Enciclopédia de Sofonias 3:1-1

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

sf 3: 1

Versão Versículo
ARA Ai da cidade opressora, da rebelde e manchada!
ARC AI da rebelde e manchada, da cidade opressora!
TB Ai da que é rebelde e contaminada, da cidade opressora!
HSB ה֥וֹי מֹרְאָ֖ה וְנִגְאָלָ֑ה הָעִ֖יר הַיּוֹנָֽה׃
BKJ Ai daquela que é imunda e impura, da cidade opressora!
LTT "Ai da rebelde e contaminada, da cidade opressora!
BJ2 Ai da rebelde, da manchada, da cidade opressora!
VULG Væ provocatrix, et redempta civitas, columba !

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Sofonias 3:1

Levítico 1:16 e o seu papo com as suas penas tirará e o lançará junto ao altar, para a banda do oriente, no lugar da cinza;
Isaías 5:7 Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta das suas delícias; e esperou que exercessem juízo, e eis aqui opressão; justiça, e eis aqui clamor.
Isaías 30:12 Pelo que assim diz o Santo de Israel: Visto que rejeitais esta palavra, e confiais na opressão e na perversidade, e sobre isso vos estribais,
Isaías 59:13 como o prevaricar, e o mentir contra o Senhor, e o retirarmo-nos do nosso Deus, e o falar de opressão e rebelião, e o conceber e expectorar do coração palavras de falsidade.
Jeremias 6:6 Porque assim diz o Senhor dos Exércitos: Cortai árvores e levantai tranqueiras contra Jerusalém; esta é a cidade que há de ser visitada; só opressão há no meio dela.
Jeremias 22:17 Mas os teus olhos e o teu coração não atentam senão para a tua avareza, e para o sangue inocente, a fim de derramá-lo, e para a opressão, e para a violência, a fim de levar isso a efeito.
Ezequiel 22:7 Ao pai e à mãe desprezaram em ti, para com o estrangeiro usaram de opressão no meio de ti e ao órfão e à viúva oprimiram em ti.
Ezequiel 22:29 Ao povo da terra oprimem gravemente, e andam roubando, e fazem violência ao aflito e ao necessitado, e ao estrangeiro oprimem sem razão.
Ezequiel 23:30 Essas coisas se te farão, porque te prostituíste após os gentios e te contaminaste com os seus ídolos.
Amós 3:9 Fazei ouvir isto nos palácios de Asdode e nos palácios da terra do Egito e dizei: Ajuntai-vos sobre os montes de Samaria e vede os grandes alvoroços no meio dela e os oprimidos dentro dela.
Amós 4:1 Ouvi esta palavra, vós, vacas de Basã, que estais no monte de Samaria, que oprimis os pobres, que quebrantais os necessitados, que dizeis a seus senhores: Dai cá, e bebamos.
Miquéias 2:2 E cobiçam campos, e os arrebatam, e casas, e as tomam; assim fazem violência a um homem e à sua casa, a uma pessoa e à sua herança.
Zacarias 7:10 e não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, nem intente o mal cada um contra o seu irmão, no seu coração.
Malaquias 3:5 E chegar-me-ei a vós para juízo, e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros, e contra os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra os que defraudam o jornaleiro, e pervertem o direito da viúva, e do órfão, e do estrangeiro, e não me temem, diz o Senhor dos Exércitos.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

AI

Atualmente: ISRAEL
Cidade conquistada por Josué no período do Bronze Antigo. Rodeada por um muro de pedra com cerca de 8 metros de espessura.
Mapa Bíblico de AI



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Sofonias Capítulo 3 do versículo 1 até o 20
3. Mais uma Palavra para Jerusalém (Sf 3:1-7)

Ao dar atenção às nações estrangeiras, o profeta se volta novamente para sua pátria na proclamação de seus oráculos e fala para sua própria cidade. Jerusalém é uma metró-pole rebelde e contaminada, porque está cheia de opressão. A palavra traduzida por manchada (1) significa marcada de sangue e também ocorre em Isaías 59:3 (cf. NTLH). Em grande parte, são as classes dominantes que estão moralmente podres (3), ou seja, são corruptas e desonestas. Jerusalém não pode ser poupada do julgamento de Deus.

Os versículos 1:2 falam que a natureza fundamental do pecado é rebelião contra Deus. Vemos isto especialmente nas palavras: Não confia no SENHOR (2). O pecado é auto-idolatria; quem não confia inteiramente no Senhor faz uma negação básica da fé. Repare nesta tradução (NVI) :

Não ouve a ninguém,

E não aceita correção.

Não confia no Senhor,

Não se aproxima do seu Deus

Esta é uma paráfrase do versículo 3: "Seus líderes são como leões que rugem, os quais caçam suas vítimas e destróem tudo o que podem. Seus juízes são como lobos famintos a cair da noite, que ao chegar a madrugada, já devoraram até os ossos de suas vítimas" (BV).

Até os líderes espirituais fracassaram em sua função. Os profetas são levianos e criaturas aleivosas (4). Como diz Henderson: "Os seus profetas são pessoas vangloriosas e hipócritas".' Levianos aqui significa orgulhosos e precipitados na afirmação e ação. "Em vez de serem declarantes humildes da vontade de Deus, procuravam verbalizar as próprias idéias"' São pessoas aleivosas (traiçoeiras [cf. ECA], não confiáveis), porque entregavam suas próprias imaginações como revelações de Deus.

Os sacerdotes profanaram o santuário. Apalavra santuário é tradução incorreta. A versão correta é esta: "Os seus sacerdotes profanam o que é sagrado" (RSV). A função deles era serem "guardiões da santidade para darem condições ao encontro entre Deus e o homem na adoração". 30 Mas, ao invés disso, tinham se tornado mundanos, não faziam distinção entre o santo e o profano e torciam o significado da lei — a Torá (cf. He 1.4).

Como Deus pode ser justo e, ao mesmo tempo, deixar passar estas corrupções? O fato de o SENHOR (5) que é justo estar no meio dos seus torna a conduta deles até mais repreensível. Pelo visto, a frase: Ele não comete iniqüidade é dirigida especial-mente aos sacerdotes imundos, cujas interpretações errôneas da lei negavam este aspec-to da natureza de Deus.

A cada manhã, a luz do dia testemunha a fidelidade de Deus nas leis da Natureza; e o Senhor é igualmente fiel na administração das leis morais do Universo. Mas parece que nada comove o perverso ("o injusto", ECA). As provas claras do governo moral de Deus não estimulam os israelitas insensíveis à ação. Nem mesmo a visitação do julga-mento em outras nações (6,7) abala seu descuido e indiferença. O Senhor diz: Certa-mente me temerás (7), mas os resultados foram justamente o oposto. Eles se levanta-ram de madrugada e corromperam todas as suas obras. Ou conforme esta versão: "Eles se esforçaram ainda mais para fazer tudo o que é mau" (NTLH).

Em 3:1-7, vemos "a preocupação de Deus pelos negligentes".
1)
Uma mensagem para as pessoas que outrora conheceram Deus, 1;
2) A natureza do pecado, 2;
3) A apostasia não faz acepção de pessoas, 3,4;

4) Deus é fiel em avisar, 5,6;

5) O Deus que busca sempre espera que haja arrependimento, 7ab;
6) A pessoa pode persistir no pecado apesar de tudo o que esse amor divino possa fazer, 7c (A. F. Harper).

SEÇÃO III

UMA PALAVRA PARA OS FIÉIS

Sofonias 3:8-13

Este versículo é uma chamada à paciência, até que Deus se levante para julgar as nações (8). São palavras introdutórias da promessa contida nos versículos 9:13. Quan-to a levantar para o despojo, a Septuaginta tem esta tradução: "levantar para teste-munhar" (cf. NVI). Se estiver correta, significa que Deus é testemunha contra as na-ções. Elas serão reunidas para o dia da indignação, quadro repetido muitas vezes nos escritos proféticos (Is 66:16; Jr 25:31-33; Ez 38 ; 39; Jl 3:11-16). Trata-se de uma procla-mação do castigo universal.

O profeta passa a falar uma palavra mais favorável e vê a conversão das nações. Ainda é o dia do Senhor, mas está em seus aspectos positivos. Em seu quadro total, o dia é primeiramente de julgamento e depois de bênçãos. Vários casos definem especifica-mente que tais promessas são o derramamento do Espírito Santo.

A. UMA LÍNGUA PURIFICADA, 3.8,9a

Porque, então, darei lábios puros aos povos (9a), não especifica claramente a atividade divina para que ocorra o derramamento do Espírito. Esta tradução é mais compreensível: "Naquela época, mudarei a língua dos povos em uma língua purificada" (RSV). O original hebraico diz, literalmente, "lábio", cujo significado natural é entendi-do por "idioma", discurso ou linguagem (9), visto que os lábios fazem parte do conjunto dos órgãos da fala. A palavra hebraica traduzida por puros é, literalmente, "purifica-dos". Mais uma vez a profecia anuncia que a obra divina ocorre através da agência divina. O povo de Deus tem de ser "purificado".

A fala é símbolo da condição interior. No Templo, Isaías clamou: "Eu sou um homem de lábios impuros" (Is 6:5), e Deus respondeu: "A tua iniqüidade foi tirada, e purificado o teu pecado" (Is 6:7). Temos aqui a promessa de um coração purificado que se expressa através de uma língua purificada. Desta forma, o dia do Senhor recebe seu foco caracte-rístico do Novo Testamento — a vinda do Espírito santificador.

  1. UMA ADORAÇÃO PURIFICADA, 3.9b,10

O resultado da língua purificada era uma adoração santificada: Para que o sir-vam com um mesmo espírito (9; cf. "de comum acordo", ARA), literalmente, "com um ombro". A tradução da Septuaginta é: "sob um jugo". Isto é compreensível em termos do coloquialismo contemporâneo: "ombro a ombro". É muito próximo da oração que Jesus fez para que os discípulos, em conseqüência da santificação, fossem um (Jo 17:21).

Estes adoradores purificados virão dos cantos mais remotos da Terra. Os intér-pretes entendem Etiópia (10) de diversas maneiras. Talvez a interpretação mais correta seja considerá-la tipo das nações distantes, os limites do mundo conhecido em direção sul.

O restante do versículo é ainda mais difícil de entender: Os meus zelosos adoradores, a filha da minha dispersão, me trarão sacrifício. Certa interpretação diz que as nações convertidas devolverão o povo espalhado de Deus, os judeus, como oferta ao Senhor. Assim, os pagãos dão provas práticas de sua conversão, ao libertarem os israelitas que tinham prendido. 1 Este ponto de vista é apoiado por Isaías 66:20.

  1. UM REMANESCENTE PROTEGIDO, 3:11-13

A segurança dos judeus que compõe o remanescente será garantida pela remoção dos orgulhosos e arrogantes do meio deles. Em contraste com o versículo 5, onde "o per-verso não conhece a vergonha" (ver comentário ali), este remanescente purificado não precisará se envergonhar. Por quê? Porque o pecado, a fonte da verdadeira vergonha, foi afastado. O povo tem de ser como o seu Senhor, que não peca (cf. 5). Diferentes dos orgulhosos (2) que não confiam em Deus, os humildes confiarão no nome do SENHOR (12). "Eles foram colocados em um mundo transfigurado que está fora do alcance da ruína da antiga ordem, e foram tão purificados e aperfeiçoados diante de Deus, que, sem exagero, podem ser chamados novas criaturas".2

Há intérpretes que sugerem que Isaías 53:9 estava na mente de Sofonias quando descreveu que o remanescente não tem língua enganosa (13). A profecia de Isaías dá a característica do Servo sofredor: "Nem houve engano [logro, fraude] na sua boca". Esta passagem é nitidamente messiânica e, como Isaías, Sofonias deseja comparar o povo com o Messias.

SEÇÃO 1V

CONCLUSÃO

Sofonias 3:14-20

A. HINO DE ALEGRIA, 3.14,15

Estes versículos espelham a alegria dos redimidos na presença do Senhor, que pro-mete estar no meio deles. Esta é a libertação final, a era de ouro que é o clímax do dia do Senhor. Os verbos estão no profético perfeito; os acontecimentos, embora estejam no futuro, são apresentados como se já tivessem acontecido.

Há três motivos para alegrar-se:

  1. O SENHOR afastou os teus juízos (15). Estes juízos são os julgamentos sofri-dos por Israel no decorrer de toda a sua história. Sofonias, junto com Isaías, vê que nesse dia "já a sua servidão é acabada, que a sua iniqüidade está expiada" (Is 40:2).
  2. 0 SENHOR... exterminou o teu inimigo. Note que esta promessa e predição estão no singular. O principal inimigo de Israel era a transgressão no procedimento e o pecado no coração. É totalmente possível que Sofonias tenha visto que esta consumação final é também a vitória sobre as dificuldades de Israel, "um coração vagante". O verbo hebraico traduzido por exterminou (15) é igual ao termo traduzido por "preparai", em Isaías 40:3, e significa "tirar os entulhos", ou desobstruir o caminho, ao tirar todos os obstáculos. A retirada do pecado prepara o caminho para uma existência completamente vitoriosa.
  3. O SENHOR... está no meio de ti. Deus está presente para proteger e, portanto, Israel não precisa mais ter medo. De modo inverso, agora o povo está preparado para ter a presença divina em seu meio, porque o pecado foi tirado.

B. GARANTIA DE FÉ, 3:16-18

Naquele dia, se dirá... Não temas (16). A presença de Deus dá paz de coração. Por conseguinte, a exortação: Não se enfraqueçam as tuas mãos, que significa "desalento" ou "queda". A razão para o encorajamento é que o SENHOR, teu Deus, que está no meio de ti, é "um guerreiro vitorioso" (17, Smith-Goodspeed).

Os que estão exilados e entristecidos serão reunidos para a reunião solene (18). A palavra hebraica assim traduzida significa "lugar ou tempo determinado", e aplica-se às ocasiões sagradas do ano judaico.' Douglas sugere que "lugar de encontro" é uma ótima tradução. Os judeus que estavam no exílio achavam-se excluídos das grandes festas, mas serão reunidos novamente. A seguinte tradução do versículo reflete este significado: "Eu reunirei os que estão distantes da assembléia solene; eles estarão contigo para que tu não sejas repreendido por causa deles".

C. PROMESSA DE RESTAURAÇÃO, 3.19,20

"Com um quadro geral dos dias messiânicos, mas sem fazer menção especial ao rei messiânico, o profeta encerra sua profecia". 'A promessa é: "[Eu] os trarei para casa" (20, NVI), com a repetição de 2.7: Quando eu reconduzir os vossos cativos (20). Aconte-cerá em seus dias.

O salmo conclusivo de Sofonias exalta o Senhor como "poderoso para salvar", 17. O poder de Deus para salvar é a base para que o seu povo tenha:

1) Alegria, 14;

2) Proteção, 15;

3) Confiança e zelo, 16;

4) Restauração, 18,20; e

5) Realização, 19 (W T. Purkiser).

Moffatt pôs a promessa em movimento na forma poética:

Eu tratarei com todos os vossos opressores,

E reunirei os vossos desterrados, resgatarei os aleijados,

Erguê-los-ei de sua vergonha
Para um louvor e fama mundiais,

Quando eu vos trouxer para casa,
Quando eu vos fizer bem;

Pois eu vos concederei louvor e fama
Entre todas as nações do mundo,
Quando eu virar as vossa sorte

Bem diante de vossos olhos ‑

Esta é a promessa do Eterno.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Sofonias Capítulo 3 versículo 1
Esta passagem anuncia o juízo de Deus sobre a cidade de Jerusalém (vs. Sf 3:1-2), sobre os chefes, juízes, profetas e sacerdotes (vs. Sf 3:3-4) e sobre todas as nações (vs. Sf 3:6-8). O poema afirma a justiça do SENHOR (v. Sf 3:5), contrapondo-a à corrupção da cidade e aos abusos cometidos pelas classes dirigentes.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Sofonias Capítulo 3 do versículo 1 até o 20
*

3.1-5 As referências aqui aos profetas, sacerdotes, ao santuário, e à lei indicam que o profeta está dirigindo suas palavras a Jerusalém. A acusação geral de 1.17 agora se torna específica. Os pecados de Jerusalém foram particularmente atrozes pois foram cometidos contra o Deus justo da aliança que havia graciosamente se revelado ao seu povo (v. 5; Am 2:4, 10-12; 3:2).

* 3.2 Não atende a ninguém. Lit. “Ela não escuta voz alguma.” O povo desconsiderava a voz de Deus revelada na lei (Dt 31:9-13), através dos profetas (Jr 7:23-28; Ag 1:12), e através dos sábios (Pv 1:8).

não aceita disciplina. Ver o v. 7. A recusa em receber disciplina leva à morte (Pv 5:23), mas a disposição de recebê-la leva à vida (Pv 6:23; Jr 2:30; 5:3; 7:28; 32:33; 35:13; Sl 50:17).

se aproxima. O verbo hebraico aqui significa “aproximar-se corretamente de Deus em adoração” (conforme Lv 10:3). A adoração deve vir do coração, não apenas da boca (conforme Is 29:13; Jo 4:24).

* 3.3, 4 Ver Mq 3:9, 10.

* 3.3 príncipes... no meio dela. Ver nota no v. 5.

leões rugidores. As figuras do leão e do lobo aqui descrevem a natureza predatória e feroz desses oficiais corruptos do governo, cuja função correta seria proteger e dar estabilidade à sociedade.

*

3.4 seus profetas... seus sacerdotes. Para condenações semelhantes dos líderes de Israel, ver Os 4:5, 6; Is 28:7; Jr 5:31; 6:13; Mq 3:5-8, 11.

* 3.5 no meio dela. Sofonias contrasta a presença do justo Senhor dentro de Jerusalém com a presença da liderança corrupta e injusta dentro dela (v. 3). A essência do compromisso de Deus com sua aliança é a promessa de sua presença com seu povo (Êx 29:42-46, nota; Nm 14:14; Is 43:2). Aqui, a presença de Deus traz julgamento (Os 11:9), mas a mesma expressão em 3.17 significa salvação.

* 3.6-8 O enfoque da atenção desvia-se de Jerusalém para as nações. O profeta observa o julgamento prévio por Deus das nações (v. 6), que deveria ter sido uma lição para Jerusalém (v. 7), antes de se voltar ao julgamento futuro que está por vir (v. 8).

* 3.7 aceitarás a disciplina. Ver o v. 2.

*

3.9-20 A dramática inversão. O julgamento é o prelúdio à restauração e à purificação tanto em Israel quanto entre as nações (vs. 9, 12, 13). Em um hino final de louvor (3.14-20), o profeta canta acerca do reino futuro do Senhor, sua vitória sobre seus inimigos, e seu amor e presença no meio do seu povo. A igreja pode cantar agora esta canção em celebração à vitória de Cristo na cruz (Cl 2:15) e em antecipação de seu triunfo quando voltar (2Ts 1:5-10).

* 3.9 darei lábios puros. Ver a referência lateral. Purificar os lábios pode significar tanto limpá-los do pecado em geral (Is 6:5) quanto remover os nomes dos deuses estranhos dos lábios de um adorador (Os 2:17).

aos povos. Os gentios também invocarão o seu nome (Is 52:15; 65:1; 66:18).

para que todos invoquem o nome do SENHOR. Em contraste com os idólatras de 1.5, 6. Ver Gn 4:26; 1Rs 18:24; Jr 10:25; Jl 2:32; At 2:21; Rm 10:12, 13.

* 3.11 exultam na sua soberba. Ver Is 2:12-18.

* 3.12 modesto e humilde. Estes se contrastam com os soberbos e arrogantes do v. 11.

*

3.13 restantes. Ver nota em 2.7.

não cometerão iniqüidade. Os restantes semelhantes a Deus. Palavras idênticas são usadas com respeito ao Senhor no v. 5. Um objetivo primário da salvação é estar em conformidade cada vez maior com a imagem de Deus (Mt 5:48; 1Pe 1:15, 16).

nem proferirão mentiras. Em contraste com os idólatras enganadores de 1.9.

serão apascentados, deitar-se-ão. Uma expressão profética comum (Is 49:9; Mq 7:14; Jr 50:19; Ez 34:14) retratando a segurança que resulta da confiança em Deus e do reconhecimento do seu domínio (v. 15).

não haverá quem os espante. Ver Mq 4:4.

* 3.14 filha de Sião. Esta personificação de Jerusalém está baseada na prática entre os profetas de personificar lugares e objetos em termos de gênero gramatical. A palavra para “cidade” é feminina, e assim o profeta fala de Sião como “filha.”

* 3.15 sentenças... teu inimigo. A base para o regozijo no v. 14 é justificada: tanto o julgamento contra o povo de Deus quanto os inimigos que os ameaçavam foram superados. Esta profecia encontra seu cumprimento final em Jesus Cristo, que satisfez o julgamento de Deus contra o pecado e derrotou os inimigos de Deus através de sua morte na cruz (Rm 3:23-25; Cl 2:15, nota).

O Rei de Israel... no meio de ti. Ver João 1:49. A promessa da habitação de Deus no meio do seu povo aponta mais adiante para Cristo, o Rei de Israel (Jo 1:49) e a glória encarnada de Deus (Êx 26, nota e Jo 1:14, nota).

* 3.17 Ele se deleitará em ti com alegria. Este deleite baseia-se no caráter de Deus, que “tem prazer na misericórdia” (Mq 7:18).

renovar-te-á no seu amor. Ou: acalmar-te-á. A frase pode também ser traduzida por “estar calmo” ou “descansar.” No contexto mais amplo Deus foi revelado como o Guerreiro “poderoso para salvar.” O anterior brado de guerra (1,14) está agora silenciado pela vitória e pelo relacionamento amoroso entre Deus e o seu povo. A obra purificadora e transformadora da graça do Senhor cria um povo renovado que reconhece seu governo e confia em seu nome (v. 12).

*

3.19 um louvor e um nome. Ver o v. 20. A expressão remonta a Dt 26:18, 19, onde Israel, como povo especial do Senhor, é privilegiado em representá-lo e em ser o meio tangível pelo qual o louvor, a honra, e a glória são dadas ao Senhor (conforme Is 43:7; Jr 13:11; 33:9). Paulo entende ser este o papel da igreja (Tt 2:14). Pedro também (1Pe 2:9-12).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Sofonias Capítulo 3 do versículo 1 até o 20
3:1 depois de predizer a destruição das nações circunvizinhas, Sofonías retornou ao problema presente, o pecado em Jerusalém. A cidade de Deus e seu povo se voltaram tão pecadores como seus vizinhos pagãos. O povo pretendeu adorar e render devoção a Deus, mas em seu coração o rechaçava e continuava sendo indulgente com seu pecado. Já não lhes preocupava as conseqüências que enfrentariam por apartar-se de Deus.

3:2 Conhece pessoas que se negam a escutar quando alguém não está de acordo com sua opinião? Os soberbos freqüentemente se negam a escutar algo que contradiga sua auto-estima exagerada, e o povo de Deus se voltou tão soberbo que não escutaria nem aceitaria a correção de Deus. Resulta difícil para você escutar o conselho espiritual de outros ou as palavras de Deus que vêm da Bíblia? Estará mais disposto a escutar quando considerar o fraco e pecador que em realidade é.

3.3, 4 Dirigir ao povo de Deus é um privilégio e uma responsabilidade. Mediante Sofonías, Deus repreende todo tipo de liderança em Jerusalém: juizes, profetas e sacerdotes, devido a sua desobediência, irresponsabilidade e insensibilidade ao pecado. Se você for um líder da igreja, considere-se em um posto privilegiado, mas tome cuidado. Deus o responsabiliza da pureza de suas ações, a qualidade de seu exemplo e a verdade de suas palavras.

3:5 Os israelitas não tinham desculpa alguma para seus pecados. Jerusalém, onde se encontrava o templo, era o centro religioso da nação. Mas mesmo que o povo não seguia a Deus, O estava "dentro da cidade", presente em meio da corrupção, perseguição e incredulidade. Por desolado que pareça o mundo no espiritual, Deus está aí e segue obrando. Pergunte-se: "O que O está fazendo agora e como ser parte de sua obra?"

3:7 Podemos nos perguntar como os israelitas tiveram advertências tão claras e mesmo assim não se voltaram para Deus. O problema não se devia a que não tivessem conhecimento, mas sim permitiram que o pecado os endurecesse tanto, que já não se preocupavam com seguir a Deus. negaram-se a escutar as advertências de Deus e rechaçaram o arrependimento. Se você desobedecer agora a Deus, seu coração pode endurecer-se e pode perder seu desejo de Deus.

3:7 Quando Deus ensina, O espera que escutemos e aprendamos. Se não aprendermos, O deve "nos castigar novamente" para poder nos ensinar. Deus não quer que soframos, mas continuará nos disciplinando até que aprendamos a lição que tem para nós. Seja dócil, não inalcançável.

3:8 Não trate de vingar-se por si mesmo. Seja paciente e a justiça de Deus chegará. Nos últimos dias, Deus julgará a todas as pessoas de acordo com seus feitos (Ap 20:12). A justiça prevalecerá, os malfeitores se castigarão e os obedientes receberão bênção.

3:9 Deus desencardirá e unificará o idioma para que seu povo proveniente de todas as nações o adorem ao uníssono. Na nova terra, os crentes falarão o mesmo idioma, a confusão da linguagem na torre de Babel será transbordada (Gênese 11).

3:9 Ao longo das Escrituras, os profetas que mencionam julgamento para o povo de Deus continuam com a promessa de redenção. Há esperança para os que o obedecem e confiam no. Na atualidade, como nos tempos bíblicos, Deus oferece redenção aos que se voltam para O.

3:12 Deus se opõe à soberba e à altivez de todas as gerações. Entretanto, os pobres e os humildes receberão bênção, tanto física como espiritual, devido a sua confiança em Deus. A confiança na gente mesmo e a arrogância não têm lugar entre o povo de Deus nem em seu reino.

3.14-18 Pecamos quando vamos em detrás da felicidade nos separando de nossa relação com Deus, o único que nos pode fazer na verdade felizes. Sofonías assinala que a "grande alegria" surge quando permitimos que Deus esteja conosco. Isto o obtemos ao segui-lo e ao obedecer sua Palavra com fidelidade. Logo Deus se regozija com um canto de felicidade por nós. Se quer ser feliz aproxime-se da fonte de felicidade ao obedecer a Deus.

3:20 "diante de seus próprios olhos" não significa que esta promessa se cumprirá na geração do Sofonías. Mas bem significa que a restauração de Senhor será uma obra óbvia.

3:20 A mensagem de condenação ao início do livro se volta para final uma mensagem de esperança. Haverá um novo dia quando Deus benzerá a seu povo. Se os líderes da igreja de hoje tivessem que escutar uma mensagem de um profeta de Deus, a mensagem talvez se pareceria com o livro do Sofonías. Sob as reformas religiosas do Josías, o povo voltou para Deus em aparências, mas seu coração estava muito longe Do. Sofonías respirou à nação a que se unisse e orasse por salvação. Também nós devemos nos perguntar: É nossa reforma um simples sinal externo ou está trocando nossos corações? Precisamos nos unir e orar, caminhar humildemente com Deus, fazer o bom e escutar a mensagem de esperança relacionado com o novo mundo vindouro.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Sofonias Capítulo 3 do versículo 1 até o 20
III. SENTENÇAS E BÊNÇÃOS misturados (Sf 3:1)

1 Ai da rebelde e contaminada! ! Da cidade opressora 2 Ela não obedeceram à voz; ela recebeu não correção; não confia no Senhor; ela não se aproximou do seu Dt 3:1 o Senhor no meio do seu é justo; ele não comete iniqüidade; cada manhã traz o seu juízo à luz, ele não falha; mas o perverso não conhece a vergonha. 6 Exterminei nações; suas torres estão assoladas; Eu fiz seus resíduos ruas, de modo que ninguém passa por; suas cidades foram destruídas, de modo que não há nenhum habitante. 7 Eu disse: Só temo-me tu; receber a correção; assim a sua morada não seria destruída, conforme tudo o que eu havia determinado a respeito dela, mas eles se levantaram de madrugada, e corromperam todas as suas obras.

O profeta novamente retorna a Jerusalém, denunciando seus pecados flagrantes e sua recusa persistente de lucrar com as advertências de Jeová. Ai (lit., "alas para"), ele diz: Ai do desafiante, opressores poluídas. Infelizmente para os governantes que praticam extorsões sobre povos indefesos (Jr 7:6 ).

O versículo 2 é embalado com significado. Não escuta a voz de Deus através dos profetas (conforme Jr 7:23. ; Jr 22:21 ). Ela não aceita a correção (marg, "instrução"; cf.. Jr 5:3 ; Jr 32:33 ). Ela não confiou em Jeová (fé é a condição necessária para receber qualquer coisa de Deus ou agradar a Deus; conforme Is 7:9. ). Desde agraciada Israel era traiçoeiro e rebelde, como poderia o juiz das nações poupá-la?

B. TODAS AS NAÇÕES será punido (Sf 3:8 ; . Na 1:2)

9 Pois então darei aos povos uma língua pura, para que todos invoquem o nome do Senhor, para servi-lo com o mesmo espírito. 10 De além dos rios da Etiópia os meus adoradores, até mesmo a filha dos meus dispersos, trarão a minha oferta. 11 Em que deverás dia tu não seja envergonhado para todas as tuas obras, com que te transgrediram contra mim; porque então tirarei do meio de ti os que exultam arrogantemente, e tu nunca mais ser arrogante ás no meu santo monte. 12 Mas deixarei no meio de ti um povo humilde e pobre, e eles confiarão . em nome de Jeová 13 O remanescente de Israel não cometerá iniqüidade, nem falam mentiras; nem uma língua enganadora ser encontrada em sua boca; pois elas se alimentam e deitar-se, e não haverá quem os espante.

"Por isso, esperar-me a mim", diz Jeová (v. Sf 3:8 ). Deus os convida a viver a época em que o julgamento vindouro irá libertá-los da opressão de todas as nações perversas. Em seguida, eles deixarão de ser molestado, eo verdadeiro Israel habitará em segurança, e sinceramente servir ao Senhor.

As palavras para, em seguida, (v. Sf 3:9) referem-se a um momento em que tudo o que está previsto no verso anterior terá ocorrido. A linguagem pura é, literalmente, "um lábio limpo" (barar : "puro, limpo"). Contraste os "lábios impuros" de Is 6:5. ; Ez 34:25. , 28 ). Que benção, depois de séculos de medo e terror!

D. ISRAEL EXULTA por causa de sua RESTAURAÇÃO (3: 14-20)

14 Cante, ó filha de Sião; exulta, ó Israel; ., e exultemos de todo o coração, ó filha de Jerusalém 15 o Senhor afastou os juízos, ele deitou fora o teu inimigo: o Rei de Israel, mesmo Senhor, está no meio de ti; já não temerás mal alg1. 16 Naquele dia se dirá a Jerusalém: Não temas, ó; O Sião, não se enfraqueçam as tuas mãos. 17 o Senhor teu Deus está no meio de ti, poderoso para te salvar; ele se deleitará em ti com alegria; ele vai descansar em seu amor; . ele vai alegria em ti com júbilo 18 vou reuni-los que a tristeza pela assembléia solene, que eram de ti; a quem . a carga em cima dela era uma censura 19 Eis que, naquele tempo eu vou lidar com todos os que te afligem ; e eu vou salvar o que é manco, e recolher o que foi expulsa; e deles farei um louvor e um nome, que foram envergonhados em toda a terra. 20 Naquele tempo vos trarei, e naquele tempo vos recolherei; porque farei de vós um nome e um louvor entre todos os povos da terra, quando eu trouxer o vosso cativeiro diante dos vossos olhos, diz o Senhor.

Nos versículos 14:17 encontra-se a expressão, Senhor ... está no meio de ti. Sua presença seria o suficiente para fazer o seu povo cantar, ... grito, ... ser feliz, ... alegrai-vos, ... e medo ... não, para o Senhor mesmo, Sofonias diz, se deleitará em ti com alegria(conforme Dt 30:9. ; Jr 20:11. ).

Nos versículos 18:20 , encontramos a promessa de Jeová de restauração para os exilados. O impulso desta passagem é visto no "Eu vou é" de Jeová, o Deus todo-poderoso que guarda o concerto. Esta promessa é intensificada pela palavra enfática eis (v. Sf 3:19 ).Que o leitor observar o uso dado por três vezes de se reunir. Tudo isso é prometido pelo soberano, eterno, santo Deus, o Deus que não pode mentir!

A questão pode ser levantada a respeito de quem, em última análise, está incluído no verdadeiro Israel. Quem são para herdar as gloriosas promessas dadas neste livro? Os redimidos de todas as idades, judeus e gentios, estão incluídos (conforme Gl 3:7 ).Percebendo as previsões no encerramento da profecia de Sofonias, comentários Orelli:

Eles apontam directamente para a meta abençoada, e da habitação em Sua Igreja com fervor misterioso, Seu governo sobre as nações, com a extensão de sua igreja para todos, de modo que as diferenças de linguagem e de credo são abolidas, e todos como com um Senhor chamada boca em seu nome, enquanto Sua igreja eleita é levantada acima de todo o abismo que a separa do Deus santo.

Esse é o objetivo que Sofonias viu.

Bibliografia

Calkins, Raymond. A Mensagem Modern dos Profetas Menores . New York: Harper, 1947.

Davidson, AB A Bíblia Cambridge . Cambridge: The University Press, 1905.

Davidson, Francis. O Comentário New Bíblia . Grand Rapids: Eerdmans, 1965.

Douglas, George CM Os Seis 1ntermediário Profetas Menores . Edinburgh: T. e T. Clark, nd

Motorista, SR Os Profetas Menores . "A Bíblia New Century." Ed. Walter F. Adeney. Vol. II. New York: Frowde de 1906.

Dummelow, JR Um Comentário sobre a Bíblia Sagrada . New York: Macmillan, 1940.

Keil, Carl Friedrich. Os Doze Profetas Menores . Vol. II. Edinburgh: T. e T. Clark, 1868.

Orelli, C. von. Os Doze Profetas Menores . Trans. Bancos JS. Edinburgh: T. e T. Clark, 1897.

. Raven, João Howard Antigo Testamento Introdução: Geral e Especial . New York: Revell de 1906.

Robinson, George L. Os Doze Profetas Menores . New York: Harper, 1926.

Smith, George A. "O Livro dos Doze Profetas," A Bíblia do Expositor . Ed. W. Robertson Nicoll. Vol. IV. New York: Harper, 1940.

Smith, JMP, WH Ward, e JA Bewer. " Sofonias , " The International Critical Commentary . Edinburgh: T. e T. Clark, 1911.

Taylor, Charles L., Jr. "Sofonias," Bíblia do intérprete . Ed. George A. Buttrick. Vol. VI. New York: Abingdon, 1956.

Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Sofonias Capítulo 3 do versículo 1 até o 20
Mais uma vez, Sofonias encer-ra essa mensagem com um apelo ao seu povo (3:1-7). Se o Senhor julga os pecados dos pagãos, com quan-to mais rigor julgaria os pecados de Judá, a "nação santa do Senhor"? Ele disse que Jerusalém era "rebelde e manchada" — no entanto, Josias removera todos os ídolos. Deus via o coração de seu povo, e nele havia rebelião. Ele não tinha fé verdadeira no Senhor. Seus príncipes e juizes eram como animais de tocaia à es-pera de algo para devorar. Os pro-fetas eram "levianos". Faltava-lhes seriedade, no pensar e no preocu-par-se. Eles também eram "pérfi-dos", porque desviavam as pessoas. Os sacerdotes profanavam tudo que tocavam, até o santuário. Dia após dia, eles viam o juízo do Senhor, mas não o levavam a sério. Eles vi-ram o Senhor punir outras nações, mas pensavam: Isso nunca aconte-cerá aqui.

Bem, isso aconteceu lá tam-bém. Em 606 a.C., os babilônios destruíram a nação, a cidade e o templo. "O pecado é o opróbrio dos povos" — principal mente do povo de Deus.

  • Deus restaurará seu povo (3:8-20)
  • Sofonias encerra sua mensagem com uma grande promessa: um dia, o Se-nhor ajuntará seu povo, punirá as nações gentias e restaurará Israel e Judá em sua terra. Sem dúvida, o versículo 8 prediz a batalha de Ar- magedom, em que todas as nações se unirão contra Jerusalém nos últi-mos dias (Ap 19:11-66). Entretanto, Jesus Cristo retornará e julgará essas nações e, a seguir, estabelecerá seu reino. Ele ajuntará os judeus disper-sos, os purificará de seus pecados e estabelecerá seu reino justo sentan-do no trono de Davi, em Jerusalém. Veja Zc 12:0.

    Você observou a ênfase de So-fonias sobre "os restantes" (2:7,9; 3:13)? Na época dele, havia um re-manescente crente, um pequeno grupo de pessoas fiéis ao Senhor, as-sim como hoje há um remanescente crente. Nos últimos dias, nem todos os judeus seguirão o Senhor, mas o remanescente seguirá.
    O que os judeus crentes de-viam fazer em relação à mensagem de Sofonias? Uma coisa, esperar (3:
    8) e deixar Deus realizar seus propósitos. Depois, eles deviam cantar (3:14ss) e regozijar-se na bondade do Senhor. A nação tinha de passar por um período de prova-ção e de teste, mas o Senhor esta-ria com ela (3:1 7), e ela não tinha o que temer mesmo em tempo de julgamento. Deus a ama e cuida dela. A seguir, quando sua ira ter-minar, ele restaurará a nação e se regozijará com ela. Ele agirá contra os que afligiram os judeus (3:
    19) e trará os judeus de volta à sua ter-ra. Isso aconteceu antes do término dos 70 anos de cativeiro.
    De acordo com o versículo 20, no entanto, haverá um ajuntamen-to e restauração futuros de Israel, quando este será um louvor para toda a terra. Isso ainda não acon-teceu. Hoje, Israel é uma fonte de controvérsia internacional. Todavia, quando Jesus retornar, ele será fonte de alegria e de glória para a terra, e o mundo terá paz.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Sofonias Capítulo 3 do versículo 1 até o 20
    3.1- 4 O profeta anuncia a corrupção e dureza espiritual que caracterizam todas as classes de Jerusalém. Seus líderes, juízes; profetas e sacerdotes eram todos corruptos e endurecidos.
    3.2 Jerusalém não confia no Senhor, mas em si mesma (conforme 1.12), e não se aproxima de seu Deus, mas sim de Baal e de Milcom (conforme 1:4-6).
    3.5- 8 A paciência de Jeová.
    3.5 Apesar da fraqueza de Jerusalém, o Senhor diariamente manifesta a Sua justiça, mas sem nenhum resultado.
    3.6 Nações. Aquelas que foram destruídas por Israel ao entrar na Terra Prometida; também aquelas que foram assoladas pelos assírios.

    3.7 Mesmo pensando sobre a evidente ira de Deus sobre as nações, que Lhe desobedeceram, não se, arrependeram (conforme Mt 23:37).

    3.8 A paciência de Deus acabará e dará lugar à Sua ira. Deus sempre tem a última palavra.
    3.9- 20 A última bênção, vv. 9-13. A discordância de línguas que ocorreu em Babel um Dia dará lugar à unidade de línguas quando o pecado for derrotado, e Cristo, o supremo rei, reinar na terra. Depois deste grande e terrível Dia do Senhor, a justiça reinará outra vez e os homens confiarão em Jeová.
    3:14-20 A bem-aventurança de Jerusalém quando através do castigo for trazida à glória. As razões para a alegria, de Israel estão enumeradas nestes versos; também, aqui, numa linda figura, Deus está regozijando-se com o seu povo. Que revelação do coração de Deus! "Ele tem um braço de pai, mas um coração de mãe”. Note-se os "Eu irei", daqui, em contraste com os "Eu irei" 1:2-18. Sofonias dá-nos uma "acusação do pecado que é tão severa e à nova do amor que é tão suave". O amor não desculpa o pecado mas julga-o como Sofonias faz sentir.

    • N. Hom. 3:14-17 O justo motivo para o júbilo dos Filhos de Deus:
    1) A condenação afastada pela cruz de Cristo (Rm 8:1; Cl 2:14-51);
    2) Seu inimigo derrotado (Jo 12:31; Jo 16:33; 1Jo 5:18);
    3) Seu Rei eterno habita no meio deles (Jo 14:23);
    4) Seu Senhor deleita-se neles e mostra-lhes continuamente Seu infinito amor renovado (Rm 8:38, Rm 8:39; 1Jo 4:10). Conclusão: Por que não demonstrar ao mundo temeroso e triste o júbilo verdadeiro do crente?


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Sofonias Capítulo 3 do versículo 1 até o 20

    5) O oráculo contra Judá (3:1-7)
    v. 1. ádade rebelde-. Após o oráculo contra a Assíria, o trecho não identifica a cidade “alvo”. O leitor pode supor que a palavra ainda é dirigida à Assíria. O efeito dessa ambigüi-dade provavelmente intencional é induzir à aprovação do princípio de que a rebeldia, profanação, opressão e a incorrigibilidade fazem por merecer e chamam sobre Sl a ira divina; conforme Jl 1:3-30. para testemunhar. A LXX e a Siríaca pressupõem o TM emendado de P‘ad, “para a presa”, para l‘‘êd.

    VI. ANÚNCIO DA RESTAURAÇÃO (3:9-20)

    1)    A conversão das nações (3.9,10)
    v. 9. purificarei os lábios: Expressão associada com invoquem o nome, indica conversão da oração a deidades pagãs e o juramento em nome delas. Se Babel (11:1-9) significa que o homem arrogante (conforme Gn 3.5ss) perdeu a comunhão até com o seu próximo, os lábios purificados na linguagem figurada de Sofonias representa o alvorecer de um novo dia. A rebeldia e arrogância serão expurgadas da terra para que todos eles invoquem o nome do Senhor. Os novos lábios purificados, que virão como resultado do reconhecimento por parte do homem das exigências morais do caráter de Deus, vão capacitar os homens a servi-lo de comum acordo (nr. da BJ: “hebr. lit.: ‘com um único ombro’ ”). Além disso, a dispersão do meu povo (Gn 11:8,9) será revertida (v. 10). v. 10. Desde além dos rios da Etiópia:

    I.e., “os limites vagamente reconhecidos da civilização como o profeta os reconhecia” (Watts), o povo disperso de Javé vai reconhecer sua divindade e adorá-lo. Esse povo disperso talvez seja o povo de Judá exilado, ou os povos, em harmonia com o universalismo de Sofonias que é tão amplo na salvação quanto no juízo.


    2)    A restauração do remanescente de Sião (3:11-20)

    Em Sofonias, a rebeldia arrogante é o pecado principal, e o reconhecimento da dependência de Javé é fundamental para o relacionamento com ele (2.1,3,8,10,15; 3.3,5). Enquanto o orgulho é reduzido à vergonha e desmoralização pelo juízo de Deus (1:14-17), a humildade resulta em alegria indizível, não somente para o seu povo (3.14,20), mas para o próprio Deus (3.17). O reconhecimento da vergonha do pecado (2,1) resulta na exaltação conferida por Deus (3.20). Aqui Sofonias está na vertente central do pensamento bíblico (conforme Gn 3.5ss; Fp 2:5-50). O paradoxo bíblico é que, para que eles não sejam envergonhados, Javé precisa retirar os que se regozijam em seu orgulho e os altivos (v. 11). Assim, os mansos e humildes, que reconhecem sua dependência de Javé e se refugiarão no nome, i.e., no caráter do Senhor, para que não cometam injustiças nem mintam nem se ache engano em suas bocas, esses terão provisão e segurança (v.
    - 13b) e se regozijarão de todo o coração (v. 14). Depois de a antiga e rebelde Jerusalém (3,1) ter sido eliminada (3.6ss; conforme 1.2—

    2.4), a nova Sião a substitui. Sem dúvida, Sofonias pensa nela como uma Jerusalém geográfica, mas não são seus valores materiais, e sim os espirituais que o interessam: humildade (v. 11,12), obediência (v. 13a), segurança (v. 13b,15b,17,18), alegria exuberante (v. 14), a teocracia e presença de Javé (v. 15b), moral confiante (v. 16), amor divino e comunhão com Javé (v. 17b), preocupação com os fracos (v. 19), o sentimento de pertencer, de estar junto e a reputação (v. 20). v. 14. Cante [...] de todo o coração: Sião é chamada a desfrutar de felicidade exuberante. No hebraico, o coração é o centro de toda a personalidade, especialmente do intelecto. Esse regozijo é desviado dos rituais de adoração orgiástica e impensada oferecida a Baal (conforme 1:4-9) e dirigido à adoração reverente e inteligente, e nem por isso menos entusiástica, oferecida a Javé. A ira e o juízo divinos são substituídos pela presença de Javé: o Senhor [...] esta em seu meio e no seu lugar de direito como o rei de Israel, assim restabelecendo o ideal teocrático (v. 15). Sofonias não apresenta nenhuma crítica à monarquia em Judá nem ao rei, apesar de sua experiência sob Manassés e Amom.

    Jerusalém nunca mais [...] temerá perigo algum-, a oposição e a invasão realizadas pelos inimigos são diminuídas, de modo que a ação propositada e as realizações são novamente possíveis (v. 16). Em uma época de cruéis técnicas de guerra dos assírios, o conhecimento de que Javé está em seu meio, poderoso para salvar (v. 17) possivelmente não era tanto a expressão de despedaçar o inimigo na batalha quanto a esperança de segurança nacional. A presença de Javé é a experiência de um relacionamento íntimo. Ele se regozijará em você; com o seu amor a renovará-. A expressão hebraica “ser silencioso em seu amor” pode significar que não haverá mais palavras de juízo, ou um amor tão profundo que não pode ser expresso com palavras, ou o seu planejamento silencioso para o benefício de Israel. A estrutura métrica está correta como aparece no TM ou na LXX; assim, a omissão está descartada. De qualquer forma, o futuro trará uma intimidade de amor com Javé. ele se regozijará em você com brados de alegria-, O texto hebraico é ininteligível; v. ICC, WC. Conforme Ef 1:18b. v. 18. Eu ajuntarei os que choram pelas festas fixas, os que se afastaram de vocês, para que isso não mais lhes pese como vergonha-, O hebraico é ambíguo, como também a LXX. A emenda textual em que se baseia a NVI, se for aceita, denota a remoção de todo motivo para zombaria (conforme 2.8,10,11). O v. 19b é uma exposição do conceito hebraico de justiça: a destruição de todos os que oprimiram vocês e a defesa dos interesses dos fracos na sociedade — os aleijados e os dispersos. Nesse contexto, eles são o povo de Judá politicamente incapacitado e exilado que vai ter a sua vergonha transformada em honra. Agirei...-. Essa ação de Deus “é ainda mais terrível em virtude de seu caráter indefinido e geral” (ICC). O v. 20 é considerado por muitos uma glosa repetitiva, mas talvez Sofonias, assim como outros pregadores, a consideravam a repetição de uma verdade particularmente notável, por demais tentadora para ser evitada! O povo humilhado de Deus (3,12) será conduzido para a sua casa divinamente apontada. Ele vai ajuntar os parentes dispersos. Um povo quebrantado e desmoralizado por zombarias durante suas catástrofes nacionais será honrado e louvado em toda a terra, quando eu restaurar a sua sorte: Ou: “quando eu anular o seu cativeiro”, diante dos seus próprios olhos-, Pode estar destacando mais a realização dramática dos eventos do que o cumprimento factual dos eventos durante a vida deles.

    BIBLIOGRAFIA

    Comentários

    Davidson, A. B. The Books of Nahum, Habakkuk and Zephaniah. Cambridge Bible, Cambridge, 1896.

    Eaton, J. H. Obadiah, Nahum, Habakkuk and Zephaniah. TC. London, 1961.

    Gailey, J. H. Micah to Malachi, Layman’s Bible Commentaries. London, 1962.

    Hyatt, J. P. Zephaniah, in: PCB. 2. ed. London, 1962.

    Smith, G. A. Zephaniah, in: The Book of the Twelve Prophets, II. 2. ed. London, 1928.

    Smith, J. M. P. The Book of Zephaniah, in: Micah, Zephaniah, Nahum, Habakkuk, Obadiah and Joel. ICC. Edinburgh, 1912.

    Taylor, C. L. The Book of Zephaniah: Introduction and Exegesis, in: IB VI. New York/Nashville, 1956.

    Watts, J. D. W. The Books of Joel, Obadiah, Jonah, Nahum, Habakkuk and Zephaniah. CBC. Cambridge, 1975.

    Outras obras

    Hyatt, J. P. The Date and Background of Zephaniah. JNES 7, 1948, p. 25-9.

    McKay, J. W. Religion in Judah under the Assyrians 732-609 B.C. London, 1973.

    Smith, L. P. & Lacheman, E. R. The Authorship of the Book of Zephaniah. JNES 9, 1950, p. 137—42.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Sofonias Capítulo 3 do versículo 1 até o 8
    e) Jerusalém (Sf 3:1-8)

    A cidade é acusada de impureza e injustiça (1), a exibir desobediência e altivez para com os profetas (2a), e indiferença para com Deus e independência dEle (2b). Todos os seus líderes eram igualmente culpados, os príncipes de violência e crueldade, e os juízes de ganância e engano (3). A última porção deste versículo seria melhor traduzida como "nada deixam para a manhã seguinte". Os próprios profetas eram levianos e criaturas aleivosas, ou, melhor ainda, "fanfarrões e traidores" (G. A. Smith). "A figura expressa por "levianos" é o do borbulhar sobre a água que ferve (Gn 49:4; Jz 9:4) e a palavra caracteriza os profetas como blasonadores, extravagantes e arrogantes em suas próprias imaginações e presunções" (A. B. Davidson, Cam. Bible, pág. 129). Aleivosas é vocábulo que indubitavelmente inclui a idéia de deslealdade ou falsidade para com Deus. No livro de Provérbios é palavra freqüentemente empregada como paralelo para "iníquo" e transmite a idéia de alguém que age infielmente para com a lei moral. Isso faria com que a acusação do profeta envolvesse conduta imoral (cfr. Jr 23:14; Jr 29:23).

    >Sf 3:5

    Além disso, a cidade inteira se havia esquecido que o Senhor, que não pode praticar qualquer injustiça, estava em seu meio (5). "Manhã por manhã raia Sua justiça" (Moffatt). Quão insensata, pois, era Jerusalém no seu orgulho e arrogância quando Aquele que tem "surrado nações, arruinado suas trincheiras, esvaziado suas ruas até que ninguém mais anda por ali" e destruído suas cidades a ponto de não haver "uma alma que nelas habite" (6, Moffatt) estava pronto para cortar a santa cidade de outrora. Àquelas nações havia sido feito um apelo para que se humilhassem debaixo da poderosa mão de Deus e para que aceitassem Sua disciplina (7). Ele ter-se-ia mostrado gracioso para com elas, porém, não Lhe tinham dado ouvidos, e pereceram. Portanto, Sofonias apela em nome de Deus, a Jerusalém, para que a cidade se volte para Ele (8), pois Ele certamente destruiria tudo quanto se levantasse contra Ele.

    Duas coisas são dignas de nota nesta passagem. Até este ponto não temos verificado a mesma aguda sensibilidade ética tal como Miquéias demonstra; tão somente temos visto algumas poucas referências indiretas aos pecados sociais (exemplo, Sf 2:3). Aqui, porém, Sofonias mostra que tais pecados estavam longe de ser esquecidos. De fato, até parece que ele reservou tal acusação para o fim. Para Sofonias, como para os outros profetas, a injustiça social era o cúmulo da iniqüidade, o pecado supremo, a acusação irretorquível contra a corrupta adoração do povo a Deus. Em segundo lugar, há poucas dúvidas que "as cores apocalípticas" começam a aparecer aqui. Sofonias se elevava muito acima e muito além das iniqüidade de Judá e das nações, e até mesmo além dos acontecimentos de um futuro iminente, chegando até ao período e ao julgamento do fim.


    Profetas Menores

    Justiça e Esperança, Mensagem dos profetas menores por Dionísio Pape, da Aliança Bíblica Universitária
    Profetas Menores - Introdução ao Capítulo 3 do Livro de Sofonias

    A Visão de um Mundo Restaurado (Cap. 3)

    Terminada a profecia contra as nações, Sofonias voltou a ameaçar Jerusalém, a cidade apóstata, outrora santa. Ela rejeitou a disciplina da lei, e desconfiou completamente no recado de julgamento divino (Sf 3:2). Desde o tempo desatroso de Manassés, o rei ímpio, a liderança do país continuava afastada das normas bíblicas. A benéfica influência do jovem rei crente Josias não conseguiu refrear a torrente de maldade solta pelo seu avô Manassés. Os príncipes da época eram os chefes políticos, e eles se caracterizavam pela avareza. O profeta os comparou aos leões e aos lobos. Os líderes religiosos eram levianos. Em vez de ensinarem sistematicamente a Palavra de Deus, falavam levianamente. Sem dúvida, preparavam os seus "sermões" em 10 minutos. Quem fala em nome do Senhor precisa dedicar muito tempo ao estudo, à reflexão, e à oração. Quantas igrejas há que sofrem porque o responsável não dá o tempo necessário para a preparação! No entanto, o Senhor está presente com o seu povo. Ele é justo, no meio dele (Sf 3:5).

    Este Senhor da justiça espera que o seu povo Judá aprenda a lição vivida por muitas cidades e nações. Apesar das advertências dos profetas, o povo de Israel ao norte viu a sua cidade capital, Samaria, cair no ano 722 a.C, em conseqüência direta da sua apostasia idólatra. Quando a Assíria invadiu o pequeno Judá no tempo de Ezequias, a superpotência foi vencida pela fé e oração do monarca. A justiça de Deus se expressa em manchetes através da história humana. O nazismo que assassinou nas câmaras de gás 6 milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial, e que foi arrombado depois, ensina a mesma lição em nosso século. Deus é Senhor e Juiz das nações.

    Chegando ao fim da sua profecia, Sofonias contemplou com otimismo o fim de todo o drama humano. Deus destruirá o mundo com fogo, castigando o pecado das nações. O apóstolo Pedro confirma isto em 2Pe 3:7. Num mundo purificado e restaurado, as nações louvarão ao Senhor (Sf 3:9). Israel será modelo de humildade e veracidade. O Senhor será o Rei de Israel (Sf 3:15). Ele se deleitará no seu povo com alegria. A mais perfeita harmonia e comunhão existirá. Israel se renovará no seu amor. To dos voltarão para as festas do Senhor, que eles não podiam celebrar, quando exilados (Sf 3:18). As duas nações de Israel e Judá serão reunidas, e terão um só nome como povo de Deus, e gozarão do prestígio das demais nações (Sf 3:20). Esta visão milenar de um mundo restaurado em paz e justiça nunca se cumpriu. A Igreja do século XX aguar da a restauração do reino de Israel esperado pelos após tolos (At 1:6), e os "tempos de refrigério" prometidos pelo apóstolo Pedro, e que certamente chegarão "da presença do Senhor" (At 3:20). Até aquele dia, a nossa oração é aquela do grande apóstolo do amor, aliás a última oração da Bíblia toda: "Vem, Senhor Jesus! " (Ap 22:20).


    Dicionário

    Ai

    interjeição Expressão de dor, de desaprovação, de susto: ai, que tristeza esta conta para pagar!
    substantivo masculino Manifestação de dor; grito de aflição: suportou seu parto sem dar um ai!
    Intervalo de tempo excessivamente pequeno; momento: sua visita foi como um ai.
    Etimologia (origem da palavra ai). De origem onomatopaica.

    interjeição Expressão de dor, de desaprovação, de susto: ai, que tristeza esta conta para pagar!
    substantivo masculino Manifestação de dor; grito de aflição: suportou seu parto sem dar um ai!
    Intervalo de tempo excessivamente pequeno; momento: sua visita foi como um ai.
    Etimologia (origem da palavra ai). De origem onomatopaica.

    Montão. 1. Cidade de Canaã, que já existia no tempo de Abraão (Gn 12:8). Foi a segunda cidade que israel conquistou e totalmente destruiu, depois de ter atravessado o Jordão (Js 7:8-9,10, 12). ‘os homens de Betel e Ai’, em número de 223, voltaram do cativeiro com Zorobabel (Ed 2:28). Aiate, por onde Senaqueribe passou na sua marcha sobre Jerusalém, e Aia, são outras formas de Ai (is 10:28Ne 11:31). 2. Cidade dos amonitas (Jr 49:3).

    Ai
    1) Cidade de Canaã que ficava a leste de Betel. Ai já existia no tempo de Abraão (Gn 12:8). Foi a segunda cidade que o povo de Israel conquistou e destruiu, depois de ter atravessado o Jordão (Jos 7:12)

    2) Grito de dor (Pv 23:29). 3 Desgraçado (Is 5:11); (Mt 23:13).

    (Heb. “meu irmão”).

    1. Um gadita que vivia em Gileade e Basã. Filho de Abdiel, é listado nas genealogias do tempo do rei Jotão, de Judá (1Cr 5:15).

    2. Mencionado como um dos filhos de Semer, um homem valente e chefe de príncipes na tribo de Aser (1Cr 7:34).


    Cidade

    substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
    Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
    A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
    Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
    Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
    Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
    Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
    [Popular] Grande formigueiro de saúvas.
    Antigo Estado, nação.
    expressão Cidade santa. Jerusalém.
    Cidade aberta. Cidade não fortificada.
    Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
    Cidade dos pés juntos. Cemitério.
    Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
    Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
    Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

    substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
    Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
    A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
    Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
    Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
    Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
    Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
    [Popular] Grande formigueiro de saúvas.
    Antigo Estado, nação.
    expressão Cidade santa. Jerusalém.
    Cidade aberta. Cidade não fortificada.
    Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
    Cidade dos pés juntos. Cemitério.
    Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
    Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
    Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

    Desde o tempo em que a cidade de Jerusalém foi tomada por Davi, tornaram-se os hebreus, em grande parte, um povo habitante de cidades. As cidades eram, no seu maior número, muradas, isto é, possuíam uma muralha com torres e portas. Mas em volta da cidade, especialmente em tempos de paz, viam-se sem defesa os arrabaldes, aos quais se estendiam os privilégios da cidade. Em conformidade ao costume oriental, determinadas cidades deviam abastecer de certos produtos o Estado, para a construção de edifícios, fabricação de carros de guerra, armação de cavaleiros, e provisão da mesa real. Para manutenção dos levitas foram-lhes concedidas quarenta e oito cidades, espalhadas pelo país, juntamente com uma certa porção de terreno suburbano. Antes do cativeiro, o governo interno das cidades judaicas era efetuado por uma junta de anciãos (2 Rs 10.1), juntamente com juizes, devendo estes pertencer à classe sacerdotal. No tempo da monarquia parece que era nomeado, um governador ou presidente, sendo por ele mandados a diversos pontos do distrito os juízes, que, presumivelmente, levavam depois certas questões de dúvida a Jerusalém para serem resolvidas por um conselho de sacerdotes, levitas e anciãos. Depois do cativeiro, disposições semelhantes foram realizadas por Esdras para nomeação de juizes. Em muitas cidades orientais, destina-se grande espaço a jardins, e desta forma torna-se muito maior a extensão da cidade. A notável amplidão das cidades de Nínive e Babilônia pode assim, em parte, ser explicada. As ruas são, em geral, extremamente estreitas, raras vezes permitindo que dois camelos carregados passem um pelo outro. o comércio interno das cidades era sustentado, como hoje acontece, por meio de bazares. o profeta Jeremias fala-nos (37,21) da Rua dos Padeiros. os espaços abertos, junto às portas das cidades, eram, em tempos antigos, como ainda são hoje, usados pelos anciãos para suas assembléias, e pelos reis e juizes para reunião de cortes e constituição de tribunais e pelo povo para tratarem das suas regalias. Também se empregavam para exposição pública, quando era preciso castigar assim os culpados de certos delitos. Havia grandes trabalhos para abastecer de água as cidades, empregando-se reservatórios e cisternas que se enchiam com as águas pluviais, ou trazendo de distantes nascentes o precioso líquido por meio de aquedutos.

    Manchada

    fem. sing. part. pass. de manchar
    fem. sing. de manchado

    man·char -
    verbo transitivo e pronominal

    1. Sujar(-se) com manchas. = ENODOAR, MACULAR

    2. Figurado Denegrir; deslustrar. = MACULAR

    verbo transitivo

    3. [Pintura] Aplicar as tintas (para as empastar depois).


    man·cha·do
    adjectivo
    adjetivo

    Que tem manchas ou malhas; sarapintado; sujo.


    Rebelde

    adjetivo Que se levanta contra a autoridade legítima ou constituída: uma província rebelde.
    Que não obedece: rebelde aos nossos conselhos.
    Difícil de debelar: doença rebelde.
    Metais rebeldes, refratários à ação do fogo.
    substantivo masculino e feminino Pessoa que se rebela, que se revolta; revel.

    É aquele que sempre volta (re) a provocar uma guerra (bellum). Com causa ou sem causa.

    Rebelde Revoltado contra a autoridade; teimoso (Is 63:10); (Rm 15:31).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Sofonias 3: 1 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    "Ai da rebelde e contaminada, da cidade opressora!
    Sofonias 3: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    638 a.C.
    H1351
    gâʼal
    גָּאַל
    Por
    (put)
    Verbo
    H1945
    hôwy
    הֹוי
    Ai
    (Woe)
    Interjeição
    H3238
    yânâh
    יָנָה
    oprimir, suprimir, tratar violentamente, maltratar, envergonhar, fazer mal
    (do mistreat)
    Verbo
    H4754
    mârâʼ
    מָרָא
    (Hifil) bater (o ar), bater (as asas), saltar
    (she lifts up herself)
    Verbo
    H5892
    ʻîyr
    עִיר
    agitação, angústia
    (a city)
    Substantivo


    גָּאַל


    (H1351)
    gâʼal (gaw-al')

    01351 גאל ga’al

    uma raiz primitiva; DITAT - 301; v

    1. sujar, poluir, profanar
      1. (Nifal) ser impuro, ser poluído
      2. (Piel) poluir, profanar
      3. (Pual) ser profanado (referindo-se à remoção da função sacerdotal)
      4. (Hifil) poluir, macular
      5. (Hitpael) tornar-se impuro

    הֹוי


    (H1945)
    hôwy (hoh'ee)

    01945 הוי howy

    uma forma alongada de 1930 [ligada a 188]; DITAT - 485; interj

    1. ah!, ai!, eh!, óh!, ai de...!

    יָנָה


    (H3238)
    yânâh (yaw-naw')

    03238 ינה yanah

    uma raiz primitiva, grego 2388 Ιαννα; DITAT - 873; v

    1. oprimir, suprimir, tratar violentamente, maltratar, envergonhar, fazer mal
      1. (Qal) oprimir, suprimir
      2. (Hifil) tratar violentamente, maltratar

    מָרָא


    (H4754)
    mârâʼ (maw-raw')

    04754 מרא mara’

    uma raiz primitiva; DITAT - 1238; v

    1. (Hifil) bater (o ar), bater (as asas), saltar
      1. sentido incerto
    2. (Qal) imundo

    עִיר


    (H5892)
    ʻîyr (eer)

    05892 עיר ̀iyr

    ou (no plural) ער ̀ar ou עיר ̀ayar (Jz 10:4)

    procedente de 5782 uma cidade (um lugar guardado por um vigia ou guarda) no sentido mais amplo (mesmo de um simples acampamento ou posto); DITAT - 1587a,1615; n m

    1. agitação, angústia
      1. referindo-se a terror
    2. cidade (um lugar de vigilância, guardado)
      1. cidade