Enciclopédia de João 14:16-16

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jo 14: 16

Versão Versículo
ARA E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco,
ARC E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre;
TB Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará um outro Paráclito , a fim de que esteja para sempre convosco,
BGB κἀγὼ ἐρωτήσω τὸν πατέρα καὶ ἄλλον παράκλητον δώσει ὑμῖν ἵνα ⸀ᾖ μεθ’ ὑμῶν εἰς τὸν ⸀αἰῶνα,
HD E eu rogarei ao Pai, e {ele} vos dará outro Paracleto , a fim de que esteja convosco para sempre.
BKJ E eu orarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que ele possa habitar convosco para sempre,
LTT E Eu rogarei a o Pai, e outro ① Consolador- Ajudador ② 838 Ele vos dará (a fim de que permaneça Ele convosco para o sempre),
BJ2 e rogarei ao Pai e ele vos dará outro Paráclito,[z] para que convosco permaneça para sempre,
VULG et ego rogabo Patrem, et alium Paraclitum dabit vobis, ut maneat vobiscum in æternum,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 14:16

Mateus 28:20 ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!
João 4:14 mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna.
João 14:14 Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.
João 14:18 Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.
João 14:26 Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
João 15:26 Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito da verdade, que procede do Pai, testificará de mim.
João 16:7 Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei.
João 16:22 Assim também vós, agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria, ninguém vo-la tirará.
João 16:26 Naquele dia, pedireis em meu nome, e não vos digo que eu rogarei por vós ao Pai,
João 17:9 Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.
João 17:15 Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
João 17:20 Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão de crer em mim;
Atos 9:31 Assim, pois, as igrejas em toda a Judeia, e Galileia, e Samaria tinham paz e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo.
Atos 13:52 E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.
Romanos 5:5 E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.
Romanos 8:15 Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
Romanos 8:26 E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.
Romanos 8:34 Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.
Romanos 14:17 porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
Romanos 15:13 Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo.
Gálatas 5:22 Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Efésios 1:13 em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa;
Filipenses 2:1 Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões,
Colossenses 3:3 porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.
II Tessalonicenses 2:16 E o próprio nosso Senhor Jesus Cristo, e nosso Deus e Pai, que nos amou e em graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança,
Hebreus 7:25 Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.
I João 2:1 Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
João 14 : 16
Paracleto
Lit. “parákletos”, alguém chamado ou enviado para prestar auxílio, consolar, confortar; defensor do réu (advogado); intercessor; alguém que exorta, instrui.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 838

Jo 14:16 (também Jo 14:26; Jo 15:26; Jo 16:7) TraIdutores da NVI enfraquecem CONSOLADOR- AJUDADOR {3875 Parakletos significa: "chamado para o lado de alguém, a fim de dar ajuda + fortalecer + socorrer + consolar + confortar + ensinar + aconselhar + defender + interceder por ele} para apenas "CONSELHEIRO", palavra mais fraca por não implicar ternura e as outras atividades (de ajudar, fortalecer, socorrer, confortar, defender, interceder), enquanto "Consolador- Ajudador" as implica!


 ①

"outro semelhante, com natureza do mesmo tipo" (daquela de o Cristo).


 ②

"Parakletos": Aquele convocado para seguir ao nosso lado como ensinador, conselheiro, ajudador, fortalecedor, consolador, confortador.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Allan Kardec

jo 14:16
O Evangelho Segundo o Espiritismo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 6
Página: 134
Allan Kardec
Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo. (Mateus 11:28-30)
jo 14:16
A Gênese

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17
Página: 385
Allan Kardec
Tendo vindo à sua terra natal, Jesus os instruía nas sinagogas, de sorte que, tomados de espanto, diziam: De onde lhe vieram essa sabedoria e esses milagres? – Não é o filho daquele carpinteiro? Não se chama Maria, sua mãe, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Suas irmãs não se acham todas entre nós? De onde então lhe vêm todas essas coisas? – E assim faziam dele objeto de escândalo. Mas Jesus lhes disse: Um profeta só não é honrado em sua terra e na sua casa. – E não fez lá muitos milagres devido à incredulidade deles. (São Mateus, 13:54 a 58.)

Emmanuel

jo 14:16
Segue-me

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 51
Página: 139
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Mas quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda verdade…” — JESUS (Jo 16:13)


De que maneira vencerá o Espiritismo os obstáculos que se lhe agigantam à frente? Há companheiros que indagam: — “Devemos disputar saliência política ou dominar a fortuna terrestre?” Enquanto isso, outros enfatizam a ilusória necessidade da guerra verbal a greis ou pessoas.

Dentro do assunto, no entanto, transcrevamos a , de “O Livro dos Espíritos”. Prudente e claro, Kardec formulou, aos orientadores espirituais de sua obra, a seguinte interrogação: “De que maneira pode o Espiritismo contribuir para o progresso?” E, na lógica de sempre, eis que eles responderam:

“Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz que os homens compreendam onde se encontram seus verdadeiros interesses. Deixando a vida futura de estar velada pela dúvida, o homem perceberá melhor que, por meio do presente, lhe é dado preparar o seu futuro. Abolindo os prejuízos de seitas, castas e cores, ensina aos homens a grande solidariedade que os há de unir como irmãos.”


Não nos iludamos, com respeito às nossas tarefas. Somos todos chamados pela Bênção do Cristo a fazer luz no mundo das consciências — a começar de nós mesmos —, dissipando as trevas do materialismo ao clarão da Verdade, não pelo espírito da força, mas pela força do espírito, a expressar-se em serviço, fraternidade, entendimento e educação.




Essa mensagem foi publicada originalmente em 1966 pela FEB e é a 6ª lição do livro “”


jo 14:16
Deus Conosco

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel


Grupo Espírita Emmanuel (GEEM) | São Bernardo do Campo - SP

Dr. Caio Ramacciotti


Instituto de Difusão Espírita (IDE) | Araras - SP

Sr. Wilson Frungilo Júnior

Dr. Hércio Marcos Cintra Arantes


Lar Espírita André Luiz (LEAL) | Petrópolis - RJ

Sra. Suzana Maia Mousinho

Sra. Maria Idê Cassãno Mousinho


Escola Jesus Cristo | Campos - RJ Sra. Hilda Mussa Tavares

Dr. Flávio Mussa Tavares


Casa de Chico Xavier | Pedro Leopoldo - MG

Sr. Hélcio Marques

Sr. Jhon Harley Madureira Marques

Sra. Adanira Deisiré Bergamaschi


Centro Espírita Luiz Gonzaga | Pedro Leopoldo - MG

Sra. Célia Diniz


Grupo Espírita Ephigênio Salles Víctor | Belo Horizonte - MG

Sr. Arnaldo Rocha


jo 14:16
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo João

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Ao chegarmos ao quarto volume da coleção, é preciso reconhecer que grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso, queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.

Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação Espírita Brasileira, particularmente à diretoria da instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa, e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.

Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.

Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor e à Ana Clara, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.

A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa através da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.

A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.

A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão Maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o Seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.

A Deus, inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.




Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira

jo 14:16
Entre Irmãos de Outras Terras

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 2
Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira
Espíritos Diversos
Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira

“E eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.” — Jesus. (Jo 14:16.)


Na condição daquele Consolador prometido por Jesus à Humanidade, o Espiritismo, sem dúvida, atingirá todas as consciências.

Entretanto, à frente das múltiplas interpretações que se lhe imprimem nos mais variados núcleos humanos, de que modo esperar o cumprimento da promessa do Cristo?

Nesse sentido, recordemos os primórdios da Codificação Kardequiana. Preocupado com o mesmo assunto, Allan Kardec formulou a , de “O Livro dos Espíritos”, à qual os seus Instrutores Espirituais, solícitos, responderam:

“Certamente que o Espiritismo se tornará crença geral e marcará nova era na história da Humanidade, porque está na natureza e chegou o tempo em que ocupará lugar entre os conhecimentos humanos. Terá, no entanto, que sustentar grandes lutas, mais contra o interesse do que contra a convicção, porquanto não há como dissimular a existência de pessoas interessadas em combatê-lo, umas por amor-próprio, outras por causas inteiramente materiais. Porém, como virão a ficar insulados, seus contraditores se sentirão forçados a pensar como os demais, sob pena de se tornarem ridículos.”

Certifiquemo-nos, pois, de que na difusão dos princípios espíritas estamos todos em luta do bem para a extinção do mal e de que ninguém alcançará a suspirada vitória sem a vontade de aprender e a disposição de trabalhar.




(Londres, Inglaterra, 10, Agosto, 1965.)

(Psicografado por Francisco C. Xavier.)



Autores diversos  

jo 14:16
Tesouro de alegria

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Autores diversos  

Amigo leitor,

Disse-nos Jesus: “E eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre. O Espírito de Verdade que o mundo não pode receber porque não o vê, nem o conhece, mas que vós conheceis, porque habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.” (Jo 14:16.)

E Jesus não nos deixou órfãos.

A Doutrina Espírita é o Consolador por Ele prometido. Nela foram inspiradas as mensagens deste volume em que os Emissários de Jesus nos instruem e reconfortam, induzindo-nos ao amor uns aos outros e sustentando-nos a esperança na imortalidade da vida.

Eis porque, leitor amigo, te oferecemos este livro que para nós outros, é um Tesouro de Alegria.



Uberaba, 12 de setembro de 1992.



Amélia Rodrigues

jo 14:16
Luz do Mundo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 20
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

Aquele mês de adar (nota 1) começara mais quente do que nos anos anteriores, precipitando o louro da aveia em prenúncio de amadurecimento no campo. Os céus de um azul profundo denotavam o rigor da quadra estival na Judeia. Nas áridas encostas das terras crestadas, balsaminas teimosas se abrem em flor e algumas raras vegetações de cor ocre e moitas das íris violetas cobrem os cortes dos cerros dando-lhes específica pintura.


Aquele solo árido e sáfaro, arenoso numa faixa e calcáreo noutra Região, recebera desde há mil anos a Capital de Israel, fundada por David, estabelecendo desde então as diretrizes seguras para o povo sofrido de contínuas escravidões...


Ele percorria com os Seus aqueles terrenos, sofrendo os preconceitos das gentes de espírito rígido nas observâncias do Culto Externo da Fé e da Lei, sem qualquer integração, porém, no espírito dos ensinos dos Profetas e de Moisés.


Aquele ano de 29 significava-Lhe as dores superlativas da comunhão com os maus, conquanto sem lhes participar das mazelas; caminhar, comer, conviver com e entre eles, e, no entanto, estar acima deles, sem os ferir, sem os humilhar...


Na Galileia gentil, de alma simples e gentes humildes, afáveis e quase sonhadoras, Ele defrontara dificuldades, todavia, amara e fruíra as venturas de receber o amor de ternura e de ingenuidade do povo.


No coração dos simples o licor da generosidade é abundante e nas suas almas há melodias que entoam cantos de fraternidade pura. Socorrem-se na dificuldade, compreendem-se na aflição — falam o mesmo idioma do sofrimento que os nivela, iguala, irmana...


As aspirações deles raramente vão além do desejo do pão, a segurança da quadra de terra onde erguem o lar e donde retiram o grão, a saúde, e depois o amparo dos Céus após a jornada concluída na Terra.


Sem os altos tirocínios e as armadilhas da astúcia intelectiva, amam prontamente e prontamente dão-se.


Na Galileia Ele compusera as Parábolas simples e expressivas, cantara o Sermão do Monte, realizara a pesca abundante...


A Judeia, porém, era diferente: atormentada pelas tricas da política religiosa e governamental, fazia-se covil de lobos e ninho de águias.


Os companheiros afáveis que O seguiam, desacostumados com as condições de tratamento áspero a que eram submetidos ali — pois que os galileus eram subestimados pelos judeus, por serem simples e humildes — mostravam-se receosos, tristes, saudosos das suas praias e terras...


* * *

Seguiam-No astutos sacerdotes por toda parte, buscando intrigá-Lo com o povo;


apareciam nas praças em que discursava infelizes sofistas para perturbá-Lo; espias desditosos surgiam em todo lugar tentando surpreendê-Lo em qualquer desacato direto ou indireto à letra formalista da Lei; mercenários das sinagogas propunham-Lhe perguntas de dúbia significação para prejudicá-Lo e fariseus soezes e mesquinhos ameaçavam-No frequentemente, invejosos da Sua popularidade, armando ciladas verbais...


Ele sobrepairava além e acima de todos.


Suas lições vazadas nas lições da Natureza, reforçadas pelos ensinos do Tora e apoiadas na comunhão íntima que mantinha com o Pai, tocavam e incendiavam de beleza os ouvintes, mesmo os que O detestavam por despeito e inferioridade.


* * *

Desde o começo os seus discípulos discutiam: "Qual de nós será perante Ele o maior?", "Qual de nós por Ele o mais amado?", "Quem será, afinal o Rabi?" e "Já era tempo de que Ele se revelasse e desse uma prova... "

E apesar disso, conviviam com Ele, conheciam-No sem O conhecer realmente.


Participavam da sua quase intimidade e, no entanto, ignoravam... Viam, ouviam e não entendiam em toda a magnitude a Sua missão, o Seu destino...


Mister se fazia anunciar-lhes o futuro.


Naquela noite transparente, salpicada pelos diamantes estelares, enquanto a terra se refazia da ardência do dia...


Já lhes dissera anteriormente: — "Crede em Deus, crede também em mim. " (João 14:1-26) A pergunta-resposta incisiva não deixara dúvidas. Fora enunciada com o vigor da certeza inconfundível.


Depois reflexionara: "desde os primórdios dos tempos enviara Mensageiros, Seus Embaixadores, para despertarem as consciências humanas pelas Civilizações dos diversos tempos.


Em todos os povos Seu Nome sob outros nomes chegou aos ouvidos das almas, ensejando conhecimento da Imortalidade, dos deveres libertadores como também das consequências das ações escravizantes.


Desfilam, então, pelas Suas evocações Crishna, Láo Tseo, Abraão, Hermes Trismegistro, Moisés, Buda, Sócrates, Pitágoras..., que Ele enviara para despertar as consciências para a verdade, recordando nos homens a Paternidade Divina, laborando pela ética. .


E quantos viriam em Seu nome depois que partisse!"

Aquela era a primeira experiência real do amor no seio das massas. O amor até então era manifestação de fraqueza e cobardia moral. Media-se a coragem do caráter de homem pelo rol dos seus hediondos crimes.


Em civilizações, tais a do Seu tempo, nas quais a mulher e a criança não mereciam registro, por serem destituídos de valor, em cujo curso a vida tornada escrava, por espólio da guerra, valia menos do que uma alimária de carga, a Sua mensagem de amor e de perdão não encontraria ressonância, senão através de muitas dores e muitos séculos.


Compreendia Jesus as fraquezas humanas e as incontáveis turbações de que seriam vítimas as criaturas, as alterações que imporiam aos Seus ensinos adaptando-os aos interesses dos diversos tempos e das suas inumeráveis paixões...


Fitando o porvir da Humanidade, sangrenta e dorida, desde aquele então, reuniu os companheiros para os ensinar, e João, no Capítulo XIV das Boas Novas anotou com fidelidade e emoção: — "Se me amardes guardareis os meus mandamentos. "

Aquela condicional do amor se realizaria no futuro do dever. Amá-Lo para guardarLhe as lições. E, no entanto, se amando, os olvidassem, atormentados, ou os alterassem, matando-lhes a significação?


Como escutando a interrogação sem palavras que pairava nas mentes deles prosseguiu: — "Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará um outro Consolador a fim de que esteja para sempre convosco; o Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós. "

A música da sublime promessa modulava no leve ar uma esperança consoladora, infinita de amor.


— "Não vos deixarei órfãos: eu voltarei a vós!"

O conforto do amparo contínuo dar-lhes-ia forças para sobreviverem na luta e nas provações.


— "Porém, o Consolador, que é o Espírito Santo, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito. "

O supremo socorro e a perene ajuda continuarão chegando incessante e, um dia, o Espírito de Verdade se manifestará restabelecendo as Suas lições, a legítima ideia do amor...


Já não há dúvida nem receio.


Chegarão à Terra as forças invencíveis do Mundo Espiritual, contra as quais o homem reencarnado, equivocado e irrisório, nada poderá.


Essas legiões chegarão a todos os rincões e pregarão a esperança na dor, enxugando as lágrimas da saudade e abrindo as portas da morte para a vida.


Penetrarão todos os lares da Terra e convocarão os homens à cruzada do amor impessoal e fraterno.


* * *

Ei-lo chegado!


O Consolador encaminha e ampara já milhões de seres, preparando os dias do Senhor, entre os deserdados do Orbe, homenageando o amanhã da felicidade, desde o agora das lágrimas.


Aí estão soando as trombetas de além da morte, entoando advertências, repetindo os ensinos, restaurando a verdade...


Escutemo-las na acústica do coração, essa voz que fala pela boca dos sempre-vivos. É Jesus novamente ensinando.


O Consolador em triunfo traça rotas e guia. "Mandarei alguém: o Consolador!" "Não vos deixarei órfãos... " (nota 1) Março.


Nota da Autora espiritual
jo 14:16
Trigo de Deus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: -1
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

Não obstante profundamente arraigado na História o pensamento cristão, ainda existem aqueles que teimam em negar a existência de Jesus, informando que Ele pertence à galeria dos mitos, bem como a Sua doutrina é resultado de lendas e elaborações imaginosas muito ao gosto da tradição oriental...


A linguagem dos fatos não lhes basta, e a palavra insuspeita de inúmeros historiadores não lhes constitui prova.


Descomprometido, Flávio Josefo se refere à existência do Mestre e aos acontecimentos que Lhe cercaram a vida, inscrevendo-0 nos fastos do Império Romano, sem qualquer riqueza de comentários.


A incomum adesão de milhares de pessoas em poucos anos após a Sua morte, as notáveis Cartas de Paulo e as narrações das Testemunhas daqueles dias, que vieram a formar os Evangelhos, igualmente, para eles, não passam de suspeitosos documentos elaborados com o fim de torná-10 real, arrancando-0 do campo conceptual para o terrestre.


Desencadeadas as perseguições contra os Seus seguidores, sejam na Palestina, logo após Sua morte, ou em Roma, a partir de Nero, ou em todo o Império, quase imediatamente, historiadores criteriosos, que se opunham à Doutrina, testemunharam a Sua realidade. Entre outros, Tácito, nos Anais, 15:44, referindo-se ao incêndio de Roma e à acusação assacada por Nero e seus famanazes contra os cristãos, para livrarem-se da suspeita geral que lhes atribuía a responsabilidade do crime, diz:

... Embora os conhecidos esforços humanos de todos, os da liberalidade do imperador e dos sacrifícios oferecidos aos deuses, nada era suficiente para liberar a crença, que se generalizava, de que o incêndio fora ordenado. Desse modo, para acabar com esse rumor, Nero conseguiu encontrar os responsáveis nos cristãos, gentalha odiada por todos, face às suas abominações, e os castigou com incomum crueldade. Cristo, de quem tomam o nome, foi executado por Pôncio Pilatos durante o reinado de Tibério. Detida por um iftstante, esta superstição daninha apareceu de novo, não somente na Judeia, onde se encontrava o mal enraizado, mas igualmente em Roma, esse lugar onde se narra, etc...


Apesar do parcialismo do historiador sobre a crença cristã, a sua referência em torno da morte de Jesus, nos dias de Pôncio Pilatos, durante o reinado de Tibério, testemunha a existência real do Crucificado.


Para bem situarmos Jesus e Sua Doutrina no contexto histórico da Humanidade, devemos recuar um pouco mais no tempo.


Lendo-se o Evangelho de Lucas, anotamos que o nascimento de Jesus aconteceu durante o período de César Augusto, sendo Quirino, o Governador da Síria (Lucas 2:2). E dando curso à narração, assevera que nos dias de Herodes, rei da Judeia (Lucas 1:5). Por sua vez, estudando a genealogia do Senhor, Mateus situa-0 na história, e em Israel, informando que o Seu nascimento se deu nos dias do rei Herodes (Mateus 2:1). Aconteceu naqueles dias, esclarece Marcos 1:9, reafirmando a Sua existência plena e humana.


O povo hebreu, que constituía uma ilha do monoteísmo no oceano politeísta, deveria encontrar na doutrina cristã o apoio para as suas assertivas, porquanto Jesus não combateu a tradição, a Lei, nem os Profetas, mas antes veio dar-lhes cumprimento, na condição do Messias esperado, que não foi aceito pelo orgulho farisaico, nem a soberba sacerdotal.


Assim, no começo, o Cristianismo não era Doutrina antagônica ao Judaísmo. Pelo contrário, os seus fundamentos se fixam na Revelação de Moisés, nos Profetas, desvestidos porém, dos cultos externos, das aparências, dos convencionalismos, dos radicalismos e exageros, da hipocrisia que caracterizava a observância religiosa, interessada mais nos valores do mundo que nos do espírito.


A simplicidade e a pureza real pregadas por Jesus entravam em choque com o poder temporal e as paixões mundanas, que disputavam primazia e destaque, mesmo que em detrimento de outras criaturas então reduzidas à condição de ralé.


Com o tempo, à medida que os judeus ortodoxos investiam contra a Doutrina de libertação, foi-se criando uma fissura, que se alargou, até o momento em que os dogmas, alterando o pensamento primitivo do Mestre, e as adaptações ao paganismo greco-romano, criaram um deturpado Cristianismo, que deixava a condição de vítima gloriosa do poder temporal, para tornar-se algoz dos que se lhe opunham, ou que, mesmo sendo favoráveis, não concordavam com os desmandos dos seus líderes nem sua conduta absurda, abominável.


Ocorre que, todo pensamento que se populariza, à medida que se expande das nascentes, sofre as injunções do percurso e dos condicionamentos ancestrais daqueles que o aceitam, gerando confusão.


É semelhante ao que sucede à água pura da fonte correndo pelo solo lodoso que lhe serve de leito...


Prevendo essa ocorrência infeliz, Jesus prometeu o Consolador, que viria restaurar a Sua palavra esquecida, dizer coisas novas e ficar para sempre com os Seus discípulos (João 14:16 e seguintes).


O Consolador encontra-se na Terra, há mais de um século, e a restauração tem começo, confirmando Jesus e Sua Doutrina, na História, como o caminho seguro e único para a plenificação.



Léon Denis

jo 14:16
Cristianismo e Espiritismo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 10
Léon Denis

O moderno espiritualismo, dissemo-lo, é uma nova forma da revelação eterna.


Para nós, revelação significa simplesmente ação de levantar um véu e descobrir coisas ocultas.


Neste ponto de vista, todas as ciências são revelações; há, porém, uma ainda mais alta das verdades morais que nos vêm por intermédio dos celestes missionários e, mais frequentemente, pelas aspirações da consciência.


Todos os tempos e todos os povos tiveram sua parcela de revelação. Esta não é, como alguns acreditam, um fato realizado em dada época, em determinado meio e para sempre. É perpétua, incessante; é obra do espírito humano em seus esforços para elevarse, sob a influência do espírito divino, ao conhecimento integral das coisas e das leis. Essa influência muitas vezes se produz sem que a perceba o homem. É mediante intervenções humanas que Deus age sobre a Humanidade, tanto no domínio dos fatos históricos, como no do pensamento e da Ciência.


À medida que se desenvolve a História, à medida que se estende através dos séculos à imensa caravana da Humanidade, uma luz mais viva se faz em nós e ao redor de nós. A Potência invisível que do seio dos espaços acompanha essa marcha, conforme o nosso grau de evolução e compreensão, oferece-nos novos dados sobre o problema da vida e do Universo.


As revelações dos séculos passados fizeram a sua obra. Todas realizaram um progresso, uma sobre as outras, assim assinalando períodos sucessivos da Humanidade; mas já não correspondem às necessidades da hora presente, porque a lei do progresso opera sem cessar e, à medida que o homem avança e se eleva, seus horizontes devem dilatar-se. Por isso uma dispensação mais completa do que as outras se efetua agora no mundo.


É necessário também recordar uma coisa, a saber: se cada época notável teve os seus reveladores; se espíritos eminentes vieram trazer aos homens, conforme os tempos e lugares, elementos de verdade e progresso, os germes por eles semeados ficaram estéreis, muitas vezes. Sua doutrinas, mal compreendidas, deram origem a religiões que se excluem e se condenam injustamente, porque todas são irmãs e repousam sobre duas bases comuns: Deus e a imortalidade. Cedo ou tarde, elas se fundirão em vasta unidade, quando as névoas que envolvem o pensamento humano se houverem dissipado ao sol brilhante da verdade.


Ao lado desses divinos mensageiros, muitos falsos profetas têm surgido. Pretensos reveladores têm querido impor-se às multidões; doutrinas confusas e contraditórias se têm divulgado em proveito aparente de alguns, mas realmente em prejuízo de todos.


É por isso, para evitar abusos tais, que a nova revelação reveste um caráter inteiramente diferente. Não é mais uma obra individual, nem se produz num meio circunscrito. É dada em todos os pontos do globo, aos que a procuram, por intermédio de pessoas de todas as idades, condições e nacionalidades, mediante inúmeras comunicações, cujo valor tem sido submetido à mais rigorosa verificação.


Obra dos grandes Espíritos do espaço, que vêm aos milhares instruir e moralizar a Humanidade, apresenta um cunho impessoal e universal. Sua missão é esclarecer, coordenar todas as revelações do passado, contidas nos livros sagrados das diversas raças humanas e veladas sob a parábola e o símbolo. A nova revelação, livre de qualquer forma material, manifesta-se diretamente à Humanidade, cuja evolução intelectual tornou-se apta para abordar os altos problemas do destino. Preparada pelo trabalho das ciências naturais, sobre as quais se apoia, e pelos conhecimentos lentamente adquiridos pelo espírito humano, fecunda esses trabalhos e conhecimentos e os liga por forte vínculo, formando um todo sólido.


A revelação cristã havia sucedido à revelação mosaica; a revelação dos Espíritos vem completá-la. O Cristo a anunciou, (Nota cxx: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique eternamente convosco o Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê nem o conhece". (João, XVI, 16, 17)) e

pode-se acrescentar que ele próprio preside a esse novo surto do pensamento.


Como essa revelação não se efetua pelo veículo da ortodoxia, vemos combaterem-na as igrejas estabelecidas; o mesmo, porém, se deu com a revelação cristã, relativamente ao sacerdócio judaico. O clero se encontra hoje na mesma posição dos sacerdotes de Israel, há dois mil anos, a respeito do Cristianismo. Essa aproximação histórica deve fazê-lo refletir.


A nova revelação manifesta-se fora e acima das igrejas. Seu ensino dirige-se a todas as raças da Terra. Por toda parte os Espíritos proclamam os princípios em que ela se apoia. Por sobre todas as regiões do globo perpassa a grande voz que convida o homem a meditar em Deus e na vida futura. Acima das estéreis agitações e das discussões fúteis dos partidos, acima das lutas de interesse e do conflito das paixões, a voz profunda desce do espaço e vem oferecer a todos, com o ensinamento da Palavra, a divina esperança e a paz do coração.


É a revelação dos tempos preditos. Todos os ensinos do passado, parciais, restritos, limitados na ação que exerciam, são por ela ultrapassados, envolvidos. Ela utiliza os materiais acumulados; reúne-os, solidifica-os para formar um vasto edifício em que o pensamento, à vontade, possa expandir-se. Abre uma fase nova e decisiva à ascensão da Humanidade.


* * *

Não podemos, todavia, calar as inúmeras objeções que se levantaram contra a doutrina dos Espíritos. Malgrado o caráter imponente da nova revelação, muitos nela não viram mais que um sistema, uma teoria especulativa. Mesmo entre os que admitiam a realidade dos fenômenos, houve quem acusasse os espíritas de haver edificado sobre tais fatos uma doutrina prematura, assim restringindo o caráter positivo do moderno espiritualismo.


Os que empregam essa linguagem não compreenderam a verdadeira natureza do Espiritismo. Este não é, como pretendem, uma doutrina previamente elaborada e menos ainda uma teoria preconcebida; é apenas a consequência lógica dos fatos, o seu complemento necessário.


Há meio século, as comunicações estabelecidas com o mundo invisível não têm cessado de nos fornecer indicações, tão numerosas quão positivas, sobre as condições da vida nesse mundo.


Os Espíritos, nas mensagens que nos dão em abundância, mediante, quer a escrita automática, quer os ditados tipológicos, ou, ainda, no curso de palestras entretidas por via de incorporação; por todos os meios, enfim, ao seu alcance; os Espíritos, repetimo-lo, de todas as categorias, fazem descrições muito circunstânciadas do seu modo de existência depois da morte. Descrevem as impressões ou alegrias que experimentaram, conforme a sua norma de vida na Terra. De todas essas descrições, comparadas, cotejadas entre si, resulta um conhecimento muito claro da vida futura e das leis que a regem.


As Inteligências superiores, em suas relações mediúnicas com os homens, vêm completar essas indicações. Confirmam os ensinos ministrados pelos Espíritos menos adiantados; elevando-se a maior altura, expõem o seu modo de ver, as suas opiniões sobre todos os grandes problemas da vida e da morte, a evolução geral dos seres, as leis superiores do Universo. Todas essas revelações concordam e se unem para constituir uma filosofia admirável.


Acreditaram descobrir certas divergências de opiniões no ensino dos Espíritos; mas essas divergências são muito mais aparentes que reais. Consistem, as mais das vezes, na forma, na expressão das ideias e não afetam a própria essência do assunto. Elas se dissipam à luz de um amadurecido exame. Disso temos um exemplo no que se refere à doutrina das sucessivas reencarnações da alma.


Tem-se feito dessa questão uma arma contra o Espiritismo, porque certos Espíritos, em países anglo-saxônios, parecem negar a reencarnação das almas na Terra. Notaremos que, em toda parte, os Espíritos afirmam o princípio das existências sucessivas, com esta única reserva, no meio muito circunscrito de que falamos, de que a reencarnação se efetuaria, não na Terra, mas noutros mundos. Não há nisso, pois, senão uma diferença de lugar; o princípio permanece intacto.


Se os Espíritos, em alguns países eivados de tenazes preconceitos, entenderam dever passar em silêncio, ao começo, alguns pontos do seu ensino, não era isso, como eles mesmos o reconheceram, para contemporizar com certos preconceitos de raça ou de cor? O que bastaria para o provar é o número dos espiritualistas anti-reencarnacionistas, na América como na Inglaterra, a diminuir dia a dia, ao passo que o dos partidários da reencarnação não tem cessado de aumentar.


Os Espíritos que se manifestam, objeta-se ainda, não são todos de ordem elevada. Alguns patenteiam opiniões muito restritas, conhecimentos muito imperfeitos acerca de todas as coisas. Outros se mostram ainda imbuídos dos preconceitos terrestres, suas concepções apresentam o reflexo dos meios em que viveram aqui na Terra.


A morte não nos muda em quase nada, como dissemos. (Nota cxxi: Ver cap. IX.) Não se opera, em nossa infinita trajetória, transformação alguma brusca.


É lentamente, na sequência de numerosas existências, que o Espírito se liberta de suas paixões, de seus erros e fraquezas, e ascende para a sabedoria e para a luz.


Desse estado de coisas resulta, necessariamente, uma grande variedade, uma extrema diversidade de situações entre os invisíveis. As comunicações dos habitantes do espaço, como os seus autores, são de valor muito desigual e sujeitas à verificação.


Devem ser joeiradas pela razão e pelo bom senso.


Por isso, o moderno espiritualismo não dogmatiza nem se imobiliza. Não alimenta pretensão alguma à infalibilidade. Posto que superior aos que o precederam, o ensino espírita é progressivo como os próprios Espíritos. Ele se desenvolve e completa à medida que, com a experiência, se efetua o progresso nas duas humanidades, a da Terra e a do espaço - humanidades que se penetram mutuamente e das quais cada um de vós deve, alternativamente, fazer parte.


Os princípios do moderno espiritualismo foram expostos, estabelecidos, fixados por numerosos documentos, que emanavam das mais diversas fontes mediúnicas e apresentavam entre si perfeita concordância. Allan Kardec e, depois dele, todos os escritores espíritas, aplicaram-se a um longo e minucioso exame das comunicações de além-túmulo. Foi reunindo, coordenando o que estes tinham de comum, que eles acumularam os elementos de um ensino racional, que fornece satisfatória explicação de todos os problemas insolúveis antes dele. Esse ensino, além de tudo, é sempre verificável, pois que a fonte donde emana é inesgotável. A comunicação estabelecida entre os homens e os Espíritos é permanente e universal; ela se acentuará cada vez mais com os progressos da Humanidade.


Se é verdade que são numerosos, em torno de nós, os Espíritos tenebrosos e atrasados, é preciso não esquecer que as almas elevadas, descidas das esferas de luz, também vêm trazer à Terra esses sublimes ensinamentos, que, uma vez ouvidos, nunca mais esquecemos. Ninguém se poderia eximir à sua influência. Todos os que têm tido a fortuna de ouvir as suas instruções conservam por muito tempo a sua lembrança e impressão. É fácil compreender que a sua linguagem não é deste mundo, vem de regiões mais altas.


A esses radiantes Espíritos se associam, às vezes, as almas dos nossos parentes, dos que amamos neste mundo e a cuja sorte não podemos ficar indiferentes. Desde que aos nossos olhos se evidencia a identidade desses seres, tão caros para nós; desde que a sua personalidade se afirma por mil modos, não se nos desperta uma necessidade imperiosa de conhecer as condições de sua nova vida?


Como permanecer indiferentes, insensíveis à voz dos que nos embalaram, dos que, em seus braços nos acalentaram, foram a nossa carne e o nosso sangue? Esse afeto que nos une aos nossos mortos, esse sentimento que nos eleva acima da poeira terrestre e nos distingue do animal, não nos impõe o dever de piedosamente recolher, examinar e propagar tudo o que eles nos revelam relativamente a esses graves problemas do destino, suspensos há tantos séculos por sobre o pensamento humano?


Os que não querem ver no moderno espiritualismo senão o lado experimental, o fato físico, que desdenham as suas consequências, não preferem a casca à polpa da noz, a encadernação ao conteúdo do livro? Não desprezam o sábio conselho de Rabelais: "Parti o osso e sugai a medula"? É realmente uma substância fortificante esse ensino; cura-nos do terror da morte, apercebe-nos para as lutas fecundas, para a conquista das elevadas culminâncias intelectuais.


O Espiritismo tem um lado inteiramente científico; repousa sobre provas palpáveis, sobre fatos incontestáveis, mas são principalmente as suas consequências morais que interessam à grande maioria dos homens. A experimentação, a minuciosa análise dos fatos, não está ao alcance de todos. Quando mesmo não faltasse o tempo, seriam precisos os agentes, os meios de ação e de verificação. Os pequeninos, os humildes, os que constituem a massa popular, nem sempre dispõem do necessário para o estudo dos fenômenos, e são precisamente esses os que têm maior necessidade de conhecer todos os seus resultados, todo o seu alcance.


* * *

A doutrina dos Espíritos pode resumir-se em três pontos essenciais: a natureza do ser, os seus destinos, as leis superiores do Universo. Aborda-los-emos sucessivamente.


O estudo mais necessário, para nós, é o de nós mesmos. O que, antes de tudo, nos importa saber, é o que somos. Ora, de todos era esse o problema que mais obscuro permanecia até agora. Hoje, o conhecimento da natureza íntima do homem se destaca tão perfeitamente das comunicações ditadas pelos Espíritos, como da observação direta dos fenômenos do espiritismo, e do sonambulismo.


O homem possui dois corpos: um de matéria grosseira, que o põe em relação com o mundo físico; outro fluídico, por meio do qual entra em relação com o mundo invisível.


O corpo físico é perecível e se desagrega na morte; é um trajo vestido para a duração da viagem terrestre. O corpo fluídico é indestrutível, mas purifica-se e se eteriza com os progressos da alma, de que é invólucro inseparável, permanente. Deve ser considerado o verdadeiro corpo, o tipo da criação corporal, o esboço em que se desenvolve o plano da vida física. É nele que se modelam os órgãos, que as células se agrupam; é ele que lhes assegura o mecanismo funcional. O perispírito, ou corpo fluídico, é o agente de todas as manifestações da vida, tanto na Terra, para o homem, como no espaço, para o Espírito. Ele contém a soma de vitalidade necessária ao indivíduo para renascer e desenvolver-se.


Os conhecimentos acumulados no decurso das encarnações anteriores, as recordações das passadas existências se capitalizam e registram no perispírito. Isento das constantes mutações padecidas pelo corpo material, é ele a sede imperecível da memória e assegura a sua conservação.


O admirável plano da vida revela-se na constituição íntima do ser humano. Destinado a habitar, alternativamente, dois mundos diferentes, devia o seu organismo conter todos os elementos suscetíveis de o pôr em relação com esses mundos e neles facilitar a obra do seu progresso. Não somente os nossos sentidos atuais são chamados a desenvolver-se, mas ainda o perispírito encerra, além disso, os germes de novos sentidos que hão de desabrochar e se manifestar no decurso das futuras existências, dilatando cada vez mais o campo das nossas sensações.


Nossos modos de percepção acham-se em correlação com o grau do nosso adiantamento e em relação direta com o meio em que habitamos. Tudo se encadeia e se harmoniza na natureza física, como na ordem moral das coisas. Um organismo superior ao nosso não teria razão de ser no ambiente em que o homem vem ensaiar os primeiros passos, percorrer os primeiros estádios do seu infinito itinerário. Nossos sentidos são, porém, suscetíveis de aperfeiçoamento ilimitado. O homem atual possui todos os elementos da sua grandeza futura; em progressão crescente verá ele manifestarem-se, em torno de si, em todas as coisas, propriedades, qualidades que ainda lhe são desconhecidas. Aprenderá a conhecer potências, forças, cuja existência nem sequer suspeita, porque não há possibilidade de relações entre elas e o organismo imperfeito de que dispõe atualmente.


O estudo do perispírito nos revela, desde já, como pode o homem viver simultaneamente da vida física e da vida livre do espaço. Os fenômenos do sonambulismo, do desdobramento, da visão, da ação à distância, constituem outros tantos modos dessa vida exterior, de que não temos consciência alguma durante a vigília. O Espírito, na carne, é qual prisioneiro no cárcere; o estado de sonambulismo e de mediunidade o faz sair dela e lhe permite, mais ou menos, dilatar o círculo de suas percepções, conservando-o preso por um laço ao seu invólucro. A morte é a libertação integral.


A essas diversas formas da vida correspondem diversos graus de consciência e conhecimento, tanto mais elevados quanto mais livre e adiantado o Espírito na escala das perfeições.


É observando assiduamente esses vários aspectos da existência que se chegará ao perfeito conhecimento do ser. O homem deixará de ser para si mesmo um mistério vivo, já não será, como hoje, privado de noções exatas sobre a sua natureza íntima e o seu futuro.


A ciência oficial tem o dever de estudar as fontes profundas da vida; enquanto limitar suas observações ao corpo físico, que é simplesmente a sua manifestação exterior, superficial, a Fisiologia e a Medicina permanecerão, até certo ponto, impotentes e estéreis.


Vimos, por certas experiências de fotografias e de materialização, como o corpo fluídico emite vibrações, radiações variantes de forma e intensidade, conforme o estado mental do operador. É a demonstração positiva deste fato, afirmado pelas mensagens de além-túmulo: o poder de irradiação do Espírito e a extensão de suas percepções, são sempre proporcionais ao grau de sua elevação. A pureza, a transparência do invólucro fluídico são, no espaço, o irrefragável testemunho do valor da alma; a rarefação dos seus elementos constitutivos e a amplitude das suas vibrações aumentam com essa purificação. À medida que a moralidade se desenvolve, novas condições físicas se produzem no corpo fluídico.


Os pensamentos e os atos do indivíduo reagem constantemente sobre o seu invólucro e, conforme a sua natureza, o tornam mais denso ou mais sutil. O estudo perseverante, a prática do bem, o cumprimento do dever em todas as condições sociais, são outros tantos fatores que facilitam a ascensão da alma e aumentam o campo das sensações e a soma dos gozos. Mediante prolongado adestramento moral e intelectual, mediante existências meritórias, aspirações generosas e grandes sacrifícios, a irradiação do Espírito se dilata gradualmente; ativam-se as vibrações perispirituais; seu brilho se torna mais vivo, ao mesmo tempo em que diminui a densidade do invólucro.


Esses fenômenos se produzem em sentido inverso nos seres inclinados às paixões violentas ou aos prazeres sensuais; seu modo de vida determina no corpo fluídico um aumento de densidade, uma redução das velocidades vibratórias, donde resultam o obscurecimento dos sentidos e a diminuição das percepções na vida do espaço. Persistindo no mal, pode assim o Espírito vicioso fazer do seu organismo um verdadeiro túmulo, em que se encontre como que sepultado depois da morte, até nova encarnação.


Dependendo o poder, a felicidade e a irradiação do Espírito da purificação do seu invólucro, a qual é, de si mesma, a consequência do seu adiantamento moral, compreender-se-á então como o ser é o artífice da sua própria desgraça ou felicidade, do seu rebaixamento ou elevação. O homem prepara, com os seus atos, o próprio destino; a distribuição das faculdades e virtudes não é mais que o resultado matemático dos merecimentos, dos esforços e longos trabalhos de cada um de nós.


O homem possui dois corpos - dizíamos –; mas esses corpos não são mais que invólucros, revestimentos, um persistente e sutil, outro grosseiro e de efêmera duração. A alma do homem é que é o seu "eu" pensante e consciente.


Chamamos Espírito à alma revestida do seu corpo fluídico. A alma é o centro de vida do perispírito, como este é o centro de vida do organismo físico. Ela que sente, pensa e quer; o corpo físico constitui, com o corpo fluídico, o duplo organismo por cujo intermédio ela atua no mundo da matéria.


A morte é a operação mediante a qual esses elementos se separam. O corpo físico se desagrega e volta à terra. A alma, revestida de sua forma fluídica, encontra-se novamente livre, independente, tal como a si mesma se fez, moral e intelectualmente, no decurso das existências percorridas. A morte não a modifica, apenas lhe restitui, com a liberdade, a plenitude de suas faculdades, de seus conhecimentos, e a lembrança das encarnações anteriores.


Franqueia-lhe os domínios do espaço. O Espírito nele se precipita e se eleva, tanto mais alto quanto mais sutilizada é a sua essência, menos sobrecarregada dos impuros elementos que nela acumulam as paixões terrestres e os hábitos materiais.


Há, conseguintemente, para o Espírito humano, três estados de vida: a vida na carne, o estado de desprendimento ou desencarnação parcial durante o sono e a vida livre do espaço.


Esses estados correspondem aos meios em que a alma deve trabalhar, na sua constante progressão: o mundo material e o mundo fluídico, ou mundo superior. É percorrendo-os, através dos séculos sem fim, que ela chega à realização, em si e em torno de si, do belo, do bem, do verdadeiro, adquirindo o amor que a faz aproximar-se de Deus.


* * *

A lei do destino - as precedentes considerações no-la fazem compreender - consiste no desenvolvimento progressivo da alma, que edifica a sua personalidade moral e prepara, ela própria, o seu futuro; é a evolução racional de todos os seres partidos do mesmo ponto para atingirem as mesmas eminências, as mesmas perfeições.


Essa evolução se efetua, alternadamente, no espaço e na superfície dos mundos, através de inúmeras etapas, ligadas entre si pela lei de causa e efeito. A vida presente é, para cada qual, a herança do passado e a gestação do futuro. É uma escola e um campo de trabalho; a vida do espaço, que lhe sucede, é a sua resultante. O Espírito aí colhe, na luz, o que semeou na sombra e, muitas vezes, na dor.


O Espírito encontra-se no outro mundo com suas aquisições morais e intelectuais, seus predicados e defeitos, tendências, inclinações e afeições. O que somos moralmente neste mundo ainda o somos no outro; disso procede a nossa felicidade ou sofrimento.


Nossos gozos são tanto mais intensos quanto melhor nos preparamos para essa vida do espaço, onde o espírito é tudo e a matéria é nada, quase; onde já não há necessidades físicas a satisfazer, nem outras alegrias senão as do coração e da inteligência.


Para as almas inclinadas à materialidade, a vida do espaço é uma vida de privações e misérias; é a ausência de tudo o que lhes pode ser agradável. Os Espíritos que souberam emancipar-se dos hábitos materiais e viver pelas altas faculdades da alma, nele acham, ao contrário, um meio de acordo com as suas predileções, um vasto campo oferecido à sua atividade. Não há nisso, realmente, senão uma aplicação lógica da lei das atrações e afinidades, nada senão as consequências naturais dos nossos atos, que sobre nós recaem.


O desenvolvimento gradual do ser lhe engendra fontes cada vez mais abundantes de sensações e impressões. A cada triunfo sobre o mal, a cada novo progresso, estende-se o seu círculo de ação, o horizonte da vida se dilata. Depois das sombrias regiões terrestres em que imperam os vícios, as paixões e as violências, descerram-se para ele as profundezas estreladas, os mundos de luz com os seus deslumbramentos, os seus esplendores, as suas inebriantes harmonias. Após as vidas de provações, sacrifícios e lágrimas, a vida feliz, a alegria das divinas afeições, as missões abençoadas ao serviço do eterno Criador.


Ao contrário, o mau uso das faculdades, a reiterada fruição dos prazeres físicos, as satisfações egoísticas, nos restringem os horizontes, acumulam a sombra em nós e em torno de nós. Em tais condições, a vida no espaço não nos oferece mais que trevas, inquietações, torturas, com a visão confusa e vaga das almas felizes, o espetáculo de uma felicidade que não soubemos merecer.


A alma, depois de um estágio de repouso no espaço, renasce na condição humana; para ela traz as reservas e aquisições das vidas pregressas. Desse modo se explicam as desigualdades morais e intelectuais que diferenciam os habitantes do nosso mundo. A superioridade inata de certos homens procede de suas obras no passado. Nós somos Espíritos mais jovens, ou mais velhos; mais ou menos trabalhamos, mais ou menos adquirimos virtudes e saber.


Assim, a infinita variedade dos caracteres, das aptidões e das tendências deixa de ser um enigma.


Entretanto, a alma reencarnada nem sempre consegue utilizar, em toda a plenitude, os seus dons e faculdades. Dispõe aqui de um organismo imperfeitíssimo, de um cérebro que nenhuma das recordações de outrora registrou. Neles não pode encontrar todos os recursos necessários à manifestação de suas ocultas energias. Mas o passado permanece nela; suas intuições e tendências são disso uma revelação patente.


As faculdades inatas em certas crianças, os meninos prodígios: artistas, músicos, pintores, sábios, são luminosos testemunhos da evidência dessa lei. Também, às vezes, almas geniais e orgulhosas renascem em corpos enfermiços, sofredores, para humilhar-se e adquirir as virtudes que lhes faltavam: paciência, resignação, submissão.


Todas as existências penosas, as vidas de luta e sofrimento explicam-se pelas mesmas razões. São formas transitórias, mas necessárias, da vida imortal; cada alma as conhecerá por sua vez. A provação e o sofrimento são outros tantos meios de reparação, de educação, de elevação; é assim que o ser apaga um passado culposo e readquire o tempo perdido. É desse modo que os caracteres se retemperam, que se ganha experiência e o homem se prepara para novas ascensões. A alma que sofre procura Deus, lembra-se de o invocar e, por isso mesmo, aproxima-se dele.


Cada ser humano, regressando a este mundo, perde a lembrança do passado; este, fixado no perispírito, desaparece momentaneamente sob o invólucro carnal. Há nisso uma necessidade física, há também uma das condições morais da provação terrestre, que o Espírito vem novamente afrontar; restituído ao estado livre, desprendido da matéria, ele readquire a memória dos numerosos ciclos percorridos.


Esse olvido temporário de nossas anteriores existências, essas alternativas de luz e obscuridade que em nós se produzem, por estranhos que à primeira vista se afigurem, facilmente se explicam.


Se a memória atual não nos permite recordar os nossos verdes anos, não é mais de admirar que tenhamos esquecido vidas separadas entre si por uma longa permanência no espaço. Os estados de vigília e sono por que passamos, todos os dias, do mesmo modo que as experiências do sonambulismo e hipnotismo, provam que se pode momentaneamente esquecer a existência normal, sem perder com isso a personalidade. Eclipses da mesma natureza, relativamente às nossas passadas existências, nada têm de inverossímeis. Nossa memória se perde e readquire através do encadeamento das nossas vidas, como durante a sucessão dos dias e das noites que preenchem a existência atual.


Do ponto de vista moral, a recordação das vidas precedentes causaria, neste mundo, as mais graves perturbações. Todos os criminosos, renascidos para se resgatarem, seriam reconhecidos, repudiados, desprezados; eles próprios ficariam aterrados e como hipnotizados por suas recordações. A reparação do passado tornarse-ia impossível e a existência insuportável. O mesmo se daria em diferentes graus, com todos os que tivessem manchas no passado.


As recordações anteriores introduziriam na vida social motivos de ódio, elementos de discórdia, que agravariam a situação da Humanidade e impediriam, por irrealizável, qualquer melhoramento. O pesado fardo dos erros e dos crimes, a vista dos atos vergonhosos inscritos nas páginas da sua história, acabrunhariam a alma e lhe paralisariam a iniciativa. Nos do seu convívio poderia reconhecer inimigos, rivais, perseguidores; sentiria despertar e acenderem-se as más paixões que a sua nova vida tem por objetivo destruir ou, pelo menos, atenuar.


O conhecimento das passadas existências perpetuaria em nós, não somente a sucessão dos fatos que a compõem, como ainda os hábitos rotineiros, as opiniões acanhadas, as manias pueris, obstinadas, peculiares às diversas épocas, e que opõem grande obstáculo ao surto da Humanidade. Disso ainda se encontram indícios em muitos encarnados. Que seríamos sem o olvido que nos liberta momentaneamente desses estorvos e permite que uma nova educação nos reforme, nos prepare para tarefas mais elevadas?


Quando consideramos maduramente todas essas coisas, reconhecemos que o apagamento temporário do passado é indispensável à obra de reparação e que a Providência, privandonos, neste mundo, das nossas longínquas reminiscências, dispôs tudo com profunda sabedoria.


As almas se atraem em razão de suas afinidades, constituem grupos ou famílias cujos membros se acompanham e mutuamente se auxiliam através de sucessivas encarnações. Laços potentes as vinculam; inúmeras vidas transcorridas em comum lhes proporcionam essas similitudes de opiniões e de caráter, que em tantas famílias se observam. Há exceções. Certos Espíritos mudam às vezes de meio, para mais rapidamente progredir. Nisso, como em todos os atos importantes da vida, há uma parte reservada à vontade livre do indivíduo, que pode, numa certa medida e conforme o grau de elevação, escolher a condição em que renascerá; mas há também à parte do destino, ou da lei divina que, lá em cima, fixa a ordem dos renascimentos.


* * *

A pluralidade das existências da alma e sua ascensão na escala dos mundos constituem o ponto essencial dos ensinos do moderno espiritualismo. Nós vivemos antes do nascimento e reviveremos depois da morte. Nossas vidas são paradas sucessivas da grande viagem que empreendemos em nosso itinerário para o bem, para a verdade, para a beleza eterna.


Com a doutrina das preexistências e das reencarnações, tudo se liga, se esclarece e compreende; a justiça divina se patenteia; a harmonia se estabelece no Universo e no destino.


A alma já não é formada com todas as peças por um Deus caprichoso, que distribui, ao acaso e bel-prazer, o vício ou a virtude, a imbecilidade ou o gênio. Criada simples e ignorante, ela se eleva pelas próprias obras, a si mesma se enriquece, colhendo no presente o que em vidas anteriores semeou. E continua semeando para as futuras encarnações.


A alma, por conseguinte, constrói o próprio destino; degrau a degrau, sobe do estado rudimentar e inferior à mais alta personalidade; da inconsciência do selvagem ao estado desses sublimes seres que iluminam a rota da História e passam pela Terra como lampejo divino.


Assim considerada, a reencarnação torna-se consoladora e fortificante verdade, um símbolo de paz entre os homens; a todos indica a senda do progresso, a grande equídeoss de um Deus que não pune eternamente, mas permite ao culpado resgatar-se pela dor.


Posto que inflexível, essa lei sabe proporcionar a reparação à falta e, depois do resgate, faculta a reabilitação. Fortalece a fraternidade humana, ensinando àqueles a quem pudessem causar estranheza as desigualdades sociais e as diferenças de condição, que os homens todos têm, realmente, a mesma origem e o mesmo futuro. Não há deserdados nem privilegiados, pois o resultado final será o mesmo para todos, desde que o saibam conquistar.


A lei de reencarnação põe um freio às paixões, mostrando as consequências dos nossos atos, das nossas palavras, dos nossos pensamentos a recaírem sobre a nossa vida atual e sobre as futuras vidas, nelas semeando germens de felicidade ou de infortúnio.


Graças a ela cada qual aprende a vigiar-se a si mesmo, a acautelarse, a preparar cuidadoso o seu futuro.


O homem que uma vez compreendeu toda a grandeza dessa doutrina, não mais poderá acusar Deus de injustiça e parcialidade.


Saberá que cada qual, no mundo, ocupa o seu lugar, que toda alma está sujeita às provações que mereceu ou desejou. Agradecerá ao Eterno o lhe proporcionar, com os renascimentos; o meio de reparar as faltas e adquirir, mediante trabalho constante, uma parcela do seu poder, um reflexo da sua sabedoria, uma centelha do seu amor.


Tal o destino da alma humana, nascida na fraqueza, na penúria das faculdades e dos meios de ação, mas chamada, elevando-se, a realizar a vida em si mesma, em toda a plenitude; a alcançar todas as riquezas da inteligência, todas as delicadezas do sentimento, tornando-se um dia colaboradora de Deus.


Essa a missão do ser e o seu grandioso objetivo: colaborador de Deus, isto é, destinado a realizar em torno de si, em missões cada vez mais grandiosas, a ordem, a justiça, a harmonia; a atrair seus irmãos inferiores, a conduzi-los às divinas eminências; a subir com eles, de esfera em esfera, para o supremo objetivo, para Deus - o Ser perfeito, lei viva e consciente do Universo, eterno foco de vida e de amor.


Essa participação na obra infinita é, de começo, assaz inconsciente; o ser colabora sem o saber e, às vezes, até sem o querer, na ordem universal; depois, à medida que percorre a rota, essa colaboração se torna cada vez mais consciente. Pouco a pouco a razão se lhe esclarece; a alma apreende a profunda harmonia das coisas, penetra as suas leis, a elas se associa intimamente por seus atos. Quanto mais se desenvolvem as suas faculdades e aumentam as suas qualidades afetivas, tanto mais se afirma e acentua a sua participação no divino concerto dos seres e dos mundos.


Essa ascensão da alma, edificando ela própria o seu futuro e conquistando os seus postos, esse espetáculo da vida individual e coletiva, prosseguindo de estádio em estádio, na superfície das terras do espaço, progredindo e aperfeiçoando-se sempre, a elevarse para Deus, melhor nos faz compreender a utilidade da lula, a necessidade da dor para a educação e purificação dos seres.


Todas as almas que vivem nas regiões materiais acham-se imersas numa espécie de letargia. A inteligência dormita entorpecida, ou, indiferente, flutua ao sabor de todos os ventos da paixão.


Muito poucas divisam a sua finalidade. É preciso, entretanto, que essas inteligências se descerrem às sensações do bem e do belo.


Devem todas atingir as mesmas culminâncias, desabrochar e expandir-se aos raios do sol divino. Ora, que seria uma existência única, isolada, para a realização de semelhante labor? Daí a necessidade das estâncias numerosas, das vidas de provações e dificuldades, a fim de que essas almas se acrisolem e as potências nelas adormecidas acordem e entrem em ação.


É com o aguilhão da luta e das necessidades, mediante as alternativas de dor e alegria, mediante os cuidados, pesares, remorsos de que se tece a vida humana; é através das quedas e reabilitações, recuos e ascensões, adejos em pleno azul e resvalamentos bruscos no abismo; é por todas essas formas que a alma se desenvolve, que as humanidades emergem da sua ganga de bestialidade e ignorância. Com o sofrimento as almas se apuram, se nobilitam e elevam à alta concepção das coisas e das leis, abrindose à piedade e à bondade.


Assim se resolve o problema do mal. O mal não é mais que um efeito de contraste; não tem existência própria. O mal é, para o bem, o que a sombra é para a luz. Não apreciamos esta senão depois de havermos dela sido privados; do mesmo modo, sem o sofrimento não poderíamos conhecer a alegria; sem a privação não poderíamos verdadeiramente saborear o bem adquirido, as satisfações obtidas.


Tudo se explica e se esclarece na obra divina, quando a contemplamos do alto. A lei do progresso rege a vida infinita e faz o esplendor do Universo. As lutas do Espírito contra a matéria, sua ascensão pela dor, tal a grandiosa epopeia que os céus contam à Terra e que a voz dos invisíveis repete a todos os que têm sede de verdade. É o ensino que é preciso difundir, a fim de que o encadeamento dos efeitos e das causas a todos se patenteie e, com ele, a solidariedade dos seres e o amor divino que envolve toda a Criação.


Assim encarado, não é o problema do destino mais que a aplicação lógica e a consagração dessa lei de evolução, cuja intuição confusa ou visão clara, conforme o seu estado de espírito, têm tido, em nossa época, tantos pensadores. É a lei superior que rege todas as coisas.


* * *

O plano geral do Universo ficou manifesto na precedente exposição. Não temos mais que lhe precisar os pontos essenciais.


O ensino dos Espíritos, por toda parte, nos mostra a unidade de lei e substância. Em virtude dessa unidade, reinam na obra eterna a ordem e a harmonia. O invisível não se distingue do mundo visível, senão relativamente aos nossos sentidos. O invisível é a continuação, o prolongamento natural do visível. Em sua unidade, formam um todo inseparável; mas é no invisível que importa procurar o mundo das causas, o foco de todas as atividades, de todas as forças sutilíssimas do Cosmos.


A força ou energia, diz a Ciência, aciona a matéria e dirige os astros em seu curso. Que é a força? Segundo a nova revelação, é apenas o agente, o modo de ação de uma vontade superior. É o pensamento de Deus que imprime o movimento e a vida ao Universo.


Todos os que se têm desalterado na fonte do moderno espiritualismo sabem que os grandes Espíritos do espaço são unânimes em proclamar, em reconhecer a Suprema Inteligência que governa os mundos. Acrescentam eles que essa Inteligência se revela mais deslumbrante, à medida que galgam os degraus da vida espiritual.


Emitem-se concepções diversas, mais ou menos desenvolvidas, sobre o Ser divino; é porque os Espíritos, como os homens, não estão no mesmo grau de desenvolvimento, nem podem todos ter a mesma capacidade de apreciação.


Todos os escritores e filósofos espíritas, desde Allan Kardec até os nossos dias, afirmam a existência de uma Causa imanente no Universo. "Não há efeito sem causa - disse Allan Kardec - e todo efeito inteligente tem forçosamente uma causa inteligente. " É o axioma sobre o qual repousa integralmente o Espiritismo.


Aplicado às manifestações de além-túmulo, esse axioma demonstra a existência dos Espíritos. Do mesmo modo, se o aplicarmos ao estudo do mundo e das leis universais, ele demonstrará a necessidade de uma causa inteligente. Eis porque a existência de Deus constitui um dos pontos essenciais do ensino espírita.


Basta comprovar que há inteligência e consciência nos seres criados, para ficarmos certos de as encontrar na fonte criadora, nessa Unidade suprema que não é a causa primária, como dizem uns, nem uma causa final, como pensam outros, mas a Causa eternamente ativa, donde emana toda a vida.


A solidariedade que liga todos os seres não tem outro centro senão essa Unidade divina e universal; todas as relações vêm ter a ela, para nela fundir-se e harmonizar-se. Só por ela podemos conhecer o objetivo da vida e suas leis, pois que ela é a razão de ser e a lei viva do Universo. É, ao mesmo tempo, a base e sanção de toda a moral. Desde que estudamos o problema da outra vida, a situação do Espírito depois da morte, encontramo-nos em face de um estado de coisas regulado por uma lei de justiça, que por si mesma se aplica, sem tribunal nem julgamento, mas à qual não escapa um só dos nossos pensamentos, nenhum dos nossos atos. E essa lei, que revela uma Inteligência diretora do mundo moral, é ao mesmo tempo a fonte de toda a vida, de toda a luz, de toda a perfeição.


A ideia de lei é inseparável da ideia de inteligência. Sem essa noção, seriam destituídas de apoio as leis universais.


Falam-nos muitas vezes das leis cegas da Natureza. Que significa essa expressão? Leis cegas só poderiam agir ao acaso. O acaso é a ausência de plano, de direção inteligente, é a própria negação de toda lei. O acaso não pode produzir a unidade e a harmonia, mas unicamente a incoerência e a confusão. Uma lei só pode ser, portanto, a manifestação de uma soberana inteligência, obra de um pensamento superior. Só o pensamento pôde coordenar, dispor, combinar todas as coisas no Universo. E o pensamento exige a existência de um ser que fosse o seu autor.


As leis universais não poderiam repousar sobre uma coisa tão móvel e inconstante como o acaso. Devem necessariamente apoiarse num princípio imutável organizador e regulador. Privadas do concurso de uma vontade diretora, essas leis seriam cegas, como dizem os materialistas; andariam à matroca, já não seriam leis.


Tudo, as forças e os seres, as humanidades e os mundos, tudo é governado pela inteligência. A ordem e a majestade do Universo, a justiça, o amor, a liberdade, tudo repousa em leis eternas, e não há leis eternas sem uma razão superior, fonte de toda a lei. Por isso é que nenhum ser, nenhuma sociedade pode desenvolver-se e progredir sem a ideia de Deus, isto é, sem justiça nem amor, sem liberdade nem razão, porque Deus, representando a eternidade e a perfeição, é a base essencial de tudo o que faz a beleza, a grandeza da vida, a magnificência do Universo.


Muitos equívocos têm dividido o mundo a respeito de tais questões; o moderno espiritualismo os vem dissipar. Até agora procuravam os materialistas o segredo da vida universal onde ele não se encontra: nos efeitos; os cristãos, por seu lado, o procuravam fora da Natureza. Hoje compreendemos que a causa eterna do mundo não é exterior ao mundo, mas está dentro dele; ela lhe é a alma, o foco, como a nossa alma é em nós o foco da vida.


A ignorância destas coisas é a causa principal de nossos desacertos; é o que compele o homem e a sociedade à prática de atos cujas consequências acumuladas os esmagam.


Muitíssimo tempo se considerou a obra divina e as leis superiores sob o acanhado ponto de vista da vida presente e do mesquinho plano da Terra, sem compreender que é no encadeamento das vidas sucessivas e na coletividade dos mundos que se revelam a harmonia universal, a justiça absoluta e a grande lei da evolução dos seres para o Bem perfeito, que é Deus.


Não pode a obra divina ser medida, nem em relação ao tempo, nem à extensão. Ela se expande nos céus em feixes de sóis, e se revela, na Terra, tão admirável na humílima florinha, como nos gigantes das florestas. Deus é infinito; a Criação é eterna. Não se pode conceber a Criação oriunda do nada, porque o nada não existe. Deus nada poderia tirar de um nada impossível, nem criar coisa alguma fora da sua infinidade. A Criação é incessante; o Universo, imutável no seu todo, acha-se em via de transformação constante em suas partes.


Com todos os seus mundos visíveis e invisíveis, seus espaços celestes, suas populações planetárias e siderais, o Universo representa uma oficina imensa em que tudo o que se agita e respira trabalha na produção, na manutenção e no desenvolvimento da vida. Cada globo que rola na imensidade é a morada de uma sociedade humana. A Terra não passa de planeta dos mais mesquinhos da grande hierarquia dos mundos e a sociedade terrestre é das mais inferiores. Mas também ela se aperfeiçoará, nossa esfera se há de tornar em venturosa estância. Aspirações mais nobres encaminharão a Humanidade para a senda da renovação gradual e do progresso moral.


Tudo se transforma e se renova mediante o ritmo incessante da vida e da morte. Ao passo que se extinguem uns astros, outros surgem e brilham no âmbito dos espaços. Foi o que fez dizer ao poeta que há berços e túmulos no céu. Como o homem, os mundos nascem, vivem e morrem; os universos se dissolvem, todas as formas passam e se dissipam, mas a vida infinita subsiste em seu eterno esplendor.


Assim, também a cadeia de nossas existências desdobra, na continuidade dos séculos, os seus elos opacos ou brilhantes.


Sucedem-se os acontecimentos sem ligação aparente e, contudo, a indefectível justiça lhes determina o curso de conformidade com regras imutáveis. Tudo se liga, no domínio moral como na ordem material.


Um plano admirável se executa; só Deus lhe conhece o conjunto. Dele não divisamos mais que algumas linhas e já essa percepção é um deslumbramento. Nossa compreensão das coisas divinas crescerá com os nossos progressos, à proporção que as nossas faculdades e os nossos sentidos, avultando, nos descerrarem novas perspectivas para os mundos superiores.


Confrontai as concepções do passado: a Terra, centro do Universo, único planeta habitado; a única e breve existência do homem perdida no infinito dos tempos, e de acordo com o que tiver sido, é ele julgado e fixada a sua sorte por toda a eternidade; comparai-as com essa revelação dos espaços, com esse universo sem limites, povoado de sóis, com os seus cortejos de mundos secundários, as cidades, os povos, as inúmeras humanidades que os opulentam com as várias civilizações e as obras maravilhosas que o espírito aí cria! Considerai esse futuro da alma destinada a renascer, de vida em vida, nesses mundos, a galgá-los um a um, como degraus, em ascensão colossal, participando de estados sociais de tal modo superiores aos nossos que nada, em nossas débeis concepções terrestres, deles nos pode dar ideia! E a alma, em suas infinitas peregrinações, adquire sempre novas qualidades, capacidades crescentes, que a tornarão apta a desempenhar uma tarefa cada vez mais elevada.


Assim, nem eleitos, nem réprobos. A Humanidade não se divide em duas partes: os que se salvam e os que se perdem. O caminho da salvação pelo progresso é franqueado a todos. Todos o percorrem de estância em estância, de vida em vida; todos ascendem para a paz e a felicidade, mediante a provação e o trabalho. Todas as almas são perfectíveis e suscetíveis de educação; devem percorrer os mesmos caminhos e chegar da vida inferior à plenitude do conhecimento, da sabedoria e da virtude. Não são todas igualmente adiantadas, mas todas hão de subir, cedo ou tarde, as árduas encostas que levam às radiosas eminências banhadas da eterna luz.


O pensamento divino preside a essa obra majestosa; vela pela execução de suas leis, pela elevação da vida renascente. Acima de tudo, reina o Poder infinito, que anima com seu sopro e aquece em seu amor o Universo.


* * *

Muitos homens cerram a alma à concepção de Deus; recusam-se a ver, a admirar o eterno Poder que irradia através de toda a Natureza.


O Sol brilha à flor das águas, seus trêmulos raios acariciam a vaga adormecida. Do céu ilumina ele o mar tranquilo, projeta milhões de centelhas na coroa das vagas inquietas. Todo ser que se move no seio das águas o pode perceber. Basta-lhe fazer esforço para abandonar as profundezas e banhar-se nos seus raios. Se recusa, porém, a deixar o sombrio domicilio, se compraz em suas trevas, deixará por isso o raio de existir?


O mesmo sucede com o grande Foco divino. Sem o pensamento de Deus que ilumina as profundezas do Cosmos, sem essa luz imorredoura, tudo permaneceria imerso em trevas. Esse pensamento, porém, não aparece em todo o seu esplendor senão aos seres que se tornaram dignos de o compreender, àqueles cujo senso íntimo se descerrou à grande voz do infinito, a esse eterno sopro que perpassa nos mundos e fecunda as almas e os universos.


Deus, em sua pura essência, dizem os Espíritos, é qual oceano de chamas. Deus não tem forma, mas pode revestir uma para aparecer às almas elevadas. É a recompensa concedida às grandes dedicações, às existências de sacrifício e de renúncia. Há nisso uma espécie de materialização, bem diferente de tudo o que podemos imaginar. Mesmo sob esse aspecto sensível, a majestade de Deus é de tal ordem, que os Espíritos mais puros mal lhe podem suportar o brilho. Têm eles o privilégio de contemplar, sem véu, a Divindade, e declaram que a linguagem humana é paupérrima para permitir uma descrição, pálida que seja, do divino Foco.


Deus tudo vê, e tudo conhece, até os mais secretos pensamentos.


Como o Espírito está em todo o corpo, Deus está em todo o Universo, em relação com todos os elementos da Criação. Seu amor abrange e enlaça todos os seres, dos quais ele fez, chamando-os à vida, artífices da sua obra eterna. Sua solicitude se estende até os mais humildes e obscuros, porque todos são oriundos d"Ele. Por isso todos, em falta de uma inteligência superior e de uma razão exercitada, podem sentir e conhecer Deus pelas potências do coração.


O que acima de tudo caracteriza a alma humana é o sentimento.


É por ele que o homem se prende ao que é bom, belo e grande; ao que será o seu amparo na dúvida, a sua força na luta, a sua consolação na prova. E tudo isso revela Deus. O belo e o bom não se encontram em nós senão em grau limitado e parcial. Não podem existir senão sob a condição de volver a encontrar sua fonte, seu princípio, sua plenitude em um Ser que os possua no grau superior e infinito. Foi o que instintivamente sentiram todas as gerações, todas as multidões que repousam sob a poeira dos séculos, e foi por isso que os surtos dos seus pensamentos subiram, em todos os tempos, para esse Espírito divino que paira acima de todas as religiões e de todos os sistemas, para essa Alma do mundo, venerada sob tão diversos nomes. Causa única, de que tudo emana, para a qual tudo volta, eternamente.


Deus é a grande alma universal, de que toda alma humana é uma centelha, uma irradiação. Cada um de nós possui, em estado latente, forças emanadas do divino Foco e pode desenvolvê-las, unindo-se estreitamente à Causa de que é efeito. Mediante a elevação dos pensamentos para Deus, por meio da prece que brota das profundezas do ser e liga a Criatura ao Criador, produz-se uma penetração contínua, uma fecundação moral, uma expansão das riquezas que em nós jazem ocultas. Mas a alma humana ignora-se a si mesma; por falta de conhecimento e de vontade, deixa as suas capacidades interiores em letargo. Em lugar de dominar a matéria, deixa-se por ela frequentemente dominar; eis a fonte dos seus males, das suas fraquezas, das suas provações.


É por isso que o moderno espiritualismo vem dizer a todos: Homens, elevai-vos, pelo pensamento, acima das mundanas coisas; elevai-vos bastante alto para compreenderdes que sois filhos de Deus; bastante alto para sentirdes que estais ligados a Ele, à sua obra imensa, fadados a um destino em face do qual tudo mais é secundário. E esse destino é o ingresso na grande comunhão, na harmonia santa dos seres e dos mundos, a qual não se realiza senão em Deus, e por Deus unicamente!



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

jo 14:16
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 16
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 8:31-59


31. Disse, então, Jesus aos judeus que nele tinham crido: "Se permanecerdes no meu ensino, verdadeiramente sois meus discípulos,

32. e tereis a gnose da verdade e a verdade vos libertará".

33. Responderam-lhe eles: "Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém, como dizes vos tornareis livres"?

34. Replicou-lhes Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo: todo o que faz o erro é escravo do erro,

35. e o escravo não permanece na casa para a imanência, mas o filho permanece para a imanência.

36. Se, pois, o filho vos libertar sereis realmente livres 37. Sei que sois descendentes de Abraão; mas procurais matar-me, porque meu ensino não penetra em vós.

38. Falo o que vi junto ao meu Pai, mas vós fazeis o que escutastes de vosso pai".

39. Responderam-lhe eles e disseram: "Nosso pai é Abraão". Disse-lhes Jesus: "Se sois filhos de Abraão, fazei as obras de Abraão.

40. Mas agora procurais matar-me a um homem que vos disse a verdade que ouviu de Deus: isso Abraão não fez.

41. Fazeis as obras de vosso pai". Responderam: "Não nascemos de prostituição: temos um Pai, que é Deus".

42. Replicou-lhes Jesus: "Se Deus fosse vosso Pai, vós me amaríeis, porque vim de Deus e estou aqui; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou.

43. Por que não conheceis a minha linguagem? Porque não podeis ouvir meu ensino.

44. Vós sois filhos do Adversário, e quereis fazer a vontade de vosso pai. Ele era homicida desde o princípio e não permaneceu na verdade, porque a verdade não está nele. Quando fala o mentira fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso como o pai dele 45. Mas porque digo a verdade, não me credes.

46. Quem de vós me argui de erro? Se digo a verdade, porque não me credes?

47. Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; vós não me ouvis por isso, porque não sois de Deus".

48. Responderam os judeus e disseram-lhe. "Não falamos certo que és samaritano e tens espírito"?

49. Retrucou Jesus: "Eu não tenho espírito, mas honro meu Pai e vós me desprezais.

50. Não busco a minha reputação: há quem a busque e decida.

51. Em verdade, em verdade vos digo: se alguém praticar meu ensino, de modo algum verá a morte para a imanência".

52. Disseram-lhe os judeus: "Agora conhecemos que tens espírito. Abraão morreu e os profetas, e tu dizes: se alguém praticar meu ensino de modo algum provará a morte para a imanência;

53. acaso és maior que nosso Pai Abraão, que morreu? E os profetas morreram; quem pretendes ser"?

54. Respondeu Jesus: "Se eu tiver uma opinião sobre mim, minha opinião nada é; quem me julga é meu Pai, o que vós dizeis que é nosso Deus.

55. E não o conhecestes, mas eu o sei, e se disser que não o sei, serei semelhante a vós, mentiroso; mas o sei e pratico seu ensinamento.

56. Abraão, vosso Pai, alegrou-se esperando ver meu dia; viu-o e regozijou-se".

57. Disseram-lhe" então. "Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão"?

58. Respondeu-lhes Jesus: "Em verdade em verdade vos digo: antes de Abraão ter nascido, EU SOU".

59. Pegaram, então, em pedras para atirar sobre ele, mas Jesus escondeu-se e saiu do templo.



Esta terceira palestra de Jesus - já agora no pátio do templo (único lugar que, por não estar terminada sua construção tinha pedras no chão para serem apanhadas) - dirige-se aos que nele acreditaram, convidandoos amorosamente a confiar Nele e a segui-Lo. Mas é rapidamente tumultuada pelos cépticos que só se fiam no próprio saber e alargam cada vez mais o abismo entre eles e o Mestre, que amorosamente lhes oferece a maior oportunidade de suas vidas. Neste trecho também fomos obrigados a afastar-nos das traduções comuns. Vejamos os versículos em que isso ocorre, procurando justificar nossa opinião.


Vs. 31 - Traduzimos logos por "ensino", e não "palavra", expressão fraca para corresponde, à força da frase e do resultado que promete.


Vs. 32 - Em lugar de "conhecereis", que dá ideia de simples informação intelectual externa que realmente e insuficiente para produzir o resultado prometido preferimos a expressão técnica "tereis a gnose", que exprime o conhecimento profundo e experimental-prático, vivido pela criatura (cfr. vol. 4). Só com a experiência viva é possível a libertação, jamais obtida com as simples leituras informativas, por mais claras e profundas que sejam.


Vs. 34 - A maioria dos códices adota a frase: "quem faz o erro, é escravo do erro". Esse final, todavia, não aparece em D, b, na versão siríaca sinaítica nem em Clemente de Alexandria, que tem apenas: "Quem faz o erro é escravo". Parece que o acréscimo foi trazido por comparação de RM 6:17-20. No encanto, só se desorienta quem ainda é escravo do Antissistema, ao passo que os filhos, unificados com o Cristo não mais se desorientam: são livres.


Vs. 35 - Preferimos traduzir tòn aiôna por "imanência" (cfr. vol 2), pois aqui não se trata de "tempo" nem de "duração", e sim de essência, de modo-de-ser. Deixamos de lado, então, tanto o "eterno", quanto o "para sempre" (que não são o sentido de aiôn), não entendendo mesmo nem o "ciclo" ou" eon". A distinção é feita entre a vida imanente na casa do coração, e a vida material voltada para fora: o escravo sai da casa do coração e fica na rua, vagueando ou errando de léu em léu. Disso foi imagem simbólica o fato narrado em Gênesis, nos cap. 16 e 21, quando também distingue Ismael, filho da escrava egípcia Hagar de Isaac, filho da livre Sarah. Embora fossem ambos da semente de Abraão, o filho livre, Isaac, permaneceu com o pai em casa, enquanto Ismael, filho da escrava (e portanto escravo) foi expulso para o deserto.


Vs. 37 - Em vez de traduzirmos hóti ho logos ho emós ou chôrei en humin, como em geral, por "porque minha palavra não cabe em vós" - expressão que, analisada, não tem sentido - preferimos dar a logos o significado de "ensino" e interpretar chôrei como "penetrar". Há, então, um sentido lógico e racional na frase: o ensino crístico não consegue atravessar a carapaça do conhecimento egoístico do intelecto para penetrar no coração dos ouvinte.


Vs. 38 - Há aí uma distinção sutil no original: a mesma preposição para é usada com o dativo tôi patrí, quando Jesus se refere a Seu Pai (vi junto a meu Pai), e com o genitivo toú patrós, quando fala do pai dos judeus (ouvistes de vosso pai) exprimindo proveniência. Os adjetivos "meu (Pai)", omitido em B, C L, e W, aparece em aleph, D, gama, delta, theta, a, b, c, e, f, ff2, na Vulgata e na versão siríaca curetoniana; assim "vosso (pai)", omitido em E eL, aparece em aleph, C, D, gama, delta, e vulgata.


Vs. 40 - Jesus se diz homem (e não Deus): "Quereis matar-me, a um homem que vos disse a verdade" (nyn dè zêteite me apokréinai ánthrôpon hòs tén alêtheian humin lelálêka).


Vs. 41 - Os ouvintes tomam a acusação como de idolatria, quando arguídos de terem outro pai (outro elohim), coisa que merecia o epíteto de filhos da prostituição" (cfr. Hoséa. 1:2 e 2:4).


Vs. 43 - Não tendo a capacidade iniciática de "ouvir a palavra" (akouein tòn logon), isto é, de perceber o ensino, nem sequer podem compreender a linguagem (ginôskein tên lalían) de Jesus. Era. com efeito, uma linguagem esotérica e alegórica simbólica e mística, só entendida dos preparados para recebê-la.


Vs. 44 - Ainda aqui diábolos é "o adversário" (cfr. vol. 1 e vol. 4). Este é um dos versículos aduzidos como defesa do ensino dualista de Jesus. No entanto, o dualismo aí é apenas aparente, constituindo simplesmente a distorsão causada pelo nosso mergulho na matéria, que interpreta as exterioridades da superfície como sendo a essência. Pelo que vimos estudando até aqui, verificamos que o ensino real de Jesus é MONISTA. O que aparece neste versículo é a teoria "dos opostos", pela qual todo polo positivo tem também seu polo negativo; mas a barra do ímã é uma só, UNA, embora de cada um de seus lados haja um polo: o positivo, o Sistema, Deus; e o negativo, o Antissistema, que é o adversário (Diabo) ou antagonista (Satanás); este porém, não é uma entidade à parte, com substância própria individual, mas somente a projeção do próprio Espírito na matéria. Então, a matéria é o próprio Espírito que se congelou, ao baixar as vibrações e adquirir um peso específico elevado, ficando prisioneiro dela, que lhe é o verdadeiro adversário. Opostos de qualidade, mas uma só substância; opostos de posições mas uma só essência; opostos de realidade; opostos de aparência, mas um só ser; opostos de pontos-devista, mas uma só verdade. A matéria e um prisma que bifurca num dualismo superficial e ilusório, o monismo essencial e verdadeiro do Espirito.


Afirma Jesus que o adversário (isto é, a matéria) é homicida desde o princípio. Realmente, sendo eterno, o Espírito não sabe o que seja morte nem desfazimento, características próprias da matéria. Então, desde o princípio (ap"archés) a matéria é homicida, porque faz o homem morrer fisicamente, fá-lo experimentar a desagradável sensação de perda e dissolução. E além de homicida, é mentiroso, porque na matéria não está a verdade, já que a matéria e ilusão (máyá) transitória, modificando-se constantemente, num equilíbrio instável de todas as suas células, que vivem em contínuas trocas metabólicas.

Vs. 48 - Traduzimos daimómon por "espírito" desencarnado. Era comum atribuir-se à influência de um espírito (geralmente obsessor, sentido constante de daimónion no Novo Testamento, cfr. vol. l) quaisquer incongruências no falar e conceitos que soassem absurdos. A acusação volta no vers. 52, como já fora feita anteriormente (JO 7:20).


Vs. 50 - Traduzimos dóxa como "reputação" (cfr. vol. 1), único sentido que encaixa perfeitamente no contexto. As palavras de Jesus valeram-Lhe a má reputação de obsidiado e samaritano (a esta Jesus não respondeu), e Ele limita-se a dizer que não Lhe interessa Sua reputação vinda de homens, pois só vale a opinião divina do Pai. O que realmente Lhe interessa é dizer a verdade, pensem os ouvintes o que quiserem a Seu respeito. Como vemos, traduzir aqui dóxa por "glória", não caberia absolutamente: Jesus nunca pareceu importar-se com essas vaidades humanas, próprias dos seres involuídos, que afanosamente buscam famas e glórias.


Vs. 51 - Aqui também nos afastamos das traduções vulgares. Achamos sem sentido a expressão "guardar minha palavra". Muito mais razoável "praticar meu ensino", perfeitamente justificado pelo original grego: tòn emòn lógon têrêsêi. A segunda parte: thánaton ou mê theôrêsêi eis tòn aiôna, "de modo algum verá a morte para a imanência". O sentido é real e lógico. O que não pode admitir-se é que o Mestre, que vem dando ensinamentos espirituais tão profundos, venha aqui prometer que, quem cumprir seus ensinos, não morrerá fisicamente! Que importa ao Espírito a morte do corpo? Lembramo-nos de Paulo a dizer (Filp. 1:21): "para mim, viver é Cristo, e morrer, uma vantagem"! Jesus jamais acenaria como prêmio a alguém, o ficar preso à matéria grosseira e inimiga durante toda a eternidade... Não sabemos como possa alguém perceber tão mal seus ensinos.


Vss. 52-53 - Mas os ouvintes entenderam exatamente isso: para eles o verdadeiro "eu" era o corpo físico.


Vs. 54 - Ainda aqui dóxa tem o mesmo sentido do vs. 50: reputação, opinião. Esse mesmo significado tem o verbo daí derivado, doxázô, que é opinar, estimar, avaliar, julgar". Não cabe aqui o sentido "glória".


O sentido é racional e claro: à pergunta deles "quem pensas ser" (literalmente, "quem te fazes", tína seautòn poieís), Jesus responde que não tem opinião a Seu respeito, que não se julga (doxázô) porque uma opinião Dele sobre Si mesmo de nada vale: o Pai é quem opina ou julga a Seu respeito.


Esse Pai, é Aquele exatamente que eles dizem ser nosso Deus.


Vs. 55 - Deixamos a oída o sentido real de "saber", isto é, "ter informação plena e correta de quem é o Pai". Mas, além desse saber, Jesus sublinha com ênfase: "e pratico seus ensinamentos" (kaì tón lógon autoú têrô). A tradução usual "guardo sua palavra" é fraca e sem sentido, nada diz de concreto. Essa que Ele tem, é uma certeza iniludível: se dissesse o contrário seria mentiroso como eles.


Vs. 56 - O original apresenta uma construção estranha: égalliásato hína ídêi tên hêméran tên emên, isto é, "alegrou-se para que visse meu dia". O sentido à essa cláusula final, iniciada por hína só pode ser interpretada por tratar-se de uma ação posterior, tanto que é repetida, logo a seguir, no passado: "viu e regozijou-se". Por isso traduzimo-la pelo sentido lógico: "alegrou-se na esperança de ver". O verbo agalliáô, só usado no presente e no aoristo, é um hápax do grego escriturístico (LXX e Novo Testamento). Essa "alegre esperança de ver" baseava-se, certo, na promessa (GN 12:3 e GN 22:18) de uma descendência de reis e nações.


Vs. 57 - "Ainda não tens cinquenta anos" significa cálculo por exagero (Jesus devia contar mais ou menos 36 anos) e não, como opinava Irineu, repetindo os presbíteros de Papias, que ele "tinha" mais ou menos 50 anos (cfr. adv. Haer. 2, 22, 5, 6; Patrol. Graeca vol. 6 col. 781 ss). Os dados de Lucas (3:23) são mais precisos. O verbo usado, eôrakas (em A, C, D) ou eôrakes (em B, W, theta) é lição melhor que eôrake (em aleph e na versão siríaca sinaítica). Com efeito, é mais compreensível a admiração de que Jesus, que ainda não tinha cinquenta anos, tivesse visto Abraão, do que este ter visto Jesus, o que poderia ter ocorrido na vida espiritual (opinião de Maldonado).


Vs. 58 - As traduções correntes trazem "antes que Abraão fosse (feito) eu sou". Ora, o original diz: prin Abraàm genésthai egô eimi, literalmente: "antes de Abraão nascer EU SOU" (genésthai é infinitivo presente da voz média). Há profunda diferença filosófica entre "ser feito" e "nascer": é feito ou criado aquilo que não existe; nasce na carne o espírito que já existe. Jesus declara categoricamente SER, antes que Abraão nascesse na matéria. Mas com isso confirma in totum sua asserção de ser YHWH.


Vs. 59 - Isso mesmo é que os ouvintes entendem, pois está escrito nos Salmos (Salmos 90:2) e nos provérbios, que YHWH é antes da constituição da Terra. E, segundo a prescrição do Levítico (Levítico 24:16) estava "blasfemando o nome de YHWH", merecendo por isso, a lapidação aí prescrita. Ora, o pátio do templo pelo testemunho de Flávio Josefo (Ant. JD 17, 9, 3) ainda não estava terminado, havendo pelo chão muitas pedras. Fácil apanhá-las para fazer cumprir a lei com as próprias mãos. Mas Jesus esconde-se (ekrybê) e sai do templo: não chegara ainda sua hora.


Nesta terceira palestra aos que Nele haviam acreditado, o Mestre lança amorável mas veemente convite para que viessem fazer parte de Sua "Assembleia do Caminho". A lição anterior é continuada, aprofundando-se os conceitos. Ocorreu, no entanto, que outros "judeus" (elementos religiosos, mas filiados a credos ortodoxos) se achavam presentes e começaram a lançar suas objeções de incredulidade, às quais o Cristo responde carinhosamente. Mas a Voz Espiritual proveniente da pureza diáfana do Sistema não consegue romper a armadura materialística dos que ainda pertenciam ao Anti Sistema. E, como é de hábito nesse pólo negativo, estes encerram qualquer discussão com a violência, e tentam apedrejá-Lo... Típico modo de agir de seres involuídos que, não tendo argumentos, recorrem à força física.


Vejamos o teor dos novos ensinamentos.


Inicialmente, garante que, só permanecendo na realização de Seus ensinos, é que se tornarão realmente Seus discípulos (cfr. JO 15:4 - JO 15:7 - 1JO 2:6 - 1JO 2:24 - 1JO 2:27 e 1JO 2:1JO 3:24); por esse caminho experimental, conseguirão a gnose da Verdade e esta os libertará do peso da matéria na roda das encarnações indefinidamente repetidas. A afirmativa constitui uma garantia que inclui uma promessa. Compreender e realizar o ensino do Cristo, quer manifestado em Jesus há dois mil anos, quer expresso por outros avatares, quer - e sobretudo - falando dentro de nós mesmos: essa é a condição do discipulato perfeito. Ninguém pode dizer-se "discípulo" se não tiver adotado o espírito de Sua Escola e de Seu Mestre (cfr. vol. 4). O aluno pode só aprender intelectualmente as teorias de uma doutrina e até retransmitílas bem aos outros, sem que, no entanto, essa doutrina se torne nele um modo-de-viver. O Discípulo, porém, é o que vive a doutrina, tendo a mesma vivência que o Mestre. Para ser discípulo de Cristo, indispensável é, pois, viver permanentemente, PERMANECER, em Seus ensinos, sem acréscimos nem omissões.


Essa vivência permanente levará à união e, portanto, à gnose experimental da Verdade, possibilitando dessa forma a progressiva libertação do kyklos anánké. É a "salvação" pelo conhecimento, pela sabedoria e pela experiência vivida, conceito fundamental da gnose. O mosaísmo apresenta a salvação por meio da obediência à lei; Paulo substitui a lei pela fé, tornando esta a base e a condição da salvação; mas através do místico João, sabemos que o Cristo, embora não tenha vindo abolir a lei, mas completála (MT 5:17; cfr. vol. 2); e ainda que exija a fé (MT 17:20; vol. 4), coloca acima de tudo uma condição mais elevada: a gnose, a experiência iniciática superior, como última fase para a salvação dos seres evoluídos. São três estágios que o homem atravessa em sua ascensão: a LEI do primarismo da hominização rebelde, onde predomina a sensação (2. º plano, lei da verdade); a FÉ no passo seguinte, onde a supremacia cabe às emoções (3. º plano, lei da justiça); e agora a gnose no plano do intelecto desenvolvido (4. ° plano lei da liberdade). Caminho longo, ascensão lenta, mas estrada segura e infalível. No entanto, os que ainda se encontram no primeiro estágio lutarão contra os do segundo, assim como estes e os do primeiro se unirão contra os que já estão no terceiro estágio. O catolicismo, sucessor direto do judaísmo, exige a obediência a suas determinações e preceitos dogmáticos, e anatematiza o protestantismo que atingiu o nível paulino da fé e do livre exame; mas os dois condenam as "heresias gnósticas" dos espiritualistas, que buscam a salvação pelo Estudo e pela compreensão da Verdade e pela prática experimental.


No campo iniciático, a frase do Cristo assume profundidade excepcional, pois constitui a garantia específica de que, estudando e praticando os ensinos do Deus em-nós (Immanu-El) e permanecendo na vivência de Sua mística, o iniciado atingirá a gnose plena da Verdade que é a unificação permanente com Deus, e se libertará totalmente das injunções do pólo negativo do Antissistema. E outro meio não existe, pois o Cristo - 3. º aspecto da Divindade - é o único Caminho da Verdade (que é o Pai) e da Vida (que é o Espírito Santo), como Ele mesmo o revelou (JO 14:16).


Como sempre ocorre nos agrupamentos humanos, os profanos, por estarem em seu ambiente, são mais audaciosos, porque donos da situação, e levantam mais a voz, ousando contradizer qualquer afirmativa que, pela aferição do gabarito intelectual puramente materialista de sua ignorância ultrapasse a capacidade de seu raciocínio. Senhores absolutos do terreno que lhes pertence (os do Sistema é que aqui na Terra estão fora de seu ambiente) não admitem autoridade maior que a sua, nem julgam possa haver ciência superior à que conhecem. Não entendem a lição, mas torcem o verdadeiro sentido das palavras espirituais para adaptá-las à sua concepção materializada da vida. Neste caso, interpretam a liberdade espiritual de que o Cristo falava, como oposição à escravidão dos corpos físicos; e, como descendentes de Abraão (valor máximo atribuído à personagem na herança do sangue) sabem que jamais foram escravos fisicamente.


Em seu teor elevado, vem o esclarecimento da palavra "liberdade" e daquilo que constitui a verdadeira escravidão, que não é a dos corpos materiais, mas a espiritual, causada pelo desvio do rumo correto, pela perda da rota pela desorientação que faz sair do caminho verdadeiro para a floresta das miragens e ilusões: todo aquele que se desvia da estrada-mestra se torna escravo das ilusões do caminho (sensações, emoções, intelectualismo superficial), pois "vagueia" (veja acima) por sendas que o prendem em seus tentáculos enganadores, desvirtuando a luz da verdade, que lhes aparece fracionada pelo prisma defeituoso da matéria.


A consequência é inevitável: quem vagueia por atalhos, não permanece na casa (na estrada-mestre segura) que é o coração onde habita o Cristo Imanente. Mas o filho, aquele que está permanentemente unido ao Pai, esse vive na imanência divina, sem jamais perder o Contato Sublime. Ora, se o filho, isto é, o Cristo, terceira manifestação divina existente dentro de cada um de nós, conseguir libertarnos dos desvios da ilusão, para trazer-nos ao caminho certo, no imo do coração, então haverá a conquista da liberdade espiritual (embora presos à matéria). Só é realmente livre das injunções satânicas (antagônicas, materiais) aquele que se unificar com o filho, numa total e perfeita simbiose (no sentido etimológico).


Volta-se, então, novamente para a objeção, respondendo agora à primeira parte. Admite saber que, fisicamente, eles são descendentes de Abraão por consanguinidade. Mas espiritualmente não o são, já que tem o senso do homicídio, típico do pólo negativo, procurando destruir o corpo material de seu emissário, Jesus, só porque o ensino crístico não consegue penetrar a capa grosseira de seus intelectos dominados pelo negativismo atrasado do Antissistema.


Aqui percebemos um "alerta" para todos nós, confirmando o "não deis pérolas aos porcos nem coisas santas aos cães" (MT 7:6; vol. 2): se Jesus, trazendo aos homens diretamente, numa filtragem perfeita, o ensino do Cristo de Deus, não conseguiu convencer seus ouvintes, não haveremos de ser nós a pretender convencer as massas da realidade. Aprendemos que, para sermos entendidos, não é mister evolução de nossa parte (podemos ser entendidos mesmo se involuídos), mas é essencial a evolução da parte dos ouvintes, pois só nesse estágio superior sentirão em si o eco daquilo que enunciamos. Portanto, também quando convencemos certas pessoas, com as nossas palavras ou exemplos, e as elevamos evolutivamente - mesmo nas Escolas iniciáticas isso não é obtido em virtude de nosso merecimento, porque sejamos evoluídos, mas porque os ouvintes, eles sim, estão maduros para sintonizar com as verdades que enunciamos, das quais somos meros intérpretes, e quantas vezes imperfeitos!


Vem então o testemunho do próprio Cristo: só fala o que viu junto ao Pai, vivendo a Seu lado, UNO com Ele; enquanto os que O contradizem obedecem a voz do pai deles, que é o adversário. O protesto é imediato e enérgico: "nosso pai é Abraão". E a resposta contundente: "se sois filhos de Abraão agi como vosso pai Abraão. Ora, pensais em destruir meu corpo, só porque falo a verdade. Abraão não faria jamais coisa semelhante", pois agia de conformidade com o sistema, ao passo que eles agem na tônica do Antissistema. Querem matar o "corpo" - Cristo o salienta com palavras claras - destruir "a um homem", não a Ele, o Cristo.


Feridos pela alusão a uma filiação espúria, reclamam para si também a paternidade divina, ao que o Mestre retruca com um argumento ad hominem: se filhos fossem de Deus, ouviriam a palavra de Deus. Mas a sintonia é diferente. A prova é de que, como personagens, são filhos do Antissistema (do adversário), tanto que nem podem entender a linguagem crística. Não há neles, ainda escravos dos elementos do quaternário inferior, a capacidade de instruir-se pelo "ensino ouvido" (lógos akoês).


Concluindo a argumentação, vem a declaração taxativa: "vós sois filhos do adversário".


Se houvesse necessidade de um texto evangélico para confirmar a revelação ubaldiana em "A Grande Síntese", em "Deus e Universo", em "O Sistema" e em "Queda e Salvação", nenhum outro melhor serviria que este. Cristo, a Centelha Divina dentro de cada criatura, provém diretamente de Deus, Pai do Espírito, de onde parte para construir a evolução dele, mergulhando na matéria; ai chegando, a Centelha se envolveu no corpo físico (átomo) e, de seu interior, provocou e impeliu a evolução da matéria, através do inorgânico, do orgânico (células), do vegetal, do animal, até chegar ao hominal e conquistar o intelecto racional; então, verdadeiramente as personagens, com seus corpos físico, etérico, astral e intelectual são filhos do adversário, isto é, filhos da matéria, antagônica (satânica, diabólica) ao Espirito, embora seja da mesma essência que este. O Espírito, filho do Sistema, de Deus; a personagem, com seus veículos, filha da matéria, do adversário. Exatamente como explicado com pormenores nos livros acima citados de Pietro Ubaldi.


Mas o Cristo continua com a mesma lógica irrespondível: "vosso pai era homicida desde o princípio".


De fato, a "morte", isto é, o desfazimento da forma, só se dá na matéria e nos planos inferiores a ela inerentes. O Espírito, filho ou procedente do Sistema, jamais morre. Os veículos inferiores e a personagem de que se reveste o Espírito (filhos ou provenientes do Antissistema) é que estão sujeitos às mutações, ao desfazimento e reconstruções intermitentes. Mais uma vez se confirma a tese: o Antisistema, adversário do sistema é homicida, porque coage o homem a submeter-se a morte.


Outro argumento reafirma a mesma tese: "não permaneceu na verdade, porque a verdade não está nele". Realmente, a Verdade é eterna e imutável: tudo o que é variável e mutável, está no pólo oposto da verdade, que se chama "mentira" (verdade invertida). Diz o Cristo: "Quando fala a mentira fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso como seu pai". Eis aí a teoria completa em poucas palavras incisivas e contundentes, embora com o linguajar possível naquela recuada época. Toda personagem, adversária da individualidade, fala a mentira, porque é mentirosa como seu pai, o Antissistema. E é mentirosa, porque sendo, se faz passar por coisa real; sendo mortal, busca uma imortalidade que não possui; sendo transitória, arroga-se uma perenidade falsa; sendo negativa, pretende ser juiz da positividade do Espírito, chegando por vezes ao cúmulo e negá-lo; sendo ignorante, julga-se dona do conhecimento. "Mentirosa como seu pai".


Mentirosa, também, porque em mutação contínua: o organismo vivo é um conjunto de variações e modificações no ritmo veloz dos segundos, em constantes trocas metabólicas internas e externas, com o ambiente que a circunda: nasce, alimenta-se, cresce, expele excrementos, multiplica-se ou divide-se e finalmente morre para logo adiante renascer, tudo ininterruptamente, sem parada nem repouso.


Nesse equilíbrio instável permanece a Vida estável (o Espírito); nessa matéria orgânica mutabilíssima (mentirosa) vive o Espírito permanente (verdadeiro). A personagem, filha do Antissistema adversário, é "mentirosa como seu pai". E "quando se lhe diz a verdade, não crê".


Por que não crer quando surge alguém que pode desafiar a humanidade a arguir-Lo de erro, e traz a Verdade? Precisamente porque, não sendo de Deus, do Sistema - mas ao invés filho do Antissistema, do adversário - jamais poderão as personagens "ouvir a palavra" de Deus. Posições contrárias.


Qualidades inconciliáveis. Verdade e mentira. Positivo e negativo. Amor e Ódio. Deus e adversário.


O inciso seguinte consiste num desaforo ilógico e na resposta insofismável. Não há obsessão: há a consciência da honra prestada ao Pai; ao passo que o fruto do Antissistema é desonrar ou desprezar o Espírito e tudo o que a ele se refira. Mas, para o Espirito, que importa a reputação, opinião ou o julgamento que dele façam as personagens ignorantes ainda? Basta-lhe a consciência tranquila e a aprovação divina. O recado estava dado até ai. Mas havia necessidade de entregar mais um ensino àqueles que confiavam, mais presentes, ou que confiariam, mais tarde.


"Em verdade, em verdade vos digo" - fórmula solene que sublinha ensinamento profundo e iniciático.


Ei-lo: "quem praticar meu ensino, de modo algum verá a morte para a imanência". A prática dos ensinamentos, a vivência da gnose, é sempre frisada pelo Cristo (cfr. JO 14:15-21, JO 14:23; 15:20 e 17:6).


Morte para a imanência, isto é, morte espiritual, que bem pode assim qualificar-se a separação do Contato Sublime com o Cristo. Quem puser rigorosamente em prática todos os ensinos do Cristo, com Ele se unificando na casa do coração, numa imanência perfeita, esse de modo algum experimentará a perda dessa prerrogativa da imanência, porque já foi absorvido totalmente pelo Cristo de Deus. Esse sentido espiritual procede. Absurdo seria, como anotamos acima, supor que o Cristo se referisse ao desfazimento sem importância de uma forma material transitória por sua própria natureza e constituição íntima. Interpretação mesquinha e materialista de uma sublime verdade espiritual. E esses intérpretes sempre esquecem que o Cristo avisou: "o Espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita" (JO 6:63), acrescentando logo a seguir: "As palavras que vos digo, são espírito e são vida".


Essa interpretação falsa e grosseiramente materialista, aceita por muitos hermeneutas, foi justamente a que deram aqueles ouvintes ignaros das grandes verdades espirituais. Tanto que eles desafiam o Cristo de Deus, ao perguntar-Lhe: "quem pensas ser"?


A resposta é uma lição de humildade para todos nós, que nos julgamos gênios, santos, iniciados, adeptos, reencarnação de figuras notáveis do passado, "qualquer opinião que eu tenha sobre mim mesmo nada vale: o Pai é Quem me julga". Quem é afinal esse Pai? o mesmo "que vós dizeis ser nosso Deus". Deus que eles não conhecem, pois o único deus que adoram são eles mesmos. Mas o Cristo SABE, tem a gnose do Pai, e cumpre na pratica todos os Seus ensinos.


Chega, neste ponto, o caso de Abraão, que em sua personagem viveu alegre na expectativa de ver a luz do Cristo. O testemunho de que o conseguiu é dado: "viu e regozijou-se". Também aqui os hermeneutas e exegetas só sabem ver a matéria, e imaginam que dia será esse: o da encarnação (Agostinho, Tomás de Aquino)? o da morte na matéria (João Crisóstomo, Amônio)? Ora, dia é LUZ: é o dia da realização interna, o dia do Encontro Sublime, o dia da unificação total. Abraão sai de sua terra e de sua gente (desliga-se de seus veículos inferiores, de seu corpo) e segue em frente para obedecer à vontade divina; cegamente cumpre a ordem da intuição (Sarah) e expulsa de si os vícios próprios da personagem (o filho de Hagar, a escrava); dispõe-se a sacrificar seu filho (que é sua alegria, Isaac) matando-o (destruindo seu corpo, seu filho único), mas é-lhe explicado que deve apenas sacrificar a parte animal de si mesmo (o cordeiro); tem o maravilhoso Encontro com Melquisedec, o rei do mundo, depois que consegue vencer os quatro reis (os quatro elementos inferiores: físico, etérico, astral, intelectual) que haviam aprisionado os cinco reis, por meio dos três aliados, e se prosterna diante do Rei do Mundo; depois da unificação, até o nome muda, de Abrão para Abraão; e tantos outros símbolos que aparecem nas entrelinhas do Gênesis. Realmente, Abraão viu o DIA, ou seja, a LUZ do Cristo.


A interpretação dos ouvintes volta a ser chã: entendem como sendo idade do corpo físico. Temos a impressão de que o Cristo se cansa dessas criancices e resolve acabar com as tolices das personagens ignorantes lançando-lhes uma resposta que as perturba e descontrola. Mas é a Verdade: "antes de Abraão nascer, EU SOU". É a eternidade sempre presente, diante da transitoriedade temporal de uma vida terrena; é o infinito que não pode comparar-se com o finito; é o ilimitado que não se prende em fronteiras; é a onisciência que anula a ignorância; é o Cristo de Deus, Deus Ele mesmo, que É, perante uma criatura que existiu.


Isso eles compreendem bem. Isso o Cristo falou claro. Mas como reação surge a violência que quer destruir... a matéria, mas que jamais atingirá o Espírito; quer aniquilar a forma, mas sem poder destruir a substância: quer fazer calar a voz produzida pelas cordas vocais, mas sem ter capacidade de eliminar o SOM (Lógos, Verbo, Palavra) que cria e movimenta os universos. Pigmeus impotentes que esbravejam contra o gigante; crianças pretensiosas que desejam apagar o sol com baldes d"água; seres humanos que pretendem fazer desaparecer a Divindade, destruindo-Lhe um templo; trevas que buscam eliminar a Luz, apagando uma vela; meninos da espiritualidade, sem conhecimento, nulos diante do sábio e filósofo, julgando acabar com a Sabedoria ao queimar um livro.


O Cristo esconde-se e sai do templo. Ainda aqui, há uma lição magnífica. Tentemos expô-la.


Assistimos ao trabalho da Individualidade para fazer evoluir a personagem, com seus veículos rebeldes, produto do Antissistema. A figuração do Cristo diante da multidão simboliza bem a individualidade a falar através da Consciência, para despertar a multidão de pequenos indivíduos, representados pelo governo central, que é o intelecto. Imbuído de todo negativismo antagônico, o intelecto leva a rejeitar as palavras da Verdade que para ela, basicamente situada no pólo oposto, soam falsas e absurdas.


O Espirito esforça-se por explicar, responde às dúvidas, esclarece os equívocos, todavia nada satisfaz ao intelecto insaciável de noções de seu plano, onde vê tudo distorcido pela refração que a matéria confere à ideia espiritual, quando esta penetra em seu meio de densidade mas pesada. Quando verifica que não tem argumentos capazes para rebater o que ouve, rebela-se definitivamente e interrompe qualquer ligação com o Eu interno, voltando-se para as coisas exteriores, supondo que a matéria (as pedras) possam anular a força do Espírito. Diante de tal atitude violenta e inconquistável, a individualidade esconde-se, isto é, volta a seu silêncio, abandonando a si mesma a personagem, e saí do templo, ou seja, larga a personagem e passa a viver no Grande-Todo, no UNO, indivisível, sem deixar contudo de vivificar e sustentar a vida daquela criatura mesma que a rejeitou com a violência.


Um dos casos, talvez, em que, temporária ou definitivamente, a Individualidade pode desprender-se da personagem que, por não querer aceitar de modo algum o ensino, continuará sozinha a trajetória (cfr. vol. 4), tornando-se "psíquica", mas "não tendo Espírito" (Judas, 19).


NOTA DO AUTOR


A partir deste ponto, podemos oferecer a nossos leitores bases mais seguras em nossa tradução do texto uriginal grego.


Até a página anterior, seguimos o NOVUM TESTAMENTUM GRAECE, de D. Eberhard Nestle e D. Erwin Nestle; o NOVI TESTAMENTI BIBLIA GRAECA ET LATINA, de J . M.


Bover; a "S. Bible Poliglotte" de Vigouroux; as versões da Escola Bíblica de Jerusalém, da Abadia de Maredsous, a "Versão Brasileira" a Vulgata de Wordsworth e White, e a Análise de Max Zerwick, que eram os textos mais bem informados (só nos faltava o texto de Merck, mas a edição de Bover o colaciona).


Agora, todavia, conseguimos receber o recentíssimo volume THE GREEK NEW TESTAMENT, de Kurt Aland (da Univ. de Munster, Westfalia), Matthew Black (da Univ. de St. Andrews), Bruce M. Metzger (da Univ. de Princeton) e Allen Wikgren (da Univ. de Chicago), com larga colaboração de especialistas de cada setor, de forma a ser um texto realmente autorizado.


A publicação foi feita em 1967, pelo United Bible Sccieties, de Londres (que reúne as Soc.


Bíblicas Americana, Inglesa Estrangeira, Escocesa, Neerlandesa e de Wurttemberg). Traz todas as variantes dos papiros, dos códices unciais, dos minúsculos, da ítala e da vulgata, dos lecionários, das versões antigas (siríacas, coptas, góticas, armênias, etiópicas, georgianas, núbias), dos Pais da Igreja, e de todos os editores, trazendo até as descobertas mais recentes nesse campo. Isso permite ao tradutor apoiar-se com maior segurança em seu trabalho, podendo analisar as variantes e avaliar os pesos de cada manuscrito ou tradução, tirando conclusões mais fiéis ao original.


daqui em diante, pois, seguiremos o texto grego dessa edição. E comprometemo-nos a REVER, à sua luz, e com os dados mais recentes, tudo o que até agora foi traduzido e publicado: qualquer novo testemunho que nos leve a modificar nossa opinião expendida, honestamente a divulgaremos oportunamente, para que continue, neste trabalho audaciosamente iniciado, a mesma qualidade básica essencial: honestidade sincera.


A tradução que sozinho empreendemos do original grego, sob nossa responsabilidade pessoal única, não se filia a nenhuma corrente religiosa antiga ou moderna. O que pretendemos é conseguir penetrar o sentido real, dentro do grego, transladando-o para o português, sem preocupação de concordar nem de discordar com quem quer que seja.


Também não pretendemos ser dogmáticos nem saber mais que outros, mas honestamente dizemos o que pensamos, como estudiosos, trazendo mais uma achega depois de quase cinquenta anos de estudos especializados nesta existência. Mas estamos dispostos a aceitar qualquer crítica e rever qualquer ponto que nos seja provado que foi mal interpretado por nós.


Só pedimos uma coisa: que nos seja reconhecida a honestidade com que trabalhamos e a sinceridade pessoal com que sentimos e nos expressamos.


jo 14:16
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 2
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 14:15-24


15. "Se me amardes, executareis meus mandamentos,

16. e eu rogarei ao Pai e vos dará outro advogado, para que convosco esteja no eon,

17. O Espírito verdadeiro, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; vós o conheceis, porque habita convosco e está em vós.

18. Não vos deixarei órfãos: volto a vós.

19. Ainda um pouco e o mundo já não me vê, mas vós vedes, porque eu vivo e vós vivereis.

20. Naquele dia, vós conhecereis que eu (estou) em meu Pai e vós em mim, e eu em vós.

21. Quem tem meus mandamentos e os executa, é quem me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai e eu o amarei e me manifestarei a ele".

22. Disse-lhe Judas, não o Iscariotes: Senhor, que acontece, que deverás manifestar-se a nós, e não ao mundo?

23. Respondeu Jesus e disse-lhe: "Se alguém me ama, realiza meu Logos e o Pai o amará e a ele viremos e nele faremos moradia.

24. Quem não me ama, não realiza meu Logos; e o Logos que ouvis, não é o meu, mas do Pai que me enviou".



Comecemos, ainda aqui, pelo exame de algumas palavras.


O termo paráklêtos é vulgarmente transliterado "paráclito" ou ainda "paracleto"; ou é traduzido como" Consolador", "Advogado" ou "Defensor". Examinando-o, vemos que é formado de pará (ao lado de, junto de) e de klêtos do verbo kaléô (chamar). Então, paráklêtos é aquele que é "chamado para junto de alguém": o "Evocado". A melhor tradução literal é ADVOGADO, que deriva do latim advocatus (formado de vocatus, "chamado" e ad, "para junto de alguém"). Apesar de o sentido atual dessa palavra ter mudado de tal forma que não caberia aqui, não encontramos termo melhor.


O sentido de paráklêtos é mais passivo que ativo: não exprime aquele que toma a iniciativa de defendernos, mas sim aquele que nós chamamos ou evocamos ou invocamos para permanecer junto de nós.


Esse advogado é dito, logo a seguir, "o Espírito verdadeiro" (tò pneuma tês alêtheias). Ainda aqui afastamo-nos da tradição, que apresenta a tradução literal: "o Espírito da Verdade". O raciocínio alertanos para o sentido racional e lógico: que pode exprimir a junção dessas duas palavras? Colacionando essa frase com a outra de João (1JO, 2:16), onde se fala do "espírito da mentira", verificamos que, em ambos os passos, há evidentemente uma figura de hendíades (cfr. vol. 19, pág. XII).


Trata-se realmente de "Espírito verdadeiro" e de "espírito mentiroso" ou "enganador". Mais adiante (vers. 26) o Espírito verdadeiro, ou evocado, é dito "o Espírito, o Santo", expressão que levou os teólogos a confundi-lo com a terceira "pessoa" da santíssima Trindade.


Observemos a oposição nítida do ensino: o Espírito verdadeiro, isto é o Espírito real e genuíno, é o que não teve princípio nem terá fim, o Espírito eterno, individuação da Centelha divina; enquanto o espírito mentiroso ou enganador é aquele que ilude as criaturas, que o julgam eterno e real, quando é apenas transitório e perecível: aprendemos a oposição entre o Eu profundo e o eu menor; entre a Individualidade e a personagem; entre o Cristo e a criatura; entre o Espírito VERDADEIRO E REAL e o espírito ENGANADOR E TRANSITÓRIO que, nesta obra, sistematicamente distinguimos, escrevendo o primeiro com maiúscula (Espírito) e o segundo com minúscula (espírito).


O termo "mundo" (kósmos) é empregado como em outros passos de João (1:10; 7:7; 12:31; 15:18,19; 16:8, 11, 33; 17:11ss; 1. º JO 2:15, JO 2:16, JO 2:17; 3:1, 13; 4:5; 5:4, 5, 19).


A expressão "não vos deixarei órfãos" deve colocar-se ao lado da que os discípulos são carinhosamente chamados "filhinhos" (JO 13:33).


Ao falar de Judas, João tem o cuidado de esclarecer "não o Iscariotes". Nas listas de Mateus (Mateus 13:55) e de Marcos (Marcos 13:8) parece tratar-se do Emissário aí denominado "Tadeu". Lucas di-lo irmão de Tiago o menor, primeiro inspetor de Jerusalém e irmão de Jesus. "Se amardes o Cristo (se me amardes) executareis meus mandamentos, e eu rogarei ao Pai e vos dará outro advogado, para que convosco esteja no eon, o Espírito verdadeiro". O verbo "amar", aqui, é agapáô, que exprime o amor de predileção, de união profunda (cfr. vol. 2). Esse amor, que revela e exige sintonia perfeita entre o amado e o amante, faz que este, espontânea e alegremente se coloque em posição de realizar todos os desejos do amado, observando intuições e inspirações que lhe chegam, sem deixar-se levar pelas distrações e injunções externas. Qualquer desejo do Cristo interno, através do Eu profundo, será uma ordem, um "mandamento" para a personagem transitória.


Neste caso, ao verificar que a personagem por ele criada para a evolução do Espírito é obediente e fiel, correspondendo integralmente à sua expectativa, realizando e vivendo suas orientações, o Eu profundo, através do Cristo interno, rogará ao Pai para que permita a descida definitiva e permanente, durante todo o eon, da Força Cristônica, ou seja, evocará a ligação do Cristo, verdadeiro Espírito, para que fique ligado e "morando" na personagem, como prêmio à sua fidelidade sintônica perfeita.


Então o Espírito real do Homem, o Espírito já santo, porque santificado, não o abandonará durante o ciclo evolutivo, jamais correndo ele perigo de haver o abandono da personagem por parte da Individualidade (cfr. vol 4 e vol. 7).

Esse Espírito verdadeiro "não pode o mundo receber, porque não o vê nem o conhece mas vós o conheceis, porque habita em vós e está em vós"; o mundo, que representa aqui aqueles que ainda estão voltados para as coisas exteriores, jamais têm condição de ver e conhecer aquilo que se passa dentro deles mesmos: seu olhar estende-se para horizontes longínquos - prazeres, cobiça de agregar a si riquezas perecíveis julgadas eternas, erudição, fama, e glória das personagens e para as personagens e não têm condições de humildemente enclausurar-se em si mesmo, renunciando e esquecendo tudo o que vem de fora. Aqueles, todavia, que negarem e esquecerem sua personagem transitória e mergulharem no abismo sem fundo de seu Eu, esses conhecem seu "Morador Divino", com ele mantém as mais íntimas relações de afeto, confabulam, pedem orientações, e prestam conta de seus atos e pensamentos; em Sua mão entregam todos os problemas que surgem, e a qualquer momento sabem que podem encontrá-lo, porque "neles habita e está neles", mais valioso que o universo inteiro com suas riquezas e belezas mais importante que todos os seres humanos com suas glórias e sua fama.


Neste ponto, o Cristo manifestado em Jesus fala diretamente para confortar o coração dos discípulos: "eu não vos deixarei órfãos, volto a vós"; embora não mais no corpo físico de Jesus, mas no âmago de cada um. No corpo de Jesus, o mundo não mais o verá dentro de pouco tempo, porque esse corpo será levado alhures. "Mas vós vedes, porque eu, o Cristo, vivo, e vós vivereis em mim e por mim", pois "quem vive e sintoniza comigo, jamais conhecerá a morte" (JO 11:26).


E então, nesse dia em que conseguirmos VIVER no Cristo, "conhecereis (tereis a gnose plena) de que EU (o Cristo) estou no Pai, e vós em mim e eu em vós". Nada pode ser mais claramente declarado, do que a revelação dessa verdade: o Cristo interno está em nós, e nós estamos no Cristo interno. Por que não O percebemos? Por falta, ainda, de sintonia. No momento em que elevarmos nossa sintonia até a do Cristo, pela negação e renúncia total, absoluta e definitiva a tudo o que é externo, inclusive a nosso eu, pequeno e vaidoso, e a nosso intelecto cheio de convencimento e orgulho, nesse momento poderemos sintonizar com o Cristo interno, através de nosso Eu profundo, de modo total: é o Cristo que viverá em nós (cfr. GL 2:20). É o que faz Salomão exclamar em êxtase: "vosso Espírito incorruptível está em todos" (Sab. 12:1).


Repete-se aqui a fórmula: "Quem têm meus mandamentos e os executa", isto é, quem os conhece e reconhece e os vive intensa e permanentemente, "é quem me ama"; em grego, literalmente: "é meu amador ou amante" (ho agapôn me). E quem me ama, será amado por meu Pai e eu o amarei e a ele eu mesmo me manifestarei (esphanísô autôi emautón)".


Essa é uma das frases mais fortes, uma das promessas mais confortadoras do Cristo. Não se dirige apenas aos Emissários ali presentes, nem a Seus discípulos imediatos, durante Sua peregrinação terrena na Palestina, mas sim A TODOS OS QUE AMAM O CRISTO.


Muitos queixam-se da dificuldade de conseguir a união com o Eu profundo e posteriormente a unificação com o Cristo. Mas a condição de obter-se isso, é uma só: AMÁ-LO e seguir-lhe as ordens, obedecerlhe às intuições, viver-lhe os ensinos, renunciando a tudo, com desapego total (não abandono!), absoluto, permanente de objetos, de pessoas, de seu próprio eu pequeno, de seu próprio intelecto, de sua própria cultura, de todos os seus conhecimentos humanos.


De que vale a própria "sabedoria" humana da personagem? "A Sabedoria da carne (da personagem)

é adversária de Deus" (RM 8:7); e mais: "Se alguém, entre vós, se julga sábio neste mundo, tornese louco para tornar-se sábio, pois a sabedoria deste mundo é loucura perante Deus" (1CO 3:18-19).


Quem assim ama o Cristo, entra plenamente na sintonia crística (reino dos céus) e, logicamente, na sintonia do Pai, na frequência do SOM cósmico, cuja tônica, em cada planeta, é dada pela tônica de seu Governador, o Pai plasmador e sustentador de tudo.


Estabelecida a sintonia no receptor, a onda da Estação transmissora entra perfeitamente, sem distorções: é a união do amor mais perfeito, a onda hertziana em vibrações de beleza, de bem, de verdade, que entra e replena o circuito do receptor bem sintonizado em alta fidelidade, numa unificação total, no amor mais puro e absorvente.


E se o aparelho é aquilo que denominamos de "televisor", além do som, entra a imagem: "eu mesmo me manifestarei a ele". O verbo emphaínô significa exatamente "manifestar-se visivelmente" ou "fazerse ver", isto é "mostrar-se"; daí ter sido dito: "felizes os limpos (desapegados) de coração, porque verão a Deus (MT 5:8; vol. 2. º, pág. 128).


Visão contemplativa, não de uma forma física, mas sem forma, pois estamos no plano mental (arupa) onde só se percebe o caminho (Cristo), o Som que é a Verdade (Pai) e a Luz que é a Vida (Espírito, a Divindade).


Jamais esperem os iniciantes ver com olhos físicos; nem mesmo os médiuns que se ambientaram no astral, esperem ver com o olho de Shica a forma humana do Cristo ou do Pai: é mais alto, mais elevado, mais sublime. Trata-se da absorção, pela mente, das ondas espirituais que emanam do Pai como SOM e do Espírito Santo como LUZ e envolvem e impregnam o Espírito do Adepto, e se transubstanciam nele, numa fusão daí por diante indissolúvel e irreversivel: mais uma vez o Cristo se transubstancia na criatura, e mais uma vez teremos um Avatar, um Hierofante cristificado, um Buddha.


Judas não contém sua curiosidade: por que seria que essa manifestação, prometida aos discípulos que O amassem, não seria feita ao mundo? Não seria um acontecimento fabuloso se isso ocorresse, elevando todos a planos superiores?


Volta o Cristo a paciente e caridosamente elucidar o discípulo insofrido: "Se alguém me ama, executa meu ensino", no sentido de cima: obedece, VIVE o ensino. E também em outro sentido: realiza meu Logos, ou seja, passa a VIVER MEU SOM, a vibrar na mesma nota fundamental, na mesma frequência vibratória, no mesmo tom. E repete uma vez mais: "o Pai o amará e eu (o Cristo) e o Pai viremos (como uma só coisa) e habitaremos nele": e passaremos a viver em lugar dele, e nos transubstanciaremos nele.


Não é possível ser mais explícito nem proferir palavras mais consoladoras, ensinos mais profundos: a união será permanente: habitaremos (monên par

"autôi poiêsómetha, isto é, faremos nele nossa moradia) ou permaneceremos nele, dentro e em redor dele. Não há mais separação, não há mais distinção.


A que mais pode aspirar-se nesta Terra?


Volta-se, então, para o outro lado, ao referir-se ao mundo: "Quem não me ama", preferindo as exterioridades superficiais do mundo e seu próprio eu pequeno, "não realiza evidentemente meu ensino" e, logicamente, não tem possibilidade de perceber a sintonia do Cristo interno: recebe e realiza as ondas de outras estações emissoras. E mais uma vez é dada garantia absoluta da fonte de onde emanam as revelações; "o ensino que ouvis (ho lógos hón akoúete, cfr. vol. 4) não é meu, mas do Pai que me enviou".


Ainda uma vez revela-se a obediência cega às ordens do "Pai, que é maior que eu": o Filho faz a vontade do Pai sem titubear, repete o ensino do Pai, revela o Lógos (SOM, Palavra) paterno, como lídimo intérprete que não trai a confiança nele depositada.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de João Capítulo 14 do versículo 1 até o 31
Há uma pausa no pensamento entre a conclusão de Jo 13:38 e o início a Jo 14. Jesus acabou de indicar a Pedro a sua futura negação, e não há nenhuma introdução para um novo tema. Por essa razão, alguns comentadores desenvolveram várias teorias de desvios textuais (ver o comentário no início da seção B acima).

No entanto, se estes versículos de abertura (Jo 14. 1-4) tivessem sido prefaciados por um simples "Ele disse a Pedro" ou "Ele lhes disse", a dificuldade estaria resolvida. Seria fácil encontrar não só uma continuidade de pensamento, mas também um propósito muito significativo nestas palavras quando relacionadas com o que Jesus acabara de dizer a Pedro. A forte afirmação de fidelidade de Pedro tinha sido confrontada pelo anúncio de sua negação. Seu desejo e disposição de seguir a Jesus até mesmo na morte (Jo 13:37) pare-ciam estar fadados ao fracasso. Portanto, a promessa e a reafirmação das palavras de Jesus a Pedro e aos outros dez discípulos eram desesperadamente necessárias. Jesus, que conhecia por experiência a angústia de um espírito atribulado (Jo 11:33-12.27; 13.21), poderia dizer com toda autoridade e entendimento solidário: Não se turbe o vosso coração (Jo 14:1). Então, como para defender a fé tardia em todos os seus ouvintes, Ele deu dois grandes imperativos, ambos no plural: "Tenham fé em Deus, e tenham fé em mim" (1, tradução literal)."

O que está preparado para aqueles que têm fé? Na casa de meu Pai há muitas moradas (recintos) (2).41 Westcott observa que a palavra "moradas" vem da Vulgata, mansiones, "que eram lugares de descanso, e especialmente as 'estalagens' em uma grande estrada onde os viajantes encontravam repouso", sugerindo a idéia tanto de repouso como de progresso.' Bernard diz que estes são "lugares de habitação", não estalagens meramente temporárias em uma jornada.' No entanto, o fato de ser a casa do Pai já diz o suficiente. "O lar de Deus (Mt 5:34-6.1), o antítipo eterno do Templo transitório em Jerusalém e da habitação do Pai e do Filho no crente (Jo 14:23-17.21), é espaçoso e tem muitos cômodos"» Com base na evidência de um excelente manuscrito, a versão RSV em inglês — juntamente com Strachan, Bauer, Bernard e Moffatt — traduz a parte restante do versículo 2 como uma pergunta: "Se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, vou preparar-vos lugar?" A objeção a isto é que "em nenhuma passagem no Evangelho Jesus disse que Ele irá 'preparar lugar'"."

A promessa aos seus discípulos foi: virei outra vez (3; lit., "estarei vindo novamen-te")." A principal referência é à segunda vinda. Mas ela também sugere um outro pensa-mento: "Cristo está, desde o momento de sua ressurreição, vindo para o mundo, para a igreja e para os homens como o Senhor ressurreto".47

Pedro tinha feito a pergunta: Senhor, para onde vais? (13,36) A resposta de Jesus descreveu a fraqueza de Pedro (13,36) e a sua negação (13.38), e também incluiu algu-mas promessas grandes e gloriosas (Jo 14:1-3). Agora, em uma declaração conclusiva dirigida a todos os discípulos, o Senhor responde categoricamente: Mesmo vós sabeis para onde vou e conheceis o caminho (4).

(2) A Pergunta de Tomé (Jo 14:5-7). A última declaração de Jesus dirigida à pergunta de Pedro apenas levantou uma outra na mente de Tomé, que é descrito como "o tipo daque-les que exigem 'provas tangíveis e definições precisas'".48 Ele perguntou: Senhor, nós não sabemos para onde vais e como podemos saber o caminho? (5) Certamente, esta pergunta retirou de Jesus uma das declarações mais completas e profundas que Ele já pronunciou com respeito a sua própria natureza: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida (6). O Eu sou (ego eimi) é aqui usado como uma metáfora, simultaneamente identificando Jesus com a divindade' e como a satisfação para as necessidades básicas do homem. Pode o homem perdido achar um caminho? Cristo é o Caminho, o único Cami-nho, para Deus (cf. Hb 10:19-22). "A estrada para Deus é o conhecimento da verdade, e a regeneração, a iluminação e a posse da Vida. A Verdade e a Vida não são abstrações ideais. Elas estão presentes de forma concreta no Filho encarnado de Deus, que é tanto a Verdade como a Vida".' Há uma espécie de exclusividade gloriosa sobre Cristo, o Cami-nho. Ninguém vem ao Pai senão por mim (6). A glória aqui não está na exclusão de qualquer outra. Antes, por ser quem Ele é, e pelo que fez, o Caminho é um caminho universal. "Quem quiser tome de graça da água da vida" (Ap 22:17; cf. Jo 3:16). Thomas à Kempis escreveu em adoradora meditação:

Sem o Caminho, não há como ir; sem a Verdade, não há o que saber; sem a Vida, não há o que viver. Eu sou o Caminho que deveis seguir; a Verdade que deveis crer; a Vida pela qual deveis ter esperança. Eu sou o Caminho inviolável, a Verdade infalível, a Vida sem fim. Eu sou o Caminho que é o mais reto, a Verdade que é a mais elevada, a Vida que é verdadeira, a Vida abençoada, a Vida não criada. Se permanecerdes no meu Caminho, conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará, e tomareis posse da vida eterna.'

Embora amassem a Jesus, Tomé e os outros não o tinham realmente "conhecido"." Com uma reprovação gentil, Jesus disse: "Se tivésseis me conhecido, teriam tido um conhecimento certo e seguro do Pai" (7, tradução literal). E já desde agora marca "o momento da Paixão... A Revelação do Pai não estaria completa até que Jesus tivesse removido a sua presença visível. Somente depois disto é que os discípulos começaram a entender quanto Ele havia revelado da natureza e do propósito de Deus"."

(3) O Pedido de Filipe (Jo 14:8-14). A afirmação de Jesus de que os discípulos deveriam ter conhecido o Pai (7) induziu Filipe a pedir alguma revelação especial, talvez uma teofania (cf. Ex 24:9-11; 33.18). Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta ("ficaremos satisfeitos", RSV, 8). Com um misto de ternura e repreensão Jesus disse: Estou há tan-to tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? (9) Bernard observa: "As ovelhas conhecem o seu pastor (10.14), e por aquele tempo, Filipe já devia 'conhecer' Jesus. Mas falhar em ver a Deus em Jesus é o mesmo que falhar em conhecer a Jesus".'

Há duas razões pelas quais Filipe já deveria ter conhecido que o Pai e o Filho são um (Jo 10:30), e pelas quais Jesus pôde dizer: Eu estou no Pai, e o Pai está em mim (10). Uma consiste nas palavras de Jesus, que não são suas, mas do Pai que o enviou (Jo 12:49). A outra são as obras que Jesus fez. Estas são obras do Pai, que está em mim... [Ele] é quem faz as obras (10). Tanto as Palavras como as obras de Jesus são do Pai, e são razões suficientes para que os discípulos (note a mudança para o plural) creiam que estou no Pai, e o Pai, em mim (11). Se, por causa da fraqueza humana, um homem não puder crer em Jesus através de sua Palavra, há um segundo nível de fé — crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras (11; cf. Jo 5:36-10.38). Bernard comenta: "A fé que é gerada por um recurso deste tipo não é o tipo de fé mais elevado, mas não é desprezada por Jesus"."

Jesus expôs em uma linguagem simples que as obras são secundárias, e que a fé nele por quem Ele é, e não apenas pelo que Ele faz, vem em primeiro lugar. Na verdade, na verdade... aquele que crê em mim (lit., "aquele que coloca a sua fé em mim") também fará as obras que eu faço (12). Quando as obras são o produto da fé dinâmica nele, são caracterizadas por uma certa superioridade. O crente é capaz de fazer obras maiores do que estas.

Duas perguntas precisam ser consideradas. Primeiro: Qual é a base para estas obras maiores? Três pontos são evidentes. 1. Há uma fé corretamente colocada. É "aquele que tem fé em Jesus" que faz as obras que Ele faz. 2. Porque eu vou para meu Pai. Da mesma forma que o Pai enviou o Filho, agora, com o seu retorno ao Pai, Ele está envian-do os crentes ao mundo (Jo 17:18). Eles são enviados com uma missão." 3. A operação das obras está intimamente ligada à oração. Junto com a promessa de obras maiores tam-bém há a promessa: Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei (13-14; cf. Jo 15:7-16:23-24).' O que significa orar em nome de Jesus? Embora tudo ou alguma coisa pareça incluir todas as coisas, estas palavras não são a garantia de que todas as nossas orações serão atendidas. O grande qualificador é a expressão "em meu nome". Isto só se refere ao que está dentro da vontade de Deus. Barclay escreve: "A oração em que no final se diz "seja feita a tua vontade" é sempre respondida"."

A segunda pergunta a ser considerada é: Em que sentido estas obras são maiores do que as obras feitas por Jesus? (12) Robertson diz: "Maior em quantidade"." Clarke vai além, e afirma: "É certamente o maior milagre da graça divina converter o coração obs-tinado e perverso do homem... do pecado para a santidade. Isto foi feito em inúmeros casos pelos discípulos"." Seguindo em boa parte este mesmo pensamento, Westcott ob-serva que maiores significa "os efeitos espirituais mais amplos da pregação dos discípu-los que se seguiu após o Pentecostes".61

"A Verdadeira Visão de Deus" pode ser observada em Jo 8:9-10 ;11

1. Todos precisamos que Deus se torne visível para nós (8) ; 2. A habitação divina em cada um de nós é que torna esta visão possível (9-10) ; 3. A fé à qual Cristo nos convida (11) (Alexander Maclaren).

c. A Promessa do Espírito (Jo 14:15-31). Obediência, amor e fé são os pré-requisitos para que o crente receba o maior dom de Deus para o homem. Aquele que crê, i.e., que tem fé, é aquele que recebe (12. cf. At 15:8-9; 26.18). É para aquele que ama que Jesus se faz real — E aquele que me ama... eu o amarei e me manifestarei a ele (21). Então aqui, a obediência e o amor estão inseparavelmente ligados. Não há lei mais elevada do que a lei do amor. Ela não exige obediência. Antes, a obediência é a sua conseqüência inevitável. Se me amardes, guardareis os meus mandamentos (15).62

Em Jo 14:12-18, podem-se encontrar alguns "Pré-requisitos para o Dom do Espírito": 1. Fé para receber (12-14) ; 2. Amor suficiente para obedecer (15; cf. Jo 15:9-10) ; 3. A recompen-sa pela obediência (16-18).

Jesus ousadamente anunciou o Dom — o Espírito: E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da verdade (16-17). Aqui está a primeira de várias passagens nesta seção que descrevem a vinda do Consolador (cf. 14.26; 15.26; 16.7). A palavra grega traduzida como "Consolador" é parakletos, que tem sido adaptada ao nosso idioma como "paracleto" -"advogado", "intercessor", "solicitante" — e personalizada como o Espírito Santo. A palavra grega "originalmente significava, no sentido passivo, 'aquele que é chamado para ajudar alguém', e tem o significado mais geral de "aquele que aparece em favor de outro, mediador, intercessor, ajudador".' Várias traduções têm usado palavras dife-rentes em um esforço de extrair da palavra grega 64 o seu significado pleno — por exemplo, "Conselheiro" (RSV), "Ajudador" (Moffatt, NASB), "Ajudador Divino" (Phillips), "Advogado" (Weymouth). A palavra é traduzida como "Advogado" em I João 2:1, onde se refere a Cristo.

O Paracleto é identificado como o Espírito da verdade (17), "que traz a verdade e a imprime na consciência do mundo".' Mas este Dom não é para todos os homens. O mundo não pode recebê-lo, pela simples razão de que este não o vê, nem o conhece (17). "Aquilo que é espiritual não pode ser compreendido pelos homens ímpios, mas so-mente por aqueles cujas almas estão harmonizadas com o reino espiritual"." Mas a pro-messa é íntima, pessoal e preciosa para aqueles que o conhecem: vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós (17; cf. Atos 2:4; Rm 8:9-1 Jo 2:27-2 Jo 2). Uma vez que habitava em Jesus, o Espírito estava com os discípulos. Mas quando Jesus ascendeu aos céus e o Espírito veio, no Pentecostes, Ele passou a estar dentro deles. Esta bênção é recebida através do batismo no Espírito.

Jesus continuou as suas palavras de encorajamento prometendo aos discípulos: Não vos deixarei órfãos;' voltarei (lit., "estou voltando") para vós (18). O uso do tempo presente do verbo enfatiza vindas repetitivas do Senhor — na ressurreição, no Pentecos-tes, no juízo e nos corações dos homens que nele crêem — ou pode ser o presente futurístico, "estou vindo (em breve) ". "A vida da Igreja consiste no cumprimento da vinda Pentecostal do Senhor, que deverá ser coroada pela sua vinda para Juízo".' Com uma clara referên-cia a sua ascensão e eterna presença com os homens de fé, Ele disse: Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis (19). Isto é possível por causa do poder e do significado da ressurreição — porque eu vivo, e vós vivereis (19).

Alexander Maclaren fala do "Consolador que É Dado" em 16-18. 1. O Cristo em ora-ção e o Pai doador (16) ; 2. O Dom que habita em nós (16-17) ; 3. Os discípulos que o recebem (17-18).

A frase Naquele dia (20; cf. Jo 16:23-26) refere-se "primeiro à Ressurreição",' e depois a "cada crise vitoriosa da nova compreensão do Cristo ressurrecto"." Naquele dia, três coisas se tornarão claras — conhecereis (20). 1. Não haverá dúvida quanto à habitação mútua, interior e recíproca do Pai, Filho e crente: estou em meu Pai, e vós, em mim, e eu, em vós (20). 2. Será visto que o amor e a obediência são inseparáveis: Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama (21). 3. O crente que pratica a obediência amorosa será amado de meu Pai, e eu [o Filho] o amarei e me manifestarei" a ele (21).

A última declaração de Jesus provocou Judas (Tadeu; ver os comentários sobre Mt 10:3 no volume 6 do comentário Beacon), que perguntou: Senhor, de onde vem que te hás de manifestar a nós e não ao mundo? (22) Em resposta, Jesus reiterou o que acabara de dizer. O amor não pode ser separado da obediência. Se alguém me ama, guardará a minha palavra (23). É neste relacionamento ativo que ocorre a manifesta-ção do Filho. "O poder de receber uma Revelação divina depende da obediência ativa, que se baseia no amor pessoal".' Judas tinha evidentemente esperado que Jesus fosse de alguma maneira manifestar-se abertamente, para que todos os homens pudessem vê-lo. Mas a resposta é que "todo o poder da divindade está presente na vida e no testemu-nho do crente"' — e viremos para ele e faremos nele morada (23; cf. 17.21). A manifestação do Espírito ocorre através daqueles que nele crêem, que o amam e lhe obedecem. A oração e viremos, por causa do pronome nós, "sugere necessariamente a reivindicação da divindade por parte de Cristo".' A frase faremos nele morada precisa ser entendida à luz de 14.2, pois a mesma palavra grega (mone) é usada em ambos os versículos — ali moradas, aqui morada. Hoskyns comenta: "O santuário e lar de Deus, que está no céu, e que estava revelado apenas de forma incompleta no Templo em Jeru-salém, descerá sobre cada cristão que mantiver a sua fé".'

Aqueles que fazem uma profissão altamente religiosa e falham em refleti-la consis-tentemente através de conduta e atitudes éticas precisam lembrar-se de que "não amar" e "não guardar as palavras de Jesus" são inseparáveis (24). "Não há união espiritual com Ele que também não seja uma união moral".'

A segunda promessa da vinda do Espírito é prefaciada pelas palavras de Jesus: Tenho vos dito" isso, estando convosco (25). Neste anúncio da vinda do Consolador (Paracleto), Jesus identifica-o inequivocamente com o Espírito Santo' que o Pai envi-ará em [seu] nome (26). A vinda do Espírito significa a percepção, por parte da nova comunidade cristã, do significado pleno e verdadeiro da vida, do ensino, da morte e da exaltação de Jesus. Ele vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito (26; cf. Jo 16:12-14,22-23,25; 1 Co 1.18; 2.13). Embora a obra do Espírito seja fazer lembrar os ensinos de Jesus, "sua obra é mais que uma reminiscência da ipissima verba [as próprias palavras] do Filho de Deus: ela é uma representação viva de tudo o que Ele falara aos seus discípulos, uma exposição criativa do Evangelho"." De uma maneira muito prática, Barclay diz: "O Espírito Santo nos guarda da arrogância e do erro no modo de pensar"."

Em 25-27, vemos "O Espírito Ensinador". 1. O Ensinador prometido (25-26) ; 2. A lição que este Ensinador dá (26) ; 3. Os alunos deste Ensinador (26-27). (Alexander Maclaren)

Para os seus discípulos, e para todos os que nele crêem, Jesus deixou um duplo legado. Estas são aspirações muito discutidas na atualidade — paz, Deixo-vos a paz, e liberdade em relação ao medo, Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize (27). Esta paz não é a mera ausência de problemas. Ela "significa tudo o que contribui para o nosso mais elevado bem"." É uma paz da conquista que é "manifestada em uma união intacta com o Pai, mantida em luta constante com o mundo, na perseguição, na humilhação, e na morte para a glória de Deus"." Será que esta paz dinâmica vem somen-te para aqueles que possuem o Espírito Santo? Quimby observa que a vinda do Espírito "é como uma transfusão de sangue para uma vida corajosa. Jesus partiu para que o Fortalecedor pudesse vir"."

Se pudessem ter enxergado mais à frente, os discípulos teriam se regozijado por Jesus haver dito: Vou para o Pai, porque o Pai é maior do que eu (28). Esta frase tem provocado muita discussão. A controvérsia ariana do século IV centrava-se em sua interpretação.'

Bernard argumenta que o maior consiste no fato de que "o Pai enviou o Filho e lhe deu todas as coisas"."

Reconhecendo que o cumprimento de sua hora estava às portas, Jesus disse: Já não falarei muito convosco (30). O maior conflito entre as forças cósmicas do bem e do mal estava prestes a acontecer: se aproxima o príncipe deste mundo (30; cf. Lc 4:13-22.53). "O próprio Satanás se aproximava... e Jesus agora se preparava para enfrentar o seu último ataque"." Entretanto, mesmo em antecipação ao ataque final,

Jesus sabia que seria o Vencedor. A frase o príncipe deste mundo [Satanás] e nada tem em mim (30) assume um significado adicional em algumas versões: "Ele não tem poder sobre mim". A pureza absoluta de Jesus é retratada aqui. Não há "nenhum ele-mento da natureza de Cristo que sucumbirá" a Satanás.' Westcott diz: "Em outros, ele acha aquilo que é seu próprio, e reforça a morte como seu dever; mas Cristo se ofereceu voluntariamente"."

Mesmo diante da morte, a obediência amorosa foi a marca da ação de Jesus. Eu amo o Pai e [...] faço como o Pai me mandou (31). Logo, não há razão para adia-mento ou demora. Há alguns problemas que o tempo não resolve. Levantai-vos, vamo-nos daqui (31).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de João Capítulo 14 versículo 16
Consolador:
Aqui e em Jo 14:26; Jo 15:26; Jo 16:7, se dá ao Espírito Santo o título de Consolador (em grego parákletos), também próprio de Jesus (notar “outro Consolador” e 1Jo 2:1). O apelativo tem matizes jurídicos (advogado defensor; conforme Jo 16:8-11). A palavra grega se relaciona com o verbo que também significa consolar.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de João Capítulo 14 do versículo 1 até o 31
*

14:1

Não se turbe o vosso coração. Esta passagem de supremo conforto é oferecida por Jesus numa hora enegrecida pela sombra da traição de Judas e pela negação de Pedro, apenas algumas horas antes da agonia do Getsemane e da morte na cruz (13.21). Contudo, a afirmação transmite um sentido de sublime paz e visa ministrar aos temores dos discípulos, ao invés das próprias necessidades de Jesus.

* 14:2

muitas moradas. Ver referência lateral. Enquanto o caminho é estreito e a porta apertada, que conduz à vida (Mt 7:14), é também verdade que o número dos filhos de Abraão é tão grande como a areia da praia e como as estrelas do céu (Gn 22:17), "grande multidão que ninguém podia enumerar" (Ap 7:9).

pois vou preparar-vos lugar. Cristo prepara o lugar no céu para os seus, e o Espírito Santo prepara os redimidos na terra, para seu lugar nos céus. Ver "Céu", em Ap 21:1.

* 14:3

e vos receberei para mim mesmo. Em 1.51. Jesus se comparou a uma escada entre o céu e a terra. Aqui ele se apresenta como Aquele que leva seu povo para o céu.

* 14:6

e a vida. Não a existência como tal, mas a existência em cumprimento ao desígnio de Deus, de sermos seu templo vivo (1.4).

senão por mim. Esta é uma forte afirmação de que só Cristo é o caminho da salvação. Imaginar e proclamar que há outros caminhos é enganar o povo e esquecer a necessidade de sua vinda e redenção (At 4:12; Rm 10:14-15; 1Jo 5:12).

* 14:7

Se vós me tivésseis conhecido. Todas as bênçãos previamente nomeadas são resumidas no conhecimento de Deus, que é mais do que um apanhado mental, uma vez que envolve o compromisso de todo o coração.

* 14:8

mostra-nos o Pai. O pedido de Filipe mostra má compreensão, um tema que percorre todo o Evangelho (2.21, nota), mas abre o caminho para o que vem a seguir.

* 14:9

vê o Pai. Jesus não está negando a distinção de Pessoas em Deus, mas está lembrando a Filipe que ele é aquele que revela o Pai.

* 14:10

eu estou no Pai... o Pai está em mim. Esta mútua vivência anunciada em 10.38, é desenvolvida aqui, também no v.20 e outra vez em 17.21. Três grandes unidades são proclamadas nas Escrituras: A Unidade das Três Pessoas na Trindade; a unidade da natureza divina e humana de Cristo e a unidade de Cristo e seu povo na redenção.

* 14:11

Ver "Milagres", em 1Rs 17:22.

* 14:12

e outras maiores fará. A História prova que Jesus não está afirmando que cada crente operará maiores milagres do que ele operou. A obra da igreja, no poder do Espírito Santo, será "maior" do que a obra de Jesus, em números e território.

* 14:13

tudo quanto pedirdes em meu nome. Isto não garante que Deus fará tudo o que pedirmos só pelo fato de adicionarmos à nossa oração as palavras "em nome de Cristo". Orar em nome de Cristo é identificar-se com os propósitos de Cristo na proporção em que nossa vontade tiver se tornado identificada com a vontade de Deus (1Jo 5:14). Aqueles que não obtêm aquilo que pedem especificamente, freqüentemente são surpreendidos por uma resposta diferente — porém melhor. O "não" é, às vezes, a melhor resposta. Ver "Oração", em Lc 11:2.

a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. O estreito relacionamento entre as Pessoas da Trindade é mostrado no ensino de Jesus sobre a oração.

* 14:15

guardareis. A prova de amor a Cristo não é uma profissão oral, mas uma obediência viva.

* 14:16

eu rogarei ao Pai, e ele vos dará. Tanto o Pai como o Filho são ativos em enviar o Espírito Santo. Ele é o Espírito de Deus, o Espírito do Pai (Gn 1:2; Is 11:2; Mt 10:20), e o Espírito de Cristo, o Filho (Rm 8:9; Gl 4:6; Fp 1:19; 1Pe 1:11).

outro Consolador. Ver referência lateral. A palavra Grega traduzida por "Consolador" ou "Auxiliador" era usada em linguagem jurídica para o advogado de defesa (1Jo 2:1) e, de modo mais geral, por alguém de quem se pedia ajuda. Jesus foi um tal ajudador para os discípulos; e depois de sua ascensão, o Espírito Santo tomaria para si esta tarefa. O termo dá ênfase à personalidade do Espírito Santo como distinto do Pai e do Filho, e também à sua unidade com eles na obra da redenção.

* 14:17

o Espírito da verdade. Aqui também o Espírito está em igualdade com o Pai (Is 65:16) e com o Filho (v. 6). O "Espírito da verdade" é a autoridade que está por trás da Bíblia. Ver "A Autenticação das Escrituras", em 2Co 4:6.

o mundo. A humanidade pecadora como contrastada com o povo redimido de Deus (15.18,19; 17.9; 1Jo 2:15-17; 4:5; 5:4,5,19).

habita convosco e estará em vós. O Espírito vive nos crentes (1Co 3:16,17; 6:19; 2Co 6:16; Ef 2:21).

* 14:18

voltarei para vós outros. Jesus se refere primariamente à vinda do Espírito Santo, no Pentecostes, uma vez que a mútua convivência "vós, em mim, e eu, em vós" (v. 20) não esperará a Segunda Vinda de Cristo. Mas estas palavras são também apropriadas para a esperança da igreja. Jesus voltará para levar com ele os redimidos (vs. 3.19,28; At 1:11).

* 14:19

porque eu vivo, vós também vivereis. Isto dá ênfase outra vez à verdade de 11.25,26. A vida só pode ser encontrada em Jesus Cristo (v.6; 1.4).

* 14:20

eu estou em meu Pai. Ver notas no v. 10 e 10.38. A mútua vivência na Trindade é paralela à mútua vivência de Cristo e o crente.

* 14:21

aquele que me ama será amado. Do mesmo modo que há vivência recíproca, há também a mais profunda mutualidade de amor (v.15, nota).

* 14:22

a nós e não ao mundo. O discípulo entendeu Jesus corretamente, mas, provavelmente, esperava também um triunfo político, que seria visível a todos.

* 14:23

faremos nele morada. Como o Espírito Santo habita no crente, do mesmo modo o fazem o Pai e o Filho (Rm 8:9-11; Ap 3:20).

* 14:26

o Espírito Santo, a quem o Pai enviará. Em 15.26, é o Filho que envia o Espírito. O Pai e o Filho concordam neste envio. Ver nota teológica "O Espírito Santo", índice.

esse vos ensinará todas as coisas. Todas as coisas que eles necessitassem saber para sua missão (16.13).

e vos fará lembrar de tudo. Esta afirmação mostra a divina intenção na obra do ensino do Espírito Santo: o ensino do Espírito concorda com o ensino do próprio Jesus. Ele assegurará que as palavras de Jesus sejam preservadas para a instrução da igreja (Mt 24:35). Estas promessas feitas aos apóstolos foram cumpridas na pregação apostólica e na composição final das Escrituras do Novo Testamento. Elas continuam a ser cumpridas à medida que o povo de Deus aprende das Escrituras inspiradas.

* 14:27

paz. Esta era uma saudação hebraica comum usada em um cumprimento ou despedida. Jesus lhe dá um mais profundo sentido, que reaparece nas saudações das cartas do Novo Testamento. A paz de Jesus é verdadeira reconciliação com Deus, alcançada por sua morte (At 10:36; Rm 5:1; 14:17; Ef 2:14-17; Fp 4:7; Cl 3:15). É o supremo remédio de todos os temores (v.1), e o legado de Jesus deixado a seus herdeiros.

* 14:28

alegrar-vos-íeis. A partida e o retorno de Jesus são necessários para completar sua obra mediadora (v.3); elas são o fim de sua humilhação e a revelação de sua glória.

o Pai é maior do que eu. Esta afirmação deve ser entendida à luz do testemunho deste Evangelho quanto à plena divindade do Filho, sua igualdade e unicidade com o Pai (v.9; 1.1; 10.30). O Filho voluntariamente encobriu a sua glória para seguir o caminho de sua humilde obediência (Fp 2:6-11).

* 14:29

Disse-vos agora. O cumprimento das profecias de Jesus será uma prova convincente de que ele foi enviado por Deus.

* 14:30

o príncipe do mundo. Satanás (conforme 12.31; 16.11). Esta afirmação aponta para o momentoso conflito espiritual entre Cristo e Satanás, na Cruz.

ele nada tem em mim. Esta é uma reafirmação da impecabilidade de Jesus (v.31; 8:29-46; 2Co 5:21; Hb 7:26,27). Cristo é o único membro da raça humana, de quem se pode dizer isto.

* 14:31

Levantai-vos, vamo-nos daqui. Estas palavras pareceriam indicar que Jesus e seus discípulos deixaram o cenáculo, mas parece que os capítulos 15:17 ainda têm lugar no cenáculo. Algumas opções são possíveis: a) Jesus deu o sinal, mas algum tempo deve ter passado antes de eles deixarem o lugar; b) eles o deixaram imediatamente, mas Jesus continuou o seu discurso a caminho de Getsemane. Isto traria à oração do capítulo 17, um vivo contraste com a agonia no Jardim; c) João dispôs o seu material mais tematicamente do que cronologicamente; d) a afirmação de Jesus foi mais um desafio para enfrentar Satanás, do que um sinal para deixar o lugar (isto é, "levantemo-nos então e vamos encontrar o inimigo").



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de João Capítulo 14 do versículo 1 até o 31
14.1-3 As palavras do Jesus mostram que o caminho à vida eterna, apesar de ser invisível, é seguro. É tão seguro como o é sua confiança no Jesus. O já preparou o caminho à vida eterna. O único assunto que talvez fique sem resolver é sua vontade de acreditar.

14.2, 3 Há uns poucos versículos nas Escrituras que descrevem a vida eterna, mas estes poucos estão cheios de promessas. Aqui Jesus diz: "Vou, pois, a preparar lugar para vós", e "virei outra vez". Podemos aguardar com expectativa a vida eterna porque Jesus a prometeu a todo aquele que acredita no. Embora os detalhes da eternidade se desconheçam, não é necessário que temamos porque Jesus está fazendo os preparativos e passará a eternidade conosco.

14.5, 6 Estas é uma das passagens mais básicas e importantes das Escrituras. Como conheceremos o caminho para Deus? Unicamente através do Jesus. O é o caminho porque é de uma vez Deus e Homem. Ao unir nossas vidas a do, unimo-nos com Deus. Confie que Jesus o levará a Pai e que todos os benefícios de ser filho de Deus serão deles.

14:6 Por ser o caminho, Jesus é nosso caminho ao Pai. Por ser a verdade, é a realidade de todas as promessas de Deus. Por ser a vida, une sua vida divina à nossa, tão agora como eternamente.

14:9 Jesus é a imagem visível, tangível, do Deus invisível. É a revelação completa do que é Deus. Jesus explicou ao Felipe, que desejava ver o Pai, que conhecê-lo o equivalia a conhecer deus. A busca de Deus, da verdade e da realidade, conduzem a Cristo. (Vejam-se também Cl 1:15; Hb 1:1-4.)

14.12, 13 Jesus não diz que seus discípulos fariam milagres mais assombrosos. Que milagre pode ser mais assombroso que a ressurreição? Mas bem significava que os discípulos, obrando mediante o poder do Espírito Santo, levariam o evangelho do Reino de Deus da Palestina até todo mundo.

14:14 Quando Jesus diz que podemos pedir o que for, devemos recordar que nossa petição deve ser em seu nome; quer dizer, de acordo com o caráter e a vontade de Deus. Deus não concederá petições contrárias a sua natureza ou a sua vontade, e não podemos usar seu nome como fórmula mágica para satisfazer nossos desejos egoístas. Se seguirmos a Deus com sinceridade e procuramos fazer sua vontade, nossas petições estarão em linha com o que A deseja e as concederá. (Vejam-se também 15.16; 16.23.)

14:15, 16 Jesus logo ia deixar a seus discípulos, mas seguiria com eles. Como podia ser isto? O Consolador, o Espírito mesmo de Deus, viria depois que Jesus partisse para cuidar e guiar aos discípulos. O poder regenerador do Espírito veio sobre os discípulos antes da ascensão do Jesus (20,22) e se derramou sobre os crentes no Pentecostés (Feitos 2), pouco depois que Jesus subisse ao céu. O Espírito Santo é a presença mesma de Deus em nós e em todos os crentes, que nos ajuda a viver como Deus quer e a edificar a Igreja de Cristo sobre a terra. Por fé podemos nos apropriar do poder do Espírito cada dia.

14:16 A palavra que se traduz Consolador combina as idéias de consolo e conselho. O Espírito Santo é uma pessoa poderosa que está de nossa parte, obrando por nós e conosco.

14.17ss Os seguintes capítulos ensinam estas verdades sobre o Espírito Santo: estará conosco para sempre (14.16); o mundo em geral não pode recebê-lo (14.17); mora conosco e está em nós (14.17); ensina-nos (14.26); recorda-nos as palavras do Jesus (14.26; 15.26); convence-nos de pecado, mostra-nos a justiça de Deus e anuncia que Deus julgará a maldade (16.8); nos guia à verdade e nos comunica as coisas que virão (16.13); glorifica a Cristo (16.14). O Espírito Santo se manteve ativo entre as pessoas desde o começo dos tempos, mas depois do Pentecostés (Feitos
2) deveu viver em todos os crentes. Há muitas pessoas que não se precavem das atividades do Espírito Santo; mas a quem ouve as palavras de Cristo e entendem o poder do Espírito, O lhes dá uma maneira totalmente nova de ver a vida.

14:18 Quando Jesus disse: "virei a vós", dizia-o de verdade. Embora Jesus subiu ao céu, enviou ao Espírito Santo a viver nos crentes, e ter ao Espírito Santo equivale a ter ao Jesus mesmo.

14.19-21 Às vezes a gente queria conhecer o futuro a fim de preparar-se para o que tem que ser. Deus não quis nos dar este conhecimento. Solo Sabe o que acontecerá, mas nos diz tudo o que temos que saber para nos preparar para o futuro. Quando vivemos segundo suas normas, O não nos abandonará; virá a nós, estará em nós e nos manifestará. Deus sabe o que acontecerá e, como O estará conosco em todo momento, não devemos temer. Não é necessário que conheçamos o futuro para ter fé em Deus: devemos ter fé no para estar seguros sobre o futuro.

14:21 Jesus disse que seus seguidores demonstram amor pelo ao obedecê-lo. O amor não é sozinho belas palavras; é compromisso e conduta. Se ama a Cristo, demonstre o obedecendo o que diz em sua Palavra.

14.22, 23 Como os discípulos seguiam esperando que Jesus estabelecesse um reino terrestre e derrocasse a Roma, resultava-lhes difícil entender por que não lhe dizia ao mundo em geral que O era o Messías. Entretanto, não todos podiam entender a mensagem do Jesus. Desde o Pentecostés, o evangelho do Reino se proclamou no mundo inteiro e mesmo assim não todos são receptivos ao mesmo. Jesus guarda as revelações mais profundas de sua pessoa para quem o ama e lhe obedecem.

14:26 Jesus prometeu aos discípulos que o Espírito Santo os ajudaria a recordar o que O lhes ensinou. Esta promessa assegura a validez do Novo Testamento. Os discípulos foram testemunhas da vida e os ensinos do Jesus, e o Espírito Santo os ajudou a recordar sem omitir suas perspectivas individuais. Podemos confiar em que os Evangelhos narram muito bem o que Jesus ensinou e fez (veja-se 1Co 2:10-14). O Espírito Santo pode nos ajudar da mesma maneira. Ao estudar a Bíblia, podemos confiar que O plantará a verdade em nossa mente, convencerá-nos da vontade de Deus e nos recordará isso quando nos separarmos dela.

14:27 O resultado final da obra do Espírito Santo em nossas vidas é uma paz profunda e duradoura. A diferença da paz do mundo, cuja definição está acostumada ser ausência de conflito, esta paz é uma confiada segurança em qualquer circunstância; com a paz de Cristo, não temos por que temer à presente nem ao futuro. Se sua vida está carregada de tensão, permita que o Espírito Santo o encha da paz de Cristo (veja-se Fp 4:6-7 para saber mais respeito a experimentar a paz de Deus).

14.27-29 O pecado, o temor, a insegurança, a dúvida e muitas outras forças estão em guerra em nós. A paz de Deus entra em nossos corações a fim de frear estas forças hostis e oferecer consolo em lugar de conflito. Jesus diz que nos dará essa paz se estivermos dispostos a aceitá-la.

14:28 Em sua condição de Deus o Filho, Jesus se submete voluntariamente a Deus o Pai. Na terra, Jesus também se submeteu a muitas das limitações físicas de sua humanidade (Fp 2:6).

14:30, 31 Apesar de que Satanás, o príncipe deste mundo, não pôde vencer ao Jesus (Mateus 4), muitas vezes teve a arrogância de tentá-lo. O poder de Satanás só existe porque Deus lhe permite atuar. Mas como Jesus está livre de pecado, Satanás não tem autoridade sobre O. Se obedecermos ao Jesus e nos alinhamos bem com os propósitos de Deus, Satanás não pode exercer autoridade sobre nós.

14:31 "Lhes levante, vamos daqui" sugere que os fatos dos capítulos 15:17 talvez aconteceram caminho à horta do Getsemaní. Outro ponto de vista é que Jesus pedia a seus discípulos que se preparassem para deixar o aposento alto, mas em realidade não o fizeram até 18.1.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de João Capítulo 14 do versículo 1 até o 31
B. eu vá; Virei outra vez (14: 1-31)

1 Não deixe seu coração ser incomodado: credes em Deus, crede também em mim. 2 Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vos teria dito; pois eu vou preparar um lugar para você. 3 E quando eu for e vos preparar lugar para você, eu virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo; que onde eu estou, não . estejais vós também 4 . E para onde eu vou, vós sabeis o caminho 5 Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como sabemos que o caminho? 6 Jesus disse-lhe: Eu sou o caminho, ea verdade, ea vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. 7 Se vós me conhecêsseis a mim, vós teria conhecido meu Pai .: de agora em diante vós o conheceis, e tê-lo visto 8 Felipe disse-lhe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. 9 Jesus disse-lhe: Estou há tanto tempo convosco, e tu não sabe me, Filipe? Aquele que vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? 10 Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? as palavras que vos digo não as digo por mim mesmo, mas o Pai, que permanece em mim, fazes suas obras. 11 Crede-me que estou no Pai e que o Pai está em mim: crede-me, ao menos por causa das mesmas obras. 12 Em verdade, em verdade eu vos digo que aquele que crê em mim, as obras que Eu faço ele também; e maiores obras do que estas devem fazer; porque eu vou para o Pai. 13 E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. 14 Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei. 15 Se vós love me, vós guardareis os meus mandamentos. 16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, 17 , mesmo o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; pois ele contempla não, nem o conhece: vós o conheceis; porque ele habita convosco e estará em vós. 18 Eu não vou deixar você desolado: Eu venho a vós. 19 Ainda um pouco, eo mundo está vendo a mim não mais; mas vós me vereis, porque eu vivo, e vós vivereis. 20 Naquele dia sabereis que eu estou no meu Pai, e vós em mim, e eu permanecerei em vós. 21 Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama.: e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele 22 Judas (não o Iscariotes) disse-lhe: Senhor, o que aconteceu para que tu ? hás de manifestar a nós, e não ao mundo 23 Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e faremos morada .com ele 24 Ele não me ama não guarda as minhas palavras; ea palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai que me enviou.

25 Estas coisas vos tenho falado a vós, enquanto ainda permanecendo com você. 26 Mas o Consolador, mesmo o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que eu disse . vos 27 Paz que eu deixo com você; a minha paz vos dou: não como o mundo dá, dá-me a vós. Não deixe seu coração ser incomodado, nem se atemorize. 28 Ye ouviu como eu disse a você, eu vou embora, e eu venho a vós. Se vós me amei, vós teria se alegrou, porque eu vou para o Pai, porque o Pai é maior do que Ex 29:1 E agora eu te disse antes que aconteça, para que, quando for acontecer, creiais . 30 I não falarei muito convosco, porque o príncipe do mundo vem, e ele nada tem em mim; 31 mas para que o mundo saiba que eu amo o Pai, e como o Pai me ordenou, assim mesmo eu fazer. Levanta-te, vamo-nos daqui.

Retomando seu tópico após a interrupção de Pedro, Jesus deu um longo discurso sobre sua partida necessário do mundo e Sua declaração posterior. O estilo não é muito diferente que na versão de Mateus sobre o Sermão da Montanha, uma observação que não confirma a comumente alegada grande diversidade entre João e os Evangelhos Sinópticos, relativa à forma do ensinamento de Cristo.

Há algumas coisas sobre o que os discípulos tinham boas razões para ser incomodado. As autoridades judaicas havia jurado matar Jesus. Jesus havia insinuado em várias ocasiões que logo iria morrer. Judas tinha abandonado o grupo de discípulos, e Pedro havia sido acusado de infidelidade. Sua própria segurança, bem como o seu futuro, era incerto. Mas o mais grave de tudo, havia a possibilidade de que sua fé em Jesus viria a ter sido fútil, afinal. Talvez Judas tinha levado a melhor saída. Como Jesus poderia ser e fazer tudo o que Ele havia prometido se fosse para ser traído e morrer nas mãos de seus inimigos? Eles tinham uma boa razão para estar preocupado e Jesus conhecia e entendia. No entanto, Ele não poderia minimizar os fatos nem apaziguar a situação com generalidades. Ele também não prepará-los para a provação por descrever o possível curso dos acontecimentos, nem desenhando simpatia a Si mesmo em uma série de invectivas contra o Sinédrio. Em todos os aspectos, a objetividade calma de Jesus é excepcionalmente aparente como Ele manteve a conversa sobre o plano da relação pessoal entre ele e seus discípulos, assegurando-lhes que as coisas estavam funcionando conforme planejado. Não só foi a vontade de Deus a ser atingidos, mas também todos aqueles que acreditaram nele iria desfrutar de uma comunhão mais rica e duradoura com Ele através do Espírito do que nunca tinham conhecido. Nesta base Jesus disse: Não deixe seu coração ser incomodado .

E continuou: Acredite em Deus, crede também em mim . Esta exortação pode ser feita de várias maneiras diferentes. Pode ser que Jesus estava simplesmente incentivando os discípulos a continuar a acreditar em Deus e nEle. Esta interpretação não complicada é favorecido por muitos escritores, mas é mais provável, tendo em conta as circunstâncias, que Jesus estava afirmando sua fé em Deus como a base de sua fé nEle. Como judeus acreditavam em Deus, e nada havia acontecido para destruir essa fé. A fé em Deus nunca tinha sido um problema com eles; fé em Jesus, por outro lado, tinha sido um problema e naquele tempo estava passando por sua mais dura prova. Suas muitas tentativas de trazer as pessoas para o ponto de crença também tinha sido dirigida para os discípulos. Lembrando-se das muitas pessoas que começaram a segui-Lo e se voltaram para trás, não é plausível supor que, enquanto outros vacilou Doze acreditava com uma fé inabalável. A resposta para o Pão da Vida discurso (cap. Jo 6:1) e os eventos na Última Ceia (cap. Jo 13:1) mostram que a sua fé em Jesus não era inabalável. E assim Ele procurou para dizer-lhes que a fé nEle deve fluir naturalmente de sua fé em Deus. Esta foi outra maneira de dizer que Ele eo Pai são um, o principal impulso de Suas discussões prolongadas com os judeus. A única coisa que Jesus estava dependendo para a continuação do Evangelho era a fé ea fidelidade de seus discípulos. Eles poderiam resistir ao teste? Sua fé era forte o suficiente para segurar? Essa era a grande preocupação de Jesus, e do presente discurso foi dado com a finalidade de assegurar a sua contínua fé nEle.

Jesus fez várias das principais ênfases neste momento: em primeiro lugar, a sua própria unidade com Deus, o Pai; segundo, Seu retorno necessário para o Pai onde viera ao mundo; em terceiro lugar, a disposição de que seus seguidores também iria deixar este mundo para ir para o Pai em uma data posterior; em quarto lugar, a profecia de que eles iriam realizar um trabalho crescente depois de sua partida; Em quinto lugar, a promessa de que Ele enviaria a eles o Espírito Santo; e em sexto lugar, a garantia de que ele havia de um dia voltar para eles. Estes temas se entrelaçam na discussão de Jesus e será tratado aqui em como a moda.

Os onze discípulos que ficaram não totalmente compreendido a idéia de que Jesus e Deus Pai eram uma unidade. Eles tinham ouvido a maior parte das discussões entre Jesus e os líderes judeus, mas eles ainda não foram capazes de ter inteiramente em esta grande verdade, assim como algumas outras verdades. Eles haviam sido dispostos a seguir e ouvir e aprender, enquanto outros tinham fechado suas mentes para qualquer coisa que fosse diferente do que eles já acreditavam. A incerteza nas mentes dos discípulos foi expressa por Felipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta (v. Jo 14:8 ). Por Felipe? Por que não Pedro? Pedro poderia falar por si mesmo, mas naquela época ele era um porta-voz do pobre, para o grupo. Sem dúvida, naquele momento, ele estava se sentindo muito humilde e pouco depois de ter acabado de ser verificada duas vezes por Jesus para falar sem pensar. Felipe era um discípulo altamente confiável e respeitado. João tomou conhecimento dele em três ocasiões distintas. Ele estava entre o primeiro grupo de discípulos escolhidos e o registro diz que Jesus encontrou -o. Durante a alimentação dos cinco mil Jesus discutiu a questão de obtenção de alimentos com Felipe como com um tenente de confiança. E quando alguns gregos queria conhecer Jesus que o primeiro contato com Felipe. Talvez não seja surpreendente que, quando uma questão séria, pensativo era para ser convidado, Felipe pediria isso. O que ele esperava Jesus a fazer só pode ser imaginado. Talvez ele tenha pensado que, se Jesus poderia dar-lhes alguma revelação especial de boa-fé do Pai para além do próprio Jesus, ele não precisa mais se preocupar com a questão perturbadora sobre a relação entre Deus Pai e Deus Filho, entre Jesus e o Pai. Mas isso não foi possível.

Aquele que vê a mim vê o Pai (v. Jo 14:9 ), disse Jesus. Ele mesmo era a revelação de Deus Pai. Este foi absolutamente básico. Felipe deve começar por aí; ele deve acreditar que Jesus era um tal revelação de Deus, ou que seria impossível para ele conhecer a Deus em tudo. Deus só pode ser conhecido como Ele Se revelou e a suprema revelação é Jesus Cristo. A essa altura, Jesus estava se dirigindo não apenas Felipe mas todo o grupo de discípulos. Acredite (plural) me , "a minha pessoa, minha vida, as minhas palavras, ... [ou] a partir da divindade de minhas obras deduzir a divindade de minha natureza."

Como uma segunda ênfase Jesus disse que Ele ia deixar Seus discípulos. Isso eles pudessem entender, e de Seus ensinamentos anteriores deveriam conhecer a maneira pela qual ele teria lugar: E para onde eu vou, vós sabeis o caminho . Mas Tomé falou para o grupo: nós não sabemos para onde vais; como sabemos que o caminho ? Foi Jesus que esperam muito dos seus discípulos? Eles eram mais lentos de compreensão do que deveria ter sido? Jesus não estava sentado em julgamento sobre eles, mas Ele estava tirando-as por meio de uma pergunta: Você sabe onde eu estou indo, não sabe? E quando a resposta foi Não , Jesus deu-lhes uma das maiores cápsulas de verdade registrados no Novo Testamento: Eu sou o caminho, ea verdade, ea vida (v. Jo 14:6 ). Jesus é o caminho para ir a Deus, a verdade para conhecer sobre Deus, ea vida para viver com Deus. Ele estava voltando para o Pai, em cujo local de residência havia espaço de sobra para todos. Seu curso foi com o propósito de preparar um lugar para seus discípulos para que pudessem segui-Lo. Além disso, ele voltaria para eles.

É impossível esgotar o significado das verdades sobre este objectivo base, de que Jesus era para subir ao céu depois da ressurreição e que Ele viria outra vez no final da época. Isto está incluído no significado total da passagem, mas o contexto não irá permitir a interpretação de ser limitada a isso. A Ressurreição como um evento separado não tinha sido uma parte do ensino de Jesus neste Evangelho, e no âmbito do discurso assim introduzida não é escatológica neste sentido do termo. O significado mais profundo e primária é espiritual, conexos com aqueles a quem Jesus estava falando. Pela Sua morte eles iriam experimentar a libertação do pecado que os mantinha e ganhar uma entrada para a presença de Deus. Neste Ele estava falando do novo nascimento de cima, ou um nascimento do Espírito, do qual Ele tinha falado com Nicodemos. Seria como ir para a presença do Pai . Eles estariam no mundo, mas não do mundo (Jo 17:14 ). Eles iriam experimentar uma marca nova dimensão de vida de vida que era eterno.

Jesus alargada sobre a verdade de uma vida de comunhão pessoal com Deus em ainda outro, ainda não uma, forma totalmente diferente. Quando eu ir embora, disse: E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que ele possa estar com você para sempre, o Espírito da verdade (v. Jo 14:16 ). Esta é outra maneira de dizer, eu não vou deixar você desolado: Eu venho a vós (v. Jo 14:18 ). Por enquanto o Espírito-Paráclito-é atribuída tanto a personalidade e divindade, ao mesmo tempo, o Espírito é o Espírito de Jesus. Na vinda do Espírito Jesus voltaria em um sentido muito real. Jesus tinha dito: Eu sou a verdade , e do Espírito é o Espírito da Verdade (v. Jo 14:17 ). Ele vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que vos disse (v. Jo 14:26 ). As coisas que tinham sido difícil de entender seria feita planície, e novas verdades sobre Cristo seria revelado a eles. Muitas coisas que Ele não poderia dizer-lhes, em seguida, porque eles não foram capazes de acreditar neles sem a ajuda do Espírito.

Esta é a forma como os discípulos compreenderam o significado do dom do Espírito, porque a pergunta foi feita, Senhor, o que aconteceu para que tu hás de manifestar a nós, e não ao mundo ? (V. 22 ). Eles pareciam mais capazes de compreender uma identidade entre Jesus e do Espírito enviado do Pai do que a identidade entre Jesus eo Pai. Jesus estava fazendo progressos com seus alunos, e assim mostrou-lhes o próximo passo significativo de compreensão e fé. Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e nós viremos a ele, e fazer nossa morada com ele (v. Jo 14:23 ). A parte que o discípulo deve jogar é a obediência através do amor; começar por amar Jesus-isso não é difícil de fazer e então obedecer ao que é conhecido deve ser feito. "Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina" (Jo 7:17 ). Ele pode, então, ter a certeza de amor em troca, o amor do Pai. E então, e este é o mestre AVC, nós viremos a ele . Pai, Filho, e Espírito Santo, o grande Três em Um, que compõem a divindade como Ele se revelou ao homem, será uma parte da experiência de quem acredita e prossigamos em conhecer a Cristo mais perfeitamente. A ida e vinda, a vinda e do envio, a preparação ea permanente, são fases paradoxais de um grande transação.Deus eo homem são reunidos através de todo o episódio dramático da Encarnação. O crente encontra um lugar de habitação para a sua alma em uma das muitas mansões no reino de Deus, enquanto o Deus Uno e Trino projetos para fazer sua morada com o homem.

Há significado na palavra grega monoi , traduzidos mansões ou "quartos" (v. Jo 14:2 ). A forma singular, uma estação de caminho ou parar lugar, tal como se poderia usar para hospedagem durante uma viagem longe de casa. Embora o conceito de céu, como a morada final do Christian é inerente aqui, a referência contextual é a vida presente do cristão na comunhão com Deus. Isso quer dizer que viver a nova vida (a vida eterna) na terra, na presença e pelo poder do Espírito de Deus é como encontrar abrigo e segurança e sustento em um hotel ou camping site na forma de um para o seu lar celestial final.

Jesus sabia que, independentemente de quão bem os discípulos compreenderam essa grande verdade, não haveria dias sombrios pela frente. Ele estava pensando especialmente do ínterim entre o tempo que Ele estava falando e no dia em que a vinda do Espírito se tornaria uma realidade. Ele lhes disse da sua morte chegando às mãos de o príncipe do mundo (v. Jo 14:30 ), que No entanto, não tinha poder duradouro sobre ele. E Ele confiou que seu amor e obediência (v. Jo 14:28 ), apoiado por Sua paz que Ele lhes prometeu na véspera da sua morte, iria sustentá-los e mantê-los sem medo. Além disso, se eles continuassem a acreditar, eles seriam capazes de realizar coisas maiores do que ele tinha sido capaz de fazer na terra. Não devemos pensar em obras maiores como sendo apenas milagres ou sinais de uma natureza mais espetacular do que aqueles feitos por Jesus. O que eles iriam realizar ainda seria feito por ele, e por causa deste fato Ele seria capaz de fazer coisas maiores por meio deles, pelo poder do Espírito do que ele tinha sido capaz de fazer na carne. Seu ministério terreno tinha sido introdutório e de curta duração; a obra que faria seria progressiva e iria durar tanto quanto os homens acreditam em Cristo e são dotados com o Espírito Santo.

As maiores obras referem-se ao produto da comunhão do cristão com Deus. A promessa, se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei (v. Jo 14:14 ), deve ser vista no âmbito desta relação em que o Deus Uno e Trino faz Sua morada com o Christian (v. Jo 14:23) e na qual o cristão ocupa seu lugar morada espiritual no reino de Deus em seu caminho para sua casa celestial final. Aqui está uma das lições mais significativas sobre a oração encontrados no Novo Testamento. Ela carrega consigo toda a força espiritual e discernimento para que o Evangelho de João é anotado. Nós freqüentemente pensar na oração como a petição de quem pede a Deus por algo, crendo que Deus vai dar-lhe a ele e ao mesmo tempo invocando o nome de Cristo, que morreu para o homem e que, assim, tem influência peculiar sobre Deus, o Pai de obter o que o homem quer ou precisa. Sem dúvida, há uma verdade nesse conceito de oração. Mas vamos chegar um pouco mais perto do que João tentou dizer. Pense em uma família em que o pai sabe as necessidades de seus filhos e é capaz e disposto a fornecer tudo que eles precisam. Nesse caso, a oferta de maior parte das necessidades da vida é lá para a tomada-a necessidade, aos olhos do Pai, é pedir o suficiente. E assim, a oração em nome de Jesus está a receber com gratidão o que pertence a um como um filho de Deus. Permissão para tomar torna-se necessário apenas para o especial ou as coisas duvidosas, aqueles que podem ou não ser bom para um, nas circunstâncias actuais. A oração torna-se então a comunhão e comunicação, e fellowhip. É permanente, moradia; ele está pedindo como uma criança pede e receber de um pai que oferece e dá de bom grado. Tendo em vista este conceito joanino, parece estranho que um cristão deve precisar manter perguntar tudo o que precisa de Deus com a sensação de que, se ele não pede que ele não vai receber. João viu uma mistura graciosa de pedir da parte do homem e dando por parte de Deus. O coração pede a criança vai naturalmente para o pai, até mesmo como um bebê procura o seio de sua mãe; eo coração do Pai dando vai naturalmente para a criança, assim como Ele lhe deu a própria vida, ele goza. O autor da questão eo doador está trancado em abraço mútuo.

Vamos passar um pouco mais a este conceito de oração. A presença de Deus no cristão é a presença permanente do Seu Espírito Santo. Espírito (Pneuma) é como o vento (pneuma ); permeia e preenche e cria seu próprio poder. O Espírito Santo está dentro da pessoa que recebeu a Ele como uma força dinâmica, um potencial de vida, uma espécie de encarnação, a vida do próprio Cristo dentro. Este é um conceito arrojado, ainda está em perfeita consonância com esses conceitos envolvidos no Pão da Vida e da Água dos ensinamentos da vida de Jesus, e especialmente com sua declaração, Aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele (Jo 6:56 ). A oração, então, torna-se perguntar de um tipo muito especial; é o corpo, dependendo do pão e água para a nutrição; É o ramo convidando a videira para o seu sustento (cap. Jo 15:1 ); é a vida que recebe crianças e os meios para sustentar que a vida. "E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei" (Jo 4:13) torna- Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que você quiser, e isso será feito para vós (15: 7) . "Em nome de Jesus" torna-se permanecermos n'Ele. Orando em Seu nome é mais do que uma fórmula, mais do que uma política, mais do que a melhor maneira de fazer as coisas de Deus. Orando em Seu nome está orando por um que tenha experimentado a nova vida de cima e no qual habita o Espírito Santo, o Paráclito, que Jesus prometeu aos Seus seguidores.

Não há intenção aqui para dizer que tudo que recebemos de Deus vem automaticamente e que não há necessidade de oração como petição ou intercessão. Mas quando é lembrado que Jesus estava aqui falando com o grupo interno de Seus discípulos escolhidos, e que João sempre pensou e escreveu no mais alto dos termos espirituais, ele será visto que a oração para o crente é essencialmente comunhão; uma relação compartilhada, uma relação de amor e obediência a Deus através do Espírito. Há outras fases de oração, mas para João, e para cada cristão, a vida de oração deve ser uma vida de comunhão; "Sim, e nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo" (1 Jo. 1: 3 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de João Capítulo 14 do versículo 1 até o 31
Por que o coração dos discípulos es-tava perturbado? Cristo dissera-lhes que os deixaria (13:33), que um de-les o trairia, e que Pedro o trairia (13 36:38). Sem dúvida, isso pertur-bou a todos, pois viam Pedro como líder. Jesus mesmo expusera sua angústia interior (13:21), apesar de certamente seu espírito não se per-turbar da mesma forma que o co-ração deles. Nesse capítulo, Cristo tenta confortar os Doze e acalmar o coração perturbado deles. Ele deu- lhes cinco motivos por que tinha de deixá-los e voltar para o Pai.

  • Preparar um lugar para eles (14:1-6)
  • Cristo fala do céu como um lugar real, não apenas como um estado mental. Ele retrata o céu como um lugar ado-rável em que o Pai habita. Na verdade, a palavra "casa", em grego, significa "lugar de moradia", o que se refere à perpetuidade de nossa casa celes-tial. O céu é um lugar preparado para pessoas preparadas. Cristo, o Carpin-teiro (Mq 6:3), está construindo uma casa celeste para todos os que crêem nele. E ele retornará a fim de receber os seus para ele mesmo. Mais tarde, em I Tessalonicenses 4:13-18, Pau-lo explica com detalhes essa noção. "Ausentes do corpo, presentes com o Senhor." Cristo não poderia preparar a casa celestial para os seus se ficasse na terra.

    Como os pecadores podem ter esperança de ir para o céu? Por inter-médio de Cristo. Leia Lucas 15:11- 24, a história do filho pródigo, li-gando-a a Jo 14:6. O rapaz, como o pecador, estava perdido (15:24), era ignorante (15:17 — "caindo em si") e estava morto (15:24). Todavia, ele foi até o pai (15:20)1 Ele estava perdido, mas Cristo é o Caminho; ele era ignorante, porém Cristo é a Verdade; e ele estava morto (espiri-tualmente), todavia Cristo é a Vida! E ele chegou à casa do Pai quando se arrependeu e retornou para lá.

  • Revelar o Pai para eles (14:7-11)
  • Parece que Filipe tinha algum proble-ma na vista: ele queria ver. Em 1:46, suas primeiras palavras foram: "Vem e vê"! Em Jo 6:0; He 2:4). As obras que ele faz hoje por nosso intermédio são "maiores" no sentido de que somos apenas vasos humanos, ao passo que ele era Deus encarnado minis-trando na terra.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de João Capítulo 14 do versículo 1 até o 31
    14.1 Não se turbe. • N. Hom. A base da paz cristã.
    1) Cristo por nós foi angustiado (gr tarassõ, o mesmo vocábulo em 11.33; 12.27; 13,21) tomando sobre si nosso pecado e morte.
    2) Não nos deixará órfãos (18). Ele voltará para nos ,"receber" (3).
    3) Nossa confiança foi vindicada na ressurreição: daí temos pleno acesso às moradas do Templo de Deus (2; conforme 1Co 3:16). 4 A separação será de pouca duração (19).
    5) É necessário que Cristo vá nos preparar o "lugar" celestial (3).
    6) Os crentes conhecem o caminho até ao Pai por intermédio de Cristo (6).

    • N. Hom. 14.6 A Viagem Celeste é segura em Cristo:
    1) O caminho - a cruz que dá acesso ao pecador arrependido pela expiação do sacrifício (He 9:14);
    2) A verdade - a nova aliança que inclui a "lei da liberdade" que perfeitamente agrada a Deus (8.32, 1Co 1:30 ss).

    14.7 Deus se revela a todos que crêem em Cristo (conforme Mt 16:1
    - 6s) o que significa a salvação (1 7.3). Desde agora. Cristo passa a ser reconhecida como o Messias, Servo Sofredor (Is 53:0; Mc 14:36).

    14.15 O Amor se manifesta na obediência (15.10).
    14.16 Outro (gr allos "outro do mesmo tipo”) Consolador (gr para "ao lado de" e kletos "Chamado") Significa "encorajador", "quem dá força". Ele tomará o lugar de Cristo limitado no espaço pela encarnação.

    14.21 Aqui temos uma bela descrição joanina do crente salvo.
    14.23 Não só o Espírito habita no crente (1 7), mas o Deus triúno mora nele. Morada (gr mone só aqui e 14.2). Deus morando no crente, ou na igreja, torna ambos templos santificados (1Co 3:16; 1Co 6:19)

    14.26 Enviará. Cristo voltará aos discípulos por meio do Espírito (14.3, 18, 28). Ensinará... O Consolador, Mestre divino, inspirou os apóstolos e profetas que escreveram o NT, dando à Igreja tudo o que é necessário para conhecer a Deus e os santos caminhos do Senhor.

    14.27 Paz Há paz onde Cristo está (20.19). A partida do Senhor para o Pai não marca a derrota mas a vitória. O Espírito Santo continuará comunicando a paz e a segurança, visto que Ele é o Pacificador de Deus (Is 26.3s), não eliminando o perigo mas assegurando ao discípulo que Jesus controla tudo.

    14.30 Príncipe. Satanás. Nada tem. Os direitos do diabo se baseiam na rebelião de suas vítimas, contra Deus. Cristo era puro de todo pecado.

    14.31 Vamo-nos. "Discursos pelo Caminho" (caps. 15,
    16) foram pronunciados a caminho de Getsêmani.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de João Capítulo 14 do versículo 1 até o 31
    14.1. Creiam em Deus; creiam também em mim\ O uso freqüente dessa expressão enfraqueceu o significado dessa afirmação. As palavras podem ser traduzidas de três maneiras: (a) “vocês crêem em Deus, (assim) creiam também em mim”; (b) “vocês crêem em Deus e crêem em mim”; e (c) “creiam em Deus e creiam em mim”. No geral, a última é preferível. Jesus está interessado em fortalecer a fé dos discípulos em face das provações que estão para começar. Como judeus, eles professam ter fé em Deus. Agora eles precisam aprender a renovar a fé em Cristo, v. 2. muitos aposentos: Jesus foi rejeitado pelos mordomos da casa de Deus na terra (conforme 2.16); assim, ele retorna à contraparte eterna no céu. Mas esses discípulos não devem pensar que eles foram deixados para trás por falta de hospitalidade do Pai. v. 3. voltarei4. A idéia final aqui certamente é escatológica — o segundo advento de Cristo. Mas isso de forma alguma esgota o que Jesus está dizendo. Jesus vai vir novamente no Espírito (conforme v. 18,21,23). Não há vácuo entre os seus dias na carne e a chegada final na casa do Pai, até mesmo para os discípulos (conforme 20.22 e comentário), não importam os empecilhos e a demora até que se complete a obra. v. 6. Eu sou o caminho, a verdade e a vida\ Não: “Eu mostro...”. Cristo é ele mesmo o elo vital entre o céu e a terra (conforme 1.51); assim, à parte do seu ensino (a verdade) e da sua obra (gerar vida), não há salvação. O que Jesus é não pode ser separado do que ele faz. v. 7. Se vocês realmente me conheces-sem\ O tempo mais que perfeito (gr. egnõkeité) é enigmático. A leitura em outros manuscritos, notavelmente Sinaítico, D (Codex Bezae, Cambridge) e P. 66, parece sugerir: “Se vocês têm me conhecido, vocês vão conhecer o Pai também”. A segunda metade do versículo sustenta essa formulação. Assim, o versículo poderia nos dizer que, quando esses homens descobrirem que Jesus é de fato o Caminho, eles vão datar a sua visão do Pai a partir dessa revelação, v. 8. As ocasiões em que Filipe aparece no evangelho são dignas de observação (conforme 1.45,46; 6.5ss; 12.21 ss; 14.8). A sua pergunta aqui é evidência da lentidão com que tinha se desenvolvido espiritualmente. v. 9. Mas não há nada no ministério de Jesus que não conduzisse os homens ao Pai, pois ele é de maneira singular a imagem de Deus (conforme Cl 1:15; He 1:3). E, como Jesus já indicou (conforme 10.25), a evidência das suas obras é a vereda humilde da fé em Deus (conforme 20.29).

    v. 12. coisas ainda maiores do que estas: As obras realizadas pelo cristão são feitas em comunhão com o Salvador que vive. Mas são maiores na sua esfera de influência. As obras de Jesus foram limitadas aos dias da sua carne e à terra em que ele viveu. Mas a Igreja, que é o seu corpo, tem uma influência mundial na conquista de pessoas para ele. v. 16. outro Conselheiro (gr. paraklêtos): A palavra é tomada do uso jurídico. Aí denota um advogado de defesa, embora isso pareça especificamente secundário em João — exceto talvez 16:8-11, em que ele é o advogado de acusação. E derivado da palavra gr. parakaleõ, “chamar de lado”, assim “um ajudador”. Em outros trechos do NT, parakaleõ com freqüência denota uma declaração memorável de caráter encorajador ou exortativo (conforme At 2:40). Barrett mostra que é uma combinação dessas duas funções que parece estar por trás dessa declaração aqui. O Espírito Santo fala do que “está por vir” (conforme 16,13) e por meio disso, enquanto traz convicção à consciência dos homens, fortalece os crentes (aqui, e conforme 16:7-15; lGo 14.3ss). Acerca do seu ministério de intercessão, outro aspecto essencial da sua obra como Parácleto, conforme Rm 8:26.

    v. 17. o Espírito da verdade: Essa qualificação sempre é empregada em conjunto com o Parácleto em João (conforme 15.26; 16.13; ljo 4:6). O mundo não pode recebê-lo: O mundo e o Espírito são contrastados por definição. O mundo é materialista e, por isso, basicamente hostil a qualquer coisa que não se conforme à natureza da matéria. Em 14.16,17, temos a primeira de cinco declarações acerca do Parácleto no discurso da sala do andar superior, sendo as outras quatro: 14.25,26; 15.26,27; 16:5-11 e 16:12-15. Juntas, essas cinco declarações apresentam uma doutrina do Espírito Santo antes de qualquer referência a ele em outros trechos nos Evangelhos, mas mostrando uma afinidade notável com a descrição da sua presença e ministério em Atos. v. 18. voltarei para vocês: Conforme o v. 3. Jesus, provavelmente, se refere às aparições após a ressurreição e à vinda do Espírito como também ao grande dia da sua vinda. v. 19. Porque eu vivo, vocês também viverão'. Um novo pensamento parece entrar na narrativa nesse ponto. Mas, provavelmente, seja preferível associar essas palavras à frase anterior, i.e., “vocês, porém, me verão. Porque eu vivo, vocês também viverão”, 

    v. 20. compreenderão que estou em meu Pai: As aparições após a ressurreição seriam visitas sobrenaturais de Jesus depois da sua ressurreição, demonstrando visivelmente a eles sua incursão divina nas situações deles. A verdadeira base para a sua união com ele não serão suas aparições, mas o amor deles pelo Senhor pelo qual a visão deles vai mantê-lo sempre em vista. E a verificação do amor deles precisa se mostrar sempre na obediência aos seus mandamentos, v. 21. eu também [...] me revelarei a ele: Que Jesus combina essa visão beatífica e sua aparição escatológica, parece evidente com base na pergunta de Judas (cf. v. 22). A simples palavra (gr. emphanizõ) parece conter traços de teofania do AT (conforme Ex 33:18). Mas Jesus garante a Judas que isso não vai ser mera visita passageira. O Pai e ele juntos farão morada nele (v. 23). v. 27. Deixo-lhes a paz: Isso é mais do que as convencionais saudações ou despedidas. É a paz dele, diferente da estimativa que o mundo tem de tranqüilidade, mas que traz conforto e força no meio da aflição, v. 28. o Pai é maior do que eu: Essas palavras não dão necessariamente apoio a uma doutrina reduzida de Cristo. O Pai é “maior” no sentido de que o Filho encarnado deriva a sua existência dele. E Cristo estava especialmente apto para declarar isso como a Palavra encarnada. Além disso, a “grandeza” do Pai significa que a sua revelação manifesta em Jesus está completa na medida em que isso era possível para uma pessoa humana. O mundo da criação e da história, no qual a Palavra é imanente, é o que é porque o Pai é o que é. Mas a sua natureza não depende da sua manifestação, v. 31. Levantem-se, vamo-nos daqui! (gr. egáresthe agõmen enteutherí): Foi nesse exato momento que Jesus deixou a sala? Foram os discursos dos caps. 15 e 16 falados durante o percurso para o Getsêmani? G. H. Dodd (Historical Tradition in the Fourth Gospel, p.
    72) lançou luz sobre esse ponto: egeiresthe pode significar “movam-se”; semelhantemente, agõmen enteuthen pode significar “Vamos enfrentar o inimigo”, e nesse caso o elo com o versículo anterior seria excepcionalmente forte. Como R. V. G. Tasker diz: “Jesus está aqui expressando sua determinação espiritual de enfrentar o príncipe deste mundo” (p. 170). Nenhum movimento para fora da sala do andar superior precisa, portanto, ser pressuposto nesse ponto. E, como o dr. Dodd destacou, “levantar-se”, embora referindo-se ao sono em Mc 14.42, com freqüência é usado como referência a “mexer-se” para sair de um estado de letargia. Westcott comenta apropriadamente que, embora ocorram palavras semelhantes em Marcos, elas são “tais que seriam naturalmente repetidas em circunstâncias semelhantes” (p. 211).


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de João Capítulo 14 versículo 16
    Jo 14:16 - Os muçulmanos estão certos ao dizer que essa promessa ia vinda do "Consolador" referia-se a Maomé?


    PROBLEMA:
    Eruditos muçulmanos vêem essa referência ao prometido ''Consolador" (em grego, parakletos) como sendo uma profecia a respeito de Maomé, porque o Corão (Surá 61:
    6) refere-se a Maomé como "Ahmad" (periclytos), que eles consideram a forma correta de expressar paraklêtos.

    SOLUÇÃO: Não há base alguma para se concluir que o "Consolador" que Jesus mencionou seja Maomé. Em primeiro lugar, nem um único dos 51366 manuscritos gregos do NT contém a palavra periclytos ("o que é louvado"), que os muçulmanos dizem ser a expressão correta.

    Em segundo lugar, Jesus identifica claramente o "Consolador" como sendo o Espírito Santo, não Maomé. Cristo referiu-se ao "Conso1ador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará" (Jo 14:26).
    Em terceiro lugar, o "Consolador" foi dado aos discípulos de Jesus (''Ele vos dará", v. Jo 14:16), e Maomé não foi seu discípulo. Em quarto lugar, o "Consolador" estaria para sempre com eles (v. Jo 14:16), e Maomé já morreu há 13 séculos!
    Em quinto lugar, Jesus disse aos discípulos: "vós o [o Consolador] conheceis" (v. Jo 14:17), e eles não conheciam Maomé, que não nasceu senão depois de seis séculos.
    Em sexto lugar, Jesus disse a seus apóstolos que o Consolador estaria neles ("em vós", v. Jo 14:17). Em nenhum sentido Maomé poderia estar "nos" apóstolos de Jesus.
    Em sétimo lugar, nosso Senhor afirmou que o Consolador seria enviado em seu nome (de Jesus, v. Jo 14:26). Mas nenhum islamita crê que Maomé tenha sido enviado por Jesus, em seu nome.
    Em oitavo lugar, o Consolador que Jesus enviaria não iria falar por si mesmo (Jo 16:31), ao passo que Maomé constantemente testifica de si mesmo no Corão (conforme Surá 33:40).

    Em nono lugar, o Consolador iria glorificar Jesus (Jo 16:14), e Maomé declara substituir Jesus, na condição de um profeta posterior.

    Finalmente, Jesus afirmou que o Consolador viria "não muito depois destes dias" (At 1:5), ao passo que Maomé veio somente depois de seiscentos anos.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 14 do versículo 1 até o 31
    b) O último discurso (Jo 14:1-43) -Jesus refere-se agora ao propósito da Sua partida e ao destino deles. Em palavras de ternura e compaixão, ordena-lhes que não dêem lugar ao medo. Credes em Deus (1). Jesus os exorta a ter fé em Deus e nEle Muitas moradas (2). Ele irá preparar-lhes um lugar. Sua retirada do mundo é necessária, para que mais tarde Ele possa voltar e recebê-los eternamente. O sentido em que Cristo os "receberá" tem sido interpretado ou como referência à morte, ou no aspecto escatológico. (Ver At 7:59; 2Co 5:8; Fp 1:23). Eles entendem que Sua "partida" se refere à Sua morte. Tomé interpola o discurso, afirmando que eles Ignoram não somente o Seu destino, mas também o caminho. Responde-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida (6). A meta é o conhecimento do Pai e este conhecimento somente Ele pode conceder. Conhecer a Jesus Cristo quer dizer conhecer a Deus. Filipe deseja uma teofania, a manifestação visível do Deus invisível, pensando que a revelação material da divindade seria prova irrefutável da Sua existência (8).

    >Jo 14:10

    Note-se como esta citação do mal-entendido dos discípulos serve para autenticar o relato. Mas, quem vê a Jesus, vê o Pai. Jesus insiste na sua união com o Pai, união esta que é assegurada pelas Suas obras, pois tanto Suas palavras como Suas obras originam do Pai (10). As Suas obras deviam convencê-los da verdade das Suas reivindicações. Fé nEle possibilitará obras ainda maiores do que as dEle (12). A retirada de Jesus lhes significaria o derramamento do Espírito, cujo poder operaria neles para a execução de obras gloriosas. A presença de Jesus ao lado do Pai lhes asseguraria a resposta a todas as suas orações "em Seu nome" (13,14). Destarte, o Pai seria glorificado nas vitórias do Seu Filho, efetuadas pela instrumentalidade das orações dos discípulos. Sua obediência a Cristo é a prova do seu amor (15).

    >Jo 14:16

    2. A PROMESSA DO ESPÍRITO SANTO (Jo 14:16-43) -Jesus promete mandar-lhes outro Consolador (16). Gr. parakletos (advogado). A palavra é usada quatro vezes neste Evangelho e uma vez em I João. O sentido literal de parakletos é "aquele que é chamado ao lado de outrem", ou "aquele chamado para ajudar perante o tribunal", dali "advogado" (Ver 1Jo 2:1). As funções do Espírito Santo são as seguintes: convencer (Jo 16:8); dar testemunho (Jo 15:26); ensinar (Jo 14:26). A tradução "consolador" salienta um aspecto do vocábulo original. Do ponto de vista etimológico, a tradução "advogado" é mais exata. No trecho em apreço, a palavra "Consolador" serve bem no contexto geral. O Consolador nos ajuda, não somente pelo fato de oferecer-nos o seu conforto, mas também pela revelação da pessoa e obra de Jesus. O versículo confirma a distinta personalidade do Espírito Santo. Este Espírito de Verdade permanecerá com eles. Será o novo Consolador que chegarão a conhecer. O mundo não conhece o Espírito da Verdade, nem pode recebê-lo (17).

    >Jo 14:18

    A grande consolação final dos discípulos seria o advento de Cristo mesmo. Não vos deixarei órfãos (18). Jesus dá aos seus discípulos a promessa da Sua aparição, que seria o selo da sua verdadeira união com o Pai. Isto se cumpriu depois da ressurreição. A obediência dos doze aos Seus mandamentos seria o teste do seu amor e a prova da sua união com Ele. A recompensa para sua obediência seria a manifestação do Cristo ressurreto e glorificado (21). Judas Tadeu (não o traidor) fica perplexo ao falar de uma manifestação limitada apenas aos discípulos (22). A resposta de Jesus indica a natureza verdadeira do Seu reino e define as condições da Sua manifestação. A condição imprescindível do amor resulta em obediência à Palavra e em comunhão espiritual com Deus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra... e viremos para Ele e faremos nele morada (23). Sem amor, não pode haver obediência. Estes versículos apresentam um conceito de Deus muito além do transcendentalismo judaico.

    Jesus promete que o Parakletos trará o Seu ensino à lembrança. A obra do Consolador é mais do que uma reminiscência da ipsissima verba do Filho de Deus; "é a representação viva de tudo quanto Ele disse aos discípulos; é a exposição criadora do Evangelho" (Hoskyns, The Fourth Gospel). Aos discípulos, perturbados em espírito, Jesus deixa a herança da Sua paz, essa paz que o mundo nem pode dar, nem tirar (27). Eles não devem temer, pois Ele já afirmou que ia ao Pai um, acontecimento que só pode proporcionar alegria e prazer. Jesus voltará para o Pai e este fato lhes assegurará a bênção real da Sua paz. Ele prediz os acontecimentos para confirmar a sua fé (29). O Pai é maior do que eu (28). A frase compara o ofício e funções, não o mérito e dignidade, de duas pessoas da Trindade, e deve ser interpretada à luz do contexto. Não há aqui nenhuma referência à criação do Filho com a implicação de Sua inferioridade ao Pai. Vê-se na frase a condição necessária à encarnação. Jesus afirma que o Pai é a meta final, a quem voltará por meio de Sua humilhação e morte.

    >Jo 14:30

    Jesus faz pausa no Seu discurso. Resta-lhe pouco tempo para falar. O príncipe do mundo (30) está prestes a fazer sua obra diabólica. Não obstante, não poderá prevalecer contra Ele, pois "não tinha nada nEle" que servisse para seus estratagemas. Entretanto, Jesus deve sofrer e a cruz revelará ao mundo o Seu amor para com o Pai (31).

    Uma pausa no discurso pode ser indicada pelas duas frases "Não falarei muito convosco" (30) e "vamo-nos daqui" (31).

    >Jo 15:1

    3. ALEGORIA DA VIDEIRA (Jo 15:1-43) -A metáfora da videira é usada no Velho Testamento em Is 5:1-23, e aplica-se no ensino de Jesus, aqui à união entre o crente e Deus. Jesus é a videira verdadeira de Deus, e o Pai é o agricultor (1). Os ramos florescem somente na medida em que permanecem na videira. Todo ramo sem fruto é cortado e os brotos frutíferos são cuidadosamente aparados para que dêem mais fruto (2). Deus corta os ramos imprestáveis e joga-os fora, como no caso de Judas. Os verdadeiros crentes são purificados pela Palavra e pela experiência de união com a videira (3). Permanecei em mim e eu permanecerei em vós (4). Desta permanência resultará abundância de fruto (5). Sem o Filho, nada se pode fazer. O vers. 6 refere ao destino dos ramos cortados (cfr. Ez 15:2-4). O vers. 7 amplia a frase "permanecei em mim". Resulta desta união orgânica o penhor de uma resposta a todos os pedidos feitos em Seu nome e em conformidade com a vontade divina. Deus é glorificado por este fruto (8), sendo o amor e obediência o fruto que distingue o genuíno discipulado. O amor do Filho para com os Seus discípulos se baseia no amor do Pai para com o Filho (9). O modelo de amor e obediência para os discípulos se encontra na relação que existe entre o Pai e o Filho (10). Cfr. Jo 10:15; Jo 14:20. As características da união espiritual entre os discípulos e seu Senhor são o amor e o gozo. O gozo de Jesus lhes é prometido (11). Ele exorta-os a amarem uns aos outros, pois eles são o objeto do Seu amor e esse amor tem sua máxima expressão no sacrifício voluntário da Sua própria vida (13). O vers. 13 tem servido muitas vezes para ilustrar o amor humano que faz o sacrifício supremo pelos outros. No contexto, porém, é salientado o caráter único do que é sacrificado, a saber, a vida do Filho de Deus, que dá a Si mesmo pelos Seus amigos. Eles são Seus amigos, se fazem o que Ele ordena (14). Não são mais servos, e mas amigos, pois o servo não entende os planos e objetivos do seu mestre. Sendo Seus amigos, Jesus lhes revela tudo quanto ouviu do Seu Pai (15). Tiveram o privilégio único de serem iniciados no conhecimento dos propósitos do Pai e receberam a verdade divina, o ensino celestial. Ele os escolheu. A iniciativa no ato vem dEle. E agora Ele os envia ao mundo, para completarem Sua obra (16). Os discípulos receberam uma chamada divina que seria a inspiração da obra e a explicação do seu fruto permanente (16). Tudo quanto pedirem no nome do Pai lhes será dado.

    >Jo 15:18

    4. CONSEQÜENCIAS DA UNIÃO COM CRISTO (Jo 15:18-43) -Obediência a Jesus envolve o ódio do mundo. Como o seu Mestre, devem esperar perseguição e hostilidade, se é que permanecem leais ao Seu nome (21). Jesus não desculpa o mundo. pois falou ao mundo, e o mundo o odiava. Quem odeia a Jesus odeia também ao Pai. Jesus é odiado sem motivo (25; cfr. Sl 35:19; Sl 69:4), para que se cumpra a palavra escrita. O encontro entre os judeus e Jesus inevitavelmente gerou neles maus sentimentos e mortal antipatia.

    >Jo 15:26

    Logo em seguida, Jesus fala da missão do Consolador (26-27; ver Jo 16:1-43). Quem os guarda é o espírito da verdade, que procede do Pai e dá testemunho à revelação da verdade em Jesus. De igual modo, os discípulos, em virtude da sua união com Jesus, receberam a mesma incumbência de testificarem. A sua autoridade é fundada em sua experiência espiritual (27).

    >Jo 16:1

    5. A MISSÃO DO ESPÍRITO SANTO (Jo 16:1-43) -Jesus lhes falou estas palavras a fim de prepará-los para o encontro com o ódio do mundo e a probabilidade do martírio por amor dEle (1-2). O zelo fanático do mundo procurará conseguir a sua morte no nome da verdade, mas realmente será por causa da sua ignorância do Pai e do Filho. Jesus os adverte de antemão dum período de sofrimento, para que se lembrem, na hora de tribulação, das Suas palavras (4). Agora que Ele volta para o Pai, os onze estão tão prostrados de tristeza, que não podem perguntar-lhe a respeito do propósito da sua saída. Convém-lhes que Ele vá (aqui o original grego expressa o ato de ir-se embora). Se Ele for (o verbo grego agora sugere a meta em mira, o ato de voltar para o Pai), Ele mandará o Consolador (7). Porque vou para o Pai (10). Jesus continua, enfatizando a Sua retirada do mundo. Ele tem que ir, porque sua partida lhes trará o beneficio do dom do Consolador, cuja missão no mundo será de tratar dos momentosos assuntos do pecado, da justiça e do juízo (8). Sua operação poderosa condenará e desmascarará o pecado, revelando sua natureza verdadeira em termos de incredulidade (9). Mais ainda, o Consolador vindicará a justiça de Cristo. Esta justiça será vindicada pelo fato de o Pai aceitá-lo. A vitória do Cristo ressurreto é o penhor da derrota final do príncipe deste mundo (11). O juízo resulta inevitavelmente do ato divino em redenção.

    >Jo 16:13

    Estas verdades foram entendidas imperfeitamente pelos discípulos, por isso, um maior esclarecimento lhes seria dado pelo ensino do próprio Consolador. Ele havia de guiá-los a toda a verdade (13).O Espírito não fala de si mesmo (cfr. Jo 5:19; Jo 7:17 e segs.). Ele proclama e interpreta a significação de atos e acontecimentos que constituem a revelação final aos homens. Dá testemunho também ao cumprimento dos seus propósitos futuros. Glorificará o Filho, anunciando a Sua obra (14-15).

    >Jo 16:16

    6. ALEGRIA APÓS TRISTEZA (Jo 16:16-43) -Jesus agora faz referência à tristeza dos discípulos, que lamentam a perspectiva da Sua partida (16). Será retirada Sua presença física, porém Sua presença espiritual seria realizada nas obras do Espírito, começando com Pentecostes e continuando durante toda a vida da Igreja. Os discípulos pensam que a referência a "um pouco" contradiz Sua declaração concernente Sua ida para o Pai (17-18). Jesus percebe esta confusão de pensamento, sem procurar corrigi-la. Responde em termos positivos que elucidam Seu próprio pensamento. A tristeza aos onze se converterá em alegria (20). Compara se essa tristeza às dores de parto que são passageiras. Depois de nascida a criança o temor é esquecido sendo substituído pela alegria (21). A alegria dos discípulos nasceria do seu sofrimento espiritual Jesus voltará após a Sua morte e ninguém jamais poderia roubar lhes aquela alegria (22).

    >Jo 16:23

    Naquele dia não se fará mais perguntas como as que agora tanto perturbam os discípulos. Nada me perguntareis... se pedirdes alguma coisa (23). Pedirão em conformidade com a vontade de Deus. Jesus os inspira a pedir naquele sentido e garante-lhes o gozo de serem atendidos.

    >Jo 16:25

    7. VITÓRIA APÓS DERROTA (Jo 16:25-43) -Até aqui no discurso, Jesus fala em provérbios, encobrindo Seus ensinos em linguagem simbólica, mas agora chega a hora quando lhes fala abertamente. Naquele dia eles orarão a Deus com perfeito conhecimento da Sua vontade, em virtude da sua comunhão com Ele mediante o Espírito, até o ponto de Jesus declarar: não vos digo que rogarei ao Pai por vós (26). A intercessão de Cristo como nosso Advogado não é apresentada aqui como a base das orações dos discípulos. O Pai os ama por causa do seu amor para com o Filho. A união dos discípulos com o Pai é tão íntima, porque creram na missão divina do Filho. A consagração absoluta e amor para com Cristo, tornam-se o complemento da intercessão do Filho perante o Pai. Os discípulos expressam fé nEle (29-31) porém é inadequada a base da sua fé. Vê-se a compreensão imatura deles no vers. 30. Jesus põe em dúvida os protestos de fidelidade dos seus discípulos, vaticinando sua deserção (32). Jesus confia na vontade do Seu Pai, o Qual está sempre com Ele. Mais ainda, revela que o alicerce da fé deve ser posto na Sua vitória sobre as forças das trevas. Portanto, anima-os dizendo, tende bom ânimo, eu venci o mundo (33).


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de João Capítulo 14 do versículo 1 até o 31

    50. Conforto para corações aflitos (João 14:1-14)

    "Não deixe seu coração ser incomodado; credes em Deus, crede também em mim Na casa de meu Pai há muitas moradas;. Se não fosse assim, eu vos teria dito, pois vou preparar um lugar para você se. Eu vou preparar-vos lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também. E você sabe o caminho para onde eu vou. "Disse-lhe Tomé: "Senhor, não sabemos para onde vais, como podemos saber o caminho?" Jesus disse-lhe: "Eu sou o caminho, ea verdade, ea vida; ninguém vem ao Pai senão por mim Se você me tivesse conhecido, teria conhecido também a meu Pai. A partir de agora o conheceis, eo tendes visto. " Filipe disse-lhe: "Senhor, mostra-nos o Pai, e isso é o suficiente para nós." Jesus disse-lhe: "Estou há tanto tempo convosco, e ainda assim você não chegaram a conhecer-me, Filipe Quem me vê a mim vê o Pai;? Como você pode dizer: 'Mostra-nos o Pai' Você Não acredito que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo, mas o Pai, que permanece em mim, faz as Suas obras. Crede-me que estou no Pai e que o Pai está em mim, caso contrário acredito que por causa das mesmas obras verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em Mim, as obras que eu faço, ele vai fazer também;. e maiores do que estas que ele vai fazer; porque eu vou para o Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei. " (14: 1-14)

    A vida neste mundo caído, amaldiçoado pelo pecado está repleto de problemas e provações. Em vez de fingir que eles não existem, a Escritura enfrenta as dificuldades da vida diretamente. Job. nenhum estranho ao sofrimento, declarou: "O homem, que é nascido de mulher, é de curta duração e cheia de tumulto" (14:1, o profeta, lamentou: "Por que eu saí do ventre de olhar para problemas e tristeza, de modo que os meus dias foram gastos em vergonha?" Sabendo que seus seguidores teriam de enfrentar problemas nesta vida, o Senhor Jesus Cristo ordenou-lhes: "Não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã cuidará de si Cada dia tem problemas suficientes por si só." (Mt 6:34.). Em Jo 16:33 Ele reiterou a realidade, dizendo: "No mundo tereis aflições". Paulo e Barnabé lembrou crentes na Ásia Menor que "através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus" (At 14:22).

    Mas a bendita promessa das Escrituras é que Deus, "o Pai das misericórdias e Deus de toda consolação" (2Co 1:3..), Vai confortar seus filhos. Como Paulo passou a escrever, Ele "nos consola em toda a nossa tribulação, para que possamos será capaz de consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. Porque, como as aflições de Cristo são nossos em abundância, assim também o nosso conforto é abundante por meio de Cristo "(vv. 4-5). Deus conforta, porque Ele é "misericordioso e piedoso" (Ex 34:6; 2 Crônicas 30:.. 2Cr 30:9; Ne 9:17; Sl 78:38; 103:.. Sl 103:8; Sl 111:4; Lm 3:22; Dn 9:9, Jn 4:2).

    Deus conforta inicialmente Seu povo, concedendo-lhes o perdão, salvação, e do Espírito Santo, que é o Consolador (14:16, 26). Jesus prometeu que "os que choram" sobre o seu pecado ", serão consolados" (Mt 5:1; conforme Is 12:1-2; 40: 1-2.; 51: 11-12; Is 52:9) culminará na perfeita paz e bem-aventurança eterna do céu (Is 25:8; Ap 21:4, exultou: "Tu, ó Senhor, que me ajudaram e me confortou."Falando de sua própria experiência, Paulo escreveu que "Deus ... conforta o deprimido" (2Co 7:6).

    Deus conforta o seu povo quando eles clamam a Ele em oração. O salmista orou: "O teu amor pode me confortar ... Meus olhos se cansavam de anseio por tua palavra, enquanto eu digo:" Quando você vai me confortar "'? (Sl 119:1:. Sl 119:76, Sl 119:82) A palavra também é. uma fonte de conforto: "Esta é a minha consolação na minha angústia, que a tua palavra me reavivou .... lembrei-me teus juízos desde os tempos antigos, ó Senhor, e consolar-me" (Sl 119:1:. Sl 119:50,Sl 119:52). O Espírito Santo, o Consolador divino ( NVI , "Helper"; Jo 14:16, Jo 14:26; Jo 15:26; Jo 16:7).

    Na noite antes de sua morte, o Senhor Jesus Cristo dirigiu-se aos onze discípulos restantes (menos Judas) no cenáculo. Embora a cruz, com o seu pecado de rolamento (2Co 5:21) e separação do Pai (Mt 27:46), era iminente, o foco de Jesus não estava em seu próprio calvário. Em vez disso, Ele estava preocupado com os discípulos, cujo mundo estava prestes a ser destruído. Eles já estavam doendo, confusa e ansiosa por causa da iminente perda de seu amado Mestre. Logo ele teria ido, e que iria "chorar e lamentar" (16:20). Por causa do Seu amor perfeito e completo para os discípulos (conforme a discussão Dt 13:1), e depois repetiu que a previsão reservAdãoente-lhes:" Filhinhos, eu estou com você um pouco mais de tempo Você vai buscar-me; e.como eu disse aos judeus, agora eu também digo a você: 'Para onde eu vou, vós não podeis ir' "(13:33).

    Tal como os seus irmãos judeus, os discípulos viram o Messias como um rei conquistador. Ele, que acreditava apaixonAdãoente, livre Israel da escravidão para a Roma, restaurar sua soberania e glória, e estendê-lo sobre o mundo. O conceito de um Messias morrendo não tinha lugar em sua teologia (conforme Lc 24:21). Em uma nota mais pessoal, os discípulos tinham abandonado tudo para seguir a Jesus (Mt 19:27.); agora Ele, aparentemente, foi abandoná-los.

    Outros eventos daquela noite no cenáculo tinha adicionado à turbulência emocional que os discípulos sentiram. Eles haviam sido envergonhado por sua recusa orgulhosa a lavar os pés uns dos outros, o que levou Jesus a humildemente fazer o que eles se recusaram a fazer (13 3:5). Eles ficaram chocados ao ouvir Jesus prever que um deles iria traí-lo (13 21:22) e chocado com a notícia de que seu líder valente Pedro, aparentemente o mais forte e mais ousado de todos eles, seria covardemente negar Cristo (13:
    38) . Eles também foram, sem dúvida, inquieto porque sentiam que o próprio Senhor foi incomodado (13:21).
    Assim, quando Jesus disse-lhes: Não deixe seu coração ser incomodado (conforme Gn 15:1; Gn 46:3; Nu 21:34; Dt 1:1,Dt 1:29; Dt 20:1; 1Cr 28:20; Pv 3:25; Is 37:1; Is 41:10,Is 41:14; Is 43:1; Is 44:2; 51:. Is 51:7; Jr 1:8; 46:.. 27-28; Lm 3:57; Jl 2:21; Ag 2:5; Ap 2:10), Ele não estava dizendo que não devem começar a ser incomodado. Eles já estavam preocupados, e ele estava dizendo-lhes para parar. Troubled traduz uma forma do verbo tarassō ("sacudir", ou "a agitar-se"). Ele é usado para descrever a literal agitação up do tanque de Betesda (5:
    7) e, em sentido figurado, de agitação mental ou espiritual grave (Mt 2:3; Lc 1:12; Lc 24:38; Jo 11:33; Jo 13:21; At 15:24). Como sempre, Jesus conhecia o coração dos discípulos; Ele entendeu sua confusão e preocupações. Alguma vez o Salvador compassivo, Ele simpatizava com a sua tristeza e dor (Is. 53: 3-4; He 4:15.). Mesmo que os discípulos se alheio à sua dor, Ele sentiu a deles e procurou confortá-los.

    O Senhor, então, acrescentou um segundo comando. Assim como os discípulos acreditam em Deus, eles estão a crede também em Lo. Cristo afirmou a Sua divindade, colocando-se em pé de igualdade com o Pai, como um objeto apropriado de fé. Em chamando-os a esperar em Deus, Jesus estava chamando seus discípulos para colocar a sua esperança em Deus.

    Apesar de lapsos ocasionais em idolatria, Israel tinha um património de fé e confiança em Deus. Abraão "creu no Senhor, e Ele imputou-lhe isto como justiça" (Gn 15:6; conforme 42:. Sl 42:5,Sl 42:11). Em outro salmo, ele escreveu: "Quanto a mim, eu confio em Vós, ó Senhor, eu digo: 'Tu és o meu Deus" (Sl 31:14). Em uma passagem especialmente apropriado para a situação dos discípulos, Davi declarou confiante "Quando eu tenho medo, vou colocar minha confiança em Ti" (Sl 56:3; conforme 21:. Sl 21:7; Sl 22:4,Sl 22:9; Sl 26:1; Sl 32:10; Sl 33:21; Sl 37:3; Sl 40:4; Sl 62:8; Sl 86:2; Sl 125:1.; Is 50:10; Jr 17:7)..

    Muitos em Israel acreditava em Deus, apesar de nunca tê-lo visto. Mesmo Moisés "firme, como quem vê aquele que é invisível" (He 11:27), uma vez que, como o próprio Deus declarou-lhe: "Você não pode ver a minha face, porquanto homem nenhum pode ver-me e viver!" (Ex 33:20;. Conforme Dt 4:12;. Jo 1:18; Jo 6:46; 1Tm 6:161Tm 6:16.). Os discípulos precisavam ter o mesmo tipo de fé em Jesus quando Ele não estava mais visivelmente presente com eles. O Senhor não estava chamando os discípulos a acreditar Salvadora Nele; eles já haviam feito isso (13 10:11). A forma atual do verbo pisteuo (acredito) refere-se, em vez de uma relação de confiança em curso nEle. Embora eles realmente acreditavam em Jesus, a fé dos discípulos já estava começando a vacilar. Logo, quando Ele foi levado com eles e eles enfrentaram os eventos traumáticos de sua traição, prisão, julgamento e crucificação, seria atingir o seu ponto mais baixo.

    Mas Cristo não precisa estar visivelmente presente para os discípulos para receber conforto e força Dele. De fato, Jesus elogiou a fé daqueles que não tinha visto ele (Jo 20:29; conforme 1Pe 1:81Pe 1:8; Dt 31:6; Js 1:5; 1Cr 28:201Cr 28:20; Sl 37:1,Sl 37:28; Is 41:10), ainda seria verdadeiro.

    É o pós-Pentecostes ministério do Espírito Santo para fazer os crentes conscientes da presença reconfortante de Cristo. Mais adiante neste capítulo Jesus prometeu:
    E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; que é o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós. Eu não deixarei órfãos; Eu voltarei para você. (Vv. 16-18)
    Em 15:26 Ele disse aos discípulos: "Quando vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, que é o Espírito da verdade, que procede do Pai, Ele dará testemunho de mim" (conforme 16: 7, 13-14).
    A presença de Cristo é suficiente para acalmar o coração que crê em tudo o desconcertante, preocupante situação que se encontra. Como o piedoso puritano João Owen observou: "A sensação da presença de Deus no amor é suficiente para repreender toda a ansiedade e medos, e não somente isso, mas para dar, no meio deles, consolação sólida e alegria" ( o perdão dos pecados [repr .; Grand Rapids: Baker, 1977], 17).

    Comfort 5em de Confiando Preparação de Cristo

    Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vos teria dito; pois eu vou preparar-vos lugar. Se eu for e vos preparar um lugar para você, eu voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também. (14: 2-3)

    Outra oferta para confortar os discípulos foi a revelação de que a sua separação de Deus não seria permanente. As palavras de Jesus, se não fosse assim, eu vos teria dito, assegurou aos discípulos que ele estava dizendo a verdade. Ele estava indo embora em parte para preparar um lugar para eles onde eles seriam reunidos com Ele na Sua glória celestial (Jo 17:24).

    casa do Pai é outro nome para o céu, que é descrito como um país, devido a sua vastidão (He 11:16.); uma cidade (Heb 0:22.), enfatizando seu grande número de habitantes; um reino (. 2Tm 4:18), porque Deus é seu Rei (.. Dn 4:37; conforme Mt 11:25; At 17:24); paraíso (Lc 23:43; 2Co 12:42Co 12:4), onde os redimidos estão livres do conflito desgastante com o pecado, Satanás, e do sistema mundial mal que odeia aqueles que amam a Cristo (Jo 15:19; Jo 17:14, "A cidade [a Nova Jerusalém] é definida como um quadrado, e seu comprimento é tão grande quanto a largura, e mediu a cidade com a vara, 1.500 milhas; seu comprimento e largura e altura são iguais. " Em termos de medições modernas, a base da cidade por si só é mais de dois milhões de quilómetros quadrados, mais do que metade do tamanho dos Estados Unidos. Sua altura acrescenta exponencialmente ao seu espaço de vida.

    O lugar que o Senhor Jesus Cristo está se preparando para os crentes é um lugar de brilho, beleza indizível:

    Então, um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: "Vem cá, eu te mostrarei a noiva, a esposa do Cordeiro". E ele me levou em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a santa cidade de Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, tendo a glória de Deus. Sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe cristalino. Ele tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos; e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel. Havia três portas no leste e três portas, ao norte e três portas, ao sul e três portas, a oeste. E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles estavam os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. Aquele que falava comigo tinha uma haste de medição de ouro para medir a cidade, as suas portas eo seu muro. A cidade é definida como um quadrado, e seu comprimento é tão grande quanto a largura; E mediu a cidade com a vara, 1.500 milhas; seu comprimento e largura e altura são iguais. E mediu o seu muro, setenta e dois metros, de acordo com as medições humanos, que são também medidas Angelicalais. O material da parede era de jaspe; ea cidade era de ouro puro, como vidro transparente. Os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de toda espécie de pedras preciosas. A primeira pedra fundamento era de jaspe; o segundo, de safira; o terceiro, calcedônia; o quarto, de esmeralda; o quinto, sardônica; o sexto, de sárdio; o sétimo, berilo; o oitavo, de berilo; o nono, de topázio; o décimo, chrysoprase; o décimo primeiro, de jacinto; o duodécimo, de ametista. As doze portas são doze pérolas; cada uma das portas era uma pérola. E a rua da cidade é de ouro puro, como vidro transparente. Eu não vi nenhum templo na mesma, porque o Senhor Deus Todo-Poderoso eo Cordeiro são o seu templo. E a cidade não necessita de sol nem da lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus iluminou-lo, e sua lâmpada é o Cordeiro. As nações andarão mediante a sua luz, e os reis da terra trarão a sua glória. Durante o dia (para não haverá noite lá) suas portas nunca será fechado; e eles trarão a glória ea honra das nações para ele; e nada imundo, e ninguém que pratica abominação e mentira, jamais entrar em-lo, mas somente aqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro. (Ap 21:9-27)

    A promessa de Jesus, eu voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também, refere-se ao arrebatamento da igreja (1 Cor 15: 51-54; 1 Tessalonicenses 4:. 13 52:4-18'>13-18. ; Ap 3:10). A ausência de qualquer referência ao julgamento indica que o Senhor não estava se referindo aqui a sua segunda vinda à Terra para julgar e estabelecer Seu reino (13 36:40-13:43'>Mateus 13:36-43, 13 47:40-13:50'>47-50; 24:. 29-44; 25: 31— 46; Ap 19:11-15), mas sim para a aproximar-se dos fiéis ao céu (conforme 13 52:4-18'>1 Ts 4: 13-18; 1 Cor. 15:. 51-57). As diferenças entre os dois eventos reforçam que a verdade. Na Segunda Vinda recolhimento dos anjos eleitos (Matt. 24: 30-31), mas aqui Jesus disse aos discípulos que Ele vir pessoalmente para eles. Na segunda vinda os santos hão de voltar com Cristo (Ap 19:8), Ele vem para estabelecer o Seu reino terrestre (Apocalipse 19:11-20: 6); aqui Ele promete voltar para eles. Entre o arrebatamento ea segunda vinda, a Igreja vai celebrar as bodas do Cordeiro (Apocalipse 19:7-10), e os crentes receberão suas recompensas (I Coríntios 3:10-15; 4:. 1Co 4:5; 2 Cor . 5:10). Quando Ele voltar no julgamento e reino glória, os santos virá com Ele (Ap 19:7), porque só Ele é a verdade (Jo 1:14; Jo 18:37; Ap 3:7) a respeito de Deus e Só ele possui a vida de Deus (Jo 1:4; Jo 11:25; 1Jo 1:11Jo 1:1). O objetivo deste evangelho é para fazer essas coisas conhecidas, para que eles se repetem ao longo do livro, a fim de levar as pessoas à fé e à salvação (20:31).

    A Bíblia ensina que Deus pode ser abordado exclusivamente através do Seu Filho unigênito. Só Jesus é o "porta das ovelhas" (10: 7); todas as outras são "ladrões e salteadores" (v. 8), e é só o que "entra através [Aquele que] será salvo" (v. 9). O caminho da salvação é um caminho estreito introduzido através de uma pequena porta estreita, e poucos acham que ele (13 40:7-14'>Mt 7:13-14.; Conforme Lc 13:24). "Não há salvação em nenhum outro lugar", afirmou Pedro corajosamente ", pois não há outro nome debaixo do céu, que tenha sido dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos" (At 4:12). Assim, é "aquele que crê no Filho [que] tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece" (Jo 3:36), e "não o homem pode estabelecer uma base diferente do que está posto, o qual é Jesus Cristo "(1Co 3:11), porque" há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem "(1Tm 2:5; conforme Jo 3:13; 10: 30-38; 0:45; 14: 9; Cl 1:15; Cl 2:9; 8: 42-45; Jo 15:23; Jo 11:27 Matt; 1Jo 2:23; 2Jo 1:92Jo 1:9; At 22:4).

    Comfort 5em de Confiando Pessoa de Cristo

    Se você me tivesse conhecido, teria conhecido a meu Pai; a partir de agora o conheceis, eo tendes visto. "Filipe disse-lhe:" Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. "Jesus disse-lhe:" Estou há tanto tempo convosco, e ainda você não vir a conhecer-me, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; como você pode dizer: 'Mostra-nos o Pai'? Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo, mas o Pai, que permanece em mim, faz as Suas obras. Crede-me que estou no Pai e que o Pai está em mim; caso contrário, acredito que por causa das mesmas obras. (14: 7-11)

    Para reforçar a fé vacilante dos discípulos, vocalizado por Tomé (v. 5), Jesus apontou-los de volta para a verdade que Ele é Deus encarnado. "Se você me tivesse conhecido," Ele lhes (os verbos em v repreendeu. 7 são plurais , indicando que o Senhor já não estava dirigindo Tomé sozinho como no v. 6, mas todos os discípulos), "você teria sabido também a meu Pai." Se os discípulos tivessem entendido completamente quem era Jesus, que teria conhecido o Pai como bem.

    A declaração do Senhor era nada menos do que uma reivindicação de divindade plena e igualdade com o Pai. Ele é o caminho para Deus (v. 6), porque Ele é Deus. Ele não é apenas uma manifestação de Deus; Ele é Deus manifestado. Essa verdade, um tema constante no evangelho de João (por exemplo, 1: 1-3,14,17,18; 05:18; 08:58; 10: 30-33; 19: 7; 20: 28-29), é o divisor de águas que divide a verdade desde falsas visões de Cristo. Muitos ao longo da história e hoje têm considerado Jesus como nada mais do que um bom homem; , um professor de moral ou religioso virtuoso exemplar. Mas isso é impossível. Ninguém que afirmou ser Deus encarnado, se sua afirmação era falsa, pode ser um bom homem. Se ele soubesse que sua afirmação era falsa, ele seria um enganador mal; se ele sinceramente acreditava que era verdade quando não era, ele seria um lunático delirante. Mas a evidência conclusiva mostra que Cristo não era nem um mentiroso nem louco. Ao contrário, ele era Deus, exatamente como Ele afirmava ser. (Para mais uma defesa desta verdade, ver John Macarthur, João 1:11, A Commentary MacArthur Novo Testamento. [Chicago: Moody, 2006], capítulos 7:15-24) Como cada pessoa reage à afirmação de Cristo determina o seu destino eterno (Jo 8:24). É possível interpretar a frase a partir de agora o conheceis, eo tendes visto como referindo-se naquele exato momento no cenáculo. No entanto a pergunta de Filipe no versículo 8, o que sugere que os discípulos ainda não entendeu o ponto de Jesus, argumenta contra uma satisfação imediata das suas palavras. Foi só depois da morte, ressurreição, ascensão de Cristo, ea vinda do Espírito no dia de Pentecostes (Jo 14:17, Jo 14:26; Jo 15:26; Jo 16:13) que os discípulos finalmente entender divindade e relação de Jesus com o Pai (Jo 20:28; At 2:22; 5: 29-32). Porque esse entendimento certamente viria no futuro, Jesus falou dela como se fosse uma realidade presente.

    Tomé ficou em silêncio por resposta de Jesus à sua pergunta, mas Filipe ainda não estava satisfeito. Expressando contínua falta de compreensão dos discípulos, Filipe disse-lhe: "Senhor, mostra-nos o Pai." Ele não se contentava com conhecimento indireto de Deus, mesmo que é dado pelo próprio Jesus. Em vez disso, ele queria uma manifestação visível da presença do Pai para sustentar sua Fm 1:24), os pais de Sansão (Jz 13)., Moisés (Ex 6:7 Ex 33:1 Ex 34:1 18-23.). : 9-10), Isaías (Is 6:1-4.) e Ezequiel (Ez 1:1; Jo 8:19; Jo 16:3; conforme 2Co 4:42Co 4:4; At 26:18; Rm 3:22, 25-28,Rm 3:30;. Rm 4:5; 3:. 7-9,Gl 3:24,Gl 3:26; Fp 3:1; 2Ts 2:132Ts 2:13; 2Tm 3:152Tm 3:15), também é a própria essência de sustentar a vida cristã (At 6:5; 2Co 5:72Co 5:7; Ef 6:1; 1Ts 5:81Ts 5:8; 1Tm 6:11; 2Tm 2:222Tm 2:22). Jesus declarou em Jo 7:16, "A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou." Em 0:49 Ele acrescentou: "Porque eu não falei por mim mesmo, mas o próprio Pai que me enviou, tem me dado um mandamento quanto ao que dizer eo que falar." Tão poderoso foram as palavras do Senhor que, na conclusão do Sermão da Montanha ", quando Jesus terminou estas palavras, as multidões ficaram admirados com seu ensinamento, pois Ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas" (Mateus 7:28-29.). Explicando aos seus superiores por que eles não conseguiram prendê-lo, aqueles enviados para prender Jesus disse em reverência, "Nunca um homem fala a maneira que este homem fala" (Jo 7:46). Os poderosos, palavras divinas de Jesus Cristo, que penetram o coração ea mente, são a resposta ao clamor dos redimidos, "Aumenta a nossa fé!" (Lc 17:5.).

    Não só é a fé com base nas palavras de Cristo, mas também sobre o inédito (Jo 15:24; conforme Jo 9:32; Mt 9:33; Mc 2:12.), Inegável (Jo 3:2 ; Jo 11:47) obras miraculosas Ele realizou. Por isso, Ele desafiou os discípulos, "Crede-me que estou no Pai e que o Pai está em mim, caso contrário acredito que por causa das mesmas obras." Em Jo 5:36 Jesus declarou: "As obras que o Pai me deu para realizar-as mesmas obras que Eu-testemunho de mim, que o Pai me enviou ", enquanto em 10:25 Ele acrescentou:" As obras que eu faço em nome de meu Pai, essas dão testemunho de mim "(conforme vv. . 32,37-38; Mt 11:2-5; Atos 5:22-23). Sua afirmação de ser igual a Deus (conforme Jo 5:18) foi não só estabeleceu pelo seu próprio auto-testemunho (e do testemunho de João Batista [5: 31-34] e de Escrituras do Antigo Testamento [05:39 —46]), mas confirmada pelas obras sobrenaturais poderosos e amplos que o Espírito lhe permitiu realizar na vontade do Pai (João 5:36-37).

    Comfort vem do poder de confiar em Cristo

    Verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em Mim, as obras que eu faço, ele vai fazer também; e maiores obras do que estas que ele vai fazer; porque eu vou para o Pai.(14:12)

    A promessa surpreendente para aquele que crê em Cristo é que as obras que ele faz, ele vai fazer também; e maiores obras do que estas que ele vai fazer. As maiores obras a que Jesus se refere não foram maiores em força do que aqueles que Ele realizou, mas maior em extensão. Os discípulos de fato realizar milagrosas obras, como Jesus tinha (conforme Atos 5:12-16; Heb. 2: 3-4). Mas esses milagres físicos não eram principalmente o que Jesus tinha em mente, uma vez que os apóstolos não fazer milagres mais poderoso do que ele tinha. Quando o Senhor falou de seus seguidores que executam obras maiores, Ele estava se referindo ao ponto de o milagre da salvação espiritual. Jesus nunca pregou fora da Palestina, mas seus seguidores iria espalhar o evangelho em todo o mundo. Jesus tinha apenas um alcance limitado aos gentios (conforme Mc 7:1ff), mas os discípulos (especialmente Pedro e mais tarde Paulo) chega ao mundo gentio com o evangelho. O número de crentes em Cristo também iria crescer muito além das centenas (At 1:15; 1Co 15:61Co 15:6; conforme 14: 16-17,Jo 14:26; Jo 15:26; Jo 16:13; At 1:5) e capacitá-los para o ministério (At 1:8).

    A promessa de Cristo de enviar o Espírito Santo ofereceu mais conforto aos discípulos. Embora Jesus não seria mais visivelmente presente com eles, o Espírito lhes daria todo o poder que precisava para estender a obra que Ele tinha começado (conforme At 1:8). Ele forneceu comida para eles (Lucas 5:4-6; João 21:5-12), e em uma ocasião até pagou impostos de Pedro (Mt 17:24-27.). Agora Ele estava prestes a deixá-los, e eles, depois de ter deixado tudo para segui-Lo (Mt 19:27), deve ter se perguntado onde os seus recursos viriam.

    Antecipando-se a sua preocupação, Jesus prometeu que mesmo depois que ele se foi, ele iria continuar a suprir as necessidades dos discípulos do céu. Repetindo-lo duas vezes para dar ênfase, o Senhor tranquilizou-os, tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei ... Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei. Oração a colmatar a lacuna entre as suas necessidades e sua abundante , ilimitadas, os recursos não empobrecido (conforme Fm 1:4).

    Em segundo lugar, é reconhecer a própria pobreza espiritual, a falta de auto-suficiência, e completa indignidade para receber algo de Deus com base em méritos próprios de um (Mt 5:3) e reconhecer sua completa dependência dEle para suprir todas as necessidades (Mateus 6:25-32; Fp 4:19..).

    Finalmente, é a de expressar um sincero desejo de que Deus seja glorificado em sua resposta. É para alinhar os pedidos de cada um com meta suprema do Pai de glorificar o Filho. Quando os crentes orar dessa forma eles rezam em sintonia com Jesus ' nome -His pessoa, Seus propósitos, e Sua preeminência.

    Assim, em preparando os discípulos para a sua partida, o Senhor enfatizou Seu cuidado contínuo para Si-los-preocupar com seu conforto, mesmo em face de seu próprio sofrimento iminente. Fora de seu profundo amor por eles e por todos os que se segui-los na fé, Ele lhes deu motivos concretos e confiáveis ​​para ter esperança.

    A mensagem de Cristo de conforto e de esperança é tão aplicável hoje como era no cenáculo há dois milênios. Este mundo está cheio de falsas esperanças. Mas além da garantia dada pelo Espírito de presença contínua de Cristo, a confiança de que Ele está preparando um lugar no céu, a convicção de que Ele é o único caminho para Deus, a compreensão de que Ele é Deus encarnado, o reconhecimento do seu poder sustentar, ea certa expectativa de que Ele vai perfeitamente cumprir Suas promessas com a oferta celeste e regularidade, todas as outras fontes de conforto e esperança não são nada mais do que "cisternas rotas, que não retêm as águas" (Jr 2:13). Eles acabarão decepcionou, ao passo que Jesus nunca falha.

    51. O legado de Jesus (João 14:15-26)

    . "Se me amais, guardareis os meus mandamentos eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; que é o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o faz não vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós eu não deixarei órfãos;. Eu voltarei para você Depois de algum tempo o mundo não vai mais ver-me, mas você. Me verá;.. porque eu vivo, vós também vivereis Naquele dia você vai saber que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em ti Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda é aquele que me ama ; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei, e divulgará-me a ele ". Judas (não o Iscariotes) disse-lhe: "Senhor, o que então aconteceu que você está indo para divulgar-se a nós e não ao mundo?" Jesus respondeu, e disse-lhe: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra;. E meu Pai o amará, e viremos a ele e faremos nele morada Quem não me ama não guarda as minhas palavras ; ea palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai que me enviou Estas coisas vos tenho dito para você enquanto cumpridores com você, mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará.. todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo o que eu disse a você. " (João 14:15-26)

    Conforme as pessoas envelhecem, eles naturalmente gastar mais e mais tempo pensando sobre o legado que vai deixar para trás. Eles começam a considerar como eles serão lembrados, e que eles vão entregar para baixo para quem vem depois deles. Como nunca antes, eles refletem sobre o patrimônio que construíram ao longo da vida.
    No plano financeiro, muitos plano para a distribuição da riqueza que acumularam, querendo se certificar de que vai para seus herdeiros de escolha, e não ao governo ou a uma terceira parte inaceitável. Não surpreendentemente, a resposta a essas preocupações se tornou um grande negócio. Há planejadores inúmeros imóveis, conselheiros de investimento e advogados que oferecem meios para realizar objetivos diferentes das pessoas. Os comerciais de televisão tout seguro de vida e exortar os idosos não sobrecarregar suas famílias com despesas de funeral caros. Livrarias locais são totalmente abastecido com livros de auto-ajuda e programas de computador que lidam com o planejamento da propriedade. Seminários especiais são freqüentemente oferecidos sobre como lidar com os testamentos e trusts. Tudo isso se baseia no desejo das pessoas para preservar a sua riqueza e passá-lo para a próxima geração.

    Tais preocupações são válidas. A Bíblia fala da importância da administração sensata (conforme Prov 27: 23-27; Mt 25:1.), E assume que as pessoas vão deixar uma herança para os que virão depois deles (Prov . 13 22:17:. 2; 19:14; 20:21; 21:38 Matt; Lc 12:13; 15: 11-12). Mas muito mais importante do que o corruptível, herança terrena eles deixam os outros é a herança incorruptível celeste que Deus tem para cada um dos seus filhos. Essa herança é "incorruptível, e imaculada, e não irá desaparecer, reservada nos céus para [eles]" (1Pe 1:4.). É muito além da compreensão humana, o que levou Paulo a escrever: "Eu oro para que os olhos do vosso coração seja iluminado, de modo que você vai saber o que é a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos "(Ef 1:18).

    No mérito humano pode qualificar pecadores perdidos para receber as riquezas do céu; somente aqueles que "convertam das trevas à luz, e do domínio de Satanás a Deus [e] receber o perdão dos pecados [receberão] herança entre os que são santificados pela fé em [Cristo]" (At 26:18; cf . At 20:32). Eles ", sendo justificados pela sua graça, [são] feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna" (Tt 3:7.). Crentes receber sua herança de todos os três membros da Trindade. O Pai "nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz" (Cl 1:12); nós somos "co-herdeiros de Cristo" (Rm 8:17;. conforme Cl 3:24); e "o Espírito Santo ... é dada como penhor da nossa herança" (13 49:1-14'>Ef. 1: 13-14).

    Mas que a herança não é apenas após a morte. Deus provê ricas bênçãos para Seus filhos nesta vida que são uma antecipação das riquezas completos que os esperam no céu. Na noite antes de sua morte, o Senhor Jesus Cristo revelou essas bênçãos aos seus discípulos, que estavam naquele momento na necessidade desesperada de grande conforto e encorajamento. Como observado no capítulo anterior deste volume, os discípulos estavam arrasado com a perda iminente do Mestre que amava e de quem dependiam. Preocupado com as suas ansiedades, mesmo em face de sua própria morte, Jesus abnegAdãoente procurou aliviar os seus medos com promessas maravilhosas e cheias de graça que queira prover a tudo que eles precisavam.
    E as promessas que o Senhor fez não se restringem aos apóstolos e seus associados. Elas são para todos os verdadeiros crentes-os que provar a veracidade de seu amor por Cristo, guardando os Seusmandamentos (vv 21-24; 15:. 10,14; conforme 08:31; 12:48). Esses mandamentos incluem mais do que aqueles que Ele deu no contexto imediato (vv 21-24; 13 34:35.). Eles englobam toda a Sua revelação da vontade do Pai (João 3:11-13, 32-34; Jo 7:16; Jo 8:26,Jo 8:38,Jo 8:40; Jo 12:49; Jo 14:10; Jo 15:15; Jo 17:8).

    A obediência é uma marca da verdadeira fé salvadora e amor a Deus. Aqueles que são verdadeiramente salvos, somente pela graça, invariavelmente irá responder com uma vida de submissão e serviço. Com o coração regenerado (Jo 3:5; conforme Ef 2:4-10.) E suas mentes renovada (conforme Rm 12:1; Ef 4:23), os cristãos genuínos não pode ajudar, mas exteriormente refletir quem são sobre as criaturas dentro de novo em Cristo (2Co 5:17).

    Ao longo de seu ministério, Jesus salientou repetidamente a obediência que caracteriza todos aqueles que crêem. "Por que me chamais Senhor, Senhor '", Jesus perguntou: "e não faça o que eu digo?" (Lc 6:46). Aquele que "não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece" (Jo 3:36). Aqueles "que são egoístas, que não obedecer à verdade e obedientes à iniqüidade, [vai enfrentar de Deus] ira e indignação" (Rm 2:8; Rm 16:26; At 6:7).

    João enfatizou a ligação indissociável entre o amor e obediência em sua primeira epístola:

    Nisto conhecemos o que temos vindo a conhecê-Lo, se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: "Eu vim a conhecê-lo", e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, ea verdade não está nele;mas qualquer que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus tem realmente sido aperfeiçoado. (I João 2:3-5)

     

    Aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus nele. (1Jo 3:24)

     

    Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e observar os Seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus, que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados. (I João 5:2-3)

    Assim, é para os onze discípulos, e por extensão a todos os fiéis, que o Senhor fala estas palavras de promessa e disposição. Embora Ele não seria mais visivelmente presente com seus discípulos, que não iria ser deixado sozinho. Jesus prometeu-lhes (e todos os crentes subsequentes) quatro fontes permanentes de potência e conforto: a presença do Espírito, a presença do Filho, a presença do Pai, e a presença da verdade.

    A Presença do Espírito

    E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; que é o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós. (14: 16-17)

    No versículo 15, Jesus tinha falado de amor dos discípulos por Ele; aqui Ele revelou Seu amor por eles. De acordo com a Sua obra intercessora como seu grande Sumo Sacerdote, Jesus prometeu pedir ao Pai para enviar o Seu povo outra Helper -o Espírito Santo. parakletos (Helper) é um termo cujo significado não pode ser esgotado por qualquer uma palavra. É, literalmente, significa "um chamado para o lado para ajudar" e tem a conotação de um ajudante, consolador, conselheiro, exortador, intercessor, incentivador e defensor (advogado de defesa).

    Allos (outro) refere-se especificamente a outro do mesmo tipo. Por exemplo, em Mt 13:24 e 33, cada parábola sucesso é chamado de "outros" ( allos ) na mesma categoria (são todas as parábolas sobre a natureza do reino). Em Mc 4:36 allos descreve "outros" barcos de um estilo similar; em Mc 12:4 (conforme 20: 2,3,4,
    8) "outro" discípulo (o apóstolo João), que era do mesmo grupo que Pedro.

    Enquanto em Inglês só há uma palavra para "outro", há uma segunda palavra grega usada muitas vezes no Novo Testamento. Ele é, em contraste com Allos , a palavra heteros , que descreve uma outra coisa de natureza completamente diferente (conforme a palavra Inglês heterodoxy ). Em At 7:18 Estevão falou de "um outro [ heteros ] rei sobre o Egito, que nada sabia a respeito de José. " Que Faraó não era somente a partir de uma dinastia diferente, mas também teve uma atitude radicalmente diferente para os filhos de Israel. Em Romanos 7 Paulo usou heteros para distinguir a "lei do pecado" (v. 23) a partir da "lei de Deus" absolutamente oposto (v. 22). Talvez o exemplo mais marcante da diferença entre allos e heteros está em Gálatas 1:6-7. Há Paulo repreendeu aqueles que estavam seguindo a "(diferente heteros ) evangelho "do que aquele que havia recebido. Esse falso evangelho "não era outra ( Alos ) "do mesmo tipo que o verdadeiro evangelho, uma vez que há apenas um verdadeiro evangelho.

    Resumindo a distinção entre allos e heteros , o sábio grego observou Richard C. Trench escreveu,

    Allos ... é a numericamente distintas. Mas heteros ... superadds a noção de diferença qualitativa. Um deles é "mergulhadores", o outro é "diversificada". Não há algumas passagens do NT cujo direito interpretação, ou pelo menos a sua compreensão completa, vai depender de uma acurada apreensão da distinção entre essas palavras. ( sinônimos do Novo Testamento [repr .; Grand Rapids: Eerdmans, 1983], 357)

    Por isso, a promessa de Jesus foi que Ele enviaria outro ( allos ) Helper exatamente como ele, uma pessoa que poderia levar adequAdãoente Seu lugar e capacitar a Sua obra. O Espírito Santo é o substituto perfeito para o Senhor Jesus Cristo, o original Helper (conforme 1Jo 2:1), fortalecer (Ef 3:16), e interceder para os discípulos (Rm 8:26). Apesar de sua partida era iminente, o Senhor prometeu que o Espírito Santo seja com eles para sempre.

    Ao contrário do que o falso ensino de cultos, como as Testemunhas de Jeová e a suposição de muitos cristãos professos, o Espírito Santo não é uma força impessoal ou poder. A Bíblia ensina claramente que Ele é uma pessoa, e isso é verdade, porque Ele é Deus.

    Escritura revela que o Espírito Santo possui os atributos de personalidade: intelecto; (Ele conhece os pensamentos de Deus [1Co 2:11.] E tem uma mente [Rm 8:27.]) emoção (Ele pode ser entristecido [Ef 4:30;.. conforme Is 63:10]); e vontade (Ele distribui os dons espirituais na igreja de acordo com Sua vontade [1Co 12:11]). Ele também faz coisas que só uma pessoa pode fazer, como ensinar (Lc 12:12; Jo 14:26); depor (Jo 15:26; Rm 8:16.), chumbo e direta (Mt 4:1; Rm 8:14.), dar orientação (Mc 13:11; At 15:28), condenado (João 16:7-8), falar (At 8:29; At 10:19; 13:. At 13:2; At 20:23; At 21:11; 1Tm 4:11Tm 4:1), e revelar (Mc 12:36; Lc 2:26; 1Co 2:101Co 2:10; At 1:16; At 4:25; At 28:25; He 3:7; 2Pe 1:212Pe 1:21; conforme 2 Sam. 23:. 2Sm 23:2; Ez 11:5), ou insultado (He 10:29.). Além disso, o Novo Testamento se refere ao Espírito Santo usando pronomes masculinos, embora o substantivo grego pneuma (espírito) é neutro.

    A Bíblia também ensina a divindade do Espírito Santo. Como a terceira pessoa da Trindade, Ele é associado com Deus Pai e Deus Filho. Ele é chamado o Espírito de Deus (.. Ez 11:24; Mt 3:16) eo Espírito de Jesus (At 16:7; 1Pe 1:111Pe 1:11.). Ele é mencionado com eles na fórmula trinitária batismo em Mt 28:19 (conforme Is 48:16;. 2Co 13:142Co 13:14). O Espírito Santo possui atributos divinos, incluindo a eternidade (He 9:14.), Onisciência:, onipresença (Sl 139:7.), Onipotência (como demonstrado pelo seu poder de criar; Gn 1:2), inspirador Escritura (conforme 2Pe 1:21 2Tm 3:16; 1Pe 1:21Pe 1:2: "Ora, o Senhor é o Espírito", também afirma inequivocamente a divindade do Espírito Santo.

    Jesus chamou o Espírito Santo o Espírito da verdade (conforme 15:26; 16:
    13) para enfatizar seu trabalho de revelar a verdade espiritual aos crentes. Em particular, o Espírito Santo era revelar aos apóstolos a verdade inspirada do Novo Testamento (Jo 14:26; Jo 16:13), como Ele havia revelado no Antigo Testamento (II Pedro 1:19-21). (Para uma discussão mais aprofundada sobre este ponto, ver a exposição do v. 26 abaixo.) O mundo, por outro lado, não pode receber o Espírito Santo , porque não o vê nem o conhece. Assim como o mundo não reconheceu Jesus Cristo (Jo 1:10; At 13:27), assim também seria deixar de reconhecer o Espírito Santo.

    As pessoas não regeneradas não pode compreender a verdade espiritual. "O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus", escreveu Paulo, "para que lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1Co 2:14;. Conforme vv . 7-13; 1Jo 2:20). Não surpreendentemente, no dia de Pentecostes, alguns dos espectadores derisively acusou os crentes cheios do Espírito de estar embriagado (At 2:13). Jesus advertiu os discípulos de antemão que, apesar de a obra do Espírito neles e através deles, eles ainda teriam de enfrentar a hostilidade e rejeição do mundo incrédulo (conforme 15:19; 16:33).

    Embora o mundo não iria reconhecer o Espírito, os discípulos iria conhecê-lo, porque, Jesus disse-lhes: Ele habita convosco e estará em vós. A promessa do Senhor que o Espírito habitar os discípulos, no futuro, não significa que o Espírito Santo estava não está presente ou ativo antes de Pentecostes (conforme Gn 6:1; 1Cr 12:181Cr 12:18; Sl 51:11; 139: 7-12; 143:. Sl 143:10; Ez 36:27). Ninguém, em qualquer época da história da redenção poderia ser salvo, santificado, habilitada para o serviço e testemunho, ou guiado em compreender as Escrituras e orar segundo a vontade de Deus para além do trabalho de alma interna do Espírito. Que Ele já estava presente com os discípulos, antes da cruz, é clara a partir do presente do indicativo dos verbos traduzido habita. Um autor explica o ministério do Espírito Santo, antes da era da igreja com estas palavras:

    Santos do Antigo Testamento teve que ser regenerado pelo Espírito de experimentar suas bênçãos espirituais. O Espírito efectuada esta regeneração quando a pessoa colocou a sua fé em Jeová Deus e tornou-se uma verdadeira parte da comunidade da aliança. Regeneração envolvido essencialmente um "coração circuncidado", que se demonstrou em participação sincera no sistema de sacrifício, além de uma vida de obediência à revelação de Deus .... Teologicamente, parece que algum ministério do Espírito teve que ser constantemente aplicada ao crente pacto de idade. Para distingui-la da intimidade da nova habitação aliança, talvez este ministério é melhor designada "cumpridores". Nas palavras do profeta Ageu ", como a promessa que fiz quando você saiu do Egito, o meu Espírito habita no meio de vós; não temais!" (Ag 2:5) [pois] os santos do Antigo Testamento não poderia ter aproveitado os benefícios da nova aliança antes que ele teve sido inaugurada. (Larry Pettegrew, O Ministério Nova Aliança do Espírito Santo [Grand Rapids: Kregel, 2001], 27-28)

    Sob a antiga aliança, o Espírito esteve presente com os crentes em um sentido geral. Mas em breve, como Cristo prometeu aos Seus discípulos que o Consolador seria de uma forma sem precedentes, pessoalmente e permanentemente habitar aqueles que acreditavam. Não estava por vir para os crentes uma dádiva do Espírito pelo qual seria fornecido poder único para o ministério e evangelismo. Isso aconteceu no dia de Pentecostes, quando o Espírito foi dado aos crentes em uma nova plenitude que se tornou normativo para todos os crentes desde (Rm 8:9..).

    A presença do Filho

    Eu não deixarei órfãos; Eu voltarei para você. Depois de algum tempo o mundo não verá mais Me, mas você vai ver-me; porque eu vivo, vós também vivereis. Naquele dia você vai saber que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu permanecerei em vós. (14: 18-20)

    Como um pai moribundo preocupados com seus filhos (conforme 13 33:21-5; Mc 10:24), Jesus prometeu aos discípulos que Ele não iria deixar -los . órfãos A referência a sua saída é uma referência velada à Sua morte e graficamente expressa o sentimento de perda que os discípulos iria experimentar. Como pressentimento quanto essa perda parecia, seria apenas temporária, como a promessa do Senhor , virei a você indica. A referência principal é a Sua ressurreição, após o que eles veriam novamente (conforme João 20:19-29; At 1:1; 1 Cor 15: 3-8). Mas por causa de sua união com o Espírito Santo na Divindade, Jesus também se ficasse com eles através do Seu Espírito, que seria derramado no dia de Pentecostes (conforme 16:16; Mt 28:20; Rm 8:1; Phil . 01:19; 1Pe 1:11; 1Jo 4:131Jo 4:13).

    Depois de algum tempo -apenas algumas horas permaneceu até a crucificação, Jesus estaria morto, e os incrédulos mundo iria mais ver ele. Eles não iriam vê-lo fisicamente após a Sua ressurreição (já que Ele, aparentemente, só apareceu aos seus discípulos [conforme 1 Cor. 15: 1-11]), nem eles teriam qualquer capacidade de conhecer a presença de Cristo através do Espírito Santo que habita (já que são espiritualmente mortos [Ef 2:1, 35-58). Além disso, estar espiritualmente vivo por causa da ressurreição de Cristo e da habitação do Espírito, os crentes são capazes de perceber a presença de Jesus na vida (conforme 13 5:58-13:6'>Heb. 13 5:6).

    O Filho não é apenas em união com o Espírito, mas também com o Pai. Naquele dia (após a ressurreição ea vinda do Espírito), Ele disse: você vai saber que estou em meu Pai. Embora nenhuma mente humana pode compreender plenamente que a união, sendo escondido nas profundezas misteriosas da Trindade (conforme 11:7), os discípulos e todos os crentes têm reconhecido a sua realidade.Eles iriam em breve vir a compreender a verdade que eles perplexo com o presente (conforme 14: 8-9).

    Em seguida, Jesus fez uma profunda promessa. Não só os discípulos sabem que Ele é em o Pai, mas também, como Ele passou a dizer-lhes, você vai entender que você está em Mim, e Eu em vós. Por meio da habitação do Espírito, os crentes são unidos com Jesus . (Essa união, é claro, não é um dos essência; crentes não se tornem parte da Divindade.) Várias metáforas do Novo Testamento descrevem a natureza dessa união. Jesus é a videira e os crentes são os ramos (Jo 15:5; Ef 5:23; Cl 1:18; Cl 2:19); eles são pedras no edifício espiritual do qual Ele é a pedra angular (Ef 2:20-22; 1 Pedro 2: 4-6.); eles são a noiva e Ele é o noivo (2Co 11:2; Ap 19:7), e: "Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo "(2Co 5:17; conforme Rm 16:1; Fp 4:21; Cl 1:2 ; 2Tm 3:122Tm 3:12;. 1Pe 3:161Pe 3:16; 1Pe 5:14).

    Não são apenas os crentes em Cristo; Ele também permanece nele (conforme Jo 6:5; 15: 4-5; Jo 17:23). "Se Cristo está em vós", escreveu Paulo ", embora o corpo está morto por causa do pecado, mas o espírito está vivo por causa da justiça "(Rm 8:10). "Teste-se para ver se você está na fé," o apóstolo desafiou o Corinthians ", examinar-se! Ou você não reconhece isso sobre vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós, a não ser na verdade você não passar no teste?" (2Co 13:5 ele observou: "Já estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim; ea vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus , que me amou e se entregou por mim ". Paulo orou para os Efésios que "Cristo [pode] habitar em [suas] corações mediante a fé" (Ef 3:17) e lembrou Colossenses de "as riquezas da glória deste mistério ... que é Cristo em vós, a esperança da glória "(Cl 1:27).

    Jesus, portanto, tranquilizou seus discípulos preocupados que a sua morte não terminar seu relacionamento com Ele. Sua união com Ele era indissolúvel, como é verdade para todos os crentes. Nada pode separar o Seu próprio de Sua presença ou Seu amor (Rm. 8: 38-39).

    A Presença do Pai

    "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei, e divulgará-me a ele." Judas (não o Iscariotes) disse-lhe: "Senhor, o que então aconteceu que você está indo para divulgar-se a nós e não ao mundo?" Jesus respondeu, e disse-lhe: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra;. E meu Pai o amará, e viremos a ele e faremos nele morada Quem não me ama não guarda as minhas palavras ; ea palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai que me enviou ". (14: 21-24)

    Apenas aqueles que obedecem aos Seus mandamentos (conforme a discussão do v. 15, supra) entrará em união com Cristo. Sua obediência não é a causa de sua salvação ", porque pelas obras da lei nenhuma carne será justificada à vista [de Deus]" (Rm 3:20; conforme v 28; 4:13; 5:.. 1; Gl 2:16; Gl 3:11; Ef. 2: 8-9; Tt 3:5), marca o único que verdadeiramente ama a Jesus Cristo. Tal amor obediente é a conseqüência do amor que o Espírito Santo derrama no coração resgatadas a salvação (Rm 5:5.).

    É só o que ama Cristo, que será amado por o Pai (conforme 16:27; 17:23). Jesus disse: "Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou" (Jo 5:23) e "Aquele que me odeia, odeia também a meu Pai" (Jo 15:23). Ninguém que rejeita o Senhor Jesus Cristo pode conhecer verdadeiramente, o amor, ou honrar a Deus, porque "o Pai ama o Filho" (Jo 3:35; Jo 5:20), "e ninguém conhece o Filho senão o Pai, nem faz ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar "(Mt 11:27). Junto com o Pai, Jesus vai amar aqueles que o amam (conforme Jo 13:1; Jo 15:9; Ap 1:5). Em Mt 10:3); o herdeiro legítimo da terra (He 1:2). A boa notícia do perdão e da salvação que Ele trouxe era para ser proclamada em todo o mundo (Mt 28:19). Por que, então, Judas se perguntou, foi Jesus não vai se fazer conhecido a todos?

    A resposta de Jesus, Se alguém me ama, guardará a minha palavra (conforme 17: 6), explicou que não vai revelar-se a aqueles que se recusam a amar e obedecer-Lhe. Esta é a terceira vez nesta secção (conforme vv. 15,21) que Cristo ligada obediência de amor verdadeiro por Ele (conforme 8:31). Não só Ele vai amar aqueles que o amam (conforme I Pedro 1:1-2), o Pai também vai adorar -los. Além disso, tanto o Pai eo Filho virá -los e fazer a sua morada com eles. A declaração do Senhor, "Quem não me ama não guarda as minhas palavras", enfatizou mais uma vez, desta vez de forma negativa, a conexão indivisível entre o amor por Ele e obediência a Ele. Jesus não se dará a conhecer aos que rejeitam a Ele (conforme Jo 7:17; Jo 8:47). Essas pessoas também não sabem o Pai, uma vez que a mensagem de Jesus não era dele, mas do Pai que enviou a Ele (conforme v 10; 3:34; 7:16; 8:. 28,38,40; 12:49; 17: 8). Portanto, para rejeitar Jesus é também a rejeitar o Pai (conforme 05:23; 15:23). Para que Jesus é ter o Pai.

    A Presença da Verdade

    "Estas coisas vos tenho dito para você enquanto cumpridores com você. Mas o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que eu disse a você." (14: 25-26)

    Ao longo de seu ministério, Jesus tinha sido a fonte da verdade para os discípulos (conforme v. 6). "Essas coisas (a palavra do Pai; v. 24), "Ele lhes lembrou, "Eu falei com você, no respeito com você . " Mas, assim como Ele não iria deixá-los sem uma fonte de conforto, assim também Ele não iria deixar os discípulos, sem uma fonte de verdade. Ele enviaria o Espírito Santo, o "Espírito da verdade" (v. 17), para orientar e ensinar-lhes. Além de sua revelação, não há nenhuma maneira de saber a verdade espiritual. Uma vez que "o mundo pela sua sabedoria não veio para conhecer a Deus" (1Co 1:21), a humanidade caída é "sempre aprendendo e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade" (2Tm 3:7, não foi até depois da ressurreição que eles entenderam Seu ensino no versículo 19. Tampouco compreender o significado completo da entrada triunfal até depois de Jesus ter sido glorificado (Jo 12:16). Por causa de sua obtusidade, Jesus lhes disse: "Eu tenho muito mais coisas para dizer para você, mas você não as podeis suportar agora" (16:12). Eles precisavam de instrução, por isso Jesus lhes prometeu, O Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome (conforme At 2:33)Ele vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que eu disse a você (conforme 16:13). A frase, em meu nome, significa "em meu nome", como ele também faz no versículo 13. Assim como Jesus veio em nome do Pai (05:43), assim será também o Espírito vem em nome de Jesus. Como outro Consolador como Jesus, o Espírito vai agir sempre em perfeita harmonia com a de Cristo desejos, propósitos e vontade. "Ele me glorificará," Jesus viria a dizer aos discípulos, "porque há de receber meu e vai divulgá-la a você" (16:14). No plano divino, o ministério Spirits é a testemunhar sobre Cristo (15:26), não chamar a atenção para si mesmo (conforme 16,13).

    O Espírito é residente professor verdade do crente (1Jo 2:20); iluminando a Palavra de Deus para a sua compreensão, Ele concede, assim, os cristãos o conhecimento de Deus que os leva a maturidade espiritual.

    Mas a promessa de Cristo que o Espírito iria trazer para a sua recordará tudo o que Ele havia dito para eles era essencialmente uma promessa para os apóstolos de inspiração divina. Orientação sobrenatural do Espírito Santo concedeu-lhes uma compreensão inerrante da pessoa e dos ensinamentos de Jesus Cristo. Os apóstolos (e seus colaboradores mais próximos) registrou que a verdade divinamente inspirado nos Evangelhos e no resto do Novo Testamento.

    Pedro descreveu o processo de inspiração em II Pedro 1:20-21: "Mas saiba disso antes de tudo, que nenhuma profecia da Escritura é uma questão de interpretação pessoal, pois nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, mas homens movidos pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus ". O apóstolo Paulo declarou: "Toda a Escritura é inspirada por Deus" (lit., "inspirada por Deus", 2Tm 3:13). O Espírito Santo inspirou as próprias palavras da Escritura, não apenas os pensamentos dos escritores (1Co 2:13). A Bíblia é, portanto, infalível e autoritária, e, portanto, a única regra infalível de fé e prática. Só ele contém "as sagradas letras, que são capazes de dar a [um] a sabedoria que conduz à salvação, pela fé que há em Cristo Jesus" (2Tm 3:15). Para os redimidos, a Bíblia é "a espada do Espírito" (Ef 6:17.) E é "útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra "(2 Tim. 3: 16-17).

    Armado com a verdade e acompanhado pela presença de Deus, os discípulos e seus contemporâneos seria logo aqueles que "virou o mundo de cabeça para baixo" (At 17:6; conforme Sl 23:4; Mt 5:4), e para sempre (Is 25:8; Ap 7:17; Ap 21:4)

    "Deixo com você, a minha paz vos dou; não como o mundo dá eu dou para você Não deixe seu coração ser incomodado, nem se atemorize.". (14:27)

    Tumulto, públicos e pessoal, é uma realidade que marca neste mundo caído. Essa inquietação é talvez o mais claramente visto em nível internacional, como nações colidir uns contra os outros na guerra. Há muitos anos, os historiadores calculou que nos 3500 anos anteriores, o mundo tinha visto a menos de 300 anos de paz (conforme Will e Ariel Durant, as lições da história [New York: Simon and Schuster, 1968], 81). Também Estima-se que, nos últimos cinco milênios e meio, mais de 8.000 tratados de paz foram quebrados, e mais de 14.000 guerras travadas com um total combinado de cerca de quatro bilhões de vítimas. Mesmo que sempre houve ilusões de paz global, este mundo continua a ser vencida no esforço de perseguir esse objetivo indescritível.

    O conceito de paz é, claro, muito mais ampla do que apenas o reino da harmonia social internacionais As pessoas querem paz em suas vidas pessoais, alívio das pressões implacáveis ​​e problemas que a cada dia traz. A linguagem da paz enche conversa. As pessoas buscam "paz e tranquilidade", a ser atualizado a partir do din da vida; eles são instruídos a "fazer as pazes" com o seu passado; eles esperam que a aplicação da lei local para "manter a paz" e parar aqueles que os perturbam. Mesmo quando esta vida terminar, o conceito de "descanse em paz" é tão comum que se tornou um sinônimo para a própria morte.
    Infelizmente, embora as pessoas persegui-lo a vida inteira, deixados a si mesmos que eles não têm idéia de como encontrar a verdadeira paz. Aqueles que olham para ele nas coisas temporais, como a mudança social, a estabilidade econômica, ou alguma experiência de lazer são sempre decepcionado. Somente a Palavra de Deus pode autoritariamente apontam para a relação que produz uma paz duradoura.
    Tanto o Antigo eo Novo Testamento ressaltam a fonte divina e caráter de verdadeira paz. Um dos termos teológicos mais importantes do Antigo Testamento é a palavra shalom ("paz"). A palavra, que ocorre cerca de 250 vezes, foi usado às vezes como uma saudação (Jz 19:20; 1Sm 25:61Sm 25:6.), Tal como é em hebraico moderno. Shalom também pode referir-se à ausência de conflitos entre as pessoas (Gn 26:29), as nações (1Rs 4:24), e entre Deus e os homens (Sl 85:8; Is 2:4.; Is 52:7; Is 57:19; Is 66:12; Ez 37:26; Ag 2:9.). Paulo permaneceu calmo e em paz no meio das circunstâncias mais difíceis, como sendo jogado na prisão (Atos 16:23-25), barbaramente atacada por uma multidão indisciplinada (Atos 21:30-39), ou pego em uma fúria tempestade no mar (Atos 27:21-25).

    Humanidade define a paz principalmente em termos negativos. Por exemplo, em algumas línguas a palavra para meios de paz ", para ser sem problemas", "para que não se preocupe", ou "a sentar-se em seu coração." Paz para a maioria das pessoas significa a ausência de guerra, conflitos, brigas, desentendimentos, hostilidade ou agitação. Eles vêem isso como libertação do ou a ausência de qualquer conflito externo e cada agitação interna, resultando em um estado imperturbável e tranquilo da mente. Mas esse entendimento de paz é incompleta, porque a verdadeira paz é muito mais do que apenas a ausência de conflito. Armado com uma definição inadequada, os incrédulos são incapazes de encontrar a paz. Eles não entendem o que estão procurando, e, portanto, deixar de olhar para o lugar certo.
    Há apenas uma fonte da verdadeira paz, como este verso simples, porém profunda (27 ab ) revela. O cenário em que foi dada esta magnífica promessa é a sala de cima, na noite antes da morte de Cristo. O Senhor, sabendo que os seus discípulos foram com o coração partido porque Ele estava deixando-os, deu a mensagem onze uma despedida de conforto e esperança. Como observado no capítulo anterior deste volume, Jesus prometeu-lhes que, através da habitação do Espírito Santo Ele continuaria a estar com eles, como seria o Pai, e a verdade. Esse legado maravilhoso iria transformar tristeza temporária dos discípulos sobre a Sua morte para a alegria eterna. Também serviu como base para a paz sobrenatural que Ele já prometeu a eles.

    Este breve declaração reflete quatro características da paz divina: a sua natureza, origem, contraste e resultado.

    O Natureza da Paz

    Paz que eu deixo com você; (14: 27a)

    Objetivamente, a paz no Novo Testamento tem a ver com a posição de uma pessoa diante de Deus; subjetivamente, com a experiência resultante do crente da paz na vida cotidiana. Paz com Deus, é claro, é o alicerce sobre o qual todos os outros paz se baseia. Se não há paz com Deus, então não pode haver uma paz real nesta vida. Assim, a paz objetivo é um pré-requisito necessário para a paz subjetiva, nem de que são possíveis para a pessoa não salva para desfrutar.

    Desde a rebelião de Adão e Eva (Gn 3), a raça humana está em guerra com Deus. Todos violar Sua santa lei e negar-lhe a glória, e, portanto, são seus inimigos. A Bíblia chama esse pecado rebelião, e declara todo ser humano (com a exceção de Jesus Cristo) para ser um pecador (Rm 3:23). Desde o nascimento, cada homem e mulher se opõe a Deus, tanto por herança (Rm 5:18; conforme Sl 51:5.). Ninguém é neutro, porque, como Jesus disse em Lc 11:23: "Quem não é comigo é contra mim; e quem não recolhe comigo, dispersa." No próprio comentário de Gn 8:21 Deus em Sua criação caída foi a de que "a intenção do coração do homem é má desde a sua mocidade" (conforme 15:14). Assim, depois de definir-se contra a lei de Deus, todas as pessoas inevitavelmente de enfrentar a sua ira e da pena de castigo eterno.

    A humanidade odeia a Deus (conforme João 15:18-19; 1 João 2:16-17), e todos os que fazem parte do sistema-mundo não pode estar em paz com Ele: "Você adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus? "(Jc 4:4; conforme At 10:36; Ef 2:14-17.). Em Rm 5:1; conforme v 11; 2Co 5:1). No momento da justificação, a rebelião termina, todos os pecados são perdoados, e os inimigos se tornarem filhos de Deus (conforme Rom. 8: 12-17).

    Como resultado, aqueles que anteriormente tinha uma "mente posta na carne [resultando em] a morte" agora tem uma "mente posta no espírito [resultando em] vida e paz" (Rm 8:6), porque é a boa notícia de como rebeldes pecaminoso pode estar em paz com Deus por meio de Cristo.

    O sacrifício de Jesus Cristo para satisfazer a santidade de Deus era necessário para que houvesse paz entre os homens pecadores e Deus santo, uma vez que a justiça ea paz são inseparáveis ​​(conforme Sl 85:10).Porque Deus é santo e justo, Ele exige que a pena de ser pago quando os pecadores violar Sua lei. É só por causa do sacrifício de Cristo plenamente satisfeito as exigências da justiça divina, que Deus pode "ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus" (Rm 3:26). Embora perfeitamente justo, Cristo foi punido no lugar de todo aquele que crê como se Ele fosse um pecador, para que através da fé Nele poderiam ser tratados como se fossem perfeitamente justo. Assim, através da expiação substitutiva de Cristo e a imputação de sua justiça sobre os homens pecadores (2Co 5:21), os inimigos de Deus pode se tornar seus amigos (Jc 2:23).

    Essa paz objetivo de justificação resulta em paz experiencial. Esta não é a paz com Deus, mas "a paz de Deus, que excede todo o entendimento," o que significa que ele transcende humano percepção, análise e compreensão. Esta paz "guardará [crentes] corações e [suas] mentes em Cristo Jesus" (Fp 4:7). Mais tarde, em Romanos o apóstolo acrescentou esta bênção: "Ora, o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que abundeis na esperança pelo poder do Espírito Santo" (15:13). Paulo deu uma bênção semelhante no final de 2 Tessalonicenses: "Ora, o próprio Senhor da paz continuamente te conceda a paz em todas as circunstâncias" (2Ts 3:16). A paz é um dos frutos do Espírito (Gl 5:22). —given Pelo Helper que Cristo enviou para habitar o Seu povo (conforme a discussão de João 14:16-17, no capítulo anterior deste volume). Essa paz não só se manifesta em tranquilidade privado, mas também em harmonia com os outros crentes (Mc 9:50; Rm 14:19; 2Co 13:112Co 13:11; Ef 4:1; 1Ts 5:131Ts 5:13, 1Tm 3:31Tm 3:3; Rm 16:20; Fp 4:9; He 13:20; conforme Jz 6:24; Is 9:6; 2Co 13:112Co 13:11; 2Ts 3:162Ts 3:16), Deus é a única fonte de toda a verdadeira paz; portanto, Jesus disse: A minha paz vos dou. Tal como acontece com todas as bênçãos na vida cristã, a paz vem de todas as três pessoas da Santíssima Trindade. Esta saudação é muitas vezes repetida no Epístolas do Novo Testamento, "Graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo" (Rm 1:7; 1 Tim. 1:. 1Tm 1:2; 2Tm 1:22Tm 1:2). Como o resto do legado Jesus deixou os discípulos, a paz Ele prometeu dar -lhes viria em plenitude no dia de Pentecostes.

    Cristo chamou de que a paz, a minha paz. É a mesma paz que manteve-lo calmo em face da zombaria, desprezo, hostilidade, ódio, traição e morte (conforme 1Pe 2:23). A paz de Cristo fornece crentes com uma serenidade e liberdade da preocupação e ansiedade que não é afetado por e triunfa sobre o mesmo o mais difíceis circunstâncias. No meio das provações e tentações da vida, os crentes fazem bem para corrigir os seus "olhos em Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus "(He 12:2. Em Is 57:21, o profeta, ecoou as palavras do Senhor: "'Não há paz", diz o meu Deus'. Para os ímpios "Em Jr 6:14 Deus execrado os falsos profetas que tinha" curou o quebrantamento da [sua ] pessoas superficialmente dizendo: Paz, paz ', mas não há paz "(conforme 08:11; Ez 13:10.). "Se você tivesse conhecido neste dia, mesmo que você, as coisas que servem para a paz!" Jesus lamentou sobre Jerusalém: "Mas agora eles foram escondidos de seus olhos" (Lc 19:42). O apóstolo Paulo escreveu sobre os incrédulos que "o caminho da paz não conheceram" (Rm 3:17). No fim dos tempos ", enquanto [incrédulos] estão dizendo: 'Paz e segurança!' em seguida, a destruição virá sobre eles de repente, como as dores de parto em cima de uma mulher grávida, e eles não vão escapar "(1Ts 5:3). A paz do mundo é apenas uma ilusão. A paz com base nas circunstâncias temporariamente positivos ou escapismo ignorante não é a paz verdadeira em tudo. A razão pela qual as pessoas não têm a paz não é emocional, psicológico ou circunstancial, mas teológica. Como observado anteriormente neste capítulo, apenas aqueles que conhecem Jesus Cristo pode ter paz com Deus e, posteriormente, a experiência verdadeira paz nesta vida.

    O Pursuit da Paz

    "Não deixe seu coração ser incomodado, nem se atemorize." (14: 27d)

    Depois de prometer dar aos seus discípulos a paz, Jesus repetiu a ordem que eles não deixe seu coração ser incomodado, nem se atemorize (ver a exposição do v. 1, no capítulo 9 deste volume). Não há inconsistência entre a promessa de Cristo e Seu comando, no entanto. A Bíblia ensina que os cristãos são responsáveis ​​para as promessas de Deus se apropriar. O Espírito Santo habita e capacita os crentes, mas eles, por sua vez estão a ser preenchido com (Ef 5:18.) E andar no Espírito (Gl 5:1,Gl 5:25). Os cristãos têm sido dada a vida eterna; em resposta eles são a "considerar [si] para ser mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus" (Rm 6:11) e "presente [si] a Deus, como vivos dentre os mortos" (v. 13 ). O Espírito Santo é o seu professor sobrenatural (1Jo 2:20), mas que não nega a responsabilidade dos crentes a estudar as Escrituras diligentemente (2Tm 2:15.). O mesmo apóstolo Paulo, que escreveu: "Já estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim" (. Gl 2:20) também escreveu "Por isso eu corro de tal forma, como não sem mirar; eu caixa de tal forma, não como batendo no ar, mas eu disciplinar o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser desqualificado "(1Co 9:26. —27).

    Como é o caso com todas as promessas de Deus, então, os crentes são responsáveis ​​perante a promessa de Cristo de paz apropriar. Sl 34:14 comanda o povo de Deus "buscam a paz e segue-a" (conforme 1Pe 3:11), enquanto o Sl 119:165 declara que "aqueles que amam a tua lei têm grande paz, e nada faz com que eles tropeçam." Da mesma forma, Is 26:3 ligações que experimentam a paz com uma vida justa. Paulo instruiu Timóteo a buscar a paz (2Tm 2:22), e Pedro exortou seus leitores: "Por isso, amados, uma vez que você olhar para essas coisas, ser diligente para ser encontrado por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis" (2Pe 3:14). Tiago também ligado a paz com vida piedosa, quando escreveu: "Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente pura, depois pacífica ... E a semente cujo fruto é justiça semeia-se na paz para aqueles que promovem a paz" (Tiago 3:17-18 ). Na verdade, uma maneira que Deus produz paz em nossas vidas é ao puni-nos: "Toda disciplina no momento não parece ser alegre, mas de tristeza; mas para aqueles que têm sido por ela exercitados, depois produz um fruto pacífico de justiça" (He 12:11).

    Quando nós confio na sua bondade, fidelidade e disposição, Deus nos enche "de todo o gozo e paz no vosso crer" (Rm 15:13). Para viver em angústia sobre o passado, a ansiedade relativa ao presente, ou apreensão sobre o futuro é deixar de se apropriar de que a paz. Como observado anteriormente, os crentes devem ser "inquietos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplica, com ação de graças [suas] petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os [seus] corações e [suas] mentes em Cristo Jesus "(Filipenses 4:6-7.).

    No Sermão da Montanha, Jesus apontou a insensatez de permitir que o medo ea preocupação a corroer a experiência do crente de paz divina:

    Por esta razão, eu digo a você, não estar preocupado com a sua vida, quanto ao que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que a comida, eo corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas? E quem de vós, por estar preocupado, pode acrescentar uma hora para a sua vida? E por que você está preocupado com o vestuário? Observe como os lírios do campo, como crescem; Eles não trabalham nem fiam, mas eu digo que nem Salomão, em toda a sua glória se vestiu como um deles. Mas, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, vai Ele não vestirá muito mais a você? Homem de pouca fé! Não se preocupe em seguida, dizendo: "O que vamos comer?" ou "O que vamos beber?" ou "Que vamos vestir a roupa?" Para os gentios procuram avidamente todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas estas coisas. Mas buscai primeiro o seu reino ea sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Então não se preocupe com o amanhã; para amanhã cuidará de si mesmo. Cada dia tem problemas suficientes própria. (Mt 6:1,17-18)

    A boa notícia do evangelho é que a guerra entre o pecador e Deus pode acabar, uma vez que o tratado que termina que a guerra foi comprado pelo sangue do Senhor Jesus Cristo. A paz experiencial resultante torna-se um princípio orientador e controle na vida de cada crente. Em Cl 3:15 Paulo exortou os cristãos: "Que a paz de Cristo em seus corações, à qual, também, fostes chamados em um corpo, e ser grato." Brabeuō ("regra") foi usada para descrever o trabalho de um árbitro para decidir o resultado de um evento atlético. Os crentes podem permitir que a paz de Cristo para arbitrar as escolhas que fazem por fazer duas perguntas cruciais. Em primeiro lugar, eles devem perguntar se o que eles estão considerando é coerente com a realidade de que eles estão agora em paz com Cristo e, portanto, parte do Seu reino (conforme Cl 1:13). Qualquer coisa que iria perturbar a unidade e harmonia que gozam com Ele deve ser rejeitado. Paulo ilustrou esse princípio em I Coríntios 6:17-18, quando escreveu: "Aquele que se une ao Senhor é um espírito com Ele Fugi da imoralidade sua união com Cristo impele os cristãos a pureza..

    Uma segunda consideração diz respeito a como a escolha vai afetar a paz de espírito que vem com a consciência limpa (conforme Rm 14:22-23; 1Co 8:121Co 8:12..). Pensamentos, palavras e ações consistentes com a paz de Cristo resultará em uma clara consciência, bom, e irrepreensíveis (At 23:1; 2Co 1:122Co 1:12; 1Tm 1:51Tm 1:5; 1Tm 3:9; 1Pe 3:161Pe 3:16); aqueles que não são resultará em uma consciência acusadora conturbado (1Sm 24:5)

     

    A, de consciência baseada na culpa instável é feita toda quando o crente confessa seu pecado a Deus e se arrepende (conforme 2Co 7:10; 1Jo 1:91Jo 1:9)

    "Você ouviu o que eu disse a você, 'eu ir embora, e eu vou chegar até você." Se você me amou, você teria se alegrou porque eu vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu Agora eu lhe disse antes que aconteça, para que, quando acontecer, você pode acreditar. Eu não vou falar muito mais com você, para o governante do mundo está chegando, e ele nada tem em mim; mas para que o mundo saiba que eu amo o Pai, eu faço exatamente como o Pai me ordenou Levanta-te, vamos a partir daqui ".. (14: 28-31)

    A morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo são as verdades centrais da fé cristã. Como JC Ryle declarou mais de 150 anos atrás, a morte de Cristo é "a grande peculiaridade da religião cristã. Outras religiões têm leis e preceitos morais, —forms e cerimônias, —rewards e punições. Mas as outras religiões não pode nos dizer de um Salvador morrendo .. Eles não podem nos mostrar a cruz Esta é a coroa e glória do Evangelho "(JC Ryle, O Cruz: uma chamada para o Fundamentos da Religião [repr .; Pensacola, Fla .: Capela Library, 1998], 18; ênfase no original). A cruz é o cerne de tudo o que os crentes são caros. Nas palavras de João F. Walvoord:

    No caso de vida ou na eternidade se compara com o significado transcendente da morte de Cristo na cruz. Outras empresas importantes de Deus, como a criação do mundo, a encarnação de Cristo, a Sua ressurreição, a segunda vinda, e a criação dos novos céus e da nova terra de fazer sentido se Cristo não morreu ....

     

    No estudo de Cristo em Seus sofrimentos e morte, um está em um santo dos santos, um propiciatório aspergido com o sangue, a que só a mente instruída pelo Espírito Santo tem acesso. Em Sua morte Cristo supremamente revelou a santidade e justiça de Deus, bem como o amor de Deus que levou o sacrifício. De forma semelhante a infinita sabedoria de Deus se revela como nenhuma mente humana jamais teria concebido tal caminho da salvação, e somente um Deus infinito estaria disposto a sacrificar seu filho. ( Jesus Cristo Nosso Senhor [Chicago: Moody, 1974], 153)

    Morte sacrificial de Cristo era o objetivo final da encarnação. A razão pela qual Ele veio (Jo 12:27) era "dar a sua vida em resgate por muitos" (Mc 10:45), para que através de Sua morte Ele pode reconciliar os pecadores com Deus (2 Cor. 5: 18-21). A cruz não foi nem uma interrupção do plano divino, nem um acidente, mas foi exatamente o que Deus havia projetado desde antes dos tempos eternos (2Tm 1:9; 16:. Mt 16:4,Mt 16:21; Mt 17:12,Mt 20:28; Mt 26:2,Mt 26:31; Mc 9:9; Lc 22:15; 24: 6-7, 25-26; João 2:19-21; Jo 3:14; Jo 8:28; Jo 10:11; Jo 18:11). Seu sofrimento também foi predito pelos profetas do Antigo Testamento (conforme Sl 22:1, Sl 22:18; Is 52:13-53:... Is 52:12; Dn 9:26; Zc 12:10), João Batista (Jo 1:29), e Moisés e Elias na transfiguração (Lucas 9:30-31).

    De Cristo, uma vez por todas, o sacrifício é, naturalmente, fundamental para a vida de Sua verdadeira igreja. Batismo imagens sindicais dos crentes com ele na sua morte (conforme Rm 6:3.); na pregação do evangelho que "pregamos a Cristo crucificado" (1Co 1:23).

    A morte de Cristo salmouras para a vida de todos os ricos bênçãos da salvação. Através de Seus crentes morte se justificam-um termo jurídico que significa "declarar justo." Paulo escreveu que aqueles que depositam sua fé em Jesus Cristo são "justificados pelo seu sangue ... justificada como um presente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus ... quem foi entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitou por causa da nossa justificação "(Rm 5:9; Rm 4:25.). Deus declara pecadores arrependidos justos porque a morte de Cristo pagou a pena por seus pecados e Sua justiça é imputada a eles (Rm 5:19; 1Co 1:30; 2Co 5:212Co 5:21; Fp 3:1).

    A morte de Cristo também redime o seu povo da escravidão do pecado. "Nele [Cristo]", Paulo declarou: "temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça" (Ef 1:7; Gl 3:13). Era "não pelo sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, [que Cristo] entrou no lugar santo uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção" (He 9:12). "O Filho do Homem", Jesus disse, "não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mt 20:28; conforme 1 Tim. 2:. 1Tm 2:6; Tt 2:14; 1Pe 2:24; Ap 1:5 que "Deus exibida [Jesus] publicamente como propiciação em seu sangue pela fé." Cristo era capaz "de fazer propiciação pelos pecados do povo" (He 2:17.), Porque "ele é a propiciação pelos nossos pecados" (1Jo 2:2).

    Uma vez que Deus determinou que "sem derramamento de sangue não há perdão" do pecado (He 9:22), foi essencial para Cristo para morrer para obter o perdão para os fiéis. Na noite antes da Sua morte, Jesus disse: "Este é o meu sangue da aliança, que é derramado por muitos para remissão dos pecados" (Mt 26:28). É por meio do sacrifício de "Filho amado" de Deus, que "temos a redenção, a remissão dos pecados" (13 51:1-14'>Colossenses 1:13-14). Mais tarde, na mesma epístola que Paulo escreveu:

    Quando vocês estavam mortos em suas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, nos ter todas as nossas transgressões perdoadas, tendo cancelado o escrito de dívida que consiste em decretos contra nós, que era hostil a nós; e Ele o tirou do caminho, cravando-a na cruz. (13 51:2-14'>Colossenses 2:13-14)

    João lembrou seus leitores que "se andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, eo sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado" (1Jo 1:7). Em 2Co 5:19, ele observou que "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo consigo mesmo, sem contar com as suas ofensas contra eles." Ele disse aos colossenses que aprouve a Deus "por meio [Cristo] para reconciliar todas as coisas para si mesmo, tendo feito a paz pelo sangue da sua cruz ... Ele já reconciliou em Seu corpo carnal pela morte, a fim de apresentá-lo diante dele santos e imaculados e irrepreensíveis "(Cl 1:20).

    Leon Morris resumiu o que significa a morte de Cristo para os crentes na lista a seguir. Por sua morte

  • Nós somos redimidos, Ef 1:7
  • Somos feitos para perto de Deus, Ef 2:13
  • Somos reconciliados com Deus, Cl 1:20Rm 5:10
  • Judeus e gentios agora são feitos um, Ef 2:16
  • Nós são purificados, He 9:141Jo 1:71Jo 1:7He 13:12
  • Estamos aperfeiçoou para sempre, He 10:14
  • Fomos comprados a Deus, Ap 5:9
  • Nós temos ousadia para entrar no santuário, He 10:19
  • Estamos soltou dos nossos pecados, Ap 1:5
  • Por Sua paz cruz com Deus tem sido assegurado, Cl 1:20
  • Seu sangue estabelece um novo pacto, 1Co 11:25
  • Sua morte foi para nos resgatar de toda a iniqüidade, Tt 2:14
  • A Cruz no Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1965], 425-26)

     

    Como ele contemplou tudo o que a morte de Cristo significa para os crentes, Paulo só poderia exclamar: "De maneira nenhuma que mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo "(. Gl 6:14), e" Eu decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado "(1Co 2:2; 20: 20-21.). Mas eles foram lentamente começando a entender que, quando ele previu sua morte (ver referências acima), Jesus quis dizer exatamente o que ele disse.

    O Senhor tinha fornecido necessidades físicas, emocionais e espirituais de todos os discípulos. Como resultado, eles amavam profundamente e não podia imaginar a vida sem o seu amado Mestre. Eles reagiram à morte iminente de Jesus com choque e medo no rosto de uma perda tão incomparável. Saber o que eles estavam pensando, o Senhor passou grande parte de sua última noite com os discípulos reconfortantes e incentivá-los. Ele lhes assegurou que, embora ele não seria mais visivelmente presente com eles, Ele ainda iria cuidar deles. O Espírito Santo, o Consolador que Cristo iria enviar, viria a habitá-los, capacitá-los e orientá-los.

    Mas, apesar das promessas do Senhor para eles, incluindo a garantia da sua ressurreição, os discípulos ainda estavam severamente perturbado, o que levou ao seu comando e eles em 14:27, "Não deixe seu coração ser incomodado, nem se atemorize." Os discípulos estavam preocupados em parte porque a sua fé era fraca (conforme Mt 6:30; Mt 8:26; Mt 14:31; 16:. Mt 16:8; Mt 17:20). Mas, além disso, sua ansiedade resultou da falta de visão egoísta. Eles viram a morte do Senhor só em termos do que seria uma perda para eles, e não o que seria ganhar a Ele.

    Os discípulos 'egoísmo solicitado repreensão do Senhor, "Você ouviu o que eu disse a você, 'eu vá (conforme 07:33; 08:21; 13 33:36-14: 2-4, 12; 16: 7 , 10), e eu vou chegar até você " (14: 3., 18,23; 16:22) Se você me amou, você teria se alegrou. " Uma vez que o amor mais nobre, "não busca os seus próprios" (1 Cor . 13: 5), mas sim o que é melhor para seu objeto, Jesus expôs a fragilidade do amor dos discípulos, e os chamou para ver a cruz de Sua perspectiva.

    Esta passagem revela quatro faces do que a morte de Jesus significava para ele, cada um dos quais reflete um aspecto importante de sua obra. Através de sua morte, seu ministério seria justificado, a sua mensagem será verificada, Sua missão seria vitorioso, e Sua motivação seria validado.

    Seu Ministério seria justificado

    porque eu vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu (14: 28b)

    Depois de Sua humilhação na encarnação, Jesus desejava ir para o Pai. A referência é a sua restauração e exaltação à mão direita do Pai (Mt 26:64; At 2:33; At 5:31; 7:. At 7:55,At 7:56; .. Rm 8:34; Ef 1:20; Cl 3:1; He 1:3; He 12:2). O Filho de Deus deixou as glórias indescritíveis de céu, onde Ele experimentou perfeita comunhão com o Pai (Jo 1:1; Jo 10:17; Mt 3:17; 17:.. Mt 17:5; Ef 1:6), e tornou-se um homem (conforme Rm 8:3-4; Fp 2:1). Embora Ele não tinha pecado, Ele tinha experimentado as fraquezas humanas, tais como fadiga (Mt 8:24.), Fome (Mt 4:2:. Sl 110:1; Lc 22:69; At 7:55; Ef 1:20; Cl 3:1; He 1:3; He 12:2), o ministério de Cristo seria eternamente vindicado por Deus-Sua exaltação ser o culminar de aprovação de sua vida terrena e da morte do pai. Porque Cristo tinha realizado o Pai é perfeitamente vontade, ele ansiosamente aguarda a presença celestial de Seu Pai, onde Ele voltaria a plena glória Embora a cruz seria insuportável, Jesus sabia que o Pai "[levantaria]-o dos mortos e [seria . assento] Ele na Sua mão direita nos lugares celestiais, acima de todo governo e autoridade, poder e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro "(Ef 1:20— 21; conforme Is 53:10).. Como um estudioso escreve:

    Quando a auto-humilhação de Jesus alcançou as profundezas absolutos na sua morte vergonhosa, Deus Pai decisivamente interveio. Na justificativa e aprovação de auto-humilhação do Filho, o Pai magnificamente exaltou ao mais alto lugar no universo. O Pai claramente recompensado
    Seu Filho para a sua vida perfeitamente obediente e morte .... Ao exaltar a Jesus

    Cristo, Deus Pai vindicado. (Davi J. MacLeod, "a exaltação de Cristo: Uma Exposição de Filipenses 2:9-11," Bibliotheca Sacra 158/632 [outubro 2001]: 439, 41)

    Afirmação de Jesus, o Pai é maior do que eu, tem sido distorcida por grupos heréticos em uma afirmação incorreta de sua inferioridade ao Pai. Depois de afirmar repetidamente a Sua divindade e de plena igualdade com o Pai (por exemplo, João 5:17-18; Jo 8:58; Jo 10:30; Jo 14:9.)

    Ele "foi feita para um pouco menor que os anjos", mas agora, "por causa do sofrimento da morte [Ele seria] coroado de glória e de honra" (He 2:1; conforme Fm 1:2), Pedro, como de costume, o porta-voz para o resto, respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (v. 16). Depois de muitos discípulos superficiais

    retirou-se e não estavam andando mais com ele .... Jesus disse aos doze: "Você não quer ir embora também, não é?" Simão Pedro respondeu-Lhe: "Senhor, para quem iremos nós? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e têm vindo a saber que tu és o Santo de Deus." (João 6:66-69; conforme 1:. Jo 1:41,45-49; Mt 14:33)

    Mas, apesar de seus testemunhos confiáveis, eles ainda lutava com a dúvida. Isso levou Jesus a repreendê-los várias vezes por sua falta de fé, e os levou a gritar-lhe: "Aumenta a nossa fé!" (Lc 17:5.). Uma vez que os falsos deuses, sendo sem vida e inútil, não podia prever o futuro, Deus disse com desdém para eles, "Eis que não são de conta e os seus valores de trabalho para nada, ele que escolhe você é uma abominação." (V 24 ).

    Portanto, quando as previsões feitas Jesus veio para passar, os discípulos 'fé nEle aumentou muito, por exemplo, João 2:19-21 registra a predição de Jesus de Sua morte e ressurreição. O versículo 22, em seguida, observa que "quando Ele ressuscitou dos mortos, os seus discípulos lembraram-se de que Ele disse isso;. E creram na Escritura e na palavra que Jesus tinha falado" Em 16: 1-3 Jesus previu que os discípulos teriam de enfrentar a perseguição. Depois, no versículo 4 Ele lhes disse: "Mas essas coisas eu falei para você, de modo que quando sua hora chegar, você pode se lembrar que eu te disse um deles."Mas, apesar de muitas previsões do Senhor de Sua ressurreição, os discípulos não acredito plenamente até depois que ele realmente aconteceu. João registra que foi só quando ele e Pedro encontraram o túmulo vazio que (20: 8-9) "viu e creu Porque ainda não entendiam a Escritura, que era necessário que ressuscitasse dentre os mortos.". O cumprimento de suas previsões ajudou a convencer os discípulos de divindade de Jesus, assim como ele tinha a intenção (conforme 13:19 onde "Ele" não aparece no texto grego, indicando que Jesus estava tomando para si o nome de Deus [Ex . 03:14; conforme Jo 8:24,Jo 8:58; 18: 5-6]).

    As palavras do Senhor, eu não vou falar muito mais com você, não sinalizar o fim de seu discurso, que, na verdade, continua até o final do capítulo 16. Em vez disso, eles são um lembrete para os discípulos que Seu tempo com eles na terra estava chegando ao fim. Jesus estava plenamente consciente de tudo o que estava para acontecer a Ele; Ele nunca foi pego de surpresa. Ele sabia exatamente quanto tempo ele havia deixado com os onze diante dos servos do Inimigo chegou para prendê-lo.

    Sua missão seria Victorious

    para o governante do mundo está chegando, e ele nada tem em mim; (14: 30b)

    Este é o segundo de três referências no evangelho de João a Satanás como o governante do mundo (12:31; 16:11; conforme Lucas 4:5-6; 2 Cor. 4:. 2Co 4:4; Ef 2:2). O Diabo, é claro, não é o governante legítimo do mundo, mas um usurpador divinamente permitido. Ele é o governante do mal mundial sistema que está em rebelião contra Deus (conforme 7: 7; 08:23; 14:17; 15: 18-19; 17: 14-16; I João 2:15-17; 1Jo 3:1; 4: 4-5; 5: 4-5,1Jo 5:19). Jesus viu Satanás chegando nas pessoas de Judas, os líderes judeus, e os soldados romanos, que em breve iria prendê-lo no Getsêmani.

    Jesus tinha estado em conflito com Satanás durante toda sua vida. Quando ele era criança, Satanás levou Herodes para tentar matá-lo, junto com as outras crianças do sexo masculino nas proximidades de Belém (Mt 2:16). No início do seu ministério, Jesus "estava em no deserto quarenta dias, sendo tentado por Satanás" (Mc 1:13). Também não foram as tentações de Satanás limitado a esse encontro inicial; eles persistiram ao longo do ministério terreno do Senhor (Lc 4:13; He 4:15.), e culminou no Getsêmani (Lucas 22:39-46). Satanás repetidamente tentou matar Jesus antes da cruz, incitando os homens maus contra Ele (eg, Mc 14:1; Jo 5:18; Jo 7:1; Jo 10:39; 11:53 —54; conforme Mt 21:38)..

    Finalmente, em poucas horas, o conflito ao longo da vida de Jesus com o Diabo iria atingir o seu clímax triunfante. Satanás iria finalmente ter sucesso em tê-lo matado, mas ao fazê-lo traria sua própria destruição. Longe de ser vítima de Satanás, "o Filho de Deus se manifestou: para este fim, para destruir as obras do diabo" (1Jo 3:8). A cruz marcada derrota final de Satanás, embora a sentença final contra ele não será realizada até o final do milênio. Nesse ponto o seu assalto final contra o povo de Deus será frustrado, e ele será lançado no lago de fogo, onde ele será punido por toda a eternidade (Ap 20:10).

    Declaração enfática de Jesus (há uma dupla negativa no texto grego) "Satanás não tem nada em mim " explica por que o diabo não poderia segurá-lo na morte. A frase é uma expressão hebraica que significa que o Diabo poderia fazer nenhuma reivindicação legal contra Jesus. "Como poderia?" pede DA Carson, "Jesus não é deste mundo (8:23), e ele nunca pecou (08:46). O diabo pode ter um poder sobre Jesus apenas se houvesse uma carga justificável contra a morte de Jesus Jesus. ia em seguida, ser sua devida, e triunfo do diabo "( O Evangelho Segundo João, 509).

    Sua motivação seria validado

    mas para que o mundo saiba que eu amo o Pai, eu faço exatamente como o Pai me ordenou. Levante-se, vamo-nos daqui. "(14:31)

    Longe de marcar sua derrota nas mãos de Satanás, a morte de Cristo foi a prova definitiva de que o mundo do Seu amor para o Pai. Jesus tinha acabado de enfatizou que o teste essencial do amor é a obediência (15 vv. 21, 23). Ele iria demonstrar seu amor pelo Pai, fazendo exatamente como o Pai ordenou Ele.

    A frase se levantar, vamos a partir daqui sinaliza uma transição evidente na narrativa. Neste ponto, Jesus e os discípulos evidentemente deixou a sala de cima e começou a caminhar por Jerusalém, dirigiu-se para Getsêmani. Enquanto caminhavam, Jesus continuou seu ensino. (Jo 18:1; 13 31:43-13:32'>João 13:31-32; Jo 17:1; Filipenses 2:8-9.; He 2:1) na mão direita do Pai (Rm 8:34; Ef 1:20; Cl 3:1; He 1:3). Há Ele recebe sempre o louvor incessante e undiminishing do (Ap 5:11), que clamam ", dizendo com grande voz" criaturas e os anciãos vivendo "," Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria e força, e honra, e glória "(v. 12).



    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de João Capítulo 14 do versículo 1 até o 31

    João 14

    A promessa de glória — Jo 14:1-3

    Em muito poucos instantes se derrubaria a vida dos discípulos. O Sol se poria ao meio-dia e seu mundo cairia no caos. Nesse momento, só se podia fazer uma coisa: confiar em Deus com todas as forças. Como disse o salmista: “Eu creio que verei a bondade do SENHOR na terra dos viventes.” (Sl 27:13). “Pois em ti, SENHOR Deus, estão fitos os meus olhos: em ti confio; não desampares a minha alma.” (Sl 141:8).

    Há momentos quando temos que crer apesar de que não podemos comprovar o que cremos e temos que aceitar o que não compreendemos. Se inclusive nas horas mais terríveis cremos que, de algum modo, há um objetivo na vida e que esse objetivo é o amor, até o mais insuportável se faz suportável e na escuridão mais extrema se percebe uma luz. Mas Jesus acrescenta algo. Jesus não se limita a dizer, “Credes em Deus”. mas diz também: “Crede também em mim.” Se ao salmista pôde crer na bondade última de Deus, quanto mais fácil é para nós. Pois Jesus é a prova de que Deus está disposto a nos dar tudo o que tem. Como o Paulo o expressou: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Rm 8:32).

    Se crerem que Deus é como Jesus nos disse, se crerem que em Jesus vemos a imagem de Deus, perante esse amor esmagador se faz, não fácil, mas ao menos possível, aceitar até o que não podemos entender e manter uma fé serena nas tormentas da vida.
    Jesus continuou dizendo: “Na casa de meu Pai há muitas moradas.” Ao falar da casa de seu Pai se referia ao céu. Mas o que quis dizer ao falar das muitas moradas no céu? A palavra que se emprega para designar moradas é monai. São dadas três sugestões.

    1. Os judeus afirmavam que no céu há diferentes graus ou níveis de beatitude que se darão aos homens segundo sua bondade e sua fidelidade na Terra. No Livro dos segredos de Enoque diz: "No mundo por vir há muitas mansões preparadas para os homens: boas para os bons, más para os maus". Segundo essa imagem podemos comparar o céu com um palácio imenso que tem muitas habitações. A cada um lhe atribui a habitação que mereceu segundo a vida que levou.
    2. O escritor grego Pausanias emprega a palavra monai no sentido de estágios no caminho. Se isso for o que significa nesta passagem, quer dizer que há muitas etapas no caminho que conduz ao céu e que até no céu existe o progresso, o desenvolvimento e o adiantamento.

    Pelo menos alguns dos grandes pensadores cristãos dos primeiros tempos criam nesta acepção. Um deles era Orígenes. Dizia que quando alguém morria, sua alma ia a um lugar chamado Paraíso, que está na Terra. Ali recebia ensinos e preparações e, quando o merecia e estava preparado para fazê-lo, a alma subia ao ar. Logo passava por vários estágios, monai, que os gregos chamavam esferas e às quais os cristãos deram o nome de céus, até que por fim chegava ao reino celestial. Ao fazer tudo isto, a alma copiava a Jesus que, como disse o autor de Hebreus: “penetrou os céus” (He 4:14).

    Irineu faz referência a certa interpretação da frase que diz que a semente que se semeia às vezes produz cem, outras sessenta e outras trinta por um (Mt 13:8). A colheita era diferente e portanto também o era a recompensa. Alguns homens serão considerados dignos de passar toda a eternidade na presença de Deus; outros ressuscitarão no Paraíso e outros se farão cidadãos de "a cidade".

    Clemente de Alexandria cria que havia graus de glória, recompensas e estágios segundo o grau de santidade que tinha alcançado cada homem durante sua vida na Terra. Aqui há algo muito atrativo. Em certo sentido, a alma rechaça a idéia do que poderíamos denominar um céu estático. Há algo interessante na idéia de um progresso, de um desenvolvimento que continua inclusive nos lugares celestiais. Para dizê— lo em termos puramente humanos e inadequados, às vezes pensamos que nos sentiríamos esmagados com muito esplendor se ingressássemos imediatamente à presença de Deus. Sentimos que, até no próprio céu, precisaríamos nos limpar, nos purificar e receber alguma ajuda antes de nos defrontar com a glória maior. Ninguém saberá se estas idéias são corretas ou não, mas tampouco há quem pode afirmar que estão proibidas.

    1. Entretanto, pode ser que o significado destas palavras seja muito simples e valioso: “Na casa de meu Pai há muitas moradas.” Pode significar que no céu há lugar para todos. Qualquer casa da Terra se pode encher muito, uma estalagem pode ter que rechaçar a algum viajante esgotado porque carece de lugar. Isto não acontece com a casa de nosso Pai, porque o céu é tão vasto como o coração de Deus e há lugar para todos. De maneira que o que Jesus dizia a seus amigos era o seguinte: "Não temam. Os homens possivelmente lhes fechem as portas mas jamais os expulsarão do céu."

    A PROMESSA DE GLÓRIA

    João 14:1-3 (continuação)

    Esta passagem também inclui outras grandes verdades.

    1. Fala-nos da honestidade de Jesus. Ele disse: “Se assim não fora, eu vo-lo teria dito.” Ninguém pode afirmar que o enganaram com promessas falsas para que se convertesse ao cristianismo. Jesus falou com toda franqueza aos homens sobre o adeus que o cristão deve dar à comodidade (Lucas 9:57-58). Falou-lhes sobre as perseguições, o ódio, os castigos que deveriam suportar (Mateus 10:16-22). Advertiu-os a respeito da cruz iniludível que deveriam carregar (Mt 16:24). Mas também lhes falou sobre a glória final do caminho cristão. Jesus falou aos homens com franqueza e honestidade a respeito do que podiam esperar quanto a glória e dor se eles se propunham segui-lo. Não era um líder que tentava enrolar os homens, prometendo um caminho fácil; buscava desafiá-los para que obtivessem a grandeza.
    2. Fala-nos sobre a função de Jesus. “Pois vou preparar-vos lugar.” Uma das noções principais do Novo Testamento é que Jesus vai adiante para que nós o sigamos. Abre um caminho que podemos tomar e seguir os seus passos.

    Uma das palavras mais importantes que se empregam para descrever a Jesus é pródromos (He 6:20). A versão Almeida Atualizada (1
    995) a traduz como precursor. Esta palavra tem dois usos que podem iluminar a imagem. No exército romano, os pródromos eram as tropas de reconhecimento. Foram na frente do grosso da tropa para queimar o atalho e assegurar-se de que as tropas podiam seguir por ele sem perigo. Era muito difícil aproximar-se do porto de Alexandria. Quando chegavam os grandes barcos trigueiros, enviava-se um pequeno bote piloto para guiá-lo. Ia diante dos barcos e estes o seguiam com o passar do canal até chegar às águas que não apresentavam nenhum risco. Esse bote piloto se chamava pródromos. Ia adiante para que outros pudessem segui-lo sem perigo. Isso foi o que fez Jesus. Abriu o caminho que leva a céu e a Deus para que nós possamos seguir seus passos.

    1. Fala-nos sobre a vitória final de Jesus. Disse: "Virei outra vez". Esta é uma referência muito clara à Segunda Vinda de Jesus. Trata-se de uma doutrina que, em grande medida, desapareceu do pensamento e da pregação cristãos. O que é estranho a respeito dela é que os cristãos assumem duas posições opostas com referência à Segunda Vinda: ou a ignoram por completo ou não pensam em outra coisa. É certo que não podemos predizer quando acontecerá; também é muito certo que não podemos dizer o que acontecerá ao chegar esse momento. As mesmas extravagâncias nas quais se incorreu ao calcular o momento e a época e ao descrever os acontecimentos que se desenvolveriam na Segunda Vinda têm feito com que as pessoas a deixassem de lado como uma idéia própria de fanáticos. Mas há algo indubitável: a história tem uma direção. A história é necessariamente incompleta se não tem um fim e um momento culminante. Deve ter uma consumação e essa consumação deve ser o triunfo de Jesus Cristo. E o que Jesus promete é que o dia de sua vitória dará as boas-vindas a seus amigos.
    2. Jesus disse:

      para que, onde eu estou, estejais vós também”.

    Esta é uma verdade muito profunda expressa com a maior simplicidade. Para o cristão, o Céu é o lugar onde está Jesus. Não temos por que especular a respeito de como será o céu. Basta saber que estaremos com Ele para sempre. Quando amamos a alguém de todo nosso coração, a vida começa quando estamos com essa pessoa; só em sua companhia vivemos verdadeiramente. Isso é o que acontece com Cristo. Nosso contato com Ele neste mundo se faz nas sombras, porque só o vemos através de um vidro escuro. É espasmódico, porque somos criaturas débeis e não podemos viver sempre nas cúpulas. A melhor definição de Céu quer dizer que é esse estado no qual estaremos sempre com Jesus e nada nos voltará a separar dEle.

    O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA

    João 14:4-6

    Jesus disse várias vezes a seus discípulos para com onde se dirigia mas, de algum modo, ainda não o tinham compreendido. Disse: “Ainda por um pouco de tempo estou convosco e depois irei para junto daquele que me enviou.” (Jo 7:33). Disse-lhes que ia para o Pai que o enviou e com quem era um; entretanto, os discípulos ainda não entendiam o que sucedia. Menos ainda podiam entender o caminho pelo qual transitava Jesus, porque esse caminho era a cruz. Neste momento, os discípulos eram homens afligidos e incapazes de compreender. Havia um entre eles que jamais podia dizer que entendia algo quando não era certo: esse homem era Tomé. Era um homem muito honesto e que fazia as coisas muito a sério para ficar satisfeito com expressões vagas e piedosas. Tinha que estar seguro. De maneira que Tomé expressou suas dúvidas e sua incapacidade para entender e o maravilhoso é que a pergunta de um homem que duvidava provocou uma das coisas mais importantes que Jesus disse em toda sua vida. Ninguém deve envergonhar-se de suas dúvidas porque há uma verdade surpreendente e bendita: aquele que busca encontrará.

    Jesus disse a Tomé: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida". Para nós é uma frase muito profunda, mas o seria em maior medida para o judeu que a ouvia pela primeira vez. Nessas palavras, Jesus tomou três das concepções principais da religião judia e fez a tremenda afirmação de que nele as três alcançavam sua realização e expressão totais.
    Os judeus falavam muito sobre o caminho que deviam tomar os homens e os caminhos de Deus. Deus disse a Moisés: “Cuidareis em fazerdes como vos mandou o SENHOR, vosso Deus; não vos desviareis, nem para a direita, nem para a esquerda. Andareis em todo o caminho que vos manda o SENHOR, vosso Deus” (Deuteronômio 5:32-33). Moisés disse ao povo: “Sei que, depois da minha morte, por certo, procedereis corruptamente e vos desviareis do caminho que vos tenho ordenado” (Dt 31:29). Isaías havia dito: “Os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o caminho, andai por ele.” (Is 30:21). No mundo novo haveria uma estrada chamada o Caminho de Santidade. Nela, os caminhantes, por simples que fossem suas almas, não se extraviariam (Is 35:8). O salmista orou: “Ensina— me, SENHOR, o teu caminho” (Sl 27:11). Os judeus sabiam muito sobre o caminho de Deus que o homem devia seguir. E Jesus disse: "Eu sou o caminho".

    O que quis dizer com essas palavras? Suponhamos que estamos em uma cidade estranha e pedimos indicações. Suponhamos que nosso guia nos diz: "Tome a primeira rua à direita e a segunda à esquerda. Cruze a praça, passe na frente da Igreja e dobre na terceira quadra à direita; o caminho que você busca é o quarto à esquerda". Se nos disser isso, o mais provável é que nos percamos na segunda quadra. Mas suponhamos que a pessoa a quem lhe fazemos a pergunta nos diz: "Venha. Eu o levarei até ali". Nesse caso, a pessoa que nos leva é o caminho e não nos podemos perder. Isso é o que Jesus faz por nós. Não se limita a nos dar conselhos e indicações. Pega-nos pela mão e nos guia, caminha conosco, fortalece-nos, conduz-nos e nos dirige todos os dias de nossa vida. Não nos fala sobre o caminho, Ele é o caminho.

    Jesus disse: "Eu sou a verdade". O salmista disse: “Ensina-me, SENHOR, o teu caminho, e andarei na tua verdade" (Sl 86:11). “Pois a tua benignidade, tenho-a perante os olhos e tenho andado na tua verdade" (Sl 26:3). “Escolhi o caminho da verdade" (Sl 119:30, RC). Há muitos que nos disseram a verdade, mas nenhum foi a encarnação da verdade.

    Há algo fundamental a respeito da verdade moral. A personalidade do homem que ensina a verdade acadêmica ou científica não afeta muito a sua mensagem. A personalidade não tem maior peso quando se busca ensinar geometria, astronomia ou os verbos latinos. Pelo contrário, se alguém se propõe ensinar a verdade moral, sua personalidade é essencial. Um adúltero que prega a necessidade da pureza, uma pessoa egoísta que prega o valor da generosidade, uma pessoa dominante que ensina a beleza da humildade, uma criatura irascível que prega a beleza da serenidade, uma pessoa amargurada que prega a beleza do amor estão condenadas a não ter êxito. A verdade moral não se pode transmitir unicamente em palavras, deve-se transmiti-la com o exemplo. E ali é onde falha grandemente até o mais excelso dos professores humanos.
    Nenhum professor foi jamais a encarnação de seus ensinos, com exceção de Jesus. Muitos homens poderiam dizer: "Ensinei-lhes a verdade." Jesus era o único que podia afirmar: "Eu sou a verdade." O tremendo a respeito de Jesus não é que a afirmação da perfeição moral encontra sua cúspide nele, embora isso seja certo, mas sim o fato da perfeição moral se vê realizada nele.

    Jesus disse: "Eu sou a vida". O autor dos Provérbios disse: “Porque o mandamento é lâmpada, e a instrução, luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida" (Pv 6:23). “O caminho para a vida é de quem guarda o ensino" (Pv 10:17). “Tu me farás ver os caminhos da vida", disse o salmista (Sl 16:11). Em última instância, o homem sempre busca a vida. O que querem os homens é encontrar aquilo que faça que a vida mereça a pena vive. Um novelista faz dizer a um de seus personagens, que se apaixonou: "Nunca soube o que era a vida até que a vi em seus olhos." O amor havia trazido a vida. Isso é o que faz Jesus. A vida com Jesus merece viver-se; é vida autêntica.

    E há uma maneira de expressar tudo isto. “Ninguém vem ao Pai”, disse Jesus, “senão por mim”. Jesus é o único caminho que conduz a Deus. Só nele vemos como é Deus, temos acesso a Deus. Ele é o único que pode mostrar Deus aos homens e o único que pode conduzir aos homens à presença de Deus sem temor nem vergonha.

    A VISÃO DE DEUS

    João 14:7-11

    Pode ser que esta tenha sido a coisa mais esmagadora que Jesus disse segundo a interpretação do mundo antigo. Para os gregos Deus era, por definição, o invisível. Para o judeu era um artigo de fé que ninguém jamais viu a Deus. Jesus se dirigiu a pessoas que pensavam desse modo dizendo: “Se vós me tivésseis conhecido, conheceríeis também a meu Pai.” Então Filipe pediu algo que deve ter considerado como um impossível. Possivelmente pensava naquele dia grandioso quando Deus revelou sua glória a Moisés (Êxodo 33:12-23). Mas inclusive naquele grande dia, Deus havia dito a Moisés: “Tu me verás pelas costas; mas a minha face não se verá”. Na época de Jesus os homens estavam oprimidos e fascinados pelo que se denomina a transcendência de Deus. Sentiam-se esmagados pela idéia da diferença e a distância entre Deus e o homem. Jamais teriam ousado pensar que podiam ver a Deus. Nesse contexto, Jesus diz com toda simplicidade: “Quem me vê a mim vê o Pai” Ver Jesus é ver como é Deus. Um autor contemporâneo disse que Lucas havia "domesticado a Deus" em seu Evangelho. Quis dizer que Lucas nos mostra a Deus, em Jesus, tomando parte e compartilhando as coisas mais íntimas e cotidianas.

    Quando vemos Jesus podemos dizer: "Este é Deus tomando sobre si e vivendo nossa vida". Se for assim, e o é, podemos dizer as coisas mais valiosas a respeito de Deus.

    1. Deus entrou em um lar e em uma família singela. Como o expressou de maneira formosa Francis Thompson em Ex Ore Infantum:

    Menino Jesus: foste tímido alguma vez e tão pequeno como eu? e como te sentias ao estar fora do Céu e ser como eu?

    Qualquer habitante do mundo antigo teria pensado que se Deus chegava a vir a este mundo Ele o faria como um rei, num grande palácio, com todo o poder, a majestade e a força que, aos olhos do mundo, conforma a grandeza. Como escreveu George Macdonald:

    Todos buscavam um rei
    Para matar a seus inimigos e lhes dar glória:
    Vieste tu, um bebê pequeno,

    Que fez chorar a uma mulher.

    Segundo as palavras da canção infantil:

    Houve um cavaleiro em Belém
    Cujo poder foram lágrimas e tristezas;
    Seus homens armados foram ovelhinhas,

    Suas trombetas, andorinhas.

    Em Jesus, Deus santificou uma vez para sempre o nascimento humano, o lar humilde da gente simples e a infância.

    1. Deus não se envergonhava de fazer a tarefa de um homem. Deus entrou em mundo como um trabalhador. Jesus era o carpinteiro de Nazaré. Nunca chegaremos a compreender totalmente a maravilha que significa o fato de que Deus compreende nosso trabalho cotidiano. Conhece o problema de fazer o dinheiro ser suficiente, o incômodo do cliente mal-humorado e do que não paga as contas. Sabe tudo o que

    significa viver em uma casa singela com uma família numerosa e cada um dos problemas que nos acossam em nosso trabalho de cada dia. Segundo o Antigo Testamento, o trabalho é uma maldição. Segundo o velho relato, a maldição que recebeu o homem por seu pecado no Paraíso foi: “No suor do rosto comerás o teu pão” (Gn 3:19). Entretanto, no Novo Testamento, o trabalho está tingido de glória porque foi tocado pela mão de Deus.

    1. Deus sabe o que significa uma tentação. O extraordinário a respeito da vida de Jesus é que não nos mostra a serenidade mas a luta de Deus. Qualquer um poderia imaginar um Deus que vivesse em uma serenidade e uma paz que estivessem livres das tensões deste mundo: Jesus, pelo contrário, mostra-nos um Deus que passa pela luta eterna pela qual todos devemos passar. Deus não é como um comandante que dá suas ordens atrás das linhas de fogo: Ele também conhece as linhas de batalha da vida.
    2. Em Jesus vemos a Deus amando. Quando o amor entra na vida o faz acompanhado pela dor. Se pudéssemos nos libertar por completo da tristeza e da dor humanas, se pudéssemos organizar a vida de maneira tal que nada nem ninguém nos afetasse, não existiria nada semelhante à dor, à tristeza e à ansiedade. Mas em Jesus vemos um Deus que se preocupa com intensidade, que se desvela pelos homens, sente profundamente com eles e por eles, ama-os até que em seu coração aparecem as feridas do amor.
    3. Em Jesus vemos a Deus sobre uma cruz. Não há nada no mundo que seja tão incrível como isto. É fácil imaginar um Deus que condena os homens: mais fácil ainda imaginar um Deus que queima os homens e que, se se opõem, elimina-os. Ninguém teria sonhado jamais com um Deus que, em Jesus Cristo, escolheu a cruz por nós e por nossa salvação.

    “Quem me vê a mim vê o Pai”. Jesus é a revelação de Deus e essa revelação deixa a mente do homem esmagada e surpreendida em um sentimento de maravilha, amor e adoração.

    A VISÃO DE DEUS

    João 14:7-11 (continuação)

    Não obstante, Jesus diz algo mais. Havia algo que nenhum judeu nunca deixaria de ter claro: a absoluta solidão de Deus. Os judeus eram monoteístas inamovíveis. Um perigo da fé cristã é que situamos a Jesus como uma espécie de Deus secundário. Mas Jesus continuou falando. Insiste que as coisas que disse e fez não surgiram de sua própria iniciativa, poder ou conhecimento, mas sim de Deus. Suas palavras eram a voz de Deus que falava com os homens; suas ações eram o poder de Deus que fluía através dele para os homens. Foi o canal pelo qual Deus chegou aos homens. Tomemos uma analogia muito singela e imperfeita. Há dois exemplos que nos ajudarão: provêm da relação entre o estudante e o professor.
    Ao referir-se ao grande pregador cristão, A. B. Bruce, o Dr. Lewis Muirhead disse que o povo "ia ver nesse homem a glória de Deus." Qualquer professor tem a responsabilidade de transmitir uma parte da glória de seu tema àqueles que o ouvem e aquele que ensina sobre Jesus Cristo pode, se for o suficientemente santo, transmitir a visão e a presença de Cristo àqueles que o ouvem e àqueles que convivem com ele. Isso foi o que fez A. B. Bruce por seus alunos e, em uma medida imensamente maior, foi o que fez Jesus. Transmitiu a glória e o amor de Deus aos homens. Mas há outra analogia.
    Um grande professor deixa uma marca própria em seus alunos. W. M. Macgregor foi discípulo do A. B. Bruce. Em suas memórias de W. M. Macgregor, A. J. Gossip nos diz que "quando se correu o rumor que Macgregor pensava abandonar o púlpito para fazer-se acusação dou uma cadeira a gente se perguntou por que, com grande surpresa. Macgregor respondeu com modéstia que tinha aprendido algumas coisas de Bruce e que desejava as transmitir a outros."
    O reitor John Cairns escreveu a seu professor, Sir Williams Hamilton: "Não sei que vida ou que vidas o destino me proporciona, mas sim sei algo: até o fim de meus dias levarei o sinal que você deixou em mim."
    Em algumas oportunidades, quando um estudante de teologia foi formado por um grande pregador por quem sentia uma profunda avaliação, podemos ver algo do professor em seu discípulo e ouvimos algo de sua voz. Às vezes a gente diz: "Se fechar os olhos, parece que se ouve a seu professor." Jesus fez algo disso com respeito a Deus, só que em uma medida imensamente maior. Trouxe para os homens o acento, a mensagem, a mente e o coração de Deus. Convém que recordemos de vez em quando, devemos fazê-lo, que todo isso provém de Deus. Jesus não escolheu fazer uma expedição ao mundo. Não o fez para abrandar o coração endurecido de Deus. Veio à Terra porque Deus o enviou, porque Deus amou tanto o mundo. Atrás de Jesus e nele está Deus.

    E, ato seguido, Jesus fez uma afirmação e propôs uma prova; tratava-se de duas coisas que sempre afirmava e oferecia. A afirmação de Jesus se baseava em duas coisas: suas palavras e suas obras.

    1. Pedia que fosse provado pelo que dizia. É como se tivesse dito: "Quando me ouvem vocês não de dão conta imediatamente que o que lhes digo é a verdade de Deus?" As palavras de qualquer gênio sempre são sua própria prova. Quando lemos um grande poema na maioria dos casos não podem dizer por que é excelente e por que nos arrebata o coração. É certo que podemos analisar os sons e coisas por estilo, mas sempre fica algo que resiste a toda análise e que, apesar disso, reconhece-se imediatamente e com suma facilidade. O mesmo acontece com as palavras de Jesus. Quando as ouvimos não podemos evitar pensar: "Se o mundo vivesse segundo esses princípios, que diferente seria. Se eu vivesse segundo essas linhas, que distinto seria".
    2. Pediu que o provasse por suas obras. Disse a Filipe: "Se não pode crer em mim pelo que digo, sem dúvida deve reconhecer o que posso fazer para convencê-lo." Essa foi a mesma resposta que Jesus enviou a João. Este tinha mandado mensageiros para perguntar se Jesus era o Messias ou se deviam buscar a outro. A resposta de Jesus foi muito simples. "Voltem", disse, "e digam a João o que acontece: isso o convencerá" (Mateus 11:1-6). A prova de que Jesus é quem é é sua capacidade para curar o corpo e a mente doentes. Ninguém jamais conseguiu converter o homem mau em uma pessoa boa.

    Jesus disse a Filipe: "Ouça-me! Olhe para mim! E creia!" Até o dia de hoje, esse é o caminho que conduz à fé cristã. Não se busca discutir a respeito de Jesus mas sim de ouvi-lo e olhar para Ele. Se o fizermos, o mero impacto pessoal que terá sobre nós nos obrigará a crer.

    AS PROMESSAS TREMENDAS

    João 14:12-14

    Seria impossível encontrar duas promessas que superem as que aparecem nesta passagem. Não obstante, sua índole é tal que devemos buscar compreender o que significam e o que prometem. A menos que entendamos seu sentido a experiência da vida sempre nos defraudará.
    (1) Em primeiro lugar, Jesus disse que chegaria o dia quando seus discípulos fariam o que Ele tinha feito e que inclusive fariam obras superiores. O que quis dizer Jesus com essas palavras?

    1. É um fato certo que, na primeira época, a Igreja primitiva tinha o poder de curar os doentes. Entre os dons que tinham as pessoas, Paulo inclui o de curar (1Co 12:9,1Co 12:28,1Co 12:30). Tiago estabelece que quando qualquer cristão estivesse doente, os anciãos deviam rogar por ele e ungi-lo com óleo (Jc 5:14). Entretanto, é evidente que esse não foi todo o sentido das palavras de Jesus. Embora é certo que a Igreja primitiva fez as mesmas coisas que Jesus fez, não se pode dizer, sem dúvida alguma, que fez coisas majores pois isso seria algo impossível.
    2. É um fato real que, com o transcurso do tempo, o homem aprendeu a controlar cada vez mais enfermidades. O clínico e o cirurgião de nossos dias têm poderes que para o mundo antigo eram milagrosos e até divinos. O cirurgião com suas novas técnicas e o clínico com seus tratamentos e suas drogas milagrosas podem efetuar as curas mais surpreendentes. Ainda fica um longo trecho para transitar mas se derrubou uma após outra fortalezas de dor e enfermidades e os inimigos físicos do homem se renderam.

    Agora, o essencial de tudo isto é que aconteceu pelo poder e a influência de Jesus Cristo. Por que teriam que tratar os homens de salvar os fracos, os doentes e os moribundos, aqueles cujos corpos estão destroçados e suas mentes em trevas? Sob o regime do Hitler se eliminava essa gente. Pelo contrário, os médicos mais eminentes de diferentes países se opõem com esforço à eutanásia. Como se explica que homens capazes e sábios se sentiram movidos, e até persuadidos, a dedicar seu tempo e suas forças, a arruinara a saúde e às vezes até a entregar suas vidas para descobrir a forma de curar enfermidades e de aliviar a dor? A resposta é que, embora não fossem conscientes disso, Jesus lhes falava por meio de seu Espírito: "Tenho que ajudar e curar estas pessoas. Deve fazê-lo. Não pode permitir que a dor avance e não receba ajuda. Seu dever, sua tarefa e sua responsabilidade é fazer tudo o que possa por eles." O Espírito de Jesus é quem esteve por trás da conquista da enfermidade. É certo que na atualidade os homens podem fazer coisas que ninguém teria sonhado nos tempos de Jesus.

    1. Apesar de tudo, ainda não chegamos ao significado desta passagem. Pensemos no que Jesus tinha feito concretamente durante os dias que viveu na Terra. Nunca tinha pregado fora da Palestina. Sua voz jamais tinha saído a todo mundo dos homens. Durante sua vida. Europa não tinha ouvido o evangelho. Fosse qual fosse a realidade da Palestina, Jesus nunca teve que enfrentar pessoalmente a situação de degeneração moral que apresentava Roma. Até os inimigos de Jesus na Palestina eram homens religiosos. Os fariseus e os escribas tinham entregue suas vidas à religião, tal como eles a viam, e jamais se duvidou de que reverenciavam e praticavam a pureza. Não foi durante a vida de Jesus quando o cristianismo saiu a um mundo no qual não se dava a menor importância ao laço matrimonial, onde o adultério nem sequer era um pecado formal, um mundo dominado pela homossexualidade e no qual o vício proliferava como uma selva tropical.

    Os primeiros cristãos foram a esse mundo. Esse foi o mundo que ganharam para Cristo. Quando se falava de números, extensões e mudanças de poder, os triunfos da mensagem da cruz superavam aos de Jesus durante seus dias na Terra. Jesus fala sobre a recriação moral, a vitória espiritual. E diz que tudo isto acontecerá porque Ele vai ao Pai. O que quer dizer com isso? Significa o seguinte: durante os dias que viveu neste mundo estava limitado a Palestina. Uma vez que morreu e ressuscitou ficava liberto das limitações da carne e seu Espírito podia operar de maneira poderosa em qualquer parte. Justamente porque foi ao Pai, seu Espírito ficava livre para operar com poder em todo mundo.
    Em sua segunda promessa, Jesus diz que qualquer oração que se ofereça em seu nome receberá resposta. Isto é algo que devemos entender com a maior clareza. Vejamos com atenção o que Jesus disse. Não disse que todas nossas orações receberiam resposta. Disse que a receberiam aquelas orações feitas em seu nome. A maneira de provar qualquer oração é perguntar-se: Posso fazer esta oração em nome de Jesus? Ninguém poderia orar, por exemplo, para obter uma vingança pessoal, uma ambição, um desejo de superar a outro, a algum ser indigno, anticristão e oposto a Cristo, no nome de Jesus.

    Quando oramos, sempre devemos perguntar: Posso orar, com honestidade, em nome de Jesus? ou Estou pedindo isto empurrado por meus próprios desejos, fins e ambições? A oração que resiste esta prova e aquela que no final diz: "Faça-se sua vontade", sempre receberá resposta. Pelo contrário, a oração que se baseia sobre o egoísmo não pode pretender ser escutada porque se faz em nome próprio e não no de Jesus.

    O CONSOLADOR PROMETIDO

    João 14:15-17

    Para João há uma só forma de provar o amor: a obediência. Jesus demonstrou seu amor a Deus mediante seu obediência. Nós devemos mostrar nosso amor por Jesus mediante essa mesma obediência.
    C. K. Barrett diz: "João nunca permitiu que o amor se convertesse em um sentimento ou uma emoção. Sua expressão sempre é moral e se revela na obediência." Sabemos muito bem que sempre há pessoas que juram seu amor com palavras e empregam as ações exteriores do amor mas que, ao mesmo tempo, infligem dor e destroçam o coração daquelas pessoas a quem dizem amar. Há meninos e jovens que afirmariam com toda certeza que amam a seus pais mas que, apesar disso, causam-lhes dor e ansiedade. Há maridos que asseguram amar a suas esposas e esposas que dizem amar a seus maridos mas que, mediante seu falta de consideração e sua irritabilidade fazem sofrer a seu casal. Para Jesus, o amor autêntico não é algo fácil. O verdadeiro amor só se mostra na obediência real. E, como resultado disso, o que os homens denominam amor não o é, pois o amor genuíno é o menos comum do mundo.
    É óbvio que este amor que se manifesta na obediência não é algo fácil. Mas Jesus não permitiria que lutássemos com a vida cristã a sós. Ele nos enviaria outro Consolador. Esta é uma palavra que não tem tradução. O termo grego é parakletos. A Versão Almeida Atualizada (1
    995) traduz como Consolador. Embora o tempo e o uso a elogiaram, não é uma boa tradução. Moffatt o traduz como Ajudante. (A Bíblia de Jerusalém escreve Paráclito.)

    Só quando examinamos em detalhe esta palavra parakletos percebemos parte da riqueza da doutrina do Espírito Santo. Este termo significa alguém a quem se chama. Não obstante, o que lhe confere as associações que a distinguem são as razões pelas quais se chama a essa pessoa. Os gregos empregavam esta palavra de maneiras muito variadas. Um parakletos podia ser uma pessoa a quem se chamava para dar testemunho a favor de alguém em um tribunal; podia tratar-se de um advogado a quem se chamava para defender uma causa quando o acusado tinha possibilidades de receber uma pena muito grave; podia ser um perito a quem se chamava para aconselhar sobre alguma situação difícil. Podia ser uma pessoa a quem se chamava quando um batalhão de soldados se sentia deprimido e descoroçoado e lhe pedia que os alentasse e lhes infundisse coragem. Em todos os casos, umparakletos é alguém a quem se chama para prestar ajuda quando a pessoa que o convoca tem problemas, está sumido na tristeza, na dúvida ou na confusão.

    Agora, durante algum tempo a palavra Consolador era uma tradução excelente. De fato, remonta-se até Wicliffe que foi o primeiro a empregá-la. Mas em seus dias tinha um sentido muito mais rico do que lhe damos agora. Este termo provém da palavra latina fortis que significa valente: o consolador era alguém que conseguia fazer com que alguma criatura desconsolada adquirisse coragem. Na atualidade, a palavra se relaciona quase exclusivamente com a tristeza e a dor. O consolador é alguém que nos compreende quando estamos tristes ou desalentados. Sem dúvida alguma, o Espírito Santo cumpre esse papel mas limitá-lo a essa função implica minimizá-lo. Temos uma frase moderna que empregamos com freqüência. Dizemos que podemos enfrentar as coisas. Essa é justamente a tarefa do Espírito Santo. O Espírito vem a nós, tira o que é inadequado e nos permite enfrentar a vida. O Espírito Santo substitui a vida derrotada por uma vida vitoriosa.

    De maneira que o que diz Jesus é o seguinte; "Encomendo-lhes uma tarefa dura e lhes comprometo em um pouco muito difícil. Mas lhes enviarei a alguém, o parakletos, que lhes mostrará o que devem fazer e lhes fará capazes de enfrentar a batalha da verdade." Entretanto, Jesus seguiu dizendo que o mundo não pode reconhecer ao Espírito. Ao falar do mundo, João se refere a esse grupo de homens que vive como se Deus não existisse, essa gente que, ao organizar suas vidas, deixam de lado a Deus por considerá-lo inadequado. Agora, o essencial das palavras de Jesus é o seguinte: só vemos aquilo para o qual estamos capacitados. Um astrônomo verá muitas mais coisas no céu que um homem comum. Um botânico verá muito mais em qualquer planta que alguém que não sabe nada de botânica. Um médico descobrirá muitas mais coisas ao observar uma pessoa das que pode ver uma pessoa que não está capacitada. Alguém que entende de arte verá muito mais em um quadro que uma pessoa ignorante nesse campo. Alguém que sabe um pouco de música encontrará muitas mais coisas em uma sinfonia que outra pessoa que não sabe nada sobre esse tema.

    Em qualquer ocasião, o que vemos e experimentamos depende do que ponhamos na visão e na experiência. Uma pessoa que eliminou a Deus nunca dispõe de um momento durante o dia para atender a Deus e ouvi-lo. Consideraria que fazer algo semelhante seria uma perda de tempo. Não podemos receber o Espírito Santo a menos que esperemos em silêncio, com o ânimo disposto e em oração que o Espírito venha a nós. O fato muito simples é que o mundo está muito ocupado para dar uma oportunidade ao Espírito Santo para que penetre nele. Pois o Espírito não derruba as portas do coração de ninguém, espera até a pessoa recebê-lo.

    De maneira que quando pensamos nas coisas maravilhosas que faz o Espírito Santo, sem dúvida dedicaremos uma parte de nosso tempo ruidoso e apressado para esperar sua vinda e seu poder em silêncio.

    O CAMINHO RUMO À FRATERNIDADE E À REVELAÇÃO

    João 14:18-24

    Neste momento, deve-se ter dado procuração dos discípulos um sentimento premonitório. Até eles devem ter percebido que havia uma tragédia pela frente. Não obstante, Jesus diz: “Não vos deixarei órfãos”. A palavra que emprega é orfanos que significa sem pai. Mas também se aplicava aos discípulos e estudantes privados da presença e os ensinos de um professor amado. Platão diz que ao morrer Sócrates seus discípulos "criam que teriam que passar o resto de suas vidas órfãos, como filhos sem pai, e não sabiam o que fazer". Jesus, pelo contrário, disse a seus discípulos que não lhes aconteceria algo semelhante. "Voltarei", afirmou. Esta vez fala de sua ressurreição e sua presencia ressuscitada. Vê-lo-ão porque estará vivo, pois a morte jamais poderia vencê-lo e o verão porque eles estarão vivos. O que quer dizer Jesus é que estarão espiritualmente vivos. Nesse momento se sentem afligidos e emudecidos pelo pressentimento de uma tragédia iminente. Mas chegará o dia quando seus olhos se abrirão, suas mentes compreenderão, seus corações se acenderão: e então o verão. Isso foi, em realidade, o que aconteceu quando Jesus ressuscitou dos mortos. A ressurreição permutou a desesperança em esperança e foi então quando compreenderam sem lugar a dúvidas que ele era o Filho de Deus.

    Nesta passagem, João lança com certas idéias que nunca se afastam muito de seu pensamento.

    1. Primeiro e principal é o amor. Para João o amor é a base de tudo. Deus ama a Jesus; Jesus ama a Deus; Deus ama aos homens; Jesus também os ama; os homens amam a Deus através de Jesus e os homens se amam entre si. O céu e a Terra, o homem e Deus, o homem e outros homens estão unidos por este laço de amor.
    2. Mais uma vez João recalca a necessidade da obediência. É a única prova do amor. Quando ressuscitou dos mortos Jesus apareceu diante daqueles que o amavam, não diante dos escribas, dos fariseus e dos judeus que lhe tinham sido hostis.
    3. Este amor obediente e crédulo conduz a duas coisas. Em primeiro lugar, chega à segurança última. O dia do triunfo de Cristo àqueles que o amaram com obediência estarão a salvo em um mundo que se derruba. Em segundo lugar, este amor conduz a uma revelação cada vez mais plena; Jesus se revela de maneira cada vez mais completa ao homem que o ama. O conhecimento, a revelação de Deus é algo que custa. Sempre existe uma base moral para a revelação. Cristo se revela ao homem que guarda seus mandamentos. Um homem mau não pode receber a revelação de Deus. Pode estar acostumado a Deus mas não pode viver em comunhão com Ele. Deus se revela unicamente ao homem que o busca e só chega àquele que, apesar do fracasso, dirige-se para Ele. A comunidade com Deus, sua revelação, dependem do amor e este depende da obediência. Quanto mais obedecemos a Deus, melhor o entendemos e o homem que transita pelo caminho de Deus, inevitavelmente caminha com Deus.

    OS DONS DO ESPÍRITO

    João 14:25-31

    Esta passagem está plena de verdades. Jesus faz referência a cinco coisas.

    1. Fala de seu aliado, o Espírito Santo. Aqui Jesus diz duas coisas fundamentais sobre o Espírito Santo.
    2. O Espírito Santo nos ensinará todas as coisas. O cristão deve aprender até o final de seus dias porque até esse momento, o Espírito Santo o conduzirá cada vez mais longe na verdade de Deus. Jamais chega um momento na vida quando o cristão pode dizer que conhece toda a verdade. A fé cristã não proporciona a menor desculpa que justifique uma verdade fechada. O cristão que considera que não fica nada por aprender é uma pessoa que nem sequer começou a compreender o que significa a doutrina do Espírito Santo.
    3. O Espírito Santo nos recordará as palavras de Jesus. Isto tem dois significados. Nos temas relacionados com a fé, o Espírito Santo nos lembra constantemente o que disse Jesus. Temos obrigação de pensar mas todas nossas conclusões devem verificar-se à luz das palavras de Jesus. O que devemos descobrir não é tanto a verdade; isso o disse Jesus. O que temos que descobrir é o significado da verdade, o significado das coisas que Jesus disse. O Espírito Santo nos protege contra a arrogância e o pensamento equivocado.
    4. O Espírito Santo nos manterá no bom caminho no que se refere à conduta. Quase todos nós temos uma experiência reiterada na vida.

    Quando nos sentimos tentados a fazer algo mau, quando estamos a ponto de levá-lo a cabo, apresenta-se em nossa mente a frase de Jesus, o versículo do salmo, a imagem de Jesus, as palavras de alguém para com quem sentimos admiração e carinho, os ensinos que recebemos durante a juventude. No momento de perigo estas coisas passam por nossa mente sem que as tenhamos convocado. Esta é a obra do Espírito Santo. No momento de prova, o Espírito Santo apresenta em nossa memória aquilo que jamais deveríamos ter esquecido.

    1. Fala de seu dom e seu dom é a paz. A palavra paz, shalom, na Bíblia jamais significa a ausência de problemas. A paz significa tudo aquilo que contribui a nosso bem supremo. A paz que nos oferece o mundo é uma paz escapista, uma paz que surge de evitar problemas, de negar-se a enfrentar as coisas. A paz que Jesus nos oferece é a paz da conquista. Aquela paz que nenhuma experiência de nossa vida nos pode tirar. Uma paz que nenhuma dor, perigo ou sofrimento pode diminuir. É uma paz independente das circunstâncias exteriores.
    2. Fala-nos de seu destino. Jesus volta a seu Pai. E Jesus diz que se seus discípulos o amassem autenticamente se regozijarão de que seja assim. Era liberto das limitações impostas por este mundo; era devolvido à sua glória. Se realmente compreendéssemos a verdade da fé cristã, sempre nos alegraríamos quando as pessoas que amamos vão para Deus. Isso não significa que não experimentaríamos o aguilhão da dor e a amargura da perda. O que quer dizer é que, até em nossa dor e solidão, nos alegraríamos de que depois dos problemas e sofrimentos deste mundo os seres queridos foram para Deus. Não nos lamentaríamos de seu descanso e libertação. Recordaríamos que não entraram na morte mas na bem-aventurança.
    3. Fala-nos de seu luta. A cruz era a batalha final entre Jesus e as forças do mal. Não obstante, Jesus não temia a cruz porque sabia que o mal não prevaleceria contra Ele. Dirigiu-se rumo à cruz com a certeza, não da derrota, mas sim da conquista.
    4. Fala-nos de sua reivindicação. Nesse momento, os homens só viam a humilhação e a vergonha de Cristo na cruz. Mas chegaria o momento quando veriam nela sua obediência a Deus e seu amor pelos homens. As coisas chaves na vida de Jesus encontraram sua expressão suprema na cruz. Ali, de maneira incomparável, demonstrou-se a obediência de Jesus para com Deus e seu amor pelos homens.

    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 14 versículo 16
    outro ajudador: Estas palavras indicam que os discípulos já tinham um “ajudador”, Jesus. Na verdade, 1Jo 2:1 usa a mesma palavra grega traduzida aqui como “ajudador” (parákletos) para se referir ao papel de Jesus. Mas aqui Jesus estava prometendo que, depois que ele voltasse para o céu, o espírito (a força ativa) de Deus iria ajudar seus discípulos.

    ajudador: Ou: “consolador; incentivador; advogado”. A palavra grega traduzida aqui como “ajudador” (parákletos) é usada na Bíblia para se referir tanto ao espírito santo (Jo 14:16-26; 15:26; 16:
    7) como a Jesus (1Jo 2:1). A palavra poderia ser traduzida literalmente como “pessoa chamada para o lado de alguém” para prestar ajuda. Apesar de o espírito santo ser uma força, e não uma pessoa, Jesus o chamou de “ajudador” e falou que esse ajudador iria ‘ensinar’, ‘dar testemunho’, ‘dar provas’, ‘guiar’, ‘falar’, ‘ouvir’ e ‘receber’. (Jo 14:26-15:26; 16:7-15) Ao falar do espírito santo dessa forma, Jesus estava usando uma figura de linguagem chamada personificação, que envolve falar de algo sem vida ou de um objeto como se fossem uma pessoa. Essa mesma figura de linguagem é usada nas Escrituras para falar sobre muitas outras coisas, como a sabedoria, a morte, o pecado e a bondade imerecida. (Mt 11:19; Lc 7:35; Rm 5:14-17, 21; 6:12; 7:8-11) E é óbvio que nenhuma dessas coisas é realmente uma pessoa. Além disso, o espírito de Deus é muitas vezes mencionado junto com outras coisas sem vida, o que também mostra que ele não é uma pessoa. (Mt 3:11; At 6:3-5; 13:52; 2Co 6:4-8; Ef 5:18) Alguns argumentam que o fato de o texto grego usar pronomes masculinos para se referir a esse “ajudador” prova que o espírito santo é uma pessoa. (Jo 14:26) Mas, de acordo com a gramática grega, como a palavra parákletos é masculina, os pronomes também precisam ser masculinos. (Jo 16:7-8, 13,
    14) Por outro lado, quando a palavra usada para se referir ao espírito santo é pneúma, que é do gênero neutro, os pronomes usados também são neutros. — Veja a nota de estudo em Jo 14:17.


    Dicionário

    Consolador

    grego: advogado ou o que consola

    Consolador V. ADVOGADO (Jo 14:16).

    consolador (ô), adj. Que consola; consolativo. S. .M Aquele que consola.

    Consolador Adjetivo empregado por Jesus para referir-se ao Espírito Santo (Jo 16:7ss.).

    O Consolador, assim, personifica uma doutrina eminentemente consoladora, que, na época oportuna, viria trazer aos homens as consolações de que iriam precisar, pois não as encontrariam nas religiões materializadas erigidas à sombra da cruz.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A progressividade da revelação divina 4

    É o Espiritismo, que se encontra na Terra para moralizar os homens, através do esclarecimento da verdade que liberta e salva. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 4

    O consolador é o Espiritismo [...].
    Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - Apresentação

    [...] entre vós já se acha o Consolador Prometido – a Doutrina Espírita –, fonte abundante de todas as verdades que devem substituir o edifício carcomido das vossas crenças, mostrando-vos a rota segura, a porta estreita, o coração, a alma do Divino Mestre que, perdoando os vossos erros, vos cobre com o seu divino manto de amor, conduzindo-vos à felicidade suprema!
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    [...] que não é uma entidade, não é um profeta, não é um missionário, que é a essência mesma dos ensinos do Cristo, a virtude do Evangelho plantada no coração do homem, a produzir frutos pela exemplificação cotidiana.
    Referencia: THIESEN, Francisco• (Comp•) No oásis de Ismael: ensinos e meditações• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - pt• 1, cap• 2

    [...] significa a doutrina luminosa e santa de esperança de redenção suprema das almas [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - O Espiritismo no Brasil

    [...] é a escola divina destinada ao levantamento das almas. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado

    O Consolador é a onipresença de Jesus, na Terra.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 22


    Dara

    -

    hebraico: pérola da Sabedoria ou coração de sabedoria

    Dará

    -

    Pai

    Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12

    Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46

    [...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16


    Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.

    Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    Rogar

    verbo Pedir insistentemente e demonstrando humildade; suplicar: rogou que a desculpassem; rogava pelo amigo doente; rogava à santa por um milagre.
    verbo bitransitivo Insistir com perseverança; exortar: os filhos rogavam ao pai que parasse com o castigo.
    Gramática Verbo de múltiplas regências.
    Etimologia (origem da palavra rogar). Do latim rogare.

    Rogar Pedir com insistência (Mt 9:38).

    Sempre

    advérbio Em todo tempo; a toda hora; perpetuamente ou eternamente: espero que nosso casamento seja sempre assim.
    De um modo contínuo; em que há continuidade; constantemente ou continuamente: está sempre irritado.
    Em que há ou demonstra hábito; que se desenvolve ou ocorre de maneira habitual; geralmente: almoça sempre no trabalho.
    De um modo invariável; de qualquer modo; invariavelmente: com alunos ou não, o professor vem sempre à escola.
    Em que há finalidade; por fim; enfim: fez uma crítica construtiva, isso sempre ajuda.
    Na realidade; de maneira verdadeira; realmente: é um absurdo o que você fez! Sempre é um patife!
    conjunção Que expressa adversão; no entanto ou todavia: machuca-me o seu comportamento, sempre te escuto.
    substantivo masculino Tudo que se refere ao tempo (passado ou futuro).
    Etimologia (origem da palavra sempre). Do latim semper.

    sempre adv. 1. A toda a hora, a todo o momento, em todo o tempo. 2. Constantemente, continuamente, sem cessar. 3. Afinal, enfi.M 4. Com efeito, efetivamente. Conj. Contudo, entretanto, no entanto, todavia. S. .M Todo o tempo (o passado, o presente, o futuro).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    καί ἐγώ ἐρωτάω πατήρ καί ὑμῖν δίδωμι ἄλλος παράκλητος ἵνα μένω εἰς αἰών μετά ὑμῶν
    João 14: 16 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E eu orarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que ele possa habitar convosco para sempre,
    João 14: 16 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1325
    dídōmi
    δίδωμι
    bato, uma unidade de medida para líquidos, com cerca de 40 litros, igual ao efa que é a
    (baths)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G165
    aiṓn
    αἰών
    para sempre, uma idade ininterrupta, tempo perpétuo, eternidade
    (ages)
    Substantivo - Masculino no Plurak acusativo
    G2065
    erōtáō
    ἐρωτάω
    questionar
    (implored)
    Verbo - Indicativo Imperfeito Ativo - 3ª pessoa do plural
    G243
    állos
    ἄλλος
    outro, diferente
    (another)
    Adjetivo - Feminino no Singular genitivo
    G2443
    hína
    ἵνα
    para que
    (that)
    Conjunção
    G2504
    kagṓ
    κἀγώ
    lombos
    (from your loins)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3326
    metá
    μετά
    .. .. ..
    (.. .. ..)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3875
    paráklētos
    παράκλητος
    chamado, convocado a estar do lado de alguém, esp. convocado a ajudar alguém
    (Helper)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G3962
    patḗr
    πατήρ
    um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
    (unto Lasha)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular


    δίδωμι


    (G1325)
    dídōmi (did'-o-mee)

    1325 διδωμι didomi

    forma prolongada de um verbo primário (que é usado com uma alternativa em muitos dos tempos); TDNT - 2:166,166; v

    1. dar
    2. dar algo a alguém
      1. dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, para sua vantagem
        1. dar um presente
      2. conceder, dar a alguém que pede, deixar com que tenha
      3. suprir, fornecer as coisas necessárias
      4. dar, entregar
        1. estender, oferecer, apresentar
        2. de um escrito
        3. entregar aos cuidados de alguém, confiar
          1. algo para ser administrado
          2. dar ou entregar para alguém algo para ser religiosamente observado
      5. dar o que é dever ou obrigatório, pagar: salários ou recompensa
      6. fornecer, doar
    3. dar
      1. causar, ser profuso, esbanjador, doar-se a si mesmo
        1. dar, distribuir com abundância
      2. designar para um ofício
      3. causar sair, entregar, i.e. como o mar, a morte e o inferno devolvem o morto que foi engolido ou recebido por eles
      4. dar-se a alguém como se pertencesse a ele
        1. como um objeto do seu cuidado salvador
        2. dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou mestre
        3. dar-se a alguém para cuidar de seus interesses
        4. dar-se a alguém a quem já se pertencia, retornar
    4. conceder ou permitir a alguém
      1. comissionar

    Sinônimos ver verbete 5836


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    αἰών


    (G165)
    aiṓn (ahee-ohn')

    165 αιων aion

    do mesmo que 104; TDNT - 1:197,31; n m

    1. para sempre, uma idade ininterrupta, tempo perpétuo, eternidade
    2. os mundos, universo
    3. período de tempo, idade, geração

    Sinônimos ver verbete 5921


    ἐρωτάω


    (G2065)
    erōtáō (er-o-tah'-o)

    2065 ερωταω erotao

    aparentemente de 2046 cf 2045; TDNT - 2:685,262; v

    1. questionar
    2. pedir
      1. requerer, pedir, rogar, implorar, suplicar

    Sinônimos ver verbete 5802 e 5920


    ἄλλος


    (G243)
    állos (al'-los)

    243 αλλος allos

    uma palavra primária; TDNT - 1:264,43; adj

    1. outro, diferente

    Sinônimos ver verbete 5806


    ἵνα


    (G2443)
    hína (hin'-ah)

    2443 ινα hina

    provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

    1. que, a fim de que, para que

    κἀγώ


    (G2504)
    kagṓ (kag-o')

    2504 καγω kago

    ou και εγω também o caso dativo καμοι kamoi, e acusativo καμε kame de 2532 e 1473; conj

    e eu

    eu também, bem como eu, eu da mesma forma, eu do mesmo modo

    1. até eu, até mesmo eu

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μετά


    (G3326)
    metá (met-ah')

    3326 μετα meta

    preposição primária (com freqüencia usada adverbialmente); TDNT - 7:766,1102; prep

    1. com, depois, atrás


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    παράκλητος


    (G3875)
    paráklētos (par-ak'-lay-tos)

    3875 παρακλητος parakletos

    palavra raiz; TDNT - 5:800,782; n m

    1. chamado, convocado a estar do lado de alguém, esp. convocado a ajudar alguém
      1. alguém que pleitea a causa de outro diante de um juiz, intercessor, conselheiro de defesa, assistente legal, advogado
      2. pessoa que pleitea a causa de outro com alguém, intercessor
        1. de Cristo em sua exaltação à mão direita de Deus, súplica a Deus, o Pai, pelo perdão de nossos pecados
      3. no sentido mais amplo, ajudador, amparador, assistente, alguém que presta socorro
        1. do Santo Espírito, destinado a tomar o lugar de Cristo com os apóstolos (depois de sua ascensão ao Pai), a conduzi-los a um conhecimento mais profundo da verdade evangélica, a dar-lhes a força divina necessária para capacitá-los a sofrer tentações e perseguições como representantes do reino divino

    πατήρ


    (G3962)
    patḗr (pat-ayr')

    3962 πατηρ pater

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

    1. gerador ou antepassado masculino
      1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
      2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
        1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
      3. alguém avançado em anos, o mais velho
    2. metáf.
      1. o originador e transmissor de algo
        1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
        2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
      2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
      3. um título de honra
        1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
        2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
    3. Deus é chamado o Pai
      1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
      2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
        1. de seres espirituais de todos os homens
      3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
      4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
        1. por Jesus Cristo mesmo
        2. pelos apóstolos

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu