Enciclopédia de Levítico 16:3-3

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lv 16: 3

Versão Versículo
ARA Entrará Arão no santuário com isto: um novilho, para oferta pelo pecado, e um carneiro, para holocausto.
ARC Com isto Aarão entrará no santuário: com um novilho para expiação do pecado, e um carneiro para holocausto.
TB Com estes entrará Arão no santo lugar: com um novilho para oferta pelo pecado e um carneiro para holocausto
HSB בְּזֹ֛את יָבֹ֥א אַהֲרֹ֖ן אֶל־ הַקֹּ֑דֶשׁ בְּפַ֧ר בֶּן־ בָּקָ֛ר לְחַטָּ֖את וְאַ֥יִל לְעֹלָֽה׃
BKJ Assim, Arão entrará no santo lugar; com um novilho para a oferta pelo pecado, e um carneiro para oferta queimada.
LTT Com isto Aarão entrará no santuário: com um novilho (um jovem filho da manada) , para sacrifício pelo pecado, e um carneiro para holocausto.
BJ2 Entrará no santuário da seguinte maneira: com um novilho destinado no sacrifício pelo pecado e um carneiro para o holocausto.
VULG nisi hæc ante fecerit : vitulum pro peccato offeret, et arietem in holocaustum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Levítico 16:3

Levítico 1:3 Se a sua oferta for holocausto de gado, oferecerá macho sem mancha; à porta da tenda da congregação a oferecerá, de sua própria vontade, perante o Senhor.
Levítico 1:10 E, se a sua oferta for de gado miúdo, de ovelhas ou de cabras, para holocausto, oferecerá macho sem mancha,
Levítico 4:3 se o sacerdote ungido pecar para escândalo do povo, oferecerá pelo seu pecado, que pecou, um novilho sem mancha, ao Senhor, por expiação do pecado.
Levítico 8:14 Então, fez chegar o novilho da expiação do pecado; e Arão e seus filhos puseram as mãos sobre a cabeça do novilho da expiação do pecado;
Levítico 8:18 Depois, fez chegar o carneiro do holocausto; e Arão e seus filhos puseram as mãos sobre a cabeça do carneiro;
Levítico 9:3 Depois, falarás aos filhos de Israel, dizendo: Tomai um bode, para expiação do pecado, e um bezerro e um cordeiro de um ano, sem mancha, para holocausto;
Números 29:7 E, no dia dez deste sétimo mês, tereis santa convocação e afligireis a vossa alma; nenhuma obra fareis.
Hebreus 9:7 mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo;
Hebreus 9:12 nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.
Hebreus 9:24 Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de Deus;

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Levítico Capítulo 16 do versículo 1 até o 34
SEÇÃO 1V

O DIA DA EXPIAÇÃO

Levítico 16:1-34

Este capítulo é o ponto alto do Livro de Levítico. Nele, Deus apresenta a expiação por Israel. Em outros lugares, fora possível fazer expiação pelas pessoas ou objetos. Aqui, a expiação é feita em prol dos sacerdotes, do próprio lugar santo, da Tenda do Encontro, do altar e de todo o Israel. Era a expiação de todas as impurezas, iniqüidades, transgres-sões e pecados. Sob o antigo concerto, este é o momento em que o Senhor e seu povo, pela mediação do sumo sacerdote, têm a relação mais íntima possível.

Constatamos a seriedade desta ocasião pela referência à morte dos dois filhos de Arão, quando se chegaram diante do SENHOR e morreram (1). O ritual deste capítulo tinha o propósito de possibilitar a aproximação do sumo sacerdote na preseàça do Senhor sem ocasionar tragédia. Deus fala a Moisés para lembrar a Arão que até o sumo sacerdote não podia se chegar a Deus diretamente e sempre que quisesse. A orga-nização religiosa de Israel era semelhante a uma pirâmide Das doze tribos somente uma foi escolhida, a tribo de Levi, para servir na função sacerdotal. Dessa família, ape-nas um homem podia entrar na presença de Deus no Santo dos Santos, o santuário interno do Tabernáculo. Este homem, o sumo sacerdote, tinha permissão de entrar só um dia por ano: o Dia da Expiação. Nesse dia, ele só podia ir à presença de Deus sob as circunstâncias mais minuciosamente prescritas. O Senhor é santo e não devemos nos achegar a Ele sem o devido cuidado para que a santidade não seja conspurcada. A diver-sidade de Deus — sua santidade — e a pecaminosidade do homem foram demonstradas com extrema dramaticidade no ritual deste dia em seu contexto histórico e nacional.

Felizmente, o comentarista não fica entregue à própria imaginação e discernimento sobre a interpretação das figuras e símbolos apresentados aqui. Na Epístola aos Hebreus, sobretudo no capítulo 9, há uma interpretação acerca da obra expiatória e medianeira de "Comandante do exército": Benaia (4.4). Como já foi mencionado anteriormente (2.35), Benaia foi promovido de um mero capitão da guarda real a comandante do exér-cito, em substituição a Joabe.

  1. Os sacerdotes Zadoque e Abiatar (4.4). Está claro que Abiatar já havia sido deposto (2.27,35). Não existe base para se supor que tenha havido um perdão. C. F. Keil, de Theodoret, explica que Abiatar tinha sido destituído da sua função sacerdotal, mas não de sua identidade ou dignidade sacerdotal, uma vez que esta era hereditá-ria'. H. L. Ellison sugere que o nome Abiatar aparece aqui como uma prova da "escrita mecânica dos escribas"'.

f "Sobre os provedores": Azarias, filho de Natã (4.5). Azarias era o principal prove-dor sobre os administradores, cujos nomes e regiões são relacionados subseqüentemente (7-19). Natã, o pai de Azarias e Zabude, era filho de Davi (não o profeta Natã; cf. 2 Sm 5.14). Azarias e Zabude eram, portanto, sobrinhos de Salomão.

  1. Um sacerdote (também chamado do oficial-mor, ministro de Estado), amigo do rei: Zabude (4.5). Zabude era um dos conselheiros particulares do rei (veja 2 acima, sobre "Azarias, filho de Zadoque").
  2. O mordomo: Aisar (4.6). Introduzido por Salomão, este foi um posto permanente na corte de Jerusalém (cf. 18.3; 2 Rs 18.18). Nas referências bíblicas, este provedor está significativamente associado com o palácio, como governador ou como ministro de rela-ções exteriores, e corresponde ao vizir ou primeiro-ministro do Egito. Este era o cargo ocupado por José; Faraó lhe disse: "Tu estarás sobre a minha casa" (Gn 41:40). A partir do que se conhece a respeito das suas responsabilidades em Gênesis, além dos detalhes de fontes egípcias, muito se sabe a respeito das atribuições do primeiro-ministro. Todas as manhãs ele se apresentava ao rei, a fim de relatar determinados assuntos e receber instruções para aquele expediente. Ele abria os gabinetes do palácio e dava início ao dia público. Ele encaminhava e selava todos os documentos importantes e supervisionava todos os departamentos: justiça, obras públicas, finanças, exército, etc.
  3. "Sobre o tributo" ou "superintendente dos que trabalhavam forçados": Adonirão (4.6). Trata-se provavelmente de Adorão (2 Sm 20,24) do gabinete de Davi. Aparente-mente um jovem durante o reinado dele, continuou por todo o governo de Salomão e até o de Robão (12.18). Uma vez mais, os últimos copistas parecem não ter tido certeza sobre a correta grafia de seu nome.

6. Indicações para os Novos Distritos (7-19)

Os doze provedores (7) eram governadores-residentes, e cada um deles ad-ministrava a sua província ou o seu distrito para onde fora indicado. A tarefa menci-onada especificamente era a de prover alimento para a corte de Jerusalém, cada um deles em um mês em particular. Muito provavelmente, este era o principal objetivo da coleta, porque se entende que eles eram coletores de impostos. Eles também for-mavam parte do exército permanente, criado na época de Davi, se não durante a senta. Este é exemplo do fato de que, se duas interpretações são possíveis e uma delas tende a arrastar o Antigo Testamento ao nível dos vizinhos pagãos de Israel, esta inter-pretação é a preferida por certos críticos.

Não é necessário associar este ritual do bode expiatório com a adoração de sátiros ou demônios dos lugares rochosos do deserto. A palavra hebraica azazel é composta por dois elementos: 'ez, que quer dizer "bode", e 'azel, que tem grande chance de ser proveniente do radical semítico que significa "ir para longe, ir embora, partir, desaparecer". Portan-to, como conclui Snaith, o significado seria simplesmente: "O bode foi embora".3

É muito comum o Antigo Testamento se servir de uma figura para ilustrar um con-ceito. Aqui, o conceito ilustrado é o perdão: alguém, que não o pecador, leva o pecado embora. O verbo hebraico traduzido por levará (22) é usado no Antigo Testamento no sentido de "perdoar" (e.g., Sl 32:1; Is 53:4-12). O Antigo Testamento entende que o pecado é algo que tem de ser levado embora, e que o perdão significa alguém levar os pecados por outrem. Esta passagem é consistente com muitas outras passagens no Antigo Testa-mento. A base está fundamentada nesta e em outras passagens para entendermos corretamente a obra expiatória de Cristo. Não há que duvidar que esta passagem é parte do contexto histórico para compreendermos verdadeiramente as palavras de João Batis-ta sobre Jesus: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (Jo 1:29).

Depois que o bode foi despachado, Arão tinha de mudar de roupa (23), lavar o corpo (24) e fazer um holocausto a favor de si e do povo. O homem que levou o bode também devia lavar as vestes e tomar banho para depois voltar ao arraial (26). A pessoa que levou para fora do arraial as porções da oferta pela expiação do pecado (27; "oferta pelo pecado", ARA) a fim de serem queimadas precisava igualmente lavar as vestes e tomar banho (28) antes de entrar no arraial novamente.

O fato de ser considerado sábado de descanso (31) e dia de jejum (este é o signifi-cado da expressão: afligireis a vossa alma, 29,31) destaca a solenidade deste ritual. Este jejum é mencionado em Atos 27:9 e era o mais rigoroso de todos os jejuns em Israel. A cerimônia deste dia tinha de ser estatuto perpétuo (31) para Israel.

C. ALGUMAS CONCLUSÕES

Não é difícil tirarmos conclusões óbvias deste capítulo sobre o que o Antigo Testa-mento entende quanto ao pecado e seu perdão. No antigo concerto, todas as pessoas estão em posição de igualdade. Arão tem de fazer expiação primeiro por si, depois pelo próprio Tabernáculo, pelo altar e pelo lugar santo, bem como por Israel. Todos tinham a mesma necessidade de expiação. Nada em Israel estava pronto de si mesmo para a co-munhão ou uso por Deus. Todos precisavam da cobertura da expiação.

Ademais, é patente que ninguém pode expiar adequadamente os próprios pecados. A pessoa precisa da ajuda de outrem. Havia um bode que levava embora as transgressões. Os filhos de Israel estavam aprendendo que precisavam de Outro para levar-lhes os pecados. Este fato é apresentado com toda nitidez em Isaías 53.

Por fim, fica implícita a insuficiência do sistema levítico. As ordens para este Dia da Expiação eram um estatuto perpétuo para Israel. O dia tinha de ser repetido anualmen-te. Este sistema não previa o perdão final de pecado. Implorava por um concerto melhor, um grande Sacerdote e um Portador de Pecado mais excelente. Levítico não é suficiente. Precisa da Epístola aos Hebreus para ter seu cumprimento. Mas é certo que ninguém entenderá ou apreciará adequadamente a glória desta carta do Novo Testamento sem que entenda a série de episódios dramáticos apresentada aqui.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Levítico Capítulo 16 versículo 3
He 9:7.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Levítico Capítulo 16 do versículo 1 até o 34
*

16.1-34

O Dia da Expiação, quando era feita uma expiação anual pelos pecados da nação, era o dia mais santo do calendário do Antigo Testamento. Caía no sétimo mês dos hebreus (outubro) e envolvia o oferecimento de vários sacrifícios, a entrada do sumo sacerdote no Lugar Santíssimo (neste capítulo referido simplesmente como o "Santuário") e o envio de um bode para o deserto, levando sobre si, simbolicamente, os pecados do povo. Quanto a um sumário dos sacrifícios, ver as notas nos caps. 1, 4 e 5. Um sumário dos ritos é dado nos vs. 6-10, havendo detalhes mais completos nos vs. 11-28. O Dia da Expiação seguia os seguintes passos: (a) O sumo sacerdote banhava-se e se vestia (v. 4); (b) ele sacrificava um touro como oferta pelo pecado, por si mesmo (v. 6; conforme v. 11); (c) ele entrava no Santo dos Santos e salpicava a arca com sangue (vs. 12-14); (d) ele tomava dois bodes e, mediante o lançamento de sortes, escolhia aquele que seria o bode emissário, enquanto que o outro seria uma oferta pelo pecado (vs. 7-8); (e) ele sacrificava um bode como oferta pelo pecado (vs. 9, 15); (f) ele entrava no Santo dos Santos e aspergia a arca com sangue (v. 15); (g) ele saía para a parte externa da tenda da congregação e salpicava-a com sangue (v. 16); (h) ele saía para o átrio do tabernáculo e aspergia com sangue o altar principal (vs. 18-19); (i) ele confessava os pecados dos israelitas e impunha as mãos sobre a cabeça do bode expiatório (v. 21); (j) ele enviava o bode expiatório para o deserto (vs. 21- 22); (k) uma vez despachado o bode expiatório, o sumo sacerdote tirava suas vestes de linho e colocava suas vestes regulares e se lavava (vs. 23- 24); e (l) finalmente, oferecia holocaustos por si mesmo e pelo povo (vs. 24- 25).

Para o sumo sacerdote, os aspectos mais importantes da cerimônia eram sua entrada no Santo dos Santos com o sangue da oferta pelo pecado e o envio do bode expiatório para o deserto. Essas ações expiavam os pecados dos israelitas arrependidos (vs. 16, 19, 21-22). Todas as ofertas pelo pecado serviam para purificar tanto o santuário terrestre quanto os adoradores, mas em outras ocasiões o sumo sacerdote não entrava Lugar Santíssimo, mas somente na antecâmera, fora do véu de separação (usualmente chamado de "Lugar Santo"), antecâmara que continha o altar do incenso, o candelabro de ouro e a mesa dos pães da proposição. Visto que a arca da aliança, o ponto focal da presença de Deus no tabernáculo (v. 2, nota; Êx 25:17-22 e notas), ficava guardada no Santo dos Santos, a entrada nesse lugar era rara e perigosa (v. 2). O fato de que o sumo sacerdote entrava nessa câmara mais interior apenas uma vez por ano, indicava a profundida da expiação que estava sendo feita.

A cerimônia do bode emissário também só ocorria nesse dia. Ao impor as mãos sobre a cabeça do bode e ao confessar os pecados da nação, o sumo sacedote transferia esses pecados ao bode. A seguir, o bode, simbolicamente, levava os pecados do povo para o deserto. Os crentes desde há muito têm considerado o bode expiatório como um tipo de Cristo. O Novo Testamento faz muitas comparações entre o Dia da Expiação e a morte de Cristo (Hb 9:6-28; 13 11:58-13.13'>13 11:13). Cristo foi entregue aos gentios e morto fora das muralhas de Jerusalém indicando que ele foi enviado para "fora do acampamento", tal como sucedia ao bode emissário, em tempos antigos.

* 16:1

morreram os dois filhos de Aarão. Ver 10:1-3.

* 16:2

propiciatório. Lit., "tampa de expiação" (Êx 25:17, nota). Essa tampa de ouro puro servia para tampar a arca e de base para os dois querubins de ouro. A presença divina aparecia acima da tampa da arca (Êx 25:22; Sl 99:1). Arão salpicava o propiciatório com sangue, no Dia da Expiação. Simbolicamente, Deus revelou o evangelho através dessa cobertura da arca. A arca continha as duas tábuas de pedra da lei, inscritas pelo dedo do próprio Deus, representando a eterna lei moral de Deus (Dt 10:1-5). Visto que todos os seres humanos têm violado a lei, a justiça de Deus requer a morte deles (Ez 18:20; Rm 6:23). Deus proveu o único meio de expiação para seu povo escolhido e para a reconciliação com ele — o sangue da expiação sobre a tampa da arca. Essa tampa recoberta com sangue era o ponto de reunião do Deus santo com seu povo contaminado pelo pecado. Simbolizava o santuário celeste onde Cristo entrou com o seu próprio sangue (Hb 9:12), sangue eficaz para fazer expiação por todos os pecados de seu povo, no passado, no presente e no futuro (Rm 3:21-26; Hb 9:15).

* 16:3

Arão devia oferecer um touro como oferta pelo pecado e um carneiro como holocausto, para si mesmo e para sua família, antes de oferecer um bode pelo povo (v. 5). Em contraste, Jesus Cristo, o mediador da eterna Nova Aliança, não tinha pecado, e, por conseguinte, ofereceu um sacrifício único por seu povo (Hb 7:26,27).

* 16:8

uma, para o SENHOR. O bode que deveria ser sacrificado.

* 16:12

Tomará também... o incensário. A fumaça que saía do incenso servia como cortina entre o propiciatório e o sumo sacerdote, provavelmente para impedir que o sumo sacerdote visse a presença divina (v. 13; conforme Êx 33:20). Também pode ter servido para desviar a ira de Deus (Nm 16:46-50).

* 16:16

santuário. Neste caso o termo denota o Santo dos Santos, ou santuário mais interior. O objeto do sacrifício ritual era não somente o povo de Israel, mas o próprio santuário, que tinha sido contaminado pelos pecados do povo. O santuário terrestre era uma representação do santuário celeste (Hb 9:23,24).

que está com eles. Lit., "que se acampa entre eles". O verbo conota falta de permanência. A presença de Deus no santuário não é definitiva nessa disposição. O fato de que Deus habitava entre o seu povo tão-somente prefigurava a habitação de Deus entre seu povo, através da encarnação de Cristo (Jo 1:14). Agora, Deus enviou o seu Espírito sobre o seu novo povo em aliança com ele, a Igreja (At 2), e seu Espírito habita nos crentes, tornando-os templos de Deus (1Co 3:16; 6:19). Sua habitação final com o seu povo ocorrerá no novo céu e na nova terra (Ap 21:1-4).

* 16:29

afligireis a vossa alma. Ver referência lateral. Os israelitas comuns deviam mostrar penitência por seus pecados não trabalhando, mas jejuando e, talvez, mediante o vestir de panos de saco (Sl 69:10,11). Deixar de observar o Dia da Expiação podia significar a morte (23.28-30). Esse era o único dia santo ao qual essa ameaça estava vinculada.

* 16:34

uma vez por ano. Por contraste, Jesus Cristo ofereceu o sacrifício final e completo pelo pecado (Hb 9:23-28).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Levítico Capítulo 16 do versículo 1 até o 34
16.1ss Para o Israel, o Dia da Expiação era o dia maior do ano. A palavra hebréia para expiação significava "cobrir". Os sacrifícios do Antigo Testamento realmente não podiam tirar os pecados, só os cobriam. Neste dia, o povo confessava seus pecados como nação e o supremo sacerdote entrava em Lugar Muito santo para fazer expiação por eles. realizavam-se sacrifícios e se derramava sangue para que assim pudessem ser "talheres" os pecados do povo. O sacrifício de Cristo na cruz daria a toda pessoa a oportunidade de livrar-se para sempre do pecado em sua vida.

16.1-25 Arão tinha que passar horas preparando-se para estar diante de Deus. Mas nos podemos aproximar de Deus em qualquer momento (Hb_4:16). Que privilégio! Nos ofereceu um acesso mais fácil a Deus que o que se dava aos supremos sacerdotes dos tempos do Antigo Testamento! Mesmo assim, nunca devemos esquecer que Deus é santo nem permitir que este privilégio nos faça nos aproximar de Deus descuidadamente. O caminho a Deus foi aberto para nós por meio de Cristo. Mas o fácil acesso a Deus não elimina nossa necessidade de preparar nossos corações quando nos aproximamos do em oração.

16.5-28 Este sucesso com os dois machos caibros ocorria o Dia da Expiação. Os dois cabritos representavam as duas formas nas que Deus estava tratando com o pecado dos israelitas: (1) através do primeiro cabrito, que era sacrificado, estava perdoando seu pecado, e (2) através do segundo cabrito, o expiatório, que era enviado ao deserto, estava tirando sua culpa. Este mesmo ritual tinha que repetir-se cada ano. A morte do Jesucristo substituiu a este sistema de uma vez e para sempre. Nossos pecados podem ser perdoados e nossa culpa tirada se pusermos nossa confiança em Cristo (Hb_10:1-18).

16:12 Um incensario era um prato ou um tigela plano que pendurava de uma cadeia ou era sujeito de umas tenazes. Dentro do incensario se colocava o incenso (uma combinação de espécies de aroma doce) e carvão aceso do altar. No Dia da Expiação, o supremo sacerdote entrava em Lugar Muito santo levando um incensario fumegante. A fumaça o protegia do arca do pacto e da presença de Deus, de outra maneira tivesse morrido. É possível que, além disso, o incenso tenha tido um propósito muito prático. O aroma doce atraía a atenção do povo aos sacrifícios matutinos e vespertinos e ajudava a cobrir os aromas desagradáveis que às vezes havia.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Levítico Capítulo 16 do versículo 1 até o 34
D. cerimónia de dia anual da Expiação (16: 1-34)

O Senhor instruiu Moisés sobre o Dia da Expiação, que viria a se tornar uma ocasião anual quando reparações deviam ser feitas e perdão concedido por todos os pecados de todos os 1sraelitas-do sumo sacerdote para a criança mais obscuro (vv. Lv 16:16 , Lv 16:21 , Lv 16:30 ,Lv 16:33 ; He 10:1 ; 1Jo 1:7 ). Era para ser o evento culminante em cerimônias expiatórias judeu. Nos eventos deste dia todos os menores atos de expiação culminou. Enquanto a santidade de Deus e da malignidade do pecado estão estabelecidas, estresse especial é dada aqui sobre a integralidade do perdão oferecido ao pecador e para a sua restauração ao favor divino. Este era para ser um dia em que Israel era dar a sua expressão mais solene de arrependimento, fé e adoração (conforme 23: 26-32 ; Lv 25:9 ; Ez 45:18-. 20 ).

Este, o mais importante de todas as ordenanças sagradas com que o livro de Levítico promoções, foi referida como a "Sexta-feira Santa do Antigo Testamento." E este capítulo de Levítico pode ser considerado para o sistema completo de tipos de Mosaic o queIsaías 53 é para todos proclamações messiânicas que do profeta. Este capítulo, dando-nos as instruções relativas ao Dia da Expiação, que, de fato, estabelecido com mais clareza a obra expiatória de Cristo. Esta passagem também forneceu o escritor do Novo Testamento da epístola aos cristãos hebreus com sua tipologia mais marcante e mais significativo.

Este foi um dia em que israelitas, caracteristicamente arrogante e obstinado (conforme Dt 8:2 , Dt 8:16 ), foram a humilhar-se diante do Senhor (vv. Lv 16:29 , Lv 16:31 ; Lv 23:27 , Lv 23:32 ; N1. 29: 7 ). Como uma indicação externa de sua tristeza interior e penitência, as pessoas eram para passar o dia em jej1. Ele veio, de fato, a ser referido como "o jejum" (conforme At 27:9 ; conforme Dt 12:7 ), que eram ocasiões de regozijo e de festa.

1. A Preparação do Sumo Sacerdote (16: 1-10)

1 E o Senhor disse a Moisés, depois da morte dos dois filhos de Arão, quando se chegaram diante do Senhor, e morreu; 2 e disse o SENHOR a Moisés: Fala a Arão, teu irmão, que não entre em todos os momentos para o santo coloque dentro do véu, diante do propiciatório, que está sobre a arca; que ele não morra, porque apareço na nuvem sobre o propiciatório. 3 isto entrará Arão no lugar santo: com um novilho, para oferta pelo pecado, e um carneiro para holocausto. 4 Ele deverá colocar sobre a túnica sagrada de linho, e terá as calças de linho sobre a sua carne, e devem ser cingidos com o cinto de linho, e com a mitra de linho ele será vestida: são as vestes sagradas; e banhará o seu corpo em água, e colocá- Lm 5:1 E ele tomará da congregação dos filhos de Israel dois bodes para oferta pelo pecado, e um carneiro para holocausto.

6 Depois Arão oferecerá o novilho da oferta pelo pecado, que é para ele, e fará expiação por si e pela sua Ct 7:1 E ele tomará os dois bodes, e os porá perante o Senhor, à porta da tenda da . reunião 8 E Arão lançará sortes sobre os dois bodes; uma pelo Senhor, ea outra por Azazel. 9 E Arão apresentará o bode sobre o qual cair a sorte pelo Senhor, e oferecerá como oferta pelo pecado. 10 Mas o bode sobre que cair a sorte para Azazel, deverá ser posto vivo perante o Senhor, para fazer expiação por ele, para mandá-lo embora para Azazel para o deserto.

(. Rachaduras Seguindo instruções relativas distinguir o limpos dos imundos 11:15 ), a conta de Levítico é retomada a partir Dt 10:2 ). Estes filhos, Nadabe e Abiú, eram sacerdotes que se reuniram mortes trágicas como um castigo divino por sacrilégio na tentativa de fazer oferendas em desacordo com as instruções divinas. Seu julgamento de fogo repentino ainda estava fresca na mente dos restantes sacerdotes. O Senhor, então, aproveitou a ocasião deste para começar Suas regras solenes para observar o Dia da Expiação, chamando Moisés a atenção para o fato de que Arão, o sumo sacerdote, Moisés irmão, não estava a frequentar o recinto especialmente sagrados do santo coloque dentro do véu , isto é, o Santo dos Santos do tabernáculo (Ex 26:31 ), onde foi localizado o propiciatório (Ex 25:17 ), em que apareceu uma nuvem (Ex 40:34) indicativo da presença imediata de Deus (v. Lv 16:2 ; conforme He 9:7 ; 25-28 ). pena de isca de morte, ele era entrar lá só uma vez por ano (vv. Lv 16:29 , Lv 16:34 ; conforme He 9:7 ; conforme Ex 28:1) e holocausto (1: 1 -17 ; 6: 8-13) para si e seus filhos sacerdotes. Como sacrifícios para as pessoas que ele também era ter em mãos dois bodes idênticos para uma oferta pelo pecado e um carneiro para holocausto (vv. Lv 16:5 , Lv 16:6 , Lv 16:24 ).

As cabras das pessoas terem sido trazidos para o tribunal , à porta da tenda da congregação , no norte do altar de bronze, o sumo sacerdote era tirar a sorte para determinar qual cabra seria sacrificado para o Senhor e qual seria para Azazel (para "remoção", margem, o "demitido um", Berkeley, um "bode expiatório", LXX: vv. Lv 16:8-10 ).

Enquanto as cerimônias que se seguiram estas preparações sobrepostas em muitos pontos, parece que houvesse três ritos distintos: o sacrifício para os sacerdotes, o sacrifício para o povo, ea cerimônia envolvendo o bode expiatório.

2. O sacrifício para os sacerdotes (16: 11-14)

11 E Arão oferecerá o novilho da oferta pelo pecado, que é por ele, e fará expiação por si e pela sua casa, e deve matar o novilho da oferta pelo pecado, que é por si mesmo. 12 E ele tomará um incensário cheio de brasas de fogo de sobre o altar diante do Senhor, e as mãos cheias de incenso aromático bem moído, e trazê-lo para dentro do véu: 13 e porá o incenso sobre o fogo perante o Senhor, que a nuvem de incenso pode cobrir o propiciatório, que está sobre o testemunho, para que ele não morra: 14 e ele tomará do sangue do novilho, e polvilhe-a com o dedo sobre o propiciatório ao lado oriental; e perante o propiciatório espargirá do sangue com o dedo sete vezes.

Uma vez que os próprios sacerdotes eram pecadores, diante do sumo sacerdote podia sacrificar para as pessoas que ele deve oferecer um sacrifício por seus próprios pecados. O sacrifício para o sumo sacerdote e sua casa de sacerdotes era para ser um novilho (v. Lv 16:11 ), o mesmo que oferta privada de um padre (4: 3-11 ). Antes de matar este animal na área de corte (conforme Ez. 40: 35-43 ), o sumo sacerdote era colocar as mãos sobre a cabeça do animal, enquanto confessando seus pecados e os de seus filhos.

Após o abate do touro, o sumo sacerdote era para entrar no Santo dos Santos para a primeira de várias vezes durante o dia. Ele estava a transportar para o Santo dos Santos um incensário que ele havia preenchido com brasas do altar de bronze. O incensário era para levar na sua mão direita, e um recipiente de incenso na mão esquerda (v. Lv 16:12 ). Colocar o incensário no chão, ele foi para esvaziar o incenso sobre as brasas. Isso faria com que uma nuvem de fumaça perfumada para cobrir o propiciatório (v. Lv 16:13 ). O objetivo da fumaça subindo, Moisés foi dito, era que Arão, o sacerdote, ministrando na presença imediata de Deus pode não morrer (v. Lv 16:2 ). Esta pode muito bem lembrar o sumo sacerdote do Ex 33:20 , que afirma que ninguém pode olhar para Deus e viver.A subida da fumaça seria, por assim dizer, proteger o sumo sacerdote de contemplarem a Deus, cuja presença foi considerada no propiciatório.

Este elevado respeito e temor salutar da santidade de Deus é muito diferente do conceito de alguns que pensar em Deus como uma pessoa amável, sociável que pode ser abordado a qualquer momento, de qualquer forma, da forma mais familiar. É verdade que o Novo Testamento fala de Deus como nosso Pai. Mas Ele é sempre um santo Pai. Até mesmo o Novo Testamento se refere a ele como "um fogo consumidor" (Hb. 0:29 ). E estamos solenemente lembrou que "é uma coisa terrível cair nas mãos do Deus vivo" (He 10:31 ).

Embora o Novo Testamento não tolerar que a familiaridade com Deus, que mais cedo ou mais tarde gera desrespeito ou mesmo desprezo, ela indica melhores coisas mais íntimas para nós do que dos usufruídos pelos crentes do Antigo Testamento. Somos ensinados que o véu que separava Deus do povo foi rasgado por Cristo (Mt 27:51. ), para que, por ele, pode agora ter acesso directo e pessoal com o Pai (Rm 5:2 ). O que ninguém, mas o sumo sacerdote podia fazer, todos nós possamos fazer agora, em Cristo. O que o sumo sacerdote podia fazer, mas uma vez por ano, podemos agora, em Cristo fazer em todos os momentos.

O véu rasgado, não só nos dá acesso a Deus em oração agora, mas ele abre a porta do céu para nós, para uma morada eterna em Sua presença. Como Melville nos lembra,

Podemos não só nos aproximarmos de Deus agora na oração, mas vamos nos aproximarmos de ele seguir em pessoa. Vamos subir a partir do pó; vamos trilhar o firmamento; que entra pelas portas de pérola, e vamos andar pelas ruas de ouro. Bendito seja Deus por este véu rasgado! Como uma janela aberta no céu, não têm vindo sucessivamente através dele os shinings da eternidade, as promessas de imortalidade, visões ricas e animadas da herança dos santos na luz.

Há, de fato, uma sugestão inspiradora do que o evangelho ensina sobre Cristo como lemos o versículo 2 do LXX, juntamente com passagens como Rm 3:25 ; 1Jo 2:2 ". propiciação" onde Cristo é referido como o nosso Na LXX "propiciatório" se torna "propiciatório." A passagem diz: ". I aparece em uma nuvem sobre o propiciatório" Cristo é a nossa Mercy Seat, o nosso propiciatório. Nele nós entrarmos na presença de Deus, e por ele viveremos na própria presença de Deus para sempre.

Tendo colocado o incensário no chão ao pé da arca, o sumo sacerdote, em seguida, foi para ir para fora do Santo dos Santos (para trás, de acordo com o Talmud, de forma a não virar as costas para com Jeová) e retornar ao tribunal . Lá, ele foi para garantir a bacia de sangue do touro morto por seus pecados, e os dos sacerdotes, e retirar-se novamente para o Santo dos Santos. Nesta segunda entrada na presença de Deus, com o seu dedo, ele foi para polvilhar sangue sete vezes em frente, ou no lado leste do propiciatório, significando a cobertura de seus próprios pecados e os de todos os sacerdotes (v . 14 ).

3. O sacrifício para o povo (16: 15-19)

15 Então aquele matar o bode da oferta pelo pecado, que é para o povo, e trará o seu sangue para dentro do véu, e fazer com o seu sangue como fez com o sangue do novilho, espargindo-o sobre o propiciatório, e diante do propiciatório: 16 e fará expiação pelo santuário por causa das imundícias dos filhos de Israel, e por causa de suas transgressões, sim, todos os seus pecados, e assim fará para a tenda da congregação, que habita com eles no meio das suas imundícias. 17 E não haverá nenhum homem na tenda da congregação quando ele entrar para fazer expiação no lugar santo, até que ele saia, e fez expiação por si e pela sua casa, e por toda a congregação de Israel. 18 E ele sairá ao altar, que está perante o Senhor, e fará expiação por ele, e tomará do sangue do novilho, e do sangue do bode, e colocá- sobre as pontas do altar em redor. 19 E ele espargirá do sangue sobre ele com o dedo sete vezes, e purificando-o e santificando-o das imundícias dos filhos de Israel.

Depois de sua aspersão do sangue antes do propiciatório, para si e para os outros sacerdotes, o sumo sacerdote, deixando a embarcação de sangue no Santo dos Santos, era voltar para o tribunal para realizar os ritos de expiação pelo povo. O sacrifício, neste caso, era para ser o bode sobre o qual o lote tinha caído para o Senhor (v. Lv 16:8 ). O sangue do animal morto pelos pecados do povo era para ser colocado em um navio, e com ele, o sumo sacerdote foi novamente para entrar no Santo dos Santos e polvilhe um pouco do sangue antes do propiciatório, como fez com o sangue do touro (v. Lv 16:15 ).

Então ele foi a de combinar o sangue de ambos os animais e polvilhe sete vezes as pontas do altar de ouro do incenso, que era um símbolo das orações de todo o Israel. Este altar ficava no Santo Lugar diante do véu que separava o Lugar Santo do Santíssimo (vv. Lv 16:18 , Lv 16:19 ; conforme Ex 30:10. ). Alguns estudiosos acham que o altar referido aqui é o altar do holocausto no tribunal (ver AOT, v. Lv 16:18 ).

Este rito era fazer expiação pelo altar e tabernáculo que havia sido cerimonialmente contaminado pelos pecados do povo. Seria assegurar ao povo do perdão, da eficácia do culto regularmente prescrito no tabernáculo, já purificado. Foi também para garantir a presença do Deus santo no meio de um povo pecador (conforme He 2:17. ; He 9:22 ). O restante do sangue era para ser levado de volta para o tribunal e derramado na base do altar de bronze.

Embora em outras ocasiões, o sumo sacerdote foi assistido por seus filhos, no Dia da Expiação ele foi obrigado a ministrar sozinho (v. Lv 16:17 ). Isso nos lembra que Jesus, nosso Sumo Sacerdote, pisou o lagar sozinho para nós (Is 63:3)

20 Quando ele tiver acabado de fazer expiação pelo lugar santo, e na tenda da congregação, e pelo altar, apresentará o bode vivo: 21 e, pondo as mãos sobre a cabeça do bode vivo, confessará sobre ele todas as iniqüidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, sim, todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo para longe, pela mão de um homem que está em prontidão para o deserto: 22 e aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles para uma região solitária; e ele soltará o bode no deserto.

O sumo sacerdote era agora para ir para o bode expiatório, o animal cujo lote designado ele por Azazel (conforme v. Lv 16:8 ). Colocando as mãos sobre o animal, ele estava a confessar os pecados do povo, e em seguida, ligue o animal a um homem que está em prontidão(um homem previamente designado) para levar o bode para fora do acampamento e soltará o bode em o deserto . Isso simbolizava a deportação dos pecados do povo (conforme Sl 103:12 ; Is 53:11 ; . Mq 7:9 ; Rm 4:25 ; He 9:1.: He 9:18 ; 1Pe 2:24. ).

Algumas autoridades chamar a atenção para o fato de que a palavra Azazel não significa apenas o que é sugerido nos comentários sobre versículos 8:10 , mas também um espírito maligno, e, portanto, representa Satanás. Assim, deste modo, importa salientar que o bode expiatório ser mandado embora para o deserto simboliza um anúncio a Satanás que o sacrifício do outro animal destruiu seu poder sobre os pecadores.

5. Concluindo as Ofertas (16: 23-28)

23 E Arão entrará na tenda da congregação, e despirá as vestes de linho, que havia vestido quando ele entrou no lugar santo, e ali as deixará: 24 e banhará o seu corpo em água num lugar santo e vestirá as suas vestes, e se apresentarem, e oferecerá o seu holocausto e o holocausto do povo, e fará expiação por si e pelo povo. 25 a gordura da oferta pelo pecado se queimará sobre o altar. 26 E aquele que tiver soltado o bode para Azazel lavará as suas vestes, e se banhará o seu corpo em água, e depois entrará no arraial. 27 Mas o novilho da oferta pelo pecado, e o bode da pecado oferta, cujo sangue foi trazido para fazer expiação no lugar santo, serão levados para fora do arraial; e eles a queimarão no fogo as peles, e sua carne, e seus excrementos. 28 E aquele que os queimar lavará as suas vestes, e banhará o seu corpo em água, e depois entrará no arraial.

O sumo sacerdote, banhado e adornado com as vestes magníficas do seu alto cargo (Ex 28:20 ), agora está no altar de bronze no tribunal onde ele está a oferecer o holocausto para si e para seus filhos, eo sacrifício para o povo (v. Lv 16:24 ). A expiação concluída, toda a congregação de Israel dedica-se a Deus, e é aceito.

O que restou dos animais sacrificados era para ser levado para fora do campo por um homem previamente designado. Há aqueles restos eram para ser queimado (conforme He 13:11 ). Tanto o homem que tinha, assim, eliminados os restos dos sacrifícios, e aquele que havia tirado o bode expiatório, deviam ser considerados impuros, e antes de retornar para o acampamento que estavam a tomar banho e lavar as roupas.

O sumo sacerdote, em seguida, foi para dar a sua bênção para toda a nação, representantes do que se reuniam fora da quadra tabernáculo.

6. Instrução por perpetuar o Dia da Expiação (16: 29-34)

29 E será um estatuto perpétuo para vós: no sétimo mês, no décimo dia do mês, afligireis as vossas almas, e não fareis de trabalho, a casa-nascido, ou o estrangeiro que peregrina entre você: 30 porque nesse dia se fará expiação por vós, para purificar-vos;de todos os vossos pecados sereis purificados perante o Senhor. 31 É um sábado de descanso solene para vós, e afligireis as vossas almas; é estatuto perpétuo. 32 E o sacerdote, que deve ser ungido e que será consagrada a ser sacerdote em lugar de seu pai, fará a expiação, os colocarão sobre as vestes de linho, até mesmo as vestes sagradas: 33 e ele fará expiação pelo santuário; e fará expiação pela tenda da congregação e para o altar; e fará expiação pelos sacerdotes e por todo o povo da congregação. 34 E isto vos será por estatuto perpétuo, para fazer expiação pelos filhos de Israel por causa de todos os seus pecados de uma vez no ano. E ele fez como o Senhor lhe ordenara.

O Dia da Expiação, um sábado santo de descanso solene, era para ser livre de trabalho e interesse secular, e estava a ser observado anualmente (Is 58:13. , ver também os comentários de abertura, no início deste capítulo).

Present-dia judeus observar o Dia da Expiação a cada outono, referindo-se a ocasião como Yom (dia) Kippur (cobertura ou expiação).

Há muito neste capítulo para nos lembrar do evangelho do Novo Testamento, com sua ênfase sobre a remissão dos pecados e da presença de Deus que se fez disponível em Cristo, que é tanto o nosso sacrifício e nosso Sumo Sacerdote, que deixou de lado suas vestes celestiais para se tornar um com nós (He 2:17 ).

A Epístola aos Hebreus, em especial, tanto por semelhança e por outro lado, chama a lições úteis a este respeito. He 9:26 nos sugere que o sacrifício no altar de bronze nos fala da morte de Cristo. He 9:24 usos o sacerdote de entrar no Santo dos Santos como um tipo de intercessão de Cristo por nós. He 9:28 nos lembra que o retorno do padre para a congregação nos fala da segunda vinda de Cristo.

Hebreus faz muito do trabalho expiatório de Cristo como nosso Sumo Sacerdote (He 4:14 ). O sumo sacerdote tinha que entrar no Santo dos Santos, todos os anos, para oferecer sacrifícios de bois e cabras, para si próprio, bem como as pessoas. Jesus Cristo, porém, entrou no santuário celeste oferecendo seu próprio sangue uma vez por todas. A sua oferta não era para si mesmo, pois estava sem pecado; mas foi para os pecados dos outros. E pelo Seu sangue Ele nos assegura de redenção eterna (He 9:1 ).

Conspicuous neste capítulo é também o lugar de arrependimento e fé pela qual os homens se preparam para os benefícios da expiação. Escrevendo sobre a importância de os israelitas pessoalmente "que afligem suas almas", ou arrepender-se no Dia da Expiação, SH Kellogg diz:

Este é o mais distintamente ensinou, que da forma como forem expiação completa pode ser, e da forma como forem, em fazer que a expiação através de uma vítima sacrificial, o próprio pecador não tem parte, mas para além de seu arrependimento pessoal por seus pecados, que a expiação deve lucrar nada a ele; nay, foi declarado (Lv 23:29) que, se alguém deve falhar neste ponto, Deus iria cortá-lo do seu povo. A lei permanece no que diz respeito a uma maior sacrifício de Cristo; exceto nos arrependemos, deve mesmo por causa desse sacrifício, só o mais terrivelmente perecer; porque nem mesmo esta exposição suprema do amor santo e justiça de Deus nos levou a renunciar ao pecado (compare 1Jo 1:9 ).

Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Levítico Capítulo 16 do versículo 1 até o 34
O Dia da Expiação era o feriado reli-gioso mais importante de Israel, pois, nesse dia, Deus lidava com todos os pecados que não haviam sido cober-tos durante o ano. He 10:1 ss é o comentário do Novo Testamento a respeito desse capítulo.

  1. A preparação do sacerdote (Lv 16:1 -14)
  2. Ele tem de ficar sozinho (vv. 1-2; 16:17)

Nenhum levita podia assistir a esse importante ritual. O sumo sacerdote tinha de oficiá-lo sozinho. Da mes-ma forma que nosso Senhor, sozi-nho, pagou o preço pelo pecado. Sua nação rejeitou-o, seus discípu-los o abandonaram e fugiram, e o Pai afastou-se dele quando morreu na cruz. Nosso Senhor, sozinho, de-cidiu a questão do pecado de uma vez por todas.

  1. Ele põe de lado suas vestimentas magníficas (v. 4)

Que imagem de nosso Senhor vin-do à terra como homem. Ele põe de lado sua vestimenta de glória e põe sobre si a de servo. Veja também Fi- lipenses 2:1-11.

  1. Ele se banha (v. 4)

Para o sacerdote, isso significa li-vrar-se de qualquer impureza ceri-monial. Isso, como uma imagem de Cristo, retrata-o santificando-se por nossa causa Qo 17:19). Ele consa-grou-se de boa vontade à tarefa de dar sua vida para resgatar muitos.

  1. Ele faz uma oferta pelo pecado (vv. 6-11)

Nosso Senhor não tinha de oferecer quaisquer sacrifícios por si mesmo. Leia com atençãoHe 7:23-58.

  1. Ele entra no Santo dos Santos (vv. 12-13)

Na verdade, o sumo sacerdote entra três vezes no Santo dos Santos: pri-meiro, com o incenso, que simbo-liza a glória de Deus; depois, com o sangue do sacrifício ofertado a fa-vor de si mesmo; e, por fim, com o sangue derramado pelas pessoas. O incenso precede o sangue, porque o propósito da salvação é a glória de Deus (Ef 1:6,Ef 1:12,Ef 1:14). Jesus não mor-reu apenas para salvar o pecador perdido e dar-lhe vida, mas para a glória de Deus Jo 17:1-43).

Tudo isso era preparação para a principal tarefa do Dia da Expia-ção, a oferta pelo pecado em favor da nação.

  1. A apresentação dos bodes (Lv 16:15-34)

Observe que os dois bodes são con-siderados como uma oferta pelo pecado (v. 5). Eles simbolizam dois aspectos da obra da cruz. O sumo sacerdote, depois de retornar da as- persão do sangue de sua oferta pelo pecado, mata o bode designado para morrer como uma oferta pelo pecado de toda a nação. Depois, ele entra pela terceira vez no Santo dos Santos, dessa vez com o san-gue do bode. Ele asperge o sangue sobre o propiciatório diante dele e, assim, cobre os pecados da nação. Observe que o versículo 20 indica que o sangue da oferta pelo pecado reconcilia o povo e o tabernáculo com Deus (veja He 9:23-58).

O sumo sacerdote, depois de aspergir o sangue, pega o bode vivo, põe as mãos sobre a cabe-ça dele e confessa os pecados do povo, transferindo simbolicamen-te, dessa forma, a culpa do povo para o animal inocente. O termo "bode expiatório" origina-se de uma palavra hebraica que signifi-ca "remover". O bode é enviado para o deserto a fim de que nunca mais seja visto, e isso simboliza a remoção dos pecados da nação (Sl 103:12). É claro que esses rituais não removem o pecado, já que têm de repetir essas cerimônias ano após ano. Contudo, eles ilustram o que Cristo fez quando morreu uma vez pelos pecados do mun-do. O crente israelita salvava-se por meio de sua fé, exatamente da mesma forma que as pessoas sem-pre têm sido salvas. Apenas depois de terminada a oferta pelo peca-do, e afastada (simbolicamente) a iniqüidade da nação, o sumo sa-cerdote põe de lado suas humildes vestimentas de linho e veste suas vestimentas de glória. Isso simbo-liza a ressurreição e ascensão de Cristo. Ele, depois de terminar sua obra na cruz, voltou em glória ao Pai, à direita do qual está sentado hoje. O Dia da Expiação era um dia sério para os judeus, e eles não faziam nenhum trabalho nes-se dia. Não se alcança a salvação por meio de obras, mas totalmente pela graça de Deus.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Levítico Capítulo 16 do versículo 1 até o 34
16:1-34 Este capítulo é o clímax da primeira seção do Livro, os 16 capítulos que apresentam o caminho de acesso a Deus, do qual este ritual é o mais solene e eficaz, realizado uma vez ao ano, pelo qual o sumo sacerdote entrava no santuário para fazer expiação pelo povo.
16.6 Expiação. Heb kipper, "encobrir". Um sacrifício expiatório cobre a transgressão, para nunca ser considerada e, portanto, punida. Este foi feito por Cristo de maneira eficaz, quando sacrificou em prol dos pecadores a Sua própria vida imaculada, de perfeita obediência a Deus, pagando assim uma penalidade que encobre os pecados dos que crêem. O justo sofreu vicariamente pelo injusto, 2Co 5:21; 1Pe 2:24. O mesmo pensamento jaz na palavra "reconciliação" no Novo Testamento; traduz a palavra grega katallage e significa a reparação legal e moral pelos danos causados pelos pecadores (Rm 5:11), restaurando assim as relações entre Deus e os homens, que tinham sido rompidas quando os homens violaram a lei de Deus, tornando-se réus da penalidade da morte que a justiça divina exigia. O efeito desta obra de Cristo é a retidão e a vida eterna para os que a aceitam pela fé, Ef 2:8-49. No dia da expiação, os homens tomavam parte numa cerimônia que prenunciava a morte de Cristo; o sangue dos animais não removia o pecado (He 10:4), mas sim, a obra de Cristo, da qual era símbolo, é que o removia. Cada sacrifício era uma "nota promissória" do pagamento completo que Cristo havia de fazer para liquidar as dívidas eternas dos pecadores. Este dia se repetia anualmente, quando o sumo sacerdote tinha que levar sangue para fazer expiação por si mesmo e por todo a seu povo (He 9:7); Cristo fez uma expiação eterna, uma vez para sempre, com Seu próprio sangue, e, sem ter pecados próprios, cumprindo a plenitude do significado daquelas ofertas, tornou-as obsoletas, He 9:12-58.

16.8 Bode emissário. Heb 'azazel, lit. "a força de Deus". Pode ser o nome próprio de um dos picos de Sinai, para o bode ser precipitado penhasco abaixo, do próprio lugar onde foi dada a Lei. Ou pode ser um nome do próprio Satanás; compare "Lúcifer" antes da sua queda, Is 14:12n e Ez 28:1-19 com as notas. De qualquer maneira, esta cerimônia indicava que a culpa estava sendo simbolicamente afastada da terra e do povo. Em certo sentido, é um tipo de Cristo, Is 53:6.

16.11,12 Cristo tendo levado., nossos pecados para longe, não haverá, mais memória deles; 20.22 com, He 10:17 e Jr 31:34.

16.15 O ato de o sumo sacerdote entrar no Santo dos Santos era uma prefiguração da entrada de Cristo nos céus, depois da Sua morte e ressurreição,He 9:11-58. O propiciatório, heb kapporeth, lit. "cobertura". A tradução grega o chama de hilasterion, "propiciação", a mesma palavra usada para descrever o Senhor Jesus Cristo em Rm 3:25. A raiz hebraica produz a palavra traduzida. por "expiação" em 16.6n, e "propiciação" em 16.17. Era a tampa da arca, e o lugar da expiação.

16.17 Propiciação. É a mesma palavra hebraica traduzida por "expiação".

16.29 Perpétuo. Foi observado até ao Cativeiro na Babilônia (587 a.C.) e recomeçado depois da restauração (538 a.C.), até à destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. Quando Israel falhou com Deus e teve que ser julgado, Deus não tinha mais a obrigação de guardar Sua Aliança com aquele povo. O permanecer na Terra Prometida dependia da Aliança condicional baseada na obediência e na fidelidade dos israelitas para com seu Deus. Afligirei a vossa alma. Esta expressão se refere à abstinência de comida; à humilhação e à lamentação pelos pecados, que eram o conteúdo básico do jejum, Dt 9:18. Havia a confissão dos pecados, 1Sm 7:6, Ne 9:1-16; e havia orações de súplica, Ed 8:23; Ez 9:3. A prática se recomendam freqüentemente tanto no Antigo como no Novo Testamento (conforme as palavras de Jesus em Mt 17:21) e era um sinal exterior da autodisciplina e da humildade que eram sua finalidade e alvo principal,Sl 35:13. Recorria-se ao jejum especialmente em face das calamidades, aflições, desditas e de perigos que se aproximavam, tanto pelas nações, como pelos indivíduos. Era empregado pelos hipócritas para ganharem reputação de piedade diante do s homens, embora, nem mesmo assim é possível impressionar a Deus, que sabe ler em seus corações. Exemplos inspiradores de pessoas que jejuaram foram:
1) Davi, 2Sm 12:16) Daniel, Ez 9:3; Ez 3:0) Cornélio, At 10:30; At 4:0) Paulo, 2Co 11:27. Era uma maneira de buscar a Deus, obedientemente, abandoando os maus caminhos, 2Cr 7:14.

16.34 A antiga Expiação era anual; a verdadeira Expiação, eterna, feita por Jesus Cristo, é um ato que é suficiente para sempre, He 9:25-58.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Levítico Capítulo 16 do versículo 1 até o 34

6)    O Dia da Expiação (16:1-34)

Esse era o dia mais importante no calendário religioso judaico, aquele dia do ano em que o sumo sacerdote entrava no Lugar Santíssimo com o sangue do sacrifício. Visto que essa era a ocasião em que o ritual de purificação era realizado em favor de todo o povo, os detalhes desse ritual são apresentados aqui, no final da seção acerca da pureza e da impureza (caps. 11—16), e não no cap. 23 em que todas as festas anuais são alistadas. Atribui-se tamanha importância a esse dia no judaísmo que ele é designado simplesmente como “o Jejum” em At 27:9. Tradicionalmente, o período entre o dia do ano novo, no primeiro dia do sétimo mês, e o Dia da Expiação, no décimo dia do mesmo mês, têm sido observado como um tempo de auto-exame na expectativa do grande dia e em preparação para ele. O autor da carta aos Hebreus baseia-se em muitos aspectos no Dia da Expiação na sua demonstração da superioridade do sacrifício do nosso Senhor sobre todo o sistema sacrificial do AT (v. especialmente He 9:0,42,43). v. 8. Há várias explicações possíveis para o bode para Azazel (ou bode emissário; v. NBD, p. 1.077). Na VA, “bode expiatório” remonta via Tyndale à LXX e à Vulgata. No judaísmo tardio, Azazel figura como um demônio que ensinava artifícios tortuosos aos homens, mas esse provavelmente não é o seu sentido aqui (alguns estudiosos, no entanto, estão inclinados a pensar que “para Azazel” do TM deve ter uma conotação pessoal — mesmo que a “pessoa” fosse um demônio — se está em paralelo à expressão para o Senhor). A expressão “para o precipício” da NEB tem dois aspectos positivos: (1) há uma palavra árabe de pronúncia semelhante que significa “lugar árido” (v. JSSI, 1956, p. 97-105); (2) em tempos posteriores, era costume empurrar o bode vivo num despenhadeiro a 5 ou 6 quilômetros de Jemsalém. Na ausência de uma explicação totalmente convincente, deveríamos dizer que há apoio filológico para a tradição do bode expiatório, como na 5A, ARA e ARC (nota de rodapé da NVI). v. 13. Protegido da visão da majestade divina pela fumaça do incenso, o sumo sacerdote poderia dar prosseguimento àquela parte do ritual que ocorria no santuário interno (v. 14). São pronunciadas novamente as palavras de advertência a fim de que não morra (conforme v. 2); contraste com He 4:16. v. 14. O ritual de propiciação a favor dos sacerdotes era concluído ao se aspergir sangue na tampa da arca e também no chão em frente da tampa. v. 15. Agora que ofereceu o sacrifício pelos seus próprios pecados, o sumo sacerdote pode agir em favor do povo ao levar o sangue da oferta pelo pecado do povo para trás do véu. O nosso Senhor foi capaz de tratar com o pecado humano direta e decisivamente em virtude do simples e grande fato de que ele não tinha necessidade de fazer propiciação pelos seus próprios pecados (He 7:27). v. 18. A seguir, o altar que está perante o Senhor é objeto da ministração do sumo sacerdote. Que esse é o altar do incenso, e não o altar dos holocaustos, é sugerido por Êx 30:10 (conforme também Lv 4:7, 18); a maioria dos eruditos, no entanto, entende que é uma referência ao altar dos holocaustos, como no v. 12. v. 20ss. A idéia de remover os pecados de um povo ao transferi-los para um animal vivo é muito comum em textos antigos; conforme também 14.7. v. 21. as duas mãos\ não somente uma mão como em 4.4,24,33. confessará', a confissão só é mencionada raramente em conjunção com a apresentação de sacrifícios de animais, mas conforme 5.5 e Nu 5:7,Nu 5:8. v. 22. lugar solitário', é um lugar sem volta (conforme Sl 103:12). v. 24. Os holocaustos eram reservados até que o ritual do santuário estivesse completo (conforme v. 3,5). v. 25. Trajado com as vestimentas normais, o sumo sacerdote não somente apresenta as ofertas como no v. 24, mas também queima a gordura da oferta pelo pecado no altar de acordo com as regras estipuladas em 4.8ss. Não fica claro aqui qual oferta pelo pecado está em vista — a do sumo sacerdote (v. 3,6,11-14) ou a do povo (v. 5,9,15). Noth prefere a primeira opção.

v. 27. As carcaças são tratadas de acordo com os princípios estabelecidos em 6.30 (conforme 4.11,

12,21). v. 29. vocês se humilharão refere-se primeiramente ao jejum (v. nota de rodapé da NVI); a proibição aplicava-se a todos que estavam dentro dos limites de Israel, de forma que o estrangeiro residente, embora não estivesse envolvido no ritual, devia observar o jejum. v. 31. Esse dia tinha de ser observado como um sábado com relação ao trabalho; por isso sábado de descanso, v. 34. uma vez por ano está em forte contraste com as numerosas ofertas apresentadas durante todo o ano, e mesmo assim esse ritual anual se toma uma repetição ineficaz à luz do Calvário (v. He 9:25,He 9:26).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Levítico Capítulo 16 do versículo 1 até o 34

Levítico 16

D. O Dia da Expiação. Lv 16:1-34.

Apesar de todos os sacrifícios feitos durante o ano pelos membros da congregação de Israel e pelos próprios sacerdotes, ainda ficavam pecados e imundícias que exigiam expiação para que houvesse um relacionamento adequado entre Deus e o Seu povo. Por isso um dia particular foi inaugurado, no qual o ritual executado pelo sumo sacerdote realizaria a reconciliação da nação com o seu Deus. Hebreus 9 dá o significado da cerimônia para o cristão dum quadro claro que Lv. 16 pode verdadeiramente ser chamado de pináculo do sistema sacrificial do V.T.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Levítico Capítulo 16 do versículo 1 até o 10
IV. O DIA DA EXPIAÇÃO Lv 16:1-34

O Dia da Expiação (Lv 23:27 e segs.; Lv 25:9) era a mais importante de todas as cerimônias a que faz referência o livro do Levítico, por se tratar da expiação por todos os pecados de toda a congregação de Israel (cfr. vers. 16-17,21-22,30,33). Neste sentido não se relacionava com os restantes ritos públicos e privados relativos ao culto de Israel. É mesmo de notar que este era o único dia em que se exigiam sacrifícios excepcionais: afligireis as vossas almas (29 e segs.; 23,27; Nu 29:7). Talvez a melhor tradução seja: "humilhai-vos", já que a arrogância, o orgulho, a auto-suficiência eram desde o início, as características dos filhos de Israel (cfr. Dt 8:2-5, Dt 8:16 onde se utiliza o mesmo vocábulo) pelos quais muitas vezes foram severamente castigados. A dor e o arrependimento internos manifestar-se-iam, portanto, através das privações exteriores no jejum, fazendo com que o Dia da Expiação se distinguisse de todas as outras festas anuais, onde se permitiam todas as manifestações de alegria, como sucedia na Festa dos Tabernáculos (Lv 23:40; cfr. Dt 12:7, Dt 12:12). Não admira, por conseguinte, que a introdução deste cerimonial no Levítico tenha um significado muito particular. E o fato de ser inserido neste local, e não em Lv 23, que descreve todas as festas legais, ou em Nm 28:29, que prescreve ofertas especiais para cada festa, parece dar a entender que na realidade se trata de um cerimonial invulgar e da maior importância, relacionado com as principais leis públicas destinadas ao Povo escolhido. Por outro lado, como muitas outras prescrições, é colocado no devido ambiente histórico, neste caso a morte de Nadabe e Abiú pelo sacrilégio que cometeram (1). De fato, vários comentadores consideram as primeiras palavras deste capítulo como intimamente ligadas ao cap. 10, chegando mesmo a supor uma intercalação os caps. 11-15. Sendo assim, dificilmente se compreenderia por que motivo aquela intercalação só abrange esses capítulos e não inclui também os caps. 17-22, onde os elementos morais predominam, sem serem, contudo, esquecidas as cerimônias do culto.

Seja como for, não podemos deixar de admitir neste capítulo alusão a dois acontecimentos: especiais determinações a Arão e aos sacerdotes (cfr. Nu 4:17 e segs.) para que evitem o sacrilégio e assim fujam às suas terríveis conseqüências, em segundo lugar, normas a que todo o povo deve obedecer. Assim, a graça de Deus, que de bom grado aceita a expiação pelos pecados de ignorância e fragilidade humana, é posta em evidência mesmo antes de se mencionarem os mais hediondos crimes. Quanto aos pecados imperdoáveis, que só merecem expulsão da comunidade ou até a morte, esses aparecem em toda a sua abjeção e torpeza à luz daquela palavra "todos" que por sete vezes se encontra neste capítulo (cfr. cap. 20). O essencial é frisar que tais crimes, como os da presunção e da auto-suficiência, vêm provar que não são verdadeiros israelitas aqueles que os praticam, não passando de leprosos morais indignos das misericórdias e das bênçãos do Senhor prometidas a Abraão e a Moisés. Apesar de diferentes interpretações apresentadas pelo judaísmo rabínico, não pode considerar-se esta expiação como eterna lei a adotar por todos os crentes, pois foi completamente exterminada a geração que no deserto desobedeceu ao Senhor (cfr. He 10:28). Seja qual for a explicação, a posição deste capítulo tem um significado importante.

a) A preparação de Arão (Lv 16:1-10).

Dize a Arão, teu irmão (2). Cfr. Êx 28:1 e segs. É evidente que a escolha de Arão para este alto ministério foi devida, em princípio, ao seu parentesco com Moisés (Êx 4:14) por ser, por assim dizer, o "profeta" deste patriarca. Foi ainda a intercessão de Moisés que salvou Arão após o pecado do bezerro de ouro (Dt 9:20). A Bíblia ora reconhece (Gn 21:13), ora ignora os parentescos humanos (Êx 32:27). Já que Arão e seus filhos são mencionados cerca de 60 vezes em Levítico, as palavras Arão, teu irmão podem indicar a atenção e o carinho com que devia ser tratado, para que não morra (2). Difícil, pois, de explicar as incompreensões geradas em torno do caso Miriã narrado em Nu 12:1 e segs. O Santuário (2) era o Santo dos Santos, conforme se depreende das palavras para dentro do Véu (2; cfr. vers. 3,16-17,20,27). Cada um dos sacrifícios descritos nos caps. 1-4 encontra-se incluído nesta proibição. Sendo uma grande parte do ritual dos sacrifícios realizados no pátio, apenas se abria uma exceção para o sangue das vítimas, que era conduzido para o Santo dos Santos. É esta cerimônia que se descreve em toda a sua extensão, para a qual Arão tinha de lavar-se e só depois se revestia da indumentária de linho, como símbolo da pureza, em substituição do vestuário usual próprio do Sumo-Sacerdote. De duas espécies eram os sacrifícios: por ele e pelos filhos, um bezerro em oferta pelo pecado e um carneiro em holocausto; pelo povo, dois bodes em oferta pelo pecado e um carneiro em holocausto.

Os vers. 6-10 resumem sumariamente o destino a dar-se às vítimas, sobretudo ao bezerro e aos bodes, que serão apresentados perante o Senhor, lançando-se em seguida as sortes sobre os dois bodes.


Dicionário

Arão

substantivo masculino Planta de pequenas flores unissexuadas dispostas em espigas cercadas de uma espata esverdeada. Uma espécie decorativa de espata branca, originária da África, é também chamada cala. (Família das aráceas.).
[Popular] Copo-de-leite.

A significação deste nome é incerta. Foi o primeiro Sumo Sacerdote de israel, descendendo de Levi, o terceiro filho de Jacó. Seu pai chamava-se Anrão e sua mãe Joquebede, era irmão de Moisés e de Miriã, três anos mais velho que aquele, e mais novo do que esta. Foi escolhido por Deus para ser cooperador de Moisés em virtude do seu dom de fala (Êx 4:16). Ele foi com Moisés a Faraó, realizando sinais na presença deste rei, e sendo também o instrumento de Deus em outros maravilhosos casos (Êx 7:10). Na batalha contra Amaleque, sustentaram Arão e Hur as mãos de Moisés, para que israel fosse vitorioso (Êx 17:12). Quando Moisés subiu ao monte Sinai, foi Arão persuadido pelo povo a fundir um bezerro de ouro para adoração, e pelo seu procedimento foi severamente censurado. Moisés orou, e obteve o perdão de Deus para o povo e Arão (Dt 9:20). Algum tempo depois foi ele consagrado sumo sacerdote, devendo este alto cargo ser hereditário na família. Coré e os levitas revoltaram-se contra a sua dignidade sacerdotal, sendo o primeiro consumido pelo fogo. ofereceu Arão incenso para suspender a praga, e o Senhor manifestamente aceitou sua intercessão pelo povo. Juntamente com Moisés e os príncipes de israel recebeu ele a missão de fazer a contagem do povo. o murmúrio de Arão e Miriã contra Moisés teve, talvez, a sua origem na má vontade de Miriã, mas não persistiu por muito tempo (Nm 12). Em Meribá pecou ele e Moisés (Nm 20:10 e seg.), e parece que a sua morte se deu pouco depois no monte Hor, sucedendo-lhe no cargo seu filho Eleazar, que, somente com Moisés presente, dirigiu o culto da sepultura (Nm 20:28). Teve Arão de sua mulher Eliseba quatro filhos. Dois deles, Nadabe e Abiú, pereceram pelo fogo do Senhor, ainda em vida de seu pai, pelo fato de terem oferecido um fogo estranho. o sumo sacerdócio continuou na descendência de Nadabe até ao tempo de Eli, que pertencia à casa de itamar. Quando Salomão subiu ao trono, tirou aos filhos de Eli o sumo sacerdócio, e deu-o a Zadoque da casa de Eleazar, cumprindo-se assim a profecia que vem no livro 1º de Samuel 2.30.

Arão era o típico “irmão do meio”, numa família de três filhos, espremido como sanduíche entre sua irmã Miriã, de personalidade forte, e seu irmão Moisés, competente e firme como uma torre (Ex 6:20; Ex 7:7) — não é de admirar que tenha crescido com a graça da submissão e com o lado inverso dessa virtude: indecisão e fraqueza crônica.História de Arão - Arão nasceu durante a opressão de Israel no Egito, mas evidentemente antes do edito genocida de Êxodo 1:22. Tinha três anos de idade quando Moisés nasceu, ao passo que Miriã já era uma jovem cheia de si (Ex 2:4-8). Desde cedo, portanto, ele se encontrava entre o bebê que exigia total atenção e ainda por cima atraía a admiração dos vizinhos e uma irmã autoconfiante e incisiva. Seria ele a “ovelha negra” da família? Não temos muitos detalhes sobre isso, mas seu posterior desenvolvimento (ou a falta dele) sugere que sim. Ele cresceu, casou com Eliseba e teve quatro filhos (Ex 6:23; Lv 10:1-6): Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Seria interessante especular se a ação presunçosa de Nadabe e Abiú (Lv 10:1) não foi provocada por acharem que o pai tinha uma atitude subserviente demais para com Moisés e desejavam conquistar uma maior liberdade de ação e pensamento na família sacerdotal — e o silêncio de Arão (Lv 10:3) seria uma tristeza muda, uma fraca aquiescência ou uma impotência que o fazia agitar-se interiormente?

Durante toda a narrativa do Êxodo, Arão é um auxiliar de Moisés. Ele foi enviado para prover uma voz para as palavras de Moisés (Ex 4:14-29; Ex 7:1-2; Ex 16:9; etc.), quando reivindicaram a liberdade dos israelitas diante do Faraó. Subordinou-se a Moisés em todo o período das pragas (cf. Ex 7:18; Ex 8:5) e compartilhou com ele as reclamações do povo (cf Ex 16:2) —participando também dos momentos de oração (Nm 16:22; etc.) e de alguns privilégios no Sinai (Ex 19:24; Ex 24:1-9). Apenas uma vez o nome de Arão recebe a prioridade de irmão mais velho (Nm 3:1); Deus falou diretamente com ele apenas duas vezes (Ex 4:27; Ex 18:1-20). Em duas ocasiões, entretanto, Arão agiu independentemente de Moisés e em ambas as vezes aconteceram desastres desproporcionais. Primeiro, quando ficou no comando durante a viagem de Moisés ao monte Sinai (Ex 24:14); pressionado pelo povo (Ex 32:22), tomou a iniciativa de fazer um bezerro de ouro e promover sua adoração (Ex 32:2-5). Com isso, atraiu a ira de Deus e só foi salvo pela intercessão do irmão (Dt 9:20). Segundo, quando tomou parte numa insensata rebelião familiar contra Moisés (Nm 12:1 ss), onde ele e Miriã alegavam que mereciam mais reconhecimento como instrumentos da divina revelação. Podese ver claramente (v. 10) que a iniciativa de tudo foi de Miriã — (e a descrição de Zípora como “mulher etíope” indica algumas “alfinetadas” entre as duas cunhadas como um fator que deve ser considerado!) — e Arão, facilmente manipulado, como freqüentemente acontece com pessoas basicamente fracas, foi persuadido a ficar indignado e assumir uma firme posição no lugar errado! Não é notório que no final ele novamente deixou-se arrastar pela explosão de ira de outra pessoa e perdeu o direito de entrar em Canaã (Nm 20:1-13)?

Arão morreu no monte Hor (Nm 20:22-29) e foi homenageado com um luto que durou trinta dias.O sacerdócio de ArãoA Bíblia, como um todo, fala gentilmente de Arão. Nos Salmos ele é chamado de pastor (Sl 77:20), sacerdote (Sl 99:6), escolhido (Sl 105:26), santo (Sl 106:16) e ungido ((Sl 133:2). No livro de Hebreus, seu sacerdócio prefigurava o Sumo Sacerdote perfeito (Hb 2:17-18; Hb 4:14-16; Hb 5:1-4; Hb 7:11). Tal era a dignidade e a utilidade para a qual Deus levantou esse homem fraco, vacilante, inadequado e excessivamente submisso — com todas as vantagem dessa qualidade e também todos os seus pontos negativos.

Levítico 10:10 resume o sacerdócio do Antigo Testamento como um trabalho moral e didático. Era educativo no sentido de que o sacerdote era o repositório da revelação divina (Dt 31:9) e instruía o povo a partir dessa verdade revelada (Ml 2:4-7; cf. Nm 25:12-13). Sem dúvida, contudo, o principal foco da vida sacerdotal era lidar com as enfermidades morais do povo e trazê-lo, mediante os sacrifícios determinados, a uma experiência de aceitação diante de Deus (Lv 1:3; etc.), por meio da expiação (Lv 1:4; etc.) e do perdão (Lv 4:31; etc.).

A ideia básica da “expiação” é aquela de “cobrir”; não simplesmente no sentido de esconder algo das vistas (Mq 7:18-19), mas muito mais no sentido de que um pagamento “cobre” o débito, cancela-o. O método dessa “cobertura” era o “ato de carregar os pecados” ou a transferência do pecado e suas penalidades do culpado e o cumprimento da penalidade (morte) merecida sobre o inocente, pela vontade de Deus. Em todos os sacrifícios, a imposição das mãos do ofertante sobre a cabeça do animal era um importante requisito (Lv 1:4;3:2-13;4:4-25; etc.) e, de acordo com o livro de Levítico, o significado desse ritual é esclarecido como a designação de um substituto e a imposição dos pecados do ofertante sobre o mesmo. Nesses sacrifícios, o ministério dos sacerdotes arâmicos era essencial. Esta era a função deles e ninguém mais ousaria intrometer-se nessa tarefa. Ela atingia seu ápice — e seu exercício mais dramático — no dia da Expiação anual, ocasião em que a misericórdia divina limpava todos os pecados, transgressões e iniqüidades cometidos durante o ano anterior. O sumo sacerdote — o querido e frágil Arão! — era o principal oficiante, o primeiro a carregar o sangue que representava a morte do animal-substituto ao Santíssimo Lugar, para o espargir onde era mais necessário, na presença do Senhor e sobre o propiciatório e as tábuas que continham a Lei de Deus, a qual foi quebrada (Lv 16:11-17). O sacerdócio, contudo, era uma oportunidade de ensino e o povo precisava entender publicamente o que o sacerdote havia feito na privacidade. Portanto, a cerimônia do “bode emissário” foi ordenada por Deus (Lv 16:20-22), na qual, abertamente, diante de todo o povo, Arão impunha as mãos (v 21), confessava todos os pecados (v
21) e “colocava” todos eles sobre a cabeça do animal. Dessa maneira, o bode era designado para “levar sobre si todos os pecados”. Esse era o momento de glória de Arão, onde ele prefigurava Aquele que seria atingido pela transgressão do seu povo e levaria sobre si o pecado de muitos (Is 53:8-12), Aquele que “pelo Espírito eterno” ofereceria “a si mesmo imaculado a Deus” e tanto seria como faria “um único sacrifício pelos pecados”, “para sempre” (Hb 9:14; Hb 10:12).


Arão [Iluminado]

Filho de Anrão e Joquebede e irmão de Moisés (Nu 26:59). Foi auxiliar de Moisés na tarefa de tirar os israelitas do Egito (Ex 4:14-16; 7:1-2) e de levá-los a Canaã. Foi pai de quatro filhos: Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar (Ex 6:23). Arão teve seus momentos de fraqueza (Ex 32:1-29; Nu 12:1-15). Ele e os seus filhos foram consagrados para servirem como sacerdotes (Ex 28:1). Sua morte está descrita em Nu 20:22-29.


Carneiro

substantivo masculino [Zoologia] Aspecto comum dos mamíferos, da família dos bovídeos, gênero Ovis, maioritariamente selvagens, com uma única espécie domesticada, Ovis aries, usada para o fornecimento de lã e carne.
[Zoologia] Designação do macho dessa espécie domesticada.
Culinária Carne desse animal, largamente apreciada ao redor do mundo.
Figurado Indivíduo que segue a opinião de outras pessoas, se deixando levar pelos demais; maria-vai-com-as-outras.
[Astrologia] Constelação e signo zodiacal de Áries, com período correspondente de 21 de março a 19 de abril.
Pequena onda espumosa seguida de outras.
Antigo Aríete, máquina de guerra antiga.
expressão Carneiro hidráulico. Bomba de recalque.
Etimologia (origem da palavra carneiro). Carne + eiro; pelo espanho carnero.
substantivo masculino Nos cemitérios, vala, gaveta ou urna onde se coloca os cadáveres; jazigo, sepulcro, sepultura.
Etimologia (origem da palavra carneiro). Do latim carnarĭum.

substantivo masculino [Zoologia] Aspecto comum dos mamíferos, da família dos bovídeos, gênero Ovis, maioritariamente selvagens, com uma única espécie domesticada, Ovis aries, usada para o fornecimento de lã e carne.
[Zoologia] Designação do macho dessa espécie domesticada.
Culinária Carne desse animal, largamente apreciada ao redor do mundo.
Figurado Indivíduo que segue a opinião de outras pessoas, se deixando levar pelos demais; maria-vai-com-as-outras.
[Astrologia] Constelação e signo zodiacal de Áries, com período correspondente de 21 de março a 19 de abril.
Pequena onda espumosa seguida de outras.
Antigo Aríete, máquina de guerra antiga.
expressão Carneiro hidráulico. Bomba de recalque.
Etimologia (origem da palavra carneiro). Carne + eiro; pelo espanho carnero.
substantivo masculino Nos cemitérios, vala, gaveta ou urna onde se coloca os cadáveres; jazigo, sepulcro, sepultura.
Etimologia (origem da palavra carneiro). Do latim carnarĭum.

Carneiro Animal de porte médio que fornece carne e lã. Era morto nos SACRIFÍCIOS (Ex 29:1) Sua pele era usada como cobertura (Ex 26:14) Sua fêmea é a ov

Entrar

verbo intransitivo Passar para dentro, introduzir-se, penetrar: entrar sem convite.
Recolher-se à casa.
Intrometer-se, intervir, interferir: não entre em briga de marido e mulher.
Invadir.
Encaixar-se, ajustar-se: a chave não entra na fechadura.
Ser admitido, adotar uma profissão, fazer parte de: entrar para a Academia, o magistério, um partido.
Ser um dos elementos constituintes de: entra muito orgulho no seu procedimento.
Iniciar: entrar em negociações, entrar na matéria.

Expiação

substantivo feminino Purificação das faltas, falhas ou delitos e crimes realizados.
Reparação ou sofrimento pelo qual se repara uma culpa; castigo.
Modo usado para reparar um crime ou falta; penitência.
Religião Segundo o Antigo Testamento, seção de contrição, composta por sacrifícios através dos quais se pretendia o perdão dos pecados.
Etimologia (origem da palavra expiação). Do latim expiatio.onis.

Ato mediante o qual os pecadores são reconciliados com Deus – pela eliminação do pecado, que faz separação entre Deus e os pecadores. O Dia da Expiação, no AT, era um jejum anual, quando o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos para fazer expiação pelos pecados do povo (Lv 16). Os sacrifícios oferecidos no Dia da Expiação purificavam a nação inteira do pecado – até mesmo das transgressões inconscientes. Posteriormente, a morte de Cristo fez a expiação definitiva a favor dos crentes, tornando desnecessário qualquer sacrifício (Hb 9:23-28).

[...] O prazo da expiação está subordinado ao melhoramento do culpado.
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5, it• 7

Até que os últimos vestígios da falta desapareçam, a expiação consiste nos sofrimentos físicos e morais que lhe são conseqüentes, seja na vida atual, seja na vida espiritual após a morte, ou ainda em nova existência corporal.
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 7

A felicidade real do Espírito culpado consiste no cumprimento exato da lei de ação e reação, que faz cada Espírito sofrer em si mesmo os danos causados ao próximo. Expiações dolorosas, no hoje, redundarão em paz da consciência no amanhã, quando sofremos dentro dos preceitos evangélicos. Nenhum Espírito caminhará para a frente, na senda do aperfeiçoamento espiritual, sem antes saldar suas dívidas com a Justiça Divina.
Referencia:

Expiações redentoras são, também, as mãos do amor trabalhando as substâncias do ser para o fanal glorioso.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5

O Espírito não pediu aquela encarnação, porque no seu estado de atraso e endurecimento, de obstinação no mal, não seria capaz de compreender a necessidade de progredir, de ser bom. [...] A vida de expiação lhe é imposta pela Lei das leis! Não foi uma existência solicitada, pedida para fins de reabilitação. É uma encarnação imposta pelo Alto, com o fim misericordioso de despertar a criatura para as alegrias do bem: Arrancar a alma às trevas e jogá-la às claridades do Amor.
Referencia: Ó, Fernando do• Almas que voltam• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

[...] A conseqüência do mal praticado, o esforço para o reparar.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3

A expiação, de que fala a Doutrina Espírita, não é senão a purgação purificadora do mal que infeccionou o espírito. Este, através dela, restaura a própria saúde e se liberta das impurezas que o afligem e lhe retardam a felicidade.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

A expiação é a primeira conseqüência da falta ou crime praticado, mediante a qual a consciência do criminoso acaba por despertar para o arrependimento [...].
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

O caminho expiatório é um trilho de sofrimentos e reparações [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

[...] é a pena imposta ao malfeitor que comete um crime.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 246

[...] a recuperação ou a expiação podem ser consideradas como essa mesma su bida, devidamente recapitulada, através de embaraços e armadilhas, miragens e espinheiros que nós mesmos criamos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 19


Expiação O perdão dos pecados daqueles que se arrependem deles e os confessam, acompanhado de reconciliação com Deus, através do SACRIFÍCIO de uma vítima inocente. No AT a vítima era um animal, figura e símbolo do Cristo crucificado (Lv 1—7; Hc 9:19-28).

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V. DIA DA EXPIAÇÃO.


Expiação Reconciliação efetuada entre Deus e os homens, fundamentada na morte de um ser inocente e perfeito, sobre o qual recaía o castigo da falta no lugar do transgressor. Com base nisso, realizavam-se sacrifícios em Yom Kippur (Lv 16:23.26-32; Nu 29:7-11) pelos pecados do povo.

O Antigo Testamento ressalta que o messias, conhecido como servo de YHVH, carregaria sobre si os pecados de todo o povo (Is 53:6) e morreria por eles (Is 53:5-10). Essas idéias foram abolidas do judaísmo posterior ao segundo jurban, em parte porque era impossível continuar com o sistema de sacrifícios expiatórios do Templo, em parte porque se ligavam aos conceitos dos cristãos.

Segundo as fontes, Jesus reconheceu a si mesmo como servo messiânico de Is 53 e referiu-se à sua morte como expiação pelos pecados da humanidade (Mc 10:45), tal como manifestou na Última Ceia aos discípulos (Ver Eucaristia). Sem dúvida, seus discípulos interpretaram a morte de Jesus como a expiação oferecida por alguém perfeito e inocente pelos pecados do mundo (Hb 9:1-12:24-28). Esperavam que aquela morte cessaria, mais cedo ou mais tarde, o sistema de sacrifícios do templo de Jerusalém (Hc 8:13) e o fato de assim ter sido confirmou a fé que tinham na veracidade de sua interpretação. Da expiação se deduzia que ninguém podia salvar-se pelas próprias obras — e se assim fosse Cristo não teria de morrer (Gl 2:21) — e que o único caminho de salvação era aceitar pela fé o sacrifício expiatório de Cristo na cruz (Rm 3:19-31).

K. Barth, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; L. Morris, The Cross in the New Testament, Exeter 1979; J. Denney, The Death of Christ, Londres 1970; H. Cousin, Los textos evangélicos de la Pasión, Estella 21987.


Holocausto

Holocausto Sacrifício que era oferecido pela manhã e pela tarde no Templo de Jerusalém. Jesus relativizou seu valor, ao sobrepor a esse preceito outros mais importantes (Mc 12:33) e, muito especialmente, ao afirmar a chegada de uma Nova Aliança estabelecida sobre o seu sacrifício na cruz (Lc 22:20).

A palavra original é derivada de uma raiz que significa ‘ascender’, e aplicava-se à oferta que era inteiramente consumida pelo fogo e no seu fumo subia até Deus. Uma pormenorizada descrição dos holocaustos se pode ler nos primeiros capítulos do Levítico. Pertenciam à classe dos sacrifícios expiatórios, isto é, eram oferecidos como expiação daqueles pecados, que os oferentes tinham cometido – eram, também, sacrifícios de ação de graças – e, finalmente, constituíam atos de adoração. os altares para holocaustos eram invariavelmente edificados com pedras inteiras, à exceção daquele que foi feito para acompanhar os israelitas na sua jornada pelo deserto, e que se achava coberto de chapas de cobre. (*veja Altar.) os holocaustos, bem como as ofertas de manjares, e as ofertas de paz, eram sacrifícios voluntários, sendo diferentes dos sacrifícios pelos pecados, pois estes eram obrigatórios – e tinham eles de ser apresentados de uma maneira uniforme e sistemática, como se acha estabelecido em Lv caps. 1 a 3. os três primeiros (holocaustos, ofertas de manjares, e as ofertas de paz) exprimem geralmente a idéia de homenagem, dedicação própria, e ação de graças – e os sacrifícios pelos pecados tinham a idéia de propiciação. os animais, que serviam para holocaustos, podiam ser reses do rebanho ou da manada, e aves – mas se eram novilhos ou carneiros, ou rolas, tinham de ser machos, sem defeito, e deviam ser inteiramente queimados, sendo o seu sangue derramado sobre o altar, e as suas peles dadas aos sacerdotes para vestuário. Havia holocaustos de manhã e de tarde – e eram especialmente oferecidos todos os sábados, também no primeiro dia de cada mês, nos sete dias dos pães asmos, e no dia da expiação. o animal era apresentado pelo oferente, que punha nele a sua mão, e depois o matava, fazendo o sacerdote o resto. Realizavam-se holocaustos nos atos de consagração dos sacerdotes, levitas, reis, e lugares – e na purificação de mulheres, dos nazireus, e dos leprosos (Êx 29:15Lv 12:6 – 14.19 – Nm 6 – 1 Rs 8.64). Antes de qualquer guerra também se efetuavam holocaustos, e em certas festividades, ao som das trombetas.

Holocausto Sacrifício em que a vítima era completamente queimada em sinal de que o ofertante se dedicava completamente a Deus (Ex 29:18; Hc 10:6).

substantivo masculino Genocídio que, iniciado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, vitimou judeus e outras minorias, realizado nos campos de concentração construídos pelos alemães (com a inicial maiúscula): Holocausto Judeu.
Sacrifício que, realizado pelos hebreus antigos, se caracterizava pela ação de queimar completamente a vítima; a vítima desse sacrifício.
Por Extensão Em que há castigo, penitência; sacrifício: ofereceu a filha em holocausto.
Figurado Ação de renunciar, de desistir; abnegação.
Etimologia (origem da palavra holocausto). Do grego holókaustos; holókaustos.os.on.

Novilho

substantivo masculino Touro novo; boi de pouca idade ou de pequeno porte; bezerro.
Etimologia (origem da palavra novilho). Do latim novus.a.um.

Novilho Boi novo; vaca nova; bezerro/a (Ex 29:1; Is 15:5).

Pecado


i. Um dos grandes objetivos da Bíblia é tratar dos fatos da vida humana, estabelecer a sua significação e efeito, e algumas vezes derramar luz sobre a sua causa. No caso do pecado há dois fatos principais: primeiro, que o homem é pecador – segundo, que todos cometem pecado. Pode, portanto, esperar-se que a Bíblia derramará luz sobre o sentido da palavra pecado e sobre os seus efeitos – e nos fará conhecer a causa da sua influência universal nos homens e o remédio para esse grande mal.
ii. Segundo a Bíblia, a causa dos pecados encontra-se de uma maneira definitiva (tanto quanto se considera a vida terrestre) no pecado dos nossos primeiros pais, com as suas conseqüências, transmitidas à posteridade. A este fato se chama a Queda. Basta dizer-se aqui, que, por mais baixo que estivesse o primeiro homem na escala da Humanidade, se ele era homem devia ter tido, na verdade, algum conhecimento rudimentar do bem ou do mal – e depois da sua primeira voluntária desobediência ao que lhe dizia a consciência, devia ter ficado numa situação moral inferior à dos tempos passados. A primeira transgressão feita com conhecimento do mal não pôde deixar de ser uma queda moral, por maior que fosse a sua sabedoria adquirida no caminho da vida. Além disso, há razão para acreditar que as crianças, nascidas após a queda, haviam certamente de participar da natureza dos seus pais, a ponto de ficarem mais fracas com respeito à moralidade do que não tendo os seus pais transgredido. Esta crença muito razoável apresenta-se como sendo o pensamento central da narrativa de Gn 3. o escritor bíblico está, evidentemente, revelando mais do que a simples enunciação do pecado de Adão e Eva como tal. Ele deseja fazer ver que a pena alcançou toda a Humanidade. Todos entram no mundo com a tendência original de uma modificada natureza para o mal. Não é, por conseqüência, para admirar que cada pessoa realmente caia no pecado. Nos capítulos seguintes são plenamente expostos os terríveis e profundos efeitos daquele primeiro pecado.
iii. os diferentes aspectos do pecado, que se apresentam aos escritores bíblicos, podem ver-se do modo mais próprio nos vários nomes que lhe dão. Porquanto a Bíblia é muito rica em termos que significam o pecado, o mal, a iniqüidade, a maldade, podendo ser mencionados neste lugar os mais importantes: 1. Palavras que têm o sentido de ‘falta, omissão, erro no fim em vista’, etc. Em hebraico há chêt e termos cognatos (Sl 51:9) – em grego, hamartia (Rm 3:9), hamartêma 1Co 6:18). 2. A perversão, a deturpação, implicando culpa, são faltas designadas pelo termo hebraico avon (1 Rs 17.18). 3. Há várias palavras que indicam a transgressão de uma lei, ou a revolta contra o legislador. Em hebreu peshã (Pv 28:13 – is õ3,5) – em grego parabasis (‘transgressão’, Rm 4:15), paraptoma (‘delito’, Ef 2:5), anômia (‘iniqiiidade’, 1 Jo 3:4, onde se lê: ‘hamartia é anômia’), asebeia (‘impiedade’, 2 Tm 2.16). 4. imoralidade, o hábito do pecado, e muitas vezes violência, se indicam com o hebraico rêshã (1 Sm 24.13), e o grego adikia (Lc 13:27). 5. A infidelidade, e a deslealdade para com Deus e o homem, são significadas pelo hebraico má”al (Js 22:22). 6. A culpa, que pede sacrifício expiatório, acha-se indicada pela palavra ãshãm (Pv 14:9). 7. o pecado é considerado como uma dívida na oração dominical, õpheilèma (Mt 6:12). iV Entre os grandes efeitos do pecado podem mencionar-se: l. o medo de Deus em contraste com o temor reverencioso e filial (Gn 3:10). 2. o endurecimento gradual da vontade contra o bem e as boas influências (Êx 7:13). A consunção da força e vida da alma, assemelhando-se à lepra que vai consumindo o corpo. 4. E tudo isto atinge o seu maior grau na separação de Deus (Gn 3:24Lv 13:46 – 2 Ts 1.9). *veja Na Bíblia, porém, o remédio para o pecado é, pelo menos, tão proeminente como a sua causa, a sua natureza, e o seu efeito. Freqüentes vezes, na realidade, se apela para os pecadores, a fim de que deixem os seus pecados, fazendo-lhes ver os grandes males que caem sobre eles – e ao mesmo tempo há as promessas de serem amavelmente recebidos por Deus todos os que se arrependem (notavelmente em 2 Sm 12.13), sendo os meios humanos o arrependimento e a fé. Mas tanto o A.T.como o N.T. claramente nos ensinam que é preciso mais alguma coisa. No cap. 53 de isaias, o sacrifício do Servo ideal nos patenteia os meios pelos quais se curam os pecados, pois que esse Servo é a pessoa que carregou com as nossas iniqüidades. outros sacrifícios eram apenas tipos deste particular sacrifício. *veja também Jo 1:29Cl 1:21-22. Este remédio torna efetiva a restauração de um direito divinamente estabelecido (Rm 5:1 – 1 Jo 1:9), para a remoção da mancha que caiu, inclusive, sobre os mais altos lugares por motivo do pecado, tocando a honra de Deus, e o seu templo (Hb 9:23-26) – e não só para a remoção dessa mancha, mas também para a gradual eliminação do pecado no crente (1 Jo 1:7-9), embora, enquanto exista neste mundo, nunca ele estará inteiramente livre da sua influência (Rm 7:23Gl 5:17 – 1 Jo 1:10). Não admira que o Filho de Deus tenha recebido o nome de Jesus, ‘porque ele salvará o seu povo dos pecados deles’ (Mt 1:21).

Pecar contra o Espírito Santo significa [...] empregarmos conscientemente qualquer forma de manifestação em discordância com as normas éticas que já tenhamos conseguido assimilar.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 45

[...] Entendamos a palavra pecado de forma ampla e mais completa, como sendo todo e qualquer desrespeito à ordem, atentado à vida e desequilíbrio moral íntimo. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 10

[...] Pecado é toda a infração à Lei de Deus. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pecado sem perdão

[...] O pecado é moléstia do espírito. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3


Pecado Falta de conformidade com a lei de Deus, em estado, disposição ou conduta. Para indicar isso, a Bíblia usa vários termos, tais como pecado (Sl 51:2); (Rm 6:2), desobediência (He 2:2), transgressão (Sl 51:1); (He 2:2), iniqüidade (Sl 51:2); (Mt 7:23), mal, maldade, malignidade (Pv 17:11); (Rm 1:29), perversidade (Pv 6:14); (At 3:26), RA), rebelião, rebeldia (1Sm 15:23); (Jr 14:7), engano (Sf 1:9); (2Ts 2:10), injustiça (Jr 22:13); (Rm 1:18), erro, falta (Sl 19:12); (Rm 1:27), impiedade (Pv 8:7); (Rm 1:18), concupiscência (Is 57:5), RA; 1(Jo 2:16), depravidade, depravação (Eze 16:27,43), 58, RA). O pecado atinge toda a raça humana, a partir de Adão e Eva (Gn 3; (Rm 5:12). O castigo do pecado é a morte física, espiritual e eterna (Rm 6:23). Da morte espiritual e eterna

pecado s. .M 1. Transgressão de qualquer preceito ou regra. 2. Culpa, defeito, falta, vício.

Pecado No judaísmo da época de Jesus — e no pensamento deste — é qualquer ofensa contra Deus, ação contrária à sua vontade ou violação a algum de seus mandamentos. Transgredir um preceito da Torá é pecado e tem também conseqüências negativas sobre a pessoa, afastando-a de Deus (Mt 9:13; 19,17-19).

Jesus enfatiza, principalmente, a necessidade de se eliminar as raízes profundas do pecado (Mt 5:27ss.; 6,22ss.; 15,1-20) e chama o pecador à conversão (Lc 11:4; 15,1-32; 13,1ss.; 18,13), porque Deus perdoa todo pecado, exceto a blasfêmia contra o Espírito Santo, isto é, a atitude de resistência ao perdão de Deus, a única atitude que impede a pessoa de recebê-lo. Por amor ao pecador, Jesus acolhe-o (Mt 11:19; Lc 15:1ss.; 19,7) e se entrega à morte expiatória (Mt 26:28; Lc 24:47). Quem recebe esse perdão deve também saber perdoar os pecados dos outros (Mt 18:15.21; Lc 17:3ss.).

R. Donin, o. c.; Y. Newman, o. c.; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...


Santuário

substantivo masculino A parte secreta do templo judaico de Jerusalém.
Parte da igreja onde está o altar-mor.
Edifício consagrado às cerimônias de uma religião.
Capela onde são guardadas e veneradas relíquias de vários santos.
Figurado Asilo sagrado e inviolável; sede de nobres sentimentos; o que há de mais íntimo: o santuário da sua alma.

Lugar consagrado a Deus, e emprega-se o termo a respeito da Terra Prometida (Êx 15:17Sl 78:54), do tabernáculo (Êx 25:8 – 36.1), do lugar santo (Lv 4:6), do templo (1 Cr 22.19), da habitaçâo de Deus (Sl 102:19), e de um refúgio (is 8:14).

Todos os santuários consagrados a Deus são refúgios da Luz Divina.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


Santuário
1) Lugar de adoração (Ex 25:8; Hc 9:1).


2) O SANTO LUGAR (Ex 26:33, RC).


3) O LUGAR SANTÍSSIMO (Hc 9:25, RC).


Santuário O edifício do Templo (naos, em grego) considerado lugar santo (Mt 23:16; 27,40).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Levítico 16: 3 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Com isto Aarão entrará no santuário: com um novilho (um jovem filho da manada) , para sacrifício pelo pecado, e um carneiro para holocausto.
Levítico 16: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1445 a.C.
H1121
bên
בֵּן
crianças
(children)
Substantivo
H1241
bâqâr
בָּקָר
gado, rebanho, boi
(and oxen)
Substantivo
H175
ʼAhărôwn
אַהֲרֹון
Aaron
(Aaron)
Substantivo
H2063
zôʼth
זֹאת
Esse
(This)
Pronome
H2403
chaṭṭâʼâh
חַטָּאָה
pecado, pecaminoso
(sin)
Substantivo
H352
ʼayil
אַיִל
carneiro
(and a ram)
Substantivo
H413
ʼêl
אֵל
até
(unto)
Prepostos
H5930
ʻôlâh
עֹלָה
oferta queimada
(burnt offerings)
Substantivo
H6499
par
פַּר
novo
(young)
Substantivo
H6944
qôdesh
קֹדֶשׁ
sagrado
(holy)
Substantivo
H935
bôwʼ
בֹּוא
ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
(and brought [them])
Verbo


בֵּן


(H1121)
bên (bane)

01121 בן ben

procedente de 1129; DITAT - 254; n m

  1. filho, neto, criança, membro de um grupo
    1. filho, menino
    2. neto
    3. crianças (pl. - masculino e feminino)
    4. mocidade, jovens (pl.)
    5. novo (referindo-se a animais)
    6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
    7. povo (de uma nação) (pl.)
    8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
    9. um membro de uma associação, ordem, classe

בָּקָר


(H1241)
bâqâr (baw-kawr')

01241 בקר baqar

procedente de 1239; DITAT - 274a; n m

  1. gado, rebanho, boi
    1. gado (pl. genérico de forma sing. - col)
    2. rebanho (um em particular)
    3. cabeça de gado (individualmente)

אַהֲרֹון


(H175)
ʼAhărôwn (a-har-one')

0175 אהרן ’Aharown

de derivação incerta, grego 2 Ααρων; DITAT - 35; n pr m

Arão = “aquele que traz luz”

  1. irmão de Moisés, um levita e o primeiro sumo-sacerdote

זֹאת


(H2063)
zôʼth (zothe')

02063 זאת zo’th

irregular de 2088; DITAT - 528; pron demons f / adv

  1. este, esta, isto, aqui, o qual, este...aquele, este um...aquele outro, tal
    1. (sozinho)
      1. este, esta, isto
      2. este...aquele, este um...aquele outro, uma outra, um outro
    2. (aposto ao subst)
      1. este, esta, isto
    3. (como predicado)
      1. este, esta, isto, tal
    4. (enclítico)
      1. então
      2. quem, a quem
      3. como agora, o que agora
      4. o que agora
      5. a partir de agora
      6. eis aqui
      7. bem agora
      8. agora, agora mesmo
    5. (poético)
      1. onde, qual, aqueles que
    6. (com prefixos)
      1. aqui neste (lugar), então
      2. baseado nestas condições, por este meio, com a condição que, por, através deste, por esta causa, desta maneira
      3. assim e assim
      4. como segue, tais como estes, de acordo com, com efeito, da mesma maneira, assim e assim
      5. daqui, portanto, por um lado...por outro lado
      6. por este motivo
      7. em vez disso, qual, donde, como

חַטָּאָה


(H2403)
chaṭṭâʼâh (khat-taw-aw')

02403 חטאה chatta’ah ou חטאת chatta’th

procedente de 2398; DITAT - 638e; n f

  1. pecado, pecaminoso
  2. pecado, oferta pelo pecado
    1. pecado
    2. condição de pecado, culpa pelo pecado
    3. punição pelo pecado
    4. oferta pelo pecado
    5. purificação dos pecados de impureza cerimonial

אַיִל


(H352)
ʼayil (ah'-yil)

0352 איל ’ayil

procedente do mesmo que 193; DITAT - 45d,e,f,g; n m

  1. carneiro
    1. carneiro (como alimento)
    2. carneiro (como sacrifício)
    3. carneiro (pele tingida de vermelho, para o tabernáculo)
  2. pilares, verga, umbrais, pilastra
  3. homem forte, líder, chefe
  4. árvore grande, terebinto

אֵל


(H413)
ʼêl (ale)

0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

partícula primitiva; DITAT - 91; prep

  1. para, em direção a, para a (de movimento)
  2. para dentro de (já atravessando o limite)
    1. no meio de
  3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
  4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
  5. em adição a, a
  6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
  7. de acordo com (regra ou padrão)
  8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
  9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

עֹלָה


(H5930)
ʻôlâh (o-law')

05930 עלה ̀olah ou עולה ̀owlah

f part at de 5927; DITAT - 1624c,1624d; n f

  1. oferta queimada
  2. subida, escada, degraus

פַּר


(H6499)
par (par)

06499 פר par ou פר par

procedente de 6565; DITAT - 1831a; n. m.

  1. touro, novilho castrado, boi

קֹדֶשׁ


(H6944)
qôdesh (ko'-desh)

06944 קדש qodesh

procedente de 6942; DITAT - 1990a; n. m.

  1. separado, santidade, sacralidade, posto à parte
    1. separado, santidade, sacralidade
      1. referindo-se a Deus
      2. referindo-se a lugares
      3. referindo-se a coisas
    2. algo à parte, separado

בֹּוא


(H935)
bôwʼ (bo)

0935 בוא bow’

uma raiz primitiva; DITAT - 212; v

  1. ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    1. (Qal)
      1. entrar, vir para dentro
      2. vir
        1. vir com
        2. vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
        3. suceder
      3. alcançar
      4. ser enumerado
      5. ir
    2. (Hifil)
      1. guiar
      2. carregar
      3. trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
      4. fazer suceder
    3. (Hofal)
      1. ser trazido, trazido para dentro
      2. ser introduzido, ser colocado