Enciclopédia de Josué 9:3-3
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Mapas Históricos
- VISÃO PANORÂMICA DA GEOGRAFIA DO TERRITÓRIO HERDADO PELO ISRAEL BÍBLICO
- A conquista de Canaã: Jericó e Ai
- A conquista de Canaã: A derrota dos reis
- Evidências da conquista de Canaã
- A Agricultura de Canaã
- CIDADES DO MUNDO BÍBLICO
- A BATALHA DE GIBEÃO
- Livros
- Locais
- Comentários Bíblicos
- Beacon
- Champlin
- Genebra
- Matthew Henry
- Wesley
- Wiersbe
- Russell Shedd
- NVI F. F. Bruce
- Moody
- Francis Davidson
- Dicionário
- Strongs
Perícope
js 9: 3
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | Os moradores de Gibeão, porém, ouvindo o que Josué fizera com Jericó e com Ai, |
ARC | E os moradores de Gibeom ouvindo o que Josué fizera com Jericó e com Ai, |
TB | Porém os habitantes de Gibeão, tendo ouvido o que fizera Josué a Jericó e a Ai, |
HSB | וְיֹשְׁבֵ֨י גִבְע֜וֹן שָׁמְע֗וּ אֵת֩ אֲשֶׁ֨ר עָשָׂ֧ה יְהוֹשֻׁ֛עַ לִֽירִיח֖וֹ וְלָעָֽי׃ |
BKJ | E quando os habitantes de Gibeão ouviram o que Josué havia feito a Jericó e a Ai, |
LTT | |
BJ2 | Os habitantes de Gabaon ouviram falar da maneira pela qual Josué havia tratado Jericó e Hai, |
VULG |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Josué 9:3
Referências Cruzadas
Josué 6:1 | Ora, Jericó cerrou-se e estava cerrada por causa dos filhos de Israel: nenhum saía nem entrava. |
Josué 8:1 | Então, disse o Senhor a Josué: Não temas e não te espantes; toma contigo toda a gente de guerra, e levanta-te, e sobe a Ai; olha que te tenho dado na tua mão o rei de Ai, e o seu povo, e a sua cidade, e a sua terra. |
Josué 9:17 | Porque, partindo os filhos de Israel, chegaram às suas cidades ao terceiro dia; e suas cidades eram Gibeão, e Cefira, e Beerote, e Quiriate-Jearim. |
Josué 10:2 | temeu muito, porque Gibeão era uma cidade grande como uma das cidades reais e ainda maior do que Ai, e todos os seus homens, valentes. |
II Samuel 21:1 | E houve, em dias de Davi, uma fome de três anos, de ano em ano; e Davi consultou ao Senhor, e o Senhor lhe disse: É por causa de Saul e da sua casa sanguinária, porque matou os gibeonitas. |
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
VISÃO PANORÂMICA DA GEOGRAFIA DO TERRITÓRIO HERDADO PELO ISRAEL BÍBLICO
TOPOGRAFIA FÍSICAUMA TERRA PEQUENA
No estudo da terra de Israel, uma das primeiras descobertas que se faz é o reconhecimento de seu pequeno tamanho.
De acordo com a definição dada acima, a área central da herança do Israel bíblico na Cisjordânia cobre cerca de 17.600 quilômetros quadrados e sua herança na Transjordânia incorpora mais
Os leitores atuais da Bíblia tendem a pensar em termos de territórios imensos e com frequência ficam bastante surpresos quando percebem, por exemplo, que a distância entre o mar da Galileia e a costa mediterrânea, em linha reta, é de 55 quilômetros. Há uma distância de apenas 148 a 185 quilômetros entre a margem ocidental do deserto Oriental (no leste da Jordânia) e o Mediterrâneo. E a distância entre o mar da Galileia e Jerusalém é só cerca de 120 quilômetros. Conforme dito anteriormente, as extremidades tradicionais norte e sul da região central de Israel são, com frequência, descritas na Bíblia como "desde Da até Berseba" Na verdade, esses dois pontos extremos estão separados por uma distância da ordem de apenas 280 quilômetros. Em termos de Brasil, o equivalente aproximado seria de São Paulo a Poços de Caldas" ou "de Natal a Recife" Nos Estados Unidos, a distância aproximada seria "de Los Angeles a San Diego" e, na Europa, "de Milão a Veneza". O tamanho do território envolvido é surpreendentemente pequeno.
UMA TERRA DE LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA
Apesar do tamanho diminuto, essa terra está estrategicamente situada em um contexto tanto intercontinental quanto interoceânico. Como ponte terrestre intercontinental, na Antiguidade era a única opção para qualquer viagem por terra entre a África, de um lado, e a Ásia ou a Europa, de outro. Como ponte terrestre interoceânica, fica ao lado da única massa de terra que separa o mundo do oceano Índico e o mundo do oceano Atlântico. Neste último aspecto, desde a Antiguidade remota uma vasta rede de comércio e comunicação tem levado para o Crescente Fértil bens provenientes de mundos bem longínquos (cravo vindo da Tailândia; canela, da Malásia; cássia, seda, cálamo, espicanardo, índigo, painço e gergelim, da Índia; lápis-lazúli e estanho, do Afeganistão; prata, da Espanha).
Por ser, na Antiguidade, ponto de contato tanto terrestre quanto marítimo, essa terra também se tornou uma ponte cultural internacional. Sua localização estratégica faz com que seja o lugar em que o Oriente se encontra com o Ocidente e o Norte com o Sul. Desde a Antiguidade remota, grandes potências com aspirações políticas e econômicas internacionais estiveram junto a suas fronteiras. Em termos históricos, o que acontecia nessa terra era quase sempre resultado do que estava ocorrendo ou havia recentemente ocorrido nos domínios de um de seus vizinhos. Foram, de fato, raros os momentos em que cidadãos dessa terra foram donos do próprio destino.
Durante o período bíblico a sorte dessa terra minúscula, mas estratégica, foi em grande parte determinada por gente de fora, fossem egípcios, assírios, babilônios, persas, partos, gregos, selêucidas, ptolomaicos ou romanos. Nesse aspecto, os filisteus e até mesmo os próprios israelitas têm de ser considerados estrangeiros que migraram para ali. A mesma tendência continuou existindo na história pós-bíblica, com os califas muçulmanos, os cruzados cristãos, os mamelucos egípcios, os turcos otomanos e os mandatários britânicos.
Por essa "ponte" marcharam os exércitos de Tutmés III, Amenhotep II, Seti I, Ramsés II, Merneptah, Sisaque I, Neco II, Salmaneser III, Tiglate-Pileser III, Salmaneser V, Sargão II, Senaqueribe, Esar-Hadom, Assurbanipal, Nabucodonosor II, Cambises II, Xerxes 1, Artaxerxes III, Alexandre III (o Grande), Ptolomeu I, Antíoco III, Antíoco IV, Herodes, o Grande, Pompeu, Vespasiano, Tito, Saladino, Ricardo Coração de Leão, Napoleão e Edmund Allenby, além de um número enorme de generais menos conhecidos.
Essa terra continua sendo uma das áreas mais instáveis e estratégicas do mundo.
UMA TERRA VARIADA
Apesar da pequena extensão, essa terra reflete uma variedade surpreendente, quase como a de um mosaico. Do ponto de vista sociológico, a variedade é evidente na menção aos vários "eus" na terra: girgaseus, cananeus, heveus, heteus, amorreus, perizeus, jebuseus, quenezeus, cadmoneus, queneus, refains etc. (Gn
PLANÍCIE COSTEIRA
A designação "planície Costeira" se refere à faixa marítima longitudinal que começa na extremidade sul da planície filisteia (no uádi el-Arish) e vai para o norte, chegando até a extremidade norte da planície de Aser (perto da atual Rosh HaNigra, que corresponde ao final da "Linha Verde", a fronteira atual entre Israel e Líbano). Essa planície é internamente segmentada por três obstáculos naturais - o monte Carmelo, o rio Crocodilo e o rio larcom - criando quatro planícies distintas. Além do mais, por motivos geográficos que serão explicados adiante, é conveniente subdividir a planície mais ao norte. Assim, a planície Costeira é constituída de cinco partes, que, do norte para o sul, são conhecidas como: (1) a planície de Aser (de Rosh HaNigra até as proximidades de Aco; cp. Is
A planície costeira pode ser caracterizada com três palavras: "baixa" (uma referência à sua altitude relativa), "aberta" (uma referência à topografia plana) e "fértil (uma referência à produtividade agrícola da planície em tempos modernos).
Com exceção de umas poucas elevações situadas mais para dentro do continente, na extremidade oriental da Filístia, que chegam a quase 200 metros acima do nível do mar, a altitude da maior parte da planície Costeira é inferior a 100 metros, e boa parte dela tem uma altitude inferior a 45 metros acima do nível do mar.75 Uma análise do mapa revela que, nessa planície, as cidades bíblicas tendiam a se localizar não no seu centro, mas sim ao longo da costa (Aco, Cesareia, Jope, Asquelom e Gaza) ou em direção à sua margem oriental (Socó, Afeque, Gezer, Ecrom, Gate e Ziclague). De igual maneira, o mapa mostra que a artéria de transporte internacional (a chamada Grande Estrada Principal) corria ao longo da margem oriental dessa planície e não pelo centro. O mais provável é que a baixa altitude e a natureza relativamente nivelada da planície, combinadas com as serras de arenito calcário ao longo de grande parte da costa mediterrânea, que impediam uma drenagem natural, criavam uma área pantanosa bastante grande na planície durante toda a Antiguidade.
Esse obstáculo geográfico é a provável razão para o fato de a planície Costeira ter desempenhado um papel insignificante, quase nulo, na história bíblica. Exceto dois breves relatos sobre Gerar (Gn
Além de ser baixa, a planície também é aberta. Ao contrário da Cadeia Montanhosa Central da Galileia-Samaria-Judá, que, do ponto de vista geográfico, tendia a permanecer mais fechada e isolada devido à sua topografia elevada e sinuosa, a planície Costeira oferecia um terreno favorável à circulação, sem nenhum obstáculo Embora a terra, no geral, tenha sido descrita pouco antes neste texto como ponte terrestre internacional, era especialmente a planície Costeira, ao sul do monte Carmelo, que constituía essa ponte. Essa abertura também implicava mobilidade.
Durante o início do período bíblico, conflitos militares envolveram uso de carros de guerra (e.g., Ex
Por fim, essa planície é fértil; ou pelo menos se tornou fértil em tempos recentes. Uma olhada num mapa do Israel moderno mostra que a maior parte da região ocidental que o Plano da ONU para partição da Palestina, de 1947, designou para Israel está situada na planície Costeira, que, naquela época, era extremamente pantanosa e até mesmo infestada de malária. Entretanto, depois que a área foi devidamente drenada na década de 1950, houve grande prosperidade agrícola, pois se descobriram camadas profundas de riquíssimo solo arável resultante da erosão das montanhas ao lado e, como consequência, houve um grande e bem-sucedido esforço agrícola.
CADEIA MONTANHOSA CENTRAL
Constituída das regiões montanhosas da Galileia, Samaria, Judá e Neguebe, em sua natureza e topografia a Cadeia Montanhosa Central é exatamente o oposto da planície Costeira. A planície é "baixa, aberta e fértil"; a cadeia montanhosa é "alta, fechada e estéril". Enquanto, em seu ponto mais elevado, a planície chega a apenas uns 200 metros acima do nível do mar, em seu ponto mais baixo a Cadeia Montanhosa Central fica cerca de 450 metros acima do nível do mar, com muitos trechos superando os 900 metros. Onde as duas zonas se encontram, esse contraste de altitude pode ser bem pronunciado. É possível subir cerca de 800 metros viajando apenas de cinco a sete quilômetros do Mediterrâneo para o interior. Além do mais, a cadeia central é fechada. Essa cadeia, que na realidade é uma série de serras sinuosas e conectadas, funciona como barreira natural à circulação lateral.com exceção do ponto onde é interrompida pelo vale de lezreel/ Esdraelom. Em alguns lugares, para ir de um lado para o outro, além de ter de superar a ondulação difícil, era necessário atravessar até quatro ou cinco serras diferentes, separadas umas das outras por leitos profundos de uádis. Devido a seu terreno elevado e revolvido, a cadeia central é mais isolada e menos suscetível a aventureirismo internacional ou a ataques estrangeiros. Só raramente essa zona se revelou atraente para aqueles que construíam impérios. Por fim, a cadeia central é estéril e improdutiva. Constituída de calcário duro, sem minerais preciosos ou outros recursos naturais, e com grandes áreas que sofreram erosão e ficaram apenas com a pedra nua, parece improvável que alguma vez essa área montanhosa estéril, com somente 15 a 50 quilômetros de largura, tenha sido considerada capital político. No entanto, é justamente nessa região montanhosa que se desenrola boa parte da história bíblica. E aí que os patriarcas viveram, construíram altares e se comunicaram com seu Deus. É onde aconteceram as batalhas da conquista , onde Israel ocupou sua terra e foram fundadas muitas de suas instituições nacionais . É também onde, em seu devido momento, estiveram localizadas as capitais do Reino do Norte (Siquém, mais tarde Tirza e finalmente Samaria) e do Reino do Sul (Jerusalém). É aí que o judaísmo pós-exílico se estabeleceu e onde aconteceu boa parte do ministério registrado de Cristo . Galileia. Embora seja uma extensão das montanhas mais altas do Líbano, ainda assim a região elevada da Alta Galileia apresenta uma topografia bem complexa. O jebel Jarmuk (monte Merom) é o ponto mais alto de toda a Cisjordânia, mas é cercado por outros cumes que chegam a alturas superiores a 900 metros. Apesar de a Alta Galileia ter uma precipitação pluviométrica maior, seu terreno elevado e sua topografia fragmentada a tornam menos adequada para ocupação intensa. Na região nunca se estabeleceu aquilo que se pode chamar de cidade grande. No lado leste, a Baixa Galileia mantém o contorno irregular de sua vizinha no norte. Vê-se ali um enorme e alto afloramento de calcário, que, no flanco oriental, despenca no mar da Galileia. Nessa região se incluem o monte Tabor, os penhascos de Arbela e os vulcânicos Cornos de Hattin. Em contraste, as áreas central e oeste da Baixa Galileia apresentam o terreno mais plano de todo a cadeia central. A região é composta de várias serras paralelas que estão num eixo mais ou menos leste-oeste, entre as quais existem bacias relativamente abertas que são quase contíguas no lado ocidental. Vale de Jezreel/Esdraelom. Entre a região montanhosa da Baixa Galileia e a da Samaria, estende-se um vale que, em última instância, liga o vale do Jordão à planície Costeira, em Aco. Esse vale, que tem a forma de uma flecha apontada para o Mediterrâneo, é conhecido no Antigo Testamento hebraico como o vale de lezreel ("Deus semeou" ou "que Deus semeie"; e.g., Js
22) e, na época do Novo Testamento, por seu equivalente grego, Esdraelom.7 A estreita haste da flecha, em alguns pontos com não mais de três quilômetros de largura, estende-se de Bete-Sea até a cidade de Jezreel, margeada, no norte, pelo monte Moré e, no sul, pelo monte Gilboa, e drenada pelo rio Harode. Perto desse território ocorreu a triunfante vitória de Gideão sobre os midianitas (Jz
7) e a humilhante derrota de Saul nas mãos dos filisteus (1Sm
Embora montanhosa, Samaria também é entremeada por várias planícies pequenas e vales abertos, uma das quais está situada perto do ponto em que as encostas do Carmelo e do Gilboa se encontram, nas proximidades da cidade de Dotã . Entre as bacias de Samaria, essa planície de Dota é a maior e a mais intensamente cultivada, e é onde José foi vendido como escravo (Gn
Ela é cortada pelo divisor de águas ao longo do qual a estrada da Serra Central ruma na direção de Jerusalém. Indo de Socó até Siquém e dividindo lateralmente o oeste de Samaria, fica o vale baixo conhecido como u. Shekhem. De modo parecido, indo de Tirza até o vale do Jordão e dividindo o leste de Samaria, encontra-se a fratura acentuada, conhecida como u. Far'ah. Juntos, esses dois vales são o ponto mais baixo de toda Samaria. Constituíam os caminhos mais fáceis e mais utilizados para atravessar a serra central de Samaria, o que ajuda a explicar por que determinados locais foram escolhidos para capitais de Israel durante o período do reino dividido (Siquém, Tirza, Samaria). Judá. Conquanto não haja uma fronteira geológica definida separando Samaria e Judá, existe uma acentuada diferença na topografia das duas regiões. A precipitação maior de chuva em Samaria contribuiu para a ocorrência de muito mais erosão e para a formação de uádis com leitos mais profundos. Judá é mais um planalto, menos seccionado devido a seu clima mais seco. À medida que se caminha para o sul de Judá, o terreno se torna mais adverso, mais irregular e mais estéril. A principal característica da superfície de Judá são rochas nuas e amplas áreas de pedras quebradas e soltas, sem nenhuma terra por causa da ação da chuva. Só ao longo da bacia hidrográfica, nas vizinhanças de Ramá e entre Belém e Hebrom, é que o solo de Judá permite o cultivo. Nas demais áreas, o solo superficial, que sofre erosão nas chuvas torrenciais de inverno, tem impedido em grande parte o cultivo da terra.
A apenas cerca de oito quilômetros a sudeste de Jerusalém, começa o deserto de Judá (Nm
No lado oeste, o final da cadeia central de Judá é apenas um pouco menos abrupto. Uma vala estreita e rasa (uádi Ghurab, uádi Sar) faz divisão entre a região montanhosa e uma região com topografia distinta, conhecida como Sefelá ("contraforte". cp. Dt
A Sefelá começa no vale de Aijalom e se estende para o sul por cerca de 55 quilômetros até a área de T. Beit Mirsim. Esses contrafortes cobrem uma área de aproximadamente 13 a 16 quilometros de largura e, o que e importante, estendem-se para o oeste até a vizinhança do que foram as cidades filisteias de Gezer, Ecrom e Gate . Composta principalmente de calcário macio, com uma superfície ondulante inclinando suavemente para o lado oeste, entrecortada por alguns uádis importantes e férteis, a Sefelá era uma zona intermediária entre a cadeia central de Judá (ocupada pelos israelitas) e o sul da planície Costeira (ocupada pelos filisteus).
Não é surpresa que, na Bíblia, a área tenha sido cenário de vários episódios de guerra motivada por razões econômicas entre os israelitas e os filisteus (Jz
Inicialmente, o Neguebe ("terra seca"; e.g., Gn
Hoje o Neguebe inclui aquilo que a Bíblia chama de deserto de Zim (Nm
A conquista de Canaã: Jericó e Ai
Josué era o assistente fiel de Moisés. Havia lutado contra os amalequitas logo depois de Israel sair do Egito e foi um dos doze espias enviados para explorar Canaà.' Pouco antes de sua morte, Moisés apresentou Josué como seu sucessor?
JOSUÉ ASSUME A LIDERANÇA
Depois da morte de Moisés, coube a Josué a tarefa de conduzir os israelitas a Canaâ, a terra prometida. O Senhor deu a Josué as palavras de garantia de que precisava: "Como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei, nem te desampararei. Sê forte e corajoso, porque tu farás este povo herdar a terra que, sob juramento, prometi dar a seus pais. Tão-somente sê forte e mui corajoso" (Js
A TRAVESSIA DO JORDÃO
Do outro lado do Jordão ficava a cidade murada de Jerico. Josué enviou dois homens para espiar a cidade, onde se hospedaram na casa de Raabe. Essa mulher cananéia é considerada, tradicionalmente, uma prostituta, mas talvez fosse a dona de uma hospedaria. Raabe confirmou que os habitantes de Canaã estavam aterrorizados com a presença dos israelitas. Depois de prometerem poupar Rabe e sua família quando conquistassem a cidade, os homens voltaram ao acampamento de Israel com um relatório extremamente favorável. Entre o povo de Israel e Jericó eslava o rio Jordão na estação das cheias. Era época de colheita, ou seja, abril ou maio. Por meio de uma intervenção miraculosa, Josué conduziu os israelitas ao outro lado do leito seco do rio até Canaã, a terra prometida. De acordo com o livro de Josué, as águas do Jordão pararam em Adà (atual ed-Damieh), cerca de 30 km rio acima. Ocorrências desse tipo form registradas em pelos menos outras duas ocasiões desde então. O historiador árabe an-Nawairi afirma que na noite de 7 de dezembro de 1267 d.C.o Jordão ficou represado em ed-Damieh durante dezesseis horas. Um represamento semelhante com duração de 21 horas e 30 minutos foi registrado em 11 de julho de 1927. Uma possível causa proposta é o desmoronamento das ribanceiras íngremes e pouco resistentes provocado por uma enchente ou terremoto.
A CONQUISTA DE JERICÓ
Sem dúvida, o episódio mais famoso de toda a campanha militar de Israel em Canaã é a conquista de Jericó, a primeira cidade a ser tomada pelos israelitas na terra prometida. O livro de Josué registra esse acontecimento de um ponto de vista claramente israelita. Seguindo as ordens de Deus, Josué e seu exército marcharam ao redor da cidade uma vez por dia durante seis dias. Sete sacerdotes tocando sete trombetas marchavam diante da arca da aliança. Homens armados iam à frente deles e na retaguarda, depois da arca, enquanto as trombetas tocavam. Terminado esse procedimento, todos voltavam para o acampamento de Israel. No sétimo dia, esse mesmo grupo se levantou ao amanhecer e marchou ao redor da cidade sete vezes. Na sétima vez, quando as trombetas soaram, o povo gritou e as muralhas ruíram, talvez devido a outro terremoto. Os homens atacaram, cada qual do lugar onde estava, e tomaram a cidade. O Senhor tinha dito que o povo da cidade, como todos os cananeus, era idólatra e, portanto, devia ser destruído. Essa ordem incluía todos os seres vivos da cidade: homens, mulheres, crianças e idosos, gado, ovelhas e jumentos. Os israelitas queimaram a cidade, poupando apenas Raabe e sua família.
REVÉS E VITÓRIA EM AI
Em seguida, Josué deslocou seu exército do vale do Jordão para a região montanhosa, numa distância de cerca de 24 km. Chegou a uma cidade chamada Ai, um termo hebraico que significa "ruína". De acordo com o relato bíblico, Josué escolheu três mil homens para atacar a cidade, mas sofreu um revés, perdeu uns 36 homens e foi obrigado a bater em retirada. O motivo da derrota é fornecido: um homem chamado Acá havia tomado espólios de Jerico, desobedecendo às ordens específicas do Senhor para destruir tudo daquela cidade perversa. Para que Israel pudesse readquirir o favor do Senhor, Acã e sua família foram apedrejados e queimados' e Josué tentou um novo ataque contra Ai, desta vez, usando uma tática diferente. À noite, Josué armou emboscada por trás da cidade a oeste, entre Betel e Ai e, ao amanhecer, posicionou seu exército principal ao norte de Ai. Os homens de Ai atacaram o exército israelita que recuou propositadamente a fim de atraí-los para longe da cidade. Então, os soldados da emboscada capturaram a cidade e a incendiaram. Na sequência, o exército de Josué se virou e atacou os homens de Ai que ficaram presos entre os soldados da emboscada e o exército principal de Israel. A cidade foi totalmente queimada, seus doze mil habitantes foram mortos e seu rei foi enforcado numa árvore.
A conquista de Canaã: A derrota dos reis
Quando a notícia da vitória de Israel em Jerico e Ai se espalhou, todas as cidades cananéias ficaram apreensivas. Sem dúvida, tinham ouvido falar sobre a ordem de Deus a Moisés para exterminar todos os habitantes da terra. Assim, OS gibeonitas foram ao acampamento dos israelitas em Gilgal, próximo ao rio Jordão, usando roupas velhas e carregando pão bolorento, fingindo ter realizado uma longa jornada. Sem consultar o Senhor, Josué firmou um tratado de paz com eles, mas, três dias depois, descobriu que, na verdade, os gibeonitas eram vizinhos que viviam a cerca de 35 km de Gilgal. Uma vez que haviam feito um juramento, os israelitas não puderam atacar Gibeão e, portanto, tomaram seus habitantes para viver no meio de Israel como servos.
A DERROTA DOS REIS DO SUL
Ao ficar sabendo que Gibeão (atual el-Jib) havia feito um tratado de paz com Israel, Adoni- Zedeque, o rei de Jerusalém persuadiu seus aliados, os reis amorreus de Hebrom, Jarmute, Laquis e Eglom a atacar Gibeão. Os gibeonitas pediram socorro a Josué que se encontrava acampado em Cilgal. Josué e seus homens marcharam durante toda a note e percorreram 32 km até o alto dos montes, de one Josué atacou os exércitos dos cinco reis e obteve uma grande vitória. Uma tempestade de granizo caiu sobre os confederados em fuga e, como o livro de Josué registra misteriosamente: "O sol se deteve, e a lua parou [..] O sol, pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro" (s 10.13). Tomando por base apenas essa declaração, é perigoso conjeturar acerca do processo físico que ocasionou tal acontecimento, mas para o escritor do livro de Josué, tratou-se de uma ocorrência única que mostrou o Senhor lutando por Israel. Em seguida, Josué voltou ao acampamento em Gilgal. Ao saber que os cinco reis amorreus haviam fugido para uma caverna em Maquedá, Josué ordenou que sua entrada fosse fechada com pedras grandes. Posteriormente, tirou os reis da caverna e os executou, pendurando os corpos em árvores até o pôr-do-sol. Desejoso de prosseguir com sua campanha vitoriosa, Josué exterminou os habitantes de duas cidades vizinhas, Libna e Laquis. Também derrotou o rei de Gezer que havia socorrido Laquis e massacrou os habitantes de Eglom, Hebrom e Debir. Depois de conquistar um território amplo no sul da Palestina, obedecendo à ordem do Senhor para não deixar sobreviventes, Josué voltou mais uma vez ao acampamento em Gilgal.
A DERROTA DOS REIS DO NORTE
Jabim, o rei da cidade de Hazor, na região norte, enviou mensageiros aos seus aliados, os reis Sinrom e Acsafe, ao rei Jobabe de Madom e a outros reis do norte que se reuniram junto às águas de Merom, cuja localização exata é incerta. Josué realizou um ataque surpresa e os derrotou. Os israelitas perseguiram os soldados da coalizão em várias direções, jarretaram ou aleijaram seus cavalos e queimaram seus carros. Então, Josué tomou Hazor, o mais importante centro urbano do norte, com uma área de 71 hectares, massacrou seus habitantes, executou seu rei e queimou a cidade. Mais uma vez, Josué voltou a Gilgal, agora, para dividir a terra entre as doze tribos.
UMA CONQUISTA RÁPIDA?
Em Josué 14.10, Calebe está prestes a se apropriar de sua herança e fala da promessa feita pelo Senhor cerca de 45 anos antes de que ele herdaria a terra. Se descontarmos os 38 anos de jornada pelo deserto, temos como resultado um período de sete anos, dentro do qual a conquista de Canaã deve ser situada. À primeira vista, o livro de Josué - o texto-base para o nosso relato da conquista - parece sugerir que Josué varreu todos os povos de diante dele nesses sete anos de conquista rápida. O leitor pode se deixar levar pela retórica otimista e não detectar os indícios que põem nos ajudar a fazer uma avaliação correta dessa conquista. Depois de cada campanha, Josué e seu exército voltaram ao acampamento em Gilgal. Habitantes e reis foram mortos, mas não se observa nenhuma tentativa de ocupar os territórios. Estas campanhas foram, basicamente, ataques para incapacitar o inimigo, e não conquistas territoriais seguidas de ocupação imediata. Quando as tribos se separaram para tomar posse de sua herança, ainda havia cananeus nos territórios e alguns deles possuíam até carros de guerra reforçados com ferro. No final de sua vida, Josué advertiu o povo para não se casar com sobreviventes cananeus, pois estes se tornariam laços para eles, açoites às suas costas e espinhos em seus olhos. O livro de Juízes, subseqüente ao de Josué, começa com os israelitas lutando contra os cananeus em seu meio. O encrave inimigo mais conhecido, a saber, o dos jebuseus em Jerusalém, só foi conquistado por Davi.
Evidências da conquista de Canaã
Ao consideramos o êxodo, vimos que este pode se datado de 1446 a.C.ou de c. 1270 a.C. Isto resulta em duas datas diferentes para a conquista israelita sob o comando de Josué que, levando em conta o período de aproximadamente quarenta anos de jornada pelo deserto, se deu por volta de 1407 a.C.ou c. 1230 a.C. No tocante à arqueologia da Palestina, a primeira data corresponde à Idade Recente do Bronze I (c. 1450-1400 a.C.) e a segunda ao período conhecido como Idade Recente do Bronze II (c. 1300-1200 a.C.). Por certo, os israelitas já se encontravam na terra em 1209 .C., quando o faraó Merenptah encontrou um povo chamado Israel em Canaá,
JERICÓ: UM LOCAL IMPORTANTE
Quando o arqueólogo inglès John Garstang realizou escavações em Jericó (Tell es-Sultan) entre 1930 e 1936, encontrando evidências de que uma cidade inteira havia sido destruída pelo fogo' e parte de suas muralhas havia ruído durante um terremoto, parecia haver indicações conclusivas em favor da data mais antiga, ou seja, c. 1400 a.C.No entanto, ao retomar as escavações em Jerico entre 1952 e 1958, a arqueóloga inglesa Kathleen Kenyon mostrou que a datação feita por Garstang das muralhas da Cidade IV de Jerico (a cidade da Média Idade do Bronze) de c. 1400 a.C. devia ser corrigida para c. 1550 .C. Em termos históricos, essa destruição deve ser associada à guerra de retaliação dos egípcios contra os hicsos que haviam sido expulsos do local, e não ao exército de Josué. As tentativas de baixar essa data de 1550 a.C. para c. 1400 a.C. não foram amplamente aceitas. Não há como negar que são escassas as evidências arqueológicas da conquista de Jericó pelos israelitas, quer em c. 1400 a.C (Idade Recente do Bronze I), quer em c. 1230 (Idade Recente do Bronze II). De acordo com alguns estudiosos, caso tenha restado algo da cidade depois do ataque de Josué, OS vestígios foram apagados pela erosão subseqüente. Sem dúvida, grande parte da Jericó da Média Idade do Bronze destruída pelo fogo em c. 1550 .C. foi removida pela erosão. Quanto às muralhas, sabemos que a casa de Raabe fazia parte das mesmas. Assim, é possível que as fortificações formassem um círculo contínuo de edifícios ao redor da cidade, e não uma muralha típica. Uma analogia fornecida pelo rei egípcio Tutmósis 3 (1479-1425 a.C.) pode vir ao caso. Tutmósis realizou dezoito campanhas militares na Síria-Palestina e, no entanto, poucas cidades atacadas por ele apresentam níveis de destruição correspondentes. O rei do Egito descreve Megido como uma cidade fortificada a qual ele sitiou durante sete meses. No entanto, nenhum vestígio de uma muralha pôde ser encontrado no nível da Idade Recente do Bronze IA dessa cidade.
A IDENTIFICAÇÃO CORRETA DOS LOCAIS
Josué 12:9-24 apresenta uma lista de 3I reis derrotados. Isto não significa, necessariamente, que o exército de Josué triunfou sobre todos esses reis em suas próprias cidades. O rei de Gezer foi derrotado em Laquis, para onde subiu a fim de ajudar o monarca dessa cidade." Também não devemos pressupor que todas as 31 cidades foram destruídas, apesar do extermínio dos habitantes das cidades tomadas ser uma prática comum. De todos os locais mencionados, o exército de Josué pôs fogo apenas em Jericó, Ai e Hazor.f A localização de cerca de dez destas cidades não pode ser definida com precisão. Talvez o caso mais expressivo seja o de Ai. A identificação tradicional com et-Tell se baseia no fato dos nomes "Ai" e et-Tell significarem "ruína". Dos locais identificáveis restates, quatro (Geder, Adulão, Tapua e Hefer) não foram escavados.
AS CIDADES DE CANAÃ CONSIDERADAS COMO UM TODO
A fim de resolver o problema, é preciso considerar evidências de todas as cidades de Canaã, e não apenas de Jericó. É possível relacionar os locais que ram habitados e foram destruídos em uma ou ambas as datas sugeridas. No entanto, convém observar que nenhum local foi inteiramente escavado. Em vários casos, foram realizadas escavações em apenas cerca de 5% do nível relevante, como no caso de Gibeão. Nos casos em que existem sinais claros de destruição, não há provas conclusivas de que foi provocada pelos israelitas. Em relação à data de c. 1400 (Idade Recente do Bronze I), há evidências de assentamentos em oito dos locais identificados com certeza, a saber, Jerusalém, Gezer, Afeca, Hazor, Sinrom, Taanaque, Megido e Jocneão. No entanto, pode-se comprovar a destruição de apenas dois desses locais: Hazor (Tell el- Qadeh) e Megido (Tell el-Mutesellim). Para a data de c. 1230 a.C. (Idade Recente do Bronze II, há evidências de assentamentos em quatorze dos - locais identificados com certeza, a saber, Jerusalém, Jarmute, Laquis, Eglom. Gezer, Debir, Libna, Betel, Afeca, Hazor, Sinrom, Acsafe, Megido e Jocneão. Pode-se comprovar a destruição em seis cidades: Laquis, Gezer, Betel, Afeca, Hazor e Jocneão. Assim, apesar da data de c. 1230 a.C. (Idade Recente do Bronze II) apresentar mais evidências, a correspondência não é abrangente.
A TRANSJORDÂNIA
Anida não foi encontrada na Transjordânia nenhuma cidade fortificada datada desses dois períodos. No caso de Hesbom, a identificação tradicional com Tell Hesban pode ser equivocada Duas cidades vizinhas, Tell el-Jalul e Tell el-Umeiri podem ser candidatas mais adequadas, pois apresentam vestígios de ocupação na 1dade Recente do Bronze.
EM RETROSPECTO
Uma vez que os israelitas reocuparam as cidades depois de sua conquista rápida, esses locais não foram destruídos. Apesar de ser recém-chegado em Canaã, o povo de Israel não trouxe consigo, necessariamente, uma bagagem cultural distinta e, portanto, as cidades ocupadas pelos israelitas podem não apresentar descontinuidade em relação aos habitantes anteriores. Um panorama arqueológico da conquista de Josué como um todo evolve a interpretação de evidências de um grande número de sítios arqueológicos apenas parcialmente escavados e, por vezes, não identificados de forma conclusiva. Assim, é compressível que as conclusões sejam extremamente variadas e talvez não haja como chegar a um consenso.
A Agricultura de Canaã
A VEGETAÇÃO NATURALA. Palestina apresenta diversos tipos de clima desde o alpino até o tropical e o desértico. Em decorrência disso, possui uma vegetação extremamente variada, sendo que foram registradas 2.780 espécies de plantas. Mais de vinte espécies de árvores são mencionadas na Bíblia, desde as palmeiras da região tropical de Jericó até os cedros e florestas de coníferas do Líbano. Nem todas as árvores podem ser identificadas com precisão botânica; alguns termos talvez abrangessem várias espécies diferentes. Por exemplo, o termo hebraico usado para maçá também pode incluir o damasco.' As alfarrobeiras, de cujos frutos o filho pródigo comeu, são conhecidas apenas na bacia do Mediterrâneo. Nem todas as árvores mencionadas na Bíblia eram encontradas em Canaã. O olíbano (o termo hebraico é traduzido na Bíblia como "incenso") e a mirra do sul da Arábia e o cedro do Líbano são exemplos típicos, mas o sândalo, talvez uma espécie de junípero, também era importado do Líbano." Outras árvores provenientes de terras distantes foram introduzidas em Canaã, como no caso da amoreira - a amoreira-branca é originária da China e a amoreira-preta, do Irá. Nos meses de primavera, os campos ficam cobertos de flores, os "lírios do campo" "aos quais Jesus se referiu no sermão do monte (Mt
O REINO ANIMAL
A Palestina abriga 113 espécies de mamíferos, 348 espécies de aves e 68 espécies de peixes. Possui 4.700 espécies de insetos, dos quais cerca de dois mil são besouros e mil são borboletas No Antigo Testamento, chama a atenção a grande variedade de animais, aves e insetos com a qual os habitantes de Canaã tinham contato. Davi matou um leão e um urso, dois animais que, para alívio da população atual, não são mais encontrados na região. Outros animais, como os bugios, eram importados de terras distantes." Um grande número de aves "mundas" não podia ser consumido como alimento. Mas quem, em sã consciência, comeria um abutre? Algumas dessas aves "imundas" talvez fossem migratórias, não tendo Canaã como seu hábitat. Os padres de migração dessas aves talvez não fossem compreendidos, mas certamente eram conhecidos. Alguns insetos voadores eram "limpos" e, portanto, podiam ser consumidos. João Batista parece ter aprendido a apreciar o sabor de "gafanhotos e mel silvestre" (Mic 1.6).
CULTURAS
O trigo e a cevada eram usados para fazer pão. Também se cultivavam lentilhas e feijões. Ervas como a hortelã, o endro e o cominho, das quais os fariseus separavam os dízimos zelosamente, eram usados para temperar alimentos de sabor mais suave. Os espias enviados por Moisés a Canaã voltaram trazendo um cacho de uvas enorme, e também romãs e figos. As uvas eram transformadas em vinho "que alegra o coração do homem" (SI 104,15) e em "bolos de passas" (Os
A CRIAÇÃO DE ANIMAIS
Canaã era considerada uma "terra que mana leite e mel" (Ex
Uma descrição de Canaã
"Tu fazes rebentar fontes no vale, cujas áquas correm entre os montes; dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos selvagens matam a sua sede. Junto delas têm as aves do céu o seu pouso e, por entre a ramagem, desferem o seu canto. Do alto de tua morada, regas os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras. Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão, o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças. Avigoram-se as árvores do SENHOR e os cedros do Líbano que ele plantou, em que as aves fazem seus ninhos; quanto à cegonha, a sua casa é nos ciprestes. Os altos montes são das cabras montesinhas, e as rochas, o refúgio dos arganazes. SALMO 104:10-18
CIDADES DO MUNDO BÍBLICO
FATORES QUE INFLUENCIARAM A LOCALIZAÇÃOVárias condições geográficas influenciaram a localização de assentamentos urbanos no mundo bíblico. Em termos gerais, nesse aspecto, eram cinco os principais fatores que podiam ser determinantes:
(1) acesso à água;
(2) disponibilidade de recursos naturais;
(3) topografia da região;
(4) topografia do lugar;
(5) linhas naturais de comunicação. Esses fatores não eram mutuamente excludentes, de sorte que às vezes era possível que mais de um influenciasse na escolha do lugar exato de uma cidade específica.
O mais importante desses fatores era a ponderação sobre o acesso à água, em especial antes da introdução de aquedutos, sifões e reservatórios. Embora seja correto afirmar que a água era um aspecto central de todos os assentamentos num ambiente normalmente árido, parece que a localização de algumas cidades dependeu exclusivamente disso. Dois exemplos são: Damasco (situada no sopé oriental dos montes Antilíbano, num vasto oásis alimentado pelos caudalosos rios Abana e Farfar (2Rs
Sabe-se de moedas feitas com uma liga de ouro e prata que foram cunhadas em Sardes já no sétimo século a.C.
A localização de algumas cidades se deveu à topografia da região. Já vimos como a posição de Megido foi determinada para controlar um cruzamento de estradas num desfiladeiro na serra do monte Carmelo. Da mesma maneira, a cidade de Bete-Horom foi posicionada para controlar a principal via de acesso para quem vai do oeste para o interior das montanhas de Judá e Jerusalém. A topografia regional também explica a posição de Corinto, cidade portuária de localizacão estratégica que se estendeu desordenadamente no estreito istmo de 5,5 quilômetros de terra que separa o mar Egeu do mar Adriático e forma a única ligação entre a Grécia continental e a península do Peloponeso.
Outras cidades estavam situadas de acordo com o princípio de topografia local. Com exceção do lado norte, em todos os lados Jerusalém estava rodeada por vales profundos com escarpas superiores a 60 metros. Massada era uma mesa elevada e isolada, cercada por penhascos rochosos e escarpados de mais de 180 metros de altura em alguns lugares.
A cidade de Samaria estava em cima de uma colina isolada de 90 metros de altura e cercada por dois vales com encostas íngremes. Como consequência da topografia local, essas cidades comumente resistiam melhor a ataques ou então eram conquistadas só depois de um longo período de cerco. Por fim, linhas naturais de comunicação podem ter determinado a localização de alguns assentamentos urbanos. Uma ilustracão clássica desse critério é Hazor - uma plataforma bastante fortificada, uma capital de província (Is
Também é muito improvável que várias cidades menores iunto à via Inácia, a oeste de Pela (Heracleia, Lychnidos e Clodiana), tivessem se desenvolvido não fosse a existência e a localização dessa artéria de grande importância. E existem localidades ao longo da Estrada Real da Pérsia (tais como Ciyarbekir e Ptéria) cuja proeminência, se não a própria existência, deve-se à localizacão daquela antiga estrada. Como os fatores que determinavam sua localização permaneciam bem constantes. no mundo bíblico cidades tanto pequenas quanto grandes experimentavam, em geral, um grau surpreendente de continuidade de povoação. Mesmo quando um local era destruído ou abandonado por um longo período, ocupantes posteriores eram quase sempre atraídos pelo(s) mesmo(s) fator(es) que havia(m) sido determinante(s) na escolha inicial do lugar. Os colonos subsequentes tinham a satisfação de poder usar baluartes de tijolos cozidos, segmentos de muros ainda de pé, pisos de terra batida, fortificações, silos de armazenagem e poços. À medida que assentamentos sucessivos surgiam e caíam, e com frequência as cidades eram muitas vezes construídas literalmente umas em cima das outras, a colina plataforma (tell) em cima da qual se assentavam (Js
2) ia ficando cada vez mais alta, com encostas mais íngremes em seu perímetro, o que tornava o local gradativamente mais defensável. Quando esse padrão se repetia com frequência, como é o caso de Laquis, Megido, Hazor e Bete-Sea, o entulho de ocupação podia alcançar 20 a 30 metros de altura.
A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DE CIDADES ANTIGAS
Isso leva à questão da identificação de locais, o que é crucial para os objetivos de um atlas bíblico. A continuidade de ocupação é útil, mas a identificação segura de lugares bíblicos não é possível em todos os casos devido a dados documentais insuficientes e/ou a um conhecimento limitado da geografia. Muitos nomes não foram preservados e, mesmo quando um topônimo sobreviveu ou, em tempos modernos, foi ressuscitado e aplicado a determinado local, tentativas de identificação podem estar repletas de problemas. Existem casos em que um nome específico experimentou mudança de local. A Jericó do Antigo Testamento não ficava no mesmo lugar da Jericó do Novo Testamento, e nenhum dos dois. lugares corresponde à moderna Jericó. Sabe-se que mudanças semelhantes ocorreram com Siquém, Arade, Berseba, Bete-Sea, Bete-Semes, Tiberíades etc. Mudanças de nomes também acontecem de uma cultura para outra ou de um período para outro. A Rabá do Antigo Testamento se tornou a Filadélfia do Novo Testamento, que, por sua vez, transformou-se na moderna Amã. A Aco do Antigo Testamento se tornou a Ptolemaida do Novo Testamento, que, por sua vez, tornou-se a Acre dos cruzados.
A Siquém do Antigo Testamento se tornou a Neápolis do Novo Testamento, a qual passou a ser a moderna Nablus. E em alguns casos uma mudança de nome aconteceu dentro de um Testamento (e.g., Luz/Betel, Quiriate-Arba/Hebrom, Quiriate-Sefer/Debir e Laís/Dá). Frequentemente a análise desses casos exige uma familiaridade bastante grande com a sucessão cultural e as inter-relações linguísticas entre várias épocas da história da Palestina. Mesmo assim, muitas vezes a identificação do lugar continua difícil. Existe também o problema de homonímia: mais de um lugar pode ter o mesmo nome. As Escrituras falam de Afeque ("fortaleza") 143 no Líbano (Js
A despeito dessas dificuldades, em geral três considerações pautam a identificação científica de lugares bíblicos: atestação arqueológica, tradição ininterrupta e análise literária/ topográfica."7 A primeira delas, que é a mais direta e conclusiva, identifica determinada cidade por meio de uma inscrição desenterrada no lugar. Embora vários exemplos desse tipo ocorram na Síria-Mesopotâmia, são relativamente escassos na Palestina. Documentação assim foi encontrada nas cidades de Gezer, Arade, Bete-Sea, Hazor, Ecrom, Laquis, Taanaque, Gibeão, Dá e Mefaate.
Lamentavelmente a maioria dos topônimos não pode ser identificada mediante provas epigráficas, de modo que é necessário recorrer a uma das outras duas considerações. E possivel utilizar a primeira delas, a saber, a sobrevivência do nome, quando, do ponto de vista léxico, o nome permaneceu o mesmo e nunca se perdeu a identidade do local. Esse critério é suficientemente conclusivo, embora se aplique a bem poucos casos: Jerusalém, Hebrom, Belém e Nazaré. Muitos lugares modernos com nomes bíblicos são incapazes de oferecer esse tipo de apoio de tradição ininterrupta. Como consequência, tendo em vista as mudanças de nome e de lugar, isso suscita a questão óbvia - que continua sendo debatida em vários contextos - de até que ponto essas associações são de fato válidas. Aparentemente essas transferências não aconteceram de forma aleatória e impensada. Mudanças de localização parecem estar confinadas a um raio pequeno. Por exemplo, a Jericó do Antigo Testamento, a Jericó do Novo Testamento e a moderna Jericó estão todas dentro de uma área de apenas 8 quilômetros, e em geral o mesmo se aplica a outras mudanças de localização.
Ocasionalmente, quando acontece uma mudança de nome, o nome original do lugar é preservado num aspecto geográfico das proximidades. O nome Bete-Semes (T. er-Rumeilah) se reflete numa fonte contígua (Ain Shems); da mesma forma, Yabis, o nome moderno do uádi, é provavelmente uma forma que reflete o nome do local bíblico de Jabes(-Gileade], ao lado do qual ficava, na Antiguidade. Quando os dados arqueológicos proporcionam provas irrefutáveis do nome bíblico de um local, é bem comum que aquele nome se reflita em seu nome moderno. Por exemplo, a Gibeão da Bíblia é hoje em dia conhecida pelo nome de el-Jib; o nome Taanaque, que aparece na Bíblia, reflete-se em seu nome moderno de T. Tilinnik; a Gezer bíblica tem o nome refletido no nome moderno T. Jezer. Conquanto a associação de nomes implique alguns riscos, com frequência pode propiciar uma identificação altamente provável.
Um terceiro critério usado na identificação de lugares consiste em análise literária e topográfica. Textos bíblicos frequentemente oferecem uma pista razoavelmente confiável quanto à localização aproximada de determinado lugar. Um exemplo é a localização da Ecrom bíblica, uma das principais cidades da planície filisteia. As Escrituras situam Ecrom junto à fronteira norte da herança de Judá, entre Timna e Siquerom (Is
Ali, a descoberta de uma inscrição que menciona o nome do lugar bíblico confirmou a identificação.150 Contudo, existem ocasiões em que a Bíblia não fornece dados suficientes para identificar um lugar. Nesses casos, o geógrafo histórico tem de recorrer a uma análise de fontes literárias extrabíblicas, do antigo Egito, Mesopotâmia, Síria ou Ásia Menor. Alternativamente, a identificação de lugares é com frequência reforçada por comentários encontrados em várias fontes:
- escritores clássicos (e.g., Heródoto, Eusébio, Ptolomeu, Estrabão, Josefo, Plínio);
- itinerários percorridos por cristãos da Antiguidade (e.g., Etéria, o Peregrino de Bordéus, Teodósio, Antônio Mártir, Beda, o Venerável, Willibald):
- geógrafos árabes (e.g., Istakhri, Idrisi, Abulfeda, Ibn Battuta);
- escritos de autoria de cruzados e pós-cruzados (e.g., Saewulf, Daniel, o Abade, Frettelus, Pedro Diácono, Burchard de Monte Sião, Marino Sanuto, Rabi Benjamin
de Tudela, Rabi Eshtori Haparhi, Ludolph von Suchem, Felix Fabri); - pioneiros ou geógrafos desde o início da Idade Moderna (e.g., Quaresmio, van Kootwijck, Seetzen, Burchardt, Robinson, Reland, Niebuhr, Thomsen, Ritter, Conder, Abel, Musil, Dalman, Albright, Glueck, Aharoni, Rainey) Contudo, a análise literária deve ser acompanhada da análise topográfica. Qualquer dado documental disponível tem de ser correlacionado a lugares já conhecidos de uma determinada área e avaliado numa comparação com a gama de outros tells do terreno ao redor - tells que podem ser igualmente candidatos a uma identificação com o lugar bíblico. Quando a identificação de um lugar é proposta, o tamanho e a natureza do local têm de cumprir as exigências de identificação: qual é seu tamanho? Que vestígios arqueológicos são encontrados ali (e.g., muralhas, construções monumentais, detalhes arqueológicos próprios)? Quais e quantos outros sítios são encontrados em sua vizinhança? Além disso, as ruínas desse lugar têm de datar do(s) período (s) exigido(s) pela identificação.
De qualquer maneira, mesmo quando todas essas exigências são atendidas, não se deve apresentar como definitiva a identificação de lugares feita apenas com base em análise topográfica. Tais identificações só devem ser aceitas tendo-se em mente que são resultado de uma avaliação probabilística.
A BATALHA DE GIBEÃO
A conquista de Jericó e de Ai/Betel abriu caminho para os israelitas fazerem incursões importantes no planalto central de Canaã. Mas a ação também provocou alarme generalizado entre os reis cananeus a oeste do Jordão (JsEmbora descritos como moradores de Gibeão, também são chamados de "heveus" (Is
. Ao que parece, os heveus de Gibeão eram militarmente inferiores e, por isso, tiraram vantagem de seu tratado com Josué e invocaram sua ajuda. Josué e suas tropas partiram de Gilgal numa marcha forcada durante a noite (10.7-9) e chegaram a Gibeão ao alvorecer. Enquanto a batalha ocorria, os amorreus foram tomados de pânico e fugiram para o oeste, pela encosta que sobe para Bete-Horom e Aijalom. Chegaram até Azeca e Maqueda, onde os reis das cinco cidades amorreias foram capturados e mortos (10.10-27). Essa ação pelo centro e sul da Sefelá levou os israelitas a missões colaterais contra as cidades próximas de Libna (kh. el-Beida?), Laquis (T. ed-Duweir/T. Lachish), Eglom (T. Eton?), Hebrom (T. er-Rumeidah) e por fim "se desviaram" para Debir (kh. Rabud?), antes de voltar para sua base temporária em Gilgal (Js
Incluída nessa narrativa acha-se a oração de Josué para que o Sol "parasse" em Gibeão e a Lua 'se detivesse" no vale de Aijalom (Js
- 13b) -, será que é possível identificar a época em que aconteceu o evento? Alguns autores têm seguido essa linha de raciocínio e especulado datas, como 12 de fevereiro, 22 de julho, 25 de outubro ou 30 de outubro. Talvez essa abordagem caia por terra sob o peso das próprias pressuposições e de conclusões mutuamente excludentes. De qualquer maneira, essa metodologia não oferece nada definitivo e não pode ser usada com vantagem.
Uma segunda questão crítica tem a ver com a natureza da própria oração. Josué estava pedindo para o Sol parar de se mover ou parar de brilhar? Ele achava que suas tropas precisavam de tempo ou de sombra? No primeiro caso, a lógica para a oração é que era provável que as forças de Israel estivessem infligindo uma derrota tão impressionante aos inimigos amorreus que, com a ajuda de algum tempo extra naquele dia, poderiam eliminá-los sumariamente naquela ocasião (na 1líada, Agamenon fez um pedido semelhante a Zeus quando estava desbaratando seus inimigos). No segundo caso, a suposição lógica seria a de que o exército israelita, por ter marchado numa subida íngreme de Gilgal até Gibeão durante a noite - uma distância de cerca de 24 quilômetros, que envolve ascender mais de 900 metros - não tinha tanta empolgação e energia quanto as forças amorreias no início da batalha e precisava desesperadamente de alívio do calor esmagador do sol.
Os dois verbos em questão, traduzidos por "estar tranquilo/ silencioso" e "permanecer/parar", são empregados em outras passagens bíblicas com estes sentidos: "ficar imóvel" (15m 14.9; Gn
Uma terceira questão crítica tem a ver diretamente com a geografia: de que lugar é mais provável que Josué tenha feito seu pedido? Ele parou para orar em Gibeão ou Aijalom ou perto dessas localidades, onde a batalha começou, ou orou em Azeca e Maqueda ou perto delas, onde a batalha terminou? Em que ponto, ao longo do caminho, Josué parou e orou? A resposta a esta pergunta talvez esteja relacionada ao assunto anterior. Se Josué orou onde a batalha começou de manhã, isto é, em Gibeão/Aijalom ou nas suas proximidades, a hora implícita do começo da batalha junto com o sucesso inicial descrito na narrativa (10.9b,
10) levam à conclusão de que a oração foi feita bem cedo. Em contrapartida, caso ele tenha orado em Azeca/Maqueda ou ali perto, onde a batalha terminou, depois de percorrer a distância de 40 quilômetros de Gibeão a Azeca (T. Azega) "pelo caminho que sobe a Bete-Horom" (10.10b,11), a conclusão necessariamente é que Josué orou perto do fim do dia. De acordo com essa linha de raciocínio, é muito improvável que, numa oração pela manhã, tivesse havido um pedido de bastante luz solar, visto que essa seria a experiência e a expectativa de qualquer um naquela hora do dia. De modo análogo, é muito provável que, numa oração feita perto do fim de um dia de combate, não teria havido um pedido para menos luz solar, visto que, de novo, essa teria sido a norma. De maneira que a pergunta continua em pé: de onde é mais provável que Josué tenha feito seu pedido? A vasta maioria dos estudiosos tem declarado ou pressuposto que Josué orou em Gibeão ou nas proximidades, e muitos acrescentam que ele orou de manhã. ISS De meu ponto de vista, essa interpretação é a mais provável, devido ao contexto geral e aos lugares de fato mencionados em sua oração (Gibeão e o vale de Aijalom). Parece que Josué está suplicando a Deus que atue onde ele está e não onde ele havia estado quilômetros atrás e horas antes. Como consequência, provavelmente a oração de Josué não foi um pedido de luz solar adicional, que é a interpretação frequente e teria implicado a suspensão das leis da Física em todo o Sistema Solar. Em vez disso, parece mais razoável supor que a oração de Josué era uma oração matutina, solicitando menos sol e mais sombra.
E, caso as forças israelitas tenham precisado de alívio do calor do sol, parece que Deus respondeu à oração de Josué de uma maneira bem mais notável e impressionante do que aquele líder poderia ter imaginado. A narrativa passa a falar de uma chuva de pedras grandes (10.11), a qual poderia ter proporcionado o muito necessário manto de nuvens que Josué possivelmente pediu e também desempenhado um papel decisivo para a vitória israelita. Talvez a interpretação da citação do livro de Jasar (10,13) deva, então, ser: "De maneira que o sol esteve em silêncio no meio do céu e não continuou até o pôr do sol como num dia normal" (note-se especialmente Ke + tamim, ie, o pôr do sol naquele dia não deve ter sido observável). Então o narrador acrescenta seu comentário editorial: "E não houve dia semelhante a esse, nem antes nem depois dele, quanto ao Senhor dar ouvidos à voz de um homem" (10.14a, grifo do autor).
Entendido dessa forma, esse acontecimento perto de Gibeão foi um milagre de verdade, pelo fato de que até mesmo as forças da natureza pareceram estar à disposição de um dos servos de Deus. Em termos gerais, é possível assemelhar a narrativa ao incidente neotestamentário que se deu no mar da Galileia, quando Jesus acalmou até o vento e as ondas, para surpresa e espanto de seus discípulos (Mt
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.
Locais
AI
Atualmente: ISRAELCidade conquistada por Josué no período do Bronze Antigo. Rodeada por um muro de pedra com cerca de 8 metros de espessura.
GIBEÃO
JERICÓ
Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:31.85, Longitude:35.45)Nome Atual: Jericó
Nome Grego: Ἰεριχώ
Atualmente: Palestina
Cidade muito antiga, localizada a margem do Rio Jordão. Conhecida também como Cidade das Palmeiras. Fica a 300 metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo Situada a oeste do Rio Jordão. A primeira aglomeração urbana, surgiu por volta de 7000 anos antes de Cristo. Defendida por muralha de pedra com torre de 9 metros de altura. Por que? – medo que o homem tinha do próprio homem, - medo de animais ferozes? Somente podemos fazer suposições, apesar das diversas ciências envolvidas na pesquisa dessa história como a arqueologia, geologia, etc. Fatos registrados na Bíblia: Moisés contou os filhos de Israel, defonte à Jericó, Números
É uma antiga cidade da Palestina, situada às margens do rio Jordão, encrustada na parte inferior da costa que conduz à serra de Judá. Ela é conhecida na Tradição judaico-cristã como o lugar do retorno dos israelitas da escravidão no Egito, liderados por Josué, o sucessor de Moisés (Josué
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
Esta oposição organizada poderia dar ao povo de Deus um novo encorajamento. Isaías disse certa vez: "Toda ferramenta preparada contra ti não prosperará; e toda língua que se levantar contra ti em juízo, tu a condenarás" (Is
E vieram a Josué, ao arraial, a Gilgal (6). Qual Gilgal? Seria este o lugar próxi-mo de Jericó, recentemente identificado como Gilgal por causa da renovação do rito da circuncisão (cf. Js
33) ? Existe uma probabilidade de Josué não ter voltado à planície de Jericó depois de ter levado "todo o Israel" (8,33) ao monte Ebal. Este local estratégico no centro de Canaã provavelmente renovou nos israelitas a consciência de que eles haviam chegado para ficar.
O povo de Deus aprendeu várias lições práticas com a fraude dos gibeonitas: (1) é fato que os olhos não revelam toda a verdade, pois as aparências enganam (vv. 4-6).
A próxima lição é o fato de que (2) homens bons podem ser enganados pelas artima-nhas daqueles que querem tirar vantagem deles (vv. 7,8). A atitude dos gibeonitas ao afirmarem nós somos teus servos (v. 8) era, na verdade, uma fuga da pergunta: Quem sois vós...? (v. 8). Pressionaram Josué, dizendo: fazei, pois, agora concerto conosco (v.6). Fica claro que as pessoas que pertencem a Deus devem ser "prudentes como as serpentes" (Mt
(3) A aparência de espiritual pode fazer com que pessoas boas sejam enganadas. Os gibeonitas afirmaram que vieram a Josué por causa do nome do Senhor, teu Deus (v. 9). Há pessoas que se filiam à igreja fazendo as mesmas falsas afirmações. O mais comum é que, mais cedo ou mais tarde, tais pessoas se tornam um embaraço para o povo de Deus. Às vezes, casamentos são realizados como resultado desse tipo de fraude, mas o resultado não é causa de ganho para a piedade.
c. O logro dos gibeonitas é descoberto (9:16-27). As artimanhas e o engano têm vida curta. Ao fim de três dias (16), a verdade foi conhecida. Ao terceiro dia (17), os gibeonitas foram confrontados em relação à sua fraude. Eles deveriam saber que a paz que se fundamenta na desonestidade realmente não tem firmeza. Não é sempre que o mentiroso chega à humilhação tão rapidamente, mas é certo que ela virá um dia.
Os israelitas ficaram grandemente perturbados, a tal ponto que toda a congrega-ção murmurava contra os príncipes (18). Que esperança eles poderiam ter de que receberiam a aprovação de Deus se aqueles que estavam na liderança haviam feito acor-dos com os cananeus? A lição de Ai ainda estava nítida em suas mentes.
Os príncipes do povo também estavam preocupados quanto a obter o favor de Deus. Eles perceberam que não poderiam ferir os gibeonitas porque haviam jurado pelo Se-nhor, Deus de Israel (19). Quebrar este voto traria desgraça ao nome de Deus entre os cananeus. Jeová exigia total respeito para com a verdade.
É obvio que os líderes ficaram perturbados por terem sido enganados. O fato é que eles agiram de boa fé e o fizeram à luz do conhecimento que possuíam. Seu único erro foi agir antes de ouvir a voz do Senhor. Eles foram enganados, mas este erro não justificaria o fato de cometerem outro pecado, quebrando seu voto. Portanto, eles decretaram: vi-vam (21). O acordo feito pelos príncipes tornou-se uma maldição (23) quando Josué se dirige aos gibeonitas. Neste contexto, a expressão a casa do meu Deus é uma alusão ao Tabernáculo, pois o Templo ainda não fora construído.
Neste ponto, a misericórdia é estendida àqueles que estavam debaixo da sentença de morte. Por quê? Aquelas pessoas criam que o Deus de Israel era maior que as suas divindades. Elas acreditavam que já estavam condenadas (24). Usaram o melhor meio de obter misericórdia que suas mentes não regeneradas poderia planejar. Finalmente, fizeram uma rendição incondicional de si mesmos. Eles disseram: eis que agora estamos na tua mão (25).
Josué, este Jesus do Antigo Testamento, fez o que parecia bom e reto (25; cf. 26). Willian Shakespeare afirma corretamente que "o poder terreno mostra-se semelhante ao de Deus quando a misericórdia faz amadurecer a justiça".' Primeiramente, Josué libertou os gibeonitas das garras da morte (26). Isto foi feito ao custo de humilhação pessoal. Depois, Josué fez com que eles se tornassem seus servidores. Eles seriam ra-chadores de lenha e tiradores de água para a congregação e para o altar do Senhor (27), uma atividade que estava em conexão com a adoração do Tabernáculo. Esta não era uma escravidão privada, mas uma posição de importante serviço público.
A história indica que Deus favoreceu os ajustes promovidos por Josué e esta aliança foi hOnrada durante a existência de Israel. Quando foi rompida pelo rei Saul, Israel sofreu até que a restituição foi feita aos gibeonitas (cf. 2 Sm 21.1,2).
Além disso, benefícios surgiram deste arranjo, tanto para Josué como para todo Israel. Os gibeonitas forneceram "suprimentos, uma base de operação realizada por pes-soas que estavam debaixo de fortes obrigações, dispostas e até mesmo ansiosas por exe-cutar suas tarefas, além de realizar vários trabalhos comuns". 41 Tudo isso deu a Josué uma grande vantagem nas operações de ofensiva no futuro imediato. Deus fazia o me-lhor a partir de uma situação provocada por um erro humano. "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto" (Rm
Champlin
Cidade situada a uns 10 km ao noroeste de Jerusalém e a uns 11 km a sudoeste de Ai. Estava encravada no território de Benjamim (Js
Genebra
9:1-2
Estes dois versículos formam o pano-de-fundo dos caps. 9—12. O temor dos israelitas, que tinha imobilizado os cananeus em 5.1, aqui os une contra Josué e contra Israel. Há uma antecipação do Sl
heteus... jebuseus. Ver nota em 3.10.
* 9:3
Gibeom. A ação do povo de Gibeão (a cerca de treze km ao norte de Jerusalém) contrasta-se com o padrão geral por toda a terra de Canaã (vs. 1, 2).
ouvindo. O efeito das novas acerca da poderosa fidelidade de Deus às suas promessas é um tema importante na narrativa da conquista (2.10,11; 5.1; 9.1,9; 10.1; 11.1; conforme 7.9). Para os cananeus, essas notícias eram terríveis, pois significavam que o Deus dos céus e da terra (2.11), haveria de destruí-los (5.13—12.24, nota).
* 9:4
usaram de estratagema. Esse logro atrairia uma maldição sobre os gibeonitas (v. 23), e forma um contraste com a ação de Raabe, para com os representantes de Israel, no cap.2.
* 9:6
Chegamos de uma terra distante. Os gibeonitas fingiram que eles viviam fora da zona potencial de interesse de Israel. Os israelitas estavam dispostos a fazer um tratado com eles tendo em vista as disposições de Dt
aliança. Uma aliança é o estabelecimento de um relacionamento por intermédio de um tratado. Essa aliança forçaria os filhos de Israel a pouparem os gibeonitas.
* 9:7
heveus. Esse grupo étnico, ao qual os gibeonitas pertenciam, foi um daqueles que Deus tinham prometido expulsar de Canaã (3.10).
* 9:9
nome. Ver nota em 7.9.
ouvimos. Ver nota no v. 3.
* 9:10
tudo quanto fez. As novas que os gibeonitas tinham ouvido são as mesmas que foram confessadas por Raabe (2.10, nota). A reação deles, porém, foi bastante diferente da reação dela.
amorreus. Ver nota em 2.10.
* 9:14
não pediram conselho ao SENHOR. Como eles deveriam ter buscado conselho não é especificado, mas tal como em Js
* 9:15
concedeu-lhes paz. O sentido é explicado pela frase seguinte, "de lhes conservar a vida".
* 9:16-17
três dias... ao terceiro dia. Se o v. 16 antecipa o resultado do v. 17, então os três dias em cada versículo podem ser os mesmos. De Gilgal a Gibeom são cerca de 31 km.
* 9:18
murmurou. Murmurar (contra Moisés, Arão, e, em última análise, contra o Senhor) foi uma atividade comum de Israel no deserto; (Êx
* 9:20
ira. Ver 7.11 e nota. Contraste este juramento, guardado com todo escrúpulo, embora baseado numa mentira dos gibeonitas, e o pacto do cap. 7.11, baseado no mandamento do Senhor, que foi quebrado.
* 9:21
rachadores de lenha e tiradores de água. Ou seja, escravos domésticos.
* 9:23
casa. O tabernáculo é chamado de casa em 1Sm
meu Deus. O perigo representado pelos cananeus restantes na Terra Prometida era que eles fizessem Israel abandonar ao Senhor para servirem a outros deuses (Dt
* 9:24
tememos. Ver nota em 2.9.
* 9:27
até ao dia de hoje. Ver nota em 4.9.
no lugar que Deus escolhesse. Ver Dt 12; cf. Êx
Matthew Henry
Wesley
Como consternação aumentou em todo o país, os gibeonitas recorreram a um ardil para fins de auto-preservação.
1. Deceitfulness Toward Israel (9: 1-15) 1 E sucedeu que, quando todos os reis que estavam além do Jordão, na região montanhosa, e na baixada e em toda a costa do grande mar, defronte do Líbano, o hitita, e os amorreus, o cananeus, os perizeus, os heveus, e os jebuseus, ouviu do mesmo; 2 que eles se reuniram para lutar contra Josué e contra Israel, com um acordo. 3 Ora, os moradores de Gibeão, ouvindo o que Josué fizera com Jericó e com Ai, 4 que também deu certo astúcia, e foi e fez como se tivessem sido embaixadores, tomando sacos velhos sobre os seus jumentos, e odres de vinho, velho e alugar e ligada, 5 e sapatos velhos e remendados sobre seus pés, e trajando roupas velhas; e todo o pão da sua prestação foi seco e foi bolorento. 6 E vieram a Josué, ao arraial em Gilgal, e disse-lhe, e aos homens de Israel, Estamos vindo de um país distante: Agora, pois, fazei vós . aliança conosco 7 E os homens de Israel disseram ao heveus: Talvez habitar no meio de nós; e como devemos fazer um pacto com você? 8 E disseram a Josué: Nós somos teus servos. E disse-lhes Josué: Quem sois vós? e donde vindes? 9 E eles disseram-lhe: De um país muito longe teus servos estão vindo por causa do nome do Senhor teu Deus, porque ouvimos a sua fama, e tudo o que fez no Egito, 10 e tudo o que ele fez aos dois reis dos amorreus, que estavam além do Jordão, a Siom, rei de Hesbom, e Ogue, rei de Basã, que estava em Astarote. 11 E que nossos anciãos e todos os moradores da nossa terra nos falaram , dizendo: Tomai nas mãos provisão para o caminho, e ir ao encontro deles, e dize-lhes: Nós somos vossos servos:. e agora que vos uma aliança conosco 12 Este nosso pão tomamos quente para nossa provisão de nossa casas no dia em que saímos para vir a vós; mas agora, eis que é seca, e é bolorento: 13 e estes odres, que enchemos, eram novos; e, eis que são renda:. e estas nossas roupas e nossos sapatos já envelheceram em razão da longa jornada 14 E os homens tomaram da provisão deles, e não pediram conselho à boca do Senhor. 15 E Josué fez paz com eles, e fez um pacto com eles, para deixá-los ao vivo, e os príncipes da congregação lhes prestaram juramento.O sucesso de Israel contra Jericó e Ai criado contrastantes reações entre os habitantes da terra. Por um lado, houve tentativas de resistência organizada. Reis reuniu seus exércitos para lutar contra Israel (vv. Js
O Gibeonites, também chamado heveus, enviaram representantes para Israel para fazer uma aliança (v. Js
Sua pretensão de aderir Israel era fraudulenta. Eles apareceram no acampamento de Israel como viajantes cansados que havia chegado uma grande distância. Suas roupas eram roto e sujo. Sua comida estava estragada. Suas próprias palavras foram, Estamos vindo de um país distante (v. Js
Agora Israel tinha recebido instruções específicas sobre convênios. Havia de haver convênios, ou ligas, com os habitantes de Canaã (Ex
À luz de tais eventos históricos é revelada a graça redentora do Senhor em meio a circunstâncias que poderiam parecer para impedir isso. Estamos tão acostumados com o ponto de vista que devemos ser dignos de receber livre graça de Deus que nos limitar a revelação de graça para aquelas ocasiões quando consideramos que somos dignos. Raabe e os heveus tinha pouco a recomendá-los para o cuidado e amor de Deus, ainda que o recebeu em medida sem limites por meio da fé.
Wiersbe
- A decepção dos gibeonitas (9)
As tribos pagãs de Canaã estavam divididas em muitas "nações" (cida- des-Estados) pequenas, e algumas cidades-chave eram o centro delas. Em geral, elas lutavam umas com as outras, mas, quando o povo de Deus chegou, esses reis menores uniram-se a fim de opor-se a Israel. E impressionante como os inimigos unem-se contra Deus! Entretanto, o povo de Gibeão, a próxima cidade a ser tomada, decidira valer-se de estratagema, em vez da força. (Sata-nás é tanto um leão como uma ser-pente.) Os gibeonitas fingiram-se de embaixadores (como homens que estavam em uma longa jornada), com sacos velhos, sandálias remen-dadas e com comida embolorada, e o plano deles funcionou. Deus or-denara que Israel não fizesse alian-ça com as nações de Canaã (Dt
- Calebe, o defensor (Nm 13—14)
Em estudos anteriores, já discuti-mos a rebelião de Israel em Cades- Barnéia. A nação, quando chegou à entrada de Canaã, saíra do Egito havia cerca de dois anos. Eles, em vez de crerem na Palavra de Deus e tomar posse imediatamente de sua herança, pediram um relatório dos 12 espiões (Dt
- Calebe, o errante
Calebe não morreu no deserto, mas leve de sofrer com a nação incré-dula durante os quase 40 anos em que erraram pelo deserto. Imagine o que esse crente piedoso teve de sofrer! Todos os dias, ele viu pes-soas morrerem e perderem sua he-rança. Ele ouviu a murmuração e as queixas do povo. Esse homem de fé teve de suportar a descrença dos ir-mãos israelitas. Ele amava Moisés, mas teve de ouvir os judeus critica-rem o líder e oporem-se a ele.
Como Calebe conseguiu man-ter sua vida espiritual rodeado de tanta carnalidade e descrença? O coração dele estava em Canaã! Deus dera-lhe uma herança mara-vilhosa (leiajs
Russell Shedd
9.3 Gibeom Esta palavra significa "pertencente a um morro ou monte". Era a cidade mais importante, entre as quatro dos heveus. É o moderno EI-Jib, c.11 km a sudoeste de Ai.
9.4 Usaram de estratagema. Estes habitantes de Gibeom, que usaram de astúcia para entrar em relações pacíficas com Israel, para não sofrerem a mesma sorte dos de Ai, eram descendentes de Cão (Gn
9.14 Tomaram do provisão, i.e., comeram o pão dos gibeonitas. Segundo o costume dos povos do Oriente Médio; partilhar o pão e comer juntos era sinal de amizade inquebrantável (conforme Gn
9.14,15 Israelitas... não pediram conselho ao Senhor... e fez aliança. Israel desrespeitou o mandamento de Deus ao fazer uma aliança com o povo dessa cidade de Gibeom (Êx
9.18 Juraram pelo Senhor. A lei do juramento acha-se emNu 30:2.
9.23 Escravos. Possivelmente, esta palavra era o cumprimento da profecia de Gn
NVI F. F. Bruce
7) Aliança com os heveus e a investida no sul (9.1—10.43)
a) A reação dos cananeus (9.1,2) Observe a habilidade com que o autor se
atém ao tema principal tratado aqui. a oeste do Jordão-, v.comentário Dt
b) O acordo com os gibeonitas (9:3-15) Os israelitas dão um segundo passo errado, dessa vez em virtude de ingenuidade e da falta de buscar orientação. No entanto, Deus prevaleceu e usou esse acordo com os gibeonitas para promover a etapa seguinte do conflito (cap. 10).
Gibeom (v. o mapa): esse sítio arqueológico impressionante foi parcialmente escavado e forneceu resultados fantásticos (J. B. Pritchard, Gibeon, where the sun stoodstill, 1962). O cemitério do período do bronze tardio demonstra a ocupação na época em questão aqui, mesmo que não de forma tão ampla como anteriormente. Gibeom e as três cidades menores dos assentamentos hititas (9.17; 11,19) ocupavam uma posição estratégica na fronteira ao norte de Jerusalém (v. mais em 10.1).
v. 4. delegação: heb. wayyistayyãrü, pode vir de palavras para designar “embaixador” (VA, Gray) ou “forma” (“enganá-lo”, NTLH). A RSV lê wayyistayyãdü como no v. 12. v. 7. heveus: hori (LXX) pode representar a forma original. Os hurritas foram um povo caucasiano que teve papel importante nos reinos neo-hitita e mitani, e parecem ter se infiltrado em Canaã. v. 11. servos', os visitantes, embora sejam de longe, pedem por uma aliança em que vão ser vassalos, e não parceiros igualitários (F. C. Fensham, BA 27, 1964, p. 97). Isso é suspeito, mas a bajulação venceu no final. v. 14. examinaram sugere uma refeição comunitária, que era em Sl já uma demonstração de amizade; talvez até se refira a uma cerimônia de estabelecimento de aliança, mas não consultaram', isso é de importância primordial; ela teria incluído uma consulta ao sacerdote. O princípio aplica-se igualmente aos cristãos, v. 15. os líderes da comunidade são mencionados pela primeira vez (LXX, no v. 14), à medida que o contexto se torna mais político do que militar. Os comentaristas modernos (e.g., M. Noth) tendem a considerar a parte de Josué um acréscimo posterior; antigamente a expressão “os líderes” era considerada acréscimo tardio (e.g., por W. Rudolph). Não se resolve essa questão por meio da crítica textual (Noth, ad loc.). A Bíblia apresenta a posição de Josué como compatível com a liderança responsável nas tribos.
c) O ardil é descoberto (9:16-27)
v. 16,17. três dias: v.comentário Dt
Moody
D. A Campanha do Sul. 9:1 - 10:43.
Depois de voltar ao quartel-general dos israelitas em Gilgal no Vale do Jordão, Josué logo foi convocado para lutar contra as cidades-estados dos amorreus que controlavam o sul de Canaã. Embora os reis de Js
Francis Davidson
A parte central da região estava aberta aos invasores em conseqüência da rendição das cidades gibeonitas: Gibeom, Cefira, Beerote e Quiriate-Jearim (17). O vers. 7 chama-lhes heveus, ou hivitas (cfr. Jz
Não podemos deixar de concordar que a rendição dos gibeonitas deu a Josué e aos israelitas uma entrada no interior da Terra da Promissão.
Dicionário
Ai
interjeição Expressão de dor, de desaprovação, de susto: ai, que tristeza esta conta para pagar!substantivo masculino Manifestação de dor; grito de aflição: suportou seu parto sem dar um ai!
Intervalo de tempo excessivamente pequeno; momento: sua visita foi como um ai.
Etimologia (origem da palavra ai). De origem onomatopaica.
interjeição Expressão de dor, de desaprovação, de susto: ai, que tristeza esta conta para pagar!
substantivo masculino Manifestação de dor; grito de aflição: suportou seu parto sem dar um ai!
Intervalo de tempo excessivamente pequeno; momento: sua visita foi como um ai.
Etimologia (origem da palavra ai). De origem onomatopaica.
Montão. 1. Cidade de Canaã, que já existia no tempo de Abraão (Gn
Ai
1) Cidade de Canaã que ficava a leste de Betel. Ai já existia no tempo de Abraão (Gn
2) Grito de dor (Pv
Aí
(Heb. “meu irmão”).
1. Um gadita que vivia em Gileade e Basã. Filho de Abdiel, é listado nas genealogias do tempo do rei Jotão, de Judá (1Cr
2. Mencionado como um dos filhos de Semer, um homem valente e chefe de príncipes na tribo de Aser (1Cr
Gibeão
-pertence a um monte
Jerico
(origem obscura)
1.
Mamífero quadrúpede (Equus asinus) da família dos
2. [Depreciativo] Indivíduo estúpido. = IDIOTA, IMBECIL
Sinónimo Geral:
ASNO, BURRO, JUMENTO
Jericó
(origem obscura)
1.
Mamífero quadrúpede (Equus asinus) da família dos
2. [Depreciativo] Indivíduo estúpido. = IDIOTA, IMBECIL
Sinónimo Geral:
ASNO, BURRO, JUMENTO
Cidade na orla ocidental do Gor, à distância de 10 km do rio Jordão, estando-lhe sobranceira uma cadeia de estéreis e alcantiladas montanhas. A cidade do tempo de Josué ficava cerca de 2 km ao noroeste da moderna povoação de Eriha, e 32 km ao nordeste de Jerusalém, perto da fonte de pura e doce água, sendo todos os outros mananciais da vizinhança ainda de água salobra. Chama-se hoje Ain es-Sultan e Fonte de Eliseu, talvez por se julgar ser aquela que pelo profeta foi purificada a pedido dos habitantes (2 Rs 2.19 a 22). Esta cidade de Jericó foi uma cidade real de alta antigüidade, a principal do vale do Jordão, à qual se referem como bem conhecida naquele tempo os livros de Números e Deuteronômio (Nm
Jericó Cidade situada nove km a oeste do rio Jordão e 11 km ao norte do mar Morto. Fica a 240 m abaixo do nível do mar. É provavelmente a cidade mais antiga do mundo. Josué a destruiu (Jos
6) e Hiel a reedificou (1Rs
Jericó Cidade reconstruída por Herodes, o Grande, nas imediações da cidade cananéia do mesmo nome, na depressão do Jordão. Estava situada nas proximidades de Jerusalém, com a qual se comunicava pelo deserto de Judá, por uma estrada de uns 37 km e cujas condições a tornavam apropriada para a ação de ladrões. É essa circunstância que aparece refletida na parábola do bom samaritano (Lc
E. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.
Josué
-Deus é a salvação
1. Veja Josué, Filho de Num.
2. Josué, filho de Jeozadaque. Era o sumo sacerdote em Judá depois do exílio na Babilônia; junto com Zorobabel, foi o responsável pelo restabelecimento do Templo e do culto, de 538 a 516 a.C. (Ag
3. Cidadão de Bete-Semes, cidade que tomou conta da Arca da Aliança depois que foi tomada pelos filisteus e posteriormente devolvida, nos dias de Samuel (1Sm
4. Prefeito da cidade de Jerusalém. Oficial da corte no tempo das reformas do rei Josias, no final do século VII a.C. (2Rs
Josué [Javé É Salvação] -
1) Auxiliar e, depois, sucessor de Moisés (Ex
3) e tomou Jericó (Js 6). Conquistou a terra de Canaã e a dividiu entre as tribos de Israel (Jos 8—21). Após abençoar o povo e renovar a ALIANÇA com Deus, Josué morreu com a idade de 110 anos (Js 24). V. JOSUÉ,
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
גִּבְעֹון
(H1391)
יְהֹושׁוּעַ
(H3091)
procedente de 3068 e 3467, grego 2424
Josué = “Javé é salvação” n pr m
- filho de Num, da tribo de Efraim, e sucessor de Moisés como o líder dos filhos de Israel; liderou a conquista de Canaã
- um habitante de Bete-Semes em cuja terra a arca de aliança foi parar depois que os filisteus a devolveram
- filho de Jeozadaque e sumo sacerdote depois da restauração
- governador de Jerusalém sob o rei Josias o qual colocou o seu nome em um portão da cidade de Jerusalém
יְרִיחֹו
(H3405)
talvez procedente de 3394, grego 2410
- uma cidade a 8 km (5 milhas) oeste do Jordão e 11,5 km (7 milhas) ao norte do mar Morto e a primeira cidade conquistada pelos israelitas depois de entrarem na terra prometida de Canaã
יָשַׁב
(H3427)
uma raiz primitiva; DITAT - 922; v
- habitar, permanecer, assentar, morar
- (Qal)
- sentar, assentar
- ser estabelecido
- permanecer, ficar
- habitar, ter a residência de alguém
- (Nifal) ser habitado
- (Piel) estabelecer, pôr
- (Hifil)
- levar a sentar
- levar a residir, estabelecer
- fazer habitar
- fazer (cidades) serem habitadas
- casar (dar uma habitação para)
- (Hofal)
- ser habitado
- fazer habitar
עַי
(H5857)
ou (fem.)
para 5856; n pr loc
Ai ou Aia ou Aiate = “monte de ruínas”
- uma cidade ao oriente de Betel e junto a Bete-Áven, próxima a Jericó e a segunda cidade tomada na invasão de Canaã
- uma cidade dos amonitas no leste do Jordão e, aparentemente, ligada a Hesbom
עָשָׂה
(H6213)
uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.
- fazer, manufaturar, realizar, fabricar
- (Qal)
- fazer, trabalhar, fabricar, produzir
- fazer
- trabalhar
- lidar (com)
- agir, executar, efetuar
- fazer
- fazer
- produzir
- preparar
- fazer (uma oferta)
- atender a, pôr em ordem
- observar, celebrar
- adquirir (propriedade)
- determinar, ordenar, instituir
- efetuar
- usar
- gastar, passar
- (Nifal)
- ser feito
- ser fabricado
- ser produzido
- ser oferecido
- ser observado
- ser usado
- (Pual) ser feito
- (Piel) pressionar, espremer
שָׁמַע
(H8085)
uma raiz primitiva; DITAT - 2412, 2412a v.
- ouvir, escutar, obedecer
- (Qal)
- ouvir (perceber pelo ouvido)
- ouvir a respeito de
- ouvir (ter a faculdade da audição)
- ouvir com atenção ou interesse, escutar a
- compreender (uma língua)
- ouvir (referindo-se a casos judiciais)
- ouvir, dar atenção
- consentir, concordar
- atender solicitação
- escutar a, conceder a
- obedecer, ser obediente
- (Nifal)
- ser ouvido (referindo-se a voz ou som)
- ter ouvido a respeito de
- ser considerado, ser obedecido
- (Piel) fazer ouvir, chamar para ouvir, convocar
- (Hifil)
- fazer ouvir, contar, proclamar, emitir um som
- soar alto (termo musical)
- fazer proclamação, convocar
- levar a ser ouvido n. m.
- som
אֲשֶׁר
(H834)
um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184
- (part. relativa)
- o qual, a qual, os quais, as quais, quem
- aquilo que
- (conj)
- que (em orações objetivas)
- quando
- desde que
- como
- se (condicional)
אֵת
(H853)
aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida
- sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo