Enciclopédia de Atos 23:26-26

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 23: 26

Versão Versículo
ARA Cláudio Lísias ao excelentíssimo governador Félix, saúde.
ARC Cláudio Lísias, a Félix, potentíssimo presidente, saúde.
TB Cláudio Lísias ao potentíssimo governador Félix, saúde.
BGB Κλαύδιος Λυσίας τῷ κρατίστῳ ἡγεμόνι Φήλικι χαίρειν.
HD “Cláudio Lísias. Ao Excelentíssimo governador Félix. Saudações!
BKJ Cláudio Lísias, ao excelentíssimo governador Félix, saudações!
LTT "Cláudio Lísias, ao mais excelente governador, Félix: Regozijar ①!
BJ2 "Cláudio Lísias, ao excelentíssimo governador Félix, saudações!
VULG Scribens epistolam continentem hæc : Claudius Lysias optimo præsidi Felici, salutem.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 23:26

Lucas 1:3 pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelentíssimo Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio,
Atos 15:23 E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os anciãos, e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, Síria e Cilícia, saúde.
Atos 24:3 Visto como, por ti, temos tanta paz, e, por tua prudência, se fazem a este povo muitos e louváveis serviços, sempre e em todo lugar, ó potentíssimo Félix, com todo o agradecimento o queremos reconhecer.
Atos 26:25 Mas ele disse: Não deliro, ó potentíssimo Festo! Antes, digo palavras de verdade e de um são juízo.
Tiago 1:1 Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que andam dispersas: saúde.
III Joao 1:14 Espero, porém, ver-te brevemente, e falaremos de boca a boca.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

saudação.


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A VIAGEM DE PAULO A ROMA

57-60 d.C.
PAULO EM JERUSALÉM
Ao chegar a Jerusalém, Paulo e seus companheiros se encontraram com Tiago, o irmão de Jesus e líder da igreja da cidade. Tiago se regozijou com o relato de Paulo do seu trabalho entre os gentios, mas o instou a pagar pelas despesas de quatro homens que haviam feito um voto segundo a tradição do judaísmo. De acordo com Tiago, isso mostraria aos judeus como eram infundados os boatos de que Paulo estava instigando os judeus a abandonar a lei. Paulo teve de entrar em contato com os sacerdotes do templo para avisar quando as ofertas pelos quatro homens seriam realizadas. De acordo com o relato de Lucas, alguns judeus da província da Ásia viram Paulo no templo e, incitando a multidão, o prenderam, gritando: "Israelitas, socorro! Este é o homem que por toda parte ensina todos a serem contra o povo, contra a lei e contra este lugar; ainda mais, introduziu até gregos no templo e profanou este recinto sagrado" (At 21:28).
O ruído da multidão irada que estava tentando matar Paulo levou Cláudio Lísias, o comandante dos soldados romanos da fortaleza Antônia, a tomar uma providência e prender Paulo. O comandante atendeu ao pedido de Paulo para se dirigir à multidão. O apóstolo descreveu em detalhes sua experiência no caminho para Damasco por meio da qual veio a crer em Cristo. Quando a multidão exigiu que Paulo fosse açoitado, o comandante descobriu que o prisioneiro era um cidadão romano. Além do fato dos cidadãos romanos não poderem ser sujeitados a castigos degradantes, Paulo ainda não havia sido considerado culpado. Na tentativa de descobrir quais eram, exatamente, as acusações contra o prisioneiro, o comandante enviou Paulo ao Sinédrio, a suprema corte dos judeus. Ao falar de sua educação como fariseu e sua esperança na ressurreição dos mortos, Paulo gerou uma discussão violenta entre os fariseus e saduceus. O comandante interveio e escoltou Paulo de volta à fortaleza.

CESARÉIA
Quando o comandante ficou sabendo de uma conspiração para matar Paulo, providenciou guardas armados para escoltá- lo no percurso de quase 100 km até Cesaréia, junto ao mar Mediterrâneo, onde se encontrava o governador romano Antônio Félix. O governador manteve Paulo preso durante dois anos na esperança de receber um suborno do apóstolo. Em seguida, Paulo se viu sob a jurisdição de Pórcio Festo, sucessor de Félix. Ao ser perguntado se estava disposto a ser julgado em Jerusalém, Paulo respondeu: "Se, pelo contrário, não são verdadeiras as coisas de que me acusam, ninguém, para lhes ser agradável, pode entregar-me a eles. Apelo para César" (At 25:11b).
Festo conferenciou com seu conselho e resolve atender ao pedido de Paulo. Todo cidadão romano tinha o direito de apresentar sua causa perante o imperador, o mais alto tribunal de apelação. A comprovação da inocência de Paulo teria resultado, então, no reconhecimento oficial do cristianismo. Posteriormente, o apóstolo também teve uma audiência com o rei Herodes Agripa I, o qual comentou com Festo que Paulo poderia ter sido liberto caso não houvesse apelado a César (At 26:32).

A CAMINHO DE ROMA
Em Atos 27:1, o relato volta a ser feito na primeira pessoa do plural, sugerindo que Lucas acompanhou Paulo em sua viagem a Roma. Paulo fazia parte de um grupo de prisioneiros sob a jurisdição de um centurião chamado Júlio. O grupo embarcou num navio de Adramítio (atual porto de Edremit na Turquia) e chegou a Sidom antes de navegar para o norte de Chipre em direção à costa da Turquia. Em Mirra (atual Deme) na Lícia, os prisioneiros foram colocados num navio alexandrino com destino à Itália. Era setembro e as condições do tempo se tornaram desfavoráveis.
Depois de passar Cnido, na extremidade da península de Datca, o navio rumou pata Creta, chegando a "Bons Portos" (atual Kali Limenes) na costa sul da ilha. Não obstante as advertências de Paulo, não permaneceram ali, pois o centurião desejava aportar em Fenice, um local mais apropriado para invernar.

A TEMPESTADE
Pouco depois da partida de Bons Portos, um furacão vindo da direção do monte Ida, em Creta, fez a embarcação passar a ilha de Cauda (atual Gavdos) e levou-a para mar aberto. Um pequeno barco que estava sendo rebocado pelo navio foi içado e colocado dentro da embarcação maior para não ser despedaçado pela força das águas que o jogavam contra o casco do navio.
Cordas foram passadas por baixo do casco para reforçá-lo. Temendo que o navio fosse levado para os bancos de areia de Sirte, junto à costa do Líbano, a tripulação baixou a âncora flutuante e jogou ao mar a carga e os equipamentos do navio. Na décima quarta noite, quando ainda estavam sendo levados de um lado para o outro no mar Adriático, os marinheiros lançaram a sonda e descobriram que estavam perto da terra. (Convém observar que na antiguidade o termo "Adriático" era usado para o mar ao sul da Itália, e não apenas a leste, como hoje). Paulo conseguiu evitar que os marinheiros fugissem do navio, usando o bote salva-vidas. Paulo também instou todos a se alimentar, pois soube por uma revelação de Deus que nenhum dos 276 passageiros morreria. Por fim, naquela mesma noite, o restante da carga foi lançado ao mar para aliviar ainda mais o peso do navio.
Quando clareou o dia, o navio encalhou num banco de areia numa baía. Todos chegaram à praia em segurança, nadando ou usando tábuas do navio como boias. Só então perceberam que estavam em Malta. A baía de São Paulo, no nordeste da ilha ou a baía adjacente chamada Mellicha são os locais mais prováveis do naufrágio.

MALTA
A ilha de Malta, cujo nome significa "refúgio" em fenício, havia sido colonizada pelos fenícios no século VII a.C.e passado às mãos dos romanos em 218 a.C.Lucas registra dois milagres ocorridos na ilha. No primeiro, Paulo não sofreu nenhum mal depois que uma víbora se prendeu à sua mão. No segundo, o apóstolo curou o pai de Públio, o principal oficial da ilha. A designação "homem principal" usada por Lucas aparece numa inscrição grega encontrada na ilha. Os náufragos passaram três meses em Malta antes de serem colocados num navio alexandrino com destino a Siracusa na Sicília, levando consigo provisões em abundância fornecidas pelos habitantes da ilha.

ENFIM, EM ROMA
De Siracusa, Paulo e seus companheiros navegaram para Régio (atual Reggio di Calabria), na 1tália continental, do lado do estreito de Messina, defronte a Sicília. Seguiram viagem por mar, desembarcaram em Putéoli (atual Pozuoli) e rumaram para o norte, em direção a Roma, pela Via Apia, a estrada que se estendia de Brindisi no extremo sul da Itália até a capital do império. Lucas observa que ao longo do caminho, na Praça de Apio e nas Três Vendas, o grupo foi recebido por "irmãos" de Roma que saíram ao seu encontro. Atos termina mostrando Paulo em prisão domiciliar em Roma, numa casa alugada pelo próprio apóstolo, onde recebia todos que iam visitá-lo e onde permaneceu durante dois anos "pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo" (At 28:31).

 

Referências:

Atos 21:18

Atos 22:25

Atos 23:23-35

Atos 27:14

Atos 28:1

Atos 28:13-14

Viagem de Paulo a Roma
Viagem de Paulo a Roma
Mosaico mostrando navios mercantes romanos e um farol. Encontrado na tumba 43, na necrópole da ilha sagrada, Ostia, Itália.
Mosaico mostrando navios mercantes romanos e um farol. Encontrado na tumba 43, na necrópole da ilha sagrada, Ostia, Itália.
Estátua de Paulo na baía de São Paulo, em Malta, onde provavelmente ocorreu o naufrágio do navio que o transportava.
Estátua de Paulo na baía de São Paulo, em Malta, onde provavelmente ocorreu o naufrágio do navio que o transportava.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

at 23:26
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 10
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 22:15-22


15. Indo, então, os fariseus, tomaram conselho como o embaraçariam numa doutrina.

16. E enviaram os discípulos deles com os herodianos, dizendo: Mestre, sabemos que és verdadeiro e ensinas o caminho de Deus em verdade, e não te importas de ninguém, pois não olhas os rostos dos homens.

17. Dize-nos, então, que te parece: é lícito dar o tributo a César ou não?

18. Conhecendo, porém, Jesus, a malícia deles, disse: "Por que me tentais, hipócritas?

19. Mostrai-me a moeda do tributo". Eles trouxeramlhe um denário.

20. E disse-lhes: "De quem é a imagem e a inscrição"?

21. Disseram-lhe: "De César";

Então disse-lhes: "Devolvei, pois, o de César, a César, e o de Deus, a Deus".


22. E ouvindo, admiraram-se e, deixando-o, retiraram-se.

MC 12:13-17


13. E enviaram a ele alguns dos fariseus e dos herodianos, para que o embaraçassem numa doutrina.

14. E vindo, disseram-lhe: "Mestre, sabemos que és verdadeiro e não te importas de ninguém, pois não olhas os rostos dos homens, mas ensinos o caminho de Deus em verdade; é lícito dar o tributo a César ou não? Damos, ou não damos?"

15. Vendo ele, porém, a hipocrisia deles, disse-lhes: "Por que me tentais? Trazeime um denário para que (o) veja".

16. Eles trouxeram. E disselhes: "De quem é esta imagem a inscrição"? Eles disseramlhe: De César.

17. Então Jesus disse-lhes: "O de César, devolvei a César, e o de Deus, a Deus". E admiraram-se dele.

LC 20:20-26


20. E observando, enviaram (pessoas) desleais, que fingiam ser justos, para embaraçálo em doutrina dele, de forma que pudessem entregálo ao governo e ao poder do procurador.

21. E interrogaram-no, dizendo: "Mestre, sabemos que falas certo e ensinas, e não observas o rosto, mas ensinas em verdade o caminho de Deus:

22. é-nos lícito dar o tributo a César, ou não?

23. Subentendendo, porém a astúcia deles, disse-lhes:

24. "Mostrai-me um denário. De quem tem a imagem e a inscrição"? Eles disseram: De César. 25. Ele disse-lhes: "Então devolvei o de César a César, e o de Deus a Deus".

26. E não puderam apanha na palavra dele diante do povo; e admirados pela resposta dele, calaram-se.



Tal como já lemos em Mateus (Mateus 12:14), o Sinédrio reuniu-se em Conselho (symbólyon élabon), para estudar o melhor modo de embaraçar Jesus, obrigando-O a pronunciar-Se de tal forma, que pudesse ser apanhado em armadilha, para ser condenado. A embaixada oficial do Sinédrio (fariseus, escribas e anciãos) fora posta fora de combate, com a resposta a respeito do poder de Jesus e, logo a seguir, com a alusão clara à perda do cetro religioso por parte dos judeus. Reúnem-se, então, e resolvem pegá-Lo numa emboscada que lhes pareça infalível. Mas eles mesmos não podiam voltar, porque já eram conhecidos de Jesus e do povo. Que fazer?


Resolveram mandar pessoas desconhecidas. Escolheram discípulos seus (talmidê hakhâmim), que seriam acompanhados por herodianos, que poderiam acusar logo que fosse proferida qualquer palavra ofensiva aos dominadores romanos. Eram chamados "discípulos dos fariseus" os que cursavam a Escola Rabínica, antes de obter o título final de "Rabino" (ou Rabbi). Os herodianos eram judeus fiéis a Herodes, que muita questão faziam de unir-se aos romanos, aplaudindo-os, embora os não suportassem, só para não perderem as posições conquistadas. Os fariseus eram inimigos dos herodianos, que eles desprezavam, mas decidiram unir-se a eles, para terem testemunhas insuspeitas perante as autoridades romanas.


Com efeito, a reunião chegara a esse resultado: era necessário preparar-Lhe uma armadilha tal, que O apanhassem de qualquer forma. Os verbos empregados pagideúsôsin (Mateus e Lucas) e agreúsôsin (Marcos) pertencem ao vocabulário de caça: "apanhar em armadilha ou laço" (pagís). Para isso, era mister que Jesus firmasse uma doutrina (lógos) que O comprometesse perante o procurador romano (hêgemôn, como em MT 27:2 e AT 23:24, AT 23:26), ou perante Seus seguidores.


A pergunta foi escolhida com cuidado e os emissários bem treinados.


Apresentaram-se respeitosos e dirigiram-se a Jesus dando-Lhe o título de Mestre, no sentido de "professor" (didáskale), fazendo um preâmbulo bem preparado, em que elogiavam exatamente Sua franqueza e honestidade doutrinária, Sua coragem e desassombro diante de todos, não "olhando os rostos", isto é, não tendo "respeitos humanos", sem ligar à posição social, aos cargos, à riqueza, etc. ; de tudo isso sobejas provas havia.


Embora todos os judeus pagassem os impostos e tributos aos romanos, faziam-no a contragosto. Judas o Gaulanita já pregara abertamente contra os tributos exigidos por Quirinius (cfr. Flávio Josefo, Ant. JD 18, 1, 1 e Bell. JD 2, 8, 1 e 17, 8) dizendo que isso constituía crime de lesa-majestade contra a soberania única de Deus. Não deviam os judeus pagar tributos aos homens, mas apenas o Templo tinha direito de cobrá-los, porque era a representação de Deus.


A questão, portanto, foi sobre a liceidade do pagamento do tributo. Que eram obrigados a pagar, não havia dúvida. Mas diante da consciência, era lícito? Dizer SIM, incompatibilizaria Jesus com todos os judeus, que o desacreditariam como o messias. Dizer NÃO era a condenação certa como revoltoso contra Roma, e lá estavam os herodianos para testemunhar contra Ele.


A pergunta foi feita de forma a só poder ter duas respostas: sim ou não. Impossível escapar: "é-nos lícito dar o tributo a César, ou não? Damos ou não damos"?


Jesus percebe a malícia e o declara: "por que me tentais, hipócritas"?


Começa, então, a preparar a resposta, numa dialética perfeita. Pede uma prova concreta: quer ver a moeda do tributo (e aqui se percebe a ironia).


As "regras do jogo" exigiam que, mesmo se Ele a tivesse consigo, devia pedir que a prova fosse trazida pelos adversários. Trouxeram-na.


Vem a segunda investida. Jesus estava farto de saber que a imagem ou efígie (eikôn) era de César, assim como a inscrição (epigraphê). Mas ainda aqui era preciso que eles o dissessem. E disseram: "é de César". Jesus os tinha na mão: o adversário confessava que a moeda do tributo (o denário) era romana.


Tudo estava pronto para a resposta. E Jesus calmamente conclui:

—Então devolvei o que é de César a César, e o que é de Deus, a Deus!


Traduzimos apódote por "devolver", sentido real, sem dúvida muito melhor que o dai das traduções correntes.


Com essa resposta, que nenhum deles esperava, Jesus estabeleceu irrecusavelmente a doutrina do respeito à autoridade civil legitimamente constituída, tema que seria desenvolvido mais tarde por Paulo, na carta aos romanos 13:1-3.


Anotemos que a palavra alêthês ("verdade") é empregada, nos sinópticos, apenas neste trecho, embora João a use com larga frequência. Também o termo de Marcos (agreúsôsin) é hápax neotestamentário.


Diante dessa resposta, os emissários "murcharam" e não mais puderam abrir a boca. Mas intimamente admiraram Sua sabedoria. E retiraram-se, olhando uns para os outros...


Só tinham mais um recurso: era confiar a missão aos saduceus, que tentariam ver se O confundiam.


Vê-lo-emos no próximo capítulo.


Perfeitas todas essas deduções. Procuremos meditar.


A "moeda do tributo", cunhada no metal, representa o corpo humano, moldado em células de matéria orgânica. Tem, pois, a efígie de seu possuidor, e seu nome em epígrafe. Ora, se o corpo possui gravado a imagem da personalidade, é porque pertence a ela, e a esse corpo devem ser prestados os serviços de que ele carece. Nada do que lhe pertence deve ser-lhe negado.


No entanto, o Espírito, "partícula" divina, tem sua parte. E não será lícito prejudicar um em benefício do outro. Nem tirar de César (do corpo) para dar ao Espírito, nem tirar de Deus (o Espírito) para dar ao corpo.


A divisão é nítida: devolver ao corpo tudo o que este nos tiver dado de experiências e lições, e tratá-lo com o cuidado de que necessitar. Mas sem lesar a parte devida ao Espírito.


Daí o equilíbrio indispensável em nosso comportamento, sem exageros nem para um lado nem para o outro. Porque, no final das contas, o Espírito é que se condensou no corpo: a autoridade divina é que se manifesta em César.


Outra lição que podemos aprender, refere-se aos grupos. Muito comum que se misturem negócios de César nos setores divinos. Em outros termos, que as instituições espiritualistas se fundamentem no reinado de César.


Lógico que, estando num planeta material, cujo valor de troca é a moeda de César, as organizações espiritualistas necessitem dessa parte para atuar no mundo. Mas pensamossalvo erro - que essa parte deva ser conquistada "com o suor do rosto", e não constituída apenas pelo resultado de apelos e doações. Daí acharmos que todas as agremiações que tratam do Espírito deveriam possuir a látere uma indústria puramente comercial que sustentasse a obra, onde trabalhariam dando seu tempo e seu esforço os dirigentes da obra, mas sem que houvesse mistura de uma em outra (1).


(1) Pondo em prática esse pensamento, dirigimos, para sustentar nossas publicações, a revista, etc., uma Agência de Publicidade, cujo lucro reverte para cobrir o déficit das edições. O mesmo ocorre, por exemplo, com o "Lar Fabiano de Cristo", que sustenta milhares de crianças através da CAPEMI (Caixa de Pecúlio dos Militares-Beneficente), onde os diretores de ambas trabalham sem perceber nenhum salário.


A ideia de "fazer caridade" na dependência da "caridade" dos outros, pode ser cômoda e até pode estar certa. Mas não "sentimos" assim, por acharmos que, da mesma forma que, com nosso trabalho provemos a alimentação física de nossos filhos, também com nosso trabalho devemos prover a alimentação espiritual de nossos irmãos.


* * *

Mas cremos que a lição principal é puramente simbólica e mística, não literal nem alegórica.


Vimos que a moeda, que tem duas faces, traz o cunho de uma personalidade: a efígie que retrata a criatura que foi plasmada pelo Espírito. Além da efígie aparece a inscrição (epígrafe), com o nome atribuído a essa personagem no curso da evolução no planeta Terra.


Ora, a personagem é a condensação do Espírito, e o representa na Terra, tal como a moeda é a condensação de um valor convencional, garantido pela autoridade e poder da pessoa cuja imagem nela se encontra gravada. E tal como a moeda passa de mão em mão, sempre adquirindo benefícios para quem a possua, assim a personagem vai de contato em contato, comprando experiências para o Espírito, que a criou e possui.


O valor da moeda, convencional, está inscrito nela. Assim o valor do Espírito também se encontra manifesto na personagem: ora elevado, ora baixo. De acordo com a evolução do Espírito, assim será o valor gravado na personagem. Daí podermos avaliar mais ou menos um, pela expressão do outro.


Lógico que a moeda não é César, mas o representa. Assim, embora sendo a condensação do Espírito, a personagem não é ele, mas apenas o representa, materializado no mundo.


Temos, então, três graus, sobre os quais fala o Mestre: a moeda, César e Deus. Assim também temos três graus nessa simbologia: a personagem, a individualidade e o Deus-Imanente-Transcendente.


A moeda, em si mesma, nada vale, pois seu valor é somente convencional e transitório, tal como as personagens humanas, que como meteoros passam sobre a Terra, muitas vezes atribuindo-se um valor que não possuem absolutamente... A individualidade (César) tem valor bem maior pois constitui a garantia subjacente do valor da moeda (personagem). À individualidade devemos restituir aquilo que lhe pertence: as experiências adquiridas, o aprendizado conquistado. Mas o Supremo Bem, a Verdade total, e a Beleza Perfeita, Deus, jamais pode ser omitido.


Vale a moeda (personagem) só enquanto tem, entre os homens, o curso garantido pela individualidade eterna. Mas o que valoriza esta é a Centelha Divina, que a sustenta, constituindo-lhe a essência profunda.


Compreendemos, portanto, a lição nesse sentido muito mais amplo, nesse nível muito mais elevado. É mister que jamais deixemos de devolver, por meio da personagem (moeda) o tributo devido à indivi dualidade (César) e o tributo devido a Deus: vida espiritual absoluta, na qual a personagem terrena (moeda) simboliza apenas o "meio-de-troca" ou a expressão-do-tributo.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 1 até o 35
  1. Paulo Versus o Sumo Sacerdote (Atos 23:1-5). Como um prisioneiro do governo romano, pondo Paulo os olhos — o verbo (cf. Atos 3:4-12; 6.15; 10.4; 13 9:14-9) significa "olhando intensamente para" — no conselho (1), i.e., o Sinédrio, dirigiu-se aos seus membros dizendo: Varões irmãos — companheiros judeus, embora não companheiros cristãos. A seguir ele pronunciou a afirmação um pouco espantosa: até ao dia de hoje tenho an-dado diante de Deus com toda a boa consciência.

O verbo andado é politeuomai, que significa literalmente "ser um cidadão, viver como um cidadão".' Finalmente, a palavra veio a ter o sentido mais geral de "viver, comportar-se, levar a vida".375

A declaração da Paulo parece querer dizer que ele sempre tinha sido sincero e cons-ciente, mesmo durante a sua violenta perseguição aos cristãos. Nós temos a afirmação do próprio apóstolo de que ele o fez "ignorantemente, na incredulidade" (1 Tm 1.13). É difícil percebermos quanto o jovem fariseu sentia que era a vontade de Deus que ele extirpasse aquilo que a seu ver era uma perigosa heresia.

No entanto, convém observar que Lenski objeta esta interpretação. Ele afirma que a frase de Paulo está relacionada somente com as acusações feitas contra ele (cf. Atos 21:28). "Ao apelar para a sua consciência a respeito dessas acusações, e nomeando Deus como seu árbitro, Paulo fez o que Lutero fez em Worms".376

Alexander julga que a ênfase do verbo é sobre a cidadania teocrática, e que diante de Deus deve ser traduzida como "para Deus" — "Tenho vivido como um cidadão para Deus". Ele prossegue dizendo: "Se interpretada assim, a frase "diante de nós" não é uma vaga confissão de ter agido conscientemente, antes ou depois da sua conversão, mas uma afirmação corajosa e definitiva de ter agido teocraticamente, ou seja, como um fiel mem-bro de igreja judaica, da qual eles o consideravam um apóstata".' Seguindo a mesma linha de raciocínio, Hervey diz que a frase grega significa "viver em obediência a Deus", e continua dizendo: "Paulo corajosamente afirma a sua submissão constante para com a lei de Deus, como um judeu bom e coerente (Fp 3:6) ".3"

A reação à afirmação de Paulo diante do Sinédrio foi repentina e forte. O sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na boca

(2). Registros seculares mostram que este Ananias era cruel e sanguinário, completa-mente indigno do seu cargo. Lenski opina que o sumo sacerdote se ressentiu da atitude calma e confiante de Paulo perante o Sinédrio. "Este sujeito, Paulo, deveria ter tremido e lisonjeado, mas, ao invés disso, ousou falar da sua boa consciência e da sua conduta irrepreensível na presença de sua majestade, o sumo sacerdote"."

A reação de Paulo foi enérgica: Deus te ferirá, parede branqueada — "desbota-da" (3). O apóstolo sempre tinha sido criticado por "perder a calma". Mas Lake e Cadbury comentam: "Esta forma de 'maldição preditiva' era considerada correta pelos rabinos com base em Deuteronômio 28:20ss.".' É surpreendente saber que Ananias foi assassi-nado dez anos mais tarde, em setembro de 66 d.C.

Os ouvintes ficaram horrorizados e disseram: Injurias o sumo sacerdote de Deus? (4) O fato de que o sumo sacerdote era considerado o representante especial de Deus (cf. Dt 17:8-13) é precisamente o que torna tão diabólico o ato de Ananias, convocando a predição do julgamento divino. A atitude do povo judeu com relação ao cargo do sumo sacerdote é bem expressa por Josefo, quando ele escreve: "Aquele que não se submeter a ele estará sujeito ao mesmo castigo como se tivesse sido culpado de falta de religiosidade com relação ao próprio Deus"

Em um tom mais conciliatório, Paulo respondeu: Não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote (5). Lumby resume muito bem os diversos pontos de vista que foram expressos a respeito desta surpreendente afirmação do apóstolo, dizendo: "Alguns pensam que pode ter sido verdade que Paulo, com a visão deficiente de que ele supostamente sofria, não pudesse distinguir que quem falava com ele era o sumo sacerdote; outros opinam que o sumo sacerdote não estava no seu lugar oficial de presidente da corte; ou que devido à ocasião conturbada e à recente chegada de Paulo a Jerusalém ele não tives-se sabido quem era o sumo sacerdote; ou que ele estivesse falando ironicamente, querendo dizer que os atos deste juiz tinham características tão negativas, que ninguém poderia ter suposto que ele fosse o sumo sacerdote; ou que ele quis dizer, com ouk eidein, que naquele momento não havia pensado no que estava dizendo".382 Lumby acrescenta: "Está em perfeito acordo com o caráter de Paulo acreditar que nem a sua própria deficiência física nem a falta das formalidades usuais, ou a falta de uma insígnia, fizeram com que ele fosse incapaz de distinguir que aquele que deu a ordem era realmente o sumo sacerdote".383 Com esta conclusão concordamos veementemente. Não pode ser inoportuno cha-mar a atenção, neste ponto, à afirmação de Lenski de que esta não era uma reunião regular do Sinédrio, no seu lugar normal de reuniões, mas que o tribuno tinha convocado os membros para que viessem até a fortaleza de Antônia.' Se este foi realmente o caso, é compreensível que o apóstolo não soubesse que era o sumo sacerdote.

Mas quando Paulo percebeu que tinha falado desta maneira com o sumo sacerdote, ele verdadeiramente desculpou-se pelo que tinha feito, ou seja, reconheceu que tinha agido mal, de forma inadvertida. Ele citou Êxodo 22:28Não dirás mal do príncipe do teu povo. Paulo não tinha infringido este mandamento intencionalmente, e sentia muito por tê-lo feito sem querer.

c. Os Fariseus Versus os Saduceus (Atos 23:6-10). E Paulo, sabendo (6) — lit., "quando Paulo veio a saber" — que uma parte era de saduceus, e outra, de fariseus, cla-mou no conselho synedrion, o Sinédrio: Varões irmãos quer dizer simplesmente "irmãos", eu — lit., "eu mesmo", sou fariseu, filho de fariseu — o melhor texto grego apresenta "de fariseus"! E Paulo continuou, dizendo: No tocante à esperança e res-surreição dos mortos sou julgado!

Alguns questionaram a ética de Paulo ao fazer deste o verdadeiro assunto em ques-tão. Mas Knowling coloca o assunto na sua devida perspectiva, ao escrever: "É possível que os fariseus tivessem atraído a atenção do apóstolo através do seu protesto contra o comportamento de Ananias e da sua aceitação do pedido de desculpas... mas é igualmen-te provável que, no relato aparentemente resumido de Lucas, o apelo aos fariseus não tenha sido feito em um impulso repentino... mas tenha sido baseado em alguma manifes-tação de simpatia pelas suas palavras"." Ele também sugere: "Será que não podemos dizer que, para os fariseus, ele se tornou como um fariseu para salvar alguns, para levá-los a ver a coroa e o cumprimento da esperança na qual ele e eles eram um, na Pessoa de Jesus Cristo, a Ressurreição e a Vida?"' Barnes descreve o apóstolo dirigindo-se parti-cularmente aos fariseus neste ponto: "Irmãos, a doutrina que distingue vocês dos saduceus está em jogo... desta doutrina eu fui advogado... pelo meu zelo em levantar os argumen-tos para defendê-la... — a ressurreição do Messias — eu fui preso e agora me coloco sob a sua proteção"."

Ele obteve o resultado desejado. Os fariseus imediatamente defenderam o caso de Paulo contra os saduceus. Houve dissensão [disputa] entre os fariseus e saduceus (7).

A principal diferença na fé entre os dois grupos está claramente afirmada no versículo 8. Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem uma e outra coisa. O uso de uma e outra coisa (ambas, no original) para três coisas tem duas possíveis explicações. Anjo e espírito podem ser supostos como uma referência à mesma coisa. Ou a palavra grega para ambas pode ser usada para mais de duas coisas (cf; 19.16). Arndt e Gingrich observam que a palavra amphoteroi algumas vezes significa "tudo, mesmo quando mais de dois elementos estão envolvidos" e traduz esta frase como "reconhecem todas essas coisas"." Moulton e Milligan fornecem evidências dos papiros para este uso.

A diferença afirmada aqui entre a fé dos fariseus e a dos saduceus é abundantemen-te confirmada por Josefo, o historiador judeu do século I. A respeito dos fariseus, ele escreve: "Eles também acreditam que as almas têm um vigor imortal em si mesmas, e que sob a terra haverá recompensas e punições, de acordo com a vida que elas tiveram, se virtuosa ou pecadora; e as últimas serão detidas em uma prisão eterna, mas as primeiras terão o poder de reviver e viver novamente".'Arespeito do que diz Josefo, Schuerer comenta: "O que está representado aqui em um estilo filosófico como a doutrina dos fariseus é meramente a doutrina judaica da retribuição e da ressurreição, já testemu-nhada no livro de Daniel (Dn 12:2), por toda a literatura judaica posterior e também pelo Novo Testamento, como uma possessão comum do judaísmo genuíno"." Ao fazer este apelo, Paulo estava conseqüentemente colocando-se na corrente da ortodoxia judaica em vigor, como os fariseus bem sabiam.

Sobre os saduceus, Josefo diz: "Eles também removem a fé na duração imortal da alma e nos castigos e nas recompensas no Hades".3" E ainda: "A doutrina dos saduceus é esta: as almas morrem com os corpos".392

Quanto ao assunto de anjo e espírito, Josefo não é específico. Mas Schuerer observa apropriadamente: "Esta açu

mação do livro de Atos, embora não confirmada por outros testemunhos, é completamente digna de confiança, e está em completo acordo com a imagem que obtemos sobre os dois grupos em outras passagens"." E acrescenta: "Não é necessária qualquer evidência de que neste assunto os fariseus também representavam a posição geral do judaísmo posterior".'

A confusão aumentou rapidamente. O relato diz: E originou-se um grande cla-mor (9) — "protestos em voz alta" — e, levantando-se os escribas da parte dos fariseus, que aparentemente compunham a maioria, contendiam ou "discutiam vee-mentemente", dizendo: Nenhum mal achamos neste homem. A frase não resista-mos a Deus não é encontrada nos primeiros manuscritos, e poderia ser omitida. Uma tradução moderna apresenta o seguinte texto: "Talvez um anjo ou espírito tenha falado com ele" (NEB).

Finalmente a dissensão ("disputa", cf.
7) tornou-se tão violenta que o tribuno (10), ou "comandante" (NASB), temendo pela vida de Paulo, mandou descer a soldadesca — lit., "exército", significando "um destacamento de soldados em serviço"' — para levá-lo de volta à fortaleza. Isto parece sugerir que a reunião do Sinédrio estava acontecendo fora desse edifício.

4. A Vida de Paulo em Perigo (Atos 23:11-35)

O tribuno tinha temido que o seu prisioneiro pudesse ser despedaçado pelas duas facções que discutiam no Sinédrio. Mas agora surgia uma ameaça ainda mais séria à vida de Paulo.

a. Conforto (Atos 23:11). Sem dúvida, Paulo ficara profundamente perturbado pelo tu-multo e enormemente preocupado pela sua segurança pessoal. Mas antes que as piores notícias chegassem até ele (cf. 16), o Senhor preparou-o para o choque, ministrando-lhe com conforto e confiança. Naquela mesma noite, depois da desagradável experiência perante o conselho, apresentando-se-lhe o Senhor, embora com sentido básico prova-velmente de que Jesus "apareceu a Paulo" (NEB), não podemos deixar de mencionar a força comum da expressão "estar ao seu lado". Nesta hora de extrema tensão e provação, o Senhor esteve ao lado do seu servo e o fortaleceu.

Para o seu apóstolo perturbado, Jesus disse: Tem ânimo" — "Tenha coragem!, não tenha medo!'" Então foi feita a promessa: Porque, como de mim testificaste em Jerusalém, assim importa que testifiques também em Roma. Isto representava um duplo consolo. Em primeiro lugar, Paulo teve a certeza divina de que não morreria em Jerusalém. Isto deve ter sido um grande conforto, especialmente em vista da infor-mação que ele em breve iria receber, sobre o compro contra a sua vida. Em segundo lugar, ele agora sabia que o seu desejo de visitar Roma (cf. Atos 19:21) seria satisfeito.

Este versículo registra como Jesus deu a Paulo: 1. Consolo — Tem ânimo; 2. Elogio — como de mim testificaste em Jerusalém; 3. Confirmação — assim importa que testifiques também em Roma.

Sem dúvida, o apóstolo sentiu-se tentado a pensar que tinha falhado em seu teste-munho em Jerusalém, mesmo depois de ter dado o melhor de si para cooperar com os líderes cristãos judeus ali. Na verdade, enquanto estava atendendo o pedido deles é que ele foi cercado e quase morto. Mas o Senhor afirmou que o seu testemunho não tinha sido em vão. Paulo provavelmente também sentiu que o seu propósito em testemunhar em Roma estava fadado ao fracasso. Agora ele tinha recebido a garantia de que o faria. O Senhor sabia que o seu servo precisava imensamente de um apoio moral, e Ele amorosa-mente o concedeu.

b. A Conspiração (23:12-15). Enquanto o Senhor trabalhava a favor de Paulo, Sata-nás trabalhava contra ele. Mas o Senhor nunca está atrasado. Ele chegou ao homem que estava na prisão antes que se concluísse o plano contra a sua vida. No entanto, na ma-nhã seguinte, mais de quarenta judeus fizeram uma conspiração — (12) lit., "tendo feito uma conspiração" — juraram — lit., "fizeram um pronunciamento solene". Eles solenemente fizeram o seguinte juramento: "Que Deus nos amaldiçoe se nós comermos ou bebermos antes de matarmos Paulo". Isto era um fanatismo religioso desesperado, e a vida de Paulo agora corria um sério perigo.

Os conspiradores foram ter com os principais dos sacerdotes e anciãos (14). Deve-se observar que os escribas (os fariseus), que compunham o Sinédrio juntamente com os principais dos sacerdotes e os anciãos (cf. Mt 16:21), não são mencionados. Na reunião do conselho no dia anterior, eles tinham se posicionado em defesa de Paulo. Assim, não era seguro que eles soubessem desta conspiração. Lenski sem dúvida retrata a situação corretamente ao escrever: "Concluímos que, no início, alguns dos líderes fo-ram procurados pelos conspiradores, que contavam com aqueles em quem confiavam para guardar segredo sobre o seu complô".398 E acrescenta um comentário significativo: "Isto [o compló] é afirmado diretamente, como se estes assassinos soubessem que tipo de homens eram os seus grandes líderes religiosos".399

Para estes líderes impiedosos, os homens disseram: Conjuramo-nos, sob pena de maldição — literalmente, "com um pronunciamento solene nós fizemos um juramento solene", ou seja, "Nós juramos com completa solenidade". Estes homens então não come-ram nada até morrer? Edersheim mostra como era fácil que os sacerdotes absolvessem um homem de um juramento tão radical, assegurando-lhe que nenhuma punição resul-taria do seu fracasso em cumprir tal juramento".'

Os conspiradores pediram que os principais dos sacerdotes, com o conselho, ro-gassem — "informar, dar a informação"' ao tribuno (15), pedindo-lhe que trouxesse Paulo novamente no dia seguinte perante o Sinédrio, como querendo saber mais alguma coisa de seus negócios. A palavra grega para saber (ou inquirir), diaginoskein, aparece (no NT) somente aqui e em Atos 24:22. Ela tem claramente o sentido técnico judicial, "determinar". Mas será que ela tem este significado aqui? Arndt e Gingrich pensam que sim. Eles traduzem o sentido da palavra da seguinte forma: "De-terminar o seu caso por meio de uma investigação completa".' Lenski prefere o signi-ficado de "decidir as questões a respeito de Paulo mais exatamente, com a ajuda do quiliarco (tribuno) ".403 Devemos recordar que o tribuno já havia trazido o seu prisionei-ro anteriormente perante o Sinédrio, para determinar a exata natureza do crime que lhe estava sendo imputado pelos judeus (22.30). Assim, Lenski está provavelmente correto ao dizer: "A idéia era permitir que o quiliarco (tribuno) soubesse que o Sinédrio agora estava em uma posição melhor do que tinha estado no dia anterior, para conse-guir-lhe a informação desejada".'

Os quarenta conspiradores planejavam assassinar Paulo quando o apóstolo estives-se passando pela área do templo, a caminho do lugar onde ocorreria a reunião do Sinédrio. Com adagas afiadas escondidas sob as suas roupas, aquele grupo de homens fanáticos e desesperados poderia ter conseguido realizar o seu intento, apesar da presença de um considerável destacamento de soldados. O fato dos principais dos sacerdotes apoiarem tal conspiração, o que poderia ter até mesmo colocado em perigo a vida do próprio tribuno, mostra quanto eles estavam determinados a livrar-se de Paulo.

  1. O Quiliarco (tribuno) É Informado (Atos 23:16-22). Um sobrinho do apóstolo ouviu acerca desta cilada (16) — lit., "emboscada". Normalmente, supõe-se que ele morasse com os seus pais em Jerusalém. Mas é possível que ele fosse um estudante de teologia, como o seu tio tinha sido em outra época, e que a sua casa estivesse em Tarso. Também tem sido dito com alguma freqüência que provavelmente os pais ricos de Paulo o deserdaram quando ele se tornou um cristão. Tudo isto é perfeitamente possível. Mas, neste caso, o sobrinho estava preocupado com a segurança do seu tio.

Não sabemos como ele obteve esta informação. Edersheim sugere que o jovem era um membro da associação dos fariseus ("Chabura") e assim tomou conhecimento do complô.405 O sobrinho entrou na fortaleza — no quartel — e o anunciou a Paulo. Knowling comenta: "Evidentemente, os amigos de Paulo tinham acesso permitido a ele, e entre eles podemos também supor que o próprio Lucas estivesse incluído".' Hackett faz uma observação adicional: "Lísias pode ter sido mais indulgente, porque ele estaria assim compensando o seu erro de ter amarrado um cidadão romano".'

Paulo pediu a um dos centuriões em serviço que levasse o seu sobrinho até o coman-dante (17). Este último levou o jovem para um lado, e perguntou o que ele tinha para lhe dizer (19). Quando ouviu a informação sobre a conspiração jurada (20-21), o quiliarco (tribuno) permitiu que o seu informante saísse com a instrução de não dizer nada a ninguém (22). Dizer é um verbo composto em grego, que significa "divulgar". Contado é o mesmo verbo que é traduzido como "saber" em 15 (ver os comentários) ; em Atos 24:1-25.2,15 ele é traduzido como "informado".

  1. Os Centuriões São Convocados (23:23-25). O tribuno percebeu que a situação era verdadeiramente séria. Assim, convocou dois centuriões e ordenou que eles deixassem preparados duzentos soldados de infantaria, setenta de cavalaria e duzentos lanceiros para partirem às nove horas daquela noite para Cesaréia. Naquela época primitiva, sem iluminação de rua, seria seguro partir àquela hora, porque tudo estaria escuro e tranqüilo.

A palavra traduzida como lanceiros não é encontrada em nenhuma outra parte da literatura grega até o século VI. Arndt e Gingrich, no seu léxico mais recente, dizem: "Uma palavra de significado incerto, um termo técnico militar segundo Joannes Lydus... um soldado com arma leve, talvez arqueiro ou atirador de funda".' Knowling entende que esta palavra, dexiolabous "provavelmente deriva de dexios e lambano, agarrar as armas com a mão direita, e assim aqui se refere àqueles que levavam a sua arma leve, uma lança, na mão direita" 409 Schuerer concluiu: "A única coisa de que podemos ter certeza é que este termo designava uma classe especial de soldados com armas leves (atiradores de lanças ou de fundas) ".41° Quem desejar um amplo debate sobre o tema poderá encontrá-lo na obra de Meyer.4" Bruce fornece aquilo que é provavelmente o me-lhor resumo do assunto: "A escolta se compunha de infantaria pesada, cavalaria e tropas com armas leves... todas constituintes do exército romano".412

Os centuriões também deveriam providenciar cavalgaduras (24) — "animais", ou seja, cavalos ou mulas — para Paulo, e provavelmente os soldados imediatamente res-ponsáveis por ele, para que o levassem a salvo ao governador Félix. Tendo dado estas ordens, o tribuno escreveu uma carta ao seu superior (25). Que continha isto — lit., quer dizer "que tinha esta forma" (typon), o que significa "estas palavras" — "não sim-plesmente esta forma ou conteúdo".'

e. O Comunicado ao Governador (Atos 23:26-30). A carta começava com o nome de quem a enviava, como era o costume naqueles dias. Cláudio Lísias (26) provavelmente adotou o primeiro desses dois nomes quando se tornou um cidadão romano (ver o comentário sobre Atos 22:28). Depois de fornecer o seu próprio nome, sem nenhum título, Lísias, de forma cortês, dirige a sua carta a Félix, potentíssimo governador, ou "Excelentíssimo Governador Félix" (NEB). Governador é hegemon, que literalmente significa "líder". No Novo Testa-mento, esta palavra é usada principalmente para os procuradores romanos da Judéia.

Aparentemente, Félix tinha se tornado o governador da Judéia em 52 d.C. Ele era um governador cruel e mau. O historiador romano Tácito, brincando com o fato de que Félix tinha sido escravo, escreveu sobre ele: "Antônio Félix, permitindo-se todo tipo de barbáries e luxúrias, exercia o poder de um rei com o espírito de um escravo".414

Saúde é chairein (ver o comentário sobre Atos 15:23). Esta era a palavra usual nas car-tas seculares em papiros daquela época.

Como era de esperar, Lísias coloca-se da maneira mais favorável possível em sua carta ao governador. É verdade que ele resgatou Paulo da multidão que estava prestes a linchá-lo (27). Mas ele torce a verdade quando acrescenta: tendo sido informado de que era romano. O relato (Atos 21:31-40; 22:24-29) claramente indica que ele não conheceu a cidadania de Paulo até algum tempo depois que o tinha prendido. Mas a história soa melhor assim.

Lísias prossegue dizendo como levou o seu prisioneiro perante o Sinédrio em um esforço para determinar o seu crime (28). Mas logo descobriu que era um assunto relaci-onado à religião judaica, e não à lei romana (29). Quando soube da conspiração contra a vida de Paulo, imediatamente enviou o prisioneiro ao governador, e informou aos seus acusadores que fizessem quaisquer outras reclamações diretamente ao procurador. As-sim, Lísias livrou-se de um problema muito desagradável e protegeu-se da possibilidade de ter problemas com o caso de Paulo.

f A Escolta a Cesaréia (Atos 23:31-35). Obedecendo à ordem do tribuno, os soldados to-maram Paulo e o trouxeram de noite aAntipátride (31, ver o mapa 1). Lake e Cadbury encontram uma dificuldade aqui. Depois de observar que um dia de marcha para uma legião romana era "tradicionalmente fixado como uma distância de aproximadamente 38 quilômetros", eles acrescentam: "Os ajudantes, carregando armas mais leves, de al-guma maneira poderiam ir mais rápido, mas 64 quilômetros, da distância de Antipátride a Jerusalém, é uma marcha noturna impossível para a infantaria, e muito dura para a cavalaria"." No entanto, eles admitem que "não se conhece ao certo a localização de Antipátride".'

Existem duas soluções possíveis. Afirma-se que a infantaria, no dia seguinte (32) deixou que a cavalaria levasse o prisioneiro pelo resto do caminho até Cesaréia. Eles tornaram à fortaleza, i.e., ao seu quartel em Jerusalém. Mas não se afirma a que hora do dia isto aconteceu. Poderia ter sido ao meio-dia ou à tarde. Alguns estudiosos ressal-tam de noite significando que a viagem se realizou somente à noite e que pode ter durado duas noites.' O próprio Hackett permitiu que a frase de noite fosse interpretada aplicando-se somente à maior parte da viagem, e acrescentou: "Seria correto falar da viagem, em termos gerais, como tendo se realizada à noite, embora deva ter tomado duas ou três horas do dia seguinte".' Hervey opina que eles poderiam tê-la feito em uma noite, uma vez que chegariam a Gophna (a três horas de marcha, partindo de Jerusa-lém) à meia-noite, e estariam descendo a colina pelo resto do caminho até a planície de Sarom, na qual se localizava Antipátride.'

Quando a escolta de cavalaria chegou a Cesaréia (a 96 quilômetros de Jerusalém), a carta e o prisioneiro foram apresentados ao governador (33). Tendo lido a carta, Félix perguntou de que província era Paulo. Quando soube que era da Cilicia (34), declarou: Ouvir-te-ei quando também aqui vierem os teus acusadores (35). Lake e Cadbury comentam o verbo composto que é traduzido como ouvirei. "Aparentemente era um termo legal para "farei uma audiência", e era assim usado pelos historiadores helênicos, em inscrições e em papiros, e é apropriadamente empregado aqui"."'

Então o governador ordenou que guardassem Paulo — "vigiado" — no pretório de Herodes — que era a sala de julgamento. Este era o palácio construído em Cesaréia por Herodes, o Grande. Quando os Herodes foram sucedidos na Judéia pelos procurado-res romanos, o palácio tornou-se a residência do governador e a sede do governo romano. Paulo foi provavelmente colocado em algum tipo de sala da guarda no praitorion, mas desta vez o apóstolo não foi preso em uma masmorra.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 1 até o 35
*

23.2 sumo sacerdote, Ananias. Filho de Nebedeu, um homem brutal e violento que governou de 48 a 59 d.C. Este não é o anterior Anás, de Jo 18:13. Ananias foi assassinado no começo da guerra com Roma (66-70 d.C.).

* 23.3 parede branqueada! Os túmulos eram frequentemente branqueados para fazê-los mais visíveis (Mt 23:27,28). Paulo deu um epíteto adequado a um oficial corrupto.

contra a lei. De acordo com a lei judaica, Paulo tinha de ser julgado e pronunciado culpado antes de ser punido.

* 23.6 saduceus... fariseus. Estes dois grupos emergiram durante o período entre o Antigo e o Novo Testamento. Eles tinham opiniões políticas e religiosas diferentes. Paulo aproveitou a oportunidade para enfatizar suas diferenças, identificando-se como um fariseu e um crente na ressurreição dos mortos, contra os saduceus que negavam a ressurreição e a existência de anjos e espíritos (Mt 22:23-32).

* 23.9 escribas da parte dos fariseus. Estes eram mestres, intérpretes especialistas da lei dos judeus.

*

23.16 o filho da irmã de Paulo. Segundo parece, alguns membros da família de Paulo estavam em Jerusalém.

avisou a Paulo. Os prisioneiros recebiam de parentes e amigos que regularmente os visitavam o seu suprimento necessário.

* 23:23-24 A infantaria e cavalaria com equipamentos pesados entregaram Paulo com segurança a Félix, o procurador da província imperial da Judéia. Os quartéis oficiais da província ficavam em Cesaréia.

* 23.26 governador Félix. Félix tinha sido escravo e, como homem livre, tinha ascendido a uma influente posição no governo romano. Em 52 d.C. o imperador Cláudio enviou-o como governador a Cesaréia. Félix era chamado de “excelentíssimo Félix” (24,2) durante a sua administração de oito anos. O historiador romano Tácito disse que Félix “ocupava a posição de um rei, enquanto tinha a mente de um escravo, saturada com crueldade e lascívia” (História 5.9).

* 23.31 Antipátride. Uma cidade construída por Herodes o Grande em honra de seu pai Antipater, cerca de 48 km a noroeste de Jerusalém.

*

23.35 pretório de Herodes. A residência oficial construída por Herodes o Grande. Tornou-se um pretório romano ou residência oficial e incluía celas para prisioneiros (Jo 18:28; Fp 1:13).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 1 até o 35
23.2-5 Josefo, um historiador respeitado do primeiro século, descreve ao Ananías como profano, avaro e de temperamento colérico. O arranque do Paulo veio como resultado do trato ilegal que lhe deu o supremo sacerdote Ananías. Violava a Lei judia ao supor que Paulo era culpado sem um julgamento e ao ordenar seu castigo (veja-se Dt 19:15). Paulo não reconhecia ao Ananías como o supremo sacerdote, talvez porque este quebrantou a Lei que dizia representar. Como cristãos nos pediu representar a Cristo. Quando os que estão a nosso redor dizem: "Não sabia que foi cristão", há indícios de que não estamos lhe representando como devêssemos. Não somos simples seguidores de Cristo; somos seus embaixadores diante de outros.

23.6-8 Os saduceos e fariseus eram líderes religiosos com diferenças notáveis em suas crenças. Enquanto os fariseus acreditavam na ressurreição corporal, os saduceos não, porque aceitavam sozinho os livros de Gênese até o Deuteronomio que não contêm um ensino explícito a respeito da ressurreição. As palavras do Paulo transladaram o debate à ressurreição. O concílio judeu estava dividido.

23.6-8 A sorpresiva perspicácia do Paulo sobre que o concílio era uma mescla de saduceos e fariseus é um exemplo do poder do Jesus prometido aos crentes (Mc 13:9-11). Deus nos ajudará quando estivermos sob o fogo por causa de nossa fé. Como Paulo, devêssemos estar sempre preparados para apresentar nosso testemunho. O Espírito Santo nos dará poder para falar com denodo.

23.14, 15 Quando a controvérsia dos saduceos e fariseus chegou a seu fim, os líderes religiosos voltaram a pôr sua atenção no Paulo. Para eles a política e a posição eram mais importantes que Deus. Estavam preparados para planejar outro homicídio, como o fizeram com o Jesus. Mas como sempre, Deus tinha o controle.

23:16 Esta é a única referência bíblica à família do Paulo. Alguns estudiosos acreditam que sua família o repudiou quando ele se converteu. Paulo escreveu a respeito de estimar todas as coisas como perda por causa de Cristo (Fp 3:8). É possível que o sobrinho do Paulo foi ver o quando Paulo se achava sob custódia, já que os prisioneiros romanos tinham acesso a seus parentes e amigos, os que podiam lhes levar mantimentos e algumas outras comodidades.

APRESSADO NO CESAREA: Paulo trouxe notícias de sua terceira viagem aos anciões da igreja em Jerusalém, os que se regozijaram por seu ministério. Entretanto, a presença do Paulo logo perturbou aos judeus, os que persuadiram aos romanos para que o prendessem. tirou o chapéu um complô para matar ao Paulo, de maneira que o levaram de noite ao Antípatris e logo o transferiram à a prisão provincial na Cesarea.

23.16-22 É muito fácil passar por cima aos meninos, dando por sentado que não são o bastante adultos para fazer algo pelo Senhor. Mas um moço jogou um papel importante no amparo da vida do Paulo. Deus pode usar a qualquer, de qualquer idade, que esteja disposto a render-se ao. Jesus esclareceu que os meninos são importantes (Mt 18:2-6). lhe dê aos meninos a importância que Deus lhes dá.

23.23, 24 O chefe da guarnição romana ordenou que levassem ao Paulo a Cesarea. Jerusalém era a sede do governo judeu, mas Cesarea era o quartel geral romano da região. Deus obra em formas realmente extraordinárias. Havia infinitas maneiras que Deus podia usar para levar ao Paulo a Cesarea, mas escolheu usar ao exército romano para liberar ao Paulo de seus inimigos. Os caminhos de Deus não são os nossos. Os nosso som limitados, os Do não. Não limite a Deus lhe pedindo que atue na forma que você quer. Quando Deus intervém, algo pode passar, muito mais e muito melhor do que você poderia esperar.

23:26 Félix era o procurador ou governador romano da Judea de 52 aos 59 D.C. Tinha o mesmo cargo que Poncio Pilato teve. Enquanto os judeus desfrutavam de maior liberdade para autogobernarse, o governador manipulava ao exército, mantinha a paz e compilava os impostos.

23:26 Como se inteirou Lucas do conteúdo da carta do Claudio Aleija? Em sua preocupação por ser exato em sua informação histórica, Lucas usou muitos documentos para assegurar-se de que seus escritos fossem corretos (veja-se Lc 1:1-4). Esta carta talvez se leu em voz alta na corte quando Paulo esteve diante do Félix para responder às acusações que lhe faziam os judeus. Também, possivelmente deu uma cópia ao Paulo como uma cortesia por ser um cidadão romano.

HEROES ANONIMOS EM FEITOS

Quando pensamos nos triunfos da igreja primitiva, freqüentemente pensamos no trabalho dos apóstolos. Entretanto, a Igreja tivesse morrido sem os heróis "anônimos", homens e mulheres que através de um pequeno mas dedicado ato levaram a igreja para frente.

Coxo : Lc 3:9-12 depois de sua sanidade, elogiou a Deus. Aproveitando que se juntou uma multidão para ver o acontecido, Pedro falou com muitos a respeito do Jesus.

Cinco diáconos: Lc 6:2-5 Todos conhecem o Felipe quão mesmo ao Esteban, mas houve cinco homens mais escolhidos para ser diáconos. Não só sentaram as bases do serviço na igreja, mas também seu esforçado trabalho permitiu aos apóstolos pregar mais o evangelho.

Ananías: Lc 9:10-19 Teve a responsabilidade de ser o primeiro em mostrar o amor de Cristo ao Saulo (Paulo) depois de sua conversão.

Cornelio: Lc 10:30-35 Seu exemplo mostrou ao Pedro que o evangelho era para todos, judeus e gentis.

Rode: Lc 12:13-15 Sua persistência fez que Pedro falasse com quão crentes em casa da María oravam por ele.

Jacóo: 15:13-21 Tomou o mando do concílio em Jerusalém e teve o valor e o discernimento de tomar uma decisão que afetaria, literalmente, a milhões de cristãos por muitas gerações.

Luta: 16:13-15 Abriu seu lar ao Paulo, onde ele pôde guiar muitos a Cristo e fundar assim uma igreja no Filipos.

Jasón: 17:5-9 Arriscou sua vida pelo evangelho ao permitir que Paulo ficasse em seu lar. ficou em favor do que acreditava verdadeiro e bom, sabendo de que o perseguiriam por isso.

Sobrinho do Paulo: 23:16-24 Salvou a vida do Paulo ao comunicar ao tribuno do plano para lhe dar morte.

Julho: 27.1, 43 Protegeu a vida do Paulo quando os outros soldados quiseram lhe dar morte.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 1 até o 35
EXAME DE PAULO F. diante do Sinédrio (23: 1-11)

De acordo com At 22:30 , insuficiência Lysias 'para determinar a causa real para a hostilidade dos judeus contra Paulo levou-o a organizar uma audiência perante o Sinédrio no dia seguinte. Se esta assembléia foi presidida pelo sumo sacerdote ou o comandante não é certo. Em ambos os casos foi um especial, em vez de um regular, sessão do conselho.

1. Paulo repreende o Sumo Sacerdote (23: 1-5)

1 E Paulo, fitando os olhos no conselho, disse: Irmãos, tenho andado diante de Deus com toda a boa consciência, até o dia de hoje. 2 E o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na boca. 3 Então, disse Paulo -lhe: Deus te ferirá, tu parede branqueada:? e assentado tu para me julgar de acordo com a lei, e mandas que eu seja contrário ferido com a Lv 4:1 ? E os que ali estavam disseram: Injurias sumo sacerdote de Deus 5 E Paulo disse, eu não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote; porque está escrito: Tu não deve falar mal de um governador do teu povo.

Declaração de Lucas, e Paulo, fitando os olhos no conselho (v. la), parece claramente projetado para indicar que Paulo examinado de perto o pessoal e atitude deste órgão sullenly hostil e, em seguida, tirou suas conclusões em conformidade. Em At 6:15 a mesma expressão é usada de Estevão antes deste conselho. Em At 7:55 ele é usado de Estevão enquanto ele olhava para o céu, quando o conselho desencadeou sua ira contra ele. Novamente em At 14:9 ; Rm 8:5 ). No entanto, aqui e em outros lugares (conforme At 24:16 ; Rm 2:15. ; Rm 9:1 ). Mas Paulo ainda não tinha entendido, na época, que "a lei se tornou nosso aio, para nos conduzir a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé" (Gl 3:24 ). Tradução de Williams é gráfico: "Então, a lei tem sido o nosso atendente para nos conduzir a Cristo, para que possamos, através da fé obtêm pé direito com Deus." O atendente foi "geralmente um escravo que cuidou da criança grega no caminho para e do professor ".

Grande falácia de Paulo antes de sua conversão era a falácia comum de valores confusos. Ele atribuiu valor intrínseco com a lei, que é possuída somente valor extrínseco ou instrumental. Ele fez a lei "um fim" ao invés de "um meio" para a final, que era Cristo.Assim, para Paulo a lei era final, e, conseqüentemente, era inevitável que isso iria destruir Cristo e Seus ensinamentos, já que Ele pretendia substituir a lei (Mt 5:17 , Mt 5:18 ). Assim como um aderente estrita com a lei, Paulo poderia legitimamente dizer que ele tinhaandado diante de Deus com toda a boa consciência, até o dia de hoje . Ele tinha sido consciente como um judeu, e depois de sua esclarecimento espiritual que ele tinha sido consciente como um cristão. Esta consciência judaica foi, no entanto, atingido pela conformidade de sua conduta às exigências da lei. A tentativa de reconciliação sem sucesso de seus motivos internos, desejos e aspirações com os ideais e os requisitos da lei maior era outra. Nesta área Paulo não fez tais afirmações, à consciência diante de Deus, antes de sua conversão cristã (ver Rm 7:1 )! Não há melhor prova de uma causa indefesa do que a perda da paciência e do emprego de violência contra o vencedor.

Este sumo sacerdote, Ananias, era filho de Nedebaios. Ele tinha conseguido José, filho de Camithos, e ele era o sumo sacerdote XX, a fim de a adesão de Herodes, o Grande, em 40 AC Ele tinha recebido a sua nomeação em AD 47 ou 48 de Herodes de Chalcis (AD 41-48), um irmão de Herodes Agripa I, e segurou-a sobre uma dúzia de anos. Talvez um indivíduo mais infame nunca ocupou o cargo. Ananias foi um insolente membro negrito, violenta-humorado do partido dos saduceus, conhecida pela sua popa e julgamento severo sobre os outros. Josephus descreve sua infâmia. Fez-se extremamente rico sobre o ganho de ilícitos de seu escritório, tomou à força os dízimos que pertenciam aos sacerdotes, deixando, assim, alguns a morrer de fome, abrigado uma ninhada perverso de capangas, e colaborou com o sicários ou Assassins do país. Ele convocou o Sinédrio no ínterim entre o governo de Festus e Albinus e condenado à morte por apedrejamento Tiago, irmão de Jesus e pastor da igreja de Jerusalém, com os outros cristãos, além de inúmeros outros atos perversos, de acordo com Josephus. Como um membro do partido dos saduceus era odiado pelos partidos nacionalistas extremos da Judéia por causa de suas simpatias pró-romanas e política. Uma vez que, cinco anos antes, ele havia sido condenado a Roma para responder por sua conduta por suspeita de envolvimento em um incidente judaico-Samaritan de violência. No entanto, ele foi absolvido e restaurado pelo imperador. Eventualmente, durante a guerra contra Roma, em AD 66, Ananias, com seu irmão Ezequias, foi morto pelos rebeldes em um aqueduto onde eles estavam escondidos.

Foi para este Ananias que Paulo administrado sua repreensão fulminante (v. At 23:3 ). Analogia de Paulo, tu parede branqueada , não era sem precedentes (conforme At 23:27 Matt. ; Lc 11:44 ). Alguns pensaram ter visto uma alusão a de Ezequiel "parede ... rebocam de argamassa fraca" (Ez. 13 10:16 ), nas palavras de repreensão de Paulo.

Plumptre observa a propósito:

Todo o enunciado deve ser considerado pela própria confissão de São Paulo como a expressão de uma indignação apressada, lembrou depois de um momento de reflexão; mas as palavras tão faladas eram realmente uma profecia, cumpriu alguns anos depois, com a morte de Ananias pelas mãos do sicários .

Paulo conhecia os seus direitos de defesa, tanto pela lei judaica e romana, e até prova em contrário, ele deve ser considerado inocente (conforme Dt 19:15. ; Jo 7:51 ). Assim, o comando de Ananias-se executado ou não estamos não disse-o fez um violador de direitos de Paulo. Por esta violação do direito (conforme Rm 2:1. ; Jo 10:12 ; At 20:29 ).

A repreensão de Paulo pelos espectadores (v. At 23:4) se aproxima bastante de um incidente semelhante na experiência de Jesus como Ele foi julgado diante de Caifás (Jo 18:19 ).

Pedido de desculpas (v. De Paulo
5) foi por diversas vezes visto pelos intérpretes da Bíblia. As possíveis razões sugeridas pela sua resposta, eu não sabia ... que era o sumo sacerdote (v. At 23:5 , incluem o fato de que Ananias tinha tomado o cargo desde Paulo tinha passado foi associado com o Sinédrio e, assim, ele era desconhecido para Paulo); que, possivelmente, outro do que Ananias (perchance Lysias) foi presidir a esta sessão especial; que Paulo não sabia quem tinha dado a ordem para o ferir; que Paulo foi ironicamente o que sugere que essa ordem não poderia ter sido esperado do sumo sacerdote; que Paulo sofria de má visão (conforme At 9:18 ); que ele estava olhando na direção oposta quando as palavras foram ditas e, portanto, não sabia quem deu a ordem; e, finalmente, que Paulo fez um erro honesto. Plumptre favorece a visão de que tanto a visão defeituosa de Paulo ou que Ananias não estava presidindo, é responsável por seu erro. Rackham considera que Paulo não tinha suficientemente reflectido que as palavras vieram do sumo sacerdote, e que ele deveria ter sido mais deliberada e menos vigoroso em sua resposta. Se Paulo deve ou não ter dito estas palavras, eles foram, em qualquer caso, tanto penetrante verdadeira e profeticamente sugestivo. Respeito de Paulo para as exigências cerimoniais e éticos da lei se reflete em sua cotação de Ex 22:28 (conforme Rm 13:1 ). Mesmo as desculpas de um apóstolo deve servir como um modelo apt para o espírito e comportamento do cristão, em circunstâncias semelhantes. Tem sido sugerido que Paulo pediu desculpas para o escritório, se ele não o fez para o homem! Tal como acontece com Elias, que "era um homem de paixões que nós" (Jc 5:17 ).

2. Paulo Divide o Conselho (23: 6-9)

6 E Paulo, sabendo que uma parte era de saduceus e outra de fariseus, clamou no conselho, os irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseu.: tocando a esperança e ressurreição dos mortos sou chamado em questão 7 E quando ele tinha dito isto, houve dissensão entre os fariseus e saduceus; e o conjunto foi dividido. 8 Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem uma e. 9 E originou-se um grande clamor, e alguns dos escribas de parte dos fariseus levantou-se, e se esforçou, dizendo: Nenhum mal achamos neste homem, e que, se um espírito lhe falou, ou um anjo?

A estratégia de Paulo em dividir o conselho tem sido atacado por alguns como sendo indigno da ética cristã. No entanto, parece que as palavras de Cristo na parábola do mordomo injusto ", os filhos deste mundo são para sua própria geração mais sábios do que os filhos da luz" (Lc 16:8) e Nicodemos (Jo 3:1 ). Os fariseus acreditavam na vinda do Messias, a existência de espíritos e anjos, e eles aceitaram a doutrina da ressurreição dos mortos.

Os saduceus, por outro lado, embora o partido menor, estavam no aristocrático principal e muito influente. Eles defendiam helenização e cortejada favor Roman. Eles foram mundana em suas perspectivas, aceitou apenas a Torá, rejeitaram a lei oral, e odiava a doutrina da ressurreição ea crença em anjos e espíritos. Plumptre afirma: "Eles foram, de fato, levado por um dos grandes ondas de pensamento que foram, então, que passam sobre o mundo antigo e foram epicuristas e materialistas sem sabê-lo, assim como os fariseus eram ... a contrapartida dos estóicos."

Assim, a identificação de Paulo de si mesmo com o partido dos fariseus, não só o colocou em alinhamento com tudo o que havia de melhor na judaísmo de sua época, mas também dividiu o município. Nem era Paulo ou errado ou desonesto em identificar-se assim, como a seguinte evidência indica. Em primeiro lugar , antes de sua conversão, ele tinha sido um membro consciente do partido (At 26:4 ; conforme . Fm 1:3 , Fm 1:5) . Em segundo lugar , não parece ter havido nenhuma inconsistência entre a filiação no partido dos fariseus, como tal, e a fé salvadora, e lealdade a Jesus Cristo (At 15:5 ).

O ressurgimento da ortodoxia judaica no conselho agitado bastante o partido liberal materialista dos saduceus, com o resultado que surgiu dissensão tão grave que o conjunto foi dividido (v. At 23:7 ). Josephus já empregou esse ardil, apesar de honestidade questionável, para escapar da violência de uma multidão. Consequentemente certos escribas farisaica subiu para a defesa de Paulo, declarando: Não achamos nenhum mal neste homem (v. At 23:9 . Conforme Mt 27:23 , Mt 27:24 ). A maioria dos escribas eram fariseus (conforme Mc 2:16 ; Lc 5:30 ), e seu subsídio que um espírito ou anjo poderia ter falado com Paulo é uma reminiscência de defesa dos apóstolos de Gamaliel quando eles estavam em julgamento perante o Sinédrio alguns 25 anos anteriores (At 5:34 ). Pensou-se que a observação dos escribas era uma alusão tanto a experiência da conversão de Paulo, que ele havia relacionado o dia anterior (At 22:6 ), ou à sua visão no Templo em seu primeiro retorno a Jerusalém (At 22:17 ). Em todo o caso, na sua posição, como Plumptre observações ", depois Dt 25:1. ; Rm 15:23 ). Paulo deve aqui ter aprendido a lição relativa tentação sobre a qual ele escreveu aos Coríntios (1Co 10:13 ). Em mais de uma ocasião em que Paulo estava "no fim" juízo ", uma visitação especial do Senhor o socorreu, renovando a sua coragem e força. Tal era o seu caso em julgamento em Corinto (At 18:9 ); tal foi a sua experiência durante a tempestade a caminho de Roma (At 27:23 ​​); ou ainda quando em julgamento por sua vida em Roma (2Tm 4:16 ); e tal foi a experiência de Jerusalém. Como fiel Cristo sempre é a Sua promessa: "Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo" (Mt 28:20)

Mais uma vez frustrado e frustrado com a fuga da vítima cobiçado de sua rede, alguns quarenta judeus em desespero comprometeram-se a um juramento de prurido (v. At 23:12 ).

1. O plano para matar Paulo Projetado (23: 12-15)

12 E, quando já era dia, os judeus se uniram, e amarrou-se sob uma maldição, dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo. 13 E eram mais de quarenta os que fizeram esta conjuração. 14 E vieram a os príncipes dos sacerdotes e os anciãos, e disseram: Nós mesmos temos obrigado sob pena de maldição, a nada provarmos até que matemos a Paulo. 15 Agora, pois, vós, com o conselho significar para o comandante que o derrubá-lo a vós, como que querendo julgar o seu caso, mais exatamente: e nós, antes que ele chegue, estão prontos para matá-lo.

A banda de uns quarenta judeus que tomaram o juramento nem para comer nem beber enquanto não matassem Paulo foram mais provável do sicários ou Assassins (conforme At 21:38 ), de que havia muitos na Judéia por esta altura. Eles eram provavelmente do partido Zealot extrema (veja At 1:13. ; Gl 1:8 ). Bruce sugere que ele pode ter tomado tal forma que, "assim que Deus faz para nós, e mais ainda, se comer ou beber até que tenhamos matado Paulo." Outra autoridade observa: "Felizmente, os rabinos foram capazes de imaginar meios de liberação de tais juramentos; de modo que o enredo não tendo conseguido, não precisamos assumir que os conspiradores morreram de fome! "

Quando estes Assassins apresentou seu plano para os principais sacerdotes e os anciãos do partido dos saduceus, é de salientar que os escribas , que eram em sua maioria fariseus e que defendeu a causa de Paulo no conselho no dia anterior, não são mencionados como tendo sido consultado. Parece ainda que eles estavam propondo para pedir de Lysias uma oportunidade para um veredicto contra Paulo e não simplesmente um inquérito. Assim, afigura-se que eles pretendiam fazer pela violência sutil e cruel o que não podiam esperar fazer por procedimento legal por causa de sua incapacidade de garantir uma maioria no Conselho.

2. O plano para matar Paulo malogrado (23: 16-22)

16 Mas o filho da irmã de Paulo, tendo sabido da cilada, e ele veio e entrou na fortaleza e disse Paulo. 17 E Paulo chamou a si um dos centuriões, disse: Leva este jovem ao comandante; porque tem algo a dizer a ele. 18 Então ele pegou ele, e levou-o para o comandante, e disse: O preso Paulo, chamando-me, e me pediu para trazer este moço, que tem alguma coisa a dizer a te. 19 E o tribuno, tomando-o pela mão, e pondo lhe perguntaram em particular, o que é que tu tens para me dizer? 20 E disse ele: Os judeus combinaram pedir-te para derrubar Paulo amanhã ao conselho , como se queres inquirir com mais precisão algo a seu respeito. 21 Não tu, pois deu-lhes: para lá de emboscada para ele delas mais de quarenta homens, os quais juraram sob pena de maldição, não comer nem beber até eles o morto: e agora eles estão prontos, esperando a tua promessa. 22 Então o comandante deixou o jovem ir, acusando-o, ninguém dissessem que tu significavam essas coisas para mim.

A aparência do sobrinho de Paulo proporciona a única referência à família de Paulo nos Atos (conforme Rm 16:7 ). Tem sido sugerido que, possivelmente, a irmã de Paulo havia se casado em uma família sacerdotal e que o sobrinho de Paulo, assim, inadvertidamente tropeçaram na trama por ter ouvido isso discutido pelo sicários , depois que ele secretamente reportadas para Paulo e daí para o comandante. No entanto, não se sabe ao certo se sua irmã residia na Judéia ou estava lá para a festa de Pentecostes, ou, eventualmente, para a educação de seu filho na escola rabínica. É claro que, se ela se casaram em uma família sacerdotal, a hostilidade de que casta direção Paulo poderia muito bem explicar a sua não apresentação em sua casa. Também não se sabe se ela e sua família eram cristãos. Estamos em terreno seguro, no entanto, quando notamos que esse rapaz tinha um amor e lealdade a seu tio que lhe permitiu segurar privada e criteriosamente um segredo que envolvia uma questão de vida ou morte para Paulo. Além disso, podemos aprender com o incidente que Paulo era acessível a seus amigos e conhecidos, mesmo enquanto estava sob custódia. Este fato pode ser responsável por informações em vez completo de Lucas sobre os acontecimentos destes dias, uma vez que ele teria sido em Jerusalém. Também não é necessário supor que Paulo estava preso em grilhões, mesmo que ele é designado O preso Paulo (conforme Ef 3:1 , 24)

23 E chamou a si os dois centuriões, disse: Aprontai duzentos soldados para ir até Cesaréia, e cavaleiros e sessenta e dez, e duzentos lanceiros, na terceira hora da noite: 24 e ordenou-lhes fornecer feras, para que pudessem definir Paulo conseqüência disso, e trazê-lo em segurança ao governador Félix.

As escaramuças dos dois dias anteriores no Sinédrio, além de informações do plano para matar Paulo, suficientemente convencido de que o comandante da gravidade e os riscos da situação. A partir da guarnição de cerca de mil soldados que ele pediu, através de dois centuriões, que duzentos soldados, cavaleiros setenta e duzentos lanceiros, com animais especiais para Paulo para montar, estar preparado para sair de Jerusalém para Cesaréia por volta das nove horas da noite . Vale ressaltar que esta proporciona a única instância definitiva em Atos, ou em outro lugar no Novo Testamento, onde Paulo já montada uma besta de transporte. Caso contrário, ele andou ou navegou, pelo que sabemos. Assim escoltado com segurança, tanto os interesses do comandante e os de Paulo, o prisioneiro seria salvaguardada. Lysias não poderia ficar tranqüilo com tal conspiração pendente até que ele sabia que Paulo estava em segurança nas mãos do funcionário administrativo e executivo-chefe da colônia, Felix. Se o sicários sabia do plano de Lysias 'para espírito Paulo de Jerusalém, não há nenhuma evidência de que eles ofereceram resistência ou interferência.

4. A Carta sobre a Paulo Escrita (23: 25-30)

25 E escreveu uma carta após este formulário:

26 Cláudio Lísias até o excelentíssimo governador Félix, saudação. 27 Este homem foi preso pelos judeus, e estava prestes a ser morto deles, quando eu vim para eles com os soldados e salvou-o, ao saber que era romano. 28 E, querendo saber a causa por que o acusavam, eu trouxe-o até o seu conselho: 29 . quem eu encontrei para ser acusado sobre questões da sua lei, mas não tem nada estabelecido para o seu cargo digno de morte ou prisão 30 E quando me foi mostrado que haveria um complô contra o homem, eu o mandei para ti imediatamente, cobrando seus acusadores também para falar contra ele diante de ti.

Como Lucas sabia o conteúdo da carta Lysias 'para Felix que não é dito. Paulo pode ter tido uma cópia do mesmo, mas parece mais provável que Lucas ouviu ler no tribunal em Cesaréia antes Felix. Esse era o costume, para ler abertamente a acusação contra o arguido.

A prática de epistolar no primeiro século cristão proporcionou o principal meio de comunicação. Era uma época epistolar. Muito se revelado nas poucas frases desta carta preservada para nós. Plumptre observa que o epíteto, mais excelente , é a mesma que a utilizada por Lucas de Teófilo (Lc 1:3 ), bem como a Epístola de Tiago (Jc 1:1 ), pode ser tomado como nada mais do que um gesto de respeito diplomática, para Felix pode ser considerado como nada menos do mais excelente . Bruce sustenta que "A" mais excelente "... pertence propriamente à ordem equestre na história romana (de que Felix não era membro) e também foi dado aos governadores das províncias subordinadas, como a Judéia, que eram normalmente extraídas da ordem equestre. "Ele governou a Judéia por sete ou oito anos (AD 52-59 ou 60), tendo sido precedida pela infeliz Cumano e sucedido por Festus. O país havia sido deixado em um estado triste e desordenada sobre o banimento do Cumano ineficiente e corrupto pelo imperador em AD 52. Tinha havido um massacre horrível de judeus na Jerusalém Páscoa por causa de suas atividades desenfreadas quando um soldado romano insultado o Templo. Houve uma guerra pequena escala entre os galileus e os samaritanos, quando certa rota galileus a um festival de Jerusalém tinha sido atacado, no assentamento sem êxito do que Cumano tinha sido acusado de receber propina para favorecer a causa dos samaritanos, que acusação efectuado a queda. Felix herdou também o túmulo de uma situação política por sua habilidade. O país era uma massa efervescente de transtorno com o "de transporte de punhal" sicários aterrorizar a terra e pressionando o povo à revolta contra Roma. Assassino e surtos "messiânicos" eram frequentes (conforme At 21:38 ). O sumo sacerdote paternalista, JoNatan, que tinha ajudado Felix obter seu escritório tinha sido assassinado, quer por iniciativa do Felix ou de outra forma.

A mãe do imperador Cláudio, Antonia, manteve dois irmãos escravos, Antônio Félix e Pallas, que foram feitas mais tarde libertos. Felix tornou-se o companheiro e favorecido ministro de Claudius, e, assim, ele obteve a procuradoria da Judéia, pela graça de Claudius e com a ajuda de Pallas eo sumo sacerdote JoNatan. Bruce pensa que ele possa previamente "ter ocupado um cargo subalterno na Samaria sob Cumano do ANÚNCIO 48. "Assim, parece que ele considerou a favor do imperador, seu irmão de criação, ele imunizados contra imperial responsabilidade por qualquer crime que ele poderia cometer. Ele exercia, nas palavras de Tácito, "o poder de um tirano no temperamento de um escravo." Lust e crueldade caracteriza toda a sua regra. Ele é relatado para ter três vezes casada. Plumptre relata que sua primeira esposa foi Drusilla, a filha de Selena, que era a esposa de Juba, rei da Mauritânia e da filha de Antonius e Cleópatra. Drusilla, a filha de Agripa I e irmã de Agripa II, que havia deixado o marido Azizus, rei de Emesa, foi sua segunda esposa (conforme At 24:24 ). O nome de sua terceira esposa é desconhecida. Antes de tal régua e juiz, o Apóstolo Paulo era para ser julgado por sua fé em Cristo. Embora o orador Tertullus, em um esforço para agradar os judeus, elogiou Felix com as palavras: "Visto que por ti gozamos de muita paz, e que por teus males providência são corrigidos por esta nação" (At 24:2) parece melhor para sugerir o conhecimento de Felix de dificuldades administrativas judeu.

Vale ressaltar que Lysias evita qualquer referência a sua ligação de Paulo e da flagelação pretendido. Nem ele insinuar que ele tinha sido ignorante de cidadania romana de Paulo no início. Ele engenhosamente cores todo o assunto para dar a impressão de que ele havia obedientemente resgatado, de violência da multidão judaica, uma vítima, que ele sabia ser um cidadão romano (v. At 23:27 ). Ele dá um relato justo e honesto do exame de Paulo perante o Sinédrio (vv. At 23:28 , At 23:29 ). Isto foi claramente concebido como "uma investigação preliminar, com vista à preparação de uma taxa para colocar diante do Tribunal Romano." Ele também afirma trama dos judeus para matar Paulo e seu propósito de colocar Paulo sob a custódia segura de Felix o governador para a feira trial (v. At 23:30 ). Ele dá o seu juízo de que todo o assunto é um debate doutrinário judaica, e não uma questão jurídica romana. Withal, Lysias era um titular de escritório típico, que organizou o palco para apresentar-se sob a luz mais favorável diante daqueles a quem ele devia sua posição, tomando crédito pelo que não pertencem de direito a ele e, tomando cuidado diligente para folheado seus erros oficiais com uma aparência de excelência em juízo e serviço.

5. A transferência de Paulo Cumprida (23: 31-35)

31 Então os soldados, como lhe fora mandado, tomando a Paulo, o levaram de noite a Antipátride. 32 Mas no dia seguinte, deixando aos de cavalo irem com ele, voltaram para o castelo: 33 e eles, quando chegou a Cesaréia e entregaram a carta ao governador, apresentaram-lhe também Paulo. 34 E quando ele tinha lido, ele perguntou de que província ele era; e quando ele entendeu que era da Cilícia, 35 eu te ouvir plenamente, disse ele, quando também os teus acusadores vir: e ele ordenou que ele fosse mantido no palácio de Herodes.

Parece que o primeiro semestre, ou possivelmente de dois terços, dos cerca de viagem de sessenta quilômetros de Jerusalém para Cesaréia foi alcançado em Antipatris antes do amanhecer (v. At 23:31 ). Bruce afirma que Antipatris foi de 35 quilômetros de Jerusalém. E foi, continua ele, "ao pé das colinas da Judéia, no site do moderno Ral el-'Ain, construído por Herodes, o Grande, na planície bem regada e bem arborizada de kaphar-Saba e chamado depois seu pai Antipater. "Tal era bem possível, permitindo uma distância de cerca de 35 milhas a Antipatris e lembrando que eles haviam deixado por volta das nove horas da noite. De Antipatris os soldados voltaram para Jerusalém, deixando a cavalaria para escoltar Paulo restantes 27 milhas a Cesaréia. Esta foi considerada segura como os judeus abominava o uso de cavalos como animais impuros, e assim o sicários não poderia ter ultrapassado o partido, mesmo que eles tinham aprendido de transferência de Paulo de Cesaréia. Além disso, a viagem restante foi através de território que era principalmente Gentile.

Inquérito do Felix relativa província de Paulo (v. At 23:34) era uma exigência da jurisprudência romana. Um cidadão acusado poderia ser julgado em qualquer sua província natal ou aquela em que o crime foi acusado de ter sido cometida (conforme Lc 23:6 ).

Decisão expressa do Felix, eu te ouvirei totalmente ... quando também os teus acusadores vir (v. At 23:35-A ), indica que ao tomar conhecimento de que a província natal de Paulo foi Cilícia, ele ao mesmo tempo sabia que ele tinha "jurisdição sobre Paulo, quer como procurador na Judéia , em que o 'crime' tivesse sido cometido, ou como o deputado do legado da Síria e Cilícia, província natal de Paulo, que se classificaria como seu administrativa superior. "Possivelmente sua decisão imediata para tentar Paulo em vez de adiar para seu oficial superior (como Pilatos havia feito com Cristo, Lc 23:6 ), o legado da Síria, era apenas um reflexo de sua impetuosidade característico e orgulho de posição.

Aparentemente, é neste momento que Paulo assumiu um papel ativo no processo. A partir daí, ele parece ter feito valer os seus direitos de cidadania romana em uma relação de quatro vezes. Primeiro , ele fez isso para escapar flagelação (At 22:25 ). Em segundo lugar , ele evidentemente apelou o seu direito de jurisdição do Sinédrio judaico ao procurador romano, no qual caso a sua transferência para Caesarea estava em conformidade com os seus próprios direitos expressos como um cidadão, uma demanda Lysias teria prazer aderido, em todo o caso, para aliviar a sua própria responsabilidade. Em terceiro lugar , afirmou o seu direito de um julgamento justo perante o tribunal provincial romana (At 25:10 ). E quarto , Paulo feito valer os seus direitos de cidadania por recurso ao tribunal supremo de Cesaréia em Roma (At 25:11b ).

Com a promessa de um julgamento completo e justo sobre a aparência de seus acusadores, Felix ordenou Paulo detido sob guarda no palácio de Herodes. Este foi provavelmente o palácio construído por Herodes, o Grande, e mais tarde convertido em uma residência oficial para o procurador romano da Judéia, embora possa ter servido como uma fortaleza e tiveram uma sala de guarda (conforme Mc 15:16 ; . Fp 1:13 ). Não é de se supor que Paulo estava encarcerado em uma prisão comum, como que em que ele e Silas foram jogados em Filipos (At 16:23 , At 16:24 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 1 até o 35
  • Paulo e o Sinédrio (23:1-11)
  • No dia seguinte, o comandante apresenta Paulo na reunião oficial do conselho judaico. Esse grupo acaba por ser responsável pelo jul-gamento de Pedro e João (4:5ss), dos 12 apóstolos (5:21 ss) e de Estêvão (6:12ss). E também de Cristo.

    Paulo, como foi ele mesmo um fariseu ativo, sentiu-se em casa nes-sa reunião. Ele falou imediatamente em defesa própria, afirmando que sua vida pública era irrepreensí-vel e que sua consciência estava limpa. Ananias, o sumo sacerdote, enfureceu-se com essa declaração e ordenou que um dos homens que estava próximo de Paulo ba-tesse em sua boca. Cristo teve um tratamento semelhante (Jo 18:22). O versículo 3 apresenta uma res-posta de Paulo que gera controvér-sia. Alguns dizem que ele agiu com precipitação carnal ao condenar o sumo sacerdote; outros acham que as palavras de Paulo eram justas, já que era ilegal bater nele, e o sumo sacerdote era um homem perverso. A história relata que Ananias foi o pior sumo sacerdote que a nação ti-vera. Ele roubou dinheiro dos outros sacerdotes, usava todos os truques políticos para aumentar seu poder e, por fim, foi assassinado. Talvez "parede branqueada" (v. 3) refira- se a Ezequiel 13:10ss, em que os governantes hipócritas da terra são comparados a paredes caiadas, mas que ruem.

    Paulo sabia quem era o sumo sacerdote? Alguns estudiosos acham que seu problema de visão (Gl 4:13-48) o impediu de reconhecer o sumo sacerdote. Talvez o sumo sacerdo-te não usasse sua vestimenta usual ou não estivesse sentado em seu lugar de sempre, pois essa não era uma reunião formal do conselho, já que foi o comandante romano que a convocou. Outra possibilidade é que Paulo se recusasse a reconhe-cê-lo como sumo sacerdote. A cita-ção que faz de Êxodo 22:28 talvez fosse irônica e quisesse dizer que o sacerdote não era, de fato, o gover-nante da nação.

    A seguir, Paulo usou uma "tática política" ao tentar dividir o conselho fazendo com que os rígidos fariseus ficassem contra os liberais saduceus. É difícil crer que o grande apóstolo dos gentios, o ministro da graça de Deus, gritaria: "Eu sou fariseu!". Mais tarde, ele chamou sua vida fa- risaica de "refugo" (Fp 3:1-50). Ele afirma que a questão real era a espe-rança da ressurreição, mas sabia que os saduceus não criam nessa doutri-na. Sem dúvida, ele esperava provar a ressurreição de Cristo, mas o argu-mento levantado a partir disso pôs sua vida em risco, e o comandante salvou-o mais uma vez. A situação parecia sem esperanças; todavia, à noite, Deus, graciosamente, pôs-se ao lado de Paulo e encorajou-o. Ele sabia que iria para Roma!

  • Paulo e os conspiradores (23:12-22)
  • Sem dúvida, Jerusalém estava afas-tada de Deus quando, em nome da religião, mais de 40 homens cons-piravam para matar um judeu de-voto! Até os principais sacerdotes e anciãos de Israel faziam parte do complô! No entanto, Deus estava no controle e, apesar da oposição dos homens e de Satanás, levaria seu mensageiro para Roma. O Senhor, graciosamente, distraiu e encora-jou seu servo independentemente de Paulo, ao ir para Jerusalém, estar de acordo com a vontade revelada dele ou não. E que encorajamento esse incidente representa para nós quando tomamos decisões em rela-ção ao nosso ministério!

    Não sabemos nada a respei-to da irmã e do sobrinho de Paulo. Não temos nem mesmo certeza se eram crentes. Todavia, eles foram o instrumento de Deus para frustrar a conspiração e afastar Paulo da peri-gosa Jerusalém. Com certeza, deve-mos admirar a honestidade e a inte-gridade desse comandante romano. Ele poderia desprezar a mensagem do rapaz ou escutar as mentiras dos judeus, mas fez seu trabalho com fi-delidade. Os servos de Deus, com frequência, recebem ajuda e prote-ção de descrentes honestos e fiéis. Agora, Paulo, como aconteceu com seu Senhor anos antes, foi entregue nas mãos dos gentios.

  • Paulo e o comandante (23:23-25)
  • O comandante chamava-se Cláu-dio Lísias. Em sua carta a Félix, ele conta como salvou Paulo dos judeus porque o apóstolo era cida-dão romano. Ele acrescentou que a questão dizia respeito à lei judaica, não à romana, e que não achava que Paulo merecesse ser preso ou morto. Todavia, Cláudio enviou-o para ser julgado por Félix a fim de manter Paulo em segurança.

    Que cortejo foi aquele! Os 40 judeus deviam estar famintos antes de quebrar seu voto! No entanto, conduziram Paulo em segurança até Cesaréia, onde este enfrentou seus acusadores judeus diante de Félix, o governador.
    Agora, vemos por que Deus usou Paulo como seu grande mis-sionário aos gentios. Sua cidadania romana deu-lhe a proteção da lei e da guarda romana e a oportunida-de de testemunhar para os gentios. É maravilhoso como Deus prepara seu servos de antemão, prevendo até o local de nascimento e a cida-dania deles!

    É interessante observar que o Senhor apareceu a Paulo a fim de encorajá-lo em diversas ocasiões crí-ticas que ele vivenciou. Nos ataques dos judeus em Corinto, Cristo asse-gurou-lhe que estava com ele e lhe daria muitos convertidos (18:9-11). Cristo assegurou a Paulo que não o abandonaria, quando este estava em um navio a caminho de Roma, e o navio ficou à deriva em uma tempes-tade (27:21-25). Perguntamo-nos se Paulo encontrou grande conforto em Sl 23:4: "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam".


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 1 até o 35
    23.1 Paulo mostra no seu discurso que o cristianismo procede diretamente do judaísmo verdadeiro. Pois a fé cristã é cumprimento da esperança messiânica esposada pelo farisaísmo. Consciência (24.1 6).

    23.2,3 Ananias. Sumo sacerdote desde 47 d.C. tornou-se notório pela capacidade e crueldade. Cumpriu-se a denúncia profética de Paulo ao ser assassinado em 66 d.C. pelos sicários por dar seu apoio a Roma. Parede branqueada. Os túmulos foram caiados para evitar contaminação ritual com os mortos (conforme Mt 23:27).

    23.5 Não sabia. Alguns comentaristas acham quase impossível Paulo não ter reconhecido o sumo sacerdote, É bem possível que Paulo esteja falando com ironia: "Não sabia que um homem desse pudesse ser sumo sacerdote". Ou então, Paulo, por sua deficiência visual (At 9:8, At 9:17, At 9:18; At 14:9; Gl 6:11), não tenha distinguido o sumo sacerdote. Não falarás. Paulo, arrependido, talvez lembre-se do ensino e exemplo de Jesus (Mt 5:10-40, Mt 5:39, Mt 5:44; Mt 26:67).

    23.6 Saduceus. O partido dos sacerdotes, desejosos de manter o status quo para evitar a intervenção dos romanos, quer aniquilar Paulo. Paulo aliou-se com os fariseus, cujas doutrinas ofereciam porta aberta para a evangelização em contraste com a dos saduceus.

    23.8 Anjo. Não negavam o Anjo do Senhor nem Seu Espírito.

    23.9 Os fariseus demonstram a tolerância de Gamaliel (conforme 5.33ss).
    23.11 Ao lado. Lit. "em pé acima dele". Note as visões de Paulo que marcaram crises principais (9.4ss; 16.9; 18.9; 23.11). Esta, como aDt 18:9, veio para encorajar o apóstolo. O Senhor garante que alcançará seu alvo de pregar em Roma ainda que os judeus o rejeitem.

    23.12 Sob anátema. O juramento dos 40 é simbólico do anátema assumido pela nação israelita na morte de Jesus (Mt 27:25).

    23.14 Sacerdotes e anciãos. Uma parte do Sinédrio apenas (25.15).

    23.16 Gostaríamos de saber mais acerca da família de Paulo. Certamente era influente; o sobrinho talvez fosse membro do Sinédrio, o que lhe deu acesso a esta informação tão importante. Provavelmente a família era contrária a Paulo, de modo que o sobrinho (reconciliado com ele) não seria suspeito.
    23.20 Inquirir. O plano projetado foi de abrir de novo o caso no Sinédrio e pedir a Lísias que trouxesse Paulo da torre para o Sinédrio.

    23.23 Hora terceira. Vinte e uma horas. Soldados... cavalaria... lanceiros. As três distintas classes de forças que compunham o exército romano. As extraordinárias precauções tomadas pelo tribuno revelam a seriedade com que se encarava a segurança de um preso.

    23.24 Animais. Para Paulo e seus companheiros, Lucas e Aristarco (27.1, 2). Governador Félix. Primeiro escravo liberto a chegar a ser governador de uma província romana. Seu irmão Pallas foi emancipado por Cláudio sendo favorito de Agripina, mãe de Nero. Foi nomeado procurador de 52 a 59 d.C. (antes fora prefeito de Samaria), (conforme 24.27). Um homem sem escrúpulo, não foi feliz no seu mandato, muito violento na repressão.

    23.25 Carta. Mandar um acusado para um tribunal superior exigia um "elogium" que esclarecia o caso.

    23.27 Cláudio Lísias coloca a culpa da situação de Paulo sobre os judeus (conforme Gálio em 18.14, 15). Ele não se importa de modificar levemente os fatos para se pôr em favor com o governador. Ele não soube que Paulo era romano até depois do tumulto (21.38; 22.26).

    23.29 Nada, porém, que justificasse morte. Como na apresentação do julgamento de Jesus diante de Pilatos (Lc 23:4, Lc 23:14s, 22), Paulo é reconhecido como inocente por romanos de alta posição (conforme o propósito de Atos).

    23.31 Antipátride. Cerca de 60 km de Jerusalém. O perigo imediato de uma emboscada foi superado e Paulo é conduzido apenas pela cavalaria os 40 km até Cesaréia.

    23.35 Pretório. Residência oficial do procurador; neste caso, um palácio construído por Herodes, o Grande.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 1 até o 35

    4) Paulo diante do Sinédrio (23:1-11)
    As circunstâncias. A presença de Paulo nessa sessão do Sinédrio concluiu o seu testemunho em Jerusalém. A sua atitude e suas declarações têm sido criticadas, mas precisamos lembrar que teria sido fatal se a sessão convocada por Lísias, para a investigação das acusações contra Paulo, tivesse sido transformada em um julgamento por uma corte investida de autoridade completa sobre os judeus em questões religiosas. A situação era delicada, e a atmosfera, tensa. Paulo deveu a sua vida — sob a providência de Deus — à proteção garantida por Roma a um cidadão que ainda não tinha sido condenado nos seus tribunais. O Sinédrio era a continuação do tribunal culpado do sangue de Cristo, de Estêvão e de outras testemunhas cristãs. Dissensões internas, como também métodos corruptos e violentos, tinham lhe roubado muito do seu prestígio antigo, e logo ceifaria a tremenda ruína que havia semeado. O presidente era o vil Ananias, cujas intrigas ines-crupulosas o mantiveram no poder de 47 a 58 d.C., apesar de muitas acusações contra ele. Foi assassinado por zelotes em 66 d.C. Os métodos de Paulo precisam ser avaliados contra esse pano de fundo, e precisamos lembrar também que o relato de Lucas é necessariamente abreviado. Diferentemente de Pedro e João (4:5-20), Paulo era um rabino reconhecido que “falava a língua” dos seus juízes, estando profundamente familiarizado com os mecanismos e procedimentos do Sinédrio.
    Paulo e Ananias (v. 1-5). A sessão, provavelmente, tinha sido aberta da maneira usual, de forma que a declaração de Paulo tenho cumprido meu dever para com Deus com toda a boa consciência (v. 1) seria a frase de abertura da sua defesa. Acerca de sua preocupação em não fazer nada contra a sua consciência, v. 1Co 4:4; lTm 1.5,19; 3.9; 2Tm 1:3.

    Ananias violou a lei em essência e na letra quando ordenou aos seus subalternos que batessem na boca de Paulo, e a réplica irada do apóstolo continha algo do seu antigo testemunho profético contra a iniqüidade em posições de destaque. Pode até ser considerada uma predição do fim violento de Ananias (v. 3). O nosso Senhor “não abriu a boca” em circunstâncias semelhantes, mas épocas diferentes requerem diferentes tipos de testemunho dentro do quadro geral da verdade divina. As severas denúncias de Mt 23:0, e ele admitiu isso imediatamente. O presidente era um criminoso, mas o “assento” era sagrado. Irmãos, eu não sabia que ele era o sumo sacerdote possivelmente signifique “Eu não reconheci o seu sumo sacerdócio (na minha repreensão)” (Conforme lTs 5.12 acerca desse uso do mesmo verbo.)

    A esperança e a ressurreição (v. 6-9). A declaração de Paulo (v. 6) parece um movimento tático para dividir o conselho e frustrar qualquer tentativa de sentença adversa. Esse movimento justo nesse momento era necessário e legítimo, mas podia Paulo, de boa consciência, declarar naquele estágio: sou fariseu, filho de fariseuP O termo tem um tom desagradável em muitos ouvidos por causa da oposição da seita à pessoa ao e ministério do Mestre, mas, antes de julgar Paulo, precisamos levar em conta os seguintes aspectos: (a) Os fariseus defendiam doutrinas fundamentais, baseadas no AT, que os saduceus rejeitavam veementemente.

    O remanescente fiel, que aguardava a esperança de Israel, era constituído totalmente de fariseus na sua doutrina, e não precisou desaprender as verdades bíblicas que possuía, mas somente aplicá-las a Jesus como o Cristo e rejeitar o legalismo. Um saduceu teria de deixar de ser saduceu se quisesse tornar-se cristão; um fariseu, não. (b) A esperança na ressurreição dos mortos não era um sofisma teológico, mas a essência do evangelho. Paulo trouxe à vida em alguns dos seus antigos companheiros algo real que os lembrava de que a sua posse mais preciosa era a esperança messiânica e a doutrina da ressurreição. Isso era a verdadeira herança veterotestamentária, e não o formalismo estéril dos saduceus e dos legalistas (conforme 26.7,23). O efeito foi notável, visto que alguns dos escribas entre os fariseus estavam preparados, ao menos momentaneamente, a defender uma sentença de absolvição e admitir a possibilidade de uma revelação especial dada a Paulo — com referência, supostamente, ao seu encontro com o Cristo ressurreto perto de Damasco (v. 9). Podemos esperar que alguns desses tenham recebido bênçãos no seu coração — os Nicodemos e os Josés de Arimatéia dos seus dias.

    A conseqüência (v. 10,11). A disputa entre saduceus e fariseus no conselho foi tão intensa que o pagão Lísias teve de resgatar o seu prisioneiro usando as forças armadas (v. 10). Paulo deve ter se sentido física e espiritualmente esgotado aquela noite, e recebeu um consolo especial do seu Senhor (v. 11). Observe que não há um mínimo sinal de censura, mas: (a) o encorajamento do Senhor de todo o conforto; (b) a ratificação do testemunho em Jerusalém, apesar de toda a turbulência; (c) a confirmação do propósito de que Paulo deveria testemunhar em Roma, com igual fidelidade e eficácia.

    5) De Jerusalém para Cesaréia (23:12-35)

    Mais um livramento (v. 12-24). Soluções ilegais e violentas de disputas interpartidárias estavam se tornando freqüentes em Jerusalém, à medida que se aproximava a época da “árvore seca” (Lc 23:31), e a conspiração dos 40 assassinos fanáticos é típica da época. Eles podiam contar com a cooperação de pelo menos um restante do Sinédrio (v. 12-15). Dessa vez, o livramento de Deus não foi efetuado pela intervenção de um anjo como em 12:6-10, mas por meio do sobrinho de Paulo. O seu testemunho tinha abençoado alguns dos seus parentes (Rm 16:7), apesar da provável ruptura com a família (Fp 3:8), e gostaríamos de pensar que a sua irmã era cristã (v.

    16). O enigma é como esse jovem poderia descobrir a conspiração se fosse suspeito de simpatizar com os cristãos, ou por que correria o risco de avisar o seu tio se ele estava associado aos judeus fanáticos. O segredo não é revelado, e Deus organizou as circunstâncias na sua providência. A história dos v. 1622 é detalhada e vívida, revelando a presença e capacidade de observação de Lucas, embora não se identifique. O testemunho do sobrinho confirmou a convicção de Lísias de que a presença de Paulo em Jerusalém seria motivo de constantes distúrbios e que seria difícil proteger a vida desse cidadão romano fora da fortaleza. Ele decidiu, então, transferi-lo para Gesaréia para ser julgado pelo governador Félix. A sua estimativa da coragem e da violência dos judeus é revelada pelo tamanho da escolta até Antipátride: 200 soldados fortemente armados, 200 soldados levemente armados e 70 cavaleiros (v.
    23)! A expressão montarias para Paulo sugere a presença de amigos; talvez Lucas fosse um deles (v. 24).

    A carta de Lísias (v. 25-30). A forma inteligente em que os eventos referentes ao aprisionamento de Paulo são resumidos — com uma inclinação dos fatos a favor do tribuno (v. 27) — é evidente. A adequação psicológica da comunicação é evidência de que o historiador tinha conhecimento de primeira mão, embora não saibamos como o conseguiu. Lucas tinha um bom olho para documentos relevantes!
    Gesaréia (v. 31-35). Gesaréia era a capital da província e devia muito ao planejamento e aos projetos de construção de Herodes, o Grande. Antipátride ficava a 40 quilômetros de Cesaréia e estava além da esfera de ação da multidão fanática de Jerusalém, de forma que os soldados de infantaria retornaram, deixando que a cavalaria escoltasse o prisioneiro até a capital. Félix tomou conhecimento da carta de Lísias e da chegada de Paulo, ordenando sua estada no pretório de Herodes até que os acusadores pudessem vir de Jerusalém. A posição de Paulo como cidadão romano foi respeitada.
    Antônio Félix não era um bom exemplo de governador romano; ele devia sua posição à influência de seu irmão Palas, um dos favoritos de Cláudio e um liberto, ligado à mãe do imperador, Antônia. Ele havia lidado de forma dura com bandidos, mas tinha suscitado oposição ampla em virtude de sua violência e prática de corrupção. Tácito observa que ele “exercia o poder de um príncipe com a mentalidade de um escravo”. A sua terceira esposa, Drusila, era filha de Herodes Agripa I.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Atos Capítulo 21 do versículo 18 até o 31

    V. Expansão da Igreja para Roma. 21:18 - 28:31.

    Lucas narrou a expansão da igreja desde Jerusalém, através da Judéia e Samaria, até que uma igreja gentia semi-independente fosse organizada em Antioquia. De Antioquia o Evangelho foi levado por Paulo, em três viagens missionárias, pela Ásia e Europa. Trabalho evangelístico e missionário foi sem dúvida efetuado durante esse tempo pelos outros apóstolos. Não temos, por exemplo, nenhum registro da evangelização do Egito, com Alexandria, seu grande centro. Lucas estava apenas preocupado em traçar as linhas principais do que ele considerava a mais significativa linha da expansão - na direção de Roma. Ali está apenas a necessidade de registrar a missão de Paulo em levar o Evangelho à Roma.

    É evidente que não foi propósito de Lucas registrar o início da evangelização de Roma nem os primórdios da igreja de lá, pois ele conta como os irmãos cristãos deram a Paulo as boas-vindas quando chegou à capital (At 28:15). Sabemos que Paulo escreveu uma carta à igreja de Roma (Rm 1:7), mas Lucas não nos dá nenhum registro de como o Evangelho originalmente chegou à Cidade Imperial.

    Uma vez que o propósito de Lucas não foi descrever o início da evangelização de Roma, possivelmente foi mostrar que, embora Paulo primeiramente pregasse o reino de Deus aos judeus, voltou-se para os gentios quando os judeus rejeitaram sua mensagem (At 28:24-31). A expansão geográfica da igreja não era o interesse principal de Lucas; era antes o movimento da história redentora dos judeus aos gentios. Mantendo esse propósito, Lucas dedica espaço considerável ao registro da última visita de Paulo a Jerusalém, não porque a visita fosse importante em si mesma, mas porque provou a final rejeição do Evangelho da parte de Jerusalém.

    A. A Rejeição do Evangelho da parte de Jerusalém. 21:18 - 26:32.


    Moody - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 25 até o 30

    25-30. Sua carta ao procurador Félix explica seus motivos para lhe enviar Paulo. Pela primeira vez temos o nome do tribuno, Cláudio Lísias. O governador ou procurador Félix recebe o tratamento de excelentíssimo; Sua Excelência. Era a forma normal para se tratar os membros da ordem dos cavaleiros romanos e também os governadores de certas províncias. É o mesmo título dado a Teófilo em Lc 1:3. A explicação do tribuno faz parecer que ele reconheceu a Paulo como romano antes de livrá-lo dos judeus (v. At 23:27). O versículo 28 sugere que o interrogatório diante do Sinédrio não foi um julgamento formal, mas uma investigação preliminar para determinar a natureza do caso. Lísias não faz referência, é claro, ao fato de quase ter açoitado Paulo.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 1 até o 35
    At 23:2

    Tenho andado diante de Deus com toda a boa consciência (At 23:1). Cfr. Fp 3:6. O sumo sacerdote Ananias (2). Este era filho de Nedebeu, político notoriamente inescrupuloso e avarento, e foi Sumo Sacerdote de 47 a 58 A.D. Deus há de ferir-te (3). Alguns viram o cumprimento destas palavras no assassínio de Ananias, em 66, por revoltosos nacionalistas. Contra a lei (3). A lei judaica presumia a inocência de alguém enquanto não fosse provada sua culpa. Não sabia... que ele é sumo sacerdote (5). "Não pensava que um homem que fala como este pudesse ser Sumo Sacerdote" -teria sido esse o sentido das palavras de Paulo? Não falarás mal de uma autoridade do teu povo (5). Citação de Êx 22:28. No tocante à esperança e à ressurreição dos mortos sou julgado (6). A ressurreição de Cristo, fundamento da esperança de Israel, segundo Paulo a considerava, ocupava lugar central no evangelho que ele pregava. Os saduceus declaram não haver ressurreição (8). Cfr. Mc 12:18 e passagens paralelas. Nem anjo, nem espírito (8). "O que eles rejeitavam era o desdobramento da doutrina dos dois reinos, com as respectivas hierarquias dos bons e dos maus espíritos" (T. W. Manson). Os fariseus admitem todas estas coisas (8), isto é, a ressurreição, os anjos e os espíritos.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 1 até o 35

    A confrontação

    E Paulo, olhando fixamente para o Conselho, disse: "Irmãos, eu vivi minha vida com um perfeitamente boa consciência diante de Deus até o dia de hoje." ( 23: 1 )

    Nunca um a ser intimidados ou se afastar um confronto, Paulo ficou por um momento olhando atentamente para o Conselho , antes de começar a falar. Olhando atentamente é de atenizō , que significa "para contemplar", "fixar os olhos no", ou "a olhar." Alguns viram isso como mais uma prova da má visão de Paulo; outros sugerem que ele estava olhando para ver quem podia reconhecer. Mas, mais importante, o olhar de Paulo foi um dos integridade consciente. Ele sabia que era inocente de qualquer delito, e ele tinha total confiança de que Deus estava com ele. Por causa disso, ele não se acovarda ou culpa.

    Paulo começou por abordá-los, surpreendentemente, como "irmãos" (o texto grego diz "homens, irmãos"). A maneira usual de se abordar o Sinédrio era "governantes e os anciãos do povo" ( At 4:8 ). Alguns podem ter sido alunos de Gamaliel junto com ele. Certamente muitos eram companheiros fariseus. Ele certamente trabalhou com alguns deles para erradicar a igreja cristã.Toda essa familiaridade com o Sinédrio o levou a abordá-los como iguais.

    Ainda mais desconcertante para o Sinédrio era audaz afirmação de Paulo "Eu vivi minha vida com um perfeitamente boa consciência diante de Deus até o dia de hoje." Como aqueles que o conheciam poderia atestar, de sempre ter sido motivado por um desejo de agradar a Deus (cf . 24:16 ; . Gl 1:14 ; . Fp 3:6. ). Mas ele faz isso com base apenas nos mais altos padrões de moralidade e conduta percebidos por esse indivíduo. É, portanto, nem a voz de Deus, nem infalível. Uma consciência Mal por verdade bíblica não necessariamente passar julgamentos precisos (cf. 1Co 4:4 ), uma consciência ferida ( 1Co 8:12. ), uma consciência contaminaram ( Tt 1:15 ), má consciência ( He 10:22. ) e, o pior de tudo, uma consciência cauterizada ( 1Tm 4:2. , 1Tm 1:19 ; He 13:18. ; 1Pe 3:16. , 1Pe 3:21 , uma consciência irrepreensível () At 24:16 ), e uma clara consciência ( 1Tm 3:9. ; He 10:22 ). Consciências dos cristãos, informados pelos padrões da Palavra de Deus, é capaz de avaliar com precisão suas ações. Os cristãos, portanto, precisam de reforçar as suas consciências constantemente expondo-os às verdades da Escritura. Paulo tinha uma tal consciência plena e justamente informado, e ele não estava acusando. (Para um estudo bíblico da consciência, ver John Macarthur, O Vanishing Conscience . [Dallas: Palavra, 1994)]

    O Conflito

    E o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na boca. Então Paulo disse-lhe: "Deus vai atacar você, parede caiada! E você sentar para me tentar de acordo com a Lei, e em violação da lei de ordem que eu seja ferido?" Mas os transeuntes disse: "Você ultrajar o sumo sacerdote de Deus?" E Paulo disse: "Eu não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote; porque está escrito: 'Você não deve falar mal de um governante de seu povo.'" ( 23: 2-5 )

    Indignado com afirmação ousada de Paulo de uma boa consciência, o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na boca. Ananias, filho de Nedebaeus, não deve ser confundido com o ex-sumo sacerdote Anás ( Lc 3:2 ).

    Enfurecida com violação ultrajante do Ananias da lei judaica, Paulo respondeu: "Deus vai atacar você, você caiada parede!" Ele pode ter se lembrado castigation dos fariseus de Jesus como "sepulcros caiados" ( Mt 23:27 ). A alusão mais provável, porém, é a denúncia de Ezequiel, dos falsos profetas, como paredes rebocadas por cima com cal, condenado a cair no dilúvio do julgamento divino ( 13 10:26-13:16'>Ez. 13 10:16 ).

    Uma vez que Paulo não tinha sequer sido formalmente acusado de um crime, muito menos condenado por um, ele não poderia legalmente ser derrotado. Ele furiosamente repreendido Ananias, pedindo-lhe,"você se sentar para me tentar de acordo com a Lei, e em violação da lei de ordem que eu seja ferido?" Paulo foi mais indignado com o desrespeito da lei do que com a dor infligida pela fundir-se.

    Alguns se perguntam como harmonizar linguagem forte de Paulo com sua declaração aos Coríntios que "quando somos injuriados, bendizemos" ( 1Co 4:12 ). Eles apontam, em contrapartida, a exemplo de Jesus, que "ao ser insultado, não revidava; enquanto que sofrem, não fazia ameaças" ( 1Pe 2:23. ). Quando Jesus foi atingido em violação da lei, Ele apenas perguntou: "Se falei mal, dá testemunho do mal; mas, se bem, por que me feres?" ( Jo 18:23 ).

    A resposta é, obviamente, que Paulo não era Jesus. Jesus era o Filho de Deus sem pecado. Paulo, enquanto que, sem dúvida, o homem mais piedosos que já viveu, ainda era um pecador. Ele descreveu vividamente a sua batalha com o pecado interior em Rm 7:1 , quando os judeus insultado e ridicularizado o cego a quem Jesus havia curado. Paulo usou em 1Co 4:12 para descrever o oposto de bênção. Pedro usou para descrever o abuso contra Jesus ( 1Pe 2:23 ). A forma substantiva aparece duas vezes no Novo Testamento, ambas as vezes em listas de vícios que caracterizam os incrédulos ( 1Co 5:11. ; 1Co 6:10 ). A forma adjetiva também aparece duas vezes no Novo Testamento. Primeira Timóteo 5:14 descreve injuriando como uma atividade de Satanás, enquanto 1Pe 3:9 ). "O sumo sacerdote está diante de Deus a abusar dele, especialmente no exercício de sua função, é uma blasfêmia." (H. Hanse, "loidoreō ", em Gerhard Kittel, ed,. Dicionário Teológico do Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1967], 4: 293-94).

    Sendo o homem humilde que ele era, Paulo imediatamente reconheceu o seu erro, exclamando: "Eu não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote; '. Você não deve falar mal de um governante de seu povo", pois está escrito: " Ele ofereceu apenas a desculpa da ignorância para a sua explosão, embora tenha sido provocada por ilegalmente ordenando-lhe que ser golpeado do sumo sacerdote. Ele rapidamente admitiu que ele havia violado proibição expressa de Deus contra caluniar uma régua ( Ex 22:28 ). Ele ainda citou a passagem, para mostrar seu respeito e submissão à Palavra de Deus. A reação de Paulo era a de um cristão maduro. Ele viu seu pecado em relação a como Deus santo era, não o quão ruim, o sumo sacerdote. E quando ele percebeu seu pecado, ele imediatamente confessou-lo e apresentado à autoridade das Escrituras. Os cristãos que, assim, lidar com o pecado em suas vidas vai salvar-se muito castigo (cf. 1Co 11:31 ).

    Os céticos têm encontrado incrível que Paulo não reconheceria o sumo sacerdote. Várias explicações de suas palavras "Eu não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote" têm sido oferecidos. Alguns vêem neles uma outra manifestação de má visão de Paulo, argumentando que ele não podia discernir quem falou. Outros sustentam que Paulo estava com tanta raiva que ele não parou para considerar a quem ele estava falando. Ainda outros acreditam Paulo falou ironicamente; desde Ananias não tinha agido como o sumo sacerdote, como deve Paulo teria reconhecido? Mas o mais simples, a explicação mais simples é levar as palavras de Paulo pelo valor de face. Desde que ele tinha raramente visitou Jerusalém nos últimos anos, ele provavelmente não sabia Ananias pela vista. Que esta não era uma convocação formal do Sinédrio, mas um encontro informal em algum lugar fora Fort Antonia, oferece mais apoio para este ponto de vista. Paulo teria reconhecido o sumo sacerdote que tinha sido vestindo seus altos vestes sacerdotais e sentado em sua sede oficial.

    Qualquer que seja a explicação para o seu fracasso em reconhecer o sumo sacerdote, Paulo não oferecê-lo como uma desculpa. Ao admitir o seu erro, Paulo aceitou a responsabilidade por suas palavras. Tal atitude humilde, não defensiva é a marca de um crente espiritual.

    A Conquest

    Mas percebendo que uma parte era de saduceus e outra de fariseus, Paulo começou a chorar no Conselho: "Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseu; estou sendo julgado por causa da esperança e ressurreição dos mortos!" E, como ele disse isto, houve dissensão entre os fariseus e saduceus; e o conjunto foi dividido. Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem todos eles. E levantou-se um grande alvoroço; e alguns dos escribas do partido dos fariseus se levantaram e começaram a discutir acalorAdãoente, dizendo: "Nós não encontrar nada de errado com este homem;? suponha que um espírito ou anjo lhe falou" E como um grande dissensão estava desenvolvendo, o comandante estava com medo Paulo seria despedaçado por eles e ordenou que as tropas de ir para baixo e levá-lo para longe deles pela força, e trazê-lo para o quartel. ( 23: 6-10 )

    Confronto de Paulo com o sumo sacerdote o convenceu de que ele não receberia um julgamento justo a partir do Sinédrio. Assim, percebendo que uma parte era de saduceus e outra de fariseus, Paulo começou a chorar no Conselho: "Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseu; estou sendo julgado por causa da esperança e ressurreição dos mortos!" Como anteriormente observou, duas principais facções religiosas dominaram o Sinédrio: os saduceus e os . fariseus Essas duas facções eram socialmente, politicamente e teologicamente em desacordo com o outro.

    Sendo ele próprio filho de fariseus, Paulo apelou a eles para apoio. Ele gritou: "Estou sendo julgado por causa da esperança e ressurreição dos mortos!" A ressurreição de Jesus Cristo é a verdade central do cristianismo. Paulo afirmou que a questão era sua crença e de D.C que a verdade (cf. 24:21 ). A crença na ressurreição era comumente realizada pelos cristãos e fariseus contra os saduceus.

    O apelo de Paulo espalharam em chamas as fumegantes tensões teológicas entre os saduceus e fariseus. Lucas observa que quando ele disse isso houve dissensão entre os fariseus e saduceus; . e o conjunto foi dividido Para o benefício de seus leitores que desconheciam as distinções entre os dois grupos, Lucas resume-los brevemente. Os saduceus, explica ele, dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem todos eles. Os saduceus aceito apenas o Pentateuco como autoritário. Eles rejeitaram qualquer conceito de vida após a morte (cf. Mt 22:1 )

    Mais tarde, em II Coríntios, Paulo pôde escrever que ele era cheio de conforto ( 7: 4 ), porque Deus conforta o deprimido ( 7: 6 ).

    O Senhor também elogiou Paulo, lembrando-o de ter testemunhado solenemente a Minha causa em Jerusalém. Paulo tinha completado com sucesso a tarefa que o Senhor lhe tinha dado naquela cidade.

    Finalmente, o Senhor deu Paulo esperança. Ele prometeu-lhe que a sua vida não terminaria em Jerusalém, mas que ele seria concedido o seu desejo ( Rom. 1: 9-11 ; Rm 15:23 ), para testemunhar também em Roma. Essa promessa graciosa sustentada Paulo durante as muitas provações ele iria aguentar antes de chegar lá.

    47. Proteção Providencial ( Atos 23:12-35 )

    E, quando já era dia, os judeus formaram uma conspiração e amarraram-se sob juramento, dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo. E havia mais de quarenta os que formaram esta trama. E vieram ter com os principais sacerdotes e os anciãos, e disse: "Nós mesmos temos vinculado sob um juramento solene a nada provarmos até que matemos a Paulo. Agora, portanto, você e ao Conselho notificar o comandante para derrubá-lo para você, como se estivesse indo para determinar o seu caso por uma investigação mais aprofundada, e nós, pela nossa parte estamos prontos para matá-lo antes que ele chegue ao lugar ". Mas o filho da irmã de Paulo, tendo ouvido de sua emboscada, e ele veio e entrou no quartel e disse Paulo. E Paulo chamou um dos centuriões para ele e disse: "Conduza este moço ao comandante, porque tem alguma coisa que lhe comunicar." Assim, tomando-o e levou-o ao comandante e disse: "O preso Paulo, chamou-me a ele e me pediu para levar este jovem a você uma vez que ele tem algo a lhe dizer." E o comandante tomou-o pela mão e andando de lado, começou a inquiri-lhe em particular: "O que é que você tem que reportar a mim?" E ele disse: "Os judeus concordaram em pedir-lhe para trazer Paulo para baixo amanhã ao Conselho, como se estivessem indo para saber um pouco mais a fundo sobre ele. Portanto, não ouvi-los, por mais de quarenta deles estão mentindo em esperar por ele os quais juraram sob pena de maldição a não comer nem beber até que eles matá-lo, e agora eles estão prontos e esperando a promessa de você ". Por isso, o comandante deixou o jovem ir, instruindo-o, "Não diga a ninguém que você me notificado dessas coisas." E ele o chamou dois dos centuriões, disse: "Levanta duzentos soldados prontos até a terceira hora da noite para avançar para Cesaréia, com setenta cavaleiros e duzentos lanceiros". Eles também foram para fornecer montagens de colocar Paulo on e trazê-lo em segurança ao governador Félix. E ele escreveu uma carta com esta forma:
    "Cláudio Lísias, ao excelentíssimo governador Félix, saudações. Quando este homem foi preso pelos judeus e estava prestes a ser morto por eles, deparei-me com eles com as tropas e livrei ao saber que era romano. E querer conhecer a carga para a qual foram acusando-o, eu o trouxe para baixo a seu Conselho, e eu achei que ele fosse acusado sobre questões sobre a sua Lei, mas sob nenhuma acusação digna de morte ou prisão E quando fui informado que não iria. ser uma conspiração contra o homem, eu o mandei para você de uma vez, também instruindo seus acusadores para trazer acusações contra ele antes de você. "

    Então os soldados, de acordo com as suas ordens, tomando a Paulo, o levaram de noite a Antipátride. Mas no dia seguinte, deixando aos de cavalo irem com ele, voltaram para o quartel. E quando estes vieram a Cesaréia e entregaram a carta ao governador, eles também apresentaram Paulo para ele. E quando ele tinha lê-lo, ele perguntou de que província ele era; e quando soube que era da Cilícia, disse: "Eu vou dar-lhe uma audiência depois que seus acusadores chegar também", dando ordens para que ele fosse mantido no pretório de Herodes. ( 23: 12-35 )

    Essa passagem encontra Paulo em circunstâncias difíceis. Ele foi acusado falsamente, espancados, detidos, presos, e conspiraram contra. No entanto, Deus vai livrá-lo-não por um milagre sobrenatural, mas pela Sua ordenação providencial de circunstâncias.
    A situação de Paulo de perto assemelha a de um outro homem de Deus, Davi. Ele, também, foi tratado de forma injusta e conspiraram contra-só para experimentar repetidamente libertação providencial de Deus.

    Davi aparece pela primeira vez no registro bíblico em I Samuel 16 , quando ele foi ungido rei em lugar de Saul o desobediente. Muitos anos iria decorrer, no entanto, antes que ele começou a sua regra.Durante grande parte desse tempo Davi era um fora da lei caçado, perseguido pelo rei ciúme doentio que ele havia servido lealmente.

    Associação de Davi com Saul começou quando ele foi providencialmente escolhido como músico da corte ( 1 Sam. 16: 14-18 ). Sua harpa hábil trouxe conforto ao rei atormentado. Como resultado, Saul amava Davi muito e fez dele seu escudeiro ( 1Sm 16:21 ). Logo depois, Davi resgatado Saul e Israel de seus inimigos perenes os filisteus. Sem medo de aceitar o desafio de seu campeão, o gigante Golias, Davi matou em combate singular ( 1 Sam. 17: 17-51 ). Os filisteus consternados foram então encaminhados pelos israelitas ( 1Sm 17:52 ). Saul recompensado Davi, fazendo-o comandante do exército ( 18: 5 ).

    Mas a admiração de Saul para Davi logo se transformou em desconfiança e ciúme quando Davi recebeu aclamação maior do que ele fez ( 1 Sam. 18: 6-9 ). Para o resto de sua vida, Saul procurou, sem sucesso, para matá-lo. Depois de não conseguir matá-lo pessoalmente ( 1 Sam. 18: 10-11 ), Saul rebaixado ele eo baniu do palácio. Ele esperava que Davi iria morrer em batalha contra os filisteus ( 1Sm 18:17 , 1Sm 18:21 ), mas habilidade e triunfo de Davi na batalha ele ganhou ainda mais alto estima ( 1Sm 18:30 ).

    Saul então ordenou aos seus servos para matar Davi ( 1Sm 19:1 ) (, sua filha Mical . 1 Sam 19:11-17 ), e seu mentor Samuel ( 1 Sam. 19: 18-24 ) salvou a vida de Davi. Mas a partir de então até a morte de Saul na batalha contra os filisteus, Davi era um fugitivo caçado. Durante todo esse período difícil e perigosa, Davi permaneceu fiel a Saul ( 1Sm 24:2. , 24 —28 ; 28: 1-2 ; 29: 1-11 ).

    A morte de Saul não terminou problemas de Davi. As tribos do norte o rejeitou como rei em favor do filho Isbosete de Saul ( 2 Sam. 2: 8-9 ). Foram necessários vários anos de guerra civil para Davi para unir a nação inteira sob seu domínio. E mesmo depois de sua ascensão ao trono, ele enfrentou outras dificuldades graves. No traição mais comovente, seu filho Absalão liderou uma revolta contra ele em que seu conselheiro confiável, Aitofel, e seu sobrinho Amasa estavam envolvidos. Mal que revolta foi colocado para baixo do que o outro quebrou out ( 2Sm 20:1 )

    Esse salmo expressou confiança de Davi em cuidado de Deus para ele, apesar da opressão agressiva dos homens. Paulo também tinha experimentado recentemente circunstâncias difíceis. Sua tentativa de conciliar os judeus cristãos em Jerusalém ( 21: 20ff .) tinha terminado em um motim e um em que ele quase foi morto. Sua tentativa de se defender diante de uma multidão enfurecida que lhe prenderam no templo também terminou em um motim ( 21: 27ff .). Sua aparição antes da mais alta corte judaica havia terminado em caos. E, apesar de acusado de nenhum crime, Paulo permaneceu sob a custódia dos romanos.

    Como ele tinha em tempos passados ​​de desânimo ( 18: 9 ; 22: 17-21 ), o próprio Senhor apareceu a Paulo ( 23:11 ) para consolá-lo, elogiá-lo e dar-lhe esperança. Ele prometeu a Paulo que ele não seria morto em Jerusalém, mas viveria para testemunhar um dia em Roma. O Senhor fortaleceu ainda mais a esperança de Paulo em que a promessa pela providencial entregando-o a partir de um complô para assassiná-lo.

    Esta passagem narrativa não contém verdades doutrinárias ou exortações práticas; ela apenas relata um acontecimento na vida de Paulo. No entanto, nenhuma passagem da Escritura poderia ilustrar de forma mais clara a providência de Deus.

    A providência de Deus é o Seu controle soberano sobre e ordenação de circunstâncias naturais para realizar a Sua vontade. Ele também é ilustrado claramente no Antigo Testamento, no livro de Ester, onde Deus providencialmente protegidos Seu povo, Israel, de seus inimigos destrutivos. A providência de Deus está por trás dessas passagens familiares e reconfortante como Filipenses 4:5-7 ; He 13:6 .

    Dramática libertação de Deus, providencial de Paulo se desenrola em três cenas: o enredo formulado, descobriu, e frustrado.

    A trama Formulado

    E, quando já era dia, os judeus formaram uma conspiração e amarraram-se sob juramento, dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo. E havia mais de quarenta os que formaram esta trama. E vieram ter com os principais sacerdotes e os anciãos, e disse: "Nós mesmos temos vinculado sob um juramento solene a nada provarmos até que matemos a Paulo. Agora, portanto, você e ao Conselho notificar o comandante para derrubá-lo para você, como se estivesse indo para determinar o seu caso por uma investigação mais aprofundada, e nós, pela nossa parte estamos prontos para matá-lo antes que ele chegue ao lugar ". ( 23: 12-15 )

    dia após o aparecimento de Paulo perante o Sinédrio, alguns judeus, frustrados ao ver Paulo escapar com vida, formulou um plano para assassiná-lo. Eles amarraram-se sob juramento, dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo. Esse juramento mostrou a seriedade das suas intenções. O texto grego diz: "Eles anatematizou si mesmos" (cf. Gl 1:8 ), invocando, assim, o julgamento divino, se eles não conseguiram realizar o seu juramento. Eles provavelmente falou palavras para o efeito de "Que Deus fazê-lo para nós e mais se comer ou beber qualquer coisa até que Paulo está morto" (cf. 1Sm 14:44. ; 2Sm 3:352Sm 3:35. ; 2Sm 19:13 ; 1Rs 2:231Rs 2:23 ; 2Rs 6:312Rs 6:31 ).

    A cena é tragicamente que lembra a morte de Jesus. Jesus e Paulo eram judeus, os pregadores do evangelho para o seu povo, e culpado de nenhum crime. No entanto, ambos foram desenhados contra, ambos estavam diante de um Sinédrio confuso, e ambos foram presos em Fort Antonia. Paulo verdadeiramente compartilhada na "comunhão dos seus sofrimentos" ( Fp 3:10. ; cf. Gl 6:17. ).

    Por que os judeus reagem com hostilidade violenta para alguém que não havia cometido nenhum delito contra a lei judaica, que os amava, e que proclamou a eles a salvação através do Messias, Jesus Cristo?Paulo deu a resposta em 2Co 4:4 , 7-9 ). Ele continuou no jardim, quando ele tentou Adão e Eva. Sua desobediência então levou a raça humana em pecado.Determinado a frustrar o plano redentor de Deus (cf. Gn 3:15 ), Satanás tentou em vão destruir a nação de Messias, sua linha, e, finalmente, próprio Messias. Mas ele estava completamente derrotado por obra salvadora de Cristo na cruz e ressurreição triunfante. Desde então, ele tem trabalhado para calar os pregadores do evangelho. Os conspiradores foram enganados por Satanás, dispostos a ser usado para abafar o evangelho salvador, matando o pregador cristão mais eficaz.

    Lucas relata que havia mais de quarenta que formou este enredo. Eles sabiam que não podiam depender dos romanos para executar Paulo, já que não houve crime capital com o qual a acusá-lo. Nem eles ousam arriscar outro discurso de Paulo, temendo que ele poderia influenciar a opinião pública a seu lado. Por isso, eles decidiram tomar o assunto em suas próprias mãos. Mais de quarenta homens eram necessários, porque Paulo seria fortemente guardado por soldados romanos. Que muitos dos conspiradores, sem dúvida, ser morto durante o tumulto fala de seu fanatismo (cf. Jo 16:2 , At 9:29 ; At 20:3 ), Paulo imediatamente chamou um dos centuriões para ele e disse: "Conduza este moço ao comandante, porque tem alguma coisa para relatar a ele ".

    O centurião levou o sobrinho de Paulo e levou-o ao comandante e disse: "O preso Paulo (cf. Ef 3:1 ; 2Co 1:182Co 1:18. ; 2Ts 3:3 Ts 3: 3. ). O primeiro passo nessa direção ocorreu um dia após a promessa de Deus para trazer Paulo a Roma. Ele também mostrou Seu cuidado por Paulo soberanamente proporcionando uma viagem segura e confortável para Cesaréia e proporcionando o melhor de acomodações quando ele chegou lá. Paulo experimentou a verdade expressa por Pedro: "Lançando toda a sua ansiedade sobre Ele, porque Ele tem cuidado de vós" ( 1 Ped. 5: 7 ).


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 1 até o 35

    Atos 23

    A estratégia de Paulo — At 23:1-10

    Na conduta de Paulo perante o Sinédrio encontramos certa audácia temerária; agiu como um homem que estava queimando todas as suas possibilidades e sabia. Até o começo foi um desafio. Irmãos, diz, e com esta palavra fica em pé de igualdade com o tribunal; porque a maneira formal de dirigir-se ao Sinédrio era a seguinte: "Príncipes do povo e anciãos de Israel".

    Quando o sumo sacerdote ordenou golpear a Paulo ele mesmo estava transgredindo a Lei. Esta dizia: "Aquele que bate num israelita na bochecha, está golpeando a glória de Deus". "Aquele que bate num homem está batendo no Santo". De modo que Paulo reage chamando-o parede branqueada. Se um israelita tocasse um cadáver incorria em impureza cerimoniosa; portanto era costume branquear as tumbas para que ninguém as tocasse por equívoco.

    De modo que Paulo em efeito está chamando o sumo sacerdote tumba branqueada. Em realidade se considerava um crime insultar a um dos príncipes do povo (Ex 22:28). Paulo sabia perfeitamente bem que Ananias era o sumo sacerdote. Mas este Ananias era um personagem notório. Era-o por ser glutão, estelionatário, ladrão, voraz e traidor a serviço dos romanos. Em realidade a resposta de Paulo foi a seguinte: "Esse homem que se senta ali, jamais imaginei que tal homem podia ser o sumo sacerdote de Israel".

    E depois Paulo disse algo que sabia que causaria uma comoção no Sinédrio. Neste tribunal havia fariseus e saduceus. Estes tinham crenças opostas. Os fariseus criam nas minúcias da Lei oral; os saduceus só aceitavam a Lei escrita. Os fariseus criam no destino e na predestinação; os saduceus no livre-arbítrio. Os fariseus criam em anjos e espíritos; os saduceus não. E acima de tudo, os fariseus criam na ressurreição dos mortos; e os saduceus não. De modo que Paulo sustenta ser um fariseu e que é julgado por sua esperança da ressurreição dos mortos. O resultado foi que o Sinédrio se dividiu; e durante a violenta e destruidora discussão que prosseguiu, Paulo quase perde a vida. Para salvá-lo o comandante teve que levá-lo novamente aos quartéis. Se Paulo tiver que desaparecer, ele o fará lutando até o fim.

    DESCOBRE-SE UMA CONSPIRAÇÃO

    Atos 23:11-24

    Aqui vemos duas coisas. Primeiro, observamos até onde podiam chegar os judeus para eliminar a Paulo. Sob certas circunstâncias os judeus consideravam justificável o assassinato. Se um homem se convertia em um perigo público para a moral e a vida, consideravam que era legítimo eliminá-lo como pudessem. De modo que quarenta homens fizeram uma promessa. Seu voto se chamava querem. Quando um homem se comprometia a ele dizia: "Que Deus me amaldiçoe se fracasso nisto". Estes homens prometeram não comer nem beber e ficar sob a maldição de Deus até assassinarem a Paulo. Mas felizmente este plano foi descoberto graças à ação do sobrinho de Paulo.

    Segundo, vemos até onde está disposto a chegar o governo romano para administrar uma justiça imparcial. Paulo era um prisioneiro; era um homem acusado de determinada coisa; mas era um cidadão romano e portanto o comandante mobilizou um pequeno exército para que levassem a Paulo a salvo a Cesaréia, onde seria julgado por Félix. É estranho observar como o ódio histérico e fanático dos judeus — os escolhidos de Deus — contrasta com a justiça fria e imparcial do comandante romano e pagão aos olhos dos judeus.

    A CARTA DO CAPITÃO

    Atos 23:25-35

    A sede do governo romano não estava em Jerusalém a não ser em Cesaréia. O Pretório era a residência do governador; e o pretório de Cesaréia era um palácio construído por Herodes, o Grande. De modo que Cláudio Lísias escreveu esta carta, mais uma vez absolutamente justo e completamente imparcial, e partiu a comitiva. De Jerusalém a Cesaréia havia mais de noventa quilômetros; Antipátride estava a uns trinta e oito quilômetros de Cesaréia. Até Antipátride a região era muito perigosa e estava habitada por judeus; mais adiante a região era aberta e plaina, muito pouco apropriada para emboscadas e estava habitada em grande parte por gentios. De modo que em Antipátride o corpo principal das tropas retornou e só ficou a cavalaria como escolta suficiente.

    O nome do governador romano perante o qual Paulo devia apresentar-se era Félix, e esse nome se converteu em um apelido. Por cinco anos governou a Judéia e dois anos antes foi destinado a Samaria; faltavam ainda dois anos para deixar o seu posto. Nasceu escravo. Seu irmão, Palas, era favorito de Nero. Por seu influência, Félix veio a ser em primeiro lugar liberto, e depois governador. Era o primeiro escravo na história que tinha chegado a ser governador de uma província romana.

    Tácito, o historiador romano, disse a respeito dele: "Exercia os privilégios de um rei com o espírito de um escravo". Casou-se com três princesas sucessivamente. Não se conhece o nome da primeira; a segunda era neta do Antônio e Cleópatra; a terceira era Drusila, a filha de Herodes Agripa I. Era completamente inescrupuloso e capaz de alugar valentões para assassinar a seus partidários mais próximos. Esta era a pessoa que Paulo teria que enfrentar em Cesaréia.


    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Atos Capítulo 23 versículo 26
    Cláudio Lísias a Sua Excelência, o governador Félix. Saudações!: Na antiguidade, era costume usar esse tipo de introdução nas cartas. Primeiro, se identificava o autor da carta, depois para quem era a carta e então se incluía a palavra grega khaíro, que era um cumprimento comum. Essa palavra significa literalmente “alegrar-se” e passa a seguinte ideia: “Que tudo esteja bem com você.” Ela aparece com frequência em cartas não bíblicas escritas em papiro. Neste versículo, a palavra khaíro pode ser corretamente traduzida como “Saudações!” Outros textos que contêm introduções parecidas são At 15:23 e Tg 1:1. — Veja a nota de estudo em At 15:23.


    Dicionário

    Cláudio

    Nome Latim - Significado: Coxo.

    Foi o quarto imperador de Roma, governando o império desde o ano 41 a 54 (d.C.). Ele deu a Agripa toda a Judéia, e a seu irmão Herodes o reino de Cálcis. Pôs fim à disputa que havia entre os judeus e os alexandrinos, dando força aos primeiros na liberdade de Alexandria e no livre exercício da sua religião e leis, mas não lhes permitindo que eles convocassem assembléias em Roma. Morto o rei Agripa no ano 44, foi novamente reduzido o reino da Judéia a província romana, e para ali foi mandado Cúspio Fado como governador. Foi por este tempo que houve aquela fome, predita pelo profeta Agabo (At 11:28). No ano 49 publicou Cláudio um decreto, pelo qual todos os judeus seriam expulsos de Roma (At 18:2). E a causa desta ordem foram, segundo relata Suetônio, os freqüentes motins a que se entregavam os israelitas, instigados por um certo ‘Cresto’. Se, como é possível, há nas palavras daquele historiador confusão de Chrestus com Christus, a causa dos tumultos pode ter sido a oposição judaica aos cristãos de Roma. É duvidoso se o decreto foi em algum tempo inteiramente cumprido. (*veja Cristão.)

    1. Quarto imperador romano (41 a 54 d.C.). Foi sucessor de Calígula, que o nomeara cônsul. Calígula ofendeu profundamente os judeus, pois mandou colocar uma estátua dele no Templo de Jerusalém. Cláudio, contudo, desenvolveu uma política mais aberta para com as diferentes religiões dos povos do império. Herodes Agripa, por exemplo, foi nomeado governador de uma grande área, em retribuição aos seus favores.

    Cláudio é citado duas vezes no NT. Em Atos 11:28, Lucas estabeleceu o cumprimento histórico da profecia de Ágabo sobre um tempo de severa fome no mundo romano, ao citar que o fato ocorreu durante o reinado de Cláudio. Em Atos 18:2 lemos sobre o encontro de Paulo com Priscila e Áqüila, em Corinto. O casal tinha chegado recentemente de Roma, porque “Cláudio tinha mandado que todos os judeus saíssem de Roma”. Embora ele fosse favorável aos judeus em qualquer outro lugar, parece que o grande número deles em Roma causara problemas e, em 49 d.C., ou foram expulsos ou proibidos de se reunir.

    2. Cláudio Lísias, tribuno romano, comandante do destacamento de Jerusalém na época da prisão de Paulo (At 23:26). Talvez falasse grego e inicialmente parecia não saber nada sobre a disputa entre Paulo e os judeus (At 21:34-38); contudo, permitiu que o apóstolo se dirigisse à multidão, até o momento em que este falou sobre sua comissão de pregar o Evangelho aos gentios e a multidão enfurecida pediu sua morte. Na conversa que se seguiu, Cláudio revelou ter comprado sua cidadania romana, enquanto Paulo a tinha por direito de nascimento. Depois da prisão do apóstolo, alguns judeus planejaram matá-lo, pelo que Cláudio resolveu mandá-lo sob guarda para ser julgado pelo governador Félix, em Cesaréia. A carta que escreveu ao representante romano (At 23:26-30) era sincera e indicava seu desejo de ver a justiça feita de maneira apropriada. P.D.G.


    Cláudio
    1) Imperador romano (41 a 54 d.C.) que expulsou os judeus de Roma (At 18:2)

    2) Cláudio Lísias, comandante romano fixado em Jerusalém. Ele enviou Paulo a Cesaréia (At 23:26).

    Nome Latim - Significado: Coxo.

    Félix

    Nome Latim - Significado: Feliz.

    Antônio Félix foi governador da Judéia no tempo dos apóstolos, desde o ano 52 a 58 A.D. Ele tinha a sua residência em Cesaréia, quando Paulo foi levado a salvo por uma escolta de soldados romanos (At 23:26-27 – 24.1). o Apóstolo proferiu um notável discurso perante o governador e sua mulher Drusila. Por causa de sua crueldade e mau governo, foi chamado a Roma, talvez em 58 d.C. (não mais tarde que o ano 60), e por pouco se livrou de ser castigado pelo imperador. Foi para ser agradável aos judeus que, segundo ele sabia, o queriam acusar perante o imperador, que Félix deixou S. Paulo na prisão por dois anos.

    (Lat. “feliz”). O “governador Félix” era o procurador romano da Judéia de 52 a 58 d.C. Chama nossa atenção Atos 23:23-24:27, pois foi diante dele, em Cesaréia, que Paulo enfrentou seu primeiro julgamento, por causa da fé cristã que o apóstolo defendia. Félix fora nomeado pelo imperador Cláudio e mais tarde foi chamado a Roma por Nero.

    Esta provação de Paulo começou em Atos 21, quando voltava de Éfeso para Jerusalém. Logo foi acossado por alguns judeus procedentes da Ásia, que o acusaram de suscitar antagonismo contra o judaísmo. Criou-se um tumulto, durante o qual o apóstolo foi capturado pela multidão, que ameaçava matá-lo (At 21:31). O destacamento romano na cidade interferiu e os soldados protegeram Paulo. Atos 22 então narra como o apóstolo foi autorizado pelo comandante romano a dirigir-se à multidão e falar sobre a fé cristã. O povo ouviu em silêncio até que ele mencionou sua missão de pregar o Evangelho aos gentios (At 22:22). Isso fazia parte da acusação contra ele, que estava pronto a levar os “incircuncisos” para dentro do Templo (At 21:28). A fim de protegê-lo, o comandante romano, chamado Cláudio Lísias (At 23:26), levou-o preso sob custódia.

    Paulo apelou para sua cidadania romana, o que o protegeu de ser açoitado e também deu-lhe direito a uma proteção adicional, quando foi levado para ser julgado pelo Sinédrio (At 23). Depois dessa audiência, alguns judeus planejaram matar o apóstolo, quando fosse levado novamente diante do Supremo Tribunal. O comandante romano então decidiu enviá-lo para Cesaréia, para ser julgado diante de Félix.

    O sumo sacerdote e mais alguns judeus levaram suas acusações contra Paulo diante de Félix, o qual permitiu que ele fizesse sua própria defesa. O julgamento durou vários dias. A Bíblia diz que Félix “era bem informado acerca do Caminho” (At 24:22). Ele ouviu, juntamente com sua esposa judia Drusila, enquanto o apóstolo falava sobre a fé em Cristo, “discorrendo ele sobre a justiça, o domínio próprio e juízo vindouro” (24:25). Félix ficou “apavorado”, talvez devido à ideia do juízo vindouro. Retardou ao máximo o julgamento, na esperança de receber algum suborno para liberar Paulo (24:26).

    Esse menosprezo pela lei talvez fosse uma característica de Félix, mencionado tanto por Josefo como por Tácito, que o consideravam um governador abominável e extremamente cruel. Manteve Paulo em algum tipo de prisão domiciliar por dois anos, embora aparentemente as condições de vida do apóstolo fossem bem favoráveis. Durante esse tempo, o apóstolo e Félix tiveram conversas regulares (At 24:26-27). Paulo ainda estava preso quando Félix foi substituído por Pórcio Festo (At 24:27).

    Esse tempo de prisão sob o governo de Félix aparentemente trouxe pouquíssimo benefício na continuação do ministério de Paulo. Foi, entretanto, o primeiro estágio nos procedimentos legais que no final permitiriam que testemunhasse de Cristo na própria cidade de Roma. Fica muito claro, nestes capítulos, que tudo isso era parte do plano de Deus (cf. At 21:11; At 27:24). P.D.G.


    Félix [Feliz] - GOVERNADOR romano da Judéia, de 52 a 60 d.C. Era cruel e perverso. Casou-se com DRUSILA. Paulo foi preso durante a sua administração (At 23:24—25:) 14).

    Governador

    Governador Nos evangelhos e no Livro dos At, o termo designa o funcionário da administração romana encarregado de uma província. Não deve ser confundido com o procônsul — título que especifica os legados (províncias senatoriais), prefeitos ou procuradores como Quirino ou Pilatos (Mt 10:18; 27,2-28.14; Lc 2:2; 3,1; 20,20).

    C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, Los esenios...; C. Saulnier e B. Rolland, Palestina en tiempos de Jesús, Estella 1983; J. Comby e J. P. Lémonon, Roma frente a Jerusalén, Estella 101994.


    substantivo masculino Aquele a quem se confia o governo de alguma colônia, região etc.
    [Brasil] Chefe do poder executivo de cada um dos Estados da Federação.
    Diretor ou membro da junta governativa de um grande estabelecimento financeiro público: governador do Fundo Monetário Internacional.

    Governador Aquele que governa um país ou uma PROVÍNCIA como representante do rei (Gn 42:6); (Dn 2:48); (Mt 27:2).

    substantivo masculino Aquele a quem se confia o governo de alguma colônia, região etc.
    [Brasil] Chefe do poder executivo de cada um dos Estados da Federação.
    Diretor ou membro da junta governativa de um grande estabelecimento financeiro público: governador do Fundo Monetário Internacional.

    Lísias

    aquele que liberta

    Veja Cláudio Lísias. Este tribuno romano comandava o destacamento de Jerusalém na época em que Paulo foi preso (At 23:26). Mais tarde, durante o julgamento do apóstolo perante Félix, as audiências foram adiadas até que Lísias chegasse (At 24:22).


    Lísias V. CLÁUDIO 2, (At 23:26).

    Saúde

    substantivo feminino Estado do organismo que está em equilíbrio com o ambiente, mantendo as condições necessárias para dar continuidade à vida.
    Estado habitual de equilíbrio mental, físico e psicológico.
    Condição de são, de quem está saudável: boa saúde.
    Demonstração de força; vigor, robustez.
    interjeição Saudação que se faz bebendo à saúde de alguém; brinde.
    Expressão que se diz após alguém espirrar.
    expressão Vender saúde. Ter uma saúde excelente.
    Casa de saúde. Estabelecimento hospitalar; hospital.
    Etimologia (origem da palavra saúde). Do latim salute, salvação.

    A suprema saúde [...] é [...] aquela de que goza todo ser, em perfeito estado de equilíbrio e funcionamento do corpo e da alma.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 9

    Segundo a Organização Mundial de Saúde, o conceito de saúde deve incluir um completo bem-estar físico, mental e social. Com tal abrangência fica difícil a delimitação dos conceitos de saúde e doença. Convém antecipar aqui que, com o Espiritismo, tal conceito ganha uma nova dimensão, que se vem agregar às anteriormente citadas, ou seja, a dimensão espiritual, o que aumenta enormemente a complexidade do tema. É conveniente repisar aqui o caráter científico da Doutrina Espírita, que de modo algum abdica dos modernos avanços da Anatomia, da Fisiologia, da Bioquímica, da Patologia Geral e da Psicopatologia em particular, passando, pois, necessariamente pelos campos da Psiquiatria, da Psicologia, da Antropologia, da Psicofarmacologia etc. etc. [...]
    Referencia: BALDUINO, Leopoldo• Psiquiatria e mediunismo• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1995• - cap• 8

    A saúde é compromisso de alta relevância e responsabilidade ainda mal conduzida por aqueles que a desfrutam e menoscabando-a, perdem-na, a fim de se afadigarem pela sua recuperação mais demorada e mais difícil.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 26

    [...] instrumento de realizações sublimes, que nos foi dada para que realizemos a nossa romagem terrestre a coberto dos assaltos microbianos e dos germens patogênicos [...].
    Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    Diz-se ter boa saúde aquele que tem em funcionamento normal todos os implementos do corpo.
    Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - Mediunidade e saúde

    [...] a saúde do corpo é reflexo da har-monia espiritual [...].[...] porque a saúde, na essência, é har-monia de vibrações.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Saúde

    É questão de equilíbrio vibracional, de conformação de freqüências. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Mentalismo

    Saúde é o pensamento em harmonia com a Lei de Deus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38

    [...] A saúde humana é dos mais preciosos dons divinos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] A saúde humana é patrimônio divino e o médico é sacerdote dela. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Κλαύδιος Λυσίας κράτιστος ἡγεμών Φῆλιξ χαίρω
    Atos 23: 26 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Cláudio Lísias, ao excelentíssimo governador Félix, saudações!
    Atos 23: 26 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    59 d.C.
    G2232
    hēgemṓn
    ἡγεμών
    semear, espalhar semente
    (yielding)
    Verbo
    G2804
    Klaúdios
    Κλαύδιος
    C. César, nome do quarto imperador romano, que veio ao poder em 41 d
    (Claudius)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2903
    krátistos
    κράτιστος
    o mais poderoso, o mais forte, o mais nobre, o mais ilustre, o mais excelente
    (most excellent)
    Adjetivo - vocativo masculino singular - superlativo
    G3079
    Lysías
    Λυσίας
    filho de Josias e o antepenúltimo rei de Judá; tornou-se vassalo de Nabucodonosor e
    (to Jehoiakim)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G5344
    Phēlix
    Φῆλιξ
    furar, perfurar, abrir, determinar
    (Appoint me)
    Verbo
    G5463
    chaírō
    χαίρω
    (Peal) fechar
    (and has shut)
    Verbo


    ἡγεμών


    (G2232)
    hēgemṓn (hayg-em-ohn')

    2232 ηγεμων hegemon

    de 2233; n m

    1. qualquer líder, guia, governador, prefeito, presidente, chefe, general, comandante, soberano
      1. um “legatus Caesaris”, um oficial que administra uma província em nome e com a autoridade do imperador romano
        1. governador de uma província
      2. procurador, oficial vinculado a um procônsul ou a um proprietário e a cargo do fisco imperial
        1. em causas relacionadas a estes impostos, ele administrava a justiça. Também nas províncias menores, que eram por assim dizer apêndice das maiores, desempenhava as funções de governador da província. Tal era a relação do procurador da Judéia com o governador da Síria.
      3. primeiro, líder, chefe
      4. de uma cidade principal, tal como a capital da região

    Κλαύδιος


    (G2804)
    Klaúdios (klow'-dee-os)

    2804 Κλαυδιος Klaudios

    de origem latina; n pr m Cláudio = “coxo”

    C. César, nome do quarto imperador romano, que veio ao poder em 41 d.C. e foi envenenado pela sua esposa Agripina em 54 d.C.

    C. Lísias, tribuno da coorte de Roma que resgatou Paulo das mãos do povo em Jerusalém


    κράτιστος


    (G2903)
    krátistos (krat'-is-tos)

    2903 κρατιστος kratistos

    superlativo de um derivado de 2904; adj

    1. o mais poderoso, o mais forte, o mais nobre, o mais ilustre, o mais excelente
      1. usado ao dirigir-se a homens de posto ou ofício proeminente

    Λυσίας


    (G3079)
    Lysías (loo-see'-as)

    3079 λυσιας Lusias

    de afinidade incerta; n pr m Lísias = “o que liberta”

    1. tribuno ou quiliarco da corte romana


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    Φῆλιξ


    (G5344)
    Phēlix (fay'-lix)

    5344 φηλιξ Phelix

    de origem latina; n pr m Félix = “feliz”

    1. procurador romano da Judéia, nomeado pelo imperador Cláudio em 53 d.C. Governou a província de um modo cruel e corrupto. Seu período de governo foi repleto de conflitos e sedições. Paulo foi trazido diante de Félix na Cesaréia. Colocou-o na prisão, e o manteve lá por dois anos na esperança de extorquir dinheiro dele. At 24:26-27. No fim daquele tempo, Pórcio Festo foi nomeado para substituir Félix, que, no seu retorno a Roma, foi acusado pelos judeus da Cesaréia, e teria sofrido as conseqüências das suas atrocidades, não tivesse seu irmão Pallas convencido o imperador Nero a poupá-lo. A esposa de Félix era Drusila, filha de Herodes Agripa I, que era sua terceira esposa e a quem ele persuadiu a deixar seu marido e casar-se com ele.

    χαίρω


    (G5463)
    chaírō (khah'-ee-ro)

    5463 χαιρω chairo

    verbo primário; TDNT - 9:359,1298; v

    regozijar-se, estar contente

    ficar extremamente alegre

    1. estar bem, ter sucesso
    2. em cumprimentos, saudação!
    3. no começo das cartas: fazer saudação, saudar