Enciclopédia de Atos 6:8-8

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 6: 8

Versão Versículo
ARA Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
ARC E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
TB Estêvão, cheio de graça e poder, fazia grandes prodígios e milagres entre o povo.
BGB Στέφανος δὲ πλήρης ⸀χάριτος καὶ δυνάμεως ἐποίει τέρατα καὶ σημεῖα μεγάλα ἐν τῷ λαῷ.
HD Estevão, cheio de graça e poder, realizava prodígios e grandes sinais entre o povo.
BKJ E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia grandes maravilhas e milagres entre o povo.
LTT E Estêvão, cheio de fé e poder, fazia grandes prodígios e sinais entre o povo.
BJ2 Estêvão, cheio de graça e de poder, operava prodígios e grandes sinais entre o povo.
VULG Stephanus autem plenus gratia et fortitudine, faciebat prodigia et signa magna in populo.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 6:8

João 4:48 Então, Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e milagres, não crereis.
Atos 2:17 E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos;
Atos 4:29 Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra,
Atos 6:3 Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.
Atos 6:5 E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;
Atos 6:10 E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava.
Atos 6:15 Então, todos os que estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo.
Atos 7:55 Mas ele, estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus,
Atos 8:6 E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia,
Efésios 4:11 E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
I Timóteo 3:13 Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Saulo Cesar Ribeiro da Silva

at 6:8
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários aos Atos dos Apóstolos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 50
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva

8 Estêvão, cheio de graça e poder, realizava prodígios e grandes sinais entre o povo. 9 Levantaram-se alguns dos [que eram] da sinagoga chamada dos Libertos, dos cirineus, dos alexandrinos, dos [provenientes] da Cilícia e da Ásia, e debatiam com Estêvão. 10 E não podiam resistir à sabedoria e ao espírito com que falava. 11 Então subornaram varões que diziam: temos ouvido este [homem] falando palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. — (At 6:8)


Saulo e Sadoc entraram na igreja humilde de Jerusalém,  notando a massa compacta de pobres e miseráveis que ali se aglomeravam com um raio de esperança nos olhos tristes.

O pavilhão singelo, construído à custa de tantos sacrifícios, não passava de grande telheiro revestido de paredes frágeis, carente de todo e qualquer conforto.

, e surpreenderam-se singularmente com a presença do jovem doutor da Lei, que se popularizara na cidade pela sua oratória veemente e pelo acurado conhecimento das Escrituras.


Os generosos galileus ofereceram-lhe o banco mais confortável. Ele aceitou as gentilezas que lhe dispensavam, sorrindo com indisfarçável ironia de tudo que ali se lhe deparava. Intimamente, considerava que o próprio Sadoc fora vítima de falsas apreciações. Que podiam fazer aqueles homens ignorantes, irmanados a outros já envelhecidos, valetudinários e doentes? Que podiam significar de perigoso para a Lei de Israel aquelas crianças ao abandono, aquelas mulheres semimortas, em cujo coração pareciam aniquiladas todas as esperanças? Experimentava grande mal-estar defrontando tantos rostos que a lepra havia devastado, que as úlceras malignas haviam desfigurado impiedosamente. Aqui, um velhote com chagas purulentas envolvidas em panos fétidos; além, um aleijado mal coberto de molambos, ao lado de órfãos andrajosos que se acomodavam com humildade.


O conhecido doutor da Lei notou a presença de várias pessoas que lhe acompanhavam a palavra na interpretação dos textos de Moisés, na Sinagoga dos cilícios, outras que seguiam de perto as suas atividades no Sinédrio,  onde a sua inteligência era tida como penhor de esperança racial. Pelo olhar, compreendeu que esses amigos ali estavam igualmente pela primeira vez. Sua visita, ao templo ignorado dos galileus sem-nome, atraíra muitos afeiçoados do farisaísmo  dominante, ansiosos pelos serviços eventuais que pudessem destacá-los e recomendá-los às autoridades mais importantes. Saulo concluiu que aquela fração do auditório fazia ato de presença e de solidariedade em qualquer providência que houvesse de tomar. Pareceu-lhe natural e lógica aquela atitude, conveniente aos fins a que se propunha. Não se contavam fatos incríveis, operados pelos adeptos do “”? Não seriam grosseiras e escandalosas mistificações? Quem diria que tudo aquilo não fosse o produto ignóbil de bruxarias e sortilégios condenáveis? Na hipótese de lhe identificar qualquer finalidade desonesta, podia contar, mesmo ali, com grande número de correligionários, dispostos a defender o rigoroso cumprimento da Lei, custasse-lhes embora os mais pesados sacrifícios.


Notando um que outro quadro menos grato ao seu olhar acostumado aos ambientes de luxo, evitava fixar os aleijados e doentes que se acotovelavam no recinto, chamando a atenção de Sadoc, com observações irônicas e pitorescas. Quando o vasto recinto, desnudo de ornatos e símbolos de qualquer natureza, de todo se encheu, um jovem permeou as filas extensas, ladeado de Pedro e João, galgando os três um estrado quase natural, formado de pedras superpostas.

— Estêvão!… É Estêvão!…

Vozes abafadas inculcavam  o pregador, enquanto seus admiradores mais fervorosos apontavam para ele com jubiloso sorriso.

Inesperado silêncio mantinha todas as frontes em singulares expectativas. O moço, magro e pálido, em cuja assistência os mais infelizes julgavam encontrar um desdobramento do amor do Cristo, orou em voz alta suplicando para si e para a assembleia a inspiração do Todo-Poderoso. Em seguida, abriu um livro em forma de rolo e leu uma passagem das anotações de Mateus:

— Mas, ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel; e, indo, pregai dizendo: é chegado o Reino dos Céus. 

Estêvão ergueu alto os olhos serenos e fulgurantes, e, sem se perturbar com a presença de Saulo e dos seus numerosos amigos, começou a falar mais ou menos nestes termos, com voz clara e vibrante:

— “Meus caros, eis que chegados são os tempos em que o Pastor vem reunir as ovelhas em torno do seu zelo sem limites. Éramos escravos das imposições pelos raciocínios, mas hoje somos livres pelo Evangelho do Cristo Jesus. Nossa raça guardou, de épocas imemoriais, a luz do Tabernáculo e Deus nos enviou seu Filho sem mácula. Onde estão, em Israel, os que ainda não ouviram as mensagens da Boa Nova? Onde os que ainda não se felicitaram com as alegrias da nova fé? Deus enviou sua resposta divina aos nossos anseios milenários, a revelação dos Céus aclara os nossos caminhos. Consoante as promessas da profecia de todos quantos choraram e sofreram por amor ao Eterno, o Emissário Divino veio até ao antro de nossas dores amargas e justas, para iluminar a noite de nossas almas impenitentes, para que se nos desdobrassem os horizontes da redenção. O Messias atendeu aos problemas angustiosos da criatura humana, com a solução do amor que redime todos os seres e purifica todos os pecados. Mestre do trabalho e da perfeita alegria da vida, suas bênçãos representam nossa herança. Moisés foi a porta, o Cristo é a chave. Com a coroa do martírio adquiriu, para nós outros, a láurea imortal da salvação. Éramos cativos do erro, mas seu sangue nos libertou. Na vida e na morte, nas alegrias de Caná, (Jo 2:1) como nas angústias do Calvário, (Lc 23:33) pelo que fez e por tudo que deixou de fazer em sua gloriosa passagem pela Terra, Ele é o Filho de Deus iluminando o caminho.


“Acima de todas as cogitações humanas, fora de todos os atritos das ambições terrestres, seu Reino de paz e luz esplende na consciência das almas redimidas.


“Ó Israel! tu que esperaste por tantos séculos, tuas angústias e dolorosas experiências não foram vãs!… Enquanto outros povos se debatiam nos interesses inferiores, cercando os falsos ídolos de falsa adoração e promovendo, simultaneamente, as guerras de extermínio com requintes de perversidade, tu, Israel, esperaste o Deus justo. Carregaste os grilhões da impiedade humana, na desolação e no deserto; converteste em cânticos de esperança as ignomínias do cativeiro; sofreste o opróbrio dos poderosos da Terra; viste os teus varões e as tuas mulheres, os teus jovens e as tuas crianças exterminados sob o guante das perseguições, mas nunca descreste da justiça dos Céus! Como o Salmista, afirmaste com teu heroísmo que o amor e a misericórdia vibram em todos os teus dias! (Sl 23:6) Choraste no caminho longo dos séculos, com as tuas amarguras e feridas. Como , viveste da tua fé, subjugada pelas algemas do mundo, mas já recebeste o sagrado depósito de Jeová — O Deus único!… Oh! esperanças eternas de Jerusalém, cantai de júbilo, regozijai-vos, embora não tivéssemos sido fiéis inteiramente à compreensão, por conduzir o Cordeiro Amado aos braços da cruz. Suas chagas, todavia, nos compraram para o Céu, com o alto preço do sacrifício supremo!…


“Isaías o contemplou, vergado ao peso de nossas iniquidades, (Is 53:1) florescendo na aridez dos nossos corações, qual flor do Céu num solo adusto, mas, revelou também, que, desde a hora da sua extrema renúncia, na morte infamante, a sagrada causa divina prosperaria para sempre em suas mãos.


“Amados, onde andarão aquelas ovelhas que não souberam ou não puderam esperar? Procuremo-las para o Cristo, como dracmas perdidas (Lc 15:8) do seu desvelado amor! Anunciemos a todos os desesperançados as glórias e os júbilos do seu Reino de paz e de amor imortal!..


“A nos retinha no espírito de nação, sem conseguir apagar de nossa alma o desejo humano de supremacia na Terra. Muitos de nossa raça hão esperado um príncipe dominador, que penetrasse em triunfo a Cidade Santa, com os troféus sangrentos de uma batalha de ruína e morte; que nos fizesse empunhar um cetro odioso de força e tirania. Mas o Cristo nos libertou para sempre. Filho de Deus e emissário da sua glória, seu maior mandamento confirma , quando recomenda o amor a Deus acima de todas a coisas de todo o coração e entendimento, (Mt 22:37) acrescentando, no mais formoso decreto divino, que nos amemos uns aos outros, como Ele próprio nos amou. (Jo 15:12)


“Seu Reino é o da consciência reta e do coração purificado ao serviço de Deus. Suas portas constituem o maravilhoso caminho da redenção espiritual, abertas de par em par aos filhos de todas as nações.


“Seus discípulos amados virão de todos os quadrantes. Fora de suas luzes haverá sempre tempestade para o viajor vacilante da Terra que, sem o Cristo, cairá vencido nas batalhas infrutuosas e destruidoras das melhores energias do coração. Somente o seu Evangelho confere paz e liberdade. É o tesouro do mundo. Em sua glória sublime os justos encontrarão a coroa de triunfo, os infortunados o consolo, os tristes a fortaleza do bom ânimo, os pecadores a senda redentora dos resgates misericordiosos.


“É verdade que o não havíamos compreendido. No grande testemunho, os homens não entenderam sua divina humildade e os mais afeiçoados o abandonaram. Suas chagas clamaram pela nossa indiferença criminosa. Ninguém poderá eximir-se dessa culpa, visto sermos todos herdeiros das suas dádivas celestiais. Onde todos gozam do benefício, ninguém pode fugir à responsabilidade. Essa a razão por que respondemos pelo crime do Calvário. Mas, suas feridas foram a nossa luz, seus martírios o mais ardente apelo de amor, seu exemplo o roteiro aberto para o bem sublime e imortal.


“Vinde, pois, comungar conosco à mesa do banquete divino! Não mais as festas do pão putrescível, mas o eterno alimento da alegria e da vida… Não mais o vinho que fermenta, mas o néctar confortante da alma, diluído nos perfumes do amor imortal.


“O Cristo é a substância da nossa liberdade. Dia virá em que o seu Reino abrangerá os filhos do Oriente e do Ocidente, num amplexo de fraternidade e de luz. Então, compreenderemos que o Evangelho é a resposta de Deus aos nossos apelos, em face da . A Lei é humana; o Evangelho é divino. Moisés é o condutor; O Cristo, o Salvador. Os profetas foram mordomos fiéis; Jesus, porém, é o Senhor da Vinha. Com a Lei, éramos servos; com o Evangelho, somos filhos livres de um Pai amoroso e justo!…”


Nesse ínterim, Estêvão sustou a palavra que lhe fluía harmoniosa e vibrante dos lábios, inspirada nos mais puros sentimentos. Os ouvintes de todos os matizes não conseguiram ocultar o assombro, ante os seus conceitos de vigorosas revelações. A multidão embevecera-se com os princípios expostos. Os mendigos, ali aglomerados, endereçavam ao pregador um sorriso de aprovação, bem significativo de jubilosas esperanças. João fixava nele os olhos enternecidos, identificando, mais uma vez, no seu verbo ardente, a mensagem evangélica interpretada por um discípulo dileto do Mestre inesquecível, nunca ausente dos que se reúnem em seu nome.


Saulo de Tarso, emotivo por temperamento, fundia-se na onda de admiração geral; mas, altamente surpreendido, verificou a diferença entre a Lei e o Evangelho anunciado por aqueles homens estranhos, que a sua mentalidade não podia compreender. Analisou, de relance, o perigo que os novos ensinos acarretavam para o dominante. Revoltara-se com a prédica ouvida, nada obstante a sua ressonância de misteriosa beleza. Ao seu raciocínio, impunha-se eliminar a confusão que se esboçava, a propósito de Moisés. A Lei era uma e única. Aquele Cristo que culminou na derrota, entre dois ladrões, surgia a seus olhos como um mistificador indigno de qualquer consideração. A vitória de Estêvão na consciência popular, qual a verificava naquele instante, causava-lhe indignação. Aqueles galileus poderiam ser piedosos, mas não deixavam de ser criminosos pela subversão dos princípios invioláveis da raça.


O orador preparava-se para retomar a palavra, momentaneamente interrompida e aguardada com expectação de júbilo geral, quando o jovem doutor se levantou ousadamente e exclamou, quase colérico, frisando os conceitos com evidente ironia.

— “Piedosos galileus, onde o senso de vossas doutrinas estranhas e absurdas? Como ousais proclamar a falsa supremacia de um nazareno obscuro sobre Moisés, na própria Jerusalém onde se decidem os destinos das tribos de Israel invencível? Quem era esse Cristo? Não foi um simples carpinteiro?”


Ao orgulhoso entono da inesperada apóstrofe, houve no ambiente um tal ou qual retraimento de temor, mas, dos desvalidos da sorte, para quem a mensagem do Cristo era o alimento supremo, partiu para Estêvão um olhar de defesa e jubiloso entusiasmo. Os Apóstolos da Galileia  não conseguiam dissimular seu receio. Tiago estava lívido. Os amigos de Saulo notaram-lhe a máscara escarninha. O pregador também empalidecera, mas revelava no olhar resoluto o mesmo traço de imperturbável serenidade. Fitando o doutor da Lei, o primeiro homem da cidade que se atrevera a perturbar o esforço generoso do evangelismo, sem trair a seiva de amor que lhe desbordava do coração, fez ver a Saulo a sinceridade das suas palavras e a nobreza dos seus pensamentos. E antes que os companheiros voltassem a si da surpresa que os assomara, com admirável presença de espírito, indiferente à impressão do temor coletivo, obtemperou:

— “Ainda bem que o Messias fora carpinteiro: porque, nesse caso, a Humanidade já não ficaria sem abrigo. Ele era, de fato, o Abrigo da paz e da esperança! Nunca mais andaremos ao léu das tempestades nem na esteira dos raciocínios quiméricos de quantos vivem pelo cálculo, sem a claridade do sentimento.”


A resposta concisa, desassombrada, desconcertou o futuro rabino, habituado a triunfar nas esferas mais cultas, em todas as justas da palavra. Enérgico, ruborizado, evidenciando cólera profunda, mordeu os lábios num gesto que lhe era peculiar e acrescentou com voz dominadora:

— “Aonde iremos com semelhantes excessos de interpretação, em torno de um mistificador vulgar, que o Sinédrio puniu com a flagelação e a morte? Que dizer de um Salvador que não conseguiu salvar-se a si mesmo? Emissário revestido de celestes poderes, como não evitou a humilhação da sentença infamante? O Deus dos exércitos, que sequestrou a nação privilegiada ao cativeiro, que a guiou através do deserto abrindo-lhe a passagem do mar; que lhe saciou a fome com o maná divino e, por amor, transformou a rocha impassível em fonte de água viva, não teria meios, outros, de assinalar o seu enviado senão com uma cruz de martírio, entre malfeitores comuns? Tendes, nesta casa, a glória do Senhor Supremo, assim barateada? Todos os doutores do Templo  conhecem a história do impostor que celebrizais com a simplicidade da vossa ignorância! Não vacilais em rebaixar nossos próprios valores, apresentando um Messias dilacerado e sangrento, sob os apupos do povo?!… Lançais vergonha sobre Israel e desejais fundar um novo reino? Seria justo dardes a conhecer, inteiramente, a nós outros, o móvel das vossas fábulas piedosas.”


Estabelecida uma pausa na sua objurgatória, o orador voltou a falar com dignidade:

— “Amigo, bem se dizia que o Mestre chegaria ao mundo para confusão de muitos em Israel. (Lc 2:34) Toda a história edificante do nosso povo é um documento da revelação de Deus. No entanto, não vedes nos efeitos maravilhosos com que a Providência guiou as tribos hebreias, no passado, a manifestação do carinho extremo de um Pai desejoso de construir o futuro espiritual de crianças queridas do seu coração? Com o correr do tempo, observamos que a mentalidade infantil enseja mais vastos princípios educativos. O que ontem era carinho, é hoje energia oriunda das grandes expressões amorosas da alma. O que ontem era bonança e verdor, para nutrição da sublime esperança, hoje pode ser tempestade, para dar segurança e resistência. Antigamente, éramos meninos até no trato com a revelação; agora, porém, os varões e as mulheres de Israel atingiram a condição de adultos no conhecimento. O Filho de Deus trouxe a luz da verdade aos homens, ensinando-lhes a misteriosa beleza da vida, com o seu engrandecimento pela renúncia. Sua glória resumiu-se em amar-nos, como Deus nos ama. Por essa mesma razão, Ele ainda não foi compreendido. Acaso poderíamos aguardar um salvador de acordo com os nossos propósitos inferiores? Os profetas afirmam que as estradas de Deus podem não ser os caminhos que desejamos, e que os seus pensamentos nem sempre se poderão harmonizar com os nossos. Que dizermos de um Messias que empunhasse o cetro no mundo, disputando com os príncipes da iniquidade um galardão de triunfos sangrentos? Porventura a Terra já não estará farta de batalhas e cadáveres? Perguntemos a um general romano quanto lhe custou o domínio da aldeia mais obscura; consultemos a lista negra dos triunfadores, segundo as nossas ideias errôneas da vida. Israel jamais poderia esperar um Messias a exibir-se num carro de glórias magnificentes do Plano material, suscetível de tombar no primeiro resvaladouro do caminho. Essas expressões transitórias pertencem ao cenário efêmero, no qual a púrpura mais fulgurante volta ao pó. Ao contrário de todos os que pretenderam ensinar a virtude, repousando na satisfação dos próprios sentidos, Jesus executou sua tarefa entre os mais simples ou mais desventurados, onde, muitas vezes, se encontram as manifestações do Pai, que educa, através da esperança insatisfeita e das dores que trabalham, do berço ao túmulo, a existência humana. O Cristo edificou, entre nós, seu Reino de amor e paz, sobre alicerces divinos. Sua exemplificação está projetada na alma humana, com luz eterna! Quem de nós, então, compreendendo tudo isso, poderá identificar no Emissário de Deus um príncipe belicoso? Não! O Evangelho é amor em sua expressão mais sublime. O Mestre deixou-se imolar transmitindo-nos o exemplo da redenção pelo amor mais puro. Pastor do imenso rebanho, Ele não quer se perca uma só de suas ovelhas bem-amadas, nem determina a morte do pecador. O Cristo é vida, e a salvação que nos trouxe está na sagrada oportunidade da nossa elevação, como filhos de Deus, exercendo os seus gloriosos ensinamentos.”


Depois de uma pausa, o doutor da Lei já se erguia para revidar, quando Estêvão continuou:

— “E agora, irmãos, peço vênia para concluir minhas palavras. Se não vos falei como desejáveis, falei como o Evangelho nos aconselha, arguindo a mim próprio na íntima condenação de meus grandes defeitos. Que a bênção do Cristo seja com todos vós.”

Antes que pudesse abandonar a tribuna para confundir-se com a multidão, o futuro rabino levantou-se de chofre e observou enraivecido:

— Exijo a continuação da arenga! Que o pregador espere, pois não terminei o que preciso dizer.

Estêvão replicou serenamente:

— Não poderei discutir.

— Por quê? — perguntou Saulo irritadíssimo. — Estais intimado a prosseguir.

— Amigo — elucidou o interpelado calmamente —, o Cristo aconselhou que devemos dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. (Mt 22:21) Se tendes alguma acusação legal contra mim, exponde-a sem receio e vos obedecerei; mas, no que pertence a Deus, só a Ele compete arguir-me.


Tão alto espírito de resolução e serenidade, quase desconcertou o doutor do Sinédrio; compreendendo, porém, que a impulsividade somente poderia prejudicar-lhe a clareza do pensamento, acrescentou mais calmo, apesar do tom imperioso que deixava transparecer toda a sua energia:

— Mas eu preciso elucidar os erros desta casa. Necessito perguntar e haveis de responder-me.

— No tocante ao Evangelho — replicou Estêvão —, já vos ofereci os elementos de que podia dispor, esclarecendo o que tenho ao meu alcance. Quanto ao mais este templo humilde é construção de fé e não de justas casuísticas. Jesus teve a preocupação de recomendar a seus discípulos que fugissem do fermento das discussões e das discórdias. Eis por que não será lícito perdermos tempo em contendas inúteis, quando o trabalho do Cristo reclama o nosso esforço.

— Sempre o Cristo! sempre o impostor! — trovejou Saulo, carrancudo. — Minha autoridade é insultada pelo vosso fanatismo, neste recinto de miséria e de ignorância. Mistificadores, rejeitais as possibilidades de esclarecimento que vos ofereço; galileus incultos, não quereis considerar o meu nobre cartel de desafio. Saberei vingar a Lei de Moisés, da qual se tripudia. Recusais a intimativa, mas não podereis fugir ao meu desforço. Aprendereis a amar a verdade e a honrar Jerusalém, renunciando ao nazareno insolente, que pagou na cruz os criminosos desvarios. Recorrerei ao Sinédrio para vos julgar e punir. O Sinédrio tem autoridade para desfazer vossas condenáveis alucinações.


Assim concluindo, parecia possesso de fúria. Mas nem assim logrou perturbar o pregador, que lhe respondeu de ânimo sereno:

— Amigo, o Sinédrio tem mil meios de me fazer chorar, mas não lhe reconheço poderes para obrigar-me a renunciar ao amor de Jesus-Cristo.

Dito isso, desceu da tribuna com a mesma humildade, sem se deixar empolgar pelo gesto de aprovação que lhe endereçavam os filhos do infortúnio, que ali o ouviam como a um defensor de sagradas esperanças.


Alguns protestos isolados começaram a ser ouvidos. Fariseus irritados vociferavam insolências e remoques. A massa agitava-se, prevendo atrito iminente; mas, antes que Estêvão caminhasse dez passos para o interior junto dos companheiros, e antes que Saulo o alcançasse com outras objeções pessoais e diretas, uma velhinha maltrapilha apresentou-lhe uma jovem pobremente vestida e exclamou cheia de confiança:

— Senhor! sei que continuais a bondade e os feitos do profeta de Nazaré, que um dia me salvou da morte, apesar dos meus pecados e fraquezas. Atendei-me também, por piedade! Minha filha emudeceu há mais de um ano. Trouxe-a de Dalmanuta até aqui, vencendo enormes dificuldades, confiada na vossa assistência fraternal!

O pregador refletiu, antes de tudo, no perigo de qualquer capricho pessoal da sua parte, e, desejoso de atender à suplicante, contemplou a doente com sincera simpatia e murmurou:

— De nós nada temos, mas é justo esperar do Cristo as dádivas que nos sejam necessárias. Ele que é justo e generoso não te esquecerá na distribuição santificada da sua misericórdia.

E, como atuado por força estranha, acrescentava:

— Hás de falar, para louvor do bom Mestre!…

Então, viu-se um fato singular que impressionou de súbito a numerosa assembleia. Com um raio de infinita alegria nos olhos, a enferma falou:

— Louvarei ao Cristo de toda minhalma, eternamente.


Ela e a genitora, tomadas de forte comoção, caíram, ali mesmo, de joelhos e beijaram-lhe as mãos; Estêvão, entretanto, tinha agora os olhos mareados de pranto, profundamente sensibilizado. Era o primeiro a comover-se e admirar a proteção recebida, e não tinha outro meio que não o das lágrimas sinceras para traduzir a intensidade do seu reconhecimento.

Os fariseus, que se aproximavam no intuito de comprometer a paz do recinto humilde, recuaram estupefatos. Os pobres e os aflitos, como se houvessem recebido um reforço do Céu para o êxito da crença pura, encheram a sala de exclamações de sublime esperança.

Saulo observava a cena sem poder dissimular a própria ira. Se possível, desejaria esfrangalhar Estêvão em suas mãos. No entanto, apesar do temperamento impulsivo, chegou à conclusão de que um ato agressivo levaria os amigos presentes a um conflito de sérias proporções. Refletiu, igualmente, que nem todos os adeptos do “Caminho” estavam, como o pregador, em condições de circunscrever a luta ao plano das lições de ordem espiritual, e, de certa maneira, não recusariam a luta física. De relance, notou que alguns estavam armados, que os anciães traziam fortes cajados de arrimo, e os aleijados exibiam rijas muletas. A luta corporal, naquele recinto de construção frágil, teria consequências lamentáveis. Procurou coordenar melhores raciocínios. Teria a Lei a seu favor. Poderia contar com o Sinédrio. Os sacerdotes mais eminentes eram amigos devotados. Lutaria com Estêvão até dobrar-lhe a resistência moral. Se não conseguisse submetê-lo, odiá-lo-ia para sempre. Na satisfação dos seus caprichos, saberia remover todos os obstáculos.


Reconhecendo que Sadoc e mais dois companheiros iam iniciar o tumulto, gritou-lhes em voz grave e imperiosa:

— Vamo-nos! Os adeptos do “Caminho” pagarão muito caro a sua ousadia.

Nesse momento, quando todos os fariseus se dispunham a lhe atender a voz de comando, o moço de Tarso  notou que Estêvão se encaminhava para o interior da casa, passando-lhe rente aos ombros. Saulo sentiu-se abalado em todas as fibras do seu orgulho. Fixou-o, quase com ódio, mas o pregador correspondeu-lhe com um olhar sereno e amistoso.

Tão logo se retirou o jovem doutor da Lei com os companheiros numerosos que não conseguiam disfarçar o seu despeito, os Apóstolos galileus passaram a considerar, com grande receio, as consequências que poderiam advir do inesperado episódio.


No dia seguinte, como de costume, Saulo de Tarso, à tardinha, entrava em casa de Zacarias, deixando transparecer na fisionomia a contrariedade que lhe ia no íntimo. Depois de aliviar-se um tanto dos pensamentos sombrios que o atribulavam, graças ao carinho da noiva amada, por ela instado a dizer os motivos de tamanha preocupação, narrou-lhe os acontecimentos da véspera, acrescentando:

— Esse Estêvão pagará caríssimo a humilhação que pretendeu infligir-se publicamente. Seus raciocínios sutis podem confundir os menos argutos e necessário é fazermos preponderar nossa autoridade em face dos que não têm competência para versar os princípios sagrados. Hoje mesmo conversei com alguns amigos relativamente às providências que nos cumpre tomar. Os mais tolerantes alegam o caráter inofensivo dos galileus, pacíficos e caritativos, mas sou de opinião que uma ovelha má põe o rebanho a perder.

— Acompanho-te na defesa das nossas crenças — advertiu a moça satisfeita —, não devemos abandonar nossa fé ao trato e ao sabor das interpretações individuais e incompetentes.


Depois de um pausa:

— Ah! se estivesse conosco, seria teu braço forte na exposição dos conhecimentos sagrados. Certamente, ele teria prazer em defender o contra qualquer expressão menos razoável e fidedigna.

— Combateremos o inimigo que ameaça a genuinidade da revelação divina — exclamou Saulo — e não cederei terreno aos inovadores incultos e cavilosos.

— Esses homens são muitos? — perguntou Abigail apreensiva.

— Sim, e o que os torna mais perigosos é o mascararem as intenções com atos piedosos, por exaltar a imaginação versátil do povo com pretensos poderes misteriosos, naturalmente alimentados à custa de feitiçarias e sortilégios.

— Em qualquer hipótese — advertiu a jovem depois de refletir um momento — convém proceder com serenidade e prudência, para evitar os abusos de autoridade. Quem sabe são criaturas mais necessitadas de educação que de castigo?

— Sim, já pensei em tudo isso. Aliás, não pretendo incomodar os galileus simplórios e despretensiosos que se cercam, em Jerusalém, de inválidos e doentes, dando-nos a impressão de loucos pacíficos. Contudo, não posso deixar de reprimir o orador, cujos lábios, a meu ver, destilam poderoso veneno no espírito volúvel das massas sem consciência perfeita dos princípios esposados. Aos primeiros importa esclarecer, mas o segundo precisa ser anulado, visto não se lhe conhecerem os fins, quiçá criminosos e revolucionários.

— Não tenho como desaprovar as tuas ilações — concluiu a jovem, condescendente.

Em seguida, como de costume, palestraram sobre os sentimentos sagrados do coração, notando-se que o moço de Tarso encontrava singular encanto e caricioso bálsamo nas observações afetuosas da companheira querida.


Passados alguns dias, tomavam-se em Jerusalém providências para que Estêvão fosse levado ao Sinédrio e ali interrogado sobre a finalidade colimada com as prédicas do “Caminho”.

Dada a intercessão conciliatória de , o feito se resumiria a uma discussão em que o pregador das novas interpretações definisse perante o mais alto tribunal da raça os seus pontos de vista, a fim de que os sacerdotes, como juízes e defensores da lei, expusessem a verdade nos devidos termos.

O convite à requesta chegou à igreja humilde, mas Estêvão se esquivou, alegando que não seria razoável disputar, em obediência aos preceitos do Mestre, apesar dos argumentos do filho de Alfeu, a quem intimidava a perspectiva de uma luta com as autoridades em evidência, parecendo-lhe que a recusa chocaria a opinião pública. Saulo, a seu turno, não poderia obrigar o antagonista a corresponder ao desafio, mesmo porque, o Sinédrio só poderia empregar meios compulsórios no caso de uma denúncia pública, depois da instauração de um processo em que o denunciado fosse reconhecido como blasfemo ou caluniador.

Ante a reiterada escusa de Estêvão, o doutor de Tarso exasperou-se. E depois de irritar a maioria dos companheiros contra o adversário, arquitetou vasto plano, de modo a forçá-lo à polêmica desejada, na qual buscaria humilhá-lo diante de todos os maiorais do judaísmo dominador.


Depois de uma das sessões comuns do Tribunal, Saulo chamou um de seus amigos serviçais e falou-lhe em voz baixa:

— Neemias, nossa causa precisa de um cooperador decidido e lembrei-me de ti para a defesa dos nossos princípios sagrados.

— De que se trata? — perguntou o outro com enigmático sorriso. — Mandai e estou pronto a obedecer.

— Já ouviste falar num falso taumaturgo chamado Estêvão?

— Um dos tais homens detestáveis do “Caminho”? Já lhe ouvi a própria palavra e por sinal que reconheci nas suas ideias as de um verdadeiro alucinado.

— Ainda bem que o conheces de perto — replicou o jovem doutor, satisfeito. — Necessito de alguém que o denuncie como blasfemo em face da Lei e lembrei-me da tua cooperação neste sentido.

— Só isso? — interrogou o interpelado, astutamente. — É coisa fácil e agradável. Pois não o ouvi dizer que o carpinteiro crucificado é o fundamento da verdade divina? Isso é mais que blasfêmia. Trata-se de um revolucionário perigoso, que deve ser punido como caluniador de Moisés.

— Muito bem! — exclamou Saulo num largo sorriso. — Conto, pois, contigo.


No dia imediato, Neemias compareceu ao Sinédrio e denunciou o generoso pregador do Evangelho como blasfemo e caluniador, acrescentando criminosas observações de própria conta. Na peça acusatória, Estêvão figurava como feiticeiro vulgar, mestre de preceitos subversivos em nome de um falso Messias que Jerusalém havia crucificado anos antes, mediante idênticas acusações. Neemias inculcava-se como vítima da perigosa seita que lhe atingira e disturbara a própria família, e afirmava-se testemunha de baixos sortilégios por ele praticados, em prejuízo de outrem.

Saulo de Tarso anotou as mínimas declarações, acentuando os detalhes comprometedores.

A notícia estourou na igreja do “Caminho”, produzindo efeitos singulares e dolorosos. Os menos resolutos, com Tiago à frente, deixaram-se empolgar por considerações de toda ordem, receosos de se verem perseguidos; mas Estêvão, com Simão Pedro e João, mantinha-se absolutamente sereno, recebendo com bom ânimo a ordem de responder corajosamente ao libelo.

Cheio de esperança, rogava a Jesus não o desamparasse, de modo a testemunhar a riqueza da sua fé evangélica.

E esperou o ensejo com fidelidade e alegria.




Mt 10:6 (Nota de Emmanuel)


(Paulo e Estêvão, FEB Editora. , pp. 79 a 92. Indicadores 1 a 40)



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

at 6:8
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 20
CARLOS TORRES PASTORINO

LC 12:1-12


1. Nesse ínterim, tendo-se reunido dezenas de milhares de pessoas, de tal forma que pisavam uns sobre os outros, começou a dizer a seus discípulos primeiro: "Precatai-vos contra o fermento que é a hipocrisia dos fariseus.

2. Nada existe encoberto que não se descubra, nem oculto que não se conheça.

3. Por isso, tudo o que dissestes nas trevas, será ouvido na luz; e o que falastes ao ouvido, na adega, será proclamado dos terraços.

4. Digo-vos, a vós meus amigos, não temais os que matam o corpo, e depois disso nada mais conseguem fazer.

5. Mostrar-vos-ei a quem temer; temei o que, depois de matar, tem o poder de lançar na geena; sim, digo-vos, temei a esse.

6. Não se vendem cinco passarinhos por dois asses? E nem um deles está esquecido diante de Deus.

7. Mas até os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. Não temais: valeis mais que muitos passarinhos.

8. Digo-vos mais: todo o que me confirmar perante os homens, também o Filho do Homem o confirmará perante os mensageiros de Deus;

9. mas o que me negar diante dos homens, será renegado diante dos mensageiros de Deus.

10. Todo aquele que proferir um ensino contra o Filho de Homem, ser-lhe-á relevado; mas o que blasfemar contra o santo Espírito, não lhe será relevado.

11. Todas as vezes que vos levarem perante as sinagogas, os magistrados e as autoridades, não vos preocupeis como ou com que vos defendereis ou o que falareis;

12. porque o santo Espírito vos ensinará nessa mesma hora o que deveis dizer".



Aqui temos uma série de exortações do Mestre a Seus discípulos, para que não temam os perigos, quando se trata de anunciar a boa-nova do "Reino de Deus" dentro dos homens.


O evangelista fala de dezenas de milhares de pessoas (myria = 10. 000) dizendo literalmente: episynachtheisõn tõn myriádõn toú ochlóu, isto é, "se superajuntavam às dezenas de milhares de povo", a tal ponto que pisavam uns sobre os outros em torno de Jesus para ouvir-Lhe a voz. Os comentaristas julgam isso uma hipérbole. A própria Vulgata traduz multis turbis circumstantibus, "estando em redor muito povo", não obedecendo ao original.


Há uma enumeração de percalços, que são encontrados quando alguém acorda esse assunto vital e decisivo para a espiritualização da humanidade.


1) "O fermento que é a hipocrisia dos fariseus". O fermento que permanece oculto, que ninguém vê, e no entanto tem ação tão forte que "leveda a massa toda" (cfr. MT 13:33; MC 13:21; 1CO 5:6 e GL 5:9). A comparação do fermento com a hipocrisia aparece em outros pontos (cfr. MT 16:6-11, 12; MC 8:15). Não acreditar, portanto, de boa-fé, "abrindo o jogo" nas aparências dos que se dizem ou fingem, mas NÃO SÃO. Muitos exteriorizarão piedade, fé, santidade, mas são apenas "sepulcros caiados". Cuidado com eles!, adverte-nos o Mestre.


2) O segundo princípio vale para essa admoestação que acabou de ser dada e também para o que se segue: tudo o que estiver escondido e oculto virá a luz. Os hipócritas serão vergonhosamente des mascarados ao desvestir-se da matéria, única que lhes permite enganar, pois o "espírito" se encaminhará automaticamente, por densidade, por peso atômico ou por sintonia vibratória, para o local que lhe seja afim.


Doutra parte, todos os segredos iniciáticos ou não, aprendidos de boca a ouvido, serão divulgados a seu tempo. O que foi dito a portas fechadas, será proclamado de cima dos terraços, às multidões. É o que está ocorrendo hoje: tudo está sendo dito. Não mais adiantam sociedades ou fraternidades "secretas": a imprensa divulga todos os segredos. Quem tem ouvidos de ouvir ouve: quem não os tem, nada percebe...


3) Prossegue o terceiro aviso, de que há dois perigos que precisam ser bem distinguidos:

a) os que "matam o corpo", que é coisa sem importância. que qualquer pessoa pode sofrer sem lhe causar transtorno maior, como o próprio Jesus o demonstraria em Sua pessoa, deixando que assassinassem com requintes de crueldade Seu corpo - e com isso até conquistando o amor de toda a humanidade - e depois reaparecendo vivo e glorioso, como vencedor da morte;


b) e o perigo real, que vem "daquele" que tem o poder (exousía) de lançar na "geena". Já vimos que" geena" (vol. 2) é o "vale dos gemidos", ou seja, este planeta, em que "gememos" (cfr. 2. ª Cor. 5:4 e 2PE 1:13-14). Portanto, só devemos temer a volta constante e inevitável às reencarnações compulsórias, que nos fazem sofrer neste "vale de lágrimas", dores morais e físicas indescritíveis e desoladoras. E quem pode lançar-nos nas reencarnações é nosso Eu Profundo. Isso é revelado com especial carinho, de pai a filhos: "eu vou mostrar o que deveis temer". Mas, matar o corpo, crucificálo. Queimá-lo, torturá-lo? Outro melhor será construído!


Depois é dada a razão por que não devemos temer. O Pai, que está EM TUDO e EM TODOS, mesmo nas mínimas coisas, está também DENTRO de cada um. Se cuida dos passarinhos, que cinco deles custam "dois vinténs", como não cuidará muito mais carinhosamente dos homens. "Seus amigos"? É a argumentação a minore ad majus. Se até todas os fios de cabelo de nossa cabeça estão contados (coisa que a criatura humana não consegue fazer), porque o Pai está inclusive dentro de cada um deles, muito mais saberá com antecedência, o que conosco se passa e "o de que necessitamos" (MT 6:8).


4) Segue um ensino de base: só quem confirmar o Cristo perante os homens, será por Ele confirmado perante os mensageiros divinos. Volta aqui o verbo homologein (veja atrás) que já estudamos. A interpretação comum até hoje, de "confessar o Cristo", trouxe no decorrer dos séculos enorme série de criaturas que não temeram confessar o Cristo e por Ele dar a vida, em testemunho de sua crença, tornando-se "mártires" (testemunhas) diante dos verdugos e perseguidores.


5) A advertência seguinte é urna repetição do que foi dito atras (MT 12:32; MC 3:29), embora lá se refira a quem atribua ao adversário uma obra divina, e aqui venha em outro contexto. Mas o sentido é o mesmo. Em nossa evolução estamos caminhando entre dois pólos: o negativo, reino do adversário, a matéria, do qual nos vamos afastando aos poucos: e o positivo, reino de Deus, o Espirito, do qual lentamente nos aproximamos. A quem ensinar contra o Filho do Homem (Jesus ou qualquer outro Manifestante Crístico), lhe será relevado o erro: isso embora possa atrasar-lhe a caminhada, não o faz regredir; mas quem, ao invés de caminhar para o Espírito já puro (livre da matéria, porque o adversário também é Espírito embora revestido de ou transformado em matéria), esse não terá como ser relevado, pois virou as costas ao ponto de chegada e passou a caminhar na direção contrária, mergulhando mais na matéria (Antissistema). Os agravos das personagens constra as personagens não têm gravidade. Mas quando atingem o Espírito, assumem graves características cármicas.


Há uma observação a fazer. Neste trecho (vers. 10 e 12) não aparece pneuma hágion, mas hágion pneuma; isto é, não "Espírito Santo", mas "Santo Espírito". Abaixo, voltaremos ao assunto.


6) A última advertência transforma-se numa garantia de que, quando diante das autoridades, eles não devem preocupar-se com a defesa nem com as respostas "porque o santo Espírito lhes ensinará nessa mesma hora, o que devem dizer". Trata-se de uma inspiração direta, da qual numerosos exemplos guardou a história, bastando-nos recordar, além dos ocorridos com os discípulos daquela época (cfr. AT 4:5-21; AT 7:1-53; 22:1-21; 23:1-7; 24:10-21 e 26:2-29) as respostas indiscutivelmente inspiradas de Joana d"Arc, diante do tribunal de bispos que a condenou à fogueira.


Note-se que em Mateus (Mateus 10:18) e Marcos (Marcos 13:9) fala-se em governadores e reis, termos que Lucas substitui por "magistrados" (archaí), e autoridades" (exousíai) expressões que também aparecem reunidas em Paulo (EF 3:10; CL 1:16 e TT 3:1).


De tudo se deduz que não devem temer os discípulos: a vitória espiritual está de antemão garantida, embora pereça o corpo físico.


PNEUMA HAGION


Trata-se de uma observação de linguística: o emprego do adjetivo hágion, ao lado do substantivo pneuma. Sistematicamente, o substantivo precede: pneuma hágion ("Espírito santo"). No entanto, Lucas, e só Lucas, inverte nove vezes, contra 41 vezes em que segue a construção normal. Qual a razão?


Para controle dos estudiosos, citamos os passos, nos quatro autores dos Evangelhos, dando os diversos textos em que aparece a palavra pneuma com suas diversas construções:

1 - tò pneuma tò hágion = o Espírito o santo.


MT 12:32; MC 3:29; MC 12:36; MC 13:11; LC Ev. 3:22; 10:21; AT 1:16; AT 2:33; AT 5:3, AT 5:32; 7:51:10:44, 47; 11:15; 13:2; 15:8, 28; 19:6; 20:28; 21:4; 28:25.


Em João aparece uma só vez, e assim mesmo em apenas alguns códices tardios, havendo forte suspeição de haver sido acrescentado posteriormente (em14:26).


2 - Pneuma hágion (indefinido, sem artigo) = um espírito santo: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; MC 1:8; LC Ev. 1:15, 41, 67; 2:25; 3:16; 4:1; 11:13: AT 1:2, AT 1:5:2:4; 4:8, 25; 7:55; 8:15, 17, 19; 9:17; 10:38; 11:16, 24; 13:9, 52; 19:2 (2 vezes); JO 20:22.


3 - tò hágion pneuma = o santo Espírito (inversão): MT 28:19, num versículo indiscutivelmente apócrifo; LC Ev. 12:10, 12; AT 1:8:2:38; 4:31; 9:31:10:45; 13:4; 16:6. E em todo o resto do Novo Testamento, só aparece essa inversão uma vez mais, em Paulo (1CO 6:19), onde, assim mesmo, alguns códices trazem a ordem comum.


Para completar o estudo da palavra pneuma nos Evangelhos, mesmo sem acompanhamento do adjetivo hágion, damos mais os seguintes passos.


4 - tò pneuma = o espírito: MT 4:1; MT 10:20; MT 12:18, MT 12:31; MC 1:10, MC 1:12; LC Ev. 2:27; 4:14; AT 2:17, AT 2:18; 6:10; 8:18, 29; 10:19; 11:12, 28; 16:7; 20:22; 21:4; JO 1:32, JO 1:33; 3:6, 8, 34; 6:63; 7:39; 14:17; 15:26; 16:13.


5 - pneuma (indefinido, sem artigo) = um espírito: MT 3:16; MT 12:28; MT 22:43; LC Ev. 1:17; 4:18; AT 6:3:8:39; 23:89; JO 3:5, JO 3:6; 4:23, 24; 6:63; 7:39.


Resumindo:









































































Mat.Marc.Luc.Luc.João
Ev.Ev.Ev.At.Ev.Totais
1. tò pneuma tò hágion1321521
2. pneuma hágion31717129
3. tò hágion pneuma279
4. tò pneuma422111029
5. pneuma324615
totais116155417103

* * *

O evangelista resume, neste trecho, uma série de ensinamentos, de que só escreveu o esquema mas como sempre em linguagem comum, embora deixando claro indícios para os que possuíssem a "chave" poderem descobrir outras interpretações da orientação dada pelo Mestre.


No atual estágio da humanidade, conseguimos descobrir pelo menos três interpretações, senão a primeira a exotérica que vimos acima.


A segunda interpretação que percebemos refere-se às orientações deixadas em particular aos discípulos da Escola Iniciática "Assembleia do Caminho". E, antes de prosseguir, desejamos citar uma frase de Monsenhor Pirot (o. c. vol. 10, pág 158). Ainda que católico, parece inconscientemente concordar com a nossa tese (vol. 4) e escreve: "Seus discípulos teriam podido ser tentados a organizar círculos fechados, só comunicando a alguns apenas a plena iniciação que tinham recebido".


A contradição flagrante do início do trecho demonstra à evidência que algo de oculto existe nas palavras escritas. Com efeito, é dito que "se supercongregavam (epi + syn + ágô) dezenas de milhares de povo ", a ponto de "se pisarem mutuamente, uns por cima dos outros" e, no entanto acrescenta que" falou a seus discípulos" apenas! Como? Difícil de entender, se não lermos nas entrelinhas a realidade, de que modo falou apenas a alguns, no meio de uma multidão.


No âmbito fechado da Escola Iniciática é compreensível. Às instruções que dava o Mestre aos discípulos encarnados, compareciam também os discípulos desencarnados, que se preparavam para reencarnar, a fim de, nos próximos decênios, continuar a obra dos Evangelizadores de então. O que o evangelista notou é que esses espíritos desencarnados compareciam "as dezenas de milhares" (cálculo estimativo, pela aparência, já que é bem difícil aos encarnados, mesmo videntes, contar o número de desencarnados que se apresentam em bloco numa reunião). Sendo desencarnado, eram visto, juntos (syn), uns como que "por cima" dos outros (epi). pisando-se (literalmente katapatéô é "pisar em cima") ou seja, uns espíritos mais no alto outros mais em baixo. Compreendendo assim, fica clara a descrição e verdadeira.


Seguem se as instruções dadas aos iniciados:

1) Precisam. primeiro que tudo (prôton) tomar cuidado com o fermento que é a hipocrisia do tipo dos fariseus, e que, mesmo iniciando-se pequenina, cresce assustadoramente com o decorrer do tempo.


Em outras palavras, eles mesmos devem ser verdadeiros, demonstrando o que são; e não apresentar-se falsamente com um adiantamento espiritual que não possuem ainda. Sinceridade, sem deixar que os faça inchar um convencimento irreal. Honestidade consigo mesmo e com os outros, analisando-se para se não ficarem supondo mais do que são na realidade. Naturalidade, não agindo de um modo quando sós e de outro quando observados.


2) A segunda instrução refere-se aos ensinamentos propriamente ditos. Da mesma forma que não adianta exteriorizar algo que não exista na realidade íntima, porque tudo virá à tona cedo ou tarde, desmascarando o hipócrita, o mentiroso, assim também de nada valerá querer manter secretos

—quando o tempo for chegado - os ensinos iniciáticos que ali estão sendo dados. Haverá gente que se arvorará em "dono" do ensino do Cristo, interpretando-o somente à letra e combaterá, perseguindo abertamente ou por portas travessas, os que buscam revelar a Verdade desses ensinos.


Nada disso terá resultado. A Verdade surgirá por si mesma, tudo o que estiver oculto será revelado, às vezes pelas pessoas menos credenciadas, e todos, com o tempo terão acesso à verdadeira interpretação. O que está dito "na adega" (en tois tamieíois), será apregoado por cima dos tetos; tudo o que foi ensinado nas trevas, será ouvido na luz plena da Imprensa. Preparem-se, pois, porque os que se supõem "donos" do assunto, encarnados ou desencarnados, se levantarão dispostos a destruir as revelações. Não haja susto, nem medo, porque não os atingirão.


3) Sobre isso versa a terceira instrução, esclarecendo perfeitamente que o HOMEM NÃO É SEU CORPO. Por isso, podem os perseguidores da Verdade lançar nas masmorras, torturar, queimar e assassinar nas fogueiras das inquisições os corpos de todos eles: a Verdade permanecerá de pé, íntegra inatingível e indestrutível. "Eles" matam apenas os corpos e nada mais podem fazer, embora se arvorem o poder que eles mesmos se atribuem ridiculamente de condenar ao inferno eterno.


Mas isso é apenas vaidade e convencimento tolos e vazios. São palavras sem fundamento real.


E o Mestre, o Hierofante e Rei, Sumo Sacerdote da "Assembleia do Caminho", assume o tom carinhoso para falar "a seus amigos", e diz que só há um que deve ser temido: aquele que tem o poder real de lançar a criatura na "geena" deste vale de lágrimas, em novas encarnações compulsórias. E o único que possui essa capacidade é o Eu Profundo, o Cristo Interno que, ao verificar que não progredimos como devêramos, nos mergulha de novo neste "vale dos gemidos", em nova encarnação de aprendizado.


Porque tudo o que geralmente chamamos "resgate" é, na realidade, nova tentativa de aprendizado, embora doloroso. O Espirito que erra numa vida, em triste experiência, por sair do rumo, e comete desatinos, voltará mais outra ou outras vezes para repetir a mesma experiência em que fracassou, a ver se aprende a evitá-la e se se resolve a comportar-se corretamente, reiniciando a caminhada no rumo certo. Se alguém comete injustiças ou crueldades que prejudiquem aos outros, voltará na vida seguinte à "geena" para assimilar a lição de experimentar em si mesmo o que fez a outrem. Verá quanto dói em si mesmo o que fez os outros sofrerem. Mas isso não é castigo, nem mesmo, sob certos aspectos é resgate: trata-se de APRENDIZADO, de experiências práticas, único modo de que a Vida dispõe para ensinar: a própria vida. A esse Eu Profundo, Cristo-em-nós, devemos temer. É nosso Mestre - nosso "único Mestre (MT 23:10) - e Mestre severo que nos ensina de fato, cumprindo Sua tarefa à risca, sem aceitar "pistolões". E, para não incorrer em sua justa e inflexível atuação, temos que ouvir-Lhe as intuições, com a certeza absoluta de que Ele está vigilante a cada minuto segundo, plenamente desperto, sem distrações nem enganos, e permanece ativo em cada célula, em cada fio de cabelo.


4) Por que temer, então, os perseguidores das personagens transitórias, que nascem já destinadas a desaparecer, que se materializam somente durante mínima fração de tempo, para logo se desmaterializarem?


Cada fio de cabelo está contado e numerado (êríthmêntai) por esse mesmo Cristo que está em nós, em cada célula, em cada cabelo, em cada passarinho, por menor e mais comum que seja, em cada inseto, em cada micróbio: em tudo. Se a Divindade que está EM TUDO e EM TODOS cuida das coisas minúsculas e sem importância (cinco são vendidos por dois vinténs) como não cuidará de nós, SEUS AMIGOS, já muito mais evoluídos e com o psiquismo desenvolvido, com o Espírito apto a reconhecê-Lo?


5) Depois dessa lição magnífica, passa o evangelista a resumir outro ensino, no qual tornamos a encontrar o mesmo verbo homologéô que interpretamos como "sintonizar". Aqui também cabe esse mesmo sentido. Todo aquele que, em seu curso de iniciação, tiver conseguido sintonizar com o Cristo Interno ("comigo") durante a encarnação terrena ("perante os homens"), esse terá confirmada, quando atingir o grau de liberto das encarnações humanas a sintonia de Filho do Home "entre os Espíritos de Luz", já divinizados, que se tornaram Anjos ou Mensageiros de Deus.


Mas se não conseguiu essa sintoma, negando o Cristo e ligando-se à matéria (Antissistema) "será renegado" pelos Espíritos Puros, e terá que reencarnar: não alcançou a sintoma, a frequência vibratória da libertação definitiva. Em sua volta à carne, continuará o trabalho de aprendizado e treinamento iniciático, até que chegue a esse ápice, que é a meta de todos nós.


6) A instrução seguinte é o resumo do que já foi exposto em Mateus e Marcos, com o mesmo sentido.


Mas Lucas, nesta esquematização, abreviou demais a lição. Felizmente as anotações dos dois outros discípulos nos permitem penetrar bem nitidamente o pensamento do Mestre.


7) A última instrução deste trecho é uma garantia a todos os discípulos que se iniciaram na Escola de Jesus. As perseguições virão. Os interrogatórios serão realizados com incrível abuso de poder e falsidade cruel e ironia sarcástica, por indivíduos que revelam possuir cérebros cristalizados em carapaças de fanatismo. Não importa. O Espírito será iluminado pelo Cristo Interno, e as respostas, embora não aceitas, virão à luz, para exemplo e lição.


* * *

Mas percebemos terceira interpretação: O Cristo Interno, Eu Profundo, dirige-se ao Espírito da própria criatura e à personagem.


Sendo a personagem, de fato, constituída de trilhões de células, cada qual com sua mente, não há exagero nem hipérbole na anotação de Lucas. São mesmo "dezenas de milhares de multidão que se aglomeram, pisando umas sobre as outras". Não obstante, o Cristo se dirige às mais evoluídas, capazes de entendimento por terem o psiquismo totalmente desenvolvido: o intelecto, que é o "parlamento representativo" das mentes de todas as células e órgãos.


Resumamos a série de avisos e instruções dadas em relação aos seis principais planos de consciência da personagem encarnada, através do intelecto, que é onde funciona a "consciência atual". Recomenda que:

1. º - não assuma, no físico as atitudes falsas da hipocrisia farisaica, de piedade inexistente, de sorrisos que disfarçam esgares de raiva;


2. º - quanto às sensações do duplo, não adiantará escondê-las: serão reveladas: e as palavras faladas em segredo serão ouvidas, e as sensações furtadas às escondidas no escuro, virão à luz: tudo o que fazemos, fica registrado no plano astral;


3. º - quanto às emoções do astral, lembre-se de que constitui o astral das células e órgãos um grup "amigo", pois durante milênios acompanham a evolução da criatura. Mas que não se emocione no caso de alguém fazer-lhe perder o físico através da morte, porque não será destruído o astral. Devem temer-se as coisas que coagem a novamente lançá-lo na "geena", no sofrimento das encarnações dolorosas: os vícios, os gozos infrenes, os desejos incontrolados, as ambições desmedidas, a sede de prazeres, os frêmitos de raiva. No entanto, apesar de tudo, o Eu Profundo controla tudo, até os fios de cabelo, e portanto ajudará a recuperação total, não abandonando ninguém;


4. º - o próprio intelecto deve buscar ardorosamente a sintoma com Ele, o Cristo, a fim de que receba a indispensável elevação ao plano mental abstrato, e não permaneça mais preso ao plano astral animalesco.


Mas se não for conseguida a sintonia, porque negou o Cristo Interno, ficará preso à parte inferior da animalidade, e permanecerá renegado diante da Mente, mensageira divina;


5. º - o Espírito individualizado não se importe com os ensinos errados que forem dados contra as criaturas humanas, contra os homens: mas que jamais se rebele nem blasfeme contra o Espírito, já puro e perfeito, porque o que Ele faz, mesmo as dores, está sempre certo;


6. º - a Mente não se amedronte, quando convocada a responder perante autoridades perseguidoras: o Espírito puro do Cristo Interno jamais a abandonará, e na hora do perigo lhe inspirará tudo o que deve transmitir como defesa e resposta às inquirições.


Outras interpretações devem existir, mas não nas alcançamos ainda. O fato, porém, é que essas já são suficientes como normas de vida e de comportamento para todos aqueles que desejam penetrar no caminho e segui-lo até o fim.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 15
F. O AVANÇO DAS TESTEMUNHAS, Atos 6:1-7

1. A Indicação dos Sete (6:1-6)

A palavra discípulos (1) aparece aqui pela primeira vez no livro de Atos (ver os comentários sobre 1.15). Ela significa, literalmente, "aprendizes". É usada nos Evange-lhos para referir-se aos seguidores de João Batista (e.g., Mt 9:14), dos fariseus (e.g., Mc 2:18), de Moisés (Jo 9:28) e de Jesus (e.g., Lc 6:17). A sua aplicação mais freqüente é em relação aos doze apóstolos. No livro de Atos (vinte e oito vezes), normalmente refere-se aos cristãos em geral. Nas outras partes deste livro, eles são chamados "santos" (9.13), "irmãos" (1.15, em algumas versões; 9.30), "nazarenos" (24.5). Mas discípulos é "talvez a palavra mais característica dos cristãos no livro de Atos".159

Crescendo o número dos discípulos significa literalmente "enquanto os discípu-los se multiplicavam" (particípio presente, indicando um crescimento contínuo). Quanto mais membros uma igreja tem, mais problemas em potencial ela apresentará. Agora, iniciava-se uma murmuração — o som da palavra grega sugere o zumbir das abelhas -por parte dos gregos. A palavra grega é hellenistes, que deveria ser traduzida como "helênicos". Diz-se que esta foi "a primeira aparição desta palavra na literatura gre-ga".'" Ela é encontrada somente duas outras vezes no Novo Testamento (Atos 9:29-11.20). Aparentemente, significa pessoas "de língua grega". Bruce escreve: "O contexto irá en-tão determinar mais exatamente que tipo de pessoas de língua grega são elas: aqui, cristãos judeus de língua grega; em 9.29, provavelmente judeus de língua grega nas sinagogas; em 11.20, provavelmente gentios".

Em contraste com os helênicos, estavam os hebreus. Isto parece querer dizer "ju-deus de língua hebraica ou aramaica".1' No Novo Testamento, a palavra aparece nova-mente somente em II Coríntios 11:22, e em Filipenses 3:5. Em ambos os casos, Paulo aplica-a a si mesmo, como um rígido observador da lei — ou possivelmente como um judeu de puro sangue.

A causa desse murmúrio era que as suas viúvas eram desprezadas — "negligencia-das" (somente aqui no NT) — no ministério cotidiano. Com respeito a viúvas, Lake e Cadbury afirmam: "Em geral, o termo 'viúvas' vem a ter um duplo sentido: (a) todas as mulheres que tinham perdido os seus maridos; (b) um número seleto de classe elevada, que era indicado a uma posição definida dentro da organização da igreja como parte do `clero' (cf. clérigos).' O significado anterior provavelmente aplica-se às viúvas aqui, e o último àquelas de I Timóteo 5:9-10.

A palavra grega para ministério é traduzida como "socorro" em 11.29. Esta é, evidentemente, a idéia aqui. Com os fundos que os cristãos tornavam disponíveis (cf. Atos 2:44--45; 4:32-37), os pobres e os necessitados eram cuidados no cotidiano com uma doação de alimentos. Knowling faz esta sugestão significativa: "É bem possível que as viúvas helênicas tivessem sido ajudadas anteriormente com o tesouro do Templo, e que essa ajuda tenha cessado, visto que elas se uniram à comunidade cristã".164

A palavra chera, viúva, aparece nove vezes no Evangelho de Lucas — somente três vezes nos demais Evangelhos juntos — e três vezes no livro de Atos. Ela está de acordo com a ênfase de Lucas sobre as mulheres (ver a introdução do Evangelho de Lucas). Em outras passagens do Novo Testamento, a palavra é encontrada com maior freqüência na primeira carta a Timóteo (oito vezes). Poderia ser um dos diversos itens menores que indicam a possibilidade de que Lucas foi o escrevente de Paulo para as epístolas pastorais (cf. 2 Tm 4,11) ?

Os doze (2) — uma citação encontrada somente aqui no livro de Atos — convocaram uma reunião da igreja: a multidão dos discípulos. Com santificado bom senso, os apóstolos declararam que não era razoável (adequado) que eles deixassem a palavra de Deus — ensinassem e anunciassem — e servissem às mesas. "Servir" é o verbo diakoneo. O substantivo cognato diakonia é traduzido como "ministério" no versículo 1. Como "diácono" vem de diakonos, os homens aqui escolhidos são freqüentemente mencionados como "os sete diáconos", mas esta designação não lhes é dada no texto. Provavelmente, não havia um cargo técnico como o dos diáconos neste estágio primitivo da igreja.

"Servir às mesas" normalmente é interpretado como servir comida. Mas a palavra trapeza era usada para as mesas dos cambistas (e.g., Mt 21:12). Em Atenas, hoje, pode-se ver uma Trapeza em cada banco. Também trapezeites (somente em Mt 25:27) significa "banqueiro", ou "cambista". Lumby comenta aqui: "Servir às mesas significa dirigir a mesa ou o balcão onde o dinheiro era distribuído".1" É possível que a frase fosse interpretada com o sentido mais amplo de administrar os assuntos financeiros da igreja, da qual uma parte importante era a provisão de comida para os necessitados. Não é provável que os doze apóstolos realmente servissem às mesas de comida, embora tivessem servido pão e peixes, com as próprias mãos, aos cinco mil e aos quatro mil. De qualquer forma, o verbo forte traduzido como deixemos (ou "abandonemos") implica que todo o tempo dos doze estava sendo tomado por estes cuidados com as necessidades temporais dos irmãos".' Quando ministros ordenados passam a maior parte do tempo cuidando dos assuntos materiais da igreja, a vida espiritual do povo fica prejudicada.

O curso da ação que os apóstolos prescreviam era sábio. Uma divisão de trabalho era a única solução satisfatória. Sete bons homens leigos seriam indicados para cuidar dos assuntos materiais da congregação enquanto os apóstolos perseverariam na oração e no ministério da palavra (4).

Praticamente todas as palavras ou frases dos versículos 3:4 estão cheias de signi-ficado. O termo irmãos é aplicado aqui pela primeira vez aos cristãos como irmãos espi-rituais em Cristo. Este uso ocorre trinta e quatro vezes no livro de Atos e freqüentemente nas epístolas.

Escolhei literalmente quer dizer "procurar, visitar ou inspecionar, com o objetivo de encontrar as qualificações necessárias".' Dentre vós — literalmente "no seu meio" -enfatiza o fato de que deveria haver cuidado na seleção dos encarregados da igreja.

A escolha de sete varões tem sido explicada de várias maneiras. Sugeriu-se que Jerusalém pode ter sido dividida em sete distritos, ou que havia sete congregações cris-tãs que se reuniam em casas particulares. A razão mais provável é a mais simples — sete era um número sagrado para os judeus, significando perfeição.
As qualificações destes homens deviam ser três: 1. Boa reputação; 2. Cheios do Espí-rito Santo; 3. Cheios... de sabedoria — "sabedoria prática"' ou tato. Essas ainda são as três qualificações principais para os trabalhadores cristãos.
Os sete candidatos deveriam ser escolhidos por toda a congregação. Este proce-dimento democrático era um primeiro passo importante para neutralizar reclama-ções. Os apóstolos então constituiriam os homens escolhidos sobre este importante negócio — literalmente "necessidade". Mas aqui esta atividade pode ser traduzida como "ofício".1"

O resultado desta indicação pode ser que os apóstolos poderiam dedicar todo o seu tempo ao trabalho para o qual foram chamados, e para o qual estavam qualificados. Com respeito à oração, Bruce diz: "A adoração regular da igreja é o que isso significa".' A realização da adoração pública (oração) e pregação (o ministério da palavra) deviam ser as suas principais tarefas.

A proposta feita pelos apóstolos contentou a toda a multidão (5). Eles elegeram — lit., "escolheram por si mesmos" — sete homens do seu meio. O primeiro foi Estêvão. Este é descrito adicionalmente como um homem cheio de fé e do Espírito Santo. Para a sua difícil tarefa de satisfazer os murmuradores helenistas, ele precisaria do otimismo da fé, da bondade e sabedoria do Espírito. O fato de Estêvão ser destacado com uma menção especial se deve, talvez, ao fato de que este incidente forma um prelúdio para o seu martírio. Estêvão significa "coroa", e ele foi o primeiro cristão a receber a coroa de mártir.

Filipe tornou-se um pregador e evangelista depois da morte de Estêvão (Atos 8:5-40; 21.8). Dos demais homens, não se faz outra menção no Novo Testamento. Sobre Prócoro, Lake e Cadbury dizem: "Segundo uma lenda largamente encontrada na arte bizantina, ele era o escriba a quem João ditou o quarto Evangelho".' Nicolau é identificado como prosélito de Antioquia. A menção a esta cidade reflete o interesse especial de Lucas no lugar, talvez devido ao fato de que Lucas nasceu ali. A região tem um papel importante na narrativa dos Atos (cf. Atos 11:19-30; 13 1:3; etc.).

O fato de Nicolau ser especificado como um prosélito — gentio convertido ao judaís-mo — não implica necessariamente que os outros seis fossem todos judeus. Freqüentemente, ressalta-se que eles podem ter pertencido ao grupo helenista da igreja. Neste caso, eles teriam sido mais aceitáveis para os helênicos que reclamavam e tam-bém mais solícitos às necessidades desse grupo minoritário. Era uma manobra de tato.

Depois de os sete homens serem selecionados pela congregação, eles foram apre-sentados ante os apóstolos (6), provavelmente em uma importante reunião que teve a participação de toda a igreja. Os apóstolos, orando, lhes impuseram as mãos. Isto sugere uma ordenação oficial destes homens para o seu ministério especial. O padrão já tinha sido estabelecido pelos judeus.'

Ramsay descreve assim a importância deste evento: "Um passo distinto em direção à igreja universalizada foi tomado aqui; já era conhecido que a igreja era maior que a raça judaica pura; e o elemento não judeu era elevado a um posto oficiar.'

Aqui temos alguma ajuda sobre "como solucionar problemas": 1. Reconhecer o pro-blema (1- - 2a) ; 2. Recusar-se a subordinar o que é essencial (
- 2b) ; 3. Remover as causas de reclamações (3-6) ; 4. Colher os resultados de uma solução sensata (7).

2. Cresce o Número de Convertidos (6,7)

O resultado desta manobra tática que libertou os apóstolos para um ministério espiri-tual de tempo integral tinha três partes: 1. A palavra de Deus crescia em poder e em publicidade; 2. Multiplicava-se muito o número dos discípulos em Jerusalém, devido tanto às necessidades materiais quanto às espirituais da congregação que estava sendo cuidada adequadamente; 3. O crescimento de grande parte dos sacerdotes que obedecia à fé — Josefo diz que havia vinte mil sacerdotes nessa época."' Aqui, o uso da expressão a fé, significando o cristianismo, antecipa o seu uso nas epístolas pastorais e mostra que este fator não pode ser usado como um argumento a favor da data posterior daquelas cartas.
Por que a menção especial à conversão de grande número de sacerdotes? Lumby sugere: "Para estes homens, o sacrifício seria maior do que para os israelitas comuns, pois eles sentiam o peso completo do ódio contra os cristãos, e perdiam o seu status e apoio, assim como os seus amigos"."

G. TESTEMUNHAS ENVIADAS À MORTE, Atos 6:8-7.60

1. A Prisão de Estêvão (Atos 6:8-15)

No versículo 5, Estêvão foi descrito como "cheio de fé e do Espírito Santo". Aqui somos informados de que ele estava cheio de fé e de poder. O poder seria o do Espírito Santo, de modo que estes dois itens são intimamente correspondentes. Mas, ao invés da fé, o melhor texto grego apresenta "graça". Este termo significativo não aparece nunca nos textos de Mateus ou Marcos, e somente quatro vezes no texto de João. No entanto, Lucas utiliza-o oito vezes no seu Evangelho e dezesseis no livro de Atos. Paulo emprega-o mais de cem vezes nas suas treze epístolas. Ele representava uma nota dominante no pensamento religioso e teológico tanto de Lucas quanto de Paulo.
Capacitado com graça e poder, Estêvão fazia prodígios e grandes sinais (milagres). Não sabemos qual a natureza deles, mas podemos perfeitamente supor, com base no ministério dos discípulos, descrito tanto nos Evangelhos quando no livro de Atos, que eles eram principalmente milagres de cura e de expulsão de demônios.
Este gracioso ministério de Estêvão não prosseguiu sem desafios. Logo surgiu a oposição, vinda da sinagoga (9). Esta palavra aparece aqui pela primeira vez no livro de Atos.' Lucas usa synagogue mais freqüentemente do que qualquer outro autor do Novo Testamento — 35 vezes (quinze no seu Evangelho e vinte no livro de Atos) em um total de 57. A palavra, que significa literalmente "uma reunião", é tomada diretamente do grego. Como no caso do termo igreja, ela foi primeiramente aplicada à congregação, e mais tarde ao edifício. Nos Evangelhos, ela normalmente se refere ao lugar de adoração. Aqui, designa a congregação.

Existe grande incerteza com respeito a quantas sinagogas são indicadas neste versículo. Os estudiosos disseram: uma, duas, três, quatro e cinco — e todas as hipóteses são possíveis, no que diz respeito ao texto grego. Schuerer "não tinha certeza se a men-ção se refere a uma ou a cinco congregações",' mas finalmente eles se decidiram a favor de cinco.'" Lechler (Lange's Commentary) 179 e Hackett" concordam que havia cinco. Mas, colocando-as juntas, as da Cilicia e da Ásia (províncias da Ásia Menor), poderíamos pen-sar em quatro sinagogas. Page opina que são três: 1. A dos Libertos; 2. A dos cireneus e dos alexandrinos; 3. A da Cilicia e da Ásia." Knowlingl" e Plumptrel" opinam que são duas.

Calvin sustenta que havia somente uma sinagoga, composta dos Libertos das qua-tro regiões listadas.' Bruce concorda. Ele diz: "Estou propenso a pensar que somente se faz referência a uma sinagoga, freqüentada por homens libertos judeus ou seus descen-dentes, dos diversos lugares mencionados".1" Esta pode ser a melhor conclusão. Alexander modifica-a um pouco, ao escrever: "Uma construção diferente, e talvez a mais simples, é conectar synagogue somente com o primeiro nome, e entender o resto dos indivíduos como pertencendo às nações mencionadas"."

A respeito do significado de Libertos, lumby diz: "os Libertinoi eram provavelmente os descendentes de alguns judeus que tinham sido levados a Roma como cativos por Pompeu (63 a.C.) e tinham sido libertos (libertini) pelos seus opressores. Depois do seu retorno a Jerusalém, tinham formado uma congregação e usavam particularmente uma sinagoga".

Os cireneus eram de Cirene, no Norte da África, onde viviam muitos judeus.' Os alexandrinos eram da Alexandria, no Egito, somente superada por Roma como a maior metrópole do Império Romano (ver mapa 3). Existem evidências abundantes de dois escritores judeus do século I, Filo e Josefo, de que grande parte da população desta cida-de consistia em judeus. Knowling diz: "Segundo Filo, dois dos cinco distritos da cidade... eram chamados de 'os Judaicos', devido ao número de judeus que habitavam neles. Um quarteirão, o Delta, era inteiramente habitado por eles"."9

Cilicia é de especial interesse, uma vez que é a província natal de Paulo. É perfeita-mente provável que o jovem fariseu Saulo pertencesse a esta sinagoga e disputasse com Estêvão. A Ásia, como sempre no Novo Testamento, refere-se à província romana da Ásia, localizada na extremidade oeste da Ásia Menor (a moderna Turquia).

Disputar é a palavra "usada para referir-se aos capciosos questionamentos dos fariseus (Mac 8,11) e dos escribas (Mac 9,14) a Jesus e aos seus discípulos".1"

Os oponentes de Estêvão não foram capazes de resistir — a mesma palavra usada para a promessa de Cristo em Lucas 21:15à sabedoria e ao Espírito com que falava (10). A palavra Espírito deve ter a inicial maiúscula (cf. ASV, RSV). Era o Espí-rito Santo quem dava a Estêvão a sabedoria para falar tão eficazmente, de modo que não havia resposta para os seus argumentos.

Como não podiam competir com a argumentação inspirada de Estêvão, os seus oponentes recorreram a meios desonestos para combatê-lo. Eles subornaram uns homens (11). O verbo grego (somente aqui no NT), que significa literalmente "desor-ganizar", finalmente foi usado no sentido de "instigar". Lake e Cadbury comentam: "Ele se aplica à instigação secreta de pessoas que recebem sugestões sobre o que de-vem dizer, e é muito parecido com uma tramóia moderna".1" (Cf. RSV, "instigar secretamente"; Phillips, "corromper".)

As falsas testemunhas acusaram Estêvão de proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. Esta foi a mesma acusação feita contra Jesus (Mac 14,64) e a mais séria, aos olhos dos judeus.

Os oponentes helênicos de Estêvão excitaram (12) — somente aqui no Novo Testa-mento — o povo, os anciãos e os escribas — alguns dos quais talvez fossem ouvintes do debate. Investindo com ele, o arrebataram [prenderam] e o levaram ao conse-lho [o Sinédrio]. "Prender" (um termo que só é usado por Lucas) é um verbo forte, como "arrebatar". Lumby diz: "as palavras indicam uma boa dose de violência".'

Como não tinham nenhuma acusação verdadeira para trazer contra Estêvão, os líderes apresentaram-falsas testemunhas (13), como haviam feito anteriormente com Jesus (Mac 14:56-57). Provavelmente, com considerável sentimento, elas declararam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei. Não havia acusação mais grave que pudessem ter feito contra ele. O Templo e a Lei eram as duas coisas tidas como mais sagradas pelos judeus. Falar contra eles era considerado um crime que merecia a pena capital.

A seguir, eles citaram um exemplo específico da suposta blasfêmia. Eles tinham ouvido Estêvão dizer — assim afirmavam — que esse Jesus Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos deu (14). Assim como os líderes judeus haviam torcido o que Jesus tinha dito sobre o seu corpo ser destruído (Mac 14.58), agora eles também distorceram as palavras de Estêvão — supondo que o que ele tinha dito era similar ao que encontramos em Atos 7:48-50. Como Jesus, no monte das Oliveiras (Mac 13.2), havia predito a destruição do Templo, talvez seja possível que Estêvão tenha ecoado as palavras do Mestre. Quanto à mudança dos costumes, as suas palavras em Atos 7 podem ser interpretadas como uma sugestão disso. Assim, ele pode ter dado esta impressão anteriormente, por alguma coisa que tivesse dito.

Qual foi a reação de Estêvão a estas falsas acusações? Não foi ira, mas sim amor. Os membros do Sinédrio viram o seu rosto como o rosto de um anjo (15). Esta era uma prova visível do fato de que ele estava "cheio do Espírito Santo" (5). Como o rosto de Moisés brilhava quando ele desceu do monte Sinai, depois de quarenta dias na presença de Deus, e como o rosto de Jesus se transfigurou no monte, também o semblante de Estêvão iluminou-se com a glória do outro mundo. Esta cena retrata vividamente a diferença entre um judaísmo decadente e um cristianismo cheio do Espírito.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Atos Capítulo 6 versículo 8
Estêvão:
Primeiro mártir cristão (At 7:54-60). Este, como Jesus, fazia prodígios e grandes sinais e foi acusado também de falar contra Deus e contra o templo (vs. At 13:14). As suas últimas palavras (At 7:59-60) também relembram as de Jesus.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 15
*

6.1 viúvas... estavam sendo esquecidas. O Antigo Testamento requeria cuidado pelos pobres e nescessitados (Sl 9:18, nota). Esta solicitude é vista na ação social que acontece em 2.44,45; 4:34-37. Aqui o velho problema da discriminação tinha emergido: as viúvas dos judeus gregos (ou de fala grega) eram consideradas forasteiras pelos judeus nativos e assim não estavam recebendo sua porção na distribuição de alimentos, provavelmente derivada em parte da generosa doação de 4:34-37.

* 6.2 os doze. Os doze apóstolos incluindo Matias (1.26). Esta é uma mudança de “os onze” (1.26; 2.14; Lc 24:9,33).

discípulos. A primeira das várias vezes em que os crentes são chamados “discípulos” em Atos (p.ex., v.7; 9.1; 11.26; 13,52) Paulo não usa este termo para identificar cristãos.

a palavra de Deus. Nesta organização inicial da igreja do Novo Testamento, dois ministérios estão listados: o ministério da palavra e oração (v.4); e o ministério de satisfazer as necessidades físicas do povo, tal como servir a mesa. O verbo grego é diakoneo (“servir”), do qual deriva a palavra “diácono”. Em 6.1 o respectivo substantivo é traduzido por “distribuição”, e no v.4 por “o ministério”. O ofício de diácono, que pode ter tido seu começo aqui, é descrito em 1Tm 3:8-13.

* 6.3 irmãos, escolhei... sete homens. Os membros da igreja elegeram os sete, e os apóstolos puseram-nos a parte (ordenaram) pela oração e pela imposição de mãos (v.6).

cheios do Espírito e de sabedoria. Os dois requisitos para um ministério de serviço, em todos os tempos, são obediência ao Espírito e ação guiada pela sabedoria.

* 6.5 Estêvão... Nicolau. Todos os sete homens tinham nomes gregos, que pode indicar o fato de serem eles judeus da dispersão, embora muitos judeus palestinos também tivessem nomes gregos. Atributos são citados para o primeiro e o último dos sete: para Estêvão (“cheio de fé e do Espírito Santo”) que aparece em 6.8—7.60, e para Nicolau, “prosélito de Antioquia”. Antioquia logo tornou-se um centro de atividade missionária. O ministério posterior de Filipe em Samaria e com o eunuco etíope estão descritos no cap. 8.

*

6.8 Estêvão... fazia prodígios e grandes sinais. Filipe, outro dos sete, também fez milagres mais tarde, assim como os apóstolos que os haviam ordenado (8.6).

* 6.9 sinagoga... dos Libertos. Composta de judeus libertos da escravidão, que neste caso eram de Cirene, uma cidade bem conhecida do norte da África.

Cilícia. Uma província romana da parte sudeste da Ásia Menor sendo Tarso (9.11,30; 11.25), cidade natal de Paulo, uma de suas cidades principais.

Ásia. A província romana na parte oeste da Turquia atual.

* 6.11 blasfêmias contra Moisés e contra Deus. Embora à luz do evangelho ele possa ter começado a expressar preocupação a respeito da observância vazia dos detalhes técnicos da lei, Estêvão só dizia, como está evidente no cap. 7, que Moisés, como Jesus, e como o próprio Estêvão, foi rejeitado pelo povo (7.35,39). Isto não poderia ser tomado como blasfêmia contra Moisés e Deus.

* 6.13 contra o lugar santo e contra a lei. Estêvão não falou contra o templo, mas somente declarou que Deus não estava confinado a um templo terreno, uma vez que o céu era seu lar e seu trono (7.48-50). Estêvão, na realidade, sustentava a lei mosaica e o seu ensino, especialmente naquilo que apontava para o Cristo vindouro (7.37,38).

*

6.14 Jesus, o Nazareno, destruirá este lugar. A liderança judaica tinha ouvido a mal interpretada citação de Jesus em Jo 2:19, mas não há evidência de que Estêvão a tivesse conhecido ou usado.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 15
6:1 Quando lemos as descrições da igreja primitiva, os milagres, sua forma de compartilhar, a generosidade e o companheirismo, possivelmente desejamos ter sido parte desta igreja "perfeita". Mas em realidade, a igreja primitiva teve problemas como os que temos hoje. Nenhuma igreja foi nem será perfeita até que Cristo e sua Igreja se unam em sua Segunda Vinda. Todas as Iglesias têm problemas. Se os inconvenientes de sua igreja o desanimam, pergunte-se: "Permitirá-me uma igreja perfeita ser seu membro?" Logo faça o que esteja a seu alcance para que sua igreja seja melhor. Uma igreja não tem que ser perfeita para ser fiel.

6.1ss Outro problema interno se apresentou na igreja primitiva. Os judeus hebreus, judeocristianos nativos, falavam aramaico, um idioma semita. Os cristãos de fala grega talvez eram judeus de outras terras que se converteram no Pentecostés. Os cristãos de fala grega murmuravam sobre o trato injusto para suas viúvas. Possivelmente este favoritismo não foi intencional, mas se originou pela barreira do idioma. Para resolver o problema, os apóstolos procuraram sete homens respeitados de fala grega que se encarregassem do plano de distribuição de mantimentos. Isto pôs ponto final ao problema e permitiu aos apóstolos concentrar-se em seu ministério do ensino e pregar as boas novas a respeito do Jesus.

6:2 "Os doze" são os onze discípulos originais e Matías, que se escolheu para ocupar o lugar do Judas 1scariote (1.26).

6.2-4 À medida que a igreja primitiva crescia em tamanho, suas necessidades também aumentavam. Uma delas foi organizar a distribuição de mantimentos aos necessitados. Os apóstolos precisaram enfocar toda sua atenção na predicación, de maneira que escolheram a outros para que administrassem o programa de mantimentos. Cada pessoa joga um importante papel na vida da igreja (veja-se 1 Corintios 12). Se você estiver em uma posição de liderança e tem muita responsabilidade, determine as habilidades que Deus lhe deu, assim como também as prioridades, e logo procure a ajuda de outros. Se não ser líder, tem dons que Deus pode usá-los em diversos aspectos do ministério da igreja. Ofereça estes dons ao serviço de seu Senhor.

6:3 Esta tarefa administrativa não se tomou à ligeira. Note os requerimentos para os homens que se encarregassem do programa de alimentação: de bom testemunho e cheios do Espírito Santo e de sabedoria. Os trabalhos que requerem responsabilidade e trato com pessoas necessitam líderes com estas qualidades. Devemos procurar os que são espiritualmente amadurecidos e sábios para dirigir hoje nossa igreja.

6:4 As prioridades dos apóstolos foram adequadas. O ministério da Palavra nunca deve descuidar-se devido a preocupações administrativas. Nunca se deve tratar nem esperar que os pastores o façam tudo. O trabalho da igreja deve compartilhar-se entre todos os membros.

6:6 A liderança espiritual é um negócio muito sério e não deve tomar-se à ligeira, já seja pela igreja ou por suas líderes. Na igreja primitiva, os apóstolos ordenaram ou comissionaram (separados em oração e com imposição de mãos) aos escolhidos. Impor as mãos sobre alguém, na prática judia antiga, simbolizava apartar a uma pessoa para que cumprisse um serviço especial (vejam-se Nu 27:23; Dt 34:9).

6:7 Jesus disse aos apóstolos que deviam ser primeira testemunhas em Jerusalém (1.8). Em pouco tempo, sua mensagem se infiltrou na cidade inteira e em todos os níveis sociais. Inclusive alguns sacerdotes se converteram, indo contra as diretivas do concílio judeu e pondo em perigo sua posição.

6:7 A Palavra de Deus se propagava como ondas em um lago, de um centro único, cada uma tocando a próxima, com maior amplitude e alcance. Inclusive hoje, o evangelho se difunde assim. Você não tem que trocar o mundo em forma isolada. Senta-se parte de uma onda, tocando aos que estão perto de você, quem a sua vez farão o mesmo até que todos sintam o movimento. Não pense que sua parte é insignificante nem intrascendente.

6.8-10 O requisito mais importante para qualquer classe de serviço cristão é estar cheio de fé e do poder do Espírito Santo. Pelo poder do Espírito, Esteban foi um bom administrador, operário milagroso (6,8) e evangelista (6.10). Pelo poder do Espírito Santo você pode exercer os dons que Deus lhe deu.

6:9 Os chamados libertos eram um grupo de judeus escravos liberados por Roma e tinham sua própria sinagoga em Jerusalém.

6:11 Estes homens mentiram contra Esteban, causando sua detenção e apresentação ante o concílio judeu. Os saduceos eram a partida dominante no concílio judeu, aceitavam e estudavam somente os livros do Moisés (Gênese ao Deuteronomio). Desde seu ponto de vista, falar blasfêmia contra Moisés era um crime. Pela mensagem do Esteban (capítulo
7) entendemos que esta acusação era falsa. Esteban apoiou seu resumo da história israelita nos escritos do Moisés.

6:14 Quando levaram ao Esteban ante o Sanedrín (concílio de líderes religiosos), a acusação em seu contrário foi quão mesma os líderes religiosos usaram contra Jesus (Mt 26:59-61). Acusaram falsamente ao Esteban de querer jogar a um lado a Lei do Moisés porque sabiam que os saduceos, quem controlava o concílio, acreditavam sozinho nela.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 15
VII. PRIMEIROS problemas de organização da Igreja (At 6:1 ). O segundo teve a sua origem na ampliação da igreja e consistia em acusações de discriminação, se não práticas, bem como a divisão de responsabilidades da igreja. Estes problemas foram resolvidos pela sabedoria humana divinamente ajudado.

1. O Problema do Alargamento (At 6:1 , At 2:47 ; At 5:14 ); mas agora o crescimento, resultante das vitórias apostólicos sob as bênçãos de Deus, tornou-se tão rápido que ele pode ser referido como "multiplicação". Nem foi esta igreja que cresce rapidamente, sem suas dores de crescimento. O crescimento é normal e saudável, mas sempre produz os seus problemas de novas adaptações, como a expansão e maturidade continuar. A indisposição para atender e resolver esses problemas nunca vai sufocar o crescimento e destroem o organismo. Aceitou os apóstolos como um desafio.

2. O problema da discriminação (At 6:1 ; 1Tm 5:3 , 1Tm 5:16 ), foi uma das primeiras instituições cristãs. Esta negligência das viúvas gregas pelos administradores hebraico-cristã de bens temporais, provavelmente, não foi intencional, mas revelou uma fraqueza essencial do communalism cristã primitiva.

3. O Problema de Responsabilidades (At 6:2 ; At 5:2 ; At 1:8 ; e At 21:8 ). Os elementos essenciais para a sua ordenação foram oração e da imposição das mãos dos apóstolos. Este costume era muito antiga e foi emprestado dos judeus pelos cristãos (ver 27 Num: 18-23. ; . Dt 34:9 ).

RESULTADOS D. Beneficente (At 6:7 ), e escritórios temporais da Igreja de forma sensata e satisfatória administrados pelos gestores recém-eleitos, não é de admirar que o avivamento continuou. A palavra de Deus aumentou em prender, iluminando, de condenação, a conversão, entrega e poder de limpeza. Sob poder vivificador do Espírito, produzido por fervorosa oração, a Palavra de Deus torna-se "viva e eficaz" (He 4:12. , He 4:13 ). A Palavra animada pelo Espírito é sempre produtiva de revivals.

2. A Igreja Multiplied (At 6:7 ). Uma vez que havia 24 cursos em Jerusalém, literalmente multidões, não há nenhum problema com a conversão de uma grande parte dos sacerdotes .

VIII. A IGREJA DE primeiro mártir (At 6:8)

Estevão foi o primeiro dos sete leigos oficiais da igreja escolhidas para administrar os assuntos temporais dos discípulos (At 6:5)

9 Mas levantaram-se alguns dos que eram da sinagoga chamada sinagoga dos libertos, dos cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão. 10 E eles não foram capazes de suportar o sabedoria e ao Espírito com que falava. 11 Então subornaram uns homens, que disseram: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Dt 12:1. ; Dt 11:13 ; . Nu 15:37 ), recitado em uníssono com certas bênçãos; (2) as orações, com respostas por parte da congregação, em pé; (3) a leitura de trechos selecionados pelo governante da Torá e os Profetas, com um acompanhamento tradução do hebraico para o aramaico; (4) um endereço por qualquer pessoa selecionada pelo governante; e (5) uma benção, proporcionado um padre estavam presentes para dar; caso contrário, uma oração foi substituído.

Aqueles mencionado aqui, os membros dos quais atacaram Estevão, são a sinagoga dos Libertines , que consiste em libertos dos descendentes romanas de prisioneiros feitos por Pompeu (Crisóstomo); cireneus , composto por membros de Cirene, capital da Líbia superior em África, um -fourth parte de qual cidade era judeu; alexandrinos , composta por povos de Alexandria, no Egito, dois quintos de qual cidade era judeu, ou cerca de 100.000 pessoas, e o lugar da tradução do Velho Testamento em grego (a Septuaginta); Cilícia , composta de pessoas da província da Cilícia, na Ásia Menor, que foi a casa do Paulo e da residência de muitos judeus (veja At 15:23 , At 15:41 ); e Ásia, com os membros da província da Ásia, na Ásia Menor, onde muitos judeus fanáticos residiu (v.At 6:9 ).

Não é possível combinar a sabedoria e ao Espírito com que Estevão pregou e fundamentado com esses judeus helenistas na sinagoga judaica ou sinagogas, eles recorreram aos meios sujos de empregar alguns homens perversos para fazer seu trabalho sujo de trazer falso testemunho contra ele perante o Sinédrio (v. At 6:12 ; conforme At 17:5 ).

3. As acusações contra Estevão (At 6:13 , 14)

13 e apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras contra este santo lugar, e da lei: 14 para nós o temos ouvido dizer que esse Jesus Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos.

As acusações movidas contra Estevão por estes contratados falsas testemunhas lembram muito do processo como contra Cristo no Seu julgamento. Na verdade, há muito no julgamento e morte de Estevão para lembrar um do julgamento e morte de Cristo.E isso não é surpreendente quando é lembrado que seus ataques ao judaísmo, mas eram a continuação dos ataques que Cristo tinha feito, e que ele proclamou o evangelho de Jesus Cristo. Especificamente, as acusações apresentadas contra Estevão foram quatro. Em primeiro lugar , ele foi acusado de blasfêmia (a muito grave crime religioso) contra Moisés, o judeu Legislador, e contra Deus (v. At 6:11 ); segundo , eles o acusaram de blasfemar contra e até mesmo prever, a destruição do templo judeu (13b ); terceiro , ele foi acusado de blasfêmia contra a própria Lei (13b ); e , finalmente , eles o acusaram de dizer que Jesus iria destruir o templo e alterar ou destruir os costumes transmitidos de Moisés. As acusações são todos, sem dúvida, uma perversão do que Estevão tinha realmente dito, mas a carga total é blasfêmia. Tanto o escárnio desdenhoso de lugares sagrados e da transgressão voluntária persistente dos mandamentos de Deus e desrespeito pela palavra de Deus (N1. 15:. 30f ), foram considerados como uma blasfêmia da mais alta ordem pelos judeus. Foi a acusação mais frequente interposto contra Jesus por Seus inimigos, os judeus, tanto em razão de suas pretensões à divindade e Sua interpretação da Lei (Mt 9:3 ; Mc 2:7. ), e, portanto, a morte de Jesus era considerado apenas pelos judeus (Jo 8:58 , Jo 8:59 ; Jo 10:33 ; 19: 7 ). Da mesma forma Estevão é colocado sob acusação pelo crime de blasfêmia, para o qual, se for condenado, ele pode ser executado, embora tal execução só poderia ser realizado legalmente por meio de aprovação oficial do procurador romano da Judéia.

Os governantes tiveram seu último aviso de Deus em Sua reivindicação de Estevão perante o conselho, enquanto ele estava a fazer a sua defesa com o rosto em um halo de glória divina parecida com o rosto de um anjo (v. At 6:15 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 15
Agora, encontramos um segundo pro-blema na congregação. No capítulo 5, foi a hipocrisia no coração de Ananias e de Safira; aqui, é a murmuração no grupo de crentes.

  • Dificuldade familiar (6:1-7)
  • Em um sentido, a murmuração era uma evidência da bênção! A con-gregação cresceu com tanta rapidez que os apóstolos não conseguiam lidar com a distribuição diária de alimentos, e, como resultado disso, alguns judeus gregos foram negli-genciados. É encorajador traçar o crescimento da igreja: 3 mil creram (2:41), depois o número de crentes crescia diariamente (2:47), a seguir, o número de membros da igreja passou para 5 mil homens (4:4), e esse número multiplicou (6:1), e, mais uma vez, o número multiplica-do cresceu muito (6:7).

    Qual era o segredo desse cres-cimento surpreendente? Para obter a resposta, leia 5:41-42: os líderes estavam dispostos a pagar qual-quer preço para servir a Cristo, e as pessoas viviam sua fé no dia-a-dia. At 5:42 é um bom padrão a ser se-guido: (1) serviço cristão diário; (2) serviço na casa de Deus; (3) servi-ço de casa em casa; (4) trabalho de todos os membros; (5) serviço con-tínuo; (6) ensino e pregação da Pa-lavra; (7) exaltação de Jesus Cristo. Apenas pastores e ministros devotos não fazem a igreja crescer; todos os membros devem fazer sua parte.

    Resolveu-se o problema do ali-mento dando prioridade às coisas prioritárias. Os apóstolos sabiam que o ministério principal deles era a ora-ção e a Palavra de Deus. Se as igrejas locais permitirem que seus pastores sigam At 6:4, haverá crescimento em força espiritual e em número de membros. A oração e a Palavra an-dam juntas Qo 15:7; Pv 28:9). Samuel (1Sm 12:23), Cristo (Mc 1:35-41) e Paulo (Cl 1:9-51) ministravam des-sa maneira. Em At 1:0). Mais tarde, Filipe torna-se um evange-lista (8:5,26; 21:8). Todo minis-tro da igreja deve ser evangelista. Veja como Deus abençoa as pes-soas quando estas enfrentam seus problemas com honestidade e os resolvem (v. 7).

  • Diácono fiel (6:8-15)
  • O nome Estêvão significa "coroa de vencedor" e, com certeza, ele ga-nhou uma coroa por ser fiel até a morte (Ap 2:10). De acordo com o versículo 3, Estêvão tinha uma re-putação boa entre os crentes, era cheio do Espírito e tinha sabedoria prática. Que ótima combinação para qualquer cristão! Ele deu du-plo testemunho: por suas palavras (v. 10) e por suas obras (v. 8).

    Em Jerusalém, havia centenas de sinagogas, muitas das quais edi- ficadas por judeus de outras terras. Judeus romanos, descendentes de escravos hebreus libertos, edifica- ram a sinagoga dos Libertos (v. 9). E interessante observar que Estê-vão testificou em um local em que havia judeus da Cilícia, pois Pau-lo era de lá (21:
    39) e pode muito bem ter debatido com Estêvão nes-sa sinagoga.

    O inimigo está sempre traba-lhando, e não levou muito tem-po para que Estêvão fosse preso. Acusaram-no de blasfemar contra Moisés e a Lei e de dizer que o templo seria destruído, o que pro-vavelmente referia-se às palavras de Cristo registradas em João 2:19- 21. Os judeus trataram Estêvão da mesma forma como fizeram com Jesus: pagaram falsas testemunhas, fizeram acusações dúbias e não lhe deram o benefício de um jul-gamento justo. (Veja Mc 14:58 e 64.) Deus testemunhou a fé de Es-têvão ao irradiar sua glória na face deste (2Co 3:1 2Co 3:8).

    No capítulo seguinte, examina-remos o grande discurso de Estêvão, em que ele mostra o fracasso de Is-rael ao longo dos séculos. À medida que Israel, por fim, rejeita Jesus Cris-to e persegue a igreja, o capítulo 7 torna-se o ponto de virada de Atos. Depois desse evento, a mensagem afasta-se de Jerusalém e dirige-se aos gentios.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 15
    6.1 Naqueles dias. Marca nova divisão no Livro (conforme 1.15). Discípulos. Somente em Atos se emprega este termo para crentes. Helenistas. Pela primeira vez aparece este vocábulo na literatura grega. Refere-se aos judeus de fala grega. Hebreus. Judeus da Palestina que falavam aramaico e usavam a Bíblia hebraica. O zelo missionário partiu dos crentes helenistas menos tradicionais, e desembaraçadas do problema da língua, visto que o grego era língua franca do Império Romano.

    6.2 Servir (gr diakonein) às mesas. Muitos vêem aqui a origem do diaconato (conforme Fp 1:1; 1Tm 3:0), cura (Mc 6:5), o Espírito Santo (At 8:17; At 19:6) ou responsabilidade e autoridade para serviço (At 13:3; 1Tm 4:4).

    6.7 Sacerdotes. Entre os que mais se opuseram a Cristo havia homens como Zacarias (Lc 1:0).

    6.14 Mudará os costumes. Estêvão percebendo que a fé cristã não se manteria dentro do judaísmo (conforme Mc 7:18, Mc 7:19; Mt 23:25, Mt 23:26; Lc 11:39-42), antecipa a teologia universal de Paulo. Sua visão é de um cristianismo mundial, sem as restrições do judaísmo e da lei.

    6.15 Rosto de anjo. Indica uma transfiguração na presença de um acompanhante sobrenatural (conforme 2Co 3:18 com Êx 34:29ss; Mt 17:2).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 15
    IV. TEMPOS DE TRANSIÇÃO E O TESTEMUNHO DE ESTÊVÃO (6.1—8.IA)


    1) Um problema administrativo é resolvido (6:1-7)
    Considerações gerais. A nomeação dos Sete tem sido compreendida tradicionalmente como o estabelecimento de uma ordem de diáconos permanente na igreja, consagrados às necessidades materiais. Sem dúvida, o incidente diante de nós influenciou idéias populares acerca do diaconato num período posterior, mas precisamos lembrar que: (a) a necessidade surgiu na igreja-comunidade em Jerusalém, que não seria o modelo de igrejas locais futuras; (b) embora apareça o verbo diakoneõ, os Sete não são chamados de diáconos; (c) os únicos dois administradores de quem lemos alguma coisa além dos seus nomes e funções nessa seção — Estêvão e Filipe — tornaram-se conhecidos por ministérios diferentes da função descrita aqui. Temos, então, a impressão de uma situação que surge da vida comunitária temporária da igreja em Jerusalém, o problema das viúvas de fala grega sendo tratado de maneira prática e espiritual. Lições gerais de vida coletiva e serviço se destacam claramente, mas não vemos aqui a imposição de um modelo a igrejas futuras. A atmosfera é judaica, e isso deve modificar deduções baseadas nesse trecho com relação à eleição de ministros na igreja; o princípio democrático moderno de “um homem, um voto” teria sido totalmente anacrônico nesse contexto. No AT, à parte da função sacerdotal, determinada por descendência, o próprio Deus escolheu os seus servos, com freqüência por meio de outros já testados e aprovados. Os anciãos eram homens de experiência e discernimento, e nenhuma decisão era lançada sobre um mero número de “membros”. Os Irmãos a quem é dirigida a palavra no v. 3 talvez tenham sido homens de destaque que poderíam discernir a espiritualidade e a capacidade dos seus companheiros, apresentando pessoas adequadas aos apóstolos. O grupo todo (todos, v. 5) podería aprovar, mas não direcionar. Os apóstolos assumiram a responsabilidade final e se identificaram com os Sete ao lhes impor as mãos.

    Os judeus de fala grega na igreja aqui estão em proeminência, pois serão os instrumentos de Deus para iniciar o segundo e o terceiro estágios do programa de evangelização.

    Diferentes ministérios (6:1-6). A dificuldade da língua — alguns discípulos falavam o aramaico, e alguns, o grego — deve ter causado verdadeiros problemas de administração, e as necessidades das viúvas de fala grega haviam sido negligenciadas. Até aquele momento, os Doze haviam recebido todas as ofertas voluntárias e sido os responsáveis por sua distribuição entre os milhares de crentes. A queixa mostrava que a delegação de tarefas era necessária. Não estava certo que o ministério específico dos Doze estivesse submetido ao trabalho administrativo (v. 2,4), e por isso os apóstolos precisavam de ajuda. Mas a administração era uma questão delicada que afetava o bem-estar de toda a igreja, de modo que esse serviço humilde requeria pessoas de boa reputação, sabedoria e, acima de tudo, a manifestação de poder espiritual (v. 3). Os irmãos que ajudavam na escolha de homens adequados (v. 3,5) naturalmente levariam em consideração essas condições, e também foram muito sábios quando sugeriram a participação de auxiliares de fala grega, como se vê pelos nomes dos Sete. Assim, já não poderia haver idéia de favoritismo pela comunidade de fala kebraica. Estêvão é especialmente marcado como um homem cheio de fé e do Espírito Santo (v. 5), e os procedimentos sábios e práticos foram acompanhados de oração (v. 6).

    O clímax do testemunho em Jerusalém (6.7). Lucas novamente interrompe a sua história por um momento para resumir os resultados do testemunho passado; aliás, o v. 7 descreve tanto o zénite quanto o final do período “próspero” da evangelização de Jerusalém, e podemos supor que todos na cidade haviam tido uma oportunidade de ouvir e crer na mensagem. A difusão da palavra se intensificou, o número de discípulos foi multiplicado e até um grande número de sacerdotes obedecia à fé. O testemunho posterior desses sacerdotes não é revelado, e deve-se lembrar que ninguém tinha sido ensinado de que os cristãos deveriam abandonar os seus costumes judaicos.


    2) O testemunho de Estêvão determina uma crise (6.8—7.1)
    Transição e crise. Visto que as implicações do kerygma cristão se tornaram mais evidentes e que a multidão estava se acostumando com os milagres, uma reação contra os discípulos era inevitável. Na verdade, concentrou-se em Estêvão e se originou entres os judeus de fala grega que haviam retomado a Jerusalém, encontrando-se nas suas próprias sinagogas.

    Estêvão e a sua mensagem (6:8-15).
    Estêvão era um homem cheio do Espírito, de sabedoria, de graça e do poder de Deus, sendo capacitado por Deus para realizar milagres entre o povo (v. 3,5,8). Como alguém de fala grega, encontrou a sua esfera de atuação e testemunho nas sinagogas de fala grega, com menção especial da sinagoga dos Libertinos. Isso pode ter incluído os de Cirene, de Alexandria e da Cilicia (v. 9). Saulo de Tarso, possivelmente, estava participando da mesma sinagoga, embora ele não fosse dos de fala grega, mas “verdadeiro hebreu” (Fp 3:5).

    O ministério de Estêvão era tão poderoso que os seus oponentes perderam a esperança de vencer a discussão e recorreram a tramas e violência. Qual era a sua mensagem? Sem dúvida, incluía os elementos comuns ao kerygma apresentado aos judeus, mas as acusações levantadas contra ele, com os termos da sua própria defesa (conforme 6.11,13 com o cap. 7), tornam provável que a sua pregação destacava a nova vida do evangelho de uma forma que colidia com o judaísmo oficial. Acusações como tais eram falsas, mas os instigadores se empenharam para que tivessem algumas conotações de verdade. A semelhança dessas acusações com as usadas no julgamento de Jesus é surpreendente. Diziam que Estêvão havia usado palavras de blasfêmia contra Moisés e contra Deus; diante do Sinédrio, alegaram que ele havia afirmado que Jesus de Nazaré destruiria o templo e mudaria os costumes que Moisés nos deixou (v. 11,14). Podemos concluir que ele destacou a “novidade” extraordinária da nova criação fundamentada na morte e na ressurreição de Cristo, com a relativa insignificância dos tipos materiais que prefiguravam a grande realidade.

    O julgamento de Estêvão (6.12ss). Os fanáticos helenistas foram bem-sucedidos em convencer o sumo sacerdote a convocar o Sinédrio mais uma vez. Se o governador romano estava ausente da sua província (como alguns comentaristas sugerem) ou não, a posição política era favorável à classe do sumo sacerdote, que percebeu uma mudança na atitude da multidão. Talvez Caifás tenha enxergado no incidente a possibilidade de um ataque de flanco contra a seita do Nazareno que não envolvesse diretamente os formidáveis apóstolos. Estêvão foi muito mais longe do que eles em destacar a ruptura clara com a ordem antiga que a obra de Cristo causou. A acusação oficial iria refletir o falso testemunho já observado, e então Estêvão, com o rosto brilhando com esplendor celestial (v. 15), teve permissão para falar em sua própria defesa (7.1).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 25

    III. Expansão da Igreja na Palestina Através da Pregação e Dispersão. 6:1 - 12:25.

    Até este ponto, os apóstolos não deram nenhuma evidência de ter o propósito de levar o Evangelho a todo o mundo, mas permaneceram em Jerusalém dando o seu testemunho aos judeus. Agora Lucas conta o começo da expansão da igreja através da Judéia e Sanaria. Essa expansão não foi realizada por causa da visão e propósito da igreja mas por ato providencial de Deus, dispersando os crentes. Para explicar esta perseguição, Lucas primeiro conta como Estêvão colocou-se em posição de destaque como um dos sete.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 15
    II. A PERSEGUIÇÃO CAUSA EXPANSÃO At 6:1-9.31

    a) Designação dos sete e a atividade de Estêvão (At 6:1-15)

    Novo desvio da narrativa de Atos é assinalado pela apresentação do nome de Estevão. Este aparece primeiro como um dos sete oficiais designados para supervisionar a distribuição das ofertas, retiradas do fundo comum para os membros mais pobres da comunidade. Logo no início a Igreja atraíra judeus helenistas (isto é, judeus de fala grega, de fora da Palestina) tanto quanto judeus naturais da Palestina e que falavam aramaico; não tardou que se levantassem queixas de que as viúvas destes últimos estavam sendo favorecidas na distribuição diária. É significativo que os sete oficiais escolhidos pela comunidade e designados pelos apóstolos para supervisionar essa atividade tivessem todos nomes gregos, sendo provavelmente judeus helenistas. Dois dos sete, Estêvão e Filipe, estavam destinados a deixar vestígios dos seus serviços à Igreja, os quais se projetaram muito além dos limites desta função especial para a qual foram designados. Estêvão parece ter tido uma compreensão excepcionalmente nítida do rompimento total com o culto judaico, que o novo movimento lógica e finalmente envolvia. Com isto ele deixou assinalado o caminho que Paulo mais tarde palmilhou e especialmente o escritor de Hebreus.

    Os doze conservavam o respeito e a boa vontade da população de Jerusalém; assistiam regularmente ao culto no templo, e exteriormente pareciam judeus praticantes. A única coisa que os distinguia dos outros era crerem em Jesus e anunciarem ser Este o Messias. Todavia soou uma nota diferente nos debates travados na sinagoga dos helenistas, freqüentada por Estêvão, visto que este admitia a abolição do culto do templo e a instituição de uma nova forma de culto mais espiritual. As acusações feitas a Estêvão por seus opositores se apresentam deturpadas, entretanto, não é difícil descobrir a orientação real dos argumentos dele; o discurso que proferiu e de que nos dá conta o cap. 7, não é tanto uma "apologia" sua (tal defesa pouco redundaria numa absolvição, como Estêvão bem sabia), como é uma exposição racional do seu ensino quanto à natureza transitória do culto judaico. Ora, o povo de Jerusalém vivia do templo; para a manutenção do seu culto contribuíam os judeus do mundo inteiro; as multidões de peregrinos, que regularmente acorriam às grandes festas, proviam enorme renda à cidade. Atacar o templo era, portanto, à vista de todos, atacar o meio de vida deles. As autoridades viram logo haver chegado a oportunidade; chamaram Estêvão a juízo, com fundamento na denúncia do povo. A acusação contra ele foi praticamente a mesma que formularam contra o seu Mestre antes (Mc 14:58) e contra Paulo, mais tarde (At 21:28). Alegaram que ele cogitava da destruição daquele "santo lugar".

    Murmuração dos gregos contra os hebreus (1). Gregos (ou antes "helenistas") eram judeus de fala grega, principalmente das terras da Dispersão; os hebreus eram judeus de fala aramaica, muitos dos quais, como os apóstolos, eram naturais da Palestina. As viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária (1). Da caixa comum, em que o valor das propriedades dos membros mais ricos era lançado (At 2:45; At 4:34-35), fazia-se distribuição diária com os necessitados, entre os quais, naturalmente, sobressaíam viúvas. Escolhei dentre vós sete homens (3). Dos nomes destes sete evidencia-se que eram helenistas; um deles, com efeito, não era judeu nato, mas prosélito da cidade gentílica de Antioquia. Provavelmente eram reconhecidos como líderes da comunidade helenista na primitiva igreja de Jerusalém. Note-se que mesmo para o desempenho de deveres práticos, como os que lhes caíram por sorte, requerem-se dotes espirituais, assim como boa reputação e prudência de um modo geral (3). Embora tivessem sido designados nesta ocasião para a obra da beneficência, o ministério daqueles, dentre eles, de quem temos mais alguma notícia, não se restringiu a esta forma de serviço. Nicolau (5). Segundo Irineu (que pode ter recebido informação de Papias), os nicolaítas de Ap 2:6-66 tomaram o nome deste Nicolau; se verdade, ou não, ninguém pode afirmar. Impuseram-lhes as mãos (6). Os sete foram escolhidos pelo povo; a imposição das mãos dos apóstolos confirmou essa escolha, comissionou os sete para o seu trabalho especial, e expressou da parte dos apóstolos seu companheirismo nessa obra. Muitíssimos sacerdotes (7). Muitos dos sacerdotes vulgares eram homens humildes e piedosos, o que não acontecia com os políticos eclesiásticos, ricos, da linhagem sumo-sacerdotal. Levantaram-se alguns da sinagoga... (9). Provavelmente a referência aí é a uma sinagoga, embora vários comentadores tenham entendido tratar-se de cinco, quatro, três e duas. Como os da Cilícia a freqüentavam, Saulo de Tarso podia figurar entre os seus membros. Libertos (9). Provavelmente judeus libertos, ou descendentes de libertos, procedentes dos vários lugares mencionados. Deissmann sugere libertos da casa imperial. Não há razão suficiente para se rejeitar o texto, aqui, em troca da emenda atraente-"líbios" -sugerida por Beza, Tischendorf e Dibelius. E o levaram ao conselho (12), isto é ao Sinédrio.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 15

    14. Organizações Espirituais ( Atos 6:1-7 )

    Agora, neste momento, enquanto os discípulos estavam aumentando em número, uma denúncia surgiu por parte dos judeus helenistas contra os hebreus nativa, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária de alimentos. E os doze convocaram a congregação dos discípulos e disse: "Não é desejável que nós deixemos a palavra de Deus, a fim de servir às mesas. Mas seleccionar, de entre vós, irmãos, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais pode encarregar desta tarefa. Mas vamos nos dedicar à oração e ao ministério da palavra. " E a declaração encontrado aprovação com toda a congregação; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, Nicanor, Timão, Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. E estes trouxeram perante os apóstolos; e depois de orar, lhes impuseram as mãos sobre eles. E a palavra de Deus continuava a propagação; e o número dos discípulos continuaram a aumentar consideravelmente em Jerusalém, e um grande número de sacerdotes foram tornando-se obediente à fé. (6: 1-7 )

    Os cristãos, alguém disse uma vez, tornar-se muito pouco cristão quando se organizar. Essa observação cristaliza um lado do debate de longa data sobre política eclesiástica. Um extremo, afirmando o poder de Cristo em Sua Igreja, concordaria com esse sentimento. Seus defensores argumentam que a igreja deve rejeitar organização formal ou estrutura e apenas fluir com o Espírito. Tudo o que é organizado, eles insistem, não pode ser de Deus. Alguns até mesmo rejeitam o conceito de membros da igreja. Tal modelo solto, desorganizado da igreja, no entanto, subestima a força da carne e é incompatível com o caráter de Deus (cf. 1Co 14:33 ). Toda a criação reflete a natureza altamente organizada de seu Criador. Também não é consistente com o ensinamento do Novo Testamento pensativo em como a igreja está a funcionar.

    Outros se estruturar a igreja como uma empresa Fortune 500, completo com gráficos detalhados organizacionais, descrições de trabalho, os conselhos, comissões e subcomissões. O Espírito Santo, eles esperam, irá operar dentro da estrutura rígida eles construíram. Eles vão rejeitar qualquer negrito, novas propostas, porque "Nós nunca fizemos isso dessa maneira antes." Essas pessoas tendem a subestimar a força da nova natureza eo poder do Espírito.
    Ambos os extremos estão errados; a igreja não é nem uma corporação altamente artificial nem uma comuna solto, mas um organismo. Ela tem tanto uma unidade orgânica e um princípio de vida útil, uma vez que todos os membros estão ligados à sua Cabeça vivente, o Senhor Jesus Cristo. No entanto, assim como os organismos vivos necessitam de estrutura e organização para a função, o mesmo acontece com a igreja.
    A igreja primitiva deu o exemplo de um organismo vivo e interdependente. Sua unidade e poder lhes deu um testemunho de que varreu Jerusalém. Multidões tinha chegado a fé em Jesus Cristo. Nenhuma perseguição ou oposição das autoridades judaicas poderia parar a propagação do evangelho. O amor dos crentes para o outro, expressa na partilha dos bens materiais, tinha feito um profundo impacto sobre a comunidade. Como resultado, mesmo os não crentes realizada a igreja em alta conta ( 05:13 ).

    O crescimento explosivo da igreja tinha trazido com ele a necessidade de mais organização. Foi já um tanto organizado. Eles sabiam que (pelo menos no início) o número de convertidos ( 02:41 ) e membros ( 4: 4 ). Alguém deve ter sido manter contagem. Eles reuniram-se em locais específicos em horários específicos. Os crentes também se reuniu para refeições em casas particulares. Dinheiro e bens foram recolhidos pelos apóstolos e distribuído para os necessitados. O pecado tinha que ser tratada. Todas essas atividades também exigiu algum nível de organização. A igreja tornou-se ainda mais estruturado como sua vida e crescimento exigiu.

    Isso ilustra um princípio importante: a organização da igreja bíblica sempre responde às necessidades e ao que o Espírito já está fazendo. Para organizar um programa e depois esperar que o Espírito Santo se envolvido com ela é colocar a carroça na frente dos bois. Não ousamos tentar forçar o Espírito para atender nosso molde. Organização nunca é um fim em si, mas apenas um meio para facilitar o que o Senhor está fazendo em sua igreja.
    Em Atos capítulo 6 a igreja enfrentou sua primeira crise organizacional sério. Para eliminar um problema potencialmente divisionista necessários mais organização. A partir desta primeira reunião de organização quatro características destacam-se: a razão, os requisitos, o roster, e os resultados.

    A Razão

    Agora, neste momento, enquanto os discípulos estavam aumentando em número, uma denúncia surgiu por parte dos judeus helenistas contra os hebreus nativa, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária de alimentos. E os doze convocaram a congregação dos discípulos e disse: "Não é desejável que nós deixemos a palavra de Deus, a fim de servir às mesas ... Mas vamos nos dedicar à oração e ao ministério da palavra." ( 6: 1-2 , 4 )

    No momento que os discípulos estavam aumentando em número outro problema surgiu. Ele foi relacionado para o seu rápido crescimento. Quão grande é a igreja havia se tornado não é conhecido, uma vez que já não mantinha uma contagem precisa. O último valor indicado, 5000 ( 4: 4 ), aparentemente incluiu apenas os homens. Para esse número devem ser acrescentadas as mulheres e os jovens e aqueles que se juntou à igreja desde então (cf. 05:14 ). Deve ter havido mais de 20.000 na igreja de Jerusalém neste momento.

    Sem meios de comunicação de massa, a liderança e os problemas administrativos associados a uma grande congregação, tais eram enormes. Meramente para satisfazer as suas necessidades espirituais e para lidar com o pecado teria sido uma tarefa difícil, e muito menos cuidar de suas necessidades físicas. Não só o tamanho da igreja criar problemas, mas também o seu crescimento explosivo deixado pouco tempo para se adaptar. Como resultado, os apóstolos não conseguia mais lidar com toda a carga de cuidar da congregação. Foi necessária uma maior organização.
    Havia outra razão para a igreja para organizar. Eles tinham cumprido a primeira parte da carga de quatro parte do Senhor para eles ( 1: 8 ). Eles haviam saturado Jerusalém com a mensagem do evangelho (5:28 ) e até mesmo começaram a chegar à região circundante ( 05:16 ). Agora, eles estavam prontos para evangelizar Samaria e do mundo gentio. Para fazer mais planejamento e estruturação do conjunto tão necessária com sucesso.

    Em uma congregação de que tamanho, era inevitável que as necessidades de alguém seria esquecido. Ele vem como nenhuma surpresa saber que a denúncia surgiu por parte dos judeus helenistas contra os hebreus nativa, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária de alimentos. Aqui era uma questão que Satanás pudesse usar com força devastadora contra a igreja . Ele já havia atacado através perseguição ( 4: 1-31 ; 5: 17-41 ). Isso, no entanto, havia apenas levou a igreja a crescer mais rápido ( 4: 4 ). Em seguida, ele tinha procurado deformá-los, introduzindo o pecado no corpo ( 5: 1-11 ). Deus interveio rapidamente e julgou Ananias e Safira, e novamente o ataque de Satanás falhou vergonhosamente. Tal como acontece com a perseguição, que só fez aumentar o número da igreja ( 05:14 ). A igreja foi purificado ainda mais eficaz na divulgação do evangelho.

    Não tendo conseguido parar a igreja através de perseguição ou de corrupção, Satanás tentou uma terceira tática. Ele procurou criar dissensão dentro da igreja. Uma igreja abalado por conflitos internos encontra sua mensagem perdida em conflito, a sua energia dissipada. E uma igreja, assim, focado em si vai ter dificuldade para chegar ao mundo perdido. Antes de a igreja poderia evangelizar o mundo gentio, eles teriam de lidar com qualquer divisão dentro de suas fileiras. Essa foi a necessidade que impulsionou a igreja a mais organização.
    Os judeus helenistas foram os da diáspora. Ao contrário dos nativos palestinos ou hebreus, sua língua materna era o grego, não em aramaico ou hebraico. Eles usaram a Septuaginta em vez das Escrituras Hebraicas. Mantendo-se fiel ao judaísmo, que tinha absorvido um pouco da cultura grega que os rodeava. Isso os fez suspeitar que os judeus da Palestina, especialmente os fariseus. "De acordo com o Talmud, o farisaísmo faz segredo do seu desprezo pelos helenistas ... eles eram freqüentemente categorizados pela população nativa e assumidamente mais escrupuloso de Jerusalém como de segunda classe israelitas" (Richard N. Longenecker, "Os Atos de Apóstolos ", no Frank E. Gaebelein, ed,. Comentário Bíblico do Expositor , vol 9. [Grand Rapids: Zondervan, 1981], 329). Alguns dos que a hostilidade racial e cultural transitam para a igreja.

    Muitos dos helenistas estava em Jerusalém para a Páscoa e Pentecostes. Depois de sua conversão, eles decidiram permanecer sob o ensinamento dos apóstolos. Outros eram pessoas mais velhas que haviam retornado à Palestina para viver suas vidas. Eles eram uma minoria na igreja, o que ajuda a explicar por que as suas necessidades foram ignorados.
    Como muitas vezes acontece, as questões vieram à tona ao longo de um problema aparentemente insignificante. Os helenistas reclamou que suas viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição diária de alimentos. Cuidados de viúvas era tradicional na sociedade judaica (cf. Dt 14:29. ; Dt 16:11 ; 24: 19-21 ; Dt 26:12 ). Paulo mais tarde definiu como a responsabilidade da igreja ( 1Tm 5:3. ; Lc 19:23 ). Para envolver-se nos detalhes de servir refeições e tratar de assuntos de dinheiro iria levá-los longe de seu chamado. Em vez disso, eles iriam dedicar -se à oração e ao ministério da palavra. Os apóstolos sabiam que sua prioridade era oração, pregação, ensino e estudo da Palavra. Eles deixariam nada, porém pressionando, distraí-los de exercício dessas funções. Eles disseram que, com efeito, "Você serve as mesas e serviremos a Palavra". Paulo estava preocupado que as necessidades dos pobres sejam alcançados ( Rm 15:26 ; . 2 Cor 8-9 ), mas nunca quis se distrair com os detalhes ( I Coríntios 16:1-4. ).

    Muitos no ministério hoje deixaram a ênfase na oração e da Palavra de Deus. Eles são tão envolvido nos detalhes administrativos de sua igreja que eles têm pouco tempo para intercessão e estudo. No entanto, os pastores são dadas para a igreja "para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo" ( Ef 4:12 ). O seu chamado é para amadurecer os santos para que eles possam fazer o trabalho do ministério. Ao negligenciar esse chamado, eles condenam suas congregações a definhar na infância espiritual. Os programas são nenhum substituto para o poder de Deus e Sua Palavra. Aqueles a quem Deus chamou para o ministério da oração e da Palavra deve fazer a sua prioridade.

    A oração e ao ministério da palavra estão inseparavelmente ligados. A oração deve permear preparação do sermão de um pastor, ou seus sermões será superficial e seco. Ele também deve orar constantemente para que o seu povo vai aplicar as verdades que ele ensina-los. O homem de Deus também deve Oração para que ele iria ser um canal puro através do qual a verdade de Deus possa fluir para a sua congregação. (Para uma discussão sobre a relação de oração a pregação, ver Tiago E. Rosscup, "A prioridade da oração e pregação expositiva", em João F. MacArthur, Jr., Redescobrindo pregação expositiva . [Dallas: Palavra, 1992])

    A maior proclamador da Palavra de Deus que já viveu, o apóstolo Paulo, era um homem dedicado à oração. Ele assegurou que os romanos que "Deus, a quem sirvo em meu espírito, no pregação do evangelho de seu Filho, é minha testemunha de como incessantemente faço menção de vós nas minhas orações" ( Rom. 1: 9-10 ) . Ele disse ao Efésios "Eu não cesso de dar graças por vós, ao fazer menção de vós nas minhas orações ( Ef 1:16. ). Aos filipenses ele escreveu: "Dou graças a Deus em toda a minha lembrança de você, oferecendo sempre oração com alegria em meu cada oração para todos vocês "(Filipenses 1:3-4. ) Paulo também orou constantemente para a igreja de Colossos: ". Por esta razão, também, desde o dia em que ouvimos dele, nós não paramos de Oração para você e para pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual "( Cl 1:9 )

    Atos 19:9-10 descreve o ministério de Paulo em Éfeso: ". Mas, como alguns deles se tornando endurecidos e desobedientes mal, falando do Caminho perante a multidão, retirou-se deles e levou os discípulos, discutindo diariamente na escola de Tirano E isso aconteceu há dois anos, de modo que todos os que viviam na Ásia ouviram a palavra do Senhor, tanto judeus como gregos ". Preso em Roma, ele, no entanto, "foi testificando [aos judeus de Roma] sobre o reino de Deus, e tentando persuadi-los a respeito de Jesus, tanto a Lei de Moisés e dos profetas, de manhã até a noite" ( At 28:23 , 26-27 )

    A partir de sua dramática conversão no caminho de Damasco para o dia um carrasco romano terminou sua vida, Paulo deu-se totalmente ao ministério. Não há outro caminho. Cada ministro de Jesus Cristo deve dar ouvidos a exortação de Paulo a Timóteo:

    Prescrever e ensinar essas coisas. Que ninguém despreze a tua mocidade, mas sim na palavra, no procedimento, amor, fé e pureza, mostra-te um exemplo daqueles que acreditam. Até que eu venha, dar atenção para a leitura pública da Escritura, à exortação e ao ensino. Não negligencie o dom espiritual dentro de você, que foi entregue a você por profecia, com a imposição das mãos pelo presbitério. Tome dores com essas coisas; absorve-te nelas, para que o teu progresso seja manifesto a todos. ( 1 Tim. 4: 11-15 )

    A devoção que Paulo exigiu de seu jovem protegido é a mesma devoção às demandas Senhor Jesus Cristo de todos os que servi-Lo.

    Os Requisitos

    Mas seleccionar, de entre vós, irmãos, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais pode encarregar desta tarefa. ( 6: 3 )

    Enquanto os apóstolos tiveram de permanecer fiel às suas prioridades, o problema da distribuição da comida e dinheiro de forma eqüitativa permaneceu. Esse ministério importante necessária supervisão, e outros teriam de ser encontrado para fazer isso. Assim, os apóstolos ordenaram aos crentes para selecionar a partir de suas próprias fileiras sete homens. A palavra traduzida select é do verbo episkeptomai , que significa "para supervisionar", ou "para supervisionar." A congregação foi para olhar sobre os homens que foram respeitados e apresentar as suas escolhas para os apóstolos. Eles iriam tomar a decisão final quanto à sua nomeação para a tarefa, como indicado pelas palavras quem pode encarregar desta tarefa.

    Esta breve verso enumera cinco características exigidas para os designados para o ministério da igreja. Em primeiro lugar, aqueles que levaria a igreja deve ser homens. Mulheres certamente têm um papel vital para preencher (cf. Tito 2:3-5 ). Na igreja primitiva, essas mulheres como Dorcas, Lydia, Phoebe, Priscilla, e as filhas de Filipe foram grandemente usado por Deus. No entanto, o projeto de Deus para a igreja é que os homens assumem os papéis de liderança ( 1Co 11:3, 1Co 11:9 ; 1Co 14:34 ; 1 Tm 2: 11-12. ).

    A segunda exigência é que eles sejam do meio de ti. Isso indica mais do que a verdade óbvia de que aqueles que lideram a igreja deve ser crentes. Igrejas devem procurar desenvolver sua liderança dentro de suas próprias fileiras. Ao contratar pastores longe de outras igrejas, eles muitas vezes ignoram os homens dotados Deus tem levantado em suas próprias congregações. Uma igreja comprometida com o ministério de edificar e equipar os seus membros não terão que procurar outro lugar para seus líderes.

    A terceira exigência para os líderes é que eles sejam homens de boa reputação. Eles devem ser homens de integridade, acima de qualquer suspeita, como é exigido de presbíteros e diáconos em 1Tm 3:1 ).

    A exigência final é que eles possuem sabedoria. Eles devem ter conhecimento bíblico e teológico, ea sabedoria prática de aplicar a verdade bíblica com as situações da vida cotidiana. Eles devem ser homens de sóbrio, justo juízo. Primeiro Crônicas 0:32 descreve alguns líderes sábios de Israel como "homens que compreenderam os tempos, com o conhecimento de que Israel deveria fazer." Tais homens que Deus chama para servir a Sua Igreja.

    A questão é saber se estes sete podem ser adequAdãoente vistos como os primeiros diáconos oficiais. Eles realizaram algumas funções dos diáconos posteriores, e as formas da palavra grega diakonos(Diácono) são usadas para descrever seu ministério ( vv 1-2. ). No entanto, para visualizá-las em termos de um escritório formal é anacrônico. Dos sete, apenas Estevão e Filipe aparece em outro lugar nas Escrituras, mas eles nunca são chamados de diáconos. De fato, o ministério depois de Estevão era claramente a de um evangelista, como era de Filipe ( At 21:8 ; Lc 10:40 ; Jo 2:5 ; Jo 12:2 ; Rm 15:25 ; 2 Cor 8: 3-4. ). Assim, a sua utilização em Atos 6 não implica que os sete ocupava o cargo de diácono.Significativamente, quando a igreja de Antioquia depois enviou o alívio da fome à igreja de Jerusalém, nenhuma menção é feita de diáconos ( Atos 11:29-30 ). Em vez disso, o alívio foi enviado para os anciãos. Estevão e Filipe certamente não continuar por muito tempo nesse papel, uma vez que ambos se tornaram evangelistas. E em breve perseguição dispersar a congregação de Jerusalém ( At 8:1. ; 1Tm 5:22 ; 2Tm 1:62Tm 1:6 )

    E Estêvão, cheio de graça e poder, estava realizando prodígios e grandes sinais entre o povo. Mas alguns homens do que foi chamado de sinagoga dos Libertos, incluindo tanto cireneus e alexandrinos, e alguns da Cilícia e da Ásia, levantou-se e discutiu com Estevão. E ainda assim eles não foram capazes de lidar com a sabedoria e ao Espírito com que ele falava. Homens Então subornaram para dizer: "Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus." E excitaram o povo, os anciãos e os escribas, e eles vieram em cima dele e arrastou-o para longe, e trouxe-o perante o Conselho. E apresentaram falsas testemunhas, que diziam: "Este homem fala incessantemente contra este santo lugar, e da Lei, porque nós o temos ouvido dizer que esse Nazareno, Jesus, vamos destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos transmitiu. " E fixando o seu olhar sobre ele, todos os que estavam sentados no Conselho viram o seu rosto como o rosto de um anjo. ( 6: 8-15 )

    Esta passagem marca uma transição no livro de Atos. Até este ponto, Pedro tem sido a figura dominante, cumprindo seu chamado por levar o evangelho da circuncisão ( Gl 2:7. ). Na verdade, o manto de Estevão caiu sobre seu compatriota helenístico Saulo de Tarso. É até possível que a primeira exposição de Paulo para o evangelho veio através de Estevão ( 7:58 ; 8: 1 ). Sua morte deve ter deixado uma impressão indelével em Paulo.

    Estevão foi, assim, uma figura-chave no início da história da igreja. Mas, para além do seu papel histórico, ele foi significativo por causa de seu caráter. Ele era a prova de que o impacto da vida e ministério de um homem não tem nada necessariamente a ver com comprimento. Seu ministério, embora breve, foi essencial para o plano de Deus para a evangelização do mundo. Ele mostrou que os esforços de uma pessoa corajosa, embora de curta duração, pode ter efeitos de longo alcance.
    Altruísta proclamação de Estevão, sem medo do evangelho levou-o a pagar o preço final do seu compromisso. Ele foi o primeiro mártir cristão, como as pessoas que tinham favorecido os crentes ( 5:13 ) foram manipuladas para virar hostil. Sua morte desencadeou o primeiro de uma longa série de perseguições que desafiaram a Igreja ao longo de sua história. Quando Estevão morreu, a Igreja sofria em voz alta ( 8: 2 ) porque ele era tão vital um pregador e tão profundamente amado. No entanto, ele não morreu antes de realizar a missão que Deus colocou para fora para ele. Nem era seu ministério menos significativo, porque não existe uma lista de convertidos é gravado. Certamente ele tinha muitos. Na economia de Deus, alguma planta, um pouco de água, e outros colher ( 1Co 3:6 apresenta mais três evidências de nobreza espiritual de Estevão: seu caráter, sua coragem e seu semblante.

    Seu caráter

    E Estêvão, cheio de graça e poder, estava realizando prodígios e grandes sinais entre o povo. ( 6: 8 )

    Versículo 5 descrito Estevão como "cheio de fé e do Espírito Santo." completa tanto lá quanto no versículo 8 traduz pleres , o que significa "a ser preenchido." Estevão foi totalmente controlado pela fé, o Espírito Santo, graça e poder. Seu sermão perante o Sinédrio revela o conteúdo de sua fé. Ele acreditava que Deus governou história ( 7: 1-51 ), e estava confiante de controle soberano de Deus de sua vida.Ele poderia dizer com Paulo: "Se vivemos, vivemos para o Senhor, ou se morremos, morremos para o Senhor; portanto, se vivemos ou morremos, somos do Senhor" ( Rm 14:8 ). Embora confiando em Deus para o seu destino eterno, eles acham difícil confiar nele com as preocupações de sua vida cotidiana. Estevão, no entanto, não era assim. Ele confiou em Deus plenamente e se concentrou em fazer o que Deus queria que ele fizesse. As consequências que ele alegremente deixou nas mãos de Deus.

    Não só foi Estevão cheio de fé, mas também do Espírito Santo (cf. 07:55 ). Esse é o privilégio de todos os crentes ( Ef 5:18 ). Para ser cheio de fé é confiar em Deus; para ser cheio do Espírito é obedecer totalmente a Sua vontade. Estevão creu em Deus e apresentado à liderança do empoderamento, purificando Espírito Santo. Essas duas realidades resumem a força da vida cristã. Nas palavras do hino amado,

    Confiança e obedecer,
    Pois não há outro jeito
    Para ser feliz em Jesus,
    Mas a confiar e obedecer.
    A terceira realidade espiritual, que flui de confiança e obediência, que caracterizou Estevão era graça. Porque Estevão confiou em Deus, e caminhou na plenitude do Espírito, ele foi dada a graça de enfrentar a perseguição, até mesmo a morte. Nem medo, nem ódio controlada ele, só a confiança e submissão. Ele podia ser gracioso mesmo ao ponto de morrer por causa de sua confiança confiante em Deus e renúncia ao propósito divino. Após ter-se comprometido totalmente nas mãos de Deus ( 7:59 ), ele estava disposto a suportar tudo na força da graça capacitadora. A graça de Deus também fluiu para fora de sua vida para os outros. Talvez esse tenha sido um dos motivos da igreja escolheu-o para ministrar às viúvas. Estevão foi mesmo gracioso para com seus algozes, orando por seu perdão como suas pedras esmagou sua vida ( 7:60 ).

    A única maneira que um crente pode viver como Estevão está morrendo ao seu pecaminoso. Aqueles ocupado cuidando de seus próprios interesses terá pouco tempo ou inclinação para abandonar-se e experimentar a graça Estevão experientes.
    Finalmente, Estevão estava cheio de energia. Isso foi um resultado direto de seu ser cheio do Espírito (cf. At 1:8 ), e Barnabas ( 15:12 ) realizou milagres. O imperfeito do poieō ( estava realizando ) mostra Estevão foi continuamente fazendo essas obras poderosas, sem dúvida, com o mesmo impacto que os apóstolos ( 5: 12-14 ).

    Tomados em conjunto, versículos 5 e 8 de dar tanto a Godward e os lados do homem da caráter cristão. Um homem cheio de fé em Deus, e rendeu para o controle do Espírito, tenha piedade para com os outros e manifesta grande poder espiritual.

    Que um homem justo vai fazer obras de justiça é um princípio básico do Novo Testamento. Paulo ensina repetidamente que toda a alegria cristã e utilidade, todo o poder e serviço gracioso, de fluxo de fé e obediência. Por exemplo, em Colossenses 3 , Paulo deu Colossenses os seguintes preceitos práticos: "Mas agora você também, colocá-los todos de lado:. ira, da cólera, da malícia, da maledicência, e linguagem ultrajante de sua boca Não minta para si" ( Cl . 3: 8-9a ). Eles estavam a fazer essas coisas porque eles tinham "deixado de lado o velho homem com suas práticas malignas, e ... colocar o novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou" ( vv . 9b-10 ). Como "os que [tinha] sido escolhido de Deus" e, portanto, "santos e amados" ( 3: 12a ), eles foram para "colocar em um coração de compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência; suportando uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, quem quer que tenha uma queixa contra alguém, assim como o Senhor vos perdoou, assim também você deve E além de todas essas coisas se do amor, que é o perfeito vínculo de unidade "(. vv 12b-14. ). Paulo também expressou esse princípio aos Efésios:

    Eu, portanto, o prisioneiro no Senhor, vos rogo que andar de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com paciência, mostrando paciência um com o outro no amor, ser diligente para preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. ( 4: 1-3 )

     
    Portanto digo isto, e testifico no Senhor, para que você anda não mais apenas como também andam os gentios, na verdade da sua mente, entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus, por causa da ignorância que é neles, por causa da dureza do seu coração; e eles, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à sensualidade, para a prática de todo tipo de impureza com ganância. Mas você não aprendeu Cristo dessa maneira, se é que já a ouviram e foram ensinados Nele, assim como a verdade está em Jesus, que, em referência ao seu antigo modo de vida, você deixar de lado o velho homem, que é sendo corrompido em conformidade com as concupiscências do engano, e vos renovar no espírito da vossa mente, e colocar o novo, o qual, à semelhança de Deus foi criado em verdadeira justiça e santidade da verdade. Portanto, deixando de lado a mentira, e falai a verdade, cada um de vós, com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros. Fique com raiva, e ainda não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, e não dar o diabo uma oportunidade. Aquele que rouba, não furte mais; mas antes trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, a fim de que ele pode ter algo a compartilhar com ele que precisa. Que nenhuma palavra torpe de sua boca, mas apenas uma palavra como é bom para edificação de acordo com a necessidade do momento, para que dê graça aos que a ouvem. E não entristecer o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. Toda a amargura, indignação e ira, e gritaria, e blasfêmia sejam tiradas dentre vós, bem como toda a malícia. E ser gentil com o outro, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou. ( 4: 17-32 )

    A vida de Estevão exibido graça e poder de Deus, porque ele estava cheio de fé obediente e com o Espírito Santo. Esses traços marcou-o com uma grandeza tão muitas vezes esquecido. Não há outro caminho para o caráter virtuoso e uma vida espiritualmente influente do que o caminho Estevão exemplificou.

    Sua coragem

    Mas alguns homens do que foi chamado de sinagoga dos Libertos, incluindo tanto cireneus e alexandrinos, e alguns da Cilícia e da Ásia, levantou-se e discutiu com Estevão. E ainda assim eles não foram capazes de lidar com a sabedoria e ao Espírito com que ele falava. Homens Então subornaram para dizer: "Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus." E excitaram o povo, os anciãos e os escribas, e eles vieram em cima dele e arrastou-o para longe, e trouxe-o perante o Conselho. E apresentaram falsas testemunhas, que diziam: "Este homem fala incessantemente contra este santo lugar, e da Lei, porque nós o temos ouvido dizer que esse Nazareno, Jesus, vamos destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos transmitiu. " ( 6: 9-14 )

    Um homem com o personagem de Estevão é um desafio para qualquer ataque e uma feroz veio. Alarmados com o poder ea eficácia do ministério de Estevão, alguns homens a partir do que foi chamado a Sinagoga dos Libertos, incluindo tanto cireneus e alexandrinos, e alguns da Cilícia e da Ásia, levantou-se e discutiu com Estevão. A frase se levantou não indica que eles saíram de suas cadeiras, mas que eles foram agitados para a ação. Enfurecido por seu ódio do Senhor Jesus e seu amor do pecado farisaico, estes homens foram atrás desse homem dotado de Deus.

    Comentaristas têm discutido quantos são sinagogas em vista aqui. O texto grego não é conclusivo, mas parece provável que Lucas tem em mente três synagogues— separado da Sinagoga dos Libertos, outroincluindo tanto cireneus e alexandrinos, e um terceiro composto por pessoas da Cilícia e da Ásia. As diferenças culturais e linguísticas entre esses grupos tornam improvável que todos eles frequentavam a mesma sinagoga.

    Sinagogas foram pontos de encontro onde a comunidade judaica se reuniram para ler as Escrituras e adoração. Eles se originaram, tanto para trás como o cativeiro babilônico, quando os exilados foram cortadas a partir de acesso ao templo. De acordo com o Talmud, havia 480 sinagogas de Jerusalém, neste momento (FF Bruce, O Livro dos Atos [Grand Rapids: Eerdmans, 1971], 124; citando TJ Meguilá 73 d), embora esse número pode ser exagerado. Muitas sinagogas, como os três mencionados aqui, consistia de judeus helenistas. É possível que Estevão era um membro de uma dessas sinagogas.

    Os libertos eram os descendentes dos escravos judeus capturados por Pompeu em 63 B . C . e levado para Roma. Eles foram posteriormente concedida a sua liberdade e formaram uma comunidade judaica lá. cireneus e alexandrinos foram de duas das principais cidades do Norte de África, Cyrene (casa do Simão, que carregou a cruz de Jesus "[ Lc 23:26 ]), e Alexandria. Ambas as cidades tinham grandes populações judaicas. Cilícia e da Ásia foram províncias romanas da Ásia Menor. Desde a cidade natal de Paulo de Tarso foi localizado na Cilícia ( At 21:39 ; At 22:3 ). Até as falsas acusações de blasfêmia eram como aqueles contra o seu Senhor.

    As falsas testemunhas acusado Estevão de falar palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. Tal era o seu zelo para a lei que eles mencionaram Moisés diante de Deus. Blasphemy, falando mal de algo que Deus considere sagrado, como a lei de Moisés, a pessoa de Deus, ou Seu templo, era um crime muito grave, punível com a morte ( Lv 24:16 ). Que seus oponentes acusado de blasfemar contra Estevão Moisés sugere que ele estava negando a capacidade da lei para salvar. Acusaram-no de blasfemar contra Deus por falar contra o templo ( v. 14 ), onde a presença de Deus habitava. Essa acusação, sem dúvida, reflete também a apresentação de Estevão de Cristo como a encarnação de Deus (cf. Jo 10:36 ).

    Uma vez que as pessoas eram fanaticamente zelosos por Moisés e Deus, eles foram facilmente incitados pelas falsas acusações. Junto com os anciãos e os escribas (alguns dos quais eram membros prováveis ​​do Sinédrio) a multidão desceu sobre Estevão e o arrastaram para julgamento perante o Conselho (o Sinédrio). Sunarpazō ( arrastado ) significa "para aproveitar com a violência." Ela é usada em Lc 8:29 de um homem tomado por um espírito do mal, enquanto que em At 19:29 descreve a apreensão dos companheiros de Paulo por um bando indisciplinado.

    O medo das pessoas que haviam obrigou as autoridades a prender os apóstolos sem violência ( 05:26 ) dissipada, e essas mesmas pessoas violentamente apreendidos Estevão. Estevão era popular quando ele curou os sinais e maravilhas doentes e realizadas. Mas, como a multidão inconstante que transformou em Jesus, logo após saudando-o como o Messias, essas pessoas foram seduzidos a mudar de idéia e atacar o pregador. Há uma linha tênue entre a ouvir o evangelho e do ódio do evangelho-a linha de apostasia. Aqueles que atravessá-lo muitas vezes se tornar violenta.

    Lucas não nos diz como logo após a apreensão de Estevão que seu julgamento começou. É pouco provável que o Sinédrio foi montado e esperando quando ele foi apreendido. Quando o julgamento começou, estes helenistas apresentar falsas testemunhas. Estes são, sem dúvida, os mesmos que se refere o versículo 11 . Era suas falsas acusações que levaram a apreensão de Estevão.

    As falsas testemunhas repetiu as acusações de que tinha excitaram o povo, ou seja, que Estevão incessantemente falou contra o lugar santo (o templo), e da Lei. Eles eram falsas testemunhas não porque eles colocam palavras na boca de Estevão, mas porque torceu o que ele fez dizer. FF Bruce escreve:

    Eles são chamados de "falsas testemunhas", como aqueles que trouxeram o testemunho semelhante contra Jesus são chamados ( Mateus 26:59-61. ; Marcos 14:55-59 ). Mas em ambos os casos, a falsidade de seu testemunho não consistiu na fabricação de atacado, mas na deturpação sutil e mortal das palavras realmente faladas. ( O Livro dos Atos , 135)

    O versículo 14 dá um exemplo da inclinação eles colocam palavras de Estêvão: . Nós temos ouvido dizer que esse Nazareno, Jesus, vamos destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos transmitiu A frase esta Nazareno expressa seu desprezo por Jesus, pois acreditavam nada de bom pode vir de Nazaré (cf. Jo 1:46 ). Jesus nunca tinha reivindicado Ele iria destruir o templo de Jerusalém.Ele disse aos seus adversários: "Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei" ( Jo 2:19 ). Como Jo 2:21 deixa claro: "Ele falava do templo do seu corpo." Desde que a falsa acusação tinha conseguido ficar Jesus condenado, eles foram rápidos para usá-lo contra Estêvão.

    Outra acusação calculado para enfurecer o povo era que Estevão ensinou que Jesus iria alterar os costumes que Moisés proferidas a eles. Estevão, como os apóstolos, havia proclamado Jesus como o cumprimento de tudo o que o ritual Antiga Aliança tipificado. A Nova Aliança, profetizado por Jeremias (cf. Jer. 31: 31-34 ), tinha substituído o Antigo. A lei moral não tinha mudado, mas a lei cerimonial foi feito com a distância. Reality tinha substituído ritual. Estevão irá mostrar em seu sermão que ele tinha um enorme respeito por Moisés e da lei. A sua escolha de palavras, no entanto, o fez para ser um revolucionário, buscando anular a ordem divina estabelecida. Eles transformaram sua proclamação positivo em um ataque negativo.

    Durante toda esta provação, a coragem de Estevão brilha. Apesar da intensa oposição que encontrava, ele nunca recuou ou comprometida. Como seus inimigos reclamou, ele incessantemente reiterou a mensagem do evangelho. Mesmo quando em julgamento por sua vida diante do Sinédrio, a sua coragem não vacilou. Em Atos 7:51-53 ele corajosamente os repreendeu com as seguintes palavras:

    Vocês, homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvidos estão sempre resistem ao Espírito Santo; você está fazendo exatamente como fizeram vossos pais. Qual dos profetas que os vossos pais não perseguiram? Até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, cuja traidores e assassinos que você já se tornaram; vós que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e ainda não mantê-lo.
    A coragem de Estevão carimbado-o com a marca de grandeza.

    Seu semblante

    E fixando o seu olhar sobre ele, todos os que estavam sentados no Conselho viram o seu rosto como o rosto de um anjo. ( 06:15 )

    Esta cena apresenta um contraste impressionante. Estevão estava diante do Sinédrio acusado de ser um blasfemador mal de Deus, o templo, e da lei. No entanto, quando os membros desse Conselho fixa seu olhar sobre ele, eles viram o seu rosto como o rosto de um anjo. Longe de ser o mal, Estevão irradiava a santidade e glória de Deus.

    Deus respondeu às suas falsas acusações, colocando a Sua glória no rosto, algo de Estevão vivida por nenhuma outra pessoa na história, exceto Moisés ( Ex. 34: 27-35 ). Assim, ele mostrou a Sua aprovação do ensinamento de Estevão exatamente da mesma maneira que fez com a de Moisés. Paulo escreve:

    Se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar o rosto de Moisés, por causa da glória do seu rosto, desaparecendo como era, como deve o ministério da Espírito não conseguem ser ainda mais com a glória? Porque, se o ministério da condenação tinha glória, muito mais é que o ministério da justiça abundam em glória. Porque, na verdade o que tinha glória, neste caso, não tem nenhuma glória por conta da glória que supera. Porque, se aquilo que se desvanecia era glorioso, muito mais é o que permanece em glória. ( 2 Cor. 3: 7-11 )

    Ao colocar a Sua glória no rosto de Estevão, Deus mostrou a Sua aprovação da Nova Aliança e seu mensageiro.
    Nobre personagem de Estevão e coragem extraordinária refletir a sua grandeza. Seleção da igreja dele para o alto cargo mostra a sua grande consideração por ele. O mais significativo de tudo, Estevão era grande aos olhos de Deus. Honrando ele, como tinha Moisés, Deus escolheu Estevão destaca como um dos maiores homens que já viveram. E sua vida e testemunho profundamente afetados ainda um homem maior o Saulo de Tarso.
    Cada crente deveriam se lembrar de Estevão e imitar essas qualidades em sua vida, O homem que refletia o rosto de um anjo. Isso seria seu memorial mais adequado.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 15

    Atos 6

    As primeiras nomeações — At 6:1-7

    À medida que a Igreja crescia começava a enfrentar todos os problemas de uma organização e uma instituição. Não há nenhuma nação que tenha tido sempre e que tenha ainda tanta consideração como a judaica pelos irmãos menos afortunados.
    Na sinagoga havia um costume estabelecido. Havia funcionários conhecidos como caritativos. Dois caritativos percorriam o mercado e as casas particulares todas as sextas-feiras pela manhã fazendo uma coleta em dinheiro para os necessitados. Isto se distribuía durante o dia. Os que necessitavam ajuda temporariamente recebiam o suficiente para continuar; e os que estavam permanentemente incapacitados para sustentar-se a si mesmos recebiam o suficiente para quatorze refeições, ou seja duas por dia para a semana seguinte. O fundo do qual se fazia esta distribuição se chamava Kuppah ou Cesta. Além disto se fazia diariamente uma coleta de casa em casa para os que estavam passando necessidades prementes. Isto se chamava Tamhui ou Bandeja. É evidente que a Igreja cristã seguiu este costume sabiamente.

    Mas entre os próprios judeus havia uma falha. Os judeus ortodoxos e rígidos odiavam tudo o que provinha dos gentios. Na Igreja cristã havia duas classes de judeus. Havia os de Jerusalém e os de Palestina. Falavam aramaico, que provinha de seu idioma ancestral, e se orgulhavam de que não tinha agregados estrangeiros em suas vidas. Por outro lado havia judeus de outros países. Estes tinham vindo para o Pentecostes; fizeram o grande descobrimento de Cristo e ficaram. Muitos deles tinham estado fora da Palestina por várias gerações; tinham esquecido o hebreu e falavam grego. A conseqüência natural era que os orgulhosos judeus de fala aramaica olhassem com desprezo aos judeus estrangeiros. Este rechaço encontrou sua via de expressão na distribuição diária e houve queixas de que as viúvas dos judeus de fala grega eram passadas por alto — o que possivelmente se fizesse deliberadamente. Os próprios apóstolos não podiam estar envolvidos nestes assuntos. De modo que foram escolhidos os Sete para que endireitassem as coisas e se fizessem a cargo da situação.
    É muito interessante notar que os primeiros funcionários nomeados foram homens que não tinham o dever de falar; foram escolhidos para um serviço prático.
    Florence Alshorn, a grande professora missionária, disse uma vez: "Um ideal não é seu até que nos sai da ponta dos dedos."

    A primeira preocupação da Igreja primitiva foi pôr em prática seu cristianismo.

    SURGE UM PALADINO DA LIBERDADE

    Atos 6:8-15

    Quando a Igreja nomeou estes sete homens fez algo que teria conseqüências de longo alcance. Em essência começou o grande debate e a grande luta. Os judeus sempre se consideraram o povo escolhido; mas interpretaram a palavra escolhido equivocadamente. Consideravam-se escolhidos para honras e privilégios especiais; e criam que Deus não se interessava por outro povo a não ser por eles. Os mais fanáticos declaravam que Deus criara os gentios para ser combustível dos fogos do inferno. Até em sua posição mais aberta criam que um dia os gentios seriam seus servos. Nunca sonharam que foram escolhidos para servir e levar todos os homens a uma relação com Deus como a que eles criam ter. Este era o problema.

    Na verdade, ainda não se falou de aproximar-se dos gentios. Estão envoltos judeus de fala grega. Mas nenhum dos Sete tinha um nome judeu; todos eram nomes gregos; e um deles Nicolau era um gentio que aceitou a fé judia, pois isso é o que significa a palavra prosélito.

    Agora, Estêvão via muito mais longe que seus companheiros: evidentemente tinham a visão de um mundo para Cristo. Duas coisas eram especialmente apreciadas para os judeus. Primeiro, o templo; só ali se podia oferecer sacrifícios e só ali se podia adorar verdadeiramente a Deus. Segundo, estava a Lei que nunca podia mudar-se. Mas Estêvão via que o templo desapareceria, que a Lei era nada mais que um passo em direção do Evangelho, que o cristianismo devia estender-se ao mundo inteiro, e Estêvão o disse. Teve oportunidade de fazê-lo porque na sinagoga não havia ninguém encarregado do sermão. Qualquer estranho distinto podia ser convidado a pregar. E ninguém podia rebater seus argumentos. De modo que os judeus, quando a lógica e as discussões fracassaram, recorreram à força e prenderam Estêvão. Sua carreira foi muito curta; mas teve um grande significado porque foi o primeiro em ver que o cristianismo não era algo reservado aos judeus, mas sim era a oferta de Deus para todo o mundo.

    A defesa de Estêvão

    Estêvão apelou à lição da história. Evidentemente, cria que a melhor forma de defender-se era atacar. O que ele fez foi tomar determinados pontos do panorama da história do povo judeu. Neles via que surgiam certas verdades, verdades que podiam ser utilizadas para condenar a sua própria nação.

  • Considerou que os homens que realmente tinham tido um papel importante na história de Israel eram aqueles que ouviram o mandato de Deus: "Saí...", e não tiveram medo de obedecê-lo. Os grandes homens eram aqueles que estavam preparados para realizar a grande aventura da fé. Estêvão contrastou esse espírito aventureiro com o dos judeus de seus dias, cujo único desejo era deixar as coisas tal qual estavam e que consideravam Jesus e a seus seguidores como inovadores perigosos.
  • Insistiu em que os homens adoraram a Deus muito antes de haver um templo. Para os judeus este lugar era o mais sagrado de todos. A insistência de Estêvão no fato de que Deus não reside exclusivamente em algum templo feito por mãos do homem foi um duro golpe para o que todo o seu povo considerava sagrado.
  • Estêvão insistiu em que quando os judeus crucificaram a Jesus o que tinham feito era somente coroar uma política que seguiram através de toda sua historia nacional; porque através de todos os tempos açoitaram os profetas e abandonaram os líderes que Deus tinha chamado. Estas eram verdades duras para homens que criam ser os escolhidos, e não é nada estranho que se enfurecessem tanto ao ouvi-las. Devemos levar em conta estes pontos recorrentes ao estudar a defesa de Estêvão.

  • Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Atos Capítulo 6 versículo 8
    milagres: Ou: “presságios”. — Veja a nota de estudo em At 2:19.


    Dicionário

    Cheio

    adjetivo Que contém tudo de que é capaz; preenchido, repleto.
    Que está completamente ocupado; atarefado: dia cheio.
    Que não está vazio, oco; maciço, compacto.
    Em quantidade excessiva; repleto: casa cheia de poeira.
    Que alcançou seu limite máximo; ocupado: o salão já está cheio.
    De formas arredondadas, com aspecto redondo: rosto cheio.
    [Astronomia] Cuja face completa está voltada para a Terra, possuindo um aspecto circular, falando especialmente da lua: Lua Cheia.
    No nível mais elevado, no ponto mais alto, falando da maré: maré cheia.
    Figurado Condição de quem foi invadido por sensações, repleto de sentimentos: vida cheia de amor.
    Que expressa determinada condição física ou moral: cheio de raiva.
    [Popular] Que demonstra uma irritação exagerada; enfadado, irritado: já estou cheio disso!
    Cujo som ou voz apresenta intensidade e nitidez corretas, sem interferências.
    substantivo masculino Parte ocupada de um todo sem espaços vazios: o cheio do tecido não precisa ser preenchido com mais cores.
    expressão Estar cheio. Estar saturado, no limite da paciência.
    Etimologia (origem da palavra cheio). Do latim plenu.

    Estevão

    substantivo masculino Variedade de estêva.
    Etimologia (origem da palavra estevão). De estêva.

    substantivo masculino Variedade de estêva.
    Etimologia (origem da palavra estevão). De estêva.

    substantivo masculino Variedade de estêva.
    Etimologia (origem da palavra estevão). De estêva.

    Estêvão

    Coroa. Judeu helenista, que foi o primeiro mártir cristão. Ele é mencionado em primeiro lugar, entre os sete da ‘igreja de Jerusalém’ como homem ‘cheio de fé e do Espírito Santo’, ‘cheio de graça e poder’, que fazia muitos milagres (At 6:5-8). Havendo discussões sobre as doutrinas da fé cristã, foi Estêvão escolhido para responder aos opositores helenistas da jovem igreja (vers.
    9) – mas as palavras de sabedoria cristã do notável evangelista produziram a sua prisão. Levado ao Sinédrio, o discurso proferido em sua própria defesa levantou uma terrível hostilidade contra ele. Foi por isso apedrejado, e, já moribundo, invocou ao Senhor e orou pelos seus assassinos (At 7:58-60). A perseguição então iniciada trouxe notáveis resultados para a igreja (At 8:1-4 – 11.19).

    (Gr. “riqueza” ou “coroa”). É um dos personagens mais proeminentes do Novo Testamento. O seu discurso é o mais longo do livro de Atos (At 7:2-53). Sua vida e trabalho são destacados em Atos 6:7, embora sua perseguição e morte sejam mencionadas mais tarde em Atos 11:19; tos 22:20.

    Estêvão chegou à proeminência nos primeiros dias da Igreja cristã, quando a comunidade se desenvolvia e experimentava os problemas e as dificuldades constantes. Uma das tensões surgidas foi em conseqüência da acusação de que as viúvas de origem grega eram esquecidas na distribuição diária de alimentos (At 6:1). Como resposta a essa crítica, os doze apóstolos reuniram toda a congregação, apresentaram abertamente o problema e propuseram uma solução razoável: “Escolhei, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra” (At 6:3-4). Essa proposta recebeu a aceitação geral de toda a comunidade e foram escolhidos sete homens de reputação irrepreensível para lidar com a situação. Dois dos principais membros deste grupo foram Estêvão e Filipe.

    Quando o problema foi contornado, a Igreja em Jerusalém experimentou um crescimento extraordinário: “De sorte que crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava rapidamente o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé” (At 6:7).

    Conforme Lucas esclarece, Estêvão estava profundamente envolvido em todo esse crescimento, especialmente na expansão da Igreja de Jerusalém para Antioquia (At 6:1-12:25). Lucas dedica uma considerável atenção ao testemunho de Estêvão (6:8 a 7:60), descrevendo em detalhes sua prisão (6:8-15), sua brilhante “defesa” (7:1-53) e seu martírio (7:54-60).

    Estêvão não somente era um homem prático, hábil em lidar com a administração da Igreja e a obra social, mas também interessado na pregação do Evangelho aos outros. Sua mensagem era acompanhada de maravilhosas demonstrações do poder de Deus, que lhe davam condições de operar “prodígios e grandes sinais entre o povo” (At 6:8). Isso dava à sua palavra uma notável credibilidade, mas também suscitava a oposição dos judeus conservadores, preocupados com o novo movimento cristão, e invejosos por causa da evidente popularidade de Estêvão e de seu carisma. A despeito da oposição, seus inimigos não “podiam resistir à sabedoria e ao espírito com que ele falava” (At 6:10). Determinados a atacar e enfraquecer seu trabalho, instigaram uma campanha sub-reptícia, ao fazer graves acusações contra Estêvão e alegar que blasfemava “contra Moisés e contra Deus” (At 6:11). Ao mobilizar as multidões contra ele e usar as alegações de falsas testemunhas, asseguraram que fosse preso, a fim de anular seu radiante testemunho de Cristo e transformá-lo em algo sinistro e hostil à Lei mosaica (6:14). O fato inegável, entretanto, é que Estêvão manteve sua compostura diante do Sinédrio, e seus inimigos reconheceram sua santidade: “...fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo” (At 6:15).

    O discurso de Estevão diante do Sinédrio é uma memorável recapitulação da história judaica e uma defesa ousada da fé cristã diante de seus acusadores. Foi questionado pelo sumo sacerdote se as acusações feitas contra ele eram verdadeiras ou falsas. Tinham afirmado ruidosamente: “Este homem não cessa de proferir blasfêmias contra este santo lugar e a lei. Pois o ouvimos dizer que esse Jesus de Nazaré há de destruir este lugar, e mudar os costumes que Moisés nos deu” (At 6:13-14). A resposta de Estêvão não representava uma tentativa de se livrar da perseguição ou do sofrimento; pelo contrário, foi uma magnífica confissão de sua fé em Cristo contra o pano de fundo do tratamento dispensado por Deus ao povo da Aliança através da história. O sermão realmente nos oferece uma “teologia bíblica” — um exame do Antigo Testamento à luz do advento de Cristo. Mostra um triste quadro de constantes escorregões por parte do povo de Deus e aponta a rejeição deles ao Messias prometido, como o trágico clímax de uma longa história de apostasia e desobediência (7:2-53).

    O discurso tem três partes principais: a primeira refere-se aos patriarcas (At 7:216); a segunda a Moisés (At 7:17-43); e a terceira ao Tabernáculo e ao Templo (7:44-50). Essa revisão histórica é seguida pela repreensão por manterem a mesma atitude com relação ao advento de Cristo (7:51-53), pela resposta furiosa do povo, ao apedrejá-lo (7:54 a 8:
    - 1a) e pela dispersão da Igreja de Jerusalém, em conseqüência da perseguição resultante (8:1b-4). Depois de pedir que prestassem atenção ao que tinha a dizer (At 7:1; cf. 22:1), Estêvão fez um relato da história sagrada desde Abraão e falou da maneira como Deus lidou com o grande antepassado do povo da aliança (7:2-8). O Todo-poderoso falara com o patriarca e lhe dera direção para ir à terra da promessa (At 7:3; cf. Gn 12:1-3). Abraão, em obediência à voz divina, saiu de Ur e estabeleceu-se em Harã, onde permaneceu até a morte de seu pai (At 7:4; cf. Gn 11:31-21:1-5; 15:7). Deus fizera promessas maravilhosas a Abraão, apesar de naquela época ainda não ter um filho (At 7:5; cf. Gn 12:7; Gn 13:15; Gn 15:2-18; Gn 16:1; Gn 17:8; etc.). Deus disse a Abraão: “A tua descendência será peregrina em terra alheia, e a sujeitarão à escravidão, e a maltratarão por quatrocentos anos” (At 7:6). o Senhor, contudo, julgaria seus opressores e levá-los-ia em segurança à Terra Prometida, onde eles o adorariam (At 7:7; cf. Gn 15:13-14; Ex 3:12). Era neste contexto de aliança que o ritual da circuncisão precisava ser entendido (At 7:8; cf. Gn 17:10-14); assim, no tempo determinado “Abraão gerou a Isaque, e o circuncidou ao oitavo dia. Isaque gerou a Jacó, e Jacó aos doze patriarcas” (At 7:8; cf. Gn 21:4).

    Semelhantemente, a história de José foi contada para lembrar a providência de Deus ao povo e preparar o cenário para a narrativa do poderoso livramento do Êxodo, sob a liderança de Moisés. Tanto um como o outro foram vítimas de inveja e rejeição nas mãos do povo (At 7:9-27, 35; cf. Gn 37:11; Ex 2:14; Ex 3:13-14). A despeito disso, Deus usou Moisés como “príncipe e juiz” de seu povo (At 7:35); de fato, a providência divina foi vista em seu nascimento (7:17-22), em seu tempo no deserto (7:23-29), em seu comissionamento (7:30-34) e no livramento do Egito (7:35-38), apesar da idolatria de Israel desde a época do cativeiro (7:39-43).

    A parte final da revisão histórica lida com o contraste entre o Tabernáculo e o Templo (At 7:44-50). Estêvão claramente se opôs a uma visão estática da vida de Israel, em favor de uma visão dinâmica do povo de Deus durante a peregrinação. A repreensão no final foi uma tentativa de fazer com que os judeus encarassem sua dureza de coração e a rebelião que mantinham contra o Espírito Santo (7:51-53). Realmente, era um chamado ao arrependimento e à fé, o qual lamentavelmente caiu em ouvidos surdos. Acusou sua audiência de traidores e assassinos do “Justo” (Jesus Cristo). Numa explosão de fúria, eles o atacaram, arrastaram-no para fora da cidade e o apedrejaram até a morte (7:54,58). Estêvão morreu na presença de Saulo de Tarso, o qual “também... consentia na morte dele” (7:60; 8:1). Posteriormente, Paulo tornou-se cristão (9:1-19; 22:1-21; 26:2-23). A morte de Estêvão provavelmente foi um dos “aguilhões” que o levaram a Cristo (26:14).

    Vários aspectos são notados aqui. Primeiro, Estêvão, o “protomártir”, agiu como seu Senhor. Falou a verdade em seu julgamento (At 7:51-53; cf. Jo 18:37), perdoou seus agressores (At 7:60; cf. Lc 23:34), clamou em voz alta (Lc 23:46) e entregou seu espírito (At 7:59; cf. Lc 23:46; Sl 31:5). Esta entrega recebeu uma ênfase cristocêntrica em Atos, a qual é particularmente surpreendente: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito” (At 7:59). Estêvão viveu, sofreu e morreu por Cristo; no momento da morte, olhou para o Senhor para a vindicação final.

    Dois outros elementos também são notados. Um é o testemunho de Estêvão. Em seu primeiro livro, Lucas registrara as palavras de Jesus: “Digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus” (Lc 12:8s; cf. Mt 10:32s). Estêvão, diante de seu martírio, reivindicou ousadamente essa promessa e pediu a Jesus, o Filho do homem, que o reconhecesse no céu, na presença de Deus, como verdadeiro discípulo. Seu pedido foi concedido e ele exclamou: “Olhai! Eu vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à direita de Deus” (At 7:56). O outro é o fato de que a vida de Estêvão estava claramente sob o total controle do Espírito Santo. Esse papel do Espírito é evidente em sua indicação (At 6:3-5), em seu poderoso testemunho de Cristo (6:9,10), em suas obras poderosas e sinais miraculosos (6:
    8) e em seu discurso corajoso diante do Sinédrio (7:2-53).

    O heroísmo e a coragem de Estêvão diante dos oponentes e sua atitude amorosa para com os inimigos — tudo isso faz dele um modelo digno de um discípulo fiel, um obreiro efetivo e um nobre mártir. Sua história tem grande relevância hoje, quando, no presente século, são martirizados mais cristãos do que em qualquer outra época da era cristã.

    A.A.T.


    Estêvão [Coroa] - Um dos sete que foram escolhidos para cuidar do auxílio aos necessitados em Jerusalém (At 6:1-6). Foi pregador e operou milagres. Acusado de BLASFÊMIA, foi condenado à morte pelo SINÉDRIO, tornando-se o primeiro mártir cristão (At 7).

    O consentimento dado a uma crença unido a uma confiança nela. Não pode identificar-se, portanto, com a simples aceitação mental de algumas verdades reveladas. É um princípio ativo, no qual se harmonizam o entendimento e a vontade. É essa fé que levou Abraão a ser considerado justo diante de Deus (Gn 15:6) e que permite que o justo viva (Hc 2:4).

    Para o ensinamento de Jesus — e posteriormente dos apóstolos —, o termo é de uma importância radical, porque em torno dele gira toda a sua visão da salvação humana: crer é receber a vida eterna e passar da morte para a vida (Jo 3:16; 5,24 etc.) porque crer é a “obra” que se deve realizar para salvar-se (Jo 6:28-29). De fato, aceitar Jesus com fé é converter-se em filho de Deus (Jo 1:12). A fé, precisamente por isso, vem a ser a resposta lógica à pregação de Jesus (Mt 18:6; Jo 14:1; Lc 11:28). É o meio para receber tanto a salvação como a cura milagrosa (Lc 5:20; 7,50; 8,48) e pode chegar a remover montanhas (Mt 17:20ss.).

    A. Cole, o. c.; K. Barth, o. c.; f. f. Bruce, La epístola..., El, II, pp. 474ss.; Hughes, o. c., pp. 204ss.; Wensinck, Creed, pp. 125 e 131ss.



    1) Confiança em Deus e em Cristo e na sua Palavra (Mt 15:28; Mc 11:22-24; Lc 17:5).


    2) Confiança na obra salvadora de Cristo e aceitação dos seus benefícios (Rm 1:16-17;
    v. CONVERSÃO).


    3) A doutrina revelada por Deus (Tt 1:4).


    Da liberdade de consciência decorre o direito de livre exame em matéria de fé. O Espiritismo combate a fé cega, porque ela impõe ao homem que abdique da sua própria razão; considera sem raiz toda fé imposta, donde o inscrever entre suas máximas: Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    [...] A fé é o remédio seguro do sofrimento; mostra sempre os horizontes do Infinito diante dos quais se esvaem os poucos dias brumosos do presente. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5, it• 19

    [...] confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 3

    Do ponto de vista religioso, a fé consiste na crença em dogmas especiais, que constituem as diferentes religiões. Todas elas têm seus artigos de fé. Sob esse aspecto, pode a fé ser raciocinada ou cega. Nada examinando, a fé cega aceita, sem verificação, assim o verdadeiro como o falso, e a cada passo se choca com a evidência e a razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo. Em assentando no erro, cedo ou tarde desmorona; somente a fé que se baseia na verdade garante o futuro, porque nada tem a temer do progresso das luzes, dado que o que é verdadeiro na obscuridade, também o é à luz meridiana. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 6

    [...] Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 7

    Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da regeneração. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 11

    No homem, a fé é o sentimento inato de seus destinos futuros; é a consciência que ele tem das faculdades imensas depositadas em gérmen no seu íntimo, a princípio em estado latente, e que lhe cumpre fazer que desabrochem e cresçam pela ação da sua vontade.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 12

    [...] É uma vivência psíquica complexa, oriunda das camadas profundas do inconsciente, geralmente de feição constitucional, inata, por se tratar mais de um traço de temperamento do que do caráter do indivíduo. No dizer de J. J. Benítez, as pessoas que têm fé fazem parte do pelotão de choque, a vanguarda dos movimentos espiritualistas. Nas fases iniciais ela é de um valor inestimável, mas à medida que a personalidade atinge estados mais diferenciados de consciência, pode ser dispensável, pois a pessoa não apenas crê, mas sabe. [...] Do ponto de vista psicológico, a vivência da fé pode ser considerada mista, pois engloba tanto aspectos cognitivos quanto afetivos. Faz parte mais do temperamento do que do caráter do indivíduo. Por isso é impossível de ser transmitida por meios intelectuais, tal como a persuasão raciocinada. Pode ser induzida pela sugestão, apelo emocional ou experiências excepcionais, bem como pela interação com pessoas individuadas.[...]
    Referencia: BALDUINO, Leopoldo• Psiquiatria e mediunismo• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1995• - cap• 1

    No sentido comum, corresponde à confiança em si mesmo [...]. Dá-se, igualmente, o nome de fé à crença nos dogmas desta ou daquela religião, caso em que recebe adjetivação específica: fé judaica, fé budista, fé católica, etc. [...] Existe, por fim, uma fé pura, não sectária, que se traduz por uma segurança absoluta no Amor, na Justiça e na Misericórdia de Deus.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 11

    A futura fé que já emerge dentre as sombras não será, nem católica, nem protestante; será a crença universal das almas, a que reina em todas as sociedades adiantadas do espaço, e mediante a qual cessará o antagonismo que separa a Ciência atual da Religião. Porque, com ela, a Ciência tornar-se-á religiosa e a Religião se há de tornar científica.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

    A fé é a confiança da criatura em seus destinos, é o sentimento que a eleva à infinita potestade, é a certeza de estar no caminho que vai ter à verdade. A fé cega é como farol cujo vermelho clarão não pode traspassar o nevoeiro; a fé esclarecida é foco elétrico que ilumina com brilhante luz a estrada a percorrer.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 44

    A fé é uma necessidade espiritual da qual não pode o espírito humano prescindir. [...] Alimento sutil, a fé é o tesouro de inapreciado valor que caracteriza os homens nobres a serviço da coletividade.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    Nesse labor, a fé religiosa exerce sobre ele [o Espírito] uma preponderância que lhe define os rumos existenciais, lâmpada acesa que brilha à frente, apontando os rumos infinitos que lhe cumpre [ao Espírito] percorrer. [...] Respeitável, portanto, toda expressão de fé dignificadora em qualquer campo do comportamento humano. No que tange ao espiritual, o apoio religioso à vida futura, à justiça de Deus, ao amor indiscriminado e atuante, à renovação moral para melhor, é de relevante importância para a felicidade do homem.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 25

    O melhor tônico para a alma, nas suas múltiplas e complexas atividades afetivas e mentais, é a fé; não a fé passiva, automática, dogmática, mas a fé ativa, refletida, intelectualizada, radicada no coração, mas florescendo em nossa inteligência, em face de uma consciência esclarecida e independente [...].
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Carta a um materialista

    Essa luz, de inextinguível fulgor, é a fé, a certeza na imortalidade da alma, e a presunção, ou a certeza dos meios de que a Humanidade tem de que servir-se, para conseguir, na sua situação futura, mais apetecível e melhor lugar.
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 23

    A fé é, pois, o caminho da justificação, ou seja, da salvação. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

    [...] é a garantia do que se espera; a prova das realidades invisíveis. Pela fé, sabemos que o universo foi criado pela palavra de Deus, de maneira que o que se vê resultasse daquilo que não se vê.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Diálogo com as sombras: teoria e prática da doutrinação• 20a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    A fé é divina claridade da certeza.
    Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 16

    A fé é alimento espiritual que, fortalecendo a alma, põe-na em condições de suportar os embates da existência, de modo a superá-los convenientemente. A fé é mãe extremosa da prece.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 35

    [...] A fé constitui a vossa égide; abrigai-vos nela e caminhai desassombradamente. Contra esse escudo virão embotar-se todos os dardos que vos lançam a inveja e a calúnia. [...]
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    A fé e a esperança não são flores destinadas a enfeitar, com exclusividade, os altares do triunfo, senão também poderosas alavancas para o nosso reerguimento, quando se faz preciso abandonar os vales de sombra, para nova escalada aos píncaros da luz.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Ainda assim

    Razão, pois, tinha Jesus para dizer: “Tua fé te salvou”. Compreende-se que a fé a que Ele se referia não é uma virtude mística, qual a entendem muitas pessoas, mas uma verdadeira força atrativa, de sorte que aquele que não a possui opõe à corrente fluídica uma força repulsiva, ou, pelo menos, uma força de inércia, que paralisa a ação. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 5

    Mas a fé traduz também o poder que supera nossas próprias forças físicas e mentais, exteriores e interiores, poder que nos envolve e transforma de maneira extraordinária, fazendo-nos render a ele. A fé em Deus, no Cristo e nas forças espirituais que deles emanam pode conduzir-nos a uma condição interior, a um estado de espírito capaz de superar a tudo, a todos os obstáculos, sofrimentos e aparentes impossibilidades.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 14

    A fé no futuro, a que se referem os 1nstrutores Espirituais da Terceira Revelação, deixa de ser apenas esperança vaga para se tornar certeza plena adquirida pelo conhecimento das realidades eternas. [...]
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 28

    A fé significa um prêmio da experiência.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 13

    Quem não entende não crê, embora aceite como verdade este ou aquele princípio, esta ou aquela doutrina. A fé é filha da convicção.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Res, non verba

    [...] constitui o alicerce de todo trabalho, tanto quanto o plano é o início de qualquer construção. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8

    Curiosidade é caminho, / Mas a fé que permanece / É construção luminosa / Que só o trabalho oferece.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 44

    [...] A fé está entre o trabalho e a oração. Trabalhar é orar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é emanação divina que o espírito auxilia e absorve.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A fé é a caridade imaterial, porque a caridade que se concretiza é sempre o raio mirífico projetado pela fé.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A fé continuará como patrimônio dos corações que foram tocados pela graça do sofrimento. Tesouro da imortalidade, seria o ideal da felicidade humana, se todos os homens a conquistassem ainda mesmo quando nos desertos mais tristes da terra.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A fé não desabrocha no mundo, é dádiva de Deus aos que a buscam. Simboliza a união da alma com o que é divino, a aliança do coração com a divindade do Senhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A fé, na essência, é aquele embrião de mostarda do ensinamento de Jesus que, em pleno crescimento, através da elevação pelo trabalho incessante, se converte no Reino Divino, onde a alma do crente passa a viver.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39

    Fé representa visão.Visão é conhecimento e capacidade deauxiliar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 69

    [...] A fé representa a força que sustenta o espírito na vanguarda do combate pela vitória da luz divina e do amor universal. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

    Ter fé é guardar no coração a luminosa certeza em Deus, certeza que ultrapassou o âmbito da crença religiosa, fazendo o coração repousar numa energia constante de realização divina da personalidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 354

    A fé sincera é ginástica do Espírito. Quem não a exercitar de algum modo, na Terra, preferindo deliberadamente a negação injustificável, encontrar-se-á mais tarde sem movimento. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

    A fé é a força potente / Que desponta na alma crente, / Elevando-a aos altos Céus: / Ela é chama abrasadora, / Reluzente, redentora, / Que nos eleva até Deus. / [...] A fé é um clarão divino, / refulgente, peregrino, / Que irrompe, trazendo a luz [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Supremacia da caridade

    É força que nasce com a própria alma, certeza instintiva na Sabedoria de Deus que é a sabedoria da própria vida. Palpita em todos os seres, vibra em todas as coisas. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pensamento e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    A fé é o guia sublime que, desde agora, nos faz pressentir a glória do grande futuro, com a nossa união vitoriosa para o trabalho de sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em plena renovação

    A sublime virtude é construção do mundo interior, em cujo desdobramento cada aprendiz funciona como orientador, engenheiro e operário de si mesmo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 40

    [...] a fé representa escudo bastante forte para conservar o coração imune das trevas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 141

    Em Doutrina Espírita, fé representa dever de raciocinar com responsabilidade de viver.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 29


    1. Definição da Palavra. A simples fé implica uma disposição de alma para confiarem outra pessoa. Difere da credulidade, porque aquilo em que a fé tem confiança é verdadeiro de fato, e, ainda que muitas vezes transcenda a nossa razão, não Lhe é contrário. A credulidade, porém, alimenta-se de coisas imaginárias, e é cultivada pela simples imaginação. A fé difere da crença porque é uma confiança do coração e não apenas uma aquiescência intelectual. A fé religiosa é uma confiança tão forte em determinada pessoa ou princípio estabelecido, que produz influência na atividade mental e espiritual dos homens, devendo, normalmente, dirigir a sua vida. A fé é uma atitude, e deve ser um impulso. A fé cristã é uma completa confiança em Cristo, pela qual se realiza a união com o Seu Espírito, havendo a vontade de viver a vida que Ele aprovaria. Não é uma aceitação cega e desarrazoada, mas um sentimento baseado nos fatos da Sua vida, da Sua obra, do Seu Poder e da Sua Palavra. A revelação é necessariamente uma antecipação da fé. A fé é descrita como ‘uma simples mas profunda confiança Naquele que de tal modo falou e viveu na luz, que instintivamente os Seus verdadeiros adoradores obedecem à Sua vontade, estando mesmo às escuras’. E mais adiante diz o mesmo escritor: ‘o segredo de um belo caráter está no poder de um perpétuo contato com Aquele Senhor em Quem se tem plena confiança’ (Bispo Moule). A mais simples definição de fé é uma confiança que nasce do coração. 2.A fé, no A.T. A atitude para com Deus que no Novo Testamento a fé nos indica, é largamente designada no A.T. pela palavra ‘temor’. o temor está em primeiro lugar que a fé – a reverencia em primeiro lugar que a confiança. Mas é perfeitamente claro que a confiança em Deus é princípio essencial no A.T., sendo isso particularmente entendido naquela parte do A.T., que trata dos princípios que constituem o fundamento das coisas, isto é, nos Salmos e nos Profetas. Não se está longe da verdade, quando se sugere que o ‘temor do Senhor’ contém, pelo menos na sua expressão, o germe da fé no N.T. As palavras ‘confiar’ e ‘confiança’ ocorrem muitas vezes – e o mais famoso exemplo está, certamente, na crença de Abraão (Gn 15:6), que nos escritos tanto judaicos como cristãos é considerada como exemplo típico de fé na prática. 3. A fé, nos Evangelhos. Fé é uma das palavras mais comuns e mais características do N.T. A sua significação varia um pouco, mas todas as variedades se aproximam muito. No seu mais simples emprego mostra a confiança de alguém que, diretamente, ou de outra sorte, está em contato com Jesus por meio da palavra proferida, ou da promessa feita. As palavras ou promessas de Jesus estão sempre, ou quase sempre, em determinada relação com a obra e palavra de Deus. Neste sentido a fé é uma confiança na obra, e na palavra de Deus ou de Cristo. É este o uso comum dos três primeiros Evangelhos (Mt 9:29 – 13.58 – 15.28 – Me 5.34 a 36 – 9.23 – Lc 17:5-6). Esta fé, pelo menos naquele tempo, implicava nos discípulos a confiança de que haviam de realizar a obra para a qual Cristo lhes deu poder – é a fé que obra maravilhas. Na passagem de Mc 11:22-24 a fé em Deus é a designada. Mas a fé tem, no N.T., uma significação muito mais larga e mais importante, um sentido que, na realidade, não está fora dos três primeiros evangelhos (Mt 9:2Lc 7:50): é a fé salvadora que significa Salvação. Mas esta idéia geralmente sobressai no quarto evangelho, embora seja admirável que o nome ‘fé’ não se veja em parte alguma deste livro, sendo muito comum o verbo ‘crer’. Neste Evangelho acha-se representada a fé, como gerada em nós pela obra de Deus (Jo 6:44), como sendo uma determinada confiança na obra e poder de Jesus Cristo, e também um instrumento que, operando em nossos corações, nos leva para a vida e para a luz (Jo 3:15-18 – 4.41 a 53 – 19.35 – 20.31, etc.). Em cada um dos evangelhos, Jesus Cristo proclama-Se a Si mesmo Salvador, e requer a nossa fé, como uma atitude mental que devemos possuir, como instrumento que devemos usar, e por meio do qual possamos alcançar a salvação que Ele nos oferece. A tese é mais clara em S. João do que nos evangelhos sinópticos, mas é bastante clara no último (Mt 18:6Lc 8:12 – 22.32). 4. A fé, nas epístolas de S. Paulo. Nós somos justificados, considerados justos, simplesmente pelos merecimentos de Jesus Cristo. As obras não têm valor, são obras de filhos rebeldes. A fé não é a causa, mas tão somente o instrumento, a estendida mão, com a qual nos apropriamos do dom da justificação, que Jesus, pelos méritos expiatórios, está habilitado a oferecer-nos. Este é o ensino da epístola aos Romanos (3 a 8), e o da epístola aos Gálatas. Nós realmente estamos sendo justificados, somos santificados pela constante operação e influência do Santo Espírito de Deus, esse grande dom concedido à igreja e a nós pelo Pai celestial por meio de Jesus Cristo. E ainda nesta consideração a fé tem uma função a desempenhar, a de meio pelo qual nos submetemos à operação do Espírito Santo (Ef 3:16-19, etc). 5. Fé e obras. Tem-se afirmado que há contradição entre S. Paulo e S. Tiago, com respeito ao lugar que a fé e as obras geralmente tomam, e especialmente em relação a Abraão (Rm 4:2Tg 2:21). Fazendo uma comparação cuidadosa entre os dois autores, acharemos depressa que Tiago, pela palavra fé, quer significar uma estéril e especulativa crença, uma simples ortodoxia, sem sinal de vida espiritual. E pelas obras quer ele dizer as que são provenientes da fé. Nós já vimos o que S. Paulo ensina a respeito da fé. É ela a obra e dom de Deus na sua origem (*veja Mt 16.
    17) – a sua sede é no coração, e não meramente na cabeça – é uma profunda convicção de que são verdadeiras as promessas de Deus em Cristo, por uma inteira confiança Nele – e deste modo a fé é uma fonte natural e certa de obras, porque se trata de uma fé viva, uma fé que atua pelo amor (Gl 5:6). Paulo condena aquelas obras que, sem fé, reclamam mérito para si próprias – ao passo que Tiago recomenda aquelas obras que são a conseqüência da fé e justificação, que são, na verdade, uma prova de justificação. Tiago condena uma fé morta – Paulo louva uma fé

    substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
    Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
    Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
    Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
    Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
    Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
    [Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim fides.

    substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
    Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
    Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
    Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
    Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
    Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
    [Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim fides.

    substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
    Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
    Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
    Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
    Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
    Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
    [Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim fides.

    Grandes

    masc. e fem. pl. de grande

    gran·de
    (latim grandis, -e)
    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    1. Que tem dimensões maiores do que o habitual (ex.: saco grande). = AVANTAJADOMIÚDO, PEQUENO, REDUZIDO

    2. Cuja extensão é maior do que a média (ex.: rio grande). = COMPRIDO, EXTENSO, LONGOCURTO, PEQUENO

    3. Que é maior do que aquilo que devia ser (ex.: o chapéu não me serve, é muito grande).PEQUENO

    4. Que é de estatura acima da média (ex.: criança grande).PEQUENO

    5. Que se desenvolveu oui cresceu (ex.: planta grande). = CRESCIDO, DESENVOLVIDO, MEDRADOPEQUENO

    6. Que atingiu a maioridade (ex.: as pessoas grandes podem ser muito complicadas). = ADULTO, CRESCIDO

    7. Que se prolonga no tempo; que dura bastante (ex.: dias grandes; férias grandes). = COMPRIDOBREVE, CURTO, EFÉMERO, FUGAZ

    8. Que apresenta grande quantidade de algo (ex.: família grande). = NUMEROSO, QUANTIOSOPEQUENO

    9. Que tem importância ou influência (ex.: um grande banqueiro). = IMPORTANTE, INFLUENTE, PODEROSO, PRESTIGIOSODESIMPORTANTE, INSIGNIFICANTE, IRRELEVANTE, PEQUENO

    10. Difícil, grave (ex.: um grande problema).INSIGNIFICANTE, IRRELEVANTE, SIMPLES

    11. Que é intenso, forte (ex.: um grande amor).FRACO, LEVE

    12. [Pejorativo] Que é ou existe em elevado grau (ex.: grande mentiroso).

    13. Que se destaca ou sobressai positivamente em relação a outros (ex.: grandes nomes do cinema). = EMINENTE, ILUSTRE, RESPEITÁVELDESCONHECIDO, IGNOTO, MODESTO

    14. Que revela coragem, heroísmo (ex.: foi um grande bombeiro). = CORAJOSO, HERÓICO, VALENTECOBARDE, FRACO

    15. Que mostra bondade ou generosidade (ex.: um grande coração). = BOM, BONDOSO, GENEROSO, MAGNÂNIMOMAU, MESQUINHO, RUIM, TORPE, VIL

    16. Que é excessivo, exagerado (ex.: fugiram a grande velocidade). = ALTOBAIXO, REDUZIDO

    17. Que tem muita qualidade ou muito valor (ex.: um grande filme). = EXCELENTE, EXTRAORDINÁRIO, FABULOSO, MAGNÍFICO, ÓPTIMOMAU, PÉSSIMO, RUIM

    18. Que é considerável, importante (ex.: grande satisfação).

    19. Que é composto por muitos elementos (ex.: grande comunidade de pescadores). = NUMEROSOPEQUENO, REDUZIDO

    20. Que é relativo a uma cidade e às suas zonas periféricas (ex.: mapa da Grande São Paulo; região da Grande Lisboa). [Geralmente com inicial maiúscula.]

    nome de dois géneros

    21. Pessoa alta.

    22. Indivíduo adulto. = CRESCIDOPEQUENO

    23. Indivíduo com poder e influência.


    à grande
    Com largueza.

    à grande e à francesa
    De modo grandioso; com grande ostentação ou esplendor.


    Poder

    verbo transitivo direto e intransitivo Possuir a capacidade ou a oportunidade de: podemos fazer o trabalho; mais pode o tempo que a pressa.
    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Ter habilidade (física, moral ou intelectual) de; exercer influência sobre: ele pode nadar muitos quilômetros; o diretor pensa que pode.
    verbo transitivo direto Ser autorizado para; ter permissão para: os adolescentes não podem beber.
    Possuir o necessário para: eles podiam trabalhar.
    Estar sujeito a: naquele temporal, o atleta pode se machucar.
    Ter possibilidade
    (s): para alcançar (alguma coisa); conseguir: com a queda do adversário, o oponente pôde ganhar.

    Demonstrar calma e paciência para: ele está sempre agitado, não se pode acalmar nunca?
    Possuir excesso de vigor para: eles puderam vencer os obstáculos.
    Estar autorizado moralmente para; ter um pretexto ou justificação para: tendo em conta seu excesso de conhecimento, podia conseguir o emprego.
    Possuir características necessárias para aguentar (alguma coisa): nunca pôde ver acidentes.
    Possuir a chance ou a vontade de: não puderam entrevistar o presidente.
    Demonstrar controle acerca de: o professor não pode com os alunos desobedientes.
    substantivo masculino Autorização ou capacidade de resolver; autoridade.
    Ação de governar um país, uma nação, uma sociedade etc.: poder déspota.
    Esse tipo de poder caracterizado por seus efeitos: poder presidencial.
    Capacidade de realizar certas coisas; faculdade: nunca teve o poder de fazer amigos.
    Superioridade absoluta utilizada com o propósito de chefiar, governar ou administrar, através do uso de influência ou de obediência.
    Ação de possuir (alguma coisa); posse.
    Atributo ou habilidade de que alguma coisa consiga realizar certo resultado; eficácia: o poder nutritivo do espinafre é excelente.
    Característica ou particularidade da pessoa que se demonstra capaz de; perícia: o palestrante tinha o poder de encantar o público.
    Excesso de alguma coisa; abundância: um poder de tiros que se alastrou pelo bairro.
    Força, energia, vitalidade e potência.
    Etimologia (origem da palavra poder). Do latim possum.potes.potùi.posse/potēre.

    verbo transitivo direto e intransitivo Possuir a capacidade ou a oportunidade de: podemos fazer o trabalho; mais pode o tempo que a pressa.
    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Ter habilidade (física, moral ou intelectual) de; exercer influência sobre: ele pode nadar muitos quilômetros; o diretor pensa que pode.
    verbo transitivo direto Ser autorizado para; ter permissão para: os adolescentes não podem beber.
    Possuir o necessário para: eles podiam trabalhar.
    Estar sujeito a: naquele temporal, o atleta pode se machucar.
    Ter possibilidade
    (s): para alcançar (alguma coisa); conseguir: com a queda do adversário, o oponente pôde ganhar.

    Demonstrar calma e paciência para: ele está sempre agitado, não se pode acalmar nunca?
    Possuir excesso de vigor para: eles puderam vencer os obstáculos.
    Estar autorizado moralmente para; ter um pretexto ou justificação para: tendo em conta seu excesso de conhecimento, podia conseguir o emprego.
    Possuir características necessárias para aguentar (alguma coisa): nunca pôde ver acidentes.
    Possuir a chance ou a vontade de: não puderam entrevistar o presidente.
    Demonstrar controle acerca de: o professor não pode com os alunos desobedientes.
    substantivo masculino Autorização ou capacidade de resolver; autoridade.
    Ação de governar um país, uma nação, uma sociedade etc.: poder déspota.
    Esse tipo de poder caracterizado por seus efeitos: poder presidencial.
    Capacidade de realizar certas coisas; faculdade: nunca teve o poder de fazer amigos.
    Superioridade absoluta utilizada com o propósito de chefiar, governar ou administrar, através do uso de influência ou de obediência.
    Ação de possuir (alguma coisa); posse.
    Atributo ou habilidade de que alguma coisa consiga realizar certo resultado; eficácia: o poder nutritivo do espinafre é excelente.
    Característica ou particularidade da pessoa que se demonstra capaz de; perícia: o palestrante tinha o poder de encantar o público.
    Excesso de alguma coisa; abundância: um poder de tiros que se alastrou pelo bairro.
    Força, energia, vitalidade e potência.
    Etimologia (origem da palavra poder). Do latim possum.potes.potùi.posse/potēre.

    O poder, na vida, constitui o progresso. O poder é um atributo da sabedoria; a sabedoria a resultante da experiência; a experiência o impulsor de aperfeiçoamento; o aperfeiçoamento o dinamismo do progresso.
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 3, cap• 15


    Poder
    1) Força física (Dn 8:6), RA).

    2) Domínio (Jz 13:5), RA).

    3) Autoridade para agir (Sl 62:11); (Rm 9:22).

    4) Força espiritual (Mq 3:8), RA; (At 1:8).

    5) Espírito, seja bom ou mau (Ef 1:21); (1Pe 3:22), RA).

    6) Espírito mau (1Co 15:24), RA). V. POTESTADE e PRINCIPADO.

    Poder Nos evangelhos, encontra-se a afirmativa de que este mundo é campo de batalha entre dois poderes, não humanos, mas espirituais: o de Deus e o de Satanás e seus demônios. Ante essa realidade espiritual, as demais análises são superficiais e fora de foco. Jesus manifesta o poder de Deus nos milagres (Mt 12:22-30; Lc 19:37). É um poder que reside nele e dele sai (Mc 5:30; Lc 4:14), que vence o mal (Mc 3:26ss.; Lc 10:19) e que ele confia a seus discípulos (Mc 16:17).

    Quanto ao poder político, os evangelhos consideram-no controlado pelo diabo — que o ofereceu a Jesus (Lc 4:5-8) — e afirmam que esse poder é incompatível com a missão de Jesus. Este o repudiou (Jo 6:15) e claramente declarou que seu Reino não era deste mundo (Jo 18:36-37). Os discípulos não devem copiar os padrões de conduta habituais na atividade política e sim tomar como exemplo a conduta de Jesus como Servo de YHVH (Lc 22:24-30).


    Povo

    substantivo masculino Conjunto das pessoas que vivem em sociedade, compartilham a mesma língua, possuem os mesmos hábitos, tradições, e estão sujeitas às mesmas leis.
    Conjunto de indivíduos que constituem uma nação.
    Reunião das pessoas que habitam uma região, cidade, vila ou aldeia.
    Conjunto de pessoas que, embora não habitem o mesmo lugar, possuem características em comum (origem, religião etc.).
    Conjunto dos cidadãos de um país em relação aos governantes.
    Conjunto de pessoas que compõem a classe mais pobre de uma sociedade; plebe.
    Pequena aldeia; lugarejo, aldeia, vila: um povo.
    Público, considerado em seu conjunto.
    Quantidade excessiva de gente; multidão.
    [Popular] Quem faz parte da família ou é considerado dessa forma: cheguei e trouxe meu povo!
    substantivo masculino plural Conjunto de países, falando em relação à maioria deles: os povos sul-americanos sofreram com as invasões europeias.
    Designação da raça humana, de todas as pessoas: esperamos que os povos se juntem para melhorar o planeta.
    Etimologia (origem da palavra povo). Do latim populus, i “povo”.

    Sinais

    sinal | s. m. | s. m. pl.

    si·nal
    (latim tardio *signalis, -e, que serve de sinal, de signum, -i, sinal)
    nome masculino

    1. Coisa que chama outra à memória, que a recorda, que a faz lembrar.

    2. Indício, vestígio, rastro, traço.

    3. Qualquer das feições do rosto.

    4. Gesto convencionado para servir de advertência.

    5. Manifestação exterior do que se pensa, do que se quer.

    6. Rótulo, letreiro, etiqueta.

    7. Marca de roupa.

    8. Ferrete.

    9. Marca distintiva.

    10. Firma (principalmente a de tabelião).

    11. O que serve para representar.

    12. Mancha na pele.

    13. Presságio.

    14. Anúncio, aviso.

    15. Traço ou conjunto de traços que têm um sentido convencional.

    16. Placa ou dispositivo usado para regular ou orientar a circulação de veículos e de peões (ex.: sinal de trânsito; sinal luminoso).

    17. Dispositivo provido de sinalização luminosa, automática, que serve para regular o tráfego nas ruas das cidades e nas estradas. = SEMÁFORO

    18. O que revela causa oculta ou ainda não declarada.

    19. Penhor, arras.

    20. Dinheiro ou valores que o comprador dá ao vendedor, para segurança do contrato.

    21. [Marinha] Combinações de bandeiras com que os navios se comunicam entre si ou com a terra.


    sinais
    nome masculino plural

    22. Dobre de sinos por finados.

    23. Antigo Pedacinhos de tafetá preto que as senhoras colavam no rosto para enfeite.


    sinal da cruz
    Gesto feito com a mão direita, tocando a testa, o peito, o ombro esquerdo e o direito ou com o polegar direito, fazendo uma pequena cruz na testa, na boca e no peito.

    sinal de diferente
    [Matemática] Símbolo matemático (≠) que significa "diferente de".

    sinal de igual
    [Matemática] Símbolo matemático (=) que significa "igual a".

    sinal de impedido
    Sinal sonoro que indica que o telefone está ocupado.

    sinal de vídeo
    Sinal que contém os elementos que servem para a transmissão de uma imagem.

    sinal verde
    Autorização para fazer algo. = LUZ VERDE


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Στέφανος πλήρης χάρις καί δύναμις ποιέω τέρας καί μέγας σημεῖον ἔν λαός
    Atos 6: 8 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia grandes maravilhas e milagres entre o povo.
    Atos 6: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    31 d.C.
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1411
    dýnamis
    δύναμις
    potência
    (power)
    Substantivo - Feminino no Singular nominativo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2992
    laós
    λαός
    (Piel) cumprir o casamento conforme o levirato, cumprir a função de cunhado
    (and marry)
    Verbo
    G3173
    mégas
    μέγας
    só, só um, solitário, um
    (only)
    Adjetivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4134
    plḗrēs
    πλήρης
    cheio, i.e., preenchido, completo (em oposição a vazio)
    (full)
    Adjetivo - Masculino no Plurak acusativo
    G4160
    poiéō
    ποιέω
    fazer
    (did)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G4592
    sēmeîon
    σημεῖον
    pequenez, pouco, um pouco
    (a little)
    Substantivo
    G4736
    Stéphanos
    Στέφανος
    compra
    (or bought)
    Substantivo
    G5059
    téras
    τέρας
    tocar ou dedilhar cordas, tocar um instrumento de cordas
    (player)
    Verbo
    G5485
    cháris
    χάρις
    graça
    (favor)
    Substantivo - feminino acusativo singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    δύναμις


    (G1411)
    dýnamis (doo'-nam-is)

    1411 δυναμις dunamis

    de 1410; TDNT - 2:284,186; n f

    1. poder, força, habilidade
      1. poder inerente, poder que reside numa coisa pela virtude de sua natureza, ou que uma pessoa ou coisa mostra e desenvolve
      2. poder para realizar milagres
      3. poder moral e excelência de alma
      4. poder e influência própria dos ricos e afortunados
      5. poder e riquezas que crescem pelos números
      6. poder que consiste em ou basea-se em exércitos, forças, multidões

    Sinônimos ver verbete 5820


    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λαός


    (G2992)
    laós (lah-os')

    2992 λαος laos

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 4:29,499; n m

    povo, grupo de pessoas, tribo, nação, todos aqueles que são da mesma origem e língua

    de uma grande parte da população reunida em algum lugar

    Sinônimos ver verbete 5832 e 5927


    μέγας


    (G3173)
    mégas (meg'-as)

    3173 μεγας megas

    [incluindo as formas prolongadas, feminino megale, plural megaloi, etc., cf também 3176, 3187]; TDNT - 4:529,573; adj

    1. grande
      1. da forma externa ou aparência sensível das coisas (ou de pessoas)
        1. em particular, de espaço e suas dimensões, com referência a
          1. massa e peso: grande
          2. limite e extensão: largo, espaçoso
          3. medida e altura: longo
          4. estatura e idade: grande, velho
      2. de número e quantidade: numeroso, grande, abundante
      3. de idade: o mais velho
      4. usado para intensidade e seus graus: com grande esforço, da afeições e emoções da mente, de eventos naturais que afetam poderosamente os sentidos: violento, poderoso, forte
    2. atribuído de grau, que pertence a
      1. pessoas, eminentes pela habilidade, virtude, autoridade, poder
      2. coisas altamente estimadas por sua importância: de grande momento, de grande peso, importância
      3. algo para ser altamente estimado por sua excelência: excelente
    3. esplêndido, preparado numa grande escala, digno
    4. grandes coisas
      1. das bênçãos preeminentes de Deus
      2. de coisas que excedem os limites de um ser criado, coisas arrogantes (presunçosas) cheio de arrogância, depreciador da majestade de Deus


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πλήρης


    (G4134)
    plḗrēs (play'-race)

    4134 πληρης pleres

    de 4130; TDNT - 6:283,867; adj

    1. cheio, i.e., preenchido, completo (em oposição a vazio)
      1. de recipientes ocos ou feitos para serem preenchidos
      2. de uma surperfície, completamente coberta
      3. da alma, totalmente permeada com
    2. inteiro, i.e., completo
      1. que não tem falta de nada, perfeito

    ποιέω


    (G4160)
    poiéō (poy-eh'-o)

    4160 ποιεω poieo

    aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

    1. fazer
      1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
      2. ser os autores de, a causa
      3. tornar pronto, preparar
      4. produzir, dar, brotar
      5. adquirir, prover algo para si mesmo
      6. fazer algo a partir de alguma coisa
      7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
        1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
        2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
      8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
      9. levar alguém a fazer algo
        1. fazer alguém
      10. ser o autor de algo (causar, realizar)
    2. fazer
      1. agir corretamente, fazer bem
        1. efetuar, executar
      2. fazer algo a alguém
        1. fazer a alguém
      3. com designação de tempo: passar, gastar
      4. celebrar, observar
        1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
      5. cumprir: um promessa

    Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


    σημεῖον


    (G4592)
    sēmeîon (say-mi'-on)

    4592 σημειον semeion

    de um suposto derivado da raiz de 4591; TDNT - 7:200,1015; n n

    1. sinal, marca, símbolo
      1. aquilo pelo qual uma pessoa ou algo é distinto de outros e é conhecido
      2. sinal, prodígio, portento, i.e., uma ocorrência incomum, que transcende o curso normal da natureza
        1. de sinais que prognosticam eventos notáveis prestes a acontecer
        2. de milagres e prodígios pelos quais Deus confirma as pessoas enviadas por ele, ou pelos quais homens provam que a causa que eles estão pleiteando é de Deus

    Στέφανος


    (G4736)
    Stéphanos (stef'-an-os)

    4736 στεφανος Stephanos

    o mesmo que 4735; n pr m Estevão = “coroado”

    1. um dos setes diáconos em Jerusalém e o primeiro mártir cristão

    τέρας


    (G5059)
    téras (ter'-as)

    5059 τερας teras

    de afinidade incerta; TDNT - 8:113,1170; n n

    prodígio, portento

    milagre: realizado por alguém


    χάρις


    (G5485)
    cháris (khar'-ece)

    5485 χαρις charis

    de 5463; TDNT - 9:372,1298; n f

    1. graça
      1. aquilo que dá alegria, deleite, prazer, doçura, charme, amabilidade: graça de discurso
    2. boa vontade, amável bondade, favor
      1. da bondade misericordiosa pela qual Deus, exercendo sua santa influência sobre as almas, volta-as para Cristo, guardando, fortalecendo, fazendo com que cresçam na fé cristã, conhecimento, afeição, e desperta-as ao exercício das virtudes cristãs
    3. o que é devido à graça
      1. a condição espiritual de alguém governado pelo poder da graça divina
      2. sinal ou prova da graça, benefício
        1. presente da graça
        2. privilégio, generosidade

          gratidão, (por privilégios, serviços, favores), recompensa, prêmio