Enciclopédia de Levítico 8:32-32

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lv 8: 32

Versão Versículo
ARA Mas o que restar da carne e do pão queimareis.
ARC Mas o que sobejar da carne e do pão, queimareis com fogo.
TB Mas o que sobejar da carne e do pão, queimá-lo-eis com fogo.
HSB וְהַנּוֹתָ֥ר בַּבָּשָׂ֖ר וּבַלָּ֑חֶם בָּאֵ֖שׁ תִּשְׂרֹֽפוּ׃
BKJ E o que restar da carne e do pão queimareis com fogo.
LTT Mas o que sobrar da carne e do pão, queimareis com fogo.
BJ2 O que restar da carne e do pão queimá-lo-eis.
VULG quidquid autem reliquum fuerit de carne et panibus, ignis absumet.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Levítico 8:32

Êxodo 12:10 E nada dele deixareis até pela manhã; mas o que dele ficar até pela manhã, queimareis no fogo.
Êxodo 29:34 E se sobejar alguma coisa da carne das consagrações ou do pão até à manhã, o que sobejar queimarás com fogo; não se comerá, porque santo é.
Levítico 7:17 E o que ainda ficar da carne do sacrifício ao terceiro dia será queimado no fogo.
Provérbios 27:1 Não presumas do dia de amanhã, porque não sabes o que produzirá o dia.
Eclesiastes 9:10 Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma.
II Coríntios 6:2 (Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação.);
Hebreus 3:13 Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Levítico Capítulo 8 do versículo 1 até o 36
SEÇÃO II

A CONSAGRAÇÃO DOS SACERDOTES

Levítico 8:1-10.20

Os capítulos iniciais (1-7) de Levítico lidam com os sacrifícios que o Senhor exige em seu culto. Esta seção (8-10) apresenta ensinamentos relativos aos agentes da medi-ação: os sacerdotes. O sistema levítico admite este papel medianeiro dos filhos de Arão. Este fator prenuncia o quadro do Novo Testamento do verdadeiro culto fundamentado na função mediadora de Cristo. A importância da precisão na execução destes assuntos torna-se evidente com o destaque contínuo que o texto bíblico dá à obediência estrita às ordens do Senhor dadas a Moisés (cf., e.g., Levítico 8.4,5,9,13 17:21-29,34,36).

O capítulo 8 narra a consagração dos sacerdotes, e o capítulo 9 descreve a inaugura-ção do culto no Tabernáculo. O capítulo 10 conta a história de Nadabe e Abiú, e ressalta o perigo de o povo não observar o culto ao Senhor segundo as ordens dadas. O Senhor deve ser santificado naqueles que se aproximam dele, e essa ação tem de ser feita de acordo com o seu querer.

A. MOISÉS CONSAGRA ARÃO E SEUS FILHOS, Lv 8:1-36

As estipulações ordenadas nos capítulos 28:29-40 de Êxodo, concernentes aos ritos, sacrifícios e cerimônias da ordenação dos sacerdotes, agora seriam cumpridas por Moisés. Precisamos destacar que Arão e seus filhos não foram escolhidos por Israel. Deus os escolhera (cf. Hb 5:4-5). Tampouco consagraram a si mesmos. Moisés, na função de representante de Deus, exerceu este ato para eles. Com isso, constatamos o caráter limi-tado do sacerdócio levítico. Os sacerdotes não tinham de controlar Israel, mas ministrar perante o Senhor a favor de Israel. Aqui ocorre o estabelecimento da separação do ofício de profeta, sacerdote e rei, que seria mantida até à vinda do Messias, pois ele preenche-ria todas as três funções simultaneamente.

  1. A Preparação (8:1-9)

A gravidade dos fatos registrados aqui é indicada em cada detalhe apresentado. A consagração tinha de ser feita publicamente na presença de toda a congregação à porta da tenda da congregação (3). Nunca mais Arão e seus filhos seriam considera-dos israelitas comuns. Moisés os lavou com água (6), pois estar impuro no recinto santo ocasionaria a morte (Êx 30:19-21). Vestiu-os com as roupas feitas especialmente para eles. Descuido ou desobediência na questão do vestuário quando servissem na pre-sença divina podia ser fatal (Êx 28:35-43).

Fazem-se necessárias algumas considerações sobre o éfode e o Urim e o Tumim (7,8). O trecho de Êxodo 39:22-26 descreve o éfode. Tratava-se de um traje exterior que ia dos ombros aos quadris, sendo preso à cintura por um cinto. Era feito de ouro, de pano azul, púrpura e carmesim e de linho fino torcido (ARA). Era objeto de grande valor e beleza. Sobre esta peça de roupa ia um peitoral confeccionado com material semelhante ao éfode. No peitoral, havia pedras preciosas bordadas. Era no peitoral que ficavam o Urim e o Tumim.

O sacerdote se servia do Urim e do Tumim para declarar a vontade de Deus (Nm 27:21; Dt 33:8-10). Como explicação tão plausível quanto outra sobre as caracte-rísticas destes objetos é a sugestão de que se tratavam de duas pedras chatas: em um lado de cada uma das pedras estava escrito Urim (derivado de 'arar, "amaldiçoar") e no outro lado de cada uma delas estava escrito Tumim (derivado do radical tamam, "ser perfeito"). Deste modo se obteriam resposta afirmativa (Tumim-Tumim), negati-va (Urim-Urim) ou indeterminada (Tumim-Urim; Urim-Tumim). Este tipo de dispo-sitivo oracular era extremamente comum no mundo antigo. Talvez seja muito impor-tante assinalar que as referências a esta prática são muito limitadas: pararam com Saul e não voltaram a ocorrer até o período pós-exílico, quando a profecia cessara em Israel (Ed 2:63; Ne 7:65).

  1. As Unções (Lv 8:10-13)

Moisés ungiu com óleo os sacerdotes e as mobílias do Tabernáculo. No Antigo Testa-mento, o profeta (I Reis 19:16), o rei (1 Sm 9.16; 10,1) e o sacerdote eram ungidos assim. Em hebraico, o verbo "ungir" (mashach) é o radical do qual se deriva a palavra Messias ("o ungido"). O Messias tinha de ser ungido não apenas com óleo, mas com o Espírito Santo (Is 11:2-42.1; Lc 3:22). Aqui, a unção simboliza a separação dos sacerdotes para Deus e a investidura com o poder divino (charisma) necessário para o exercício do minis-tério santo. Micklem diz: "No antigo concerto, os sacerdotes eram ungidos com óleo, sim-bolizando o Espírito, e com sangue, simbolizando o sacrifício expiatório que ainda ocorre-ria. Os sacerdotes sob o novo concerto são simbolicamente ungidos com óleo e com san-gue, mas não literalmente, pois hoje a realidade já chegou".1

Moisés também ungiu o Tabernáculo e tudo que nele havia, indicando a separação ao Senhor e a aceitação cerimonial destes objetos. Quem lidava com os vasos (Is 52:11) e o Tabernáculo tinha de ser santo. A distinção entre pessoas e coisas não era tanta em Israel como é entre os homens de hoje. Ambos podiam ser santos e não-santos.

  1. Os Três Sacrifícios (8:14-29)

Os sacerdotes e o Tabernáculo também tinham de ser expiados (15,34). Moisés ofe-receu por Arão e seus filhos uma expiação do pecado (14; "oferta pelo pecado", ARA), um holocausto (18) e a oferta da consagração (22; "oferta de ordenação", NVI). Arão e seus filhos, como as pessoas que iriam representar, precisavam de expiação. O sangue do carneiro da consagração (22) era colocado na ponta da orelha direita, sobre o po-legar da mão direita e sobre o polegar do pé direito (23). O sacerdote tinha de ouvir a palavra de Deus, encher as mãos com o ministério das coisas santas e andar em luga-res santos. Pelo que deduzimos, para o israelita antigo, ninguém devia ou podia exercer tal ministério sem a aspersão do sangue sacrifical e a separação completa para as coisas santas.

A palavra hebraica traduzida por consagração (millu'im), que é derivada do radi-cal inale', "encher", indica o caráter desta separação. Onde nosso texto tem vos consa-grará (33), o texto hebraico diz, literalmente: "vos encherá as mãos". No versículo 27, Moisés tomou a oferta de movimento (cf. 25,26) e encheu as mãos de Arão e seus filhos, que, por sua vez, a moveram diante do Senhor. Pelo visto, as "mãos cheias" simbo-lizam o fato de que a vida do sacerdote tinha de ser cheia com nada mais que coisas santas. Ele não pertencia a si mesmo nem devia se sustentar. Tinha de viver do serviço do Tabernáculo (31,32), e sua vida tinha de ser dedicada exclusivamente a serviço de Deus em favor de Israel. Não seria este modo pictórico de dizer que o sacerdote, como Cristo aos doze anos de idade (Lc 2:49), tinha de "tratar dos negócios" de seu "Pai"?

  1. A Consagração dos Sacerdotes (8:30-36)

Por sete dias, os sacerdotes ficavam isolados dos demais israelitas e das atividades normais para serem dedicados ao Tabernáculo e ao Senhor (33). Neste período, eram proibidos de sair dos arredores do Tabernáculo. Anão observância desta separação força-da ocasionaria a morte. Desta forma, é apresentada a visão geral da consagração no Antigo Testamento a serviço do Senhor.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Levítico Capítulo 8 do versículo 1 até o 36
*

8.1—10.20

Nesse trecho, o Senhor instruiu Moisés acerca da instituição do sacerdócio. A narrativa começa pela instalação dos sacerdotes (cap. 8), passa pelos seus primeiros sacrifícios (cap.
9) e vai até o julgamento divino de dois sacerdotes (cap. 10).

* 8.1-36

As instruções para a consagração dos levitas são executadas (Êx 29). A repetição e a perfeição na execução dos regulamentos de cada sacrifício (Êx 29:35-37), e também o esplendor das vestes de Arão (vs. 7-9); todas essas coisas apontam para a importância do sumo sacerdócio. O sumo sacerdote representava Israel diante de Deus.

* 8:3

à porta da tenda da congregação. Ver a nota em 1.3.

* 8:7

estola sacerdotal. Ver nota em Êx 28:6.

* 8:8

Urim e o Tumim. Ver nota em Êx 28:30.

* 8:23

Aplicar o sangue a essas diferentes partes do corpo de Arão simbolizava sua inteira consagração a Deus (Êx 29:20, nota).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Levítico Capítulo 8 do versículo 1 até o 36
8.1ss por que Arão e seus filhos precisaram ser desencardidos e separados? Mesmo que todos os homens da tribo do Leví estavam dedicados ao serviço de Deus, só os descendentes do Arão podiam ser sacerdotes. Só eles tinham a honra e a responsabilidade de realizar os sacrifícios. Estes sacerdotes tinham que desencardir-se e dedicar-se a si mesmos antes de que pudessem ajudar ao povo a fazer o mesmo.

A cerimônia de ordenação aparece descrita no Levítico 8:9. Arão e seus filhos eram lavados com água (8.6), vestidos com vestimentas especiais (8.7-9) e ungidos com azeite (8.12). Punham suas mãos sobre um bezerro enquanto o matavam (8.14), e sobre dois carneiros enquanto o matavam (8.18, 19, 22). Isto mostrava que a santidade só podia provir de Deus, não de seu rol de sacerdotes. Igualmente, que tenhamos uma posição religiosa não nos faz limpos espiritualmente. A limpeza espiritual só provém de Deus. Não importa quão alta seja sua posição nem por quanto tempo a teve, devemos depender de Deus para uma vitalidade espiritual.

8:2, 3 por que se necessitavam sacerdotes no Israel? Em Ex 19:6, instruiu-se aos israelitas para que fossem um reino de sacerdotes; idealmente, todos seriam Santos e relacionados com Deus. Mas desde que caiu Adão, o pecado separou ao homem de Deus, e o povo necessitou mediadores que lhe ajudem a encontrar o perdão. Ao princípio, os patriarcas -chefes de família como Abraão e Jó- eram sacerdotes da casa ou do clã e faziam sacrifícios pela família. Quando os israelitas deixaram o Egito, escolheu-se aos descendentes do Arão para servir como sacerdotes da nação. Os sacerdotes eram os intermediários entre Deus e o homem. Eram os líderes espirituais a tempo completo e os supervisores das oferendas. O sistema de sacerdócio foi uma concessão pela incapacidade do povo, a causa do pecado, para enfrentar-se e relacionar-se com Deus individual e coletivamente. Em Cristo, foi transformado este sistema imperfeito. Jesucristo mesmo é nosso Supremo Sacerdote. Agora todos os crentes podem aproximar-se de Deus através do.

8:8 O que eram o Urim e o Tumim? sabe-se pouco deles, mas provavelmente eram uma classe de pedras preciosas ou objetos planos que Deus utilizava para dirigir a seu povo. O supremo sacerdote os guardava em uns bolsos atados a seu peitoral. Alguns eruditos acreditam que o Urim pôde ter sido o não como resposta e o Tumim o sim. depois de um tempo de oração pedindo a guia de Deus, o sacerdote sacudiria uma das pedras da bolsa e Deus faria que caísse a pedra adequada. Outro ponto de vista é que o Urim e o Tumim eram pequenos objetos planos, e que cada um tinha um lado para o sim e outro para o não. O sacerdote arrojava os dois, se ambos caíam no lado do sim, a resposta de Deus era positiva. Dois lados com o não era a negativa. Um sim e um não significavam que não havia resposta. Deus teve um propósito especial para utilizar este método para guia: estava ensinando a uma nação os princípios para segui-lo. Entretanto, nossa situação não é a mesma, assim não devemos inventar sistemas como este para que Deus nos guie.

8:12 Qual foi a importância da unção do Arão como supremo sacerdote? O supremo sacerdote tinha deveres especiais que nenhum outro sacerdote tinha. Só ele podia entrar no Lugar Muito santo do tabernáculo no dia anual da Expiação para fazer expiação pelos pecados da nação. portanto, estava a cargo de todos outros sacerdotes. O supremo sacerdote era um tipo do Jesucristo, que é nosso Supremo Sacerdote (Hb_7:26-28).

8:36 Arão e seus filhos fizeram "todas as coisas que mandou Jeová". Considerando as numerosas listas detalhadas do Levítico, essa foi uma grande façanha. Sabiam o que Deus queria, como o queria e com que atitude se devia levar a cabo. Também nós devemos obedecer a Deus desta maneira. Deus quer que sejamos um povo profundamente santo, não uma áspera aproximação à forma em que seus seguidores deveriam ser.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Levítico Capítulo 8 do versículo 1 até o 36
B. Um sacerdócio estabelecido (8: 1-10: 20)

Até este momento a ordem patriarcal tinha prevalecido-uma ordem na qual o pai serviu como sacerdote da família. Ele, como chefe de sua família, foi o mediador entre seus dependentes e Deus. Ele foi o responsável para liderar sua família no culto e serviço de Jeová. Jó é um exemplo notável deste (1:5 , nenhum sacerdote oficial é mencionado anteriormente. Agora, no entanto, como Israel se tornou uma nação, o Senhor deu instruções para a configuração para além de uma certa tribo para servir como sacerdotes, para toda a nação. Dessa tribo Ele selecionou uma família para administrar os ritos no tabernáculo, e de que a família, ele indicou um homem especial para servir como o grande ou sumo sacerdote.

Quanto mais nós entendermos isso, o mais importante torna-se o fato de que no Novo Testamento Igreja Cristo é o Sumo Sacerdote (He 2:17. , He 2:18 ; 7-9 ; He 10:11 ); e todos os crentes, por meio dele, são sacerdotes, com acesso direto a Deus para si e para os outros (Rm 15:16. ; He 4:14. ; He 10:15 ; 1Pe 2:4. ; Rev . 1: 4-6 ). O ministério cristão é composta por aqueles dentro do sacerdócio universal de toda a Igreja cristã que se dão ao chamado do Espírito para servir em capacidades especiais de trabalho espiritual e liderança.

Ao longo da história de Israel a função sacerdotal era diferente e distinto do profético. O profeta representava Deus para o povo; o sacerdote representava as orações e os sacrifícios do povo ao Senhor (Ex 28:1 ; Lv 16:1 ). Os termos hebraicos próprios indicar essas diferenças. A palavra traduzida como "profeta" significa literalmente "aquele que fala por inspiração", enquanto que o prazo para o "sacerdote" é, literalmente, o profeta era um pregador, falando a mensagem de Jeová ao povo "um mediador."; tarefa envolvida petição do sacerdote e adoração, o discernimento da vontade de Deus (Nu 27:21. ; Dt 33:8)

Nos capítulos anteriores, vimos que Deus era muito específico em suas exigências em relação ao ritual e forma de adoração. Agora notamos que Ele também estava muito preocupado com as pessoas que estavam a realizar esses rituais. Eles estavam a ser consagrado, separado dos demais para o serviço singular de Deus. Eles estavam a ser santificado. Isaías declarou mais tarde a verdade do que vemos sendo realizada aqui, quando ele disse que aqueles que suportariam os vasos do Senhor deve estar limpa (Is 52:11 ).

Embora reconheçamos nesses rituais de uma sombra de coisas melhores para vir (He 10:1)

1 E o Senhor disse a Moisés, dizendo: 2 Toma a Arão e seus filhos com ele, e os vestidos, eo óleo da unção, e o novilho da oferta pelo pecado, e os dois carneiros, e o cesto de pães ázimos, 3 e montar tu toda a congregação à porta da tenda da reunião. 4 Então Moisés fez como o Senhor lhe ordenara; ea congregação se reuniu à porta da tenda da congregação.

Deus escolheu a tribo de Levi-de que Moisés era um membro para servir como sacerdotes em Israel, alegando-los para si mesmo no lugar do primogênito de todas as tribos cujas vidas foram poupadas no Êxodo (N1. 8: 14- 19 ). Dentro do círculo mais amplo de levitas, houve, no entanto, uma distinção entre Arão e seus filhos eo resto dos levitas. Apenas a família de Arão era ministrar diante do Senhor no santuário, enquanto outros foram para ajudar em várias funções como assistentes sacerdotais (N1. 3: 1-13 ).Arão foi o próprio funcionar como o sumo sacerdote, e sucedendo sumos sacerdotes eram para ser selecionado a partir da casa de Arão. Foi assim que na cerimônia de ordenação só Arão e seus filhos (v. Lv 8:2) foram separados.

As peças de vestuário para os sacerdotes, e os outros itens necessários para as cerimónias da classificação ditas pelos planos detalhados para esta cerimônia registrado em Ex 28:1)

5 E disse Moisés à congregação: Isto é o que o Senhor ordenou a ser feito.

6 E Moisés levou Arão e seus filhos, e os lavou com água. 7 E pôs-lhe o casaco, e cingiu-o com o cinto, e vestiu-lhe o manto, e pôs sobre ele o éfode, e cingiu-o com a banda habilmente tecida do éfode, e com ele lhe cumprimento. 8 E ele colocou o peitoral com ele: e no peitoral pôs o Urim eo Tumim. 9 E pôs a mitra sobre a sua cabeça; e sobre a mitra, na frente, fez ele colocou a lâmina de ouro, a coroa sagrada; como o Senhor lhe ordenara.

10 E Moisés tomou o azeite da unção, e ungiu o tabernáculo e tudo o que nele havia, e os santificava. 11 e dele espargiu sobre o altar sete vezes, e ungiu o altar e todos os seus utensílios, ea pia com a sua base, a . santifica- 12 E ele derramou do óleo da unção sobre a cabeça de Arão, e ungiu-o, para santificá- Lv 13:1 E Moisés levou os filhos de Arão, e os vestiu com casacos, e cingiu-los com cintos, e cabeça-pneus encadernados sobre eles; como o Senhor lhe ordenara.

14 E ele trouxe o novilho da oferta pelo pecado, e Arão e seus filhos puseram as mãos sobre a cabeça do novilho da oferta pelo pecado. 15 E ele matou-o; e Moisés tomou o sangue, e pô-lo sobre as pontas do altar em redor, com o dedo, e purificou o altar, e derramou o sangue na base do altar, eo santificou, para fazer expiação por ele. 16 E ele tomou toda a gordura que estava na fressura, eo redenho do fígado, e os dois rins com a sua gordura; e Moisés queimou-o sobre o altar. 17 Mas o novilho com o seu couro, com a sua carne e seu excremento, queimou com fogo fora do arraial; como o Senhor lhe ordenara.

18 E ele apresentou o carneiro do holocausto, e Arão e seus filhos puseram as mãos sobre a cabeça do carneiro. 19 E ele o matou; e espargiu o sangue sobre o altar em redor. 20 Partiu também o carneiro em suas partes; e queimou dele a cabeça, e os pedaços, e da gordura. 21 E ele lavou a fressura e as pernas com água; e Moisés queimou todo o carneiro sobre o altar: era um holocausto em cheiro suave: era uma oferta queimada ao Senhor; como o Senhor lhe ordenara.

22 E ele o outro carneiro, o carneiro da consagração; e Arão e seus filhos puseram as mãos sobre a cabeça do carneiro. 23 E ele matou-o; e Moisés tomou do seu sangue, e pô-lo sobre a ponta da orelha direita de Arão, e sobre o polegar da sua mão direita, e sobre o dedo polegar do seu pé direito. 24 E ele trouxe os filhos de Arão; e Moisés pôs daquele sangue sobre a ponta da orelha direita deles, e sobre o polegar da sua mão direita, e sobre o dedo polegar do seu pé direito, e espargiu o sangue sobre o altar em redor. 25 E tomou a gordura e a cauda gorda, e toda a gordura que estava na fressura, e as teias do fígado, e os dois rins com a sua gordura, ea coxa direita: 26 e para fora do cesto de pães ázimos, que estava diante Senhor, tomou um bolo ázimo, e um bolo de pão azeitado, e um wafer, e colocou-os sobre a gordura e sobre a coxa direita: 27 e ele colocou o todo nas mãos de Arão e sobre as mãos de sua filhos, e acenou-los para uma oferta movida perante o Senhor. 28 E Moisés levou-os das suas mãos, e os queimou no altar sobre o holocausto: eram uma consagração, por cheiro suave: foi uma oferta feita por . queimada ao Senhor 29 E tomou Moisés o peito, e acenou para uma oferta movida perante o Senhor: era parte de Moisés do carneiro da consagração;como o Senhor lhe ordenara.

30 Tomou Moisés também do óleo da unção, e do sangue que estava sobre o altar, e espargiu sobre Arão, sobre as suas vestes, e sobre seus filhos, e sobre as vestes de seus filhos com ele, e santificados Arão, suas vestes, e seus filhos, e as vestes de seus filhos com ele.

31 E disse Moisés a Arão e seus filhos, Ferva a carne à porta da tenda da congregação, e ali a comereis com o pão que está no cesto da consagração, como ordenei, dizendo: Arão e seus filhos comerão -lo. 32 E o que restar da carne e do pão, queimareis com fogo. 33 E vós não sairá da porta da tenda da congregação sete dias, até os dias de sua consagração ser cumprida, porque ele consagro-vos sete dias. 34 como se tem feito neste dia, assim o Senhor ordenou que se proceda, para fazer expiação por vós. 35 E, à porta da tenda da congregação haveis de permanecer dia e noite por sete dias, e manter a taxa de Senhor, para que não morrais; porque assim me foi ordenado. 36 E Arão e seus filhos fizeram todas as coisas que o Senhor ordenou por Moisés.

Como a cerimônia de ordenação era para ser conduzida de modo a impressionar tanto os sacerdotes e as pessoas com a santidade de Deus haviam sido delineadas na passagem Êxodo que acabamos de citar, e aqui Moisés realiza de acordo com essas instruções divinas.

As atividades de consagração envolvidos quatro requisitos específicos que foram altamente significativos-altamente significativo não só para o sacerdócio de Arão, mas também no seu simbolismo para nós que são para servir como um "sacerdócio santo" (1Pe 2:5 ; Jo 3:34 ; 1Jo 2:20 ). Houve sacrifício, indicativo de aceitação junto do Senhor (He 10:19 ).

A cerimônia incluiu também a realização de quatro das ofertas discutidos sob capítulos Lv 1:1-Lv 4:12 ), ou, como o termo hebraico significa, uma oferta "para encher as mãos", isto é, uma oferta pela qual os participantes foram investidos com um escritório com uma tarefa especial a fazer. Sua administração, neste caso, era diferente da em que a porção do sacerdote foi atribuída a Moisés, uma vez que ele atuou como sacerdote em nome de Arão e seus filhos-oferecendo paz ordinário; e em que, desde Arão e seus filhos foram para permanecer sete dias no tabernáculo, repetindo a oferta cada dia, eles foram para comer a carne da oferta de paz no dia ofereceu, ao invés de ter que esperar até o dia seguinte (7 : 15-18 ).

Neste ritual particular, diferente da oferta de paz comum, todo o corpo foi simbolicamente consagrada pela unção do ouvido, o polegar do sacerdote, e pés com sangue (indicativo de expiação), e com o óleo (sugestivo de a unção do Santo Espírito). Isto mostra como o ouvido é para ser vivificado para ouvir a Palavra de Deus, a mão acelerou para fazer Sua obra, e os pés acelerou a andar no caminho de Seus mandamentos. Ele sugere também como verdadeira religião afeta toda a vida. O sangue purificador e o óleo da unção do fazer a diferença no que ouvimos, o que fazemos, e para onde vamos. Purificado do pecado e ungidos pelo Espírito Santo, todos os nossos poderes ativos e todos os aspectos da nossa vida refletem os benefícios santos e justos de salvação de Cristo.

Continuando a cerimônia de ordenação por sete dias (sete é o número da perfeição e da plenitude), indicado para o sacerdote que a sua consagração deve ser um completo; seu corpo, alma, tempo e talentos deviam ser inteiramente dedicado a Deus e ao serviço do seu povo.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Levítico Capítulo 8 do versículo 1 até o 36
8:1-36 A consagração dos sacerdotes. Nenhum homem era, por si mesmo, digno de se aproximar de Deus, e daí a necessidade de sacerdócio mediador. Esse sacerdócio era um dom de Deus (Nu 18:7), já que o próprio Deus escolhia e vocacionava os sacerdotes, 8.4, 5; He 5:4. O sacerdote era um tipo de Cristo, nosso único e verdadeiro Mediador, He 8:1. Os quatro passos para a consagração eram:
1) A lavagem, 8.6, símbolo da purificação e do novo nascimento, Tt 3:5; Tt 2:0) O revestimento com as vestes sacerdotais 8:7-3) A unção, 10-12, indicando a santificação e prenunciando a unção do Espírito Santo, At 1:4-44, At 1:8; At 4:0) As várias ofertas, 14-29.

8.2 Arão e seus filhos. Conforme Êx 29. Esta foi a cerimônia da consagração, que depois passou a ser usada para todos os sacerdotes Notemos que havia uma distinção implícita entre os sacerdotes (Arão e seus filhos) e à resto dos levitas. A tribo de Levi, como um todo, foi separada especificamente para o serviço religioso, mas somente os descendentes de Arão, eram os sacerdotes que oficiavam nos cultos do Tabernáculo e (mais tarde) do Templo, em Jerusalém, Nm 11:47-54. Veja também a distinção entre sacerdotes e levitas na Parábola do Bom Samaritano Lc 10:25-42.

8.8 Urim e Tumim. Estas palavras em heb, ambas no plural, podem ser interpretadas por "luzes" e "perfeições", respectivamente. De várias passagens, como Nu 27:21; 1Sm 14:37-9; 1Pe 2:24.

8:14-29 A última parte da consagração de Arão e de seus filhos, isto é, a parte das ofertas se divide assim:
1) A oferta pelo pecado, a imputação da justiça a Arão, 14;
2) O holocausto pelo qual se imputava a santidade, 18;
3) A oferta do carneiro completa a cerimônia, sacrificialmente efetuando a consagração, 22.
8.22 Consagração. Heb millu'im, que quer dizer "preenchimentos", ou "ações de encher", parcialmente porque "encher as mãos" era o termo técnico para designar a investidura dum cargo importante, e, parcialmente, para geminar a palavra "pacífico", que também tinha o sentido de ser completo, pleno, próspero e saudável, Ef 3:9. Na antiga tradução dos 70 foi chamado "o cordeiro da perfeição", já que completou a consagração do sacerdote, capacitando-o, doravante, a fazer sacrifícios a Deus. Compare com "aperfeiçoasse", em He 2:10.

8.23 O sangue derramados sobre a orelha, o polegar da mão direita e o polegar do pé direito do sacerdote simbolizavam sua consagração completa para ouvir, ensinar e observar a Palavra de Deus.
8.26 Pães... bolo. Foram trazidos, num cesto, vários tipos de pães (7.12, vd também 7.12n), que tinham sido preparados para a consagração dos sacerdotes, sob a direção espiritual de Moisés (conforme v. 2).

8.3o Óleo... sangue. Os sacerdotes da Antiga Aliança eram ungidos com óleo e com sangue, representando respectivamente duas bênçãos que haveriam de ser derramadas sobre o povo de Deus com a vinda de Cristo: a unção do Espírito Santo e o sacrifício expiatório, que não dependem de cerimônias físicas, mas são o fruto da obra de Cristo naqueles que o aceitam e que, por isso mesmo, são considerados um sacerdócio real de Cristo. Estes possuem as realidades espirituais que, no Antigo Testamento, são apenas promessas.

8.35 A obra Sagrada dos sacerdotes requeria um preparo feito com disciplina e dedicação; havia condições para se alojarem dentro do Tabernáculo para servirem melhor, 1Sm 3:1-9. Os primeiros dez capítulos deste Livro nos ajudam a entender esta obra, que consistia em:
1) Expiação, caps. 1-7; e
2) Mediação, caps. 8-10. Primeiro o sacrifício, depois o sacerdócio propriamente dito. O sacerdócio não é para servir a pecadores, mas a santos, isto é, a gente convertida. Não é para o mundo que Jesus Cristo é sacerdote, mas somente para a Igreja,Jo 17:9, Jo 17:19. Assim, percebemos que o homem só pode se aproximar de Deus pelo caminho da expiação e da mediação, e que Jesus é a plenitude deste Caminho, sendo o Sacrifício e o Sacerdote, He 9:11-58.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Levítico Capítulo 8 do versículo 1 até o 36
II. O SACERDÓCIO (8.1—10.20)


1) A ordenação dos sacerdotes (8:1-36)

O capítulo descreve como as instruções dadas a Moisés em Ex 29 foram colocadas em prática. Para a maioria dos detalhes, deve-se consultar o comentário de Êxodo; somente variações significativas receberão mais atenção aqui. A posição especial de Moisés como oficiante — e como receptor dos benefícios sacerdotais (v. 29) — deveria ser observada.

a)    Consagração e unção (8:1-13).
v. 3,4. Agora a presença da comunidade é destacada, v. 8. O Urim e o Tumim não são mencionados junto com o peitoral em Êx 29.5; v. Êx 28:30. v. 9. O refrão conforme o Sexhor tinha ordenado a Moisés é repetido no capítulo (v. 13 17:21-29; cf Ex 39 e 40). v. 10. Acerca da unção do tabernáculo e tudo que nele havia, v. Êx 40:9, em que a ordenação dos sacerdotes é associada à construção do tabernáculo (Êx 40:12-15). v. 11. Cf. Êx 29:36; 40:10,11. O aspergir do óleo sete vezes não foi mencionado anteriormente; conforme 14.16,27.

b)    Ofertas para a consagração (8:14-36)
Havia três ofertas de animais a serem apresentadas: o novilho como oferta pelo pecado (v. 14-17), o carneiro como holocausto (v. 1
821) e o carneiro da ordenação (v. 22-29). v. 15. purificá-lo é lit. “pecá-lo” (i.e., “des-pecá-lo”). O altar em que os sacerdotes oficiariam teria de ser purificado ritualmente, v. 17. No fato de a carcaça desse animal ser queimada está o ponto de correspondência com a oferta pelo pecado dos sacerdotes ou da comunidade como é detalhada em 4.121. Os v. 18-21 recontam a oferta do carneiro do holocausto em termos semelhantes aos de Êx 29:15-18. Os v. 22-30, tratando do carneiro da ordenação, estão em concordância estreita com Ex 29:19-26. A principal diferença é que o aspergir das vestes dos sacerdotes (v. 30) é mencionado num estágio anterior em Ex 29 (v. 21). v. 26. Ex 29 não menciona o colocar dos bolos sobre as porções de gordura e sobre a coxa direita antes de serem colocados nos braços de Arão e de seus Filhos, v. 28. É evidente que a coxa direita era queimada no altar (conforme v. 25,26), enquanto na oferta de comunhão regular era reservada para o sacerdote oficiante (7.32,33). v. 31 .a carne: do carneiro da ordenação; a NEB acrescenta: “do carneiro” como explanação, o pão\ conforme v. 2,26. Os v. 33ss prescrevem um período inicia-tório de sete dias que o sacerdote tinha de cumprir antes de entrar no serviço sacerdotal; conforme Êx 29:35.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Levítico Capítulo 8 do versículo 1 até o 36
II. A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E DE SEUS FILHOS Lv 8:1-10.20

É evidente a íntima relação entre estes capítulos e os capítulos 28:29 de Êxodo, onde por três vezes se faz alusão à construção do Tabernáculo. Os capítulos 25:30 referem-se, sobretudo, ao mobiliário, e incluem instruções relativas ao vestuário dos sacerdotes e à sua consagração. Os capítulos 35:39 aludem às leis referentes ao Tabernáculo e Ex 40 trata diretamente da montagem do mesmo e refere-se ao modo como Deus se dignou aceitá-lo. Poderíamos esperar que se seguisse imediatamente o ritual de consagração dos sacerdotes, como seqüência natural da dedicação do Tabernáculo e fazendo ainda parte do Êxodo. Mas, como a principal missão dos sacerdotes é oferecer sacrifícios, e ainda porque a oferta desses sacrifícios que por eles próprios imolavam formava parte indispensável da sua consagração, explica-se que o manual dos sacrifícios apresentado nos capítulos 1:7 do Levítico preceda esta importante secção.

a) Arão e seus filhos consagrados por Moisés (Lv 8:1-36)

O modo tão repentino como se inicia este capítulo com as palavras "Toma a Arão..." faz-nos pensar imediatamente em Êx 29:1-3, onde se alude ao mesmo acontecimento. Daí o emprego do artigo definido antes dos objetos e animais em questão. Como cerca de quinze vezes deparamos com a frase "como o Senhor ordenou a Moisés", ou expressão equivalente, numa espécie de estribilho, é sinal que a cerimônia devia considerar-se como a conclusão da consagração do Tabernáculo e uma continuação dos capítulos 29:40 do Êxodo. É única a posição de Moisés (cfr. Caps. 28-29 do Êxodo), privilegiada e sem precedentes na história do Povo de Deus a quem "serviu" fielmente (cfr. Nu 12:7; He 3:2-58). Por tal motivo, seria Moisés a oferecer "o novilho da expiação do pecado" de Arão (14-17), pertencendo-lhe, portanto, o peito do carneiro da consagração, que normalmente fazia parte da porção do sacerdote oficiante (Lv 8:28; Êx 29:26).

>Lv 8:3

O ritual da consagração dos sacerdotes constituía uma cerimônia impressionante, realizada na presença de "toda a congregação à porta da tenda da congregação" (3). Note-se a solenidade das palavras iniciais: Isto é o que o Senhor ordenou que se fizesse (5). Primeiramente eram as lavagens com água. Depois Arão vestia-se das vestes sagradas (6-9; cfr. Ex 28) e Moisés ungia o Tabernáculo, o altar, os vasos e a pia (10-11), cerimônia esta que era seguida do derramamento de azeite sobre a cabeça de Arão (12; cfr. Sl 133:2), como símbolo da santificação e da consagração. Ato contínuo vestia Moisés os filhos de Arão (13) e procedia à oferta pela expiação do pecado (14-17), ao holocausto (18-21) e à oferta da consagração (22-29). Esta última é a única que não se menciona no manual. O termo hebraico é millu’im, à letra "ações de encher", porque "encher as mãos" era o termo técnico para designar a investidura dum cargo importante. Assemelhava-se à oferta da paz pelo fato de poderem participar da carne todos aqueles por quem era oferecida (31). Mas neste caso a porção especial do sacerdote não podia ser tomada por Arão e seus filhos, já que por estes Moisés a oferecera. Assim a primeira era atribuída a Moisés como sua porção (29), por agir como sacerdote, e a outra era simplesmente queimada sobre o altar (25-28).

Arão e seus filhos impunham as mãos sobre a vítima do sacrifício para que se soubesse que se tratava duma oferta por eles mesmos. Mas também era sabido que o sangue da oferta do pecado ia purificar e santificar o altar em que os sacerdotes ministravam. A colocação do sangue da consagração nas orelhas e nos polegares da mão e pé direitos (23-24), a aspersão do azeite e do sangue sacrificial sobre Arão e seus filhos (30) e o derramamento do azeite na cabeça de Arão (12), simbolizavam a consagração e a santificação para os diferentes cargos anexos ao múnus sagrado do sacerdócio. Arão e seus filhos não deviam sair da porta da tenda da congregação durante os sete dias da consagração, sendo repetidos todos os dias os mesmos sacrifícios (33-34), por isso nota-se a exceção feita para as ofertas da paz, que podiam ser consumidas no dia seguinte ao sacrifício (Lv 7:15-18). Estas seriam comidas no mesmo dia. E enquanto Moisés procedia ao ritual do sacrifício, Arão e seus filhos não sairiam do pátio do Tabernáculo.


Dicionário

Carne

substantivo feminino O tecido muscular do homem e dos animais, e principalmente a parte vermelha dos músculos.
Particularmente, o tecido muscular dos animais terrestres que serve de alimento ao homem.
Carne viva, o derma ou o tecido muscular posto a descoberto depois de arrancada ou cortada a epiderme.
Figurado A natureza humana: a carne é fraca.
O corpo humano: mortificar a carne.
A polpa das frutas.
Cor de carne, branco rosado.
Nem peixe nem carne, diz-se de uma pessoa de caráter indeciso, que não tem opinião definida, ou de uma coisa insípida.
São unha com carne, ou unha e carne, ou osso e carne, diz-se de duas pessoas que vivem em muita intimidade, que mutuamente comunicam seus pensamentos secretos.

A palavra hebraica do A.T., basar, tem freqüentemente o sentido literal de carne, ou seja do homem ou de animal (Gn 2:21 – 9.4 – Lv 6:10Nm 11:13), e também significa todas as criaturas vivas (Gn 6:13-17) – além disso tem a significação especial de Humanidade, sugerindo algumas vezes quanto é grande a fraqueza do homem, posta em confronto com o poder de Deus (Sl 65:2 – 78.39). No N. T. a palavra sarx é empregada da mesma maneira (Mc 13:20 – 26.41 – Hb 2:14 – 1 Pe 1.24 – Ap 17:16) S. Paulo põe habitualmente em contraste a carne e o espírito – e faz a comparação entre aquela vida de inclinação à natureza carnal e a vida do crente guiado pelo Espírito (Rm 7:5-25, 8.9 – Gl 5:17 – etc.). A frase ‘Carne e sangue’ (Mt 16:17Gl 1:16) é para fazer distinção entre Deus e o homem (*veja Alimento).

A carne é veículo transitório e abençoado instrumento para o espírito aprender na Academia terrestre através do processo incessante da evolução.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

A carne, de certo modo, em muitas circunstâncias não é apenas um vaso divino para o crescimento de nossas potencialidades, mas também uma espécie de carvão milagroso, absorvendo -nos os tóxicos e resíduos de sombra que trazemos no corpo substancial.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] A carne, em muitos casos, é assim como um filtro que retém as impurezas do corpo perispiritual, liberando-o de certos males nela adquiridos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

A carne é a sagrada retorta em que nos demoramos nos processos de alquimia santificadora, transubstanciando paixões e sentimentos ao calor das circunstâncias que o tempo gera e desfaz.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Evangelho

A carne terrestre, onde abusamos, é também o campo bendito onde conseguimos realizar frutuosos labores de cura radical, quando permanecemos atentos ao dever justo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - cap• 5


Carne
1) O tecido muscular do corpo dos seres humanos e dos animais (Gn 2:21)

2) O corpo humano inteiro (Ex 4:7).

3) O ser humano fraco e mortal (Sl 78:39).

4) A natureza humana deixada à vontade e dominada pelos seus desejos e impulsos (Gl 5:19); 6.8;
v. CARNAL).

Carne O termo carne não tem uma significação unívoca nos evangelhos. A expressão “toda carne” refere-se ao conjunto de todos os seres humanos (Mt 24:22); “carne e sangue” designa o ser humano em suas limitações (Mt 16:17; 26,41) e “carne” também se refere — em contraposição a espírito — ao homem em seu estado de pecado (Jo 3:6). Finalmente “comer a carne e beber o sangue” de Jesus, longe de ser uma referência eucarística, significa identificar-se totalmente com Jesus, custe o que custar, pelo Espírito que dá a vida. A exigência dessa condição explica por que muitos que seguiam Jesus até esse momento abandonaram-no a partir de sua afirmação (Jo 6:53-58:63).

substantivo feminino O tecido muscular do homem e dos animais, e principalmente a parte vermelha dos músculos.
Particularmente, o tecido muscular dos animais terrestres que serve de alimento ao homem.
Carne viva, o derma ou o tecido muscular posto a descoberto depois de arrancada ou cortada a epiderme.
Figurado A natureza humana: a carne é fraca.
O corpo humano: mortificar a carne.
A polpa das frutas.
Cor de carne, branco rosado.
Nem peixe nem carne, diz-se de uma pessoa de caráter indeciso, que não tem opinião definida, ou de uma coisa insípida.
São unha com carne, ou unha e carne, ou osso e carne, diz-se de duas pessoas que vivem em muita intimidade, que mutuamente comunicam seus pensamentos secretos.

Fogo

substantivo masculino Desenvolvimento simultâneo de calor, de luz e de chama produzido pela combustão viva de certos corpos, como a madeira, o carvão etc.
Fogueira, incêndio, labareda, lume.
Fogão ou lugar onde se cozinha ou se faz fogo para qualquer fim; lareira: conversávamos junto ao fogo.
Calor intenso e molesto: o dia de hoje foi um fogo.
Figurado Veemência, ardor, paixão: o fogo da cólera.
Fuzilaria, guerra, combate.
Figurado Fogo de palha, entusiasmo passageiro ou aparente.
Figurado Excitação, ardência sexual: mulher de muito fogo.
Negar fogo, falhar, iludir, desanimar.
Pegar fogo, incendiar-se, inflamar-se.
Fazer fogo, acender.
Comer fogo, fazer alguma coisa com grande sacrifício ou passar dificuldades.
Figurado Atiçar fogo, açular, incitar.
Brincar com o fogo, expor-se ao perigo, arriscar-se.
Figurado Ser fogo, ser difícil, irredutível, indomável, intransigente.
A fogo lento, pouco a pouco.
Tocar fogo na canjica, animar.
Figurado Pôr as mãos no fogo (por alguém), responsabilizar-se, confiar em.
interjeição Voz de disparo em combate ou aviso de incêndio.
substantivo masculino plural Fogos de artifício, peças pirotécnicas fáceis de inflamar para festejos juninos e outras comemorações.

Fogo (que em latim se dizia "ignis" = ignição do carro) tem origem noutra palavra latina, "focu", cujo primeiro sentido é lar doméstico, lareira, e só posteriormente passou a significar fogo. Por via culta, "focu" nos deu foco, já com sentidos novos.

Deus revelou a Sua presença na sarça ardente por meio do fogo (Êx 3:2), e desceu ao monte Sinai entre chamas e relâmpagos (Êx 19:18). Aquele fogo que desceu do céu, primeiramente sobre o altar do tabernáculo, e mais tarde sobre o altar do templo de Salomão, quando da sua dedicação, ali se conservou constantemente alimentado, e cuidadosamente sustentado de dia e de noite pelos sacerdotes. o fogo para fins sagrados, que não fosse obtido do altar, era chamado ‘fogo estranho’ – e por ser este usado por Nadabe e Abiú, foram estes sacerdotes mortos com fogo que veio de Deus (Lv 10:1-2Nm 3:4 – 26.61). o emprego do fogo para fundir metais já era conhecido dos hebreus no tempo do Êxodo (32.24). Em dia de sábado nenhum lume se acendia para qualquer fim doméstico (Êx 35:3Nm 15:32-36). os adoradores do deus Moloque, ou queimavam os seus filhos no fogo, ou os faziam passar por ele (2 Rs 16.3 – 21.6 – 2 Cr 33.6). o Espirito Santo é comparado ao fogo (Mt 3:11At 2:3), sendo a sua obra converter e purificar as almas, inflamando-as de amor a Deus e de zelo pela Sua Glória. A Palavra de Deus é, também, apresentada como semelhante ao fogo (Jr 23:29). Empregam-se, além disso, os termos ‘fogo’ e ‘chama’, para exprimir vivos sentimentos e a inspiração divina, e descrever calamidades temporais e futuros castigos (Sl 66:12Jr 20:9Jl 2:30Ml 3:2Mt 25:41Mc 9:43).

[...] No pensamento de Jesus, o fogo eterno não podia passar, portanto, de simples figura, pouco lhe importando fosse essa figura interpretada à letra, desde que ela servisse de freio às paixões humanas. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6, it• 7

Imagem, semelhante a tantas outras, tomada como realidade. [...] O homem não encontrou comparação mais enérgica do que a do fogo, pois, para ele, o fogo é o tipo do mais cruel suplício e o símbolo da ação mais violenta. Por isso é que a crença no fogo eterno data da mais remota antiguidade, tendo-a os povos modernos herdado dos mais antigos. Por isso também é que o homem diz, em sua linguagem figurada: o fogo das paixões; abrasar de amor, de ciúme, etc.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 974 e 974a

[...] A Teologia reconhece hoje que a palavra fogo é usada figuradamente e que se deve entender como significando fogo moral. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1009

O fogo exprime emblematicamente a expiação como meio de purificação e, portanto, de progresso para o Espírito culpado.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3


Fogo Um dos símbolos com o qual se descreve o castigo eterno: o inferno (Mt 5:22). Passagens como as de Lc 3:16 ou 12:49ss. referem-se, evidentemente, à dupla opção de vida diante da qual se coloca todo ser humano: ou aceitar o Evangelho de Jesus, o messias, e ser mergulhado (batizado) no Espírito Santo ou rejeitá-lo e ser lançado ao fogo eterno, destinado ao diabo e a seus anjos (Mt 25:41-46).

C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Las sectas frente a la Biblia, Madri 1992.


Paô

substantivo masculino [Brasil] Ave, do tamanho de pomba, negra, mas com o peito vermelho.

substantivo masculino [Brasil] Ave, do tamanho de pomba, negra, mas com o peito vermelho.

substantivo masculino [Brasil] Ave, do tamanho de pomba, negra, mas com o peito vermelho.

Pão

Em todos os tempos, mesmo nos maisremotos, foi o pão o principal alimento dos hebreus. Trigo e cevada, ou em separado, ou juntamente com outros grãos ou legumes, eram triturados ou pisados no pilão – misturava-se depois a farinha, com água, podendo deitar-se-lhe um pouco de sal, e por fim era cozida. Mais tarde começou a usar-se o fermento e substâncias aromáticas. Para fazer pão, amassava-se a farinha em gamelas, com as mãos ou com os pés, como os árabes ainda hoje fazem (Gn 18:6). A amassadura era, algumas vezes, feita numa peça circular de couro, que facilmente podia ser levantada e levada de terra em terra, como convinha a um povo nômade. Davam, às vezes, ao pão a forma de um bolo muito delgado, outras vezes tinha a espessura de um dedo. o processo de cozer o pão era rápido. Todas as manhãs era moído o trigo, e até se fazer o pão decorriam vinte minutos. Este era o pão asmo, que somente se usava em caso de necessidade (Gn 19:3), ou para fins cerimoniais. o pão fermentado requeria mais tempo, por causa da fermentação. Um pouco de massa do dia anterior era dissolvida em água, e com isto se misturava a farinha, sendo depois tudo bem amassado. Esperava-se, então, que a massa estivesse completamente levedada. o A.T. refere-se a três diferentes métodos de cozer o pão. Em 1 Rs 19.6 lê-se: ‘olhou ele e viu, junto à cabeceira um pão cozido sobre pedras em brasa.’ Este é, ainda hoje, o processo seguido pelos árabes. Sobre lajes acendia-se o lume com palha, ramos secos, e esterco de camelo. Quando a pedra estava bem quente, as cinzas eram removidas, sendo depois os bolos da massa postos sobre as pedras quentes, e as cinzas trazidas outra vez para o seu lugar. Passados alguns minutos, eram as cinzas novamente retiradas mas simplesmente pelo tempo necessário para se voltar o pão. Nas cidades havia padarias, havendo uma classe de padeiros profissionais. Mas geralmente possuía cada casa o seu próprio forno, que era um grande vaso de barro, no fundo do qual se acendia o lume. Quando estava aquecido, os pães era cozidos tanto na parte interior como na parte exterior daquele fogão. Nas pequenas povoações fazia-se uma cova no chão, revestindo-se o fundo e as paredes com uma camada de barro, a qual, com o fogo, se tornava dura e macia – a parte mais baixa oferecia boas condições de aquecimento para receber a massa para o pão. Em geral eram as mulheres que se ocupavam neste trabalho, mas os profissionais eram sempre homens. Em Jerusalém havia um bairro onde se fabricava o pão (Jr 37:21). (*veja Pão asmo.)

Esse pão que, na prece do Pai Nosso, Jesus ensina-nos a pedir ao Criador, não é, pois, apenas o alimento destinado à mantença de nosso corpo físico, mas tudo quanto seja indispensável ao crescimento e perfectibilidade de nossa consciência espiritual, o que vale dizer, à realização do reino dos céus dentro de nós.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O Pai Nosso

[...] O pão é o alimento do corpo e a prece é o alimento da alma.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 15

O pão do corpo significa amor, trabalho e sacrifício do lavrador. O pão do espírito constitui serviço, esforço e renúncia do missionário do bem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


Pão
1) Alimento feito de farinha, água e fermento e assado no forno (Jo 6:9)

2) Alimento (Gn 3:19). 3 Alimento espiritual (Jo 6:31-35).

Pão Alimento feito com farinha de cevada ou trigo e levedura. Às vezes, sua forma recordava a de uma pedra (Mt 4:3; 7,9; Lc 4:3; 11,11) e constituía o alimento básico da população judaica na época de Jesus (Mc 3:20; Lc 11:5; 14,15; 15,17).

Compartilhar o pão significava a união dos que o comiam e, precisamente por isso, tinha conotações religiosas (Mt 14:19; 26,26; Mc 6:41; 14,22; Lc 9:16; 22,19; Jo 6:11; 13,18).

Deus provê seus filhos do necessário pão cotidiano (Mt 6:11; Lc 11:3) e nesse sentido devem ser entendidos os milagres da multiplicação dos pães (Mt 14:13-21; 15,32-38). Também lhes proporciona o pão espiritual (Mt 14:20; Lc 22:16) — o próprio Jesus (Jo 6:35-47). A tendência é interpretar historicamente esta última passagem e à luz tanto da instituição da Nova Aliança (Mt 26:26 e par.) como da Eucaristia. O contexto parece indicar melhor que Jesus se refere a ele próprio e ao seu ensinamento que deve aceitar quem deseja ser seu discípulo (Jo 6:60ss.).


Queimar

verbo transitivo Consumir pelo fogo, reduzir a cinzas; abrasar, arder.
Tostar; escurecer pelo calor (do fogo, do sol): o sol queimou-lhe a pele.
Crestar, estorricar: o sol forte queimou as plantas.
Causar ardor: o álcool queimou-me a garganta.
Sofrer o efeito das geadas.
Figurado Dissipar, malbaratar, esperdiçar: queimou a herança em três tempos.
Vender por qualquer preço.
Queimar os miolos, fazer grande esforço mental.
Queimar seus navios, desfazer-se voluntariamente dos meios que possam permitir um recuo quando envolvido num empreendimento.
Queimar o último cartucho, lançar mão dos últimos recursos ou argumentos.
Queimar as pestanas, aplicar-se muito nos estudos.
verbo pronominal Zangar-se, irritar-se; ficar ofendido.

Do latim cremare, queimar, com influência de caimare, queimar, do latim vulgar da Península Ibérica, por influência do grego káima, queimadura, calor ardente. Aplicado no sentido denotativo, isto é, referencial, com o significado de destruir, aparece também em numerosas acepções conotativas, ou seja, em sentido figurado, indicando desaparecimento, morte, estudo ("queimar as pestanas", estudar), lançamento indevido ("queimou o candidato") e perder oportunidade ("queimar cartucho"). Mais recentemente, em termos históricos, passou a designar ação que causa prejuízo, nascida de metáfora da fotografia e do cinema: "queimar o filme", expressão surgida entre as décadas de 1980 e 1990.

Sobejar

verbo transitivo indireto e intransitivo Ser mais que o necessário; estar em excesso, em demasia, em abundância; sobrar: acabando as férias, o que sobejar do prazo recomeçará a correr no primeiro dia útil seguinte; para o sábio, sua inteligência sobeja.
Etimologia (origem da palavra sobejar). Sobejo + ar.

Sobrar

Sobejar Sobrar (Ex 16:18; Mt 15:37).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Levítico 8: 32 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Mas o que sobrar da carne e do pão, queimareis com fogo.
Levítico 8: 32 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1445 a.C.
H1320
bâsâr
בָּשָׂר
carne
(the flesh)
Substantivo
H3498
yâthar
יָתַר
ser deixado, sobrar, restar, deixar
(the remainder)
Verbo
H3899
lechem
לֶחֶם
pão
(bread)
Substantivo
H784
ʼêsh
אֵשׁ
fogo
(burning)
Substantivo
H8313
sâraph
שָׂרַף
queimar
(and burn)
Verbo


בָּשָׂר


(H1320)
bâsâr (baw-sawr')

01320 בשר basar

procedente de 1319; DITAT - 291a; n m

  1. carne
    1. referindo-se ao corpo
      1. de seres humanos
      2. de animais
    2. o próprio corpo
    3. órgão sexual masculino (eufemismo)
    4. parentesco, relações familiares
    5. carne como algo frágil ou errante (homem em oposição a Deus)
    6. todos os seres viventes
    7. animais
    8. humanidade

יָתַר


(H3498)
yâthar (yaw-thar')

03498 יתר yathar

uma raiz primitiva; DITAT - 936; v

  1. ser deixado, sobrar, restar, deixar
    1. (Qal) remanescente (particípio)
    2. (Nifal) ser deixado, sobrar, ser deixado para trás
    3. (Hifil)
      1. restar, deixar
      2. guardar, preservar vivo
      3. superar, mostrar pré-eminência
      4. mostrar excesso, ter mais do que o suficiente, ter em excesso

לֶחֶם


(H3899)
lechem (lekh'-em)

03899 לחם lechem

procedente de 3898; DITAT - 1105a; n m

  1. pão, alimento, cereal
    1. pão
      1. pão
      2. cereal usado para fazer pão
    2. alimento (em geral)

אֵשׁ


(H784)
ʼêsh (aysh)

0784 אש ’esh

uma palavra primitiva; DITAT - 172; n f

  1. fogo
    1. fogo, chamas
    2. fogo sobrenatural (junto com teofania)
    3. fogo (para cozinhar, assar, crestar)
    4. fogo do altar
    5. a ira de Deus (fig.)

שָׂרַף


(H8313)
sâraph (saw-raf')

08313 שרף saraph

uma raiz primitiva; DITAT - 2292; v.

  1. queimar
    1. (Qal) queimar
    2. (Nifal) ser queimado
    3. (Piel) que queima, abrasador (particípio)
    4. (Pual) ser destruído pelo fogo, ser queimado