baalins. A essência da acusação contra Israel era que a nação se tinha esquecido do Senhor, a quem ela deveria ter amado (conforme 4.6; 13 4:6). Ver a nota teológica "Sincretismo e Idolatria", índice.

* 2:14

para o deserto. Ali, Israel deverá amar exclusivamente ao Senhor (v. 16; conforme Jr 2:2).

e lhe falarei ao coração. Essa é uma expressão idiomática usada alhures para cortejar, falar gentilmente e para persuadir com agrados (Gn 34:3; Jz 19:3; Rt 2:13).

* 2:15

vale de Acor. Lit., "Vale da Tribulação". Essa área ficava localizada perto de Jericó e foi o local do apedrejamento de Acã (Js 7:24-26). Embora associado ao pecado e à morte, esse vale seria transformado em uma "porta de esperança".

será ela obsequiosa. Lit., "responderá" ou "reagirá".

* 2:16

Meu marido. A palavra hebraica ba'al pode significar "mestre" ou "marido", além de referir-se à divindade pagã Baal. No futuro, Israel será tão zelosa que eliminará qualquer coisa associada à adoração com Baal, e a própria palavra ba'al, em todos os seus sentidos, será evitada (v. 17).

* 2:18

farei... aliança. Tomando o mesmo tema, em tempos posteriores, Jeremias explicou que essa aliança conferirá um novo coração (Jr 31:31-34).

com as bestas-feras. O reino de Deus, no futuro, será seguro e pacífico, livre da ameaça dos animais selvagens (Is 11:6-9) e das invasões (Sl 46:9; Is 2:4; Mq 4:3). Os animais selvagens eram uma ameaça, particularmente depois que exércitos invasores tinham arrasado a terra. Essa linguagem pode ser figurada, indicando uma humanidade transformada, com a resultante paz e segurança que acompanharão a renovação inaugurada por Cristo no seu primeiro advento e completada por ocasião de sua segunda vinda.

* 2:19

Desposar-te-ei. O noivado era o passo final no processo do namoro, e envolvia pagar um preço pela noiva ao seu pai. Aqui as qualidades da justiça, juízo, benignidade, misericórdia e da fidelidade, são uma espécie de preço pago em troca da noiva, garantindo a permanência do relacionamento.

justiça. A justiça de Deus é expressa tanto em sua retidão como na salvação que ele concede ao seu povo (Os 10:12 e Am 5:7).

juízo. Esse vocábulo pode denotar as decisões legais e os relacionamentos mediante os quais a justiça e a retidão são estabelecidas e restauradas (Os 5:11; 6:5; 10:4; Am 5:15,24; Mq 6:8).

benignidade. Ver nota em Êx 15:13.

misericórdias. Esse termo pode referir-se à compaixão, à sensibilidade do coração e ao amor (Os 1:6; Gn 43:14; Dt 13:17; 2Sm 24:14).

* 2:20

fidelidade. Essa qualidade inclui as virtudes da confiabilidade, da veracidade e da constância nos relacionamentos (Sl 88:11; 89:1,2,5,8,24; 92:2 e 98,3) e é sinônima de "verdade", em 4.1. Cristo, mediante sua obediência ativa, proveu essas virtudes pactuais ao seu povo. Pelo Espírito Santo, ele inscreve a sua própria natureza nos corações de seu povo (2Co 3:3).

conhecerás. A essência do relalcionamento segundo a nova aliança envolve conhecer intimamente ao Senhor (Jr 31:34). Agora Cristo é o mediador dessa nova aliança e torna obsoleto o antigo relacioinamento pactual (Hb 8:7-13).

* 2:21

serei obsequioso. O Senhor haverá de responder graciosamente aos clamores de Israel, quando este aprender de novo a corresponder aos seus apelos (v. 15, nota).

céus. O Senhor demonstrará que ele, e não o deus da tempestade, Baal, é quem controla os ciclos da natureza, mediante os quais a terra torna-se fértil e produz as colheitas que antes eram retidas (v. 9). Ver Introdução: Data e Ocasião.

* 2:22

Jezreel. Ver nota em 1.4.

* 2:23

As promessas de restauração chegam a um clímax quando Jezreel é redimida (v. 22; conforme 1.4,5). A Desfavorecida recebe a revelação do amor de Deus (1.6), e Não-Meu-Povo tornar-se o povo de Deus (1.9).

Tu és o meu Deus. Ver Rm 9:23-26 e 1Pe 2:9,10 acerca do cumprimento dessas promessas.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Oséias Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
2.2ss Os tema deste capítulo são o castigo e a restauração do Israel. Como em um caso da corte, a adultera é levada a julgamento e culpado. Entretanto, depois de seu castigo, com gozo e com ternura volta para Deus.

2:3 Oseas havia provido a sua esposa de roupa, e Deus havia provido ao Israel de abundantes chuvas para suas colheitas. Já seja que a ilustração seja do Oseas e Gomer ou de Deus e Israel, adverte-nos do castigo da infidelidade. Da mesma forma em que um marido pode não querer brindar sustento a sua esposa infiel, Deus não tolerará a infidelidade do Israel. Destroçará a terra e como conseqüência chegará a fome.

2.5-7 Os israelitas estavam agradecendo aos deuses falsos (especificamente ao Baal) a comida, o refúgio e a roupa, em vez de agradecer ao único Deus que lhes deu essas bênções. portanto, Deus rodería de espinheiros seu caminho, ao fazer que a recompensa por sua idolatria fora tão lhe desiludam que se convenceriam de voltar-se para Deus. Apesar da infidelidade do Israel, Deus segue sendo fiel e misericordioso. Continuaria procurando a seu povo, inclusive até o grau de colocar obstáculos em seu caminho de desobediência para que retornassem ao.

2:7 Da mesma forma em que Gomer retornaria a seu marido ao pensar que estaria melhor com ele, a gente freqüentemente retorna a Deus quando descobre que as lutas da vida são muito difíceis. O retornar a Deus por causa do desespero é melhor que rebelar-se contra O, mas é muito melhor voltar-se para O em gratidão por seu amparo.

2:8 As posses materiais são símbolos de êxito na maioria das sociedades. Israel era uma nação rica neste tempo, e Gomer tinha adquirido ouro e prata. Entretanto, Gomer não se deu conta de que Oseas lhe tinha dado o que ela possuía, e Israel não reconheceu a Deus como o Doador de bênções. Tanto Gomer como o Israel utilizaram suas posses de maneira infiel quando correram em detrás de outros amantes e outros deuses. Como utiliza você suas posses? Utilize o que Deus lhe deu para honrá-lo ao.

2:12 Os israelitas estavam tão imersos na idolatria que realmente acreditavam que os deuses pagãos lhes tinham dado suas hortas e suas vinhas. esqueceram-se de que a nação inteira era um presente de Deus (Dt 32:49). Na atualidade a gente dá o mérito a tudo menos a Deus pela prosperidade: à sorte, ao trabalho árduo, à acuidade de engenho, às relações adequados. Quando tem êxito, quem se leva a honra?

2:13 Baal era o mais importante dos deuses cananeos, mas chegou a dar-se este nomeie a todas as deidades da terra ocupada pelo Israel. Infelizmente, Israel não desprezou os ídolos nem os centros de adoração pagã como lhes tinha ordenado. Em vez disso, toleraram e com freqüência se uniram aos adoradores do Baal, freqüentemente pela influência de reis corruptos. Um dos reis israelitas que destacou por sua adoração ao Baal foi Acab. O profeta Elías, em uma demonstração dramática com os profetas contratados pelo Acab, demonstrou que o poder de Deus era muitíssimo superior ao do Baal (2 Rsseis 18).

2:14, 15 Deus estava prometendo (1) levar a povo ao deserto, onde não haveria distrações, para poder comunicar-se com eles claramente, e (2) trocar o que tinha sido um tempo de dificuldades em um dia de esperança. Deus utiliza inclusive as experiências negativas de nossas vidas para criar oportunidades para que retornemos ao. Quando em frente problemas e provas, recorde que Deus lhe fala no deserto, não só em tempo de prosperidade.

2:16 Não seria a não ser até o desterro do Judá que a nação inteira começaria a entrar em razão, e renunciaria a seus ídolos e retornaria a Deus; e não será mas sim até que Deus governe por meio do Jesus, o Messías, que será restaurada a relação entre Deus e Seu povo. Nesse dia, Deus já não será como seu amo ou proprietário; será como seu marido (Is 54:4-8). A relação será profunda e pessoal, a classe de relação que podemos conhecer, embora imperfeitamente, no matrimônio.

2:19, 20 O tempo virá quando a infidelidade seja impossível, porque Deus nos terá unido a si em sua perfeita retidão, amor e misericórdia. A festa de compromisso nos tempos do Oseas era algo mais que um simples compromisso para casar-se. Era um compromisso de enlace, um profundo compromisso entre duas famílias para uma relação permanente e futura. Deus estava prometendo um começo novo e fresco, não só uma reparação de um acordo velho e cansado. (Vejam-se Jr 31:31-34.)

2.19, 20 O presente de bodas de Deus para seu povo, tanto nos dias do Oseas como nos nossos, é sua misericórdia. Embora não temos mérito algum, perdoa-nos e nos faz aceptos ante O. Não existe para nós a possibilidade de que por nossos esforços possamos alcançar as altas normas de Deus para a vida moral e espiritual, mas devido a sua graça nos aceita, perdoa-nos e nos leva a ter uma relação com O. Nessa relação temos comunhão com o de maneira pessoal e íntima.

INFIDELIDADE ESPIRITUAL

O adultério espiritual e o adultério físico são muito parecidos em muitas coisas, e ambos são perigosos. Deus estava zangado com seu povo porque tinha cometido adultério espiritual contra O, da mesma forma que Gomer tinha cometido adultério físico contra Oseas.

Paralelos : Tanto o adultério espiritual como o físico são contra a Lei de Deus.

O perigo : Quando quebrantamos uma lei de Deus com plena consciencia do que estamos fazendo, nossos corações se endurecem para o pecado e nossa relação com Deus se quebranta.

Paralelos : Tanto o adultério espiritual como o físico começam com a desilusão e a insatisfação, já seja real ou imaginária, com uma relação já existente.

O perigo : O sentimento de que a Deus não agrada algo pode fazer que você se além do. Os sentimentos de desilusão e insatisfação são normais e, quando resistem, passarão.

Paralelos : Tanto o adultério espiritual como o físico começam ao transferir o afeto de um objeto de devoção a outro.

O perigo : O trocar nosso afeto é o primeiro passo para a cegueira que nos leva a pecado.

Paralelos : Tanto o adultério espiritual como o físico requerem de um processo de deterioração; não é pelo general uma decisão impulsiva.

O perigo : O processo é perigoso porque não sempre se dá um conta do que está acontecendo até que é muito tarde.

Paralelos : Tanto o adultério espiritual como o físico requerem a criação de uma fantasia a respeito do que um novo objeto de amor pode fazer por você.

O perigo : Tal fantasia cria expectativas irreais do que uma nova relação pode fazer e só leva a desilusão em todas as relações existentes e futuras.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Oséias Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
C. INFIDELIDADE exposta (2: 2-7)

2 lidar com sua mãe, sustentam; porque ela não é minha mulher, e eu não sou seu marido; e que ela afaste as suas prostituições da sua face e os seus adultérios de entre os seus seios; 3 para que eu não a deixe despida, ea ponha como no dia em que ela nasceu, e fazê-la como um deserto, ea torne como uma terra seca, ea mate à sede. 4 sim, sobre seus filhos não terei misericórdia; pois eles são filhos de prostituição; 5 para a sua mãe se prostituiu; ela que os concebeu fez vergonhosamente; pois ela disse, eu irei atrás de meus amantes, que me dão o meu pão ea minha água, a minha lã e meu linho, o meu óleo e as minhas bebidas. 6 Portanto, eis que eu vou cobrir o teu caminho com espinhos, e eu vou construir . um muro contra ela, que ela não ache as suas veredas 7 E ela irá atrás de seus amantes, mas não os alcançará; e ela deve procurá-los, mas não deve encontrá-los; então o que ela disse, eu irei e voltarei a meu primeiro marido; pois então era melhor comigo do que agora.

O desgosto de Oséias está agora totalmente revelado como ele repreende e avisa sua esposa infiel em termos que, no seu sentido mais amplo se tornam choro soluçante de Deus para Israel. Como Oséias defende com Gomer para voltar à pureza de sua própria casa, por isso, o Senhor pede a Israel para pôr de lado as suas prostituições ... e os seus adultérios (v. Os 2:2 ), para que eu não a deixe despida (v. Os 2:3 ). Não só existe uma nudez para fora, mas um interior bem. Israel exibiram ambos. Nudez interior é muito mais vergonhoso do que aquilo que é exterior. Para ser despojado de graça e glória de Deus é uma perda incomparável. Séculos antes, o Senhor tinha dado o aviso: ". Se a sua alma abomino os meus juízos, ... Vou sobre vós o terror, ... eu porei a minha face contra vós, ... eu vos castigarei sete vezes mais pelos seus pecados ... Eu vou trazer um espada em cima de você, ... haveis de comer a carne de teus filhos e filhas ... ... eu vou fazer suas cidades um desperdício, ... e você espalharei "(. Lv 26:14 ). Aqui, o profeta, como porta-voz de Deus, diz, eu vou definir seu (lit., "Eu vou arrumar o"), para que ela não será capaz de libertar-se-completamente impotente, um estoque olhando de vergonha para o mundo.

O profeta defende com a nação para arrumar sua prostituição e adultério. Ela ... tem feito vergonhosamente. Aqui é a expressão chave de toda esta seção: tudo que ela faz é vergonhoso-seus atos, seus filhos, seu eu pessoal. Ela é descarada: enquanto nem mesmo procurou por ela teria de ser amantes, ela procura-los. De sua vida vergonhosa ela busca seu sustento e clothing- pão, água, lã e linho; a partir deles seus luxos Também de óleo e bebida. Ela vendeu-se para o mal. Tudo é típico de Israel. Os amantes de Israel eram os deuses dos fenícios, egípcios e assírios. Israel procurado essas nações pagãs por causa de seu prestígio e poder. E tal comunhão desigual e profana levou para a adoção de deuses pagãos e ídolos, adorando-os secretamente no começo, depois abertamente sobre telhados e em pomares. Os ritos religiosos observados neste culto foram grosseiramente imoral, muitas vezes envolvendo prostituição em nome de adoração. E agora tudo acaba em fracasso e frustração, porque o Senhor lança uma sebe deespinhos, uma parede em seu caminho, buscando, assim, por castigos para trazê-la de volta para o caminho da retidão e pureza. Os amantes e os ídolos de Israel abandonar ela e ela olha para uma saída. Eu irei e voltarei a meu primeiro marido. Mas o motivo dela ainda é carnal e egocêntrica, pois ela só espera substituir seus atuais problemas com seu ex-prosperidade.

D. INFIDELIDADE PUNIDO (2: 8-13)

8 Por que ela não sabia que eu lhe dei o grão, eo vinho novo e do azeite, e que lhe multipliquei a prata eo ouro, que eles usaram para Baal. 9 Portanto, eu vos tirar o meu grão no tempo da mesma, e meu vinho novo em sua estação, e vai arrancar a minha lã e meu linho, com que cobriam a sua nudez. 10 E agora descobrirei a sua vileza diante dos olhos dos seus amantes, e ninguém a livrará da minha Mc 11:1 Eu também fará com que todo o seu gozo cessar, suas festas, as suas luas novas, e os seus sábados, e todas as suas assembléias solenes. 12 E porei desperdiçar a sua vide ea sua figueira, de que ela diz: Estes são meu salário que meus amantes me deram; e eu farei delas um bosque, e as feras do campo as devorarão. 13 E visitarei sobre ela os dias de Baal, até que ela queimou incenso, e se adornava com as suas arrecadas e as suas jóias, e foi atrás dos seus amantes, se esquecia de mim, diz o Senhor.

A tônica para esta seção é encontrado no versículo 8 : ela não sabia (conforme "O meu povo está sendo destruído por falta de conhecimento", Os 4:6 : ". Eles se recusaram a ter o conhecimento de Deus" Israel atribuído ao deus pagão Baal, a produtividade da terra, seja de campo, vinha, ou pomar, esquecido de que era o Senhor, que "dá o crescimento", e Jeová que lhe multipliquei a prata eo ouro. Com a esperança de levar Israel a seus sentidos, Jeová declara Ele irá reter estes rendimentos de produção. Como o resultado de retenção na fonte de Deus, Israel vai ficar pobre e nu diante até mesmo os falsos deuses, a quem ela mostrou tal deferência, e ninguém vai vir em auxílio de Israel (v. Os 2:10 ). E tudo isso vai ocorrer em um mais inesperada e inoportuna tempo no momento da colheita, sem fruto da árvore ou videira ou grão do campo, e no momento do festival alegre, que Israel virou dias de louvor a Jeová para carnal festas pagãs. Jeová fará com que todo o seu gozo cessar, no entanto enfeitado de forma mundana que possa ser. Deus os abandonará, porque ela abandonou, ela foi atrás de seus amantes, se esquecia de mim, diz o Senhor (v. Os 2:13 ; conforme Ap 3:17 ).

E. prometida restauração (2: 14-23)

14 Portanto, eis que eu a atrairei, ea levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração. 15 E eu lhe darei as suas vinhas dali, eo vale de Acor por porta de esperança; e ela fará resposta lá, como nos dias da sua mocidade, e como no dia em que subiu da terra do Egito. 16 E será que, naquele dia, diz o Senhor, que tu me chamará meu marido, e não me chamará mais meu Baal. 17 Para tirarei os nomes dos baalins fora de sua boca, e eles nunca mais será mencionado pelo seu nome. 18 E naquele dia farei por eles aliança com as feras do campo e com as aves do céu, e com os répteis da terra; e eu quebrarei o arco ea espada ea batalha da terra, e os farei deitar em segurança. 19 E eu desposar-te-ei comigo para sempre; sim, desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias. 20 I vai mesmo desposar-te-ei comigo em fidelidade; e saberás Jeová.

21 E há de ser que naquele dia, eu responderei, diz o Senhor, eu responderei aos céus, e estes responderão a terra; 22 ea terra responderá ao trigo, e ao mosto, e ao azeite, e eles devem responder Jezreel. 23 E eu vou semear ela a mim na terra; e terei misericórdia de sua misericórdia, que não tinha obtido; e vou dizer a eles que não foram o meu povo: Tu és o meu povo; e ela dirá: Tu és o meu Deus.

É provável que esta seção reflete sentimentos pessoais de Oséias em direção a sua esposa errante Gomer. Como um homem de forte afeição, ele se recusou a rejeitá-la permanentemente e procurou vez para reconquistá-la. O Senhor amplia em sentimentos e palavras de Oséias para expressar o seu amor eterno por Israel. Ao fazê-lo, Ele envia novamente o raio luminoso de esperança para um Israel arrependido que mantém reoccurring nesta profecia de outra forma de coração partido (conforme 1: 10-2: 1 ; 11: 8-11 ; 14: 1-9).

Duas palavras unir o que foi antes com um anúncio importante: Portanto, eis. O anúncio é que Israel não mudou e que, portanto, o relacionamento quebrado pode, eventualmente, ser reparado. Mas sim, é o anúncio de que o Senhor vai procurar ganhar Israel novamente. O que uma revelação do amor de saída de Deus! Jeová sempre permanece o Deus que guarda o concerto (conforme Ex 33:19a ; Rm 9:15. ; Mq 7:20. ; Rm 11:29. ; 2Tm 2:19.) . Parece que o mais vil Israel tornou-se, mais ela se mudou para o Senhor piedade e compaixão. Que lição para o ministro do evangelho! O agente activo ao longo desta parte é o próprio Jeová. Recordando como Ele venceu Israel quando no Egito, oprimidos, abandonado, e deprimido, portanto, novamente Ele diz, eu a atrairei, ... e lhe falarei ao coração (lit. "Eu vou falar com seu coração"; conforme Is 61:1 ). O deserto trará vinhas, e ao vale de Acor ou "preocupante" (conforme Js 7:26) passam a ser uma porta de esperança. "E ela deve cantar" (KJV), como nos tempos passados ​​na libertação do Egito. E ela não vai mais chamar Jeová Baali, "meu mestre", mas Ishi, "meu marido", pois será proibido até mesmo o som de nomes dos falsos deuses. Naquele dia (v. Os 2:18 ), um maravilhoso concerto será feita entre Deus, o homem ea natureza, ou seja, animais, pássaros, répteis que vivem juntos, como no jardim do Éden (conforme Is 11:6. ; Is 65:25 ; . Lv 26:6. ; 103 Ps:. 13 ); e na fidelidade, ou seja, a fidelidade imutável do Senhor (Nu 23:19. ; 1Co 1:9 Tessalonicenses 5:24 ). E saberás o Senhor, com o coração, bem como mente. Então o Senhor imagens ricas bênçãos materiais que acompanhará o espiritual. Jezreel, "a quem semeia Deus", foi o nome dado o primeiro filho de Oséias, um nome de censura e advertência, lembrando apóstata Israel de seu pecado e se aproximando desgraça (conforme 1 : 4-5 ). Agora Jezreel fala do ser de Israel semeado por Jeová na expectativa de uma colheita abundante. Em uma bela metáfora, Jezreel chora por grão, o vinho novo, e óleo. Estes grito para a terra para o nascimento. A terra grita para os céus para a chuva. Os céus chorar para o Senhor. E sua resposta desce os níveis sucessivos até Jezreel goza da colheita. Lo-Ruama, o nome simbólico do segundo filho de Oséias, ela que não tinha obtido misericórdia, torna-se agora Ruhamah desde Jeová terá misericórdia, e Lo-Ami, o nome simbólico do terceiro filho de Oséias, não o meu povo, é alterada para Ammi quando Jeová diz: Tu és o meu povo, e Israel responde: Tu és o meu Deus (conforme 1: 6-2: 1 ).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Oséias Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
2.1 Vosso irmão. Nesta história verídica, os membros da família estariam recebendo Lo-Ammi de volta com o novo nome Ammi ("meu povo"), da mesma maneira pela qual Deus chama de volta Seus filhos desgarrados, os israelitas idólatras. Favor. Heb ruhãmâh, "favorecida", "objeto de ternas misericórdias". É o cancelamento da maldiçãoDt 1:9. A palavra mais comum traduzida como "favor", é hen, "compaixão", "mercê", "favor" e "graça", da raiz hãnan, "inclinar-se para", "sentir desejo", "ter misericórdia". "Favor também traduz outra palavra, hesedh, "amor" (Pv 14:2) "misericórdia" (Pv 19:22), "benignidade" (Pv 20:6).

2.2 Não é minha mulher. A nação era freqüentemente chamada de esposa de Jeová, porque Ele a tinha escolhido para Si mesmo. Antes de prosseguir na descrição da infidelidade conjugal e da infidelidade, nacional, o profeta deixara vislumbrar algo da restauração final (1. 10-2.1).

2.3 Aqui é a linguagem do Senhor falando à nação. Note-se que Oséias entendeu tão bem a lição profética daquilo que sofreu com a infidelidade da sua esposa, que a linguagem da idolatria nacional se mistura com a do adultério doméstico; e a disciplina imposta pelo marido à esposa confunde-se com a descrição do castigo que Deus impôs sobre a nação.
2.5 Sua mãe. Israel. Meus amantes. Os ídolos. A esposa correu atrás de amantes: a nação correu atrás do paganismo; .ambas se arrependeriam. Este problema religioso era o mais sério em Israel; a maior parte do povo acreditava que era graças aos Baalins e aos deuses pagãos de Canaã que a terra era abundante em sua colheita (Jr 44:17).

2.11 Solenidades. Como por exemplo, a Festa dos Tabernáculos, que celebrava a viagem pelo deserto, e a colheita dos produtos da terra.

2.12 Devastarei. A Palestina ficou quase deserta durante séculos. Paga. As prostitutas dos templos pagãos recebiam uma parte da féria, que era considerada uma bênção dos "baalins".

2.15 Vale de Acor. O vale em que Acã e sua família foram destruídos.

2.16 Meu Baal. Ba'al, em heb, quer dizer "senhor", "dono" e "marido". Tinha havido tanta adoração aos baalins, que agora Deus nem queria que existisse a palavra Ba'al no sentido inocente de "marido", que doravante passaria a ser designado pela palavra 'Ish, "homem", "marido".

2.18 Aliança com as bestas-feras. Ver Is 11:6-23.

2.22 Jezreel. Esta palavra significa "Deus semeia"; Deus plantará Israel mais uma vez na sua própria terra, tão certamente como o espalhou. As relações entre Deus, os céus, a terra, o grão, o vinho e o óleo são íntimas. Os israelitas foram destinados a participar destas bênçãos decorrentes da obediência e fidelidade do povo.

2.23 Os nomes que Oséias deu aos seus filhos, tipificando o povo de Israel, eram reversíveis: Deus podia restaurá-los (conforme Rm 9:23-45).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Oséias Capítulo 2 do versículo 1 até o 23

2)    A reunificação de Judá e Israel
(1.10—2.1)

Esse é mais um trecho que com freqüên-cia é considerado uma inserção posterior, mas em fundamentos inadequados. Ele prevê a reunião dos dois reinos sob um monarca daví-dico e o seu retorno à terra prometida (conforme 3.5) num novo e melhor dia de Jezreel (v. 11; cf.

1.4). O Novo Testamento cita 2.1 em Rm 9:25,Rm 9:26 e em 1Pe 2:10, em um sentido novo, o chamado dos gentios para dentro do corpo de Cristo. Assim, o que originariamente era um assunto particular de Oséias e Gômer se torna significativo, primeiro para Israel na carne e depois para o novo Israel.

Não está claro o que significa e se levantarão da terra (v. 11). “Obter supremacia”, “crescer como plantas” e “subir para Siquém para coroar um rei” são todas sugestões plausíveis; mas a mais provável é “retornar do exílio para a terra”.

Observe como os nomes dos três filhos são repetidos em 1.4,6,9; 1.10,11; 2.1 e 2.22, 23, e estão implícitos em 2.2,4,8.


3)    O apelo do Senhor (2:2-13)

Intercalado entre as duas narrativas do procedimento de Oséias com Gômer está esse trecho que expressa a queixa do Senhor contra Israel em termos da analogia do matrimônio. Repreendam (heb. ríb) é um termo jurídico que denota “acusação”, e é assim traduzido em 4.1 e 12.2. Cp. as figuras e imagens jurídicas encontradas em 5.5; 7.10 e em Is 3:13Mq 6:06ss.

Nos v. 6-8, Israel é advertido que vai se frustrar ao não ter os seus desejos satisfeitos, na esperança de que isso o impulsione a voltar para Deus. A repetição de “Por isso” (v.
6,9) e “Portanto” (v. 14) indica claramente a reação divina às ações do povo. Acerca de Voltarei, que ecoa repetidamente em todo o livro, v.comentário Dt 3:5. Baal (v. 8) aqui está no singular, como também no v. 16 e em 13.1; em outros lugares, está no plural.

Os v. 9-13 revelam o que acontece se as advertências não forem respeitadas: virá o castigo — a privação de toda a prosperidade e alegria. Visto que a atribuição a Baal (v. 8) de todos os frutos da terra dados por Deus anulava toda a compreensão que Israel tinha do papel de Deus no Universo, isso era o máximo da apostasia. Por isso, as dádivas são removidas. De forma semelhante, visto que as festas do v. 11 (conforme Gl 4:10) originariamente honravam o Senhor, mas foram desviadas para celebrar a Baal, tinham de ser interrompidas. Mas por trás de toda a disciplina está o grito de angústia de Deus do v. 13, lembrando-nos de Ap 2:4, enquanto todo o procedimento reflete o princípio declarado em He 12:6.

declara o Senhor (v. 13) é uma fórmula solene de oráculo usada com freqüência pelos profetas para ressaltar que uma mensagem vinha de Deus. E usada também nos v. 16 e 21 com promessas de restauração, e também ocorre em Dn 11:1. Igualmente sérias são as ameaças de condenação e as previsões de esperança!


4) A grande restauração (2:14-23)

Depois das ameaças de condenação, vêm predições de bênçãos, um padrão recorrente em Oséias — conforme 3.4,5; 5.15; 11.8ss; 14:1-8. Não há necessidade de se pressupor a mão de um redator aqui, visto que isso concorda com a bondade do profeta para com a sua esposa. Embora a métrica seja coerente dos v. 2 ao 15 e haja um fator de unidade representado pelos “Por isso” (v. 6,9) e “Portanto” (v. 14), o trecho dos v. 14-23 tem uma unidade de mensagem que justifica a nossa divisão.
v. 14. atraí-la poderia ser traduzido por “seduzi-la” como em Ex 22:16. No contexto, é uma palavra ousada, refletindo fortemente o grande anseio de Deus por seu povo. A sedução surge porque o deserto, aparentemente um lugar de castigo, mostra-se como um lugar de renovação do amor (Ellison). v. 15. O vale de Acor retoma a história de Js 7:0.

Então seguem os maravilhosos e triplos votos de casamento nos v. 19,20, incluindo promessas que se assemelham à nova aliança de Jr 31:31-24, anunciada mais de um século depois. Aqui encontramos algumas das grandes palavras-chave da teologia de Oséias:

O amor (hesed), definido de forma concisa por Taylor como “lealdade de uma pessoa para com as obrigações da aliança e para com o parceiro da aliança”, é amplamente demonstrado por Deus, embora falte de forma calamitosa por parte de Israel. Esse termo não usado por Amós é o elemento principal do apelo de Dn 4:1; Dn 6:6 e 12.6.

A justiça (mispat) tem uma conotação mais ampla do que a mesma palavra em português e sugere a inclusão de todas as condições da aliança. A sua associação com a misericórdia aqui lembra Rm 3:26.

compaixão traduz a mesma palavra que “minhas amadas” (2,1) e, assim, inverte de forma significativa o veredicto Dt 1:6. McKeating vê nessa palavra “o tipo de ternura que é suscitada por aquilo que é pequeno ou que foi ferido ou é digno de ser afagado”. Enquanto o amor pressupõe um relacionamento, a misericórdia é condicionada somente pelas necessidades do objeto.

A fidelidade (da mesma raiz que a palavra “amém”) é a confiabilidade e a coerência de Deus, em contraste com a obstinação do povo.

você reconhecerá o Senhor é o que se espera do povo da aliança, e isso se encaixa de forma convincente no símile aqui — conforme Gn 4:1. Esse reconhecimento inclui uma disposição interior em relação a Deus, mas também uma familiaridade com os atos de Deus na história (conforme 13 4:5) e a obediência às condições da aliança como expostas na Lei (conforme 4.6).

A idéia do matrimônio como figura do relacionamento entre Deus e Israel é retomada no NT, particularmente em Ef 5:23ss e Ap 21.9ss, uma das principais idéias-semente iniciadas pelo primeiro dos Profetas Menores.

Os v. 21ss apontam para aquele dia em que os propósitos de Deus na disciplina são atingidos e o castigo é revertido pela graça. Assim, os nomes dos três filhos reaparecem com significado renovado.
O símile sexual é mantido de forma intensa em todo o trecho: o namoro (v. 14,15) conduz ao casamento (v. 19,20) que se consuma na fecundidade (v. 21 ss).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Oséias Capítulo 2 do versículo 6 até o 13
d) O caminho do sofrimento (Os 2:6-13)

Note-se, no versículo 6, a rápida troca de pessoas-um sinal da linguagem indignada, cercarei o teu caminho (6). A referência é ao castigo de Deus, cujo propósito é trazer de volta a desviada. O primeiro efeito desse castigo provoca uma intensificação da adoração de Israel aos baalins. (Note-se as formas intensivas dos verbos hebraicos: ridephah biqshatham). Mais tarde, entretanto, vem um grito de arrependimento, Ir-me-ei e tornar-me-ei (7), o que faz lembrar o grito do filho pródigo no "país longínquo". Ela pois não conhece (8). Para Oséias, essa falta de conhecimento é a raiz de todos os males nas relações de Israel com Deus. Essa idéia aparece repetidamente (ver Dn 4:6; Dn 7:9; cfr. Dn 2:20; Dn 6:6). Eu lhe dei o grão (8). O "eu" enfático (em heb. anoi) corresponde ao "ela" igualmente enfático (em heb. hi) no início da cláusula. O divino "meu", no versículo 9, corresponde ao "meu" do pecador, no versículo 5. Arrebatarei, mais corretamente seria "livrarei"; isto é, os dons de Deus serão livrados dos usos errados a que foram sujeitados. Igualmente as festas de Jeová, que haviam sido retidas no reino do norte, mas com novas e idólatras associações, haveriam de cessar (11). A paga (12), lit. "o preço da prostituta", pintando a completa degradação de Israel.


Dicionário

Amantes

masc. e fem. pl. de amante

a·man·te
(latim amans, -antis, que ama)
adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

1. Que ama alguém.

2. Que está apaixonado por alguma coisa.

nome de dois géneros

3. Pessoa que ama alguém.

4. Namorado ou namorada.

5. Pessoa que mantém uma relação amorosa ou sexual estável ou regular com uma pessoa casada. = AMÁSIO, CONCUBINO

nome masculino

6. [Náutica] Cabo grosso para içar parte do aparelho náutico.

7. [Náutica] Corrente de ferro na ostaga da gávea alta.


Bestas

fem. pl. de besta

bes·ta |é| |é| 2
(latim balista, -ae, balista)
nome feminino

[Armamento] Arma antiga, composta por um arco e por um cabo muito tenso, com que se arremessavam setas e pelouros (ex.: besta de mão). = BALESTA, BALESTRA


Ver também dúvida linguística: pronúncia de besta.

bes·ta |ê| |ê| 1
(latim bestia, -ae, animal, fera)
nome feminino

1. Animal que se pode cavalgar. = CAVALGADURA

2. Animal quadrúpede, híbrido e estéril, filho de burro e égua ou de cavalo e burra. = MACHO, MU, MUAR, MULO

3. [Informal] Pessoa grande ou muito forte.

4. [Informal, Depreciativo] Pessoa violenta ou grosseira. = ALIMÁRIA, ANIMAL

5. O ser humano considerado sob o seu aspecto mais desfavorável ou mais brutal.

adjectivo de dois géneros e nome feminino
adjetivo de dois géneros e nome feminino

6. [Informal, Depreciativo] Que ou quem se considera ter falta de inteligência. = BURRO, ESTÚPIDO, PALERMA, TOLO


besta de roda
A que trabalha nas noras, engenhos, etc.

besta de tiro
Animal que puxa um carro.

besta quadrada
[Informal, Depreciativo] Pessoa muito ignorante ou muito grosseira.

metido a besta
[Brasil, Informal] Que é arrogante, pretensioso ou vaidoso.


Ver também dúvida linguística: pronúncia de besta.

Bosque

substantivo masculino Lugar plantado de árvores; mata.
Floresta não muito extensa nem muito densa.
Formação vegetal composta por árvores e arbustos que resulta da rarefação de florestas, como savanas ou campos baixos; caapuã.
Terreno composto maioritariamente por essa vegetação.
Por Extensão Conjunto de coisas que se assemelham a árvores.
Etimologia (origem da palavra bosque). Do catalão bosc.

o mesmo que poste-idolo. Esta palavra ocorre freqüentes vezes no A.T., como uma das feições do culto idólatra, sendo tal culto proibido ao povo de israel (Êx 34:13Jz 6:25-30 – 1 Rs 16.33 – 2 Rs 18:4 – is 17:8, etc.). A palavra hebraica é Aserá, ou (pl.) Aserim, que parece ter sido uma coluna sagrada para marcar o lugar do culto pagão, ou como símbolo de qualquer adorada divindade. Segundo alguns intérpretes, o termo bosque ou arvoredo não está bem em 1 Sm 22.6, devendo ser substituído por tamargueira.

luco, arvoredo, selva, mata, floresta, sertão, capão, capoeira, restinga, tapera. – Bosque é o “nome que se dá a uma porção de árvores reunidas”. – Luco é termo poético significando “o bosque cheio de flores, cuidado com esmero, como os que, entre os gregos, se consagravam a divindades bucólicas”. – Arvoredo é também, como bosque, multidão de árvores, mas sem a ideia de ser basto ou espesso. – Selva é “o bosque espesso, emaranhado”. – Mata é “a selva rude, opulenta, formada quase sempre de grandes árvores, é apenas menos extensa que a floresta”. – Sertão é “a grande floresta desolada e sem habitantes”. É termo nosso que os primeiros povoadores da terra fizeram da palavra desertão (grande deserto), suprimindo- -lhe a sílaba inicial. – Capão, como as três últimas, é também brasileirismo, significando “bosque nas vizinhanças quase sempre de habitação”. – Capoeira é “mata que já foi capão, e que se encontra agora mais distante da casa, e onde se abriga a criação miúda”. – Restinga é o capão que fica no meio do campo ou junto a algum rio. Parece provir da semelhança que apresenta com a restinga no meio do mar. – Tapera é o capão ou bosque pouco espesso onde ainda se encontram vestígios de habitação antiga. É palavra indígena que incorporamos à língua (formada de taba “habitação” + oera “que foi”).

Bosque
1) FLORESTA (Dt 19:5)

2) POSTE-ÍDOLO (1Rs 16:33), RC).

Campo

substantivo masculino Território ou área plana; planície, prado.
Extensão de terra cultivável: campo de trigo, de milho.
Terreno fora das cidades: morar no campo; ir para o campo.
Esportes. Área limitada à prática de esportes: campo de futebol.
Figurado Domínio intelectual ou conjunto do que é próprio a um ofício, profissão, atividade; âmbito, domínio: campo jurídico; campo médico.
Área a partir da qual algo é desenvolvido; o que se pretende discutir; assunto: trazer a campo.
[Física] Região influenciada por um agente físico, por uma força: campo eletromagnético.
[Física] Espaço em que um ímã, um corpo elétrico ou um corpo pesado, está sujeito à determinadas forças: campo de gravitação.
Fotografia e Cinema. Quantidade de espaço cuja imagem se forma no filme.
Etimologia (origem da palavra campo). Do latim campum.

substantivo masculino Território ou área plana; planície, prado.
Extensão de terra cultivável: campo de trigo, de milho.
Terreno fora das cidades: morar no campo; ir para o campo.
Esportes. Área limitada à prática de esportes: campo de futebol.
Figurado Domínio intelectual ou conjunto do que é próprio a um ofício, profissão, atividade; âmbito, domínio: campo jurídico; campo médico.
Área a partir da qual algo é desenvolvido; o que se pretende discutir; assunto: trazer a campo.
[Física] Região influenciada por um agente físico, por uma força: campo eletromagnético.
[Física] Espaço em que um ímã, um corpo elétrico ou um corpo pesado, está sujeito à determinadas forças: campo de gravitação.
Fotografia e Cinema. Quantidade de espaço cuja imagem se forma no filme.
Etimologia (origem da palavra campo). Do latim campum.

Significa esta palavra, na Bíblia, uma terra meramente cultivada – ou limitada extensão de terreno (Gn 23:13-17is 5:8) ou toda herança de um homem (Lv 27:16Rt 4:5Jr 32:9-25). A ausência de valados tornava os campos expostos ao dano feito pelos animais desgarrados (Êx 22:5). o ‘campo fértil’, em Ez 17:5, significa uma terra para plantação de árvores – muitas vezes, porém, é uma tradução da palavra hebraica Carmel, como em is 10:18. Vilas sem muros, e casas espalhadas eram tidas como campos aos olhos da Lei (Lv 25:31).

O campo [a que Jesus se refere na parábola do Joio] simboliza o mundo, isto é: o [...] planeta e a humanidade terrena [...].
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

O campo é o celeiro vivo do pão que sustenta a mesa [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19


Campo Terras usadas para plantação ou para pastagem (Jr 4:3); (Lc 2:8).

Devastar

verbo transitivo Assolar, arruinar, destruir.

Devastar Destruir (Sl 80:13).

Devorar

Devorar
1) Engolir de uma só vez (Gn 41:7).


2) Destruir; acabar com alguma coisa (Sl 21:9).


verbo transitivo Comer com sofreguidão.
Figurado Consumir, destruir: o fogo devora tudo.
Atormentar: o ciúme o devora.
Ler com avidez: devorar um livro.
Devorar com os olhos, olhar com avidez, paixão ou ódio.

Diz

3ª pess. sing. pres. ind. de dizer
2ª pess. sing. imp. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


E

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Farar

verbo transitivo direto [Gíria] Farejar; procurar, buscar, encontrar ou apanhar alguma coisa; tentar encontrar alguém através do faro.
Etimologia (origem da palavra farar). Faro + ar.

Feras

fem. pl. de fero
fem. pl. de fera

fe·ro |é| |é|
adjectivo
adjetivo

1. Feroz.

2. Selvagem, bravio.

3. Inculto.

4. Indómito.

5. Violento.

6. Áspero.

7. Forte, vigoroso, são.


feros
nome masculino plural

8. Bravatas, fanfarronadas.


fe·ra |é| |é|
(latim fera, -ae)
nome feminino

1. Animal feroz, geralmente um mamífero carniceiro.

2. Pessoa cruel.

3. Pessoa muito zangada.

adjectivo de dois géneros e nome de dois géneros
adjetivo de dois géneros e nome de dois géneros

4. [Brasil, Informal] Que ou quem é mal-educado. = MALCRIADO

5. [Brasil, Informal] Que ou quem é corajoso. = VALENTE


Figueira

substantivo feminino Planta dos países quentes, da família das moráceas, e cujo fruto é o figo.

Figueira Árvore que produz figos (Dt 8:8).

Figueira Árvore muito comum na Palestina. Jesus citou-a como símbolo de Israel, especialmente para referir-se à incredulidade do povo (Mt 21:18ss.; Lc 13:6-9). Também usou esse símbolo para falar dos frutos que caracterizam os falsos profetas (Mt 7:16) ou os sinais que antecederão ao juízo de Deus (Mt 24:32). A referência em Jo 1:48-50 é obscura e talvez se relacione com um episódio concreto da vida de Natanael.

Paga

substantivo feminino O que se dá em troca de um serviço prestado, ou de um favor.
Remuneração.
Recompensa.

substantivo feminino O que se dá em troca de um serviço prestado, ou de um favor.
Remuneração.
Recompensa.

pagamento, salário, ordenado, mensalidade, soldo, soldada, vencimentos, honorários, estipêndio, remuneração, retribuição. – Segundo Bruns.: Paga é o termo genérico de que os outros vocábulos do grupo são espécies. Tudo o que se recebe em troco de um serviço prestado, ou de um objeto cedido por venda, é paga. Esta palavra é relativa a quem recebe; e nisso diferença- -se de pagamento, que é a paga considerada com relação a quem a dá. Assim é que se diz: a paga está certa; fazer os pagamentos em oiro. – Salário é a paga que se dá a quem trabalha manualmente, ou presta serviços familiares: não se deve reter o salário do trabalhador. – Ordenado é a quantia que mensal ou anualmente se paga a quem presta qualquer espécie de serviços, não completamente servis: cozinheiros, empregados, etc. recebem ordenados. – Mensalidade é o ordenado que se dá aos professores. – Soldo é a paga do militar. Soldada é o ordenado dos 448 Rocha Pombo serviçais. – Vencimentos quer dizer – o ordenado dos que prestam serviços liberais: ministros, empregados superiores, etc. recebem os seus vencimentos. – Honorários difere de vencimentos em serem estes pagos mensal ou anualmente; ao passo que os honorários são a remuneração de um serviço completo: os médicos, os advogados, etc. recebem os honorários que lhes são devidos pelo serviço prestado. – O estipêndio é uma quantia fixa, dada de superior a inferior, de quem manda a quem obedece, de quem protege a quem é protegido. – Remuneração e retribuição são termos de significação geral com que se designa o ato de recompensar algum serviço, e também a própria recompensa. Remuneração é propriamente a ação (ou o efeito) de dar o estipêndio devido, gratificar, fazer paga por algum serviço. Retribuição sugere ideia da justiça ou perfeita equidade com que é feito o pagamento, como se a pessoa que paga correspondesse, com a precisa exação, aos serviços que lhe foram prestados.

Paga Salário (Lv 19:13).

Vide

conjunção Da maneira de; exemplo de; como: para saber mais sobre leis, vide Constituição.
Gramática Referir ou mencionar um trecho específico do texto; remeter a outra obra, a outro texto: para maiores informações vide anexos.
substantivo feminino Botânica Muda de videira que se utiliza para reprodução; braço ou vara de videira; bacelo.
Botânica Designação comum atribuída às espécies pertencentes ao gênero Vitis, da família das vitáceas, cultivada por produzir uvas; videira.
[Popular] Nome comum do cordão umbilical; envide.
Etimologia (origem da palavra vide). Do latim vitem; vitis.is.

Vide VIDEIRA (Zc 8:12).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Oséias 2: 12 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E devastarei a sua vara- da- videira e a sua figueira, de que ela diz: é este o meu pagamento- de- prostituta que me deram os meus amantes; Eu, pois, farei delas um bosque, e as feras do campo as devorarão.
Oséias 2: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

753 a.C.
H157
ʼâhab
אָהַב
amar
(you love)
Verbo
H1612
gephen
גֶּפֶן
vide, videira
(a vine)
Substantivo
H1992
hêm
הֵם
eles / elas
(they)
Pronome
H2416
chay
חַי
vivente, vivo
(life)
Adjetivo
H3293
yaʻar
יַעַר
()
H398
ʼâkal
אָכַל
comer, devorar, queimar, alimentar
(freely)
Verbo
H5414
nâthan
נָתַן
E definir
(And set)
Verbo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H7704
sâdeh
שָׂדֶה
do campo
(of the field)
Substantivo
H7760
sûwm
שׂוּם
pôr, colocar, estabelecer, nomear, dispor
(and he put)
Verbo
H8074
shâmêm
שָׁמֵם
estar desolado, estar aterrorizado, atordoar, estupefazer
(and shall be desolate)
Verbo
H834
ʼăsher
אֲשֶׁר
que
(which)
Partícula
H8384
tᵉʼên
תְּאֵן
()
H866
ʼethnâh
אֶתְנָה
pagamento, preço (de uma prostituta)
(my rewards)
Substantivo


אָהַב


(H157)
ʼâhab (aw-hab')

0157 אהב ’ahab ou אהב ’aheb

uma raiz primitiva; DITAT - 29; v

  1. amar
    1. (Qal)
      1. amor entre pessoas, isto inclui família e amor sexual
      2. desejo humano por coisas tais como alimento, bebida, sono, sabedoria
      3. amor humano por ou para Deus
      4. atitude amigável
        1. amante (particípio)
        2. amigo (particípio)
      5. o amor de Deus pelo homem
        1. pelo ser humano individual
        2. pelo povo de Israel
        3. pela justiça
    2. (Nifal)
      1. encantador (particípio)
      2. amável (particípio)
    3. (Piel)
      1. amigos
      2. amantes (fig. de adúlteros)
  2. gostar

גֶּפֶן


(H1612)
gephen (gheh'-fen)

01612 גפן gephen

procedente de uma raiz não utilizada significando curvar; DITAT - 372a; n m

  1. vide, videira
    1. referindo-se a Israel (fig.)
    2. referindo-se a estrelas desvanecendo no julgamento de Javé (metáfora)
    3. referindo-se à prosperidade

הֵם


(H1992)
hêm (haym)

01992 הם hem ou (forma alongada) המה hemmah

procedente de 1981; DITAT - 504; pron 3p m pl

  1. eles, estes, os mesmos, quem

חַי


(H2416)
chay (khah'-ee)

02416 חי chay

procedente de 2421; DITAT - 644a adj

  1. vivente, vivo
    1. verde (referindo-se à vegetação)
    2. fluente, frescor (referindo-se à água)
    3. vivo, ativo (referindo-se ao homem)
    4. reflorecimento (da primavera) n m
  2. parentes
  3. vida (ênfase abstrata)
    1. vida
    2. sustento, manutenção n f
  4. ser vivente, animal
    1. animal
    2. vida
    3. apetite
    4. reavimamento, renovação
  5. comunidade

יַעַר


(H3293)
yaʻar (yah'-ar)

03293 יער ya ar̀

procedente de uma raiz não utilizada provavelmente significando engrossar com vegetação; DITAT - 888,889; n m

  1. floresta, madeira, mata cerrada, bosque

אָכַל


(H398)
ʼâkal (aw-kal')

0398 אכל ’akal

uma raiz primitiva; DITAT - 85; v

  1. comer, devorar, queimar, alimentar
    1. (Qal)
      1. comer (tendo o ser humano como sujeito)
      2. comer, devorar (referindo-se aos animais e pássaros)
      3. devorar, consumir (referindo-se ao fogo)
      4. devorar, matar (referindo-se à espada)
      5. devorar, consumir, destruir (tendo coisas inanimadas como sujeito - ex., peste, seca)
      6. devorar (referindo-se à opressão)
    2. (Nifal)
      1. ser comido (por homens)
      2. ser devorado, consumido (referindo-se ao fogo)
      3. ser desperdiçado, destruído (referindo-se à carne)
    3. (Pual)
      1. fazer comer, alimentar
      2. levar a devorar
    4. (Hifil)
      1. alimentar
      2. dar de comer
    5. (Piel)
      1. consumir

נָתַן


(H5414)
nâthan (naw-than')

05414 נתן nathan

uma raiz primitiva; DITAT - 1443; v

  1. dar, pôr, estabelecer
    1. (Qal)
      1. dar, conceder, garantir, permitir, atribuir, empregar, devotar, consagrar, dedicar, pagar salários, vender, negociar, emprestar, comprometer, confiar, presentear, entregar, produzir, dar frutos, ocasionar, prover, retribuir a, relatar, mencionar, afirmar, esticar, estender
      2. colocar, estabelecer, fixar, impor, estabelecer, designar, indicar
      3. fazer, constituir
    2. (Nifal)
      1. ser dado, ser concedido, ser providenciado, ser confiado a, ser garantido a, ser permitido, ser emitido, ser publicado, ser afirmado, ser designado
      2. ser estabelecido, ser posto, ser feito, ser imposto
    3. (Hofal)
      1. ser dado, ser concedido, ser abandonado, ser entregue
      2. ser colocado sobre

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

שָׂדֶה


(H7704)
sâdeh (saw-deh')

07704 שדה sadeh ou שׁדי saday

procedente de uma raiz não utilizada significando estender; DITAT - 2236a,2236b; n. m.

  1. campo, terra
    1. campo cultivado
    2. referindo-se ao habitat de animais selvagens
    3. planície (em oposição à montanha)
    4. terra (em oposição a mar)

שׂוּם


(H7760)
sûwm (soom)

07760 שום suwm ou שׁים siym

uma raiz primitiva; DITAT - 2243; v.

  1. pôr, colocar, estabelecer, nomear, dispor
    1. (Qal)
      1. pôr, colocar, depositar, pôr ou depositar sobre, deitar (violentamente) as mãos sobre
      2. estabelecer, direcionar, direcionar para
        1. estender (compaixão) (fig.)
      3. pôr, estabelecer, ordenar, fundar, designar, constituir, fazer, determinar, fixar
      4. colocar, estacionar, pôr, pôr no lugar, plantar, fixar
      5. pôr, pôr para, transformar em, constituir, moldar, trabalhar, fazer acontecer, designar, dar
    2. (Hifil) colocar ou fazer como sinal
    3. (Hofal) ser posto

שָׁמֵם


(H8074)
shâmêm (shaw-mame')

08074 שמם shamem

uma raiz primitiva; DITAT - 2409; v.

  1. estar desolado, estar aterrorizado, atordoar, estupefazer
    1. (Qal)
      1. estar desolado, estar assolado, estar abandonado, estar aterrorizado
      2. estar aterrorizdo, estar assombrado
    2. (Nifal)
      1. ser desolado, ficar desolado
      2. estar aterrorizado
    3. (Polel)
      1. estar aturdido
      2. assombrado, causando horror (particípio)
        1. o que causa horror, o que aterroriza (substantivo)
    4. (Hifil)
      1. devastar, tornar desolado
      2. horrorizar, demonstrar horror
    5. (Hofal) jazer desolado, estar desolado
    6. (Hitpolel)
      1. causar ser desolado
      2. ser horrorizado, estar atônito
      3. causar-se desolação, causar ruína a si mesmo

אֲשֶׁר


(H834)
ʼăsher (ash-er')

0834 אשר ’aher

um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

  1. (part. relativa)
    1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
    2. aquilo que
  2. (conj)
    1. que (em orações objetivas)
    2. quando
    3. desde que
    4. como
    5. se (condicional)

תְּאֵן


(H8384)
tᵉʼên (teh-ane')

08384 תאן t e’en̂ ou (no sing., fem.) תאנה t e’enaĥ

talvez de origem estrangeira; DITAT - 2490; n. f.

  1. figo, figueira

אֶתְנָה


(H866)
ʼethnâh (eth-naw')

0866 אתנה ’ethnah

procedente de 8566; DITAT - 2524a; n f

  1. pagamento, preço (de uma prostituta)
  2. (DITAT) recompensa