Enciclopédia de Números 15:38-38

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

nm 15: 38

Versão Versículo
ARA Fala aos filhos de Israel e dize-lhes que nos cantos das suas vestes façam borlas pelas suas gerações; e as borlas em cada canto, presas por um cordão azul.
ARC Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes que nas bordas dos seus vestidos façam franjas, pelas suas gerações: e nas franjas das bordas porão um cordão de azul.
TB Fala aos filhos de Israel e dize-lhes que nos cantos dos seus vestidos se lhes façam fímbrias durante as suas gerações, e que se ponham na fímbria de cada canto um fio azul.
HSB דַּבֵּ֞ר אֶל־ בְּנֵ֤י יִשְׂרָאֵל֙ וְאָמַרְתָּ֣ אֲלֵהֶ֔ם וְעָשׂ֨וּ לָהֶ֥ם צִיצִ֛ת עַל־ כַּנְפֵ֥י בִגְדֵיהֶ֖ם לְדֹרֹתָ֑ם וְנָֽתְנ֛וּ עַל־ צִיצִ֥ת הַכָּנָ֖ף פְּתִ֥יל תְּכֵֽלֶת׃
BKJ Fala aos filhos de Israel e dize-lhes que nas bordas das suas vestes façam franjas, pelas suas gerações; e nas franjas das bordas ponham uma faixa azul.
LTT "Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Que nas bordas das suas vestes façam franjas, pelas suas gerações; e nas franjas das bordas ponham um cordão de azul.
BJ2 "Fala aos filho de Israel: tu lhes dirás, para as suas gerações, que façam borlas nas pontas das suas vestes e ponham um fio de púrpura violeta na borla da ponta.[o]
VULG Loquere filiis 1sraël, et dices ad eos ut faciant sibi fimbrias per angulos palliorum, ponentes in eis vittas hyacinthinas :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Números 15:38

Deuteronômio 22:12 Franjas porás nas quatro bordas da tua manta, com que te cobrires.
Mateus 9:20 E eis que uma mulher que havia já doze anos padecia de um fluxo de sangue, chegando por detrás dele, tocou a orla da sua veste,
Mateus 23:5 E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens, pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes,
Lucas 8:44 chegando por detrás dele, tocou na orla da sua veste, e logo estancou o fluxo do seu sangue.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA

Infelizmente, na Antiguidade o sul do Levante não era conhecido por um único nome abrangente, mas por vários, dependendo de onde e de quando se fazia referência ao lugar.
O contrário acontecia: uma gama de termos bíblicos e/ou seculares designava a terra do Israel bíblico, não sendo possível supor que algum deles correspondesse completamente às fronteiras teológicas de Israel (ou um ao outro) nem se podendo aplicar qualquer deles a todo o período da história bíblica sem criar algum anacronismo.
Na Antiguidade, em muitos casos, nomes que antes haviam sido usados para denotar uma divindade ou um grupo populacional importante foram simplesmente emprestados e reaplicados para designar a entidade geopolítica em que aquele grupo estava. Por exemplo, o nome "Canaa" derivou dos cananeus; o nome "Palestina" deve sua existência aos filisteus; e "(a terra de) Hatti" originalmente designava uma série de cidades-estados neo-hititas situadas aproximadamente entre Carquêmis e Damasco, cujos habitantes parecem ser descendentes de Hete (e.g., Gn 10:15-1Cr 1,13) e/ou devotos do deus Hatti.37 O texto bíblico diz que tanto os cananeus quanto os hititas estavam entre os "ocupantes da terra" na época da colonização por Israel (Dt 7:1; Dt 3:10-12.8; cp. Gn 15:18-21; Ex 3:8-17), e sabe-se que os filisteus imigraram para aquela terra por volta de 1200 a.C.


CANAÃ
O termo Canaa/cananeu(s) é bem atestado em boa parte dos textos do segundo milênio a.C.38 A julgar por esse uso, parece que Canaã era o termo convencional para designar o sul da área que o Egito controlava na Ásia, em contraste com Amurru (a terra dos amorreus, ao norte do rio el-Kabir). Canaã se estendia das cidades de Gaza e Ráfia, no sul, até tão ao norte quanto o vale do rio el-Kabir e a localidade de Sumra/Simyra.3 De modo que o quadro geral que surge é que as citações, tanto em textos do Oriente Próximo quanto na Bíblia, revelam uma notável semelhança quando delineiam os limites de Cana (v. acima a análise sobre as fronteiras teológicas de Israel). Essa afirmação pode ter consequências quanto à antiguidade e à essencial historicidade daquelas narrativas que mencionam as fronteiras de Israel.
Antes das descobertas arqueológicas em Nuzi, em geral se acreditava que a palavra "Canaa" derivava de um verbo semítico com o sentido de "curvar/curvar-se/ser baixo", porque os cananeus ocupavam a região baixa perto do mar, em contraste com a região montanhosa dos amorreus (Nm 13:29; Js 5:1; cp. Is 23:11). Uma teoria relacionada é que Canaã era o lugar onde o sol "se curva" (se põe), de maneira que, por definição, um cananeu era alguém do oeste. Mas se descobriu que, em Nuzi, a palavra kinahhu" se refere a uma substância de cor púrpura avermelhada, extraída de conchas de múrex e usada no tingimento de tecidos, especialmente lã.
Os textos antigos estão repletos de referências à grande consideração dada a quem se vestia de púrpura. Por ser natural, ao invés de produzida pelo homem, a tintura de múrex tinha valor elevado, pois nunca desbotava. A lucrativa indústria do múrex se concentrava ao norte de Cesareia, no Mediterrâneo, onde as águas do mar regularmente lançavam na praia uma grande quantidade dessas conchas. No local de uma antiga fábrica de tintura, em Tiro, foi encontrado um grande número de conchas*2 e, em Dor, também se encontraram claros indícios do processo de tingimento.43 Os nomes de certos lugares cananeus nos arredores oferecem ainda outros indícios de que o tingimento de múrex era uma atividade econômica essencial. Por exemplo, o nome "Sarepta" vem de um verbo que tem o sentido de "tingir" e o nome "Zobá" é derivado de um verbo que denota o tingimento de tecido. Às vezes a própria palavra "cananeu" é traduzida por "comerciante/mercador"* Como consequência, parece preferível entender Canaã como "a terra da púrpura" e "cananeus" como "o povo da terra da púrpura" (ideia a partir da qual o conceito de comércio poderia facilmente derivar). Textos gregos nos mostram que, no primeiro milênio a.C., os herdeiros culturais dessa indústria de tintura foram denominados fenícios, nome que deriva da palavra grega phoinix ("púrpura"). Mesmo no Novo Testamento aparentemente "cananeu" e "fenício" ainda eram designativos um tanto quanto equivalentes (Mt 15:22 refere-se a uma mulher cananeia; o relato de Marcos sobre o mesmo acontecimento chama-a de siro-fenícia [Mc 7:26]). Parece, então, que as palavras "Canaa" e "Fenícia" têm apenas duas diferenças básicas: (1) a primeira é vocábulo semítico, ao passo que a segunda é de origem grega; (2) a primeira é empregada no segundo milênio a.C., enquanto a segunda passa a ser normativa no primeiro milênio a.C. Se levarmos esses dados à sua conclusão lógica, parece que a mesma palavra teve, no início, a conotação do processo de tingimento, com o passar do tempo foi estendida às pessoas envolvidas no processo e, por fim, englobou o território/província onde essas pessoas formavam um grupo bastante importante da população.

PALESTINA
Por motivos que ainda não estão claros para nós, por volta de 1200 a.C. boa parte do mundo bíblico experimentou uma séria turbulência política, provocada em grande parte por hordas de invasores a que fontes egípcias se referem como "povos do mar" Há muito os estudiosos vêm cogitando sobre o que provocou esse movimento de cerca de 14 povos na direção sudeste: denyen, lukka, shardanu, masha, arinna, karkisha, pitassa, kashka, akawasha, tursha, sheklesh, peleset (filisteus), tjekker e weshesh (essas grafias são aproximadas). Embora dois ou três desses povos também apareçam em textos mais antigos do Levante ou do Egito, parece que por essa época houve uma migração bem vasta. Esses povos foram desalojados devido a uma mudança climática que causou escassez de alimento, à turbulência política que cercou a batalha de Troia ou à invasão da Grécia pelos dórios, ou a algum outro fator? Qualquer que tenha sido o motivo, é provável que, antes de chegar ao coração do Egito, vários contingentes de povos do mar tenham sido responsáveis pela queda do Império Hitita, cujo centro de poder ficava na Ásia Menor, pela captura da ilha de Chipre e pela devastação e/ou reocupação de muitas cidades em todo o Levante: Ugarit, Alalakh, Carquêmis, T. Sukas, Tiro, Sidom, Hazor, Aco, Dor e um grande número de lugares na planície da Filístia. Mas os egípcios resistiram aos povos do mar, e seus textos indicam que os filisteus foram repelidos do território egípcio na direção nordeste,15 onde mais tarde habitaram o sudoeste de Canaã, que se tornou conhecido como planície da Filístia. O local de onde os filisteus emigraram também continua sendo objeto de debate.1 A tradição bíblica de que procederam de Caftor (Creta) não é decisiva, porque aquele texto declara que os filisteus foram trazidos de Caftor da mesma maneira que os israelitas foram trazidos do Egito (Am 9:7; cp. Gn 10:14-1Cr 1.12; Jr 47:4; Ez. 25.16; SF2.5). Ou seja, é possível que a Biblia não esteja indicando o lugar de origem de nenhum dos dois povos. Levando em conta certos aspectos da cultura material filisteia (caixões de defunto estilizados, cerâmica característica etc.) ou palavras bíblicas encontradas em narrativas sobre os filisteus (guerreiro, senhor, capacete, arca), alguns estudiosos defendem que os filisteus emigraram da Grécia. Outros, com base em épicos gregos e na tradução que a LXX faz de Caftor ("Capadócia") em Deuteronômio 2.23 e Amós 9.7, afirmam que os filisteus tiveram origem ao longo do litoral sudoeste da atual Turquia. Mas tudo isso continua sendo bastante especulativo, em parte devido à escassez de textos indubitavelmente filisteus e em parte porque os filisteus começaram a passar pelo processo de assimilação cultural logo depois de chegarem a Canaã. A única conclusão segura a que se pode chegar é que, como designação de uma entidade geográfica distinta, a palavra Palestina deriva dos filisteus.
Hoje em dia às vezes se diz que, como designação da terra de Israel, o termo "Palestina" surgiu só em meados do segundo século d.C., quando, como castigo político pela revolta de Bar-Kochba, o imperador Adriano deliberadamente adotou o nome dos antigos inimigos de Israel - os filisteus - e apenas o latinizou para criar conotações pejorativas óbvias.
De acordo com esse ponto de vista, o uso mais antigo de "Palestina" foi propaganda feita pelos romanos com fortíssimas implicações políticas antijudaicas. Nesse caso, então, qualquer uso que se faça atualmente da palavra Palestina para se referir à história antes da época de Adriano é, na melhor das hipóteses, perigosamente anacrônico e historicamente errôneo e, na pior, antibíblico e até mesmo antijudaico. Existem, contudo, dados que apontam em outra direção.
Para começar, o nome Palestina aparece 13 vezes em textos neoassírios ainda do reinado de Adade-Nirari III (810-782 a.C.), Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) e Sargão II (721- 705 a.C.)." É improvável que qualquer uma dessas citações vislumbrasse a terra de Israel como um todo (em contraste com a região da Filístia). Na realidade, em um dos textos, Palestina aparece em contraste tanto com Israel (literalmente " terra de Onri") quanto com Edom.5 No entanto, em 11 casos a palavra Palestina é imediatamente precedida pelo indicador semântico para "terra/país", o que é uma indicação inconfundível de que a referência é a uma entidade geográfica distinta. De modo semelhante, uma estatueta egípcia com data presumível da 27. dinastia (945-715 a.C.) traz inscrição que faz referência a um "encarregado de Cana e Palestina" (escrita PIst). Nesse caso, o termo Palestina está sendo usado em contraste com o território de Canaã. Pode-se observar mais uma vez que o termo aparece definitivamente num contexto geográfico/provincial (e não político).
Mais relevantes para essa controvérsia são, porém, os resultados de uma pesquisa por computador que pode ser feita no Thesaurus linguae graecae (TLG; University of California, campus de Irvine). Uma pesquisa de "Palestina" como nome próprio em textos escritos antes do fim do primeiro século da era crista revelou 196 citações completas em textos gregos ou latinos (excluindo-se possíveis atestações parciais da palavra Parte das extensas ruínas arqueológicas do período Palácio Novo (aprox. 1700-1400 a.C.) em Zakros, no litoral sudeste de Creta. Alguns especialistas creem que o lugar de origem dos filisteus pode ter sido Creta.


ISRAEL
O nome Israel deriva, em última instância, do patriarca Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn 32:28). Quando os descendentes do patriarca se tornaram escravos no Egito, a expressão "filhos de Israel" passou a ser frequentemente aplicada a eles (Êx 1:9-12; 2.23,25; 3:9-11; etc.). Mais tarde, o nome Israel veio a ser aplicado ao reino nortista de Efraim, em contraste com o reino sulista de Judá (1Rs 12:18-20; 1Cr 5:17; etc.). Posteriormente, após o desaparecimento do Reino do Norte, ocasionalmente "Israel" foi usado para se referir ao reino sulista de Judá (Jr 10:1). Assim mesmo, é difícil identificar uma passagem bíblica que use explicitamente a palavra Israel para denotar uma área geográfica específica. É claro que ocorre a expressão "terra de Israel" (1Sm 13:19-1Cr 22.2; 2Cr 2:17; Ez 40:2-47.18), mas ela sempre está ligada ao terreno ocupado ou a ser ocupado por alguns ou por todos os israelitas e, em consequência, a extensão dessa área sofre variação. Fora da Bíblia, "Israel" (i.e., o Israel da Bíblia) ocorre em três textos antigos. O mais antigo é uma estela de granito do quinto ano de Merneptah (1209 a.C.). Nessa tábua de granito há uma inscrição que menciona 1srael, mas ela está registrada de tal maneira que parece apontar para uma entidade étnica e, por esse motivo, a citação não oferece quase nenhuma ajuda na definição das fronteiras geográficas de Israel. Contudo, a Estela de Merneptah é a única testemunha extrabíblica de Israel antes do nono século a.C., quando o nome aparece em duas inscrições distintas. O Obelisco Negro está escrito em cuneiforme e data do sexto ano do rei assírio Salmaneser III (853 a.C.), quando Acabe forneceu 2 mil carros e 10 mil soldados para uma coalizão que lutou contra as forças de Salmaneser. A inscrição faz referência a Acabe como " rei de Israel" Poucos anos depois (c. 835 a.C.), o rei Messa de Moabe mandou inscrever, em uma estela de basalto, uma dedicatória à sua divindade, Camos; nessa inscrição ele se vangloriou de ter retomado o território que anteriormente havia sido conquistado por Onri, "rei de Israel" De acordo com a Bíblia, Messa de Moabe foi vassalo de Israel durante os dias de Onri e Acabe, mas se rebelou por ocasião da morte deste último (2Rs 3:4-5). Contudo, uma batalha ocorrida em seguida e registrada na Bíblia terminou com uma derrota moabita (2Rs 3:9-27). Numa tentativa de harmonizar a afirmação bíblica com a declaração de vitória registrada na estela de Messa, alguns estudiosos sustentam que a vitória de Messa sobre Israel ocorreu um pouco depois, durante o reinado de Jeoacaz. Nenhuma dessas duas inscrições do nono século a.C. fornece informações geográficas que permitam traçar fronteiras específicas para Israel. No entanto, ambas são bastante úteis, pois cada uma identifica explicitamente pelo nome pessoas que, na Bíblia, também são conhecidas como "rei de Israel. A Inscrição de Messa é ainda muito útil por ser rica em terminologia bíblica.

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

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Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

nm 15:38
Sabedoria do Evangelho - Volume 3

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 14
CARLOS TORRES PASTORINO
MT 9:20:22

20. Ora, uma mulher, que padecia há doze anos de hemorragia, veio por detrás dele e tocou-lhe a borla do manto.


21. porque, dizia consigo, "se lhe tocar somente o manto, ficarei curada".


22. Voltando-se Jesus e vendoa, disse: "Tem ânimo, filha, tua fé te curou". E desde aquela hora a mulher ficou sã.


MC 5:25-34


25. Ora, uma mulher que padecia há doze anos de um fluxo de sangue, 26. e que tinha sofrido bastante às mãos de muitos médicos, gastando tudo o que possuía sem nada aproveitar, antes ficando cada vez pior,


27. tendo ouvido falar a respeito de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocoulhe o manto,


28. porque, dizia: "se eu tocar somente sua veste, ficarei curada".


29. No mesmo instante, secou a fonte de sangue, e sentiu em seu corpo que estava curada de seu flagelo.


30. Conhecendo Jesus logo, por si mesmo, o poder que dele saíra, virando-se no meio da multidão perguntou: "Quem tocou meu manto"?


31. Responderam-lhe seus discípulos: "Vês que a multidão te comprime, e perguntas quem me tocou"?


32. Mas ele olhava ao redor para ver quem fizera isso.


33. Então a mulher, receosa e trêmula, cônscia do que nela se havia operado, veio, prostrou-se diante dele e declarou-lhe toda a verdade.


34. E Jesus disse-lhe: "Filha, a tua fé te curou; vai-te em paz e fica livre de teu mal".


LC 8:43-48


43. E uma mulher que por doze anos tinha um fluxo de sangue e que gastara com médicos todos os recursos vitais, tendo conseguido ser curada por nenhum,


44. chegando-se por detrás tocou-lhe a borda do manto; e imediatamente cessou fluxo de sangue.


45. Perguntou Jesus "Quem me tocou"? negando-o todos, disse Pedro: " a multidão te comprime e sufoca, e perguntas quem tocou"?


46. Mas Jesus disse: "Alguém me tocou, que percebi que de mim um poder".


47. Vendo a mulher que não tinha ficado despercebida, veio tremendo prostrar diante dele e declarou, na presença todo o povo, o motivo por que o havia tocado e como fora imediatamente curada.


48. E ele lhe disse: "Filha, tua fé te curou, vai-te em paz".


Interessante observar que os três sinópticos mantiveram a mesma ordem dos fatos, colocando a cura da hemorragia no percurso entre o local do pedido de Jairo e a casa dele.


Também aqui Mateus abrevia os fatos.


Observemos que não mais se trata de uma cura à distância (como a do servo do centurião), nem do toque intencional de Jesus (como, por exemplo, fez com a sogra de Pedro); trata-se de um contato com Sua roupa, e realizado de surpresa para Ele.


Nota-se que Marcos e Lucas, que assinalam que a filha de Jairo tinha doze anos, dão à doença da mulher, tal como Mateus, a mesma idade.


Ela consultara numerosos médico, sem obter resultado. Marcos acrescenta que "muito sofrera, gastando seus haveres e piorando cada vez mais", confirmando o que se lê na Mischna (tratado Qidduchin,

4:4) que "o melhor dos médicos é digno da geena" ... Mas Lucas, que também era médico, desculpa seus colegas, dizendo apenas "que não obtivera a cura".


O catamênio era considerado impureza legal (Levit. 15:15) e contaminava todos os que tocassem a enferma ou que fossem por ela tocados. Por isso a pobre mulher mantinha secreta sua enfermidade.


Seu pensamento intuitivo dizia-lhe que "se tocasse nem que fosse a borla (kráspedon) de seu manto (imátion), ela ficaria curada.


YHWH ordenara (NM 15:37-41 e DT 22:12) que nos cantos do manto, os israelitas deviam pendurar borlas de fios de lã branca, com um fio azul cada uma, a fim de recordarem os mandamentos e os observarem.


Sendo esvoaçante, o manto era mais fácil de ser tocado que a túnica presa à cintura e mais aderente ao corpo. E a enferma resolutamente abre passagem entre o povo que comprimia Jesus e toca-lhe o manto.


Imediatamente o Mestre sente que de seu corpo saiu um jato de fluidos (poderes) magnéticos curativos, atraídos (sugados) pelo ímã da fé poderosa. A fé plasma a forma mental da coisa desejada (cfr. HB 11:1), e esta funciona como um recipiente a vácuo, que atrai a si os elementos que o encherão; ou como um "fio-terra", que retira a eletricidade para derramá-la no solo.


Instintivamente indaga quem O tocou. Ninguém se acusa. E Pedro, temperamental, diz-lhe, quase em tom de reprimenda: "Mestre, a multidão te aperta, e perguntas quem te tocou"? Jesus então confessa a razão essa pergunta: sentiu a inesperada saída de fluidos curativos. Esta anotação é privativa do "médico"

Lucas, não tendo Marcos ousado incluí-la. em suas anotações.


Quando a mulher, que já se refizera de sua emoção ao sentir-se curada, viu que fora descoberta (talvez por um olhar mais penetrante de Jesus), confessou seu gesto. O Mestre não lhe faz a mínima restrição, limitando-se a atribuir todo o mérito do ocorrido à sua fé (cfr. Jerôn., Patrol. Lat. vol. 26, col. 58).


A essa mulher a Acta Pilati ou "Evangelho de Nicodemos" (cap. 7) dá o nome de Beronike e os textos latinos "Verônica". A lenda apoderou-se dessa figura e fez que ela, no percurso de Jesus para o calvário, lhe enxugasse o rosto suado e ferido, ficando Sua Face gravada no lenço (sudário) que mais tarde operou numerosas curas (cfr. Mors Pilati, 1; Vindicta Salvatoris, 22, 26, 27, 29 e 32, in "Los Evangelios Apócrifos", Biblioteca de Autores Cristianos, Madrid, 1956).


Observemos o que nos ensina esse fato material.


Em primeiro lugar, notemos que os três evangelistas o colocam na mesma posição: no percurso para a casa de Jairo, entre o pedido do pai e a cura da filha.


Além disso, os três assinalaram que a mulher sofria de seu catamênio havia DOZE anos; e também que a menina curada tinha exatamente DOZE anos.


Outros pormenores: o nome hebráico Yâ’yr (Jair, helenizado em Jairo) significa "o sexto". Ora, já vimos (vol. 2) que o número doze, no plano humano, exprime "o holocausto de si mesmo".


O simbolismo é intensificado pelo tipo da enfermidade: a perda de sangue, é a expiação da alma" (hebraico: ki-haddam hu bannephesh iakapher; grego: tò gàr haima autou anti psychês ecsilásetai; Levit. 17:11).


Realmente, o Levítico afirma, nesse local, que "a alma de toda carne é seu sangue" (vers. 11; hebraico: ki-nephesh habbassar baddam hu; grego: hê gàr psychê pasês sarkòs haima autou esti); e repete a mesma frase por duas vezes no versículo 14, numa das quais há pequena modificação, para que não paire dúvida: "porque (quanto) à alma de toda carne, o sangue é por sua alma" (hebraico: ki-nephesh kal-bassar damô benapheshô hu).


Parece, então, bem claro que a palavra "alma" (do latim ánima, porque sua função é animar o corpo) corresponde ao que atualmente é chamado, nos meios espiritualistas, de corpo astral, que é o que vivifica e anima o corpo físico. Assim como o duplo etérico toma sua forma visível no sistema nervoso, assim o corpo astral toma sua forma visível no elemento biológico denominado sangue: o sangue é a alma de qualquer animal.


Nós sabemos, com efeito, que o sangue passa constantemente pelo coração, em cujo nó de Kait-Flake e His está fixa, embora em outra dimensão, a Centelha Divina ou Mônada; aí o sangue capta as vibrações da Vida Divina, que leva a todos os mínimos recantos do corpo para vivificá-lo: se impedirmos a circulação sanguínea de qualquer membro, este se necrosa, porque onde não há sangue não há vida, pois não há alma. Além de buscar vida no coração, o sangue vai apanhar nos pulmões o prana (nitrogênio), para com ele alimentar as células, por mais microscópicas que sejam. Alimento importantíssimo e vital (embora não único), bastando lembrar que, enquanto as células podem viver até dias sem comer nem beber, não conseguem manter-se vivas senão alguns minutos, se parar a respiração, que as alimenta de prana.


Mas, como tudo em a Natureza é aproveitado, o sangue serve de veículo para, enquanto fornece alimento, recolher as impurezas, levando-as ao forno crematório dos pulmões, onde o oxigênio se encarrega de queimá-las na hematose. Veículo do prana (nitrogênio) parece que são os leucócitos (segundo o biologista Dr. Jorge Andréa) que, além disso tem a tarefa de combater os micróbios por meio a fagocitose.


Então verificamos que os dois principais elementos sanguíneos têm suas funções bem definidas: enquanto os leucócitos alimentam as células, lhes carreiam as impurezas e as defendem contra os invasores prejudiciais, as hemácias transportam os fluidos vitais, produzindo vida no corpo físico que, sem ele, se reduziria a simples cadáver.


Tendo, pois, o sangue essa importância vital, o máximo sacrifício que pode uma criatura fazer é derramálo para defender uma causa; e esse sacrifício serve de "expiação para a alma" (resgata os carmas dos erros do "espírito"). Daí o grande valor das primeiras testemunhas (mártires) do cristianismo, cujo sangue, cristãos" no dizer de Tertuliano, era "a semente de novos cristãos".


Feito esse preâmbulo, vejamos o simbolismo desse fato material passou no plano físico.


A mulher (elemento feminino, porque representa a "alma" que se manifesta no sangue) aproxima-se de Jesus (a individualidade) porque completara o resgate de seus erros, e já estava cansada de sofrer por causa deles. Compreendemos que se trata disso, pelo número DOZE apresentado, simbolizando o autosacrifício voluntário, realizado conscientemente para queimar os carmas dolorosos do passado com o derramamento do próprio sangue (que faz "expiação" pelo espírito).


Nenhum médico terreno conseguira estancar o sangue, antes do final do resgate. Com efeito, por mais sábia e santa que seja a entidade, encarnada ou desencarnada, ela não conseguirá libertar quem quer que seja de seus resgates, se não tiver chegado o tempo: só a própria criatura poderá fazê-lo.


Chegado esse tempo, a alma vai, silenciosa e ocultamente (porque qualquer contato deve ser secreto) em busca do Encontro com a individualidade, dizendo: "por menor que seja esse contato, por mais rápido que seja, ficarei liberta de minhas dores". Busca então tocar (entrar em contato) com "a borla de seu manto" (é pelas pontas que melhor se escoa o magnetismo). Aí alma crê que ao entrar na vibração da plano da individualidade, certamente terá "estancada a fonte de sangue", ou seja, o kyklos anánke" (ciclo fatal) do carma.


Acredita, também, que todo o seu agir permanecerá secreto, não contando com a sabedoria da individualidade.


Mas sua própria fé, que forma como que um vácuo, atrai a si com força o magnetismo espiritual do Cristo Interno. Sua aspiração é satisfeita de todo, e o espírito lhe dá a paz tão desejada, esclarecendolhe que todo o merecimento desse Encontro rápido cabe totalmente à sua fé. No ato material, Jesus faz questão de que o ato se torne público a fim de não perder o ensejo de uma lição preciosa. Daí ter confessado que "sentiu sair de si um fluido", a fim de provocar a confissão da beneficiada, e com isso dar-nos o ensinamento.


nm 15:38
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 12
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 22:34-40


34. Mas os fariseus, ouvindo que silenciara os saduceus, reuniram-se em grupo 35. e, experimentando-o, um deles, doutor da lei, perguntou:

36. Mestre, qual o grande mandamento da lei?

37. Ele disse-lhe: "Amarás o senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua inteligência;

38. este é o grande e primeiro mandamento.

39. Mas o segundo é semelhante a este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

40. Nestes dois mandamentos, toda a lei e os profetas estão suspensos.

MC 12:28-34


28. e chegando um dos escribas, tendo ouvido a discussão deles, e vendo que belamente lhes respondera, perguntou-lhe: Qual o primeiro mandamento de todos?

29. Respondeu Jesus: "O primeiro é: Ouve, Israel, um Senhor é nosso Deus, o Senhor é um,

30. e amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, e com toda a tua alma, e com todo o teu intelecto, e com toda a tua força.

31. O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior que estes".

32. e disse-lhe o escriba: Bem disseste, Mestre, na verdade, que Um é, e não há outro além dele,

33. e o amá-lo com todo o coração e com toda a inteligência, e com toda a força, e o amar ao próximo como a si mesmo, é maior que todos os holocaustos e sacrifício".

34a E vendo Jesus que inteligentemente respondera, disse-lhe: "Não estás longe do Reino de Deus".




Já haviam todas as classes feito o interrogatório: fariseus, seus discípulos, herodianos, escribas e saduceus.


Todos haviam ficado inibidos diante da prontidão das respostas e da Sabedoria que revelavam.


Adianta-se, então, um doutor da lei, que Mateus classifica como nomikós (única vez que nele aparece esse título, embora Lucas o empregue seis vezes), que exprimia uma classe diferente e mais elevada que os simples escribas (grammateús). Os nomikói eram quase juristas, exegetas, ou mesmo "doutores" no sentido legítimo da especialidade das leis.


Pelo que lemos em Marcos, estava admirado da Sabedoria de Jesus (talvez fosse um dos que O haviam elogiado abertamente: "falaste bem" (LC 20:39). Quer "experimentá-Lo (peirázôn), aqui mais no sentido de "senti-Lo". E pergunta qual o grande mandamento (Mat.) ou o primeiro (Marc.), que antecede os demais.


Ora, os "mandamentos" eram exatamente 613, sendo dois "yahwistas" que rezavam: "Eu sou o Senhor teu Deus", e "Não adorarás outro Deus além de mim". E mais 611 "mosaicos". Observe-se que a palavra que exprime "lei" é TORAH, e como os números, em hebraico, são expressos com as letras do alfabeto (veja "Sabedoria" número 57, de setembro de 1968), temos exatamente que TORAH dá a soma
611, ou seja: thau = 600; vau = 6; resh = 200 e hê = 5 (600 - 6 + 200 + 5 = 611). Desses 613 mandamentos,
248 eram positivos ("faze" miswôth "aséh) e 365 negativos ("não faças" miswôth lô ta

"aséh).


Jesus cita as palavras de Deuteronômio (Deuteronômio 6:4), - apenas substituindo forças", do original, por "inteligência" - que são as primeiras do Shêma. O shêma (é a primeira palavra do trecho que significa "escuta") era constituído dos seguintes textos: DT 6:4-9; DT 11:13-21; NM 15:34-41. Nos manuscritos e nas Bíblias em hebraico, a letra "ayn, da palavra shêma ("escuta") e o dálet da palavra "ehâd ("um") são escritas em tamanho maior, a fim de destacar a importância do versículo; essas duas consoantes unidas compõem o vocábulo

"êd ("testemunha") porque Israel deve ser a testemunha de YHWH diante dos povos.


Todo israelita deve recitar esses textos duas vezes por dia, de manhã, ao nascer do sol, e à tarde, ao sol-pôr. Por isso, escreviam-nos em pergaminho, que colocavam em caixetas, presas a correias. Estas eram amarradas em torno do antebraço esquerdo, na altura da coração, e na testa, entre os olhos: é o chamado tephillin ("orações") em aramaico, totaphôt em hebraico e phylacterion ("amuleto") em grego.


O hábito de pendurar o philactérion vem da interpretação literal do Deuteronômio (Deuteronômio 6:8) quando, ao falar dos mandamentos, lá se acha escrito: "amarrá-los-ás em tua mão para te servir de sinal e serão como um frontal entre teus olhos" (cfr. EX 13:9). Jerônimo, já na 4. º século anota (Patrol. Lat. vol. 26, col. 168) que essas palavras são metafóricas, e não devem ser interpretadas à letra, como faziam a "beatas" de seu tempo (superstitiosae muliérculae), que carregavam ao peito cruzes, livretos, "breves", etc.


As palavras citadas por Jesus eram sabidas de memória por qualquer israelita. No entanto, por sua conta, sem ser interrogado, acrescenta o "segundo" mandamento, o amor ao próximo, prescrito por Moisés (LV 19:18). E sublinha, com ênfase, que, "pendurados" (krématai) nestes dois mandamentos estão toda a lei e os profetas, pois não há outro mandamento que seja maior que estes.


O doutor da lei rendeu-se de corpo e alma, como bem anotou Victor de Antióquia no 5. º século: abriuse seu espírito para receber o impacto do fluxo crístico, e elogia o Nazareno diante de todos os seus colegas: "Mestre, disseste bem, na verdade, que UM é". Como bom israelita, não podia proferir o nome sagrado.


E conclui: "Amar a Deus e ao próximo vale mais que todos os holocaustos e sacrifícios". E aqui demonstra concordar com o que disseram os profetas (cfr. 1SM 15:22; PV 21:3; JR 7:21-23; Os. 6:6).


Jesus penetra-o com olhar profundo e atesta: "Não estás longe do Reino de Deus"!


Diante dessa lição categórica deveriam terminar - se os homens tivessem real evolução - todas as discussões e distinções religiosas. Que importa se alguém presta homenagem a Deus de modo diferente do que eu faço? O que importa é amá-lo acima de tudo, com todo o coração (Kardía, Espírito), com toda a alma (psychê, sentimento) e com toda a inteligência; (diánoia, racionalidade). São as três divisões clássicas: o coração que representa a Centelha Divina, que se individualiza em pneuma (Espírito); a alma que exprime a vida que o espírito fornece à personagem, e a inteligência como símbolo dessa mesma personagem incarnada, na qualidade de sua faculdade mais elevada e dirigente do corpo físico (sôma).


O ensino joga em profundidade, recomendando a fidelidade absoluta e o amor total ao nosso deus: ama o TEU DEUS. Onde e quando não havia possibilidade de aprofundamentos teológicos a respeito da Divindade (o Absoluto Imanifestado), mister se tornava uma representação palpável e sensível, na pessoa do Espírito-Guia da raça: YHWH. Toda Revelação tem que ser feita proporcionalmente à capacidade daqueles que a recebem, senão se perde. Não pode ensinar-se cálculo integral nem teoria dos "quanta" a. quem ainda se esforça por decorar a tabuada de multiplicar. Não há cabimento em teorizar com argumentos metafísicos diante de espíritos primários. O aprofundamento era reservado aos discípulos da Assembleia do Caminho. E justamente porque o "doutor da lei" deu mostra de haver penetrado o âmago do ensino, diz-lhe o Mestre que "não se acha longe do Reino de Deus".


A sequência dada por Jesus aos dois mandamentos é de molde a fazer, nos compreender que a ligação é íntima entre eles. O "nosso" Deus habita em cada um de nós. Cada criatura, pois, é a manifestação de "nosso" Deus. E como ainda não conseguimos amar sem conhecer (nihil vólitum quin cógnitum), e como é impossível a nós, seres finitos, "conhecer" o infinito temos que amar o "nosso" Deus com todo nosso Espírito, nossa Alma e nossa inteligência, POR MEIO DO AMOR A NOSSO PRÓXIMO, que é também a exteriorização do "nosso" Deus.


Qualquer outro preceito é secundário, e nada vale, se este não for vivido a cada minuto-segundo de nossa vida.


Ações externas - holocaustos e sacrifícios, preces e reuniões mediúnicas, missas e cultos, pregações e esmolas - nada valem, se não estiverem "penduradas" (como é expressivo o termo krématai!) nesse mandamento maior, primeiro e básico. O amor é superior à oração: "se estiveres no altar... e te lembrares que teu irmão tem alguma queixa contra ti, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão, e depois vem orar" (MT 5:23-25). Leia-se, também, 1. ª Coríntios, capítulo 13.


O discípulo que SABE isso e que já consegue VIVER esses preceitos, desconhece raivas, despeitos, ofensas, desprezos, vaidade, mágoas, ressentimentos, numa palavra, todas essas infantilidades, tão próprias do homem do mundo, cuja personalidade cresce em prejuízo do Espírito. O discípulo deve amar a Deus acima de tudo, tudo perdoando, tudo relevando, tudo compreendendo, porque seu amor a Deus é superior a qualquer contingência. Por isso, não trairá jamais a tarefa que lhe foi confiada, não a abandonará e não a desviará de sua meta, ainda que tenha que carregar sozinho sua cruz, morrendo para o mundo: renascerá para a plena vida do amor espiritual!


A humanidade precisa compreender o que é "amar a Deus", o que é entregar-se de corpo e alma, por amor ao serviço prestado aos semelhantes, distribuindo de si mesmo a seiva do conhecimento e da própria vida.


O Mestre ensinou e praticou. Deu o preceito e o exemplo. Explicou a lição e viveu-a: abandonado, perdoou a todos os que o abandonaram (mas que voltaram depois das "dores") e até a quem pretendia tornar política Sua missão espiritual e mudar os rumos dos acontecimentos que haviam sido predeterminados pelas Forças Superiores. Seu Amor tudo superou, porque Seu amor se dirigia, em primeiro lugar, ao Pai, "acima de tudo", e em segundo lugar "ao próximo; esse amor ao próximo que perdoa, releva, desculpa e esquece, mas nem por isso se deixa envolver para trair as ordens recebidas do Alto.


O testemunho de Jesus para o doutor, é de que "não estava longe do Reino de Deus": realmente a compreensão é o primeiro passo para conduzir-nos à ação. E uma vez liberadas as forças ativas do progresso, a própria lei de inércia não nos deixa mais parar a meio do caminho.


Ensino de alta relevância para as Escolas iniciáticas: a meta está acima de tudo, e TUDO o que atrapalhar a caminhada deve ser sacrificado, tem que ser dominado, vencido e esquecido.



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Números Capítulo 15 do versículo 1 até o 41
SEÇÃO III

AS EXPERIÊNCIAS NO DESERTO

Números 15:1-19.22

A. OS ANOS DE OBSCURIDADE

  1. O Povo Peregrinante

Com a batida do martelo do julgamento, Israel entrou num período de peregrinação no deserto que durou quase 38 anos.1 Para complicar ainda mais os problemas históri-cos, daqui em diante há uma interrupção total de acontecimentos ocorridos durante este período. Nem as Escrituras nem os estudiosos explicam. É como se Moisés tivesse propo-sitadamente puxado a cortina, sentindo que não se deveria contar a história de um povo sob tão severo julgamento divino.'

Em conseqüência disso, os historiadores são forçados a especular detalhes sobre esta geração. Pode ser que a palavra "peregrinação" seja suficientemente descritiva para dizer tudo que Deus queria mostrar sobre o que aconteceu. Talvez fosse melhor que a história completa e sofrida não fosse revelada.

  1. Algumas Sugestões

Existem certas indicações que não devem ser negligenciadas. Moisés testemunha que durante este período Deus não abandonou completamente os israelitas. Ao longo de todo o tempo, tinham, para comer, o maná divinamente dado e, para vestir, as rou-pas divinamente conservadas. A roupa não envelheceu nem as sandálias se gastaram ou os pés incharam (Dt 8:2-6; 29.5,6). Josué nos oferece insight adicional, quando reve-la que o rito da circuncisão não foi observado durante esta época (Js 5:2-8). Presumi-mos que os outros ritos religiosos foram descontinuados. Está claro que a Páscoa não foi celebrada entre os anos em que os israelitas deixaram o Sinai e chegaram à terra de Canaã (Js 5:10). Não há dúvida de que houve observância rígida de outras leis e orde-nanças, como as pertinentes ao sábado (15:32-36).

As limitações na vida religiosa da comunidade não devem nos levar a crer que inexistam lições a aprender com estes anos de peregrinação. Moisés estava firme na convicção de que Deus tinha propósito para tudo (cf. Rm 8:28). Ele escreveu:

Lembrem-se de como o SENHOR, o seu Deus, os conduziu por todo o caminho no deserto, durante estes quarenta anos, para humilhá-los e pô-los à prova, a fim de conhecer suas intenções, se iriam obedecer aos seus mandamentos ou não. Assim, ele os humilhou e os deixou passar fome. Mas depois os sustentou com maná, [...I para mostrar-lhes que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca do SENHOR (Dt 8:2-3, NVI; cf. ARA; NTLH).

3. O Curso dos Acontecimentos

O registro em Deuteronômio 1:46 indica que, logo após a derrota humilhante às mãos dos exércitos da região montanhosa, os israelitas permaneceram em Cades por "muitos dias"? Só mais tarde seguiram a ordem de Deus: Caminhai para o deserto em direção ao mar Vermelho (14.25). Pelo que deduzimos, no decorrer dos anos que se seguiram não havia acampamento organizado. As famílias provavelmente se espalhavam de acordo com suas inclinações individuais. Mesmo assim, deve ter havido um centro, mudando-se de quando em quando, onde a arca ficava e onde Moisés e Arão ficavam. É indubitável que o acampamento não tinha todas as características organizacionais que foram estabelecidas no Sinai. Presumimos que a frase toda a congregação (20.1), que voltou a Cades ao término dos 38 anos, se referia, mais exatamente, a um reagrupamento e que alguns israelitas (se não todos) podem ter ficado perto de Cades durante o tempo inteiro.

Os assuntos tratados nesta seção (caps. 15-19) são o único registro que temos do que aconteceu no transcurso dos 38 anos. São informações extremamente limitadas e não alistadas em ordem cronológica ou datadas de qualquer modo. Por conseguinte, pou-co ajudam na composição das ocorrências destes febris anos de julgamento.' Devem ser vistos como acontecimentos isolados que Moisés incluiu no registro pelo valor que pres-tam às lições que Deus queria que Israel aprendesse. As leis apresentadas ou repetidas eram prefaciadas pelas palavras: Quando entrardes na terra das vossas habita-ções (15.2). Tais dizeres projetavam intencionalmente os pensamentos do povo no futu-ro. Estes acontecimentos, embora tenham suas origens no cenário do deserto e ocorram sob circunstâncias de julgamento, são da maior significação quando revelam os incalcu-láveis valores espirituais e morais.

B. A REVISÃO DE CERTAS LEIS, 15:1-41

1. As Ofertas com Cheiro Suave (15:1-16)

Pelo que deduzimos, a razão para a repetição das instruções relativas às ofertas de sacrifícios (cf. Lv 1:3) — além da questão secundária de fixar a quantidade de óleo, farinha e vinho — era realçar a verdade de que todas as ofertas tinham de ser um cheiro suave ao SENHOR (3,7,10,13,14).

Esta razão expressa a idéia de que Deus sente o "suave cheiro" (Gn 8:21) sempre que uma oferta verdadeira lhe é apresentada.' O Novo Testamento retrata que Cristo é uma Oferta deste tipo (Ef 5:2). Também destaca que os cristãos devem dedicar a vida a Deus de maneira plena e total (Rm 6:13) e lhe apresentar seu serviço como "cheiro de suavida-de" (Fp 4:18). A lição não dá margem a dúvidas: os elementos que Deus requer numa oferta para que lhe seja aceitável devem estar em primeiro lugar na mente humana.

Há a indicação de que, com este tipo de sacrifício (comparando com o holocausto), o próprio adorador participava de certa porção da oferta.' Por conseguinte, a preparação mais ampla do sacrifício, com providências para deixá-la saborosa, tornava o ato de ado-ração mais satisfatório e agradável para a pessoa envolvida. A verdadeira adoração dá ao indivíduo este senso de realidade. Quando isto ocorre, Deus é solto dos laços do ritualismo e é apreciado em companheirismo e comunhão. Pelo que deduzimos, Moisés estava ressaltando um dia futuro, quando, livre das limitações que o deserto impunha na adoração, Israel desfrutaria das agradáveis bênçãos da adoração de Deus. Este é o tipo de adoração que Jesus enfatizou séculos depois (Jo 4:5-15).

As leis e princípios de adoração tinham de ser universais. Aplicavam-se ao estran-geiro e ao peregrino (16), bem como ao israelita nativo.

  1. A Mordomia em Casa (15:17-21)

Esta passagem não está muito clara. Pelo visto, a ênfase está na mordomia, sobretu-do na oferta que vinha de casa. Comprovamos aqui o princípio da mordomia humana perante Deus: Acontecerá que, quando comerdes do pão da terra, então, oferecereis ao SENHOR oferta' (19). Quem tem o privilégio de desfrutar as bênçãos da vida recebidas diretamente das mãos de Deus precisa ter certas responsabilidades.

A lei da oferta das primícias da eira (20) já fora previamente definida com clareza (Lv 2:14). Neste texto, inclui também as primícias das vossas massas (21) de casa. Esta norma amplia a idéia de mordomia; além dos aspectos "industriais" e "agrícolas" da vida, abrange o indivíduo e a família.

A oferta das "primícias" também está identificada com o "dízimo" ou um décimo (Lv 27:30-33; Dt 26:1-15). Esta é a maneira ordenada por Deus na qual os filhos de Deus expressam a mordomia, sendo também o plano ordenado por Deus para susten-tar sua obra.

  1. A Responsabilidade Moral (15:22-36)

A maior preocupação de Moisés neste trecho era comparar dois tipos de pecado.

O primeiro é o pecado cometido por erro (24; "por ignorância", ARA; "sem inten-ção", NVI) sem o conhecimento da congregação. O texto descreve as providências que devem ser tomadas para que o "pecado de ignorância" seja posto sob a expiação de Deus: a favor da congregação (24-26) e a favor do indivíduo (27-29).

O segundo pecado é o cometido à mão levantada (30; "de propósito", NTLH), ou em atitude de desafio contra Deus e sua lei (cf. NVI). A pessoa que peca consciente e acinto-samente será extirpada do meio do seu povo (30). Recebe esta pena porque despre-zou a palavra do SENHOR (31). Temos ilustração desta norma quando acharam um homem apanhando lenha no dia de sábado (32). Tratava-se de caso extremamente fácil. Julgaram alguém que conhecia a lei (Êx 31:14-15; 35.2,3) e que indubitavelmente tivera ampla oportunidade de ver a lei em ação. Apesar disto, ele desprezou a lei e desa-fiou Deus. Em ação julgadora, toda a congregação o apedrejou fora do arraial (36).

Nesta passagem, está nitidamente esboçado um princípio universal relacionado ao pecado. O pecado é moral, ou seja, se relaciona com a escolha do homem segundo o nível do seu conhecimento da lei e conforme o grau de sua intencionalidade ao desobe-decer a Deus.

Os pecados alistados aqui ilustram os dois extremos. De um lado, temos o ato com-pletamente inadvertido, no qual não havia conhecimento de que era pecado nem existia a vontade de cometê-lo. O outro extremo é o pecado que arruína a graça de Deus e desa-fia tudo o que Deus diz ou quer (cf. Rm 1:18-31; Hb 10:26-31; 2 Pe 2.20,21). No entre-meio, há muitas nuanças e matizes de pecado, envolvendo mais ou menos conhecimento e mais ou menos graus de rebelião. Para todos estes pecados há perdão, exceto para a apostasia mais extrema: a blasfêmia contra o Espírito Santo (Mt 12:31-32; 1 Jo 5:16).

4. O Testemunho Público (15:37-41)

Deus ordenou que o povo fizesse franjas nas bordas das suas vestes (38). Estes enfeites tinham o propósito de fazer os israelitas lembrarem de todos os mandamen-tos do SENHOR para cumpri-los, não seguirem após o seu coração (39) e serem santos ao seu Deus (40).

"O judeu ortodoxo ainda usa o talete — um manto oblongo com um buraco no meio para passar a cabeça e uma borla em cada ponta."

O testemunho visível e audível das experiências espirituais internas que o crente tem com Deus é parte importante do evangelho do Novo Testamento (At 1:8). Tinha sua contraparte cerimonial neste dia antigo. Os fariseus dos dias de Jesus aumentaram as borlas além das proporções razoáveis para que "testemunhassem" com mais ostentação.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Números Capítulo 15 versículo 38
Nos cantos das suas vestes façam borlas:
Elas serviam como recordatório dos mandamentos dados por Deus. Ainda hoje, são usadas pelos judeus ortodoxos. Dt 22:12; Mt 23:5.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Números Capítulo 15 do versículo 1 até o 41
*

15.1-41

A localização do conteúdo deste capítulo — entre a derrota desastrosa às mãos dos amalequitas e cananeus (14.39-45) e a rebelião de Coré (cap.
16) — é significativa. Ao dar este capítulo de leis acerca do comportamento apropriado dos israelitas na terra (v. 2), Deus assegurou a Israel que, a despeito de suas falhas e rebeldias, Deus continuava planejando dar-lhes a terra de Canaã.

* 15:1

Quando entrardes na terra... que eu vos hei de dar. Essa expectação é uma das chaves deste capítulo.

* 15.22-29

Sacrifícios de expiação pelos pecados por ignorância são aqui determinados. A comunidade inteira (vs. 24-26) ou um indivíduo isolado (v. 27) podiam ser responsáveis por tais transgressões, p.ex., de mandamentos rituais como aqueles que aparecem nos vs. 1-21.

* 15:30

fizer alguma coisa atrevidamente. Ver referência lateral. Aqui é instituído o tratamento que cabia ao indivíduo que pecasse desafiadoramente: primeiramente a regra (vs. 30 e 31), e então a ilustração daquele que quebrasse o sábado (vs. 32-36).

eliminada. Ver nota em Lv 7:20.

* 15.37-41

Borlas com fios azuis deviam ser afixadas às vestes como lembretes para que o povo fosse santo e guardasse os mandamentos de Deus (v. 40).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Números Capítulo 15 do versículo 1 até o 41
15:30, 31 Deus estava disposto a perdoar a aqueles que tivessem cometido enganos não intencionais se se davam conta de seus enganos rapidamente e os corrigiam. Entretanto, os que pecavam deliberadamente recebiam um julgamento mais severo. O pecado intencional surge de uma atitude imprópria para Deus. Um menino que conscientemente desobedece a seus pais está desafiando sua autoridade e os obriga a responder. Neste caso se tem que trabalhar tanto com a atitude como com a ação.

15.32-36 O apedrejamento de um homem por recolher lenha no dia de repouso parece um castigo severo, e foi. Este ato foi um pecado deliberado, desafiando a lei de Deus que proibia trabalhar no dia de repouso. Possivelmente o homem tentava adiantar-se a todos outros, além de quebrantar o dia de repouso.

15:39 A idolatria está enfocada na gente mesmo, concentrando-se no que uma pessoa pode obter ao servir a um ídolo. esperava-se que os deuses proporcionassem boa sorte, prosperidade, larga vida e êxito na batalha. Assim também como o poder e o prestígio. A adoração a Deus é o oposto. Os crentes deverão ser desprendidos e não egocêntricos. Em lugar de esperar que Deus nos sirva, temos que servi-lo ao, e não esperar algo em recompensa. Servimos a Deus pelo que O é, não pelo que possamos obter.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Números Capítulo 15 do versículo 1 até o 41
V. OS anos de peregrinação no deserto (N1. 15: 1-20: 29)

A. cerimonial FÓRMULA (15: 1-31)

1 E o Senhor disse a Moisés, dizendo: 2 Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando entrardes na terra da vossa habitação, que eu vos hei de dar, 3 e fará uma oferta queimada ao Senhor, holocausto, ou sacrifício, para cumprir um voto, ou como oferta voluntária, ou nas vossas festas fixas, para fazer um cheiro suave ao Senhor, do rebanho, ou do rebanho; 4 então ele deve que oferecer sua oferta oferta ao Senhor uma oferta de cereais de uma décima parte de um efa de flor de farinha misturada com a quarta parte de um him de azeite: 5 e vinho para a oferta de libação, a quarta parte de um hin tu deverás preparar com o holocausto, ou para o sacrifício, para cada cordeiro. 6 Ou para um carneiro preparar para oferta de cereais dois décimos de efa de flor de farinha misturada com a terça parte de um him de azeite: 7 e para a oferta de libação tu oferecer a terça parte de um him de vinho, de cheiro suave ao Senhor. 8 E, quando preparares novilho para holocausto, ou para o sacrifício, para cumprir um voto, ou para a consolidação da paz ofertas ao Senhor, 9 , em seguida, ele deve oferecer ao novilho uma oferta de cereais de três décimos de efa de flor de farinha misturada com a metade de um him de azeite: 10 e oferta tu para a oferta de libação metade de um him de vinho, para uma oferta queimada, de cheiro suave ao Senhor.

11 Assim se fará com cada novilho, ou para cada carneiro, ou com cada um dos cordeiros, ou das crianças. 12 De acordo com o número que haveis de preparar, assim fareis a cada um conforme o seu número . 13 Todos os que estão home-nascido deve fazer essas coisas desta maneira, ao oferecer oferta queimada, de cheiro suave ao Senhor. 14 E quando o estrangeiro peregrinar com você, ou quem quer que estiver entre vos nas vossas gerações, e ele oferecer uma oferta queimada, de cheiro suave ao Senhor; como vós fizerdes, assim fará. 15 Para a montagem, haverá um mesmo estatuto para vós e para o estrangeiro que peregrinar convosco , estatuto perpétuo nas vossas gerações: como vós, assim será o peregrino perante o Senhor . 16 Uma mesma lei e uma mesma ordenança haverá para vós e para o estrangeiro que peregrinar convosco.

17 E o Senhor disse a Moisés, dizendo: 18 Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando entrardes na terra vos hei de introduzir, 19 , em seguida, será que, que, quando comerdes do pão da terra , haveis de oferecer uma oferta alçada ao Senhor. 20 Das primícias da vossa massa oferecereis um bolo para uma oferta alçada; como a oferta alçada da eira, e sereis bem oferecereis. 21 Of o primeiro de seu massas dareis ao Senhor uma oferta alçada nas vossas gerações.

22 E, quando vierdes a errar, e não observar todos estes mandamentos, que o Senhor tem falado a Moisés, 23 , mesmo tudo o que o Senhor ordenara por intermédio do Moisés, desde o dia que o Senhor deu ordem, e daí em diante pelas vossas gerações,24 , em seguida, ela deve ser, se ele ser feito sem querer, sem o conhecimento da congregação, toda a congregação oferecerá um novilho para holocausto em cheiro suave ao Senhor, com a sua oferta de cereais, ea oferta de libação ., de acordo com a ordenança, e um bode para oferta pelo pecado 25 E o sacerdote fará expiação por toda a congregação dos filhos de Israel, e eles serão perdoados; pois era um erro, e trouxeram a sua oferta, oferta queimada ao Senhor, eo seu sacrifício pelo pecado perante o Senhor, para o seu erro: 26 e toda a congregação dos filhos de Israel será perdoado, eo estrangeiro que peregrinar entre eles; , em benefício de todas as pessoas que foi feito sem querer.

27 E, se uma pessoa pecado sem querer, então ele oferecerá uma cabra de um ano, para uma oferta pelo pecado. 28 E o sacerdote fará expiação pela alma que peca, quando pecar sem querer, perante o Senhor, para fazer expiação por ele; e ele será perdoado. 29 Haverá uma mesma lei para aquele que pecar sem querer, para ele, que é nascido em casa entre os filhos de Israel, e para o estrangeiro que peregrina entre eles. 30 Mas a pessoa que fizer alguma coisa com um mão alta, seja ele casa-nascido ou um estrangeiro, blasfema ao Senhor; e essa alma será extirpada do seu Pv 31:1 por haver desprezado a palavra do Senhor, e quebrado o seu mandamento, que alma totalmente destruído; sua iniqüidade será sobre ele.

Parece que o Senhor está agora a dar os israelitas um curso preparatório especial no ritual levítico para o momento em que entra a terra. É evidente que certas fases das ofertas aqui especificadas não foram destinados para o deserto, mas sim para a terra prometida. Trazendo uma oferta ao Senhor (v. Nu 15:3) significa

uma oferta ou um presente pelo qual uma pessoa tem acesso a Deus, e este recebe a luz do costume universal que prevalece no leste, nenhum homem de ser autorizado a aproximar-se a presença de um superior sem um presente ou um presente; a oferta, portanto, trouxe foi chamado korban , o que significa propriamente a oferta introdução ou a oferta de acesso.

A instrução dada aqui é uma repetição daquilo que tem sido dada antes (ver Lev. 1-7 ). Um escritor disse:

Há pouco nestas regras que ainda não está contida nas leis dadas no Sinai para os sacerdotes. O objetivo desta seção é um indireto. Ele chama a atenção para a certeza de que Deus vai trazer o Seu povo à Terra Prometida (conforme versículos 2:18 ). Apenas quando eles falharam miseravelmente, e toda uma geração foi condenado a morrer no deserto, estresse específico é colocada sobre o plano de Deus para o Seu povo em Canaã, e meios indiretos de dar-lhes a garantia de que suas promessas serão realizadas no devido tempo.

A quantidade de refeição e farinha foi determinada pelo tamanho do sacrifício. Um cordeiro (v. Nu 15:5 ), um carneiro (v. Nu 15:6 ), e um novilho (v. Nu 15:8 ), cada requerido suas respectivas proporções. Versículo Nu 15:13 sugeriria que as instruções são direcionados para a geração mais jovem com menos de vinte anos de idade. A Septuaginta torna esta passagem assim: "Todo nativo do país deve fazer assim."

Strangers ou adoradores vizinhas de outros deuses eram sempre bem-vindo a converter-se à religião de Jeová Deus. A condição básica para a salvação era a mesma para todos os homens, e por isso é hoje. Ela sempre foi, "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre" (He 13:8 ). O versículo 18 indica que as instruções nestas passagens têm uma conotação futuro. A oferta massa está relacionado a uma ação de graças ao Senhor por Sua graça e bondade. A palavra massa vem da palavra hebraica arisa e significa grãos grosseiros. Um exegeta que sugere

o fato de que esta oferta alçada de grão grosso é chamado teruma , "uma contribuição", indica que era para consumo sacerdotal, enquanto a flor de farinha de Lv 23:13 era para ser uma oferta queimada, de cheiro agradável ao Senhor.

Uma infração que caiu na categoria do versículo 24a era para ser tratado em um espírito de compreensão. A interpretação de Wesleyan verdadeiro pecado seria limitado a um ato de maldade ou violação da lei de Deus, feito voluntariamente e de propósito.Por definição, "O pecado é uma transgressão voluntária contra uma lei conhecida de Deus." 1Jo 3:4 ). É provável que os incidentes em He 4:4 e 10: 26-31 são muito próxima a esta situação.

B. ACÓRDÃO profanação sábado (15: 32-36)

32 E, enquanto os filhos de Israel no deserto, acharam um homem apanhando lenha no dia de sábado. 33 E os que o acharam apanhando lenha o trouxeram a Moisés e Arão, ea toda a congregação. 34 E o puseram em . prisão, porquanto ainda não estava declarado o que deve ser feito para ele 35 E disse o SENHOR a Moisés, o homem, certamente será morto.: toda a congregação o apedrejará fora do arraial 36 E toda a congregação trouxe fora do arraial, eo apedrejaram até a morte com pedras; como o Senhor lhe ordenara.

Parece que o homem em questão no versículo 32 cometido o pecado que se refere o versículo 30 . A KJV traduz essa passagem assim: "A pessoa que fizer alguma coisa temerariamente." Obviamente o homem desprezado e repudiou o mandamento de Deus, e seu castigo foi proporcional à sua ação. A rebelião contra a lei ea ordem sempre resulta em sérios apuros. O homem estava apanhando lenha no sábado (v. Nu 15:33 ), mas o cerne da questão não é tanto o que ele estava fazendo, como o fato de que ele havia negado a autoridade de Deus. É o espírito rebelde de que o ato é um sintoma.

O infrator sábado foi colocado em confinamento até que pudesse ser julgado por um tribunal ou tribunal legalmente constituído. O Senhor ordena que o homem deve ser condenado à morte (v. Nu 15:35 ). A congregação é apontado como o executor: eles são a apedrejá-lo. A punição foi dura, mas a infração desafiou a própria autoridade de Deus.

C. FRONTEIRA das suas vestes (15: 37-41)

37 E o Senhor disse a Moisés, dizendo: 38 Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes que façam para si franjas nas bordas das suas vestes, pelas suas gerações, e que ponham nas franjas das bordas um cordão azul: 39 e ele vos será por uma franja, para que possais olhar para ela, e lembre-se de todos os mandamentos do Senhor, e fazê-las; e para que não siga depois de seu próprio coração e os seus próprios olhos, após o qual o uso ye para se prostituir; 40 . para que vos lembreis de todos os meus mandamentos, e sejais santos para com o seu Deus 41 Eu sou o Senhor vosso Deus, que trouxe -lo para fora da terra do Egito para ser o vosso Deus: Eu sou o Senhor vosso Deus.

Símbolos sempre foram meio pelo qual os valores espirituais têm sido transmitida. A cruz ea coroa são símbolos cristãos familiares para simbolizar o sofrimento e vitória. As franjas nas bordas das suas vestes eram para ser emblemático ou simbólica dos mandamentos de Deus. Estas franjas eram lembranças visíveis que eles estavam sujeitos às mandamentos. As pessoas estavam a olhar para estas franjas e ser lembrado de que eles deveriam ser um povo santo e sujeito aos mandamentos do Senhor.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Números Capítulo 15 do versículo 1 até o 41
14:1-12 A apostasia do povo, em Cades-Barnéia. Indiferente a todos os milagres que Deus fizera por eles, os israelitas se rebelam contra Moisés e contra Deus. Murmurar parece ser o comportamento normal deste povo. Sua descrença se revela assim: "Oxalá tivéssemos morrido no Egito" v. 2; a voz da fé diz: "Subamos animosamente e possuamos a terra prometida", v. 8; 13.30. • N. Hom. O décimo quarto capítulo nos ensina:
1) Dentro de quinze dias, o povo poderia ter entrado no gozo que Deus preparara; a desobediência causou um atrasa de quarenta anos, v. 34;
2) A nobreza do coração de Moisés, que em nada reputou sua própria glória, pensando só na grandeza de Deus, vv. 13 19:3) O perdão que Deus concede nem sempre anula as conseqüências dos nossos atos pecaminosos, vv. 20-23;
4) O comentário inspirado deste capítulo se acha em Hb 3:74-13, com sua mensagem dupla: "Não endureçais os vossos corações", (3:7-4,2) e "Ouvi a sua voz", {4:3-13).
14.4 Pela primeira vez, a murmuração se revelou na formal de uma rebelião deliberada, uma volta à escravidão. É a atitude do cristão que às vezes sente que ser escravo do pecado, junto com todos os que o rodeiam, é mais fácil do que ser um arauto isolado da fé em Cristo e da vida santificada, com suas responsabilidades.

14.10 Apedrejar a seu Libertador é igual à ação dos judeus em crucificar seu Salvador, matando assim o Autor da vida,At 3:15.

14.11 A falta de fé, estragando todo bem que Deus quer fazer, é algo que inutiliza o ser humano de tal maneira que já é morto no pecado e merece a destruição, v. 12 "O meu justo viverá pela fé, e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma" {He 10:38-58).

14:13-19 Moisés intercede pelo povo, e Deus concede Seu perdão; proíbe-os, porém, de entrar na Terra Prometida.

14.17 A grandeza de Deus não se revela tanto no seu poder criador ou destruidor, mas sim no Seu amor, na Sua longanimidade: "Melhor é o longânimo do que o herói da guerra” (Pv 16:32).

14:17-20 O Deus de Moisés:
1) É um Deus de Amor, é longânimo.
2) É um Deus Salvador, que perdoa aos rebeldes e pecaminosos.
3) É um Deus justo, não inocentando ao culpado. Conclusão: Sempre oferece oportunidade aquele que se volta para Ele. 14:22-25 Foi um grande pecado de Israel querer matar os vigias que foram fiéis a Deus e que protestaram contra a incredulidade.
14:35-37 A morte imediata dos espias obstinados e incrédulos, excetuando-se Josué e Calebe, que confiaram no Senhor. Só estes dois homens de fé sobreviveram àquela geração, para entrarem em posse da Terra Prometida, v. 38.
14:21-38 Deus condena e castiga o povo, pela sua obstinação e incredulidade. Aquela geração rebelde peregrinaria por 40 anos no deserto e não possuiria a terra, porque deliberadamente se rebelou e abandonou ao Senhor seu Deus, recusando-se a realizar os propósitos divinos para a vida da nação e do mundo inteiro.
14:39-45 O remorso tardio e inútil dos que não tiveram um arrependimento sincero fez que o Senhor não fosse com o povo, nem com Moisés, Seu servo, daí a derrota que sofreram em Hormá.
14.39 Se contristou muito. O povo tudo fazia, menos atender à Palavra de Deus. De infidelidade e descrença, o povo agora desenvolveu a imprudência, entregando-se à precipitação (vv. 40-45) que, como a murmuração, era mais um sinal de falta de comunhão com Deus. A ação feita sem Deus não podia prosperar, Sl 127:1.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Números Capítulo 15 do versículo 1 até o 41
V. A LEGISLAÇÃO SACERDOTAL (C) (15:1-41)

1) Diversas ofertas (15:1-21)
a)    Na terra (15.1,2)

O final do cap. 14 fala do fracasso do ser humano; o início do cap. 15 fala da fidelidade de Deus. O seu propósito é imutável. Ele vai levar o povo para a terra (v. 2; conforme Rm 11:29). As leis do cap. 15 são dirigidas principalmente à nova geração, e talvez tenha havido um intervalo entre os caps. 14 e 15. A menção da terra também implica que essas ofertas não foram feitas no deserto. Conforme ainda a introdução ao cap. 33. Também precisamos observar que esse capítulo é dirigido ao povo, e não a Arão (conforme 18.1).

b)    A oferta de cereal e a oferta derramada (15:3-10)

A oferta de cereal é descrita em Lv 2, mas ali não está associada definitivamente aos sacrifícios de sangue. Alguns eruditos acham que as ofertas de Lv 2 têm o propósito de ser apresentadas de forma independente, mas há poucos exemplos de ofertas de cereal independentes no AT (conforme Nu 5:15,Nu 5:25; Lv 5:1113; 6:19-23). Tampouco há menção de oferta derramada (ou de bebida) em Lv 2. Há referências a ela em Gn 35:14; Êx 29:40,41Lv 23:13, 18,37; Nn 6.15,17. Ela havia sido exigida em conjunto com os sacrifícios diários e na festa dos primeiros frutos e de Pentecostes. Cp. Lv 7:16; 22:18 e 23.38 com o v. 3. Essas ofertas eram um aroma agradável ao Senhor (v. 3,7,10). O termo é usado em Lv 1—3 acerca do holocausto, da oferta de cereal e da oferta de comunhão, e, em 4.31, acerca da oferta pelo pecado por uma pessoa comum. Conforme Gn 8:21. O significado da oferta derramada é sugerida em Jz 9:13 e Sl 104:15. O ofertante se alegrava diante do Senhor que compartilhava da sua alegria (conforme Fp 2:17).

À medida que as ofertas aumentavam em tamanho, assim também aumentavam as quantidades de cereais e as ofertas de bebida (v. 4-10). Os ofertantes davam de acordo com as suas posses. Conforme Lv 5:7-13. Um jarro (1/10 de efa, conforme nota textual da NVI, v. 4,

6,9) era o equivalente a aproximadamente 22 litros (conforme 5.15); a medida “efa” não está no original nesse trecho, mas é pressuposta. um litro (v. 4,6,9) é a tradução “1/4 de him”. O him era equivalente a 1/6 de efa. Cp. essa seção com 28:3-8.

c)    Uma lei (15:11-16)
Na apresentação dessas ofertas, deve ser aplicada a mesma lei tanto aos israelitas quanto aos estrangeiros residentes (conforme 9.14). v. 13. natural da terra-, i.e., “nascido israelita” (NEB). A NTLH traz “Todos os israelitas...”.

d)    A oferta de um bolo (15:17-21)
Quando entrarem na terra, devem oferecer um bolo (BJ e NTLH: “pão”) feito das primícias da farinha. E um exemplo de dar a Deus os primeiros frutos dos nossos bens (cf. Êx 22:29; 23:16,19; Lv 2:14; 23.9ss; Pv 3:9). A tradição judaica tem seguido essa lei tanto no caso do padeiro quanto da dona de casa. Cf. Nm 10:37; Ez 44:30. v. 20. como contribuição da sua colheita-, conforme 18.27; Êx 22:29; Lv 2:14. v. 21. Em todas as suas gerações-, i.e., para sempre. Conforme Êx 12:14.


2)    Erros involuntários (15:22-29)

Se a comunidade errar por negligência e desobedecer por omissão ou por orientação de alguém (v. 22), deve oferecer um novilho como holocausto e um bode como oferta pelo pecado. Conforme Lv 4:13-21.

Se um indivíduo pecar de forma não intencional, deve oferecer uma cabra de um ano como oferta pelo pecado (v. 27). Cf. Lv 4:27-35.


3)    Pecado arrogante (15.30,31)
No entanto, se alguém pecar com atitude desafiadora (v. 30) (BJ: “deliberadamente”; NTLH: “de propósito”), deverá ser eliminado do meio do seu povo (conforme 9.13, comentário), porque insulta o Senhor (conforme Lv 20:92Rs 19:6,2Rs 19:22; Ez 20:27). v. 30. desafiadora-, cf. Êx 14:8; 15:25,15:26; Sl 19:13; He 10:26.


4)    A transgressão do sábado (15:32-36)

Esse incidente certamente foi registrado como exemplo de pecado com atitude desafiadora, o que explica a evidente severidade do castigo. Foi um ato obstinado de rebeldia. A pena de morte já havia sido declarada para aqueles que violassem o sábado (conforme Êx 31.15; 35:2), mas o método de execução não havia sido detalhado ainda e provavelmente ainda precisava haver jurisprudência sobre se “recolher lenha” era considerado pecado nos termos dessa lei; conforme J. Weingreen, From Eible to Mishna (Manchester, 1976), p. 83ss. v. 32. quando os israelitas estavam no deserto-, alguns pensam que aqui está em ação uma mão posterior, v. 33. a toda a comunidade, i.e., os anciãos como os representantes da comunidade (conforme Êx 18:25,26).


5)    As borlas das roupas (15:37-41)
Os israelitas devem fazer borlas (heb. tsitsit) nas extremidades das suas roupas, e em cada borla devem colocar um cordão azul para lembrá-los dos mandamentos do Senhor. No judaísmo tradicional, os fios e nós foram arranjados de tal forma que indicassem diversos significados místicos, até mesmo os 613 mandamentos da Lei (conforme o artigo “Fringes”, de A. R. S. Kennedy, em HDB). Hoje, para a maioria dos judeus, o “talit”, ou manto ritual, é o meio pelo qual esse mandamento é colocado em prática, mas o cordão azul não está incluído, porque não se sabe exatamente como obter essa coloração. Toda manhã, o judeu o coloca quando faz as suas orações e é envolto nele depois que morre (conforme Rabbi R. Brasch, The Star of David [1955], cap. 14). Cf. Dt 22:12; Mt 9:20; Mt 23:5; Lc 8:44. Cp. o v. 39b com Pv 4:25-20 e ljo 2:16.

No v. 41, as instruções são reforçadas por meio do lembrete do seu relacionamento com o Senhor e com o que ele fez por eles (conforme Êx 20:2; Lv 26:13).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Números Capítulo 15 do versículo 1 até o 41

Nu 15:1). Antevendo o tempo quando o povo comeria do alimento de Canaã, o Senhor deu instruções para que se fizesse uma contribuição simbólica das primícias dos seus produtos (ofertas alçadas). Ele providenciou pelo perdão dos pecados de ignorância – casos em que tanto a congregação como um todo ou indivíduos pudessem ter transgredido inadvertidamente – com base nas ofertas queimadas acompanhadas com a expiação pelo sangue (vs. 2231; cons. Lv 4:1). Era "o barbante amarrado no dedo" de Israel.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Números Capítulo 15 do versículo 37 até o 41
d) O cordão azul (Nm 15:37-41).

Bem sabe o Senhor que neste mundo de Satanás é fácil esquecerem-se as criaturas dos mandamentos do Criador. Para isso determinou o Senhor que os israelitas usassem nas franjas dos vestidos um cordão azul, para que mais facilmente se lembrassem dos preceitos do seu Senhor. É sempre bom procurarmos novos processos de lembrarmos os nossos deveres para com Deus, modificando-os sempre que seja necessário, a fim de que acima de tudo se cumpra a vontade do Senhor.


Dicionário

Azul

substantivo masculino No espectro solar, a cor que se situa entre o verde e o violeta: o azul do céu.
O que possui essa cor: esteve no casamento vestido de azul.
Poét O espaço celeste em que os astros estão localizados; firmamento, céu.
adjetivo De cor azul; que possui a cor azul: blusa azul.
Diz-se dessa própria cor: eu gosto de tudo azul!
Figurado Excessivamente alterado; muito espantado: ficou azul de medo.
[Popular] Diz-se do gado cinzento.
Etimologia (origem da palavra azul). Talvez do árabe lazurd/ do persa lajward.

al-lzaward (empréstimo árabe do persa ljward, lat. lapis lazuli, a pedra lazurita).

o vestuário real era, comumente, de uma cor azul, ou purpúrea (Êx 25:4), visto que não há na língua hebraica termo algum para designar o verdadeiro azul. A cor azul era, como a púrpura, derivada de uma espécie de marisco, sendo a cor obtida do próprio animal, e não da concha. (*veja Cores.) A palavra traduzida pelo termo azul é, também, usada para indicar uma certa espécie de tapeçarias (Et 1:6).

Bordas

2ª pess. sing. pres. ind. de bordar
fem. pl. de borda

bor·dar -
(francês broder)
verbo transitivo

1. Ornar de desenhos feitos à agulha.

2. Guarnecer a borda de.

3. Figurado Entremear (o discurso) com flores de retórica, anedotas, etc.

verbo intransitivo

4. Fazer bordados.


bor·da
(francês bord)
nome feminino

1. Extremidade de qualquer superfície.

2. Faixa de terra junto a uma extensão de água. = BEIRA, MARGEM, ORLA

3. Fímbria; amurada.

4. Antigo Espécie de clava, armada de puas.


da borda de água
Ribatejano.

dar borda
[Náutica] Inclinar-se muito a embarcação, com risco.


Cordão

substantivo masculino Corda fina, pequena porção de fios de linho, algodão, seda ou de filamentos de ouro e outros metais preciosos.
Fileira de muitas cordas.
Por Extensão Linha de pessoas; fileira de coisas: cordão de alunos; cordão de livros.
Ornato em forma de cordão ou corrente presa ao pescoço.
Cortejo ou grupo de carnavalescos.
Terras que se estendem na mesma direção.
Geografia Elevações que se seguem num terreno.
[Biologia] Órgão composto ou repleto de filamentos.
expressão Cordão sanitário. Postos de saúde ou fiscalização sanitária para evitar propagação de doenças contagiosas.
Etimologia (origem da palavra cordão). Do francês cordon.

Um fio ou faixa em volta da base dos capitéis das colunas do templo (Jr 52:21) ou do tabernáculo e seu pátio (Êx 27:10 – 36.38).

Dize

2ª pess. sing. imp. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Fala

substantivo feminino Ato ou faculdade de falar.
Alocução, discurso.
Voz, palavra, frase.
Expressão, comunicação, significado.
Modo de falar, tom, estilo.
Idioma, dialeto, jargão.
Teatro Trecho de diálogo ou monólogo, dito de uma vez pelo mesmo ator.
Linguística Atualização, peculiar a cada pessoa, da capacidade geral da linguagem. (Opõe-se à noção de língua.).

Filhós

substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

Franjas

É a borda de um vestido judaico. Quando o transgressor do sábado foi apedrejado até morrer (Nm 15:32-41), foi ordenado a Moisés que falasse aos filhos de israel e lhes dissesse ‘que nos cantos das suas vestes façam borlas pelas suas gerações’, e também seriam ‘as borlas em cada canto presas por um cordão de azul’, como recordação dos mandamentos de Deus e aviso visível contra os maus desejos e idólatras inclinações. Estas franjas eram uma espécie de borlas que se colocavam principalmente nas pontas do vestido. Foi esta parte do vestido de Jesus, tida como coisa sagrada, que a mulher tocou (Mt 9:20). Ainda hoje, nos serviços da sinagoga, os judeus fazem uso de uma espécie de banda, de 90 a 150 cm. de comprimento, com 30 cm. de largura, e que é guarnecida de franjas nas pontas. Estas compridas borlas constam de fios de lã branca, unidos por cinco nós como pequenos botões, e abertos e destorcidos na extremidade.

Israel

substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


Israel [O Que Luta com Deus] -

1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


Porão

porão s. .M 1. Parte inferior do navio, destinada a carga e provisões. 2. Parte de uma habitação, entre o solo e o soalho.

Vestes

Do Lat. vestes
Vestuário; fato; vestido; véstia; vestidura sacerdotal.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
דָּבַר בֵּן יִשׂרָ•אֵל אָמַר כָּנָף בֶּגֶד עָשָׂה צִיצִת דּוֹר צִיצִת כָּנָף נָתַן פָּתִיל תְּכֵלֶת
Números 15: 38 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

FalaH1696 דָּבַרH1696 H8761 aos filhosH1121 בֵּןH1121 de IsraelH3478 יִשׂרָ•אֵלH3478 e dize-lhesH559 אָמַרH559 H8804 que nos cantosH3671 כָּנָףH3671 das suas vestesH899 בֶּגֶדH899 façamH6213 עָשָׂהH6213 H8804 borlasH6734 צִיצִתH6734 pelas suas geraçõesH1755 דּוֹרH1755; e as borlasH6734 צִיצִתH6734 em cada cantoH3671 כָּנָףH3671, presasH5414 נָתַןH5414 H8804 por um cordãoH6616 פָּתִילH6616 azulH8504 תְּכֵלֶתH8504.
Números 15: 38 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1445 a.C.
H1121
bên
בֵּן
crianças
(children)
Substantivo
H1696
dâbar
דָבַר
E falou
(And spoke)
Verbo
H1755
dôwr
דֹּור
período, geração, habitação, moradia
(in his time)
Substantivo
H3478
Yisrâʼêl
יִשְׂרָאֵל
Israel
(Israel)
Substantivo
H3671
kânâph
כָּנָף
asa, extremidade, beira, alado, borda, canto, veste
(winged)
Substantivo
H413
ʼêl
אֵל
até
(unto)
Prepostos
H5414
nâthan
נָתַן
E definir
(And set)
Verbo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H6213
ʻâsâh
עָשָׂה
E feito
(And made)
Verbo
H6616
pâthîyl
פָּתִיל
()
H6734
tsîytsith
צִיצִת
()
H8504
tᵉkêleth
תְּכֵלֶת
תכלת
(and blue)
Substantivo
H899
beged
בֶּגֶד
desonestidade, engano
(and garments)
Substantivo


בֵּן


(H1121)
bên (bane)

01121 בן ben

procedente de 1129; DITAT - 254; n m

  1. filho, neto, criança, membro de um grupo
    1. filho, menino
    2. neto
    3. crianças (pl. - masculino e feminino)
    4. mocidade, jovens (pl.)
    5. novo (referindo-se a animais)
    6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
    7. povo (de uma nação) (pl.)
    8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
    9. um membro de uma associação, ordem, classe

דָבַר


(H1696)
dâbar (daw-bar')

01696 דבר dabar

uma raiz primitiva; DITAT - 399; v

  1. falar, declarar, conversar, comandar, prometer, avisar, ameaçar, cantar
    1. (Qal) falar
    2. (Nifal) falar um com o outro, conversar
    3. (Piel)
      1. falar
      2. prometer
    4. (Pual) ser falado
    5. (Hitpael) falar
    6. (Hifil) levar embora, colocar em fuga

דֹּור


(H1755)
dôwr (dore)

01755 דור dowr ou (forma contrata) דר dor

procedente de 1752; DITAT - 418b; n m

  1. período, geração, habitação, moradia
    1. período, idade, geração (período de tempo)
    2. geração (aqueles que vivem em um determinado período)
    3. geração (caracterizada por qualidade, condição, classe de homens)
    4. moradia, habitação

יִשְׂרָאֵל


(H3478)
Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

03478 ישראל Yisra’el

procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

Israel = “Deus prevalece”

  1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
  2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
    1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
    2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
    3. o nome da nação depois do retorno do exílio

כָּנָף


(H3671)
kânâph (kaw-nawf')

03671 כנף kanaph

procedente de 3670; DITAT - 1003a; n f

  1. asa, extremidade, beira, alado, borda, canto, veste
    1. asa
    2. extremidade
      1. orla, canto (da veste)

אֵל


(H413)
ʼêl (ale)

0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

partícula primitiva; DITAT - 91; prep

  1. para, em direção a, para a (de movimento)
  2. para dentro de (já atravessando o limite)
    1. no meio de
  3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
  4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
  5. em adição a, a
  6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
  7. de acordo com (regra ou padrão)
  8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
  9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

נָתַן


(H5414)
nâthan (naw-than')

05414 נתן nathan

uma raiz primitiva; DITAT - 1443; v

  1. dar, pôr, estabelecer
    1. (Qal)
      1. dar, conceder, garantir, permitir, atribuir, empregar, devotar, consagrar, dedicar, pagar salários, vender, negociar, emprestar, comprometer, confiar, presentear, entregar, produzir, dar frutos, ocasionar, prover, retribuir a, relatar, mencionar, afirmar, esticar, estender
      2. colocar, estabelecer, fixar, impor, estabelecer, designar, indicar
      3. fazer, constituir
    2. (Nifal)
      1. ser dado, ser concedido, ser providenciado, ser confiado a, ser garantido a, ser permitido, ser emitido, ser publicado, ser afirmado, ser designado
      2. ser estabelecido, ser posto, ser feito, ser imposto
    3. (Hofal)
      1. ser dado, ser concedido, ser abandonado, ser entregue
      2. ser colocado sobre

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

עָשָׂה


(H6213)
ʻâsâh (aw-saw')

06213 עשה ̀asah

uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

  1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
    1. (Qal)
      1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
        1. fazer
        2. trabalhar
        3. lidar (com)
        4. agir, executar, efetuar
      2. fazer
        1. fazer
        2. produzir
        3. preparar
        4. fazer (uma oferta)
        5. atender a, pôr em ordem
        6. observar, celebrar
        7. adquirir (propriedade)
        8. determinar, ordenar, instituir
        9. efetuar
        10. usar
        11. gastar, passar
    2. (Nifal)
      1. ser feito
      2. ser fabricado
      3. ser produzido
      4. ser oferecido
      5. ser observado
      6. ser usado
    3. (Pual) ser feito
  2. (Piel) pressionar, espremer

פָּתִיל


(H6616)
pâthîyl (paw-theel')

06616 פתיל pathiyl

procedente de 6617; DITAT - 1857a; n. m.

  1. cordão, linha de coser (torcida)

צִיצִת


(H6734)
tsîytsith (tsee-tseeth')

06734 ציצת tsiytsith

procedente de 6731; DITAT - 1912; n. f.

  1. franja, borla, cacho

תְּכֵלֶת


(H8504)
tᵉkêleth (tek-ay'-leth)

08504 תכלת t ekeletĥ

provavelmente em lugar de 7827; DITAT - 2510; n. f.

  1. violeta, tecido de cor violeta
    1. linha de cor violeta
    2. lã ou tecido de cor violeta
  2. (DITAT) azul (cobrindo o espectro desde o vermelho vivo até o roxo escuro)

בֶּגֶד


(H899)
beged (behg'-ed)

0899 בגד beged

procedente de 898; DITAT - 198a; n m

  1. desonestidade, engano
  2. (CLBL) vestido, vestes (usada indiscriminadamente)