Enciclopédia de Amós 1:3-3

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

am 1: 3

Versão Versículo
ARA Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Damasco e por quatro, não sustarei o castigo, porque trilharam a Gileade com trilhos de ferro.
ARC Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Damasco, e por quatro, não retirarei o castigo, porque trilharam a Gileade com trilhos de ferro.
TB Assim diz Jeová: Por causa de três transgressões de Damasco, sim, de quatro, não desviarei o seu castigo, porque trilharam a Gileade com trilhos de ferro.
HSB כֹּ֚ה אָמַ֣ר יְהוָ֔ה עַל־ שְׁלֹשָׁה֙ פִּשְׁעֵ֣י דַמֶּ֔שֶׂק וְעַל־ אַרְבָּעָ֖ה לֹ֣א אֲשִׁיבֶ֑נּוּ עַל־ דּוּשָׁ֛ם בַּחֲרֻצ֥וֹת הַבַּרְזֶ֖ל אֶת־ הַגִּלְעָֽד׃
BKJ Assim diz o -SENHOR: por três transgressões de Damasco, e por quatro, não retirarei o seu castigo, pois eles debulharam a Gileade com instrumentos de debulha de ferro.
LTT Assim diz o SENHOR: "Por três transgressões de Damasco, e por quatro, não retirarei dele o castigo, porque debulharam- batendo a Gileade com instrumentos- de- bater feitos de ferro.
BJ2 Assim falou Iahweh: Pelos três crimes de Damasco, pelos quatro,[f] não o revogarei![g] Porque esmagaram Galaad com debulhadoras de ferro,[h]
VULG Hæc dicit Dominus : Super tribus sceleribus Damasci, et super quatuor non convertam eum, eo quod trituraverint in plaustris ferreis Galaad.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Amós 1:3

I Reis 19:17 E há de ser que o que escapar da espada de Hazael, matá-lo-á Jeú; e o que escapar da espada de Jeú, matá-lo-á Eliseu.
II Reis 8:12 Então, disse Hazael: Por que chora meu senhor? E ele disse: Porque sei o mal que hás de fazer aos filhos de Israel; porás fogo às suas fortalezas, e os seus jovens matarás à espada, e os seus meninos despedaçarás, e as suas pejadas fenderás.
II Reis 10:32 Naqueles dias, começou o Senhor a diminuir os termos de Israel porque Hazael os feriu em todas as fronteiras de Israel,
II Reis 13:3 Pelo que a ira do Senhor se acendeu contra Israel, o qual deu-os na mão de Hazael, rei da Síria, e na mão de Ben-Hadade, filho de Hazael, todos aqueles dias.
II Reis 13:7 Não deixou a Jeoacaz mais povo, senão só cinquenta cavaleiros, e dez carros, e dez mil homens de pé; porquanto o rei da Síria os tinha destruído e os tinha feito como o pó, trilhando-os.
Jó 5:19 Em seis angústias, te livrará; e, na sétima, o mal te não tocará.
Jó 19:3 dez vezes me envergonhastes; vergonha não tendes de contra mim vos endurecerdes.
Provérbios 6:16 Estas seis coisas aborrece o Senhor, e a sétima a sua alma abomina:
Eclesiastes 11:2 Reparte com sete e ainda até com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra.
Isaías 7:8 Mas a cabeça da Síria será Damasco, e o cabeça de Damasco, Rezim; e, dentro de sessenta e cinco anos, Efraim será quebrantado e deixará de ser povo.
Isaías 8:4 Porque, antes que o menino saiba dizer meu pai ou minha mãe, se levarão as riquezas de Damasco e os despojos de Samaria, diante do rei da Assíria.
Isaías 17:1 Peso de Damasco. Eis que Damasco será tirada e já não será cidade, mas um montão de ruínas.
Isaías 41:15 Eis que te preparei trilho novo, que tem dentes agudos; os montes trilharás e moerás; e os outeiros tornarás como a palha.
Jeremias 49:23 Contra Damasco. Envergonhou-se Hamate e Arpade e, porquanto ouviram más novas, desmaiaram; no mar há angústia; não se pode sossegar.
Amós 1:6 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Gaza e por quatro, não retirarei o castigo, porque levaram em cativeiro todos os cativos para os entregarem a Edom.
Amós 1:9 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Tiro e por quatro, não retirarei o castigo, porque entregaram todos os cativos a Edom e não se lembraram da aliança dos irmãos.
Amós 1:11 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Edom e por quatro, não retirarei o castigo, porque perseguiu a seu irmão à espada e baniu toda a misericórdia; e a sua ira despedaça eternamente, e retém a sua indignação para sempre.
Amós 1:13 Assim diz o Senhor: Por três transgressões dos filhos de Amom e por quatro, não retirarei o castigo, porque fenderam as grávidas de Gileade, para dilatarem os seus termos.
Amós 2:1 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Moabe e por quatro, não retirarei o castigo, porque queimou os ossos do rei de Edom, até os reduzir a cal.
Amós 2:4 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Judá e por quatro, não retirarei o castigo, porque rejeitaram a lei do Senhor e não guardaram os seus estatutos; antes, se deixaram enganar por suas próprias mentiras, após as quais andaram seus pais.
Amós 2:6 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Israel e por quatro, não retirarei o castigo, porque vendem o justo por dinheiro e o necessitado por um par de sapatos.
Zacarias 9:1 Peso da palavra do Senhor contra a terra de Hadraque e Damasco, que é o seu repouso; porque o olhar do homem e de todas as tribos de Israel se volta para o Senhor.

Gematria

Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.

quatro (4)

As quatro direções (norte, sul, leste e oeste) juntamente com os elementos básicos do mundo físico (fogo, ar, água e terra). A união dos níveis de interpretação da Torá (pshat - literal, remez - alusivo, drush - alegórico e sod - místico). O conjunto completo da família (pai, mãe, filho e filha). Também representa a humildade e a auto-anulação perante Deus.



Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS VIZINHOS DE ISRAEL E JUDÁ

O LEGADO DE DAVI E SALOMÃO
Durante o reinado de Davi, Israel conquistou vários povos vizinhos, mas não todos. Ao norte, Hirão de Tiro e outros reis fenícios governavam uma faixa ao longo da costa do Mediterrâneo correspondente de forma aproximada a atual Líbano. Mais ao sul, também junto ao Mediterrâneo, os filisteus mantiveram sua independência. Do lado leste do rio Jordão e a leste e sul do mar Morto, Davi conquistou Amom, Moabe e Edom. Depois de derrotar Hadadezer de Zobá, Davi parece ter conseguido controlar parte da Síria até o rio Eufrates. Nos anos depois da morte de Salomão, essas regiões readquiriram sua independência.

AMOM
O centro do reino de Amom era a grande cidadela de Rabá- Amom (atual Amã, capital da Jordânia). Os amonitas eram descendentes de Ben-Ami, filho de Ló (sobrinho de Abraão) (com sua filha mais nova) A região a oeste que se estendia até o vale do Jordão entre os ribeiros Jaboque e Arnom era ocupada pelos amorreus.

MOABE
O reino de Moabe se concentrava no planalto entre o ribeiro de Arnom, que corria por um vale de até 500 m de profundidade, e o ribeiro de Zerede, a leste do mar Morto. Sua cidade mais importante era Quir-Haresete, a magnífica fortaleza de Kerak. A região ao norte do rio Arnom era chamada de Misor, ou campinas de Moabe. Os moabitas eram descendentes de Ló com sua filha mais vela. Rute, a bisavó de Davi, era moabita. Moabe era uma região conhecida pela criação de ovinos e, por algum tempo, teve de pagar a Israel um tributo anual de cem mil cordeiros e a lã de cem mil carneiros.

EDOM
Os edomitas eram descendentes de Esaú, o irmão mais velho de Jacó. Ocupavam o território ao sul do mar Morto e a sudeste do ribeiro de Zerede. Essa região montanhosa também era chamada de monte Seir, que significa "peludo", pois era coberta de uma vegetação densa constituída, em sua maior parte, de arbustos. Abrangia a Arabá, ou deserto de Edom, a grande depressão que liga o mar Morto ao mar Vermelho. Sua capital, Sela, pode ser identificada com Petra, a cidade que viria a ser conhecida como a espetacular capital rosada dos árabes nabateus.

A REGIÃO AO SUL DO MAR MORTO
Ao sul de uma linha imaginária entre Gaza e Berseba, estendendo-se para o leste até o sul do mar Morto, fica o deserto de Zim. Essa área extensa que constitui a parte norte do deserto do Sinai apresenta um índice pluviométrico anual inferior a 200 mm e, portanto, não pode ser usada para a agricultura. Judá procurou exercer controle sobre Edom e essa região. Os portos de Eziom-Geber (possivelmente Tell el-Kheleifeh) e Elate no norte do golfo de Ácaba permitiam que Judá tivesse acesso ao mar Vermelho e seu comércio valioso.

OS FILISTEUS
Quatro cidades filistéias, Ecrom, Asdode, Asquelom e Gaza, permaneceram independentes do controle de Israel e Judá. Apenas Gate foi controlada pelo reino de Judá.

O LÍBANO
Os montes da região norte da Galileia são separados das cadeias de montanhas do Líbano ao norte pelo vale profundo do rio Litani que desemboca no Mediterrâneo alguns quilômetros ao norte de Tiro. As montanhas de até 3.088 m de altura que passam cerca da metade do ano cobertas de neve explicam o nome "Líbano", que significa "branco". As coníferas e cedros do Líbano forneciam a madeira de melhor qualidade do Antigo Oriente Próximo, cobiçadas por reis da Mesopotâmia e do Egito, e também por Salomão, que adquiriu dessa região a madeira para o templo do Senhor em Jerusalém. A leste da cadeia de montanhas do Líbano encontra-se o vale de Becá. As montanhas formam uma barreira natural, impedindo que as chuvas cheguem ao vale onde o índice pluviométrico anual não passa de 250 mm. Os rios Orontes e Litani correm, respectivamente, ao longo do norte e do sul do vale para o mar Mediterrâneo. A leste de Becá fica a cadeia de montanhas do Antilíbano, cujo pico mais alto é o do monte Hermom (também chamado de Sirion ou Senir) com 2.814 m de altura. A costa mediterrânea do Libano possui

DO OUTRO LADO DO MAR
Os fenícios da costa do Líbano eram exímios marinheiros. Salomão contratou marujos de Hirão, rei de Tiro, para seus empreendimentos comerciais no mar Vermelho. Os israelitas, por sua vez, eram um povo ligado à terra que mostrava pouco entusiasmo pelo mar, como o salmista deixa claro: "Subiram até aos céus, desceram até aos abismos; no meio destas angústias, desfalecia-lhes a alma. Andaram, e cambalearam como ébrios, e perderam todo tino. Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações" (SI 107:26-28).

A SÍRIA
A leste da cadeia do Antilíbano fica o país chamado hoje de Síria. Este foi o nome que os romanos deram à região, que incluía a Palestina, quando Pompeu a conquistou em 63 .C. e a transformou numa província romana. No tempo do Antigo Testamento, a região ao redor de Damasco e mais ao norte era chamada de Hara. Davi firmou alianças com os reis arameus de Gesur (a leste do mar da Galileia) e Hamate. Conquistou Zoba (ao norte de Damasco), estendendo seu domínio até o rio Eufrates. Damasco recobrou sua independência durante o reinado de Salomão quando um certo Rezom passou a controlar a região. Ben-Hadade II, Hazael e Ben-Hadade IlI, reis posteriores de Damasco, entraram em conflito repetidamente com Israel, o reino do norte.

A LESTE DO JORDÃO
Basã e Gileade, a leste do rio Jordão, faziam parte da terra prometida, e, portanto, não eram vizinhos de Israel. Entretanto, a fim de fornecer uma descrição mais abrangente, devemos tratar dessas terras do outro lado do rio. Nessa região, os ventos frios do deserto que, no inverno, sopram sobre os montes orientais impedem o cultivo de oliveiras e, em alguns lugares, também de vinhas.

Vizinhos de Israel e Judá
Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam. em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.

Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.
Cedros nas montanhas do Líbano.

ASSÍRIA: A AMEAÇA VINDA DO NORTE

metade do século IX a 722 a.C.
A ASCENSÃO DA ASSÍRIA
O território da Assíria ficava cerca de 900 km a nordeste de Israel, na região correspondente ao atual Iraque, uma terra montanhosa, regada pelo rio Tigre que nasce na região montanhosa do leste da Turquia. No início do século IX a.C., o exército assírio realizou campanhas para proteger suas fronteiras e exigir tributos de estados vizinhos. O rei assírio Assurbanipal I (884-859 a.C.) é conhecido porter realizado quatorze grandes expedições durante os 25 ands do seu reinado. Em suas inscrições, ele se gaba com freqüência da sua própria crueldade (ver página 87). Para celebrar a construção do seu novo palácio em Kalhu (Calá em hebraico, a atual Nimrud), cerca de 35 km ao sul de Mosul, Assurbanipal otereceu um banquete suntuoso durante dez dias para 64.574 convidados.
Em 853 a.C., Salmaneser III (859-824 a.C.), o sucessor de Assurbanipal, enfrentou uma coalizão da qual fazia parte o rei israelita Acabe. Isto se deu em Qarqar, junto ao Orontes, na Síria. De acordo com os registros assírios, Acabe usou dois mil carros na batalha. Numa ocasião posterior durante seu reinado, em 841 a.C., Salmaneser encontrou outro rei israelita. O famoso Obelisco Negro de Nimrud (atualmente no Museu Britânico) mostra leú, ou seu embaixador, pagando tributo a Salmaneser. Cortesãos formam uma longa fila para entregar seus tributos: ouro, prata e frutas. Representantes de outros estados trazem elefantes, camelos, bactrianos e macacos.

O DECLÍNIO DA ASSÍRIA
Trinta e um dos 35 anos de reinado de Salmaneser III foram dedicados à guerra. Depois de sua morte, em 824 a.C., monarcas assírios mais fracos permitiram que grande parte da Síria passasse ao controle do reino arameu de Damasco que, por sua vez, também reduziu o território de leú Na primeira metade do século VIII a.C, governadores de províncias já exerciam grande autoridade sobre vastas extensões de terra em detrimento da monarquia central assíria. E nesse período que o livro de Reis situa o profeta israelita Jonas que predisse a expansão do reino do norte sob Jeroboão II (781-753 a.C.).

JONAS
O livro de Jonas narra como, a princípio, esse profeta resistiu ao chamado de Deus para ir a Nínive, uma das principais cidades da Assíria, proclamar o iminente julgamento do Senhor contra a cidade.° Sem dúvida, Jonas tinha ouvido falar da crueldade dos assirios e acreditava que um povo como esse merecia o castigo de Deus. O profeta tentou fugir tomando um navio que ia para Társis, talvez o vale Guadalquivir, no sul da Espanha ou Sardenha, na direção contrária de Nínive. Depois de uma tempestade violenta, Jonas foi lançado ao mar, engolido e vomitado por um "peixe grande". Talvez de forma surpreendente, o povo de Nínive aceitou a mensagem de Jonas. O livro termina mostrando o profeta aborrecido com a morte de uma planta, provavelmente uma espécie de mamona, ao invés de se alegrar com o livramento de cento e vinte mil pessoas. Em Tonas 3.6 o rei é chamado de "rei de Nínive", e não o título assírio comum no Antigo Testamento, "rei da Assíria". O decreto registrado em 3.7 foi publicado "por mandado do rei e seus grandes (seus nobres). É possível que, de fato, esse governante fosse rei de Nínive, mas dificilmente exercia poder sobre uma região mais ampla; dai o seu titulo no livro de Jonas. Talvez tivesse sido obrigado a entregar o controle de parte considerável do seu reino a governadores provinciais poderosos, cuja autoridade e influência ele reconheceu ao publicar seu decreto.

TIGLATE-PILESER III
A Assíria voltou a ganhar força durante o reinado de Tiglate-Pileser III (746-727 a.C.). Menaém, rei de Israel (752-741 a.C.), teve de pagar um tributo pesado de mil talentos de prata (c. 34 toneladas) a Tiglate- Pileser, ou seja, cinquenta silos de prata (600 g) cobrados de cada homem rico. Em 734 a.C, uma coalizão de resistência à Assíria havia se formado na região da Síria. Rezim, rei de Damasco, e Peca, rei de Israel (739-731 a.C.), tentaram forcar Acaz, rei de Judá, a se aliar a eles e fazer frente aos assírios. Rezim e Peca invadiram Judá com a intenção de depor Acaz e colocar no trono o "filho de Tabeal". 5 Isaías profetizou o fim de Damasco e Efraim (Israel): "Isto não subsistirá, nem tampouco acontecerá. Mas a capital da Síria será Damasco, e o cabeça de Damasco, Rezim, e dentro de 65 anos Efraim será destruído e deixará de ser povo" (Is 7:7-8).
A solução encontrada por Acaz foi usar ouro e prata do templo e do palácio real para pagar Tiglate-Pileser para atacar Damasco. Quando Tiglate-Pileser aceitou a proposta e capturou Damasco, Acaz foi visitá-lo na cidade síria. Ali, viu um altar e ordenou que o sacerdote Urias desenhasse uma planta detalhada para construir um altar em Jerusalém." A substituição do altar de bronze no templo de Jerusalém por esse altar pagão foi considerada um sinal de apostasia da parte de Acaz.
Damasco caiu em 732 a.C.e o exército assírio marchou para o sul, em direcão a Israel, tomando do reino do norte a maior parte do seu território, inclusive toda região de Gileade e da Galiléia e deportando seus habitantes para a Assíria. Uma camada de cinzas de 1 m de profundidade em Hazor comprova os atos de Tiglate-Pileser. Em seus registros, o rei da Assíria afirma ter deposto Peca e colocado Oséias em seu lugar. De acordo com o livro de Reis, Oséias assassinou Peca, e é possível conjeturar que Tiglate-Pileser conspirou com Oséias, de modo a garantir um governante de confiança no trono de Israel.
Oséias (731-722 a.C.) foi o último rei de Israel. Os reis assírios subseqüentes, Salmaneser V e Sargão Il, conquistaram Samaria e exilaram os israelitas restantes em terras longínquas do Império Assírio que, na época, ainda estava em expansão. A crueldade de Assurbanipal "Capturei vários soldados com vida. Cortei braços e mãos de alguns; de outros cortei o nariz, orelhas e extremidades. Arranguei os olhos de muitos soldados. Fiz uma pilha de vivos e outra de cabeças. Pendurei as cabeças nas árvores ao redor da cidade. Queimei os meninos e meninas adolescentes"
O que foi servido no banquete suntuoso de Assurbanipal:
1.000 bois 1:000 novilhos 14:000 ovelhas, 500 cervos.
1.000 patos, 500 gansos 10:000 pombos 10:000 peixes,
10.000 ovos 10:000 pães, 10.000 jarras de cerveja, 10.000 odes de vinho, 300 jarros de azeite...
"Durante dez dias, ofereci banquetes, vinho, banhos, óleos e honrarias a 69.574 pessoas, inclusive as que foram convocadas de todas as terras c o povo de Calah e depois os mandei de volta às suas terras em paz e alegria
O rei Jeú de Israel (ou seu embaixador) curva-se diante de Salmaneser III (841 a.C), rei da Assíria. Obelisco negro de Salmaneser Ill, de Calá (Nimrud), Iraque
O rei Jeú de Israel (ou seu embaixador) curva-se diante de Salmaneser III (841 a.C), rei da Assíria. Obelisco negro de Salmaneser Ill, de Calá (Nimrud), Iraque
Campanha dos assírios contra a Síria e Palestina Os assírios, provenientes da região correspondente hoie ao norte do Iraque, empreenderam diversas campanhas militares contra a Síria e Palestina. O mapa mostra as principais incursões no perí odo
Campanha dos assírios contra a Síria e Palestina Os assírios, provenientes da região correspondente hoie ao norte do Iraque, empreenderam diversas campanhas militares contra a Síria e Palestina. O mapa mostra as principais incursões no perí odo
O exército assírio em campanha militar durante o reinado de Salmaneser III (859-824 a.C.). Relevo dos portões de bronze de Balawat, Iraque.
O exército assírio em campanha militar durante o reinado de Salmaneser III (859-824 a.C.). Relevo dos portões de bronze de Balawat, Iraque.
A Assiria no início da seculo VIll a.C. No começo do século VIll a.C., os governadores de províncias assírias Shamshi-ilu e Nergal-eresh controlavam extensas áreas de terra. Foi nesse período que o profeta Jonas visitou a cidade assíria de Ninive.
A Assiria no início da seculo VIll a.C. No começo do século VIll a.C., os governadores de províncias assírias Shamshi-ilu e Nergal-eresh controlavam extensas áreas de terra. Foi nesse período que o profeta Jonas visitou a cidade assíria de Ninive.

PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS

Antes de nos envolvermos numa análise mais aprofundada dos aspectos topográficos naturais da Palestina, é necessário definir e, em poucas palavras, delinear certos termos que as Escrituras usam para designar as várias subdivisões geográficas e/ou geopolíticas da terra. Mas, para isso, será proveitoso introduzir, primeiro, dois vocábulos geográficos modernos que, às vezes, são empregados para designar essa terra: Cisjordânia ("deste lado o lado ocidental do rio Jordão") e Transjordânia ("do outro lado [o lado oriental] do rio Jordão"). Já vimos como, em várias épocas, o rio Jordão serviu de fronteira tanto geográfica quanto política. E, antes de prosseguir, é fundamental entender a natureza temporária dessas subdivisões. As fronteiras de um distrito específico podem ter variado ao longo dos séculos, e não é possível estabelecê-las com precisão em cada período. Esse problema é especialmente agravado quando se tenta determinar as fronteiras de um distrito que existiu durante um longo período da história bíblica, talvez durante mais de um milênio. Além do mais, é necessário levar em conta que uma mesma área geográfica frequentemente tinha nomes diferentes em períodos diferentes.

CISJORDÂNIA
De uma perspectiva geopolítica, pode-se dizer que a Cisiordânia esteve dividida em quatro distritos durante a maior parte da história bíblica. Indo do norte para o sul, essas quatro secções foram: Fenícia, Galileia, Samaria e Judá/Judeia.

FENÍCIA
No Antigo Testamento, a Fenícia é em geral definida como uma área litorânea estreita, que se estendia por cerca de 200 quilômetros, desde o rio el-Kabir até o monte Carmelo, e, no lado oriental, era flanqueada pelas montanhas do Líbano e da Galileia. Na época do Novo Testamento, o monte Carmelo já havia caído nas mãos de monarcas de Tiro,62 de sorte que, para o lado sul, a Fenícia chegava até a planície de Dor. A Fenícia foi o cenário de dois milagres da Bíblia: em Sarepta, Eliseu ressuscitou o filho de uma viúva, o qual havia parado de respirar (1Rs 17:8-24), e, na região de Tiro e Sidom, Jesus curou a filha de uma mulher siro-fenícia (Mc 7:24-30). A Fenícia também recebeu várias das primeiras viagens apostólicas.

GALILEIA
Imediatamente a leste da região sul da Fenícia, ficava o distrito da Galileia, o território mais setentrional que o Israel antigo chegou a ocupar. A área central da Galileia se estendia do rio Litani e da região de Dá, no norte, até o vale de Jezreel, no sul, medindo cerca de 80 quilômetros de norte a sul e uns 40 quilômetros de leste a oeste. Em todas as épocas, o distrito esteve dividido por um estreito vale lateral que acompanhava uma falha geológica que saía de Aco/Ptolemaida, rumava para o leste e chegava até a moderna Rosh Pinna (apenas cerca de 16 quilômetros ao norte do mar da Galileia). Esse vale de Beth Kerem divide a Galileia em duas subdivisões: Alta Galileia e Baixa Galileia.3 A distinção é geográfica e não administrativa. O terreno acidentado e praticamente intransponível da Alta Galileia chega a mais de 1.000 metros de altitude, e parte de sua região central é a mais elevada de toda a Cisiordânia (o iebel Jarmuk fica mais de 1.200 metros acima do nível do mar). Na Baixa Galileia, os cumes ficam abaixo de 600 metros de altura. A maioria das referências à Galileia, inclusive todas as do Novo Testamento, é à Baixa Galileia. Por causa de sua localização no norte, a Galileia talvez fosse mais vulnerável à assimilação cultural e ao domínio militar (Is 9:1; Mt 4:15-16; 2Rs 15:29). Embora a Galileia tenha sido habitada pelas tribos de Naftali, Issacar, Zebulom e talvez parte de Aser durante o período da ocupação, a partir do cativeiro babilônico (1Rs 9:10-14) a sua população gentílica passou a ser majoritária. Por isso, o distrito era suspeito tanto do ponto de vista ideológico (Jo 1:46; cp. 7.41,52) quanto do linguístico (Mt 26:73b). Apesar disso, a Galileia se tornou muito importante, igualmente, para judeus e cristãos. Para os judeus, após a destruição de Jerusalém em 70 d.C., a cidade de Tiberíades se converteu, pouco a pouco, no centro da erudição talmúdica; ali o Sinédrio se reuniu pela última vez e a Mishná foi editada; ali se concentraram as famílias de Ben Asher e Ben Naphtali, da tradição massorética; ali também o venerado Códice Aleppo (a mais antiga e mais completa Bíblia hebraica existente) foi criado e é onde se encontram os túmulos dos sábios judeus Maimônides, rabino Akiva e Johanan ben Zekkai. Para os cristãos, a Galileia foi um centro das atividades de Jesus. Ele passou a infância no pacato vilarejo de Nazaré, baseou seu ministério no importante centro de Cafarnaum e, o que talvez seja o mais interessante, ali realizou a maioria de seus milagres públicos.

SAMARIA
Ao sul da Galileia, fica a terceira subdivisão: Samaria. Anteriormente era conhecida como região montanhosa de Efraim (Is 17:15-19.50; Jz 3:27-4.5; 1Sm 1:1-9.4; 1Rs 4:8-2Rs 5,22) e não deve ser confundida com a região montanhosa de Judá (v. a seguir). Por fim, o distrito de Samaria ganhou esse nome devido à terceira e última capital do Reino do Norte (1Rs 16:24). A região central de Samaria se estendia da borda do vale de Jezreel, rumo ao sul, chegando até as proximidades de uma linha topográfica natural que, saindo de Jericó para o oeste, passava pelo uádi Makkuk e ia até Ofra. A partir dali, a fronteira avancava além de Betel e Bete-Horom Superior, onde começava sua descida até Aijalom (cp. ]s 10.11,12) para, então, terminar na planície Costeira, em frente de Gezer. Assim, a Samaria abrangia uma área aproximada de 65 quilômetros de norte a sul e uns 50 quilômetros de leste a oeste (com base na descrição feita por Josefo, infere-se que a Samaria do Novo Testamento foi ligeiramente reduzida em sua área ao sul) 64 O centro geográfico natural de Samaria era a cidade de Siquém, situada no vale entre o monte Ebal e o monte Gerizim, e adjacente à atual cidade de Nablus. Ali a principal estrada rumo ao norte procedente de Jerusalém (estrada da Serra Central) se conectava com uma estrada secundária (estrada lateral de Efraim), que ligava Samaria tanto ao Mediterrâneo quanto ao rio Jordão. Por isso, não é de surpreender que Siquém tenha testemunhado períodos de ocupação prolongada que remontam a 4000 a.C. Durante boa parte do segundo milênio a.C., Siquém competiu com Jerusalém pela supremacia sobre a Palestina central. Esse local foi o primeiro lugar onde Abraão erigiu um altar e adorou ao Senhor em Canaã (Gn 12:6); onde os ossos de José finalmente encontraram descanso (Is 24:32; cp. Gn 50:25-26: Êx 13.19): onde, pela primeira vez 1srael tentou instituir a monarquia (Iz 9); onde aconteceu a divisão da monarquia unida de Israel (1Rs 12:1-16): onde esteve localizada a primeira capital do reino setentrional de Israel (1Rs 12:25) e onde lesus confrontou uma mulher iunto ao poco (Jo 4:5). Embora ofuscada pela cidade de Samaria durante a maior parte do período da monarquia dividida, a ascendência de Siquém foi reafirmada depois que os assírios deram fim ao Reino do Norte, em 722 a.C. Cativos estrangeiros foram estabelecidos em cidades samaritanas (2Rs 17:24-34). Alguns dos refugiados adotaram vários elementos da fé judaica e, com o tempo, passaram a se considerar judeus (e.g., Ed 4:2). Mas sua tentativa de se tornarem membros da comunidade judaica foi em grande medida repudiada pelos judeus pós-exílicos, o que gerou uma hostilidade religiosa que durou todo o restante do período bíblico (Lc 9:52-53; Jo 4:9-8.48). Assim mesmo, o samaritanismo sobreviveu aos séculos. Um relato medieval localizou em Damasco cerca de 400 samaritanos. Estimativas atuais sobre a população samaritana em Israel vão de 550 a 800 pessoas que, todos os anos, continuam a celebrar a Páscoa no alto do monte Gerizim, o monte sagrado deles (Jo 4:20).

JUDÁ
A quarta principal subdivisão geopolítica da Cisiordânia era Judá, que relatos históricos mais antigos chamavam de região montanhosa de Judá (Js 11:21-15.48; 20.7; 21.11; cp. 2C 21.11; 27.4; Lc 1:65). De acordo com II Reis 23:8, Judá ia de Geba, uma cidade estratégica localizada cerca de 8 quilômetros ao norte de Jerusalém, até tão ao sul quanto Berseba (Zc 14:10). Assim, quando compreendido também no contexto do limite norte de Israel na cidade de Da, isso está de acordo com a fórmula recorrente no Antigo Testamento ("de Da até Berseba"), que denota as fronteiras efetivas da região central de Israel (Jz 20:1-1Sm 3.20 2Sm 3:10-17.11; 24.2,15; 1Rs 4:25). Ainda é possível delinear especificamente a região central de Judá a partir de seu eixo lateral, indo para o leste até a descida abrupta para o deserto de Judá (Jesimom [Nm 21:20; cp. 1Sm 26:1 - Haquila, em frente de Jesimom]) e para o oeste até a descida íngreme e rochosa que termina num valado estreito que a separa da Sefelá (v. a seguir). A região central de ludá media não mais de 80 quilômetros de norte a sul e apenas uns 30 quilômetros de leste a oeste. Só raramente Judá atraiu o interesse dos construtores de impérios, pois era um território bem pequeno, em grande parte constituído de amplas áreas de terra incultivável, que ficava bastante isolado das rotas internacionais e nunca experimentou prosperidade material independente. Um estudioso descreveu Judá como uma terra isolada que promovia um estilo de vida pastoril e era o ambiente para fortalezas, altares e vilarejos.

IDUMEIA
Além das quatro principais entidades geopolíticas da Cisjordânia, a província da Idumeia desempenhou um papel secundário na política do período pós-exílico e do Novo Testamento. Idumeia é o nome grego aplicado especificamente a refugiados edomitas que fugiram para o noroeste para evitar a crescente pressão feita por seus vizinhos nabateus. Embora oscilasse bastante, ora separado da Judeia, ora a ela reanexado, o território idumeu chegou a cobrir a região que vai de Bete-Zur, perto de Hebrom, até Berseba, sua extremidade sul, e do mar Morto até os limites da planície da Filístia. Por fim, governantes macabeus subjugaram a Idumeia. Um deles (Alexandre laneu) nomeou Antipatro, um chefe local, para governar a região. É irônico que Herodes, o Grande, no devido tempo descendesse de Antípatro. Na condição de "rei dos judeus" (Mt 2:1), Herodes não se dispôs muito a descentralizar sua autoridade.

TRANSJORDÂNIA
A Transjordânia do Antigo Testamento é constituída de cinco entidades geopolíticas. Do norte para o sul, elas são. Basa, Gileade, Mishor, Moabe e Edom. O termo "Transjordânia" define especificamente a área que vai do monte Hermom até o golfo de Ácaba (cerca de 400 quilômetros de distância) e do vale do Jordão até as margens do deserto Oriental (entre 50 e 130 quilômetros). A natureza geopolítica dessa região é, na realidade, muito mais complicada do que a da vizinha Cisjordánia. Tentar, numa única análise, tratar da Transiordânia tanto do Antigo quanto do Novo Testamento é possível apenas em parte e, com certeza, trata-se de uma tarefa suscetível a imprecisão. Mas também aqui o propósito básico é fornecer a localização aproximada de entidades geopolíticas mencionadas nas Escrituras.

BASÃ
Basà significa "terra frutífera/plana" (Js 9:10-1Rs 4.13; 2Rs 10:33) e é o nome do território que as forças de Israel tomaram do controle de Ogue (Nm 21:33-35). Incluía 60 cidades muradas (Dt 3:4-5) e foi designado para Manassés Oriental (Dt 3:13). Do norte para o sul, Basa se estendia por aproximadamente 55 quilômetros, do monte Hermom (Js 12:45) até o rio Yarmuk,67 e, para o leste, chegava até Quente (Nm 32:42) e Salca (Dt 3:10), cidades situadas no monte Haura. Na época do Novo Testamento, a região ao norte do Yarmuk consistia basicamente nas províncias que formavam a tetrarquia de Herodes Filipe, filho de Herodes, o Grande.

GILEADE
A segunda entidade básica da Transjordânia é Gileade. Embora pareça que a Bíblia às vezes empregue essa palavra num sentido genérico, referindo-se a toda a Transiordânia ocupada (Dt 34:1-4; Js 22:9), a entidade geopolítica Gileade designa especificamente o domo elevado, montanhoso e ovalado que, do ponto de vista topográfico, é uma extensão oriental da elevação de Samaria (Jz 10:4-1Sm 13 7:25m 2.9; 2Rs 10:33). Esse domo começa a se elevar a apenas uns poucos quilômetros ao sul do Yarmuk e se estende na direção sul, chegando aproximadamente até o uádi Husban. que deságua no Jordão em frente a Jericó.
Longitudinalmente, o domo de Gileade era dividido por um desfiladeiro profundo, escavado pelo rio Jaboque, que separou Gileade em duas metades (cp. Js 12:5-13.31, a metade norte; Dt 3:12; Is 12:2, a metade sul). Na fronteira oriental, é possível delimitar Gileade apenas negativamente: não incluía a terra de Amom (Nm 21:23-24; Jz 11:13; cp. 1Sm 11:1-4), de modo que, em seu quadrante sudeste, não alcançava o deserto Oriental.
Em contraste com o significado do nome de seus vizinhos ao norte (Basa significa "terra plana") e ao sul (Mishor significa "planalto/chapada*), o provável significado do nome Gileade (terra acidentada") pode ajudar a esclarecer suas fronteiras.
Assim delineada, a região montanhosa de Gileade (Gn 31:21-23,25; Dt 3:12) cobria uma área de aproximadamente 55 quilômetros de norte a sul e não mais de uns 50 quilômetros de leste a oeste. Quase todo o norte de Gileade se tornou parte da herança de Manassés Oriental, ao passo que o sul foi entregue à tribo de Gade . A totalidade do domo foi de fato colonizada por Israel, provavelmente porque a altitude elevada permitia chover o suficiente para criar condições para um pouco de florestamento, agricultura e criação de animais (2Sm 18:6; Nm 32:1-4, 16,26; Js 22:8). Embora não saibamos sua exata natureza, o "bálsamo de Gileade", que tinha propriedades medicinais, era muito valorizado na Antiguidade (Jr 8:22-46.11; cp. Gn 37:25). Muitas cidades gregas que haviam sido estabelecidas durante o período alexandrino formaram um núcleo transjordaniano de oposição (em grande parte malsucedida) à independência judaica obtida pelos asmoneus. Mas, quando as legiões de Pompeu deram fim ao domínio asmoneu, muitas daquelas cidades foram devolvidas a seus compatriotas helênicos. Em alguns casos, certas cidades consideraram necessário constituir ligas para proteção mútua contra os vizinhos não gregos, assim como também estavam unidas em termos econômicos e sociais. Uma dessas confederações, conhecida como Decápolis ("dez cidades"), era constituída de localidades situadas principalmente ao longo das estradas comerciais do centro e do norte da Transiordânia.
Esse grupo é mencionado tanto na Bíblia (Mt 4:25: Mc 5:20-7.
31) quanto em fontes clássicas. No período do Novo Testamento, as cidades provavelmente incluíam, do norte para o sul, Damasco, Rafana, Canata, Hipos, Gadara, Citópolis, Pela, Diom, Gerasa e Filadélfia? Embora o propósito de uma confederação helenística assim tão pouco estruturada se choque com qualquer tentativa de definir fronteiras geográficas claras, é possível concluir que a região central da Decápolis se estendia transversalmente à região montanhosa de Gileade.

MISHOR
Ao sul da Gileade do Antigo Testamento, ficava o Mishor ("planalto", p. ex., Dt 3:10-4.43; Js 20:8), que se estendia por cerca de 40 quilômetros, desde Hesbom (Is 13:10) e Medeba (Is 13:16), no norte, até as cidades de Aroer (Is 13:9) e Dibom (Jr 48:22), situadas no sul, logo ao norte do cânion do Arnom e perto da Estrada Real. Outras cidades localizadas no Mishor eram Nebo (Ir 48.22). Sitim (onde os israelitas tiveram relações sexuais ilícitas com mulheres moabitas INm 25:1s.|).
Bete-Peor (perto de onde Moisés foi sepultado [Is 13:20; Dt 34:6] e onde Balaão pronunciou suas bêncãos desfavoráveis [Nm 22:41-23.13,141) e Bezer, uma das cidades israelitas de refúgio (Dt 4:43). O Mishor se tornou a heranca da tribo de Rúben. No entanto, como do ponto de vista geográfico o Mishor ficava a meio caminho entre a região central de Israel e a região central de Moabe, a luta para controlá-lo teve início ainda no período dos juízes (Jz 3:12-30, implícito). prosseguindo na época da monarquia unida (1Sm 14:47;25m 8.2,12) e chegando até os dias de Acabe e do rei moabita Messa. Mas, no pensamento dos profetas, o controle israelita da região do Mishor havia sido cedido aos mobitas (Is 15:1-9; 16.8,9; Jr 48:1-5,21-25,34-36,45-47; Ez 25:8-11). E provável que esse vaivém político ajude a explicar por que, apesar de descenderem do primogênito de Jacó (Gn 29:32-49.3,4), os rubenitas aparentemente foram incapazes de desempenhar um papel importante na história posterior de Israel.

MOABE/PEREIA
O planalto mais elevado que, partindo do Arnom, estendia-se para o sul, chegando até o ribeiro de Zerede, era a região mais importante e central do território moabita, tendo como capital a cidade de Quir-Haresete (2Rs 3:25; Is 16:7; cp. Nm 22:36; Is 15:1 ['Quir de Moabe", que é a forma encontrada na ARA, significa "cidade de Moabe"|). Durante o período do Novo Testamento, o distrito da Pereia? ocupava a região ocidental daquilo que havia sido o Mishor e Moabe. O historiador Josefo escreveu que, no norte, o distrito de Pereia chegava até a cidade de Pela e, no sul, até Maqueronte (uma cidade-fortaleza de onde se avistava o mar Morto e onde Herodes Antipas decapitou João Batista). Além disso, Josefo relata que Pereia começava no rio Jordão e ia para o leste, chegando até Filadélfia, e informa que a capital da Pereia era Gadara (T. Gadur, que não se deve confundir com a Gadara da Decápolis [Umm Qeis]) 73 Causam perplexidade as fronteiras norte e leste informadas por Josefo, pois tanto Pela quanto Filadélfia faziam parte da região da Decápolis. Talvez sua descrição signifique que as fronteiras das cidades-estados de Pela e Filadélfia encostavam na Pereia. De qualquer maneira, os geógrafos bíblicos justificadamente seguem critérios arqueológicos e topográficos, estabelecendo a fronteira oriental basicamente numa linha norte-sul que começa no norte, nas vizinhanças do jebel Munif, no alto Arnom. Parece que, dali, a fronteira norte acompanhou os contornos a jusante do uádi Yabis até sua foz no rio Jordão, em frente a Enom.

EDOM
O último distrito transiordaniano a ser listado é Edom, às vezes conhecido como Seir (Gn 32:3; Nm 24:18: Jz. 5.4; Is 21:11) ou monte Seir (Gn 14:6; Dt 1:2-2.5). Edom designa a terra e o reino situados no alto da estreita e longa cadeia de montanhas imponentes que, partindo do ribeiro de Zerede, dirige-se para o sul, quase até o golfo de Ácaba. No entanto, as terras centrais de Edom, saindo do ribeiro de Zerede, estendiam-se para o sul por cerca de 110 quilômetros até um planalto de onde se avista o uádi Hasma, parte de uma enorme dissecação no solo recoberta de areia, a qual se estendia na direção sudeste e era a porta de entrada para o sul da Arábia. A maioria dos cumes de Edom ultrapassa os 1:200 metros acima do nível do mar e, em mais da metade de sua extensão longitudinal, o terreno elevado fica acima dos 1:500 metros. E esse cenário assustador ficava claramente limitado, a oeste, pela Arabá e, a leste, pelas planícies do deserto Oriental. O resultado é que Edom propriamente dito media apenas 16 a 24 quilômetros num eixo leste-oeste, tendo, ao longo da serra altaneira, uma série de fortalezas e cidades que basicamente acompanhavam a Estrada Real. A combinação de fortificações tanto naturais quanto feitas pelo homem tornava Edom uma barreira intransponível para tráfego lateral. Cerca de 40 quilômetros ao sul de Zerede, uma falha geológica criou um cánion que, partindo da A rabá, abre-se em leque para o leste por mais ou menos 14 quilômetros. No fim desse uádi notável, ficava a antiga Punom, um centro importante de mineração de cobre e onde, de acordo com a Biblia (Nm 33:42), os israelitas acamparam durante a viagem de Cades-Barneia para as planícies de Moabe. Moisés solicitou ao rei de Edom permissão para que Israel atravessasse o território edomita para chegar à Estrada Real (Nm 20:14-21). Mas o rei rejeitou o pedido, o que exigiu que o grupo israelita vigiasse cerca de 160 quilômetros a mais por terreno árido e num calor escaldante, apenas para desviar de Edom (Dt2.1-8).
Sem dúvida, essa derrota psicológica foi relacionada com o incidente das "serpentes ardentes" (Nm 21:4-9; 33:42-49), em que Moisés foi forçado a erguer uma serpente de cobre nesse deserto. Com base no contexto geográfico, é possível entender por que a recusa do rei edomita não foi desafiada, apesar de ser improvável que os edomitas fossem numericamente superiores aos israelitas. Os penhascos imensos e as gargantas íngremes de Edom, mesmo nas encostas menos escarpadas do desfiladeiro de Punom, eram um alvo inacessível que, por capricho edomita, continuaria em esplêndido isolamento (Ob3). Situado junto às montanhas edomitas ocidentais e cerca de 32 quilômetros ao sul de Punom, há um cânion que se parece com uma cratera e contém as impressionantes ruínas de Petra, a fabulosa capital do Reino Nabateu, mais tarde ocupada pelos romanos.? Embora não se saiba quais foram seus ancestrais, os nabateus vieram a ocupar Edom no terceiro século a.C. e, já no primeiro século a.C., sua influência era sentida desde Damasco até Gaza e também até o interior da Arábia. Boa parte de seu poder era resultado do controle que exerciam sobre parte de uma lucrativa rede comercial que, àquela época, estendia-se do interior da atual Arábia Saudita até o Mediterrâneo Ocidental Chegava-se a Petra através de um estreito corredor de cerca de 1.600 metros, flanqueado em ambos os lados por elevados penhascos perpendiculares que, em alguns lugares, quase se tocavam. A bacia onde se situava a cidade propriamente dita era cercada de desfiladeiros de arenito, nos quais foram escavados estruturas e túmulos daquilo que, na Antiguidade, foi uma cidade de grande riqueza.
Por cerca de 65 quilômetros para o sul a partir da região central de Edom, descendo do uádi Hasma para o uádi Yutm, próximo ao golfo de Ácaba, fica uma cadeia bem estreita de intransitáveis montanhas de granito. Essas montanhas de Midia elevam-se a alturas que chegam perto de 1.750 metros acima do nível do mar. Nessa região, vestígios arqueológicos revelam uma cultura totalmente distinta de sua contraparte palestina e que é, às vezes, descrita como midianita. É nesta "cultura midianita que alguns estudiosos acreditam que Moisés talvez tenha se refugiado quando fugiu do faraó e ali serviu a seu sogro, um sacerdote de Midia (Ex 2:15-17:3.1).

Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Novo Testamento
Distritos do Novo Testamento

As condições climáticas de Canaã

CHUVA
No tempo de Moisés e Josué, como nos dias de hoje, a chuva era de suma importância para o clima de Canaã "Porque a terra que passais a possuir não é como a terra do Egito, donde saístes, em que semeáveis a vossa semente e, com o pé, a regáveis como a uma horta; mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas" (Dt 11:10-11).
Os ventos prevalecentes vindos do mar Mediterrâneo que trazem consigo umidade são forçados a subir quando se deparam com os montes da região oeste e perdem essa umidade na forma de chuva. Passada essa barreira natural, os índices pluviométricos caem drasticamente e, alguns quilômetros depois, a terra se transforma em deserto. Esse fenômeno é exemplificado de forma clara pela comparação entre os índices pluviométricos anuais da cidade moderna de Jerusalém (cerca de 600 mm) com os de Jericó, apenas 20 km de distância (cerca de 160 mm).
O índice pluviométrico anual de Jerusalém é quase o mesmo de Londres, mas em Jerusalém concentra-se em cerca de cinquenta dias de chuva por ano, enquanto em Londres se distribui ao longo de mais ou menos trezentos dias. Em geral, esse índice aumenta em direção ao norte; assim, nos montes ao norte da Galileia a chuva pode chegar a 1.000 mm por ano. Por outro lado, nas regiões sul e leste da Palestina fica abaixo de 300 mm, condições nas quais a agricultura geralmente se torna impraticável.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS
A terra de Canaã descrita no Antigo Testamento parece mais fértil do que hoje. A pastagem excessiva, especialmente por rebanhos caprinos, provocou a erosão e perda de fertilidade do solo. Sem dúvida, a terra está mais desmatada devido ao uso de madeira para a construção e combustível e à devastação provocada por inúmeras guerras e cercos.' No entanto, não há nenhuma evidência de que os índices pluviométricos atuais apresentem diferenças consideráveis em relação as dos tempos bíblicos. A erosão das encostas dos montes simplesmente aumentou o escoamento de água e, portanto, as tornou menos férteis.

O CALENDÁRIO DE CANAÃ
Normalmente, não ocorrem chuvas entre a segunda quinzena de maio e a primeira quinzena de outubro. Da segunda quinzena de junho à primeira quinzena de setembro, a vegetação seca sob o calor abafado do verão. A temperatura mais alta registrada na região foi de 51° C no extremo sul do mar Morto. As primeiras chuvas que normalmente começam a metade de outubro, mas podem atrasar até janeiro, amolecem o solo, permitindo o início da aragem. As principais culturas - o trigo e a cevada - eram semeadas nessa época. A chuva continua a cair periodicamente ao longo de todo o inverno, culminando com as chuvas serôdias em abril ou início de maio, que fazem os grãos dos cereais incharem pouco antes da colheita. A cevada era menos valorizada do que o trigo, mas tinha a vantagem de crescer em solos mais pobres e ser colhida mais cedo. A colheita da cevada Coincidia com a festa da Páscoa, no final de março ou em abril e a do trigo com a festa de Pentecoste, sete semanas depois. Uvas, azeitonas, figos e outras frutas eram colhidos no outono. O inverno pode ser frio e úmido, chegando a nevar. Uma quantidade considerável de neve cai sobre Jerusalém mais ou menos a cada quinze anos. A neve é mencionada várias vezes no Antigo Testamento. Por exemplo, um homem chamado Benaia entrou numa cova e matou um leão "no tempo da neve". Numa ocorrência extraordinária, uma chuva de granizo matou mais cananeus do que os israelitas com suas espadas. A chuva no nono mês (dezembro) causou grande aflição ao povo assentado na praça em Jerusalém.° No mesmo mês, o rei Jeoaquim estava assentado em sua casa de inverno diante de um braseiro aceso.• Era necessário usar o fogo para se aquecer até o início de abril, como se pode ver claramente no relato da negação de Pedro. Um problema associado à estação das chuvas, especialmente na região costeira e junto ao lago da Galileia, era o míldio, que na tradução portuguesa por vezes é chamado de "ferrugem". O termo se refere ao mofo em roupas e casas, um mal que devia ser erradicado, e também a uma doença que afetava as plantações.

SECAS
Em algumas ocasiões, o ciclo de chuvas era interrompido e a terra sofria grandes secas. A mais conhecida ocorreu no tempo de Elias e, sem dúvida, teve efeitos devastadores, como a grave escassez de alimentos.° Esse tipo de ocorrência havia sido predito pelo autor de Deuteronômio. A desobediência ao Senhor traria sua maldição sobre a terra: "Os teus céus sobre a tua cabeça serão de bronze; e a terra debaixo de ti será de ferro. Por chuva da tua terra, o Senhor te dará pó e cinza; dos céus, descerá sobre ti, até que sejas destruído" (Dt 28:23-24).

terra cultivável no vale de Dota
terra cultivável no vale de Dota
chuvas
chuvas
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Gênesis e as viagens dos patriarcas

Informações no mapa

Carquemis

Alepo

Ebla

Hamate

Tadmor (Palmira)

Hobá

Sídon

Damasco

GRANDE MAR

Tiro

Asterote-Carnaim

Megido

Dotã

Siquém

Sucote

Penuel

Betel

Gileade

Belém

CANAÃ

Gaza

Hebrom

MOABE

Torrente do Egito

Gerar

Berseba

Poço de Reobote

Bozra

Sur

Poço de Beer-Laai-Roi

Gósen

Ramessés

Om

Mênfis

EGITO

Rio Nilo

Cades, En-Mispate

Deserto de Parã

EDOM, SEIR

Temã

Avite

El-Parã (Elate)

Harã

PADÃ-ARÃ

Rio Eufrates

Mari

ASSÍRIA

Nínive

Calá

Assur

Rio Hídequel (Tigre)

MESOPOTÂMIA

ELÃO

Babel (Babilônia)

SINEAR (BABILÔNIA)

CALDEIA

Ereque

Ur

Siquém

Sucote

Maanaim

Penuel, Peniel

Vale do Jaboque

Rio Jordão

Betel, Luz

Ai

Mte. Moriá

Salém (Jerusalém)

Belém, Efrate

Timná

Aczibe

Manre

Hebrom, Quiriate-Arba

Caverna de Macpela

Mar Salgado

Planície de Savé-Quiriataim

Berseba

Vale de Sidim

Neguebe

Zoar, Bela

?Sodoma

?Gomorra

?Admá

?Zeboim


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

DAMASCO

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:33.5, Longitude:36.3)
Nome Atual: Damasco
Nome Grego: Δαμασκός
Atualmente: Síria
Uma das cidades mais antigas do mundo. Gênesis 15:2; Atos 9:2
Mapa Bíblico de DAMASCO


GALAAD

Atualmente: JORDÂNIA
Território israelita a leste do Rio Jordão. Região de altitudes elevadas. Lugar de origem dos Juizes Jair e Jefté e do profeta Elias. Foi em Galaad que o povo de ISRAEL se reuniu antes de cruzar o rio Jordão em direção a Jericó. Mais tarde, as tribos de Rúben e de Gad se estabeleceram ali.
Mapa Bíblico de GALAAD


GILEADE

Atualmente: JORDÂNIA
Região que se estende por cerca de 112 km paralela ao Jordão entre os rios Hieromax ao norte e Arnom ao sul.

Na Bíblia, "Gileade" significa o "monte de testemunho" ou "monte de testemunha", (Gênesis 31:21), uma região montanhosa a leste do rio Jordão, situado no Reino da Jordânia. Também é referido pelo nome aramaico Jegar-Saaduta, que carrega o mesmo significado que o hebraico (Gênesis 31:47). Devido a sua característica montanhosa é chamada de "o monte de Gileade" (Gênesis 31:25). É também chamada de "a terra de Gileade" (Números 32:1), e às vezes simplesmente de "Gileade" (Salmos 60:7, Gênesis 37:25). Como um todo, incluiu os territórios da tribo de Gade, Rúben e a metade oriental de Manassés (Deuteronômio 3:13; Números 32:40). Foi delimitada a norte por Basã e ao sul por Moabe e Amom (Gênesis 31:21; Deuteronômio 3:12-17). Na Bíblia, Gileade é citada no Livro de Jeremias como uma cidade que comercializava ervas medicinais.

Mapa Bíblico de GILEADE



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Amós Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
SEÇÃO

O JULGAMENTO IMINENTE

Amós 1:1— 2.16

A profecia de Amós divide-se em três partes com uma estabelecida unidade que não deixa dúvida sobre sua autoria e motivação. A predição de julgamento imediato está no âmago do ministério de Amós. Ele proclamou essa mensagem habilmente, ao começar com os gentios, exortar os judeus e terminar com Israel, o povo a quem ele pessoalmente se dirige. "O israelita ouviria com certa satisfação interior as faltas dos seus vizinhos e os julgamentos com que eles incorreriam".1 Mas, Israel seria me-dido exatamente pelo mesmo padrão aplicado aos outros povos e com um julgamento não menos severo.

A. TÍTULO E TEMA, 1.1,2

O autor da profecia identifica-se como pastor' de Tecoa (1), que viveu nos reinados de Uzias, rei de Judá, e de Jeroboão, rei de Israel. A cidade de Tecoa situava-se ao sul de Judá (cf. 2 Cron 11.6; 20.20). Amós afirma que era apenas um pastor e "cultivador de sicômoros" (Am 7:14). Vemos, então, que o profeta não era um próspero proprietário de ove-lhas, mas um pastor modesto e um "podador de árvores" que estava determinado a não ser classificado como nabi (profeta profissional). Ele era o tipo de pessoa que Israel "in-sistia em silenciar" (cf. Am 2:11-12).3

Os estudantes do livro datariam a profecia com mais precisão se porventura conse-guissem identificar o terremoto (cf. Zc 14:5) mencionado no versículo 1, o qual eviden-temente era bem conhecido na época do ministério de Amós. Sabemos, porém, que este profeta estava em atividade durante o apogeu do próspero reinado de Jeroboão II, algum tempo antes da morte do rei em 753 a.C. (ver diagrama A).

Amós inicia sua profecia com a confirmação de um tema declarado primeiramente por Joel (Jl 3:16) : O SENHOR bramará de Sião e de Jerusalém dará a sua voz (2). Foi o próprio Deus que falou por meio de Amós. A figura foi dada para advertir os violadores do concerto que estavam tranqüilos em sua prosperidade. Tinham de saber que o julga-mento de Deus viria sobre Israel como também para o mundo pagão — até o cume do Carmelo se secaria.'

B. ORÁCULOS CONTRA NAÇÕES VIZINHAS, Am 1:3-2.3

Esta subdivisão foi compilada com habilidade para apresentar o "peso" ou sentença contra as nações estrangeiras. Claro que só elogia os povos no intuito de prepará-los para o tremendo golpe que vem imediatamente a seguir.

  1. Damasco (1:3-5)

O primeiro oráculo é contra Damasco (3; ver mapa 2), a capital do reino arameu (sírio), com o qual Israel estivera em guerra por grande parte do século VIII a.C. Três, o número perfeito, é seguido por quatro, que indica um número maior de crimes em sua pior forma. A medida da iniqüidade estava cheia, além de toda proporção.

Gileade, a área mais exposta à invasão síria (ver mapa 2), foi sujeita a "rodas com pontas de ferro" (NTLH) ; "trilhos de ferro pontudos" (NVI). Estes trilhos de ferro eram grossos rolos com dentes entalhados, que tinham sido usados para destruir e mutilar a carne humana. É uma referência à destruição que Hazael ocasionou em Gileade, fato registrado em II Reis 10:32-33.

O versículo 4 identifica os líderes sírios que tinham pecado contra Gileade (a história é contada em 2 Rs 8-13). Hazael foi o fundador da dinastia que Ben-Hadade (Ben-Hadá II), seu filho, representou. A casa de Hazael representa a dinastia, e Ben-Hadade, o rei específico (cf. Is 17:1-3; Jr 49:23-27; Zc 9:1-4). A parte final do versículo 5 demonstra o poder de Jeová em seu julgamento. O profeta ouve o rompimento do ferrolho de Damas-co (as fortificações da cidade) e vê o massacre dos habitantes de Biqueate-Áven (5). O restante da Síria será levado à distante e remota Quir — tudo isto pela palavra do SE-NHOR. 'Esta profecia cumpriu-se quando Tiglate-Pileser, rei da Assíria (ver diagrama A), conquistou Damasco durante o reinado de Acaz, governante de Judá (2 Rs 16.9). A palavra final, diz o SENHOR, identifica a autoridade com que o oráculo é proclamado.

  1. Filístia (1:6-8)

Destruição semelhante deve acontecer com os filisteus (ver comentários no v. 3). Gaza (6), a principal cidade da Filístia, é usada como símbolo da nação. Era importante centro de caravanas que transitavam pela estrada entre o Egito e a Síria. Situava-se ao sul de Judá, perto do mar Mediterrâneo (ver mapa 2). A acusação específica contra os filisteus é que eles levaram em cativeiro todos os cativos; ou seja, tomaram cativo um povo inteiro e o entregaram a Edom, inimigo mortal de Israel. É uma referência à invasão dos filisteus nos dias de Jeorão (2 Cr 21.16; cf. J13.4). Os versículos 7:8 auten-ticam o fato de que toda a Filístia está inclusa na destruição futura. Julgamento seme-lhante virá sobre todas as suas cidades importantes: Gaza (7), Asdode (8), Asquelom e Ecrom. Todas estão inclusas para serem exterminadas pela mão do Senhor JEOVÁ.

A ironia do julgamento de Deus é evidente. Os próprios edumeus, a quem os israelitas foram vendidos, serão aqueles que venderão os filisteus em escravidão. (Os edumeus tinham um porto no mar Vermelho e eram notórios traficantes de escravos.)

  1. Tiro (1.9,10)

Os grandes pecados de Tiro são simbolizados novamente por três transgressões... e por quatro (9; cf.comentários no v. 3). A transgressão é maior, porque os habitantes de Tiro não se lembraram da aliança dos irmãos, ou seja, o antigo pacto entre Salomão e Hirão (I Reis 5:1-12). Ainda que não se possam confirmar as ocasiões históricas, talvez a acusação indique que Tiro entregou os israelitas a Edom no tráfico de escravos. Não há registro de um rei de Israel ou de Judá ter guerreado contra a Fenícia (Tiro). Por causa de seu pecado, nem mesmo a magnífica cidade de Tiro escaparia do julgamento de Jeová (10), conforme declarou Amós (ver Ez 28 para inteirar-se de uma descrição de Tiro).

  1. Edom (1.11,12)

Existia uma marcante hostilidade entre Israel e Edom, mesmo antes do exílio. Amós não condenou um pecado em particular, mas destacou o ódio implacável de Edom na perseguição de Israel à espada (11), a absoluta falta de misericórdia e o ininterrupto espírito de ira contra seu irmão.'

Como nos oráculos anteriores, o julgamento seria por fogo a Temã, que consumirá os palácios de Bozra (12), a capital de Edom, situada ao sul do mar Morto. Temã era provavel-mente um distrito ao norte de Bozra (ver mapa 3). Ambos simbolizavam a totalidade de Edom.

  1. Amom (1:13-15)

O território de Amom estendia-se ao longo do rio Jordão até ao leste de Gileade. A acusação específica: Eles fenderam as grávidas de Gileade (13) ; era só o clímax de uma sucessão de crueldades contra Israel. Mas os israelitas também poderiam ter sido acusados de ofensa semelhante (II Reis 15:16).

Igual ao castigo de Edom, a importante cidade de Rabá (14, "a grande") seria quei-mada no dia da batalha. Nessa ocasião, o invasor pareceria uma tempestade que devasta tudo que há pela frente. A profecia se encerra com o oráculo de destruição contra o rei e seus príncipes (15), que irão para o cativeiro.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 3
A seção que segue distingue-se de outras coleções de mensagens contra as nações pagãs (conforme 13 1:23-1'>Is 13:23; Jr 46:51; Ez 25:32; Sf 2:4-15), porque aqui a série culmina com um oráculo contra o reino de Israel (Am 2:6-16). Amós, com efeito, denuncia em primeiro lugar os crimes das nações vizinhas e lhes anuncia o respectivo castigo. Mas, em seguida, dando ao seu discurso um rumo totalmente imprevisível, dirige-se aos israelitas e lhes faz ver que não são menos culpados do que os seus vizinhos. Conforme Rm 2:17-24.Am 1:3 Damasco:
Principal cidade da Síria e capital de um importante reino arameu, inimigo tradicional de Israel. No ano 732 a.C., os assírios conquistaram esse reino e deportaram os seus habitantes. Conforme 2Rs 16:9; Is 7:8; Is 8:4; Is 17:1-3; Zc 9:1. Ver o Índice de Mapas.Am 1:3 Por três transgressões de Damasco e por quatro:
Esta fórmula fixa, que aparece no começo de cada série de oráculos, quer transmitir a idéia de que já se encheu a medida do mal. Conforme Am 1:6,Am 1:9,Am 1:11,Am 1:13; Am 2:1,Am 2:4,Am 2:6.Am 1:3 Gileade:
Região situada ao sul de Damasco e ao oriente do rio Jordão, sujeita a freqüentes ataques dos arameus (2Rs 10:32-33). Ver o Índice de Mapas.Am 1:3 Trilhos de ferro:
Instrumentos de madeira com dentes de ferro, que eram utilizados para trilhar o grão. Aqui, trata-se de uma metáfora para dar uma idéia da brutalidade com que Damasco havia tratado os seus inimigos. Aos povos pagãos, que desconheciam a lei mosaica, Amós acusa de atrocidades e delitos contra a humanidade:
guerras de extermínio, deportações em massa, tráfico de escravos e violação de alianças solenemente firmadas. Conforme Am 1:6,Am 1:9,Am 1:11,Am 1:13; Am 2:1.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Amós Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
*

1:1

Amós apresenta aqui a si mesmo e à sua profecia, especificando a época em que a palavra de Deus lhe foi dada.

Palavras que, em visão, vieram a Amós. As mensagens proféticas são introduzidas com essa fórmula (conforme Jr 1:1). A frase tem um pano-de-fundo alicerçado na aliança (Dt 1:1: "São estas as palavras que Moisés falou a todo o Israel"). Especificamente, Amós, o profeta é o mensageiro do processo jurídico movido por Deus contra uma desobediente nação de Israel.

pastores. O termo hebraico provavelmente refere-se a pastores de um tipo especial de ovelhas, conhecidas por seu tipo de lã extremamente fina. O rei de Moabe é identificado como quem possuía tais ovelhas (2Rs 3:4).

Tecoa. Essa vila ficava a oito quilômetros ao sul de Belém. Por causa de suas boas terras de pastagem, sustentava a muitos pastores com os seus rebanhos.

terremoto. Visto que esse era um evento memorável em uma região sujeita a terremotos, seria relembrado como um ato de juízo divino, conforme se vê em Zc 14:5.

* 1:2

O SENHOR. Ver notas em Êx 3:15.

Rugirá. Na qualidade de pastor, Amós conheceria bem o rugido aterrorizante de um leão quando atacava (1Sm 17:34-37). O próprio Senhor ruge de Sião para anunciar o seu julgamento (Jr 25:30; Jl 3:16). Essas palavras de abertura, ameaçando o julgamento, estabelecem o tom para aquilo que vem em seguida.

prados... secar-se-á. O julgamento do Senhor afetará a terra inteira, desde os campos de pastagem até o topo do monte Carmelo, rico em pomares e vinhedos (Lv 26:19; Dt 28:23,24).

* 1.3—2.16

Essa série de profecias começa com seis nações gentílicas: a Síria, a Filístia, a Fenícia, Edom, Amom e Moabe. E então, dramaticamente, os oráculos voltam-se contra Judá (2.4,5) e Israel (2.6-16).

* 1:3

Por três transgressões... e por quatro. Esse refrão, repetido a cada profecia, é um exemplo de paralelismo que usa números ascendentes para efeito de ênfase (conforme Sl 62:11; Mq 5:5). Esse artifício padrão, na antiga poesia do Oriente Próximo não deve ser entendido literalmente, mas significa "por muitas transgressões".

Damasco. Davi derrotou e guarneceu de soldados essa cidade real da Síria (2Sm 8:6). Durante o reinado de Salomão, porém, Damasco se desvencilhou do jugo israelita, tendo Rezom como rei (1Rs 11:23-25).

trilhos de ferro. Os trilhos era uma tábua de madeira munida com dentes de ferro ou de basalto, fixados na parte de baixo. Um boi puxava o trilho sobre os grãos, enquanto que aquele que o manuseava ficava de pé sobre o mesmo. Os sírios são acusados de ter tratado Gileade com extrema crueldade (2Rs 13:7).

* 1:4

meterei fogo. Esse refrão, que aparece em cada uma das mensagens, também se acha em Oséias (8,14) e Jeremias (17.27; 21.14; 29.27 e 50.32). O fogo era largamente compreendido no antigo Oriente Próximo como um instrumento de julgamento divino. Com freqüência também era usado na guerra, e era considerado uma maneira pela qual um deus expurgava um povo rebelde qualquer. Essa compreensão pagã também reflete uma verdade revelada nas Escrituras: o verdadeiro Deus, de fato, julgará pelo fogo (2Pe 3:7 nota).

Hazael. O rei da Síria (c. de 841 - 801 a.C.), cujo reinado foi predito pelo profeta Eliseu (2Rs 8:13).

Castelos. Esses "castelos" parecem ter sido fortalecidos à posição de palácios-cidadelas da nobreza antiga.

Ben-Hadade. Esse é um título de trono, como o "Faraó" do Egito. Provavelmente, o terceiro rei com esse nome está em pauta. O primeiro ajudou o rei de Judá, Asa, contra o rei Baasa (1Rs 15:18-20). O segundo, Ben-Hadade II, foi assassinado pelo usurpador Hazael (2Rs 8:14,15). O filho de Hazael, Ben-Hadade III, foi contemporâneo de Jeoacaz, de Israel (2Rs 13:25). Foi ele quem fez o exército de Israel como "o pó, trilhando-os" (2Rs 13:7).

* 1:5

eliminarei. Esse verbo é com freqüência usado para indicar o aniquilamento mediante a guerra (Js 23:4; Is 10:7).

o morador. Lit., "aquele que se assenta", provavelmente o rei. A palavra hebraica é usada para indicar Deus sentado ou entronizado como Rei, em Sl 2:4; 22:3 ("entronizado"); 29.10.

Biqueate-Áven. Lit., "vale da Iniqüidade". Possivelmente, refere-se à antiga Heliópolis da Síria, atualmente chamada Baalbeque, no vale do Becá do Líbano. Ao que tudo indica era um centro da adoração ao sol.

Bete-Éden. Provavelmente era um distrito a cerca de trezentos e vinte quilômetros a nordeste de Damasco (não deve ser confundido com o jardim do Éden, Gn 2:8 nota) e era governado por um rei vassalo sírio. O objetivo do paralelismo entre o Biqueate-Áven e Bete-Éden é indicar que não somente Damasco, mas também seus territórios, serão destruídos.

Síria... Quir. O território original dos sírios (9.7), Quir, se tornará o lugar do exílio deles.

* 1:6

Gaza. A cidade mais ao sul das cinco cidades reais dos filisteus, Asquelom, Asdode, Ecrom, Gate e Gaza. Localizada entre o Egito e Canaã, Gaza era um centro comercial natural.

em cativeiro todo o povo. Ou seja, um grupo inteiro de exilados (ver também o v. 9). O comércio dos filisteus incluía escravos. Os prisioneiros de guerra usualmente tornavam-se escravos, mas aqui uma população inteira foi vendida à escravidão. A referência aparente é à captura e venda de israelitas durante o reinado de Jeorão (2Cr 21:16,17; Jl 3:3,6).

Edom. Esse antigo irmão de Israel (Gn 25:30) recebeu israelitas como escravos da parte dos filisteus. Por causa de seu papel nesse pecado entre irmãos, Gaza, que representa a Filístia como um todo, era agora sentenciada.

* 1:8

Asdode. Uma forte e próspera cidade da Filístia, localizada a vinte e nove quilômetros a nordeste de Gaza.

Ascalom. A terceira cidade real da Filístia ficava a meio-caminho entre Gaza e Asdode, na costa do Mediterrâneo.

Ecrom. A localização exata dessa cidade real da Filístia é incerta; um número de locais a nordeste de Asdode têm sido sugeridos. Gate, a quinta cidade real, não é mencionada porque ela já havia sido derrotada por Hazael (2Rs 12:17), e, novamente, por Sargão II (722-705 a.C.). A Assíria foi o instrumento primário de julgamento divino contra todas essas cidades, e todas as quatro foram subseqüentemente mencionadas nos anais da Assíria como vassalos de Esar-Hadom (681—
669) e Assurbanipal (668—627).

* 1:9

Tiro. Uma das duas principais cidades fenícias (a outra é Sidom) mencionada nas cartas cananéias de Tell-el-Amarna (século XIV a.C.). O nome Tiro significa "pederneira". Tiro foi construída em uma grande rocha no mar, e era considerada virtualmente inexpugnável até o século IV a.C., quando Alexandre o Grande conquistou a cidade construindo um caminho elevado até ela.

entregaram todos os cativos. Ver notas no v. 6.

não se lembraram da aliança. Essa frase denota a observância das obrigações do pacto e é uma frase padrão nos antigos pactos ou tratados internacionais (conforme Gn 9:15; Êx 2:24; Lv 26:42). Tiro não manteve seus tratados com Israel.

de irmãos. No antigo Oriente Próximo, os reis que se compactuavam por tratados chamavam-se "irmãos". Foi por isso que Hirão, de Tiro, chamou Salomão de "meu irmão" (1Rs 9:13; conforme 1Rs 5:12), dentro do contexto das relações de tratado com Davi (2Sm 5:11). Mais tarde, Acabe continuou a relação de amizade com a Fenícia casando-se com Jezabel, filha de Etbaal, o rei de Sidom (1Rs 16:31).

* 1:11

perseguiu o seu irmão à espada. Ver nota no v. 6. Esses eventos do reinado de Jeorão incluem a revolta de Edom e a aliança com os filisteus e os árabes, que atacaram Judá e entraram em Jerusalém, saqueando o palácio real e deportando a família real (2Cr 21:16,17; Ob 10:14).

* 1:12

Temã. Temã foi um neto de Esaú (Gn 36:11,15). O clã que dele descendia deu seu nome à região ao sul de Edom, bem como é uma aldeia a cerca de vinte e quatro quilômetros de Petra. Aqui, está em pauta a região de Temã. Seus habitantes eram famosos por sua sabedoria (2:11; Jr 49:7).

Bozra. Essa era a cidade mais ao norte de Edom, a cerca de cinqüenta e seis quilômetros de Petra. Ao mencionar suas regiões nos extremos norte e sul, Amós designa Edom inteiro à destruição.

* 1:13

filhos de Amom. Os amonitas descendiam de Ben-Ami, que era filho do truque e incesto da filha mais jovem de Ló (Gn 19:34-38). Eles viviam entre Harã e Moabe.

rasgaram o ventre às grávidas. Essa atrocidade em particular também foi praticada por outros, incluindo Hazael, da Síria (2Rs 8:12), Menaém, de Israel (2Rs 15:16) e pela Assíria (Os 13:16). O propósito aparente foi aniquilar descendentes que poderiam tentar reivindicar o território.

dilatarem os seus próprios limites. Os reis do antigo Oriente Próximo e Médio orgulhavam-se, tipicamente, de que tinham estendido as fronteiras de suas terras. Ao assim fazerem, imaginavam que estavam efetuando o desejo de seus deuses.

* 1:14

Rabá. Uma forma abreviada da referência inteira: "Rabá dos filhos de Amom" (Dt 3:11; 2Sm 12:26). Sua localização é a moderna cidade de Amã, na Jordânia.

turbilhão... tempestade. Nas Escrituras, a figura de uma tempestade violenta e destruidora é, com frequência, usada para indicar o tumulto da batalha, bem como para indicar a ira de Deus, ou, de fato, para ambas as coisas ao mesmo tempo (Sl 83:15; Is 5:28; 17:13; 29:6; 66:15; Jr 4:13; 23:19 e 25.32).

ele e os seus príncipes juntamente. De conformidade com a prática assíria regular, um rei vencido, sua casa e seus oficiais seriam levados juntamente para o exílio. Sob Salmaneser III (858—824 a.C.), a Assíria conquistou Amom, tornando esse país um vassalo assírio.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Amós Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
AMOS foi profeta do Israel (o reino do norte) desde 760-750 a.C.

Ambiente da época: Israel desfrutava de prosperidade econômica e paz. Isto provocou que a sociedade se voltasse egoísta e materialista. Enriquecido-los não tinham em conta as necessidades dos menos afortunados. O povo se centrava em si mesmo e sentia indiferença para Deus.

Mensagem principal: Amós falou contra os que exploravam ou esqueciam aos necessitados.

Importância da mensagem: Acreditar em Deus é algo mais que um assunto pessoal. Deus faz um chamado para que todos os crentes trabalhem contra a injustiça da sociedade e para que ajudem aos menos afortunados.

Profetas contemporâneos: Jonás (793-753) Oseas (753-715)

1:1 Amós era pastor e cultivava figueiras no reino do sul (Judá), mas profetizou no reino do norte (Israel). Israel estava politicamente na cúpula de seu poder e sua economia era muito próspera. Entretanto, a nação se corrompeu espiritualmente. adoravam-se ídolos em toda a terra e sobre tudo no Bet-o, onde se supunha que se encontrasse o centro religioso da nação. Ao igual a Oseas, Deus enviou ao Amós para denunciar a corrupção social e religiosa do povo. Aproximadamente 30 ou 40 anos depois que Amós profetizou, Assíria destruiu a cidade capital, Samaria, e conquistou a nação (722 a.C.). Uzías reinou no Judá desde 792-740 a.C.; Jeroboam 2 reinou no Israel desde 793-753.

1:1 Tecoa, a terra natal do Amós, estava localizada na escarpada nação ovejera do Judá, a 16 km de Jerusalém. Muito antes de que Amós nascesse, uma mulher da Tecoa fez que Davi se reconciliasse com o Absalón, seu filho rebelde (2Sm 14:1-23).

1:1 Amós cuidava ovelhas, um trabalho muito pouco "espiritual", entretanto, converteu-se em um instrumento para levar a mensagem de Deus. Talvez seu trabalho não o faça sentir-se "espiritual" nem com êxito, mas é um de fundamental importância se estiver no lugar que Deus quer. O pode obrar através de você para realizar coisas extraordinárias, sem importar quão comum seja sua ocupação.

1:1 O profeta Zacarías e outras narrações históricas desta época mencionam um terremoto (Zc 14:5).

1:2 Na Bíblia, freqüentemente a Deus lhe representa como um pastor e seu povo como ovelhas. Como pastor, dirige e protege às ovelhas. Entretanto, também se descreve como um leão feroz, preparado para devorar aos malvados e infiéis (Os 11:10).

1:2 Carmelo significa campo frutífero. Era uma região muito fértil. Para que este lugar se secasse, a seca devia ser muito severo.

1:3 Damasco era a capital de Síria. No passado, Síria foi um dos inimigos acérrimos do Israel. depois da derrota de Síria, por Assíria, em 802 a.C. (2Rs 16:9), Damasco já não representou uma verdadeira ameaça.

1.3-2.6 Amós pronunciou o castigo de Deus às nações que rodeavam as fronteiras do Israel, inclusive Judá. Possivelmente o povo do Israel se alegrou quando escutou a reprimenda ditada contra aquelas nações. Mas mais tarde Amós proclamou o castigo de Deus sobre o Israel. Não puderam encontrar desculpas para seu pecado, já que pensavam que os pecados de seus vizinhos eram piores. Deus não faz distinção entre as pessoas. Deus julga a todos por igual, com justiça e imparcialidade.

1.3-2.6 A acusação de que estas nações "tinham pecado uma e outra vez" ecoa nestes versículos, ao avaliar Deus nação detrás nação. Cada uma se negou a cumprir com os mandamentos de Deus. O pecado está acostumado a voltar-se parte de nosso estilo de vida. Evitar ou negar o problema não nos ajudará. Devemos começar o processo de mudança confessando nossos pecados a Deus, e lhe pedindo que nos perdoe. Do contrário, não temos outra esperança mas que continuar pecando.

1:4 A casa do Hazael se refere ao reino de Síria. Ben-adad foi o filho do Hazael (2Rs 13:24).

1:5 Os sírios foram escravos no Kir e agora estavam livres (9.7). Decretar que os sírios retornassem ao Kir era como dizer que os israelitas deviam voltar para o Egito como escravos (Exodo 1).

1.7, 8 Asdod, Ecrón, Gaza e Ascalón eram quatro das cinco cidades principais de Filistéia, um inimigo que freqüentemente ameaçava ao Israel. A quinta cidade, Gad, já se tinha destruído. portanto, Amós lhe dizia que toda a nação de Filistéia seria destruída por seus pecados.

1:9 Tiro era uma das duas cidades principais de Fenícia. feito-se alguns tratados com esta cidade devido a que lhes proporcionava madeira de cedro para construir o palácio do Davi e o templo de Deus (2Sm 5:11; 2 Rsseis 5).

1:11, 12 Tanto Edom como o Israel descendiam do Isaque. Edom do Esaú, filho do Isaque, e Israel do irmão gêmeo do Esaú, Jacó (Gn 25:19-28; Gn 25:27). Mas estas duas nações, ao igual aos dois irmãos, sempre estiveram em conflito. Edom se regozijou pela desgraça do Israel. Como resultado, Deus prometeu destruir ao Edom totalmente, desde o Temán no sul, até a Bosra no norte.

1.13-15 Os amorreos descendiam da relação incestuosa do Lot e sua filha menor (Gn 19:30-38). Eram hostis com o Israel, e apesar de que o Israel começou a adorar seus ídolos, continuaram atacando (Jz 10:6-8). depois de que Saul foi ungido rei do Israel, sua primeira vitória em batalha foi contra os amorreos (1 Smamuel 11). Rabá era a cidade capital do Amón. A profecia do Amós sobre a destruição do Amón se cumpriu por meio da invasão de Assíria.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Amós Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
I. os vícios das Nações (Jl 1:1)

1 As palavras de Amós, que estava entre os pastores de Tecoa, o que ele viu a respeito de Israel, nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto.

2 E ele disse: Senhor brama de Sião, e proferir sua voz de Jerusalém; e os prados dos pastores lamentam, e ao cume do Carmelo murcharão.

O prólogo dá o assunto, data e confirmação divina de Amos da seguinte forma: (1) O assunto: As palavras de Amós, ... o que ele viu a respeito de Israel. Ele viu -His palavras eram janelas de abertura discernimento sobre os atos eternos de Deus. (2) A data: ., nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão ... rei de Israel, dois anos antes do terremoto (". Introdução" Veja "Date" sob) (3) A confirmação divina: o Senhor brama de Sião, e proferir sua voz de Jerusalém. Deus é revelada a Amos como um Deus que odeia e castiga o pecado. Ele é tanto um Deus de justiça, como Ele é um Deus de amor e misericórdia. As referências à origem do enunciado de Deus, como Sião e Jerusalém são dignos de nota. A maior parte do ministério registrou Amos 'era o Reino do Norte, um reino Deus havia chamado a existir em punição por desvio de Salomão em direção a idolatria. Mas o próprio Amos era do Reino do Sul, e para ele como para os profetas do norte, Jerusalém ainda era o único assento legítimo de culto, o lugar onde o Senhor habitou entre os homens.

B. OS SEIS DECISÕES EM nações vizinhas (1: 3-2: 3)

Era, aparentemente, numa altura em que milhares de israelitas foram migrando para Bethel para uma das festas e bacanais religiosas anuais em honra do bezerro de ouro (conforme 1Rs 12:32 ), que o até então desconhecido e cerca de folheados camponês de Judá apareceu em cena. Ele começou a falar com os celebrantes montados e sua eloqüência rapidamente capturou um público crescente. Sua mensagem era simples e clara, redigida em figuras de linguagem familiar para as pessoas comuns que dirigiu. Ele denunciou o pecado, e para o deleite de seus ouvintes, ele começou a falar de pecados de seus vizinhos. Ele pronunciou julgamento sobre sete nações vizinhas, começando no ponto mais distante de Israel e, em seguida, circulando rodada e volta Samaria, aproximando-se cada vez. WW Branco tem graficamente retratado estratégia Amos 'da seguinte maneira.

De Damasco (1)

de Gaza (2)

a Tiro (3)

de Edom (4)

para Ammon (5)

para Moab (6)

a Judá (7)

para Israel (8)

1. Damasco (1: 3-5)

3 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Damasco, sim, por quatro, não retirarei o castigo; porque trilharam a Gileade com trilhos de ferro. 4 Por isso porei fogo à casa de Hazael, e ele consumirá os palácios de Ben-Hadade. 5 E eu vou quebrar o ferrolho de Damasco, e exterminarei o morador desde o vale de Aven, e ele que tem o cetro da casa do Éden; eo povo da Síria será levado em cativeiro a Quir, diz o Senhor.

Amos começou com Damasco, capital da Síria, um dos inimigos mais implacáveis ​​de Israel. Por mais de dois séculos contenda havia prevalecido entre a Síria e Israel. Amos iniciou aqui o uso de sua parte introdutória que se tornou tão familiar antes que ele finalmente atingiu seu alvo real, Por três transgressões, ... sim, por quatro, não retirarei o castigo . E ele também limitou-se, como fez com todas as nações subseqüentes, exceto Judá e Israel, não a três pecados ou quatro pecados ou sete pecados, mas apenas para um em seu pronunciamento do juízo. Porque eles trilharam a Gileade com trilhos de ferro. Gilead foi a região do planalto de Israel a leste do rio Jordão e a parte mais facilmente e mais frequentemente atacados pelos sírios. É possível que isso se refere a seus repetidos ataques lá, ou talvez para o abate cruel de homens, mulheres e crianças Eliseu tinha previsto cerca de cinquenta anos antes se realizaria sob Hazael (conforme 2Rs 8:12 ; 2Rs 10:32) . Eu porei fogo à casa de Hazael, e ele consumirá os palácios de Ben-Hadade. O fogo era um símbolo da guerra. Hazael tinha sido o mais forte dos reis da Síria, morrendo cerca de quarenta anos antes de Amos. Ben-Hadade era o nome do antecessor de Hazael, e também do filho e sucessor de Hazael. À medida que os sírios tinham fazia guerra contra Israel, então guerra iria invadir o coração da nação, quebrando suas defesas, cortando seus habitantes e seus reis, e levando seu povo em cativeiro a Quir, agora para o nordeste. Dentro de 50 anos, essas calamidades se abateu sobre a Síria (conforme 2Rs 16:9)

6 Assim diz o SENHOR: Por três transgressões de Gaza, sim, por quatro, não retirarei o castigo; porque levaram cativo todo o povo, para o entregarem a Edom. 7 Por isso porei fogo ao muro de Gaza, e ele consumirá os seus palácios. 8 E exterminarei o morador de Ashdod, e ele que tem o cetro de Ashkelon; e tornarei a minha mão contra Ecrom; eo resto dos filisteus perecerá, diz o Senhor Deus.

Enquanto Gaza, usado aqui como típico das cinco cidades dos filisteus, foi totalmente culpado de três transgressões ... sim, ... quatro, apenas um foi escolhido para a atenção por Amos. Foi o tráfico de seres humanos, populações inteiras sendo apreendidos e vendidos como escravos, como se fossem tantas gado. Enquanto Ashdod, Ashkelon, e Ekron, todas as outras grandes cidades dos filisteus, exceto Gate, são mencionados, Gaza foi provavelmente o mercado de escravos capital, uma vez que foi no principal rota de caravanas para o Egito. Amos previsto como punição a destruição do poder dos filisteus e da nacionalidade.

3. Tiro (1: 9-10)

9 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Tiro, sim, por quatro, não retirarei o castigo; porque entregaram todo o povo de Edom, e não se lembraram da aliança dos irmãos. 10 Por isso porei fogo ao muro de Tiro, e ele consumirá os seus palácios.

O terceiro objeto da ira de Amós foi Tyre, o grande porto fenício ao noroeste de Israel. As relações entre Israel e Tiro quase sempre foi pacífica, e desde que a aliança dos irmãos estabelecida entre Davi e Salomão e Hiram de Tiro (conforme 2Sm 5:11. ; 1Rs 5:1 ), tinha sido bastante amigável e cooperativa. No entanto, Tiro tinha agora se juntou Philistia na escravização em massa de israelitas. Um incêndio, novamente típico de guerra, era para ser enviado contra Tiro, uma previsão parcialmente cumprida pelos assírios e Nabucodonosor, mas finalmente levada à sua conclusão por Alexandre, o Grande.

4. Edom (1: 11-12)

11 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Edom, sim, por quatro, não retirarei o castigo; porque perseguiu a seu irmão à espada, e baniu toda a compaixão; ea sua ira despedaçou eternamente, e conservou a sua indignação para sempre. 12 Por isso porei fogo a Temã, e ele consumirá os palácios de Bozra .

Edom havia sido mencionado duas vezes já nos pronunciamentos Amos de julgamento, em conjunto com o comércio de escravos dos filisteus e dos pneus (Am 1:6 ). Seu prazer em receber os pobres coitados dos vizinhos ocidentais de Israel haviam escravizado, e na realização de incursões assassinas ao longo das fronteiras de Israel, foi feito tudo o mais repreensível em que Israel foi de Edom irmão -o duas nações eram descendentes de Jacó e Esaú, o gêmeo filhos de Isaque. Um incêndio, ea guerra que tipificado, estava prevista para as fortalezas de Edom.

5. Ammon (1: 13-15)

13 Assim diz o Senhor: Por três transgressões dos filhos de Amom, sim, por quatro, não retirarei o castigo; porque eles dilaceraram às grávidas de Gileade, para que possam ampliar sua fronteira. 14 Mas porei fogo ao muro de Rabá, e ele consumirá os seus palácios, com alarido no dia da batalha, com um tempestade no dia da tormenta, 15 e seu rei irá para o cativeiro, ele e os seus príncipes juntamente, diz o Senhor.

Ammon, perto vizinho a leste de Israel do rio Jordão e ao norte do Mar Morto, foi o quinto objeto de denúncia Amos '. O único pecado de seus muitos escolhido para repreensão específica era seu abate cruel de mulheres e crianças indefesas por nascer emGilead, região do planalto leste do Jordão de Israel. Guerra e cativeiro também viria a Ammon. Esses vizinhos menores de Israel foram tragados pelas invasões subsequentes da área pelos assírios e babilônios.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Amós Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
1.1 Amós. O nome é considerado uma forma familiar de Amasias (conforme 2Cr 17:16). Profetizou entre 765 e 750 a.C., no norte, completando seu ministério uns dez anos antes de Isaías começar a profetizar no sul, em Judá. Não é, porém, o Amoz que se registra como o pai de Isaías (Is 1:1), o nome é diferente no heb Tecoa. Uma cidadezinha que se situava 8 km ao sul de Belém, em Judá. A respeito de Israel. Isto foi escrito pouco antes do tempo em que as dez tribos do norte (Israel) foram levadas ao cativeiro.

1.2 Sião. Ou Jerusalém, a cidade onde se situava o templo de Deus. Carmelo. Uma bela montanha junto ao mar, extremamente abundante em pastagens, oliveiras e vinhedos, que aqui simbolizam a prosperidade.

1.3 A expressão "três ou quatro" significa "muitos e vários". Damasco. Capital da Síria, poderoso reino ao norte de Israel. Trilharam a Gileade. Ver 2Rs 13:7.

1.4 Ben-Hadade. Filho de Hazael, rei em Damasco.

1.5 Da Síria será levado. Profecia cumprida em 732 a.C., quando Tiglate-Pileser III levou o povo de Damasco ao cativeiro em Quir (2Rs 16:9). Quir é o lugar de onde vinham os arameus ou sírios (9.7). Biqueate-Áven. "Vale da Iniqüidade". Bete-Éden. "Casa da luxúria".

1.7 Fogo. Esta profecia cumpriu-se no reinado de Ezequias (2Rs 18:8).

1.8 Filisteus. Esta nação dividia-se em cinco cidades: Gaza; Gate, Asdode, Ascalom e Ecrom. Depois da invasão mencionada no v. 7n, os filisteus ainda foram reduzidos por Psamético, do Egito, e pelos exércitos de Alexandre Magno.

1.9 Tiro. Grande cidade marítima, cujo rei, Hirão, tinha feito aliança com Davi (1Rs 5:12).

Agora estava vendendo escravos hebreus.
1.10 Meterei fogo. Tiro foi terrivelmente assaltada durante 13 anos, pelo rei Nabucodonosor da Babilônia, entre 532 e 570 a.C. e destruída por Alexandre Magno em 332 a.C.

1.12 Temã... Bozra. Duas cidades de Edom, que representam a nação.

1.13 Amom. Amom e Moabe (2,1) receberam os seus nomes e descendência das duas filhas de Ló, formando antigos reinos a leste do Jordão. O propósito do ato desumano de Amom, descrito aqui, era deixar Israel sem defensores para o caso de uma futura invasão; assim os amonitas esperavam estender seus termos à custa dos israelitas.

1.14 Rabá. A capital de Amom, a única cidade amonita mencionada na Bíblia.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Amós Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
I. PRÓLOGO (1.1,2)
Os dois primeiros versículos constituem a introdução a toda a coletânea de oráculos. O v. 1 pode ser considerado o título posto no início da coletânea. Esse versículo conta ao leitor que o livro é constituído de ditos — Palavras. Conta também quem disse essas palavras, a quem as disse e quando. A data é bem específica, dois anos antes do terremoto. Esse evento é mencionado em outro lugar no ATOS somente em Zc 14:5, e tem-se a impressão de que foi um evento de natureza particularmente catastrófica. Josefo (AntIX. 10,4) e rabinos posteriores o sincronizam com a expulsão do leproso Uzias do templo (2Cr 26:1; Sl 39:3-19; Pv 30:15Pv 30:16,Pv 30:21-20). A lei de Israel proibia expressamente esse comércio (Ex 21:16).

Em virtude de seu crime, os Estados filisteus seriam subjugados e destruídos. Amós mencionou pelo nome quatro de cinco cidades-Estado. A omissão notória de Gate suscitou uma variedade de problemas, incluindo a suspeição de que esse oráculo pressupõe a destruição de Gate em 711 a.C. pelos exércitos de Sargão por causa de sua participação na rebelião contra a Assíria (v. Is 20:3). No entanto, há outras possibilidades que oferecem uma explicação melhor para a ausência do nome. Gate, com freqüência, era incluída no território judaico e pode ter estado sob a autoridade de Asdode nesse período.


3) Os pecados da Fenícia (1.9,10)
O oráculo contra Tiro, representando toda a nação da Fenícia, continua seguindo o padrão, mas preenche os detalhes de forma ligeiramente diferente dos ditos anteriores acerca de Damasco e Gaza. Os fenícios foram talvez a maior nação de comerciantes do mundo antigo, e a compra e venda de seres humanos semelhantes a eles era provavelmente apenas mais uma faceta dos seus amplos negócios. Tiro havia suplantado Sidom como a cidade dominante na época de Amós e era famosa em todo o leste do Mediterrâneo por causa de seu amplo comércio (v. 1Sm 23:0; 1Rs 9:13). (Acerca desse assunto, v. mais detalhes em J. Priest, “The Covenant of Brothers”, JBL 84 [1964], p. 400-1). O castigo que estava prestes a cair sobre Tiro era idêntico ao de Gaza (v. 10). O castigo de Deus também dessa vez seria executado por agentes humanos.


4) Os pecados de Edom (1.11,12)
Com o oráculo contra Edom, a série se dirige para a região a sudeste de Israel. A nação de Edom estava situada ao longo da Arabá ao sul do extremo inferior do mar Morto. Em toda a história dos tempos bíblicos, Edom esteve intimamente envolvido com a vida de Israel e sempre foi considerado um dos seus inimigos hereditários. O profeta destaca Temã, possivelmente uma cidade no sul, e Bozra, um centro importante no norte (talvez a capital; v. Gn 36:33), para menção especial, mostrando que o juízo de Deus vai cair sobre toda a terra de norte a sul (v. 12). O pecado de Edom foi contra o seu irmão (v. 11). E uma referência clara a Israel. O parentesco entre Jacó e Esaú é sublinhado nas histórias patriarcais, e Edom é citado com freqüên-cia como irmão de Israel (Nu 20:14; Dt 2:4;

23:3-7; Ob 10:12; Ml 1:2,Ml 1:3). A acusação afirma expressamente que Edom se negou a ter compaixão e perseguiu seu irmão implacavelmente e com ira incessante — perpetuando para sempre a sua ira (v. 11). A sua hostilidade, sem dúvida, foi demonstrada nos constantes conflitos fronteiriços.

O crime específico é a violação das obrigações de parentesco, e o problema surge em relação ao período que está em vista. Edom esteve sob forte controle de Judá desde o tempo de Davi até o reinado de Uzias, exceto por um breve período no reinado de Jeorão (c. 850 a.C.). Portanto, é difícil encaixar um retrato de hostilidade vingativa contínua nesse período, embora Amós possa ter se fundamentado em tradições que se perderam com respeito à conduta de Edom durante a luta anterior pela independência. Por outro lado, há inúmeros textos no ATOS que estão associados especificamente à conduta de Edom contra Judá no período que seguiu imediatamente o exílio (Am 1:10; Lm 4:21,Lm 4:22). É interessante observar que Obadias destaca precisamente o mesmo ponto de Amós, que Edom traiu as obrigações de parentesco em relação a seu irmão Judá. E possível que os textos do ATOS que falam da inimizade de Edom também venham do mesmo período (Is 34:5Is 34:6; Jr 49:7; Os 3:19 e Sl 137:7). “Edom explorou o colapso de Judá ao máximo, agindo de forma vingativa contra refugiados e constantemente se apropriando de território de Judá no sul” (J. L. Mays).


5) Os pecados de Amom (1:13-15)
O reino de Amom estava situado a leste do Jordão, com Moabe ao sul e Gileade ao norte, ocupando grande parte do que é hoje a Jordânia. Em certa época, Amom pertenceu ao império davídico, mas se tornou independente com rei próprio logo após a morte de Salomão. A referência no v. 13 aparenta ser a um período de conflitos fronteiriços conduzidos pelos amonitas para expandir o seu território para dentro de Gileade. O ato especialmente desumano de matar mulheres grávidas nessa área (v. 13) às vezes era uma característica da guerra naqueles tempos (2Rs 8:12; 2Rs 15:16; Dn 13:16) e, aliás, também acontece em dias mais recentes. Era especialmente comum em guerras fronteiriças em que o propósito era aterrorizar e também dizimar a população residente. O castigo de Javé é descrito em termos militares; o inimigo iria varrer Rabá, a capital dos amonitas (no local da atual Amã) como ventos violentos num dia de tempestade, consumindo a cidade com chamas e destruindo tudo que estivesse diante dele (v. 14). Os conceitos de tempestade e vendavais com freqüêncía são combinados nas descrições proféticas das catástrofes que anunciariam o juízo de Javé (conforme Jr 23:19Jr 30:23; Dn 13:15 etc.). A tempestade de Javé é a forma que vai assumir a sua ira contra os seus inimigos, e o juízo assim assume a forma do iminente dia de Javé (v. mais detalhes em 5:18-20), considerado aqui não em termos escatológicos, mas como um evento específico no qual Deus traz a guerra como castigo catastrófico sobre toda a área. O resultado seria que tanto o rei quanto a sua corte iriam para o exílio (v. 15).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 3

B. Acusação das Nações Vizinhas. 1:3 - 2:3. Amós foi um profeta de Israel, mas ele deu início à sua pregação com o aviso de que o juízo estava para se desencadear sobre as nações vizinhas. Deste modo ele foi capaz de mostrar que, desde que as outras nações iam ser castigadas, Israel também não poderia escapar. Tendo ela pregado a verdade através dos profetas do Senhor, sua condenação era maior que a das nações que não possuíam esta verdade.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Amós Capítulo 1 do versículo 3 até o 5
II. DECLARAÇÃO DA DESTRUIÇÃO DAS NAÇÕES Am 1:3-2.16

À semelhança da maioria dos outros profetas, Amós tinha oráculos que eram contra determinadas nações estrangeiras. Mas, diferentemente dos outros profetas, porém, ele introduz esses oráculos para que precedam e conduzam à acusação contra seu próprio povo. Uma a uma são citadas pelo nome, são alistados seus pecados, e são condenadas. Em cada caso a fórmula seguida é a mesma: primeiramente seus crimes são nomeados e então são proclamadas as conseqüências. Os pecados, em quase cada caso, são pecados de relações estrangeiras-guerra arbitrária, massacre e sacrilégio. A ocupação de Amós sem dúvida o levava a muitos mercados, onde se encontrava com caravanas vindas de muitas terras e assim ele deve ter aprendido muita coisa sobre as nações que rodeavam 1srael e Judá. Ao expor e denunciar esses bárbaros ultrajes, Amós prepara o caminho para a verdadeira palavra de julgamento, que é dirigida contra Israel, cujos pecados são maiores que os daquelas nações, pois eram pecados não tanto contra outros povos, mas contra seu próprio povo e parentela. Outrossim, o pecado de Israel era mais grave que o das nações circunvizinhas em vista de seus privilégios e de sua luz recebida terem sido muito maiores.

a) Damasco (Síria) (Am 1:3-5)

Por três transgressões... e por quatro... (3). Desde os tempos mais antigos têm sido feitas tentativas para encontrar significação simbólica para esses números, mas provavelmente se trata de tradução literal de uma expressão idiomática que significa "por muitos crimes". Moffatt traduz como "crime sobre crime", e T. H. Robinson como "por tantos crimes". A Síria inteira é abarcada por esta referência à sua capital, Damasco. A Síria era o vizinho mais importante de Israel e ficava na linha das conquistas da Assíria. Durante muitos anos, antes de Jeroboão II, Israel esteve engajada em guerra mortal contra a Síria e a menção de Damasco certamente chamava imediatamente a atenção. A fórmula não retirarei o castigo (lit., "não o farei voltar") é repetido em Jl 1:6, Jl 1:9, Jl 1:11, Jl 1:13; Jl 2:1, Jl 2:4, Jl 2:6. Trilhos de ferro (3). Eram e continuam sendo, no oriente, e em muitos outros lugares, tábuas entalhadas e dotadas de dentes de ferro, puxadas por cavalos ou mulas sobre o grão amontoado. Dessa maneira, a palha era cortada em pequenos pedaços e o grão era libertado. De algum modo semelhantemente cruel a Síria havia tratado (trilharam) Gileade. Quando foi perpetrada essa barbaridade não é esclarecido, mas provavelmente foi praticada por Hazael, quando conquistou Gileade, nos dias de Jeú e Joacaz (2Rs 10:32 e segs.).

>Am 1:4

Porei fogo... (4). Fogo é, aqui, símbolo da guerra. O julgamento envolveria tanto a dinastia como o povo da Síria. Hazael e Ben-Hadade foram os dois mais cruéis opressores de Israel. A profecia que sua dinastia pereceria deve ter dado um prazer peculiar a Israel. Quebrarei o ferrolho (5); isto é, Damasco seria aberta ao inimigo (cfr. Dt 3:5). Biqueate-Áven (lit., "vale de idolatria") tem sido identificada de diversos modos. O prof. G. A. Smith a identifica com Baalbeque; outros pensam que a referência é ao largo e fértil oásis da própria Damasco. Bete-Éden (5). Havia um lugar chamado Bit-adini (assírio para "casa de Éden") no médio Eufrates, e alguns eruditos bíblicos mantêm que esta é uma referência àquele lugar. O contexto, entretanto, exige algum lugar na região de Damasco, que até hoje é o paraíso do mundo árabe. Será levado em cativeiro (5), provavelmente se refere à orientação assíria no que diz respeito aos povos nativos que eram subjugados. Quir permanece não-identificada (a Vulgata tem "Cirene"). Segundo Jl 9:7 essa era a pátria original dos sírios. Haveriam de retornar a ela quando deixassem de ser nação.


Dicionário

Assim

advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.

Castigo

punição do culpado

[...] A conseqüência natural, derivada desse falso movimento [da alma]; uma certa soma de dores necessária a desgostá-lo [o culpado] da sua deformidade, pela experimentação do sofrimento. O castigo é o aguilhão que estimula a alma, pela amargura, a se dobrar sobre si mesma e a buscar o porto de salvação. O castigo só tem por fim a reabilitação, a redenção. Querê-lo eterno, por uma falta não eterna, é negar-lhe toda a razão de ser. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1009


Castigo Sofrimento imposto a quem é culpado (Pv 11:21). Os pais castigam os filhos (Pv 19:18). Os tribunais condenam os culpados (Rm 13:4). Deus castiga (He 10:29-31). Os condenados eram castigados com AÇOITE (Dt 25:2-3) e ou jogados na prisão (v. CALABOUÇO e (At 16:19-24). A lei de Moisés previa a pena de morte para vários crimes (Ex 21:12-17), 22-23; 22:18-20; (Dt 22:20-25). Os judeus APEDREJAR; os romanos cortavam a cabeça ou CRU

castigo s. .M 1. Sofrimento corporal ou moral infligido a um culpado. 2. Pena, punição. 3. Importunação, mortificação, ralação. 4. Admoestação.

Castigo Ver Inferno.

Damasco

substantivo masculino Fruto dourado semelhante ao pêssego, porém menor e com pele mais lisa.
Tanto o damasco fresco quanto o seco podem ser comidos crus ou cozidos em geléias, tortas e pudins. Do caroço do damasco fabrica-se um licor.O damasqueiro atinge cerca de 9m de altura. É árvore de clima ameno. Floresce precocemente, por isso não pode ser cultivado em regiões sujeitas às geadas de primavera. O damasqueiro é originário da Ásia, de onde foi trazido para o Brasil. É cultivado de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, especialmente nos planaltos.

A mais importante e uma das mais antigas cidades da Síria, situada numa fértil planície, quase circular, com 48 km. de diâmetro – é banhada pelo Barada e o Awaj (Abana e Farfar). Dista de Jerusalém para o nordeste 218 km. Foi, por séculos, um centro comercial (Ez 27:18-47.16 a 18). Já era conhecida no tempo de Abraão, e foi terra natal do seu mordomo Eliezer (Gn 14:35-15.2). A não ser no curto período de tempo em que Damasco esteve sujeita a Davi e Salomão, era esta cidade a capital do reino independente da Síria, e com esta nação está a sua história estreitamente ligada. Foi conquistada a cidade de Damasco pelo rei Davi, sendo obrigada a pagar um certo tributo (2 Sm 8.5,6 – e 1 Cr 1S.5 a
7) – mas no tempo de Salomão foi retomada por um guerreiro de nome Rezom (1 Rs 11.23 a 25). Ben-Hadade i, rei da Síria, sendo subornado por Asa, rei de Judá, quebrou a sua aliança com Baasa, e invadiu o reino de israel (1 Rs 15.18 a 20 – 2 Cr 16.2 a 4), continuando a guerra com israelitas no tempo de onri (1 Ra 20.34). Ben-Hadade ii cercou Samaria, mas sem resultado, no tempo do rei Acabe – depois voltou, mas foi de novo posto em debandada, firmando, porém, uma aliança com Acabe (1 Rs 20.1 a 34). Três anos mais tarde foi a guerra renovada, tendo sido Acabe derrotado e morto (1 Rs 22.1,37). o general Naamã foi mandado de Damasco à Samaria para curar-se da lepra (2 Rs 5). Pela segunda vez foi cercada a cidade de Samaria por Ben-Hadade, mas em vão (2 Rs 6.24). Hazael foi visitado por Eliseu em Damasco, e designado como sucessor de Ben-Hadade (2 Rs 8.7 a 15). Este mesmo Hazael foi derrotado pelos assírios, mas alcançou vitória contra Jorão e Acazias (2 Rs 8.28,29). os sírios assolaram a terra de israel ao oriente do Jordão, no reinado de Jeú (2 Rs 10.32, 33 – e Am 1:3-5) – cercaram e tomaram Gate (2 Rs 12.17 e Am 6:2) – ameaçaram Jerusalém (2 Rs 12.18 – 2 Cr 24,23) – oprimiram israel no reinado de Jeoacaz (2 Rs 13 3:7-22). Ben-Hadade iii foi também um rei opressor – mas perdeu as cidades que Hazael tinha tomado (2 Rs 13.25), ficando Jeoás vitorioso conforme o vaticínio de Eliseu (2 Rs 13 14:19) – também Jeroboão atacou a cidade de Damasco (2 Rs 14.28). Rezim, juntamente com Peca, rei de israel, atacou Jerusalém não sendo bem sucedido, mas levou numerosos cativos e recuperou Elate (2 Rs 16.5,6 – 2 Cr 28.5 – e is 7:1-9). Tiglate-Pileser, rei da Assíria, instigado por Acaz, tomou Damasco, matou Rezim e transportou para Quir os habitantes desta cidade, como tinha sido predito por Amós – e assim terminou o reino de Damasco (2 Rs 16.9 a 12 – is 17:1-3Jr 49:23-27Am 1:5). Nos tempos do N.T. fazia Damasco parte do reino de Aretas, um árabe que conservava o seu poder, estando sujeito aos romanos (2 Co 11.32). Foi perto daquela cidade que se deu a conversão de S. Paulo (At 9). Damasco gozou de prosperidade comercial, quase sem interrupção, e ainda hoje é uma cidade que tem para cima de 100.000 habitantes. A planície produz nozes, romãs, figos, ameixas, damascos, limões, peras e maçãs – e nos arredores existem famosas vinhas. o trânsito por Damasco foi em todos os tempos mais lucrativo do que propriamente o seu comércio direto. As caravanas entre o Egito e a Síria, e entre Tiro e Assíria e o oriente passavam geralmente, todas elas por Damasco. (*veja Ben-Hadade e Hazael.)

Damasco Capital da Síria (1Rs 15:18; At 9:1-25).

Diz

3ª pess. sing. pres. ind. de dizer
2ª pess. sing. imp. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Ferro

substantivo masculino Metal duro e maleável, o mais importante, por sua utilização industrial e tecnológica, de símb. Fe, peso atômico 26, massa atômica 55,847.
Ponta de ferro de uma lança.
Espada, florete: cruzar o ferro.
Poética Arma assassina: ferro homicida.
Semicírculo com que se protegem os cascos das patas dos cavalos etc.
Ferramentas, instrumentos, utensílios de arte ou ofício, ou utilidade em geral: ferro de engomar.
Barra de ferro ou de arma maleável que apresenta uma forma qualquer: ferro em T, em.
substantivo masculino Haste de ferro que serve de armação para concreto armado.
Lâmina de ferro que constitui a parte cortante ou perfurante de um objeto.
Idade do ferro, período pré-histórico em que o homem começou a utilizar o ferro em seus utensílios.
A ferro e fogo, com toda violência.
Malhar em ferro frio, perder tempo.
Estrada de ferro, sistema de viação através de trens.
Lançar ferro, fundear o navio.
Ferros velhos, trastes de oficina.
Meter a ferros, encarcerar.
De ferro, que se assemelha ao ferro, que tem a dureza do ferro (nos sentidos próprio e figurado): mão de ferro; coração de ferro.
substantivo masculino plural Algemas, grilhões: meteram-no em ferros.

A primeira menção que se faz do ferro na Bíblia é em Gn 4:22, onde é citado Tubalcaim como forjador de instrumentos cortantes de bronze e ferro. Que os assírios usavam este metal em grande escala, mostra-se isto pelas descrições do explorador Layard, que achou serras e facas nas ruínas de Nínive. A fundição do ferro acha-se representada nas esculturas egípcias, devendo, por isso, ter sido conhecido o uso dos foles pelo ano 1500 a.C. Além disso, têm sido encontradas chapas de ferro, ligando as fiadas de pedras no interior das Pirâmides. Deste modo o trabalho em ferro é muito antigo, embora não se diga na Bíblia que Moisés fez uso desse metal quando erigiu o tabernáculo, ou que Salomão o empregou em qualquer parte do templo em Jerusalém. Todavia, no Pentateuco acham-se referências à sua grande dureza (Lv 26:19Dt 28:23-48) – ao leito de ferro do rei ogue de Basã (Dt 3:11) – às minas de ferro (Dt 8:9) – e também aquela dura escravidão dos israelitas no Egito é comparada ao calor da fornalha para fundição do ferro (Dt 4:20). Vemos também na Bíblia que as espadas, os machados e instrumentos de preparar pedra eram feitos de ferro (Nm 35:16Dt 19:5 – 27.5). o ‘ferro do Norte’ (Jr 15:12) era, talvez, o endurecido ferro produzido no litoral do mar Euxino pelo povo daqueles sítios, que, segundo se diz, descobriu a arte de temperar o aço. Figuradamente é usado o ferro como símbolo da força (40:18), e da aflição (Sl 107:10), etc.

Gileade

Região pedregosa. 1. Território montanhoso ao oriente do Jordão, ocupado por Gade, Rúben, e a meia tribo de Manassés – por vezes a palavra significa toda a região que fica ao oriente do rio Jordão (Dt 34:1Js 22:9Jz 20:1). o país era acidentado, rico de florestas, com ricas pastagens (Nm 32:1), e produzia especiarias e gomas aromáticas (Gn 37:25Jr 8:22 – 46.11). Ali acampou Jacó quando foi alcançado por Labão (Gn 31:21-25) – foi tomado pelos israelitas (Nm 21:24-25, 32 a 35 – Dt 2:32-36 – 3.1 a
10) – era a terra de Jair (Jz 10:3) – de Jefté (Jz 11:1-7 a 11), e de Elias (1 Rs 17,1) – foi refúgio dos israelitas, quando se livravam dos filisteus (1 Sm 13.7), refugiando-se ali também os filhos de Saul (2 Sm 2.8, 9), e mais tarde Davi quando fugia de Absalão, que o seguiu até aqueles sítios (2 Sm 17.24,26) – e no reinado de Jeú foi o país de Gileade conquistado por Hazael, rei da Síria (2 Rs 10.33). o ‘bálsamo de Gileade’ era a seiva de uma árvore que cresce naquela região. É uma substância branca, viscosa, que depressa se coagula, e é de valor para cura de inflamações. No tempo de Alexandre Magno valia duas vezes o seu peso em prata. Maanaim, a capital meridional de Gileade, ainda hoje existe com o nome de Mukhmah. Ao norte havia o lugar de Jabes-Gileade, que hoje se chama Wadi-Yabir. Ao noroeste de Rabate-Amom, na parte sul, as ruínas de Jubeiá indicam o sítio de Jogbeá, sendo até este lugar que os midianitas foram perseguidos por Gideão (Jz 8:11). Sucote, para onde se dirigiu Jacó depois que Esaú se apartou dele, acha-se hoje identificado com Tell Der”ala, ao norte de Jaboque, e Mispa com Sufe. 2. A palavra Gileade também se encontra como nome de pessoa (Nm 26:29Jz 11:1 – 1 Cr 5.14).

(Heb. “banco de rochas”). 1. Neto de Manassés e filho de Maquir, tornou-se o líder do clã dos gileaditas (Nm 26:29-30; Nm 27:1-1Cr 2:21-23). Seu nome foi dado a uma região a leste do rio Jordão. A distribuição dessa terra é registrada em Josué 17.


2. Pai de Jefté, um dos juízes de Israel: “O seu pai era Giileade; a sua mãe era uma prostituta” (Jz 11:1). Os filhos de Gileade com sua esposa legítima mais tarde expulsaram Jefté de casa, a fim de que não recebesse nenhuma herança do pai. O fato de ele também ser descrito como gileadita (ou seja, vivia na região de Gileade) tem levado alguns teólogos a questionar se Gileade era realmente um nome ou simplesmente um patronímico. O contexto, entretanto, sugere que realmente trata-se de um nome próprio.


3. Pai de Jaroa e filho de Micael, era um gadita que vivia em Basã, na região de Gileade. Novamente é possível que, em razão de sua família viver em Gileade, possa se considerar outro patronímico. O contexto do nome, entretanto, que aparece bem no meio de uma genealogia, torna essa possibilidade mais improvável (1Cr 5:14-16). P.D.G.


Gileade Região montanhosa e florestal que ficava a leste do Jordão (Gn 31:21), famosa pelo bálsamo que produzia (Jr 8:22; Mq 7:14; Js 10:8—12.7).

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Quatro

numeral cardinal Três mais um.
numeral ordinal O quarto de uma série: casa 4.
substantivo masculino Algarismo que exprime o número 4.
Ficar de quatro, apoiar-se nos pés e nas mãos ao mesmo tempo.
Executar a quatro mãos, tocarem ao mesmo tempo duas pessoas (ao piano, p. ex.).
O diabo a quatro, confusão, balbúrdia.
De quatro costados, inteiramente, totalmente.

numeral cardinal Três mais um.
numeral ordinal O quarto de uma série: casa 4.
substantivo masculino Algarismo que exprime o número 4.
Ficar de quatro, apoiar-se nos pés e nas mãos ao mesmo tempo.
Executar a quatro mãos, tocarem ao mesmo tempo duas pessoas (ao piano, p. ex.).
O diabo a quatro, confusão, balbúrdia.
De quatro costados, inteiramente, totalmente.

Retirar

retirar
v. 1. tr. dir. Puxar para trás ou para si; tirar. 2. tr. dir. Afastar, tirar. 3. tr. dir. Levantar, recolher, tirar. 4. tr. dir. Fazer sair de onde estava. 5. tr. ind., Intr. e pron. Afastar-se de um lugar; sair de onde estava; ausentar-se. 6. tr. ind., Intr. e pron. Afastar-se para evitar combate; bater em retirada; fugir. 7. pron. Afastar-se do convívio social; partir para algum retiro ou lugar solitário. 8. pron. Sair de uma companhia, empresa ou sociedade. 9. tr. dir. Deixar de conceder; cassar, privar. 10. tr. dir. Auferir, lucrar, obter.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Trilhar

verbo transitivo Moer, esbagoar ou debulhar com o trilho (cereais).
Pisar, calcar, bater com os pés.
Dividir em pequenas partes.
Marcar com o trilho, deixar pegadas ou rastos.
Deixar a marca ou a impressão do pé em.
Figurado Seguir o caminho, a norma.
Percorrer, palmilhar.

Moer; pisar; calcar

Trilhar
1) DEBULHAR (Is 28:27)

2) Esmagar (Dt 23:1), RA).

Trilhos

masc. pl. de trilho

tri·lho 1
(derivação regressiva de trilhar)
nome masculino

1. Barra metálica sobre que assentam as rodas dos vagões e de outros veículos. = CALHA, CARRIL

2. Figurado Trilha, caminho.

3. Norma, exemplo.

4. Modo de proceder, de pensar.

5. Vestígio, rasto.


tri·lho 2
(latim tribulum, -i, espécie de grade para debulha do trigo)
nome masculino

1. [Agricultura] Cilindro de madeira com dentes de ferro com que se debulham os cereais na eira.

2. Utensílio com que se bate a coalhada, para fazer queijo.


Três

numeral Dois mais um; quantidade que corresponde a dois mais um (3).
Que ocupa a terceira posição; terceiro: capítulo três.
substantivo masculino O número três: escrevam um três.
Terceiro dia de um mês: o 3 de julho.
Representação gráfica desse número; em arábico: 3; em número romano: III.
locução adverbial A três por dois. A cada instante: eles brigam a três por dois.
Etimologia (origem da palavra três). Do latim tres.tria.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Amós 1: 3 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Por três transgressões de Damasco, e por quatro, não retirarei dele o castigo, porque debulharam- batendo a Gileade com instrumentos- de- bater feitos de ferro.">Assim diz o SENHOR: "Por três transgressões de Damasco, e por quatro, não retirarei dele o castigo, porque debulharam- batendo a Gileade com instrumentos- de- bater feitos de ferro.
Amós 1: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

766 a.C.
H1270
barzel
בַּרְזֶל
ferro
(and iron)
Substantivo
H1568
Gilʻâd
גִּלְעָד
Gileade / monte de testemunho
(Gilead)
Substantivo
H1758
dûwsh
דּוּשׁ
pisar, debulhar
(when he treads out)
Verbo
H1834
Dammeseq
דַּמֶּשֶׂק
conduzir, ser líder, ir adiante
(related)
Verbo - Pretérito Imperfeito do indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do plural
H2742
chărûwts
חֲרוּץ
com ponta afiada, afiado, diligente n m
(sharp pointed things)
Adjetivo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3541
kôh
כֹּה
Então
(So)
Advérbio
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H6588
peshaʻ
פֶּשַׁע
transgressão, rebelião
(my trespass)
Substantivo
H702
ʼarbaʻ
אַרְבַּע
e quatro
(and four)
Substantivo
H7725
shûwb
שׁוּב
retornar, voltar
(you return)
Verbo
H7969
shâlôwsh
שָׁלֹושׁ
três
(three)
Substantivo
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


בַּרְזֶל


(H1270)
barzel (bar-zel')

01270 ברזל barzel

talvez procedente da raiz de 1269; DITAT - 283a; n m

  1. ferro
    1. ferro
      1. minério de ferro
      2. como material de mobília, utensílios, implementos
  2. ferramenta de ferro
  3. aspereza, força, opressão (fig.)

גִּלְעָד


(H1568)
Gilʻâd (ghil-awd')

01568 דגלע Gil ad̀

provavelmente procedente de 1567; DITAT - 356 n pr loc

Gileade ou gileaditas = “região rochosa”

  1. uma região montanhosa limitada a oeste pelo Jordão, ao norte por Basã, ao leste pelo planalto árabe, e ao sul por Moabe e Amom; algumas vezes chamado de ’monte Gileade’ ou ’terra de Gileade’ ou somente ’Gileade’. Dividida em Gileade do norte e do sul
  2. uma cidade (com o prefixo ’Jabes’)
  3. o povo da região n pr m
  4. filho de Maquir e neto de Manassés
  5. pai de Jefté
  6. um gadita

דּוּשׁ


(H1758)
dûwsh (doosh)

01758 דוש duwsh ou דושׂ dowsh ou דישׂ diysh

uma raiz primitiva; DITAT - 419; v

  1. pisar, debulhar
    1. (Qal) pisar, esmagar, debulhar
    2. (Nifal) ser esmagado
    3. (Hofal) ser debulhado

דַּמֶּשֶׂק


(H1834)
Dammeseq (dam-meh'-sek)

01834 דמשק Dammeseq ou דומשׁק Duwmeseq ou דרמשׁק Darmeseq

de origem estrangeira, grego 1154 δαμασκος; n pr loc Damasco = “em silêncio está o tecelão de pano de saco”

  1. uma antiga cidade comercial, capital da Síria, localizada na planície oriental do Hermom, 205 km (130 milhas) ao nordeste de Jerusalém

חֲרוּץ


(H2742)
chărûwts (khaw-roots')

02742 חרוץ charuwts ou חרץ charuts

particípio pass. de 2782; DITAT - 752a,b,753a adj

  1. com ponta afiada, afiado, diligente n m
  2. decisão severa, decisão
  3. trincheira, fosso, vala
  4. ouro (poético)

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

כֹּה


(H3541)
kôh (ko)

03541 כה koh

procedente do prefixo k e 1931; DITAT - 955; adv dem

  1. assim, aqui, desta forma
    1. assim, então
    2. aqui, aqui e ali
    3. até agora, até agora...até então, enquanto isso

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

פֶּשַׁע


(H6588)
peshaʻ (peh'-shah)

06588 פשע pesha ̀

procedente de 6586; DITAT - 1846a; n. m.

  1. transgressão, rebelião
    1. transgressão (contra indivíduos)
    2. transgressão (nação contra nação)
    3. transgressão (contra Deus)
      1. em geral
      2. reconhecida pelo pecador
      3. como Deus lida com ela
      4. como Deus perdoa
    4. culpa de transgressão
    5. castigo por transgressão
    6. oferta por transgressão

אַרְבַּע


(H702)
ʼarbaʻ (ar-bah')

0702 ארבע ’arba masculino ̀ ארבעה ’arba ah̀

procedente de 7251; DITAT - 2106a; n, adj m, f

  1. quatro

שׁוּב


(H7725)
shûwb (shoob)

07725 שוב shuwb

uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

  1. retornar, voltar
    1. (Qal)
      1. voltar, retornar
        1. voltar
        2. retornar, chegar ou ir de volta
        3. retornar para, ir de volta, voltar
        4. referindo-se à morte
        5. referindo-se às relações humanas (fig.)
        6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
          1. voltar as costas (para Deus), apostatar
          2. afastar-se (de Deus)
          3. voltar (para Deus), arrepender
          4. voltar-se (do mal)
        7. referindo-se a coisas inanimadas
        8. em repetição
    2. (Polel)
      1. trazer de volta
      2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
      3. desencaminhar (sedutoramente)
      4. demonstrar afastamento, apostatar
    3. (Pual) restaurado (particípio)
    4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
      1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
      2. trazer de volta, renovar, restaurar
      3. trazer de volta, relatar a, responder
      4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
      5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
      6. virar (o rosto), voltar-se para
      7. voltar-se contra
      8. trazer de volta à memória
      9. demonstrar afastamento
      10. reverter, revogar
    5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
    6. (Pulal) trazido de volta

שָׁלֹושׁ


(H7969)
shâlôwsh (shaw-loshe')

07969 שלוש shalowsh ou שׂלשׂ shalosh masc. שׂלושׂה sh elowshaĥ ou שׂלשׂה sh eloshaĥ

um número primitivo; DITAT - 2403a; n m/f

  1. três, trio
    1. 3, 300, terceiro

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo