Enciclopédia de Malaquias 1:5-5

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ml 1: 5

Versão Versículo
ARA Os vossos olhos o verão, e vós direis: Grande é o Senhor também fora dos limites de Israel.
ARC E os vossos olhos o verão, e direis: O Senhor seja engrandecido desde os termos de Israel.
TB Os vossos olhos o verão, e vós direis: Magnificado seja Jeová sobre o termo de Israel.
HSB וְעֵינֵיכֶ֖ם תִּרְאֶ֑ינָה וְאַתֶּ֤ם תֹּֽאמְרוּ֙ יִגְדַּ֣ל יְהוָ֔ה מֵעַ֖ל לִגְב֥וּל יִשְׂרָאֵֽל׃
BKJ E os vossos olhos verão, e vós direis: O SENHOR será magnificado desde a fronteira de Israel.
LTT E os vossos olhos verão isto, e direis: O SENHOR seja engrandecido além das fronteiras de Israel.
BJ2 Vossos olhos verão isso e direis: Iahweh é grande, muito além das fronteiras de Israel!
VULG Et oculi vestri videbunt, et vos dicetis : Magnificetur Dominus super terminum Israël.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Malaquias 1:5

Deuteronômio 4:3 Os vossos olhos têm visto o que o Senhor fez por causa de Baal-Peor; pois a todo homem que seguiu a Baal-Peor o Senhor, teu Deus, consumiu do meio de ti.
Deuteronômio 11:7 porquanto os vossos olhos são os que viram toda a grande obra que fez o Senhor.
Josué 24:7 E clamaram ao Senhor, que pôs uma escuridão entre vós e os egípcios, e trouxe o mar sobre eles, e os cobriu, e os vossos olhos viram o que eu fiz no Egito; depois, habitastes no deserto muitos dias.
I Samuel 12:16 Ponde-vos também, agora, aqui e vede esta grande coisa que o Senhor vai fazer diante dos vossos olhos.
II Crônicas 29:8 Pelo que veio grande ira do Senhor sobre Judá e Jerusalém, e os entregou à perturbação, à assolação, e ao assobio, como vós o estais vendo com os vossos olhos.
Salmos 35:26 Envergonhem-se e confundam-se à uma os que se alegram com o meu mal; vistam-se de vergonha e de confusão os que se engrandecem contra mim.
Salmos 58:10 O justo se alegrará quando vir a vingança; lavará os seus pés no sangue do ímpio.
Salmos 83:17 Confundam-se e assombrem-se perpetuamente; envergonhem-se e pereçam.
Ezequiel 38:16 e subirás contra o meu povo de Israel, como uma nuvem, para cobrir a terra; no fim dos dias, sucederá que hei de trazer-te contra a minha terra, para que as nações me conheçam a mim, quando eu me houver santificado em ti os seus olhos, ó Gogue.
Ezequiel 38:23 Assim, eu me engrandecerei, e me santificarei, e me farei conhecer aos olhos de muitas nações; e saberão que eu sou o Senhor.
Ezequiel 39:21 E eu porei a minha glória entre as nações, e todas as nações verão o meu juízo, que eu tiver executado, e a minha mão, que sobre elas tiver descarregado.
Miquéias 5:4 E ele permanecerá e apascentará o povo na força do Senhor, na excelência do nome do Senhor, seu Deus; e eles permanecerão, porque agora será ele engrandecido até aos fins da terra.
Lucas 10:23 E, voltando-se para os discípulos, disse-lhes em particular: Bem-aventurados os olhos que veem o que vós vedes,

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Malaquias Capítulo 1 do versículo 1 até o 14
SEÇÃO 1

TÍTULO

Malaquias 1:1

Malaquias descreve sua mensagem como peso da palavra do SENHOR contra Israel (1). O termo peso é derivado de uma palavra hebraica que significa "erguer" (i.e., a voz). Por extensão natural, passou a referir-se às palavras que a voz proferia, à mensa-gem do orador ou ao oráculo do profeta. A última acepção pode ser adequadamente cha-mada peso, visto que é literalmente "aquilo que é erguido".1 Jerônimo comenta: "A pala-vra do Senhor é pesada, porque é chamada peso; contudo possui certa consolação, já que não é 'contra', mas para Israel"' (cf. BV; ECA; NTLH).

Quanto ao significado de pelo ministério de Malaquias, ver Introdução, "O Profeta".

SEÇÃO II

O AMOR DE DEUS POR ISRAEL

Malaquias 1:2-5

O oráculo começa quase abruptamente com uma palavra carinhosa e queixosa do Senhor para Israel: Eu vos amei (2). Este é o verdadeiro peso da profecia de Malaquias; tudo o mais deve ser visto sob a luz desta alegação fundamental. 1 Mas os israelitas são céticos: Em que nos amaste? Não vêem prova do amor de Deus. Por serem muito po-bres e sofrerem demais, consideravam-se povo desanimado e desiludido. O pensamento está nublado pela dúvida. Tudo o que o profeta diz é desafiado: Mas vós dizeis. 2 Malaquias tem de argumentar suas afirmações com uma gente que, no mínimo, é crítica e, em parte, hostil. O profeta faz uma defesa do amor de Deus que rememora Deuteronômio 7:8 (cf. Os 11:1). A assertiva declara que o Senhor escolheu Jacó, porque o amara.

A prova do amor de Deus por Jacó revela-se na rejeição divina de Esaú (3). Nesta profecia, os filhos de Isaque são as nações de Edom (4) e Israel (5). O amor de Deus por Israel comprova-se no fato de ter castigado Edom. Esta nação não só deixara de ajudar Jerusalém quando a cidade fora sitiada pelos babilônios em 586 a.C., mas se alegrara com a sua queda (Lm 4:21-22; Si 137.7). Por conta disso, durante o período do pós-exílio, Edom tornou-se símbolo vivo de crueldade e traição, pronto para a destruição (Ez 25:12; Ob 21). Quando os árabes nabateus expulsaram os edomitas do antigo território que detinham no monte Seir, o fato foi considerado ato de vingança divina, por se conduzirem de forma desumana e indigna de irmão (3). Não sabemos a data deste acontecimento. Pelo visto, era bastante recente na época da escrita, pois ainda estava nítida na memória dos judeus.

Os edomitas viam a calamidade que lhes ocorrera como mero revés temporário e esperavam restabelecer-se no território original. Mas Malaquias declara que a ruína deles é permanente: Eles edificarão, e eu destruirei, e lhes chamarão Termo-de-Impiedade e Povo-Contra-Quem-O-SENHOR-Está-Irado-Para-Sempre (4). O profeta afirma que o fato de não voltarem ao território será prova incontestável para as gerações futuras da maldade de Edom e do julgamento de Deus. Edom foi chamado Ter-mo-de-Impiedade ("A Terra Criminosa", Moffatt). Por outro lado, proporcionará a Isra-el evidência indisputável do cuidado soberano de Deus. Provará, também, que o Senhor não é uma deidade nacional insignificante; permitirá que Israel diga: "Grande é o SE-NHOR, até mesmo além das fronteiras de Israel!" (5, NVI). "A profecia de Malaquias revelou-se correta", destaca Dentan, "pois Edom nunca mais voltou às suas terras. Os edomitas (idumeus) permaneceram instalados no sul da Palestina. [...] Por curiosa iro-nia da história foi deste mesmo povo que veio a família de Herodes".3

SEÇÃO III

OS PECADOS DO SACERDÓCIO

Malaquias 1:6-2.9

Do amor de Deus por Israel, o profeta passa para a afronta da nação e chega à majestade divina. O indiciamento é especificamente contra a corporação sacerdotal. Os sacerdotes foram ordenados para dar instrução e orientação espiritual (2.6,7). Tivessem eles vivido à altura da chamada sublime e dado ao laicato exemplo espiri-tual e ensino apropriado, a nação não teria entrado na apatia e ceticismo espiritual. Por terem fracassado e estabelecido exemplo vicioso de hipocrisia e profissionalismo vazio, os sacerdotes tornaram Deus rejeitado aos olhos do povo e fizeram a si mesmos desprezíveis (2.8,9).

Esta seção alongada divide-se em duas partes. Em primeiro lugar, Deus acusa um sacerdócio desleixado (1:6-14) e, em seguida, pronuncia uma maldição sobre seus integrantes (2:1-9).

A. A ACUSAÇA0 DE DEUS, 1:6-14

1. O Caráter de Deus (1.6a-
- 6e)

O profeta inicia fazendo uma declaração de princípio geral no qual havia acordo comum. Para isso, emprega duas imagens características da relação de Deus com Isra-el: sua paternidade e seu senhorio. O filho honrará o pai, e o servo, ao seu senhor; e, se eu sou Pai, onde está a minha honra? E, se eu sou Senhor, onde está o meu temor? diz o SENHOR dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome (6).

"Estamos acostumados a associar com a paternidade divina idéias de amor e pieda-de. O uso da relação para ilustrar, não amor, mas majestade e seu cenário em paralelo com a realeza divina, pode nos soar estranho".1 Mas para os israelitas isso era muito natural. No mundo semita, a honra vinha antes do amor na prioridade dos deveres: "Honra a teu pai e a tua mãe", ordena o quinto mandamento. Quando Deus se apresenta aos israelitas como Pai, é para acentuar sua autoridade sobre eles e aumentar-lhes a reverência, e não para garantir que lhe dediquem amor e lhe prestem devoção piedosa. A tônica está em que o Senhor cria a nação para que ela seja seu filho obediente (Ex 4:22-23). A idéia central é que Deus é o Pai da nação: seu Criador (2.10; Is 64:8; Jr 31:9), seu Redentor (Dt 32:6; Is 63:16), seu Guia e Guardião (Jr 3:4; Os 11:1-4).

Sem dúvida, a idéia de amor divino está presente nestes conceitos, mas na frente está o pensamento da majestade divina. Até no livro de Salmos, onde há a mais profunda relação pessoal do cristão com Deus, encontramos somente uma passagem na qual seu amor é comparado ao de um pai humano (S1 103.13). Esta tendência ao que poderíamos chamar visão austera da paternidade de Deus pode ter sido necessária para proteger a religião de Israel das idéias sensuais da paternidade divina prevalecentes entre os vizi-nhos cananeus. Mas qualquer que seja a razão, a severidade da idéia do Antigo Testa-mento da paternidade divina autoriza Malaquias a empregar a imagem como prova da majestade e santidade de Deus.2

Em seguida, o profeta emprega uma segunda imagem: Deus é o senhor e Israel, o servo. Paulo torna esta uma das figuras dominantes pela qual descreveu a relação do cristão com Cristo 1Co 7:22; Gl 5:13; Cl 3:24). O pensamento é de propriedade divina e o direito de Deus exigir obediência absoluta.

A majestade e santidade de Deus foram prejudicadas pelos sacerdotes de Israel. E, se eu sou Pai, onde está a minha honra? E, se eu sou Senhor, onde está o meu temor ("reverência", VBB) ? Pensar em Deus como Pai é honrá-lo como Criador, Reden-tor e Sustentador. Considerá-lo como Senhor é reverenciá-lo e obedecer-lhe como Yahweh. "Pelo temor do SENHOR, os homens se desviam do mal" (Pv 16:6).

2. O Menosprezo do Nome de Deus (1:6-10)

Ao fazer este indiciamento, Malaquias acusa os sacerdotes de menosprezar o nome de Deus. Com vozes lamuriantes, levantam a questão: Em que desprezamos nós o teu nome? (6). O profeta responde: Ofereceis sobre o meu altar pão imundo (7). Este pão (lechem) não é o da proposição (que não era oferecido no altar), mas a carne das vítimas sacrificadas (cf. Lv 3:11-16; 21.6; 22.25). Este objeto de oferta estava profana-do, como explica o versículo 8, por não ter sido oferecido de acordo com as estipulações da lei cerimonial. Ao desconsiderar o claro mandamento de Deus, de se levar somente animais sem defeito, eles afirmavam: A mesa do SENHOR é desprezível. O tempo do verbo: dizeis, aqui, tem o sentido de "dizeis para si mesmos" ou "dizeis pelas ações". Por mesa do SENHOR, querem dizer o altar do sacrifício (cf. BV; NTLH).

O versículo 8 especifica as acusações. Os sacerdotes dedicavam a Deus animal cego, coxo e enfermo. Tratava-se de acintosa violação da lei, que dizia: "Porém, havendo nele algum defeito, se for coxo, ou cego, ou tiver qualquer defeito, não sacrificarás ao SE-NHOR, teu Deus" (Dt 15:21). Em sua forma mais pura, sacrificar significava ofertar a Deus algo tão valioso quanto possível como símbolo de autoconsagração voluntária. Quan-do os sacerdotes ofereciam animais doentes e aleijados, na verdade zombavam da insti-tuição do sacrifício.

Pelo visto, os sacerdotes anunciavam: "Sem defeito!" Ao considerar que o sacrifício é apenas um símbolo, pode ser que racionalizassem que um tipo de oferta era tão boa quanto outra. Mas Deus pergunta (8, Smith-Goodspeed) :

E quando trazeis o cego para sacrificar, não tem defeito? E quando trazeis o coxo e o doente, não tem defeito?

Não tem defeito? "Ora, apresenta-o ao teu governador!", sugere Malaquias. "Terá ele agrado em ti, e te será favorável?" (8, ECA). Esta alusão a "governador" (príncipe) prova que Malaquias escrevia durante o período persa, quando Judá era governado por pessoas nomeadas pelo imperador. A palavra hebraica é a mesma usada para referir-se ao exercício governamental de Zorobabel (Ag 1:1) e de Neemias (Ne 5:14).

W J. Deane parafraseou o nono versículo: "Agora vão pedir o favor de Deus com esses sacrifícios impuros; intercedam, como é o seu dever, pelo povo. Ele os aceitará? Ele será gracioso com o povo por causa de vocês?"3 Isto veio da vossa mão é frase desajeitada. Compare com esta tradução plausível do versículo 9b: "Com tal oferta da vossa mão, mostra-rá ele favor a vós?" (VBB). Melhor que cessassem os sacrificios do que fizessem ofertas com tal espírito! Veja como Moffatt esclarece a primeira parte do versículo 10: "Será que ninguém fechará as portas do Templo para impedir que vós acendeis fogos inúteis no meu altar?"

3. Deus é Honrado entre os Gentios (1.11,12)

O versículo 11 apresenta uma grande declaração e muito debatida: Mas, desde o nascente do sol até ao poente, será grande entre as nações o meu nome; e, em todo lugar, se oferecerá ao meu nome incenso e uma oblação pura; porque o meu nome será grande entre as nações, diz o SENHOR dos exércitos. Desde os dias dos pais da Igreja este versículo tem sido interpretado como profecia da era messiânica e da adoração universal da igreja cristã. 4 Deane escreve: "A linha do pensamento é esta: Deus não precisa da adoração dos judeus e de seus sacerdotes incrédulos; o Senhor não precisa de sacrifícios mutilados; a majestade divina será reconhecida pelo mundo intei-ro, e toda nação debaixo do céu lhe oferecerá adoração pura".5 Esta interpretação requer que a referência ao ritual judaico seja entendida metaforicamente: "A oblação pura é símbolo do sacrifício cristão de louvor e ação de graças; e o profeta, ao colocar-se acima das discriminações judaicas, anuncia que esta oração e sacrifício não estarão mais limi-tados especificamente a um país preferido, mas serão universais".6 Muitos vão mais além e vêem no versículo a profecia sobre a Ceia do Senhor, a "oferta pura" em memória do sacrifício de Cristo, que é oferecido onde quer que o nome de Jesus seja cultuado.

A interpretação acima se baseia no verbo será que ocorre duas vezes no versículo, uma delas em itálico (isto indica que o termo não se encontra no original). A construção hebraica admite o verbo no tempo futuro, mas é naturalmente compreendida pelo tempo presente. Pusey comenta: "Trata-se de um presente vívido, conforme se usa muitas vezes para descrever o futuro. Mas as coisas de que se fala mostram que o verbo está no futu-ro". A Septuaginta traduz assim: "O meu nome tem sido e é glorificado" (a ARA traz "é" no lugar de "será"). Se não houvesse problema teológico, seria fácil interpretar que o versículo se aplica à cena contemporânea no mundo de Malaquias. W. H. Lowe propôs o problema para o intérprete cristão:

Se considerarmos que as palavras se referem ao presente, surge a insuperável dificuldade de que em nenhum sentido, na época de Malaquias, o nome do Senhor podia ser grande em toda a extensão da terra, ou que sacrifícios puros lhe fossem oferecidos em todo lugar. Nem podemos [...] supor que os ritos pagãos mencionados aqui fossem oferecidos, sem saber, ao único Deus verdadeiro. [...] Somos forçados a aceitar que as palavras são anúncio profético da rejeição futura de Israel e da cha-mada dos gentios.

Contudo, comentários conservadores adotam o ponto de vista de que Malaquias descreve a situação contemporânea. "Nos dias do profeta, os próprios gentios faziam cultos que eram mais sinceros que os feitos em Jerusalém". 9 Se esta for interpreta-ção possível, Malaquias é um liberal em sua declaração; faz algo semelhante ao que disse Paulo no Areópago: "Esse, pois, que vós honrais não o conhecendo é o que eu vos anuncio" (Atos 17:23). Sob este ponto de vista, todas as formas de culto pagão são apal-padelas ignorantes em busca do Deus vivo e verdadeiro e, portanto, atestam o grande nome do Senhor. Todos os homens cultuam porque Deus é, e toda religião testifica de Jeová neste sentido.

Temos a nítida impressão de que Malaquias afirma que a própria sinceridade de certos cultos pagãos é uma repreensão vergonhosa à hipocrisia infame dos sacerdotes judeus. Se os gentios louvam calorosamente o nome de Deus, os sacerdotes de Jerusalém profanam-no com o desprezo pela mesa do SENHOR (12). "Claro que o propósito do profeta não é elogiar os pagãos, mas envergonhar os judeus. Os gentios honram Deus pelo cuidado e munificência, ao passo os judeus desonram-no pela indiferença"."

4. Maldição na Religião Insincera (1.13,14)

Ao menosprezar o altar e cumprir seus deveres sem sinceridade ou fé, os sacerdotes consideravam suas funções um fardo intolerável. Eis aqui, que canseira! (13), lamen-tam-se. E o lançastes ao desprezo (ou "e torcestes o nariz" para o altar, VBB). Muitos intérpretes pensam que a leitura deveria ser: "E torcestes o nariz para mim". Esta opção se baseia na suposição de que os escribas corrigiram o versículo para ter a leitura o, a fim de evitar o surgimento de irreverência (cf. ARA; NTLH). Quanto a roubado, a Ver-são Bíblica de Berkeley segue a Septuaginta e traduz por "tomado por violência", ou seja, animais roubados. Este versículo visa primariamente os sacerdotes que, como funcioná-rios corruptos, permitem que esta prática continue. O versículo a seguir condena os que levam tais ofertas.

A congregação foi corrompida pelo sacerdócio. Neste caso, era "tal sacerdote, tal povo" (o contrário de Os 4:9). Ao seguirem o exemplo dos sacerdotes, os adoradores eram mesquinhos e fraudulentos. Pois maldito seja o enganador, que, tendo animal no seu rebanho, promete e oferece ao SENHOR uma coisa vil (14). Em tempos de doença ou aflição, o indivíduo orava a Deus e prometia um animal perfeito do rebanho. Mas quando se recuperava e chegava a hora de cumprir o voto, a mesquinhez assumia o comando e então resolvia oferecer um animal ferido ou doente (cf. Lv 3:1-6). A maldição de Deus está em semelhante irreverência e falta de firmeza. Revela maior religiosidade ignorar o Senhor completamente do que não levá-lo a sério, porque é o grande Rei e o seu nome será tremendo entre as nações.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Malaquias Capítulo 1 do versículo 2 até o 5

O Amor de Deus por Israel Comprovado pelo Destino Amargo de Edom (Ml 1.2-5)

Ml 1:2

Esaú era irmão gêmeo de Jacó e pai dos edomitas. Desde o inicio houve conflito entre eles, e os descendentes de Edom se tornaram irracionais e extremamente amargos contra Israel, resultando em matanças e desgraças diversas. Parte do bem-estar de Israel foi a derrota de seus inimigos e o fim do tormento.

Era doutrina padrão que Yahweh tinha escolhido Israel para ser um povo distinto (Deu. 4:4-8). A apatia-corrupção do povo, no tempo de Malaquias, havia desperdiçado a idéia de ser uma nação especial, supostamente favorecida em detrimento das outras. O sofrimento dos ataques e cativeiros babilônicos apontaram para outra direção. As promessas brilhantes entraram nas sombras de circunstâncias adversas. Ver Deu. 7:12-13. O profeta Malaquias tentava reverter a situação com palavras de encorajamento.

“A pequena comunidade, que se estendia somente um pouco além das margens de Jerusalém, com um solo infértil atacado por secas periódicas, tornou-se cética em relação às promessas e profecias. Precisava de evidências do amor especial de Deus por eles" (Robert C. Dentan, in loc.).

Os julgamentos de Yahweh deixaram Edom em condições piores que as de Israel e isso servia como evidência do amor de Deus por Israel, porque um velho tormento tinha sido eliminado. O profeta mostrará outras evidências. Ver no Dicionário o artigo denominado Amor. Conforme Os 11:1,Os 11:3,Os 11:4,Os 11:8,Os 11:9 e Is 43:4. Os trechos de Dt 4:37; Dt 5:10 e Dt 7:6-9” (Craig A. Blaising, in loc.).

Ml 1:3

Aborrecí a Esaú. O amor e o ódio divino são ativos; o ódio é evidenciado num número de vezes muito grande nas páginas do Antigo Testamento, e pronunciamentos contra Edom são freqüentes. Esaú (Edom) foi odiado por suas corrupções e perseguições contra Israel e, afinal, foi deixado desolado pelos julgamentos de Yahweh. Seu território tornou-se um lugar de “assombração” de animais selvagens, tendo acabado desabitado.

Os intérpretes gastam seu tempo procurando convencer-nos de que este ódio divino é uma expressão comparativa que se contrasta a um amor maior por Israel. O ódio é ódio puro, não amor de menor grau. Os rabinos não deixam dúvida quanto à interpretação dessas passagens e, infelizmente, até o apóstolo Paulo tomou emprestada a idéia para fortalecer seu argumento de eleição gratuita em Rm 9:13. A maior parte no Novo Testamento é contra esta visão de Deus, já que Seu nome nesse documento é sinônimo de Amor (1Jo 4:8).

Edom, para Israel, era a pura essência da crueldade e barbaridade, e alvo natural e necessário para a ira de Deus (Ez 25:12; Isa. 63:1-6; Oba. 1-21). Os escritores bíblicos aplicam antropomorfismo e antropopatismo, descrevendo Deus segundo atributos e emoções humanas, atividade duvidosa que resulta do dilema da fraqueza de nosso raciocínio e linguagem. Ver esses termos no Dicionário. Assim como podemos argumentar que termos como amore ódio, quando aplicados à Pessoa Divina, significam “escolhas divinas”, e não emoções (os eleitos são escolhidos, e os reprovados, rejeitados), o problema não diminui com a troca de terminologia. De qualquer maneira, neste trecho, o assunto não é a salvação da alma nem sua condenação “num mundo vindouro”, depois da morte biológica. O texto fala de acontecimentos no mundo físico, que resultam da operação da Lei Moral da Colheita segundo a Semeadura (ver no Dicionário).

Historicamente, está em vista o ataque de Nabucodonosor contra Edom, provavelmente seguido por uma expulsão do povo de seu território. Alguns acham que estão em pauta os muitos ataques dos árabes nabateus, não o do exército da Babilônia. Yahweh, naturalmente, tinha diversos instrumentos de Sua ira e não é necessário determinar, com precisão, qual ou quais estão em vista neste texto. A mensagem é: o que aconteceu a Edom foi um favor divino para melhorar as circunstâncias da vida de Israel.

Ml 1:4

Fomos destruídos, porém tomaremos a edificar as minas... Eles edificarão, mas eu destruirei... fíeconstnição? As tentativas de Edom para reconstruir-se, reconquistando os poderes e prestigio de outrora, seriam frustradas pela mão pesada de Yahweh, que continuaria golpeando aquele “país”, que já não merecia mais o nome de povo.

Edom mereceu ceifar o que semeou; o processo apresentou Israel com um beneficio significativo: o tormento de Edom, que durava por séculos, acabou. Chegou o fim, não meramente uma derrota temporária. O remanescente de Edom nunca se recuperou o suficiente para reconquistar seus territórios e renovar a nação. Os poucos sobreviventes se estabeleceram no sul da Palestina, tendo Hebrom como “capital” (I Macabeus 5.3; 65). João Hircano informa que eles, afinal, se incorporaram a Israel e, assim, aquela nação caiu no esquecimento (ver Josefo, Antiq. XIII.9). Isto aconteceu cerca de 135-104 A. C.

O Senhor dos Exércitos. Ver no Dicionário sobre esse título, que ocorre 24 vezes neste pequeno livro. Ver no Dicionário o artigo denominado Deus, Nomes Bíblicos de, seção III, número 11, Yahweh Sabaoth. Utilizando Seus poderes ilimitados, Yahwew-Sabaote, decretou o amargo destino de Edom. Israel, em guerra constante, fez de Yahweh o General de seu Exército, aplicando um crasso antropomorfismo, mas que comunica bem a idéia de poder em ação.

O versículo termina lembrando o ódio de Deus e o que Ele fez, em Sua ira, para acabar com Edom, o que favoreceu Israel: o ódio demonstrou amor!

Ml 1:5

... direis: Grande é o Senhor também fora dos termos de Israel. Israel, observando o que aconteceu com seus inimigos, regozijará, dando crédito a Yahweh-Sabaote, porque, afinal, Ele efetuou a paz.

O ódio-amor foi efetivo e demonstrou a universalidade de Yahweh. Ele deixou de ser um deus tribal na mentalidade do povo que observava Suas ações internacionais.


Champlin - Comentários de Malaquias Capítulo 1 versículo 5
As mensagens contidas neste livro têm uma estrutura literária uniforme:
o profeta lança o tema que quer debater com o povo, e este responde com dúvidas e objeções; depois, o profeta responde à objeção, mostrando que era verdade o que tinha dito no início. Trata-se de uma forma literária inspirada nos debates jurídicos dos tribunais. Ver a Introdução.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Malaquias Capítulo 1 do versículo 1 até o 14
*

1.1-5 O povo de Israel não está convencido de que Deus o ama. Esta seção é a resposta de Deus a esta dúvida cínica. O Senhor lembra a Israel que Jacó, seu ancestral, foi escolhido por Deus enquanto que Esaú, antepassado de Edom, foi rejeitado. Portanto, embora Israel tenha experimentado a ira de Deus por um momento, Edom é um “Povo Contra Quem o SENHOR Está Irado Para Sempre” (1.4). Além disso, enquanto Israel é o herdeiro das promessas eternas do Senhor da aliança, Edom nunca mais se levantará de novo. O julgamento do Senhor sobre Edom será causa de louvor em Israel.

* 1.1 Sentença pronunciada pelo SENHOR. Ver ref. lat.; Is 13:1; Na 1.1; Hc 1:1; Zc 9:1; 12:1. Normalmente usado em profecias de julgamento, “sentença” pode indicar a urgência sentida pelo profeta em divulgar a sua proclamação. Acerca desta urgência, ver também Jr 20:9; Am 3:8.

* 1.2 Eu vos tenho amado. O amor eletivo de Deus é soberano e incondicional. É exposto principalmente em Deuteronômio onde os verbos “escolher” e “amar” são paralelos (Dt 7:6-8). O amor de Deus é manifesto no pacto que ele inicia com o seu povo. A proximidade de Deus para com Israel devia produzir espanto e admiração (Dt 4:7,8). O amor de Deus começa na eternidade (Jr 31:3) e é manifestado através do seu relacionamento pactual com Abraão, Moisés, e Davi (Gn 12:1-4; Êx 19:5, 6; 2Sm 7). A eleição de Jacó por Deus continuava a ter relevância no seu relacionamento com Israel no período do ministério de Malaquias. Entendido corretamente, o amor de Deus não conduz à complacência moral, mas ao zelo moral. Entretanto, a presunção de Israel e seu cinismo acerca do amor de Deus levou-o a uma crise moral da qual Malaquias trata. Ver a nota teológica: “O Propósito de Deus: Predestinação e Pré-Conhecimento”, índice.

Jacó. Um dos títulos para Deus nos Salmos é “o Deus de Jacó” (Sl 20:1; 46:7; 75:9; 76:6; 84:8). O amor eletivo de Deus é inigualável porque ele ama os pecadores, aqueles que por natureza eram os objetos de seu desagrado e ira (Lc 15:2; Rm 5:6-8; Ef 2:1-3). A história de Jacó e Esaú em Gênesis claramente indica a escolha de Jacó por Deus apesar de sua falta de mérito (Gn 25:21-34; 27.1-40; Rm 9:10-13).

* 1.3 aborreci. Embora haja um uso do verbo “aborrecer” que significa “amar menos” (Gn 29:31 ref. lat.; Lc 14:26), o contexto imediatamente seguinte sugere que “aborrecer” aqui significa rejeição ativa, desagrado, e desaprovação manifesta em justiça retributiva. Não é apenas o fato de que Esaú (Edom) sofre com a ausência ou a redução da bênção, mas que ele recebe condenação. Para este uso de “aborrecer”, ver Sl 5:5; Is 61:8; Os 9:15; Am 5:21; Mt 2:16. Ver “Eleição e Reprovação” em Rm 9:18.

assolação. A referência é mais provavelmente à ocupação de Edom pelos árabes nabateus. Em Amós 9:12 Edom é representante de todas as nações que estão sob a influência salvífica da promessa de Deus.

*

1:5 fora dos limites de Israel. Deus é o Senhor soberano da história, cujos propósitos redentores são cumpridos tanto dentro quanto fora do antigo Israel (v. 11; Gn 12:3).

* 1.6—2.9 Uma razão maior para a ira de Deus com Israel é a atitude do sacerdócio com o nome de Deus no altar e com a lei de Deus no ensino e julgamento. No altar eles ofereciam animais doentes ou imperfeitos em sacrifício, deste modo invertendo o propósito dos seus esforços e trazendo profanação e maldição quando eles deveriam ter trazido bênção e purificação. Em seu ensino e julgamento eles violaram a aliança com Levi (2.8), demonstrando parcialidade e levando muitos ao erro.

* 1:6 honra. Deus é em si mesmo infinitamente glorioso, e ele deve receber o reconhecimento do seu povo (Sl 29:1, 2; 57:5, 11).

desprezais. O oposto de honrar e temer ao Senhor (conforme 2Sm 12:9, 10). A palavra é usada freqüentemente em Provérbios (1.7; 15.20; 23.22).

* 1.7 pão imundo. A referência é aos de sacrifícios de animais (v. 8). “Imundo” significa cerimonialmente sujo e portanto, inaceitável. Deus não está ofendido somente pelas imperfeições cerimoniais mas pela atitude de menosprezo que está por detrás desses sacrifícios imperfeitos (Gn 4:3-5 e notas; Hb 11:4).

A mesa do SENHOR. Esta frase, e a frase similar no v. 12 (ref. lat.) ocorrem somente aqui no Antigo Testamento, ambas as ocorrências referem-se ao altar.

*

1.8 O coxo ou o enfermo. A lei expressamente proibia tais ofertas (Lv 22:22; Dt 15:21).

* 1:11 é grande entre as nações o meu nome. Deus promete o triunfo futuro do seu reino glorioso. “Desde o nascente do sol até ao poente,” e frases similares, frequentemente apontam para o juízo futuro de Deus do mundo e a restauração da sua ordem (Sl 50:1; Is 45:6; 59:19).

em todo lugar. Os sacrifícios imperfeitos que são oferecidos durante o período do profeta (vs. 7,
8) são contrastados com as ofertas puras de adoração no futuro (Is 2:2-4; 66.19-21; Zc 14:16-21). A promessa deste verso está sendo cumprida até mesmo agora, quando Cristo reúne seus reis e sacerdotes dentre as nações (Ap 5:9,10), e será consumada no futuro, quando as nações se reunirem para adorar a Deus em pureza (Ap 21:27).

*

1.14 maldito seja o enganador. As leis que regulamentam as ofertas voluntárias exigem a entrega de uma oferta perfeita. Este texto implica numa tentativa de enganar o Senhor (conforme Sl 76:11).

eu sou grande rei. Deus não é apenas o Pai deles (1.6; Êx 4:22) e seu Mestre, mas também é o seu Rei. A idéia de Deus como Rei surgiu logo no início da religião do Antigo Testamento (Nm 23:21; 24:7; Dt 33:5). Ver Sl 93:100.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Malaquias Capítulo 1 do versículo 1 até o 14
MALAQUIAS serve como profeta no Judá aproximadamente em 430 a.C. Foi o último dos profetas do Antigo Testamento.

Ambiente da época: A cidade de Jerusalém e o templo já tinham sido reconstruídos desde fazia quase um século, mas o povo se tinha voltado negligente em sua adoração a Deus.

Mensagem principal: A relação do povo com Deus estava rota devido a seu pecado e logo seria castigado. Mas os poucos que se arrependeram receberiam a bênção de Deus, ilustrada em sua promessa de enviar l Messías.

Importância da mensagem: A hipocrisia, a negligência para Deus e a vida despreocupada têm conseqüências devastadoras. O servir e adorar a Deus deve ser o ponto principal de nossa vida, tão agora como na eternidade.

Profeta contemporâneo: Nenhum.

1:1 Um oráculo é uma mensagem de Deus. Malaquías, o último profeta do Antigo Testamento, pregou depois do Hageo, Zacarías e Nehemías, aproximadamente no ano 430 a.C. O templo tinha sido reconstruído desde fazia quase um século, mas o povo estava perdendo seu entusiasmo para a adoração. A apatia e a desilusão se estabeleceram devido a que não se cumpriram as profecias messiânicas do Isaías, Jeremías e Miqueas. Muitos de quão pecados tinham provocado a queda de Jerusalém no ano 586 a.C. se seguiam praticando no Judá. Malaquías confrontou aos hipócritas com seu pecado ao representar, de maneira gráfica, um diálogo entre o Deus justo e seu povo insensível.

1:2 A primeira mensagem de Deus por meio do Malaquías foi: "Eu lhes amei". Embora esta mensagem se aplicava especialmente ao Israel, é uma mensagem de esperança para todos os povos de todos os tempos. Infelizmente, muitas pessoas põem em tecido de julgamento o amor de Deus, e tomam o progresso político e econômico como medida do êxito. devido a que o governo era corrupto e a economia era deficiente, os israelitas assumiram que Deus não os amava. Estão equivocados. Deus ama a todas as pessoas porque O as criou; entretanto, suas recompensas eternas são sozinho para os que lhe são fiéis.

1.2-5 A frase "e ao Esaú aborreci" não se refere ao destino eterno do Esaú. Simplesmente significa que Deus escolheu ao Jacó para ser o meio pelo que surgiria a nação do Israel e o Messías (veja-se Rm 9:10-13). Deus permitiu ao Esaú ser pai de uma nação, mas esta nação, Edom, mais tarde se voltou um dos principais inimigos do Israel. A história do Esaú e Jacó se encontra em Gn 25:19-34; Gn 27:30-43. E porque Deus escolheu ao Jacó e a seus descendentes como a nação por meio da qual o mundo seria bento, protegia-os de uma maneira especial. O triste é que eles rechaçaram a Deus depois de que O os escolheu.

1.6ss Deus acusou aos sacerdotes de não havê-lo honrado e não ter dado bons exemplos espirituais ao povo. O templo tinha sido reconstruído no ano 516 a.C., e a adoração se levava a cabo ali, mas os sacerdotes não adoravam a Deus de maneira adequada. Esdras, o sacerdote, tinha levado a cabo um grande avivamiento, mas nos tempos do Malaquías, muitos anos depois da morte do Esdras, o sacerdócio estava em decadência. A adoração a Deus tinha perdido sua vitalidade e se tinha voltado mais um negócio para os sacerdotes que uma adoração sincera.

1.6-8 A Lei de Deus requeria que se sacrificassem animais vivos e sem defeitos (veja-se Lv 1:3). Mas estes sacerdotes estavam oferecendo animais cegos, coxos e alguns já mortos. Deus acusou ao Israel de desonrá-lo ao oferecer sacrifícios imperfeitos. Nossas vidas devem ser sacrifícios vivos a Deus (Rm 12:1). Se dermos a Deus só o tempo, o dinheiro e a energia que nos sobram, repetiremos o mesmo pecado destes adoradores que não queriam entregar nada valioso a Deus. O que entregamos reflete nossa verdadeira atitude para O.

1:7, 8 O povo oferecia sacrifícios impróprios a Deus ao: (1) pensar sozinho no que lhes convinha: ser o mais barato possível, (2) ser negligentes: não lhes importava o que ofereciam em sacrifício, e (3) desobedecer totalmente, oferecendo sacrifícios a sua maneira e não como Deus os tinha ordenado. Estes métodos que utilizavam ao oferecer sacrifícios mostravam sua verdadeira atitude para Deus.

1:10 Como intermediários entre Deus e o povo, os sacerdotes tinham a responsabilidade de refletir as atitudes de Deus e seu caráter. Ao aceitar sacrifícios impuros, estava levando a povo a acreditar que Deus aceitava esses sacrifícios também. Como cristãos, freqüentemente estamos na mesma posição destes sacerdotes devido a que refletimos a Deus em nossas famílias e com nossos amigos. Como reflete seu caráter e atitude a imagem de Deus? Se você aceitar o pecado à ligeira, está sendo como estes sacerdotes dos tempos do Malaquías.

1:11 Um tema escutado com o passar do Antigo Testamento se reafirma neste livro: "Porque grande é meu nome entre as nações". Deus tinha um povo escolhido, os judeus, através dos quais tinha planejado salvar e benzer ao mundo inteiro. Na atualidade, Deus ainda quer salvar e benzer ao mundo por meio de seu povo, mas agora seu povo são todos os que acreditam no: judeus e gentis. Os cristãos são agora seu povo escolhido, e nosso sacrifício agradável ao Senhor é nossa nova vida em Cristo (veja-se 2Co 2:14-15). Está à disposição de Deus para ser utilizado para engrandecer seu nome ante as nações? Esta missão começa em sua casa e em sua comunidade.

1:13 Muitas pessoas pensam que seguir a Deus deve fazer a vida mais fácil ou mais cômoda. Estão procurando deus por conveniência. A verdade é que freqüentemente se requer de um trabalho árduo para viver de acordo com os duros requerimentos de Deus. Possivelmente nos chame a viver na pobreza ou no sofrimento. Entretanto, se o servir a Deus é mais importante para nós que qualquer outra coisa, todas as coisas às que renunciemos têm pouca importância comparadas com o que obtemos: vida eterna com Deus.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Malaquias Capítulo 1 do versículo 1 até o 14
I. O TÍTULO (Ml 1:1. ; Mt 17:3 ; Mc 9:11) .

II. AMOR DE JEOVÁ PARA ISRAEL declarado (Ml 1:2. ). A palavra hebraica ahav "denota o amor na sua expressão ou manifestação prática." Em resposta às palavras de Israel, Em que nos tens amado? os judeus são feitas para ver a atitude de Jeová para com Israel, em contraste com sua atitude para com Edom. Israel, Ele indica, terá libertação, enquanto Edom está fadado à ruína sem restauração, não falando principalmente de Israel e Edom como indivíduos, mas como nações.

O que Ele quer dizer quando fala, eu amava a Jacó; mas rejeitei Esaú? Esta passagem tem sido muitas vezes interpretado literalmente, quando, como Orr coloca, que se destina "hiperbolicamente em sentido relativo a expressar apenas forte preferência de um para outro." Indicações de que esta interpretação é correta são vistos, em primeiro lugar de tudo, no uso da palavra "ódio" na Bíblia e, em segundo lugar, no relacionamento de Deus com Esaú (Edom) e seus descendentes.

Duas palavras hebraicas, sane' e satam , são traduzidas como "ódio" no Antigo Testamento. Destes, sane' é utilizada com mais frequência e aparece em Ml 1:3 : "Jeová viu que Lia era desprezada."

A afirmação anterior é feita de Jacó. No entanto, não há nenhuma evidência de que Jacó realmente odiava Leah. A verdade da questão é que ele amava a Raquel muito mais do que ele amava Lia que, hiperbolicamente, o seu amor para os dois foi em pólos opostos. No entanto, seu verdadeiro amor por Leah é visto em sua conduta para com ela. Ele deu a seus filhos (Gn 29:1 ). E ele parece sempre ter tratado com gentileza.

Da mesma forma, é evidente que Deus não odeia Esaú no sentido de que nós comumente entender a palavra. Ele abençoou Esaú (Gn 27:38 ), deu a seus descendentes uma morada (Js 24:4 ). Embora, mais tarde, por causa da obstinação contínuo da Edom, Deus o julgou severamente (conforme Obad .; Jl 1:6 , Jl 1:11 , Jl 1:12 ; Is 63:1. ; Jr 49:7 ), Ele também Israel punido por seus pecados. Ele castiga aqueles a quem ama (He 12:6f ), não é uma prova de que Ele originalmente odiava Edom, não mais do que o fato de o inferno é a prova de que Deus nunca amou os condenados (conforme Jo 3:16 ).

O equivalente grego do sane' ("odeio") é miseo . Em Lc 14:26 , Jesus afirma que somente aquele que odeia "seu próprio pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, ... e também à própria vida ...", pode ser seu discípulo. Para interpretar essa declaração literalmente é fazer com que o cristianismo uma religião de contradições. Mas Jesus não estava ensinando o ódio; Ele estava expressando em linguagem hiperbólica a verdade significativo que o amor de um discípulo de Cristo pelo seu Senhor deve ser muito mais forte do que o seu amor por ninguém.

Assim, tanto o uso gramatical e um estudo da história indicam que Deus não foi o que significa, em Ml 1:3)

6 O filho honra o pai, eo servo ao seu amo; se eu sou pai, onde está a minha honra? e se eu sou senhor, onde está o meu medo? diz o Senhor dos Exércitos para vós, ó sacerdotes, que desprezam o meu nome. E vós dizeis: Em que temos desprezado o teu nome? 7 Ye oferta pão profano sobre o meu altar. E vós dizeis: Em que te havemos profanado? Nisto que dizeis: A mesa do SENHOR é desprezível. 8 E, quando trazeis animal cego para o sacrifício, isso não é mau! e quando ofereceis o coxo ou o doente, isso não é mau! Ora apresenta-o ao teu governador; será que ele agrado em ti? ou aceitará ele a tua pessoa? diz o Senhor dos Exércitos. 9 E agora, peço-vos, implorou o favor de Deus, para que ele tenha misericórdia de nós: Este tem sido o da vossa mão, aceitará ele a vossa pessoa? diz o Senhor dos exércitos. 10 Oh que havia alguém entre vós que fechasse as portas, para vos não kindle fogo em meu altar em vão! Eu não tenho prazer em vós, diz o Senhor dos exércitos, nem aceitarei oferta da vossa Mc 11:1 Mas desde o nascente do sol até o pôr-do-mesmo meu nome será grande entre as nações; e em todo lugar incenso será oferecido ao meu nome, e uma oblação pura; porque o meu nome será grande entre as nações, diz o Senhor dos exércitos. 12 Mas vós o profanais, quando dizeis: A mesa do Senhor é profana, eo seu fruto, a sua comida, é desprezível. 13 Ye dizer também: Eis aqui, que canseira! E o lançastes ao desprezo, diz o Senhor dos exércitos; e vós trouxeram a que foi tomada pela violência, e os coxos e os doentes; assim trazeis a oferta: que devo aceitar isso em sua mão? . diz o Senhor 14 Mas seja maldito o enganador que, no seu rebanho um macho, e voweth, e sacrifica ao Senhor o que tem mácula; porque eu sou grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos, o meu nome é temível entre os gentios.

Após o cativeiro, o lugar do sacerdote na vida religiosa e nacional judaico aumentou em importância. Este fato dá força adicional à acusação do sacerdócio nesta seção. O profeta traz acusações específicas. A primeira acusação é a de palavrões, ou seja, o desprezo ou desrespeito a Deus e as coisas sagradas. É o pecado de degradar coisas sagradas para um nível Ct 1:1 ; Dt 15:21. ). (3) A desdém para o nome de Deus, declarando que a mesa do Senhor está poluída, ou seja, desprezível (v. Ml 1:7 ).

Enquanto, entre os gentios em terras pagãs, os louvores de Deus seria cantado do amanhecer ao sol poente, Israel profanado o nome de Deus, e os sacerdotes exerciam suas funções sem coração. Eles ofereceram rasgado, animais resgatados. Eles consideraram os coxos e os doentes para ser bom o suficiente para Deus, o grande Rei do Universo. Mesmo quando um tinha um macho sem defeito para uma oferenda, ele tomou uma vez que tem mácula, apresentando, assim, seu coração enganoso. Então Malaquias diz: Maldito seja o enganador, "o profanador, e cada religioso Deus-depreciativa que denuncia o grande Rei, o Senhor dos Exércitos."

Aqui, então, é o veredicto de Deus contra a adoração adoração insincera que apresenta pouca noção da grandiosidade e majestade do Deus eterno, ea reverência devida ao seu grande e santo nome.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Malaquias Capítulo 1 do versículo 1 até o 14
I. Eles duvidam do amor do Senhor (Ml 1:1-39)

O Senhor disse a seu povo: "Eu vos tenho amado". Ele responde: "Em que nos tens amado?", e pede provas disso. Duvidar do amor do Senhor é o início da descrença e da deso-bediência. Eva duvidou do amor do Senhor e comeu o fruto da árvore proibida; ela achava que Deus lhe recusava algo. Satanás quer que nos sintamos negligenciados pelo Senhor. Ele diz ao remanescente ju-deu: "Veja a situação difícil de vo-cês. Onde estão as safras? Por que Deus não cuida de vocês?".

O Senhor prova seu amor por seu povo de duas formas: (1) ele graciosamente escolheu Jacó para ser pai dele e rejeitou Esaú, que, de muitas formas, era um homem mui-to melhor que Jacó; e (2) ele julgou os edomitas (descendentes de Esaú) e deu a Israel a terra melhor. Ele pro-meteu a Israel uma terra que "mana leite e mel"; no entanto, infeliz-mente, o pecado dele sujou a terra. Mesmo assim, Deus graciosamente restaurou a terra para o seu povo e livrou-o do cativeiro.

II. Eles desprezaram no nome do Senhor (Ml 1:6-39)

Agora, Deus volta-se para os sacer-dotes, que deveriam ser os líderes espirituais da terra. Os sacerdotes não honram o nome do Senhor; eles pegam a melhor parte das ofertas para si mesmos. Não valo-rizam os privilégios espirituais que o Senhor lhes deu: servir no altar, queimar o incenso e comer os pães da proposição. E eles não trazem o melhor que têm para o sacrifício: trazem animais com defeitos (conforme Dt 15:21). Deus dá-lhes o melhor que tem e, em troca, pede o me-lhor deles, porém eles não lhe obe-decem.

No versículo 10, o Senhor afir-ma: "Tomara houvesse entre vós quem feche as portas, para que não acendésseis, debalde, o fogo do meu altar. Eu não tenho prazer em vós. [...] nem aceitarei da vossa mão a oferta". Deus prefere ter o templo fechado a ver o povo e os sacerdotes "brincando com a religião" e guar-dando o melhor para eles mesmos. Os sacerdotes nem mesmo aceita-vam um sacrifício sem antes pegar a parte deles. Na época de Eli, foi esse tipo de pecado que trouxe der-rota para Israel (1Sm 2:12 e 4:1- 18). O versículo 11 afirma que as nações gentias oferecem sacrifícios melhores ao Senhor que seu próprio povo. E muito ruim quando pessoas não-salvas sacrificam mais por sua religião que aqueles que realmente conhecem o Senhor.

Somos sacerdotes por intermé-dio de Cristo e devemos oferecer "sacrifícios espirituais" a ele (1Pe 2:5). Que sacrifícios são esses? Nos-so corpo (Rm 12:1-45); nossos dona-tivos (Fp 4:14-50); nosso louvor (He 13:15); a prática do bem (He 13:16); as almas que ganhamos para Cristo (Rm 15:16). Temos trazido nosso melhor para ele ou apenas o que nos é conveniente?


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Malaquias Capítulo 1 do versículo 1 até o 14
1.1 Malaquias quer dizer, no heb, "meu mensageiro". Este mensageiro do Senhor foi o último dos profetas do AT. Sua mensagem foi dirigida ao remanescente que voltará para a terra da Palestina, depois dos 70 anos de cativeiro. A sentença veio como conseqüência do pecado em que o povo havia caído uns cem anos após a reconstrução de Jerusalém.

1.2 Eu vos tenho amado. Deus afirma categoricamente Seu amor por Seu povo a despeito dos seus pecados. O Senhor não deixa de amar ao pecador, ainda que odeie todo e qualquer pecado. "Em que nos tem amado?" Esta é a primeira entre dez perguntas que mostram o espírito ingrato e rebelde do povo israelita (1.2, 6, 7, 12, 13 2:13-17; 3.7, 8, 13).

1.3 Aborreci a Esaú. Deus amou e elegeu a Jacó pela Sua graça soberana. O uso da palavra aborreci provavelmente seria uma expressão peculiar do hebraico para indicar que Esaú (antepassado dos edomitas) não foi eleito (conforme Rm 9:13).

1.4 Israel foi restaurada enquanto Edom ainda se achava em escombros. Isto foi uma demonstração do amor divino por Israel. Diz o Senhor dos Exércitos. Esta expressão, que salienta o poder de Deus, encontra-se 24 vezes nesta profecia curta. Malaquias recebeu sua mensagem diretamente de Deus e portanto falou com autoridade divina. Durante os quatrocentos anos de intervalo entre o fim do AT e o início do NT, era freqüentemente reconhecido pelas escritores judeus que não houve profeta entre eles desde Malaquias.

1.7 Os sacerdotes eram culpados de dar a Deus apenas as sobras no lugar das primícias e o melhor como a lei requeria (Lv 22:22). Nosso Senhor merece a preeminência nas nossas vidas (Cl 1:18). Dar-lhe menos é desprezá-lo e insultá-lo.

1:8-10 Ninguém se atrevia a dar um animal enfermo ou indigno a um governante. Porém era justamente o que os judeus estavam oferecendo a Deus, o Rei dos reis. Ele não pode ser enganado e conseqüentemente não aceitará tais ofertas. Dar ofertas hipócritas era pior que deixar de sacrificar. Melhor fechar as portas do templo o que ofender a Deus com um culto desprezível.
1.11 Incenso é o símbolo de oração (Ap 8:3, Ap 8:4) Uma vez que a palavra sacrificar é usada para designar louvor (He 13:15); pode ser que aqui um culto espiritual esteja em vista. Esta predição de culto universal cumpre-se parcialmente na 1greja, espalhada em todas as nações do mundo. Seu cumprimento final se realizará com a segunda vinda de Cristo (Ap 7:9, Ap 7:10).

1.14 A lição deste capítulo é que Deus é grande e santo. Ele deve ser servido e cultuado em espírito e em verdade (Jo 4:23, Jo 4:24). • N. Hom. "Religião insincera e sem proveito” é demonstrada:
1) Na ingratidão em face do amor incontestável de Deus (2);
2) Na impertinência no culto, oferecendo a Ele o que seja defeituoso e sem valor (9);
3) Em tornar por definida de antemão a concessão do favor divino mesmo sem pedir (9);
4) Em ser indiferente em face da grandeza de Deus (14b).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Malaquias Capítulo 1 do versículo 1 até o 14
Título (1.1)

Advertência (heb. massã’\ “oráculo” em algumas versões): O termo é usado aproximadamente 60 vezes no ATOS. A idéia é de um “peso” colocado por um senhor, governante ou uma deidade sobre seus súditos. Pode ser aplicada a uma posição de liderança entre o povo de Deus, a uma tarefa religiosa ou ao juízo de Deus. Aqui ele destaca o sentimento de compulsão e responsabilidade do profeta ao transmitir a mensagem confiada a ele. Ele não teria necessariamente escolhido dizer algo assim, mas não tem escolha: o peso foi colocado sobre ele pelo Senhor, e ele simplesmente tem de aceitar e realizar a sua tarefa. A mensagem do profeta não é uma que ele inventou; ele também não fala porque gosta de ouvir o som da sua 1374

DO SENHOR (3.13—4.3)
voz ou sentir que tem influência sobre as pessoas. Antes, é uma mensagem que foi colocada sobre o seu coração como um “peso”; e a intenção é que pese também sobre a consciência dos seus ouvintes. E a palavra do Senhor, uma revelação de Deus, contra Israel, seu povo que retornou do exílio e que está começando a esquecer o seu Deus, por máo de Malaquias (conforme Introdução).

I. O AMOR DO SENHOR POR ISRAEL (1:2-5)

Malaquias introduz a palavra que ele traz de Deus ao lembrar o povo do grande amor de Javé por ele, um tema central nos profetas do ATOS (conforme Dn 11:1-28; Jr 31:1-24; Is 43:1-23; Ez 25:12-14; Am 1:2. A expressão o Senhor dos Exércitos (Yahweh fbaôt) é repetida como um refrão em toda a profecia de Malaquias (24 vezes); indica o papel de Javé como Salvador, Protetor e Juiz do seu povo (conforme Sl 46:7,Sl 46:11). v. 4,5. O juízo de Deus sobre Edom é certo. Edom pode até tentar ser uma grande nação novamente, mas isso não vai acontecer; Deus não vai permitir. No entanto, Israel não pode se orgulhar ou confiar na sua própria justiça. A mão julgadora de Deus vai pesar sobre Israel também, como o profeta vai destacar mais tarde.

II. UMA ACUSAÇÃO CONTRA OS SACERDOTES (1.6—2.9)

As pessoas gostam de pensar no juízo de Deus como direcionado somente para outras pessoas; mas a mensagem dos profetas hebreus é que ela inclui tanto Israel quanto as outras nações, tanto os servos de Javé como o povo; o juízo sempre começa na própria casa de Deus (Jl 3:2; Jr 25:29,Jr 25:30; Ez 9:61Pe 4:17). Assim, Malaquias apresenta em primeiro lugar a acusação contra os sacerdotes (1.6—2,9) e depois contra o povo como um todo (2:10-17). v. 6. O profeta fala em termos de relacionamentos humanos comuns que são familiares a seus ouvintes — pai— filho e senhor—servo — que exigem honra e respeito (Êx 20:12; Pv 30:11). Mas, se a honra e o respeito são esperados e devidos nos relacionamentos humanos, quanto mais isso é verdadeiro no relacionamento que existe entre Javé e o seu povo! Por suas ações, os sacerdotes mostraram que, no fundo do seu coração, eles na verdade desprezam o nome de Javé (i.e., o próprio Deus; conforme Name, IDB, e Nome, NDB); conforme também 1.11,14; 2.2,5; 3.16; 4.2. v. 7,8. Os sacerdotes desprezaram Javé ao colocarem comida [ritualmenté\ impura sobre o seu altar. O problema fundamental, no entanto, não era o mero ritual, mas a atitude do coração, embora essa atitude mental conduzisse ao descuido em questões de rituais prescritos (e.g., a oferta de animais cegos, aleijados ou doentes para o sacrifício; conforme Ex 12:5Lv 1:3,10; 22:18-25; Dt 15:21 etc.). A expressão a mesa do Senhor (v. 7 e
12) é usada no ATOS somente por Malaquias (mas conforme Sl 23:5Ez 44:16); a referência principal provavelmente seja às mesas que existiam no pátio interno do templo para o sacrifício de animais. A prova de os sacerdotes estarem distantes de Javé estava no fato de que não davam a ele o que tinham de melhor, i.e., eles tentavam oferecer a Deus o que não tinha valor para os homens, v. 9. Esse versículo expressa ironia. O propósito de um presente no Antigo Oriente não era só reconhecer a generosidade recebida, mas garantir o favor para o futuro. Aqui pede-se a Deus para que tenha compaixão ao lhe apresentar ofertas definitivamente inferiores, v. 10. “Parem com essa hipocrisia!”, diz o profeta. “Seria melhor fechar as portas do templo do que continuar a profanar o altar de Deus dessa maneira”. Cf. Is 1:13; Jl 5:21-30. v. 11. Às vezes, se interpreta esse versículo como um endosso da adoração pagã, i.e., que em contraste com as práticas corruptas de Judá os gentios — por suas boas obras, por meio do culto ao “Deus dos céus”, que era muito difundido em todo o Império Persa, ou simplesmente pela sinceridade da sua devoção religiosa, adoram o Deus único e verdadeiro. Mas a expressão provavelmente é uma referência ao sacrifício perfeito da era messiânica, quando o nome de Deus vai ser grande [...] entre as nações, i.e., quando gentios vierem a conhecer Deus e a adorá-lo fora dos limites estreitos da terra da Palestina e do ritual religioso de Israel (conforme J. Baldwin, op. cit., p. 227-30.). v. 12. Em contraste com isso, Malaquias se volta para os sacerdotes; o seu vocês é enfático. Ele vai além do ritual exterior para os reais pensamentos e intenções do coração: vocês dizem que a mesa do Senhor é imunda (melhor seria: “pode ser desprezada”) e que a sua comida édesprezível. v. 13a. riem dela com desprezo: BJ: “e me desprezais”, v. 13b,14. Mais uma vez, Malaquias ressalta que Deus não está disposto a aceitar nada que não seja o melhor, animais roubados: Conforme Êx 22:31; Lv 22:20,25. A referência no v. 14 é à oferta voluntária, prometida a Deus em tempos de dificuldade como oferta de gratidão se o livramento for concedido; a tentação era oferecer um substituto sem valor. Mas o homem que tentar enganar a Deus não vai ficar impune; ele vai descobrir que Deus é um grande rei, como também pai e senhor (1.6).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Malaquias Capítulo 1 do versículo 2 até o 5

II. Perguntas para as quais Deus Tem Boas Respostas. 1:2 - 4:3.

A. "Em que nos Tens Amado?" Ml 1:2-5.

As perguntas em torno das quais o livro de Malaquias gira são aquelas que o profeta coloca na boca dos israelitas apóstatas do seu tempo. Elas podem ter sido ou não enunciadas, mas certamente podiam ser encontradas nos corações do povo. A primeira pergunta trai uma falta de verdadeira piedade, uma ausência de confiança. Só corações de pedra poderiam ficar desatentos às incontáveis manifestações do amor de Deus pelo povo da aliança. Mas ao falar do Deus de seus pais, os israelitas diziam: "Não temos visto evidência do Seu amor".


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Malaquias Capítulo 1 do versículo 2 até o 5
II O AMOR DO SENHOR POR ISRAEL Ml 1:2-39; Ml 2:14, Ml 2:17; Ml 3:7-39, Ml 3:13). Os homens estavam pedindo uma prova do amor do Senhor. Tal amor podia ser encontrado no favor que Ele demonstrara para com Jacó (isto é, Israel), e na rejeição de Edom, um povo que originalmente teve início no irmão gêmeo de Jacó, Esaú, ainda que em anos mais recentes seus descendentes se tivessem tornado inimigos figadais de Israel (2-3). Todavia amei a Jacó. Ver Rm 9:13. Edom havia sofrido completa e final desolação e, no futuro, seus lugares devastados serviriam de testemunho de sua perversidade e da ira do Senhor. A referência, no versículo 3, é a alguma calamidade recente que havia caído contra Edom, provavelmente nas mãos dos árabes nabateus, que expulsaram os edomitas de seu antigo território do monte Seir para o distrito do sul de Judá, desde então chamado de Iduméia. O Senhor dos Exércitos (4). Esse título ocorre mais de vinte vezes neste livro. Termo de impiedade (4). O pensamento é que os homens de uma futura geração veriam a desolação e então concluiriam que Edom deve ter sido desesperadamente pervertida para merecer tal castigo, Israel, por outro lado, terá provas indisputáveis do cuidado soberano de Deus. O versículo 5 poderia ser traduzido como: "O Senhor é grande acima do território de Israel" (I. C. C.).

Dicionário

Israel

substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


Israel [O Que Luta com Deus] -

1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

Olhos

-

substantivo masculino Orgãos externos da visão: meus olhos enxergaram o pôr do sol.
Figurado Excesso de zelo, de cuidado, de atenção: estou de olhos nisso!
Figurado Aquilo que clarifica; luz, brilho.
locução adverbial A olhos vistos. De modo evidente, claro; evidentemente.
expressão Abrir os olhos de alguém. Dizer a verdade sobre alguma coisa.
Falar com os olhos. Mostrar com o olhar seus sentimentos e pensamentos.
Comer com os olhos. Olhar atenta e interesseiramente; cobiçar.
Custar os olhos da cara. Ser muito caro.
Ser todo olhos. Olhar muito atentamente.
Etimologia (origem da palavra olhos). Plural de olho, do latim oculus.i.

Seja

seja conj. Usa-se repetidamente, como alternativa, e equivale a ou: Seja um seja outro. Interj. Denota consentimento e significa de acordo!, faça-se!, vá!

Senhor

Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

Termos

substantivo masculino plural Condição, maneira apresentada por algo ou por alguém, num dado momento: nestes termos, não aceito o contrato.
Conteúdo escrito ou verbal: termos de um projeto, de uma conversa.
Expressão ou teor próprio de uma área, âmbito científico: termos técnicos.
Gramática Numa oração, o que expressa uma função: termos da oração.
[Matemática] O que compõe uma operação matemática: termos de uma subtração, de uma adição.
Etimologia (origem da palavra termos). Plural de termo, do latim terminus.i 'limite, fim'.

Verão

substantivo masculino Estação mais quente do ano, entre a primavera e o outono; no hemisfério sul (Brasil) vai de dezembro a março; no hemisfério Norte se inicia em junho e termina em setembro.
Por Extensão Estação das secas; estio.
Etimologia (origem da palavra verão). Do latim veranu; de ver, veris.

Verão V. ESTAÇÃO.

Verão Estação seca que vai da metade de abril até meados de outubro (Mt 24:32 e par.).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Malaquias 1: 5 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E os vossos olhos verão isto, e direis: O SENHOR seja engrandecido além das fronteiras de Israel.
Malaquias 1: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

430 a.C.
H1366
gᵉbûwl
גְּבוּל
a fronteira
(the border)
Substantivo
H1431
gâdal
גָּדַל
crescer, tornar-se grande ou importante, promover, tornar poderoso, louvar, magnificar,
(and make great)
Verbo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3478
Yisrâʼêl
יִשְׂרָאֵל
Israel
(Israel)
Substantivo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H5869
ʻayin
עַיִן
seus olhos
(your eyes)
Substantivo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H7200
râʼâh
רָאָה
e viu
(and saw)
Verbo
H859
ʼattâh
אַתָּה
você / vocês
(you)
Pronome


גְּבוּל


(H1366)
gᵉbûwl (gheb-ool')

01366 גבול g ebuwl̂ ou (forma contrata) גבל g ebul̂

procedente de 1379; DITAT - 307a; n m

  1. fronteira, território
    1. fronteira
    2. território (porção de terra contida dentro dos limites)
    3. região, território (da escuridão) (fig.)

גָּדַל


(H1431)
gâdal (gaw-dal')

01431 גדל gadal

uma raiz primitiva; DITAT - 315; v

  1. crescer, tornar-se grande ou importante, promover, tornar poderoso, louvar, magnificar, realizar coisas grandes
    1. (Qal)
      1. crescer
      2. tornar-se grande
      3. ser magnificado
    2. (Piel)
      1. fazer crescer
      2. tornar grande, poderoso
      3. magnificar
    3. (Pual) ser educado
    4. (Hifil)
      1. tornar grande
      2. magnificar
      3. fazer grandes coisas
    5. (Hitpael) magnificar-se

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

יִשְׂרָאֵל


(H3478)
Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

03478 ישראל Yisra’el

procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

Israel = “Deus prevalece”

  1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
  2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
    1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
    2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
    3. o nome da nação depois do retorno do exílio

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

עַיִן


(H5869)
ʻayin (ah'-yin)

05869 עין ̀ayin

provavelmente uma palavra primitiva, grego 137 Αινων; DITAT - 1612a,1613; n f/m

  1. olho
    1. olho
      1. referindo-se ao olho físico
      2. órgão que mostra qualidades mentais
      3. referindo-se às faculdades mentais e espirituais (fig.)
  2. fonte, manancial

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

רָאָה


(H7200)
râʼâh (raw-aw')

07200 ראה ra’ah

uma raiz primitiva; DITAT - 2095; v.

  1. ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar
    1. (Qal)
      1. ver
      2. ver, perceber
      3. ver, ter visão
      4. examinar, ver, considerar, tomar conta, verificar, aprender a respeito, observar, vigiar, descobrir
      5. ver, observar, considerar, examinar, dar atenção a, discernir, distinguir
      6. examinar, fitar
    2. (Nifal)
      1. aparecer, apresentar-se
      2. ser visto
      3. estar visível
    3. (Pual) ser visto
    4. (Hifil)
      1. fazer ver, mostrar
      2. fazer olhar intencionalmente para, contemplar, fazer observar
    5. (Hofal)
      1. ser levado a ver, ser mostrado
      2. ser mostrado a
    6. (Hitpael) olhar um para o outro, estar de fronte

אַתָּה


(H859)
ʼattâh (at-taw')

0859 אתה ’attah ou (forma contrata) את ’atta ou את ’ath feminino (irregular) algumas vezes אתי ’attiy plural masculino אתם ’attem feminino אתן ’atten ou אתנה ’attenah ou אתנה ’attennah

um pronome primitivo da segunda pessoa; DITAT - 189; pron pess

  1. tu (segunda pess. sing. masc.)