Enciclopédia de Mateus 2:7-7

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mt 2: 7

Versão Versículo
ARA Com isto, Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles com precisão quanto ao tempo em que a estrela aparecera.
ARC Então Herodes, chamando secretamente os magos, inquiriu exatamente deles acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera.
TB Então, Herodes chamou secretamente os magos e deles indagou com precisão o tempo em que a estrela tinha aparecido;
BGB Τότε Ἡρῴδης λάθρᾳ καλέσας τοὺς μάγους ἠκρίβωσεν παρ’ αὐτῶν τὸν χρόνον τοῦ φαινομένου ἀστέρος,
HD Então, Herodes, chamando secretamente os Magos, averiguou junto a eles o tempo em que a estrela aparecera.
BKJ Então Herodes, chamando os homens sábios em particular, inquiriu diligentemente deles acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera.
LTT Então Herodes, secretamente havendo chamado os sábios, diligentemente inquiriu deles a respeito do tempo da estrela que lhes esteve aparecendo.
BJ2 Então Herodes mandou chamar secretamente os magos e procurou certificar-se com eles a respeito do tempo em que a estrela tinha aparecido.
VULG Tunc Herodes clam vocatis magis diligenter didicit ab eis tempus stellæ, quæ apparuit eis :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 2:7

Êxodo 1:10 Eia, usemos sabiamente para com ele, para que não se multiplique, e aconteça que, vindo guerra, ele também se ajunte com os nossos inimigos, e peleje contra nós, e suba da terra.
I Samuel 18:21 E Saul disse: Eu lha darei, para que lhe sirva de laço e para que a mão dos filisteus venha a ser contra ele. Pelo que Saul disse a Davi: Com a outra serás hoje meu genro.
Salmos 10:9 Arma ciladas em esconderijos, como o leão no seu covil; arma ciladas para roubar o pobre; rouba-o colhendo-o na sua rede.
Salmos 55:21 A sua boca era mais macia do que a manteiga, mas no seu coração, guerra; as suas palavras eram mais brandas do que o azeite; todavia, eram espadas nuas.
Salmos 64:4 para de lugares ocultos atirarem sobre o que é reto; disparam sobre ele repentinamente e não temem.
Salmos 83:3 Astutamente formam conselho contra o teu povo e conspiram contra os teus protegidos.
Isaías 7:5 Porquanto a Síria teve contra ti maligno conselho, com Efraim e com o filho de Remalias, dizendo:
Ezequiel 38:10 Assim diz o Senhor Jeová: E acontecerá, naquele dia, que terás imaginações no teu coração e conceberás um mau desígnio.
Mateus 26:3 Depois, os príncipes dos sacerdotes, e os escribas, e os anciãos do povo reuniram-se na sala do sumo sacerdote, o qual se chamava Caifás,
Apocalipse 12:1 E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça.
Apocalipse 12:15 E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O NASCIMENTO DE JESUS

c. 5 a.C.
O NASCIMENTO DE JESUS EM BELÉM
Na pequena cidade de Belém, na Judeia, ocorreu um fato que, apesar do cálculo errado feito no sexto século pelo monge Dionísio Exíguo, é usado para dividir a história em duas partes: a.C. (antes de Cristo) e d.C. (depois de Cristo). Localizada 9 km ao sul de Jerusalém, Belém era a cidade de origem da família de Davi e, de acordo com o profeta Miquéias, seria o lugar onde nasceria aquele "cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade".
O Evangelho de Lucas relata que a mãe de Jesus, Maria, e seu marido José cumpriram um decreto de César Augusto (31 a.C. - 14 d.C.) e viajaram 120 km de Nazaré até Belém para serem registrados. Também observa que esse foi primeiro censo realizado quando Quirino era governador da Síria. Sabe-se que Públio Sulpício Quirino cumpriu dois mandatos governador da Síria: de 6 a 4 a.C. e de 6 a 9 d.C. Assim, o censo não pode ter sido realizado no período entre 3 a.C.e 5 d.C. e, portanto, Jesus não pode ter nascido no ano designado de forma conjetural como 1 d.C. A proposta de que seu nascimento ocorreu antes dessa data corroborada pela morte de outro personagem histórico importante: Herodes, o Grande, no final de marco de 4 a.C

NÃO HAVIA LUGAR NA HOSPEDARIA
A história do nascimento de Jesus em Belém é descrita nos Evangelhos de Mateus e Lucas. Marcos e loão não a mencionam. Lucas diz apenas: "Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria" (Lc 2:6-7). O termo grego para "hospedaria" é usado posteriormente por Lucas em seu Evangelho para se referir ao "aposento" "salão de hóspedes" onde Jesus realizou refeição pascal com seus discípulos pouco antes de sua crucificação. Assim, tendo em vista grande número de pessoas de fora de Belém em função do censo, Maria e José não conseguiram encontrar um quarto de hóspedes. Não sabemos a certo onde o nascimento ocorreu. Na metade do século II, Justino Mártir escreveu que Jesus nasceu numa caverna. Os escritores dos Evangelhos são menos específicos, mas sabe-se que alguém providenciou uma comida manjedoura (um cocho em que se colocava a de animais), na qual Maria e José colocaram Jesus. A "Igreja da Natividade", que fica sobre uma caverna considerada tradicionalmente como o local do nascimento de Jesus, foi construída pelo imperador Constantino em 325 d.C. e ampliada por Justiniano (527-565 d.C.).

PASTORES NOS CAMPOS
Lucas registra que um anjo apareceu à noite a alguns pastores que estavam nos campos guardando seus rebanhos do ataque de ladrões e animais predadores. Esses rebanhos tão próximos de Jerusalém talvez fossem reservados para os sacrifícios no templo. O anjo anunciou: "Hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura" (Lc 2:11-12). Os pastores se dirigiram apressadamente a local indicado e encontraram o bebê deitado na manjedoura, conforme o anjo tinha dito.
Talvez tenhamos aqui uma indicação da época do ano, pois as ovelhas normalmente ficavam nos pastos entre os meses de marco e novembro. Os meses de inverno_ eram frios e, portanto inadequados para os animais pastarem. Assim, ao que parece, Jesus não nasceu em dezembro quando se celebra essa ocasião. Comemoramos o Natal em dezembro porque os cristãos primitivos decidiram celebrar a vinda do Senhor ao mundo durante o festival romano do "sol invicto" no solstício de inverno, observado em 25 de dezembro. Lucas registra que Jesus foi circuncidado e recebeu seu nome no templo, depois de "completados oito dias". Descreve também como Simeão, um homem devoto, e a profetisa Ana identificaram o bebê de imediato como o redentor prometido dos judeus.

OS MAGOS
De acordo com o Evangelho de Mateus, Maria e o menino Jesus receberam visitantes misteriosos
vindos do Oriente, os quais o texto grego chama de magoi, um termo latinizado para magi e traduzido como "magos" ou "sábios". Esse acontecimento parece ter ocorrido algum tempo depois do nascimento de Jesus, pois sua família estava vivendo numa casa. Talvez as acomodações de emergência, quaisquer que fossem, tenham se mostrado inadequadas para uma criança pequena. A reação de Herodes ao ordenar que todos os meninos de Belém com até dois anos de idade fossem mortos pode indicar que Jesus estava com quase três anos de idade quando os visitantes chegaram. De onde esses magos vieram? Muitos propõem que eram da Babilônia, o centro da astronomia ,antiga. Astrólogos babilônios ocupavam-se desde tempos remotos com a observação dos astros que pressagiavam o bem ou o mal para a "terra do Ocidente", ou seja, a Síria-Palestina. No entanto. é mais provável que os magos fossem provenientes_ da Pérsia. A palavra magos é derivada do termo persa magush, que denotava uma classe de astrólogos. O número três é associado tradicinnalmente aos magos devido as três presentes oferecidos. A designação "reis" não possui base neotestamentária, originando-se de um desejo de retratar os visitantes do Oriente com o cumprimento de três profecias do Antigo Testamento nas quais reis prestam homenagem ao Senhor.

SEGUINDO A ESTRELA
De acordo com o Evangelho de Mateus, os magos ficaram sabendo do nascimento de Jesus pela observação das estrelas. Uma estrela específica chamou a sua atenção e reconheceram que anunciava o nascimento do "rei dos judeus". Conforme Mateus relata, a estrela que conduziu os magos a Belém havia aparecido no Oriente numa determinada ocasião e se movido adiante deles até parar no local onde o menino se encontrava. Pesquisas sobre essa estrela que deve ter aparecido antes da morte de Herodes, o Grande, no final de março de 4 a.C. sugerem as seguintes hipóteses:

OURO, INCENSO E MIRRA
Mateus registra que os magos presentearam o menino Jesus com ouro, incenso e mirra. O incenso e a mirra eram originários do sul da Arábia, o reino de Sabá no Antigo Testamento. Isso não significa, porém, que os magos vieram de lá, pois as caravanas percorriam rotas movimentadas levando esses produtos para a Síria e a Palestina ao norte e também para a Babilônia, de modo que os magos podem ter comprado o incenso e a mirra na Babilônia. É igualmente possível que tenham comprado os presentes a caminho da Palestina, no bazar de Damasco, ou mesmo no mercado de Jerusalém. O ouro representa o esplendor real, O incenso era um ingrediente do incenso sagrado queimado no tabernáculo em sinal de adoração e para fumigar o ambiente. A mirra, um dos ingredientes do óleo da unção era usada em cosméticos e no embalsamamento. Foi misturada com aloés e aplicada ao corpo de Jesus depois da crucificação.

A FUGA PARA O EGITO
Conforme o Evangelho de Mateus, a pressuposição dos magos de que o "rei dos judeus" nasceria em Jerusalém os• levou a informar Herodes, o Grande (37-4 a.C.), do nascimento desse rei que desejavam visitar. Advertido por um anjo num sonho, José levou sua família para o Egito.

A VOLTA A NAZARÉ
Depois da morte de Herodes, a família de Jesus voltou a se estabelecer em Nazaré, uma cidade pequena e inexpressiva nos montes da Galileia. Com exceção do registro de uma viagem a Jerusalém quando Jesus estava com doze anos de idade, não sabemos mais nada sobre a vida dele até o início de seu ministério público, cerca de dezoito anos depois. Maria, sua mãe, deve ter se perguntado como o nascimento virginal! e os acontecimentos extraordinários relacionados a ele preparariam Jesus para cumprir a missão divina resumida no nome que o anjo instruiu José a dar ao menino: "Lhe porás o nome de Jesus [o Senhor salva], porque ele salvará o seu povo dos pecados deles" (Mt 1:21).

 

Referências

Samuel 16.1

Miquéias 5.2

Lucas 2:2

Lucas 22:11

Lucas 2:21-38

Salmo 72:10;

Isaías 49.7

Isaías 60:3

Mateus 2:2-9

Êxodo 30:23-34

João 19.39

Mateus 1:23

Visitantes em Belém O mapa mostra o caminho que Maria e José provavelmente percorreram de Nazaré a Belém, e também o caminho percorrido pelos magos. Também mostra o provável caminho de José e Maria ao fugirem para o Egito quando Jesus ainda era bebê.
Visitantes em Belém O mapa mostra o caminho que Maria e José provavelmente percorreram de Nazaré a Belém, e também o caminho percorrido pelos magos. Também mostra o provável caminho de José e Maria ao fugirem para o Egito quando Jesus ainda era bebê.
Interior da Igreja da Natividade, em Belém.
Interior da Igreja da Natividade, em Belém.

HERODES, O GRANDE

40-4 a.C.
HERODES PASSA A SER REI
Dos últimos governantes da Judeia, o maior foi, sem dúvida, Herodes, o Grande, que não era judeu. Seu pai, Antipater, era idumeu, descendente dos edomitas do Antigo Testamento e sua mãe, Cipros, era árabe nabateia. Em 47 a.C,, os romano: nomearam Antipater governador da judeia. Ele, por sua vez, nomeou o filho, Herodes, prefeito Galiléia. Em 40 a.C., o Senado romano conferiu a Herodes o título de "rei dos judeus", mas para obter o poder correspondente ao título ele teve de lutar durante três anos contra o governante hasmoneu Antígono e sitar Jerusalém. Ao longo de todo o seu governo, Herodes foi um amigo e aliado leal de Roma.

MESTRE DE INTRIGAS
Herodes tomou Mariamne, neta do sacerdote exilado Hircano Il, como uma de sua dez esposas e, desse modo, procurou legitimar seu governo aos olhos dos judeus. Em 29 a.C., mandou assassinar Mariamne e iniciou uma erradicação sistemática da família hasmonéia. Em 7 a.C., ordenou que até seus dois filhos com Mariamne, Alexandre Aristobulo fossem mortos. Alguns dias antes de sua morte em 4 a.C., Herodes ordenou a execução de outro filho, Anupater. Referindo-se à proibição da lei judaica de comer carne de porco, o imperador romano Augusto comentou em tom de gracejo que era mais seguro ser um porco de Herodes do que ser seu filho!! Outras vítimas de Herodes foram o sumo sacerdote Aristóbulo III, afogado por ordem do rei na piscina em Jericó em 36 a.C.e o sumo sacerdote reempossado Hircano II, em 30 a.C. O GRANDE CONSTRUTOR O maior projeto de Herodes foi, sem dúvida, a reconstrução do templo de Jerusalém do qual trataremos em detalhes mais adiante. Desse templo, resta apenas o Muro das Lamentaçõe (muro ocidental), mas uma análise de vários outros projetos de Herodes mostra como sua construções eram grandiosas Na cidade chamada Torre de Estrato, no Mediterrâneo, Herodes construiu um porto com 36 m de profundidade, protegido por um quebra-mar de 60 m de largura. O maior porte artificial do Mediterrâneo recebeu o nome de Cesaréia, em homenagem a imperador romano. Blocos maciços com até 13,5 m de comprimento toram usados para fazer os oura-mares um canal foi criado especialmente para remover a areia do porto Esse local com uma área de 66 hectares conhecido hoje como Qisaya, possuía depósitos enormes, aquedutos, um hipódromo, um teatro e um anfiteatro, sendo que este último ainda não havia sido escavado quando da publicação desta obra. Herodes realizou várias obras em Samaria, antiga capital de Israel, o reino do norte. A cidade construída por ele na região recebeu o nome de Sebaste (Augusta) em homenagem ao imperador romano. O local, ainda conhecido como Sebaste nos dias de hoje, possuía uma área de 64 hectares, com uma rua ladeada de colunas, um hipódromo e um teatro.
Em Hebrom, o rei construiu um monumento colossal aos patriarcas (Haram el-Khalil), cercado por um muro alto e ornamentado de forma simples, porém imponente com pilastras alternadas com rebaixamentos. A maior pedra dessa construção mede 7,5 m por 1,4 m.
Em Massada, um monte escarpado com vista para o mar Morto, construiu uma grande fortaleza, cercada com muros de 6 m de altura, 3,5 m de largura e 38 torres, cada uma com pelo menos 21 m de altura. Na extremidade norte, a única parte desse local que fica à sombra durante a maior parte do dia, Herodes mandou construiu um palácio de três andares, suspenso sobre um desfiladeiro.
Em Jericó, construiu um palácio de inverno com jardins ornamentais e duas fortalezas nas imediações: uma em Tell el-Akabe, com vista para o Wadi Qelt, e outra chamada Ciprus, em homenagem à sua mãe, com vista para a cidade. Outras fortalezas construídas por Herodes foram Hircânia (Khirbet Mird), 13 km a sudeste de Jerusalém, próxima ao mar Morto, e Maqueronte (el-Mekawer), uma construção espetacular do outro lado do mar Morto, na atual Jordânia.
De acordo com Josefo, João Batista foi decapitado na fortaleza de Maqueronte.
Por fim, convém mencionar o Herodium, atual Jebel Fureidis, uma fortaleza circular no alto de uma colina artificial que fica 11 km ao sul de Jerusalém. Ela demarca o local de uma batalha travada em 40 a.C, na qual Herodes rechaçou um ataque violento de opositores judeus. A fortaleza era cercada por dois muros concêntricos e para chegar até la era preciso subir duzentos degraus. Herodes foi sepultado no Herodium, mas o paradeiro de seus restos mortais ainda é um mistério.

HERODES, O PAGÃO
Sempre desejoso de obter o favor dos romanos, Herodes construiu templos para Roma e Augusto em Cesaréia e Sebaste. Restaurou o templo de Apolo Pítio em Rodes, consagrou aos deuses duas estátuas na Acrópole em Atenas e aceitou a presidência honorária dos Jogos Olímpicos em Olímpia, na Grécia. Graças às suas origens iduméias e ao fato de simpatizar com práticas pagãs e ter erradicado os hasmoneus, Herodes nunca obteve popularidade mais ampla entre os judeus.

A MORTE DE HERODES
Depois de uma enfermidade longa e dolorosa, talvez sífilis, Herodes morreu em Jericó em 4 de março de 4 a.C. Seu corpo foi levado em procissão por 40 km até o Herodium, local que ele havia preparado para seu sepultamento. O reino foi dividido entre os três filhos restantes: a Judeia e a Samaria ficaram com Arquelau; a Galileia e a região da Peréia, do outro lado do Jordão, ficaram com Herodes Antipas (também chamado de Herodes o Tetrarca) e os territórios do nordeste ficaram com Filipe.' Salomé, que era irmã de Herodes, também recebeu dois territórios menores.

Referências

Mateus 14:3-12

Marcos 6:17-29

Mateus 2:22

Lucas 3:1

O Herodium (Jebel Fureidis), local onde Herodes, o Grande, foi sepultado.
O Herodium (Jebel Fureidis), local onde Herodes, o Grande, foi sepultado.
territórios governados por Herodes, o Grande Depois da morte de Herodes, seu reino foi dividido entre seus filhos. Dois territórios pequenos foram deixados para sua irmã, Salomé.
territórios governados por Herodes, o Grande Depois da morte de Herodes, seu reino foi dividido entre seus filhos. Dois territórios pequenos foram deixados para sua irmã, Salomé.
Moeda de Herodes, o Grande.
Moeda de Herodes, o Grande.
Em Cesaréia, Herodes construiu o maior porto artificial do mar Mediterrâneo. Uma parte dessa obra pode ser vista ainda nos dias de hoje.
Em Cesaréia, Herodes construiu o maior porto artificial do mar Mediterrâneo. Uma parte dessa obra pode ser vista ainda nos dias de hoje.

HERODES, O GRANDE, RECONSTRÓI O TEMPLO

19-4 a.C.
AS MOTIVAÇÕES DE HERODES
Na esperança de conquistar o favor dos judeus, Herodes anunciou que reconstruiria o templo do Senhor em Jerusalém, construído por Zorobabel entre 520 e 516 a.C. Esse anúncio foi feito no décimo oitavo ano do seu reinado.' Caso se calcule o tempo do reinado de Herodes a partir do momento em que ele tomou posse de Jerusalém, em 37 a.C., a data desse anúncio é 19 a.C. A declaração não foi bem recebida por todos, pois alguns temiam que ele destruiria o templo antigo e não construiria outro em seu lugar. Para tranquilizar a população, Herodes publicou todos os planos para a construção antes de começar a demolir o templo antigo. Usaria a mesma pedra branca empregada por Salomão no primeiro templo. As pedras foram transportadas até o local em mil carroções. O trabalho foi dificultado pela necessidade de continuar com os cultos e sacrifícios e pela norma segunda a qual somente sacerdotes podiam entrar no templo. Herodes contratou dez mil operários especializados e mandou treinar mil sacerdotes para trabalhar com pedras de modo que pudessem construir o edifício sagrado. Os sacerdotes treinados construíram a parte interna do novo templo em dezoito meses, mas as obras ainda estavam em andamento no tempo de Jesus, daí o comentário dos judeus "Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário" (João 2.20). Os pátios foram concluídos em 63 d.C. Sete anos depois, o templo foi destruído pelos romanos.

O COMPLEXO DO TEMPLO
O templo e suas construções anexas formavam um retângulo irregular. O muro oriental tinha 470 m de extensão, enquanto o muro ocidental se estendia por 485 m. O muro do norte media 315 m. e o do sul, 280 m. Essa enorme área, cinco vezes maior do que a da Acrópole em Atenas, e representada hoje pela grande plataforma retangular de Haram esh-Sharif, era rodeada por uma grande muralha externa. Os catorze segmentos inferiores do lado ocidental ainda podem ser vistos nos dias de hoje e formam o assim chamado Muro das Lamentações.
O comprimento de seus blocos varia de 1,25 m a 3 m e cada bloco pesa, no mínimo, 2 toneladas. Túneis subterrâneos revelaram pedras com até 12 m de comprimento, 3 m de altura e 4 m de espessura, com um peso estimado de 400 toneladas. Não é de admirar que, segundo o registro bíblico, um dos discípulos de Jesus tenha exclamado para ele: "Mestre! Que pedras, que construções! (Mc 13:16).
Do lado ocidental encontram-se os restos de dois viadutos, chamados de arcos de Wilson e Robinson. Na extremidade sudeste ficava o "pináculo do templo". De acordo com os Evangelhos, Jesus foi tentado a atirar-se do pináculo, o que representaria uma queda de 130 m até o fundo do vale do Cedrom.? Eusébio, o historiador da igreja antiga, relata que Tiago, o irmão de Jesus, foi morto ao ser atirado desse local abaixo. Havia uma canalização subterrânea que despejava o sangue dos sacrifícios no vale do Cedrom. Parte dela ainda pode ser vista no muro do sul.

PORTAS E COLUNATAS
Nove portas revestidas de ouro conduziam ao interior do complexo. Do lado oriental, ficava a Porta Dourada ou Porta de Susã, pela qual se supõe que Jesus realizou sua entrada triunfal em Jerusalém. Dentro do pátio havia um pórtico de colunas coríntias. Cada coluna desse pórtico media 11,5 m de altura e havia sido cortada de um bloco maciço de mármore branco. Essa colunata se estendia pelos quatro lados, por cerca de 1.200 m. Do lado oriental, era chamada de "Pórtico de Salomão". Do lado sul, havia um pórtico triplo, constituído de 162 colunas, que era chamado de Pórtico Real. Nesse local estavam instalados os cambistas e aqueles que vendiam animas para os sacrifícios. Dali foram expulsos por Jesus em duas ocasiões durante seu ministério. As colunas ladeavam o Pátio dos Gentios que ocupava uma área de aproximadamente 14 hectares, quase duas vezes maior que o pátio do templo de Zorobabel.

INSCRIÇÕES DO TEMPLO
Uma inscrição curta em hebraico: "À casa do toque das trombetas" encontrada na extremidade sudoeste indica que as trombetas eram tocadas nesse local para anunciar o início e o final do sábado. Uma balaustrada de pedra com 1,3 m de altura marcava o final do Pátio dos Gentios. Somente judeus podiam passar daquele ponto e entrar no templo. Em 1871, foi encontrada uma inscrição proibindo indivíduos que não fossem judeus de entrar nos pátios internos. A inscrição, hoje no Museu Arqueológico de Istambul, diz: "Nenhum estrangeiro deve ir além da balaustrada e do muro ao redor do lugar santo; quem for pego responderá por si mesmo, pois a pena é é a morte". Parte de uma cópia dessa inscrição, com letras pintadas em vermelho para maior destaque, foi encontrada em 1936.

OS PÁTIOS 1NTERNOS
O primeiro pátio interno era o Pátio das Mulheres, no qual se entrava passando por uma porta de bronze, provavelmente a Porta Formosa mencionada em Atos 3:2. Oito dias depois de seu nascimento, Jesus foi apresentado no Pátio das Mulheres.* Numa das laterais desse pátio ficavam treze recipientes em forma de trombeta onde eram colocadas as ofertas em dinheiro. Somente os homens judeus podiam entrar no pátio seguinte, o Pátio de Israel, que dava para o Pátio dos Sacerdotes. Neste, diante do santuário, ficava o altar dos sacrifícios ao qual se tinha acesso por uma rampa. Acreditava-se que era o local onde Abraão havia começado a cumprir a ordem divina de sacrificar seu filho Isaque e onde Davi havia construído um altar ao Senhor na eira do jebuseu Araúna." Esse lugar faz parte, hoje, da mesquita do Domo da Rocha.

O SANTUÁRIO
Doze degraus conduziam ao santuário propriamente dito, uma estrutura com 45 m de altura e paredes brancas e espessas revestidas com placas de ouro. O telhado também era coberto de ouro e possuía hastes pontiagudas de ouro espalhadas em sua superfície para espantar os pássaros. Como no templo de Salomão, a primeira câmara era um pórtico. Portas gigantescas com incrustações de metais preciosos davam para o Lugar Santo. Acima das portas havia uma grande escultura de uma vinha de ouro com cachos do tamanho de uma pessoa, simbolizando o triunfo de Israel. O santuário era ladeado por três andares de depósitos. No Lugar Santo ficavam a mesa com os pães da proposição, o menorá (candelabro de sete hastes) e o altar de incenso. Uma cortina grossa que foi rasgada ao meio quando Jesus morreu separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo (o Santo dos Santos) onde o sacerdote entrava uma vez por ano no dia da expiação. O Lugar Santíssimo não abrigava mais a arca da aliança, que talvez tenha sido destruída quando Nabucodonosor saqueou Jerusalém em 586 a.C.Como o general romano Pompeu pôde verificar, o Lugar Santíssimo estava vazio.

 

Referências

Mateus 4:5

Lucas 4:9

Lucas 2:21-38

Marcos 12:41-42

Lucas 21:1-2

Gênesis 22:2-13

II Samuel 24:18-25

Mateus 27:51

Marcos 15:38

Lucas 23:45

Inscrição em grego proíbe a entrada de gentios nos pátios internos do Templo em Jerusalém.
Inscrição em grego proíbe a entrada de gentios nos pátios internos do Templo em Jerusalém.
Reconstituição do templo de Herodes
Reconstituição do templo de Herodes
Templo construído por Heródes
Templo construído por Heródes

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

Os quatro Evangelhos em ordem cronológica

As tabelas a seguir estão relacionadas aos mapas das viagens de Jesus e seu trabalho de pregação. As setas nos mapas não representam exatamente as rotas usadas, mas indicam principalmente a direção. O símbolo “c.” significa “cerca de” ou “por volta de”.

Acontecimentos que antecederam o ministério de Jesus

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

3 a.C.

Templo em Jerusalém

Anjo Gabriel profetiza a Zacarias o nascimento de João Batista

   

Lc 1:5-25

 

c. 2 a.C.

Nazaré; Judeia

Anjo Gabriel profetiza a Maria o nascimento de Jesus; ela visita Elisabete

   

Lc 1:26-56

 

2 a.C.

Região montanhosa da Judeia

Nasce João Batista e recebe nome; Zacarias profetiza; João vive no deserto

   

Lc 1:57-80

 

2 a.C., c. 1.º de outubro

Belém

Nasce Jesus; “a Palavra se tornou carne”

Mt 1:1-25

 

Lc 2:1-7

Jo 1:1-5, 9-14

Perto de Belém; Belém

Anjo anuncia as boas novas aos pastores; anjos louvam a Deus; pastores visitam o bebê Jesus

   

Lc 2:8-20

 

Belém; Jerusalém

Jesus é circuncidado (8.º dia); seus pais o apresentam no templo (após 40.º dia)

   

Lc 2:21-38

 

1 a.C. ou 1 d.C.

Jerusalém; Belém; Egito; Nazaré

Visita dos astrólogos; família foge para o Egito; Herodes mata meninos de até dois anos; família volta do Egito e vai morar em Nazaré

Mt 2:1-23

 

Lc 2:39-40

 

12 d.C., Páscoa

Jerusalém

Jesus, aos 12 anos, faz perguntas aos instrutores no templo

   

Lc 2:41-50

 
 

Nazaré

Volta a Nazaré; continua sujeito aos pais; aprende carpintaria; Maria cria mais quatro filhos, além de filhas (Mt 13:55-56; Mc 6:3)

   

Lc 2:51-52

 

29 d.C., c. abril

Deserto, rio Jordão

João Batista inicia seu ministério

Mt 3:1-12

Mc 1:1-8

Lc 3:1-18

Jo 1:6-8, 15-28


Israel nos dias de Jesus

Informações no mapa

Sídon

ABILENE

Damasco

Sarefá

Mte. Hermom

FENÍCIA

Tiro

Cesareia de Filipe

ITUREIA

TRACONITES

Ptolemaida (Aco)

GALILEIA

Corazim

Betsaida

Cafarnaum

Caná

Magadã

Mar da Galileia

Gergesa

Rafana

Séforis

Tiberíades

Hipos

Diom

Nazaré

GADARA

Abila

Dor

Naim

Gadara

DECÁPOLIS

Cesareia

Citópolis (Bete-Seã)

Betânia do outro lado do Jordão ?

Pela

SAMARIA

Enom

Salim

Sebaste (Samaria)

Gerasa

Sicar

Mte. Gerizim

Poço de Jacó

Antipátride (Afeque)

PEREIA

Jope

Planície de Sarom

Arimateia

Lida (Lode)

Efraim

Rio Jordão

Filadélfia (Rabá)

Jâmnia (Jabné)

Ramá

Jericó

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Jerusalém

Betfagé

Asdode, Azoto

Belém

Betânia

Qumran

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JUDEIA

Herodium

Gaza

Hebrom

Deserto da Judeia

Mar Salgado (Mar Morto)

Macaeros

IDUMEIA

Massada

Berseba

NABATEIA

ARÁBIA

Informações no mapa

Região governada por Herodes Arquelau, depois pelo governador romano Pôncio Pilatos

Região governada por Herodes Antipas

Região governada por Filipe

Cidades de Decápolis


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Allan Kardec

mt 2:7
A Gênese

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 15
Página: 312
Allan Kardec
Os fatos relatados no Evangelho e que foram até agora considerados miraculosos pertencem, na sua maioria, à ordem dos fenômenos psíquicos, isto é, os que têm como causa primeira as faculdades e os atributos da alma. Confrontando-os com os que ficaram descritos e explicados no capítulo anterior, reconhecer-se-á sem dificuldade que há entre eles identidade de causa e de efeito. A História registra outros fatos análogos, em todos os tempos e no seio de todos os povos, pela razão de que, desde que há almas encarnadas e desencarnadas, os mesmos efeitos forçosamente se produziram. Pode-se, é verdade, no que se refere a esse ponto, contestar a veracidade da História; mas, hoje, eles se produzem sob os nossos olhos e, por assim dizer, à vontade e por indivíduos que nada têm de excepcionais. Basta o fato da reprodução de um fenômeno, em condições idênticas, para provar que ele é possível e se acha submetido a uma lei, não sendo, portanto, miraculoso.
O princípio dos fenômenos psíquicos repousa, como já vimos, nas propriedades do fluido perispirítico, que constitui o agente magnético; nas manifestações da vida espiritual durante a vida corpórea e depois da morte; e, finalmente, no estado constitutivo dos Espíritos e no papel que eles desempenham como força ativa da Natureza. Conhecidos estes elementos e comprovados os seus efeitos, tem-se, como consequência, de admitir a possibilidade de certos fatos que eram rejeitados enquanto se lhes atribuía uma origem sobrenatural.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

mt 2:7
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 17
CARLOS TORRES PASTORINO
MT 2:1-12

1. Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia. no tempo do rei Herodes, vieram do oriente alguns magos a Jerusalém,


2. perguntando: "onde está o recém-nascido Rei dos Judeus? porque vimos seu astro no oriente e viemos adorá-lo".


3. O rei Herodes, ouvindo isto, perturbou-se, e com ele toda Jerusalém.


4. E convocando todos os principais sacerdotes, os escribas (e os anciãos) do povo, perguntava-lhes onde havia de nascer o Cristo.


5. E eles lhe disseram: "em Belém da. Judeia, porque assim está escrito pelo profeta :


6. "E tu Belém, terra de Judá, não és de modo algum o melhor entre os lugares principais de Judá, porque de ti sairá um condutor que há de pastorear meu povo de Israel".


7. Então Herodes chamou secretamente os magos e deles indagou com precisão o tempo em que o astro havia aparecido.


8. E enviando-os a Belém disse-lhes: "Ide informar-vos, cuidadosamente acerca do menino, e quando o tiverdes encontrado, avisai-me para que eu também vá adorá-lo".


9. Os magos, depois de ouvirem o rei, partiram; e que o astro que viram no oriente os guiou até que vindo, parou sobre o lugar onde estava o menino.


10. Ao avistarem o astro, ficaram grandemente alegres.


11. E entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe; e prostrando-se o adoraram; e abrindo se cofres, fizeram-lhe ofertas de ouro, incenso e mirra


12. E recebendo (eles) a resposta no sono, que não voltassem a Herodes, seguiram por outro caminho para sua terra.


Para Mateus, Jesus nasceu em Belém e aí ficou até posterior "fuga" para o Egito. Tanto que a ligação é direta. Não houve a viagem Jesus com seus pais a Jerusalém, para apresentação ao templo, acordo com a lei mosaica.


Mas, examinemos os pormenores.


Jesus nasceu "no tempo do rei Herodes", o qual (já vimos) faleceu no inicio do ano 4 A. C. Então, o nascimento ocorreu, no mínimo, no ano 5 A. C. (749 de Roma). Mais abaixo continuaremos o raciocínio ao falarmos do "astro".


Trata-se de um aceno histórico (raro em Mateus) que só se preocupa com o registro dos fatos que sirvam de apoio às profecias do Velho Testamento - já que a finalidade exotérica de seu evangelho é provar aos israelitas que, em Jesus, se cumpriram as predições, e, portanto, que ELE é o Messias esperado.


Jesus nasceu em Belém (beith-léhem == a casa do pão), cidade já citada desde a época de Josué, localizada entre Thecua, Etam, Karem, Baither (cfr, Josué 15:59, segundo os LXX). Era bastante conhecida popularmente por causa do idílio entre Ruth e Booz, e pelo nascimento de David que lá ocorreram. Chamada Belém "de Judá" para distinguí-la de Belém "da Galileia", na tribo de Zábulon (JS 19:15) e que ainda hoje existe.


A seguir vem a notícia dos magos, que a tradição popular elevou à categoria de "reis". Dividamos o estudo em itens: 1 - QUEM ERAM. Os historiadores gregos Herodoto e Xenofonte dizem-nos que os "magos" constitu íam uma casta sacerdotal muito conceituada entre Medos e Persas, ocupando-se sobretudo de medicina., astronomia (astrologia) e ciências divinatórias. A palavra é atestada no grego (µάγος e µέγας): no latim: magus e magnus; no hebraico magh, no pehlvi mogh; e no sânscrito mahat "grande" (cfr.

Mahatma " = grande alma).


Por intermédio de Jeremias (Jeremias 39:13) sabemos que Nabuzardan, oficial superior de Nabucodonozor, era rab magh, isto é, chefe dos magos. São citados em Daniel (1:20; 2:2, 10, 17 etc.) . Nos Atos dos Apóstolos há dois magos: Simão (8:9) e Elymas (13:8), que mais parece terem sido "mágicos".


Mateus deixa entrever neles personagens estrangeiras de importância, como sábios a quem honrava o título de magos. Interessante notar que nas pinturas cristãs dos primeiros séculos (Santa Priscila, em Roma, 2. º século, e o mosaico frontal da Basílica de Belém, 4. º século) os magos são representados com bonés frígios, quais sacerdotes persas. 2 - DONDE VIERAM. O fato do serem "magos" os sacerdotes persas, faz supor que tenham vindo da Pérsia. Mas, por serem astrólogos, supõe-se que eram da Caldeia. No entanto, para a Palestina, o Orient " era a Arábia, ao passo que a Mesopotâmia (Pérsia e Caldeia) ficava antes ao norte. Tanto que em Joel (Joel 2:20) o inimigo tradicional assírio era chamado "o nortista".


Os presentes trazidos também falam a favor da Arábia: Isaías (Isaías 10:10) cita o ouro e o incenso de Sabá;


Jeremias (Jeremias 6:20) do incenso da Arábia; a rainha de Sabá traz ouro em quantidade (1RS 10:2) os navios de Salomão trazem ouro de Ofir (1RS 9:28). A mitra, isto é, a resina do Balsamodendron, provinha da Arábia. De lá os supunham Justino, Orígenes e Epifânio, que viveram na Palestina, embora outros pais da igreja digam terem eles vindo da Pérsia.


Figura "OS REIS MAGOS" - Pintura de Doré, gravura de Pannemaker 3 - NOMES E NÚMERO. São desconhecidos. Beda (escritor inglês nascido em 673 e desencarnado em 735) é que os batizou de Gaspar, Melchior e Baltazar. Também não sabemos quantos eram: a tradição da igreja latina os limita a três, por causa dos presentes; mas nas igrejas sírias e armênias julga-se que eram doze. Tudo no terreno das conjecturas. 4 - ÉPOCA DA CHEGADA. Também é incerta. A pergunta a respeito de um "recém-nascido" faz supor que se trata de menos de um ano a partir do nascimento de Jesus. O mesmo se deduz da ordem de Herodes, mandando sacrificar todas as crianças de dois anos para baixo (aumentando o limite da idade, para estar certo de que apanharia na rede a criança visada). 5 - O ASTRO. Os magos dirigiram-se a Jerusalém para indagar do nascimento do Messias, por causa do "astro" que haviam visto no "oriente". Que espécie de "astro"? Supõem alguns ter-se tratado de um cometa. Improvável, porque os cometas não desaparecem para aparecer mais tarde.


Em 1603, o grande astrônomo Kepler observou uma conjunção de Júpiter e Saturno no mês de dezembro.


Na primavera seguinte, Marte aproximou-se desses dois planetas e, no outono, surgiu entre os três uma "estrela nova" de grande brilho. Kepler supôs que assim devia ter ocorrido na época do nascimento de Jesus. Fez os cálculos matemáticos e concluiu que no ano 747 de Roma (7 A. C.) Júpiter e Saturno se reuniram na constelação de Peixes (lembremo-nos de que, nessa época, a Terra estava a sair da constelação de Aries para entrar na de Peixes, tal como agora sai da de Peixes para entrar na de Aquário, recuando sempre de um signo a cada dois mil anos. Recordemos ainda que o símbolo da época de Abraão a Jesus era o CORDEIRO, e, na época de Jesus começou a ser o peixe, utilizado pelos cristãos como emblema para identificar-se).


Na constelação de Peixes, a Júpiter e Saturno uniu-se Marte na primavera de 748 de Roma (6 A. C.) .


Para um estudo mais minucioso, veja-se: Kepler, Opera Omnia, Frankfurt, 1858, tomo 4, pág. 346 e seguintes.


Ora, os caldeus eram bons astrônomos e sobre eles escreveu Cícero De Divinatione, I, 19): "Os caldeus observam os sinais do céu, anotam os cursos das estrelas com seus números e movimentos... e possuem em seus registos observações seguidas durante 470. 000 (é isso mesmo: quatrocentos e setenta mil) anos". E Diodoro de Sicília (II,) atesta que esses registros tinham 473. 000 anos seguidos.


Daí deverem saber os magos que essa conjunção revelava, segundo as predições proféticas, a primeira vinda do Messias, não lhes sendo difícil localizar seu nascimento na Palestina, porque Peixes era o signo peculiar desse pais.


Ora, verificamos que houve tríplice conjunção de Júpiter e Saturno: em maio, agosto e dezembro do ano 747 de Roma (7 A. C.), segundo nossas atuais tábuas astronômicas. Alertados pela primeira conjun ção (maio de 747) prepararam-se para a longa viagem até a Palestina, devendo ter chegado a Jerusal ém nos primeiros meses de 748. E exatamente de março a maio desse ano aos dois planetas Júpiter e Saturno uniram-se Marte, Vênus, Mercúrio e o Sol, o que fez os magos "reencontrarem" o "astro do Messias" ao saírem de Jerusalém.


Fica então, como época mais provável para o nascimento de Jesus, o ano 747 de Roma, ou seja, o ano 7 A. C.


Quanto à data, a primeira vez que, com certeza histórica se fala em 25 de dezembro, é no Calendário Philocalus (do ano 354 A. D.), que foi publicado por Theodor Mommsen no "Abhandlungen der sãchsichen Akademie der Wissenschaft", em 1850.


Clemente de Alexandria (200 A. D.) menciona várias especulações em torno da data do nascimento de Jesus: 19 ou 20 de abril, 20 de maio, 28 de agosto (estas duas últimas coincidem com as conjunções 1. . ª e 2. . ª) e 17 de novembro. Até então (3. º século) não se falava em dezembro. Quando em Roma se transferiu o Natal para 25 de dezembro, festa oficial de Mitra (divindade persa), ou Natalis Invicti Solis (nascimento do Sol invicto, isto é, entrada do Sol no solstício do inverno) os Sírios e armênios acusaram os romanos de "idólatras adoradores do sol". Entretanto, a data se foi aos poucos fixando e conquistando mais adeptos de tal forma que, já no século 7. º, todo o ocidente aceitava o dia 25 de dezembro como a data oficial do nascimento de Jesus.


Ao saber da notícia da chegada a Jerusalém dos magos orientais, em busca de novo rei dos judeus, Herodes, o velho idumeu, perturbou-se: não queria concorrência ao trono. Já assassinara muitos competidores e ainda cinco dias antes de sua morte mandou executar seu próprio filho Antípater, por temer que lhe roubasse o título. Convocou, então, às pressas as autoridades e os sábios, isto é, o SINÉDRIO, para saber onde deveria nascer o Messias de acordo com os textos bíblicos.


O Sinédrio de Jerusalém ou Consistório (também chamado Conselho), era a autoridade mais alta, tanto civil quanto religiosamente. Compunha-se de 71 membros, ou seja, um presidente (NASI) geralmente sumo-sacerdote, e setenta conselheiros assim divididos : a) os principais (grandes) sacerdotes que eram o próprio sumo-sacerdote e os ex-ocupantes do cargo, bem como os chefes das 24 classes sacerdotais; b) os escribas ou doutores da lei (sopherim), a classe mais culta, que passava seus dias a transcrever a Torah, a ensinar, dissertar e discutir; c) os anciãos do povo (isto é, presbíteros) que eram os leigos notáveis, escolhidos entre as principais famílias.


A convocação do Sinédrio foi total, havendo no texto a omissão de uma palavra, por "salto" do copista: em vez de escribas do povo, cargo que não existia, deve ler-se: escribas e anciãos do povo.


O Sinédrio respondeu prontamente, sem hesitação, citando o versículo de Miquéas (5:1): "E tu, Belém de Efrata, pequena quanto à tua situação entre as clãs de Judá, de ti virá um que será soberano em Israel e suas origens serão antigas, da longínquo passado". Mateus cita apenas o sentido, modificando o texto, coisa habitual entre os evangelistas. São Jerônimo (Patrologia Latina, vol. 22, col. 576) diz que eles "procuravam o sentido, não as palavras" (sensum quaesisse, non verba), e "não cuidavam da ordem e das palavras, quando as coisas eram compreensíveis" (nec magnópere de ordinatione sermonibusque curasse, cum intellectui res paterent).


De posse do fato e do local, Herodes interroga sobre a época do aparecimento do astro, dizendo-lhes que continuassem a pesquisa, porque "também ele" desejava adorar o novo Messias. Cuidava ser-lhe fácil suprimir no berço o recém-nascido, sem provocar protestos.


A viagem de Jerusalém a Belém podia consumir mais ou menos duas horas, na direção sul. Sua localiza ção não foi descoberta até hoje nas buscas arqueológicas.


Tem trazido discussões a frase: "o astro os guiou" (grego: προή-γεν αύτού

ς), que geralmente é traduzido" caminhou à frente deles", com o sentido dado ao emprego intransitivo. Mas aqui está empregado transitivamente (cfr. Dict. Grec-Français de A. Bailly, in verbo). A ideia de que os astros "guiam" os navegantes é antiga e comum. No entanto ninguém jamais supôs que os astros, para guiarem os navegantes, precisavam "caminhar à frente deles". Ao chegarem à porta de Jerusalém, viram novamente a conjunção no lado sul, e compreenderam que estavam certos. Naturalmente, por mais que caminhassem, jamais o "astro" lhes ficaria ao norte. Se alguém caminha na direção da lua, esta parecerá também avançar à frente na mesma direção, como que "guiando". Mas quando a criatura pára, o astro pára também. E foi o que ocorreu ao encontrarem a casa em que Jesus estava.


Há muita discussão a respeito da "casa" ou "gruta" em que se acharia Jesus, na visita dos magos. O texto fala explicitamente em "casa". Lógico que, mesmo admitindo-se a ideia do nascimento na gruta, José não deixaria a esposa e o filho em local tão impróprio, e providenciaria acomodações. José não é citado nesse passo.


Segundo o hábito oriental, a saudação aos soberanos era feita mediante o prostrar-se até o chão. Foi o que eles fizeram diante do menino.


Após a homenagem das pessoas, a oferta dos bens materiais: abrindo seus cofres, deram-lhe ouro, incenso e mirra.


De acordo com a interpretação usual, o ouro exprime a confissão, reconhecimento da realeza de Jesus, o incenso de sua divindade e a mirra de sua humanidade.


Terminada a cerimônia, recolheram-se e consultaram os oráculos (em linguagem moderna, realizaram uma sessão mediúnica). É o que se depreende dos vers. 12: иαί иρηµατισθέντες, "e recebendo a resposta" do espírito a quem haviam interrogado, иατ̀όναρ = no sono (ou no transe?) para não voltar a Herodes. Resolveram, então, regressar à sua terra por outro caminho. A vinda a Jerusalém deve ter sido o normal das caravanas: de Ma’an e Petra, atingindo, pela plataforma de Moab o vale do Jordão, e subindo de Jericó a Jerusalém. O regresso "por outro caminho" supõe as escalas Hebron, Ziph e Maon, o uádi Zueira, o djeb-el Usdum ou então, com maior segurança, a pista vizinha do deserto por Thecua, Bir Allah, a garganta de Engadi e a margem ocidental do Mar Morto, até chegar aos altiplanos de Moab e as seguras estradas da Arábia.

O estudo deste trecho é bastante fértil para nosso aprendizado.


No vers. 1, lemos que Jesus nasceu "em Belém". Já sabemos que em Belém, a duas horas de Jerusal ém pouco mais ou menos, funcionava uma "escola iniciática de profetismo" (isto é, um centro de desenvolvimento das faculdades psíquicas). Aqueles que se aproximavam da meta, para lá se dirigiam, colocando-se sob a direção dos essênios para darem o "mergulho" (Batismo) em si mesmos. Nada de estranho, pois, que o evangelista nos advirta que "Jesus nasceu em Belém". É no centro de desenvolvimento que se consegue apurar a sensibilidade, sob a orientação de pessoas experimentadas.


Os essênios habitavam realmente em grutas nos arredores da cidade (como ainda há poucos anos ficou confirmado com as descobertas dos manuscritos de QUMRAN ou do Mar Morto). Se, historicamente, não nos importa saber "onde" nasceu, simbolicamente o ensinamento é de alcance enorme: para o Encontro Sublime a retirada a um lugar apropriado é, senão essencial, pelo menos de incalcul ável ajuda.


Continua o esclarecimento, de que o nascimento místico ocorreu "no tempo do rei Herodes", o que exprime que os fatos a nós ocultamente ensinados se passaram durante a permanência do Eu no arcabou ço de carne. Herodes representa o domínio (é o "rei") da matéria: é o materialismo egoísta e interesseiro, que só visa ao ganho e se preocupa com a "realidade" menor e transitória, isto é, pelo que cai sob os sentidos físicos. Trata-se do homem "que tem alma, mas não tem espirito" (Judas, 19), e que busca apenas posições sociais, riquezas, prazeres e domínio.


Logo que uma criatura se apresta para o Encontro e este se dá, sua luz espiritual se irradia e é percebida por aqueles que "podem" vê-la. Os "mestres" (adeptos) estão neste caso. E a luz do novo felizardo é observada "no oriente", ou seja, no momento de surgir (a palavra "oriente" é o particípio presente do verbo latino orior, e se traduz "o que nasce"). Os mestres dirigem-se então ao encontro do Homem-Novo recém-nascido, a fim de ajudá-lo a desenvolver-se.


Os Mestres (magos = grandes) podem comunicar-se psíquica ou espiritualmente, ou por outro qualquer meio. Se a tarefa ou missão do Novo Homem for pública (como era o caso de Jesus) talvez seja dada preferência à publicidade. Por isso, utilizando-se de seus veículos carnais, empreenderam a viagem, indo diretamente à autoridade dominante (matéria) e referindo os fatos às criaturas.


Os materialistas reagem imediatamente. Perturbam-se todos (... "e como ele toda Jerusalém" ...) . A verdade que lhes é trazida - em que dizem não acreditar - os deixa de tal modo transtornados (porque ecoam no seu "inconsciente" ou Eu Profundo, que lhes segreda ao coração que são verdades "certas") que eles buscam destruí-las e aniquilar os veículos por que elas se manifestam: nada deve atrapalharlhes a posse pacifica de seus bens e de suas posições. Neste caso, há "saídas" estratégicas. Eles, que não dão a menor importância ao clero organizado, a ele recorrem pressurosos, ansiando por um desmentido ou por um esclarecimento que lhes faça voltar à paz. Nessas situações é-lhes essencial demonstrar humildade e boas intenções, revelando submissão e até subserviência hipócritas, que lhes mascarem os desígnios recônditos. Como eles não vêem o esp írito, julgam ter capacidade de ludibriá-lo com esperteza matreira. (Jesus assim os classifica, em LC 13:32, quando lhe dizem que Herodes (descendente do outro) queria matá-lo; Jesus responde:

"ide dizer àquele raposo" ...) . Se o Poder lhes fora deixado nas mãos, conseguiriam destruir; mas como só possuem o poder material, só atingem os que o merecem; aos verdadeiros, nada fazem, a não ser na hora preestabelecida.


Essa a razão pela qual os mestres reais não se deixam engodar por promessas de auxílio e ajudas políticas ou financeiras de poderes constituídos. No caso de dúvida consultam os céus pela prece e obtêm resposta à sua sinceridade.


No vers. 6 fala-se no "povo de Israel". O nome foi imposto a Jacob pelo anjo que com ele lutou (GN 32:28). Jacob significa "sagaz". Após a luta com um espírito materializado, já pela madrugada, o" anjo " não conseguia libertar-se das mãos de Jacob. Tocou-o então no tendão femural (que o fez ficar coxo) e deu-lhe o nome de "Israel", formado do verbo shrebet que significa "surrar", introduzindo duas modificações: no início um iod, e no fim a palavra El, completando a ideia: "o homem" (ish)" que luta" (shra) "com Deus" (el). Se observarmos sob outro prima, a palavra Israel contém em si a ideia do Deus único sob três formas: a Mãe Divina, IS (de Isis); o Pai Supremo, RA (venerado ambos no Egito); e o Espírito Criado, Deus: EL, adorado entre os judeus.


Após a consulta, os magos recebem a resposta de que não mais devem avistar-se com Herodes (a mat éria), isto é, não mais contatos com o mundo e suas ilusões transitórias. Mas regressam "por outro caminho" a vida espiritual. Mas já aí a notícia do Homem-Novo fora dada a público.


Segundo o entendimento mais profundo, o ouro representa a Luz, e, portanto, a Sabedoria; o incenso é a devoção, que espalha o "bom odor" do espírito às criaturas; e a mirra é o consumir-se para beneficiar.


No entanto, a sabedoria consagrada a Deus e consumida em benefício dos homens, traz sofrimento porque obriga a criatura a permanecer no cárcere da matéria; a mirra sugere o sacrifício e a renúncia total de todos os bens, inclusive do próprio eu personalístico.


Então, temos o simbolismo: ouro - Luz e Sabedoria incenso - Devoção pessoal a Deus e aos homens mirra - sacrifício e renúncia ao próprio eu Essas as características do Homem Novo, dos Missionários que estando em contato com o Eu Profundo ou Cristo Interno, deverão renunciar a tudo o que seja transitório, devotando-se integralmente a Deus e servindo às criaturas, para conseguir a iluminação final da verdadeira sabedoria irradiada pelo Foco de Luz Incriada.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Mateus Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
  1. C. A INFÂNCIA DE JESUS, Mt 2:1-23

1. A Visita dos Sábios (ou Magos 2:1-12)

Jesus nasceu em Belém da Judéia (1). Esta era a cidade natal de Davi, situada a cerca de oito ou dez quilômetros ao sul de Jerusalém, a caminho de Hebrom. O nome significa "casa de pão" — uma designação muito apropriada para o povoado onde o Pão da Vida (Jo 6:35) iria nascer entre os homens. É identificada como sendo da Judéia para diferenciação de uma cidade de mesmo nome no território de Zebulom (Jo 19:15), próxi-ma a Nazaré. A designação da Judéia também enfatiza o fato de que Jesus pertencia à linhagem real de Davi; Ele precisaria ser da tribo de Judá.

Cristo nasceu no tempo do rei Herodes. Herodes, o Grande, como é conhecido na história, era um idumeu (edomita), filho de Antípater — que foi nomeado por Júlio César em 47 a.C.como procurador da Judéia. Os idumeus, que durante o cativeiro na Babilônia tinham dominado a parte sul do território de Judá, tiveram que ser circuncidados em 125 a.C., por ordem de João Hircano. Assim, eles eram nominalmente judeus. Mas a religião de Herodes era, na melhor hipótese, superficial. Ele era um homem cruel, quase sem consciência.

Às vezes o reinado de Herodes, o Grande, é mencionado como tendo se iniciado em 40 a.C., e outras vezes em 37 a.C. Isto se deve ao fato de que, embora o senado em Roma tivesse dado a Herodes o título de "rei dos judeus" em 40 a.C., ele só conseguiu o trono em 37 a.C., depois de dois anos de lutas intensivas.
A afirmação feita aqui de que Jesus nasceu no tempo de Herodes, combinada ao fato de que Herodes, o Grande, morreu em 4 a.C., indica que o nosso calendário tem um erro de pelo menos quatro anos. Na verdade, Jesus provavelmente nasceu em 5 a.C.," e mor-reu em 30 d.C. (alguns dizem 29).

Uns magos vieram do Oriente a Jerusalém. A palavra grega magoi (magos) "origi-nalmente denotava a casta sacerdotal entre os persas e os babilônios (cf. Dn 2:2-48; 4.6- 7; 5,7) ".- Essa palavra é usada em Atos 13:6 significando "mágico". Mas aqui "Mateus usa a palavra em sentido melhor, para designar homens nobres de uma religião orien tar." Não se sabe ao certo de que país eles vieram. Atkinson diz: "Eles provavelmente vieram da Mesopotâmia"." Esta é uma hipótese tão válida quanto qualquer outra. Beare afirma categoricamente que eles eram "astrólogos caldeus".'

As perguntas dos magos (2) mostram que eles obtiveram alguma notificação defini-da de que um grande Rei dos Judeus (2) tinha nascido. Naturalmente, eles esperavam encontrá-lo na capital da nação. Se a estrela era um fenômeno natural ou sobrenatural é um problema que ninguém pode resolver, mas ela deu a orientação divina a esses estran-geiros. Talvez seja bom mencionar que do Oriente provavelmente significa "no lugar do nascer do sol". De qualquer forma, a estrela era um tipo de Cristo (Nm 24:17). Os magos ficaram tão impressionados com ela, que fizeram uma viagem cansativa, de muitos me-ses, para vir e adorá-lo.

Herodes ficou muito perturbado (3) com o rumo dos acontecimentos. Se havia uma coisa que ele temia, acima de tudo, era uma ameaça ao seu trono. Ele tinha mandado matar três dos seus filhos por julgar que estivessem ficando muito ansiosos por sucedê-lo no trono. Diz-se que César Augusto pronunciou este trocadilho: "É melhor ser um porco de Herodes do que seu filho".' A palavra grega para "porco" é hus e para "filho" é huios, o que produz um jogo de palavras.

Não apenas Herodes estava perturbado, mas toda a Jerusalém com ele. O gover-no romano permitia uma considerável liberdade religiosa para os povos das diversas nações sob seu domínio. Especificamente, os romanos idólatras permitiam que os judeus continuassem em sua adoração de um único Deus verdadeiro. Mas um "rei dos judeus"? Isso parecia uma revolução. Aos olhos do imperador esse era o pecado por excelência. Roma estava sempre atenta a qualquer rumor de uma revolução. Os líderes judeus temiam severas represálias caso fosse descoberto que havia surgido um outro governante de sua nação. O rei preocupado convocou os príncipes dos sacerdotes e os escribas (4). Esses eram os dois grupos principais no Grande Sinédrio de Jerusalém, o tribunal de líderes religiosos dos judeus. Os príncipes dos sacerdotes eram os saduceus, e os escribas eram na sua maioria fariseus. Escribas significa grammateis — literalmente, "escritores". Esses homens tinham a responsabilidade de copiar as Sagradas Escrituras e ensiná-las ao povo. Herodes perguntou a esses homens onde havia de nascer o Cristo. O texto grego diz "o Cristo", isto é, o Messias. Isso mostra que o rei estava familiarizado com as expectativas messiânicas dos judeus. Sem dúvida, ele tinha ouvido falar das profecias do An-tigo Testamento, e sentia um medo supersticioso do que o seu cumprimento poderia significar para o seu trono e para a sua vida pecadora.

Os líderes judeus tinham uma resposta pronta. Eles responderam, em Belém da Judéia (5). Como base para a sua resposta, eles fizeram uma citação das Escrituras. A citação de Miquéias 5:2 difere um pouco, tanto do texto hebraico quanto da Septuaginta (grego) desta passagem, e talvez se baseie em II Samuel 5:2. Filson diz: "Ela mistura livremente materiais do Antigo Testamento de uma maneira que os comentários essênios

dos Pergaminhos do Mar Morto mostram que era corrente no judaísmo do primeiro sécu-lo, e dá ao material uma interpretação messiânica".' Também existe a possibilidade de que Mateus tenha usado uma versão grega do Antigo Testamento, que é diferente da Septuaginta, ou talvez tenha adotado "uma tradução livre da versão hebraica".'

As implicações dessa narrativa estão bem definidas por Plummer. Ele diz:

Apesar de os pagãos não terem nada para lhes guiar, exceto conhecimentos

superficiais de ciência misturados com muita superstição, eles estão tão entusiasmados pelos sinais que Deus, por meio desses instrumentos imperfeitos, lhes dá, que fazem uma longa viagem e realizam cuidadosas investigações para poderem reverenciar o novo Governante que foi enviado ao mundo. Mas os sacerdotes dos judeus, com o Pentateuco e os profetas nas suas mãos, estão tão longe de se alegrar com esse relato de profecias e sinais cumpridos, que nem se preocupam muito em verificar a sua veracidade.'

Herodes chamou os magos secretamente (7) ou de forma "privada" (cf. 1.19). O significado da palavra em grego é "secretamente". Uma das principais características de Herodes era a astúcia. Ele próprio era muito ardiloso e não confiava em ninguém mais. Ele perguntou aos homens exatamente quando havia aparecido a estrela. Então ele os enviou a Belém com ordens de procurar diligentemente (8) — "com cuidado, meticulosa-mente" — pelo recém-nascido. Eles deveriam lhe transmitir a informação, para que, disse ele, também eu vá e o adore. Os eventos posteriores provaram que o seu verdadeiro objetivo ao procurar obter essa informação era completamente diferente. Ele pretendia assassinar a Criança, eliminando, desta forma, a possibilidade de um rival político.

Quando os magos iniciaram a última parte da sua longa jornada, eles novamente en-contraram a orientação divina na estrela que brilhava acima das suas cabeças. Ela os levou até o lugar onde estava a Criança (9). A visão da estrela fez com que eles se alegrassem muito com grande júbilo (10). Eles sabiam agora que a sua busca havia terminado.

Existe aqui uma implicação de que os magos tinham perdido a visão da estrela en-quanto estavam com Herodes e com os líderes judeus em Jerusalém? Se tivessem presta-do atenção somente à estrela, ao invés de procurar a orientação humana, será que eles teriam sido levados a Belém? Se isso tivesse acontecido, será que o terrível massacre dos bebês teria sido evitado? Será que às vezes não trazemos problemas a nós mesmos e a outras pessoas porque procuramos os conselhos humanos das pessoas erradas, quando deveríamos estar confiando na orientação divina?
Quando chegaram à casa viram o menino (11). Isto é um pouco diferente dos pas-tores encontrando o menino Jesus em uma manjedoura na noite em que Ele nasceu (Lc 2:16). O menino tinha provavelmente um ano de idade e a família havia fixado residên-cia em Belém. As imagens que mostram os magos ajoelhados diante de uma manjedoura, portanto, não são exatas, de acordo com as Escrituras.

Os magos, prostrando-se (ajoelhando-se), o adoraram. Está claro que eles acredi-tavam que Jesus era digno de adoração. Então eles lhe presentearam com presentes reais: ouro, incenso e mirra. Esses eram produtos do sul da Arábia, mas eram larga-mente vendidos e poderiam ser obtidos no país caldeu.

Barclay ressalta maravilhosamente o significado simbólico dos três presentes.' Ele registra a afirmação de Sêneca de que na Pártia uma pessoa só podia se aproximar do rei se lhe trouxesse um presente. O ouro era o presente mais apropriado para um rei — e assim o foi, para Aquele que nasceu para ser o Rei dos reis. O incenso era o presente para um sacerdote, uma vez que os sacerdotes o ofereciam a Deus no Templo. Assim, este era um presente adequado para ser oferecido Àquele que seria o maior Sumo Sacerdote. E a mirra era o presente para alguém que iria morrer. Ela era usada para embalsamar. E assim, era particularmente apropriada para o Filho de Deus, que veio para morrer na Cruz. Esses três presentes "profetizam que Ele seria o Rei verdadeiro, o Sumo Sacerdote perfeito e, no final, o supremo Salvador dos homens"?'

O relato bíblico não indica quantos magos vieram ver Jesus. Provavelmente como são mencionados três tipos de presentes, espalhou-se a lenda de que foram três visitan-tes. Depois, foram chamados de "reis" — talvez por causa dos presentes reais que trouxe-ram — e receberam nomes: Gaspar, Melquior e Baltasar. Mas tudo isso é pura lenda.

Quando os magos foram por divina revelação avisados em sonhos para que não voltassem para junto de Herodes, voltaram para suas casas por outro caminho (12). A atitude devota desses sábios astrólogos do Oriente é assim descrita por um co-mentarista: "Ali, no limiar do Evangelho, podemos ver a verdadeira relação entre a ciên-cia e a religião...

`Que o conhecimento cresça mais e mais,

mas que em nós resida mais reverência;
que mente e alma, em harmonia,
possam fazer uma única música, como antes' ".
26

A visita dos magos sugere uma espécie de primícias dos gentios que viriam a Cristo em busca da salvação. O Evangelho de Mateus termina com a Grande Comissão de se evangelizar o mundo.

Alexander Maclaren tem um bom resumo dos "Primeiros Frutos dos Gentios". Ele observa
1)
a sabedoria pagã, levada por Deus até o berço de Cristo, vv. 1-2;

2) o alarme do Seu próprio povo diante da menção do Seu Nome, v. 3;

3) o concílio dos teólogos, vv. 4-6;

4) o ardiloso conselho de Herodes, vv. 7-8;

5) o encontro do Rei, vv. 9-11;
6) a adoração e a oferta dos presentes, depois do encontro, v. 11.

  1. A Fuga para o Egito (2:13-15)

Depois da partida dos magos, o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos, e lhe disse: toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito porque Herodes tentaria destruir Jesus (13). Partindo de noite (14), para evitar ser pego, José levou a família em segurança para o Egito. Esta foi uma viagem de cerca de 320 quilômetros. A imagem tradicional de José caminhando ao lado do asno em que Maria cavalga com Jesus nos braços é muito provavelmente verdadeira.

A família permaneceu no Egito até a morte de Herodes (15). Isso ocorreu em 4 a.C. De acordo com o seu costume, Mateus cita novamente o Antigo Testamento — desta vez, Oséias 11:1. Originalmente, as palavras se referiam a Israel, o filho de Deus. Aqui elas se aplicam a Cristo, o único Filho de Deus, que também representava Israel. Como no versículo 6, Mateus não cita a Versão dos Setenta (a Septuaginta). Plummer diz: "Ele faz uma tradução independente do hebraico, sozinho ou não"; e acrescenta uma nota de rodapé: "Somente em poucos casos as citações de Mateus são extraídas da Septuaginta".'

  1. A Matança dos 1nocentes (2:16-18)

O fato de Herodes ter matado todos os meninos de Belém e seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos ma-gos (16) indica que "agora fazia quase dois anos que a estrela tinha aparecido".' Tudo indica que Cristo estava com aproximadamente um ano de idade quando foi visitado pelos magos.

Uma vez mais, Mateus cita uma profecia do Antigo Testamento como tendo sido cumprida. Ela está em Jeremias 31:15. Ramá (18) ficava a oito quilômetros ao norte de Jerusalém. Mas o túmulo de Raquel ficava na estrada para Belém (Gn 35:19). O lugar tradicional, hoje conhecido, fica a cerca de um quilômetro e meio ao norte de Belém. A passagem de Jeremias também está relacionada com os cativos de Jerusalém quando foram levados através de Ramá a caminho da Babilônia em 586 a.C.

Embora na história secular não exista um registro deste perverso massacre dos bebês inocentes em Belém, ele se encaixa perfeitamente com o caráter de Herodes. Como já foi observado anteriormente (cf.comentários sobre 2.3), esse rei cruel e maldo-so enviou três dos seus filhos à morte. Ele também matou a sua esposa favorita, Mariamne, e a mãe dela. Josefo conta como Herodes, ao saber que estava à morte, convocou "todos os principais de toda a nação dos judeus" perante ele, em Jericó, sob pena de morte no caso de desobediência. Ali ele ordenou que fossem trancados no hipó-dromo. Temendo morrer sem que fosse pranteado, ele instruiu a sua irmã Salomé para que, quando ele morresse, e antes que isso fosse anunciado publicamente, todos os líderes judeus no hipódromo fossem assassinados. Assim, ele teria "a honra de uma lamentação memorável no seu funeral".29

4. O Retorno para Nazaré (2:19-23)

Depois da morte de Herodes, o Grande, o anjo do Senhor apareceu, num so-nho, a José (19) e deu-lhe instruções para voltar para a terra de Israel (20). Esta é a terceira vez que se menciona um anjo aparecendo a José em sonhos (cf. Mt 1:20-2.13). A frase num sonho aparece em um total de cinco vezes nestes dois primeiros capítulos (cf. Mt 2:12-22).

Quando José chegou à fronteira da Palestina, ele soube que Arquelau estava reinan-do na Judéia, como sucessor de seu pai. Isto lhe deu medo de fixar residência ali, pois Arquelau era o pior dos filhos de Herodes, o Grande, conhecido por sua maldade e cruel-dade. Josefo diz que logo depois de subir ao trono esse monstro selvagem massacrou três mil pessoas."
Parece que José tinha pensado em voltar a Belém e estabelecer-se ali. Isso seria algo natural para ele, à luz do anúncio do anjo (1:20-21). Uma vez que Jesus era, de forma singular, "o filho de Davi" (cf. 1.1), teria parecido mais adequado que Ele fosse criado em Belém.

Mas esse não era o caso. Avisado novamente em sonhos (22), José foi para as regiões da Galiléia. Ele provavelmente desceu a Estrada de Jericó, cruzou o rio Jordão e subiu o lado leste do vale, voltando a cruzar o rio ao sul do lago da Galiléia. O território que ele atravessou era governado por Herodes Antipas — o "Herodes" dos Evangelhos. Embora fosse filho de Herodes, o Grande, ele não era tão cruel quanto o seu irmão da Judéia. ASsim, os refugiados estariam mais seguros ali. Eles se estabeleceram na sua antiga cidade de Nazaré (cf. Lc 1:26-2.4). Este povoado estava situado cerca de 130 quilômetros ao norte de Jerusalém, e aproximadamente na metade do caminho entre o Mediterrâneo e o mar da Galiléia. Obviamente se tratava de uma cidade pequena e obscura, pois não é mencionada no Antigo Testamento, nem por Josefo, nem no Talmude. A visão que os judeus tinham dela na época de Jesus está claramente evidenciada em João 1:46 — "Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?"

Uma das passagens mais problemáticas neste Evangelho está na citação, ele será chamado Nazareno (23). Muitos estudiosos pensam que não há tal afirmação no Anti-go Testamento. Por exemplo, Green declara que "Não há nenhuma profecia no Antigo Testamento que se pareça sequer remotamente com esta".'

O que deve ser observado é que Mateus não atribui esta citação a nenhum profeta específico; ele apenas disse que isto fora dito pelos profetas. Assim, esta profecia poderia ser interpretada como uma apresentação geral de uma verdade importante. Morison define bem o caso ao dizer que: "Isso indica que o evangelista não está se referindo a nenhuma predição em particular; ao invés disso, ele está reunindo diversas afirmações proféticas e traduzindo o seu significado à fraseologia peculiarmente significativa da sua própria época e localização"." Ele acrescenta, como explicação: "Ser chamado Nazareno era ser chamado de desprezível".

Alguns tentaram encontrar uma conexão de Nazareno com "Nazireu". Isso foi pro-posto por Tertuliano e Jerônimo, no princípio da igreja, e apoiado por Erasmo, Calvino,

Beza e Grotius no período da Reforma.' Mas a teoria sofre de dois defeitos fatais:

1) as raízes hebraicas das duas palavras são muito diferentes;

2) Jesus não afirmava ser um nazireu, nem viveu esse tipo de vida. Como conseqüência, esta idéia deve ser rejeitada.

Uma conexão mais plausível é a feita com a palavra hebraica para "galho" ou "ramo", que é encontrada em diversas passagens nos livros proféticos do Antigo Testamento.

Lange escreve: "A conclusão a que chegamos é que o título Nazareno faz referência à humildade exterior do Messias; de acordo com isso, netzer, em Isaías 11:1, é análoga às expressões usadas em Isaías 53:2 e a outras descrições da aparência humilde do Messias"." Plumptre expressa a idéia de maneira ainda mais apropriada. Ele fala do autor deste Evangelho: "Ele tinha ouvido os homens falarem com escárnio do 'Nazareno' e as mesmas sílabas daquela palavra tinham chegado aos seus ouvidos em uma das mais gloriosas profecias admitidas como sendo messiânicas – 'Brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo —netzer (galho) — frutificará' (Is11,1) ". É interes-sante observar que "Nazareno" é o título normalmente atribuído a Jesus e aos Seus discípulos no Talmude judaico, onde é claramente um termo depreciativo. Box pensa que Nazoraios, a palavra grega em Mateus 2:23 – que ele conecta com a hebraica netzer através do aramaico – pode ter sido escolhida pelos primeiros cristãos como um "título honorário" em oposição à desdenhosa palavra Nazarenos.'

É interessante perceber que todas as Narrativas da Infância de Jesus em Mateus são contadas a partir do ponto de vista de José. Destaca-se o anúncio do nascimento de Jesus que foi feito a ele, e não aquele que foi feito a Maria (como em Lucas). Foi José quem recebeu a ordem de levar o menino Jesus e a Sua mãe ao Egito, e depois de trazê-los de volta à Terra Prometida. Isto está em notável contraste com as histórias dos dois primeiros capítulos de Lucas, que estão escritas a partir do ponto de vista de Maria.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Mateus Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
*

2:1

em dias do rei Herodes. Sabe-se que Herodes, o Grande, morreu em 4 a.C.. Portanto, Jesus realmente nasceu no ano 5 ou 6 a.C. de acordo com a maneira de datar do calendário Gregoriano.

uns magos. Os Magos não eram reis, porém, sacerdotes ou conselheiros de corte, tais como José e Daniel. Eram provavelmente da Mesopotâmia, região da antiga Babilônia, ainda que outros lugares a leste da Palestina tenham sido sugeridos. Há numerosos registros de antigos astrólogos interpretando fenômenos astronômicos como anúncio do nascimento de reis.

* 2:2

estrela. Isto pode ter sido uma conjunção planetária, uma supernova ou algo simplesmente sobrenatural. Qualquer que tenha sido o caso, alude à estrela de Jacó (Nm 24:17), que foi profetizada por outro gentio, Balaão.

* 2:6

A segunda linha da citação em Mateus parece dizer o oposto da segunda linha de Mq 5:2 (“pequena demais”), mas o sentido é que, ainda que Belém pareça insignificante é, na verdade, importante. Os peritos religiosos concluíram dos profetas que o Messias devia nascer em Belém, mas nenhum deles preocupou-se em fazer a curta viagem com os magos, para ver o Cristo.

* 2:11

casa. Jesus não estava mais no estábulo (Lc 2:7). Esta visita ocorreu algum tempo depois do nascimento (v.1), talvez um ano ou mais (conforme v.16). Ainda que dificilmente os magos tivessem consciência do pleno valor simbólico de seus presentes, Mateus os registra para mostrar o cumprimento de passagens do Antigo Testamento, onde os gentios trazem suas riquezas ao rei de Israel (Sl 72:10; Is 60:6).

* 2:15

para que se cumprisse. Oséias 11:1 refere-se à chamada de Deus, de seu filho Israel, para fora do Egito, por ocasião do êxodo. Mateus quer dizer que a história da redenção de Israel por Deus aponta para Jesus, o verdadeiro Filho de Deus.

* 2:18

Mateus cita Jr 31:15, uma profecia a respeito do retorno de Israel do Exílio. Raquel, a mãe, representa todo o Israel em suas lágrimas, e a partida de Cristo para o Egito é como a partida dos filhos de Raquel, José e Benjamin para o Egito (Gn 37:28; 43:15).

* 2:23

Ele será chamado Nazareno. O Antigo Testamento não tem um versículo que corresponda exatamente a este, porém, note-se que Mateus introduz esta referência aos profetas em termos mais gerais do que suas outras citações. Nazaré era o domicílio de Cristo, porém, o ponto de vista de Mateus é, provavelmente, que Jesus seria desprezado como o eram os habitantes de Nazaré (Jo 1:46; 7:42,52). Is 11:1 refere-se ao Messias como um “ramo” (Hebraico, netzer) da raiz de Jessé; Mateus pode ter tido esse versículo em mente.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Mateus Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
2:1 Presépio é um povo pequeno que se acha três quilômetros ao sul de Jerusalém em uma colina 600 metros sobre o nível do mar. É mencionado com mais detalhe no Evangelho do Lucas. A informação que dá Lucas também explica por que José e María se encontravam em Presépio quando Jesus nasceu, em lugar do Nazaret, sua cidade de origem.

2:1 A terra do Israel tinha sido dividida em quatro distritos políticos e em vários territórios pequenos. Judea estava ao sul, Samaria no centro, Galilea ao norte e Idumea ao sudeste.

Presépio da Judea foi profetizado como o lugar de nascimento do Messías (Mq 5:2). Jerusalém estava também na Judea e era a sede do governo do Herodes o Grande, que reinou sobre os quatro distritos políticos. depois da morte do Herodes, os distritos foram atribuídos a três reis(veja-a nota em 2:19-22). Apesar de que foi insensível e malvado ao assassinar a muitos de sua própria família, Herodes o Grande fiscalizou a renovação do templo, fazendo-o maior e formoso. Isto o fez muito popular ante muitos judeus. Jesus visitou Jerusalém muitas vezes porque ali se levavam a cabo as maiores festividades judias.

2:1, 2 Não se sabe muito destes magos (sábios). Não sabemos quantos foram nem de onde vieram. A tradição diz que eram homens de alta posição da Partia, perto da antiga Babilônia. Como souberam que a estrela representava ao Messías? (1) Possivelmente eram judeus dos que permaneceram em Babilônia depois do exílio, e por isso conheciam as predições do Antigo Testamento a respeito da vinda do Messías. (2) Possivelmente eram astrólogos orientais que estudavam manuscritos antigos de todo o mundo. Devido ao exílio judeu de séculos anteriores, certamente havia exemplares do Antigo Testamento em sua terra. (3) Pode ser que recebessem uma mensagem especial de Deus e direção para encontrar ao Messías. Alguns eruditos dizem que eram de diferentes lugares, e que representaram ao mundo inteiro ao prostrar-se ante o Jesus. Aqueles homens de terras longínquas reconheceram no Jesus ao Messías quando a maioria dos escolhidos de Deus no Israel não o fizeram.

Mateus descreve ao Jesus como Rei de todo o mundo, não só da Judea.

2.1, 2 Os magos viajaram milhares de quilômetros para ver o Rei dos judeus. Quando o encontraram, reagiram com gozo, adoração e lhe deram presentes. Quão diferente à forma em que reage a gente hoje. Esperamos que Deus venha a nos buscar, que se dê a conhecer, que demonstre quem é e que nos dê presentes. Mas os que são sábios ainda procuram o Jesus e o adoram, não pelo que podem conseguir, mas sim pelo que O é.

2:2 Os magos disseram que tinham visto a estrela do Jesus. Balaam se refere à vindoura "estrela do Jacó" (Nu 24:17). Alguns dizem que provavelmente foi uma conjunção do Júpiter, Saturno e Marte que se viu o ano 6 a.C. e outros dão outras explicações. Mas, o Deus que criou os céus, não pôde ter feito uma estrela especial para anunciar a chegada de seu Filho? Sem importar muito a natureza da estrela, estes sábios viajaram milhares de quilômetros em busca de um Rei, e o acharam.

2:3 Herodes o Grande se sentiu muito mortificado quando os magos perguntaram sobre o rei recém-nascido porque: (1) Herodes não era o herdeiro ao trono do Davi, e muitos judeus o odiavam por usurpador. Se Jesus era o verdadeiro herdeiro, haveria problemas. (2) Herodes era cruel e, ao ter muitos inimigos, vivia temendo que algum tentasse derrocá-lo. (3) Herodes não queria que os judeus, gente religiosa, unissem-se ao redor de uma figura religiosa. (4) Se aqueles magos eram descendentes de judeus e eram da Partia (a região mais capitalista depois de Roma), alegravam-se do nascimento de um rei judeu que pudesse balançar o poder a gastos de Roma. Israel, que estava longe de Roma, poderia ser presa fácil de uma nação que tentasse estender seus domínios.

2:4 Os principais sacerdotes e professores da Lei tomaram em conta Mq 5:2 e outras profecias sobre o Messías. As notícias dos magos inquietaram ao Herodes porque ele sabia que os judeus esperavam a pronta vinda do Messías (Lc 3:15). A maioria dos judeus esperavam que o Messías fora um grande militar e um libertador político, como Alejandro o Grande. Os conselheiros do Herodes puderam lhe haver dito isto. Herodes não quis correr nenhum risco e ordenou a morte de todos os bebês em Presépio (Lc 2:16).

2:5, 6 Mateus freqüentemente se refere ao Antigo Testamento. Esta profecia, uma paráfrase de Mq 5:2 foi anunciada sete séculos antes.

2:6 Muitos líderes religiosos acreditavam no cumprimento literal de todas as profecias do Antigo Testamento, portanto acreditavam que o Messías nasceria em Presépio. Ironicamente, quando Jesus nasceu, estes mesmos líderes religiosos deveram ser seus maiores inimigos. Quando o Messías, a quem estavam esperando, finalmente veio, não o reconheceram.

2:8 Herodes não queria adorar a Cristo, estava mentindo. Era uma armadilha para obter que os magos retornassem e lhe revelassem os detalhes do rei recém-nascido. O plano do Herodes era lhe dar morte.

2:11 Jesus tinha provavelmente um ou dois anos quando os magos o acharam. Nesse então, María e José já estavam casados, vivendo em uma casa, e tentando permanecer em Presépio por um tempo. Para ter maior informação do porquê ficaram em Presépio, veja-a nota em Lc 2:39.

2:11 Os magos lhe deram estes presentes caros porque eram pressentem valiosos para o futuro rei. Os estudantes da Bíblia viram nos presentes, símbolos da identidade de Cristo e o que O poderia obter. O ouro era um presente digno de um rei; o incenso, um presente para uma divindade; a mirra, uma espécie para um homem mortal, que ia morrer. Estes presentes puderam prover recursos econômicos para a viagem da família em sua volta ao Egito.

2:11 Os magos lhe ofereceram pressentem e adoraram ao Jesus pelo que O era. Esta é a essência da verdadeira adoração: honrar a Cristo por sua pessoa e estar disposto a lhe dar o que consideramos valioso. Adore a Deus porque é perfeito, justo e criador capitalista do universo, digno do melhor que alguém pode dar.

2:12 depois de encontrar ao Jesus e adorá-lo, os magos receberam a advertência de não retornar a Jerusalém como eles tentavam. Encontrar ao Jesus pode significar que sua vida deva tomar uma direção diferente, obediente e aberta à Palavra de Deus. Deseja você seguir um caminho diferente?

2:13 Este é o segundo sonho ou visão que José recebeu de Deus. Seu primeiro sonho revelou que o filho da María seria o Messías (1.20, 21). Seu segundo sonho lhe anunciou como deveria proteger a vida do menino. Apesar de que José não era seu pai natural, era seu pai legal e tinha a responsabilidade de protegê-lo e procurar seu bem-estar. A direção divina vem sozinho a corações preparados. Desde sua primeira visão de Deus, José não se converteu em uma pessoa orgulhosa, mas sim permaneceu receptivo à direção de Deus.

2:14, 15 Ir ao Egito não era estranho porque ali havia colônias judias nas cidades principais. Estas colônias se formaram durante o tempo da grande cautividad (veja-se Jeremías 43-44). Há um paralelo interessante entre esta fuga ao Egito e a história do Israel. Quando o Israel era uma nação em florações, foi ao Egito, como Jesus o fez quando era menino. Deus tirou dali ao Israel (Os 11:1). Deus trouxe de retorno ao Jesus. Ambos os feitos mostram a Deus em ação para salvar a seu povo.

2:16 Herodes, rei dos judeus, deu morte a todos os meninos menores de dois anos, com a idéia obsessiva de matar ao Jesus, o rei recém-nascido. manchou-se as mãos com sangue, mas não conseguiu machucar ao Jesus. Era rei por mandato humano, Jesus o era por mandato divino. Ninguém pode alterar os planos de Deus.

2:16 Herodes temia que aquele rei recém-nascido algum dia o destronasse. Não compreendia a razão da vinda de Cristo. Jesus não queria o trono do Herodes, a não ser ser o Rei na vida do Herodes. Queria lhe dar uma vida eterna, não lhe tirar sua vida presente. A gente hoje, freqüentemente, teme que Jesus lhe tire algo, quando em realidade quer lhe dar verdadeira liberdade, paz e gozo.

2:17, 18 Raquel foi a esposa do Jacó, um dos grandes homens de Deus no Antigo Testamento. Dos doze filhos do Jacó saíram as doze tribos do Israel. Raquel foi sepultada perto de Presépio (Gn 35:19). Para ter uma idéia mais ampla sobre o significado deste texto veja-se Jr 31:15, onde está a passagem que se cita.

2.19-22 Herodes o Grande morreu em 4 a.C. de uma enfermidade incurável. Roma confiava nele, mas não em seus filhos. Herodes sabia que Roma não daria a seu sucessor tanto poder, de maneira que dividiu seu reino em três partes, uma para cada filho. Arquelao recebeu Judea, Samaria e Idumea; Herodes Antipas conseguiu Galilea e Perea; Herodes Felipe II recebeu Traconite. Arquelao, um homem violento, começou seu reinado dando morte a três mil pessoas influentes. Foi deportado nove anos mais tarde. Deus não quis que a família do José fora à região onde governava este malvado.

2:23 Nazaret se achava na zona montanhosa do sul da Galilea, perto ao grande cruzamento de caravanas. A gente do Nazaret tinha contato constante com pessoas de todo o mundo, de modo que as notícias lhes chegavam rapidamente. O povo em si não era grande. A guarnição romana encarregada da Galilea estava estabelecida ali, o que fazia que muitos judeus a desprezassem. Possivelmente por isso Natanael comentou: "Pode sair algo bom do Nazaret?" (Jo 1:46).

2:23 O Antigo Testamento não registra especificamente as palavras "o Messías seria chamado nazareno". Muitos eruditos acreditam, entretanto, que Mateus se estava refiriendo a Is 11:1 onde a palavra hebréia "vergôntea" é similar à palavra "nazareno". Ou possivelmente se referia a uma profecia não registrada. Como é, Mateus descreve ao Jesus como o verdadeiro Messías, que Deus anunciou por meio dos profetas. Sublinhou que Jesus, o Cristo, tinha tido começos inesperados e humildes, tal como o Antigo Testamento o havia predito (veja-se Mq 5:2).

INFORMACION QUE SOLO SE ACHA NO EVANGELHO DO MATEO

1.20-24: A visão do José--

2.1-12: A visita dos magos

2.13-15: Fuga ao Egito--

2.16-18: Matança dos meninos--

27.3-10: A morte do Judas--

27:19: O sonho da esposa do Pilato

27:52: Outras ressurreições

28.11-15: O suborno dos guardas

28:19, 20: enfatiza-se o batismo na Grande Comissão--

Mateus menciona nove anedotas que não aparecem nos outros Evangelhos. Em cada caso, a explicação é que Mateus tinha o propósito de comunicar as boas novas aos judeus. Cinco casos cumprem as profecias do Antigo Testamento (marcadas com asteriscos anteriormente). As outras quatro possivelmente foram de interesse para os judeus do tempo do Mateus.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
C. Seu visitantes (2: 1-12)

2 Ora, quando Jesus nasceu em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que Wisemen vieram do oriente a Jerusalém, dizendo: 2 Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? para nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá- Lv 3:1 E quando o rei Herodes, ouvindo isto, perturbou-se, e toda Jerusalém com Ec 4:1 e, reunindo todos os principais sacerdotes e os escribas do povo, ele perguntou-lhes onde o Cristo deveria nascer. 5 E eles lhe disseram: Em Belém da Judéia, porque assim está escrito pelo profeta:

6 E tu, Belém, terra de Judá,

Art em nenhum menos sábio entre os príncipes de Judá:

Porque de ti sairá um governador,

Quem deve ser pastor do meu povo de Israel.

7 Então Herodes chamou secretamente os magos, e aprendi deles exatamente o momento em que a estrela apareceu. 8 E, enviando-os a Belém, disse: Ide e procurar exatamente pelo menino; e quando vos ter encontrado ele , traga-me palavra, para que também eu vá eo adore. 9 E eles, ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela que tinham visto no oriente, ia adiante deles, até que, chegando, parou sobre onde estava o menino. 10 E quando eles viram a estrela, regozijaram-se com grande alegria. 11 E eles vieram para o casa, viram o menino com Maria, sua mãe; e prostraram-se e adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra. 12 E, sendo advertido de Deus em sonhos para que não voltassem para junto de Herodes, partiram para a sua terra por outro caminho.

Jesus nasceu em Belém da Judéia (v. Mt 2:1 ). Esta era a cidade de Davi, um local adequado para o nascimento do Filho de Davi (Mt 1:1 ). Também não há qualquer indicação de que eles eram reis, como são comumente retratado hoje. É verdade que eles trouxeram presentes reais para Aquele que viria a se tornar o Rei dos reis, mas se eles eram astrólogos eles provavelmente não seria também reis.

À procura de um rei, que, naturalmente, veio para a capital, Jerusalém . Mas o Rei buscavam nasceu em uma manjedoura, não um palácio. Ele não era para ser um potentado político, mas um salvador espiritual.

Assim como, naturalmente, a Magi investigado na Capital: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus (v. Mt 2:2 )? Eles esperavam encontrar toda a cidade viva com entusiasmo sobre o nascimento de um príncipe no palácio real. Em vez disso, seu anúncio foi notícia. Ninguém entendia o que eles estavam falando.

Quando o rei Herodes ouviu falar sobre isso, ele ficou perturbado (v. Mt 2:3 ). Uma coisa que nenhum governante romano poderia permitir era um rival. Herodes, o Grande, era especialmente alérgica a qualquer notícia que ameaçava seu trono. Como um de seus filhos parecia muito ansioso, com a ajuda de sua mãe, para suceder seu pai, o ciumento, astuto velho rei instruiu alguns de seus servos no palácio de inverno em Jericó para ensinar o menino a nadar debaixo de água. A idéia, claro, era para ver quanto tempo eles poderiam prendê-lo sob. Quando o aflito, mãe enfurecida acusou o rei de maquinar a morte de seu filho, Herodes colocar em um funeral de Estado elaborada para provar a sinceridade de sua devoção e a profundidade de sua tristeza. Mas era um verniz tão fina que era transparente. Mais tarde, ele declarou em seu testamento que dois de seus outros filhos foram para herdar o seu reino, mas quando chegou a ele rumores de que eles estavam conspirando contra ele os havia condenado à morte o mesmo. Não admira que um governante romano disse que era mais seguro para ser um dos porcos de Herodes do que um de seus filhos.

Não só foi o rei chateado, mas toda Jerusalém com ele . As pessoas tinham medo de represálias Roman violenta se algum revolucionário apareceu no meio deles.

É interessante notar que Herodes equiparado "Rei dos Judeus" dos Magos com o Cristo (v. Mt 2:4 ). Apesar de não ser ele mesmo judeu, ele viveu a sua vida entre o povo da promessa, e por isso foi um pouco familiarizado com as Escrituras. Então, ele reuniu os principais sacerdotes e escribas -talvez chamado para uma reunião especial do Sinédrio e perguntou-lhes onde o Cristo deveria nascer . Ele estava familiarizado com o fato de que os judeus estavam esperando a vinda do Messias. Se este prometeu Libertador já havia chegado, ele queria saber onde.

Ele não tem que esperar para qualquer pesquisa a ser feita nas antigas Escrituras. A resposta estava na ponta de cada língua judaica escriba -em Belém da Judéia (v. Mt 2:5 ). Foi nesta cidade antiga de Davi que o Messias havia de nascer.

Para fazer backup de sua afirmação os escribas cotados Mq 5:2 ). O Pastor de Israel era para ser seu Salvador. Antes Governou Ele deve dar a sua vida. Não foi muito mais implicado nesta imagem de um pastor do que o antigo profeta supôs ou os escribas contemporâneos realizados.

Herodes privily (v. Mt 2:7) -ou seja, privadamente, secretamente-convocou os homens sábios para o palácio. Cuidadosamente, ele verificou a partir deles exatamente o momento em que a estrela apareceu . Herodes foi tão eficiente quanto ele era esperto e astuto. Seu sucesso notável politicamente se deveu em parte ao fato de que ele era um mestre dos detalhes. Ele queria saber todos os fatos. Em seguida, ele agiu com base neste conhecimento.

Ele também foi o mestre da diplomacia secreta, que geralmente consiste em grande parte de engano. Ele enviou os Magos a Belém, com instruções para procurar exatamente em relação à criança jovem (v. Mt 2:8 ). Quando ele tinha achado que eram para informar o rei onde ele estava, que também eu vá eo adore . Projeto de Herodes, no entanto, não era para adorar, mas para destruir.

Naturalmente, os sábios assumiu a sinceridade do rei, para que eles expor novamente, seguindo divina liderança e comando real. Quando eles deixaram a cidade mais uma vez que viram a estrela (v. Mt 2:9 ), e alegrou-se grandemente (v. Mt 2:10 ). Sua presença deu-lhes garantia a mais de que sua viagem não seria em vão, mas que a sua pesquisa seria coroado com sucesso.

Somos informados de que a estrela ia adiante deles , até que, chegando, parou sobre onde estava o menino (v. Mt 2:9 ). Desde Belém encontra-se a apenas seis quilômetros ao sul de Jerusalém, uma estrela só poderia indicar a direção geral. Nem poderia identificar a casa onde estava o menino Jesus. A estrela levou os sábios para o oeste de terras orientais. Quando chegaram nas fronteiras da Palestina que foi direto para a capital, assumindo que o rei iria nascer ali. Em Jerusalém eles foram dirigidos pelos escribas e Herodes para ir a Belém. Talvez ainda pergunta lá, ou um senso de orientação divina direta, levou-os para a casa onde Jesus viveu.

Eles entraram na casa e viu o menino (v. Mt 2:11 ). Cenas de Natal moderna muitas vezes retratar três homens sábios ajoelhados diante do bebê Jesus em uma manjedoura. Mas aqui somos informados de que eles encontraram o menino em uma casa . Lucas diz-nos que os pastores da noite Jesus nasceu encontraram o menino numa manjedoura. Mas a cena aqui é algo diferente. Herodes havia indagado dos magos "que horas exatamente a estrela apareceu" (v. Mt 2:7 ). Com base na informação que recebeu, ele ordenou que todos os filhos do sexo masculino em Belém, com menos de dois anos de idade para ser morto (v. Mt 2:16 ). Jesus tinha acabado de nascer, um limite de seis meses, certamente teria sido suficiente. A implicação das declarações aqui é que Jesus era, pelo menos vários meses, talvez um ano de idade, quando os sábios o visitou. Deve-se reconhecer, também, que a longa viagem iria demorar um tempo considerável.

Tudo isso afeta o namoro de seu nascimento. Quando o primeiro cálculo foi feito houve um erro de, pelo menos, quatro anos. Para que se descobriu há muito tempo que Herodes, o Grande morreu em 4 AC Por esta razão Arcebispo Ussher of Ireland-contemporâneo de João Wesley-fixada a data do nascimento de Jesus em 4 AC É a cronologia de Ussher que encontramos na maior parte do nosso Inglês Bíblias. Mas os fatos acabámos de ver gostaria de sugerir que Jesus nasceu em 5 ou 6 AC A maioria dos estudiosos hoje favorecem as datas Dt 5:1 - "Veio para o que seus próprios [coisas], e os que estavam a sua não o receberam." Sua própria nação rejeitaram, ea igreja Gentile tomou seu lugar como povo de Deus.

D. seu vôo (2: 13-15)

13 Agora, quando eles se retirado, eis que um anjo do Senhor apareceu a José em sonho, dizendo: Levanta-te e toma o menino e sua mãe, foge para o Egito, e demora-te lá até que eu te digo: porque Herodes há de procurar o menino para o matar. 14 E levantou-se e tomou o menino e sua mãe, de noite, e partiu para o Egito; 15 e lá ficou até a morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio o profeta, que diz: Do Egito chamei o meu filho.

Mais uma vez encontramos um anjo aparece em um sonho . Desta vez, a mensagem a José foi: Levanta-te e toma o menino e sua mãe, foge para o Egito (v. Mt 2:13 ). A razão para o comando foi que Herodes tentaria matar o suposto novo rival para o seu trono. Jesus era divino encarnado Love. Mas Ele estava a ser perseguido pelo ódio humano que iria finalmente pregassem um cruel, vergonhosa cruz. Mas o tempo todo, o Pai celestial estava assistindo. Não até que Sua hora tinha chegado Ele poderia ser morto.Primeiro ele deve cumprir toda a justiça (Mt 3:15) em uma vida sem pecado na Terra e então Ele deve morrer como um sacrifício pelos nossos pecados. O propósito eterno de Deus seria realizado, apesar dos esforços dos homens ímpios. Tudo isso nos dá coragem e fé para o futuro. Plano redentor de Deus, o que inclui a salvação aqui e no futuro para todos os que crêem em Jesus Cristo, e não falhará. O resultado do conflito entre o bem eo mal já está resolvida no propósito soberano de um Deus infinito.

José foi pronto a obedecer. Ele se levantou do seu sono de seu sonho evidentemente despertado ele, e, tendo Jesus e Maria , de noite , ele partiu para o Egito (v. Mt 2:14 ). Ele sabiamente não teve chances, mas fugiu a coberto da escuridão. Ao sul, ele entrou, colocando a maior distância tão rapidamente quanto possível entre sua família ea tirano assassino em Jerusalém. Foi uma longa caminhada de cerca de duzentos quilômetros até o Egito ea viagem levaria várias semanas cansados. Provavelmente a imagem tradicional de José caminhando ao lado do jumento que transportava Maria e Jesus está correto. Parece que José, embora de sangue real, era um camponês pobre que poderia muito provavelmente pagar apenas um burro.

Por quanto tempo a família se hospedaram no Egito não nos é dito. Tudo o que se afirma é que ele esteve lá, até à morte de Herodes (v. Mt 2:15 ). Como já foi referido, este foi Dt 4:1)

16 Então Herodes, vendo que tinha sido iludido os magos, irritou-se muito, e enviou, e matou todos os meninos que havia em Belém, e em toda a sua extensão, a partir de dois anos para baixo, de acordo com o tempo que ele tinha exatamente aprendeu dos magos. 17 Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias, dizendo:

18 Uma voz se ouviu em Ramá,

Choro e grande pranto:

Raquel chorando os seus filhos;

E ela não querendo ser consolada, porque eles não são.

Herodes era mestre na arte de enganar os outros. Mas ele não levou graciosamente a virada de frente dos acontecimentos. Quando ele viu que ele tinha sido ridicularizado (v. Mt 2:16) -melhor "enganado", ele estava indignado superior , ou furiosa. Isso não era nada incomum para Herodes; de fato, isso aconteceu muitas vezes. Desde que ele não conseguia identificar o menino Jesus, ele não se arriscar, por isso ele ordenou o massacre de todas as crianças do sexo masculino que havia em Belém e seus arredores, de dois anos para baixo . Como já foi referido, isto implica que Jesus foi, pelo menos vários meses de idade. É claro que Herodes compreendeu que Jesus tinha nascido na época os sábios viu pela primeira vez a estrela.

Mateus interpreta este incidente como um cumprimento de que o que foi dito pelo profeta Jeremias (v. Mt 2:17 ). Uma e outra vez o Novo Testamento declara que os acontecimentos da vida de Cristo cumpriu as profecias do Antigo Testamento. Este princípio de "promessa-realização" é a chave para a compreensão da unidade da Bíblia. Redenção é uma mistura de profecia e história, tanto divinamente planejado.

A citação no versículo 18 é retirado de Jr 31:15 . Ramá foi cerca de seis quilômetros ao norte de Jerusalém. Foi na estrada os babilônios se seguiria ao tirar os judeus para o cativeiro em 586 BC Claramente Jeremias tinha em mente este evento triste quando ele interpretou Raquel, a mãe de Judá, chorando inconsolável porque seus descendentes estavam sendo levados. Mas, fiel ao princípio da telescópica de profecia, Mateus se aplica esta profecia a matança dos bebês de Belém por outro governante Gentile cruel. Raquel foi enterrado perto de Belém (Gn 35:19 ; Gn 48:7 ).

F. Seu retorno (2: 19-23)

19 Mas tendo morrido Herodes, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, no Egito, dizendo: 20 Levanta-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel, porque eles estão mortos que buscaram vida do menino. 21 E levantou-se e tomou o menino e sua mãe, e foi para a terra de Israel. 22 Mas quando soube que Arquelau reinava na Judéia em lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá; e sendo advertido de Deus em sonho, retirou-se para as regiões da Galiléia, 23 e foi habitar numa cidade chamada Nazaré; para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas que ele deveria ser chamado nazareno.

Quando Herodes estava morto , mais uma vez o Senhor falou a José em um sonho (v. Mt 2:19 ). Mesmo no Egito ele estava perto de Deus. Não é onde vivemos, mas como vivemos o que importa. Entre um povo de religião pagã e da moral pagãs, José ainda manteve contato com o céu. Para escolher de forma egoísta, para obter vantagem material, a viver num ambiente tão ateus muitas vezes provou espiritualmente fatal, mas no centro de homens a vontade de Deus são seguros em qualquer lugar.

Again (. Conforme v Mt 2:13) José foi ordenado: Levanta-te e toma o menino e sua mãe (v. Mt 2:20 ). Mas desta vez o seu destino era diferente: vai para a terra de Israel . Esta deve ter sido uma boa notícia para os exilados longe de casa e entes queridos.

E mais uma vez (conforme v. Mt 2:14) José obedeceu prontamente. Acordando de seu sonho, ele se levantou, tomou o menino e sua mãe (v. Mt 2:21 ). Quem já foi para casa após uma longa viagem sabe que o caminho de volta parece apenas metade do tempo. Com o coração feliz a pequena família deve ter vindo para a terra de Israel .

Em algum lugar, na parte sul da Palestina José ouviu notícias perturbadoras. Arquelau (v. Mt 2:22) tinha sucedido seu pai Herodes como governante da Judéia . Josefo, o historiador judeu nos diz que Arquelau foi muito brutal, déspota cruel, como seu pai.Aparentemente, José estava ciente do caráter do homem e estava com medo de ir para lá . Novamente Deus interveio em um sonho , e assim por José retirou-se para as regiões da Galiléia , no norte da Palestina. Esta região era governada por um outro filho de Herodes, o Grande, Antipas (o "Herodes" do ministério público de Jesus), que não era tão cruel quanto seu irmão. Assim, a família se estabeleceu com segurança em seu território.

A frase em um sonho ocorre nada menos que cinco vezes nos dois primeiros capítulos de Mateus (Mt 1:20 ; Mt 2:12 , Mt 2:13 , Mt 2:19 , Mt 2:22 ). Foi uma das maneiras pelas quais Deus falou ao seu povo antes da vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Desde então, tem desempenhado um papel menor.

Viajando passado Judéia e Samaria, José finalmente se estabeleceu em Nazaré (v. Mt 2:23 ). Esta cidade foi de cerca de 80 milhas ao norte de Jerusalém. Lucas nos informa que a cidade natal de Maria e José era Nazaré (Lc 1:26 ; Lc 2:4:15 ; Zc 3:8:12 . Este é um dos problemas ainda não solucionados de estudo bíblico

Deve-se observar que as narrativas da infância nestes dois primeiros capítulos de Mateus são claramente focado na experiência de José. É sua genealogia no capítulo um, e o anúncio do nascimento de Jesus é feita a ele. No capítulo dois, ele é o único que é ordenado a levar a mãe ea criança para o Egito, para devolvê-los para a Palestina, e liquidá-los na Galiléia. No Evangelho de Lucas as narrativas da infância estão centradas principalmente em Maria.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Mateus Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
  • A homenagem ao Rei (2:1-12)
  • Esses "magos" eram astrólogos orientais que estudavam as es-trelas e tentavam entender os tempos. Eram gentios que Deus chamou especialmente para reve-renciar o Rei recém-nascido. Tal-vez seja uma referência à estrela milagrosa da profecia de Balaão, relatada em Nu 24:1 Nu 24:7. Não sabemos quantos eram os ma-gos, de onde vinham ou qual era o nome deles. Nem sempre as tradições cristãs conhecidas têm fundamento bíblico.

    O título de "Rei dos judeus" de Jesus levantou suspeitas, pois He- rodes temia qualquer pessoa que pudesse ameaçar seu trono. Ele era um monstro desumano que matou os próprios filhos para proteger seu trono. Ele tinha nove (ou dez) espo-sas e era conhecido por sua desle-aldade e concupiscência. Ele, como edomita, naturalmente odiava os judeus. Herodes não conhecia a Pa-lavra do Senhor, mas perguntou aos escribas. Os escribas conheciam a Palavra, mas não agiam de acordo com ela. Os magos ouviam e se-guiam a Palavra! Embora os sacer-dotes estivessem próximos do Mes-sias, não foram vê-lo.

    A visita dos magos é uma indi-cação de que no dia em que o reino for estabelecido na terra, os gentios adorarão o Rei (Is 60:6). A experiên-cia deles é uma boa lição de como descobrir a vontade de Deus: (1) eles seguiram a luz que Deus lhes enviou; (2) eles confirmaram seus passos pela Palavra do Senhor; e (3) eles obedeceram sem questionar, e o Senhor guiou-os em cada passo do caminho. Observe que eles vol-taram para sua terra por outro ca-minho (v. 12). Qualquer um que vai até Cristo volta para casa por outro caminho, pois é uma "nova criatu-ra" (2Co 5:17).

    Mateus citaMq 5:2 a fim de mostrar que Cristo nasceu onde o profeta predissera. Deus deixou de lado a orgulhosa Jerusalém e es-colheu a humilde Belém. O rei Davi era de Belém, e Cristo é "filho de Davi" (1:1). Veja o esboço do ca-pítulo 4 para fazer o paralelo entre Davi e Cristo.

  • O ódio contra o Rei (2:13-18)
  • Da mesma forma como Satanás ten-tou impedir o nascimento de Cristo, agora ele tenta destruí-lo após seu nascimento (Ap 22:1-66). A guerra é da carne contra o Espírito, e, por-tanto, Herodes (um edomita) lutou

    contra Cristo. Não podemos deixar de admirar a fidelidade de José ao obedecer ao Senhor e cuidar de Ma-ria e Jesus. Mateus cita Dn 11:1 para mostrar que Jesus iria para o Egito. Herodes não matou mais que 20 bebês, já que não devia haver muitos bebês recém-nascidos na cidade. Mateus viu nisso o cumpri-mento deJr 31:15.

  • A humildade do Rei (2:19-23)
  • José usou seu consagrado bom sen-so e não retornou para a Judéia. Deus ratificou a decisão, e a famí-lia mudou-se para Nazaré. Mateus refere-se ao que "fora dito por inter-médio dos profetas" (v. 23, observe o plural), já que Cristo é chamado de "o Renovo" em lsaías 11:1 e 4:2; e também em Jr 23:5 e 33:15, e em Zc 3:8 e 6:12. Como Je-sus vivia em um lugar desprezado, era um Renovo humilde; mas, um dia, o Renovo florescería com bele-za e muita glória.

    Nazaré era uma cidade ignó-bil. "De Nazaré pode sair alguma coisa boa?" (Jo 1:46). Jesus era um Rei humilde. Ele esvaziou-se e hu-milhou-se até a morte para salvar- nos (Fp 2:1-50).

    Nos primeiros dez capítulos, Ma-teus relata a revelação do Rei para a nação de Israel. Nos capítulos 1:2, ele apresentou os ancestrais e o nas-cimento do Rei, mostrando para os profetas que Jesus Cristo é o Rei de Israel. No capítulo 3, ele apresenta Jesus por intermédio de seu "precur-sor", João Batista.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Mateus Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
    2.1 Belém do Judéia. Para distingui-la da Belém de Zebulom (Jz 19:15). O nome distintivo ocorre também em Rt 1:1. Rei Herodes. Chamado o Grande. Era um descendente de Esaú. Começou a reinar em 37 a.C., e morreu pelo ano 4 a.C. Os romanos chamaram-no Rei dos judeus. Era um homem cruel, bárbaro, sanguinário. Uns magos do oriente. Os magos eram astrólogos ou mágicos; às vezes o termo incluía os que trabalhavam em outras ciências, as quais na época tinham pouco a ver com o "espírito científico", e incluíam a superstição, a magia e impostura. O comentário que os antigos pais da Igreja fizeram sobre esta cena, é que representa a astrologia e a magia curvando-se perante Cristo, reconhecendo que a iluminação de Cristo dissipa as trevas da falsa sabedoria. As lendas populares atribuíram nomes a estes magos, fazendo deles três reis orientais; talvez o número de presentes (v. 11) e uma aplicação do Sl 72:10-19, levaram a estas conjeturas, porém o evangelho não se detém nestes assuntos.

    2.2 Vimos a sua estrela no Oriente. O astrônomo Kepler calcula que se tratava da conjunção de Júpiter e Saturno na constelação de Peixes, em 7 a.C. Outros sugerem que se tratava de alguma estrela variável, com seu surgimento e desaparecimento periódicos, uma das quais foi notada pelos chineses em 4 a.C. Os magos, como astrólogos, teriam se interessado imediatamente. O certo é que Deus concedeu no tempo apropriado a visão da estrela prometida emNu 24:17. • N. Hom. A obediência:
    1) Dos magos, "vimos e viemos”, 2.2;
    2) De José, 1.20, 22;
    3) De Maria, Lc 1:26-42, Lc 1:38.

    2.11 Alguns supõem que Jesus já teria dois anos de idade na época, por causa das crianças que Herodes resolveu matar. Mas a contagem judaica usaria o termo "de dois anos para baixo' para as crianças até. um ano completo de idade. Herodes na sua ansiedade historicamente comprovada, de eliminar qualquer possível pretendente ao trono, não perderia a garantia de matar esta criancinha só por causa de algum equivoco de meses. Maria e José só teriam ficado em Belém até completar os 40 dias da purificação (Lc 2:22 com Lv 12:2-4). O adoraram. A adoração incluía presentes significativos: ouro, simbolizando a realeza; incenso, a divindade; mirra, o sacrifício. Além do simbolismo, é claro que eram presentes valiosos, ofertados para aquele que era reconhecido, no mínimo, como futuro rei de Israel.

    2.13 Tendo eles partido. Tanto os magos como José e Maria, foram desviados do caminho de Herodes, pela mensagem mandada por Deus.

    2.15 Até a morte de Herodes. Herodes o Grande; morreu em c. 4 a.C.; calculas-se então o nascimento de Cristo para 6 ou 7 a.C., e assim, o máximo que José e Maria podiam ter passado no Egito seria um período de dois anos, quando então receberam a ordem divina de voltar.

    2.23 Nazareno, A palavra aplica-se a quem mora em Nazaré; relembra o nazireu, que se consagrava especial e totalmente à adoração de Deus (Nu 6:1-4); e ainda coincide com a palavra hebraica necer, "renovo" que é um dos títulos do Messias (Is 11:1). Jesus tornou-se triplamente merecedor do título "Nazareno".


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Mateus Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
    A visita dos magos (2:1-12)
    Os magos (magoi) eram astrólogos, que criam que os movimentos dos corpos celestes e o destino dos homens estavam interligados, v. 2. Vimos a sua estrela', eles conectaram isso com o nascimento do esperado rei dos judeus. O texto nos conta pouco demais para podermos determinar que tipo de estrela era e por que eles a associavam ao nascimento do Messias. Não há sugestão de que a estrela [...] foi adiante deles até o trecho final da sua jornada, tampouco o texto nos informa de como isso seria possível.

    A história é profética em relação ao que estava para acontecer. “Dessa vez, os magos anteciparam 1srael, que possuía a clara palavra profética” (Schlatter). Provavelmente devem ter ouvido acerca da esperança de Israel por meio dos judeus, mas eles tiveram de contar a Israel que a palavra tinha se cumprido.

    Era a vontade de Deus que o seu Filho, que é profeticamente chamado de Israel (Is 49:3 não causa dificuldades, quando percebemos que Mateus está dizendo que Jesus estava recapitulando a história do seu povo, mas o que podemos dizer do v. 18 com sua citação de Jr 31:15? Isso está um pouco antes da alegria da promessa da Nova Aliança (Jr 31:31-24). Mesmo assim, quando o Autor da Aliança veio, teve de ser precedido pela tristeza, v. 22. Arquelaw. Filho de Herodes; conforme “Pano de fundo histórico e político”, p. 1438.

    Nazaré é mencionada numa inscrição encontrada em Cesaréia em 1962 e em um poema de uma sinagoga do século VII baseado em material muito mais antigo, mas não aparece entre as centenas de topônimos da Galiléia tanto em Josefo quanto nos escritos rabínicos. Construída um pouco mais acima da cidade moderna no monte, a cidade ficava perto da junção de três estradas secundárias, mas era pouco mais do que uma vila, ofuscada por suas cidades vizinhas (conforme Dal-man, cap. III).
    v. 23. Ele será chamado Nazareno: Não é realmente uma citação do AT. Serve a três propósitos: (1) Conecta com Is 11:1, “das suas raízes brotará um renovo (nêser)”, e, por meio desse texto, com todos os outros que indicam a origem humilde do Messias. (2) Por meio da modéstia de Nazaré, a citação nos lembra de trechos como os do Cântico do Servo em Is 40:55. (3) Na forma de soletrar Nazaré, Mateus quer nos lembrar os na-zireus (Nu 6:1-4) e, daí, a devoção total de Jesus a Deus. Acerca das profecias nesse capítulo como um todo, conforme “O uso neotesta-mentário do Antigo Testamento” (p. 1538).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 2 do versículo 1 até o 12

    Mateus 2

    C. A visita dos Magos. Mt 2:1-12.

    Mateus que é o único a registrar este incidente, mostra a contraste de atitudes entre os sábios que não eram judeus que viajaram de longe para ver Jesus e as autoridades judias que não foram capazes de caminhar cinco milhas.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 2 do versículo 7 até o 8

    7,8. Herodes intimou os sábios, sob pretenso e sincero interesse, pedindo informações exatas sobre a primeira aparição da estrela (parece que ainda não fora avistada em Jerusalém). Seus motivos, entretanto, eram os de precisar a data do nascimento de Jesus, para poder mais facilmente localizá-lo e destruí-lo.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 2 do versículo 1 até o 12
    c) Os magos do Oriente (Mt 2:1-40. A aldeia era ao sul de Jerusalém. Judéia (1), isto é, a província romana da Judéia, das três províncias palestinas a oeste do Jordão é a que fica mais a sul. O rei Herodes (1). Da família Iduméia, era rei, sob os romanos, de toda a Palestina. Cognominado geralmente Herodes, o Grande. Os magos, talvez astrólogos pertencentes á mesma classe de homens chamados caldeus em Ez 2:2. É provável que vieram da Mesopotâmia. Embora existindo muitas lendas a respeito, nada se sabe das circunstâncias da sua viagem, além dos pormenores dados neste Evangelho. Aquele nascido Rei dos Judeus (2). Esta frase constitui eco das esperanças messiânicas dos judeus. Sua estrela (2). Não há evidência suficiente para sabermos se era fenômeno astronômico ou uma manifestação sobrenatural. A adorá-lo (2). É patente que os magos já o consideraram como Ser divino.

    >Mt 2:4

    Os príncipes dos sacerdotes e escribas (4). Era natural que os magos se referiam aos chefes religiosos. Os escribas (heb. sopherim, gr. grammateis) eram os intérpretes oficiais da lei mosaica e constituíam uma espécie de ordem de religiosos eruditos. Cristo (4). Tradução grega da palavra hebraica Messias. Ambas significam "o ungido". Os reis e sacerdotes judeus eram ungidos como sinal de consagração e a cerimônia lhes dava uma santidade especial. E tu Belém... meu povo de Israel, (6). Referência a Miquéias (Mt 5:2), sem ser citação exata dos LXX, nem tradução literal do hebraico. Sem dúvida, os chefes religiosos compreendiam o trecho como profecia a respeito do nascimento do Messias e com esta interpretação a Igreja Cristã concorda.

    >Mt 2:11

    A casa (11). A santa família não se achava mais no estábulo da estalagem de Belém. Visto que este incidente tomou lugar a um tempo indeterminado durante o período de dois anos depois do nascimento de Jesus (ver o vers. 16), há possibilidade de que a família estivesse na Galiléia. A matança dos inocentes em Belém, por Herodes, numa data posterior foi baseada na profecia e não nas informações que lhe foram dadas a respeito do lugar onde o menino Jesus fora encontrado. Adoraram (11). Os magos teriam recebido uma revelação ampla a respeito da pessoa de Cristo. Dádivas (11). As três qualidades de dádivas são consideradas usualmente como símbolos do ofício tríplice de Cristo, como rei, sacerdote e profeta.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Mateus Capítulo 2 do versículo 1 até o 23

    3. Tolos e Sábios (Mateus 2:1-12)

    Agora, depois de Jesus nasceu em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vindos do Oriente chegaram a Jerusalém, dizendo: "Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Vimos a sua estrela no oriente e viemos para adorá-Lo. " E quando o rei Herodes, ouvindo isto, perturbou-se, e toda Jerusalém com ele. E, reunindo todos os principais sacerdotes e os escribas do povo, ele começou a perguntar-lhes onde o Cristo deveria nascer. E eles disseram-lhe: "Em Belém da Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta:" E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum a menor entre as principais cidades de Judá; porque de ti sairá uma régua, que há de apascentar o meu povo Israel. '"
    Então Herodes chamou secretamente os magos, e verificado a partir-lhes o tempo que a estrela aparecera. E enviou-os a Belém, e disse: "Vá, e faça busca cuidadosa para a Criança;. E quando você tê-lo encontrado, relatório para mim, para que eu também possa vir e adorá-Lo" E tendo ouvido o rei, eles seguiram o seu caminho; e eis que a estrela, que tinham visto no oriente, ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre onde estava o menino. E quando eles viram a estrela, regozijaram-se com grande alegria. E entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe; e, prostrando-se o adoraram; e abrindo os seus tesouros, apresentada a ele presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados ​​por Deus em sonho para não voltarem a Herodes, partiram para a sua terra por outro caminho. (2: 1-12)

    Continuando o seu impulso para estabelecer direito a verdadeira e definitiva realeza de Israel de Jesus, no capítulo 2 Mateus dá três evidências adicionais de Jesus de Nazaré de direito real legítimo, único e absoluto para o trono de Davi. No capítulo 1, vimos a evidência de genealogia real de Jesus e de seu nascimento virginal. No presente capítulo, primeiro ver o depoimento dos magos, que veio para dar homenagem e presentes ao menino Jesus: "Aquele que é nascido rei dos judeus" (__Davi__2: 2). Os poderosos fazedores de reis orientais de Persia viajou uma grande distância para reconhecer e homenagear um rei em cuja coroação eles não tinham parte, um rei muito maior do que qualquer outro que teve sempre, ou jamais, definido em um trono.
    A próxima prova da realeza de Cristo é mostrado em um negativo, ou reverter, maneira, através do antagonismo e ódio de Herodes. Esquema desonesto de Herodes para descobrir e destruir este bebê desconhecido mostra seu medo de que a declaração do magi sobre a criança poderia ser correto, e dá testemunho não intencional a verdadeira realeza de Jesus. Herodes sabia que ele mesmo era um usurpador do trono sobre o qual ele se sentou apenas em virtude de Roma-que-se governou Judá apenas pelo "direito" da força militar. Herodes era um edomita, não um judeu, e não tinha nenhuma reivindicação legítima para ser o rei dos judeus. Ele, portanto, temido e odiado até mesmo a sugestão de um pretendente rival. Mas mesmo o ódio do falso rei deu testemunho indirecto para a identidade do verdadeiro Rei.
    A terceira prova da realeza de Cristo dada no capítulo 2 é apresentado através de quatro profecias messiânicas cumpridas. Alguns trezentos e trinta predições do Antigo Testamento preocupação de Jesus Cristo. No capítulo 2 Mateus aponta quatro dessas profecias que se cumpriram durante a infância de Jesus. Não há nenhuma possibilidade razoável de que mesmo aqueles de quatro muito menos tudo trezentos e trinta e poderia ter sido cumprida acidentalmente na vida de um único indivíduo. Esse fato, por si só é uma evidência esmagadora de controle soberano de Deus da história e da fiabilidade absoluta de Sua Palavra.
    Mateus usa as quatro profecias como uma estrutura literária em torno do qual ele apresenta os eventos registrados neste capítulo. Cada uma das previsões está diretamente relacionada com a localização geográfica intimamente relacionado com o nascimento de Jesus e primeira infância. Os quatro locais são Belém, Egito, Ramá, e Nazaré.
    O presente em torno da previsão do nascimento de Jesus em alto-passagem Belém-centra-se na vinda dos Magos para adorar a Jesus, o que de alguma forma sabia que tinha nascido Rei dos Judeus. Dentro dessa história também vemos a reação de Herodes e dos principais sacerdotes e escribas que a mesma notícia. Neste breve texto, vemos exemplos das três respostas básicas que os homens fizeram a Jesus quando Ele estava na terra, os mesmos três respostas que os homens ao longo da história fizeram ao Senhor. Alguns, como Herodes, são hostis a Ele; Alguns, como os sumos sacerdotes e escribas, são indiferentes a Ele; e alguns, como os magos, adorá-Lo.

    A chegada dos Reis Magos

    Agora, depois de Jesus nasceu em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vindos do Oriente chegaram a Jerusalém, dizendo: "Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Vimos a sua estrela no oriente e viemos para adorá-Lo. " (2: 1-2)

    Os eventos descritos nesta passagem provavelmente ocorreu vários meses depois que Jesus nasceu . Vemos a partir Dt 2:11 que a família de Jesus estava agora ficar em uma casa, em vez de o estábulo onde nasceu (Lc 2:7). O fato de que ela se ofereceu "um par de rolas ou dois pombinhos" (Lc 2:24), em vez de o cordeiro normal (Lev. 12: 6-8) indica que a família era pobre. Teve esta oferta foi feita após os magos com seus presentes caros (Mt 2:11), já tinha visitado Jesus, o cordeiro poderia facilmente ter sido dada e teria sido necessária.

    Belem da Judéia

    Como ainda é hoje, Belém era então uma pequena cidade cinco ou seis quilômetros ao sul de Jerusalém, na região montanhosa fértil da Judéia (Judá). Ele é embalada entre duas cristas e foi localizado ao longo da principal estrada antiga de Jerusalém para o Egito. Ele já foi chamado de Efrata, ou Efrata, e é referido por esse nome várias vezes no Antigo Testamento (Gn 35:16; Rt 4:11; Sl 132:1:. Sl 132:6; Mq 5:2), o local tradicional de cujo túmulo ainda é mostrado aos turistas hoje. Foi também aqui que Rute conheceu e casou com Boaz (Rt 1:22; Rt 2:4, 1Sm 17:15.). Na época do nascimento de Jesus, há muito tempo tinha sido chamado de "cidade de Davi" (Lc 2:4). O profeta Miquéias especificamente prometeu que o Messias viria a partir desta pequena aldeia (5: 2).

    Herodes, o rei

    Este Herodes , conhecido como "o Grande", é o primeiro de vários Herodes mencionada no Novo Testamento. Júlio César havia designado seu pai, Antípatro, para ser procurador, ou governador, da Judéia sob a ocupação romana. Antipater então conseguiu ter seu filho Herodes nomeado prefeito da Galiléia. Nesse escritório Herodes foi bem sucedido em sufocar as guerrilhas judaicas que continuaram a lutar contra os seus governantes estrangeiros. Depois de fugir para o Egito quando os partos invadiram a Palestina, Herodes, em seguida, foi para Roma e em 40 AC, foi declarado por Otaviano e Antony (com a anuência do Senado romano) para ser o rei dos judeus. Ele invadiu a Palestina no próximo ano e, depois de vários anos de luta, expulsou os partos e estabeleceu o seu reino.

    Porque ele não era judeu, mas Idumean (edomita), Herodes casado Mariamne, herdeira da casa Hasmonean judaica, a fim de tornar-se mais aceitável para os judeus agora ele governou. Ele era um guerreiro inteligente e capaz, orador e diplomata. Em tempos de graves dificuldades económicas que ele deu para trás algum dinheiro dos impostos recolhidos do povo. Durante a grande fome de 25 BC ele derretidos vários objetos de ouro no palácio para comprar comida para os pobres. Ele construiu teatros, pistas de corrida, e outras estruturas para proporcionar entretenimento para as pessoas e, em 19 AC , começou a reconstrução do Templo em Jerusalém. Ele reviveu Samaria e construiu a bela cidade portuária de Cesareia em honra do seu benfeitor Caesar Augustus (título de Otaviano). Ele embelezou as cidades de Beirute, Damasco, Tiro, Sidon, e Rhodes, e ainda fez contribuições para a reconstrução de trabalho em Atenas. Ele construiu a fortaleza notável e quase inexpugnável de Masada, onde em AD 73 quase mil defensores judeus cometeram suicídio ao invés de ser capturada pelo general romano Flavius ​​Silva.

    Mas Herodes também foi cruel e impiedoso. Ele era incrivelmente ciumento, desconfiado e com medo por sua posição e poder. Temendo a ameaça potencial, ele teve o sumo sacerdote Aristóbulo, que era sua esposa, irmão de Mariamne, afogou-depois que ele forneceu um magnífico funeral onde ele fingiu chorar. Ele então teve Mariamne se matou, e depois sua mãe e dois de seus próprios filhos. Cinco dias antes de sua morte (cerca de um ano depois que Jesus nasceu), ele teve um terceiro filho executado. Uma das maiores evidências de sua sede de sangue e crueldade insana estava tendo os cidadãos mais ilustres de Jerusalém detido e preso pouco antes de sua morte. Porque ele sabia que ninguém iria chorar a sua própria morte, ele deu ordens para que os prisioneiros a ser executado no momento em que ele morreu, a fim de garantir que não haveria luto em Jerusalém. Esse ato bárbaro foi excedido em crueldade apenas pelo seu abate de "todas as crianças do sexo masculino que havia em Belém e em todos os seus arredores, de dois anos para baixo" (Mt 2:16), na esperança de matar qualquer ameaça ao seu trono Daquele a magi disse tinha nascido Rei dos Judeus .

    Magos do Oriente

    Poucas histórias bíblicas são tão bem conhecidas, mas tão obscurecida pelo mito e tradição, como o da magos , ou sábios, mencionada por Mateus. Durante a lenda Idade Média desenvolvido que eles eram reis, que eram em número de três, e que os seus nomes Casper, Balthazar e Melchior. Porque eles foram pensados ​​para representar os três filhos de Noé, um deles é frequentemente retratado como um etíope.Um bispo de Colônia do século XII até mesmo alegou ter encontrado seus crânios.

    Os únicos fatos legítimos que sabemos sobre esses magi particular, são os poucos dada por Mateus nos primeiros doze versículos do capítulo 2. Não nos é dito o seu número, os seus nomes, seus meios de transporte para a Palestina, ou o país ou países de origem eles vieram. O fato de que eles vieram do leste teria sido assumida pela maioria das pessoas nos tempos do Novo Testamento, porque os magos eram conhecidos principalmente como a classe sacerdotal-política dos partos-que viviam ao leste da Palestina.
    Os magos aparecem pela primeira vez na história, no século VII AC, como uma tribo dentro da nação Median no leste da Mesopotâmia. Muitos historiadores consideram-nos ter sido semitas, que se assim for, fizeram-com os judeus e árabes-descendentes do filho de Noé Shem. Pode ser também que, como Abraão, vieram os Magos antiga Ur, na Caldéia. O nome magi logo passou a ser associado apenas com o sacerdócio hereditário dentro dessa tribo. Os magos se tornaram hábeis em astronomia e astrologia (que, naquele dia, estavam intimamente associados) e tinha um sistema de sacrifício que tanto se assemelhava a um Deus deu a Israel por meio de Moisés. Eles estavam envolvidos em várias práticas ocultistas, incluindo a feitiçaria, e foram especialmente conhecida por sua capacidade de interpretar sonhos. É a partir de seu nome que as nossas palavras magia e mágico são derivadas.

    Um elemento princípio da adoração mago era o fogo, e em seu altar principal queimou uma chama perpétua, que alegaram desceu do céu. Os magos eram monoteístas, acreditando na existência de um único Deus. Por causa de seu monoteísmo, foi fácil para os magos para se adaptar ao ensino do século VI AC líder religioso persa chamado Zoroastro, que acreditava em um deus único, Ahura Mazda, e uma luta cósmica entre o bem eo mal. Dario, o Grande estabelecido zoroastrismo como religião oficial da Pérsia.

    Por causa de seu conhecimento combinado da ciência, agricultura, matemática, história, e ocultismo, a sua influência política e religiosa continuou a crescer até que se tornou o grupo mais importante e poderosa de assessores na Medo-Persa e, posteriormente, o império babilônico. Não é de estranhar, portanto, que muitas vezes eles eram chamados de "homens sábios". Pode ser que "a lei dos medos e dos persas" (ver Dn 6:8, Dn 6:15; Et 1:19) foi fundada sobre os ensinamentos destes magos. Contam os historiadores que não persa jamais foi capaz de tornar-se rei sem dominar as disciplinas científicas e religiosas do magi e, em seguida, ser aprovado e coroado por eles, e que esse grupo nomeações judiciais também em grande parte controlados (conforme Et 1:13). Nergal-sar-Ezer, Rab-mag, chefe dos magos da Babilônia, foi com Nabucodonosor quando ele atacou e conquistou Judá (Jr 39:3), Daniel passou a ser altamente considerado entre os magos. A conspiração contra Daniel, que o levou a ser jogado na cova dos leões foi fomentado pelos sátrapas ciumento e os outros comissários, não Magos (Dan. 6: 4-9).

    Por causa da alta posição de Daniel e grande respeito entre eles, parece certo que os magos aprendeu muito com esse profeta sobre o único Deus verdadeiro, o Deus de Israel, e sobre a sua vontade e os planos para o Seu povo através da vinda gloriosa Rei. Porque muitos judeus permaneceram na Babilônia depois do exílio e casaram-se com as pessoas do leste, é provável que a influência messiânica judaica manteve-se forte na região, mesmo até os tempos do Novo Testamento.
    Durante ambos os impérios grego e romano poder e influência da magi continuou nas províncias orientais, particularmente em Partia. Como mencionado acima, foram os partos que Herodes, em nome de Roma, expulsou da Palestina entre 39 e 37 AC , quando sua realeza da Judéia começou. Alguns magos-muitos deles provavelmente párias ou falsos-praticantes viveu em várias partes do Império Romano, incluindo a Palestina. Entre eles estava Simon de Samaria (At 8:9; At 16:14) —são mencionados no Novo Testamento.

    Quando esses magos, porém muitos foram, chegaram a Jerusalém , começaram a perguntar: " Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? " A construção grega (dizendo é um particípio presente dando ênfase à ação contínua) sugere que eles foram em torno do cidade questionando quem eles se conheceram. Porque eles, como os estrangeiros, sabia do nascimento monumental, que, aparentemente, assumiu que ninguém na Judéia, e, certamente, em Jerusalém, saberia do paradeiro deste bebê especial. Eles devem ter sido mais do que um pouco chocado ao descobrir que ninguém parecia saber o que eles estavam falando.

    Durante esse tempo, não havia expectativa generalizada da vinda de um grande rei, o grande libertador. O historiador romano Suetônio, falando do tempo em torno do nascimento de Cristo, escreveu: "Não tinha se espalhado por toda a Orient um velho e estabeleceu crença de que ele estava predestinado naquela época para os homens vindos de Judéia para governar o mundo." Outro historiador romano, Tácito, escreveu que "houve uma firme persuasão de que neste exato momento em que o leste estava a crescer forte e governantes vindos de Judéia eram para adquirir um império universal." O historiador judeu Flávio Josefo relata em suas guerras judaicas que mais ou menos na época do nascimento de Cristo, os judeus acreditavam que um de seu país em breve tornar-se governante da terra habitável.

    Como visto nos escritos do poeta romano Virgílio (70-19 AC ), Roma estava esperando a sua própria idade de ouro. Augusto César, benfeitor de Herodes, teve por algum tempo sido aclamado como o salvador do mundo. Muitos magos podia ser encontrada nas grandes cidades do oeste, incluindo Atenas e Roma, e foram frequentemente consultados pelos governantes romanos. Os romanos foram à procura de um grande idade chegando, homens sábios do leste há muito influenciou a oeste com as suas ideias e tradições, e, embora as indicações variaram consideravelmente-havia um sentimento crescente de que em algum lugar um líder grande e sem precedentes mundo estava prestes a surgir.

    Não nos é dito como o Deus da revelação causou o magi saber que o Rei dos Judeus tinha nascido, só que Ele lhes deu o sinal da Sua [o chamado Rei] estrela no oriente . Quase como muita especulação foi feita sobre a identidade dessa estrela como sobre a identidade dos homens que viram. Alguns sugerem que era Júpiter, o "rei dos planetas." Outros afirmam que foi a conjunção de Júpiter e Saturno, formando o sinal da era usado como um símbolo para o cristianismo na igreja primitiva durante as perseguições romanas que-peixe. Outros ainda afirmam que foi um meteoro baixo pendurado, um cometa errático, ou simplesmente uma visão interna da estrela do destino nos corações da humanidade.

    Uma vez que a Bíblia não identificar ou explicar a estrela, não podemos ser dogmáticos, mas pode ter sido a glória do Senhor, a mesma glória que brilhou ao redor dos pastores quando o nascimento de Jesus foi anunciado a eles pelo anjo (Lc 2:9). Quando Moisés subiu ao monte Sinai, "aos olhos dos filhos de Israel a aparência da glória do Senhor era como um fogo consumidor no cume da montanha" (Ex 24:17). Em uma ocasião mais tarde, depois que Moisés tinha inscrito os Dez Mandamentos em tábuas de pedra, com o rosto ainda brilhava com a luz da glória de Deus, quando ele voltou para o povo (Ex 34:30).

    Quando Jesus foi transfigurado diante de Pedro, Tiago e João, "o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz" (Mt 17:2). Em sua visão da Nova Jerusalém, o futuro habitação celestial de todos os crentes, ele relata que "a cidade não necessita de sol nem de lua para iluminar, para a glória de Deus iluminou-lo, e sua luz se Cordeiro "(Ap 21:23).

    Tanto o hebraico ( Kokab ) e os gregos ( Aster ) palavras para estrelas também foram usadas em sentido figurado para representar qualquer grande brilho ou esplendor. Muito cedo, no Antigo Testamento, o Messias é descrito como uma "estrela [que] sairá de Jacó" (Nu 24:17), e no final do Novo Testamento Ele se refere a si mesmo como "a brilhante estrela da manhã "(Ap 22:16). Foi certamente a glória de Deus, brilhando como se fosse um extremamente brilhante estrela visível apenas aos olhos de quem se pretendia ser visto-que apareceram para os magos no leste e depois guiou para Belém. Foi uma manifestação brilhante de "o sinal do Filho do Homem" (ver Mateus 24:29-30; Ap 1:7), apenas os olhos dos magos foram abertos para ver uma grande luz de Deus sobre Belém.

    Que os magos não estavam seguindo a estrela é claro do fato de que eles tinham para perguntar sobre onde Jesus nasceu. Eles vimos a sua estrela no oriente , mas não há provas de que ele continuou a brilhar ou que os levou a Jerusalém. Não foi até que eles foram informados do local de nascimento profetizou do Messias (2: 5-6) que a estrela reapareceu e, em seguida, orientado-os não só a Belém, mas para o lugar exato "onde estava o menino" (9 v.).

    Estes viajantes do oriente tinha vindo à Palestina com um único propósito: encontrar o One Rei nascido dos judeus e adorá-Lo . A palavra adoração é cheio de significado, expressando a idéia de cair, prostrar-se e beijando os pés ou com a bainha da roupa de um honrado. Que a verdade em si mostra que eles eram verdadeiros buscadores de Deus, porque quando ele falou com eles, de qualquer maneira que fosse, eles ouviram e responderam. Apesar de seu paganismo, quase-ciência, e superstição que reconheceu a voz de Deus quando Ele falou. Apesar de ter tido limitado luz espiritual, que imediatamente reconheceu a luz de Deus quando ele brilhou sobre eles. Eles tinham verdadeiramente procura corações, corações que o Senhor promete nunca vai deixar de encontrá-Lo (Jr 29:13).

    Em uma viagem de avião de vários anos atrás, eu estava esperando que quem sentou ao meu lado seria tirar uma soneca e não quero falar, para que eu pudesse obter algum trabalho urgente feito. O Senhor obviamente tinha outros planos, porque assim que o homem ao meu lado vi que eu estava estudando, ele perguntou se eu fosse um professor. Eu respondi que não era um professor em sala de aula, mas que eu fiz ensinar a Bíblia. A pergunta seguinte foi: "Você pode me dizer como ter um relacionamento pessoal com Jesus Cristo?" Depois de explicar o caminho da salvação, ele recebeu a Cristo. Ele estava olhando para a luz de Deus e, como os magos, quando viu que ele sabia disso.



    A preocupação de Herodes

    E quando o rei Herodes, ouvindo isto, perturbou-se, e toda Jerusalém com ele. E, reunindo todos os principais sacerdotes e os escribas do povo, ele começou a perguntar-lhes onde o Cristo deveria nascer. E eles disseram-lhe: "Em Belém da Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta:" E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum a menor entre as principais cidades de Judá; porque de ti sairá uma régua, que há de apascentar o meu povo Israel. '"
    Então Herodes chamou secretamente os magos, e verificado a partir-lhes o tempo que a estrela aparecera. E enviou-os a Belém, e disse: "Vá, e faça busca cuidadosa para a Criança;. E quando você tê-lo encontrado, relatório para mim, para que eu também possa vir e adorá-Lo" (2: 3-8)

    A resposta de Herodes era exatamente o oposto do que a dos Reis Magos. Considerando que os magos se alegraram com noticia do nascimento de Jesus, quando o rei Herodes, ouvindo isto, perturbou-se . A ansiedade do rei não é difícil de entender. Em primeiro lugar, ele estava sentado em um barril de pólvora político e religioso. Ele havia levado os partos fora da Palestina, mas teve de continuar lutando contra os bandos de fanáticos judeus que queriam seu país para ser livre de ocupação romana e dominação. Especialmente à luz de seu ciúme intenso e paranóia, qualquer menção a um outro rei dos judeus mandou para um frenesi de medo e raiva.

    O fato de que os magos se foram, provavelmente, partos, ou intimamente associada com os partos, deu Herodes causa especial de preocupação. Porque o magi neste momento ainda eram poderosos no leste, é provável que eles viajaram com um grande contingente de soldados e funcionários-causando a sua presença em Jerusalém para parecer ainda mais ameaçador para Herodes. Por causa de sua riqueza, prestígio e poder, eles tinham a aparência e comportamento de de royalties que é porque eles têm sido muito tradicionalmente retratado e cantada sobre como reis do Oriente. O Magi não eram místicos simples e, como mencionado acima, o seu número pode ter sido consideravelmente mais do que três. Para Herodes, o surgimento desta empresa impressionante pressagiava uma ameaça política renovada a partir do leste. E embora ele estivesse até agora cerca de setenta anos de idade, ele queria manter sua posição e poder até o fim, e não queria passar seus últimos anos na guerra.
    O corpo governante do parto império persa neste momento era muito parecido com o senado romano. Eles foram o rei decisores de forma quase absoluta, e foram compostas inteiramente de magi. Eles haviam se tornado o descontentamento com o rei fraco que atualmente governado eles e estavam procurando por alguém mais capaz de levá-los em uma campanha contra a Roma. Caesar Augustus estava velho e fraco, e desde a aposentadoria de Tibério do exército romano tinha tido nenhum comandante-em-chefe. O tempo era propício para o leste para fazer a sua jogada contra Roma.
    Que toda Jerusalém com ele também foi incomodado pode indicar que a sua preocupação, como Herodes, foi político e militar. Talvez eles também viram os magos como os precursores da outra conquista pelos partos, que tinha enviado este corpo para a frente à frente para descobrir e talvez até coroar um novo rei que iria governar a Palestina em de Partia nome-muito, da mesma forma que Herodes governava em nome de Roma. O fato de que os Magos vieram para adorar o recém-nascido rei não teria indicado a Herodes ou os outros em Jerusalém que a missão dos Magos era puramente religiosa. Os magos longa tinha sido conhecido tanto por suas políticas como para sua religião, e a prática de adorar o rei ou imperador era então comum, tanto no Oriente como no Ocidente.

    É mais provável, no entanto, que a preocupação da população não era diretamente sobre os magos, mas sobre a reação de Herodes para eles. Por amarga experiência que eles sabiam que a agitação de Herodes normalmente significava derramamento de sangue maníaco. Ele não se preocupou em identificar seus inimigos com cuidado. Qualquer um mesmo suspeito de fazer-lhe mal ou de ameaçar sua posição ou poder estava em perigo considerável. Em sua carnificina varrição muitas pessoas totalmente inocentes eram frequentemente destruídos. O medo do povo para a sua própria segurança era procedente. Apesar maldade de Herodes não foi ventilado contra Jerusalém, que seria em breve ser ventilado contra Bethlehem, seu pequeno vizinho ao sul, quando o rei enfurecido mandou matar todas as crianças infantil masculino lá (Mt 2:16). Herodes temia para o trono, o que não era realmente dele, e Jerusalém sabia o medo de Herodes quis dizer. Isso significava rebelião, derramamento de sangue e sofrimento terrível.

    A primeira reação de Herodes para a notícia da magi foi reunir juntos todos os principais sacerdotes e os escribas do povo e para perguntar-lhes onde o Cristo deveria nascer . Obviamente Herodes conectado o rei dos judeus com o Messias, o Cristo . Embora Herodes não era um judeu que conhecia crenças judaicas e costumes muito bem. Os atuais expectativas messiânicas de a maioria dos judeus naquela época era mais para um libertador político e militar do que um salvador-an espiritual expectativa aparentemente partilhada por próprios discípulos de Jesus (At 1:6), eles não mostraram nenhuma crença ou interesse especial no anúncio dos magos que eles tinham visto a estrela dado como um sinal de que o nascimento.

    Em qualquer caso, os principais sacerdotes e escribas disse Herodes o que ele queria saber, referindo-se a ele para a passagem específica (Mq 5:2Ap 12:5, bem como a sua utilização em Jo 21:16At 20:28; e 1Pe 5:2). O que eles sabem de Deus, eles não aceitam ou obedecer. No máximo, ele é dada serviço de bordo. Eventualmente, é claro, este segundo grupo, inevitavelmente, se junta à primeira, porque a indiferença para com Deus é simplesmente o ódio que está oculto e rejeição que está atrasado.

    Outros, no entanto, como os magos do oriente, aceite o Senhor quando Ele vier para eles. Eles podem ter pouco de sua luz inicialmente, mas porque eles sabem que é a Sua luz, eles crer, obedecer e adorar e viver.

    Depois de Herodes recebeu a informação que ele queria de os líderes judeus, ele chamou secretamente os magos, e verificou o tempo que a estrela aparecera . Sua preocupação era com o tempo de aparecimento da estrela, não o seu sentido ou significado. Foi o suficiente para ele saber apenas que o sinal apontou para o nascimento de alguém que poderia ser uma ameaça para o seu próprio poder e posição. O tempo de aparecimento da estrela indica a idade da criança que havia nascido.

    Herodes, então, instruiu os magos para prosseguir com a sua missão e, em seguida, relatar suas descobertas a ele como eles voltaram para casa. Ele hipocritamente deu-lhes uma boa sonoridade motivo para querer saber a localização exata e identidade da Criança -no fim de que também eu vá e adorá-Lo . Seu objetivo final, é claro, ficou claro com o que ele realmente fez. Quando os magos, novamente obediente ao Senhor que conduz (2:12), não relataram a Herodes, ele ordenou a seus soldados para matar todas as crianças do sexo masculino e em torno de Belém que foi menos de dois anos de idade (v. 16), a fim para garantir, pensou ele, a destruição de seu recém-nascido rival "Rei".

    A adoração dos Magos

    E tendo ouvido o rei, eles seguiram o seu caminho; e eis que a estrela, que tinham visto no oriente, ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre onde estava o menino. E quando eles viram a estrela, regozijaram-se com grande alegria. E entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe; e, prostrando-se o adoraram; e abrindo os seus tesouros, apresentada a ele presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados ​​por Deus em sonho para não voltarem a Herodes, partiram para a sua terra por outro caminho. (2: 9-12)

    Não nos é dito que, se alguma coisa, os magos disse Herodes. Eles não tinham nenhuma maneira de saber a sua intenção perversa. Eles seguiram para Belém, não por causa da instrução de Herodes, mas porque afinal eles sabiam onde encontrar o One eles tinham vindo para o culto. O Senhor deu-lhes ainda mais específico de ajuda, levando-os diretamente a Jesus. A estrela, que tinham visto no oriente, ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre onde estava o menino . Que a estrela não era um corpo físico celeste é novamente evidente a partir do fato de que ele era capaz de ficar diretamente sobre a casa onde Jesus e Sua família vivia agora-que, por razões óbvias, não poderia ser possível para uma estrela real (conforme Ex 40:1), ea multidão em Listra que tentou oferecer sacrifícios a Paulo e Barnabé (Atos 14:11-13). Sem dúvida, os magos ficaram encantados para atender tanto Maria e José, que tinha sido tão especialmente favorecidos por Deus para ser confiada com carinho para o seu próprio Filho, enquanto Ele cresceu a masculinidade. Mas eles adoraram somente Jesus. Só Ele era Deus, e só Ele era digno de adoração.

    Foi também a Ele que eles apresentaram seus presentes: ouro, incenso e mirra . Sua doação não era tanto uma adição ao seu culto como um elemento do mesmo. Os presentes eram uma expressão de adoração, uma vez fora do excesso dos corações adoradores e gratos.

    Adoração O correto é sempre, e deve ser, a única base para a doação do direito e da aprendizagem direita e serviço direito. Dando que é generoso, mas feito para além de uma relação amorosa com Deus, está dando vazio. Aprender que é ortodoxa e bíblica, mas é aprendido além de conhecer e, dependendo da fonte da verdade, é o conhecimento vazio, como a dos principais sacerdotes e escribas. Serviço que é exigente e sacrificial, mas feito no poder da carne ou para o louvor dos homens é o serviço de vazio.
    Ao longo da história o ouro tem sido considerado o mais precioso dos metais e o símbolo universal de valor material e de riqueza. Ele foi amplamente utilizado na construção do Templo (conforme I Reis 6:7, 1Rs 6:9; 2 Crônicas 2-4.). Ele também era um símbolo de nobreza e realeza (veja Gn 41:4; etc.). Mateus apresenta continuamente Cristo como o Rei, e aqui vemos o Rei dos Judeus, o Rei dos reis, que está sendo apresentado de forma adequada com os presentes reais de ouro.

    O Salvador do mundo, também é o verdadeiro Rei do mundo, e Ele não vai ser o Salvador daqueles que não vai aceitá-Lo como Senhor soberano. Tão maravilhoso como Jesus como Salvador era para eles, os primeiros cristãos 'primeiro conhecido credo era "Jesus é o Senhor", reconhecendo o seu governo.
    A grande almirante britânico Lord Nelson era conhecido para o tratamento de adversários derrotados com cortesia e Gentilza. Depois de uma vitória naval um oficial derrotou caminhou confiante pela popa do navio de Nelson e ofereceu o almirante sua mão. Com sua própria mão restante ao seu lado, Nelson respondeu: "Sua espada primeiro, senhor, e, em seguida, a sua mão." Antes que possamos ser amigos de Cristo, devemos ser seus súditos. Ele deve ser o nosso Senhor antes que Ele possa ser o nosso irmão mais velho.

    Incenso era um, bonito com cheiro de incenso caro que foi usado apenas para o mais especial de ocasiões. Foi usado nas ofertas de cereais no Tabernáculo e Templo (Lv 2:2), e às vezes em casamentos se pudesse ser concedido.

    Orígenes, o grande Padre da Igreja, sugeriu que o incenso era o incenso da divindade. No Antigo Testamento, ele foi armazenado em uma câmara especial na frente do Templo e era aspergido sobre certas ofertas como um símbolo do desejo do povo de agradar ao Senhor.

    Mirra também era um perfume, não é tão caro como incenso, mas mesmo assim valioso. Alguns intérpretes sugerem que mirra representa o presente para um mortal, enfatizando a humanidade de Jesus. Este perfume é mencionado muitas vezes nas Escrituras, começando em Gênesis (37:25; 43:11). Misturado com vinho também foi usado como um anestésico (Mc 15:23), e misturado com outras especiarias foi utilizado na preparação do corpo para o enterro, até mesmo o corpo de Jesus (Jo 19:39).

    Aqueles eram os presentes dos Reis Magos a Jesus. Ouro para a Sua realeza, incenso da sua divindade, e mirra para a Sua humanidade.

    Nós não sabemos o que foi feito com os dons, mas parece razoável que eles foram utilizados para financiar a viagem para o Egito e para ajudar a sustentar a família enquanto lá (ver 13 40:2-15'>Matt. 2: 13-15).

    Com sua missão de culto e adoração concluída, os magos deixou Belém. Mas tendo sido advertido por Deus em sonho para não voltarem a Herodes, partiram para a sua terra por outro caminho .Sem dúvida, eles esperavam ouvir em uma data posterior os detalhes da vida e ascensão ao trono do Menino nascido em Belém.

    A advertência por Deus sugere que ele estava se comunicando diretamente com estes homens, e que o seu papel em todo o evento foi por desígnio divino. Na verdade, ele pode ter sido o mesmo método, um sonho , pelo qual Ele originalmente trouxe a Jerusalém em busca do Rei. O uso de sonhos como um meio de comunicação divina é visto em Gn 28:12Gn 31:11Nu 12:6.Até mesmo o nascimento de Cristo foi acompanhada por outros sonhos reveladores especiais (Matt. 1: 20-23; Mt 2:13, 19-20, Mt 2:22).

    Então, os magos evitado Herodes e viajou uma rota de volta para casa que lhes permitiria escapar de sua pré-aviso de um feito que não era simples, devido à natureza e dimensão da sua comitiva.

    As Escrituras dizem mais nada sobre esses visitantes incomuns do leste, mas abençoado e grato como eram, eles certamente deve ter testemunhado do Messias em seu próprio país . Porque eles estavam entre os dignitários de Partia, é provável que a notícia de Jesus tornou-se tão conhecido nos tribunais do leste, uma vez que um dia se tornaria no palácio de César (Fp 1:13;. Conforme 04:22 ).

      4. O Rei cumpre a profecia (13 40:2-23'>Mateus 2:13-23)

    Agora, quando eles se retirado, eis que um anjo do Senhor apareceu a José em sonho, dizendo: "Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e fica lá até que eu diga, porque Herodes vai procurar o menino para o matar. " E levantou-se e tomou o menino e sua mãe, de noite, e partiu para o Egito; e lá ficou até a morte de Herodes, que o que foi dito pelo Senhor por intermédio do profeta que se cumprisse, dizendo: "Do Egito chamei o meu filho."
    Então Herodes, quando viu que ele tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irado e mandou matar todos os meninos que havia em Belém, e em todos os seus arredores, de dois anos para baixo, segundo o tempo que com apuradas pela magi. Então o que foi dito pelo profeta Jeremias se cumpriu, dizendo: "Uma voz se ouviu em Ramá, choro e grande pranto: Raquel chorando os seus filhos, e ela não quer ser consolada, porque eles não eram mais."
    Mas tendo morrido Herodes, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, no Egito, dizendo: "Levanta-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel; para aqueles que buscavam a vida da criança são mortos ". E levantou-se e tomou o menino e sua mãe, e foi para a terra de Israel. Mas quando soube que Arquelau reinava na Judéia em lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá. E sendo avisados ​​por Deus em um sonho, ele partiu para as regiões da Galiléia, e veio, e residia em uma cidade chamada Nazaré, que o que foi dito pelos profetas pudesse ser cumprido ", Ele será chamado nazareno." (2: 13-23)

    A primeira das quatro passagens do Antigo Testamento em torno do qual Mateus apresenta os acontecimentos do capítulo 2 é a de ser o Messias nasceria em Belém (2: 6; conforme Mq 5:2; Lc. 1: 26-38), a Zacarias (Lc 1:11-20), e aos pastores (Lucas 2:8-14). Ele também confirmou os depoimentos de Elisabete (Lucas 1:39-45) e de Simeão e Ana (Lucas 2:25-38) sobre a criança a que Maria deu à luz. Mesmo esses sábios do longínquo Partia tinha sido dito a notícia por Deus e vieram adorar Jesus e dar-lhe presentes.

    Mas a alegria durou pouco. Mal o magi partiu do que um anjo do Senhor apareceu a José em sonho , dando-lhe um aviso de Deus. Esta notícia não era de alegria e de esperança, mas de perigo e urgência.Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e fica lá até que eu te digo; porque Herodes há de procurar o menino para o matar . Assim como os magos tinham sido avisados ​​por Deus para desobedecer Herodes (v. 12), José foi agora avisado por Deus para fugir do mal, rei assassino.

    De pheugō (para fugir ) temos a palavra fugitivo , alguém que escapa de algo ou alguém. A palavra é aqui no imperativo presente, indicando o início de ação que deve ser continuado. José e sua família foram imediatamente para começar a fugir, e não foram parar até que eles estavam com segurança dentro de Egito e fora do alcance de Herodes. A distância de Belém até a fronteira do Egito era de cerca de 75 milhas, e outros 100 milhas ou assim teria sido necessário para chegar a um lugar de segurança no país. Viajar com um bebê fez a viagem, tanto mais lento e difícil.

    O Egito era um asilo natural para o jovem família judia. Durante o período do governo grego do mundo mediterrâneo, que ocorreu durante o período intertestamental, Alexandre, o Grande estabeleceu um santuário para os judeus em Alexandria, a cidade egípcia deu o nome para si mesmo. Durante todo o domínio romano que se seguiu, a cidade ainda era considerado um lugar especial de segurança e oportunidade para os judeus. O filósofo e historiador Philo, ele mesmo um residente proeminente de Alexandria, informou que pelo D.C 40, poucos anos após a morte de Cristo, a população da cidade incluiu pelo menos um milhão de judeus. No século III AC, um grupo de estudiosos judeus em Alexandria tinha produzido a Septuaginta, uma tradução do Antigo Testamento do hebraico para o grego. A Septuaginta foi usada por grande parte da igreja primitiva, e foi a partir dessa versão do Velho Testamento que muitos escritores do Novo Testamento citam.

    Como mencionado no capítulo anterior, parece razoável que José usou os presentes valiosos dos Magos (o ouro, incenso e mirra) para pagar a viagem para o Egito e a estadia lá, onde o Senhor instruiu José para manter sua família até Eu digo a você .

    Obviamente, Deus poderia ter protegido o Seu Filho de muitas outras maneiras e em muitos outros lugares, mesmo em Belém ou Jerusalém, sob muito nariz de Herodes. Ele poderia ter cegado os soldados de Herodes, destruído los por um anjo, ou simplesmente ter milagrosamente escondido da família. Mas Deus escolheu para protegê-lo pelos meios muito comuns e unmiraculous de voo para um país estrangeiro. Os comandos para ir para o Egito e depois de deixar foram dadas de forma sobrenatural, mas a viagem em si ea estadia foram, tanto quanto nos é dito, marcado por nenhuma intervenção divina especial ou disposição. A família não foi imediatamente transportado para o Egito, mas teve de fazer a, viagem cansativa longa por conta própria, assim como centenas de outras famílias judias tinha feito durante os vários séculos anteriores. Para diminuir a chance de ser notado, José tomou a precaução comum de sair à noite , provavelmente contando ninguém de seus planos.

    Não sabemos nada sobre a estadia no Egito, exceto o simples fato de que Jesus e sua família estavam lá. Inúmeras especulações foram feitas sobre a permanência. Alguns escritores antigos, supondo, talvez, para aumentar e melhorar no relato bíblico, histórias fabricadas do bebê Jesus cura um menino endemoninhado, colocando Seus panos na cabeça da criança aflita, de causar ladrões a fugir para o deserto, e de causar ídolos a desintegrar-se como Ele andou por eles. Outros, como o filósofo pagão Celso segundo século, tentou desacreditar Jesus, afirmando que ele passou sua infância e vida adulta no Egito aprender as práticas ocultistas para que o país tinha sido por muito tempo famosa. Como muitos adversários judaicas do cristianismo durante o seu dia, Celsus sustentou que Jesus, em seguida, retornou à Palestina para impressionar as pessoas com milagres e enganá-los a pensar que ele era o Messias.
    É provável que a estadia no Egito até a morte de Herodes não se prolongou mais do que alguns meses. É agora que nos é dito a principal razão para a família que vai para o Egito: que o que foi dito pelo Senhor por intermédio do profeta que se cumprisse, dizendo: ". Do Egito chamei o meu filho" Os escritores do Antigo Testamento eram o Porta-vozes do Senhor. Assim como eles não tinham como saber, para além da revelação divina, que o Messias nasceria em Belém, eles não tinham outra maneira de saber que Ele iria viver algum tempo no Egito. A fuga para o Egito era mais uma prova divina que Jesus era o Filho de Deus, o Messias prometido.

    Sete séculos antes Deus havia dito a Oséias que "fora do Egito chamei o meu filho" (Os 11:1 diz como Deus ensinou os israelitas, levou-os, sarou, levou-os, amou-os, aliviou seus fardos, e alimentá-los. Chamou-os do Egito, a fim de ser fiel a eles, apesar de sua infidelidade a Ele.

    Apesar de tudo, Deus prometeu trazer Israel de volta a Ele. Israel sofreria sua repreensão e Seu julgamento, mas um dia que as pessoas iriam voltar para o seu Deus, porque Ele tinha chamado Israel para ser seu filho. Assim, Deus lembrou o Seu povo de Sua grande e duradouro amor por eles. "Quando Israel era um jovem que eu o amei, e do Egito chamei o meu filho" (Os 11:1;. Mt 27:41; Mc 15:20; Lc 22:63; Lc 23:11; etc.). Mas a idéia em Mt 2:16 é melhor traduzida como enganado . De qualquer significado, no entanto, refere-se a percepção de Herodes dos motivos da magi , não a sua verdadeira intenção. Não era o seu propósito de enganar ou zombar do rei, mas simplesmente obedecer a ordem de Deus "para não voltarem a Herodes" (v. 12). O rei, é claro, não sabia nada sobre a advertência de Deus e viu apenas que os sábios não fazer o que ele havia instruído.

    O ódio de Herodes do candidato recém-nascido para o seu trono começou quando ele ouviu pela primeira vez a notícia de seu nascimento. O objectivo de ter o relatório magi de volta para ele era aprender a informação exata necessária para descobrir e destruir a Child-não para adorá-Lo, como ele havia dito enganosamente os magos (2: 8). Os magos está indo para casa por outro caminho, e assim evitando Herodes, acrescentou infuriation ao ódio, de modo que ele ficou muito enfurecido .

    Thumoō (para ser enfurecido ) é uma palavra forte, ainda fez mais forte por lian (muito, ou melhor, excessivamente). O grego é na voz passiva, o que indica que Herodes tinha perdido o controle de sua paixão e agora foi completamente controlado por ele. Seus sentidos, e o pouco juízo que ele pode ter tido, estavam cegos. Ele não se deu ao trabalho de considerar que, porque os magos não voltou para ele, que provavelmente tinha adivinhado sua intenção perversa e que, em caso afirmativo, eles certamente teria avisado a família. A família, por sua vez, teria fugido longo Belém e provavelmente o país. À luz da mente pervertida de Herodes, no entanto, ele possivelmente teria tomado a mesma cruel ação-out da mesma raiva e frustração sem sentido, mesmo se soubesse que o objeto principal de seu ódio havia escapado. Se ele não foi capaz de garantir a matar Jesus por matar os outros bebês, ele iria matá-los no lugar de Jesus.

    Em qualquer caso, a fúria de Herodes foi ventilado no abate desesperada e sem coração de todos os meninos que havia em Belém, e em todos os seus arredores, de dois anos para baixo . Ele foi até a idade de dois por causa do tempo que ele tinha apurado a partir da magi . Jesus foi, provavelmente, não há mais de seis meses no momento, mas mesmo se tivesse sido a idade Herodes determinada a partir de informações do magi (2: 7), é provável que ele teria tomado nenhuma chance. Matar todos os bebês do sexo masculino até dois anos de idade foi uma pequena precaução em seu pensamento mal, no caso de o magi tinha calculado mal ou o enganou.

    Crime de Herodes foi ainda mais vil e hediondo pelo fato de que ele sabia que a criança que ele procurou destruir era o Messias, o Cristo. Ele questionou os principais sacerdotes e escribas especificamente sobre "onde o Cristo deveria nascer" (2: 4). Ele arrogantemente e estupidamente definir-se contra muito Ungido (conforme 1Co 16:22) de Deus.

    Parece que, desde a mais tenra parte de sua mensagem, Mateus queria retratar a rejeição do Messias por aqueles de entre os quais Ele veio e em nome de quem veio primeiro (At 3:26; Rm 1:16). Os sumos sacerdotes e os escribas, junto com muitos outros judeus em Jerusalém, que deve ter ouvido falar ou conhecidos sobre a mensagem do magi de "aquele que é nascido rei dos judeus", não demonstrou interesse em tudo em encontrá-lo, muito menos em adorá-Lo (ver Matt. 2: 2-5). Embora Herodes não era um judeu e não tinha direito a um trono judeu, ele, no entanto, declarou-se a ser o rei dos judeus e fingiu preocupação com os interesses religiosos e econômicos judeu. De uma forma ilegítima e pervertido, portanto, a rejeição de Cristo de Herodes tanto refletida e representada rejeição dEle dos judeus.

    O abate em Belém foi o início da tragédia e derramamento de sangue que resultaria da rejeição de Israel de seu Salvador e verdadeiro Rei. Esses bebês inocentes e preciosas de Belém foram as primeiras vítimas na guerra agora se intensificou entre os reinos deste mundo e do reino de Cristo de Deus, o Ungido de Deus. Dentro de duas gerações, desde que o tempo (em AD 
    70) Jerusalém veria seu Templo destruído e mais de um milhão de seus habitantes massacrados pelas tropas de Tito. Ainda que a destruição não será nada em comparação com a do Anticristo, uma régua incomensuravelmente mais perverso e poderoso do que Herodes, quando na Grande Tribulação ele vai lançar mais do sangue de Israel do que nunca terá sido derramado antes (Dn 12:1) a partir do qual Mateus aqui cita, Jeremias estava falando do grande tristeza que em breve ser experimentado em Israel, quando a maioria de seu povo seriam levados cativos para a Babilônia. Ramá , uma cidade a cerca de cinco quilômetros ao norte de Jerusalém, estava na fronteira do norte (Israel) e (Judá) reinos do sul. Ele também foi o lugar onde judeus cativos foram montados para a deportação para Babilônia (Jr 40:1 ).

    Embora não Mateus não mencioná-lo aqui, porque ele está enfatizando a tragédia do massacre, a passagem ele cita Jeremias continua com uma bela palavra de esperança e promessa: "Assim diz o Senhor: 'Contenha tua voz de choro, e seus olhos de lágrimas, para o seu trabalho será recompensado, diz o Senhor, e eles voltarão da terra do inimigo "(Jr 31:16).. Dentro de algumas gerações, o Senhor tirou o Seu povo de volta da Babilônia, e um dia ele vai trazer todo o seu povo escolhido de volta do cativeiro a Satanás. "Todo o Israel será salvo, como está escrito:" O Libertador virá de Sião, Ele irá remover a impiedade de Jacó E esta é a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados. '"(Rm 11:26. —27; conforme Is 27:9.). Mas antes do grande e maravilhoso dia, desobediência, rejeição e tragédia iria continuar em Israel. O massacre dos pequeninos em Belém sinalizou o início de aterrorizante conflito.

    O retorno a Nazaré

    Mas tendo morrido Herodes, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, no Egito, dizendo: "Levanta-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel; para aqueles que buscavam a vida da criança são mortos ". E levantou-se e tomou o menino e sua mãe, e foi para a terra de Israel. Mas quando soube que Arquelau reinava na Judéia em lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá. E sendo avisados ​​por Deus em um sonho, ele partiu para as regiões da Galiléia, e veio, e residia em uma cidade chamada Nazaré, que o que foi dito pelos profetas pudesse ser cumprido ", Ele será chamado nazareno." (2: 19-23)

    A quarta e última profecia que Mateus menciona no capítulo 2 refere-se a viagem da família de Jesus do Egito para Nazaré.

    Quando Herodes estava morto , o maior perigo imediato para Jesus tinha acabado. Em seu Antiguidades Josephus relata que Herodes "morreu disso, entranhas ulceradas, apodrece e órgãos cheio de larvas, convulsões constantes, mau hálito, e nem os médicos nem banhos quentes levou a recuperação." A final, em vez de montagem, ao que parece, para tal homem. Não quase tão apropriado foi o funeral elaborado e caro que seu filho mais velho e sucessor, Arquelau, preparado em sua honra, especialmente à luz do fato de que apenas cinco dias antes de morrer, Herodes, com a permissão de Roma, havia executado um outro filho, Antipater, por causa de suas conspirações contra seu pai.

    O anjo do Senhor tinha dito a José para ficar no Egito "até que eu diga" (2:13). Agora o anjo reapareceu para José, como prometido, dizendo-lhe: Levanta-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel; para aqueles que buscavam a vida da criança são mortos . O fato de que o anjo falou sobre aqueles que buscavam a vida da criança indica que Herodes não estava sozinho em seus planos de destruir a sua suposta rival. Mas, como Herodes, os outros conspiradores que buscam a morte de Criança eram eles mesmos agora morto.

    José não foi instruído a retornar a qualquer cidade ou região em particular, mas simplesmente para tirar o menino e sua mãe de volta para a terra de Israel . Quando ele chegou no sul de Israel, no entanto, e ouvido que Arquelau reinava na Judéia em lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá . Os que já havia procurado matar o menino Jesus estava morto, mas Arquelau posou outra, mais geral, ameaça. Em um de seus numerosos actos de brutalidade pouco antes de morrer, Herodes tinha executado dois rabinos populares judaicas, Judas e Matthias, que havia instigado os seus discípulos e outros fiéis judeus em Jerusalém para derrubar a águia romana ofensiva que o rei tinha arrogantemente erguido sobre o portão do templo. A seguir Páscoa uma insurreição eclodiu, e Arquelau, refletindo crueldade sem sentido de seu pai, executou três mil judeus, muitos dos quais eram peregrinos da Páscoa que não tinham parte na revolta.

    Qualquer judeu, portanto, que viveu no território de Arquelau estava em perigo. Consequentemente José foi novamente advertido por Deus em um sonho , [e] ele partiu para as regiões da Galiléia .Que eles vieram e residia em uma cidade chamada Nazaré era não só porque José e Maria eram originalmente de lá (Lucas 2:4-5) pela providência divina, mas que o que foi dito pelos profetas que se cumprisse. Mateus se concentra em dois recursos através de tudo isso narrativa: (1) a revelação divina, como indicado pela instrução Angelicalal para cada movimento, e (2) a realização de um plano divino revelado no Antigo Testamento.

    A declaração específica de que o Messias seria chamado Nazareno não aparece no Antigo Testamento. Alguns intérpretes têm tentado ligar Nazareno com o hebraico neser (sucursal), mencionado em Is 11:1). No entanto, existe tal profecia é mencionado em Gênesis ou em qualquer outra parte do Antigo Testamento. De forma semelhante, sabemos do ensinamento de Jesus que "Há mais felicidade em dar do que em receber" apenas por causa de referência posterior de Paulo a ele (At 20:35). O ditado não é mencionada por nenhum dos escritores do evangelho, incluindo Lucas, que relatou o relato de Atos. João nos diz que ele nem sequer tentar gravar tudo o que Jesus disse e fez durante Seu ministério terreno (Jo 21:25).

    Mateus não nos diz que os profetas previram que o Messias seria chamado de Nazareno , mas só que mais de um deles o fizeram. A profecia é dito para ser cumprida quando Jesus foi levado para morar em Nazaré, onde José e Maria tinham vivido anteriormente. Leitores originais de Mateus foram em grande parte judaica, e foi provavelmente o conhecimento comum entre eles que os profetas específicos eram de que havia feito a previsão. Para os leitores mais tarde, o Espírito Santo, obviamente, sentiu que era o suficiente para que nós simplesmente saber que a previsão foi feita e que foi cumprida como Mateus explica.

    Nazaré era cerca de 55 quilômetros ao norte de Jerusalém, nas regiões da Galiléia , onde o Senhor havia dirigido José ir. A cidade estava em uma bacia elevada, cerca de um km e meio de diâmetro, e foi habitado em grande parte por pessoas notáveis ​​por sua crua e violenta. O termo Nazareno tinha sido por muito tempo um termo de escárnio, usado para descrever qualquer pessoa que era áspero e rude. É por isso que Natanael, que era de Caná, a poucos quilômetros ao sul, perguntou a Filipe: "Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?" (Jo 1:46). A questão é especialmente significativo vindo de Natanael, que pela própria palavra de Jesus era "um verdadeiro israelita, em quem não há dolo!" (V. 47). Natanael não foi dada a difamar seus vizinhos, mas ele estava chocado que essa "de quem Moisés escreveu na Lei, e os Profetas escreveu" (v. 45), na verdade, poderia vir de um lugar tão vergonhoso como Nazaré.

    Os perseguidores primeiros judeus da igreja, aparentemente, considerado ser de Jesus de Nazaré, como prova de que ele poderia não ser o Messias, em vez de, como Mateus nos diz, um sinal de que Ele era .Tertullus, na qualidade de advogado para o sumo sacerdote Ananias e outros líderes judeus, falou ironicamente de Paulo diante do governador romano Felix como "uma verdadeira praga e um companheiro que provoca dissensão entre todos os judeus em todo o mundo, e chefe da seita dos nazarenos "(At 24:5). Jesus vive em Nazaré não só cumpriu os profetas sem nome 'previsão, mas deu-lhe um nome, Jesus, o Nazareno, que seria usado como um título de censura, cumprindo, assim, muitas outras profecias que retratam o Messias como "desprezado, eo mais rejeitado entre os homens "(Is 53:3; 69: 20-21). Os escritores do evangelho deixar claro o fato de que Ele foi desprezado e odiado (ver Mt 12:24; 27: 21-23., Mt 27:63; Lc 23:4; Jo 6:66; Jo 9:22, Jo 9:29).

    Foi, portanto, a humilde e desprezada Nazaré que o Filho real de Deus, juntamente com o justo José e Maria, fez sua casa há cerca de trinta anos.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Mateus Capítulo 2 do versículo 1 até o 23

    Mateus 2

    O lugar de nascimento do Rei — Mat. 2:1-2

    A homenagem do oriente — Mat. 2:1-2 (cont.) O rei intrigante — Mat. 2:3-8

    Presentes para Cristo — Mat. 2:9-12 13 40:2-15'>A fuga para o Egito — 13 40:2-15'>Mat. 2:13-15

    A matança dos inocentes — Mat. 2:1-18 O retorno a Nazaré — Mat. 2:19-23

    O LUGAR DE NASCIMENTO DO REI

    Mateus 2:1-2

    Jesus nasceu em Belém. Belém era uma cidade muito pequena, a uns dez quilômetros ao sul de Jerusalém. Na antiguidade ela era chamada Efrata. A palavra Belém significa Casa do Pão. Belém estava

    em uma zona fértil, na qual seu nome era apreciado. Estava situada na parte mais alta de uma cadeia montanhosa de pedra calcária cinza, a setecentos e cinqüenta metros sobre o nível do mar. A serrania

    apresentava duas alturas nos extremos e no centro um terreno baixo como uma cadeira de montar. De maneira que, vista desde sua posição, Belém parecia localizada em meio de um anfiteatro montanhoso.

    Belém tinha uma longa história. Foi ali onde Jacó tinha enterrado

    Raquel, colocando um pilar junto à tumba, como aviso (Gn 48:7, Gn 35:20). Ali viveu Rute depois de haver-se casado com Boaz (Rt 2:1); desde Belém se podia ver Moabe, sua terra natal, ao outro lado do vale do Jordão. Mas sobretudo, Belém era o lugar natal e a cidade de Davi (1Sm 16:11Sm 16:1, 1Sm 17:12, 1Sm 20:6). Quando Davi era um fugitivo nas serranias do Judá seu maior desejo era poder beber as águas do poço de Belém (2 Samuel 23:14-15). Mais tarde é-nos dito que Roboão fortificou a cidade de Belém (2Cr 11:62Cr 11:6). Mas, na história do Israel e na mente de todos os judeus Belém era sobretudo a cidade de Davi. E da estirpe do Davi Deus haveria de mandar um libertador de seu povo. Tal como o expressa o profeta Miquéias: "E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade" (Mq 5:2).

    Os judeus esperavam que o filho do grande Davi, maior até que seu pai, nascesse em Belém; esperavam que o ungido de Deus nascesse nessa cidade, e aconteceu tal como eles acreditavam.

    A imagem do estábulo e da manjedoura como lugares do nascimento de Jesus estão desenhadas com traços indeléveis em nossas

    mentes; mas bem pode ser que a imagem não seja totalmente correta. Justino Mártir, um dos mais destacados Pais da Igreja, que viveu ao redor do ano 150, e que provém de uma região próxima a Belém, diz-nos

    que Jesus nasceu em uma cova próxima à cidade (Justino Mártir, Diálogo com Trifo, 78, 304); é possível que a informação de que dispunha Justino fosse autêntica. As casas de Belém estão construídas

    sobre a base da montanha de rocha calcária, e é muito freqüente que tenham um estábulo escavado na montanha, por debaixo da casa; Jesus pode muito bem ter nascido em um desses estábulos-caverna.

    Até nossos dias pode visitar-se uma caverna onde se diz que Jesus nasceu, e ainda por cima dela se construiu a enorme Igreja Católica do Natal. Faz muito tempo que se identifica esse lugar como autenticamente

    o lugar do nascimento de Jesus. O imperador romano Adriano, em um intento de profanar o lugar, mandou construir em cima um templo dedicado ao deus Adonis. Quando o Império Romano adotou o

    cristianismo, a princípios do século IV, Constantino, o primeiro imperador cristão, fez construir uma grande igreja no mesmo lugar, e essa é a Igreja que ainda se pode visitar. H. V. Morton nos narra sua visita à Igreja do Natal, em Belém, destacando o fato de que, chegando

    chegar ao lugar, encontrou-se com uma enorme parede, e nessa parede havia uma porta tão pequena o que até um anão precisaria agachar-se para passar por ela. Atravessando essa porta, do outro lado da parede,

    estava a Igreja. Debaixo do altar principal da igreja está a cova. Quando o peregrino desce para ela, encontra-se com uma pequena caverna escura, de uns quatorze metros de comprimento e quatro de largura,

    iluminada por cinqüenta e três lâmpadas de prata. No piso há uma

    estrela, e ao seu redor a inscrição latina: "Aqui nasceu Jesus, da virgem Maria."

    Quando o Senhor da Glória veio à Terra, nasceu em um lugar onde os homens alojavam animais. A cova que está na 1greja do Natal, em

    Belém, possivelmente seja a mesma onde Jesus nasceu, embora possa ser alguma outra. Isso é algo que nunca saberemos com certeza. Mas há um belo símbolo no fato de que a Igreja do Natal tenha uma porta tão baixa que todos os que queiram entrar nela devam agachar-se. É extremamente

    apropriado que todo homem que queira aproximar-se do Menino Jesus deva fazê-lo de joelhos.

    A HOMENAGEM DO ORIENTE

    Mateus 2:1-2 (continuação)

    Quando Jesus nasceu em Belém vieram sábios do Oriente para lhe

    render homenagem. Habitualmente se fala desses homens como "os magos", termo muito difícil de traduzir. Heródoto (1:101,
    132) sabia algo com relação a uma tribo de medos chamada "os magos". Os medos formavam parte do império persa; em um determinado momento da história tentaram derrocar aos persas e dirigir eles os destinos do império. Mas não lograram seu propósito. A partir de então os magos deixaram de ter ambições políticas e se converteram em uma tribo de sacerdotes. Foram, na Pérsia, quase exatamente o mesmo que os levitas eram em Israel. Chegaram a ser os professores e instrutores dos reis persas. Na Pérsia não podia oferecer-se sacrifício algum se um dos magos não estivesse presente. Vieram a ser homens de grande santidade e sabedoria.

    Estes magos eram homens versados em filosofia, medicina e ciências naturais. Eram experientes em encantamentos e na interpretação de sonhos. Posteriormente a palavra mago adquiriu um significado de conotação pejorativa, sendo sinônimo de adivinho, bruxo e até enganador. Temos, por exemplo, Elimas, o mago (At 13:6, At 13:8), e

    Simão, chamado usualmente Simão, o Mago (At 8:9, At 8:11). Mas em seus melhores tempos os magos não eram enganadores, mas homens de grande santidade e sabedoria que empregavam suas vidas na busca da verdade.

    Naqueles dias todos acreditavam na astrologia. Acreditavam que se podia predizer o futuro interpretando os movimentos das estrelas, e que o destino de cada um estava determinado pela estrela sob a qual nascia. Não fica difícil ver como surgiu essa crença. As estrelas percorrem seus caminhos imutáveis e, nesse sentido, representam a ordem do universo. Se aparecia repentinamente uma estrela mais brilhante que as demais, se a ordem eterna dos céus era quebrada por um fenômeno especial, interpretava-se como se Deus mesmo estivesse irrompendo em sua ordem para anunciar algo.

    Não sabemos qual foi a estrela brilhante que aqueles magos viram. No ano 2 A.C. foi visível o cometa Halley, um astro de brilho

    considerável que atravessou o céu. Por volta do ano 7 A. C. se produziu uma conjunção de Saturno e Júpiter, que por seu brilho particular pôde

    ter-se interpretado como a aparição de uma nova estrela. Entre os anos 5:2 A. C, produziu-se um fenômeno astronômico pouco comum. Durante esses anos a estrela Sírio, conhecida pelos egípcios como Mesori,

    aparecia sobre o horizonte na hora do pôr-do-sol, e brilhava durante um momento com um resplendor espetacular. Mesori significa, em egípcio, "o nascimento de um príncipe" e para aqueles astrólogos da antiguidade este fenômeno pouco comum teria significado, indubitavelmente, o

    nascimento de algum grande rei. Não podemos saber qual foi a estrela que os magos viram, mas parte de suas responsabilidades profissionais era observar os céus, e algum fenômeno celestial fora do comum deve

    lhes ter sugerido que um rei tinha entrado no mundo.

    Pode nos parecer extraordinário que aqueles homens saíssem do oriente para lançar-se à busca de um rei. O estranho é que, na época em

    que Jesus nasceu, houvesse em todo mundo Mediterrâneo a estranha expectativa do advento de um rei. Os historiadores romanos nos dão

    testemunho desse sentimento generalizado. Pouco tempo depois, na época do imperador Vespasiano, Suetônio pôde escrever: "Estava estabelecida e difundida em todo Oriente a antiga crença de que por aquela época seria o destino dos homens da Judéia governar o mundo" (Suetônio, Vida de Vespasiano, Mt 4:5). Tácito fala da mesma crença, dizendo: "Havia a convicção de que nesta época o Oriente cresceria em poder, e que governantes de origem judia adquiririam um império universal" (Tácito, Histórias, Mt 5:13). Os judeus tinham a crença de que "Por aquela época um de sua raça se tornaria o governante de todo o mundo habitado" (Josefo, Guerras dos Judeus, 6:5, 4). Pouco tempo depois encontramos Tiridates, rei da Armênia, que visita a Nero acompanhado por seus magos (Suetônio, Vida de Nero, Mt 13:1). Em Atenas os magos ofereceram sacrifícios à memória de Platão (Sêneca, Epístolas, 58:31). Quase ao mesmo tempo do nascimento de Jesus, Augusto, imperador romano, era saudado como "Salvador do Mundo", e Virgílio, o poeta romano, escreve sua Quarta Égloga, conhecida como a Égloga Messiânica porque descreve a idade de ouro que está por vir.

    Não há por que pensar que a história da visita dos magos ao Menino Jesus recém-nascido é somente uma bonita lenda. Trata-se de um fato que bem pôde ter acontecido naquela época. Quando Jesus Cristo veio ao mundo, os homens viviam em ansiosa expectativa. A humanidade inteira esperava a Deus. Os corações dos homens ansiavam por Deus. Tinham descoberto que sem Deus não era possível construir a Idade de Ouro. Jesus veio a um mundo expectante; e quando se produziu sua vinda, os extremos da Terra se reuniram ao redor de seu berço. Este foi o primeiro sinal e símbolo da conquista do mundo por Cristo.

    O REI INTRIGANTE

    Mateus 2:3-8

    Chegou aos ouvidos do rei Herodes que tinham vindo magos do

    Oriente e que estavam procurando um recém-nascido, destinado a ser

    Rei dos judeus. Qualquer rei se preocuparia ao receber a informação do nascimento de um menino que chegaria a ocupar seu trono. Mas Herodes se sentiu duplamente perturbado. Herodes era meio judeu e meio idumeo. Em suas veias corria sangue edomita. Tinha prestado bons serviços aos romanos nas guerras e conflitos internos da Palestina, e eles lhe tinham confiança. No ano 47 A.C. tinha sido nomeado governador; no ano 40 recebeu o título de rei; e teria que reinar até o ano 4 de nossa era. Era chamado Herodes o Grande, e em mais de um sentido merecia este título. Foi o único delegado romano na Palestina que conseguiu manter a paz e produzir ordem no meio da desordem que imperava quando ele assumiu o cargo. Foi, além disso, um grande construtor; entre outras obras fez a reconstrução do templo de Jerusalém. Podia ser generoso. Nos tempos difíceis atenuava os impostos para que a situação do povo se aliviasse; e quando veio a grande fome do ano 25 A.C. chegou até a fundir sua própria fonte de prata para comprar trigo e reparti-lo entre os famintos. Mas Herodes sofria de uma terrível falha em seu caráter. Sempre tinha sido exageradamente suspicaz, e à medida que envelhecia esse defeito se acentuava cada vez mais. Em seus últimos anos chegou a ser, como alguém assinalou, "um velho criminoso". Se suspeitava que alguém pretendia rivalizar com seu poder, imediatamente o mandava assassinar. Matou a sua mulher Mariamne, e a sua mãe, Alexandra; a seu filho mais velho, Antipater. Aos seus dois netos, filhos deste, Alexandre e Aristóbulo, eliminou-os com suas próprias mãos. Augusto, o imperador romano, disse amargamente, em certa oportunidade, que era mais seguro ser um porco nos chiqueiros de Herodes que filho dele. (O dito em grego é muito mais epigramático que em português, porque hus significa porco e huíós filho, e há aliteração.) Pode-se entender como era amarga, selvagem e retorcido a personalidade do Herodes pelas disposições que deixou para que se executassem depois de sua morte. Quando chegou aos setenta anos sabia que logo morreria. Retirou-se a Jericó, a mais bela de todas as suas cidades. Deu ordens para que se encarcerasse a um grupo de cidadãos mais destacados de

    Jerusalém, sob pretexto de acusações falsas. E ordenou que quando ele morresse todos fossem executados. Dizia com amargura que quando ele morresse ninguém faria luto por ele, e que deste modo pelo menos se derramariam lágrimas em Israel.

    Não é difícil imaginar como se haverá sentido um homem desta índole quando lhe chegou a notícia do nascimento de um menino destinado a ser rei. Herodes se perturbou, e toda Jerusalém se perturbou com ele, porque bem sabiam todos os habitantes de Jerusalém que tipo de medidas era capaz de tomar seu rei para chegar até o fundo dessa história e eliminar o menino. Jerusalém conhecia Herodes, e tremeu de medo enquanto esperava sua inevitável reação.

    Herodes convocou os principais sacerdotes e os escribas. Os escribas eram os doutores na Lei e nas outras escrituras. Os principais sacerdotes eram um grupo intimamente relacionado de pessoas. Em primeiro lugar estavam os que tinham sido literalmente sumos sacerdotes, e se tinham retirado de seu ofício; o sumo sacerdote estava confinado a um número muito reduzido de famílias. Eram a aristocracia sacerdotal judaica, e os membros dessas famílias seletas também recebiam o nome de "sumos sacerdotes" ou "príncipes dos sacerdotes". De modo que Herodes convocou a aristocracia religiosa e os eruditos teológicos de sua época, e lhes perguntou onde, segundo as Escrituras, devia nascer o Ungido de Deus. Citaram-lhe o texto do Mq 5:2. Herodes mandou chamar os magos e os enviou para buscarem diligentemente o recém-nascido. Disse-lhes que ele também desejava ir e adorar o Menino. Seu único desejo, entretanto, era assassinar aquele que lhe podia tomar o trono.

    Acaba de nascer Jesus e já vemos os três agrupamentos em que os homens sempre se posicionaram em face de Jesus. Consideremos quais

    são estas três formas de reagir.

    1. Temos primeiro a reação de Herodes: Ódio e hostilidade. Herodes tinha medo de que esse garotinho interferisse em sua vida, sua

    posição, seu poder, sua influência. Portanto, sua primeira reação

    instintiva foi eliminá-lo. Ainda há os que estariam muito contentes se pudessem destruir a Jesus Cristo, porque nEle vêem Aquele que interfere em suas vidas. Querem fazer sua própria vontade, e Jesus não o permite; por isso gostariam de matá-lo. O homem cujo único desejo é fazer o que deseja nunca estará disposto a receber a Jesus Cristo. O cristão é alguém que deixou que fazer sua própria vontade, e que dedicou sua vida a fazer o que Jesus deseja dele.

    1. Temos a reação dos principais sacerdotes e escribas: Uma total indiferença.

      Eles

      não

      se

      interessaram

      pelo

      assunto.

      Estavam

      tão

    ensimesmados em suas disputas sobre o ritual do Templo e suas discussões legais jurídicas que simplesmente desconheceram a Jesus. Ele

    não significou nada para eles.

    Ainda há quem está tão ocupados em seus próprios assuntos que Jesus Cristo não lhes diz nada. Ainda pode propor a aguda pergunta dos

    profetas: "Não vos comove isto, a todos vós que passais pelo caminho?" (Lm 1:12).

    1. E temos a reação dos três magos, que pode resumir-se em duas

    palavras: Reverência e adoração. Desejam pôr aos pés de Jesus os presentes mais nobres que puderam trazer. Sem lugar a dúvida, quando qualquer ser humano toma consciência do amor de Deus em Jesus Cristo, não pode menos que sentir-se arrebatado pela maravilha, a resposta amante e o louvor.

    PRESENTES PARA CRISTO

    Mateus 2:9-12

    Finalmente os magos do oriente encontraram o caminho de Belém.

    Não devemos pensar que a estrela se foi movendo no céu literalmente, como um sinal indicador. Nesta passagem há muita poesia, e não devemos transformar a poesia em prosa crua e desprovida de vida. Mas a estrela brilhava sobre Belém. Há uma bonita lenda que relata como a estrela, depois de ter completado sua missão de guia, caiu no poço de

    Belém e ainda está ali, onde pode ser vista às vezes por aqueles cujos corações são puros.

    Construíram-se muitas lendas em torno dos três "reis magos". Na antiguidade uma tradição oriental sustentava que eram doze. Mas na

    atualidade em quase todo mundo se acredita que eram três. O Novo Testamento não diz quantos eram, mas o triplo presente que apresentam a Jesus sugere a possibilidade de que sejam três os que trazem os presentes. Uma lenda ulterior os fez reis. Outra, posterior até, deu-lhes

    nomes: Melquior, Gaspar e Baltasar. Elaborações posteriores se dedicaram a descrever a aparência pessoal destes três personagens, e determinaram quem havia trazido cada um dos presentes. Melquior era

    um ancião, de cabelo cinza e barba longa, e foi o que trouxe o ouro. Gaspar era jovem e sem barba, de gesto altivo. Seu dom foi o incenso. Baltasar era negro, e foi quem trouxe o dom da mirra.

    Desde os tempos mais antigos os homens interpretaram de distintas maneiras a natureza dos presentes que os reis magos trouxeram para Jesus. Estas interpretações atribuem a cada um dos presentes alguma

    característica que se adapta ao tipo de pessoa que era Jesus e à obra que realizaria.

    1. O ouro é um presente de reis. Sêneca nos diz que em Partia

    havia o costume de que ninguém podia aproximar-se da presença do rei sem levar um presente. E o ouro, o rei dos metais, é um presente apropriado para um rei dos homens. De maneira que Jesus foi alguém "nascido para ser Rei", mas deveria reinar não pela força mas pelo amor, e não sentado em um trono mas sobre a cruz. Fazemos bem em recordar que Jesus Cristo é Rei. Nunca podemos nos encontrar com Jesus em um plano de igualdade. Sempre devemos ir a ele em completa submissão e entrega. Nelson, o grande almirante inglês, sempre tratou a seus vencidos com grande bondade e cortesia depois de uma de suas vitórias navais, o almirante inimigo foi levado a nave insígnia e conduzido à presença de Nelson na proa do navio. Conhecendo o cavalheirismo de Nelson, e esperando tirar proveito disso, avançou para seu vencedor com a mão

    estendida, como se fosse estreitá-la com um igual. Mas o braço do Nelson não se moveu de seu lado. "A espada primeiro; a mão depois", disse-lhe. Antes de ser amigos de Cristo devemos nos submeter a Ele.

    1. O incenso é um presente de sacerdotes. O doce perfume do incenso se usava no culto do Templo e nos sacrifícios rituais que se

    realizavam ali. A função do sacerdote é abrir aos homens o caminho para Deus. A palavra latina que significa "sacerdote" é pontifex, que significa "construtor de pontes". O sacerdote é o homem que tende uma ponte

    entre Deus e os homens. Isso foi o que Jesus fez. Abriu o caminho para a presença de Deus; tornou possível aos homens entrarem na própria presença de Deus.

    1. A mirra é um presente para alguém que vai morrer. A mirra se usava para embalsamar o corpo dos mortos. Jesus veio ao mundo para morrer.

    Holman Hunt fez um quadro de Jesus que é muito famoso. O quadro O apresenta na porta da oficina de carpintaria, em Nazaré. Ainda é um menino. O sol do entardecer brilha sobre a porta e o moço saiu um

    momento para estirar as pernas, com cãibras pela posição de trabalho sobre o banco de carpinteiro. Abre os braços para receber melhor o ar fresco do crepúsculo, e o sol projeta sua sombra sobre a parede, é a

    sombra de uma cruz. Em um segundo plano está Maria, que ao ver essa cruz estremece: seu rosto manifesta o temor da tragédia que se aproxima. Jesus veio ao mundo para viver pelos homens e, ao terminar sua missão, morrer por eles. Veio para dar pelos homens sua vida e sua morte.

    Ouro para um rei, incenso para um sacerdote, mirra para quem vai morrer. Estes foram os presentes dos sábios orientais: até no berço de Jesus anteciparam que teria que ser o autêntico Rei, o perfeito Sumo Sacerdote e, finalmente, o supremo Salvador dos homens.

    A FUGA PARA O EGITO

    13 40:2-15'>Mateus13 40:2-15'> 13 40:2-15'>2:13-15

    Na antiguidade não se duvidava de que Deus enviasse mensagens aos homens mediante sonhos. José foi advertido em um sonho de que

    escapasse ao Egito para evitar os propósitos criminais de Herodes. A fuga ao Egito foi um fato muito natural. Muito freqüentemente, nos séculos turbulentos que precederam à vinda de Jesus, quando os judeus

    enfrentavam algum perigo, tirania ou perseguição que tornava a vida deles impossível, exilavam-se no Egito. O resultado foi que quase cada cidade egípcia tinha sua colônia de judeus. Na cidade da Alexandria,

    sobretudo, havia mais de um milhão de judeus; vários bairros da cidade eram habitados quase exclusivamente por membros desta nação. José, em sua hora de perigo, fez o que muitos outros seus concidadãos tinham feito

    antes, e quando ele e Maria chegassem ao Egito não se

    encontrariam totalmente entre estrangeiros, porque em qualquer cidade ou povo onde decidissem ficar, haveria judeus que, como eles, tinham procurado refúgio no Egito.

    É interessante que posteriormente os inimigos do cristianismo e de Jesus utilizaram sua estada no Egito como um pretexto para desprezá-lo. Egito era considerado tradicionalmente uma terra de magia, bruxaria e

    encantamentos. O Talmud diz: "Desceram ao mundo dez medidas de bruxaria, nove corresponderam ao Egito e o resto se repartiu pelo mundo." Os inimigos de Jesus afirmavam que no Egito, durante seu

    exílio, o Mestre aprendeu algumas ardis de magia" e bruxaria, que posteriormente lhe serviram para simular seus "milagres" e enganar aos homens. Quando o filósofo pagão Celso dirigiu seus ataques contra o

    cristianismo, no século III (ataque que Orígenes enfrentou e rechaçou definitivamente) disse que Jesus nasceu ilegitimamente, que esteve empregado no Egito a serviço de algum mago, e que ao retornar a Palestina utilizou os conhecimentos adquiridos para enganar a seus

    concidadãos e proclamar-se Deus (Orígenes, Contra Celsum, 1:38). Um

    certo rabino, Eliézer Ben Hircano, disse que Jesus tinha as fórmulas mágicas que necessitava para fazer milagres tatuados no corpo, para não esquecê-los Tais são algumas das calúnias que mente torcidas relacionaram com a fuga ao Egito. Mas são evidentemente falsas, porque quando Jesus foi levado ao Egito era um recém-nascido, e quando retornou ainda era menino.

    Duas das lendas mais belas do Novo Testamento estão relacionadas com a fuga ao Egito. A primeira é a lenda do ladrão penitente. A lenda

    diz que o ladrão penitente se chamava Dimas, e que tinha conhecido Jesus pela primeira vez no Calvário quando ambos pendiam de suas respectivas cruzes. O relato sustenta que quando José e Maria se

    dirigiam ao Egito foram assaltados por ladrões, e um dos cabeças do bando quis matá-los para ficar com as poucas coisas que levavam. Mas houve algo no menino Jesus que comoveu o coração do Dimas, que era

    um dos ladrões. Negou-se a que se fizesse mal algum a Jesus e seus pais. Olhou o menino e lhe disse: "Menino bendito mais que nenhum entre os meninos, se alguma vez chegasse o momento em que você possa ter

    misericórdia por mim, lembre-se deste momento e não me esqueça." Jesus e Dimas voltaram a encontrar-se, no Calvário, e Dimas, a ponto de morrer justiçado, encontrou misericórdia e perdão para sua alma, no

    Senhor Jesus.

    A outra lenda é uma narração infantil, mas muito bonita. Quando José, Maria e Jesus se dirigiam ao Egito, diz a lenda, chegou o momento de pôr-do-sol, e estavam muito cansados, e procuraram refúgio para

    passar a noite em uma caverna. Fazia frio, tanto frio que o chão se cobriu de geada esbranquiçada. Uma pequena aranha viu o menino Jesus e quis fazer algo para ajudá-lo a manter-se quente. Depois de muito pensar

    decidiu que a única coisa que podia fazer era tecer uma tela bem ampla sobre a entrada da cova, para servir de cortina. Pelo mesmo atalho apareceram depois de um momento os soldados de Herodes, que

    procuravam meninos para matar e executar de acordo com de seu soberano. Quando chegaram à entrada da cova estavam a ponto de entrar

    para ver se alguém tinha procurado refúgio nela. Mas o capitão advertiu que a entrada estava coberta por um tecido de aranha, e que esta, por sua vez, estava branca de geada. "Olhem", disse, há um tecido de aranha intacto. Ninguém pode ter entrado aqui, porque se o fizesse, teria esmigalhado o tecido." De maneira que os soldados passaram adiante, e depois de procurar muito momento em outros lugares voltaram para Jerusalém.

    A sagrada família pôde dormir em paz, porque uma pequena aranha tinha tecido seu manto para proteger a Jesus do frio. É por isso,

    conforme dizem, que até nossos dias cobrimos as árvores de Natal com fios prateados que simulam o tecido de aranha coberta de geada. É uma

    história muito bonita que contém uma grande verdade: Os dons feitos a Jesus nunca são esquecidos.

    As últimas palavras desta passagem apresentam um costume

    característico de Mateus. Vê na fuga ao Egito o cumprimento de certas palavras do profeta Oséias. Mateus as reproduz como: "Do Egito chamei a meu filho." A citação é de Os 11:1, que diz: "Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho." Pode ver-se imediatamente que esta citação não tem nada que ver com Jesus nem com a fuga ao Egito. Não é mais que uma forma de asseverar que Deus tinha libertado o povo de Israel de sua escravidão no Egito. Veremos em repetidas ocasiões que esta é uma forma de usar o Antigo Testamento característica de Mateus. Está disposto a usar como profecia a respeito de Jesus qualquer texto do Antigo Testamento que possa adequar-se verbalmente a tal propósito, mesmo que originalmente não tenha tido nada que ver com o assunto em referência. Mateus sabia que a única maneira de convencer os judeus de que Jesus era o autêntico Ungido de Deus era demonstrando que cumpria em sua pessoa as profecias do Antigo Testamento. Em seu afã por obter seu objetivo, encontrava profecias no Antigo Testamento até em lugares onde originalmente não havia profecia alguma. Quando lemos passagens como esta devemos lembrar que, mesmo que sejam para nós pouco convincentes e estranhas,

    eram de supremo interesse para os judeus, aqueles a quem Mateus dirigiu o seu evangelho.

    A MATANÇA DOS 1NOCENTES

    Mateus 2:16-18

    Já vimos que Herodes era um mestre consumado na arte do assassinato. Assim que subiu ao trono aniquilou o Sinédrio, a corte

    suprema dos judeus. Posteriormente mandou matar a trezentos juízes das cortes, em um ímpeto inexplicável. Mais tarde matou a sua esposa Mariame, a sua mãe, Alexandra, a seu filho mais velho, Antipater, e a

    dois filhos deste, Alexandre e Aristóbulo. Fazia acertos para que na hora de sua própria morte fosse executado um grupo seleto dos cidadãos mais notáveis de Jerusalém. Era de esperar-se que Herodes não aceitasse tranqüilamente a notícia de que tinha nascido um menino que estava

    destinado a ser Rei. Vimos como averiguou cuidadosamente quando os magos tinham visto a estrela. Nesse momento já estava calculando qual era a idade dos meninos que devia mandar assassinar. Agora o vemos

    pôr em prática seus planos criminais, com uma rapidez selvagem, animal. Ordenou a matança de todos os meninos de dois anos para baixo em Belém e sua zona circundante.

    Há duas coisas que devem destacar-se. Belém não era uma cidade muito grande, e o número de meninos abaixo dos dois anos não pôde ter sido maior de vinte ou trinta. Não devemos pensar que foram centenas. É

    obvio, não queremos dizer que o crime de Herodes haja sido menos terrível por ser somente vinte ou trinta meninos que ele assassinou, mas é importante fazermos uma imagem correta.

    Em segundo lugar, alguns críticos sustentam que este assassinato não pôde ter acontecido, porque não é mencionado em nenhum outro lugar, exceto nesta passagem do Novo Testamento. O historiador judeu Josefo, por exemplo, não o menciona. Pode responder-se de duas

    maneiras. Em primeiro lugar, tal como acabamos de dizer, Belém era

    uma cidade muito pequena, e em uma região onde este tipo de atrocidades era moeda corrente, o assassinato de vinte ou trinta meninos provavelmente não tenha sido considerado um fato grave. Não deve ter significado muito, exceto para as mães dos meninos. Em segundo lugar, encontramos um interessante paralelo histórico nas crônicas escocesas. Carr faz notar que Macaulay, em sua monumental obra de história britânica, assinala que Evelyn, um cronista meticuloso e extremamente abundante dos acontecimentos contemporâneos a sua vida, nunca menciona a massacre de Glencoe. O fato de que um acontecimento histórico não seja mencionado, até naqueles lugares onde esperaríamos que fosse mencionasse, não é uma prova suficiente de que não tenha ocorrido. O fato é tão típico de Herodes, que não temos razões para duvidar da verdade que Mateus está transmitindo. Estamos ante um terrível exemplo do que são capazes de fazer os homens para livrar-se de Jesus. Se alguém teima em seguir seu próprio caminho, se vir no Cristo alguém que pode interferir em suas ambições e reprovar sua forma de proceder, seu único desejo será livrar-se dele. Em conseqüência se verá arrastado a fazer as coisas mais terríveis, e se não destroçar os corpos dos homens, quebrantará seus corações.

    Aqui também, no final da passagem, vemos a maneira característica de Mateus de usar o Antigo Testamento. Cita Jr 31:15: “Assim

    diz o SENHOR: Ouviu-se um clamor em Ramá, pranto e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável por causa deles, porque já não existem.” O versículo de Jeremias não tem nada a

    ver com a matança dos inocentes por Herodes. Jeremias tem em mente uma situação muito distinta. Vê profeticamente como o povo de Jerusalém é levado ao exílio. Em sua triste viagem para o estrangeiro,

    passam pela cidade de Ramá, que era o lugar onde Raquel estava enterrada (1Sm 10:21Sm 10:2); e Jeremias imagina Raquel chorando, desde sua tumba, pelo destino que tinha castigado a seu povo. Mateus recolhe

    esta passagem e faz algo que já o vimos fazer anteriormente. Em seu desejo de encontrar profecias, descobre-as até onde não estão. Devemos

    lembrar que este procedimento, que pode parecer estranho, não o era para aqueles a quem Mateus dirigia seu evangelho.

    O RETORNO A NAZARÉ

    Mateus 2:19-23

    No seu devido tempo Herodes morreu; seu reino, então, foi dividido. Os romanos tinham confiança em Herodes, e tinham permitido

    que ele reinasse sobre um território bastante extenso. Mas ele sabia que a nenhum de seus filhos lhe seria confiada uma medida tão abundante de poder. De modo que em seu testamento dividiu o reino em três porções,

    e legou cada uma destas a três de seus filhos. Judéia seria de Arquelau; Galiléia de Herodes Antipas; e a região norte e a Transjordânia de Felipe. Mas a morte do Herodes não resolveu o problema. Arquelau não foi bom rei e durou pouco em seu trono. Iniciou seu governo tratando de

    ser ainda mais sanguinário que seu pai; um de seus primeiros decretos decidiu a execução de três mil cidadãos destacados da Judéia. Evidentemente, até morto Herodes, com o selvagem e descontrolado

    Arquelau no trono não era seguro retornar a Judéia. De modo que José recebe o conselho de ir a Galiléia, onde reinava Herodes Antipas, um soberano muito mais prudente.

    José se estabeleceu em Nazaré, e nessa localidade Jesus se criou. Não se deve pensar que Nazaré fosse um povo perdido, distante de tudo o que acontecia no mundo. Estava convocada em um vale das serras da

    Galiléia, e um jovem só precisava subir às alturas para ver, para o Oeste, as águas azuis do Mediterrâneo, envoltas na bruma da distância, sulcadas pelas naves que viajavam a todos os extremos da Terra. Fazendo descer

    1. olhar, a seus pés, atravessando a planície costeira, tinha um dos caminhos mais importantes da antiguidade. Era o caminho que ia de Damasco ao Egito, a via de acesso à África por terra firme. Era uma das rotas de caravanas mais importantes do mundo. Era o lugar onde José

    tinha sido vendido a uns traficantes, vários séculos antes. Era o caminho

    que Alexandre Magno e suas legiões tinham seguido, três séculos atrás. Era o caminho por onde partiriam os exércitos do Napoleão, vários séculos depois. Até no século XX, foi a rota escolhida por Allenby. Às vezes denominada o Caminho do Sul e outras vezes a Rota do Mar. Transitando-a, Jesus podia ver toda classe de viajantes, de todas as nações do mundo conhecido, indo e vindo todo o tempo. Mas havia outro caminho, que abandonava a Rota do Mar em Acra ou Ptolomea para dirigir-se para o Este. Era chamado a Rota do Este. Chegava até os limites orientais do Império Romano. Sobre este caminho também transitavam continuamente as caravanas carregadas de sedas e especiarias, e as legiões romanas, em direção contrária, para as fronteiras. Nazaré não era um povo perdido. Jesus foi criado em um lugar por onde continuamente transitava o mundo. Desde sua infância deve ter sido confrontado por cenas que lhe revelavam a multiforme magnitude do universo criado por Deus e destinado a ser seu mundo.

    Já vimos como Mateus relaciona cada acontecimento da vida de Jesus (pelo menos no princípio) com alguma passagem do Antigo

    Testamento que ele considera uma profecia. Aqui Mateus cita o seguinte: "Ele será chamado Nazareno." Com isso ele nos cria um problema insolúvel, porque não há tal texto em todo o Antigo Testamento. Nazaré

    não se menciona em todo o Antigo Testamento. Ninguém resolveu satisfatoriamente o problema de qual é a parte do Antigo Testamento que Mateus tinha em mente. Os escritores antigos recorriam freqüentemente a jogos de palavras. Sugeriu-se que aqui Mateus está brincando com as

    palavras do Is 11:1, onde diz: "Sairá uma vara do tronco de Isai, e uma vergôntea brotará de novo de suas raízes." A palavra hebréia que significa "vara" é nezer, que é muito semelhante a "nazareno". Deste

    modo Mateus estaria dizendo, ao mesmo tempo, que Jesus é da cidade do Nazaré e que é o nezer, a vara prometida do tronco de Isai, ou seja um descendente do Davi, o prometido Rei Ungido de Deus. Mas isto não é

    mais que uma conjetura; qual foi a profecia que Mateus teve em mente continuará sendo um mistério De maneira que já temos o cenário preparado. Mateus trouxe Jesus até Nazaré, que é, em um sentido muito real, uma das portas do mundo.


    Dicionário

    Acercar

    verbo transitivo e pronominal Abeirar(-se), aproximar(-se), avizinhar(-se). (A forma pronominal é mais usada.).

    Aparecer

    verbo transitivo indireto e intransitivo Começar a ser visto, tornar-se visível, mostrar-se, surgir: a doença apareceu do nada; a aurora está prestes a aparecer.
    verbo intransitivo Estar publicado: este livro apareceu este ano.
    Surgir sem razão aparente; ocorrer, surgir: o sucesso não aparece sem esforço.
    Figurado Brilhar, fazer-se notar: este daí só quer aparecer.
    Manifestar-se: seu orgulho aparece em todas as ocasiões.
    verbo transitivo direto e predicativo Sobressair-se por alguma qualidade ou característica positiva; revelar-se: sua inteligência aparece em seu comportamento.
    Etimologia (origem da palavra aparecer). Do latim apparescere “ficar visível”.

    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Estrela

    substantivo feminino Astro dotado de luz própria, observável sob a forma de um ponto luminoso.
    Qualquer corpo celeste ou astro que pode ser avistado no céu à noite.
    Figurado Artista muito famoso: estrela de cinema.
    Figurado Atriz que recebe grande destaque no espetáculo que desenvolve.
    Figurado Quem recebe destaque por determinada atividade.
    Influência hipotética que um astro pode exercer na vida de uma pessoa.
    Representação que pretende ilustrar uma estrela, geralmente com cinco ou seis pontas; quaisquer objetos que possuam este aspecto.
    [Militar] Insígnia que caracteriza o grau de hierarquia dos uniformes militares.
    Sinal branco situado na cabeça de bovinos ou equinos.
    Etimologia (origem da palavra estrela). Do latim stella.ae.

    A palavra vem do latim = stella. Existe muitos sentidos para palavra em português. Um sentido literal: Uma estrela é um corpo celeste formado de plasma, o quarto estado da matéria (e não de gás, como muitos pensam), que se mantém coeso devido sua força gravitacional.

    A astronomia foi estudada por alguns dos antigos – e as referências do A.T. às estrelas fazem ver que nesses tempos havia sobre os astros boas observações e reflexão. A sua contemplação causava espanto e temor. Vieram de Deus, estão sob o seu império, e só Ele as pode contar (Gn 1:169:7Jr 31:35Sl 8:3 – 136.9 – 147.4 – is 40:26). o escurecer e a confusão dos corpos celestes são fenômenos associados com calamidades, tanto no A.T. (is 13:10Ez 32:7Jl 2:10 – 3.15), como no N.T. (Mt 24:29 – Mc 13. 25 – At 2:19-20Ap 6:13 – 8.10 a 12). A adoração dos astros era uma das formas de idolatria entre os povos, e isso desviou também os hebreus do caminho da Lei (Dt 4:19 – 2 Rs 17.16 – Jr 19:13Am 5:26Sf 1:5At 7:43). Fala-se de Jesus, como sendo a Estrela da Manhã (Ap 2:28 – 22.16). No *veja 13 da epístola de Judas há uma referência ás ‘estrelas errantes’, numa comparação com os cometas. Com respeito a especiais estrelas e constelações *veja Ursa, Órion, Plêiade.

    [...] as estrelas são inumeráveis sóis, prováveis centros de outros tantos sistemas planetários [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5, it• 12

    Cada estrela, como sabeis, é centro de um sistema que abrange, não só os planetas em revolução ao derredor dessa estrela, como também as partículas de matéria que aquele sistema difunde. [...]
    Referencia: OWEN, G• Vale• A vida além do véu: as regiões inferiores do céu• Trad• de Carlos 1mbassahy• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 6

    Acredita-se [...] que as estrelas se formem de nuvens de gás e poeira. Quando a nuvem se divide em fragmentos, estes começam a se contrair sob forças gravitacionais, aquecem-se e irradiam calor. Quando a temperatura aumenta suficientemente para iniciar reações atômicas, a estrela move-se para a seqüência principal e se estabelece num estado estável em alguma parte dela, dependendo de sua natureza e temperatura. Fica nessa posição durante a maior parte da sua vida, gerando energia pela conversão do hidrogênio em hélio (como o Sol faz), mas, quando esgota seu combustível, o hidrogênio sai da seqüência principal e expande-se para uma gigante vermelha. Depois, não se sabe bem o que acontece, mas acredita-se que a estrela usa rapidamente vários combustíveis e gera toda espécie de elementos pesados, até se tornar altamente instável e eventualmente explodir, como nova ou supernova
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    [...] [As estrelas] são as moradas de nosso Pai, os estádios, os marcos soberbos das estradas do Infinito [...].
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Céu estrelado

    As estrelas são estações divinas que nos esperam.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


    Estrela ASTRO que tem luz própria e que mantém a sua posição relativa no espaço (Jr 31:35). As estrelas eram estudadas pelos ASTRÓLOGOS (Mt 2:9) e adoradas pelos pagãos e até pelos israelitas (Dt 4:19); (2Rs 17:16), NTLH; (Am 5:26).

    Herodes

    Herodes 1. O Grande. Fundador da dinastia (c. 73-4 a.C.). Menosprezado pelos judeus por causa de sua origem não-judia (era idumeu) e por suas práticas pagãs (permitiu que lhe rendessem culto nos locais não-judeus de seu reino), reestruturou o Templo de Jerusalém. Mt 2:1ss. registra o nascimento de Jesus durante seu reinado (c. 6-4 a.C.) e menciona a intenção de Herodes de matar o Menino, confirmada com a matança dos inocentes.

    Esse fato não é mencionado em outras fontes, mas combina com o que sabemos do caráter do monarca. Após sua morte, a família de Jesus retornou do exílio no Egito (Mt 2:19-22).

    2. Arquelau. Filho de Herodes, o Grande. Etnarca da Judéia (de 4 a.C. a 6 d.C.). Após ser deposto, a Judéia passou a depender diretamente da administração romana até o ano 41 d.C.

    3. Herodes Antipas. Filho de Herodes, o Grande. Tetrarca da Galiléia (4 a.C. a 39 d.C.). Ordenou a decapitação de João Batista (Mt 14:1-12 e par.) e interveio no processo de Jesus (Lc 23:6ss.).

    4. Herodes Agripa I. Foi nomeado rei da Judéia pelo imperador Cláudio em 41 d.C. Hábil político, soube atrair o afeto da população judia (as fontes rabínicas referem-se a ele em termos elogiosos), embora simpatizante do paganismo de seus súditos não-judeus. Para granjear aceitação de uma parte da população, desencadeou uma perseguição contra os judeucristãos de seu território. Durante essa perseguição, Tiago foi martirizado (embora improvável, supõe-se que também seu irmão João) e Pedro encarcerado, salvando-se da execução ao fugir da prisão em que estava confinado (At 12:1ss.). Herodes Agripa I morreu repentinamente em 44 d.C. 5. Agripa II, filho de Agripa I (17-100 d.C.). Governador da Galiléia e da Peréia e diante dele Paulo compareceu durante um processo (At 25:13ss.).

    C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Schürer, o. c.; f. f. Bruce, Acts...; Idem, New Testament; A. H. m. Jones, The Herods of Judaea, Oxford 1938; S. Perowne, The Life and Times of Herod the Great, Londres 1957; Idem, The Later Herods, Londres 1958; A. Schalit, König Herodes, Berlim 1969; C. Saulnier e B. Rolland, Palestina en tiempos de Jesús, Estella 101994.


    Herodes Nome comum de vários reis 1DUMEUS que governaram a Palestina de 37 a.C. até 70 d.C.


    1) Herodes, o Grande (37 a 4 a.C.), construiu Cesaréia, reconstruiu o Templo e mandou matar as criancinhas em Belém (Mt 2:1-18). Quando morreu, o seu reino foi dividido entre os seus três filhos: Arquelau, Antipas e Filipe.


    2) Arquelau governou a Judéia, Samaria e Iduméia de 4 a.C. a 6 d.C. (Mt 2:22).


    3) Herodes Antipas governou a Galiléia e a Peréia de 4 a.C. a 39 d.C. Foi ele quem mandou matar João Batista (Mt 14:1-12). Jesus o chamou de “raposa” (Lc 13:32).


    4) Filipe, TETRARCA que governou bem, de 4 a.C a 34 d.C., a região que ficava a nordeste do lago da Galiléia, isto é, Ituréia, Gaulanites, Batanéia, Traconites e Auranites (Lc 3:1).


    5) Herodes Agripa I governou, de 41 a 44 d.C., toda a terra de Israel, como havia feito Herodes, o Grande, seu avô. Esse Agripa mandou matar Tiago (At 12:1-23).


    6) Herodes Agripa II governou o mesmo território que Filipe havia governado (50-70 d.C.). Paulo compareceu perante esse Agripa (At 25:13—26.32).


    Quatro gerações diferentes de pessoas, todas com o título da dinastia Herodes, aparecem nos Evangelhos e em Atos.


    1. Herodes, o Grande, da Iduméia, foi o primeiro grande rei-vassalo de Israel, depois do domínio romano. Reinou de 37 a 4 a.C., mediante a imposição de pesadas taxas sobre os judeus, a exigência do trabalho forçado e a construção de grandes edifícios públicos. Paranóico quanto à possibilidade de seu trono ser usurpado, executou muitos membros da própria família e alguns de seus colaboradores. A história sobre sua inquietação, quando soube a respeito do nascimento de Jesus, e sua subseqüente ordem do “massacre dos inocentes” (Mt 2:1-20) encaixa-se muito bem em seu padrão de comportamento.


    2. Antipas. Depois da morte de Herodes, o Grande, seus domínios foram divididos entre seus três filhos: Arquelau (Mt 2:22), Filipe (Mc 6:17) e Antipas, o Herodes que aparece durante a idade adulta de Jesus, quando este exercia seu ministério. Como tetrarca da Galiléia (Lc 3:1; At 13:1; Mc 8:15), Herodes Antipas governou de 4 a 39 d.C. Ele mandou decapitar João Batista (Mt 14:3-12; Mc 6:17-19; Lc 3:19-20) e posteriormente teve dúvidas sobre se Jesus era João que voltara à vida (Mt 14:1-2; Mc 6:14-16; Lc 9:79). Lucas mostra certo interesse pela família herodiana, pois é o único evangelista que situa sua narrativa dentro dos eventos da história do império. Joana, a esposa de um dos oficiais de Antipas, tornou-se seguidora de Cristo (Lc 8:3). Jesus repreendeu Herodes “à revelia”, ao chamá-lo de “aquela raposa” (Lc 13:31-33) e foi levado à presença dele quando Pilatos tentou sem sucesso evitar a exigência dos líderes judeus pela crucificação de Cristo (Lc 23:6-16).


    3. Agripa I. Filho de outro irmão de Antipas, chamado Aristóbulo; portanto, neto de Herodes, o Grande. Foi o governante da Galiléia até 44 d.C. Foi ele quem mandou executar Tiago, o filho de Zebedeu, e determinou a prisão de Pedro, em Atos 12; logo depois foi ferido mortalmente por um anjo do Senhor e morreu comido pelos vermes (vv. 19b-23).


    4. Agripa II. Filho de Agripa I, foi o governante que ouviu a defesa de Paulo quando este encontrava-se preso em Cesaréia, entre 57 e 59 d.C. (At 25:13-26:1-32). C.B.


    filho de herói

    herodes | s. m. 2 núm.

    he·ro·des
    nome masculino de dois números

    1. Figurado Homem feio e muito mau, especialmente em relação às crianças.

    2. Tirano.


    Inquirir

    verbo transitivo direto e bitransitivo Desenvolver ou realizar perguntas; indagar: antes do final do processo, o delegado ainda precisa inquiri-lo; ao chegar em casa, o marido inquiriu-a sobre sua saída.
    verbo transitivo direto e transitivo indireto Fazer uma pesquisa ou recolher informações acerca de (alguma coisa); investigar: inquirindo as testemunhas, acabou por encontrar o culpado; é necessário inquirir as testemunhas do crime.
    verbo transitivo direto Interrogar com o auxílio de uma autoridade competente; interrogar de maneira judicial: inquiria o acusado.
    verbo intransitivo Prestar atenção naquilo que não lhe diz respeito; intrometer-se no assunto ou na vida alheia; bisbilhotar: ele viva inquirindo todo mundo.
    Etimologia (origem da palavra inquirir). Do latim inquirere.

    Fazer perguntas; indagar

    Inquirir Procurar informações a respeito de (Dt 13:14; At 23:20).

    Magos

    A palavra Rabe-Mague, em Jr 39:3-13, significa ‘chefe de Magos’, que em tempos muito remotos constituíam uma casta religiosa entre os persas, que adoravam a Deus sob a forma de fogo. o fato de estarem os magos entre os caldeus da corte de Nabucodonosor produziu a corrupção da sua fé original, parecendo estarem as suas operações principalmente restringidas à astrologia, adivinhação e interpretação de sonhos. As relações entre Daniel e os magos estão descritas na sua profecia. Ele foi o principal dos magos de Babilônia (Dn 5:11). Nos tempos que precederam a história do N. T. o nome de magos estava já associado com trapaças de toda espécie. Em toda parte do império Romano se encontravam enxames de impostores, que se intitulavam magos. Mago é o epíteto de Simão, aquele embusteiro, a que se faz referência nos Atos (8.9). Todavia, a palavra ‘magos’ tem uma honrosa significação quando é aplicada aos sábios, vindos do oriente, para procurarem o Salvador, que nascia em Belém (Mt 2). Em At 13:6-8 o termo acha-se traduzido por mágico, encantador. (*veja Medos.)

    Magos Originalmente, de acordo com os dados apresentados por Heródoto, membros de uma tribo persa, que se caracterizava pelo estudo dos fenômenos celestes. Os mencionados em Mt 2:1ss. parecem ser personagens que se enquadram nessa descrição. O texto não informa como se tornaram tradições populares posteriores, nem seus nomes ou condição real, nem que foram três. Essa última informação origina-se, possivelmente, do número de oferendas apresentadas ao Menino.

    Tempo

    substantivo masculino Período sem interrupções no qual os acontecimentos ocorrem: quanto tempo ainda vai demorar esta consulta?
    Continuidade que corresponde à duração das coisas (presente, passado e futuro): isso não é do meu tempo.
    O que se consegue medir através dos dias, dos meses ou dos anos; duração: esse livro não se estraga com o tempo.
    Certo intervalo definido a partir do que nele acontece; época: o tempo dos mitos gregos.
    Parte da vida que se difere das demais: o tempo da velhice.
    Figurado Ao ar livre: não deixe o menino no tempo!
    Período específico que se situa no contexto da pessoa que fala ou sobre quem esta pessoa fala.
    Circunstância oportuna para que alguma coisa seja realizada: preciso de tempo para viajar.
    Reunião das condições que se relacionam com o clima: previsão do tempo.
    Período favorável para o desenvolvimento de determinadas atividades: tempo de colheita.
    [Esporte] Numa partida, cada uma das divisões que compõem o jogo: primeiro tempo.
    [Esporte] O período total de duração de uma corrida ou prova: o nadador teve um ótimo tempo.
    Gramática Flexão que define o exato momento em que ocorre o fato demonstrado pelo verbo; presente, pretérito e futuro são exemplos de tempos verbais.
    Gramática As divisões menores em que a categoria do tempo se divide: tempo futuro; tempos do imperativo.
    [Música] Unidade que mede o tempo da música, através da qual as relações de ritmo são estabelecidas; pulsação.
    [Música] A velocidade em que essas unidades de medidas são executadas num trecho musical; andamento.
    Etimologia (origem da palavra tempo). A palavra tempo deriva do latim tempus, oris, fazendo referência ao tempo dos acentos.

    A palavra tempo tem origem no latim. Ela é derivada de tempus e temporis, que significam a divisão da duração em instante, segundo, minuto, hora, dia, mês, ano, etc. Os latinos usavam aevum para designar a maior duração, o tempo. A palavra idade, por exemplo, surgiu de aetatis, uma derivação de aevum.

    os dois grandes fatores, empregados pelo homem primitivo para a determinação do tempo, devem ter sido (como ainda hoje acontece) o Sol e a Lua, sendo pelo Sol fixadas as unidades do tempo, o dia e o ano, e sugerindo a Lua a parte anual do mês, e a divisão deste em semanas. os hebreus, nos seus cálculos para regularem o tempo, serviam-se de dois sistemas: solar e lunar. l. o dia. o espaço de 24 horas, de sol a sol. Nos mais remotos tempos era mais natural considerar o nascer do sol como princípio do dia, segundo o costume dos babilônios, ou o pôr do sol, segundo o costume dos hebreus. Este último processo é, talvez, o mais fácil de todos, pela simples razão de que tem sido sempre para os homens coisa mais provável ver o ocaso do que o nascimento do sol. Por isso, na cosmogonia pré-histórica, registrada em Gn 1, lê-se: ‘da tarde e da manhã se fez um dia’. Este método de completar os dias encontra-se em toda a Bíblia, sendo ainda hoje seguido pelos judeus. 2. Divisões do dia. a) A tríplice divisão do dia em manhã, meio-dia, e tarde (*veja Sl 55:17) é evidente por si mesma. b) Em conexão com estas designações estão as vigílias da noite: eram três segundo o cômputo dos hebreus, e quatro segundo o sistema romano. c) outra maneira é a de dividir o dia em horas. A origem da divisão do dia em 12 ou 24 partes parece ter-se perdido na antigüidade, mas chegou até nós por meio da Babilônia. Entre os hebreus, bem como entre os romanos, contavam-se as horas de cada dia desde o nascer do sol até ao seu ocaso. A duração de cada hora não era um espaço certo de tempo, como entre nós, mas a duodécima parte do tempo em que o sol se mostrava acima do horizonte – e essa parte naturalmente variava segundo as estações. d) posterior divisão em minutos e segundos parece não ter sido conhecida dos hebreus (embora se diga ter vindo dos babilônios). 3. o mês. o mês era lunar com pouco mais de 29 dias, havendo, deste modo, em cada ano 12 meses e cerca de 11-1/4 dias. É, talvez, conveniente examinar o quadro que neste artigo apresentamos. (Estão em caracteres mais salientes os meses hebraicos mencionados na Bíblia, os quais constituem assuntos para artigos especiais.) Com o fim de completar aproximadamente o ano solar, eram intercalados, às vezes, alguns dias, ou mesmo duas ou três semanas, segundo o entendimento dos diretores sacerdotais do calendário. Mas é incerto até que ponto ia este sistema nos tempos bíblicos. A adição era feita depois do mês de adar, e chamava-se segundo adar. os doze meses solares parece serem o resultado de uma posterior divisão do ano solar, sendo a sua base os doze meses lunares. 4. o ano. a) Quando é que principia o ano? Entre nós, como também entre os romanos, começa quando o sol atinge aproximadamente o ponto mais baixo. Mas não era assim entre as hebreus. Eles tinham dois sistemas:
    i. o sistema sagrado, oriundo da Babilônia, que principiava cerca do equinócio da primavera. Em conformidade com esta instituição eram regulados os tempos das festas sagradas. Também se menciona na Bíblia, com referência a acontecimentos seculares, como ‘Decorrido um ano, no tempo em que os reis costumam sair para a guerra’ (2 Sm 11.1).
    ii. o sistema civil principiava com o equinócio do outono, quando se concluíam as colheitas. b) Com respeito aos agrupamentos de sete anos, e de sete vezes sete, *veja Ano. c) Quanto aos métodos de computar uma série de anos, *veja Cronologia. Além das diferentes eras, que ali são dadas, podemos mencionar o modo judaico de calcular o tempo desde a criação do mundo baseado na DATA bíblica. Segundo este cômputo, o ano de 1240 era de 5.000, “anno mundi”. Na fixação desta data, num livro ou num monumento, usa-se omitir a casa dos milhares. E assim, quando se lê num moderno livro judaico a DATA de 674, este número adicionado a 1240, representa 1914 d.C.

    O tempo é a sucessão das coisas. Está ligado à eternidade, do mesmo modo que as coisas estão ligadas ao infinito. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 2

    O tempo é apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 2

    Não podemos dividir o tempo entre passado e presente, entre novo e velho, com a precisão com que balizamos o loteamento de um terreno. O tempo é uno e abstrato, não pode ser configurado entre fronteiras irredutíveis. Justamente por isso, todos os conceitos em função do tempo são relativos. Cada geração recebe frutos da geração anterior, sempre melhorando, do mesmo modo que a geração futura terá de so correr-se muito do acervo do passado. [...]
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

    [...] é a suprema renovação da vida. Estudando a existência humana, temos que o tempo é a redenção da Humanidade, ou melhor – o único patrimônio do homem.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] a noção do tempo é essencialmente relativa e a medida da sua duração nada tem de real, nem de absoluta – separada do globo terrestre [...]. [...] o tempo não é uma realidade absoluta, mas somente uma transitória medida causada pelos movimentos da Terra no sistema solar. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• -

    O tempo [...] somente se torna realidade por causa da mente, que se apresenta como o sujeito, o observador, o Eu que se detém a considerar o objeto, o observado, o fenômeno. Esse tempo indimensional é o real, o verdadeiro, existente em todas as épocas, mesmo antes do princípio e depois do fim. Aquele que determina as ocorrências, que mede, estabelecendo metas e dimensões, é o relativo, o ilusório, que define fases e períodos denominados ontem, hoje e amanhã, através dos quais a vida se expressa nos círculos terrenos e na visão lógica – humana – do Universo.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tempo, mente e ação

    [...] O advogado da verdade é sempre o tempo.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54

    O tempo é inexorável enxugador de lágrimas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 2, cap• 6

    [...] As dimensões tempo e espaço constituem limites para demarcar estágios e situações para a mente, nas faixas experimentais da evolução. [...]
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    Para o Espírito desencarnado o tempo não conta como para nós, e não está separado metodicamente em minutos, horas, dias, anos e séculos ou milênios, e muitos são os que perderam de vista os pontos de referência que permitem avaliar o deslocamento na direção do futuro.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Nas fronteiras do Além• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    [...] o tempo é a matéria-prima de que dispomos, para as construções da fé, no artesanato sublime da obra crística, de que somos humílimos serviçais.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Mensagem de fim de ano

    O tempo é uma dimensão física que nasce do movimento, mas quando este supera a velocidade da luz, o tempo não consegue acompanhá-lo, anula-se, extingue-se. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Tempo e luz

    [...] O tempo é, por definição, a trajetória de uma onda eletromagnética, do seu nascimento até a sua morte. Por isso ele é uma das dimensões fixas do nosso Universo, porque estável é, em nosso plano, a velocidade das ondas eletromagnéticas. O tempo, porém, somente pode existir em sistemas isolados, ou fechados, e tem a natureza de cada sistema. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] O tempo é o maior selecionador do Cristo.
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Testemunhos de Chico Xavier• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - Só os inúteis não possuem adversários

    A Doutrina Espírita nos mostra que tempo e espaço são limites pertinentes à realidade física, o Espírito não precisa se prender a eles. Quando mencionamos o tempo como recurso imprescindível a uma transformação que depende, na verdade, de força de vontade e determinação, estamos adiando o processo e demonstrando que, no fundo, há o desejo de permanecer como estamos. O tempo é necessário para adquirir conhecimentos e informações, não para operar uma transformação psicológica.
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] O tempo é a nossa bênção... Com os dias coagulamos a treva ao redor de nós e, com os dias, convertê-la-emos em sublimada luz [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    [...] O tempo, como patrimônio divino do espírito, renova as inquietações e angústias de cada século, no sentido de aclarar o caminho das experiências humanas. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

    Tempo e esforço são as chaves do crescimento da alma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 26

    O tempo é o nosso grande benfeitor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O tempo é um conjunto de leis que nãopodemos ludibriar.O tempo é um empréstimo de Deus. Com ele erramos, com ele retificamos.O tempo é o campo sublime, que nãodevemos menosprezar.O tempo, na Terra, é uma bênçãoemprestada.O tempo é o mais valioso calmante dasprovações.O tempo é o químico milagroso daEterna Sabedoria, que nos governa osdestinos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Sabemos que o tempo é o nosso maisvalioso recurso perante a vida; mas tem-po, sem atividade criadora, tão-somen-te nos revela o descaso perante asconcessões divinas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    O tempo é o rio da vida cujas águas nosdevolvem o que lhe atiramos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Umdia

    Embora a dor, guarda o bem / Por teunobre e santo escudo. / O tempo é omago divino / Que cobre e descobretudo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 36

    [...] é o grande tesouro do homem e vin-te séculos, como vinte existências di-versas, podem ser vinte dias de provas,de experiências e de lutas redentoras
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Na intimidade de Emmanuel

    [...] O tempo para quem sofre sem es-perança se transforma numa eternida-de de aflição.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    O tempo é a sublimação do santo, abeleza do herói, a grandeza do sábio, a crueldade do malfeitor, a angústia do penitente e a provação do companheiro que preferiu acomodar-se com as trevas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

    [...] O sábio condutor de nossos destinos (...).
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 42

    O tempo, contudo, assemelha-se ao professor equilibrado e correto que premia o merecimento, considera o esforço, reconhece a boa vontade e respeita a disciplina, mas não cria privilégio e nem dá cola a ninguém.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Precisamente

    [...] O tempo, que é fixador da glória dos valores eternos, é corrosivo de todas as organizações passageiras na Terra e noutros mundos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

    [...] é o nosso explicador silencioso e te revelará ao coração a bondade infinita do Pai que nos restaura saúde da alma, por intermédio do espinho da desilusão ou do amargoso elixir do sofrimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 63

    O tempo é o tesouro infinito que o Criador concede às criaturas. [...] [...] é benfeitor carinhoso e credor imparcial simultaneamente. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 50

    [...] é o nosso silencioso e inflexível julgador.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Na esfera íntima

    O tempo é um empréstimo de Deus. Elixir miraculoso – acalma todas as dores. Invisível bisturi – sana todas as feridas, refazendo os tecidos do corpo e da alma. Com o tempo erramos, com ele retificamos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Carinho e reconhecimento

    [...] é um patrimônio sagrado que ninguém malbarata sem graves reparações...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    O tempo é um rio tranqüilo / Que tudo sofre ou consente, / Mas devolve tudo aquilo / Que se lhe atira à corrente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    O tempo não volta atrás, / Dia passado correu; / Tempo é aquilo que se faz / Do tempo que Deus nos deu.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32


    Tempo V. ANO; CALENDÁRIO; DIA; HORAS.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    τότε Ἡρώδης καλέω λάθρα μάγος ἀκριβόω παρά αὐτός ἀκριβόω χρόνος ἀστήρ φαίνω
    Mateus 2: 7 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Então Herodes, chamando os homens sábios em particular, inquiriu diligentemente deles acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera.
    Mateus 2: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Talvez pouco antes da morte de Herodes
    G198
    akribóō
    ἀκριβόω
    um manassita
    (Ulam)
    Substantivo
    G2264
    Hērṓdēs
    Ἡρώδης
    cruzados (os braços), ato de dobrar (referindo-se a mãos), bater (as mãos)
    (folding)
    Substantivo
    G2564
    kaléō
    καλέω
    chamar
    (you will call)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G2977
    láthra
    λάθρα
    filho de Amom com Jedida que sucedeu seu pai no trono de Judá e reinou por 31 anos;
    (Josiah)
    Substantivo
    G3097
    mágos
    μάγος
    filho da irmã de Davi, Zeruia, e general do exército de Davi
    (to Joab)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3844
    pará
    παρά
    de / a partir de / de / para
    (of)
    Preposição
    G5119
    tóte
    τότε
    então
    (Then)
    Advérbio
    G5316
    phaínō
    φαίνω
    trazer à luz, fazer brilhar, espalhar a luz
    (appeared)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G5550
    chrónos
    χρόνος
    tempo, longo ou curto
    (time)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G792
    astḗr
    ἀστήρ
    ()
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    ἀκριβόω


    (G198)
    akribóō (ak-ree-bo'-o)

    198 ακριβοω akriboo

    do mesmo que 196; v

    1. conhecer acuradamente, fazer exatamente
    2. investigar diligentemente

    Ἡρώδης


    (G2264)
    Hērṓdēs (hay-ro'-dace)

    2264 Ηρωδης Herodes

    composto de heros (um “herói”) e 1491; n pr m Herodes = “heróico”

    nome de uma família real que se distinguiu entre os judeus no tempo de Cristo e dos Apóstolos. Herodes, o grande, era filho de Antípatre da Iduméia. Nomeado rei da Judéia em 40 a.C. pelo Senado Romano pela sugestão de Antônio e com o consentimento de Otaviano, ele finalmente superou a grande oposição que o país levantou contra ele e tomou posse do reino em 37 a.C.; e depois da batalha de Actio, ele foi confirmado por Otaviano, de quem gozava favor. Era corajoso e habilidoso na guerra, instruído e sagaz; mas também extremamente desconfiado e cruel. Por isso ele destruiu a família real inteira dos hasmoneanos, mandou matar muitos dos judeus que se opuseram ao seu governo, e prosseguiu matando até sua cara e amada esposa Mariamne da linhagem dos hasmoneanos e os dois filhos que teve com ela. Por esses atos de matança, e especialmente pelo seu amor e imitação dos costumes e instituições romanas e pelas pesadas taxas impostas sobre seus súditos, ele tanto se indispôs contra os judeus que não consegiu recuperar o favor deles nem através de sua esplêndida restauração do templo e outros atos de munificência. Ele morreu aos 70 anos, no trigésimo sétimo ano do seu reinado, 4 anos antes da era dionisiana. João, o batista, e Cristo nasceram durante os últimos anos do seu reinado; Mateus narra que ele ordenou que todas os meninos abaixo de dois anos em Belém fossem mortos.

    Herodes, cognominado “Antipas”, era filho de Herodes, o grande, e Maltace, uma mulher samaritana. Depois da morte de seu pai, ele foi nomeado pelos romanos tetrarca da Galiléia e Peréia. Sua primeira esposa foi a filha de Aretas, rei da Arábia; mas ele subseqüentemente a repudiou e tomou para si Herodias, a esposa de seu irmão Herodes Filipe; e por isso Aretas, seu sogro, fez guerra contra ele e o venceu. Herodes aprisionou João, o Batista, porque João o tinha repreendido por esta relação ilícita; mais tarde, instigado por Herodias, ordenou que ele fosse decapitado. Também induzido por ela, foi a Roma para obter do imperador o título de rei. Mas por causa das acusações feitas contra ele por Herodes Agripa I, Calígula baniu-o (39 d.C.) para Lugdunum em Gaul, onde aparentemente morreu. Ele não tinha muita força de vontade, era lascivo e cruel.

    Herodes Agripa I era filho de Aristóbulo e Berenice, e neto de Herodes, o grande. Depois de muitas mudanças de fortuna, conquistou o favor de Calígula e Cláudio de tal forma que ele gradualmente obteve o governo de toda a Palestina, com o título de rei. Morreu na Cesaréia em 44 d.C., aos 54 anos, no sétimo [ou no quarto, contando com a extensão de seu domínio por Cláudio] ano de seu reinado, logo depois de ter ordenado que Tiago, o apóstolo, filho de Zebedeu, fosse morto, e Pedro fosse lançado na prisão: At 12:21

    (Herodes) Agripa II, filho de Herodes Agripa I. Quando seu pai morreu ele era um jovem de dezessete anos. Em 48 d.C. recebeu do imperador Cláudio o governo de Calcis, com o direito de nomear os sumo-sacerdotes judeus. Quatro anos mais tarde, Cláudio tomou dele Calcis e deu-lhe, com o título de rei, um domínio maior, que incluía os territórios de Batanéia, Traconites, e Gaulanites. Àqueles reinos, Nero, em 53 d.C., acrescentou Tibéria, Tariquéia e Peréia Julias, com quatorze vilas vizinhas. Ele é mencionado em At 25 e 26. De acordo com A Guerra Judaica, embora tenha lutado em vão para conter a fúria da populaça sediosa e belicosa, ele não teria desertado para o lado dos romanos. Depois da queda de Jerusalém, foi investido com o grau pretoriano e manteve o reino inteiro até a sua morte, que aconteceu no terceiro ano do imperador Trajano, [aos 73 anos, e no ano 52 de seu reinado]. Ele foi o último representante da dinastia Herodiana.


    καλέω


    (G2564)
    kaléō (kal-eh'-o)

    2564 καλεω kaleo

    semelhante a raiz de 2753; TDNT - 3:487,394; v

    1. chamar
      1. chamar em alta voz, proferir em alta voz
      2. convidar
    2. chamar, i.e., chamar pelo nome
      1. dar nome a
        1. receber o nome de
        2. dar um nome a alguém, chamar seu nome
      2. ser chamado, i.e., ostentar um nome ou título (entre homens)
      3. saudar alguém pelo nome

    Sinônimos ver verbete 5823


    λάθρα


    (G2977)
    láthra (lath'-rah)

    2977 λαθρα lathra

    de 2990; adv

    1. secretamente

    μάγος


    (G3097)
    mágos (mag'-os)

    3097 μαγος magos

    de origem estrangeira 7248; TDNT - 4:356,547; n m

    1. um mago
      1. o nome dado pelos babilônicos (caldeus), Medos, Persas, e outros, a homens sábios, mestres, sacerdotes, médicos, astrólogos, videntes, intérpretes de sonhos, áugures, advinhadores, feitiçeiros etc.
      2. os sábios orientais (astrólogos) que, tendo descoberto pelo surgimento de uma notável estrela que o Messias tinha nascido, vieram a Jerusalém para adorá-lo
      3. um falso profeta e mágico


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    παρά


    (G3844)
    pará (par-ah')

    3844 παρα para

    palavra raiz; TDNT - 5:727,771; prep

    1. de, em, por, ao lado de, perto

    τότε


    (G5119)
    tóte (tot'-eh)

    5119 τοτε tote

    do (neutro de) 3588 e 3753; adv

    então

    naquele tempo


    φαίνω


    (G5316)
    phaínō (fah'-ee-no)

    5316 φαινω phaino

    prolongação da raiz de 5457; TDNT - 9:1,1244; v

    1. trazer à luz, fazer brilhar, espalhar a luz
    2. brilhar
      1. brilhar, ser brilhante ou resplendente
      2. tornar-se evidente, ser trazido à luz, tornar-se visível, aparecer
        1. de vegetação em crescimento, vir à luz
        2. aparecer, ser visto
        3. expor à visão
      3. encontrar os olhos, descobrir os olhos, tornar claro ou manifesto
        1. ser visto, aparecer
      4. tornar-se claro na mente; ter a impressão, segundo o próprio julgamento ou opinião

    Sinônimos ver verbete 5837


    χρόνος


    (G5550)
    chrónos (khron'-os)

    5550 χρονος chronos

    de derivação incerta; TDNT - 9:581,1337; n m

    1. tempo, longo ou curto

    Sinônimos ver verbete 5853


    ἀστήρ


    (G792)
    astḗr (as-tare')

    792 αστερη aster

    provavelmente da raiz de 4766; TDNT - 1:503,86; n m

    1. uma estrela

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo