Enciclopédia de Mateus 12:46-46

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mt 12: 46

Versão Versículo
ARA Falava ainda Jesus ao povo, e eis que sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, procurando falar-lhe.
ARC E, falando ele ainda à multidão, eis que estavam fora sua mãe e seus irmãos, pretendendo falar-lhe.
TB Enquanto ele ainda falava à multidão, achavam-se da parte de fora sua mãe e seus irmãos, procurando falar-lhe.
BGB Ἔτι ⸀δὲ αὐτοῦ λαλοῦντος τοῖς ὄχλοις ἰδοὺ ἡ μήτηρ καὶ οἱ ἀδελφοὶ αὐτοῦ εἱστήκεισαν ἔξω ζητοῦντες αὐτῷ λαλῆσαι.
HD Enquanto ele falava às turbas, eis que a mãe e os irmãos dele estavam de pé, do lado de fora, procurando falar com ele.
BKJ Enquanto ele falava à multidão, eis que sua mãe e seus irmãos estavam fora, desejando falar com ele.
LTT E, enquanto ainda falando Ele às multidões, eis que a Sua mãe e os Seus irmãos tinham se postado fora, buscando- requerendo Lhe falar.
BJ2 Estando ainda a falar às multidões, sua mãe e seus irmãos[r] estavam fora, procurando falar-lhe
VULG Adhuc eo loquente ad turbas, ecce mater ejus et fratres stabant foris, quærentes loqui ei.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 12:46

Mateus 1:18 Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo.
Mateus 2:11 E, entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, lhe ofertaram dádivas: ouro, incenso e mirra.
Mateus 2:13 E, tendo-se eles retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos, dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te lá até que eu te diga, porque Herodes há de procurar o menino para o matar.
Mateus 2:20 dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e vai para a terra de Israel, porque já estão mortos os que procuravam a morte do menino.
Mateus 13:55 Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, e José, e Simão, e Judas?
Marcos 2:21 Ninguém costura remendo de pano novo em veste velha; porque o mesmo remendo novo rompe o velho, e a rotura fica maior.
Marcos 3:31 Chegaram, então, seus irmãos e sua mãe; e, estando de fora, mandaram-no chamar.
Marcos 6:3 Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas, e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele.
Lucas 1:43 E de onde me provém isso a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor?
Lucas 2:33 José e Maria se maravilharam das coisas que dele se diziam.
Lucas 2:48 E, quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procurávamos.
Lucas 2:51 E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no coração todas essas coisas.
Lucas 8:10 E ele disse: A vós vos é dado conhecer os mistérios do Reino de Deus, mas aos outros, por parábolas, para que, vendo, não vejam e, ouvindo, não entendam.
Lucas 8:19 E foram ter com ele sua mãe e seus irmãos e não podiam aproximar-se dele, por causa da multidão.
João 2:1 E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galileia; e estava ali a mãe de Jesus.
João 2:5 Sua mãe disse aos empregados: Fazei tudo quanto ele vos disser.
João 2:12 Depois disso, desceu a Cafarnaum, ele, e sua mãe, e seus irmãos, e seus discípulos, e ficaram ali não muitos dias.
João 7:3 Disseram-lhe, pois, seus irmãos: Sai daqui e vai para a Judeia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes.
João 7:5 Porque nem mesmo seus irmãos criam nele.
João 7:10 Mas, quando seus irmãos já tinham subido à festa, então, subiu ele também não manifestamente, mas como em oculto.
João 19:25 E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena.
Atos 1:14 Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos.
I Coríntios 9:5 Não temos nós direito de levar conosco uma mulher irmã, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?
Gálatas 1:19 E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mateus 12 : 46
Enquanto ele falava às turbas
Lit. “falando ele ainda às turbas”.

Mateus 12 : 46
Enquanto ele falava às turbas
Lit. “falando ele ainda às turbas”.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 1)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

30

Galileia

Jesus anuncia pela primeira vez que “o Reino dos céus está próximo”

Mt 4:17

Mc 1:14-15

Lc 4:14-15

Jo 4:44-45

Caná; Nazaré; Cafarnaum

Cura filho de funcionário; lê o rolo de Isaías; vai para Cafarnaum

Mt 4:13-16

 

Lc 4:16-31

Jo 4:46-54

Mar da Galileia, perto de Cafarnaum

Chama quatro discípulos: Simão e André, Tiago e João

Mt 4:18-22

Mc 1:16-20

Lc 5:1-11

 

Cafarnaum

Cura sogra de Simão e outros

Mt 8:14-17

Mc 1:21-34

Lc 4:31-41

 

Galileia

Primeira viagem pela Galileia, com os quatro discípulos

Mt 4:23-25

Mc 1:35-39

Lc 4:42-43

 

Cura leproso; multidões o seguem

Mt 8:1-4

Mc 1:40-45

Lc 5:12-16

 

Cafarnaum

Cura paralítico

Mt 9:1-8

Mc 2:1-12

Lc 5:17-26

 

Chama Mateus; come com cobradores de impostos; pergunta sobre jejum

Mt 9:9-17

Mc 2:13-22

Lc 5:27-39

 

Judeia

Prega em sinagogas

   

Lc 4:44

 

31 d.C., Páscoa

Jerusalém

Cura homem em Betezata; judeus tentam matá-lo

     

Jo 5:1-47

Retorno de Jerusalém (?)

Discípulos colhem espigas no sábado; Jesus “Senhor do sábado”

Mt 12:1-8

Mc 2:23-28

Lc 6:1-5

 

Galileia; mar da Galileia

Cura mão de um homem no sábado; multidões o seguem; cura muitos

Mt 12:9-21

Mc 3:1-12

Lc 6:6-11

 

Mte. perto de Cafarnaum

Escolhe os 12 apóstolos

 

Mc 3:13-19

Lc 6:12-16

 

Perto de Cafarnaum

Profere Sermão do Monte

Mt 5:1–7:29

 

Lc 6:17-49

 

Cafarnaum

Cura servo de oficial do exército

Mt 8:5-13

 

Lc 7:1-10

 

Naim

Ressuscita filho de viúva

   

Lc 7:11-17

 

Tiberíades; Galileia (Naim ou proximidades)

João envia discípulos a Jesus; verdade revelada às criancinhas; jugo é suave

Mt 11:2-30

 

Lc 7:18-35

 

Galileia (Naim ou proximidades)

Pecadora derrama óleo nos pés de Jesus; ilustração dos devedores

   

Lc 7:36-50

 

Galileia

Segunda viagem de pregação, com os 12

   

Lc 8:1-3

 

Expulsa demônios; pecado imperdoável

Mt 12:22-37

Mc 3:19-30

   

Não dá sinal, exceto o de Jonas

Mt 12:38-45

     

Sua mãe e seus irmãos chegam; diz que discípulos são seus parentes

Mt 12:46-50

Mc 3:31-35

Lc 8:19-21

 

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Allan Kardec

mt 12:46
O Evangelho Segundo o Espiritismo

Categoria: Livro Espírita
Ref: 10194
Capítulo: 14
Página: 246
Allan Kardec
E, tendo vindo para casa, reuniu-se aí tão grande multidão de gente, que eles nem sequer podiam fazer sua refeição. Sabendo disso, vieram seus parentes para se apoderarem dele, pois diziam que perdera o espírito.
Entretanto, tendo vindo sua mãe e seus irmãos e conservando-se do lodo de fora, mandaram chamá-lo. Ora, o povo se assentara em torno dele e lhe disseram: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e te chamam. Ele lhes respondeu: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, perpassando o olhar pelos que estavam assentados ao seu derredor, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos; pois, todo aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe. (Marcos. cap. III, 20:21-31 a 35 - Mateus 12:46-50)

Vinícius

mt 12:46
Nas Pegadas do Mestre

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 10
Página: 33
Vinícius

Certa vez, quando o fundador da Companhia se achava absorto naquela ideia fixa, que tanto o obcecava, de conquistar o mundo, caiu numa sonolência profunda, e teve um pesadelo. Viu-se, sem saber como, às portas do Inferno. Guardava a entrada do Hades luzido demônio, de chavelhos retorcidos, e cauda eriçada, terminando em penacho. O Geral interpela-o:


— Estão aí os hereges e os ímpios, padecendo a justa punição que merecem?


— Enganais-vos. Os ímpios e hereges converteram-se e alcançaram a salvação.


— Ah! já sei; estão aí os homicidas, os ladrões, os incendiários, os bandidos?


— Não estão. Purificaram-se no cadinho da dor, onde expiaram seus crimes; estão salvos.


— Compreendo agora. Acham-se sob os domínios de Satã os perjuros, os tiranos que oprimiram os povos, os ricos avarentos que menosprezaram a pobreza, os sátiros e os políticos profissionais?


— Ainda não acertastes. Todos esses pecadores encontraram na sentença — "quem com ferro fere, comferro será ferido" — o seu meio de reabilitação. Foram redimidos, passando pelo que fizeram passar os outros.


— Nesse caso, o Inferno não passa de um mito. Uma vez que ninguém é condenado, o Hades não é mais que uma ficção cujo prestígio, fundado em mera fantasia, acabará desaparecendo, pondo assim o valor da Companhia em perigo?


— Errastes ainda uma vez. O Inferno, cujos portais com ufania guardo e defendo, é uma realidade. Há muita gente cá dentro. Quereis saber quem são os condenados? São os hipócritas, os falsos mentores do povo que mercadejavam com a religião, abusando da credulidade dos pequenos e corrompendo a consciência dos grandes. São os mercadores do Templo, os traficantes da fé, os que devoravam as casas das viúvas e dos órfãos a pretexto de oração. São os embrutecedores da razão, os piratas do pensamento, os inimigos da verdade. São, finalmente, aqueles que outrora, num brado colérico e rouquenho, clamavam a Pilatos: Solta Barrabás! Crucifica Jesus Cristo!


— Apre! Que horrível pesadelo! Esta só lembra ao Diabo! — disse Loiola, erguendose, espavorido; pois escutava ainda o eco longínquo daquele vozerio, que exigia a crucificação do Filho de Deus.



Emmanuel

mt 12:46
Cinquenta Anos Depois

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 4
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Enquanto a vida familiar de Fábio Cornélio transcorria, na cidade imperial, sem acidentes dignos de menção, sigamos a filha de Helvídio Lúcius na sua via dolorosa.

Levantando-se pela manhã, Célia alcançou a povoação de Fondi,  em cujas cercanias uma criatura generosa acolheu-a por um dia, com ternura e bondade. Foi o bastante para se reconfortar das caminhadas ásperas e longas, porque, no dia seguinte, punha-se novamente a caminho em direção de Itri,  a antiga “Urbs Mamurrárum”, aproveitando o mesmo traçado da Via Ápia. 

Em caminho, teve a satisfação de encontrar a carreta de Gregório, o mesmo carreiro humilde que a deixara, na antevéspera, nas montanhas de Terracina,  circunstância que lhe trouxe ao coração muita alegria. Nas dificuldades e dores do mundo, a fraternidade tem elos profundos, jamais facultados pelos gozos mundanos, sempre fugazes e transitórios.

Gregório ofereceu-lhe o mesmo lugar ao seu lado, num gesto de proteção que a jovem aceitou, considerando-o uma bênção do Alto.

 

Desta vez, reconheceram-se como dois bons amigos de outros tempos. Falaram da paisagem e dos pequenos acidentes da viagem, rematando Gregório com uma pergunta cheia de interesse:

— Tem a senhora outros parentes além de Fondi? Não me pareceu pequeno o sacrifício em aventurar-se a uma jornada tão longa como a de anteontem… Como consentiram prosseguisse outra viagem a pé?

— Sim, meu amigo — respondeu buscando desviar a sua afetuosa curiosidade — meus parentes de Fondi são paupérrimos e não desejo voltar a Roma sem rever um tio enfermo, que reside em Minturnes. 

— Ainda bem — murmurou o generoso plebeu, satisfeito com a resposta — sendo assim, poderei levá-la hoje até o fim da sua jornada, pois vou além das lagoas da cidade.

 

A marcha continuou entre as gentilezas de Gregório e os agradecimentos de Célia, que lhe apreciava a bondade, comovida.

Somente ao cair da tarde o veículo atingiu os arredores da cidade famosa.

Despedindo-se do carinhoso companheiro, a jovem cristã atentou na paisagem soberba que se desdobrava aos seus olhos. Uma formosa vegetação litorânea repontava dos terrenos alagadiços, num dilúvio de flores. A primeira porta da cidade estava a alguns metros, e, todavia, o seu amor pela Natureza fê-la estacionar junto das grandes árvores do caminho. O sol, em declínio, enviava à tela florida os seus raios agonizantes. Dominada por grandiosos pensamentos e experimentando um novo alento de vida, com a palavra de verdade e de consolação que , dos confins do túmulo; começou a orar, agradecendo a Jesus as suas graças sublimes e infinitas.

No seu caricioso embevecimento, contemplou a figurinha mimosa que se agitava em seus braços e beijou-lhe a fronte num arroubo de espiritualidade.

 

Na véspera, haviam recebido a hospitalidade da Natureza, mas, agora, ante as fileiras de casebres ali próximos da estrada, consultava a si mesma sobre o melhor meio de recorrer à piedade alheia, contando, porém, como das outras vezes, com o amparo de Jesus, que lhe forneceria a inspiração mais acertada, por intermédio dos seus lúcidos mensageiros.

Foi então que reparou numa choupana rodeada de laranjeiras, onde a vida parecia ser a mais simples e mais solitária. Seu aspecto singelo emergia do arvoredo a duzentos metros do local em que se encontrava, mas, como que atraída por algum detalhe que não poderia definir, Célia alcançou a trilha e bateu à porta. Brilhavam no céu as primeiras estrelas.

Depois de muito chamar, sentiu que alguém se aproximava com dificuldade, para dar voltas ao ferrolho.

E não tardou tivesse diante dos olhos surpresos uma figura patriarcal e veneranda, que a acolheu com solicitude e simpatia.

 

Era um velho de cabelos e barbas completamente encanecidos. As cãs prateadas realçavam-lhe os nobres traços romanos, irrepreensíveis. Aparentava mais de setenta anos, mas o olhar estava cheio de ternura e de vida, como se os seus raciocínios estivessem em plenitude de maturidade. Estendendo-lhe as mãos encarquilhadas e trêmulas, Célia notou pequena cruz a pender-lhe do peito, fora da toga descolorida e surrada.

Grandemente emocionada e compreendendo que se encontrava à frente de um velho cristão, murmurou humilde:

— Louvado seja Nosso Senhor Jesus-Cristo!

— Para sempre, minha filha! — respondeu o ancião, esboçando num sorriso o júbilo que aquela saudação lhe causava — Entrai na choupana do mísero servo do Senhor e disponde dele, vosso servo, igualmente.

 

A filha de Helvídio Lúcius explicou, então, que se encontrava no mundo ao desamparo, com um filhinho de poucos dias, abençoando a hora feliz de bater à porta de um cristão, que, desde aquele instante, passaria a encarar como um mestre. Desde logo, estabeleceu-se entre ambos uma cordialidade e um afeto mútuos, tão expressivos, tão puros, que pareciam radicados na Eternidade.

Ouvindo-lhe a história, o ancião de Minturnes falou-lhe com brandura e sinceridade:

— Depois de examinar a tua situação, minha filha, hás de permitir te assista como um pai ou irmão mais velho, na fé e na experiência. É que, também, tive uma filha, perdida há pouco tempo, justamente quando vinha buscá-la para acompanhar-me no meu voluntário e bendito degredo na África… Parecia-se extraordinariamente contigo e terei grande ventura se me olhares com a mesma simpatia que me inspiraste. Ficarás nesta casa o tempo que quiseres, ou necessitares… Vivo só, após uma existência fértil de prazeres e de amarguras… Antigamente, a afeição de uma filha ainda me prendia o coração a cogitações mundanas, mas agora, vivo somente da minha fé em Jesus-Cristo, esperando que a sua palavra de misericórdia me chame breve ao seu reino, para a verificação da minha indigência!

 

Sua voz entrecortava-se de suspiros, como se os mais atrozes padecimentos íntimos lhe azorragassem o coração, ao evocar reminiscências.

— Há mais de um ano — continuou — aguardo oportunidade para regressar a Alexandria,  mas o deperecimento físico parece advertir-me que em breve serei forçado a entregar o corpo à terra da Campânia,  mau grado ao desejo de morrer no pouso solitário a que transportei o meu espírito…

Enquanto ele fazia uma pausa, a jovem aventou despreocupadamente:

— Sois romano, presumo, pelos traços inconfundíveis da vossa fisionomia patrícia.

Fitando-a bem nos olhos, como se quisesse certificar-se de toda a pureza e simplicidade d’alma da sua interlocutora, o ancião respondeu pausadamente:

— Filha, tua condição de cristã e a candidez que se irradia de tua alma obrigam-me a maior sinceridade para contigo!…

Nesta cidade ninguém me conhece, tal como sou!… Desde o dia em que me consagrei à instituição cristã, da qual participo no Egito longínquo, chamo-me Marinho para todos os efeitos. Dentro da nossa comunidade de homens sinceros e crentes, desprendidos dos bens materiais, fizemos voto solene de renúncia a todas as regalias efêmeras da Terra, a todas as suas alegrias, de modo a nos unirmos ao Senhor e Mestre com a compreensão clara e profunda da sua doutrina. Enquanto os déspotas do Império tramam a morte do Cristianismo, supondo aniquilá-lo com o suplício dos adeptos, fora de Roma organizam-se as forças poderosas que hão de agir no futuro, em defesa das ideias sagradas! Em todas as Províncias da Ásia  e da África  os cristãos se articulam em sociedades pacíficas e laboriosas, e guardam os escritos preciosos dos Discípulos do Senhor e dos seus seguidores abnegados, protegendo o tesouro dos crentes para uma posteridade mais piedosa e mais feliz!…”

 

Enquanto Célia o escutava com carinhoso interesse, o ancião de Minturnes continuava, depois de uma pausa, como que preparando o próprio pensamento para maior clareza das suas recordações.

— A outrem, filha, não poderia confiar o que te revelo esta noite, levado por um impulso do coração… Talvez meu espírito esteja acercando-se do sepulcro e o Mestre Amado queira advertir, indiretamente, a alma culpada e dolorida. Há qualquer coisa que me compele a confessar-te o passado com as suas inquietudes e incertezas… Não poderia explicar-te o que seja… Sei, apenas, que a inocência do teu olhar de cristã, de filha piedosa e meiga, faz nascer-me no peito exausto os bens divinos da confiança!…

 

Meu verdadeiro nome é Lésio Munácio, filho de antigos guerreiros, cujos ascendentes se notabilizaram nos feitos da República… Minha mocidade foi uma esteira longa de crimes e desvios, aos quais se entregou o meu espírito frágil, visto o desconhecimento do ensino de Jesus… Não trepidei, noutros tempos, em brandir a espada homicida, disseminando a ruína e a morte entre os seres mais humildes e desprezados… Auxiliei a perseguição aos núcleos do Cristianismo nascente, levando mulheres indefesas ao martírio e à morte, nos dias das festas execráveis!… Ai de mim, porém!… Mal sabia que um dia ecoaria em meu íntimo a mesma voz divina e profunda que soou para Paulo de Tarso a caminho de Damasco! (At 9:1) Depois dessa vida aventurosa, casei-me tarde, quando as flores da juventude já se despetalavam no outono da vida! Antes não o fizesse!… Para conquistar o afeto da companheira, fui compelido a gastar o impossível, lançando mão de todos os recursos! Sem preparação espiritual, construí o lar sobre a indigência mais triste! Em pouco tempo, uma filhinha graciosa vinha iluminar o âmago escuro das minhas reflexões sobre o destino, mas, atormentado pelas necessidades mais duras afim de mantermos em Roma o nosso padrão de vida social, senti que a pobre esposa, tomada de ilusões, não beberia comigo o cálice da pobreza e da amargura! Com efeito, em breve o meu lar estava ultrajado e deserto!…

 

O questor Flávio Hílas, abusando da amizade e da confiança que lhe dispensava, seduziu minha mulher, desviando-a ostensivamente do santuário doméstico, para escárnio de minhas esperanças e de meus sofrimentos… Desejei sucumbir para furtar-me à vergonha, mas o apego à filhinha me advertia que esse gesto extremo significava apenas covardia… Pensei, então, em procurar Flávio Hílas e a esposa infiel, para trucidá-los sumariamente com um golpe de espada, mas; quando buscava realizar o sinistro intento, encontrei um velho mendigo junto ao templo de , que me estendeu a destra dilacerada, não para implorar esmola, mas, para dar-me um fragmento de pergaminho que tomei sôfrego, como se recebesse secreta mensagem de um amigo. Depois de alguns passos, reconheci com assombro que ali se achavam grafados alguns pensamentos de Jesus-Cristo e que, depois, vim a saber serem os do Lc 6:20…

Junto a esse hino dos bem-aventurados, estava a participação de que alguns amigos do Senhor se reuniriam junto dos velhos muros da Via Salária,  naquela noite!… Retrocedi para colher informes do mendigo, não o encontrei, porém, nem pude jamais obter notícias dele.

 

Aqueles ensinamentos do Profeta Galileu encheram-me o coração… Parece que somente nas grandes dores pode a alma humana sentir a grandeza das teorias do amor e da bondade… Voltei a casa sem cumprir os malsinados propósitos, e, considerando a inocência de minha filha, cujos carinhos infantis me concitavam a viver, fui à assembleia cristã onde tive a felicidade de ouvir pregadores valorosos das verdades divinas.

Lá se congregavam homens sofredores e humilhados, entre os quais alguns conhecidos meus, que as fúrias políticas haviam atirado ao sofrimento e ao ostracismo… Criaturas humildes ouviam a Boa-Nova, de mistura com elementos do patriciado, que as circunstâncias da sorte haviam conduzido à adversidade… Para todos a palavra de Jesus constituía um consolo suave e uma energia misteriosa… Em todos, os semblantes, à claridade triste das tochas, surgia uma expressão de vida nova, que se comunicou ao meu espírito cansado e dolorido… Naquela noite regressei a casa como se houvera renascido para enfrentar a vida!

 

No dia seguinte, porém, quando menos o esperava na quietação de minha alma, eis que um pelotão de soldados me cercava a residência e conduzia-me ao cárcere, sob a mais injusta acusação… É que naquela noite o inditoso Flávio Hílas fora apunhalado em misteriosas circunstâncias. Diante do seu cadáver, minha própria mulher jurou fora eu o assassino. Arguida a calúnia, busquei interpor minhas relações de amizade para recuperar a liberdade e poder cuidar da pobre filha recolhida, então, por mãos generosas e humildes do Esquilino,  mas os amigos responderam-me que só o dinheiro poderia movimentar, a meu favor, os aparelhos judiciários do Império, e eu já não o possuía…

Abandonado no cárcere, impossibilitado de justificar-me, visto haver comparecido à assembleia cristã naquela noite, preferi silenciar a comprometer os que me haviam proporcionado consolação ao espírito abatido… Espezinhado nos meus sentimentos mais sagrados, esperei as decisões da justiça imperial, tomado de indefinível angústia. Afinal, dois centuriões foram notificar-me a sentença iníqua. As autoridades, considerando a extensão do crime, cassavam-me todos os títulos e prerrogativas do patriciado, condenando-me à morte, visto o questor assassinado ter sido homem da confiança de César… Recebi a sentença quase sem surpresa, embora desejasse viver para servir àquele Jesus, cujos ensinos grandiosos haviam sido a minha luz nas sombras espessas do cárcere e cumprir, igualmente, os deveres paternais para com a filhinha abandonada pela ternura materna…

 

Esperei a morte com o pensamento em prece, mas, a esse tempo, existia em Roma um homem justo, pouco mais moço que eu, cujo pai fora camarada de infância do meu genitor. Esse homem conhecia o meu caráter defeituoso, mas leal. Chamava-se Cneio Lúcius e foi pessoalmente a Trajano  advogar a causa da minha liberdade. Afrontando as iras de Augusto, não trepidou em lhe solicitar clemência para o meu caso e conseguiu que o Imperador comutasse a pena para o banimento da Corte, com a supressão de todas as regalias que o nome me outorgava…

Enquanto o ancião fazia uma pausa, a jovem começou a chorar, comovidamente, em face da alusão ao avô, cuja lembrança lhe enchia o íntimo de vivas saudades.

— Uma vez livre — prosseguiu o velho de Minturnes — aproximei-me de antigos companheiros que comigo haviam provado do mesmo cálice com as perseguições de ordem política e que já partilhassem da mesma fé em Jesus-Cristo… Banidos de Roma e humilhados, dirigimo-nos à África, onde fundamos um pouso solitário, não longe de Alexandria, a fim de cultivarmos o estudo dos textos sagrados e conservar, simultaneamente, os tesouros espirituais dos apóstolos.

 

Deixando a Capital do Império, confiei minha única filha a um casal amigo, cuja pobreza material não lhe deslustrava os sentimentos nobres. Provendo o futuro da filhinha com todos os recursos ao meu alcance, parti para o Egito cheio de novos ideais, à luz da nova crença! Nas severas meditações e austeros exercícios espirituais a que me submeti, cheguei a olvidar as grandes lutas e penosas amarguras do meu  destino!…

O descanso da mente em Jesus aliviou-me de todos os pesares. O único elo que ainda me prendia à Península era justamente a filha, então já moça, e cuja afetividade desejava transportar para junto de mim, na África longínqua… Depois de vinte anos no seio da nossa comunidade; em preces e meditações proveitosas, solicitei do nosso diretor espiritual a necessária permissão para recolher um familiar ao nosso retiro. Referi-me a um familiar, pois desejava convencer minha pobre Lésia de que deveria partir em minha companhia, em trajes masculinos, considerando o ensino de Jesus de que existem no mundo os que se fazem eunucos por amor a Deus…

 

Os estatutos da comunidade não permitem mulheres junto de nós outros, por decisão de Aufídio Prisco, ali venerado como chefe, sob o nome de Epifânio… Não era meu propósito menosprezar as leis da nossa ordem e sim arrebatar a filha ao ambiente de seduções desta época de decadência em que as intenções mais sagradas são colhidas pelos lobos da vaidade e da ambição, que ululam no caminho… Desejaria conservá-la, junto de mim, no mais santo dos anonimatos, até que conseguisse modificar as disposições de Epifânio, acerca dos regulamentos da nossa ordem, atentas as circunstâncias especiais da minha vida!…

Obtendo a necessária permissão para vir à Península, aqui aportei há quase dois anos, experimentando a angústia de reencontrar minha Lésia nos derradeiros instantes de vida… Descrever-te meu sofrimento com a separação da filha querida, depois de ausente tantos anos e de haver acariciado tão grandes esperanças, é tarefa superior às minhas forças… Acompanhei-lhe os despojos ao sepulcro, para onde mandei transportar, pouco depois, os dos carinhosos amigos que lhe haviam servido de pais, também vitimados pela peste, que, há tempos, flagelou toda a população de Minturnes!…

 

Ai de mim, que não mereci senão angústias e tormentos, nas estradas ásperas da existência, em vista dos meus crimes inomináveis na juventude!…

Resta-me, contudo, a esperança no amor do Cordeiro de Deus, cuja misericórdia veio a este mundo nos arrebatar da humilhação e do pecado…

Avizinhando-me do túmulo, rogo ao Senhor que me não desampare… Além do sepulcro, sinto que esplende a luz dos seus ensinamentos, num Reino de paz misericordiosa e compassiva! Certamente, lá me esperam a filha idolatrada e os amigos inesquecíveis. A terra florescente da Campânia, pressinto-o, guardará em breve o meu corpo combalido; mas, além das forças exaustas da vida material, espero encontrar a verdade consoladora da nossa sobrevivência! Receberei de boa vontade o julgamento mais severo, do meu passado delituoso, e, renunciando a todos os sentimentos pessoais, hei de aceitar plenamente os desígnios de Jesus na sua Justiça equânime e misericordiosa!…

O ancião de Minturnes falava comovido, com o olhar lúcido, fixo no Alto, como se estivesse diante de um plenário celeste, com a serenidade da sua fé robusta e ardente.

 

Mas, chegando ao termo das confidências dolorosas, observou que Célia tinha os olhos rasos de lágrimas, a ponto de não poder falar de pronto, tal a comoção que lhe estrangulava a voz no imo do peito dolorido.

— Porque choras minha filha — ajuntou com brandura — se a minha pobre história de velho não te pode interessar diretamente o coração?

A filha de Helvídio não respondeu, dominada pela emoção do momento, mas o ancião continuava, surpreso e melancólico:

— Acaso terás também uma história amargurada quanto à minha? Apesar da fé ardente que pressinto em teu espírito, não se justifica tamanha sensibilidade espiritual na tua idade. Dize, filha, se tens o coração igualmente tocado por uma úlcera dolorosa… Se as dores te pesam na alma desiludida, recorda a palavra do Mestre quando exortava em Cafarnaum: — “Vinde a mim todos vós que trazeis no íntimo os tormentos do mundo e eu vos aliviarei!…” (Mt 11:28) É verdade que não estás à frente do Messias de Deus, mas, ainda aqui, deveremos lembrar a lição de Jesus, aceitando o carinho do Cireneu que o ajudou a carregar a cruz!… Ele que era a personificação de toda a energia do amor, não hesitou em aceitar o amparo de um filho humilde do infortúnio… Também eu sou um mísero pecador, filho das provações mais ásperas e espinhosas; mas, se puderes, lê em meu coração e verás que no meu íntimo palpita, por ti, a afetividade de um pai. Tua presença desperta-me inexplicável e misteriosa simpatia… Confiei ao teu espírito o que daria somente à filhinha adorada, que me precedeu nas sombras do túmulo. Se te sentes sobrecarregada dos pesares do mundo, dize-me algo de tuas dores. Repartirás comigo os teus sofrimentos e a cruz das provas te parecerá mais leve!…

 

Ouvindo aquelas exortações carinhosas e espontâneas, que não mais ouvira desde a morte do avô, cujo nome fora ali pronunciado pelo ancião de Minturnes, como um ponto de referência à sua confiança, Célia, depois de acomodar o pequenino adormecido, sentou-se ao lado do seu benfeitor, com a intimidade de quem o conhecesse de muito tempo, e, com a voz entrecortada de reticências da sua emoção profunda, começou a falar:

— Se me tendes chamado filha, permitireis vos beije as mãos generosas, chamando-vos pai, pelas afinidades mais santas do coração.

Acabastes de invocar um nome que me obriga a chorar de emoção, no tumulto de recordações também amargas e dolorosas… Confiarei em vós, qual o fiz sempre ao carinhoso avô, que relembrastes agradecido. Também eu venho de Roma, pelos mesmos caminhos ásperos de amargor e sacrifício. Reconhecida à vossa confiança, revelarei igualmente o meu romance infortunado, quando a mocidade parecia sorrir-me em plena floração primaveril.

 

Abandonada e só, receberei, por certo, da vossa experiência nas estradas da vida o bom conselho que me habilite a fixar-me em qualquer parte, afim de cumprir a missão de mãe, junto deste pobre inocentinho! Desde Roma, venho experimentando a mais atroz necessidade de me comunicar com um coração afetuoso e amigo, que me possa orientar e esclarecer. Nas minhas caminhadas encontrei por toda parte homens impiedosos, que me envolviam com olhares de corrupção e voluptuosidade… Alguns chegaram a insultar minha castidade, mas roguei insistentemente a Jesus a oportunidade de encontrar um espírito benfazejo e cristão, que me fortalecesse!…

Sentindo-se tomada de inexplicável confiança, enquanto o velhinho de Minturnes a ouvia surpreso embora a imensa serenidade que lhe transparecia do olhar, a filha de Helvídio Lúcius começou a desfiar o seu romance, cheio de lances intensos e comovedores. Confessando-se neta do magnânimo Cneio, o que sensibilizou profundamente o interlocutor, narrou-lhe todos os episódios da sua vida, desde as primeiras contrariedades de menina e moça, na Palestina,  e terminando a longa narrativa com a visão do avô na noite precedente, quando forçada a pernoitar na gruta de Tibério. 

Ao concluir, tinha os olhos inchados de chorar, como alguém que muito se demorara em alijar do coração o peso da amargura.

 

O ancião alisava-lhe os cabelos comovidamente, como se o fizesse a uma filha, após longa ausência repleta de saudades angustiosas, exclamando por fim:

— Minha filha, propondo-me confortar-te, é teu próprio coração de menina, nos mais belos exemplos de sacrifício e coragem que me consola!… Para mim, que, muitas vezes, agasalhei o mal e extraviei-me no crime, os sofrimentos da Terra significam a justiça dos destinos humanos; mas, para o teu espírito carinhoso e bom, as provações terrestres constituem um heroísmo do Céu… Deus te abençoe o coração fustigado pelas tempestades do mundo, antes das florações da primavera. Das alegrias do Reino de Jesus, Cneio Lúcius deverá regozijar-se no Senhor pelos teus heroicos feitos… Sinto que a sua alma, enobrecida na prática do bem e da virtude, segue-te os passos como sentinela fidelíssima!…

 

Depois de longa pausa, em que Marinho pareceu meditar no futuro da graciosa companheira, disse paternalmente:

— Enquanto narravas teus padecimentos íntimos, considerava eu a melhor maneira de ajudar-te neste meu ocaso da vida! Compreendo a tua situação de jovem abandonada e só, no mundo, com o pesado encargo de cuidar de uma criancinha acolhida em tão estranhas circunstâncias. Aconselhar que voltes ao lar, não o posso fazer, conhecendo a rigidez dos costumes em determinadas famílias do patriciado. Além disso, a casa paterna considera-te morta para sempre, e a palavra carinhosa de Cneio Lúcius só poderia ter valor inestimável para nós, que lhe compreendemos o alcance e a sublime revelação. Ante os seus conceitos, temos de admitir a plena inocência de tua mãe, mas, se regressares a Roma, a aparição desta noite não bastaria para elucidar todos os problemas da situação, mantendo-se as mesmas características de suspeição a teu respeito. E tu sabes que entre a dúvida e a verdade é sempre melhor o sacrifício, pois a verdade é de Jesus e vencerá tão logo a sua misericórdia julgue a vitória oportuna.

 

Velho conhecedor dos nossos tempos de decadência e desmantelos morais, sei que, ante a tua juventude, quase todos os homens moços, cheios de materialidade, se curvarão com ignominiosas propostas. A destruição do meu lar será sempre um atestado vivo da misérias morais da nossa época.

Ponderando as tuas dificuldades, desejo salvar-te o coração de todos os perigos, evitando-te as ciladas dos caminhos insidiosos; entretanto, a enfermidade e a decrepitude não me possibilitam mais a tua defesa… Em Minturnes, quase todos me odeiam gratuitamente, em virtude das ideias que professo. Um cristão sincero, por muito tempo ainda, terá de sofrer a incompreensão e a tortura dos algozes do mundo, e somente não me levam ao sacrifício, nas festas regionais que aqui se efetuam, atenta a minha velhice avançada e dolorosa, de rugas e cicatrizes… Apresentar um velho mísero às feras potentes ou ao exercício dos atletas da devassidão e da impiedade, poderia parecer entranhada covardia, razão pela qual me julgo poupado.

Não possuo, pois, nenhuma relação de amizade que te possa valer neste transe.

 

Lembra-te que, ainda agora, falei-te do meu antigo projeto de levar a filha ao Egito, em trajes masculinos, de modo a arrebatá-la deste antro de corrupção e impenitência. Esse gesto de um pai é bem de um coração amoroso, em franco desespero, quanto ao porvir espiritual desta região da iniquidade.

Contemplando a tua inerme juventude carregada de tão nobres sacrifícios, receio pelos teus dias futuros, mas rogo a Jesus que nos esclareça o pensamento!

Após alguns minutos de recolhimento, a jovem retrucou:

— Mas, meu desvelado amigo, não me considerais como vossa própria filha?…

 

O ancião de Minturnes, no clarão sereno dos grandes olhos, deixou transparecer que entendera a alusão e revidou bondosamente:

— Compreendo, filha, o alcance de tuas palavras, mas, estarás sinceramente decidida a mais esse nobre sacrifício?

— Como não, se em torno de mim surgem as mais temerosas perseguições?

— Sim, tuas ações nobilíssimas dão-me a entender que devo confiar nas tuas resoluções. Pois bem; se teu espírito se sente disposto à luta pelo Evangelho, não vacilemos em preparar-te as estradas porvindouras! Ficarás nesta casa pelo tempo que desejares, se bem esteja convicto de que não tardará muito a minha viagem para o Além. Amanhã mesmo entrarás nos teus novos trajes, afim de facilitar a tua ida para a África no momento oportuno. Serás meu filho aos olhos do mundo, para todos os efeitos. Chamarei amanhã a esta casa o pretor de Minturnes, afim de que ele cuide da tua situação legal, caso eu venha a falecer. Tenho o dinheiro necessário para que te transportes a Alexandria e, antes de morrer, deixar-te-ei uma carta apresentando-te a Epifânio, como meu sucessor legítimo na sede da nossa comunidade. Lá tendo empregadas todas as derradeiras economias que consegui retirar de Roma nos tempos idos, é possível que não te criem embaraços para que te entregues a uma vida de repouso espiritual na prece e na meditação, durante os anos que quiseres.

 

Epifânio é um espírito enérgico e algo dogmático em suas concepções religiosas, mas tem sido meu amigo e meu irmão por largos anos, durante os quais as mesmas aspirações nos uniram nesta vida. Às vezes, costuma ser ríspido nas suas decisões, caracterizando tendências para o sacerdócio organizado, que o Cristianismo deve evitar com todas as suas forças, para não prejudicar o messianismo dos apóstolos do Senhor; mas, se algum dia fores ferida por suas austeras resoluções de chefe, lembra-te que a humildade é o maior tesouro da alma, como chave-mestra de todas as virtudes e recorda a suprema lição de Jesus nos braços do madeiro!… Em todas as situações, a humildade pode entrar como elemento básico de solução para todos os problemas!…

Sim, meu amigo, sinto-me abandonada e só no mundo e temo o assédio dos homens pervertidos! Jesus me perdoará a decisão de adotar outros trajes aos olhos dos nossos irmãos da Terra, mas, na sua bondade infinita, sabe ele das necessidades prementes que me compelem a tomar essa insólita atitude. Além do mais, prometo, em nome de Deus, honrar a túnica que vestirei, possivelmente, em Alexandria, a serviço do Evangelho… Levarei comigo o filhinho que o Céu me concedeu, e suplicarei a Epifânio me permita velar por ele sob o céu africano, com as bênçãos de Jesus!

— Que o Mestre te abençoe os bons propósitos, filha!… Respondeu o ancião com uma expressão de júbilo sereno.

 

Ambos se sentiam dominados por intensa alegria íntima, como se fossem duas almas profundamente irmanadas de outros tempos, num reencontro feliz, depois de prolongada ausência.

Já os galos de Minturnes saudavam os primeiros clarões da madrugada. Beijando as mãos do velho benfeitor, com os olhos rasos de lágrimas, a jovem patrícia buscou, desta vez, o repouso noturno com a alma satisfeita, sem as angustiosas preocupações do dia seguinte, agradecendo a Jesus com a oração do seu amor e do seu reconhecimento.

No outro dia, a gente pobre daquele arrabalde de Minturnes ficou sabendo que um filho do ancião chegara de Roma para assistir-lhe os dias derradeiros.

Aproveitando os trajes antigos, que o seu benfeitor lhe apresentava para resolver a situação, Célia não hesitou em tomar o novo indumento, por fugir à perseguição irreverente de quantos poderiam abusar da sua fragilidade feminina.

 

O velho Marinho apresentava-a aos raros vizinhos que se interessavam pela sua saúde, como sendo um filho muito caro, e explicando que enviuvara recentemente, trazendo o netinho para iluminar as sombras da sua desolada velhice.

A filha dos patrícios, travestida agora pela força das circunstâncias num garboso rapaz imberbe, ocupava-se carinhosamente de todos os serviços domésticos, buscando servir ao ancião generoso com a mais desvelada solicitude.

Um fato, porém, veio impressionar amargamente o coração sensível de Célia. Fosse pelo trato deficiente que recebera até ali, ou pelas provações suportadas em tantas milhas de caminho, o pequenito começou a definhar, apresentando em breve todos os sintomas de morte inevitável.

Debalde o ancião empregou todos os recursos ao seu alcance, para assegurar a vida bruxuleante do inocentinho.

Tocada nas fibras mais sensíveis do seu coração, em virtude das revelações do avô, quanto à personalidade de Ciro, a jovem sentiu no íntimo dorido a repercussão dilatada de todos os padecimentos físicos do pequenino. Desejava amparar-lhe a existência com todas as energias do seu espírito dilacerado, operar um milagre com todas as suas forças afetuosas para arrebatá-lo às garras da morte, mas, em vão misturou lágrimas e preces nos seus arrebatamentos emotivos.

 

Contemplando-lhe a agonia, a criança parecia falar-lhe à alma carinhosa e sensível, com o olhar cintilante e profundo, no qual predominavam as expressões de uma dor estranha e indefinível.

Por fim, após uma noite de insônia dolorosa, Célia rogou a Jesus fizesse cessar, na sua misericórdia aquele quadro de intensa amargura. Cheia de fé, rogava ao Cordeiro de Deus que reconduzisse o seu bem-amado ao Plano espiritual, se esses eram os seus desígnios inescrutáveis. Ela que tanto o amava e tanto se havia sacrificado para conservar-lhe a luz da vida, estaria conformada com as decisões do Alto, como no dia em que o vira marchar para o sacrifício, exposto à perversidade dos homens impiedosos.

Como se fora ouvida a sua rogativa dolorosa, cheia de lágrimas de fé e esperança na bondade do Senhor, o inocentinho fechou os olhos da carne, para sempre, ao desabrochar da alvorada, como se o seu coração fosse uma andorinha celeste que, receosa das invernias do mundo, remontasse célere ao Paraíso.

 

Sobre o corpinho enrijecido, a filha de Helvídio carpiu a sua dor intraduzível, com lágrimas ardentes, experimentando a amargura das suas esperanças desfeitas e dos seus sonhos maternos desmoronados…

Todavia, a palavra sábia e evangélica do ancião de Minturnes ali estava para reergue-la de todos os abatimentos e, depois da hora angustiada da separação, ela buscou entronizar a saudade no santuário de suas preces humildes e fervorosas.

Sim, seu coração carinhoso sabia que Jesus não desampara, nunca, o espírito das ovelhas tresmalhadas nos abismos do mundo e, refugiando-se na oração, esperou que viessem do Alto todos os recursos espirituais necessários ao seu reconforto. Os vizinhos humildes impressionavam-se, sobremaneira, com aquele rapaz, de cujo semblante delicado irradiava-se uma terna simpatia, de mistura à tristeza inalterável, que tocava a sua personalidade de singulares encantos.

 

Uma noite serena, quando a alma cariciosa da Natureza se havia plenamente aquietado, Célia recolheu-se depois do serão habitual com o generoso velhinho, que lhe era como um pai devotado pelo coração, sentindo que força estranha lhe adormentava o cérebro exausto e dolorido.

Dentro em pouco, sem se dar conta da surpresa e aturdimento, viu-se diante de Ciro, que lhe estendia as mãos carinhosas, com um olhar de súplica e reconhecimento intraduzível.

— Célia — começou por dizer suavemente, enquanto ela se concentrava em doce emoção para ouvi-lo — não renegues o cálice das provações redentoras, quando as mais puras verdades nos felicitam o coração!… Depois de algum tempo na tua companhia, eis-me de novo aqui, onde devo haurir forças novas para recomeçar a luta!… Não entristeças com as circunstâncias penosas da nossa separação pelas sendas escuras do destino. És minha âncora de redenção, através de todos os caminhos! Jesus, na infinita extensão de sua misericórdia, permitiu que a tua alma, qual estrela do meu espírito, descesse das amplidões sublimes e radiosas para clarificar meus passos no mundo. Luz da abnegação e do martírio moral, que salva e regenera para sempre!…

 

Se as mãos sábias e justas de Deus me fizeram regressar aos Planos invisíveis, regozijemo-nos no Senhor, pois todos os sofrimentos são premissas de uma ventura excelsa e imortal! Não te entregues ao desalento, porque, antigamente, Célia, meu espírito se tingiu de luto quase perene, no fausto de um tirano! Enquanto brilhavas no Alto como um astro de amor para o meu coração cruel, decretava eu a miséria e o assassínio! Abusando da autoridade e do poder, da cultura e da confiança alheias, não trepidei em destruir esperanças cariciosas, espalhando o crime, a ruína e a desolação em lares indefesos! Fui quase um réprobo, se não contasse com o teu espírito de renúncia e dedicação ilimitadas! Ao passo que eu descia, degrau a degrau, a escada abominável do crime, no pretérito longínquo e doloroso, teu coração amoroso e leal rogava ao Senhor do Universo a possibilidade do sacrifício!…

 

E, sem medir as trevas agressivas e pavorosas que me cercavam, desceste ao cárcere de minhas impenitências!… Espalhaste em torno da minha miséria o aroma sublime da renúncia santificante e eu acordei para os caminhos da regeneração e da piedade! Tomaste-me das mãos, como o fizesses a uma criança desventurada e ensinaste-me a ergue-las para o Alto, implorando a proteção e misericórdia divinas! Já de alguns séculos teu espírito me acompanha com as dedicações santificadas e supremas! É que as almas gêmeas preferem chegar juntas às regiões sublimes da Paz e da Sabedoria, e, dentro do teu amor desvelado e compassivo, não hesitaste em me estender as mãos dedicadas e generosas, como estrela que renunciasse às belezas do céu para salvar um verme atolado num pântano, em noite de trevas perenes. E acordei, Célia, para as belezas do amor e da luz, e, não contente ainda, por me despertares, me vens auxiliando a resgatar todos os débitos onerosos… Teu espírito carinhoso e impoluto, não vacilou em sustentar-me, através das estradas pedregosas e tristes que eu havia traçado com a minha ambição terrível e desvairada! Tens sido o ponto de referência para minha alma em todos os seus esforços de paz e regeneração, na reconquista das glórias espirituais. Ao teu influxo pude testemunhar minha fé, no circo do martírio, selando, pela primeira vez, minha convicção em prol da fraternidade e do amor universal! Por ti, desterro de mim o egoísmo e o orgulho, sustentando todas as batalhas íntimas, na certeza da vitória!

 

Voltando ao mundo, fui novamente arrebatado aos teus braços materiais, em obediência às provas ríspidas que ainda terei que sustentar por largo tempo! Jesus, porém, que nos abençoa do seu trono de luz e misericórdia, de perdão e bondade infinita, permitirá que esteja contigo nos teus testemunhos de fé e humildade, destinados à exaltação espiritual de todos os seres bem-amados, que gravitam na órbita dos nossos destinos! E se Deus abençoar minhas esperanças e minhas preces sinceras, voltarei de novo para junto do teu coração, nas lutas ásperas!… Espera e confia sempre!… Na sua magnanimidade indefinível, permite o Senhor possamos voltar dos caminhos almos do túmulo, para consolar os corações ligados ao nosso e ainda retidos nos tormentos da carne… Somente lá, nas moradas do Senhor, onde a ventura e a concórdia se confundem, poderemos repousar no amor grande e santo, marchando de mãos dadas para os triunfos supremos, sem as inquietações e provas rudes do mundo!…

 

Por muito tempo a voz cariciosa de Ciro falou-lhe ao coração, propinando-lhe ao espírito sensível as mais santas consolações e as mais doces esperanças! No auge do seu deslumbramento espiritual, a jovem cristã experimentou as mais comovedoras alegrias, desejando que aquele minuto glorioso se prolongasse ao Infinito…

Quando a palavra do bem-amado parecia finalizar com um brando estacato, em vibrações silenciosas e profundas, Célia rogou-lhe que a acompanhasse em todos os seus lances terrestres, implorando-lhe assistência e proteção em todas as circunstâncias da vida; confiou-lhe seus pesares mais secretos e angustiosas expectativas, quanto à nova situação, mas Ciro parecia sorrir-lhe bondosamente, prometendo-lhe carinho incessante, através de todos os percalços e reafirmando a sua confiança no amparo do Senhor, que não haveria de abandoná-los…

 

No dia seguinte, ei-la reanimada, deixando transparecer no semblante a serenidade íntima do seu espírito.

O velhinho notou, com alegria, aquela mudança e, como se estivesse em preparativos constantes para a jornada do túmulo, não perdeu o ensejo para esclarecer a jovem todos os problemas que a esperavam na vida solitária de Alexandria. Com solicitude extrema, dava-lhe notícia de todos os pormenores; da vida nova a encetar, fornecendo-lhe o nome de antigos companheiros de fé e dando conta de todos os costumes da comunidade.

Célia, em trajes masculinos, ouvia-lhe a palavra carinhosa e benevolente, com o desejo íntimo de prolongar indefinidamente aquela vida bruxuleante, de modo a nunca mais separar-se daquele coração bondoso e amigo; mas, ao revés de suas mais caras esperanças, o estado do ancião agravou-se repentinamente. Todos os esforços foram baldados para lhe restituir o “tônus vital” do Plano físico e, assistido pela jovem, que tudo fazia por vê-lo restabelecido, o velho Marinho recebeu a visita do pretor da cidade, que, cedendo a instantes pedidos, vinha receber-lhe as derradeiras recomendações.

 

Apresentando a jovem como filho, o moribundo ordenou que lhe fossem entregues todas as suas parcas economias, antecipando que ele deveria partir para a África, tão logo se verificasse o seu óbito.

— Marinho — interpelou a autoridade, depois das necessárias anotações — será possível que este jovem participe das tuas superstições?

O generoso velhinho compreendeu o alcance da pergunta e respondeu com desassombro:

— De mim e por mim, não precisaremos cogitar das convicções religiosas, aqui de todos conhecidas, desde que entrei nesta casa! Sou cristão e saberei morrer, íntegro na minha fé!… Quanto a meu filho, que deverá partir para Alexandria, afim de amparar nossos interesses particulares, tem o espírito livre para escolher a ideia religiosa que mais lhe aprouver.

O pretor olhou com simpatia para o jovem triste e abatido, e exclamou:

— Ainda bem!….

 

Despedindo-se do moribundo, cujos instantes de vida pareciam prestes a extinguir-se, a autoridade deixava-os ambos com a precisa liberdade para trocarem as derradeiras impressões.

Marinho fez ver, então, à sua pupila, que aquela resposta hábil destinava-se a fazer com que o pretor de Minturnes lhe cumprisse a vontade, sem relutância, dentro dos dispositivos legais, recomendando-lhe todas as providências que a sua morte exigiria da sua inexperiência. Célia ouvia-lhe as exortações roucas e entrecortadas, extremamente acabrunhada, mas, como em todas as penosas circunstâncias da sua vida, confiava, em Jesus.

Após uma agonia excruciante de longas horas, em que a filha de Helvídio viveu momentos de indescritível emoção, o generoso Marinho abandonava o mundo, depois de longa existência, povoada de pesadelos terríveis e dolorosos. Seus olhos se fecharam para sempre, com uma lágrima, ao tombar do dia. Piedosamente, diante de alguns raros assistentes, Célia fechou-lhe as pálpebras, num gesto carinhoso e, ajoelhando-se, como se quisesse transformar as brisas da tarde em mensageiras dos seus apelos ao Céu, deixou que o coração se diluísse em lágrimas de saudade, suplicando a Jesus recebesse o benfeitor no seu reino de maravilhas, concedendo-lhe um recanto de paz, onde a alma exausta lograsse esquecer as tormentas dolorosas da existência material.

 

Dada a sua qualidade de cristão confesso, o velho de Minturnes teve uma sepultura mais que singela, que a filha do patrício encheu com as flores do seu afeto e mergulhando na sombra de uma soledade quase absoluta.

Dentro de poucos dias, o pretor entregou-lhe a pequena soma que Marinho lhe deixava, um pouco mais que o suficiente para a viagem em demanda da África distante. E, numa radiosa manhã de primavera, carregando no íntimo a sua serenidade triste e inalterável, a moça cristã, depois de uma prece longa e angustiosa sobre os túmulos humildes do pequenino e do ancião, na qual lhes rogava proteção e assistência, tomou o lugar que lhe competia numa galera napolitana que periodicamente recebia passageiros para o Oriente.

Sua figura triste, metida em roupas masculinas, atraia a atenção de quantos lhe faziam companhia eventual no grande cruzeiro pelo Mediterrâneo, mas, profundamente desencantada do mundo, a jovem se mantinha em silêncio quase absoluto.

 

O desembarque em Alexandria verificou-se sem incidentes dignos de menção. Todavia, seguindo as recomendações do benfeitor, junto dos seus conhecidos da cidade, viera a saber que o monastério demorava a algumas milhas de distância, pelo que houve de tomar um guia até o local do seu recolhimento.

O mosteiro, isolado, distava da cidade dez léguas mais ou menos, em marcha de quase um dia, apesar dos bons cavalos atrelados ao veículo.

A filha de Helvídio defrontou o grande e silencioso edifício na hora crepuscular, empolgada pela visão do casario amplo, entre a vegetação agreste. Sentiu, porém, um singular descanso mental, naquela soledade imponente que parecia acolher todos os corações desolados.

Puxando o cordel que ligava o portão de entrada, ouviu, ao longe os sons de pesada sineta, cujo ruído estranho parecia despertar um gigante adormecido.

 

Daí a instante, os velhos gonzos rangiam pesadamente, deixando entrever um homem trajado com uma túnica cinzento-escura, semblante grave e triste, que interpelava a jovem transformada num rapaz de fisionomia tristonha, nestes termos:

— Irmão, que desejais do nosso retiro de meditação e oração?

— Venho de Minturnes e trago uma carta de meu pai, destinada ao Senhor Aufídio Prisco.

— Aufídio Prisco? — Perguntou o porteiro admirado.

— Não é ele, aqui, o vosso superior?

— Referi-vos ao pai Epifânio?

— Isso mesmo.

— Escutai-me — ponderou o irmão porteiro, complacente — sois, porventura, o filho de Marinho, o companheiro que daqui partiu há cerca de dois anos, afim de vos trazer ao nosso recolhimento?

— É verdade. Meu pai chegou, há muito tempo aos portos da Itália, onde nos encontramos; todavia, sempre doente, não logrou a ventura de acompanhar-me à soledade das vossas orações.

— Morreu? — Revidou o interlocutor extremamente admirado.

— Sim, entregou a alma ao Senhor, há muitos dias.

— Que Deus o tenha em sua santa guarda!

 

Dito isso, pôs-se a meditar um instante, como se tivesse o pensamento mergulhado em preces fervorosas.

Em seguida, contemplou com muita ternura o jovem humilde e triste, exclamando significativamente:

— Agora que já sei donde vindes e quem sois, eu vos saúdo em nome de Nosso Senhor Jesus-Cristo.

— Que o Mestre seja louvado respondeu a filha de Helvídio Lúcius, com os seus modos singelos.

— Não haveis de reparar vos tenha recebido com prudência, à primeira vista… Atravessamos uma fase de intensas e amarguradas perseguições, e os servos do Senhor, no estudo do Evangelho, devem ser os primeiros a observar se os lobos chegam ao redil com vestes de cordeiro.

— Compreendo…

— Não desejo aborrecer-vos com indagações descabidas, mas, pretendeis adotar a vida monástica?

— Sim — respondeu a jovem timidamente — e, assim procedendo, não só obedeço a uma vocação inata, como satisfaço a uma das maiores aspirações paternas.

— Estais informado das exigências desta casa?

— Sim, meu pai m’as revelou antes de morrer.

 

O irmão porteiro deitou o olhar para todos os lados e, observando que se encontravam a sós, exclamou em voz discreta:

— Se trazeis a esta casa uma vocação pura e sincera, acredito que não tereis dificuldade em observar as nossas disciplinas mais rígidas; contudo, devo esclarecer-vos que pai Epifânio, como diretor desta instituição, é o espírito mais ríspido e arbitrário que já conheci na minha vida. Este retiro de oração é o fruto de uma experiência que ele começou com o vosso digno pai, há mais de vinte anos. A princípio, tudo ia bem mas, nos últimos anos o velho Aufídio Prisco vem abusando largamente da sua autoridade, máxime, depois da partida do Irmão Marinho para a Itália. Daí para cá, pai Epifânio tornou-se despótico e quase cruel. Aos poucos vai transformando este pouso do Senhor em caserna de disciplina militar, onde ele recebeu a educação dos primeiros anos.

A neta de Cneio Lúcius ouvia-o profundamente admirada.

 

Pela amostra da portaria, seu espírito observador compreendeu, de pronto, que o retiro dos filhos da oração estava igualmente assomado das intrigas mais penosas.

Todavia, enquanto coordenava as suas considerações íntimas, o Irmão Filipe continuava:

— Imaginai que o nosso superior vem transformando a ordem de todos os ensinamentos, criando as mais incríveis extravagâncias religiosas. Em contraposição aos ensinamentos do Evangelho, obriga-nos chamar-lhe “pai” ou “mestre”, nomes que o próprio Jesus negou-se a aceitar na sua missão divina. Além de inventar toda a sorte de trabalhos para os quarenta e dois homens desencantados do mundo, que estacionam aqui, vem aplicando as lições de Jesus à sua maneira. Se bem nada possamos revelar lá fora, a bem do caráter cristão da nossa comunidade, é lastimável observar que todo o recinto está cheio de símbolos que nos recordam as festividades materiais dos deuses cruéis. E nada poderemos dizer em tom de crítica ou de censura, porquanto o pai Epifânio manda em nós como um rei.

 

A jovem ainda não conseguira manifestar a sua opinião, dada a fluência com que o porteiro discorria, quando lhes chegou o ruído de uns passos fortes que se aproximavam. Filipe calava-se, como quem já estivesse habituado a cenas como aquelas, e, modificando a expressão fisionômica, exclamou com voz abafada:

— É ele!…

Célia, metida nos seus trajes estranhos e pobres, não conseguiu dissimular o espanto.

No limiar de uma porta ampla, surgia a figura de um velho septuagenário, cujos caracteres fisionômicos apresentavam a mais profunda expressão de convencionalismo e orgulhosa severidade. Vestia-se como um sacerdote romano nos grandes dias dos templos politeístas e, apoiado a uma bengala expressiva, passeava por toda parte o olhar fulgurante, como a procurar motivos de irritação e desagrado.

— Filipe — exclamou ele em tom intempestivo.

— Mestre — exclamou o irmão da portaria, com a mais fingida humildade — apresento-vos o filho de Marinho, que o seu coração de pai não pôde acompanhar até aqui, dada a surpresa da morte, em Minturnes.

 

Ouvindo aquele esclarecimento inesperado, Epifânio caminhou para o jovem que lhe era inteiramente desconhecido, pronunciando quase secamente a saudação evangélica, como se fora um leão utilizando a legenda de um cordeiro:

— Paz em nome do Senhor!

Célia respondeu, conforme o seu venerando amigo lhe havia ensinado antes da morte, entregando ao superior da comunidade a carta paternal.

Depois de passar rapidamente os olhos pelo pergaminho, Epifânio acentuou com austeridade:

— Marinho deve ter morrido com todo o seu idealismo de cigarra.

E como se houvera pronunciado aquele conceito tão somente para si mesmo, acrescentou com a sua expressão severa, dirigindo-se à jovem:

— Desejas, de fato, permanecer aqui?

— Sim, meu pai — respondeu o suposto rapaz, entre tímido e respeitoso — continuar as tradições de meu pai foi sempre o meu desejo, desde a infância.

 

Aquele tom humilde agradou a Epifânio, que lhe obtemperou menos agressivo:

— Sabes, porém, que a nossa organização é constituída de cristãos convertidos, que possam cooperar em nossos esforços não somente com o valor espiritual, mas também com os recursos financeiros imprescindíveis às nossas realizações? Teu pai não te deixou pecúlio algum, após haver baixado ao sepulcro em Minturnes?

— Minha herança cifrou-se, apenas, ao capital indispensável à viagem até Alexandria. Entretanto — acentuou inocentemente — meu pai revelou-me, há tempos, que a sua pequena fortuna foi empregada aqui, asseverando-me que a administração da casa saberia acolher-me, recordando os seus serviços.

— Ora — revidou Epifânio, evidenciando contrariedade — fortuna por fortuna, todos os que descansam neste retiro, tiveram-na no mundo, trazendo os seus melhores valores para esta casa.

— Mas meu pai — implorou Célia com sincera humildade — se existem aqui os que descasam, devem existir igualmente os que trabalham. Se não tenho dinheiro, tenho forças para servir a instituição nalguma coisa. Não me negueis a realização de um ideal tanto tempo acariciado.

 

O superior parecia comovido, revidando com ênfase:

— Está bem. Farei por ti quanto estiver ao meu alcance.

E mandando Filipe ao interior, em busca de um grande livro de apontamentos, iniciou minucioso interrogatório:

— Seu nome?

— O mesmo de meu pai.

— Onde nasceu?

— Em Roma.

— Onde recebeu o batismo?

— Em Minturnes.

 

E após as detalhadas inquirições, Epifânio falou-lhe ríspido, investido na sua austera superioridade:

— Atendendo à tua vocação e à memória de um velho companheiro, ficarás conosco, laborando nos serviços da casa. Quero, contudo, esclarecer-te que, aqui dentro, faço cumprir rigorosamente o Evangelho do Senhor, de acordo com a minha vontade, inspirada do Alto. Depois de muitos anos de experiência, reconheci que o pensamento evangélico terá de organizar-se segundo as leis humanas, ou não poderá sobreviver para a mentalidade do futuro. Os cristãos de Roma, como os da Palestina, padecem de uma hipertrofia de liberdade que os leva, instintivamente, à disseminação de todos os absurdos. Aqui, todavia, a disciplina cristã haverá de caracterizar-se pela abdicação total da própria vontade.

A jovem escutou-o serenamente, guardando no íntimo as suas impressões particulares, de quanto lhe era dado observar, enquanto Epifânio a encaminhava ao interior, apresentando-a aos demais companheiros.

Transformada no Irmão Marinho, Célia passou e viver a sua vida nova, singular e desconhecida.

 

O mosteiro vasto onde se reuniam mais de quatro dezenas de cristãos ricos, desiludidos dos prazeres do mundo, era bem um dos pontos de partida do segundo século para o Catolicismo e para o sacerdócio organizado sobre bases econômicas, eliminatórias de todas as florações do messianismo.

Reparou que ali não mais havia a simplicidade das catacumbas. A simbologia pagã parecia invadir todos os departamentos da casa. Aqueles romanos convertidos não dispensavam as fórmulas de oração aos seus antigos deuses. Por toda parte pendiam cruzes grandes e pequenas, talhadas em mármore ou madeira, esculturadas em moldes diversos. Havia salas de preces em que repousavam imagens do Cristo, de marfim e de cera prateada, dormindo inertes entre verdadeiros tufos de rosas e violetas. O culto exterior do politeísmo parecia redivivo, indestrutível e inelutável. Para a sua manutenção, notava ela a mesma intriga dos padres flamíneos,  de Roma, figurando-se-lhe que o Evangelho, ali, constituía mero pretexto para galvanizar as crenças mortas.

 

O espírito formalista de Epifânio buscara dotar o estabelecimento de todas as convenções imprescindíveis.

Um sino anunciava a mudança das meditações, a hora do trabalho, das preces, das refeições, e o tempo destinado ao repouso do espírito.

O sentido da espontaneidade da lição do Senhor no Tiberíades,  por conciliar a possibilidade e a necessidade dos crentes, havia desaparecido. A convenção implacável de Epifânio regulamentava todos os serviços.

O mais interessante é que, naqueles monastérios remotos da África e da Ásia, onde se acolhiam os cristãos receosos das perseguições inflexíveis da Metrópole, já existiam as famosas “”, isto é, a reunião íntima de todos os membros da comunidade, para repasto das intrigas e dos pontos de vista individual.

 

Célia estranhou que, dentro de um instituto cristão por excelência, pudessem vigorar aberrações como essa que vinha diretamente dos colégios romanos, onde pontificavam sacerdotes flamíneos ou vestais;  mas era obrigada a aceitar as ordens superiores, sem deixar transparecer o seu desencanto. Condenando, embora, tais manifestações nocivas do culto exterior, a filha de Helvídio em breve conquistaria a admiração e confiança de todos, pela retidão do proceder, a evidenciar os mais elevados atos de humildade e compreensão do Evangelho. De trato ameníssimo, com o amavio das suas palavras carinhosas e amigas, o Irmão Marinho transformava-se no ímã de todas as atenções, edificando as afeições mais puras naquele convívio singular.

 

Contudo, alguém havia ali que guardava o mais venenoso despeito em face da sua vida pura. Esse alguém era Epifânio, cujo espírito despótico e original se habituara a mandar em todos os corações, com brutalidade e aspereza. A circunstância de nada encontrar no filho do antigo companheiro, que merecesse censura, irritava-lhe o espírito titânico. Nas horas do Capítulo observava que as opiniões do Irmão Marinho triunfavam sempre, pela sublime compreensão de fraternidade e de amor, de que davam pleno testemunho. A jovem, porém, não obstante estranhar-lhe as atitudes, não podia definir os gestos rudes do superior, dentro da sua candidez espiritual.

Certo dia na hora consagrada às intrigas e devassas, que antecederam, no Catolicismo, o instituto da , cheio de austeridade e artificialismo, Epifânio fez longa preleção sobre as tentações do mundo, dizendo dos seus caminhos abomináveis e das trevas que inundavam o coração de todos os pecadores, envolvendo todas as coisas da vida na sua condenação e na sua fúria religiosa.

 

Terminada a palestra fanática, solicitou, ao modo das primeiras assembleias cristãs, que todos os irmãos se pronunciassem sobre a preleção, mas, enquanto todos aprovavam os conceitos, irrestritamente; Célia, na sua inocente sinceridade, replicou:

— Mestre Epifânio, vossa palavra é extremamente respeitável para quantos laboram nesta casa, mas peço licença para ponderar que Jesus não deseja a morte do pecador… (Ez 18:23) Suponho justo que nos refugiemos neste retiro, até que passe a onda sanguinária das perseguições aos adeptos do Cordeiro; todavia, amainada a tempestade, acho imprescindível que regressemos ao mundo, mergulhando-nos em suas lutas dolorosas, porque, sem esses campos de sofrimento e trabalho, não poderemos dar o testemunho da nossa fé e da nossa compreensão do amor de Jesus.

O diretor espiritual lançou-lhe um olhar sombrio, enquanto toda a assembleia parecia satisfeita com a oportunidade daquele esclarecimento.

— No próximo Capítulo prosseguiremos, então, com os mesmos estudos, — disse Epifânio em tom quase rude, visivelmente contrariado com o argumento irretorquível, apresentado contra a sua inovação despótica, em detrimento dos ensinamentos evangélicos.

 

No dia seguinte, o Irmão Marinho foi chamado ao gabinete do superior, que lhe dirigiu a palavra nestes termos:

— Marinho, nosso Irmão Dioclécio, provedor desta casa há mais de dez anos, encontra-se alquebrado, doente, e eu preciso confiar esse encargo a alguém, cuja noção de responsabilidade me dispense de sindicâncias e cuidados especiais. Dessarte, de amanhã em diante, ficarás com o encargo de ir ao mercado mais próximo, duas vezes por semana, de modo a cuidares convenientemente das pequenas provisões do mosteiro.

A jovem acolheu a recomendação, agradecendo a confiança a ela deferida e, com semelhante providência, a palavra de Epifânio, nos dias do Capítulo, já não seria perturbada pelas suas observações simples e portadoras dos melhores esclarecimentos evangélicos.

 

O mercado distava três léguas do convento, porquanto estava situado numa grande povoação na estrada de Alexandria. Desse modo, em sua caminhada a pé, sobraçando dois cestos enormes, a filha de Helvídio era obrigada a pernoitar na única estalagem ali existente, visto ter de esperar a parte da manhã seguinte, quando o mercado exibia os seus produtos.

Aquelas jornadas semanais cansavam-na sobremaneira, a princípio; mas, pouco a pouco, foi-se habituando ao novo imperativo de suas obrigações. Aproveitando a solidão dos caminhos para os melhores exercícios espirituais, não só relia velhos pergaminhos contendo os princípios do Evangelho e as narrativas dos Apóstolos, como exercitava as mais sadias meditações, nas quais deixava o coração evolar-se em preces cariciosas ao Senhor.

No mosteiro todos os irmãos respeitavam-na. Por seus atos e palavras, ela centralizava os afetos gerais, que lhe cercavam o espírito de consideração e de amor desvelado…

 

Três anos passaram, sem que um só dia desse prova de desânimo ou de revolta, de indecisão ou de amargura, consolidando cada vez mais as suas tradições de virtude irrepreensível.

Na povoação mais próxima; igualmente, onde os serviços do mercado a convocavam no cumprimento do dever, todos lhe apreciavam os generosos dotes d’alma, mormente na hospedaria em que pernoitava duas vezes por semana.

Acontece, porém, que Menênio Túlio, o hospedeiro tinha uma filha de nome Brunehilda, que reparara os belos traços fisionômicos do Irmão Marinho, tomada de singulares impressões. Embalde se ataviava para lhe provocar a atenção sempre voltada para os assuntos espirituais, irritando-se, intimamente, com a sua afetuosa indiferença, sempre cordial e fraterna.

Longos meses transcorreram, sem que Brunehilda pudesse desvendar o mistério daquela alma esquiva, cheia de beleza e delicada masculinidade, aos seus olhos, enquanto o Irmão Marinho, dentro de suas elevadas disposições espirituais, nunca chegou a perceber a bastardia dos pensamentos e intenções da jovem, que, tantas vezes, o cumulava de gentilezas cariciosas.

 

Foi então que Brunehilda, desenganada nos seus propósitos inconfessáveis, passou a relacionar-se com um soldado romano, amigo de seu pai e da família, recém-chegado da Capital do Império e cheio de ousadias e atitudes insinuantes.

Em breve, a filha do estalajadeiro inclinava-se para o desfiladeiro da perdição, ao passo que o sedutor da sua alma inquieta e versátil ausentava-se propositalmente, regressando a Roma, depois de obter o consentimento dos superiores.

Abandonada à sua prova aspérrima, Brunehilda procurou disfarçar os seus angustiosos pensamentos íntimos. Com a alma tomada de inquietações em face da severidade dos princípios familiares, desejava morrer de modo a eliminar todos os resquícios da falta e desaparecendo para sempre. Faltava-lhe, porém, o ânimo para realizar tão odioso crime.

Dia chegou, contudo, em que não mais pôde ocultar, aos olhos paternos, a realidade.

 

Recolhendo-se ao leito na véspera de receber o fruto dos seus amores, foi obrigada a cientificar Menênio de quanto ocorria. Tomado de dor selvagem, o coração paterno obrigou a filha a confessar-se plenamente, afim de poder vingar-se. Brunehilda, contudo, no instante de revelar o nome de quem a infelicitara, sentiu o pavor da situação, dizendo caluniosamente:

— Meu pai, perdoai-me a falta que vos desonra o nome, respeitável e impoluto, mas quem me levou a transigir tão penosamente com os sagrados princípios familiares, que nos ensinastes, foi o Irmão Marinho com a sua delicadeza capciosa…

Menênio Túlio sentiu o coração abrir-se em chaga viva. Nunca poderia imaginar semelhante coisa. O Irmão Marinho consolidara no seu conceito as mais confortadoras esperanças, e ele confiava na sua conduta como confiaria no melhor dos amigos.

Mas, ante a evidência dos fatos, exclamou em voz ríspida:

— Pois bem, minha casa não ficará, com essa mancha indelével. Tua prevaricação não desonrará o nome de minha família, porque ninguém saberá que acedeste aos propósitos criminosos do infame! Eu mesmo levarei a criança a Epifânio, afim de que os seus sequazes considerem a enormidade desse crime! Se tanto for necessário, não desdenharei empunhar a espada em defesa do círculo sagrado da família, mas preferirei humilhá-los, devolvendo ao sedutor o fruto da sua covardia!…

 

Com efeito, dissimulando a dor imensa do seu coração e do seu lar, Menênio Túlio, no dia seguinte, ao alvorecer, marchou para o mosteiro levando consigo um pequeno cesto, de que um mísero pequenino era o singular conteúdo.

Chamado à portaria pelo Irmão Filipe, quando o sol ia alto, afim de atender à insistência do visitante, o superior da comunidade ouviu os impropérios de Menênio, com o coração gelado de rancor. Cientificado de todas as confissões de Brunehilda, em relação a Marinho, mestre Epifânio mandou chamá-lo à sua presença, com a brutalidade dos seus gestos selvagens.

— Irmão Marinho — exclamou o superior para filha de Helvídio que o escutava, amargurada e surpreendida — então é assim que demonstras gratidão a esta casa? Onde se encontram as tuas avançadas concepções do Evangelho, que não te impediram de praticar tão nefando delito? Recebendo-te no mosteiro e confiando-te uma missão de trabalho neste retiro do Senhor, depositei nos teus esforços uma sagrada confiança de pai. Entretanto, não hesitaste em lançar o nosso nome ao escândalo, enxovalhando uma instituição que nos é sumamente venerável ao espírito!

 

Observando a miserável criança, junto do estalajadeiro, que lhe não correspondera à saudação, a jovem interrogou, enquanto Epifânio fazia uma pausa:

— Mas, de que me acusam?

— Ainda o perguntas? — revidou Menênio Túlio, de faces congestas — Minha desventurada filha revelou-me a tua ação torpe, não vacilando em levar ao meu lar honesto a lama da tua concupiscência. Estás enganado se supões que minha casa vá acolher o fruto criminoso das tuas desregradas paixões, porque esta miserável criança ficará nesta casa, afim de que o pai, infame, resolva o seu destino.

Depois de pronunciar estas palavras acrescidas de impropérios ao suposto conquistador da filha, o estalajadeiro retirou-se, ante o pasmo de Célia e de Epifânio, deixando ali a criança mísera, em completo abandono.

 

A jovem compreendeu, num relance, que o mundo espiritual exigia um novo testemunho da sua fé e, enquanto caminhava, quase serenamente, para tomar nos braços o inocentinho, o superior da comunidade o advertia colérico:

— Irmão Marinho, esta casa de Deus não pode tolerar por mais tempo a tua escandalosa presença. Explica-te! Confessa as tuas faltas, afim de que a minha autoridade possa cuidar das providências oportunas e necessárias!…

Célia, em poucos instantes, mergulhou o pensamento dolorido nas meditações indispensáveis, e, valendo-se da mesma fé intangível e cristalina que lhe havia orientado todos os penosos sacrifícios do destino, exclamou com humildade:

— Pai Epifânio, quem comete um ato dessa natureza é indigno do hábito que nos deve aproximar do Cordeiro de Deus! Estou pronto, pois, a aceitar com resignação as penas que a vossa autoridade me impuser!….

— Pois bem — replicou o superior na sua orgulhosa severidade — deves sair imediatamente do mosteiro, levando contigo essa criança miserável!…

 

Nesse instante, porém, quase todos os religiosos se haviam aproximado, observando a relevância da cena. Custava-lhes crer na culpabilidade do Irmão Marinho, que ali se encontrava humilde, evidenciando a mais consoladora serenidade no brilho calmo dos olhos úmidos.

E, sentindo que todos os companheiros eram simpáticos à sua causa, a filha de Helvídio, com uma inflexão de voz inesquecível, ajoelhou-se diante de Epifânio e pediu:

— Meu pai, não me expulseis desta comunidade para sempre!… Não conheço as regiões que nos rodeiam! Sou ignorante e encontro-me doente! Não me desampareis; considerando a palavra do Divino Mestre, que se afirmava como o recurso de todos os enfermos e desvalidos deste mundo! Se tenho a alma indigna de permanecer neste retiro de Jesus, dai-me a permissão de habitar o casebre abandonado ao pé do horto. Eu vos prometo trabalhar de manhã à noite, no amanho da terra, afim de esquecer os meus desvios… Pai Epifânio, se não me concederdes essa graça, por mim, concedei-a por este pequenino abandonado, para quem viverei com todas as forças do meu coração!…

 

Chorava copiosamente ao fazer a dolorosa rogativa. No íntimo, o orgulhoso Aufídio Prisco, que desejava, aplicar o Evangelho à sua maneira, quis negar, mas, num relance, notou que todos os companheiros da comunidade estavam comovidos e apiedados.

— Não resolverei por mim — clamou exasperado — todos os membros do mosteiro deverão considerar estranha e descabida a tua solicitação.

Todavia, consultados os companheiros, para quem a jovem caluniada erguia os olhos súplices, houve um movimento geral favorável à filha de Helvídio. Epifânio não conseguiu a desejada recusa e, endereçando aos seus benfeitores um carinhoso olhar de agradecimento, o Irmão Marinho abandonou o recinto, erguendo corajosamente a criancinha nos braços e retirando-se para a choupana abandonada, ao pé do imenso horto do mosteiro.

 

Dessa vez, Célia não se entregou à peregrinação por caminhos ásperos, mas só Deus poderia testificar dos seus imensuráveis sacrifícios. Com inauditas dificuldades, buscou adaptar-se, com o pequenino, à sua nova vida, à custa dos mais ingentes trabalhos; na sua soledade dolorosa, a cujas angústias alguns irmãos do mosteiro estendiam mãos carinhosas.

Lembrando-se de Ciro, cercava o pequenito de todos os cuidados, esperando que Jesus lhe concedesse forças para o integral cumprimento de suas provações.

Durante o dia, trabalhava exaustivamente no cultivo das hortaliças, aproveitando os crepúsculos para as meditações e os estudos, que pareciam povoados de seres e de vozes carinhosas do Invisível.

 

Dia houve em que uma pobre mulher do povo passava pelo sítio, a pé, com um filhinho quase agonizante, buscando as estradas de Alexandria à cata de recursos. Era de tarde. Batendo à porta humilde do Irmão Marinho, este levantou-lhe as fibras d’alma abatida, convidando-a às preciosas meditações do Evangelho. Solicitado com insistência pela humilde criatura para impor as mãos, qual faziam os apóstolos de Jesus, sobre o doentinho, tal o ambiente de confiança e de amor que sabia criar com as suas palavras, Célia, entregando-se a esse ato de fé, pela primeira vez, teve a ventura de observar que o pequeno agonizante recuperava o alento e a saúde, num sorriso. Então, a mulher do povo prosternou-se ali mesmo, rendendo graças ao Senhor e misturando as suas lágrimas com as do Irmão Marinho, que também chorava de comoção e agradecimento.

Desde esse dia, nunca mais a casinhola do horto deixou de receber os pobres e aflitos de todas categorias sociais, que lá iam rogar as bênçãos de Jesus, através daquela alma pura e simples, santificada pelos mais acerbos sofrimentos.




de Emmanuel — Minturnes,  mais tarde passou a chamar-se Trajetta.

 


Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

mt 12:46
Sabedoria do Evangelho - Volume 3

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 3
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 12:46-50


46. Enquanto ele ainda falava à multidão, a mãe e os irmãos dele estavam de fora, procurando falar-lhe.


47. E alguém disse-lhe: "olha, tua mãe e teus irmãos estão lá fora e procuram falarte".


48. Mas ele respondeu ao que lhe falava: "quem é minha mãe e quem são meus irmãos"?


49. E estendendo a mão para seus discípulos, disse: "Eis minha mãe e meus irmãos;


50. porque aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe"! Mc 3:20-21 e Mc 3:31-35


20. E entrou em casa; e mais uma vez a multidão afluiu de tal modo que nem sequer podiam comer pão.


21. Quando seus parentes souberam disso, saíram para segurá-lo, porque, diziam está fora de si"


31. Chegaram sua mãe e seus irmãos; e ficando do lado de fora, mandaram chamá-lo.


#fonte 32. E muita gente estava sentada ao redor dele e disseram-lhe: "Olha, tua mãe e teus irmãos [e tuas irmãs] estão lá fora e te procuram".


33. Ele perguntou-lhes dizendo: "quem é minha mãe ou meus irmãos"?


34. E olhando em torno para os que estavam sentados em roda, disse: "eis minha mãe e meus irmãos;


35. pois quem fizer a vontade de Deus, esse é irmão, irmã e mãe".


LC 8:19-21


19. Vieram ter com ele sua mãe e seus irmãos, e não podiam aproximar-se dele por causa da multidão.


20. E foi-lhe dito: "Tua mãe e teus irmãos estão lá fora querendo ver-te".


21. Ele, porém, respondendo, disse-lhes: "minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a praticam".


Aqui são-nos apresentados os familiares de Jesus, numa cena curta e objetivas. Jesus achava-se em casa, e a multidão o comprimia de tal forma que ninguém podia chegar até ele (cfr. MC 2:1-2; vol. 2. º pág. 81). E quando se apresentam Sua Mãe e Seus irmãos e querem falar-Lhe.


Em Mateus, o vers. 47 parece apócrifo, pois falta nos códices aleph e B, em quatro manuscritos, nas versões siríacas (sinaítica e curetoniana) e na saídica. Por isso não é aceito por Hort, Soden, Tischendorf, Lagrange e Pirot. Com efeito é redundante, com um pormenor desnecessário, podendo passar-se do 46 ao 48.


Em Marcos, que apesar de mais sucinto é o que traz mais minúcias, a cena é descrita em dois lances.


No primeiro dá-nos ciência de que seus parentes (hoi par’autou) vieram a saber, em Nazaré (que distava de Cafarnaum cerca de 30 km) do que se passava com Jesus. As notícias chegam sempre aumentadas, mormente após caminharem trinta quilômetros! Tão exageradas, que seus "parentes" o julgaram" fora de si" e foram depressa "para segurá-lo", a fim de impedir que Seu entusiasmo e Sua exaltação mística Lhe prejudicassem a saúde. A expressão "fora de si" é usada por Paulo (2CO 5:13) para exprimir exatamente o êxtase místico, e não (como traduziu a Vulgata) a loucura.


Entre a notícia recebida e a chegada a Cafarnaum, Jesus tem tempo de discutir com os escribas de Jerusalém.


Quando seus "parentes" chegam, é que ficamos sabendo de quem se tratava: "sua mãe, seus irmãos e suas irmãs".


A expressão "suas irmãs" está nos códices A, D, E, F, H, M, S, U, V, Gama, e na maior parte das antigas versões latinas; é aceita por Soden e Merck; Vogel e Nestle a colocam entre colchetes. Não aparece nos códices Aleph, E, C, G, K, Delta, Pi, 1, 13, 33 e 69 e na Vulgata, sendo recusada por Westcott-Hort, Souter, Swete, Lagrange e Pirot.


A pergunta, aparentemente desrespeitosa para com Sua mãe, vem demonstrar que Jesus. Em Sua missão, não está preso pelos laços sanguíneos, tão frágeis que só vigoram numa dada encarnação. A família espiritual é muito mais sólida, pois os vínculos são espirituais (sintônicos) e não materiais (sangue e células perecíveis). Jesus não pode subordinar-se às exigências do parentesco terreno, mesmo em se tratando de Sua mãe. Com o olhar benévolo sobre os que O rodeavam, Jesus lança Sua doutrina nítida: o ideal é superior aos laços de sangue; a família espiritual é mais importante que a natural e sobreleva a ela. Nem se diga que há mais obrigação de cuidar dos "próximos" consanguíneos, mais do que dos estranhos, já que aqueles constituem uma "obrigação" (e por isso os romanos os designavam com a palavra "necessários"), e os outros "apenas" amizade. Não vale isso: pois se os parentes consanguíneos realmente amam o idealista e querem sua presença e assistência constante, por que também não se tornam seus discípulos espirituais e o acompanham por toda parte como os demais adeptos?


Para o que se dedica ao ministério espiritual contam apenas, como "parentes" aqueles que lhes bebem os ensinos e dele se aproveitam para evoluir. Se os consanguíneos quiserem, podem agregar-se aos discípulos (como o fizeram os irmãos de Jesus Tiago e Judas Tadeu, que até se tornaram Seus emissários (apóstolos).


Quanto aos quatro irmãos de Jesus (Tiago, Judas Tadeu, Simão e José) e às duas irmãs (Maria e Salomé), já apresentamos o problema do parentesco no vol. 2. º, pág- 111-112.


A lição de Jesus (individualidade) quanto ao modo de serem tratados os parentes consanguíneos, vale hoje e sempre. Não é o fato, repitamos, de haver um laço de parentesco, que pode desviar o curso evolutivo de um espírito. O parentesco espiritual de fraternidade REAL com todas as criaturas (porque filhos do mesmo PAI celestial), é muito mais forte; e Jesus ensina (categoricamente: "a ninguém na Terra chameis vosso Pai, porque só um é vosso Pai: aquele que está nos céus" (MT 23:9), ou seja, no imo do coração: a Centelha Divina, o Cristo Interno.


Os parentes - inclusive pai, mãe, irmãos e irmãs - são acidentes temporários que se desfazem ao terminar essa encarnação, renovando-se a cada novo nascimento (salvo exceções em que se verifica uma repetição que, por vezes, dura duas ou três vidas).


Mas os sintonicamente afins, esses seguem em grupos homogêneos que, mesmo sem parentesco físico algum, se reencontram seguidamente durante milênios.


Outra lição que depreendemos do texto, é que os parentes representam os veículos do espírito (físico, etérico, astral e intelecto), que são os "parentes" terrenos mais próximos e chegados ao espírito encarnado.


E a descrição do modo de tratá-los mereceu um tratado especial, o Bhagavad-Gita.


A cena evangélica, neste passo, mostra-nos como a individualidade deve tratar seus veículos. Muitas vezes o Espírito se retira ou trabalha, na meditação ou no estudo; e os veículos físicos vêm chamá-lo, porque o acham "fora de si", desequilibrado. Mas o Espírito, de acordo com a lição de Jesus, precisa colocá-los em seu devido lugar. Eles têm que ser veículos que façam a vontade do Pai (Centelha Divina) e conduzam à espiritualização. Se quiserem atrapalhar, conclamando o Espírito para satisfação dos apelos do físico, das sensações do etérico; das emoções desequilibradas do astral e dos prazeres puramente intelectuais, não devem ser atendidos, mas rejeitados, enquanto o Espírito busca seus pares, os que estão na mesma faixa vibratória.


As exigências fisiológicas tendem sempre a afastar o Espírito de sua ascensão evolutiva, e por isso a personalidade é, realmente, um "satanás" ou "diabo", que tenta desviar todos os impulsos que levam ao Sistema, ao pólo positivo - que é árduo de conquistar - para arrastá-lo para o pólo negativo, onde tudo é mais fácil, agradável e satisfatório. Mas o Espírito, prevenido pelo ensino do Mestre, recusa ouvir-lhe essas exigências, e lhe responde autoritariamente que, se quiserem algo dele, o acompanhem em sua evolução, como servos dóceis e eficientes.


mt 12:46
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 21
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 7:2-9


2. Estava próxima a festa dos judeus, a das cabanas.


3. Disseram-lhe então seus irmãos: "Parte daqui e vai para a Judeia, para que também teus discípulos vejam as obras que fazes,


4. pois ninguém faz nada em segredo e procura ele mesmo estar em público. Se fazes essas coisas, manifesta-te ao mundo".


5. Pois nem seus irmãos acreditavam nele.


6. Disse-lhes, então, Jesus: "Minha época ainda não está presente; mas vossa época está sempre presente.


7. O mundo não pode odiar-vos, mas a mim odeia, porque eu testifico a respeito dele, que suas obras são más.


8. Subi vós a esta festa; eu não subo a esta festa, porque meu tempo ainda não está completado".


9. Tendo-lhes dito isto, ficou na Galileia.


Estamos em fins de setembro ou princípios de outubro do ano 30, já que a festa dos Tabernáculos (em hebraico hag hasseqot, "festa da cabanas": em grego skênopêgía ou heortê skênôn, "festa das tendas") era celebrada entre 14 e 21 de Tishri, ou seja, mais ou menos entre 1 e 8 de outubro. Constituía uma das três grandes solenidades em que os israelitas eram obrigados a ir a Jerusalém.


A festa foi estabelecida e regulamentada em Êxodo (23:15-16 e 34:22), no Levítico 23:34-3, no Deuteronômio 16:13-3 e em 2. º Esdras 8:14-3 e tinha duplo objetivo: agradecer as colheitas do ano (EX 23:16) e comemorar a longa estada dos israelitas no deserto, onde habitavam em tendas (LV 23 : 43). Durante os oito dias eram feitas ofertas especiais (NM 29:12-38).


Os homens dirigiam-se a Jerusalém carregando ramos de oliveiras, mirta, palmeiras, cidra ou salgueiro, cantando a palavra Hosanna (Salmo 118:25) "salva agora" ou "salva-nos, te pedimos", seguida da expressão "Bendito o que vem em nome de YHWH" (Salmo, 118:26).


Durante os dias da festa (todos eles "feriados"), os israelitas saíam do conforto de seus lares, indo habitar em cabanas improvisadas nos campos, nas praças, nas ruas ou nos terraços das casas (NM 8:14-: 17). No templo, o altar dos holocaustos era molhado com água da fonte de Siloé, implorando-se boas chuvas. Realizavam-se procissões, sendo a cidade enguirlanada de flores e luzes e alegrada com música.


No tempo de Flávio Josefo (Ant. Jud. 7. 4. 1) era considerada a "maior e mais santa festa do ano" (heortê sphroda parà tois hebraiois hagiôtátê kai megístê).


Ora, num ambiente desses, e evidente que surgiam muitas desordens, tumultos, aglomerações ruidosas e ocasiões para propagandas políticas e religiosas. Os irmãos de Jesus acharam que essa era a "época ideal" para que ele se manifestasse ao mundo (kósmôi).


Quais seriam esses "irmãos"? Cremos devam ser excetuados Tiago e Judas (Tadeu) que O seguiam, restando Simão (seria esse o "zelotes"?) e José, todos nominalmente citados em Mateus (Mateus 13:55). Mas desses falam, sem declarar-lhes os nomes também os outros (cfr. MT 12:46, MT 12:47; MC 3:31, MC 3:32; LC 8:19, LC 8:20; JO 2:12) citando ainda "irmãs" (Cfr. MT 3: . 56 e MC 6:3).


O raciocínio deles (dos que "não criam nele") é bem humano: Jesus teimou em prosseguir com sua campanha, contrariando-lhes a opinião "sensata" (cfr. MC 3:21,31-35) e parecia realmente possuir a capacidade de "levantar" as multidões e de realizar curas espetaculares; por que, então, ficar restrito a uma provinciazinha sem expressão? por que não aproveitar seus dotes, e, ao invés de permanecer "escondido" (en kryptôi) não "falar abertamente (en parrêsíai) diante das grandes multidões que subiam a Jerusalém, a capital do país? Nesses conselhos transparece, sem dúvida, a vaidade deles: ter "na família" um elemento que se destaca, que chama sobre si a atenção e, por natural reflexo, sobre todos eles, enaltecendo-os diante do povo.


Mas Jesus recusa ir à festa e afirma que o momento não é oportuno: "minha época ainda não está presente" (oúpô párestin). Eles, todavia, podem ir a Jerusalém quando quiserem, pois a "época deles está sempre presente".


A afirmativa de Jesus é categórica, não deixando margem a dúvidas, nem permitindo insistências: "não subo" (ouk anabaínô), conforme se lê em aleph, D, pi, a, b, c, e, ff2, na Vulgata na tradução siríaca curetoniana, em Jerônimo,, Epifânio, João Crisóstomo, etc. Bem melhor que oúpô anabaínô ("não subo ainda"), evidente correção de B, L, delta, W, N, theta, f e g, provavelmente para afastar qualquer ideia de que Jesus estivesse dissimulando ou mentindo.


Com o mesmo objetivo, certos hermeneutas envidam esforços, para explicar que a expressão ouk anabaínô eis tên heortên taútên exprime "não vou em comitiva a esta festa". Confessamos não perceber absolutamente esse "sentido oculto" em palavras tão claras. No versículo 10 (veja o próximo capítulo)


é que aparece esse sentido, quando o evangelista afirma que Jesus foi à festa "não abertamente" (ou phanerôs), "mas às ocultas" (allà en kryptôi).


De fato, não era interessante para Jesus chamar sobre Si a atenção das autoridades, que tão grande mávontade demonstravam a Seu respeito. Ora, se acompanhasse os galileus na marcha, não conseguiria chegar incógnito a Jerusalém: todos os Seus conterrâneos O conheciam de sobra e, orgulhosos Dele, seriam os primeiros a anunciar-Lhe a presença, provocando talvez tumultos e discussões extemporâneas.


Por isso Ele não partiu. Com a comitiva, seguiram para o sul Seus irmãos, afim de cumprir suas obriga ções. Mas Ele permaneceu na Galileia. No entanto, seu atraso não foi além de quatro dias.


Pormenores aparentemente sem importância, fatos corriqueiros, situações comuns, revelam, se ocorridos com Avatares, ensinamentos e lições sublimes.


Começa o evangelista anunciando a proximidade da festa dos "judeus" (os religiosos que ainda vibram na personalidade). Essa festa, diz João, era "a dos Tabernáculos" (tendas ou cabanas). O significado simbólico desse termo é-nos revelado por Pedro (2. ª Pe 1:13-14) e por Paulo (2. ª Cor. 5:1,4), referindose à permanência do Espírito na carne, como que estando a habitar em "tendas" ou "tabernáculos de viagem". Compreendemos, então, que uma alusão direta à "festa dos Tabernáculos", com as palavras exatamente nesta ordem: "a festa dos judeus, a dos Tabernáculos", encerra uma lição: tratava-se de uma comemoração religiosa de seres encarnados, ainda moradores nos "tabernáculos de carne".


Além disso confirmando tal interpretação vemos que essa festa celebrava precisamente a estada demorada dos israelitas no "deserto", isto é, a longa e repetida demora no deserto das encarnações terrenas.


Por ocasião dessas solenidades, os veículos personalísticos sugerem sempre à individualidade uma aparição espetacular que impressione as massas: se o Espírito tanto fala das belezas do reino, e tanto se aprofunda nos arcanos, e tão espetaculares maravilhas realiza em seus êxtases, por que tudo isso não é executado perante as multidões, para que seja glorificado por todos? Por que não "manifestar-se ao mundo"?


A resposta do Espírito é profunda, dividindo-se em três partes.


Em primeiro lugar, assegura que sua época não está presente, embora para as personagens esteja sempre presente, pois vivem em seu próprio ambiente, na Terra. O "tempo", para o Espírito, é difeSABEDORIA DO EVANGELHO rente. Enquanto as personagens transitórias estão presas a "dias, meses, tempos e anos" (GL 4:10), isto é, se prendem a datas e comemorações prefixadas, o Espírito estabelece seus passos de acordo com sua escala evolutiva (na definição perfeita de Pietro Ubaldi, Grande Síntese, cap. 29: "tempo é o ritmo evolutivo"). A personagem marca seus dias em preto e vermelho no calendário e a eles se submete, o Espírito consulta, ao invés, as necessidades da subida, o momento oportuno, sem dar importância a datas fixas.


Em segundo lugar, esclarece que as personagens jamais são odiadas pelo "mundo", porque a ele se conformam, já que a ele pertencem de fato e de direito, até mesmo pelos materiais que dele retiraram para construir seus veículos físicos. Já ao Espírito, o mundo aborrece, chegando até a odiá-lo, porque o Espírito "testifica que suas obras são más"; demonstra o erro de suas crenças e convenções, o derruba seus ídolos de ouro; prova a falacidade de suas ilusões mais caras, a transitoriedade de seus bens mais sólidos, a sem-valia de suas glórias mais heróicas. Ora, o mundo persegue de morte os que lhe patenteiam as fraquezas, que justamente ele considera sua força, as mentiras que são julgadas verdades, os enganos fantasiosos que são louvados como realidades "palpáveis".


Em terceiro lugar, o Espírito declara que não atenderá às exigências das personagens, já que não precisa sujeitar-se às religiões organizadas ("Judeia"); e por isso ele permanecerá no "Jardim Fechado" ("Galileia") da espiritualidade superior a todas as religiões. Para que precisa de estradas o avião?


A essas festas estão presas as personagens encarnadas, com sua adoração externa a um deus exterior, mas o Espírito unido ao Deus Interno é livre, pois "onde há o Espírito de Deus, aí há liberdade"

(2. ª Cor. 3:17) e não submissão a regras, preceitos e preconceitos humanos.


A razão dada é real: não subo A ESSA FESTA (o Mestre não diz que não subiria a Jerusalém). E não foi mesmo: foi a Jerusalém, mas NÃO PARA A FESTA: lá esteve para divulgar Seu ensino ao povo; não carregou, ramos de árvores, mas levou as flores perfumadas de Seu coração amoroso; não fez sacrifícios de animais, mas ofereceu Seu próprio serviço como holocausto agradável; não participou da festa, mas condoeu-se das trevas da ignorância e acendeu Sua luz, mesmo com risco de ser assassinado, porque ficava mais visado na escuridão reinante.


Esse é o caminho do Espírito, essa sua tarefa entre as criaturas escravizadas às personagens efêmeras, mas que grande orgulho provocam nos seres iludidos pelo desconhecimento das Realidades Espirituais.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Mateus Capítulo 12 do versículo 1 até o 50
A REJEIÇÃO DO MESSIAS

MATEUS 12:1-6

D. JESUS E Os FARISEUS, Mt 12:1-45

1. A Controvérsia Sobre a Observância do Sábado (Mt 12:1-14)

a) A Colheita de Grãos (Mt 12:1-8). Havia três coisas que distinguiam particularmente os judeus dos gentios na época de Jesus. A primeira era a observância do sábado. Os fariseus eram especialmente rígidos a esse respeito. O Talmude, que é o grande depositório do judaísmo farisaico, tem 24 capítulos sobre o assunto. A segunda característica que distinguia a vida dos judeus era a circuncisão. E a terceira era a proibição de comer carne "impura".

Aconteceu que em um sábado Jesus estava passando pelas searas (1) — uma pala-vra que significa "os semeados" (plural), que quando usada como substantivo significa "campos cultivados, campos de grãos". Os seus discípulos tendo fome, ou, como diría-mos hoje em dia, "estavam com fome", começaram a colher espigas — mais corretamente, "apanhar a parte superior do trigo". A imagem dos discípulos apanhando espigas de milho é enganosa para o leitor americano ou brasileiro.

Os fariseus (2) seguiram Jesus, não para receber a sua ajuda, mas para espioná-lo com a esperança de colocá-lo em dificuldades. Então, quando viram os apóstolos colhen-do as espigas, eles imediatamente os acusaram de colher no sábado. Eles reclamaram com Jesus que os seus discípulos estavam fazendo o que não é lícito fazer num sába-do. O quarto mandamento os proibia de fazer alguma "obra" no sábado (Êx 20:10). Mas a pergunta é: o que caracteriza uma "obra"? Os rabinos falam disso com cuidado meticu-loso em centenas de regulamentos detalhados. Nós nos lembramos do menino — cuja mãe o havia mandado à cama com ordens estritas de fazer silêncio e não pedir nada. Entre-tanto, ele tinha uma pergunta: "Posso pensar?"Algumas vezes o peso sufocante e repressor da legislação legalista deve ter tentado alguns judeus a perguntar: "Posso respirar?"

A essa reclamação dos fariseus, Jesus tinha uma réplica. Ele citou o caso de Davi (3), que, com um grupo de homens famintos, comeu os pães da proposição (4),17 que somente os sacerdotes tinham permissão de comer. Em outras palavras, a necessidade humana é uma lei mais importante do que as leis e regras religiosas. Ou, colocando de maneira mais exata, o amor é a lei mais importante no universo e anula todas as demais leis. E o amor exige que a necessidade humana seja satisfeita, mesmo se alguns aspectos legais tiverem que ser deixados de lado durante o processo. Isto é o que os fariseus não conseguiam enxergar. Sendo típicos legalistas, a eles lhes faltava aquele amor e aquele bom senso que juntos fazem a vida funcionar com alegria e suavidade. Mas o amor é a dádiva da graça de Deus — sim, dele mesmo, pois "Deus é amor". O legalismo é uma negação humana do amor divino.

O Mestre também lembrou os seus críticos de que os sacerdotes trabalham todos os sábados no Templo. Assim, eles violam o sábado, mas ficam sem culpa (5). O bom senso mostra que, na prática, algumas leis anulam outras. Isto é inevitável, em um mundo imperfeito como o nosso.

Então Jesus destacou o seu ponto principal. Agora está presente quem é maior' do que o templo (6). O verdadeiro templo, o lugar de encontro entre Deus e o homem, era o próprio Cristo. O Templo de Jerusalém era a casa de Deus; Jesus é o Filho de Deus (cf. Hb 3:3-6). Isto é algo infinitamente maior.

Mais uma vez (cf. Mt 9:13), Cristo citou Oséias 6:6Misericórdia quero e não sacri-fício (7). É óbvio que este conceito de religião verdadeira como consistindo de uma atitu-de correta e não de atos rituais era essencial no pensamento de Jesus. Se, no cristianis-mo, alguém colocar o seu principal enfoque na liturgia em lugar da vida, estará retroce-dendo do Novo Testamento ao Antigo. E, mesmo assim, deixará de seguir a interpretação profética da lei Mosaica.

Jesus declarou: se vós (os fariseus) soubésseis o significado de Oséias 6:6 — e a construção em grego deixa claro que não sabiam — não teriam condenado os inocentes (plural no texto grego). O convencimento (com um sentido de condenação) é obra do Espírito Santo (Jo 16:8), e não dos seres humanos. Quando saímos por aí condenando as pessoas, estamos usurpando a autoridade divina (cf. Mt 7:1).

O ponto decisivo é que o Filho do Homem (o Messias) até do sábado é Senhor (8). A submissão a Cristo como o Senhor Supremo acaba com todas as controvérsias básicas.'

b) A Cura de um Homem que Tinha a Mão Mirrada (Mt 12:9-14). Este milagre (cf. Mac 3:1-6; Lc 6:6-11) representa outro item no conflito entre Jesus e os fariseus quanto ao assunto da observância do sábado. Havia em sua sinagoga (9) — provavelmente em Cafarnaum (cf. Mac 2.1; 3,1) — um homem que tinha a mão mirrada (literalmente "seca"). Os fariseus perguntaram a Jesus: É lícito curar nos sábados? (10) O objetivo deles não era obter informações para si mesmos, mas sim evidências contra Jesus, para o acusarem.

À primeira vista, parece haver um conflito entre o texto em Marcos 3:4 e Lucas 6:9. Mateus diz que os fariseus fizeram essa pergunta a Jesus. Tanto em Marcos quanto em Lucas, Jesus é quem faz essa pergunta aos fariseus. Mas a pergunta do Mestre pode muito logicamente ter sido feita em uma forma retórica. Na presença do homem aleija-do, os fariseus perguntaram a Jesus: "É lícito curar nos sábados?" Em resposta, Jesus perguntou: "É lícito no sábado fazer bem ou fazer mal? Salvar a vida ou matar?" Marcos diz imediatamente que "eles calaram-se". Ao responder a pergunta dos fariseus com outra pergunta, Jesus os coloca no seu devido lugar, e assim silencia os seus adversários.

Para concluir o seu assunto, Cristo perguntou se eles não tirariam uma ovelha de uma cova em um sábado (11). Quanto mais vale um homem do que uma ovelha? É, por conseqüência, lícito fazer bem nos sábados (12). Tudo o que for para o bem da humanidade, será sempre agradável a Deus.

Então o Criador ordenou à sua criatura aflita: Estende a mão (13). Morison opina que somente a mão era mirrada, e não o braço, e que o objetivo de estender a mão tinha a finalidade de que todos pudessem ver a cura.' Mas estender a mão não implica e envolve um movimento do braço? Então, parece que M'Neile tem razão quando diz: "A ordem fez aflorar a fé, que foi o meio pelo qual a cura foi realizada"." Em outras pala-vras, o homem demonstrou a sua fé por meio da sua obediência. Nas situações da vida real as duas nunca podem estar separadas. De qualquer forma, a mão do homem ficou sã como a outra. A cura estava completa.

Ao invés de se sentirem obrigados — por este milagre — a crer em Jesus como o seu Messias, os fariseus "formaram conselho"' contra Ele, para o matarem (14). Esta ação dá uma idéia da dimensão da voluntária e obstinada rejeição deles a Cristo. Não existe nada mais irracional e despropositado do que o fanatismo religioso.

2. O Conforto das Multidões (Mt 12:15-21)

Em contraste com os líderes religiosos, que procuravam defeitos e faziam críticas, estavam as multidões, que tinham um entusiasmo encorajador. Quando Jesus retirou-se da sinagoga para escapar da conspiração para o assassinar, acompanhou-o uma grande multidão de gente (15). Cheio de compaixão — e talvez de gratidão, pelo menos pela fé que aquelas pessoas demonstravam em seu poder de curar — ele curou a todos.

Ao mesmo tempo, Ele recomendava-lhes rigorosamente (ou "avisava") que não o tornassem conhecido (16). A razão para este aviso está indicada em Marcos 1:45. Jesus estava tentando evitar a publicidade do seu ministério de cura, para que este não se tornasse um obstáculo para o seu ministério de ensino, que era mais importante. Ele também queria evitar que a excitação popular ficasse, humanamente falando, fora de controle, com o conseqüente perigo de um levante revolucionário contra Roma.

Mais uma vez Mateus emprega a sua fórmula favorita para apresentar o material do Antigo Testamento: para que se cumprisse o que fora dito (17). Desta vez a cita-ção um pouco longa é de Isaías 42:1-4. Ela não foi tomada da Septuaginta, mas é de alguma forma uma tradução livre do hebraico. Esta característica já foi anteriormente observada no texto de Mateus. A respeito disso, Carr comenta aqui: "A divergência entre os pontos da Septuaginta aponta para uma versão independente, e a divergência entre o vocabulário de Mateus aponta para algum tradutor, e não para o próprio evangelista"."

A palavra servo (18) é pais, que pode significar tanto "servo" quanto "filho", embora a palavra hebraica em Isaías signifique apenas "servo". Morison tem um comentário que pode ser útil: "Os dois significados da palavra grega fazem com que ela seja peculiarmen-te aplicável ao Messias, no qual os dois relacionamentos se combinam".' A profecia: Porei sobre ele o meu Espírito, foi cumprida no Batismo, quando o Espírito Santo desceu sobre Jesus. Juízo é o significado usual para a palavra grega krisis (cf. "crise"). Mas aqui ela traz consigo a rara conotação de "justiça".

O Servo do Senhor não contenderá (19) — uma palavra grega que só é encontrada aqui no Novo Testamento, e que significa "discutir, brigar". Clamará é a palavra kraugazo, e sugere um clamor que chama a atenção para si mesmo. Ninguém ouvirá pelas ruas a sua voz, pedindo popularidade. Este versículo, que compõe o centro da citação, mostra particularmente a razão pela qual Mateus escolheu estas palavras de Isaías. Ele queria mostrar a modéstia do Messias, ao desejar evitar publicidade (16).

O versículo 20 emprega duas metáforas em relação ao ministério de Cristo. A pri-meira é a da cana quebrada e a segunda é a do morrão que fumega. A última indica um pavio que ainda tremula, mas já quase apagado pela falta de óleo. Morison dá um significado claro e simples para esta interessante passagem: "A cana quebrada e o pavio quase apagado podem se referir às vidas que Jesus restaura, e às chamas da fé que Ele faz reviver".' Alford diz que essas metáforas representam "uma expressão proverbial conhecida: 'Ele não esmagará o coração contrito, nem extinguirá a menor faísca de arre-pendimento sentida pelo pecador' "26 Até que faça triunfar o juízo significa "até que Ele faça a sua justiça triunfar, até que Ele a leve à vitória".

Para os versículos 18:21, Charles Simeon sugere o tópico: "A compaixão de Cristo em relação aos fracos".

1) A sua missão é expressa no versículo 18.

2) A sua maneira de cumpri-la está indicada nos versículos 19:20:
a) Em silêncio; b) Com ternura; c) Com sucesso.

3) A nossa obrigação para com Ele é mostrada no versículo 21.

3. O Desprezo dos Críticos (Mt 12:22-45)

Esta seção mostra os fariseus na sua mais obstinada e cruel oposição a Cristo. Os seus corações carnais são desmascarados e a imagem revelada é um sórdido comentário sobre os frutos da religião legalista.

a) O Endemoninhado Cego e Mudo (Mt 12:22-30). Lucas, que também registrou este milagre de cura (Lc 11:14), menciona somente a mudez do homem, não a sua cegueira. Mas tanto Lucas quanto Mateus indicam que ele estava "endemoninhado". Pode ser que esta condição tão difícil tivesse sido trazida a Jesus como uma espécie de teste. Mas Ele enfrentou o desafio e teve sucesso total; o homem foi completamente curado.

Compreensivelmente, a reação do povo foi de admiração. Eles diziam: Não é este o Filho de Davi? (23). Mas a forma do texto grego indica claramente que se esperava uma resposta negativa: "Este não é o Filho de Davi, é?".27 A pergunta expressa surpresa, in-credulidade, talvez em uma mistura de esperança — "Será que é possível que este seja o Filho de Davi?"

A reação dos fariseus foi bem diferente. Eles disseram que Jesus expulsava os demônios por Belzebu,' o príncipe dos demônios (24). Cristo sabia o que eles estavam pensando e começou a lhes fazer perguntas. Depois de observar que todo reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá (25), Ele declarou que se Satanás estivesse expulsando Satanás, ele estaria dividido contra si mesmo; como subsistiria, pois, o seu reino (26) ? A lógica era simples e clara.

Mas Jesus ainda prossegue. Se Ele expulsava demônios por Belzebu, por quem os expulsam, então, os filhos daqueles homens (27) ? A expulsão de demônios era pratica-da pelo menos por alguns judeus naquela época (cf. Atos 19:13).

Então o Mestre dá a forma correta ao registro. Se pelo Espírito de Deus, não "por Belzebu" (24), ele expulsava os demônios... é conseguintemente chegado a vós o Reino de Deus (28). Foi exatamente isso o que aconteceu. Na pessoa de Jesus o Reino "chegou repentinamente" (tempo aoristo). Mas eles o estavam rejeitando.

Jesus dá mais um exemplo. Ninguém pode entrar na casa de um homem valente e furtar — "roubar, levar embora, arrasta?" — os seus bens — "a sua propriedade' — a menos que amarre o homem valente. Novamente, contra a lógica não há argumento. Satanás é um adversário vencido, caso contrário Jesus não poderia estar se apossando da sua propriedade.

A primeira parte do versículo 30 — Quem não é comigo é contra mim — parece, à primeira vista, estar em conflito com Lucas 9:50 — "Quem não é contra nós é por nós".

Mas no texto de Mateus, Jesus está falando sobre a lealdade interior; em Lucas, Ele está falando da oposição exterior. Os objetivos das duas frases são completamente diferentes. Em Lucas, Ele está reprovando um espírito de sectarismo; em Mateus, Ele está advertindo contra o perigo da lealdade dividida. Existe também uma diferença quanto a quem está contra quem (cf. Mt 12:30 e Lc 9:50 em várias versões). Em Mateus, Jesus declara que um homem não pode permanecer neutro em relação a Cristo; aqueles que não são a favor dele, são contra Ele. Em Lucas, Jesus está falando dos seus seguidores. Um ho-mem não precisa sempre concordar com os outros cristãos, ou com grupos de outros cristãos, para estar com Cristo. Nem eu devo exigir que todos os outros cristãos concordem comigo. Um outro cristão pode estar realizando a obra de Cristo à sua própria ma-neira; se ele estiver fazendo isso sinceramente, estará do mesmo lado que eu estou, por-que eu também estou procurando fazer a obra de Deus.

  • O Pecado Imperdoável (Mt 12:31-32). Jesus afirmou que todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens (31), exceto a blasfêmia contra o Espírito. Essa nunca será perdoada. No versículo 32 Ele coloca isso de maneira ainda mais forte: qualquer pessoa que fale alguma palavra contra o Filho do Homem será perdoada, mas não aquela que falar contra o Espírito Santo. O contexto dá a entender que o "pecado imperdoá-vel" é atribuir obstinadamente a Satanás uma obra que é do Espírito Santo. Esta é a opinião sustentada por John Wesley e Adam Clarke. Wesley diz: "Isso não é nem mais nem menos do que atribuir ao poder do diabo esses milagres que Cristo realizou pelo poder do Espírito Santo".31 Mas Morison, que é um comentarista seguidor de Wesley nos estudos teológicos, expressa o ponto de vista mais aceito hoje em dia com respeito ao pecado imperdoável, da seguinte maneira: "Qualquer pecado e blasfêmia serão perdoa-dos aos homens, exceto aqueles que sejam imperdoáveis por constituírem uma blasfêmia contra o Espírito".' Novamente, ele escreve: "A blasfêmia contra o Espírito é uma rejei-ção escarnecedora do Espírito, como o único Revelador da santa propiciação realizada por Deus".' Isto é impenitência, "continuada até o fim das provações".'
  • Corações Bons e Maus (Mt 12:33-37). Assim como existem dois tipos de árvores, as boas e as más, assim também existem dois tipos de corações. E da mesma maneira como a árvore é conhecida pelos seus frutos, assim também a verdadeira natureza do homem é conhecida pelo que flui dela (35). Isto se demonstra especialmente pelo que dizemos (36-37), pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca (34). A cone-xão com os parágrafos precedentes é demonstrada na primeira parte do versículo 34. O coração mau dos fariseus foi revelado pelas palavras de blasfêmia que eles tinham aca-bado de proferir.
  • Os versículos 36:37 proclamam uma verdade solene. As palavras blasfemas não são as únicas pelas quais os homens são responsáveis diante de Deus. Pois de cada palavra ociosa que alguém falar, ele deverá prestar contas no dia do juízo. A pergun-ta importante obviamente é: o que se quer dizer com ociosa? A palavra grega significa "indolente, preguiçosa, sem utilidade". Para esta passagem, Arndt e Gingrich sugerem "uma palavra descuidada que, devido à sua falta de valor, não deveria ter sido proferi-da".35 Jesus está advertindo contra o descuido no falar, pois a conversa de uma pessoa revela a condição do seu coração. Assim, pelas palavras alguém pode ser justificado ou condenado.

  • Procurando Um Sinal (Mt 12:38-42). Os escribas e os fariseus tentaram colocar Je-sus em dificuldades, pedindo que Ele lhes mostrasse algum sinal (38). Esta é a palavra normalmente usada no Evangelho de João para os milagres que Jesus realizava. O Mes-tre tinha acabado de lhes dar um maravilhoso sinal, ao curar o endemoninhado cego e mudo. Mas eles procuravam alguma coisa ainda mais sensacional e espetacular. O texto de Lucas 11:16 indica que eles estavam pedindo "um sinal do céu" que provasse que Ele era o Messias. Jesus se recusou a atender este pedido.
  • Cristo afirmou que era uma geração má e adúltera que estava pedindo um sinal (39). A palavra adúltera é usada aqui com um sentido espiritual, assim como em Isaías e Oséias, significando ser infiel ao Senhor, afastado de Deus.

    O único sinal que Jesus lhes poderia dar é aquele que eles poderiam encontrar em suas próprias Escrituras Sagradas. Este é um aviso salutar para aqueles que hoje em dia procuram sinais "sensacionais". A Bíblia é a base da nossa fé. "De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus" (Rm 10:17). Este é o único alicerce seguro para a nossa fé.

    Da mesma maneira que Jonas esteve três dias e três noites no ventre do "grande peixe" (cf. Jn 1:17) — "não existem baleias no Mediterrâneo"' — assim também estará o Filho do Homem três dias e três noites no seio da terra (40). Em virtude da dificul-dade de encontrar três dias e três noites entre a tarde de sexta-feira e a manhã de domingo, muitas pessoas defendem a idéia de uma crucificação na quarta-feira. Mas isto exigiria a ressurreição na tarde do sábado. Uma quinta-feira se encaixaria mais facil-mente, mas por alguma razão esse dia não é sugerido pelos comentaristas. O que é im-portante observar é que os judeus consideram as partes dos dias como sendo dias intei-ros. Por esta razão podemos entender que não há nada de errado em considerar a sexta-feira, o sábado e o domingo como um intervalo de três dias e três noites. Mais tarde, Jesus declarou definitivamente que Ele "ressuscitaria ao terceiro dia" (Mt 16:21). Quando comparamos esta afirmação com a forte tradição da igreja primitiva de que a crucifica-ção ocorreu na sexta-feira, parece bastante razoável aceitar esse dia como correto. Os judeus eram muito mais flexíveis nos seus conceitos sobre o tempo do que nós, pois, em nossa era, dividimo-lo até mesmo em segundos. O "relógio" mais preciso que eles possu-íam era um relógio de sol.

    Então Jesus advertiu os seus ouvintes de que os ninivitas (41) — os homens de Nínive — e a Rainha do Sul (42; a rainha de Sabá, cf. 2 Cron 9:1-9) se levantarão no Dia do Juízo com esta geração e a condenarão pela sua falta de fé. Com muito menos esclare-cimento, eles obedeceram ao chamado de Deus, e seguiram a luz que viram.

    e) Varrida, mas Vazia (Mt 12:43-45). O significado deste parágrafo no seu contexto está bem destacado por Neil, que escreve: "Israel de alguma maneira se libertou das princi-pais manchas da sua história inicial, através da sua confissão verbal de obediência à Lei, mas sete demônios piores entraram e tomaram posse da sua vida religiosa — o fanatismo, a intolerância, o preconceito e os demais pecados do judaísmo".37

    A expressão Lugares áridos, ou "sem água" (43), significa lugares não habitados pelo homem, por não terem água disponível. Meyer diz que os desertos "eram considera-dos a habitação dos demônios"."

    Jesus estava advertindo contra o perigo de haver somente uma conversão parcial -uma reforma sem regeneração. Não é suficiente livrar-se dos maus hábitos do pecado. Isto só deixa a vida desocupada, varrida e adornada (44). A última palavra é o verbo kosmeo, cujo significado básico é "colocar em ordem".

    Se um homem passar por uma reforma moral sem uma transformação espiritual, o resultado poderá ser, perfeitamente, que os últimos atos desse homem se tornem piores do que os primeiros (45). Cristo deve preencher a vida purificada, para que ela se mantenha limpa.

    E. JESUS E A SUA FAMÍLIA, Mt 12:46-50

    Este interessante e curto episódio está registrado nos três Evangelhos Sinóticos (cf. Mac 3:31-35; Lc 8:19-21). A mãe e os irmãos de Jesus (veja os comentários sobre Mt 13:55) queriam falar com Ele (46).

    Ao ser informado disso (47), Jesus apontou para os seus discípulos e disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos (49). A seguir Ele definiu um novo relacionamento espiritual: porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai, que está nos céus, este é meu irmão, e irmã, e mãe (50). Esta é a nova família de Deus. Nós podemos fazer parte dela por meio de um novo nascimento. Enquanto fizermos a vontade de Deus, pertenceremos a ela. A desobediência — se for voluntária e obstinada — nos expul-sará dela.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 12 versículo 46
    Conforme Mt 13:55-56; Mc 3:31-32; Mc 6:3; Lc 8:19-20; Jo 2:12; Jo 7:3,Jo 7:5; At 1:14; 1Co 9:5.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Mateus Capítulo 12 do versículo 1 até o 50
    *

    12:2

    o que não é lícito. O Antigo Testamento não proíbe apanhar grãos no Sábado, para comer. Os discípulos não eram agricultores empregados na obra da colheita. A objeção dos Fariseus estava baseada numa tradição oral, que não levava em conta o verdadeiro propósito da Lei. Ver "A Liberdade Cristã", em Gl 5:1.

    Sábado. O Sábado é um símbolo da soberania de Deus sobre todo o universo criado (Êx 20:8). Recorda a redenção que Deus propicia a seu povo (Dt 5:12) e é uma representação da esperança de descanso eterno, na consumação (Hb 4:9). Jesus como Senhor do Sábado cumpre todos os aspectos do significado do Sábado (Cl 2:16-17).

    * 12.3-6

    Em sua resposta às acusações dos fariseus, Jesus usa dois argumentos, de menor importância e de maior importância, ambos focalizando sua própria pessoa e autoridade. A transgressão de Davi, da lei cerimonial, em uma hora de necessidade, tinha sido permitida e agora alguém com muito maior autoridade estava presente. Do mesmo modo, as exigências do culto, no templo, desculpa os sacerdotes de certas obrigações da Lei, e agora "aqui está quem é maior do que o templo " (v. 6).

    * 12:6

    quem é maior que o templo. Como as genuínas necessidades do povo são mais importantes para Deus, do que os símbolos cerimoniais, assim aquele em quem Deus habita é maior do que o lugar simbólico de habitação. Jesus, Emanuel ("Deus conosco") é o verdadeiro templo para quem o símbolo apontava (Jo 1:14; 2:21). Os discípulos, estando na presença de Jesus, tinham um serviço muito maior do que o dos sacerdotes que serviam no templo de Jerusalém.

    * 12:7

    Misericórdia quero. Novamente citando Os 6:6 (conforme 9.13), Jesus condena o mau uso da Lei pelos fariseus. O Sábado foi dado por Deus como auxílio para a humanidade, porém, os fariseus perverteram este propósito, colocando o Sábado contra os que estavam em necessidade, e fazendo dele um peso (Mc 2:27).

    * 12:8

    é senhor do sábado. O Filho do homem recebeu o domínio sobre a criação (8.20, nota) e sobre a redenção (20.28). Por isso Ele tem domínio sobre o Sábado, o sinal da soberania de Deus sobre a criação e a redenção (v. 2, nota). As reivindicações que Jesus faz aqui, sem dúvida, chocaram os fariseus, confirmando a vontade deles de tirar-lhe a vida (v. 14).

    * 12.9-14

    Outro exemplo do Senhorio de Cristo sobre o Sábado. Novamente, no Antigo Testamento, não há proibição para curar no Sábado e é sempre lícito fazer o bem. Jesus não ensina que o Sábado é abolido com a vinda do reino, pois ele não veio para destruir a Lei, mas para cumpri-la (5.17, nota). O problema não estava na observância do sábado por parte dos fariseus mas na interpretação errada deste mandamento por parte deles, tornando um peso aquilo que deveria ser um prazer.

    * 12.16-21

    advertindo-lhes, porém, que o não expusessem à publicidade. Is 42:1-4 é citado como uma explicação do porque Jesus pediu às pessoas que não dissessem quem ele era. Ele veio proclamar e estabelecer a justiça, mas não por uma exibição do poder, nem por liderar um movimento político-militar. Uma vez que o papel do Messias era tão mal entendido entre o povo, Jesus tinha de refrear o entusiasmo mal orientado que estava prestes a explodir.

    * 12:24

    Belzebu. Ver nota em 10.25.

    * 12:29

    do valente... sem primeiro amarrá-lo. Por sua vitória sobre Satanás no deserto (4.10, nota) e por exorcizar demônios, Jesus demonstrou que tinha amarrado o "valente" e que Satanás estava sem poder para impedir a vinda do reino. Amarrar Satanás era um símbolo da era messiânica na literatura apocalíptica Judaica (ver também Ap 20:2).

    * 12.31-32

    Falar contra o Espírito chamando a obra do Espírito a obra de Satanás, envolve uma rejeição explícita, intencional e decisiva do único Poder, que pode trazer arrependimento. A noção do "pecado imperdoável" tem provocado ansiedade desnecessária. Qualquer que foi convencido de pecado pelo Espírito (Jo 16:8) e agora crê na verdade, não pode ter cometido esse pecado. Ver "Pecado Imperdoável", em Mc 3:29.

    * 12.36-37

    Jesus está mostrando que as palavras, mesmo aquelas proferidas sem cuidado, têm importância eterna. Na Bíblia, os pecados verbais tais como a mentira, o mexerico ou os insultos são condenados tão severamente como o adultério e o assassinato (5.22, 37; 2Co 12:20; 1Tm 1:10; Tg 3:6; Ap 21:8).

    * 12:38

    sinal. É incrível que eles tenham pedido um sinal, à luz do que eles já tenham visto. Jesus não faz milagres por exigência.

    * 12:39

    sinal... profeta Jonas. Jonas estava praticamente morto, mas restaurado à vida, exemplifica a ressurreição do Filho do Homem (v. 40). Este é o maior sinal de todos para indicar que o reino chegou.

    * 12:40

    três e dias e três noites. Maneira enfática de dizer "três dias".

    * 12.43-45

    A menos que o Espírito Santo resida no coração, os espíritos ímpios podem entrar nele (Rm 8:9). Se as pessoas não se entregarem ao Rei cujo poder já experimentaram, seu estado final será pior do que se o reino nunca tivesse vindo (Hb 6:4-6).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Mateus Capítulo 12 do versículo 1 até o 50
    12.1, 2 Os fariseus tinham estabelecido trinta e nove categorias gerais de atividades proibidas no dia de repouso. Estavam apoiadas em interpretações da lei de Deus e nas tradições judias. Colher era uma dessas proibições. Segundo os líderes religiosos, ao arrancar espigas de trigo e as sovar em suas mãos, os discípulos estavam tecnicamente colhendo. Jesus e os discípulos tinham arrancado as espigas porque tinham fome não porque queriam segar o grão com fins de lucro. Jesus e seus discípulos não estavam trabalhando no dia de repouso. Os fariseus, entretanto, não puderam (e não quiseram) ver mais à frente do tecnicismo das leis.

    12:4 Esta história se registra em 1Sm 21:1-6. Cada semana se substituíam os pães da proposição e os sacerdotes comiam os mesmos. Os pães que recebeu Davi foram os que tinham sido substituídos. Apesar de que os sacerdotes eram quão únicos podiam comer desses pães, Deus não castigou ao Davi porque sua necessidade era mais importante que os tecnicismos legais. Jesus estava dizendo: "Se vocês me condenarem, terão também que condenar ao Davi", algo que os líderes religiosos não podiam fazer sem originar um grande alvoroço entre a gente. Deve enfatizar-se que Jesus não estava apoiando a desobediência às leis de Deus. Mas enfatizava a importância de ter discernimento e compaixão ao aplicar as leis.

    12:5 Os Dez Mandamentos proibiam trabalhar no dia de repouso (Ex 20:8-11). Essa era a letra da Lei. Mas como o propósito do dia de repouso era descansar e adorar a Deus, os sacerdotes podiam trabalhar para levar a cabo os sacrifícios e conduzir os cultos de adoração. Este "trabalho sabático" servia e rendia culto a Deus. Jesus sempre enfatizou a intenção da lei. Os fariseus se esqueceram do espírito da lei e em forma rígida demandavam que se obedecesse ao pé da letra sua interpretação da mesma.

    12:6 Os fariseus se preocupavam tanto dos rituais religiosos que esqueciam o propósito do templo: levar a gente a Deus. Como Cristo é maior que o templo, quem melhor que O pode conduzir a gente a Deus. Deus é muito mais importante que todos os instrumentos que se utilizam na adoração. Se nos preocuparmos mais dos instrumentos da adoração que da Pessoa que adoramos, não estaremos alcançando a Deus embora pensemos que lhe estamos rendendo culto.

    12:7 Jesus repetiu aos fariseus palavras que os judeus tinham ouvido muitas vezes através de sua história (1Sm 15:22-23; Sl 40:6-8; Is 1:11-17; Jr 7:21-23; Os 6:6). A atitude de nosso coração para Deus é primeiro. Só assim podemos corretamente obedecer e observar as regulações e rituais religiosos.

    12:8 Quando Jesus disse que era "Senhor do dia de repouso" proclamou ser mais importante que a lei e estar por cima dela. Para isto fariseus era heresia. Não se davam conta de que Jesus, o divino Filho de Deus, era o criador do dia de repouso. O Criador é sempre maior que a criação; por esta razão Jesus tinha a autoridade de deixar sem efeito suas tradições e regulações.

    12:9 Para obter mais informação sobre as sinagogas, vejam-nas notas a Mc 1:21 e 5.22.

    12:10 Ao referir-se ao homem com a mão deformada ("seca"), os fariseus trataram de enredar ao Jesus lhe perguntando se era legal sanar no dia de repouso. As regras diziam que se podia brindar ajuda às pessoas em dia de repouso só se era uma questão de vida ou morte. Jesus sanou no dia de repouso várias vezes e nenhuma delas podia qualificar-se como emergências. Se Jesus tivesse esperado até o dia seguinte, submetia-se à autoridade dos fariseus e aceitava que suas leis mesquinhas eram iguais à lei de Deus. Se sanava ao homem, os fariseus poderiam proclamar que seu poder não procedia de Deus já que quebrantava suas regras. Mas Jesus deixou em claro diante de todos que suas normas eram ridículas e mesquinhas. Deus é um Deus de pessoas, não de regras. O tempo mais apropriado para ajudar a alguém é quando o necessita.

    12.10-12 Os fariseus puseram suas leis por cima das necessidades humanas. Preocupava-lhes tanto que Jesus rompesse uma de suas regras que não lhes importava a mão seca do homem. Que atitude assume você? Se suas convicções não lhe permitem ajudar a certas pessoas, suas convicções pudessem não estar a tom com a Palavra de Deus. Não permita que os dogmas o ceguem às necessidades humanas.

    12:14 Os fariseus planejaram a morte do Jesus porque estavam furiosos. Jesus tinha desacatado sua autoridade (Lc 6:11). Tinha posto ao descoberto suas avessas atitudes diante da multidão na sinagoga. Tinha demonstrado que eram mais leais a seu sistema religioso que a Deus.

    12:15 até agora, Jesus tinha estado confrontando com agressividade a hipocrisia dos fariseus. Mas decide sair da sinagoga antes de que se desenvolva uma maior confrontação porque não lhe tinha chegado a hora de morrer. Ainda tinha muito que ensinar a seus discípulos e às pessoas.

    12:16 Jesus não queria que as pessoas que O sanava o dessem a conhecer outros porque não queria que a gente fosse ao por motivos impróprios. Além disso, podia danificar seu ministério de ensino e criar falsas expectativas sobre seu reino terrestre. Mas as notícias de seus milagres se difundiram, e muitos foram ver o que estava passando (veja-se Mc 3:7-8).

    12.17-21 Mateus citava freqüentemente o Antigo Testamento porque queria demonstrar a quão judeus Jesus era o Messías. Para os judeus a Bíblia era a autoridade suprema. Acreditavam que anunciava a um Messías, mas não que Jesus o fora. Mateus lhes mostrou que Jesus era o Messías prometido. Esta profecia em particular ensinava que o Messías não ia ser o conquistador pomposo que os judeus esperavam, a não ser um manso Juiz (Is 42:1-7).

    12.17-21 A gente esperava que o Messías fora um rei. Esta referência à profecia de Is 42:1-4 mostra que O sim é rei, mas descreve que classe de rei: calmo, gentil, que brinda justiça às nações. Como a multidão, às vezes queremos que Cristo tenha autoridade de rei e traga consigo vitórias notáveis e visíveis a nossa vida. Mas com freqüência sua obra é silenciosa, e a realiza no momento que crie oportuno.

    12:24 Antes tinham acusado ao Jesus de estar aliado ao príncipe dos demônios (9.34). Os fariseus tratavam de desacreditá-lo apelando às emoções. Como não queriam acreditar que O fora Deus, diziam que atuava de acordo com Satanás. Ao Jesus não foi difícil demonstrar a necedad de seu argumento.

    12:25 Como homem, Jesus se tinha despojado de sua capacidade sobrenatural se soubesse tudo, mas mostrou um conhecimento profundo da natureza humana. Seu discernimento impediu que o enredassem em suas palavras. O Cristo ressuscitado conhece todos nossos pensamentos. Isto pode ser um consolo porque Sabe bem o que queremos dizer quando lhe falamos, e nos pode oferecer ajuda. Por outro lado, não podemos ocultar do que fazemos com motivos egoístas.

    12:29 Ao nascer Jesus, o poder de Satanás e seu controle se viram transtornados. No deserto, Jesus saiu gracioso da tentação e na ressurreição, anulou a arma final de Satanás: a morte. Ao final Satanás será pacote para sempre (Ap 20:10) e a maldade não perverterá mais a terra. Jesus tem poder e autoridade total sobre Satanás e suas forças.

    12:30 É impossível ser neutro em relação com Cristo. Qualquer que não lhe esteja seguindo ativamente o rechaçou. Qualquer pessoa que procura manter-se neutro na conflito cósmica do bem contra o mal, rechaçou a Deus.

    12.31, 32 Rechaçar a voz do Espírito Santo quando tenta nos convencer de pecado é blasfemar contra O. Como uma pessoa só pode salvar-se por meio do Espírito Santo e sua obra, quando a gente não quer arrepender-se nem reconhecer seu pecado está rechaçando o perdão que lhe brinda Deus. Algumas vezes os crentes temem ter cometido acidentalmente este pecado imperdoável. Mas só os que deram as costas a Deus e não querem acreditar precisam preocupar-se. Jesus diz que não serão perdoados, não porque seu pecado seja pior que outros, mas sim porque nunca pedirão perdão. Os que rechaçam a voz do Espírito Santo rechaçam a única força que os pode guiar ao arrependimento e à restauração das relações com Deus.

    12.34-36 Jesus nos recorda que o que dizemos revela o que há em nosso coração. Que tipo de palavras saem de nossa boca? Estas são uma indicação do que nosso coração alberga. A gente não pode solucionar o problema do coração trocando de vocabulário. Tem que lhe permitir ao Espírito Santo que o encha com atitudes e motivos novos; logo seu vocabulário se limpará de dentro.

    12.38-40 Os fariseus pediam outro milagre mas não estavam procurando com sinceridade conhecer o Jesus. Jesus sabia que tinham visto milagres suficientes para lhes convencer de que O era o Messías. Mas eles já tinham decidido não acreditar no e isso não ia trocar com outro milagre.

    Muitas pessoas hão dito: "Se eu visse um milagre, acreditaria em Deus". Mas o que disse Jesus aos fariseus se aplica também a nós. Temos evidências mais que suficientes: a morte do Jesus, sua ressurreição e ascensão, e séculos de estar trocando vistas de crentes ao redor do mundo. Em lugar de procurar evidências adicionais ou milagres, aceite o que Deus já lhe deu e avanço. O pode usar sua vida como evidência para chegar a outra pessoa.

    12.39-41 Jonás foi um profeta que foi enviado à cidade assíria do Nínive (veja o livro do Jonás). devido a que os assírios eram uma nação cruel e belicosa, Jonás tratou de fugir de seu encargo e terminou agasalhado três dias no ventre de um peixe gigante. Quando saiu, a contra gosto foi ao Nínive, pregou a mensagem de Deus e viu a cidade arrepender-se. Por contraste, quando Jesus veio aos seus, estes não quiseram arrepender-se. Aqui está dizendo com claridade que sua ressurreição provaria que O era o Messías. Três dias depois de sua morte, voltaria a viver, assim como ao Jonás lhe deu uma nova oportunidade para viver depois de ter estado três dias no ventre do peixe.

    12:41, 42 Nos dias do Jonás, Nínive era a capital do Império Assírio e era tão capitalista como má (Jo 1:2). Mas toda a cidade se arrependeu como resposta à mensagem do Jonás. Reina-a do Sabá viajou uma grande distancia para ver o Salomão, rei do Israel e aprendeu de sua grande sabedoria (1Rs 10:1-10; veja-se também na nota a Lc 11:31-32 mais informação sobre a rainha do Sabá. Aqueles gentis reconheceram a verdade de Deus quando a apresentaram, mas os líderes religiosos não reconheceram a verdade apesar de que a tinham diante. respondeu você à evidência e verdade recebidas?

    12.43-45 Jesus está descrevendo a atitude do Israel e os líderes religiosos em particular. Se um se limpar a vida mas não a cheia de Deus deixa espaço suficiente para que entre Satanás. O livro do Esdras registra como a gente se separou da idolatria mas não a substituíram com amor a Deus e obediência. Desejar nos afastar do pecado é o primeiro passo, mas logo devemos encher nossa vida com a Palavra de Deus e o Espírito Santo. As pessoas vazias e inativas som um fácil branco de Satanás.

    12.46-50 Jesus não estava evitando a sua família terrena. Pelo contrário, antes já tinha criticado aos líderes judeus por não tomar em conta o mandato do Antigo Testamento de honrar a seus pais (15.1-9). Pendurado na cruz se ocupou do bem-estar de sua mãe(Jo 19:25-27). Sua mãe María e seu irmão Santiago estiveram presentes no aposento alto no Pentecostés (At 1:14). Jesus mas bem estava enfatizando que a relação espiritual une tanto como a física, com o que estava preparando o caminho para uma nova comunidade de crentes (a Igreja), nossa família espiritual.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 12 do versículo 1 até o 50
    H. seus críticos (12: 1-50)

    1. A Cause (12: 1-21)

    1. Colhendo no sábado (12: 1-8)

    1 Naquele tempo, Jesus foi no dia de sábado pelas searas; e os seus discípulos estavam com fome, começaram a colher espigas, ea comer. 2 Mas os fariseus, vendo isso, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos fazem o que não é lícito fazer no sábado. 3 Mas ele lhe disse: lhes: Não tendes lido o que fez Davi, quando teve fome, ele e os que estavam com ele; 4 Como entrou na casa de Deus e comeu os pães da proposição, que não lhe era lícito comer, nem para eles que com ele estavam, mas só aos sacerdotes? 5 Ou não tendes lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa? 6 Mas digo-vos que um maior do que o templo é aqui. 7 Mas, se vós soubésseis o que meaneth, misericórdia quero, e não sacrifício, e vós não teria condenado os inocentes. 8 Porque o Filho do Homem é Senhor do sábado.

    No Evangelhos Sinópticos encontramos Jesus em conflito frequente com os fariseus. Uma das principais causas desses confrontos foi a questão da profanação sábado. Talvez a característica mais importante do judaísmo na época de Cristo era a sua ênfase supremo sobre a observância do sábado. No Talmud nada menos que vinte e quatro capítulos foram dedicados ao assunto. Esta ea circuncisão foram as duas coisas principais que estabelecem os judeus para além dos gentios.

    Grainfields é mais preciso para os leitores americanos que "milho" (KJV). No entanto, no trigo British Isles ainda é chamado de "milho" (conforme NEB). O grão aqui foi trigo ou cevada, provavelmente o antigo. Assim ouvidos ("espigas de milho", KJV) deve ser "cabeças".

    Trabalhando no dia de sábado foi um grande crime de acordo com o Judaísmo. Aos olhos dos fariseus, os discípulos de Jesus eram culpados em três acusações específicas: (1) eles foram arrancando as cabeças de trigo, que era a colheita ; (2) eles estavam esfregando fora as cascas em suas mãos, que foi debulha ; (3) que foram soprando a palha longe dos grãos, que foi joeira . Este é um bom exemplo da forma picayunish os fariseus legalistas aplicada a proibição Mosaic contra a trabalhar no sábado (Ex 20:10 ).

    Jesus defendeu Seus seguidores contra a condenação farisaica (v. Mt 12:2 ). Ele citou o exemplo de Davi, o rei reverenciado do Antigo Testamento, que comeu os pães da proposição, que foram autorizados apenas os sacerdotes para comer (vv. Mt 12:3-4 ). Isso não significa, necessariamente, que Cristo defendeu a ação de Davi. Mas por que, Ele me perguntou, não tolera que Davi e condenar os discípulos para algo muito menos importante?

    O Mestre usou uma segunda ilustração. Os sacerdotes no templo violam o sábado por seu assassinato e oferta de sacrifícios, ainda estão sem culpa (v. Mt 12:5 ). O problema com os fariseus era a sua incapacidade de reconhecer que algo maior que o templo estava na mão (v. Mt 12:6 ). Jesus era a representação real de Deus, ao passo que o templo era apenas um símbolo da presença divina.

    Então Jesus pôs o dedo na verdadeira ferida. Os fariseus eram longas em sacrifício (oferta de animais), mas curto em misericórdia . Eles precisavam de menos legalismo e mais amor. Cristo citou Dn 6:6)

    9 E partiu dali, e foi para a sua sinagoga: 10 e eis um homem que tinha uma das mãos mirrada. E perguntaram-lhe, dizendo: É lícito curar no dia de sábado? que o acusarem. 11 E disse-lhes: Que homem deverá ser de vocês, que, tendo uma ovelha, e se esta queda em um poço no dia de sábado, não lançará mão dela, e tirá- fora? 12 , quanto mais vale um homem de mais valor do que uma ovelha! Portanto, é lícito fazer o bem no sábado dia. 13 Então, disse ao homem: Estende a tua mão. E ele a estendeu; e lhe foi restituída sã como a outra. 14 Mas os fariseus saíram, e entraram em conselho contra ele, para o matarem.

    A segunda causa de conflito era hábito de cura no sábado de Jesus. Isso é notado em todos os quatro Evangelhos. O caso específico aqui foi o caso de um homem que tem uma mão atrofiada (v. Mt 12:10 ), literalmente, ". tudo secou" Este incidente aconteceu nasinagoga deles (v. Mt 12:9 ), provavelmente em Cafarnaum (conforme Mq 2:1)

    15 E Jesus, percebendo isso retirou dali, e muitos o seguiram; e ele curou a todos, 16 e advertiu-lhes que não o dessem a conhecer: 17 para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, dizendo:

    18 Eis o meu servo, a quem escolhi;

    O meu amado, em quem a minha alma se compraz;

    Vou colocar o meu espírito sobre ele,

    E ele deve declarar justiça às nações.

    19 Não contenderá, nem chorar em voz alta;

    E não terá qualquer um ouvir a sua voz nas ruas.

    20 A cana trilhada, não a quebrará,

    E fumar linho ele não se saciar,

    Até que ele envie o juízo vitória.

    21 e no seu nome os gentios esperarão.

    Jesus não ficar em torno de ser preso. Em vez disso, Ele retirou-se para a beira-mar (Mc 3:7 ), pois Ele não queria esperanças messiânicas falsos levantada, que pode resultar em um levante político.

    Como é seu costume freqüente, Mateus cita uma passagem do Velho Testamento (Is 42:1. ). Ele gosta especialmente de citar Isaías (conforme Mt 1:23 ; Mt 3:3 ; Mt 13:14 ; Mt 15:7 foi ecoado no batismo de Jesus (Mt 3:17 ). Foi lá também que o Espírito desceu sobre Ele (Mt 3:16 ), a fim de que pudesse declarar justiça aos gentios; ou seja, prover a salvação para todos os homens, e não apenas para os judeus.

    A delicadeza do ministério de Jesus é descrito aqui (v. Mt 12:19 ). Ele não veio para liderar uma revolução política, mas para iniciar uma reforma espiritual. Ele não veio para quebrar o caniço rachado do poder romano, nem para saciar o pavio que fumega (v. Mt 12:20) da autoridade piscando. A segunda figura usada aqui é muito mais claramente indicado no Antigo Testamento da TRADUÇÃO "uma chama que ainda fumega" (Is 42:3)

    22 Em seguida, foi-lhe apresentado um possuído por um demônio, cego e mudo; e ele curou, de modo que o mudo falava e via. 23 E todas as multidões ficaram maravilhados, e disse: Isso pode ser o filho de Davi? 24 Mas os fariseus, ouvindo isto, disseram: Este homem não expulsamos demônios, mas por Belzebu, príncipe dos demônios. 25 E, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino, dividido contra si mesmo, será assolado; e toda cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá: 26 e se Satanás expulsa Satanás, está dividido contra si mesmo; Como, pois, o seu reino? 27 E se eu por Belzebu expulsar os demônios, por quem os vossos filhos os expulsam? Por isso eles mesmos serão os vossos juízes. 28 Mas, se eu pelo Espírito de Deus expulsar demônios, então é o reino de Deus sobre vós. 29 Ou, como pode alguém entrar na casa do valente homem , e furtar os seus bens, com exceção se primeiro não amarrar o forte homem? e então roubará a sua casa. 30 Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha.

    Uma vez que Jesus estava curando todo tipo de doença, as pessoas trouxeram-lhe um caso-a cega, endemoninhado mudo impossível. Mas o Mestre era igual à situação: Ele fez o homem ver e falar.

    Era óbvio que esta cura espetacular foi uma demonstração de poder sobrenatural. Foram oferecidas duas explicações. O multidões (v. Mt 12:23) pensou que o milagreiro deve ser filho de Davi ; isto é, o Messias. Por outro lado, os fariseus (v. Mt 12:24 ), declarou que Jesus recebeu o Seu poder de expulsar os demônios de Belzebu (em grego, Belzebu ), o príncipe dos demônios .

    Imediatamente Cristo apontou como totalmente ilógica era seu raciocínio. Um reino ou casa dividida não pode ficar; Satanás certamente não seria expulsar Satanás (vv. Mt 12:25-26 ). Em seguida, ele fez uma pergunta incisiva: se Ele estava expulsando demônios por Belzebu, por qual poder foram seus filhos a fazê-lo (v. Mt 12:27 )? Seu sucesso em exorcizar demônios, uma prática conhecida em que dia-condenaria os críticos. Se, por outro lado, Jesus estava fazendo isso pelo Espírito de Deus , esta foi a prova de que o reino de Deus estava no meio deles (v. Mt 12:28 ). O Mestrado em seguida, fez o pedido. Ele havia entrado no domínio do homem forte (Satanás), vencendo-o, e agora era capaz de furtar os seus bens , entregando os homens de seu poder demoníaco (v. Mt 12:29 ).

    Na superfície, a declaração, Quem não é comigo é contra mim (v. Mt 12:30 ), parece estar em contradição com Lc 9:50 - ". Porque quem não é contra nós é por nós" Mas Jesus tinha dois muito coisas diferentes em mente. No ditado relatado por Mateus Ele declarou que quem não era interiormente leais a Ele era realmente contra ele. Mas em um contexto totalmente diferente Ele afirmou que um homem que não se opôs abertamente Ele deve ser tratado como do seu lado. Em Lucas Ele está falando contra uma atitude sectária estreita. Em Mateus Ele está advertindo contra uma lealdade dividida.

    3. The Curse (12: 31-32)

    31 Portanto, eu vos digo: Todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; . mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada 32 E todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no que está por vir.

    Muito tem sido dito e escrito sobre o chamado pecado imperdoável. Jesus define-lo aqui em seus termos mais simples como a blasfêmia contra o Espírito . O contexto, especialmente como indicado na Mc 3:30 , indica a verdadeira natureza dele: "Opecado imperdoável , como alguns prazo, é nem mais nem menos do que atribuir a milagres Cristo forjado, pelo poder de Deus, para o espírito do diabo . "No versículo 32 comentários Barnes: "Aquele que fala mal de mim, como um homem de Nazaré, que fala com desprezo da minha humilde nascimento, etc., podem ser perdoados; mas aquele que reprova a minha natureza divina, me cobrando com estar na liga com Satanás, e blasfemar contra o poder de Deus manifestamente apresentado por mim , nunca pode obter o perdão. "

    A contraparte moderna parece ser deliberadamente, obstinadamente, e voluntariamente atribuindo a fontes erradas do trabalho manifesta do Espírito Santo. É geralmente aceito hoje que qualquer um que está em causa para que ele não pode ter cometido o pecado imperdoável, e quem deseja sinceramente perdão, dá provas assim que ele não é culpado deste terrível maldição.

    4. O Contraste (12: 33-37)

    33 Ou fazei a árvore boa, eo seu fruto bom; ou fazei a árvore má, eo seu fruto mau;. para a árvore é conhecida pelos seus frutos 34 Raça de víboras, como podeis vós, sendo maus, dizer coisas boas? . para fora da abundância do coração fala a boca 35 O homem bom, do seu bom tesouro tira coisas boas, eo homem mau do mau tesouro tira coisas más. 36 E eu vos digo que todo ocioso palavra que proferirem os homens, dela darão conta no dia do juízo. 37 Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado.

    O Mestre traçou um contraste entre o bem eo mal árvores, e também entre homens bons e maus. É o fruto , que mostra, em cada caso, da natureza da árvore ou do homem.

    Jesus chamou os fariseus Raça de víboras (v. Mt 12:34 ). João Batista, a popa, profeta asceta do deserto, tinha anteriormente descreveu-os, assim, (Jo 3:7 ), cujo fruto foi corrompendo a nação. Uma vez que eles estavam mal não podiam dizer coisas boas, pois a boca fala do que está cheio o coração. O homem bom do bom tesouro em seu coração tira coisas boas, enquanto o inverso é verdadeiro do homem mau (v. Mt 12:35 ).

    A advertência, no versículo 36 é surpreendente, para dizer o mínimo. Se o adjetivo ocioso estavam a ser tomadas em seu sentido literal comum hoje em dia, a maioria das pessoas boas estaria sob condenação. Mas o contexto indica claramente que ociosoaqui significa não apenas descuidado ou impensado, mas falsa, injurioso, malicioso, mau-o tipo de palavras os fariseus diziam. Desde a nossa fala é a expressão de seu coração, todo mundo vai ser justificado ou condenado por suas palavras (v. Mt 12:37 ).

    5. O Craving (12: 38-42)

    38 Então alguns dos escribas e dos fariseus, dizendo: Mestre, queremos ver um sinal de ti. 39 Mas ele respondeu, e disse-lhes: Algum seeketh má e adúltera geração após um sinal; e nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas: 40 pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia; assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra. 41 Os homens de Nínive se levantarão no juízo com esta geração, ea condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas; e eis que um maior do que Jonas está aqui. 42 A rainha do sul se levantará no juízo com esta geração, ea condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e eis que um maior que Salomão está aqui.

    Uma das evidências de falta de espiritualidade verdadeira é o desejo por sinais externos. É realmente uma indicação de uma atitude materialista para as coisas espirituais.

    Alguns dos escribas e fariseus procurado tal sinal do professor . Jesus repreendeu-os como um mal e geração adúltera , ou raça. Cristo era mesmo o supremo Sign. Mas eles tinham rejeitaram e também Seus milagres, que eram sinais de Seu poder divino. O que eles queriam era um sinal espetacular do céu, que iria satisfazer a sua curiosidade carnal. Mas Jesus nunca fazia milagres para cumprir este desejo.

    Um sinal seria dado a essa nação ímpios, rebelde. A ressurreição de Jesus é a prova suprema de Sua divindade (Rm 1:4) tem levantado algumas questões sobre o tempo da crucificação. Se isso aconteceu na sexta-feira, como se pode eventualmente encontrar três dias e noites antes de domingo. Note-se que a alternativa mais freqüentemente sugerida, quarta-feira, é igualmente insatisfatória, a menos que se coloca a ressurreição na tarde de sábado. Quinta-feira parece melhor se encaixa na descrição, mas muito poucos segurar a este dia. Deve reconhecer-se, é claro, que as partes de judeus contadas dias como um dia inteiro. Temos porções de sexta-feira, sábado e domingo sem dificuldade. O problema reside na explicação das três noites . Contra isso, temos a afirmação de que Cristo iria subir "ao terceiro dia" (Mt 16:21 ), o que não se ajusta nem quarta-feira, nem quinta-feira. A tradição da igreja primitiva avassaladora que Jesus foi crucificado na sexta-feira não pode ser facilmente anulado. Parece melhor tomar a expressão três dias e três noites em um sentido geral, de acordo com esses tempos, e não insistir no rigor científico que se exige hoje.

    Os versículos 41:42 são muito semelhantes em ênfase a 11: 20-24 . Há Jesus usou os exemplos de Tiro, Sidon, e Sodoma. Aqui Ele se refere a homens de Nínive e a rainha do sul (a Rainha de Sabá, 1Rs 10:1)

    43 Mas o espírito imundo, quando ele saiu do homem, passa por lugares áridos, buscando repouso, e acha que não. 44 Então diz: Voltarei para minha casa donde saí; e quando ele vier, ele acha que a desocupada, varrida e adornada. 45 Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; eo último estado desse homem vem a ser pior do que o primeiro. Assim acontecerá também a esta geração má.

    Para ilustrar a situação triste, Cristo contou a história de um homem, de quem um espírito imundo havia sido expulso. O demônio é retratado como passando por lugares áridos (desertos estéreis), buscando repouso . Não encontrando qualquer lugar para se estabelecer ele retorna para o homem, encontra o seu coração como um vazio casa, e se move de volta, acompanhado por outros sete demônios piores do que ele. O resultado é que o último estado do homem é pior do que o primeiro.

    Assim, foi com esta geração perversa (v. Mt 12:45 ). Ele tinha experimentado presença e poder de Cristo, expulsando muitos demônios. Mas quando os judeus rejeitaram Jesus, encontraram-se em um estado pior do que nunca. Demônios maus dirigi-los para sua condenação, na destruição de Jerusalém em AD 70.

    O alerta para os indivíduos é que a reforma não é suficiente. Não se deve apenas arrematar maus hábitos, mas permitir que o seu coração para ser preenchido com Jesus Cristo e sua vida com a atividade vale a pena. Caso contrário, ele vai encontrar-se uma vítima a piores hábitos que antes. Nenhum coração pode ficar muito tempo vazio. só a segurança do Um está em manter tanto o coração e vida cheia com o bom, que pode não haver espaço para o mal.

    7. O Clan (12: 46-50)

    46 Enquanto ele ainda falava às multidões, eis que a sua mãe e seus irmãos estavam fora, procurando falar com ele. 47 E ele disse-lhe: Eis que tua mãe e teus irmãos estão lá fora, procurando falar-te. 48 Mas ele respondeu, e disse-lhe que ele falava: Quem é minha mãe? e quem são meus irmãos? 49 E, estendendo a mão para os seus discípulos, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos! 50 Pois aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, e irmã e mãe.

    Jesus ' mãe e irmãos (provavelmente filhos de José e Maria) queria falar com ele, mas, aparentemente, a multidão tornou difícil. Então alguém disse o Mestre de seu desejo.

    A resposta de Cristo foi surpreendente. Ele pediu que sua mãe e seus irmãos, (v. Mt 12:48 ). Apontando para os seus discípulos disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos (v. Mt 12:49 ). Em seguida, Ele definiu Sua família como consistindo de todos os que fazem a vontade de Seu Pai (v. Mt 12:50 ). O ponto Ele estava fazendo era que as relações espirituais são o maior e mais sagrado na vida. Ele não repudiar sua família terrena, mas Ele acrescentou que o novo conceito de uma família celestial.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Mateus Capítulo 12 do versículo 1 até o 50
    Os eventos dos capítulos 12—13 acontecem em um dia crucial no mi-nistério do nosso Senhor. A rebelião contra o Rei adquire mais e mais for-ça. Os fariseus rejeitaram seu men-sageiro, João Batista (11:1 -19), e não se arrependeram, apesar das obras poderosas de Jesus (11:20-30). Ago-ra, eles discutem com Jesus a respei-to de seus princípios (a questão do sábado) e até acusam-no de ter liga-ção com Satanás! Esse é um capítulo cheio de conflito.

    1. O conflito a respeito do sábado (12:1-21)
    2. A acusação deles (vv. 1-2)

    Os judeus amavam o sábado, já que era um sinal especial da alian-ça de Deus com a nação (Êx 31:12- 17). Entretanto, os líderes religiosos transformaram esse dia de bênção espiritual e alegria em um dia de observâncias legais, e as regras tor-naram o sábado um fardo, não uma bênção. Lembre-se, o sábado nunca foi determinado para a igreja. Nos-so dia da aliança é o primeiro da semana, o dia do Senhor, o dia da ressurreição.

    1. A resposta de Cristo (vv. 3-8)

    Jesus respondeu a seus inimigos com a Pâlavra. Ele refere-se a Davi (1Sm 21:1 ss), que teve fome no sábado e comeu pão sagrado do tabemáculo. Naquela época, Davi era um rei re-jeitado, da mesma forma que Jesus; todavia, ele ainda não fora coroado. Cristo também faz referência à Lei (Nu 28:9-4), que permite que o sacerdote trabalhe no sábado e ofe-reça sacrifícios. Por fim, ele citou os profetas (Dn 6:6) para mostrar que Deus está mais interessado no cora-ção que em observâncias exteriores vazias. Corajosamente, Jesus afir-mou que ele, não os fariseus, era o "senhor do sábado", e essa é uma outra forma de afirmar que é Deus, já que o Senhor ordenou o sábado.

    1. A segunda acusação deles (w. 9-21)

    Os fariseus tornaram a regra de "não trabalhar" aos sábados tão rí-gida que alegavam que era pecado curar no sábado! Jesus usa a lógica simples para mostrar que as regula-mentações deles eram erradas. Eles ajudavam seus rebanhos no dia de sábado, e será que um homem não vale mais que uma ovelha? Dessa forma, Jesus afirma o valor da alma humana para Deus. O versículo 14 relata o início do plano dos fariseus para destruir Jesus. Como Cristo rea-giu? Ele afastou-se de lá. Isso cumpre a profecia de Isaías (veja Is 42:1-23), que descreve o ministério do Mes-sias. Ele não argumenta com seus inimigos (v. 19) nem traz julgamen-to sobre eles (v. 20). Alguns estúdio-

    sos dizem que, no versículo 20, a "cana quebrada" e a "torcida que fumega" referem-se aos pecadores fracos e necessitados, porém é mais provável que retratem os inimigos de Cristo, pessoas que Jesus não jul-garia até que o momento certo che-gasse. Observe que os versículos 18:20 citam os "gentios", outra indi-cação de que sua nação rejeitou o Rei, e ele se voltará para os gentios. Os versículos 41:42 citam de novo os gentios, quando ele fala sobre Nínive e a rainha do Sul.

    1. O conflito a respeito de Satanás (12:22-37)

    Os fariseus, como as pessoas mun-danas de hoje, estavam sempre à procura de algo para criticar. Eles acusaram Cristo de ter ligação com Satanás, em vez de alegrar-se com a cura do homem. Jesus menciona que esse argumento não tem lógica, já que significaria que Satanás lutava contra si mesmo! Mesmo os judeus incrédulos conseguiam expulsar de-mônios (v. 27; e veja At 19:13ss). Isso queria dizer que eles também tinham ligação com Satanás? O ar-gumento final de Jesus (v. 29) é que ele não podia expulsar os demônios sem antes dominar o líder deles, Satanás, o que fez no capítulo 4. E isso leva à terrível afirmação sobre o pecado imperdoável. Lembre-se destas coisas quando meditar a res-peito do pecado imperdoável:

    1. É um pecado do coração, não dos lábios (vv. 34-35)

    As palavras proferidas são uma evi-dência da condição do coração, e as palavras más indicam um cora-ção mau.

    1. É um pecado cometido à luz de grande evidência

    Esses homens viram os milagres de Cristo e, ainda assim, endureceram o coração contra ele.

    1. É um pecado intencional de des-crença persistente e de rejeição ca-bal a Jesus Cristo

    O adultério não é imperdoável (veja Jo 8:1-43) nem o homicídio (Deus perdoou Davi). Todavia, quando a pessoa insiste em rejeitar a Cristo e chega a um ponto em que seu co-ração fica tão endurecido que não se preocupa mais com seu destino eterno, então é tarde demais.

    Aqui, Jesus prega a mensagem de João Batista (veja 3:7). Ele chama os fariseus de "raça de víboras", por-que eram filhos da velha serpente, o demônio (veja 23:33). Eles têm uma religiosidade aparente, mas não co-nhecem o Senhor. Eles, como Sata-nás, eram imitadores da verdadeira santidade (2Co 11:13-47).

    1. O conflito a respeito dos sinais (12:38-50)

    Cristo realiza muitos milagres; toda-via, eles pedem um sinal (Jo 12:35-43.

    No final do capítulo 11, Jesus faz um convite a "todos os que es-tão cansados e sobrecarregados" (v. 28, tradução do autor). Aqui (vv. 46-50), ele usa a palavra maravi-lhosa "qualquer". Ele quebrou to-dos os laços naturais. Agora, ele di-rige-se à família mundial de Deus, para "qualquer" que faça a vontade do Senhor.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Mateus Capítulo 12 do versículo 1 até o 50
    12:1-8 Entraram a colher, espigas. Seguindo a Jesus pelos campos de trigo, os discípulos usufruíram do mesmo direito que os transeuntes, comendo para satisfazer a fome, sem levar nada consigo (Dt 23:25). Segundo os fariseus, debulhar era um tipo de trabalho proibido no sábado (Lc 6:1). Jesus mostra, por exemplo histórico, que fazer o serviço de Deus supera as regras religiosas. Jesus declara Sua igualdade a Deus quando reivindica ser o Senhor do sábado (8; conforme Jo 5:17). O sábado foi dado ao homem para seu bem e não para prejudicá-lo (12). Veja Lc 6:0 e Dt 11:31-5). Lançaram mão da calúnia e da perfídia, mas Jesus, com lógica clara e objetiva, demonstrou estar destruindo, e não construindo, ao império maligno (1Jo 3:8). Casa do Valente. Conforme Is

    49.24- 26; Lc 11:21 n.

    12.30 Não há neutralidade em assuntos religiosos. Quem não serve a Cristo, está servindo ao diabo e curva-se ao seu jugo.
    12.31,32 Blasfêmia contra o Espírito.
    1) Rejeitar as mais claras provas de que as obras de Jesus que revelam a aproximação do Reino de Deus, foram feitas pelo poder do Espírito Santo;
    2) Alegar que pertencem ao diabo. É sinal de endurecimento tão completo, ao ponto de não existir nenhuma esperança de arrependimento e conversão (conforme He 6:4-58; He 10:26-58). Jesus, como sempre, está aceitando fielmente as narrativas do AT.

    12:43-45 Só pela obra de Cristo é que as forças do maligno não têm acesso à personalidade humana; se, no entanto, a pessoa não permite que o Espírito Santo tenha inteiro controle sob sua vontade, todo o seu ser corre o perigo de se deixar levar novamente pela força do diabo e seus auxiliares. A conversão consiste em muito, mais do que arrependimento. Exige o renascimento do Espírito(Jo 3:3, Jo 3:5) e obediência (Jo 15:10).

    12:46-50 Jesus tinha quatro irmãos (mencionados pelo nome em Mc 6:3), além de um número de irmãs não especificado. Sem base histórica, já tem sido negado serem, estes, filhos de José e Maria. As alternativas apresentadas são: estes podiam ser primos de Jesus, filhos de Alfeu e de outra Maria, irmã da mãe de Jesus. Podiam, também, segundo, tais teólogos, ser filhos de José antes do seu casamento com Maria, Jo 7:5 e At 1:14 distingue-os dos filhos de Alfeu. Nota-se, também, que nas dez ocasiões em que sua presença se registra, estão sempre com Maria, mãe de Jesus. Não se deve esquecer a mensagem espiritual desse trecho: nossa fraternidade jaz em nossa obediência a Cristo, reunindo-nos numa nova família espiritual. Nota-se também que Jesus não tinha a mínima intenção de exaltar Sua mãe à posição de uma divindade.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Mateus Capítulo 12 do versículo 1 até o 50
    Colhendo espigas de trigo (12:1-8)

    V.comentário de Mc 2:23-41 (Lc 6:1-42). Mateus acrescenta os v. 5ss, em que Jesus menciona o trabalho dos sacerdotes no templo no sábado. Podemos nos tornar tão pedantes como os escribas na questão da observância do domingo. O argumento de Jesus é que aqueles que estão fazendo a obra do Senhor do sábado não estão debaixo das leis do sábado, o que é maior do que o templo (v. 6; conforme 12.41,42): i.e., o Reino de Deus. A citação de Dn 6:6 (7) é a negação do direito de julgamento até que os motivos por trás do ato sejam conhecidos. Pode-se acrescentar aqui que a fome dos discípulos mostra que a hospitalidade usual do sábado não havia sido oferecida a Jesus e seus discípulos.

    A cura do homem com a mão atrofiada (12:9-14)

    V.comentário de Mc 3:1-41 (Lc 6:6-42). Portanto, é permitido fazer o bem no sábado'. Fazer a obra de Cristo é fazer o bem; esse é o princípio que rompe todo legalismo e os sofismas humanos. Deve-se acrescentar a isso qué, no aspecto humano, a atitude dos fariseus em relação a usar um médico no sábado era notavelmente sensata. Se a vida estava em perigo, tudo que fosse necessário deveria ser feito. Se não estava, por que incomodar o médico? Foi esse o incidente que mostrou aos fariseus que o ponto em questão entre eles e Jesus não eram as interpretações distintas da Lei, mas uma abordagem fundamentalmente diferente dela; daí a decisão de matar Jesus.

    A cura das multidões (12:15-21)

    V.comentário de Mc 3:7-41 (Lc 6:17-42). Ao citar Is 42:1-23, Mateus deseja tornar claro que Jesus não estava resistindo à oposição deliberada. Uma vez que a pessoa rinha tomado uma postura em relação a Jesus, era deixada com sua decisão. Disso não se pode deduzir, no entanto, que houve uma aceitação entusiasmada por parte do povo comum. Eles eram atraídos por sua reputação de curar as pessoas, que agora tinha atingido o seu ápice (v. 15).

    A acusação contra Jesus de ser Bel-zebu (12:22-37)

    V.comentário de Mc 3:22-41 (Lc 11:14-42) e observação em Mt 9:32ss. Já a surpresa do povo diante da cura mostra quão pequena era a fé que havia. E provável que a capacidade instantânea do homem de falar e ver os tenha influenciado mais. v. 23. Filho de Davi (conforme 9.27; 15.22; 20.30,31; 21.9,15): Não precisamos duvidar de que o título tenha sido usado de maneira messiânica. Se havia espiões romanos em volta, era um título mais seguro a ser usado. v. 24. Bel&ebw. Significa “senhor do esterco [zebul\’\ i.e., dos sacrifícios pagãos. Outros preferem “senhor dos lugares altos”, v. 27. os filhos de vocês: i.e., “os seus patrícios judeus”. A parte alguns casos excepcionais em At 19:13-16, sabemos de uma série de rabinos proeminentes que agiam como exorcistas. Uma acusação infundada contra Jesus iria envolvê-los também, v. 31,32. blasfêmia contra o Espírito: Jesus não está querendo dizer que haja um pecado tão grande que não possa ser tratado por meio da expiação. Um homem que propositadamente chama o bem de mal e o mal de bem está tão transtornado e confuso que não vai querer perdão, que é o pré-requisito para ser perdoado. Acerca do v. 33, conforme 7:16-20. v. 36. toda palavra inútil'. Isso deve ser interpretado à luz do v. 35 (conforme 15.11,18,19). As palavras premeditadas de um homem raramente são um sinal confiável do seu caráter, já as não premeditadas são.

    A exigência de um sinal (12:38-42)

    V.comentário de Lc 11:29-42. Para os líderes religiosos dos judeus, a exigência de um sinal parecia razoável. Deus tinha dado a Moisés sinais para o seu povo (Ex 3:12; 4:1

    9); por que então Jesus, que vinha com nova autoridade, não deveria mostrá-los? Os sinais dados a Moisés eram de dois tipos: (a) para descrença (Êx 4:1-9) — esses foram adequadamente representados por seus milagres de cura; (b) para fé (Ex 3:12) — isso aconteceu depois do êxodo, mesmo assim o sinal do profeta Jonas viria no final do seu ministério.

    v. 40. três dias e três noites\ O período dado na tradição judaica. Os problemas levantados por essa expressão com relação ao dia da crucificação são infundados (v. Nota Adicional ao capítulo 27). Na contagem do tempo em tempos bíblicos e rabínicos, parte do período era contada como todo o período. “Rabi Elazar (c. 100 d.C.) disse: ‘Um dia e uma noite fazem um ‘onah (i.e., período Dt 24:0. Eles poderiam ser desculpados por não reconhecerem a sua pessoa, mas não por não aceitarem a sua pessoa e obra.

    O perigo do homem vazio (12:43-45)

    V.comentário de Lc 11:24ss. Embora esses versículos sejam uma declaração de fato literal, também constituem uma parábola. Não são uma advertência aos judeus em geral (assim M’Neile, Filson, Tasker, Schniewind), mas são dirigidos aos escribas e fariseus (Schlatter). De forma parabólica, referem-se à obra da Lei, que poderia preparar o povo de Israel para o Messias mas não poderia “preenchê-lo”.

    Os verdadeiros parentes de Jesus (12:46-50)

    V.comentário de Mc 3:19-41). A interrupção do ensino de Jesus foi um insulto pessoal e a rejeição da sua autoridade divina. Por outro lado, o incidente “deixa claro que nem toda a geração de Jesus era má” (Tasker).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 4 do versículo 12 até o 46

    III. O Ministério de Jesus Cristo. 4:12 - 25:46.

    A análise de Mateus do ministério de Cristo foi baseada sobre quatro áreas geográficas facilmente notáveis: Galiléia (Mt 4:12), Peréia (Mt 19:1), Judéia (Mt 20:17) e Jerusalém (Mt 21:1). Como os outros sinóticos ele omite o anterior ministério na Judéia, que ocorre cronologicamente entre Mt 4:11 e Mt 4:12 (confira com Jo 14:1)


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 12 do versículo 1 até o 50

    Mateus 12


    8) A oposição dos fariseus. Mt 12:1-50.

    Mateus registra urna série de incidentes demonstrando a natureza da hostilidade farisaica.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 12 do versículo 46 até o 47

    46,47. Sua mãe e seus irmãos. Esses irmãos são presumivelmente os filhos de José e Maria, nascidos depois de Jesus. Procurando falarlhe indica que foi feito um esforço, mas a multidão era grande demais (Lc 8:19). Os motivos de sua preocupação estão óbvios. Anteriormente, a pregação de Jesus em Nazaré forçara a família a mudar-se para Cafarnaum (Mt 4:13; Lc 4:16-31; Jo 2:12). Agora provocara a oposição aberta e blasfema dos fariseus. Além disso, amigos file contaram que a tensão do seu ministério afetara-file a saúde (Mc 3:21). O versículo 47 acrescenta alguma informação nova, e muitos manuscritos o omitem.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 12 do versículo 46 até o 50

    46-50. A mãe e os irmãos de Cristo.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 12 do versículo 46 até o 50
    XI. JESUS E SUA FAMÍLIA Mt 12:46-40.

    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Mateus Capítulo 12 do versículo 1 até o 50

    70. O Senhor do sábado (Mateus 12:1-14)

    Naquele tempo, Jesus passou no sábado pelas searas, e seus discípulos com fome, começaram a colher espigas e come. Mas os fariseus, vendo isto, disseram-lhe: "Eis que os teus discípulos fazem o que não é lícito fazer no sábado." Mas Ele disse-lhes: "Não lestes o que fez Davi, quando teve fome, ele e seus companheiros; Como entrou na casa de Deus, e comeram o pão consagrado, o que não lhe era lícito comer, nem para aqueles com ele, mas só aos sacerdotes? Ou não lestes na Lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa? Mas eu digo a você, que algo maior do que o templo é aqui . Mas se você soubesse o que isso significa: 'Desejo a compaixão, e não um sacrifício', você não teria condenado os inocentes. Porque o Filho do Homem é Senhor do sábado ".
    E partindo de lá, Ele foi à sinagoga deles. E eis que havia ali um homem com uma mão atrofiada. E perguntaram-lhe, dizendo: "É lícito curar no sábado?" — A fim de que o acusarem. E disse-lhes: "Que homem haverá entre vós, que terá uma ovelha, se ela cair num buraco no sábado, ele não vai tomar posse dela, e tirá-la? De quanto mais valor em seguida, é um homem do que uma ovelha! Portanto, é lícito fazer o bem no sábado. " Então Ele disse ao homem: "Estende a tua mão!" E ele a estendeu, e lhe foi restituída ao normal, como os outros.Mas os fariseus, tendo saído, e aconselhou juntos contra ele, a forma como eles matarem. (12: 1-14)

    Os eventos registrados em Mateus 12 marcar um ponto de viragem importante no ministério de Jesus, com foco na rejeição do Messias por seu próprio povo. Os versículos 1:21 descrevem a incredulidade de montagem de Israel cristalizando-se em rejeição consciente, e os versículos 22:50 descrevem a blasfêmia que segue a rejeição. Depois que o Rei foi apresentado e atestada, Ele foi então rejeitado e blasfemado antes de finalmente ser condenado à morte na cruz.

    Plano perverso de Herodes para destruir o rei profetizado dos judeus, matando todos os bebês do sexo masculino em Judá foi a primeira evidência de que o Messias não seria aceito. Quando Seu precursor, João Batista, confrontou os fariseus e saduceus, chamando-os de uma raça de víboras e advertindo-os a fugir da ira vindoura, a rejeição tornou-se ainda mais evidente. Desde o início do próprio ministério de Jesus, os líderes judeus eram céticos em relação a Ele, e que o ceticismo encaminhado rapidamente para a crítica, a hostilidade aberta, e oposição direta.
    Como Jesus cada vez atacou a religião feita pelo homem da tradição rabínica, os líderes da religião que cada vez mais o atacou. Acusaram-no de blasfêmia (9:
    3) e de comunhão com cobradores de impostos e pecadores (11 v.). Eles ainda acusaram de ser possuído por demônios (v. 34). O mais diretamente Jesus confrontou os líderes judeus com sua pecaminosidade interna e seu vazio externo, mais eles endureceram seu antagonismo a Ele. Crítica e indiferença cresceu em forte censura e depois em raiva furiosa.
    Uma das causas principais para a oposição centrada na observância do sábado, o problema com o qual o presente texto (12: 1-14) promoções. Ele lida com o incidente que levou a oposição, então acusação de Jesus, instrução e ilustração, e, finalmente, a insurreição contra ele.

    O Incident

    Naquele tempo, Jesus passou no sábado pelas searas, e seus discípulos com fome, começaram a colher espigas e come. (12: 1)

    Sabbath observância era o coração do sistema legalista judaica, e quando Jesus violou as tradições sobre a forma como esse dia deve ser honrado, ele atingiu um nervo exposto.

    Tanto o Inglês Sabbath e do grego sabbaton transliteração do hebraico Shabat , que tem o significado básico de cessar, repouso e inatividade. No final da criação "Deus abençoou o sétimo dia eo santificou, porque nele descansou de toda a obra que Deus criara e fizera" (Gn 2:3). Mas, por várias centenas de anos, as várias escolas de rabinos tinham adicionado regulamento após regulamentação, indo muito além do ensino da Escritura e, em muitos casos, na verdade, contradizendo-lo (ver Mt 15:6). Em nenhuma área foram as adições mais extensas e extremas do que no que diz respeito à observância do sábado.

    Mantendo o sábado ainda era uma obrigação cerimonial de ligação para Israel, mas a maioria dos judeus tinha pouca idéia do propósito original do Sabbath ou de como Deus pretendia que fosse honrado. Em vez de ser um dia de descanso tornou-se um dia de carga incrível. Por causa das milhares de restrições feitas pelo homem em relação a isso, o sábado foi mais cansativo do que os seis dias dedicados a uma ocupação. Era mais difícil de "descanso" do que para ganhar a vida.

    A tradição judaica tinha sequer causou o sábado para ser perigoso. O livro apócrifo de 1 Macabeus (2: 31-38) conta a história de um incidente durante a época de Judas Macabeu, quando um grupo de judeus se recusaram a defender-se no sábado contra o exército grego liderado por Antíoco Epifânio. Como os soldados de Antíoco atacou, os judeus "não lhes respondeu, nem elenco eles uma pedra para eles, nem parou os lugares onde se escondeu, mas disse:" vamos morrer em nosso inocência: o céu ea terra dará testemunho para nós, que vos colocar-nos à morte injustamente. " Então, eles se levantaram contra eles em batalha no sábado, e eles os mataram com suas esposas e filhos e gado, com o número de um milhar de pessoas. "

    Em suas Antiguidades, o historiador judeu Flávio Josefo relata que foi também porque os judeus não se defenderem no sábado que o general romano Pompeu foi capaz de capturar Jerusalém. Como era costume na antiga guerra romano Pompeu começou a construir um monte alto a partir do qual as suas tropas poderiam bombardear a cidade. Ciente de que os judeus na defesa de Jerusalém não se opor a ele, em seguida, o general fez todo o trabalho de construção no sábado. "Se não fosse por essa prática, desde os dias de nossos antepassados, para descansar no sétimo dia"; Josefo escreveu: "este banco nunca poderia ter sido aperfeiçoado, pois, devido à oposição dos judeus teria feito; para nós que a nossa Lei deu deixar então para nos defender contra aqueles que começam a lutar com a gente e nos assaltam (esta foi uma concessão ), ainda que não nos permite mexer com os nossos inimigos enquanto eles fazem qualquer outra coisa. "

    Uma seção sozinho do Talmud, a maior compilação de tradição judaica, tem vinte e quatro capítulos que enumeram as leis sabáticas. Uma lei especificava que o limite de base para o curso era 3.000 pés de um de casa; mas várias exceções foram fornecidos. Se você tinha colocado um pouco de comida dentro de 3.000 pés de sua casa, você poderia ir lá para comê-lo; e porque a comida foi considerada uma extensão da casa, você poderia, então, ir mais 3:000 metros além da comida. Se uma corda foram colocados através de uma rua adjacente ou beco, o prédio do outro lado, assim como o beco entre, poderia ser considerado parte de sua casa.

    Certos objetos poderia ser levantado e colocado para baixo somente a partir de e para determinados lugares. Outras coisas que poderiam ser levantado a partir de um lugar público e se assentou em uma privada, e vice-versa. Outros, ainda, poderia ser pego em um lugar amplo e colocar para baixo em uma legalmente livre lugar, mas rabinos não poderia concordar sobre os significados de ampla e livre!

    Sob os regulamentos de sábado, um judeu não podia levar uma carga mais pesada do que um figo seco; mas se um objeto pesado metade desse montante que poderia levá-lo duas vezes. Restrições alimentares estavam entre as mais detalhadas e extensas. Você pode comer nada maior do que uma azeitona; e mesmo se você provei metade de uma azeitona, achei que fosse podre e cuspi-la, que a metade foi considerada ter sido comido tanto quanto o subsídio estava em causa.
    Jogando um objeto no ar com uma mão e pegando-o com a outra foi proibida. Se o sábado ultrapassou você como você pegou um pouco de comida, a comida era para ser descartado antes de desenhar o seu braço para trás, para não ser culpado de levar um fardo.
    Tailors não carregava uma agulha com eles no sábado por medo de que poderiam ser tentados a consertar uma peça de vestuário e, assim, realizar o trabalho. Nada poderia ser comprado ou vendido, e do vestuário não poderia ser tingido ou lavado. A carta não pode ser despachado, mesmo que pela mão de um gentio. Nenhum fogo poderia ser acesa ou extinta, inclusive o fogo para uma lâmpada-embora poderia ser utilizado dentro de certos limites de um fogo já aceso. Por essa razão, alguns judeus ortodoxos hoje usam temporizadores automáticos para ligar luzes em suas casas bem antes do sábado começa.Caso contrário, eles podem esquecer de ligá-los no tempo e tem que passar a noite no escuro.
    Banheiros não podia ser tomado por medo de alguma da água pode derramar no chão e "lavar" dele. Cadeiras não pode ser movida por arrastá-los pode fazer um sulco no chão, e uma mulher não era para olhar em um espelho para que ela não ver um cabelo grisalho e ser tentado a puxá-lo para fora. Você poderia levar tinta suficiente para chamar a apenas duas letras do alfabeto, e os dentes falsos não poderia ser usado porque excedeu o limite de peso de encargos.
    De acordo com esses regulamentos cabelo de divisão, um judeu não poderia retirar até mesmo um punhado de grãos para comer no sábado, a menos que ele estivesse passando fome, o que, naturalmente, muitas vezes é uma coisa difícil de determinar e seria motivo de diferenças consideráveis ​​de opinião . Se uma pessoa ficou doente no sábado, apenas tratamento suficiente poderia ser dada para mantê-lo vivo. Tratamento para fazê-lo melhorar foi declarado ser o trabalho e, portanto, proibido. Para determinar o quão seria necessário para manter uma pessoa viva e há muita comida, remédios, curativos ou mais-era em si um fardo impossível.
    Entre as muitas outras atividades proibidas sábado foram: costura, lavouras, colhendo, moagem, cozimento, espancando, atando molhos, peneirando, peneirando, morrendo, tosquia, fiação, amassar, separar ou tecendo duas threads, subordinação ou desvinculação um nó, e costura dois pontos.

    O sábado era nada além de um tempo de descanso. Tornou-se um momento de frustração opressiva e ansiedade. As pessoas estavam doentes a morte deste sistema que havia sido imposta a eles por, legalistas mundanos ímpios, e eles eram de fato "cansados ​​e oprimidos" Mt 11:28.

    Os discípulos não estavam colhendo no sábado, o que era proibido pela lei de Moisés (Ex 34:21), mas simplesmente satisfazer sua fome de acordo com a prestação de Deuteronômio 23. A tradição rabínica, no entanto, tinha ridiculamente interpretou a fricção dos grãos juntos em as mãos (o que os discípulos estavam fazendo; conforme Lc 6:1; conforme 13 8:45-13:10'>Rom. 13 8:10.), Eles tentaram cumpri-la através sem amor e tradições sem vida.

    Jesus aqui reafirma que o sábado foi dado para a glória de Deus e para o bem-estar do homem. Nunca houve a intenção de restringir a expressão do amor através de atos de necessidade, o serviço de Deus, ou atos de misericórdia

    O sábado não restringe Deeds de Necessidade

    Mas Ele disse-lhes: "Não lestes o que fez Davi, quando teve fome, ele e seus companheiros; Como entrou na casa de Deus, e comeram o pão consagrado, o que não lhe era lícito comer, nem para aqueles com ele, mas só aos sacerdotes (12: 3-4)?

    Davi foi o herói supremo do judaísmo, amado e respeitado, mesmo acima dos patriarcas e profetas. Ele era o grande rei, poeta e guerreiro. Jesus lembrou aos fariseus de uma história familiar sobre Davi eseus companheiros como eles fugiram para salvar suas vidas ao sul de Gibeá para escapar do Saul ciumento e vingativo. Quando chegaram ao Nob, onde o Tabernáculo foi então localizado, eles pediram para o alimento. Abimeleque, o sacerdote deu-lhes o pão consagrado da Presença, que não lhe era lícito comer, nem para os que com ele, mas só aos sacerdotes , porque não havia "nenhum pão comum à mão" no Tabernáculo (1Sm 21:4; conforme Lev. 24: 8-9).

    O mais legalista fariseu considerados os sacerdotes que ministravam no templo como inocente de quebrar o sábado , apesar do fato de que eles trabalharam duas vezes mais duro, como fizeram em outros dias. Da mesma forma, mesmo o cristão mais legalista não considera pregando, ensinando na escola dominical, liderando um grupo de jovens, ou qualquer outro trabalho, como profanar o dia do Senhor, apesar do fato de que essas atividades exigem um grande esforço.

    Jesus constrangeu e enfureceu os fariseus ao apontar a incoerência do seu pensamento legalista. Mas sua raiva se transformou em raiva quando Jesus disse então: Mas eu digo a vocês, de que algo maior que o templo está aqui. Mesmo se os fariseus não entendeu imediatamente que Jesus estava se referindo a si mesmo, ficaram horrorizados, porque nada, excepto O próprio Deus, foi maior do que o templo .Em nossos dias, é difícil até mesmo para os judeus, muito menos os gentios, para compreender como altamente os judeus da época de Jesus reverenciado do Templo.

    Por causa de suas afirmações anteriores à divindade (ver, por exemplo, 9: 2-6; 11: 3-5, 25-27), os fariseus provavelmente perceberam que Jesus se referia a si mesmo como sendo maior que o templo e, portanto, afirmando ser Deus . Alguns momentos depois, Ele tirou todas as dúvidas em suas mentes sobre o que Ele quis dizer (12: 8).

    Objetivo imediato do Senhor, no entanto, não era para provar a Sua divindade, mas de salientar que, à luz do que a divindade, ele tinha o direito de revogar sábado regulamentos como Ele achou por bem-infinitamente mais do que Davi tinha o direito de violar as leis do Tabernáculo ou os sacerdotes tinham a violar as leis sabáticas em servir no Templo.

    O sábado não restringe os atos de misericórdia

    Mas se você soubesse o que isso significa, "Eu desejo a compaixão, e não um sacrifício", você não teria condenado os inocentes. Porque o Filho do Homem é Senhor do sábado. (12: 7-8)

    Terceiro ponto de Jesus a respeito do sábado era que sua observância nunca foi concebido para restringir os atos de misericórdia, como os fariseus teria conhecido se tivessem compreendido e honrado Escritura como eles alegaram.
    Se eles soubessem o que o Senhor quis dizer quando falou, eu desejo a compaixão, e não um sacrifício , eles não teriam condenado inocentes por suposta quebra sábado. Aquela verdade sozinho, uma citação de uma só metade de um versículo do livro de Oséias (6: 6-A) —seria têm sido suficientes para ensinar os fariseus, e qualquer judeu sincero, o principal desejo de Deus era para o seu povo.

    Sacrifique aqui representa todo o sistema de Mosaic de rituais e cerimônias, que sempre foi de importância secundária e temporária no plano. de Deus Sacrifício nunca foi mais do que simbólica, um meio que apontam a provisão graciosa e futuro de Deus do que ninguém, e certamente nenhum animal, Pode fornecer.

    Observando-se o sábado era uma espécie de sacrifício , um serviço simbólico para o Senhor em obediência à Sua ordem. Era um lembrete de conclusão da criação de Deus e uma sombra do resto perfeito Seu povo redimido ansiosos para na salvação e no céu.

    Mesmo sob a Antiga Aliança, que exigia, a observância do sábado não foi um substituto para a justiça coração e compaixão que caracterizam os fiéis filhos de Deus. Deus é misericordioso, e Ele comanda o Seu povo para ser misericordioso.

    Deus às vezes deixa de lado suas leis para o bem da misericórdia. Se não o fizesse, nenhum de nós seria salvo-ou mesmo de nascer, porque Adão e Eva teria sido destruída no momento em que pecou. Não só isso, mas Deus sempre demonstrou misericórdia na aplicação das penas temporais para quebrar suas leis.

    O desejo do Senhor não é condenar os homens para o pecado, mas para salvá-los da mesma. Ele só condena aqueles que não terá a sua misericórdia (conforme 2Pe 3:9); e nenhum crente tem o direito de impor seus pontos de vista a este respeito de ninguém (Gal 4: 9-10; Cl 2:16.).

    Desde os dias da igreja primitiva (At 20:7;. Mt 12:24). Seus milagres fez tudo o mais determinado a destruí-Lo (Mt 12:14). Os mesmos sinais que convenceram os humildes da divindade e da messianidade de Jesus confirmou o orgulho em sua incredulidade e rejeição.

    Os fariseus escolheu o homem com a mão atrofiada para testar Jesus porque a cura do homem não era um problema de vida ou morte, o que de acordo com a sua tradição era a única justificativa para dar ajuda médica no sábado. Eles argumentaram que, se Jesus fosse verdadeiramente de Deus, Ele vai respeitar essa tradição e esperar até o dia seguinte para curar o homem.

    A ilustração da ovelha que cai em um buraco no sábado tratada uma justificação económica para quebrar o sábado que, provavelmente, estava previsto nas tradições. O comentarista William Hendriksen diz: "É seguro inferir, talvez, que a pergunta feita por Jesus no momento em que nos indica que havia uma legislação específica que permita isso." Em qualquer caso, a pergunta de Jesus era retórica, ea resposta era óbvia e assumida: Qualquer judeu, incluindo um fariseu, iria encontrar uma maneira de salvar suas ovelhas em tal situação. Se houvesse uma regulamentação permitindo-lhe fazer uma coisa dessas, ele certamente tirar proveito dela. Se não houvesse, ele iria encontrar alguma maneira de contornar ou dobrar a lei, a fim de salvar suas ovelhas. Ou dentro da tradição ou apesar disso, ele iria encontrar uma maneira de ter de segurar as ovelhas e tirá-la. Os fariseus não discutir a questão com Jesus, provando a resposta assumido estava correta.

    Por isso, o Senhor declarou: Ora, quanto mais vale um homem do que uma ovelha! Sem fariseu teria alegado que as ovelhas eram tão valioso quanto os homens, que eles sabiam foram criados à imagem de Deus. Mas, na prática, os fariseus tratados outros homens com menos respeito do que eles tratavam os seus animais, pois em seus corações eles não respeitaram, muito menos amor, seus semelhantes, incluindo os seus companheiros judeus. Eles desdenhosamente subjugado vida humana e bem-estar com a tradição religiosa.

    Uma das tragédias mais óbvios do hinduísmo é o seu desprezo pelo bem-estar humano em nome do bem-estar humano. Um mendigo não é dado alimento porque iria interferir com o seu karma e impedi-lo de sofrer o seu caminho para o próximo nível mais alto de existência. Uma mosca não é morto, porque é a reencarnação de algum ser humano infeliz de eras passadas. Os ratos não são mortas pelo mesmo motivo e é permitido comer e contaminar o abastecimento de alimentos, sem qualquer interferência. As vacas são consideradas sagradas e recebem o que o alimento está disponível, enquanto os seres humanos estão autorizados a passar fome.
    De forma semelhante os fariseus desprezavam os outros seres humanos, mostrando mais compaixão por uma ovelha do que para um aleijado homem que era mesmo um judeu. Marcos relata que Jesus então perguntou aos fariseus: "'É lícito no sábado fazer bem ou fazer mal, salvar uma vida ou matar?" Mas eles ficaram em silêncio "(Mc 3:4.

    Por isso, o Senhor respondeu a pergunta mesmo: É lícito fazer o bem no sábado -sem dúvida forte incidência na é . Naquele momento Jesus ira justa confrontou os fariseus ira injusta. E depois de olhar em redor para eles com raiva, "(Mc 3:5). Sua confiança estava na tradição e nas suas próprias obras, e nem Palavra de Deus, nem o Filho de Deus iria mudá-los.

    Porque eles não podiam refutar a verdade do que Jesus disse ou o poder do que Ele fez, os fariseus saíram, e aconselhou juntos contra ele, a forma como eles matarem. Fiel à natureza de seu pai espiritual, o diabo (Jo 8:44), os fariseus tentaram destruir o que não podiam subverter.

    Os fariseus teria matado Jesus no local não havia Roma restringiu-los de infligir a pena de morte e se não tivessem tido medo das muitas pessoas que seguiram e admirei. O termo grego a partir do qualaconselhou é traduzido inclui a idéia de realizar uma decisão já tomada. Os inimigos de Jesus já estavam determinados a destruí-Lo ; a decisão só restante tinha a ver com como.

    De Marcos ficamos a saber que os fariseus estavam tão determinados a destruir Jesus a qualquer custo que contou com a ajuda de seus arquiinimigos habituais, os herodianos (3:
    6) —o partido político irreligiosa e mundano que apoiaram Herodes, o meio-judeu Idumean rei que tinha comprado o seu título de Roma. Os herodianos eram a antítese dos fariseus em quase todos os sentidos, e ao fato de que os fariseus tentaram juntar forças com eles revela o quão desesperada eles foram para acabar com Jesus. Os legalistas religiosos uniram forças com os libertários seculares para destruir um inimigo que eles consideravam ser ainda mais perigoso do que o outro.

    Apesar de suas diferenças, esses dois grupos tiveram a mesma orientação espiritual. Ambos desconsiderada a Palavra de Deus em favor de suas próprias idéias; ambos rejeitaram Seu Filho; e sua lealdade inconsciente mútuo era a Satanás, o líder espiritual do atual sistema mundial (conforme Jo 8:44). Nem o mundo gentio, nem a nação judaica reconhecida ou recebeu o Visitor divino que lhes tinha feito e tinha vindo para resgatá-los (João 1:10-11).

    Como Donald Grey Barnhouse observou: "É neste ponto da história que o relógio de Israel parou." Porque Israel, o povo escolhido e especialmente abençoados de Deus, rejeitado seu Messias, Deus colocou na prateleira como uma nação ", até que a plenitude dos gentios haja entrado" Rm 11:25.

    O legalismo é o inimigo implacável da graça. Mesmo a lei mosaica, exigindo que fosse, era um reflexo da graça de Deus, um meio de guiar os homens em direção a Jesus Cristo, o único e verdadeiro e única esperança de chegar a Deus. Como Paulo explica, a lei foi um "tutor para nos conduzir a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé" (Gl 3:24). Se a lei do próprio Deus era apenas uma sombra quanto menos espiritual substância faz tradição humana tem? Se até mesmo a lei divina não pode salvar, de quanto menos valor é tradição humana?

    Assim como a confiança na tradição e boas obras é uma barreira para a salvação, é também uma barreira para fiéis vivos depois da salvação. "Tendo começado pelo Espírito, que está agora a ser aperfeiçoado pela carne?" Paulo perguntou crentes gálatas que estavam sendo enganados pelos judaizantes legalistas (Gl 3:3)

    Mas Jesus, ciente disso, retirou-se dali. E muitos o seguiram, e Ele curou a todos, e advertiu-os a não torná-lo conhecido, a fim de que o que foi dito pelo profeta Isaías, que se cumprisse, dizendo: "Eis o meu servo, a quem escolhi, o meu amado em quem a minha alma está bem satisfeito, vou colocar meu espírito sobre ele, e ele deve proclamar justiça às nações Ele não vai brigar, nem gritar;.. nem se ouvirá sua voz nas ruas A agredidas reed Ele não romper, e um pavio fumegante Ele não vai colocar para fora, até que Ele leva justiça a vitória. E no seu nome os gentios esperarão. " (12: 15-21)

    Escritura atribui muitos títulos a Cristo [Messias], e nenhum é mais adequado ou encantador do que o meu servo, um título usado pela primeira vez por Isaías (42: 1). Assim como o profeta previu do Messias, Jesus veio em maravilha, beleza e majestade como o Servo divino, servindo ao Pai e servir a humanidade em nome do Pai.
    Esta breve passagem é um oásis de beleza refrescante no deserto dos capítulos 11:12, que narrar a primeira grande rejeição de Cristo, liderada pelos escribas e fariseus. Depois de Jesus colocá-los à vergonha, ao mostrar que as suas tradições de sábado foram de coração endurecido, ilógico e não bíblico, "os fariseus saíram, e aconselhou juntos contra ele, a respeito de como eles poderiam destruí-Lo" (12:14). Esses líderes ímpios acreditava exatamente o oposto da verdade sobre Jesus, até mesmo ao ponto de acusar de fazer seu trabalho pelo poder de Satanás.
    No meio de seu relato de que o antagonismo de montagem, Mateus aqui apresenta algumas das características marcantes deste servo a quem o mundo despreza, mas Deus ama muito.

    Conformados com o Plano de Deus

    Mas Jesus, ciente disso, retirou-se dali. E muitos o seguiram, e Ele curou a todos, e advertiu-os a não torná-lo conhecido, a fim de que o que foi dito pelo profeta Isaías, que se cumprisse, dizendo: (12: 15-17)

    Em sua onisciência Jesus era ciente do plano dos fariseus para destruí-lo, e, portanto, Ele retirou-se dali . Jesus não tinha vindo para fazer a Sua vontade, mas de Seu Pai (Mt 26:29;. Jo 6:38), e ainda não era o tempo do Pai para o ministério e vida do Filho para ser terminado. Quando chegasse a hora, Jesus aceitou sua prisão, julgamento, crucificação e sem queixa ou de resistência, embora a qualquer momento ele poderia facilmente ter salvo a Si mesmo e destruídos aqueles que procuravam matá-lo. Quando os soldados chegaram para prendê-lo no jardim do Getsêmani, prostravam-se em reverência simplesmente em ouvi-lo dizer: "Eu sou Ele" (Jo 18:6). Jesus tinha o verdadeiro coração de servo, e Ele era submisso ao Pai e tão entregue à redimir um mundo perdido. Nunca houve um servo como este Servo, "quem, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não considerou a igualdade com Deus uma coisa que deve ser aproveitada, mas se esvaziou, assumindo a forma de um servo, tornando-se em se semelhante aos homens. E, achado na forma de homem, humilhou-se, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz "Phil. 2: 6-8.

    Depois que Jesus saiu da sinagoga, muitos seguiram Ele, e Ele curou a todos. O Senhor curou muitas pessoas que não acreditavam nEle para a salvação. Dos dez leprosos Ele limpos em uma ocasião, apenas uma apresentou provas de fé, retornando para dar graças. As palavras de Jesus "A tua fé te salvou" referem-se a cura espiritual do homem através da salvação, e não para a sua cura física, o que já havia ocorrido. Todos os dez leprosos foram curados fisicamente, mas apenas um foi curado espiritualmente (Lucas 17:11-19).

    Milagres de cura de Jesus demonstrou Seu poder divino, mas também demonstrou o Seu amor divino e compaixão para com os que sofrem. Ele curou a fim de revelar o coração amoroso de Deus, que vai continuamente para aqueles que estão sofrendo, sobrecarregados, e perseguidos. As pessoas que Jesus curou eram desprezados e negligenciados pelos escribas e fariseus, bem como pelo sacerdócio, que Deus estabeleceu como um meio para trazer o seu povo mais perto de Si mesmo. Os líderes religiosos estavam interessados ​​na rica e influente, não os doentes, os pobres e os marginalizados. Como no caso do homem com a mão atrofiada, seu único interesse em sua aflição era usá-lo como um meio de induzir Jesus para quebrar uma tradição de sábado, para acusar e condenar Ele (Mt 12:10).

    Jesus, por outro lado, sempre teve tempo para aqueles que estavam sofrendo e precisa. Quando ele olhou para fora sobre "as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e abatido como ovelhas sem pastor" (09:36). Não só eles eram oprimidos pelos romanos, mas por seus próprios líderes religiosos, aqueles que deveriam ter sido os seus pastores. Esses líderes eram lobos vestidos como pastores, e em vez de alimentar as ovelhas que devorou ​​(Mt 7:15;. Mt 23:14). Eles eram como o pastor perverso de que fala Zacarias que devorava a carne da ovelha gorda e arrancou seus cascos (Zc 11:16).

    Mas quando o verdadeiro Pastor veio a Israel, Ele teve grande compaixão por Seu povo sofredor e Ele curou-os carinhosamente de todo tipo de doença e aflição. Ele gritou para eles, dizendo: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados ​​e sobrecarregados, e eu vos aliviarei Tomai o meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração;. E você achareis descanso para as vossas almas Porque o meu jugo é suave eo meu fardo é leve "(Mateus 11:28-30.).. Falsos pastores impor encargos, mas o verdadeiro Pastor levanta-los. É por isso que Pedro nos diz para lançar nossos fardos e ansiedades sobre o "Supremo Pastor", porque Ele tem cuidado de nós (1Pe 5:4).

    Cristo sente a dor que nós e o peso dos encargos que nos aniquilam dói; e em Sua misericórdia graciosa Ele cura nossas feridas e eleva os nossos fardos.
    Depois que Jesus curou todos os aflitos entre aqueles que haviam seguido, Ele advertiu -os a não torná-lo conhecido , assim como ele tinha dito, o leproso, "Veja que você não diga a ninguém" (Mt 8:4.

    Jesus também não pode ter querido Seus milagres para se tornar muito conhecida, a fim de mantê-los em perspectiva. Os milagres eram provas de seu poder divino e Sua reivindicação legítima para messianismo. Ele não realizá-las a se tornar famoso ou para construir uma base popular de poder e influência, como muitos de seus seguidores esperavam que Ele fizesse. E embora Ele tinha grande compaixão pelas aflições físicas das pessoas, sua obra principal era o de salvar almas, não corpos. Não só isso, mas as manifestações contínuas de poder poderia facilmente ter inflamado entusiasmo zeloso para Ele como um militar e libertador político, que a maioria dos judeus esperavam que o Messias seja, mas que Jesus recusou-se a ser. Foi por essa razão que Ele retirou-se das multidões após a alimentação dos cinco mil. "Por conseguinte, Jesus percebendo que tinham a intenção de vir e levá-lo à força para o fazerem rei, retirou-se novamente para o monte, mesmo sozinho" Jo 6:15.

    Os milagres de Jesus também serviu para incitar ainda mais a raiva dos escribas e fariseus; E se a sua fama espalhou-se muito mais ampla e rápida que teria prematuramente aumentou a oposição fatal contra ele.
    Mas talvez a razão mais importante Jesus não queria que o Seu poder milagre para ser muito aclamado foi que este não era o momento de Sua exaltação, mas de Sua humilhação.
    Muitas das pessoas deve ter se perguntado por que, se Jesus era realmente o Messias, Ele não foi aceito pelos líderes religiosos e por que Ele manteve a retirada das multidões e por que Ele passou tanto tempo com os pobres e necessitados, em vez da poderosa e influente . Como tal pessoa poderia derrubar Roma e restaurar Israel?
    Mas Mateus garante a seus leitores que Jesus é realmente o Messias, tal como profetizado por Isaías, o profeta. Jesus não veio para cumprir as expectativas confusas e sem base bíblica do povo, mas para cumprir a Sua missão divina como previsto na sua palavra. Ele foi, portanto, determinou que todas as previsões divina sobre Ele pode ser cumprida.

    Mateus 12:18-21 é uma citação modificada de Isaías 42:1-4 e é um dos mais impressionantemente bonito descrições de Jesus Cristo em toda a Escritura. Aqui vemos que Jesus foi elogiado pelo Pai e encomendado pelo Espírito Santo, que Ele comunicou a mensagem de Seu Pai, que Ele estava comprometido com mansidão e para confortar os fracos, e que Ele iria consumar a vitória sobre o pecado e Satanás.

    Elogiado pelo Pai

    Eis o meu servo, a quem escolhi; O meu amado em quem a minha alma está bem satisfeito; (12: 18a)

    Pais ( Servo ) não é a palavra usual para "servo" e é muitas vezes traduzida como "filho". Em secular grega foi utilizado de um funcionário especialmente íntima que era confiável e amado como um filho.Na antiga edição grega do Antigo Testamento (a Septuaginta), pais é usado de chefe servo de Abraão (Gn 24:2).

    Jesus Cristo é o supremo de Deus Servo , seu único Filho, a quem Ele escolheu para redimir o mundo. A frase grega traduzida eu escolhi (de hairetizō ) indica uma firme e determinada decisão e é usada em nenhum outro lugar no Novo Testamento. Foi usado em grego secular de forma irrevogável adotar uma criança na família como um herdeiro que nunca poderiam ser destituídos. O Pai tinha irrevogavelmente escolhido Seu amado Filho para ser o Seu divino Servo, o único qualificado para a tarefa da redenção.

    Porque os profetas freqüentemente falava de Deus de escolher o Messias, Ele foi muitas vezes referida como "O Chosen One". Em Jesus 'crucificação ", os governantes foram zombando dele, dizendo:" Salvou os outros, que salve a si mesmo se este é o Cristo [Messias] de Deus, Sua Chosen One' "(Lc 23:35). O fato de que eles sabiam tanta verdade sobre o Messias fez tudo o mais culpado por rejeitá-Lo.

    Jesus é o Pai amado, em quem Sua alma está bem satisfeito . É através da graça de Deus ", que ele nos concedeu gratuitamente no Amado", que "temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados" (Ef. 1: 6-7). Aquele que é odiado e rejeitado pelo mundo, incluindo o seu próprio povo, é amado por Deus, que é bem satisfeito . Contra o testemunho de Israel e do mundo é o testemunho do Pai.Jesus disse: "Se só eu der testemunho de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro. Há um outro que dá testemunho de mim, e eu sei que o testemunho que Ele carrega da Me é verdade .... o testemunho que eu tenho é maior do que o de João, pois as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que eu faço, dão testemunho de mim, que o Pai me enviou E o Pai que me enviou, ele deu testemunho de mim. "João 5:31-32, 36-37.

    No batismo de Jesus, o Pai declarou: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mt 3:17), e na transfiguração Ele declarou novamente: "Este é o meu Filho amado, em quem me bem satisfeito; escutai-O "(17: 5).

    Não é possível para homens ser agradável a Deus, a menos que eles vêm a Ele através do Seu Filho, com quem ele está bem satisfeito . "Aqueles que estão na carne não podem agradar a Deus", Paulo diz-nos. "No entanto, você não está na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós" (Rom. 8: 8-9). Deus se agrada com os crentes, porque Ele os vê como ele vê o seu próprio Filho.

    Encomendado pelo Espírito Santo

    Vou colocar meu espírito sobre ele, (12: 18b)

    Por meio de Isaías, Deus prometeu que Ele colocou Seu Espírito sobre o Messias de uma forma única, e no batismo de Jesus o Espírito Santo desceu sobre Ele como uma pomba (Mt 3:16). Mas isso não era quando foi habitado pelo Espírito. Exclusivo para toda a humanidade, Jesus foi concebido por obra do Espírito Santo (Mt 1:20.); e se João Batista foi cheio do Espírito Santo desde o ventre de sua mãe (Lc 1:15), quanto mais por isso foi Jesus.

    No entanto, se Jesus era o Filho preexistente, eternamente um com o Pai eo Espírito Santo, de que maneira poderia o Espírito veio sobre ele durante sua humanidade? Primeiro de tudo, a vinda do Espírito sobre Jesus era um bestowing de poder de sua natureza humana. Sua natureza divina já era um com o Espírito e não necessitam de assistência especial, mas sua natureza humana fez. Jesus era plenamente humano, até mesmo ao ponto de serem tentados da mesma forma todo o ser humano é, mas sem pecar (He 4:15). Como uma criança, Ele crescia em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens (Lc 2:52). Ele tinha os sentimentos humanos e emoções humanas. Ele estava com fome e sede, e Ele tornou-se cansado e com dor e tristeza. Sua humanidade recebeu o poder interior do Espírito Santo, a fim de que possa funcionar em conjunto com a Sua divindade. Por isso, "Deus ungiu com o Espírito Santo e com poder" At 10:38.

    Em segundo lugar, Jesus exigiu a unção do Espírito, a fim de atestar a Seu serviço real como o Messias. Há trinta anos que viveu na obscuridade, mas quando Seu ministério começou Foi dado um atestado especial, da autoridade e da aprovação pelo Pai. A profecia do Messias foi citado por Jesus e aplicada a si mesmo como ele ensinava na sinagoga de Nazaré: ". O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para pregar o evangelho aos pobres enviou-me para proclamar a libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para libertar os que são oprimidos, a proclamar um ano favorável do Senhor "(Lucas 4:18-19). Depois sentou-se, Jesus explicou: "Hoje esta Escritura foi cumprida em sua audição" (v. 21).

    Como o Servo submisso perfeito, Jesus funcionava não só na vontade do Pai e pelo louvor do Pai, mas no poder do Espírito do Pai.

    Comunicar a mensagem

    e Ele deve proclamar justiça às nações. (12: 18c)

    Isaías profetizou que amado Servo do Senhor iria proclamar uma mensagem de verdade e de justiça até mesmo para os gentios ; e é isso que Jesus fez. Ao contrário do pensamento e expectativas da maioria dos judeus, o Messias era para ser o Redentor do mundo inteiro, e não apenas de Israel. Israel foi, de fato, ser o canal da graça de Deus para o resto do mundo. Em sua primeira grande promessa feita a Abraão, Deus declarou: "E em todas as famílias da terra serão abençoados" (Gn 12:3). No início de Seu ministério Ele tinha seguidores gentios de Edom, o Trans-Jordânia, e na região de Tiro e de Sidon (Mc 3:8). Quase nenhuma verdade do evangelho foi tão difícil para os judeus a aceitar como verdade que a salvação e comunhão com Deus foram para os gentios e judeus. A idéia era completamente inconcebível para eles, e, como é evidente a partir da conta que acabamos de mencionar, que considerou ser uma forma de blasfêmia.

    Mas o plano de Deus para a redenção sempre incluiu os gentios , e para eles o Messias havia de proclamar a justiça e libertação do pecado, assim como para os judeus.

    Empenhada em Mansidão

    Ele não vai brigar, nem gritar; nem se ouvirá sua voz nas ruas. (12:19)

    Epizō (de brigar ) carrega a idéia de disputas, incomodante, ou até mesmo brigas. Kraugazō (a gritar ) significa gritar ou gritar com entusiasmo. O termo foi usado às vezes de latidos de um cão, grasnar de um corvo, e até mesmo berrando um bêbado.

    Jesus não veio para discursar e persuadir as pessoas com o evangelho como um fanático demagógica que inflama seus ouvintes, apelando para suas emoções e preconceitos. Ele falou com dignidade e controle, e ele usou nenhum meio de persuasão, mas a verdade. Ele nunca organizou um mob ou recorreu a truques, mentiras, ou intrigas, como Seus adversários rotineiramente fez contra ele. Sua foi a forma de Gentilza, mansidão e humildade. Embora Ele era o Filho de Deus, o Messias divino, e o legítimo Rei dos reis, Jesus nunca tentou garantir uma audiência, muito menos uma sequência, pelo poder político, força física, ou agitação emocional.

    Mesmo a sabedoria do homem sabe que nenhuma persuasão real pode ser feito pela força ou intimidação. Como Salomão nos lembra: "As palavras dos sábios ouvidas em silêncio, são melhores do que os gritos de quem governa entre os tolos" Ec 9:17.

    Consolando o fraco

    A surrada reed Ele não vai quebrar, e um pavio fumegante Ele não vai colocar para fora, (12: 20a)

    Nos tempos antigos foram usados ​​canas para muitos propósitos, mas uma vez a cana foi dobrada ou agredidas foi inútil. Um pastor que muitas vezes constitui um instrumento de flauta-like de uma cana e tocar música suave sobre ele para passar o tempo e para acalmar as ovelhas. Quando a cana tornou-se macio ou rachado, que não iria mais fazer música e o pastor quebrar -lo e jogá-lo fora.

    Quando uma lâmpada queimada ao final do pavio, seria apenas fumegar e fumaça sem fazer qualquer luz. Uma vez que tal chama fumegante foi inútil, foi posto para fora e jogado fora, como uma cana quebrada.

    A palheta golpeado eo pavio fumegante representar as pessoas cujas vidas estão quebrados e desgastada, pronto para ser descartado e substituído pelo mundo. Porque eles não podem mais "fazer música ou dar a luz," a sociedade lança fora os fracos e desamparados, o sofrimento e os oprimidos. Aqueles eram o tipo de pessoas que os romanos ignorados como inútil e os fariseus desprezavam como inútil.

    Um dos legados mais óbvios da queda é a tendência natural do homem para destruir. As crianças pequenas, muitas vezes, pisar em um bug apenas por uma questão de matá-lo, ou se romper um belo bud pouco antes de flores. Um galho de árvore é quebrada por uma questão de quebrá-lo, e uma pedra é lançada em um pássaro apenas para vê-la voar para longe ou cair no chão. Em uma escala mais destrutivo, adultos e minar devorar uns aos outros em negócios, a sociedade, a política, e até mesmo na família.
    A natureza do homem pecador é destruir, mas a natureza do Deus santo é restaurar. O Senhor não interromper ou colocar para fora mesmo o menos daqueles que vêm a Ele, e Ele dá terrível aviso para aqueles que querem fazê-lo. "Quem quer que escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim a tropeçar", disse Jesus, "é melhor para ele que uma pedra de moinho heavy ser pendurado no pescoço, e que ele se submergisse na profundeza do mar" Mt 18:6.

    Lá embaixo, no coração do homem, 
    esmagado pelo tentador,

    Sentimentos estão enterrados 
    Que graça pode restaurar,

    Tocado por um coração amoroso, 
    Acordado pela bondade,

    Acordes que foram quebrados 
    vai vibrar mais uma vez.

    ("Rescue o que perece," Fanny J. Crosby)

    72. A blasfemia contra o Espírito Santo (Mateus 12:22-32)

    Então lá foi levado para Ele um homem possuído por um demônio que era cego e mudo, e ele o curou, de modo que o mudo falava e via. E todas as multidões ficaram maravilhados, e começou a dizer: "Este homem não pode ser o Filho de Davi, pode?" Mas os fariseus, ouvindo isto, disseram: "Este homem expulsa os demônios só por Belzebu o príncipe dos demônios". E conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes, "Todo reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá, se Satanás expulsa Satanás, está dividido contra si mesmo;. Como, pois, sua posição reino ? E se eu por Belzebu expulsar os demônios, por quem os vossos filhos os expulsam? Conseqüentemente, eles mesmos serão os vossos juízes. Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, então o Reino de Deus já chegou até vós. Ou como ?. qualquer um pode entrar na casa do homem forte e roubar-lhe os bens, se primeiro não amarrar o homem forte E então lhe saquear a casa Quem não é comigo é contra mim; e quem não recolhe comigo, dispersa Portanto. Eu digo a você, qualquer pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada E quem deve falar uma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado;. mas quem falar contra o Espírito Santo , não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro. (12: 22-32)

    Por natureza Deus é perdão. O Antigo Testamento está repleto de ensinamentos sobre o Seu perdão. Davi declarou: "Pois tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para todos os que te invocam" (Sl 86:5.

    O Antigo Testamento também está repleta de exemplos de seu perdão. Quando Adão e Eva cometeram o pecado, Deus perdoou. Quando Abraão, Isaque e Jacó pecaram, Deus perdoou. Quando Moisés pecou Deus o perdoou. Quando Israel sob os juízes e sob os reis pecou repetidamente, Deus a perdoou. A história de Israel é uma história de perdão de Deus.

    Da mesma forma imagens do Novo Testamento Deus como supremamente o Deus de perdão. Essa é a essência do evangelho: provisão divina e graciosa de Deus para o perdão do pecado do homem. Em Cristo, Paulo diz: "temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça" (Ef 1:7.). João assegura-nos que: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" e que o nosso "pecados estão perdoados [us] por amor do seu nome" 1Jo 1:9.

    Não importa o quão grave é o pecado, Deus pode perdoá-lo. O pior pecado concebível seria matar de Deus próprio Filho e que, enquanto estava na terra com o propósito de proporcionar a salvação do pecado e o caminho para a vida eterna. Nada poderia ser mais hediondo, cruel e perverso do que isso. E, claro, matando-o é exatamente o que os homens fizeram com o Filho de Deus. No entanto, enquanto pendurado na cruz e prestes a morrer, Jesus orou e afirmou o perdão misericordioso disponível aos Seus algozes: "Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem" (Lc 23:34). O grau do pecado não perde perdão, porque mesmo matar o Filho de Deus era perdoável.

    O Nem o volume do pecado acabar com a possibilidade de misericórdia. A devassa de setenta anos de idade, que viveu uma vida de deboche, roubar, mentir, profanação, blasfêmia, e imoralidade é tão perdoável como uma criança de sete anos de idade, que não fez nada pior do que maldade infantil normal.

    Nem o particular tipo de pecado cancelar graça. Nas Escrituras, encontramos Deus perdoador idolatria, assassinato, a gula, a fornicação, adultério, enganar, mentir, homossexualidade, da quebra da aliança, a blasfêmia, embriaguez, extorsão, e qualquer outro tipo de pecado que se possa imaginar. Ele perdoa a justiça própria, que é o pecado enganador de pensar que não se tem pecado. Ele até perdoa o pecado de rejeitar a Cristo; caso contrário, ninguém poderia ser salvo, porque antes de salvação a todos, em algum grau, é um que rejeita Cristo. Não há perdão de até mesmo o menor pecado a menos que se confessou e se arrependeu de; mas não há perdão de até mesmo o maior pecado, se essas condições forem satisfeitas divinas.

    A rejeição de Jesus como Messias e Rei gradualmente escalado como Seu ministério continuou. Como vimos, em primeiro lugar não havia dúvida, então a crítica, em seguida, a indiferença, culminando na rejeição aberta. Os líderes religiosos de Israel, em seguida, acrescentou a blasfêmia contra o Espírito Santo para a sua rejeição de Cristo. Apesar de sua animosidade iria continuar a se espalhar e intensificar, este blasfêmia era o epítome da sua expressão.
    Durante séculos o povo de Deus tinha desejado para o Messias, seu Libertador divina. A esperança de cada piedoso profeta e mestre de Israel era viver para vê-Lo; e cada menina judia sonhava em ser sua mãe. No entanto, quando ele chegou foi negado e rejeitado. Em 12: 22-32, Mateus detalha cinco características do clímax dessa rejeição: a atividade de Jesus ao curar um homem sério aflitos; o espanto da multidão sobre o milagre; a acusação contra Jesus por causa do milagre; A resposta de Jesus a seus acusadores; e o anátema seus acusadores trouxe em si mesmos.

    A Atividade

    Então lá foi levado para Ele um homem possuído por um demônio que era cego e mudo, e ele o curou, de modo que o mudo falava e via. (12:22)

    homem tinha vários problemas. Ele estava possuído por um demônio ... cego e mudo , e surdez, possivelmente, também sofreu, por isso muitas vezes associada a incapacidade de falar. Mas o fato de que Jesus curou não foi o único. Ele tinha curado centenas, talvez até milhares, de pessoas que estavam, cegos, mudos, surdos e endemoninhado; e muitos dos que tinham mais de uma aflição, assim como este homem fez.

    Como era frequentemente o caso, esta cura demonstrado em um ato domínio de Jesus sobre tanto o mundo dos espíritos de demônios e do mundo físico da doença. Ele inegavelmente possuía o poder de curar todo tipo de doença, para expulsar qualquer tipo e qualquer número de demônios, e até mesmo para restaurar a vida aos mortos. Ele tinha realizado milhares de curas instantâneas, o total, permanente e verificáveis. Seus poderes sobrenaturais já não podia ser questionada, quer pelas multidões comuns ou pelos líderes religiosos mais educadas e céticos.
    No entanto, a maioria das pessoas cegas pelo pecado permaneceu ambivalente sobre a identidade de Jesus e da fonte de Seu grande poder. Eles sabiam que os milagres seriam sinais prova do Messias; mas eles também esperava que ele viesse com fanfarra real e com poderio militar. Mas em vez de vestes régias, autoridade soberana, um trono, trompetes, espadas, cavalos, carros, e um poderoso exército, viram um homem de compaixão, Gentilza e humildade, com uma sequência de doze discípulos indescritíveis e uma infinidade de cabides em cuja lealdade dificilmente poderia ser contado. Porque Jesus não pareceu ser um conquistador ou um rei por sua definição, o povo não aceitaria ser Ele o Messias. Eles haviam escolhido para ser seletivo sobre as previsões do Velho Testamento sobre o Messias. Sua previu vinda em poder e glória para derrotar os inimigos de Israel e libertar o seu povo era fácil para eles para ser animado sobre. Sua previu que vem com mansidão e humildade não era.

    Os escribas e fariseus tinham sido dogging passos de Jesus há algum tempo e já estavam convencidos de que Ele era um inimigo do Judaísmo-tanto que eles até mesmo contra Ele colaborou com os herodianos, que normalmente eram seus inimigos arco (Mc 3:6).

    Jesus, portanto, parece ter realizado a cura especial, nesta ocasião, especialmente para o benefício dos fariseus, forçando-os a fazer o seu veredicto a respeito dele pública. Diante de seus olhos viram um homem tornar-se imediatamente e drasticamente entregue de três grandes aflições, e ele agora estava diante deles em mente sã e espírito e tanto falava e via. O milagre foi incontestável.

    O Espanto

    E todas as multidões ficaram maravilhados, e começou a dizer: "Este homem não pode ser o Filho de Davi, pode?" (12:23)

    Apesar de muitas pessoas entre as multidões presentes nesse dia tinha, sem dúvida, visto Jesus realizar muitos milagres de cura, elas foram especialmente espantado por este. Existēmi (para ser espantado ) significa ser totalmente espantado, fora de si com espanto e admiração. Um escritor sugere que "que significa ser literalmente bateu para fora dos seus sentidos", e outro que "que significa estar fora de sua mente com espanto. De maneiras que não podemos ver plenamente da narrativa, este milagre particular foi invulgarmente esmagadora , como se Jesus a intenção de intensificar a sua demonstração de sobrenaturalidade.

    Embora ele vem para baixo no lado negativo da probabilidade em suas mentes, a própria questionar as pessoas começaram a perguntar entre themselves- Este homem não pode ser o Filho de Davi, pode ele? — revela que eles reconheceram tais milagres como possíveis sinais messiânicos. Filho de Davi foi um dos muitos títulos bíblicas para o Messias (ver 2 Sam. 7: 12-16; Sl 89:1; Isa. 9: 6-7), e para as pessoas a considerar se Jesus poderia ser o Filho de Davi era uma pergunta relacionada a ser Ele o Messias. Esse foi o título mais tarde atribuída a Jesus pelas multidões, que o recebeu em Jerusalém como seu Messias e Rei (Mt 21:9). Nesse papel, ele pode fingir para expulsar um demônio, restringindo seu poder sobre a pessoa possuída, a fim de dar a impressão de uma limpeza. Esse tipo de suposto exorcismo tem sido comum em toda a história da igreja e é praticada hoje por vários cultos, falsos curandeiros e exorcistas.

    Até mesmo os demônios de Satanás podem, por ocasião ato inconsistente e em conflito com ele e com os outros. Mas, apesar do transtorno do seu reino, seus limites de criatura, seus falsos exorcismos, e confusão demônio, Satanás não expulsa a Satanás , e ele é não dividido contra si mesmo . Não há harmonia, confiança, lealdade ou em seu reino , mas ele não tolera desobediência ou divisão. Era, portanto, um absurdo acusar Jesus de expulsar demônios pelo poder do governante dos demônios.

    A acusação foi prejudicado

    E se eu por Belzebu expulsar os demônios, por quem os vossos filhos os expulsam? Conseqüentemente, eles mesmos serão os vossos juízes. (12:27)

    Em segundo lugar, Jesus mostrou que a acusação dos fariseus também foi prejudicado, revelando os corruptos viés, mau de seus corações. Sons foi muitas vezes utilizado como um epíteto para os discípulos e seguidores, como na expressão Antigo Testamento comum "filhos dos profetas" (Veja , por exemplo, 2Rs 2:3). O fato de que eles achavam que o mero uso de certas palavras e nomes iria realizar o exorcismo comprova sua orientação mágico. O demônio, no entanto, não foi o menos afetado, e ele respondeu dizendo que os sete homens, "Eu reconheço Jesus, e sei quem é Paulo, mas quem é você? ' E o homem, no qual estava o espírito maligno, saltando sobre eles e subjugado todos eles e dominou-los, para que eles fugiram daquela casa nus e feridos "(vv. 15-16).

    Jesus apontou extremo preconceito dos fariseus, mostrando que eles aprovaram os exorcismos tentada pelo filhos que faziam parte do seu estabelecimento religioso. Eles nunca teria afirmado que essas atividades foram ímpio, muito menos satânico. No entanto, quando Jesus não só expulsou todo tipo de demônio, mas também curou todo tipo de doença, que o acusavam de estar na liga com o diabo.

    A resposta dos fariseus reflete a resposta básica de cada pessoa que intencionalmente rejeita Jesus Cristo. Eles não rejeitam por falta de provas, mas porque eles eram tendenciosos contra Ele. Suas próprias obras eram más e que não poderia lidar com a realidade intimidante de justiça de Jesus; eles eram filhos das trevas e não podia tolerar a Sua luz (Jo 3:19). Eles não estavam à procura de verdade, mas de maneiras de justificar a sua própria maldade e destruir qualquer um que ousasse expô-los.

    Para colocar Seus adversários ainda no local, Jesus sugeriu que os fariseus deixar seus exorcista filhos ser seus juízes . A sugestão implícita era que eles pedem esses profissionais por cujo poder eles expulsar os espíritos malignos. Se eles disseram: "Pelo poder de Satanás," eles condenam a si mesmos e os líderes religiosos que os apoiaram. Mas se eles disseram, "pelo poder de Deus", eles iriam minar a acusação dos fariseus contra Jesus.

    A acusação era rebelde

    Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, então o Reino de Deus já chegou até vós. Ou como pode alguém entrar na casa do homem forte e roubar-lhe os bens, se primeiro não amarrar o valente? E então lhe saquear a casa. Quem não é comigo é contra mim; e quem não ajunta comigo, espalha. (12: 28-30)

    O terceiro, e básico, razão por trás a acusação dos fariseus era a sua rebeldia contra Deus. Jesus tinha dissipado a carga tola que Ele trabalhou sob o poder de Satanás, e da possibilidade que resta é que Eleexpulsava os demônios pelo Espírito de Deus.

    Se ele fez o seu trabalho , pelo Espírito de Deus , então Seus milagres eram de Deus e Ele tinha que ser o Messias, "o Filho de Davi", assim como as multidões tinha considerado (v. 23). Cada religiosamente alfabetizados judeu sabia que os profetas previram que apenas esses sinais acompanhariam vinda (Is 29:18; 35.: 5-6) do Messias. Eles também sabiam que o Messias havia de ser supremo e eterno Rei de Israel (Sl 2:1; Jr 23:5). É nesse reino que cada crente começa a viver o momento em que ele recebe o Rei como seu Senhor e Salvador.

    Ou como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens , Jesus continuou, se primeiro não amarrar o valente? E então lhe saquear a casa . Não foi possível os fariseus ver que tudo o que Jesus disse e fez foi contrário de Satanás? Jesus curou a doença ea doença, que foram trazidos à humanidade pelo pecado, o qual, por sua vez, foi trazida e promovido por Satanás. Jesus ressuscitou pessoas da morte, que também foi uma conseqüência do pecado e, indiretamente, a obra de Satanás (conforme Heb. 2: 14-17). Jesus expulsava os demônios, que, como Ele tinha acabado apontou, estava em oposição evidente a Satanás. Ele até perdoou os pecados, algo que Satanás não seria nem poderia fazê-e verificada a Sua autoridade para perdoar pecados pelo Seu poder de realizar milagres (Mt 9:5-6.).Cada detalhe do que Ele ensinou e fez correspondeu ao ensino da Escritura do Antigo Testamento. E, embora os escribas e os fariseus muitas vezes cobrado Jesus com adversária e violando suas tradições feitas pelo homem, que nunca poderia condená-lo de cometer pecado ou de ensinar falsidade (Jo 8:46).

    Jesus usou a figura de um ladrão que planejava roubar uma casa de homem forte , enquanto o homem forte estava lá. O ladrão sabe que se primeiro não amarrar o homem forte que ele não tem nenhuma chance de ser bem sucedido e, de fato, corre o risco de ser preso e gravemente espancado no processo.

    A lição de Jesus foi esta: "Eu já não demonstrou antes de você e todos 1srael Meu poder sobre Satanás e seu reino do mal, escuridão e destruição Não tenho demonstrado além de qualquer dúvida que a minha autoridade é superior Haven de Satanás? 't I limpou as pessoas de todos os tipos de doenças e os libertou de todo tipo de controle e opressão demoníaca? Não tenho demonstrado minha autoridade sobre o pecado ea morte? Não tenho resgatado almas do inferno? Quem poderia ter tanto poder e autoridade, mas o próprio Deus? Quem, senão Deus poderia entrar a própria casa de Satanás e com êxito prendê-loe levá-lhe os bens? Eu lhe mostrei que posso derrotar Satanás e uma legião de suas hostes demoníacas à vontade. Como eu poderia ser qualquer outro do que o seu divino Messias? "

    O golpe de morte para Satanás foi infligido na cruz e vai ser realizado no futuro; mas mesmo antes que a vitória final Cristo demonstrou repetidamente seu poder ilimitado e irrestrito para frustrar e amarrar Satanás. Cristo também cometeu esse poder aos Seus discípulos, e quando os setenta voltaram de sua missão, Jesus ", disse a eles, eu estava assistindo a Satanás cair do céu como um relâmpago" (Lc 10:18).Satanás é, actualmente, ainda poderoso, mas seu poder é limitado, seu destino está selado, e seu tempo é curto.

    Jesus próxima claro para os fariseus que não há campo neutro, na medida do relacionamento com Ele está em causa. Quem não é comigo é contra mim; e quem não recolhe comigo, dispersa. Não é necessário se opor a Cristo, a fim de ser contra Ele; só é necessário não estar com Ele. Também não é necessário interferir ativamente com seu trabalho, a fim de ser aquele que espalha ; só é necessário para não se reunir com ele . A pessoa que não pertence a Deus é o inimigo de Deus (Rm 5:10); a pessoa que não é um filho de Deus por meio de Cristo é um rebelde contra Deus.

    Há apenas dois possíveis relações com Jesus Cristo, e, portanto, a Deus: com ou contra . É tanto espiritual e racionalmente impossível aceitar Jesus como um homem amável, um bom professor, e um grande homem de Deus, e nada mais. Somente Deus tem o direito de reivindicar para si a honra e autoridade Jesus reivindicou para si mesmo; e só Deus tem o poder sobre a doença, o pecado, os demônios, Satanás, e da morte que Jesus tanto alegou e demonstrou.

    O Anathema

    Por isso eu digo a você, qualquer pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. E todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado; mas quem falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro. (12: 31-32)

    Poucas passagens das Escrituras têm sido mais mal interpretado e incompreendido do que estes dois versos. Devido à sua extrema gravidade e Proposito, é fundamental para entendê-los corretamente
    Jesus começou por declarar que qualquer pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens. Apesar de blasfêmia é uma forma de pecado , nesta passagem e contexto os dois são tratados separAdãoente, com blasfêmia representando a forma mais extrema do pecado. Pecado aqui representa toda a gama de imoral e pensamentos e ações ímpios, enquanto blasfêmia . representa consciente denúncia e rejeição de Deus Blasfêmia é irreverência desafiante, a exclusividade terrível pecado de forma intencional e abertamente falando mal contra Deus santo ou difamar ou zombando dele (conforme Mc 2:7). Nos últimos dias blasfêmia será uma característica marcante de quem rebelde e insolente se opõem a Deus (13 5:66-13:6'>Apocalipse 13:5-6; Ap 16:9) "Cristo Jesus veio ao mundo", o apóstolo continua, "para salvar os pecadores, dos quais sou eu o principal de todos" (v. 15). Pedro blasfemado Cristo com maldições (Mc 14:71), e foi perdoado e restaurado.

    Até mesmo um crente pode blasfemar, uma vez que qualquer pensamento ou palavra que macula ou difama o nome do Senhor constitui blasfêmia. Para questionar a bondade de Deus, sabedoria, justiça, verdade, amor, ou a fidelidade é uma forma de blasfêmia. Tudo isso é perdoável pela graça. Falando aos crentes, João disse: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" 1Jo 1:9). Foi ainda mais difícil para aqueles que estão fora do círculo íntimo de Jesus para apreciar a Sua divindade. Mesmo quando Ele realizou Seus maiores milagres, Ele fez isso sem alarde ou flare. Jesus nem sempre olhar ou até mesmo agir como um senhor humano, muito menos como o Senhor divino.

    Mas a julgar, desmerecer e desacreditar Jesus do ponto de vista da revelação incompleta ou percepção inadequada era perdoável, errada como foi. Como já mencionado, o apóstolo Paulo tinha sido ele próprio um blasfemador ignorante do Senhor Jesus Cristo da pior espécie e perseguidor feroz de sua igreja. E muitos dos que haviam negado e rejeitado a Cristo durante Seu ministério terreno mais tarde viu a verdade de quem Ele era e pediu perdão e foram salvos.
    Mas a blasfêmia contra o Espírito era algo mais grave e irremediável. Ele não só refletiu descrença, mas determinado incredulidade-a recusa, depois de ter visto todas as provas necessárias para completar a compreensão, até mesmo a considerar crer em Cristo. Esta foi a blasfêmia contra Jesus em sua divindade, contra o Espírito de Deus que exclusivamente habitados e lhe deu o poder. Refletia determinado rejeição de Jesus como o Messias contra cada provas e argumentos. Refletia vendo a verdade encarnada e, em seguida, com conhecimento de causa rejeitá-Lo e condenando-o. Ele demonstrou uma recusa absoluta e permanente de acreditar, o que resultou em perda de oportunidade sempre para ser perdoado ... nem neste mundo, ou no tempo que virá . Através desta idade (toda a história humana), tal rejeição é imperdoável. A idade para vir implica que através de toda a eternidade, não haverá perdão. Na era da história humana e na era da consumação divina, não há perdão.

    A Bíblia é clara que, durante seu ministério na terra, nosso Senhor era submisso ao Pai (Jo 4:34; 5: 19-30) e pelo poder do Espírito (Mt 4:1; Lc 4:1; Jo 3:34; At 1:1; Rm 1:4.

    Aqueles que falaram contra o Espírito Santo foram os que viram o seu divino poder trabalhar em e através de Jesus, mas deliberAdãoente se recusou a aceitar as implicações dessa revelação e, em alguns casos, que o poder atribuído a Satanás. Muitas pessoas tinham ouvido Jesus ensinar e pregar a verdade de Deus, como nenhum homem jamais havia ensinado antes (Mt 7:28-29.), Mas eles se recusaram a acreditar nele. Eles tinha visto curar todo tipo de doença, expulsou todo tipo de demônio, e perdoa todos os tipos de pecado, ainda que o acusou de fraude, falsidade e demonism. Em face de todas as provas possíveis de messianismo e divindade de Jesus, eles disseram que não. Deus não podia fazer nada mais para eles, e eles seriam, portanto, permanecem eternamente perdoados.

    Para penitência eles substituem endurecimento, para a confissão de plotagem. Assim, por meio da sua própria insensibilidade criminosa e completamente inexcusable, eles são dooming si. Seu pecado é imperdoável, porque eles não estão dispostos a trilhar o caminho que leva ao perdão. Para um ladrão, um adúltero, e um assassino, há esperança. A mensagem do evangelho pode levá-lo a gritar: "Ó Deus, sê propício a mim, pecador". Mas, quando um homem se tornou endurecido, para que ele tenha feito a sua mente para não pagar qualquer atenção para o ... Espírito ... ele se colocou no caminho que conduz à perdição. (William Hendriksen, A Exposição do Evangelho segundo Mateus . [Grand Rapids: Baker, 1973], p 529)

    Por meio de Isaías, o Senhor retratado Israel como uma vinha Ele havia cuidadosamente plantado, cultivado, e tendiam. Ele construiu uma torre no meio dela, o que representa Jerusalém, e um tonel de vinho nele, o que representa o sistema de sacrifício. "Então, Ele espera-se produzir boas uvas, mas ele produziu únicos sem valor." "O que mais havia para fazer à minha vinha, que eu não tenha feito?" Pediu a Deus. "Então, agora deixe-me dizer o que eu vou fazer à minha vinha: tirarei a sua sebe e será consumido; vou quebrar sua parede e será pisada E eu tornarei em deserto; ele vai. não ser podadas ou capinado, mas urzes e espinhos vai vir para cima eu também irá cobrar as nuvens que não derramem chuva sobre ela "(Is. 5: 1-6).. Depois que o povo tinha sido abençoado com toda sorte de bênção e teve todas as oportunidades, mas ainda viraram as costas para Deus, não havia mais nada para ele fazer, mas virar as costas para eles.

    Durante o ministério terrestre de Jesus, os fariseus incrédulos e todos os outros que blasfemaram do Espírito isolar-se da misericórdia de Deus, e não porque não foi oferecido, mas porque foi abundantemente oferecido ainda com rebeldia e permanentemente rejeitado e ridicularizado como satânica.

    Dentro de 40 anos, Deus destruiria Jerusalém, o Templo, o sacerdócio, os sacrifícios, e da nação de Israel. Em 70 AD os romanos arrasaram Jerusalém, destruiu totalmente o Templo, abatidos mais de um milhão de seus habitantes, e todos, mas obliterada quase mil outras cidades e aldeias na Judéia. Seu próprio povo escolhido tivesse dito não a Ele, e Ele disse não a eles. Até que ele volte e regathers um remanescente de seu povo para Si mesmo nos últimos dias, com exceção de alguns fiéis, eles são como uma nação totalmente à parte de Deus.

    Para os judeus não salvos que ouviram a mensagem do evangelho pleno e tinha visto sua evidência no poder sobrenatural, e para todos os que viriam depois, com a exposição semelhante à verdade e o registro bíblico de provas milagroso, o escritor do livro de Hebreus deu um severa advertência: "Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação Depois foi no primeiro dito pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram [isto é, os apóstolos], dando Deus testemunho com eles? , por sinais e prodígios, e por múltiplos milagres e dons do Espírito Santo, de acordo com sua própria vontade "(Heb. 2: 3-4). Mais tarde, na carta alertar ainda mais grave para aqueles que rejeitam a revelação plena é dado: "Pois, no caso daqueles que uma vez foram iluminados e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e tem provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e depois caíram, é impossível renová-los novamente para arrependimento, visto que novamente crucificando para si mesmos o Filho de Deus, e colocou-o à ignomínia ". (Hb 6:4-6.) (Para uma discussão detalhada dessa passagem importante, ver o comentário do autor desta série sobre Hebreus.)

    A geração imediatamente depois de Cristo estava na terra foi ministrado para os apóstolos, iluminado pelo seu ensino, e dada a prova da verdade do evangelho por seus milagres. Essa geração tinha provas equivalente ao de quem ouviu e viu Jesus em pessoa. Eles tiveram a maior revelação possível de Deus, e se eles se recusaram a acreditar em face de tais provas contundentes, não havia nada mais que Deus poderia fazer por eles. Eles não blasfemar; eles simplesmente se virou. A culpa dos fariseus, que acrescentou blasfêmia incredulidade era maior do que a de quem viu a mesma evidência e não acreditava, mas não falar contra o Espírito Santo. Mas os rebeldes em dois grupos deixou-se no futuro, mas o inferno.

    De forma semelhante, as pessoas hoje podem tão totalmente virar as costas para a revelação de Deus que eles permanentemente isolar-se da salvação. "Temos de trabalhar as obras daquele que me enviou, enquanto é dia", disse Jesus; "A noite vem, quando ninguém pode trabalhar" Jo 9:4)

    Ou fazei a árvore boa, eo seu fruto bom; ou fazei a árvore má, eo seu fruto mau; para a árvore é conhecida pelos seus frutos. Raça de víboras, como podem vocês, apesar de serem maus, dizer o que é bom? Para a boca fala do que está cheio o coração. O homem bom, do seu bom tesouro tira o bem; eo homem mau do seu mau tesouro tira o que é mau. E eu digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta para ele no dia do julgamento. Pois por suas palavras serás justificado e, pelas tuas palavras serás condenado "(12: 33-37).

    Estimou-se que a partir do primeiro "Bom dia" para o último "Boa noite," a pessoa média engata em trinta conversas por dia. A cada dia, as suas palavras poderiam fazer um livro de 50-60 páginas-o equivalente a mais de cem livros por ano de 200 páginas cada um.
    Alguém no século passado, escreveu o seguinte sobre o locutor incessante:
    Ele sacode um homem pelo ouvido como um cão faz um porco, e nunca afrouxa a sua espera até que ele se cansou-se, bem como o seu paciente. Ele é um pelourinho caminhar, e pune mais ouvidos do que uma dúzia queridos pé. Ele vai realizar qualquer argumento em vez de sua língua, e manter ambos os lados em sua própria carga; pois ele vai dizer o que você vai dizer, mas talvez ele não tem a intenção de dar-lhe sair. Sua língua está sempre em movimento, embora muito raramente ao propósito: como tesouras do barbeiro, que são mantidos que cortam bem quando eles não cortam como quando o fazem. Ele é tão cheio de palavras que correm mais, e são jogados fora sem propósito; e tão vazia de coisas, ou sentido, que a sua secura fez suas fugas tão grande, tudo é colocado nele se esgota imediatamente. Ele é tão longo entregar a si mesmo, que aqueles que o ouvem desejam ser entregue também, ou expedidos para fora de sua dor.
    Não é de estranhar que, imediatamente após Jesus execrado os fariseus por sua blasfêmia imperdoável contra o Espírito Santo, Ele, então, começou a falar sobre a importância da língua. Maioria das palavras auto-condenando sempre faladas tinha acabado de ser pronunciado pelos líderes religiosos que acusaram Jesus de expulsar demônios pelo poder de Satanás (v. 24). Ora, o Senhor dá uma de Suas advertências mais sérias, e no processo Ele expõe a verdade sobre a natureza do coração do homem.

    A Parábola

    Ou fazei a árvore boa, eo seu fruto bom; ou fazei a árvore má, eo seu fruto mau; para a árvore é conhecida pelos seus frutos. (12:33)

    Jesus inicia o aviso com um breve parábola para ilustrar uma máxima óbvia: a árvore e seu fruto correspondem. Uma árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus (conforme 07:17, 20; Lc 6:43-44).

    Poieō (a fazer ) é usado aqui no sentido figurado. Como em Inglês, o termo pode referir-se fisicamente para a criação ou construção, como na tomada de uma panela de barro ou uma cadeira. Também como em Inglês, ele pode se referir metaforicamente a considerar, avaliar ou julgar-as no sentido de tornar a própria mente com alguma coisa.

    Ponto geral de Jesus era: "Você deve fazer a sua opinião sobre mim e meu trabalho Ou eu sou o mal e fazer o trabalho de mal, ou então eu sou bom e fazer um bom trabalho eu não posso ser mal e fazer um bom trabalho ou ser bom e.. fazer um trabalho mal Se eu fizer boas obras, é pelo poder de Deus;.. e se eu fizer obras más, é por Satanás de Deus capacita nada mal, e Satanás capacita nada de bom ".
    Seu ponto específico foi:. "A doença ea morte são o resultado do pecado, como vós mesmos reconhecem possessão demoníaca é, obviamente, o Satã de fazer e uma coisa má Portanto, curando os enfermos, ressuscitar os mortos, e expulsando os demônios não poderia ser diferente. coisas-a boas libertação dos homens do trabalho destrutivo do pecado. Por conseguinte, Minha expulsão de demônios deve ser pelo poder de Deus, não de Satanás. Porque você me acusam de fazer o bem pelo poder de Satanás, você atribui a Satanás a obra do Espírito Santo , e que é a blasfêmia supremo e imperdoável. "

    Jesus novamente preso os fariseus hipócritas no seu pensamento pervertido, expor publicamente a sua dureza de coração e falta de lógica absurda. Como Ele ressaltou a eles em outras ocasiões, não importa o que eles pensavam sobre Ele, pessoalmente, suas obras, indiscutivelmente, testemunhou a Sua bondade e Seu poder divino (Jo 5:36; Jo 10:25, 37-38; Jo 14:11; cf . Matt. 11: 4-5).

    A Personalização

    Raça de víboras, como podem vocês, apesar de serem maus, dizer o que é bom? (12: 34a)

    Mudando a metáfora, Jesus aplica a parábola dos bons e maus árvores diretamente com os fariseus, dizendo, com efeito, " Você são incomensuravelmente pior do que um grupo de árvores ruins, você é uma verdadeira raça de víboras ". Isso é o mesmo epíteto João Batista usado dos fariseus hipócritas e dos saduceus que vinham a ele para o batismo (3:
    7) e que Jesus usou durante sua longa série de "desgraças" contra os escribas e fariseus do Templo (Mt 23:33). Seus anti-bíblicas, tradições legalistas envenenado as mentes dos companheiros judeus contra a verdade pura e redentora da Palavra de Deus, e sua hipócrita auto-justiça levou inúmeros outros para a mesma atitude mal. Quando alguém enfiou a mão na pilha de lenha da religião, pensando em pegar uma vara de verdade, ele poderia ser mordido a morte por esses mentirosos amaldiçoa as suas almas.

    Como você pode , Jesus continuou, sendo maus, falar o que é bom? "À luz do seu mal estar por natureza, como pode qualquer coisa, mas a blasfêmia e outros impiedade se espera de você? Como você poderia falar o que é bom? " Ser mal expressa a depravação do coração humano natural, que pode produzir apenas o mal, porque é só o mal. Esse é o legado do homem caído por causa do pecado de Adão.Como Paulo explicou que a Igreja romana, "Tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado, como está escrito: Não há justo, nem um sequer; ... não há ninguém que faça o bem, não há sequer um", ... para todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus "(Rom. 3: 9-10, Rm 3:12, Rm 3:23). Ele explicou aos Efésios que cada pessoa é "mortos em [seus] delitos e pecados" até que ele confia em Jesus Cristo para a salvação (Ef 2:1; Phil . 1: 8; 2: 1; Cl 3:12; Fm 1:7, Fm 1:20; e 1Jo 3:17).. O coração representa o caráter de uma pessoa e, portanto, dizer que palavras revelam o que o coração é como é, eles revelam o que a pessoa é. Quando se fala , a boca simplesmente reproduz verbalmente o que está no coração . Usando a mesma figura, Jesus explicou em uma ocasião mais tarde que "as coisas que saem da boca vêm do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunha, calúnias "Matt. 15: 18-19.

    Aquilo que enche traduz o substantivo grego perisseuma , o que significa grande abundância, plenitude, ou estouro. Ele carrega a idéia de excesso, que, nos termos da figura de Jesus, transborda do coração e da boca em forma de palavras. O que o coração está cheio de, irá transbordar da boca.

    A pessoa que abriga má vontade contra alguém acabará por expressar esses sentimentos. A pessoa que está cheia de pensamentos lascivos acabará por expressar esses pensamentos em observações grosseiras ou sugestivas. A pessoa que é persistentemente com raiva e ódio, mais cedo ou mais tarde colocar esses sentimentos em palavras. Da mesma forma, a pessoa que é genuinamente amoroso, gentil, atencioso e não pode deixar de expressar esses sentimentos em palavras, bem como ações.

    Após Elihu esperou tempo e impaciência por três amigos mais velhos para convencer Job de seu pecado, ele conseguiu segurar por mais tempo. Ele tinha a dizer o que estava em seu coração. "Pois estou cheio de palavras", disse ele; "O espírito dentro de mim me constrange Eis que o meu peito é como o vinho não ventilado, como odres novos que está prestes a estourar Deixe-me falar que eu possa obter alívio, deixe-me abrir os lábios e resposta.." 32:18-20.

    O que o coração ou a mente, debruça-se sobre e alimenta-se é o que ela é cheia de; e que está cheio o coração é o que a boca , inevitavelmente, fala . Uma pessoa pode acompanhar atentamente suas palavras a maior parte do tempo, mas a pressão dos maus pensamentos, raiva, estresse, dor, ou a associação com os amigos vulgares, às vezes, forçar seus pensamentos e atitudes reais para a superfície sob a forma de palavras.

    Tiago entendeu que o princípio e deu vários avisos poderosas sobre a língua. "Se alguém cuida ser religioso", disse ele, "e ainda não refreia a sua língua, mas engana o seu próprio coração, a sua religião é vã" (Jc 1:26). Mais tarde, na mesma carta, ele disse, "Mas ninguém pode domar a língua, é um mal inquieta e cheia de veneno mortal" (3: 8). Ao resumir sua descrição da natureza depravada dos homens, Paulo disse: "A sua garganta é um sepulcro aberto, com as suas línguas manter enganando, o veneno de víbora está nos seus lábios, sua boca está cheia de maldição e amargura" (13 45:3-14'>Rom 3. : 13-14). A boca é a expressão máxima do coração. Como o escritor de Provérbios declarou: "Porque, assim como [a pessoa] pensa consigo mesmo, assim ele é" 23: 7.

    Expandindo-se no princípio Ele acaba de afirmar, Jesus então dá o positivo e os aspectos negativos do mesmo. O homem bom, do seu bom tesouro tira o bem; eo homem mau do seu mau tesouro tira o que é mau.

    Tesouro é de thēsauros , o que significa depósito ou de tesouraria e é o termo a partir do qual obtemos o thesaurus Inglês, um tesouro de palavras. O coração de uma pessoa é o tesouro de seus pensamentos, ambições, desejos, amores, atitudes e lealdades. É o reservatório a partir do qual a boca tira as suas expressões. É evidente que um bom tesouro tira o bom e um mau tesouro tira o que é mau . "Será uma fonte de enviar para fora da mesma abertura água doce e amargo?" Tiago perguntou (Jc 3:11).

    Uma expressão comum no mundo da informática é GIGO, que significa "Garbage in, garbage out". Em outras palavras, a qualidade dos dados introduzidos determina a qualidade dos resultados produzidos a partir desses dados. Exatamente da mesma forma, a qualidade do que está no coração de uma pessoa determina a qualidade da fala a boca produz.

    A punição

    E eu digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta para ele no dia do julgamento. Pois por suas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás condenado. (12: 36-37)

    Porque as palavras dos homens são um indicador preciso de seus corações, eles devem prestar contas de suas palavras no dia do julgamento . É por suas palavras que uma pessoa está justificado oucondenado . Salvação e condenação não são produzidos por palavras ou ações, mas eles são manifestados por eles. Palavras e ações são a prova objetiva, observável de condição espiritual de uma pessoa. No dia do juízo , que o futuro tempo geral, quando o Senhor avalia que pertence dentro e fora do Seu reino eterno, os critérios incluirá o discurso de cada pessoa.

    O ensino consistente de ambos Antigo e do Novo Testamento é que o único caminho para a salvação é pela graça de Deus agindo por meio da fé do homem. Ponto de Jesus não é que as palavras são a baseda salvação ou condenação, mas que eles são evidência confiável da realidade da salvação. O discurso de uma pessoa redimida será diferente, porque se trata de sua renovada coração. Pure, integral, discurso elogiando mostra um novo coração.

    Nós não somos salvos pelas boas obras, mas somos salvos para "boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Ef 2:10). Da mesma forma, somos salvos por boas palavras ."Com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação" (Rm 10:10.), Que, por sua vez, resulta em "obediência ... por palavras e obras" (15: 18). Salvação irá produzir boas palavras, e é por essa razão e, nesse sentido, que as palavras trazem justificação ou condenação.

    Os ímpios serão condenados eternamente pelo seu discurso. Para além do que eles fizeram, o que eles disseram é prova suficiente do seu coração não regenerado para enviá-los para o inferno. Jesus não limitar este aviso a extremos tais como blasfêmia, mas explicita que os homens vão dar conta de toda palavra inútil que eles falam -seja ou não é imoral, vulgar, cruel, ou blasfema. Eles terão de prestar contas , mesmo para as palavras que são descuidados.

    O significado básico de Argos ( descuidados ) é inútil, estéril, improdutivo, ou de outra forma inútil. Tais palavras incluem aqueles que são irreverente, irresponsável, ou de qualquer forma inadequada.Palavras hipócritas estão entre os mais descuidados e inútil que os homens falam e são, infelizmente, entre os mais comuns. Quando os homens conscientemente manter sua ortodoxo vocabulário, moral e evAngelicalamente aceitável enquanto entre os irmãos cristãos-por causa de impressionar-los ou para não envergonhar-nos-essas palavras são descuidados e sem valor aos olhos de Deus, e Ele vai tornar -los contra a seu relato. A hipocrisia calculado de tal "santo talk" é um mau cheiro em suas narinas.

    O discurso do Cristão irá refletir obra transformadora de Deus no coração; mas por causa de nossa humanidade não redimido, ele ainda precisa de cuidados constantes, se for para ser cada vez mais espiritual, integral, montagem, amável, sensível, carinhoso, proposital, edificante, e verdadeira. Com o salmista, ele deve orar: "Definir um guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios" Sl 141:3); engano (Jr 9:8; Pv 12:22);. vaidade (2Pe 2:18);. bajulação(Pv 26:28);. tolice (Pv 15:2); falsidade (Tt 1:11); orgulho (35:12); vulgaridade (Cl 3:8).

    Para o incrédulo, descuidados palavras inúteis e também incluem aqueles que são de outra maneira boa. Apesar de suas palavras de amor, incentivo, conforto, e bondade pode ser sincero e muito útil para outras pessoas, que não são de nenhum valor espiritual para ele, porque eles não vêm de um coração redimido e justo. Nenhuma coisa espiritualmente bom pode vir de um coração que está espiritualmente mal-as Jesus acabou de referir.

    Uma pessoa pode ter uma boa indicação de sua condição espiritual, ouvindo suas próprias palavras. Um cristão pode cair em más palavras assim como ele pode cair em más ações, mas o seu discurso habitual será pura, assim como suas atividades habituais serão justos.
    Embora esta passagem tem aplicação tanto para os salvos e os perdidos para o "homem bom" e do "homem mau" impulso —Jesus 'aqui é direcionado aos incrédulos, representada no extremo pelos fariseus blasfemando.

    O dia do julgamento para os incrédulos culmina no julgamento do grande trono branco, o julgamento final e eterno em que todos os incrédulos serão condenados . Pecados dos cristãos terá toda sido tratado no Calvário, demitido pelo sangue expiatório de Cristo aplicada em nome de sua fé. Todo cristão pecou com a língua depois da salvação, mas o sacrifício de Cristo é suficiente para cobrir e que todos os outros pecados que comete. As palavras e ações maléficas dos incrédulos, no entanto, permanecerá em repouso em provas contra eles. Como o escravo infiel da parábola de Jesus, os incrédulos serão julgados por suas próprias palavras (Lc 19:22).

    Em sua visão do julgamento do grande trono branco, João viu "os grandes e os pequenos, que estavam diante do trono, e livros foram abertos, e outro livro foi aberto, que é o livro da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras ... E se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo "(Ap 20:12, Ap 20:15).Quando o livro dos recordes são verificados, não há boas ações serão listados pelos nomes dos incrédulos; e quando o livro da vida é digitalizado, nem mesmo seus nomes aparecerão. Os livros que relatam fatos e do livro que relata fé dão testemunho contra eles.

    Os cientistas teorizam que as ondas sonoras nunca são completamente perdido, mas se desvanece gradualmente além de detecção. Com instrumentos suficientemente sensíveis, todas as palavras já ditas na história da humanidade, presumivelmente, pôde ser recuperado. Quanto mais certeza podemos ter que nos registros infalíveis de Deus cada palavra e ação da humanidade está perfeitamente preservado para uso como prova no julgamento que virá!

    74. Sentença de Cristo rejeitam (Mateus 12:38-42)

    Então alguns dos escribas e dos fariseus, dizendo: "Mestre, queremos ver um sinal de você." Ele, porém, respondendo, disse-lhes: "Uma geração má e adúltera pede um sinal, e ainda nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas, pois, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da o monstro do mar, assim será o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra. Os homens de Nínive se levantarão com esta geração no julgamento, ea condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas , e eis que algo maior do que Jonas está aqui A rainha do Sul se levantará com esta geração no julgamento ea condenará ", porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão;. e eis que algo maior do que Salomão está aqui (12: 38-42).

    Pecaminosidade natural do homem e perdição nem sempre são aparentes. Muitas pessoas exteriormente religiosas, morais e decentes dizem acreditar em Deus e são amáveis ​​e útil para outras pessoas.Mesmo as pessoas completamente sem religião, por vezes, vivem vidas que respeitam a lei e se comportar como bons vizinhos. Às vezes, a atitude gentil e boas obras dos descrentes até mesmo colocar o comportamento de alguns cristãos a vergonha. Do ponto de vista humano, pode ser difícil de ver como essas pessoas poderiam ser inerentemente pecaminoso e alienada de Deus. Muitos deles falar bem de Deus, ter altos padrões de comportamento, são maridos amorosos e esposas, pais que cuidam, empregadores ou empregados justos, bons cidadãos e amigos fiéis. Eles podem até mesmo ir à igreja regularmente, dar generosamente ao seu suporte, servem em seus conselhos e comitês, e ensinar na escola dominical. Como, muitas vezes é solicitado, poderia obviamente tais pessoas "boas" estar espiritualmente depravado e perdido?

    Embora verdadeiramente justos irá se manifestar a evidência piedosa de que a justiça, algumas pessoas parecem ser justos que não o são, porque pecado básico do homem não é mais plenamente revelado pelo que ele faz ou diz-apesar da importância dessas evidências, como Jesus tem apenas claro (vv. 33-37). O pecado é mais clara e indubitavelmente manifestada pela forma como a pessoa responde a Jesus Cristo. Não importa o que a vida fora de uma pessoa é como, sua natureza espiritual inata e sua verdadeira atitude para com Deus são vistos com certeza absoluta em sua atitude para com Jesus Cristo. A pessoa que rejeita a Cristo está morto espiritualmente e um inimigo de Deus, não importa o que a profissão religiosa que ele pode fazer ou como moralmente e abnegAdãoente ele pode aparecer para viver. A questão do pecado torna-se perfeitamente focalizada quando uma pessoa confronta Cristo, e o cerne do pecado condenável é a rejeição de Deus. Os homens são condenados por "pecado porque não crêem em mim", disse Jesus (Jo 16:9). Então, Ele deu a razão por trás da perseguição: ". Mas todas estas coisas que eles vão fazer para você por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou Se eu não viera e não lhes falara, não teriam pecado , mas agora não têm desculpa do seu pecado, Ele que me odeia, odeia também a meu Pai Se eu não tivesse feito entre eles as obras que nenhum outro fez, não teriam pecado;.. mas agora eles têm visto e odiava Me e Meu Pai bem "(vv. 21-24).

    As palavras de Jesus naquela ocasião aplicada a todos os que tinham visto e rejeitado, mas aplicado com força direta para os líderes religiosos judeus, aqueles que representava a nação de Israel, especialmente escolhidos, abençoado, e pessoas iluminadas de Deus. Na superfície, os líderes pareciam ser homens justos de Deus, dedicado ao seu serviço e à Sua Palavra. Eles usavam a sua religião em suas mangas para todos os homens, para ver como um suposto testemunho de sua devoção a Deus. Mas quando Jesus os confrontou, suas máscaras de piedade foram roubados e sua condição espiritual real e sua devoção a auto foram postas a nu. Apesar pretensões religiosas e morais, seu ódio e rejeição de Jesus provou o seu ódio e rejeição de Deus. Ambos espiritual e moralmente eles eram "sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia. Mesmo assim você também fora parecem justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade" (Matt. 23: 27-28). Eles eram uma raça de víboras espirituais (12:34).

    Se Jesus não tivesse vindo para o meio deles e declarou-lhes a verdade de Deus e demonstrar o poder de Deus; sua verdadeira natureza do mal não vieram à tona de forma tão dramática. Mas Jesus deixou-os não como Ele confrontou-os com a verdade ea justiça encarnado. Rejeitá-lo é rejeitar a verdade, e a desprezá-lo é a desprezar justiça. Para odiar Jesus é a odiar a Deus; odiar o Filho é odiar o Pai (Jo 15:23).

    Uma pessoa pode se esconder com sucesso o seu pecado por um longo tempo (conforme 1Tm 5:24), mas quando ele rejeita Jesus Cristo, ele revela sua verdadeira natureza corrupta. Não importa o quão boa a sua vida parece estar na superfície, e não importa quais as razões ou justificativas pode ser dada, a pessoa que se recusa a aceitar o senhorio de Cristo como Salvador e prova-se ser o mais abominável dos pecadores e no mais literal e sentido absoluto um inimigo de Deus.

    Até o presente momento no ministério de Jesus, os escribas e fariseus tinham geralmente conseguiu manter uma fachada de tolerância em relação a Jesus. Por causa de sua popularidade e poder sobrenatural óbvio, mantiveram sua oposição, em grande parte para si. Grande parte do seu pensamento e planejamento seria perdido para nós se não fosse Jesus ler suas mentes e abertamente expostas seus planos perversos. Ele continuamente se afastou de suas máscaras de falsa piedade e se recusou a deixá-los esconder seu mau caráter. É por isso, talvez, mais do que para qualquer outra coisa que o odiaram tão intensamente
    A atitude dos escribas e fariseus é geralmente característica de qualquer pessoa que mantém uma aparência de piedade, mas que não tem economia de confiança em Jesus Cristo. Ele é especialmente verdadeiro para os membros das denominações, cultos, ou outros grupos religiosos que pretendem ser seguidores de Cristo. Eles têm uma visão falsa e distorcida de Jesus, assim como os escribas e fariseus tinham uma visão falsa e distorcida do Messias. Eles podem verbalmente louvar a Deus, honrar Jesus, exaltar as Escrituras, e muitas vezes manter elevados padrões de moralidade, mas quando são confrontados com as suas próprias reivindicações de filiação divina original e único sacrifício pelo pecado de Jesus, eles não podem esconder sua rejeição ao verdadeiro evangelho e o Deus verdadeiro. Como os escribas e fariseus, eles são profundamente ofendido com a sugestão de que sua religião e suas obras, para não mencionar os seus corações, não são aceitáveis ​​a Deus e que eles podem ser feitos bem com Ele através da confiança humilde e obediente em Seu Filho para remover seu pecado. Sua recusa em aceitar a Cristo como Ele declarou-se prova a sua rejeição de Deus, porque só verdadeira e perfeita revelação de Si mesmo de Deus é através do Filho. Eles não amam a Deus, mas odeiam e desprezam, porque eles odeiam e desprezam o Filho eo caminho da salvação que Ele oferece.
    No momento em que os escribas e fariseus perguntaram a Jesus para mostrar-lhes um sinal especial, a sua oposição a Ele já tinha endurecido em ódio implacável. Mesmo antes de Jesus os acusou de blasfêmia contra o Espírito Santo e de, assim, eternamente perdendo o perdão de Deus, eles estavam planejando "como poderiam destruí-Lo" (12:14). Ele, então, disse-lhes que eram corruptos árvores que davam fruto corruptos, eram uma raça de víboras espirituais, e que o mal de suas palavras provaram o mal dos seus corações, para que eles enfrentaram condenação de Deus (vv. 33-37). Jesus lhes tinha castigados como enérgica e inequivocamente como era possível.
    Quanto mais os líderes judeus atacaram verbalmente Jesus e tentou apanhá-lo, mais Ele expôs a insensatez, insensibilidade, e impiedade de suas tradições e atitudes. Eles não conseguiram mostrar que Ele tinha quebrado qualquer mandamento bíblico, que Ele havia profanado o sábado, ou que Ele expulsava os demônios pelo poder de Satanás. Por causa de seu embaraço repetido em não revelar Jesus era ou ensino ou fazer qualquer coisa sem base bíblica, os fariseus estavam preocupados com a perda de sua reputação com o povo. Eles queriam ter certeza que a próxima tentativa de desacreditá-lo teria sucesso, e eles acreditavam que exigem um sinal especial Dele seria certo para provar que Ele era um impostor e enganador e iria salvar suas próprias reputações.

    O Last Sign

    Então alguns dos escribas e dos fariseus, dizendo: "Mestre, queremos ver um sinal de você." Ele, porém, respondendo, disse-lhes: "Uma geração má e adúltera pede um sinal, e ainda nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas, pois, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da o monstro do mar, assim será o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra (12: 38-40).

    Alguns dos escribas e fariseus , provavelmente, refere-se a uma comissão especial delegado para apresentar este desafio final para Jesus. escribas tinha que ser, pelo menos, 30 anos de idade e teve que passaram muitos anos no estudo intensivo das escrituras hebraicas, especialmente a Torah, ou lei e das tradições rabínicas, conforme estabelecido no Talmud. Eles eram conhecidos como os intérpretes supremos e mestres da lei (ver Mt 22:35;. Lc 10:25). Embora alguns escribas pertenciam ao partido dos saduceus, a maioria deles eram fariseus , o que explica a sua frequência ser mencionados juntos nos evangelhos. Eles eram os estudiosos e juristas de judaísmo interpretativas autorizadas e foram geralmente realizada em grande honra.

    Que eles responderam acusações contundentes de Jesus, pedindo-Lhe uma questão aparentemente franca e não defensiva indica que eles mordiam as suas línguas, por assim dizer, determinado a dar a impressão de civilidade e paciência até o momento adequado para condená-Lo.

    O Desafio

    "Mestre, queremos ver um sinal de você." (12: 38b)

    Aquele grupo de estudiosos e líderes religiosos considerados nenhuma pessoa fora de suas próprias fileiras para ser qualificado para ensiná-los a menos verdade sobre a lei judaica e tradição. Sua abordagem Jesus como Mestre foi, portanto, tanto sarcástico e hipócrita. Era sarcástico em que consideravam Jesus de ser um herege e blasfemo, e foi a sua intenção aqui, como em ocasiões anteriores, para expô-lo como um falso professor. Foi hipócrita em que eles usaram o título para mostrar o respeito de simulação para ele na frente da multidão e, possivelmente, para tentar colocar-lo desprevenido pela lisonja.

    O pedido , queremos ver um sinal de Você equivalia a uma demanda oficial para Jesus provar a si mesmo para ser o Messias. Para o bem do povo, a questão foi colocada de uma forma aparentemente cortês e respeitoso, mas seu objetivo era provar que Jesus era não o Messias, mas um impostor blasfêmia. Porque os escribas e fariseus eram os especialistas não contestados, por lei o povo iria esperar que eles saibam como testar adequAdãoente as reivindicações de quem posou como o Messias. A implicação da questão era que, se Jesus era realmente o Messias, Ele não teria dificuldade em realizar uma adequada sinal para validar sua identidade.

    O tipo de sinal que eles queriam não é especificado, mas deve ter sido um um absolutamente extraordinária e talvez de todo o mundo de magnitude, como fazendo com que o sol ficar parado ou uma constelação de mudar sua configuração ou a lua para correr pelo céu. Jesus já tinha realizado milhares de milagres públicas de cura, expulsão de demônios, e ressuscitar os mortos. O adicional sinal agora exigia foi, portanto, obviamente, significava estar em uma escala ainda maior.

    A partir de uma passagem paralela em Mateus 16, aprendemos que "os fariseus e saduceus, e testando Ele pediu a Ele para mostrar-lhes um sinal do céu." (V.
    1) "Um sinal do céu" seria um sinal grande e espetacular, aquele que veio do céu e, talvez, poderia ser visto nos céus, como os que acabei de mencionar relativa ao sol, da lua e das estrelas.

    Em sua primeira carta à igreja de Corinto, Paulo observou o fato comumente conhecido que "os judeus pedem sinais" (01:22). Embora a grande maioria dos profetas do Antigo Testamento não realizar milagres ou confirmar seus dados por Deus mensagens por qualquer coisa, mas a verdade do que eles disseram, os judeus tinham vindo a esperar sinais miraculosos para acompanhar cada profeta verdadeiro ou grande homem de Deus, especialmente o Messias.

    Segundo a tradição judaica falacioso, uma certa Rabbi Eliezar foi desafiado no que diz respeito à autoridade de seu ensino. Para provar sua autenticidade, ele disse ter feito uma alfarrobeira movimentar 300 côvados e um fluxo de fluxo de água para trás. Quando ele fez com que a parede de um edifício a inclinar-se para a frente, ele foi devolvido ereto apenas pela licitação de outro rabino. Finalmente Eliezar exclamou: "Se a lei é como eu ensino, deixá-lo ser provado do céu." Naquele momento, a história se passa, saiu uma voz do céu dizendo: "O que você tem a ver com o rabino Eliezar? A instrução é que ele ensina."
    Sem dúvida, os escribas e fariseus queriam apenas um tal celestial sinal de Jesus-a espetacular demonstração, sensacional de poder sobrenatural. Eles talvez esperavam que Ele cumpriu a profecia de Joel de transformar a lua em sangue (Jl 2:31) ou para pintar o céu um arco-íris de cores com um aceno de mão. Ou talvez ele poderia causar um grande cortejo de anjos para descer uma escada celestial no Templo, anunciando-o com hinos de louvor como eles vieram.

    Não é que os líderes judeus esperado Jesus para realizar qualquer sinal , porque o seu verdadeiro propósito era provar Ele podia não fazer tal coisa e, assim, para desacreditá-lo aos olhos do povo. Apesar de nenhuma profecia do Antigo Testamento predisse que o Messias iria realizar um sinal do tipo que exigiam, os líderes deram a impressão de que as pessoas que tal era o caso.

    O Responder

    Ele, porém, respondendo, disse-lhes: "Uma geração má e adúltera pede um sinal, e ainda nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas, pois, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da o monstro do mar, assim será o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra (12: 39-40).

    Jesus respondeu ao desafio hipócrita declarando primeiro que o próprio pedido por um sinal refletido as expectativas perversos de uma geração má e adúltera . Os escribas e fariseus representava a nação de Israel, que havia se afastado da Palavra de Deus e da comunhão e que se tornou enredado no superficial, religião hipócrita, e legalista esses líderes sintetizou.

    Os judeus incrédulos eram não só fisicamente e mentalmente, mas espiritualmente adúltera , porque eles tinham violado os votos de sua relação de aliança única com Deus, um relacionamento do Antigo Testamento freqüentemente fala em termos de casamento (veja Sl 73:27; Is 50:1; Jr 13:27; Os 9:1 ), João Batista (Mt 3:14), e os doze discípulos, exceto Judas (4:. 20-22; Mc 3:13; Lucas 5:27-28; Jo 1:41, Jo 1:49). Porque eles sabiam o Pai, eles sabiam o Filho e não precisa de um sinal para verificar sua identidade.

    Consequentemente, Jesus continuou, sem tal será dado sinal . Não foi possível para Jesus para realizar um milagre do tipo dos escribas e fariseus queriam, não porque Ele não tem o poder de fazê-lo, mas porque ele era totalmente contrário à natureza e plano de Deus. Jesus poderia facilmente ter executado-lo do ponto de vista de sua onipotência, mas não do ponto de vista da sua natureza moral, porque Deus não está no negócio de dobrar a Si mesmo para satisfazer os caprichos de pessoas más que não têm nenhuma relação com Ele.

    Por outro lado, Ele disse, outro tipo de sinal seria dado: . o sinal do profeta Jonas Quando Jonas se recusou a obedecer o chamado de Deus para pregar em Nínive e fugiu para Társis em um navio, o Senhor enviou uma grande tempestade e Jonah foi lançado ao mar para salvar o resto dos homens a bordo. Deus, então, o levou a ser engolido por "um grande peixe", ou monstro do mar , em cujo estômago permaneceu incólume por três dias e noites (Jn 1:17).

    , assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do monstro marinho , Jesus disse, assim será o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da terra.

    O Antigo Testamento contém dois tipos de profecia sobre Cristo. Uma delas é que pode ser chamado o verbalmente preditiva, em que previsões específicas e às vezes circunstanciada. Essas profecias incluem aqueles que o Cristo teria nascido de uma virgem, que Ele seria um descendente de Davi que iria governar a terra inteira de retidão e justiça (Is 7:14). (Jr 23:5). Os líderes judeus não só rejeitaram a verdade da ressurreição de Jesus, mas pagou os soldados que guardavam o túmulo para espalhar a falsa história de que seus discípulos tinham roubado o seu corpo para criar a ilusão de uma ressurreição (Mat. 28: 11-15).

    Quando uma pessoa é confrontada com o Cristo vivo e com a Sua morte expiatória e ressurreição, a questão do destino eterno da pessoa é determinada. Para virar as costas para Jesus Cristo e Seu sacrifício por seus pecados é mostrar-se ser o mais vil dos pecadores, não importa o quão superficialmente religiosa e moral que você poderia ser.

    A última frase

    Os homens de Nínive se levantarão com esta geração no julgamento, ea condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas; e eis que algo maior do que Jonas está aqui.A rainha do Sul se levantará com esta geração no julgamento ea condenará, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e eis que algo maior do que Salomão está aqui. (12: 41-42)

    Continuando com sua ilustração da vida de Jonas, Jesus contrasta a resposta dos ninivitas pagãos a mensagem de Jonas com a resposta dos líderes judeus ao dele. Em uma de suas denúncias mais contundentes, o Senhor diz a dos escribas e fariseus hipócritas, aqueles que pensavam que eram os melhores do povo favorecido de Deus, que os homens de Nínive se levantarão com esta geração no julgamento, e condenarão porque se arrependeram com a pregação de Jonas.

    Apesar da relutância de Jonas para pregar a mensagem de Deus para os malvados, corruptos, assírios idólatras de Nínive, quando o profeta finalmente começou a pregar, Deus efetuado um despertar sem precedentes. "Então os homens de Nínive creram em Deus; e proclamaram um jejum, e colocou-se de saco desde o maior até o menor deles Quando a notícia chegou ao rei de Nínive, ele se levantou de seu trono, deixou de lado o seu manto dele,. cobriu-se de saco, e sentou-se sobre as cinzas "(Jonas 3:5-6). Cobrindo-se com pano de saco e sentado em cinzas foi uma maneira oriental de demonstrar genuíno arrependimento e tristeza para a ilegalidade. Por causa de seu arrependimento sincero e de crença, "Deus se arrependeu do mal que tinha dito que traria sobre eles. E Ele não fez isso" (v. 10).

    Os homens de Nínive não só eram gentios, e, portanto, para além da aliança e lei de Deus, mas eles foram especialmente perverso e brutal, mesmo para os padrões pagãos. Eles não tinham nenhum conhecimento prévio do verdadeiro Deus, ou da sua vontade, mas seu arrependimento do pecado e da sua crença em Deus os trouxe a salvação espiritual e os poupou destruição física. Jonah não pregou uma mensagem de esperança, mas de julgamento: "Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida" (Jn 3:4).

    Para o povo da antiga Palestina, a terra do Sul parecia estar em os confins da terra . Joel se refere a ele como "uma nação distante" (Jl 3:8). No entanto, a rainha e sua grande comitiva fez a viagem longa e árdua através do deserto da Arábia para ouvir a sabedoria de Salomão , um homem de Deus. Ela trouxe tesouro em cima do tesouro para o rei, que já estava rico além da descrição, como um testemunho da honra e gratidão pela piedosa sabedoria que ele ensinou.

    Novamente Jesus faz uma comparação com os judeus rebeldes que rejeitaram. "Aquela mulher pagã", disse Ele, na verdade ", trouxe grandes tesouros a Salomão e sentou-se a seus pés para recolher a sabedoria de seus lábios entanto, eis que, quando eu, algo maior do que Salomão , veio aqui com você, pregando não só sabedoria, mas salvação do pecado e do modo de vida eterna, você se recusou a vir. Por isso, que pagan Rainha vai subir com esta geração no julgamento e deve condená-la. Isso Gentil mulher, sem vantagem e sem convite, veio por iniciativa própria para aprender a verdade de Deus de Salomão. Mas vocês, judeus de esta geração -que tiveram incontáveis ​​séculos de vantagem divino e bênção e que têm a convite do próprio Filho de Deus para vir a Ele e serem salvos-rejeitaram o Filho e, assim, rejeitado perdão e a vida eterna. Um dia você vai condenados mesmo pela fé dos gentios. "

    75. A Reforma Versus Relacionamento (Mateus 12:43-50)

    Agora, quando o espírito imundo sai de um homem, passa por lugares áridos, buscando repouso, e não o encontra. Em seguida, ele diz: "Eu vou voltar para a minha casa, de onde saí '; e quando ela vem, ela encontra-lo desocupada, varrida e colocar em ordem. Então vai, e leva junto com outros sete espíritos piores do que ele, e eles entrar e morar lá; eo último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Esse é o caminho será também a esta geração perversa.
    Enquanto ele ainda falava às multidões, eis que sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, procurando falar com ele. E alguém lhe disse: "Eis que tua mãe e teus irmãos estão lá fora tentando falar com você. ' Mas Ele respondeu o que estava dizendo a ele e disse: "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? ' E, estendendo a mão para os seus discípulos, disse: Eis minha mãe e meus irmãos Pois quem faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe! '. "(12: 43— 50)

    Nos últimos anos, tem havido um grande ressurgimento do interesse pela moralidade e da ética, de devolver esta nação com os padrões morais e religiosos de seus fundadores. Muitas denominações, cultos e grupos de interesses especiais tornaram-se altamente visível e vocal em seu nacional, e às vezes internacional, os esforços para promover ou se opor a certos costumes, leis ou práticas-variando de direitos civis e da pena de morte ao aborto e divórcio.
    Alguns evangélicos tornaram-se ativo na pregação moral, patriotismo e lealdade para com os valores tradicionais americanos. Muito esforço é gasto na tentativa de influenciar legisladores e líderes políticos para ajudar a devolver a América aos seus antigos padrões de comportamento mais bíblica e integridade.
    Os cristãos não podem deixar de se preocupar com questões morais e éticas, porque a Palavra de Deus é inequívoco e incomparável em seus padrões de vida justo, justiça e responsabilidade social. Mas as Escrituras também deixa claro que a moralidade, por si só, sem um relacionamento correto com Deus, é em muitos aspectos mais perigosos do que a imoralidade. No Sermão da Montanha, Jesus repetidamente enfatiza que a mera justiça exterior é um dos maiores obstáculos para o evangelho.

    Os fariseus eram moralistas clássicos. Não há outros judeus, e certamente nenhum gentios, estavam comprometidos com tais padrões rígidos de religião, a moral, a ética ea vida diária. Eles viveram por um código complexo e exigente, um sistema de leis que regulavam praticamente todos os aspectos da vida. Mas essas normas criadas pelo homem, supostamente com base na Palavra de Deus, eles tinham levado mais e mais de Deus. Eles eram tão auto-suficiente e hipócrita que, quando o próprio Deus veio entre eles em forma humana eles rejeitaram, vilipendiado e, finalmente, crucificaram. Tinham tão completamente convenceram-se de sua retidão que, quando a própria fonte da justiça ficou no meio deles que o acusavam de estar em conluio com Satanás. Sob a ilusão de sua própria bondade que se tornou inalcançável com a mensagem salvadora do Evangelho. Quando Jesus veio pregar a libertação do pecado, eles não estavam interessados, porque eles não podiam imaginar tal mensagem que tem relevância para eles. E quando Jesus declarou que a sua auto-justiça era, na verdade, a forma mais insidiosa de injustiça (Mt 5:20), eles ficaram furiosos.

    Jesus não teve problemas para chegar a prostitutas, ladrões, ladrões, assassinos e os excluídos da sociedade. Mas Ele tinha um tempo quase impossível alcançar as pessoas religiosas e morais que estavam sob a ilusão de que fora decoro fez aceitável a Deus. Porque eles se recusou a reconhecer o seu pecado, eles reconheceram há necessidade de um Salvador. Seus padrões rígidos de moralidade deu uma ilusão de segurança e impediu-os de ver que a confiança em si era o seu maior perigo espiritual e uma barreira enorme entre eles e Deus.

    Em sua série de desgraças contra os escribas e fariseus em Mateus 23, Jesus chamou-os repetidamente hipócritas e acusando-os de possuir apenas justiça espúrio.

    Para limpar o exterior do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de rapina e de auto-indulgência. Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que a parte externa pode tornar-se limpo também .... porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de mortos ossos de homens e de toda imundícia. Mesmo assim você também fora parecem justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade ... Para você construir os túmulos dos profetas e adornam os monumentos dos justos, e dizer: "Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido parceiros com eles para derramar o sangue dos profetas ". Conseqüentemente, você testemunhar contra vós mesmos que sois filhos dos que mataram os profetas. Encha-se, em seguida, a medida da culpa de seus pais. Serpentes, raça de víboras, como você deve escapar da sentença do inferno. (Mateus 23:25-32.)

    Nunca houve um grupo de homens mais comprometidas com um código religioso e moral exigente do que os fariseus e nunca um grupo de homens tão longe de Deus.

    Por si só, a moral leva à auto-justiça, e é uma coisa condenável. Uma pessoa é melhor ser grosseiramente imoral e reconhecer sua necessidade de ser altamente moral e admitir nenhuma necessidade. Não há nada que Deus pode fazer para a pessoa que, como o fariseu da parábola de Jesus, ora com confiança: "Deus, graças te dou porque não sou como as outras pessoas: roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes por semana, dou o dízimo de tudo quanto ganho "(Lucas 18:11-12). Em seus próprios olhos ele já está bem com Deus e não precisa de nada de Deus (conforme Mt 19:20).Mas Deus pode fazer um grande negócio para a pessoa que, como o coletor de impostos na mesma parábola, grita: "Deus, sê propício a mim, pecador!" Ele é a pessoa que vai "para baixo justificado para sua casa, em vez do que o outro, pois quem se exalta será humilhado, mas quem se humilha será exaltado" (vv 13b-14.).

    Mateus 12:43-50 apresenta outra de muitas advertências de Jesus para as pessoas não ouvir ou seguir o exemplo de seus líderes religiosos moralistas mas ímpios, mas para chegar a Ele. Sua necessidade não era para a reforma externa oferecida pelos escribas e fariseus, mas a transformação interior que poderia ser deles apenas como eles ganharam um relacionamento correto com Deus, o Pai, confiando em Seu Filho para a salvação do pecado.

    O perigo de Reforma

    Agora, quando o espírito imundo sai de um homem, passa por lugares áridos, buscando repouso, e não o encontra. Em seguida, ele diz: "Eu vou voltar para a minha casa, de onde saí '; e quando ela vem, ela encontra-lo desocupada, varrida e colocar em ordem. Então vai, e leva junto com outros sete espíritos piores do que ele, e eles entrar e morar lá; eo último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Esse é o caminho será também a esta geração perversa. (12: 43-45)

    Nesta parábola Jesus vividamente e assustadoramente imagens a consequência da reforma religiosa e moral para além de um relacionamento correto com Ele. Moralidade além do Cristo vivo nunca pode ser mais do que uma farsa, e quanto mais ele é invocado o mais perigoso se torna.
    O personagem principal nesta ilustração é um espírito imundo , cujas características mal específico não são identificados. Ele é um demônio, um anjo caído e um membro da série de sobrenaturais, colegas de trabalho do mal de Satanás. Impuro representa a natureza mau, vil de todos os espíritos demoníacos; mas este particular espírito não era tão mal como ele poderia ter sido, pois, à medida que aprendemos mais tarde, na parábola, ele tinha amigos demônio que estavam pior do que a si mesmo.

    Não nos é dito com o que significa que este espírito imundo saiu para fora de um homem. Pode ser que o homem tomou uma decisão moral a abandonar o pecado em que esse demônio o tinha aprisionado e que o demônio já não tinha controle sobre o homem. Ele Pode ser que o homem tinha sido limpo de o demônio, mas, assim como muitas pessoas a quem Jesus purificado e curado, não confiava nele para a salvação. Por qualquer motivo ou por qualquer meio, o homem foi temporariamente libertado da presença e influência do demônio.

    Depois que ele saiu o homem, esse demônio passou por lugares áridos, buscando repouso, e [que] não encontrá-lo . Ser espíritos, demônios não precisam de comida e água, como os seres humanos fazem, e, portanto, lugares áridos representa aqui figurativamente desolação, esterilidade, e extremo desconforto. À sua maneira corromper o demônio estava buscando repouso , algum lugar de maior satisfação. A partir desta e muitas outras passagens do Novo Testamento, parece evidente que os demônios preferem residem nas criaturas corporais, os seres humanos, mas de preferência, secundariamente, até animais (ver Mt 8:31.), Ao invés de existir como seres não acopladas no reino do mal de Satanás. Talvez este particular demônio estava inquieto porque não poderia expressar sua natureza mal através inanimados, coisas inanimadas. Era mais em casa, em um ser humano, pois é através dos seres humanos que Satanás e seus demônios podem trabalhar com mais sucesso o seu mal e se opõem a Deus.

    Quando se poderia encontrar em nenhum outro lugar satisfatório para morar, o demônio decidiu voltar à sua antiga residência: Voltarei para minha casa donde saí . Se o espírito estava simplesmente sendo presunçoso ou se tinha algum contínuo acesso e controle sobre a vida do homem, a sua referência para minha casa indica um forte senso de propriedade e posse. E o fato de que ele foi capaz de recuperar a entrada tão facilmente comprova a ostentação não foi em vão. Quando ele retornou e encontrou a sua antiga casa foi desocupada, varrida e colocar em ordem , o primeiro espírito levou consigo ... outros sete espíritos piores do que ele, e eles [foi] e [viveu]  .

    Que o homem casa foi desocupada (isto é, por outro demônio), varrido, e colocar em ordem sugere que uma verdadeira reforma moral tinha ocorrido. Se pelo poder de sua própria vontade ou pela limpeza de Deus, ele foi temporariamente livre do pecado e seu demônio relacionado e de qualquer outro.

    Por medo de prisão, doença, estigma social, ruína financeira, e muitas outras motivações, uma pessoa consegue se livrar de certos hábitos pecaminosos. Às vezes, o motivo é mais positiva e que a pessoa determina a mudar por causa do amor para a esposa, marido ou filhos. Mas essa auto-limpeza, não importa quão profunda e extensa e não importa o que a motivação-nunca é permanente. Mesmo que a limpeza é pelo Senhor, não é permanente se não for acompanhada por salvar a fé nEle. Certamente muitas das pessoas a quem Jesus limpos de demônios morreu e se juntou a esses demônios no inferno, porque eles também não aceitar o perdão e oferta de salvação do Senhor. A grande maioria das pessoas a quem Jesus ministrou aceitos somente cura temporária de doenças e alívio temporário de controle demoníaco. Eles renderam os sintomas e as conseqüências do pecado a Ele, mas não o pecado em si. Dos dez leprosos Jesus limpos em uma ocasião, apenas um recebeu a verdadeira plenitude da salvação (Lucas 17:11-19).

    Quando a natureza básica do pecado não é tratado através do milagre do arrependimento e confiança em Cristo, a remoção de um pecado particular ou mesmo um demônio deixa espiritual de uma pessoacasa ... desocupada, varrida e colocar em ordem , mas sujeito a reocupação por outros sete espíritos piores do que o primeiro. E eles entrar e morar lá; eo último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro.

    A, hipócrita, pessoa reformada religioso está sujeito a Satanás, de forma que uma pessoa imoral cheio de culpa não é, porque a sua própria moralidade cega a sua condição pecaminosa básico e necessidade.Ele está perfeitamente satisfeito com a sua casa vazia, pensando que a liberdade de manifestação externa do pecado é a liberdade da sua presença, poder e condenação.

    Katoikeō (ao vivo ) carrega a idéia de habitação e se estabelecer. É o mesmo verbo Paulo usado como ele orou pela Efésios, "que Cristo habite em seus corações mediante a fé" (Ef 3:17). Onde Cristo não vive, demônios são livres para viver. emissários de Satanás pode entrar e viver em uma vida reformada mas sem Cristo de uma forma resolvida e segura, porque em seu delírio religioso seu hospedeiro pode ser alheio a sua presença. O último estado que o homem torna-se pior do que o primeiro , mas ele não sabe disso. Ele é como um leproso que sai facilmente com os dedos das mãos e pés, porque ele não sente dor. De uma forma infinitamente mais trágico, farisaísmo desensitizes uma pessoa para o pecado, a ponto de ele não está ciente de que sua alma está apodrecendo sob corrupção demoníaca.

    Um dos piores aspectos do legalismo religioso é que ele tende a ficar cada vez mais descrente de geração em geração. "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas," Jesus disse, "porque você viaja sobre o mar ea terra para fazer um prosélito; e, quando ele se torna um, você fazê-lo duas vezes mais filho do inferno do que vós" (Mt . 23:15). Uma pessoa que está discipulado no legalismo, muitas vezes torna-se mais zeloso e hipócrita do que o seu professor.

    Para pregar moralidade, mesmo de acordo com os padrões bíblicos de comportamento, mas não a salvação através de Cristo promove uma religião que leva os homens mais de Deus do que eram antes que eles reformada. É muito mais fácil para chegar a alguém que está sobrecarregado com um verdadeiro sentido de seu pecado que alguém que está sobrecarregado com uma falsa sensação de sua justiça. Isso é o que Jesus quis dizer quando disse: "Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores" (Mt 9:13). Não foram as pessoas imorais e sem religião de Israel que colocam Jesus à morte, mas os líderes religiosos que se orgulhavam de sua bondade. Cristo não poderia alcançá-los, porque eles achavam que não tinha necessidade de qualquer ajuda espiritual, muito menos a salvação do pecado.

    Pedro diz dessas pessoas que "depois de terem escapado das corrupções do mundo pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, ficam de novo envolvidos nelas e são superados, o último estado tornou-se pior para eles do que o primeiro. Para seria melhor para eles não terem conhecido o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, a afastar-se do santo mandamento que lhes. Aconteceu-los de acordo com o verdadeiro provérbio, "O cão voltou ao seu próprio vômito ', e,' A porca após a lavagem, retorna a revolver-se no lamaçal "(2 Pe. 2: 20-22). A pessoa reformada, mas não convertido acabará por reverter para caminhos de pecado pela mesma razão que o cão voltou ao seu vômito ea porca retornos lavada para a lama lamaçal, porque em cada caso, a natureza original não foi alterado.

    A parábola de Jesus aplicado a Israel como uma nação, a esta geração perversa , bem como para os judeus individuais. Durante o cativeiro babilônico os judeus abandonaram a idolatria, e nos mais de dois mil anos desde então, eles nunca, como um povo, caiu de volta para ele. Mas no momento em que o Messias veio, eles haviam se tornado tão satisfeitos com a sua reforma e com suas cerimônias religiosas e tradições morais, que não via necessidade de um Salvador. Consequentemente, no fim dos tempos, que as pessoas vão encontrar-se na liga com o anticristo durante a Grande Tribulação.

    Seja na ampla gama de história ou em uma vida individual, o mesmo princípio se aplica: reforma exterior sem transformação interior traz susceptibilidade a ainda pior do que o mal do qual se afastou.

    O Poder da Relação

    Enquanto ele ainda falava às multidões, eis que sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, procurando falar com ele. E alguém lhe disse: "Eis que tua mãe e teus irmãos estão lá fora tentando falar com você. ' Mas Ele respondeu o que estava dizendo a ele e disse: "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? ' E, estendendo a mão para os seus discípulos, disse: Eis minha mãe e meus irmãos! Pois quem faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe "(12: 46-50).

    Reforma não é a salvação, a regeneração, ou redenção. Pode, de fato, trabalhar para o oposto por enraizar uma pessoa na auto-satisfação e cegando-o para a sua necessidade de misericórdia de Deus. Para se ter salvação, deve haver um novo e direita relacionamento com Deus, que vem somente como um pecador confessa humildemente e se transforma a partir de seu pecado e recebe Jesus Cristo como Senhor e Salvador.
    . A chegada da família de Jesus deu-lhe a oportunidade perfeita para dar uma ilustração gráfica da necessidade de uma relação pessoal com Ele Enquanto ele ainda falava às multidões em uma casa (ver 13: 1), sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora , procurando falar com Ele . Quando Jesus foi informado desta, ele respondeu o que estava dizendo a ele e disse: "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?"

    Por esta altura José provavelmente estava morto há muitos anos, e da família imediata de Jesus consistiu em Sua mãe , Maria, seus meio irmãos (Tiago, José, Simão e Judas), e suas irmãs meia, que não são nomeados (13 55:40-13:56'>Matt. 13 55:56).

    Depois da ressurreição, Jesus irmãos finalmente chegou a acreditar Nele, Seu irmão Tiago se tornar o chefe da igreja de Jerusalém (conforme 13 44:15-22'>At 15:13-22) e autor da epístola que leva seu nome. Mas durante o ministério de pregação e ensinamento de Jesus não há evidências claras de que qualquer membro da sua família que não seja totalmente compreendido Maria quem ele realmente era ou de confiança em Jesus Cristo como Salvador. É-nos dito especificamente que Seus irmãos não acreditavam nele (Jo 7:5: não
    38) —Você ainda pessoalmente confiar em Jesus como seu próprio Senhor e Salvador.

    Não nos é dito (conforme Marcos 3:31-32; Lucas 8:19-20) porque Jesus ' mãe e irmãos eram ... procurando falar com Ele , mas parece razoável supor que eles estavam muito preocupados com sua bem-estar e talvez mesmo a temer com alguns de seus amigos da cidade para casa que ele tinha "perdido seus sentidos" (Mc 3:21). Sua condenação dos escribas e fariseus continuaram a crescer em intensidade e seriedade, e esses líderes, por sua vez, estavam acusando de fazer a Sua obra pelo poder de Satanás. Seu plano para destruir Jesus (Mt 12:14) foi provavelmente já rumores entre as pessoas. Jesus ' mãe e os irmãos foram, portanto, com a esperança de dissuadi-lo de continuar seu trabalho e, talvez, esperava que ele iria fugir para um lugar seguro até que os líderes religiosos se esqueceram dele ou perdeu o interesse. Sua família estava em uma missão de resgate para salvá-lo da morte iminente.

    Para a maioria dos homens tal incidente teria sido embaraçoso ao extremo, mas Jesus não era nem constrangido nem ressentido. Ele amou e cuidou de sua família, e ele entendeu a sua preocupação, equivocada como era. Ele não, de fato, responder diretamente ao pedido de sua família, mas sim aproveitou a ocasião para ensinar uma importante verdade: E, estendendo a mão para os seus discípulos, disse: "Eis minha mãe e meus irmãos!"

    Jesus não estava renunciando à Sua família. Ele os amava ainda mais do que eles amavam. Seu último pedido da cruz foi por João para cuidar de sua mãe (João 19:26-27), e através do Seu amor misericordioso Seus irmãos, eventualmente, veio a crer nEle como seu Senhor e Salvador (At 1:14).

    O propósito do Senhor ao se referir a seus discípulos como Seus mãe e irmãos era ensinar que Ele convida o mundo inteiro em Sua família pessoal e divina. Qualquer um pode entrar em Sua família espiritual confiando nele, e da família de Deus é a única família que finalmente importa.

    Mesmo sendo um membro da própria família terrena de Jesus não merecer a salvação, por força dessa relação. Portanto, o convite de Jesus estendeu a Seus naturais mãe e meio irmãos, porque eles também precisavam ser salvos do pecado. Além de fé pessoal, não mais foram espiritualmente relacionado a ele do que qualquer outro ser humano. "Todos aqueles, e apenas aqueles que crêem em mim são espiritualmente relacionado to Me" Ele estava dizendo. Pois quem faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe .

    quem quer que indica a universalidade do convite. Ninguém que acredita que é excluído. E, por outro lado, há quem faça o não crer será incluído. Primeiro e mais absoluto desejo e exigência de Deus para a humanidade é a crença em Seu Filho. "Esta é a obra de Deus", disse Jesus, "que creiais naquele que por ele foi enviado" (Jo 6:29). Até que uma pessoa crê em Cristo, Deus não pode dar-lhe alguma ajuda espiritual, e essa pessoa não pode dar a Deus qualquer serviço espiritual.

    No batismo de Jesus, Deus declarou: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mt 3:17) e na transfiguração Ele falou as mesmas palavras para Pedro Tiago, e João, acrescentando: "Ouça a Ele "(17: 5). Suprema vontade de Deus para a humanidade é para que eles sejam bem satisfeito com o Filho, assim como ele é, e confiar nEle, escutá-Lo, segui-Lo e obedecer à Sua Palavra.

    Depois de declarar: "Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido" (Mt 18:11), Jesus contou uma parábola que explica o grande amor do Pai para a humanidade e Seu desejo que eles sejam salvos. "O que você acha?" Ele perguntou retoricamente. "Se algum homem tiver cem ovelhas, e uma delas se desgarrar, não deixará as noventa e nove nas montanhas e ir procurar o que é desviada? E se ele sair que ele acha, realmente Eu digo a você, ele se alegra mais do que com as noventa e nove que não se extraviaram. Assim, não é da vontade de vosso Pai que está nos céus, que um destes pequeninos, perecereis "(vv. 12-14) . Muitos anos mais tarde, os apóstolos ecoou essa verdade. Paulo escreveu: "Deus, nosso Salvador ... quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade" (1 Tim. 2: 3-4), e Pedro declarou que o Senhor não quer "para qualquer para pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento "2Pe 3:9.). Salvando relacionamento com Jesus Cristo vem somente de forma submissa crer nEle e receber o dom da salvação que Ele oferece. "Não há salvação em nenhum outro, pois não há outro nome debaixo do céu que foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos" At 4:12.

    Na melhor das hipóteses, reformação muda apenas a parte exterior de uma pessoa; na pior das hipóteses, torna-se uma barreira para o seu ser alterado no interior. A relação de direito de Cristo, no entanto, traz vida completamente nova, tanto dentro como fora. Todo o resto da Escritura rodeia a verdade central que Jesus Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores, para transformá-los, não reformá-los. Até que uma pessoa afirma que a verdade, nenhuma outra pode ser de qualquer benefício.
    A grande mensagem do evangelho, e, portanto, da igreja, não é um apelo à moralidade, mas uma chamada para a libertação do pecado através do Senhor Jesus Cristo.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Mateus Capítulo 12 do versículo 1 até o 50

    Mateus 12

    A desobediência à lei do sábado — Mat. 12:1-8 O clamor da necessidade humana — Mat. 12:1-8 (cont.)

    Senhor do sábado — Mat. 12:1-8 (cont.)

    Amor e lei — Mat. 12:9-14 A aceitação do desafio — Mat. 12:9-14 (cont.)

    As características do servo do Senhor — Mat. 12:15-21 As defesas de Satanás são quebradas — Mat. 12:22-29 Os exorcistas judeus — Mat. 12:22-29 (cont.)

    A impossibilidade de ser neutro — Mt 12:30 O pecado que está além do perdão — Mat. 12:31-33 A compreensão perdida — Mat. 12:31-33 (cont.)

    Corações e palavras — Mat. 12:34-37

    O único sinal — Mat. 12:38-42 O perigo do coração vazio — Mat. 12:43-45 O verdadeiro parentesco — Mat. 12:46-50

    A DESOBEDIÊNCIA À LEI DO SÁBADO Mateus 12:1-8

    Na época de Jesus, os campos de trigo e as terras cultivadas da Palestina eram faixas longas e estreitas. A terra entre cada franja, onde estavam os caminhos, era um lugar pelo qual se qualquer podia transitar. Por um desses caminhos entre os campos de trigo era por onde caminhavam Jesus e seus discípulos no dia em que aconteceu este incidente. Não há nenhuma sugestão que indique que os discípulos estavam cometendo um roubo. A Lei estabelecia de maneira clara que o viajante faminto tinha direito a fazer o que fizeram os discípulos, sempre que se usasse as mãos para arrancar as espigas de trigo, e não uma foice: “Quando entrares na seara do teu próximo, com as mãos arrancarás as espigas; porém na seara não meterás a foice.” (Dt 23:25).

    Em seu livro The Land and the Book, W. M. Thomson nos relata que quando ele viajava pela Palestina existia o mesmo costume. Um dos pratos favoritos para o jantar de qualquer viajante é o trigo assado.

    "Quando viajávamos de tempo de colheita”, escreve Thomson, "meus ajudantes costumavam preparar com muita freqüência pelos tardes, trigo assado, depois de ter armado as tendas. Jamais se considera que cortar essas espigas verdes para assar signifique roubar... Também vi a meus ajudantes arrancar espigas quando passávamos perto dos campos de trigo, debulhar com as mãos e comer os grãos crus, tal como se conta que faziam os apóstolos."
    Segundo os escribas e fariseus, a falta dos apóstolos não era que tinham arrancado espigas e tinham comido os grãos de trigo, mas sim o tinham feito no sábado. A lei do sábado era algo muito complicado e cheio de detalhes. O mandamento proíbe trabalhar no sábado, mas os que interpretavam a lei não se sentiam satisfeitos com esta simples proibição.

    Era preciso definir o que era trabalho. De maneira que se estabeleceram trinta e nove ações básicas que estavam proibidas no sábado; entre elas estavam colher, esfregar, e debulhar, e preparar uma refeição. Mas com isto não provavam conforme os intérpretes. Era preciso definir em detalhe cada um dos pontos que apareciam na lista dos trabalhos proibidos. Por exemplo, estava proibido levar uma carga. Mas o que é uma carga? Uma carga é algo que pesa mais que duas passas de figo. Proibia-se até a sugestão de fazer algum trabalho; tudo o que simbolicamente se pudesse considerar como trabalho estava proibido. Mais adiante Maimonides diria: "Arrancar espigas é uma sorte de colheita." Mediante sua conduta os discípulos se tornaram culpados de mais de um mandamento em desobediência à Lei. Por ter arrancado o trigo eram culpados de colher; por esfregá-lo entre as mãos eram culpados de debulhar; por ter separado os grãos do caule eram culpados de debulhar. E por todo o processo eram culpados de preparar uma refeição no sábado, porque tudo o que se comeria no sábado devia preparar-se no dia anterior.

    Os judeus ortodoxos tomavam esta Lei do sábado ao pé da letra. O Livro de Jubileus tem todo um capítulo (capítulo
    50) dedicado à observância do sábado. Qualquer pessoa que se deita com sua mulher ou projeta fazer algo na sábado, ou pense em sair de viagem (até o pensar sobre o trabalho estava proibido), ou pense em comprar ou vender algo, qualquer que tire água de um poço, qualquer que levante um peso, está condenado. Qualquer pessoa que no sábado faça algum tipo de trabalho, que vá viajar, que are um campo, quer faça o trabalho em sua casa ou em qualquer outro lado, qualquer pessoa que acenda um fogo ou monte algum animal ou viagem de navio no mar, qualquer que golpeie ou mate algo, qualquer pessoa que apanhe um animal, um pássaro ou um peixe, qualquer pessoa que jejue ou faça a guerra no sábado — qualquer pessoa que faça alguma destas coisas morrerá. Guardar estes mandamentos era guardar a Lei de Deus; desobedecê-los era quebrantar a Lei de Deus.

    Não resta a menor dúvida de que, do seu ponto de vista, os escribas e fariseus estavam plenamente justificados em culpar aos discípulos de desobediência à Lei, e a Jesus por permitir e possivelmente estimulá-los a fazê-lo.

    O CLAMOR DA NECESSIDADE HUMANA

    Mateus 12:1-8 (continuação)

    Para confrontar-se com a crítica dos escribas e fariseus Jesus usou três argumentos.

    1. Citou a atitude de Davi (I Samuel 21:1-6) quando ele e seus homens, estando famintos, entraram no tabernáculo — não no templo, porque isto aconteceu antes da construção do templo e — comeram os pães da proposição que só os sacerdotes podiam comer. Em Levítico 24:5-9 se descreve o pão da proposição. Consistia em doze pães que se colocavam todas as semanas em duas filas de seis no tabernáculo. Sem dúvida se tratava de uma oferenda simbólica a Deus mediante a qual se agradecia pelo dom dos mantimentos fortalecedores. Esses pães eram mudados todas as semanas e os pães velhos passavam a ser posse dos sacerdotes que eram os únicos que podiam comer esses pães. Nesta oportunidade, e devido à fome que experimentavam, Davi e seus homens voltaram e comessem esses pães benditos e ninguém os acusou de nada. A necessidade e a fome humanas tinham prioridade sobre qualquer costume ou prática ritual.
    2. Citou o trabalho que se fazia no templo no dia de sábado. O ritual do templo sempre implicava trabalho — acender fogos, matar e preparar animais, levantá-los até o altar, e outra quantidade de tarefas. De fato, este trabalho era dobrado no dia de sábado, porque nesse dia se duplicavam as oferendas (ver, por exemplo, Nu 28:9). Qualquer destas ações teria sido ilegal se fossem praticadas por uma pessoa comum. Acender um fogo, matar um animal, levantá-lo até o altar teria significado quebrantar a Lei, e portanto, profanar o sábado. Mas era

    perfeitamente legal que os sacerdotes desempenhassem estas tarefas, porque a adoração no templo não devia cessar. Quer dizer que a adoração que se oferecia a Deus superava todas as regras e normas do sábado.

    1. Citou as palavras de Deus ao profeta Oséias: "Misericórdia quero e não sacrifício" (Os 6:6). O que Deus deseja mais que o sacrifício ritual é a bondade, o espírito que não conhece outra lei fora da que lhe diz que deve responder ao chamado da necessidade humana.

    Neste incidente Jesus afirma que o chamado da necessidade humana deve preceder a qualquer outra obrigação. As obrigações da adoração, do ritual, da liturgia, são importantes e têm seu lugar, mas antes que todas elas vem a obrigação imposta pela necessidade humana.
    Um dos modernos Santos de Deus é o Pai George Potter que transformou a igreja abandonada de São Crisóstomo, em Peckham, em uma luz brilhante de adoração e serviço cristãos. Para completar a obra fundou a Irmandade da Ordem de Santa Cruz, cuja insígnia é a toalha que usou Jesus quando lavou os pés de seus discípulos. Não havia nenhum trabalho inferior para estes irmãos; sua obra entre os abandonados e os meninos sem lar com prontuários criminais ou com potencial criminoso está além de todo louvor. O Pai Potter tem a devoção na mais alta estima, entretanto, quando explica o trabalho da Irmandade e se refere a qualquer que quer fazer o triplo voto de pobreza, castidade e obediência, diz: "Não deve sentir-se amargurado se não puder chegar a tempo ao ofício vespertino da festa de São Termógeno. Pode estar sentado numa delegacia de polícia esperando a um 'cliente'... Não deve ser o tipo de pessoa que vai à cozinha e chora porque ficamos sem incenso... Pomos a oração e os sacramentos em primeiro lugar. Sabemos que de outro modo não poderíamos fazer tudo o que somos capazes de fazer, mas o fato concreto é que devemos passar mais tempo aos pés do Monte da Transfiguração que em seu topo."
    Conta sobre um candidato que chegou à casa justo quando estava para lhes dar uma taça de cocoa a seus moços e mandá-los para cama.

    "De maneira que lhe disse: 'Podes limpar o banheiro, por favor, enquanto está úmido?' Ficou surpreso e balbuciou: 'Não pensava que teria que limpar o que tinham sujado uns moços sujos!' Enfim, sua vida de serviço durou uns sete minutos. Não desfez as valises." Florence Allshorn, a magnífica superiora de uma escola de missionárias, relata os problemas que apresenta a aspirante que sempre descobre que chegou seu momento para a oração silenciosa e tranqüila justo quando terá que lavar pratos engordurados com uma água que não está muito quente.

    Jesus insistiu em que o serviço ritual mais excelso é o serviço à necessidade humana. É curioso pensar que com a possível exceção do dia da sinagoga de Nazaré, não temos nenhum testemunho de que Jesus tenha dirigido um serviço de culto durante sua vida na Terra, e entretanto temos uma grande abundância de testemunhos de que deu de comer aos famintos, consolou os afligidos, e cuidou dos doentes. O serviço cristão não é o serviço de nenhuma liturgia ou ritual, é o serviço à necessidade humana. O serviço cristão não é o retiro monástico; é o compromisso com todas as tragédias, problemas e exigências da situação humana.

    Isso é o que queremos dizer — deveriamos querer dizer quando pronunciamos estas palavras: "Adoremos a Deus!"

    SENHOR DO SÁBADO

    Mateus 12:1-8 (continuação)

    Resta uma dificuldade nesta passagem que não se pode resolver com absoluta certeza. A dificuldade está na última frase: “Porque o Filho do Homem é senhor do sábado.” Esta frase pode ter dois sentidos.
    (1) Pode significar que Jesus afirma ser Senhor do sábado no sentido de que tem direito de usar o dia de repouso como lhe parece melhor. Já vimos que a santidade do trabalho do templo superava e ignorava as regras e normas do sábado. Jesus acaba de afirmar que nele há algo maior que o templo. Sendo assim, ele tem muito mais direito de ignorar as regras do sábado e de fazer o que lhe pareça mais conveniente esse dia. Essa pode considerar-se como a interpretação tradicional desta cláusula, nela há sérias dificuldades.

    (2) É necessário destacar que nesta ocasião Jesus não se defende a si mesmo por algo que tenha feito no sábado; está defendendo a seus discípulos. E terá que assinalar que a autoridade que recalca neste incidente não é tanto sua própria autoridade como a da necessidade humana. E também terá que assinalar que quando Marcos relata o incidente introduz outra afirmação de Jesus como parte de seu momento culminante: “O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Mc 2:27).

    A isto devemos acrescentar que em hebraico e aramaico a frase filho do homem não é um título, e sim uma forma de dizer um homem. Quando os rabinos começavam a relatar uma parábola costumavam começar assim: "Havia um filho de homem que..."; onde nos limitaríamos a dizer: "Havia um homem que..." O salmista escreve: "O que é o homem para que dele te lembres, e o filho do homem, para que o visites?" (Sl 8:4). Uma e outra vez o Deus de Ezequiel se dirige a ele chamando-o filho do homem. “Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo.” (Ez 2:1; também em 2:6; 2;8; 3:1, 4, 17, 25). Em todos estes casos, filho de homem, escrito com minúscula, significa homem. Nos manuscritos gregos do Novo Testamento pertencentes às primeiras épocas todas as palavras eram escritas com maiúscula. Estes manuscritos são chamados unciais, o que significa que estão escritos em maiúsculas; nesse tipo de manuscritos seria impossível dizer onde se deve pôr maiúsculas. Portanto, pode ser que em Mt 12:8 deveria escrever-se filho do homem com minúscula e que a frase não se refere a Jesus mas simplesmente ao homem.

    Se levarmos em conta que o que Jesus destaca nesta pesagem são os direitos da necessidade humana, se lembrarmos que não se defende a si mesmo e sim a seus discípulos, se lembrarmos que Marcos nos conta que Jesus disse que o sábado tinha sido feito para o homem e não o homem para o sábado, então podemos chegar à conclusão de que o que Jesus diz aqui é: "O homem não é escravo do sábado, é seu senhor para usá-lo em seu próprio proveito." Pode ser que Jesus esteja criticando os escribas e fariseus por escravizar-se e escravizar a outros a uma quantidade de regras tirânicas. E possivelmente não faça mais que afirmar o princípio supremo da liberdade cristã, que se aplica tanto ao sábado como a todas as outras coisas da vida.

    AMOR E LEI

    Mateus 12:9-14

    Este incidente representa um momento crucial na vida de Jesus. Aqui Jesus desobedeceu em público e de maneira deliberada a lei do sábado, e o resultado foi uma reunião dos líderes ortodoxos convocada com o único objetivo de procurar uma forma de eliminá-lo. Não poderemos compreender a atitude dos ortodoxos a menos que entendamos a seriedade surpreendente com que observavam a lei do sábado. A lei do sábado proibia todo trabalho nesse dia, e os judeus ortodoxos tomavam tão a sério essa lei que preferiam morrer, literalmente, antes que desobedecê-la.
    Na época da rebelião de Judas Macabeu alguns judeus se refugiaram nas cavernas do deserto. Antíoco mandou uma legião de homens para atacá-los. O ataque se levou a cabo no dia de sábado, e esses judeus insurgentes morreram sem um só gesto de desafio ou defesa porque lutar teria significado quebrantar o sábado. 1 Macabeus nos relata como "assaltados imediatamente (pelas forças do Antíoco), não replicaram nem arrojando pedras nem entrincheirando suas covas. Disseram: 'Morramos todos em nossa retidão. O céu e a terra nos são testemunhas de que nos matam injustamente.' Atacaram-nos, pois, em sábado e morreram eles, suas mulheres, filhos e gados: umas mil pessoas em total" (1 Macabeus 2:35-38). Nem em uma crise nacional, nem para salvar suas vidas, nem para proteger a seus seres mais queridos e próximos, os judeus estavam dispostos a lutar no sábado.

    Porque os judeus insistiram em guardar a lei do sábado foi que Pompeu pôde tomar Jerusalém. Na antiga técnica de guerrear o atacante costumava erigir um elevado montículo frente à fortaleza da cidade sitiada desde cujo topo se bombardeavam as defesas. Pompeu, pois, construiu seu montículo, e o fez durante os dias de sábado, quando os judeus se limitavam a observar e se negavam a levantar um dedo para detoná-lo. Josefo diz:

    "E se não fosse pelo costume, da época de nossos antepassados, de descansar no sétimo dia, jamais poderia aperfeiçoar este montículo em razão da oposição que os judeus teriam exercido. Porque embora a lei nos permite defender-nos dos que começam a luta e nos atacam (isto era uma concessão), não nos permite interferir com nossos inimigos quando estão fazendo qualquer outra coisa" (Josefo, Antiguidades, 14. 4. 2).

    Josefo lembra o assombro do historiador grego Agatarquides ao ver a forma em que se permitiu a Ptolomeu Lagos capturar Jerusalém. Agatarquides escreveu:
    "Há um povo chamado judeu, que vive na mais forte de todas as cidades, cujos habitantes a denominam Jerusalém, e têm o costume de descansar no sétimo dia. Nesse dia não fazem uso de suas armas, não trabalham na agricultura, nem prestam atenção a nenhuma outra ocupação da vida, mas sim elevam suas mãos em seus templos e oram até o entardecer. Quando Ptolomeu, filho de Lagos, entrou nesta cidade com seu exército, esses homens, em observância deste ridículo costume, em lugar de defender a cidade, permitiram que se submetesse a um senhor cruel; e ficou comprovado com toda clareza que a Lei tinha ordenado uma ação insensata. Este incidente ensinou a todos, exceto aos judeus, a não tomar em consideração esse classe de sonhos e a não obedecer sugestões absurdas que se apresentam como uma Lei, quando em tal incerteza da mente humana não sabem o que fazer" (Josefo, Contra Apion, Mt 1:22).

    Para as outras nações a estrita observação do sábado por parte dos judeus era simplesmente uma loucura, visto que podia conduzir a semelhantes derrota e desastres nacionais.

    Esta mentalidade inamovível era a que Jesus tinha que enfrentar. A Lei proibia de maneira definitiva e precisa curar em sábado. É certo que estabelecia com clareza que "qualquer caso em que está em perigo a vida é mais importante que a Lei do sábado." Isto se aplicava de maneira especial às enfermidades de os olhos, ouvido, nariz e garganta. Mas até então se especificava que se podia fazer algo para impedir que o paciente piorasse, mas não para melhorar sua situação. Assim, podia-se pôr uma atadura comum sobre uma ferida, mas não uma atadura com algum remédio, e coisas pelo estilo. Neste caso, não se tratava de que estivesse em perigo a vida do paralítico. No que se referia ao perigo, não estaria pior ao dia seguinte. Jesus conhecia a Lei; sabia o que fazia; sabia o que os fariseus esperavam e observavam; e entretanto curou o homem. Jesus não estava disposto a aceitar nenhuma lei que insistisse em que um homem devia sofrer um minuto mais que do necessário, embora sua vida não estivesse em perigo. Seu amor à humanidade ultrapassava em muito seu respeito pela Lei ritual.

    A ACEITAÇÃO DO DESAFIO Mateus 12:9-14 (continuação)

    Jesus entrou na sinagoga e se encontrou um homem com uma das mãos ressequida. Nossos evangelhos não nos dizem nada mais sobre este homem, mas o Evangelho Segundo os Hebreus, que é um dos primeiros evangelhos — mas que não conseguiu ser incorporado ao Novo Testamento — nos diz algo mais a respeito dele. Diz-nos que este homem se aproximou de Jesus com a seguinte petição: "Eu era pedreiro; ganhava a vida com as mãos. Rogo-te, Jesus, que me devolvas a saúde para que não precise mendigar a comida com vergonha."

    Mas os escribas e fariseus também estavam na sinagoga. Não se preocupavam com o homem com a mão paralítica; só se importavam com as minúcias de suas normas e regras. De maneira que fizeram uma pergunta a Jesus: “É lícito curar no sábado?” Jesus conhecia à perfeição a resposta a essa pergunta. Sabia que, como vimos, a menos que estivesse em perigo a vida, estava proibido curar, porque era considerado um trabalho. Mas Jesus era sábio. Se se propunham discutir sobre a Lei, tinha a habilidade necessária para enfrentá-los em seu próprio terreno. "Digam-me", disse-lhes, "suponham que um homem tenha uma ovelha, e essa ovelha cai em um poço no sábado, não irá e a tirará do poço?" De fato, tratava-se de um caso mencionado na Lei. Se um animal se impregnar em um poço no sábado, era lícito levar-lhe comida — que em qualquer outro caso seria considerado uma carga — e ajudá-lo em todo sentido. "Ou seja", disse Jesus, "se está permitido fazer uma obra boa no dia de sábado, e se está permitido fazer algo bom por uma ovelha, quanto mais lícito deve ser fazê-lo por um homem, que é de muito mais valor que um animal." Jesus inverteu o argumento. "Se é lícito fazer o bem no sábado, negar-se a fazê-lo é ilícito."
    O princípio fundamental de Jesus era que não existe um tempo tão sagrado que não se possa usar para ajudar o próximo necessitado. Não seremos julgados pela quantidade de cultos a que tenhamos assistido, nem pelo número de capítulos da Bíblia que tenhamos lido, nem pela quantidade de horas que tenhamos passado orando, mas sim pela quantidade de gente a que tenhamos ajudado quando sua necessidade chamou à nossa porta. Nesse momento os escribas e fariseus não puderam responder nada, porque seu próprio argumento se tornou contra eles. De maneira que Jesus curou o homem e ao fazê-lo deu-lhe três coisas.

    1. Devolveu-lhe a saúde. Jesus está muitíssimo interessado nos corpos dos homens. Paul Tournier, em seu livro A Doctofs Case Book, menciona coisas muito imponentes a respeito da cura e Deus. O professor Courvoisier escreve que a vocação médica é "um serviço ao qual são chamados aqueles que, mediante seus estudos e os dons naturais que lhes entregou Deus, ... estão capacitados de maneira especial a atender aos doentes e curá-los. Sejam ou não conscientes disso, sejam crentes ou não, do ponto de vista cristão há algo que é fundamental: que, por sua profissão, os médicos são colaboradores de Deus." "A enfermidade e a cura", disse o doutor Pouyanne, "são atos da graça." "O médico é um instrumento da paciência de Deus", escreve o pastor Alain Perrot. "A medicina é um ato da graça de Deus que em sua bondade se compadece dos homens e lhes brinda remédios para as conseqüências terríveis de seu pecado." Calvino descreveu a medicina como um dom de Deus. Quem cura os homens ajuda a Deus. A cura dos corpos dos homens é uma tarefa outorgada por Deus do mesmo modo que o é a cura de suas almas. E, no exercício de sua profissão, o médico é tão servo de Deus como o ministro em sua paróquia.
    2. Ao devolver a este homem sua saúde, Jesus lhe devolveu também seu trabalho. Sem trabalho para fazer, um homem só o é pela metade; é em seu trabalho onde se encontra a si mesmo e encontra sua realização. O não fazer nada durante anos é mais difícil de suportar que a própria dor; e quando se pode fazer algum trabalho, até a tristeza perde algo de seu amargor. Uma das melhores ações que pode fazer um ser humano por outro é dar-lhe trabalho.
    3. Ao devolver a este homem sua saúde e seu trabalho, Jesus lhe devolveu sua auto-estima. Poderíamos acrescentar uma nova bem— aventurança: "Bem-aventurados os que nos devolvem o respeito por nós mesmos." Um homem volta a ser homem quando pode enfrentar a vida mais uma vez sobre seus dois pés e com suas próprias mãos; quando pode satisfazer com independência suas necessidades e as de quem está sob seu cuidado.

    Já dissemos que este incidente foi uma crise. Quando terminou, os escribas e fariseus saíram e começaram a planejar a morte de Jesus. Este era um homem perigoso. Em certo sentido, o maior louvor que lhe pode fazer a um homem é persegui-lo. Demonstra que não somente se pode ver esse homem como perigoso, mas sim como uma força efetiva. O atitude dos fariseus e escribas é a medida do poder de Jesus Cristo. Pode-se odiar ao autêntico cristianismo, mas não o pode ignorar como força efetiva.

    AS CARACTERÍSTICAS DO SERVO DO SENHOR

    Mateus 12:15-21

    Devemos começar assinalando duas coisas a respeito de Jesus; ambas demonstram que Jesus nunca confundiu a temeridade com a coragem. Em primeiro lugar, no momento afastou-se. Ainda não tinha chegado o momento do choque frontal. Tinha coisas a fazer antes que a cruz o tomasse entre seus braços. Em segundo lugar, proibiu aos homens que o rodeassem de publicidade. Sabia muito bem quantos falsos Messias tinham surgido. Sabia muito bem quão inflamável era o coração das pessoas. Se se tivesse estendido a idéia de que tinha surgido alguém que tinha poderes maravilhosos, não cabe dúvida de que teria havido uma rebelião política e se perderiam vidas desnecessária e cruelmente. Devia lhes ensinar o que significava o Messias; não uma força poderosa, mas um serviço sacrificial; não um trono, mas uma cruz. E devia ensinar isto antes que os homens pudessem difundir sua verdadeira história.

    A citação que Mateus emprega para resumir a obra de Jesus pertence a Isaías 42:1-4. Em certo sentido, é uma citação curiosa porque em primeiro lugar — e quando foi proferida pela primeira vez — se referia a Ciro, o rei da Pérsia (ver Is 45:1). O sentido original da citação é o seguinte. Ciro destruía tudo em seu avanço conquistador, sem que nada o detivesse, e o profeta via essas conquistas como parte do plano deliberado e definitivo de Deus. Embora ele não soubesse, Ciro, o persa, era um instrumento de Deus. Além disso, o profeta via Ciro como o generoso conquistador que era. Mas embora as palavras originais se referiam a Ciro, o cumprimento total da profecia só se deu, sem dúvida alguma, em Jesus Cristo. Em sua época, o rei da Pérsia dominou o mundo oriental, mas o verdadeiro Senhor de todo o mundo é Jesus Cristo. Vejamos em que forma maravilhosa Jesus cumpriu a profecia de Isaías.

    1. A versão Revista e Corrigida diz que trará o juízo aos gentios. Esta versão costuma empregar com freqüência a palavra juízo onde seria mais natural falar de justiça. Seria mais correto, por exemplo, traduzir

    Am 5:24 deste modo: "Corra a justiça como as águas, e a virtude como impetuoso arroio." De maneira que Jesus veio para trazer a justiça aos homens. Os gregos definiam a justiça como dar a Deus e aos homens o que lhes corresponde. Jesus mostrou aos homens como viver de maneira tal que tanto Deus como os homens recebam seu próprio lugar em nossas vidas. Mostrou-nos como nos comportar, tanto com os homens como com Deus.

    1. Não clamará, nem gritará, nem fará ouvir a sua voz na praça. A palavra que se emprega para dizer gritará é a mesma que se usa para o latido de um cão, ou as exclamações de um bêbado, o tumulto de um público descontente no teatro. Quer dizer que Jesus não discutiria com os homens. Todos conhecemos as brigas de dois bandos que discutem, onde cada um trata de gritar mais que o outro para vencê-lo. O ódio dos teólogos, odium theologicum, é uma das tragédias da Igreja cristã. Todos conhecemos a oposição dos políticos e das ideologias. Em Jesus encontramos a serenidade calada, forte, de alguém que trata de conquistar por meio do amor, e não pela luta de palavras.
    2. Não quebrará a cana trilhada, nem apagará o pavio que fumega. A cana pode estar quebrada e apenas ser capaz de manter-se em pé; o pavio pode ser débil e a luz não passar de uma penumbra. O testemunho de um homem pode ser débil e temeroso; a luz de sua vida pode ser só uma penumbra e não uma chama, mas Jesus não veio para desanimá-la e sim para infundir coragem. Não veio para tratar os fracos com orgulho, mas com compreensão. Não veio para apagar a chama débil, e sim para ajudá-la a tornar-se uma luz mais clara e potente. O mais precioso a respeito de Jesus é que não é o grande desalentador e sim o grande alentador.
    3. Os gentios confiarão nele. Com Jesus chegou ao mundo o convite, não para uma nação, e sim para todos os homens, a compartilhar e aceitar o amor de Deus. NEle Deus se aproximou de todos os homens de todas as nações com o oferecimento de seu amor.

    AS DEFESAS DE SATANÁS SÃO QUEBRADAS

    Mateus 12:22-29

    No mundo oriental se imputava à influência dos demônios não só a enfermidade mental e psicológica: todas as enfermidades se atribuíam a seu poder maligno. De maneira que era algo muito comum praticar o exorcismo; e, de fato, com muito freqüência surtia efeito. Não há nada que deva nos surpreender nisso. Quando a pessoa acredita na posse do demônio, é-lhe fácil convencer-se de que está possuída por ele. Quando chega a esse engano, em seguida surgem os sintomas da posse. Inclusive entre nós, qualquer um pode auto-induzir uma dor de cabeça, ou convencer-se de que tem os sintomas de uma determinada enfermidade. Quando uma pessoa que vivia sob esse engano se confrontava com um exorcista em quem depositava sua fé e sua confiança, desaparecia o engano e ficava curada. Em tais casos, se alguém estava convencido de que se curou, curava-se.
    Neste caso, Jesus curou a um homem que era cego e surdo cuja enfermidade se atribuía a uma posse demoníaca. As pessoas ficaram assombradas. Começaram a perguntar-se se esse homem não seria o filho do Davi que lhes foi prometido tanto tempo atrás, e a quem esperavam desde então; o grande Salvador e Libertador que havia de vir. Sua vacilação se devia ao fato de que Jesus era muito diferente da imagem do filho de Davi em quem foram ensinados a acreditar. Não era um príncipe glorioso rodeado de pompa e cerimônias; não havia nenhum tumulto de espadas e exércitos com estandartes; nenhuma cruz ondulante que chamasse os homens ao combate: não era mais que um simples carpinteiro da Galiléia, em cujas palavras havia uma sabedoria serena e amável, em cujos olhos se lia a compaixão, e cujas mãos tinham um poder misterioso. As multidões não podiam compreender a Jesus porque sua generosidade compassiva era tão diferente da pompa, da exaltação e do poder que estavam esperando.
    Durante todo este tempo os escribas e fariseus observavam com olhares ásperos. Eles tinham sua própria solução para o problema: Jesus expulsava demônios porque tinha ligação com o príncipe dos demônios. Para esta acusação Jesus tinha três respostas que não admitiam discussão alguma.

    1. Se expulsava demônios com a ajuda do príncipe dos demônios, só se fosse devido ao fato de que no reino demoníaco havia um desacordo, um quebrantamento, uma divisão. Se em realidade o príncipe dos demônios prestava sua ajuda para a destruição de seus próprios agentes demoníacos, devia haver uma guerra civil no reino do mal e nesse caso tal reino estava condenado à destruição. Nenhuma casa, nenhuma cidade, nenhuma zona pode ser forte quando está dividida em seu interior. A dissensão interna é o fim do poder. Embora os escribas e fariseus não tivessem razão, segundo este argumento os dias de Satanás estavam contados.
    2. Tomaremos a terceira resposta de Jesus em segundo lugar, porque há tanto que dizer sobre a segunda que preferimos tratá-la separadamente. Jesus disse: "Se expulso demônios — e isso não podem negá-lo, e não o fizeram — é evidente que invadi o território de Satanás, e que em realidade sou como um salteador que estou saqueando sua casa. Agora, não resta dúvida de que ninguém pode entrar na casa de um homem forte até que não tenha amarrado esse homem e o tenha deixado indefeso. De maneira, que o fato de que eu tenha sido capaz de invadir com tanto êxito o território de Satanás é a prova de que ele está atado e que não pode resistir." A imagem do homem forte a quem se ata pertence a Isaías 49:24-26.

    Toda esta discussão nos leva a fazer uma pergunta; não se trata de uma pergunta que tenha uma resposta unívoca, mas entretanto, expomo— la de maneira quase instintiva. Quando se atou o homem forte? Quando se prendeu o príncipe dos demônios de tal maneira que assim Jesus pôde quebrar suas defesas? Possivelmente não haja uma resposta a esta pergunta. Mas se existe, a resposta é que Satanás ficou atado durante as tentações de Jesus no deserto. Às vezes acontece que, embora um exército não seja eliminado completamente, sofre uma derrota de tal magnitude que sua potência bélica nunca volta a ser a mesma. Suas baixas são tão grandes, a confiança em si mesmo fica tão debilitada, que nunca volta a ser a força que já foi. Quando Jesus enfrentou o Tentador no deserto e o derrotou, aconteceu algo. Pela primeira vez Satanás encontrou alguém a quem não pôde seduzir com toda a sua astúcia, alguém a quem não pôde conquistar com todos os seus ataques. A partir daquele momento, o poder de Satanás nunca tornou a ser o mesmo. Já não é o poder todo-poderoso das trevas; é o poder vencido do pecado. As defesas se quebraram; o inimigo ainda não está derrotado, mas seu poder nunca pode voltar a ser o mesmo, porque Jesus pode ajudar a outros a obter a vitória que ele mesmo obteve.

    OS EXORCISTAS JUDEUS

    Mateus 12:22-29 (continuação)

    1. A segunda resposta de Jesus, que trataremos agora, foi que os próprios judeus praticavam o exorcismo. Havia judeus que expulsavam demônios e faziam curas. Se Jesus praticava o exorcismo pelo poder do príncipe dos demônios, eles deviam fazer o mesmo, visto que tratavam as mesmas enfermidades e, pelo menos às vezes, tinham o mesmo efeito. Vejamos então os costumes e métodos dos exorcistas judeus, porque em realidade estabeleciam um contraste surpreendente com os métodos de Jesus.

    Josefo, que foi um historiador de ampla e justificada reputação, diz que o poder de expulsar demônios fazia parte da sabedoria de Salomão, e descreve um caso que viu com seus próprios olhos (Josefo, Antiguidades 8. 2. 5.): "Deus também permitiu a Salomão aprender a habilidade de expulsar demônios, que é uma ciência útil e que traz saúde aos homens. Também compunha encantamentos mediante os quais se aliviam os males. E também deixou atrás de si a maneira de empregar o exorcismo com o qual expulsam demônios de maneira que não voltam jamais, e este método de cura é muito poderoso até na atualidade. Eu vi um homem de meu país, chamado Eleazar, que libertava pessoas endemoninhadas na presença de Vespasiano e seus filhos, seus capitães e toda a multidão de seus soldados. A forma de curar era a seguinte. Punha no nariz do endemoninhado um anel que tinha uma raiz, que era um dos métodos mencionados por Salomão, depois do qual, tirava o demônio pelo nariz do possuído. E quando o homem caía, instantaneamente ameaçava o demônio a não voltar a ele, mencionando a Salomão e recitando os encantamentos que ele tinha composto. E quando Eleazar se propunha convencer e demonstrar aos espectadores que tinha esse poder, punha a certa distância uma taça ou um recipiente cheio de água e ordenava ao demônio, depois de ter abandonado o homem, que o derrubasse, e demonstrava desse modo aos espectadores que tinha abandonado o homem, e quando acontecia isto ficava demonstrada de forma evidente a habilidade e a sabedoria de Salomão." Esse era o método judeu, com todos os aparatos da magia. Quão diferente era a palavra poderosa, calma e serena, que Jesus pronunciava!

    Josefo tem ainda mais informação a respeito da forma de agir dos exorcistas judeus. Usava-se muito uma determinada raiz no exorcismo. Josefo nos fala dela:

    "No vale de Maquero há uma raiz que leva o mesmo nome. Tem a cor da chama e ao entardecer emite uma luz semelhante a um raio. Os que querem arrancá-la não podem fazê-lo com facilidade, pois lhes escapa das mãos, não se deixa arrancar a menos que se entorne sobre ela a urina de uma mulher ou seu sangue menstrual; e ainda assim, se alguém a tocar morre, a menos que tome e a pendure de sua mão e a leve nessa forma. Também se pode tomá-la em outra forma, sem correr perigo: cava-se uma fossa a seu redor até que só fique enterrada uma parte muito pequena da raiz; logo atam um cão à raiz e quando o cão se esforça para seguir a pessoa que o atou, a raiz sai com facilidade, mas o cão morre imediatamente, como se o fizesse em lugar do homem que quis tirar a planta. Depois disto ninguém deve temer o tomar a planta em suas mãos.

    Entretanto, depois de todos estes esforços por tirá-la, só tem valor por uma virtude que possui: se a leva a pessoas doentes expulsa os demônios" (Josefo, As Guerras dos Judeus 7. 6. 3.).

    Que diferença entre a palavra poderosa de Jesus e esta medicina de bruxos que o exorcismo judeu praticava!
    Podemos acrescentar mais um exemplo deste exorcismo judeu. Pertence ao livro apócrifo de Tobias. O anjo diz a Tobias que deve casar— se com Sara, a filha de Raquel. É uma bela moça com um bom dote, e é boa. Esteve casada sucessivamente com sete homens que morreram na noite de bodas porque um demônio maligno amava a Sara e não permitia que ninguém se aproximasse dela. Tobias sente medo, mas o anjo lhe diz: "Quando entrares na câmara nupcial, toma o coração do peixe e parte do fígado e ponha-o põe sobre as brasas dos perfumes. Difundir-se— á o aroma e quando o demônio o cheirar, fugirá e nunca mais aparecerá a seu lado" (Tobias 6:17). Tobias fez o que se ordenou e o demônio desapareceu para sempre (Tobias 8:1-4).
    Estas eram as coisas que os exorcistas judeus faziam e, como tão freqüentemente, estas coisas eram uma parábola e um símbolo. Os homens procuravam liberar-se dos males e as dores da humanidade por meio da magia, os encantamentos e os feitiços. Pode ser que estas coisas, pela misericórdia de Deus, aliviassem-nos durante algum tempo. Mas com Jesus tinha vindo a palavra de Deus com seu sereno poder para trazer aos homens a liberação perfeita que tinham procurado com ardor e até com desespero e que, até que ele veio, nunca tinham sido capazes de encontrar.
    Uma das coisas mais interessantes de toda a passagem é o dito de Jesus: "Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós" (versículo 28). É muito significativo destacar que o sinal da chegada do Reino não eram 1grejas cheias e grandes reuniões de avivamento, e sim o triunfo sobre a dor.

    A IMPOSSIBILIDADE DE SER NEUTRO

    Mt 12:30

    A figura de ajuntar e espalhar que Jesus emprega nesta frase pode provir de dois panos de fundo. Pode referir-se à colheita, que não participa da coleta do grão, o espalha e deixa que o leve o vento. Pode fazer referência aos pastores; quem não ajuda a proteger o rebanho, o expõe ao perigo; quem não o reúne o conduz às montanhas perigosas e inóspitas.

    Nesta frase penetrante Jesus estabelece a impossibilidade de alguém permanecer neutro. W. C. Allen escreve: "Nesta luta contra as fortalezas de Satanás só há dois lados, com Jesus ou contra ele, recolher com Jesus ou esparramar com Satanás." Podemos tomar uma analogia muito simples. Podemos tomar esta frase e aplicar a nós mesmos e à Igreja. Se nossa presença não fortalecer a Igreja, nossa ausência a debilita. Não há um ponto intermediário. Se um país estiver em guerra, a nação que permanece neutra está ajudando o inimigo ao negar a ajuda que poderia ter brindado. Em todas as coisas deste mundo o homem deve escolher um lado. Abster-se de decidir a ação suspensa, não é uma saída porque a mera negação de ajuda a um lado significa ajuda ao outro.

    Há três coisas que impulsionam um homem a procurar esta neutralidade impossível.

    1. A inércia da natureza humana. Há muitos a respeito de quem se pode dizer que seu único desejo é não se incomodarem. Afastam-se automaticamente de tudo o que os perturba, e até escolher os incomoda.
    2. A covardia natural da natureza humana. Mais de uma pessoa rejeita o caminho de Cristo porque no fundo de seu coração teme assumir a posição que o cristianismo exige. O que está na base de sua rejeição é a consideração do que pensará e dirá o resto das pessoas. Em seus ouvidos, a voz de seus vizinhos é mais forte que a voz de Deus.
    3. A mera debilidade da natureza humana. A maior parte das pessoas prefere a segurança à aventura, e quanto mais crescem em idade mais se aferram à segurança. Um desafio sempre implica uma aventura. Cristo se aproxima de nós com um desafio, e com muita freqüência preferimos o conforto da inação egoísta à aventura da ação para Cristo.

    Esta frase de Cristo — "Quem não é comigo, é contra mim" — apresenta-nos um problema, pois tanto Lucas como Marcos têm uma declaração que é o oposto desta: "Quem não é contra nós, é por nós" (Mc 9:40; Lc 9:50). Mas estas duas frases não são tão contraditórias como parecem. Devemos assinalar que Jesus pronunciou a segunda frase quando seus discípulos se aproximaram para lhe dizer que tinham buscado deter um homem que expulsava demônios em nome de Cristo, e tinham tentado impedir-lo, porque não era um de seus discípulos. De maneira que se tem feito uma sugestão muito sábia. "Quem não é comigo, é contra mim" é uma prova que devemos nos aplicar a nós mesmos. Estou em realidade do lado do Senhor, ou trato de passar pela vida em um estado de covarde neutralidade? "Quem não é contra nós, é por nós", é uma prova que devemos aplicar a outros. Sou intolerante? Inclino-me a condenar a qualquer um que não fala com minha teologia, que não adora segundo minha liturgia e que não compartilha minhas idéias? Limito o Reino de Deus àqueles que pensam como eu? A afirmação desta passagem é um desafio e uma prova que devemos nos aplicar a nós mesmos; a declaração de Marcos e Lucas é uma afirmação que devemos aplicar a outros. Porque sempre devemos nos julgar a nós mesmos de maneira estrita e a outros com tolerância.

    O PECADO QUE ESTÁ ALÉM DO PERDÃO

    Mateus 12:31-33

    É surpreendente achar na boca de Jesus, o Salvador dos homens, palavras sobre um pecado imperdoável. É tão surpreendente que houve quem quis tirar o agudo caráter definitivo da expressão. Alguns sustentam que se trata de outro exemplo dessa forma vívida que têm os orientais de dizer as coisas. Seria o mesmo caso, por exemplo, que quando Jesus disse que alguém deve odiar a seu pai e a sua mãe para ser um autêntico discípulo de Cristo. Portanto, não terei que entendê-la em toda sua terrível acepção literal, antes ver nela a afirmação de que o pecado contra o Espírito Santo é algo sobremaneira espantoso. Citam-se algumas passagens do Antigo Testamento para apoiar essa hipótese: “Mas a pessoa que fizer alguma coisa atrevidamente, quer seja dos naturais quer dos estrangeiros, injuria ao SENHOR; tal pessoa será eliminada do meio do seu povo, pois desprezou a palavra do SENHOR e violou o seu mandamento; será eliminada essa pessoa." (Núm. 15:30-31). “Portanto, jurei à casa de Eli que nunca lhe será expiada a iniqüidade, nem com sacrifício, nem com oferta de manjares" (1Sm 3:14). “Mas o SENHOR dos Exércitos se declara aos meus ouvidos, dizendo: Certamente, esta maldade não será perdoada, até que morrais, diz o Senhor, o SENHOR dos Exércitos" (Is 22:14). Afirma-se que estes textos dizem algo muito semelhante ao que disse Jesus e que não fazem mais que insistir sobre a natureza grave e terrível do pecado em questão. A única coisa que podemos dizer é que estes textos do Antigo Testamento não têm o mesmo peso, nem produzem a mesma impressão. Há algo muito mais alarmante em ouvir palavras a respeito de um pecado que não tem perdão da boca dAquele que era o amor encarnado de Deus,

    Há uma parte da frase de Jesus que nos é intrigante. São as palavras de Jesus a respeito de que se pode perdoar um pecado contra o Filho do Homem, enquanto que um pecado contra o Espírito Santo é imperdoável. Mateus já havia dito que Jesus é a pedra de toque de toda verdade (Mateus 10:32-33); e é difícil perceber a diferença entre estes dois pecados. Mas pode ser que no fundo o que acontece é que se entendeu mal o que Jesus disse. Já vimos (ver os comentários sobre Mateus 12:1— 8) que a frase hebraica filho de homem só significa um homem, e que os judeus empregavam esta frase quando queriam falar de qualquer homem. Onde nós diríamos: "Havia um homem..." o rabino judeu diria: "Havia um filho de homem..." Pode ser que o que disse Jesus fosse o seguinte: "Se algum homem disser algo contra um homem, ser-lhe-á perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado." Pode ser que confundamos a um mero mensageiro terrestre com Deus. Mas não podemos nos confundir — a menos que o façamos a propósito — quando Deus nos fala por meio de seu Espírito Santo. Um mensageiro humano sempre corre o risco de equivocar-se, mas o mensageiro divino sempre fala em forma tão clara que só pode ser mal-interpretado de propósito. Alguém pode desobedecer ou ignorar o profeta na praça ou ao pregador que está no púlpito, mas jamais pode desobedecer ou ter em pouco ao Espírito Santo que fala em seu coração.

    Sem dúvida fica mais fácil compreender esta passagem se virmos a diferença entre os dois pecados como um pecado contra o mensageiro humano de Deus, o qual é sério, mas não imperdoável, e um pecado contra o mensageiro divino de Deus, que se faz a propósito e que, como veremos mais adiante, pode terminar sendo imperdoável.

    A COMPREENSÃO PERDIDA

    Mateus 12:31-33 (continuação)

    Busquemos, então, entender o que Jesus quis dizer ao falar do pecado contra o Espírito Santo. Para compreender o que Jesus dizia há algo indispensável. Devemos tomar consciência de que Jesus não falava sobre o Espírito Santo em todo o sentido cristão da palavra. Não poderia havê-lo feito, visto que estava falando com escribas e rabinos judeus que não sabiam nada a respeito da doutrina do Espírito Santo. Por outro lado, tinha que vir o Pentecostes para que o Espírito Santo descesse sobre os homens em todo seu poder, luz e plenitude. É necessário interpretar esta passagem segundo a concepção judia do Espírito Santo. Qual era, então, a concepção judaica do Espírito Santo?

    Segundo o ensino dos judeus, o Espírito Santo tinha duas funções supremas. Em primeiro lugar, o Espírito Santo trazia a luz aos homens; o Espírito Santo era o instrumento de Deus na revelação. Em segundo lugar, o Espírito Santo permitia aos homens reconhecer e entender a verdade quando a viam; o Espírito Santo era o iluminador das mentes dos homens. De maneira que, do ponto de vista dos judeus, o homem precisava do Espírito Santo, tanto para receber para reconhecer a verdade de Deus. Tendo presente esta concepção judia do Espírito Santo, podemos expressar isto de outro modo. Existe no homem uma faculdade outorgada pelo Espírito que lhe permite reconhecer a bondade e a verdade quando está diante delas.

    Agora devemos dar outro passo em nosso intento de compreender o significado das palavras de Jesus. O homem pode perder qualquer faculdade se se negar a usá-la. Isto é certo em qualquer esfera da vida. É certo no plano físico; se alguém deixar de usar e exercitar alguns músculos, atrofiam-se e se fazem inúteis. Isto é certo no plano intelectual; são muitas as pessoas que no colégio em sua juventude aprenderam um pouco de latim ou de francês, mas qualquer conhecimento que tiveram desapareceu faz muito tempo porque não o usaram nem se exercitaram nele. É certo a respeito de qualquer tipo de percepções ou compreensões. Pode-se perder sua avaliação pela boa música se sempre se ouvir música de baixa qualidade. Pode-se perder a capacidade de ler bons livros se só se lerem produtos efêmeros. Pode-se perder a faculdade de desfrutar do prazer limpo, são e puro se durante muito tempo se encontra prazer em coisas baixas e impuras. De maneira que o homem pode perder a capacidade de reconhecer a bondade e a verdade quando está diante delas. Se durante o tempo suficiente fecha seus olhos e ouvidos ao caminho de Deus e segue seu próprio caminho; se durante muito tempo se nega a prestar atenção à guia que Deus lhe oferece, se durante muito tempo dá as costas aos mensageiros que Deus lhe envia, se durante muito tempo prefere suas próprias idéias humanas às idéias que Deus trata de lhe inculcar, por último chega a um ponto no qual não é capaz de reconhecer a verdade, a beleza e a bondade de Deus quando se depara com elas. Chega um momento em que seu próprio mal lhe aparece como algo bom, e o bem de Deus lhe apresenta como algo mau. Esse era o estado ao que tinham chegado estes escribas e fariseus. Tinham permanecido cegos e surdos à guia da mão de Deus e aos impulsos de seu Espírito durante tanto tempo, obstinado-se a seu próprio caminho durante tanto tempo, que tinham chegado a um ponto em que não podiam reconhecer a verdade e a bondade de Deus quando a tinham diante dos olhos. Eram capazes de olhar o bem encarnado e considerá-lo como a encarnação do mal. Eram capazes de olhar ao Filho de Deus e dizer que era o aliado do demônio. O pecado contra o Espírito Santo é o pecado de rechaçar a vontade de Deus tão freqüentemente e com tanta insistência que por último não se pode reconhecê-la quando se apresenta com toda clareza.

    Mas por que deve ser imperdoável esse pecado? O que é o que o diferencia tanto de todos os outros pecados? A resposta é simples. Quando o homem chega a esse estado, é-lhe impossível arrepender-se. Se a gente não pode reconhecer o bem quando o vê, não pode desejar o bem. Se a gente não pode reconhecer que o mal é mal, não pode arrepender-se dele, aborrecê-lo e desejar afastar-se dele. E se não pode, apesar dos fracassos, amar o bem e odiar o mal, não pode arrepender-se. E se não se pode arrepender não pode ser perdoado, porque o arrependimento é a única condição necessária para o perdão. Muitas tristezas seriam evitadas se as pessoas se dessem conta de que a única pessoa que não pode ter cometido o pecado contra o Espírito Santo é aquela que teme tê-lo feito porque o pecado contra o Espírito Santo se pode descrever com exatidão como a perda de todo o senso do pecado.

    A esse estado tinham chegado os escribas e fariseus. Durante tanto tempo tinham permanecido deliberadamente cegos e surdos a Deus, que tinham perdido a capacidade de reconhecer a Deus quando se viram enfrentados com ele. Não era Deus quem os tinha rechaçado ou quem os tinha excluído de toda possibilidade de perdão. excluíram-se por si mesmos, porque anos e anos de resistência contra Deus os tinham convertido no que eram.
    Há nestas palavras uma advertência. Devemos ouvir a Deus todos os dias de maneira tal que nunca desapareça nossa sensibilidade, que nunca deixemos de estar alerta, que nosso ouvido espiritual não se converta em surdez espiritual. É uma virtude o não ouvir mais que o que se ouve, e o ouvir só aquilo para o qual alguém se preparou.
    Há um conto sobre um homem de campo que foi ao escritório de um amigo da cidade. Pelas janelas entrava todo o barulho do trânsito. De repente o camponês disse: "Escuta!" "O que acontece?", perguntou o amigo da cidade. "Um grilo", respondeu o camponês. Por ter ouvido durante anos os sons do campo seus ouvidos se acostumaram a eles, enquanto que o habitante da cidade jamais podia ouvi-los. Entretanto, se tivesse caído uma moeda de prata, o som da prata teria chegado imediatamente aos ouvidos do homem que se dedicava a fazer dinheiro, enquanto que possivelmente o homem de campo jamais o tivesse ouvido. Só o especialista, o homem que se capacitou a ouvi-lo, poderá reconhecer o canto de cada pássaro individual no conjunto deles. Só o especialista, o homem que se treinou nisso, distinguirá cada um dos instrumentos da orquestra e reconhecerá uma solitária nota equivocada dos segundos violinos. É uma lei da vida o ouvirmos só aquilo para o qual nos treinamos. Devemos ouvir a Deus cada dia para que sua voz não se faça cada vez mais fraca até que já não podemos ouvi-la, e sim cada vez mais clara até que se transforme no som para o qual nossos ouvidos estão mais dispostos.
    Jesus termina, pois, com o desafio: "Se fiz uma boa ação, devem reconhecer que sou um homem bom; se fiz uma má ação podem pensar que sou um homem mau. Só se pode conhecer a qualidade de uma árvore por seus frutos, e o caráter de um homem por seus atos."
    Mas o que sucede se alguém se tornou tão cego no que respeita a Deus que é incapaz de reconhecer a bondade quando a tem diante dos olhos?

    CORAÇÕES E PALAVRAS

    Mateus 12:34-37

    Não é surpreendente que Jesus tenha decidido falar aqui sobre a imensa responsabilidade das palavras. Os escribas e fariseus acabavam de pronunciar as palavras mais terríveis. Tinham visto o Filho de Deus e o tinham chamado aliado do demônio. Essas palavras eram sem dúvida algo espantoso. De maneira que Jesus estabeleceu duas leis.

    1. Pode-se ver o estado do coração de um homem mediante as palavras que pronuncia. Faz muito tempo, o dramaturgo grego Menandro, havia dito: "Pode-se conhecer o caráter de um homem por suas palavras." O que está no coração só pode sair à superfície por meio das palavras. O homem só pode tirar a lume por seus lábios aquilo que tem em seu coração. É algo evidente que não há nada tão revelador como as palavras. Não precisamos falar muito tempo com alguém para descobrir se sua mente é pura ou não. Não precisamos ouvi-lo durante muito tempo para descobrir se tem uma mentalidade generosa e amável ou uma mente cruel, indiferente, crítica. Não precisamos ouvir durante muito tempo a alguém que prega ou ensina para descobrir se sua mente é clara e lúcida ou confusa e complicada. Revelamos continuamente o que somos mediante o que dizemos.
    2. Jesus afirmou que o homem prestaria contas de maneira especial por suas palavras ociosas. A palavra que se emprega para significar ociosa é aergos; ergon é a palavra grega que quer dizer um ato ou ação. O prefixo a significa sem. Aergos descrevia aquilo que não estava destinado a produzir nada. Emprega-se ao referir-se a uma árvore estéril, à terra que não está semeada, ao dia de sábado em que não se podia fazer nada, a um homem preguiçoso. Jesus disse algo que é profundamente certo: De fato, há duas grandes verdades nesta passagem.

    (a) As palavras que alguém pronuncia em seus momentos de descuido, as que diz sem pensar, as que emite quando desaparecem as barreiras das convenções sociais, essas palavras são as que mostram o que realmente é. Como diz Plummer: "A palavra que se diz com muito cuidado pode ser uma hipocrisia calculada." Quando alguém está em guarda de maneira consciente, terá muito cuidado com o que diz e como o diz. Mas quando não se cuida, quando não se preocupa com o que diz, suas palavras revelam sua personalidade. É muito possível que as palavras que um homem pronuncia em público sejam finas e nobres, e que suas conversações particulares sejam grosseiras e injuriosas. Em público escolhe com cuidado o que diz, em particular deixa cair todas as barreiras e de seus lábios pode sair qualquer tipo de palavras. O mesmo acontece com a ira: os homens dizem o que pensam realmente quando sentarem ira, dizem o que gostariam de dizer durante muito tempo mas o frio controle da prudência o impediu. Mais de uma pessoa é um modelo de cortesia e encanto em público, quando sabe que o observam e se cuida com esmero do que diz. Enquanto que em sua casa é um horrível exemplo de irritabilidade, sarcasmo, mau humor, protesto, e tudo porque considera que não precisa cuidar-se porque não há ninguém que o observa. É algo humilhante, e ao mesmo tempo é uma advertência, recordar que as palavras que mostram o que somos são as que pronunciamos quando baixamos a guarda.
    (b) Freqüentemente estas palavras são as que provocam o maior mal. Quando um homem experimenta ira pode dizer coisas que jamais teria dito se tivesse exercido o controle. Logo pode afirmar que não quis dizer o que disse, mas isso não o exime da responsabilidade de tê-lo dito. Por outro lado, o fato de tê-lo dito costuma deixar uma ferida que nada pode curar e levanta uma barreira que nada poderá derrubar. Alguém pode dizer em um momento de distensão algo grosseiro e questionável que jamais teria dito em público, e isso pode permanecer na memória de alguém que jamais o esquecerá . Pitágoras, o filósofo grego, disse: "Deves preferir atirar uma pedra por equívoco antes que pronunciares uma palavra por equívoco." Uma vez proferida a palavra que fere ou suja, não há nada que a faça voltar atrás, e segue um caminho de destruição, em qualquer lugar que for.

    Cada homem deve analisar-se a si mesmo. Deve examinar suas palavras para poder descobrir o estado de seu coração. E deve recordar que Deus não o julga pelas palavras que pronuncia com cuidado e premeditação, mas sim pelas que pronuncia quando desapareceram todas as barreiras convencionais e os verdadeiros sentimentos de seu coração aparecem na superfície.

    O ÚNICO SINAL

    Mateus 12:38-42

    "Os judeus", disse Paulo, "pedem sinais" (1Co 1:22). Era típico dos judeus exigir sinais e prodígios aos que se proclamavam mensageiros de Deus. Era como se dissessem: "Prove suas afirmações, e mostre seus créditos, fazendo algo extraordinário."

    Edersheim cita uma passagem das histórias rabínicas para ilustrar a classe de coisas que a opinião popular esperava do Messias: "Quando perguntaram a certo rabino sobre o momento da vinda do Messias, este disse: 'Temo que também me pedirão um sinal.' Quando seus discípulos lhe prometeram que não fariam tal coisa, o rabino lhes disse que cairia a porta de Roma e seria reconstruída, e voltaria a cair, e não haveria tempo de restaurá-la antes da chegada do Filho de Davi. Quando acabou de pronunciar estas palavras pediram-lhe um sinal, apesar de seus protestos. Deu-lhes um sinal: as águas que brotavam da caverna de Banías se converteram em sangue. Quando se desafiou o ensino do rabino Eliézer, este apelou a certos sinais. Em primeiro lugar, uma planta se moveu quando ele ordenou que o fizesse; segundo alguns foram quarenta e cinco metros, segundo outros, cento e oitenta. Depois obrigou aos canais de água a retroceder. As paredes da academia se inclinaram para adiante, e só se detiveram quando o ordenou outro rabino. Por último, Eliézer exclamou: 'Se a Lei for como eu a ensino, que o céu o demonstre.' Chegou uma voz do céu que disse: 'O que vocês têm a dizer do rabino Eliézer, visto que a instrução é como ele a ensina?' "
    Este era o tipo de sinal que os judeus esperavam. E o esperavam porque eram culpados de um pecado fundamental e básico. Queriam ver Deus no incomum. Esqueciam que nunca estamos mais perto de Deus e Deus nunca se manifesta tão perto de nós de modo tão contínuo como nas coisas mais simples de todos os dias.

    Jesus os chama geração má e adúltera. Não se deve tomar a palavra adúltera ao pé da letra: significa apóstata. Atrás dela há uma imagem profética do Antigo Testamento que era muito conhecida naquela época. O relação entre o Israel e Deus se concebia como um vinculo. matrimonial. Deus era o marido de Israel e Israel era a esposa de Deus. Quando Israel era infiel e dava seu amor a outro deus se dizia que a nação era adúltera e que se oferecia a deuses estranhos. Jeremias 3:6-11 é uma passagem típica. Nele se diz que a nação foi acima de todo monte alto e debaixo de toda árvore frondosa e ali fornicou, inclusive quando Israel apostatou e Deus se divorciou dela por sua infidelidade, Judá não fez caso da advertência e seguiu fornicando. Suas fornicações poluíram a terra e adulterou com as pedras e os lenhos. A palavra descreve algo pior que o adultério físico, descreve a infidelidade a Deus da qual surge todo pecado, físico e espiritual.

    Jesus diz que o único sinal que se dará a esta nação será o de Jonas, o profeta. Ora, aqui nos encontramos com um problema. Mateus diz que o sinal é que, assim como Jonas esteve no ventre do grande peixe durante três dias e três noites, o Filho do Homem estará no coração da Terra durante três dias e três noites. Devemos assinalar que estas não são as palavras de Jesus, e sim a explicação de Mateus. Quando Lucas fala do incidente (Lucas 11:29-32) não menciona o fato de que Jonas esteve no ventre do grande peixe. Limita-se a afirmar que Jesus disse: "Porque assim como Jonas foi sinal aos ninivitas, também o será o Filho do Homem a esta geração" (Lc 11:30). O fato é que Mateus compreendeu mal o que Jesus disse. Ao fazê-lo cometeu um engano estranho, porque Jesus não esteve no coração da Terra durante três noites mas apenas dois. Foi enterrado durante a noite da primeira Sexta-feira

    Santa e ressuscitou à manhã do primeiro Domingo de Páscoa. O que acontece é que para os ninivitas o próprio Jonas era o sinal de Deus, e as palavras do Jonas eram a mensagem de Deus.

    O que diz Jesus é o seguinte: "Pedem um sinal — eu sou o sinal de Deus. Vocês não me reconheceram. Os ninivitas reconheceram a advertência de Deus em Jonas, a rainha de Sabá reconheceu a sabedoria de Deus em Salomão. Em mim chegou a vocês uma sabedoria superior a que Salomão jamais teve, e uma mensagem maior que a que jamais trouxe Jonas — mas vocês são tão cegos que não podem ver a verdade e tão surdos que não podem escutar a advertência. E por essa mesma razão chegará o dia em que estas pessoas da antiguidade que reconheceram a Deus quando o tiveram frente a elas atestarão contra vocês, que tiveram uma oportunidade muito maior e não puderam reconhecer a Deus, porque se negaram a fazê-lo."

    Aqui há uma verdade tremenda — Jesus é o sinal de Deus. Assim como Jonas foi a mensagem de Deus aos ninivitas e Salomão foi a sabedoria de Deus para a rainha do Sabá. Em Jesus nos confrontamos com Deus; e a única pergunta autêntica que podemos nos fazer na vida é a seguinte: "Qual é nossa reação quando nos confrontamos com Deus em Jesus Cristo?" Acaso é uma aberta hostilidade, como foi com os escribas e fariseus? Ou é uma aceitação humilde da advertência de Deus e sua verdade, como no caso do povo de Nínive e da rainha de Sabá? A pergunta fundamental da vida é: "O que você pensa de Cristo?"

    O PERIGO DO CORAÇÃO VAZIO

    Mateus 12:43-45

    Nesta pequena e compacta parábola a respeito da casa invadida encontramos todo um mundo da verdade mais prática.

    1. Devemos notar que o espírito imundo é expulso do homem, não destruído. Isso quer dizer que no momento atual se pode vencer o mal, pode-se rechaçá-lo, expulsá-lo; mas não se pode destruí-lo. O mal sempre está à espreita da oportunidade para contra-atacar e para reconquistar o terreno que perdeu. O mal é uma força que foi afastada mas não eliminada.
    2. Isso significa que uma religião negativa nunca é suficiente. Uma religião que consiste em Não farás... está condenada ao fracasso. O problema com uma religião desse tipo é que pode limpar a um homem, mediante proibições sobre todos os maus hábitos e atitudes, mas não pode mantê-lo limpo.

    Apliquemos isto à prática cotidiana. Pode-se reformar a um bêbado, ele pode decidir que não voltará a passar o dia no bar, mas deve encontrar outra coisa para fazer, deve encontrar algo em que ocupar o tempo livre, do contrário voltará a cair em seus maus hábitos. Um homem cuja preocupação constante foi o prazer pode decidir terminar com esse tipo de vida. Mas deve encontrar algo com o que ocupar sua vida e seu tempo, do contrário, devido ao vazio que encontra em sua vida, voltará a suas aventuras. A vida do homem não só se deve esterilizar do mal, deve frutificar no bem. Sempre será certo que "Satanás sempre encontra alguma coisa má para que as mãos ociosas o façam". E se se faz desaparecer um tipo de atitude, é preciso substituí-la por outro, porque a vida não pode permanecer vazia.

    1. De maneira que de tudo isto se conclui que a única cura real e permanente para a ação má é a ação cristã. Qualquer ensino que se limita a dizer ao homem o que não deve fazer está condenado ao fracasso; deve continuar dizendo a ele o que deve fazer. A enfermidade fatal é o tempo livre; até o tempo livre esterilizado em pouco tempo se infectará. A forma mais fácil de dominar as coisas ruins que crescem no jardim é enchê-lo com coisas úteis, embora sejam só batatas. A forma mais fácil de manter uma vida livre de pecado é enchendo-a com uma ação sã.

    Para dizê-lo de uma maneira simples: a Igreja manterá com maior facilidade ao que se convertem se lhes dá um trabalho cristão para fazer. Nosso objetivo não é a mera ausência negativa de ações más; é a presença positiva de vida e obras para Cristo. Se sentimos que as tentações do mal são muito poderosas, uma das melhores maneiras de vencê-las é esquecendo-as e envolvendo-nos em alguma atividade para Deus e para nosso próximo.

    O VERDADEIRO PARENTESCO

    Mateus 12:46-50

    Uma das maiores tragédias humanas da vida de Jesus foi que, durante a mesma, seus seres mais queridos não o compreenderam. "Nem mesmo seus irmãos", diz João, "criam nele" (Jo 7:5). Marcos nos diz que quando Jesus começou sua missão pública seus amigos buscaram detê-lo porque diziam que estava louco (Mc 3:21). Parecia-lhes que estava empenhado em gastar sua vida em uma espécie de loucura.

    Com muita freqüência tem acontecido que quando alguém embarcou no caminho de Jesus, aqueles que estavam mais perto dele e que mais o amavam não o compreenderam e inclusive o trataram com hostilidade. "Os únicos parentes de um cristão" disse um dos primeiros mártires, "são os santos." Muitos dos primeiros quakers sofreram esta amarga experiência. Quando Edward Burroughs começou a viver a nova vida, "seus pais, que se sentiam incomodados por seu 'espírito fanático' expulsaram-no de sua casa." Rogou com humildade a seu pai: "Permita ficar e ser seu servo. Farei o trabalho do moço a quem emprega. Permita ficar!" Mas, como diz seu biógrafo, "Seu pai permanecia impassível, e por muito que o moço amava sua casa e sua vizinhança, não deveria tornar a vê-los."
    A verdadeira amizade e o amor autêntico se apóiam sobre certas coisas sem as quais não podem existir.

    1. A amizade se fundamenta sobre um ideal comum. Pessoas que provêm de ambientes muito diferentes, com estruturas mentais e métodos muito distintos podem ser muito amigos se tiverem diante de si um ideal comum para o qual trabalham e para o qual se inclinam. O ideal é o laço que os une.
    2. A amizade se apóia sobre uma experiência comum, e sobre as lembranças que traz essa experiência. A verdadeira amizade começa quando duas pessoas passaram juntos por uma experiência profunda e podem voltar seu olhar para ela.
    3. O verdadeiro amor se apóia sobre a obediência e nada mais. "Vós sois meus amigos", disse Jesus, ”se fazeis o que eu vos mando” (Jo 15:14). Não há outra forma de demonstrar a realidade do amor a não ser pelo espírito de obediência.

    Por todas estas razões é que nem sempre o parentesco autêntico é uma questão de relação de carne e sangue. É certo que o sangue é um laço que nada pode quebrar, e é certo que são muitos os homens que encontram sua alegria e sua paz no círculo de suas famílias. Mas também é certo que às vezes aqueles que estão mais perto de alguém e que mais o querem são os que menos o compreendem, e que essa pessoa encontra sua verdadeira comunhão com quem trabalha por um mesmo ideal e compartilham uma mesma experiência. Sobre isto não cabe nenhuma dúvida — embora um cristão descubra que aqueles que deveriam estar mais perto dele são os que menos simpatizam com ele, sempre pode estar seguro da companhia de Jesus Cristo e daqueles que amam ao Senhor.


    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 12 versículo 46
    irmãos: Ou seja, os meios-irmãos de Jesus. O nome deles aparece em Mt 13:55 e em Mc 6:3. — Para mais informações sobre a palavra “irmão”, veja a nota de estudo em Mt 13:55.


    Dicionário

    Ainda

    advérbio Até este exato momento; até agora: o professor ainda não chegou.
    Naquele momento passado; até então: eu fui embora da festa, mas minha mãe ainda ficou por lá.
    Num instante recente; agora mesmo: ainda há pouco ouvi seus gritos.
    Que tende a chegar num tempo futuro; até lá: quando ele voltar, ela ainda estará esperando.
    Num certo dia; algum dia indeterminado: você ainda vai ser famoso.
    Em adição a; mais: há ainda outras concorrentes.
    No mínimo; ao menos: ainda se fosse rico, mas não sou.
    De modo inclusivo; inclusive: gostava de todos os alunos, inclusive os mais bagunceiros.
    Etimologia (origem da palavra ainda). Etm a + inda.

    Eis

    advérbio Aqui está; veja, perceba, olhe: eis o prêmio que tanto esperava.
    Eis que/quando. De maneira inesperada; subitamente: eis que, inesperadamente, o cantor chegou.
    Etimologia (origem da palavra eis). De origem questionável.

    Falar

    verbo regência múltipla Expressar-se através das palavras; dizer: falou mentiras; falou mentiras aos pais; quase nunca falava; não se falavam.
    Dizer a verdade; revelar: o réu se recusava a falar ao juri.
    Exercer influência: a honra deve falar mais alto que o interesse.
    Iniciar um assunto; contar alguma coisa: falavam sobre o filme.
    Figurado Ser expressivo ou compreensível; demonstrar: as ações falam sozinhas; olhos que falam.
    Expressar-se numa outra língua: fala espanhol com perfeição.
    verbo transitivo indireto Falar mal de; criticar: fala sempre da vizinha.
    verbo pronominal Permanecer em contato com alguém: os pais não se falam.
    substantivo masculino Ato de se expressar, de conversar: não ouço o falar do professor.
    [Linguística] Variante de uma língua que depende de sua região; dialeto: o falar mineiro.
    Etimologia (origem da palavra falar). Do latim fabulare.

    Vem do Latim fabulare, que vem de fabula, que quer dizer "rumor, diz-que-diz, conversa familiar, lenda, mito, conto". Atualmente, se usa em Psiquiatria o termo fabulação, significando uma grande produção de palavras com pouco conteúdo. É um sintoma mais comum do que se pensa.

    Fora

    advérbio Na parte exterior; na face externa.
    Em outro local que não aquele em que habitualmente se reside.
    Em país estrangeiro; no exterior: minha irmã vive fora.
    interjeição Voz áspera para expulsar alguém de um recinto, vaiar ou patear interpretação teatral ou musical, discurso político etc.
    preposição Com exclusão de; além de; exceto: deram-lhe todo o dinheiro, fora os lucros, que foram depositados.
    substantivo masculino Erro grosseiro; rata, fiasco: aquele erro foi o maior fora da minha vida.
    Expressão de ignorância: não fala nada interessante, é um fora atrás do outro.
    Não aceitação de; recusa.
    locução prepositiva Fora de. Sem: fora de propósito.
    Distante de: fora da cidade.
    Do lado externo: fora de casa.
    expressão Dar fora em. Não aceitar ficar com alguém; romper namoro.
    Dar um fora. Cometer um erro grosseiro.
    Levar um fora. Ser rejeitado; sofrer recusa.
    Etimologia (origem da palavra fora). Do latim foras.

    Irmãos

    -

    Multidão

    substantivo feminino Agrupamento de pessoas, de animais ou de coisas.
    Grande número de; montão: multidão de roupa para passar!
    Reunião das pessoas que habitam o mesmo lugar.
    Parte mais numerosa de gente que compõe um país; povo, populacho.
    Etimologia (origem da palavra multidão). Do latim multitudo.inis.

    Mãe

    substantivo feminino Aquela que gerou, deu à luz ou criou um ou mais filhos.
    [Zoologia] Fêmea de animal que teve sua cria ou oferece proteção ao filhote que não é seu.
    Figurado Quem oferece cuidado, proteção, carinho ou assistência a quem precisa.
    Figurado Razão de algo ou o que dá origem a alguma coisa; causa: a preguiça é a mãe do ócio.
    Figurado Lugar a partir do qual algo tem seu início e onde começa a se desenvolver ou difundir: a Grécia foi a mãe da civilização ocidental.
    Figurado O que há de mais importante e a partir do qual os demais se originaram; principal.
    Figurado Num jogo de futebol, jogador que favorece o time adversário: o goleiro foi uma mãe para o time oponente.
    Borra que, no vinho ou vinagre, fica no fundo do recipiente; madre.
    expressão Mãe do rio. Leito do rio cujas águas transbordam, alagando suas regiões ribeirinhas.
    Etimologia (origem da palavra mãe). Do latim mater.

    substantivo feminino Aquela que gerou, deu à luz ou criou um ou mais filhos.
    [Zoologia] Fêmea de animal que teve sua cria ou oferece proteção ao filhote que não é seu.
    Figurado Quem oferece cuidado, proteção, carinho ou assistência a quem precisa.
    Figurado Razão de algo ou o que dá origem a alguma coisa; causa: a preguiça é a mãe do ócio.
    Figurado Lugar a partir do qual algo tem seu início e onde começa a se desenvolver ou difundir: a Grécia foi a mãe da civilização ocidental.
    Figurado O que há de mais importante e a partir do qual os demais se originaram; principal.
    Figurado Num jogo de futebol, jogador que favorece o time adversário: o goleiro foi uma mãe para o time oponente.
    Borra que, no vinho ou vinagre, fica no fundo do recipiente; madre.
    expressão Mãe do rio. Leito do rio cujas águas transbordam, alagando suas regiões ribeirinhas.
    Etimologia (origem da palavra mãe). Do latim mater.

    de matrem, caso acusativo do latim mater, pronunciado madre no português dos primeiros séculos, de onde veio comadre, pela formação cum matre, com a mãe; depois commatre, segunda mãe, madrinha, diminutivo de madre, em relação aos afilhados, isto é, aqueles que são tratados como filhos verdadeiros por quem cumpre a função da maternidade, como fazem a madrinha e a mãe adotiva, na falta da mãe biológica. Os étimos mata, em sânscrito; máter, em grego dórico; méter, no grego jônico e no ático; e as formas latinas mamma, seio, e mammare, mamar, revelam possível influência na sílaba inicial das palavras que designam a mãe em vários idiomas.

    Esta palavra é, algumas vezes, usada na significação de metrópole, a ‘mãe’ ou cidade principal de um país ou de uma tribo – e outras vezes emprega-se compreendendo o povo todo (2 Sm 20.19 – is 50:1Gl 4:26Ap 17:5). ‘Mãe em israel’ foi um nome dado a Débora (Jz 5:7), querendo dizer a mulher que serviu a Deus na libertação do povo de israel.

    [...] é síntese de carinho, de abnegação, de ternura, de sacrifício, de labor sagrado, de imolação voluntária... é fragmentar o coração por diversos seres, continuando integral para o amor que consagra a todos eles.
    Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 2

    Mãe! aquela que ama o ser que Deus lhe enviou qual dádiva celeste, e a quem ela concede o atributo divino – a vida – olvidando todos os sofrimentos pelo amor que consagra a quem lhos fez padecer! Mãe! amiga incomparável dos arcanjos que quebram as asas ao deixar o Infinito constelado, para caírem no tétrico abismo da Terra – a mais extensa de todas as jornadas! – e os acolhe em seu generoso seio, beijando-os, desejando-lhes todas as venturas, todas as bênçãos celestiais, todas as alegrias mundanas! Mãe! aquela que padece as ingratidões dos filhos, chorando, suplicando ao Céu sempre e sempre auxílio, proteção para que sejam encaminhados ao bem e às venturas! Mãe! aquela que, na Terra, representa o próprio Criador do Universo, pois ela é quem nucleia eatrai a alma – fragmento divino, átomodo Pai Celestial – para torná-la movi-mentada, consciente pelo cérebro
    Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 2

    [...] é a excelsa criatura que, na Terra,representa diretamente o Criador doUniverso [...].[...] Mãe é guia e condutora de almaspara o Céu; é um fragmento da divin-dade na Terra sombria, com o mesmodom do Onipotente: plasmar seres vi-vos, onde se alojam Espíritos imortais,que são centelhas deíficas!
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7,cap• 20

    Mãe, é o anjo que Deus põe junto aohomem desde que ele entra no mundo[...].
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 20

    Mãe, que é mãe? É um ser todo amor,todo ternura, todo meiguice, todosuavidade.Um ser que não tem vida própria, poisa sua vida é a do filho. Um ser que reú-ne todos os amores da Terra. Um serque, qual divina vestal, sabe sustentarsempre vivo o fogo sagrado do amor
    Referencia: SURIÑACH, José• Lídia• Memórias de uma alma• Romance real de Adriano de Mendoza• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - Reminiscências

    Mãe é alguém que se dilui na existênciados filhos, vendo o paraíso através dosseus olhos e existindo pelo ritmo dosseus corações, para elas transfigurados emsantuário de amor.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• De coração para coração• Pelo Espírito Maria Celeste• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 36

    Mãe quer dizer abnegação, desvelo, ca-rinho, renúncia, afeto, sacrifício – amor – numa palavra. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mãe

    [...] A mãe, em sua perfeição, é o verdadeiro modelo, a imagem viva da educação. A perfeita educação, na essência de sua natureza, em seu ideal mais completo, deve ser a imagem da mãe de família. [...]
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 1, cap• 14

    Um coração materno, em toda parte, é um celeiro de luz.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Porque, ser mãe, minha irmã, / É ser prazer sobre as dores, / É ser luz, embora a estrada / Tenha sombras e amargores.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Ser mãe é ser anjo na carne, heroína desconhecida, oculta à multidão, mas identificada pelas mãos de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Ser mãe é ser um poema de reconforto e carinho, proteção e beleza.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

    Mãe possui onde apareça / Dois títulos a contento: / Escrava do sacrifício, / Rainha do sofrimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 48

    Dizem que nosso Pai do Céu permaneceu muito tempo examinando, examinando... e, em seguida, chamou a Mulher, deu-lhe o título de Mãezinha e confiou-lhe as crianças. Por esse motivo, nossa Mãezinha é a representante do Divino Amor no mundo, ensinando-nos a ciência do perdão e do carinho, em todos os instantes de nossa jornada na Terra. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Mãezinha

    [...] E olvidaste, porventura, que ser mãe é ser médium da vida? [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

    Pela escritura que trago, / Na história dos sonhos meus, / Mãe é uma estrela formada / De uma esperança de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

    Minha mãe – não te defino, / Por mais rebusque o abc... / Escrava pelo destino, / Rainha que ninguém vê.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Trovadores do Além: antologia• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 1, cap• 51


    Mãe Os evangelhos reúnem numerosas referências à mãe relacionadas com a concepção (Lc 1:24.31.36; 2,21), a gravidez (Mt 1:18-23; Lc 2:5), o parto (Lc 1:13.57; 23,29), com a preocupação pelo futuro dos filhos (Mt 20:20) ou com sua dor pela morte deles (Mt 2:18). A atitude de Jesus com as mães foi muito positiva e as considerava — como o judaísmo de sua época — dignas de receber os benefícios oferecidos pela Lei de Deus e que eram, muitas vezes, omitidos, recorrendo-se a subterfúgios legalistas (Mt 15:4ss.; Mc 7:10-12).

    É compreensível, pois, que Jesus expressasse sua compaixão pelas mães que estivessem amamentando quando acontecesse a destruição de Jerusalém (Mt 24:19; Mc 13:17; Lc 21:23). Mesmo tendo a maternidade em tão grande estima, não deixa de ser relevante que destacasse como mais importante do que sua mãe Maria tê-lo dado à luz cumprir a Palavra de Deus (Lc 11:27ss.). Jesus a manteve discretamente à parte de seu ministério (Lc 2:48; Jo 2:4) e afirmou que “sua Mãe” era aquela que punha em prática a vontade do Pai (Mt 12:46-50; Mc 3:31-35; Lc 8:19-21).

    Em seu ensinamento, Jesus recorreu freqüentemente a símbolos extraídos da função materna. Assim, Deus é como uma mãe que deseja proteger e reunir seus filhos (Lc 19:41-44) e as dores do parto são símbolo da presente era, durante a qual os discípulos sofrem tribulação, mas que terminará com o triunfo do messias (Jo 16:21).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    λαλέω δέ αὐτός ὄχλος ἰδού μήτηρ καί ἀδελφός ἵστημι ἔξω ζητέω λαλέω αὐτός
    Mateus 12: 46 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Enquanto ele falava à multidão, eis que sua mãe e seus irmãos estavam fora, desejando falar com ele.
    Mateus 12: 46 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Agosto de 28
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1854
    éxō
    ἔξω
    esmagar, pulverizar, esmigalhar
    (very small)
    Verbo
    G2089
    éti
    ἔτι
    ainda
    (any longer)
    Advérbio
    G2212
    zētéō
    ζητέω
    purificar, destilar, coar, refinar
    (refined)
    Verbo
    G2476
    hístēmi
    ἵστημι
    causar ou fazer ficar de pé, colocar, pôr, estabelecer
    (it stood)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2980
    laléō
    λαλέω
    (P
    (and cried)
    Verbo
    G3384
    mḗtēr
    μήτηρ
    lançar, atirar, jogar, derramar
    (I have cast)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3793
    óchlos
    ὄχλος
    impressão, inscrição, marca
    (and any)
    Substantivo
    G80
    adelphós
    ἀδελφός
    O Nifal é o “passivo” do Qal - ver 8851
    (small dust)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἔξω


    (G1854)
    éxō (ex'-o)

    1854 εξω exo

    de 1537; TDNT - 2:575,240; adv

    1. fora, do lado de fora

    ἔτι


    (G2089)
    éti (et'-ee)

    2089 ετι eti

    talvez semelhante a 2094; adv

    1. ainda
      1. de tempo
        1. de algo que foi outrora, ao passo que agora um estado diferente de coisas existe ou começou a existir
        2. de uma coisa que continua no presente
          1. até, agora
        3. com negativas
          1. não mais, já não
      2. de grau e crescimento
        1. até, ainda
        2. além, mais, além disso

    ζητέω


    (G2212)
    zētéō (dzay-teh'-o)

    2212 ζητεω zeteo

    de afinidade incerta; TDNT - 2:892,300; v

    1. procurar a fim de encontrar
      1. procurar algo
      2. procurar [para descobrir] pelo pensamento, meditação, raciocínio; investigar
      3. procurar, procurar por, visar, empenhar-se em
    2. procurar, i.e., requerer, exigir
      1. pedir enfaticamente, exigir algo de alguém

    ἵστημι


    (G2476)
    hístēmi (his'-tay-mee)

    2476 ιστημι histemi

    uma forma prolongada de uma palavra primária σταω stao stah’-o (do mesmo significado, e usado para este em determinados tempos); TDNT - 7:638,1082; v

    1. causar ou fazer ficar de pé, colocar, pôr, estabelecer
      1. ordenar ficar de pé, [levantar-se]
        1. na presença de outros, no meio, diante de juízes, diante dos membros do Sinédrio;
        2. colocar
      2. tornar firme, fixar, estabelecer
        1. fazer uma pessoa ou algo manter o seu lugar
        2. permanecer, ser mantido íntegro (de família, um reino), escapar em segurança
        3. estabelecer algo, fazê-lo permanecer
        4. segurar ou sustentar a autoridade ou a força de algo
      3. colocar ou pôr numa balança
        1. pesar: dinheiro para alguém (porque antigamente, antes da introdução da moeda, era costume pesar os metais)
    2. permanecer
      1. ficar de pé ou próximo
        1. parar, permanecer tranqüilo, permanecer imóvel, permanecer firme
          1. da fundação de uma construção
      2. permanecer
        1. continuar seguro e são, permanecer ileso, permanecer pronto ou preparado
        2. ser de uma mente firme
        3. de qualidade, alguém que não hesita, que não desiste

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λαλέω


    (G2980)
    laléō (lal-eh'-o)

    2980 λαλεω laleo

    forma prolongada de um verbo absoleto (em outras formas); TDNT - 4:69,505; v

    1. emitir uma voz ou um som
    2. falar
      1. usar a língua ou a faculdade da fala
      2. emitir sons articulados
    3. conversar,
    4. anunciar, contar
    5. usar palavras a fim de tornar conhecido ou revelar o próprio pensamento
      1. falar

    μήτηρ


    (G3384)
    mḗtēr (may'-tare)

    3384 μητερ meter

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 4:642,592; n f

    mãe

    metáf. fonte de algo, pátria



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    ὄχλος


    (G3793)
    óchlos (okh'los)

    3793 οχλος ochlos

    de um derivado de 2192 (que significa veículo); TDNT - 5:582,750; n m

    1. multidão
      1. ajuntamento informal de pessoas
        1. multidão de pessoas que se reuniram em algum lugar
        2. tropel
      2. multidão
        1. povo comum, como oposto aos governadores e pessoas de importância
        2. com desprezo: a multidão ignorante, o populacho
      3. multidão
        1. multidões, parece denotar grupo de pessoas reunidas sem ordem

    Sinônimos ver verbete 5927


    ἀδελφός


    (G80)
    adelphós (ad-el-fos')

    80 αδελφος adelphos

    de 1 (como uma partícula conectiva) e delphus (o ventre);

    TDNT 1:144,22; n m

    1. um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
    2. tendo o mesmo antepassado nacional, pertencendo ao mesmo povo ou compatriota
    3. qualquer companheiro ou homem
    4. um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição
    5. um associado no emprego ou escritório
    6. irmãos em Cristo
      1. seus irmãos pelo sangue
      2. todos os homens
      3. apóstolos
      4. Cristãos, como aqueles que são elevados para o mesmo lugar celestial

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo