Enciclopédia de Juízes 16:1-1

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jz 16: 1

Versão Versículo
ARA Sansão foi a Gaza, e viu ali uma prostituta, e coabitou com ela.
ARC E FOI-SE Sansão a Gaza, e viu ali uma mulher prostituta, e entrou a ela.
TB Sansão foi a Gaza, e viu ali uma prostituta e entrou a ela.
HSB וַיֵּ֥לֶךְ שִׁמְשׁ֖וֹן עַזָּ֑תָה וַיַּרְא־ שָׁם֙ אִשָּׁ֣ה זוֹנָ֔ה וַיָּבֹ֖א אֵלֶֽיהָ׃
BKJ Então Sansão foi a Gaza, e lá viu uma prostituta, e entrou a ela.
LTT E foi Sansão a Gaza, e viu ali uma mulher prostituta, e entrou a ela.
BJ2 Depois Sansão foi a Gaza. Viu ali uma prostituta e esteve com ela.
VULG Abiit quoque in Gazam, et vidit ibi mulierem meretricem, ingressusque est ad eam.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Juízes 16:1

Gênesis 10:19 E foi o termo dos cananeus desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza; indo para Sodoma, e Gomorra, e Admá, e Zeboim, até Lasa.
Gênesis 38:16 E dirigiu-se para ela no caminho e disse: Vem, peço-te, deixa-me entrar a ti. Porquanto não sabia que era sua nora; e ela disse: Que darás, para que entres a mim?
Josué 15:47 Asdode, e os lugares da sua jurisdição, e as suas aldeias; Gaza, e os lugares da sua jurisdição, e as suas aldeias, até ao rio do Egito, e o mar Grande, e o seu termo.
Esdras 9:1 Acabadas, pois, essas coisas, chegaram-se a mim os príncipes, dizendo: O povo de Israel, e os sacerdotes, e os levitas não se têm separado dos povos destas terras, seguindo as abominações dos cananeus, dos heteus, dos ferezeus, dos jebuseus, dos amonitas, dos moabitas, dos egípcios e dos amorreus,

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

As condições climáticas de Canaã

CHUVA
No tempo de Moisés e Josué, como nos dias de hoje, a chuva era de suma importância para o clima de Canaã "Porque a terra que passais a possuir não é como a terra do Egito, donde saístes, em que semeáveis a vossa semente e, com o pé, a regáveis como a uma horta; mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas" (Dt 11:10-11).
Os ventos prevalecentes vindos do mar Mediterrâneo que trazem consigo umidade são forçados a subir quando se deparam com os montes da região oeste e perdem essa umidade na forma de chuva. Passada essa barreira natural, os índices pluviométricos caem drasticamente e, alguns quilômetros depois, a terra se transforma em deserto. Esse fenômeno é exemplificado de forma clara pela comparação entre os índices pluviométricos anuais da cidade moderna de Jerusalém (cerca de 600 mm) com os de Jericó, apenas 20 km de distância (cerca de 160 mm).
O índice pluviométrico anual de Jerusalém é quase o mesmo de Londres, mas em Jerusalém concentra-se em cerca de cinquenta dias de chuva por ano, enquanto em Londres se distribui ao longo de mais ou menos trezentos dias. Em geral, esse índice aumenta em direção ao norte; assim, nos montes ao norte da Galileia a chuva pode chegar a 1.000 mm por ano. Por outro lado, nas regiões sul e leste da Palestina fica abaixo de 300 mm, condições nas quais a agricultura geralmente se torna impraticável.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS
A terra de Canaã descrita no Antigo Testamento parece mais fértil do que hoje. A pastagem excessiva, especialmente por rebanhos caprinos, provocou a erosão e perda de fertilidade do solo. Sem dúvida, a terra está mais desmatada devido ao uso de madeira para a construção e combustível e à devastação provocada por inúmeras guerras e cercos.' No entanto, não há nenhuma evidência de que os índices pluviométricos atuais apresentem diferenças consideráveis em relação as dos tempos bíblicos. A erosão das encostas dos montes simplesmente aumentou o escoamento de água e, portanto, as tornou menos férteis.

O CALENDÁRIO DE CANAÃ
Normalmente, não ocorrem chuvas entre a segunda quinzena de maio e a primeira quinzena de outubro. Da segunda quinzena de junho à primeira quinzena de setembro, a vegetação seca sob o calor abafado do verão. A temperatura mais alta registrada na região foi de 51° C no extremo sul do mar Morto. As primeiras chuvas que normalmente começam a metade de outubro, mas podem atrasar até janeiro, amolecem o solo, permitindo o início da aragem. As principais culturas - o trigo e a cevada - eram semeadas nessa época. A chuva continua a cair periodicamente ao longo de todo o inverno, culminando com as chuvas serôdias em abril ou início de maio, que fazem os grãos dos cereais incharem pouco antes da colheita. A cevada era menos valorizada do que o trigo, mas tinha a vantagem de crescer em solos mais pobres e ser colhida mais cedo. A colheita da cevada Coincidia com a festa da Páscoa, no final de março ou em abril e a do trigo com a festa de Pentecoste, sete semanas depois. Uvas, azeitonas, figos e outras frutas eram colhidos no outono. O inverno pode ser frio e úmido, chegando a nevar. Uma quantidade considerável de neve cai sobre Jerusalém mais ou menos a cada quinze anos. A neve é mencionada várias vezes no Antigo Testamento. Por exemplo, um homem chamado Benaia entrou numa cova e matou um leão "no tempo da neve". Numa ocorrência extraordinária, uma chuva de granizo matou mais cananeus do que os israelitas com suas espadas. A chuva no nono mês (dezembro) causou grande aflição ao povo assentado na praça em Jerusalém.° No mesmo mês, o rei Jeoaquim estava assentado em sua casa de inverno diante de um braseiro aceso.• Era necessário usar o fogo para se aquecer até o início de abril, como se pode ver claramente no relato da negação de Pedro. Um problema associado à estação das chuvas, especialmente na região costeira e junto ao lago da Galileia, era o míldio, que na tradução portuguesa por vezes é chamado de "ferrugem". O termo se refere ao mofo em roupas e casas, um mal que devia ser erradicado, e também a uma doença que afetava as plantações.

SECAS
Em algumas ocasiões, o ciclo de chuvas era interrompido e a terra sofria grandes secas. A mais conhecida ocorreu no tempo de Elias e, sem dúvida, teve efeitos devastadores, como a grave escassez de alimentos.° Esse tipo de ocorrência havia sido predito pelo autor de Deuteronômio. A desobediência ao Senhor traria sua maldição sobre a terra: "Os teus céus sobre a tua cabeça serão de bronze; e a terra debaixo de ti será de ferro. Por chuva da tua terra, o Senhor te dará pó e cinza; dos céus, descerá sobre ti, até que sejas destruído" (Dt 28:23-24).

terra cultivável no vale de Dota
terra cultivável no vale de Dota
chuvas
chuvas
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina

A Agricultura de Canaã

A VEGETAÇÃO NATURAL
A. Palestina apresenta diversos tipos de clima desde o alpino até o tropical e o desértico. Em decorrência disso, possui uma vegetação extremamente variada, sendo que foram registradas 2.780 espécies de plantas. Mais de vinte espécies de árvores são mencionadas na Bíblia, desde as palmeiras da região tropical de Jericó até os cedros e florestas de coníferas do Líbano. Nem todas as árvores podem ser identificadas com precisão botânica; alguns termos talvez abrangessem várias espécies diferentes. Por exemplo, o termo hebraico usado para maçá também pode incluir o damasco.' As alfarrobeiras, de cujos frutos o filho pródigo comeu, são conhecidas apenas na bacia do Mediterrâneo. Nem todas as árvores mencionadas na Bíblia eram encontradas em Canaã. O olíbano (o termo hebraico é traduzido na Bíblia como "incenso") e a mirra do sul da Arábia e o cedro do Líbano são exemplos típicos, mas o sândalo, talvez uma espécie de junípero, também era importado do Líbano." Outras árvores provenientes de terras distantes foram introduzidas em Canaã, como no caso da amoreira - a amoreira-branca é originária da China e a amoreira-preta, do Irá. Nos meses de primavera, os campos ficam cobertos de flores, os "lírios do campo" "aos quais Jesus se referiu no sermão do monte (Mt 6:28).

O REINO ANIMAL
A Palestina abriga 113 espécies de mamíferos, 348 espécies de aves e 68 espécies de peixes. Possui 4.700 espécies de insetos, dos quais cerca de dois mil são besouros e mil são borboletas No Antigo Testamento, chama a atenção a grande variedade de animais, aves e insetos com a qual os habitantes de Canaã tinham contato. Davi matou um leão e um urso, dois animais que, para alívio da população atual, não são mais encontrados na região. Outros animais, como os bugios, eram importados de terras distantes." Um grande número de aves "mundas" não podia ser consumido como alimento. Mas quem, em sã consciência, comeria um abutre? Algumas dessas aves "imundas" talvez fossem migratórias, não tendo Canaã como seu hábitat. Os padres de migração dessas aves talvez não fossem compreendidos, mas certamente eram conhecidos. Alguns insetos voadores eram "limpos" e, portanto, podiam ser consumidos. João Batista parece ter aprendido a apreciar o sabor de "gafanhotos e mel silvestre" (Mic 1.6).

CULTURAS
O trigo e a cevada eram usados para fazer pão. Também se cultivavam lentilhas e feijões. Ervas como a hortelã, o endro e o cominho, das quais os fariseus separavam os dízimos zelosamente, eram usados para temperar alimentos de sabor mais suave. Os espias enviados por Moisés a Canaã voltaram trazendo um cacho de uvas enorme, e também romãs e figos. As uvas eram transformadas em vinho "que alegra o coração do homem" (SI 104,15) e em "bolos de passas" (Os 3:1). Do fruto das oliveiras extraía-se o azeite que, além de ser queimado em lamparinas para iluminar as casas, também era usado para fins alimentícios e medicinais e na unção de reis e sacerdotes. O linho era cultivado para a confecção de roupas. Também havia árvores de amêndoa, pistácia e outras nozes.

A CRIAÇÃO DE ANIMAIS
Canaã era considerada uma "terra que mana leite e mel" (Ex 3:8) e descrita desse modo cerca de quinze vezes no Antigo Testamento antes dos israelitas entrarem na terra. O leite era proveniente de ovelhas, cabras e também de vacas. Estes animais também forneciam lã, pelos e couro, respectivamente. Sua carne era consumida, mas, no caso da maioria do povo, somente em festas especiais, como a Páscoa, na qual cada família israelita devia sacrificar um cordeiro.! Caso fossem seguidas à risca, as prescrições do sistema sacrifical para toda a comunidade israelita exigiam a oferta anual de mais de duas toneladas de farina, mais de 1.300 l de azeite e vinho, 113 bois, 32 carneiros 1:086 cordeiros e 97 cabritos. O tamanho dos rebanhos e sua necessidade de pastagem adequada limitavam as regiões onde podiam ser criados. O território montanhoso no norte da Galileia era particularmente apropriado. Os touros de Basá, uma região fértil a leste do lago da Galileia, eram conhecidos por sua força. Além de bois e carneiros, o suprimento diário de alimentos para o palácio de Salomão incluía veados, gazelas, corços e aves cevadas.'* Não se sabe ao certo a natureza exata destas últimas; talvez fossem galinhas, conhecidas no Egito desde o século XV a.C.Os camelos, coelhos e porcos eram considerados "imundos" e, portanto, não deviam ser consumidos.

Uma descrição de Canaã
"Tu fazes rebentar fontes no vale, cujas áquas correm entre os montes; dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos selvagens matam a sua sede. Junto delas têm as aves do céu o seu pouso e, por entre a ramagem, desferem o seu canto. Do alto de tua morada, regas os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras. Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão, o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças. Avigoram-se as árvores do SENHOR e os cedros do Líbano que ele plantou, em que as aves fazem seus ninhos; quanto à cegonha, a sua casa é nos ciprestes. Os altos montes são das cabras montesinhas, e as rochas, o refúgio dos arganazes. SALMO 104:10-18

ciclo agrícola do antigo Israel e suas festas principais.
ciclo agrícola do antigo Israel e suas festas principais.
Principais produtos agrícolas da Palestina e da Transjordânia
Principais produtos agrícolas da Palestina e da Transjordânia

A AMEAÇA FILISTÉIA

séculos XII a XI a.C.
QUEM ERAM OS FILISTEUS
Sem dúvida, os filisteus representavam a ameaça mais séria à nação de Israel. Em seu quinto ano de reinado - 1180 a.C. Ramsés Ill, rei do Egito, derrotou os "povos do mar" numa batalha naval corrida, provavelmente, na foz do Nilo. Seus atos foram registrados em relevos entalhados nas paredes do templo consagrado a Amon em Medinet Habu, na margem ocidental do Nilo, próximo a Tebas. Esses relevos mostram os povos do mar chegando no Egito em carroções e embarcações .com suas famílias e pertences (parte do povo se deslocou por terra, acompanhando a costa do Levante). Um dos grupos dos povos do mar, chamado de pereset, é retratado usando adornos para a cabeça feitos com penas ou pedaços de junco alinhados perpendicularmente a uma faixa horizontal. Esse grupo corresponde as filisteus do Antign Testamento.
Um dos símbolos pictográficos encontrados num disco de argila em Festo, Creta, datado do século XVII a.C., mostra um adorno para a cabeça bastante parecido com os de Medinet Habu. Esta semelhança e a referência de Amós a Caftor' como local de procedência dos filisteus indicam que eram um grupo de origem cretense. A designação Caftor é equiparada com o nome egípcio Keftyw ("Creta"). E provável que os filisteus tenham sido expulsos de Creta por outros povos do mar, cuja identidade não vem ao caso aqui. Porém, estudos de anéis anuais de árvores europeias e mudanças de nível em turfeiras e lagos sugerem a ocorrência de uma crise no clima da Europa c. 1200 a.C., fato que pode ter desencadeado as migrações.
Os egípcios afirmavam ter conquistado uma grande vitória em sua batalha contra os povos do mar. O Papiro de Harris de Ramsés IV (1153-1147 a.C.) - um papiro com 40 m de comprimento no qual se encontram registrados os acontecimentos do reinado de Ramsés III - declara: "Derrotei todos aqueles que ultrapassaram os fronteiras do Egito, vindos de suas terras. Aniquilei o povo danuna vindo de suas ilhas, os tiekker e os pereset (filisteus)... os sherden e os weshwesh do mar foram exterminados". Os filisteus derrotados se assentaram na planície costeira do sul da Palestina, daí o nome dessa região.

A CULTURA FILISTÉIA
À chegada dos filisteus na Palestina é marcada em termos arqueológicos por suas cerâmicas peculiares (Período Micênico HIC1b), bastante semelhantes a exemplares egeus. Os filisteus foram o primeiro povo a usar o ferro na Palestina e, portanto, arqueologicamente, sua chegada também é marcada pela transição da Idade do Bronze para a Idade do Ferro. Devido ao monopólio desse metal pelos filisteus, os israelitas se tornarem dependentes de seus ferreiros para afar ferramentas. Cinco cidades filistéias importantes foram fundadas na costa do Mediterrâneo ou próximo a esta: Gaza, Asquelom, Asdode, Ecrom e Gate. O governante da cidade era chamado, em hebraico, de seren, um termo usado apenas para governantes filisteus e associado, por meio da língua grega, à palavra "tirano".

SANSÃO
O juiz Sangar libertou Israel dos filisteus, mas quem recebe destaque é Sansão, o juiz com forças sobre-humanas demonstradas quando ele matou mil homens com a queixada de um jumento e carregou a porta da cidade de Gaza até o alto de um monte? que julgou sobre Israel durante doze anos.* Seu ponto fraco, a atração por mulheres estrangeiras, o levou a perder os cabelos, a força e a visão. Apesar de seus atos de heroísmo dramáticos, Sansão não livrou Israel da opressão filistéia.

SAMUEL
Os filisteus representavam uma ameaça inigualável.' Eram soldados disciplinados possuíam armas superiores às dos israelitas. Cansados de invadir e saquear periodicamente o território de Israel, procuraram conquistá-lo em caráter definitivo. Deslocando-se do litoral para o interior, ocuparam grande parte dos montes da região central. Foi nesse contexto que Samuel cresceu na cidade de Siló, na região montanhosa de Efraim. Ali ficava o tabernáculo, ao qual haviam sido acrescentadas algumas construções permanentes," formando um complexo chamado de "templo do Senhor"." Durante sua juventude, Samuel foi instruído pelo sacerdote idoso Eli. Ao atingir a idade adulta, Samuel foi reconhecido como profeta do Senhor em todo o Israel, desde Da até Berseba. Também atuou como juiz, percorrendo um circuito que incluía Betel, Gilgal, Mispa e Ramá, a cidade onde morava.

OS FILISTEUS TOMAM A ARCA
De acordo com o livro de Samuel, depois que os filisteus mataram quatro mil israelitas no campo de batalha em Afeca, o povo pediu que a arca da Aliança fosse trazida de Siló para o acampamento israelita em Ebenézer (possivelmente Izbet Sarteh). Quando os filisteus ouviram os gritos de júbilo dos israelitas, pensaram que um deus havia chegado ao acampamento de Israel. Na batalha subsequente, os israelitas foram massacrados: trinta mil soldados, inclusive os dois filhos rebeldes de Eli, morreram e a arca da aliança foi tomada. Ao receber essa notícia, Eli caiu da cadeira onde estava assentado, quebrou o pescoço e morreu. Sua nora também morreu durante o parto, exclamando: "Foi-se a glória de Israel" (1Sm 4:22).
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.

GEOLOGIA DA PALESTINA

GEOLOGIA
Pelas formações rochosas que afloram basicamente na área que fica ao sul do mar Morto, no leste do Sinai, nos muros da Arabá e nos cânions escavados pelos rios da Transjordânia e também a partir de rochas encontradas nos modernos trabalhos de perfuração, é possível reconstruir, em linhas gerais, a história geológica da terra. Esses indícios sugerem a existência de extensa atividade, de enormes proporções e complexidade, demais complicada para permitir um exame completo aqui. Apesar disso, como a narrativa da maneira como Deus preparou essa terra para seu povo está intimamente ligada à criação de montes e vales (Dt 8:7-11.11; SI 65.6; 90.2; cp. Ap 6:14), segue um esboço resumido e simplificado dos processos que, ao que parece, levaram à formação desse cenário.


Toda essa região fica ao longo da borda fragmentada de uma antiga massa de terra sobre a qual repousam, hoje, a Arábia e o nordeste da África. Sucessivas camadas de formações de arenito foram depositadas em cima de uma plataforma de rochas ígneas (vulcânicas), que sofreram transformações - granito, pórfiro, diorito e outras tais. Ao que parece, as áreas no sul e no leste dessa terra foram expostas a essa deposição por períodos mais longos e mais frequentes. Na Transjordânia, as formações de arenito medem uns mil metros, ao passo que, no norte e na Cisjordânia, elas são bem mais finas. Mais tarde, durante aquilo que os geólogos chamam de "grande transgressão cretácea", toda a região foi gradual e repetidamente submersa na água de um oceano, do qual o atual mar Mediterrâneo é apenas resquício. Na verdade, " grande transgressão" foi uma série de transgressões recorrentes, provocadas por lentos movimentos na superfície da terra. Esse evento levou à sedimentação de muitas variedades de formação calcária. Um dos resultados disso, na Cisjordânia, foi a exposição da maior parte das rochas atualmente, incluindo os depósitos cenomaniano, turoniano, senoniano e eoceno.
Como regra geral, depósitos cenomanianos são os mais duros, porque contêm as concentrações mais elevadas de sílica e de cálcio. Por isso, são mais resistentes à erosão (e, desse modo, permanecem nas elevações mais altas), mas se desfazem em solos erosivos de qualidade superior (e.g., terra-roxa). São mais impermeáveis, o que os torna um componente básico de fontes e cisternas e são mais úteis em construções. Ao contrário, os depósitos senonianos são os mais macios e, por isso, sofrem erosão comparativamente rápida. Desfazem-se em solos de constituição química mais pobre e são encontrados em elevacões mais baixas e mais planas. Formações eocenas são mais calcárias e misturadas com camadas escuras e duras de pederneira, às vezes entremeadas com uma camada bem fina de quartzo de sílica quase pura. No entanto, nos lugares onde eles contêm um elevado teor de cálcio, como acontece na Sefelá, calcários eocenos se desintegram e formam solos aluvianos marrons. Em teoria, o aluvião marrom é menos rico do que a terra-roxa, porém favorece uma gama maior de plantações e árvores, é mais fácil de arar, é menos afetado por encharcamento e, assim, tem depósitos mais profundos e com textura mais acentuada.
Em resumo, de formações cenomanianas (e também turonianas) surgem montanhas, às vezes elevadas e escarpadas, atraentes para pedreiros e para pessoas que querem morar em cidades mais seguras. Formações eocenas podem sofrer erosão de modo a formar planícies férteis, tornando-as desejáveis a agricultores e a vinhateiros, e depósitos senonianos se desfazem em vales planos, que os viajantes apreciam. Uma comparação entre os mapas mostra o grande número de estreitas valas senonianas que serviram de estradas no Levante (e.g., do oeste do lago Hula para o mar da Galileia; a subida de Bete-Horom; os desfiladeiros do Jocneão, Megido e Taanaque no monte Carmelo; o fosso que separa a Sefelá da cadeia central; e o valo diagonal de Siquém para Bete-Sea). O último ato do grande drama cretáceo incluiu a criação de um grande lago, denominado Lisan. Ele inundou, no vale do Jordão, uma área cuja altitude é inferior a 198 metros abaixo do nível do mar - a área que vai da extremidade norte do mar da Galileia até um ponto mais ou menos 40 quilômetros ao sul do atual mar Morto. Formado durante um período pluvial em que havia precipitação extremamente pesada e demorada, esse lago salobro foi responsável por depositar até 150 metros de estratos sedimentares encontrados no terreno coberto por ele.
Durante a mesma época, cursos d'água também escavaram, na Transjordânia, desfiladeiros profundos e espetaculares. À medida que as chuvas foram gradualmente diminuindo e a evaporação fez baixar o nível do lago Lisan, pouco a pouco foram sendo expostas nele milhares de camadas de marga, todas elas bem finas e carregadas de sal. Misturados ora com gesso ora com calcita negra, esses estratos finos como papel são hoje em dia a característica predominante do rifte do sul e da parte norte da Arabá. Esse período pluvial também depositou uma grande quantidade de xisto na planície Costeira e criou as dunas de Kurkar, que se alinham com a costa mediterrânea. Depósitos mais recentes incluem camadas de aluvião arenoso (resultante da erosão pela água) e de loesse (da erosão pelo vento), características comuns da planície Costeira nos dias atuais.

A Geologia da Palestina
A Geologia da Palestina

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Ocupação da Terra Prometida

Informações no mapa

Sídon

Damasco

Mte. Hermom

Baal-Gade

Tiro

Abel-Bete- Maacá

Dã, Laís, Lesém

Bete-Anate

Quedes

Basã

Hazor

ASER

NAFTALI

MANASSÉS

Aco

Rio Quisom

Quinerete

Mar de Quinerete

Golã

Astarote

Belém

Harosete

Jocneão

Ofra

ZEBULÃO

Mte. Tabor

Colina de Moré

Havote-Jair?

Dor

Megido

ISSACAR

Debir

Camom

Edrei

Quedes, Quisiom

Taanaque

Fonte de Harode

Bete-Sita

Bete-Seã

Ibleão

Ramote (Ramote-Gileade)

Jabes-Gileade?

Terra de Tobe

Héfer

MANASSÉS

Abel- Meolá

Samir (Samaria)

Tebes

Zafom

Mte. Ebal

Mte. Gerizim

Siquém

Piratom

Afeque

Tapua

Sucote

Jaboque

Maanaim

Penuel

Mispá, Mispa

Rio Jordão

GRANDE MAR, MAR OCIDENTAL

Jope

EFRAIM

Silo

Timnate- Sera

GADE

Jogbeá

AMOM

Rabá

Abel-Queramim

Minite

Mefaate

Bete-Harã

Hesbom

Bezer

Betel

Vale de Soreque

Jabneel

Mispá, Mispa

Gilgal

BENJAMIM

Timná

Asdode

Ecrom

Zorá

Estaol

Gibeá

Jerusalém

Leí

Belém, Efrata

Ascalom

Libna

Adulão

RUBEM

Quedemote

Eter, Toquém

Eglom

Laquis

Hebrom

Gaza

(SIMEÃO)

Etão

En-Gedi

Mar Salgado

Arnom

Dibom

Aroer

Debir

Anabe

Ziclague

Aim

Gósen

Hazar-Susa

Bete-Marcabote

Quesil, Betul

Saruém, Saaraim, Silim

Asã, Aim

Berseba

Hazar-Sual

Baalate-Beer, Ramá, Baal

MOABE

JUDÁ

Ezém

Bete-Lebaote, Bete-Biri

Torrente do Egito

Neguebe

Deserto de Zim

Mte. Halaque

Subida de Acrabim

EDOM, SEIR

Zerede

Azmom

Carca

Hazar-Adar

Cades, Cades-Barneia

Informações no mapa

Cidades encravadas de Simeão

Cidades encravadas de Manassés

Cidades de Refúgio

Juízes

1 Otniel

2 Eúde

3 Sangar

4 Baraque

5 Gideão

6 Tola

7 Jair

8 Jefté

9 Ibsã

10 Elom

11 Abdom

12 Sansão


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

GAZA

Atualmente: GAZA
Sansão arrancou a porta da cidade.
Mapa Bíblico de GAZA



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Juízes Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
  1. Sansão em Gaza (16:1-3)

Mais tarde, Sansão fez uma visita a Gaza (1), uma dentre as cinco maiores cidades dos filisteus, aquela que ficava mais ao sul. Foi ali que ele viu uma prostituta e teve relações com ela. Quando os homens da cidade souberam que seu inimigo público núme-ro um aparecera, correram e cercaram o lugar. Durante a noite, eles permaneceram quietos, à espera, no portão da cidade, com a intenção de matar Sansão ao amanhecer. Contudo, à meia-noite, ele acordou e sozinho retirou as duas partes do portão com seus patentes. Colocou tudo em seus ombros e levou até o topo da colina próxima a Hebrom (3), distante cerca de 30 quilômetros.

Está claro, naturalmente, que os surtos de força que vinham do Espírito do Senhor eram apenas físicos e não envolviam uma regeneração ou limpeza moral. Nem todos os homens do Antigo Testamento sobre os quais veio o Espírito de Deus eram bons e dedica-dos. Deus apenas os usou como instrumentos para realizar seus propósitos históricos junto ao seu povo, do mesmo modo que alguém pode usar um galho seco e sujo para espantar um cachorro bravo. Embora os filisteus não pudessem impedir Sansão, ele mesmo se atrapalhou. Sua conduta licenciosa finalmente o envolveu numa situação na qual sua força lhe foi tirada e sua eficácia destruída.

  1. Sansão e Dalila (16:4-22)

a. Sansão é amarrado com cordas de arco (16:4-9). O último ato de Sansão como um homem livre foi causado por seu relacionamento com uma mulher chamada Dalila, do vale de Soreque (4). Dalila é um nome semita que significa "débil, sujeita a desejos" ou "abatida". Não há afirmação de que ela fosse filistéia, embora, sem dúvida, muitos filisteus adotassem nomes semitas para seus filhos por causa de sua grande proximidade com os hebreus. As palavras hebraicas usadas para vale de Soreque, adequadamente, signifi-cam "vale de vinhas selecionadas", onde se localiza provavelmente a moderna Wadi Sa-rar. Excelentes uvas eram cultivadas ali (cf. Nm 13:23) e transformadas em vinho, o que pode explicar por que Sansão estava freqüentemente sonolento na casa de Dalila.

Quando os chefes dos filisteus ouviram que Sansão fora fazer uma visita, oferece-ram a Dalila uma quantia de dinheiro recompensadora. Aparentemente ele era de esta-tura comum, de modo que o segredo de sua tremenda força não era conhecido de seus inimigos Se Dalila descobrisse o mistério e o revelasse, cada um deles lhe daria um mil e cem moedas de prata (5). Como os príncipes dos filisteus eram cinco (1 Sm 6.4), e se moedas em questão fossem o siclo (ou shekel), o preço para atrair Sansão seria de pelo menos US$ 3.300,00, um valor significativo para aquela época.

Dalila consentiu prontamente. E tomou providências para extrair o segredo de seu amante. Não há dúvidas de que Sansão percebeu o que ela estava desejosa de fazer, de modo que, primeiramente, disse que se fosse amarrado com sete vergas de vimes frescos, que ainda não estivessem secos (7), ou sete cordas de arco de tripa — talvez as mesmas cordas usadas para fixar uma tenda às suas estacas — sua força não seria superior à de um outro homem comum. Depois de ter arranjado que homens esperassem na casa, Dalila amarrou o sonolento Sansão de acordo com suas instruções e então gri-tou: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão (9). Ao fazer uso do mesmo esforço utilizado para quebrar as cordas novas (15:13-14), Sansão se libertou. Desse modo, não se soube em que consistia a sua força.

  1. Sansão é preso com cordas (16:10-12). A segunda tentativa de Dalila não foi mais bem-sucedida do que a primeira. Ao repreender seu amante por zombar dela e contar-lhe mentiras, ela pede mais uma vez para saber o segredo. Desta vez, Sansão afirmou que, se fosse amarrado com cordas novas (11) que nunca foram usadas, ele seria como um homem comum. Em sua primeira oportunidade, Dalila o amarrou com cordas novas. Mas quando ela gritou: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão, ele as partiu como um fio e logo ficou livre. Os espias estavam assentados numa câmara em oculto.
  2. Cabelos humanos tecidos num tear (16.13,14). Dalila estava indignada. "Até agora você só zombou de mim e só me disse mentiras", reclamou ela. "Diga-me agora a maneira como você deve ser preso!". Sansão respondeu: "Se você fizer sete tranças dos cabelos da minha cabeça com os liços da teia...". Aparentemente Sansão nem mesmo termi-nou esta sentença. A ARA adiciona: "...e se as firmares com o pino de tear, então, me enfraquecerei e serei como qualquer outro homem".

Assim, enquanto ele dormia, Dalila teceu seu cabelo e o fixou com uma estaca (14). F. F. Bruce explicou o processo como se segue:

Dalila, assim podemos entender, ao ter o sonolento Sansão com a cabeça deita-da em seu colo (como no versículo 19), tece o seu cabelo numa trama e o prende numa teia com uma estaca (14), uma peça chata de madeira, de modo que seu cabe-lo se tornou parte do material trançado. O tear seria do tipo primitivo, com duas ripas fixadas no chão, onde uma delas segurava o novelo de lã e a outra, o cilindro. Quando Sansão despertou, ele se levantou e levou consigo o tear e tudo o mais fixado em seu cabelo, e tirou as estacas fixadas no chão.

Vê-se aqui uma ilustração do processo de comprometimento e queda. Ao envolver o seu cabelo, Sansão aproximava-se da verdade fatal. Seriam necessárias outras tentati-vas (16), mas o campeão finalmente cairia vítima das súplicas de uma mulher traiçoeira.

  1. Sansão revela seu segredo (16:15-17). Dalila resmungou: "Como você pode dizer que me ama se o seu coração não está perto de mim? Por três vezes você me enganou e recusou-se a me contar seu segredo". Ao pedir-lhe e perturbá-lo todos os dias, a sua alma se angustiou até à morte (16), i.e., ele estava finalmente desgastado por sua persistência. Descobriu-lhe todo o seu coração (17), ou seja, "ele lhe confidenciou". O segredo de sua força estava no cumprimento de seu nazireado desde seu nascimento. Tal condição era expressa pela regra de que nenhuma navalha poderia tocar sua cabeça. Se seus cabelos fossem cortados, ele seria como um homem qualquer. É difícil determinar o que era maior: a força sobre-humana de Sansão ou sua estupidez asinina.

e. Sansão é traído (16:18-22). Jubilosa por ter conseguido finalmente descobrir o segredo desejado, Dalila envia uma mensagem aos príncipes dos filisteus, os quais, sem dúvida, já haviam se afastado desanimados depois dos repetidos fracassos. "Ve-nham apenas mais esta vez", implorou ela, "porque ele me contou tudo". Assim, eles trouxeram o dinheiro na sua mão (18) para o "pagamento". Tão logo Sansão dormiu com a cabeça no colo da moça, Dalila chamou um homem, e rapou-lhe as sete tran-ças do cabelo de sua cabeça; e começou a afligi-lo (19), ou "enfraquecê-lo, subjugá-lo" ou "humilhá-lo".

Quando Dalila o despertou com as palavras familiares "os filisteus vêm atrás de você, Sansão!", ele abriu os olhos e se vangloriou: "Vou sair como de costume e me livrar dos laços" ou, como pode ser traduzido a partir do hebraico, "eu sairei, rugirei e rosna-rei". Ele não sabia que já o Senhor se tinha retirado dele (20). Sansão já tinha brincado demais com o pecado. Sua força já se fora.

Os filisteus o pegaram, arrancaram-lhe os olhos e o prenderam com correntes de bronze. Levaram-no para Gaza e, ali — como John Milton o descreve, "um cego em Gaza" — aquele que um dia fora um campeão poderoso foi colocado para moer grãos num moi-nho manual na prisão.

A história de Sansão alcança seu clímax nos versículos 15:21, onde vemos o resultado da "fascinação fatal do pecado". (1) Foi um homem de grande força física (vv. 14.6; 14.19; 15:14-16; 16.3; etc) ; (2) Teve uma mente fértil (vv. 14:12-14) ; (3) Era moralmente fraco (v. 16,15) ; (4) Era espiritualmente infiel (vv. 17,18) ; (5) o Senhor se tinha retirado dele (20).

7. A Vingança e a Morte de Sansão (16:23-31)

a. Sansão entretém os filisteus (16:23-27). Então, os príncipes dos filisteus se ajuntaram para oferecer um grande sacrifício ao seu deus Dagom e para se alegrar porque seu inimigo lhes fora entregue em suas mãos. Dagom em hebraico sig-nifica "pequeno peixe". Este deus, provavelmente, era o pai de Baal e tornara-se a divin-dade nacional da Filístia, embora houvesse originalmente um deus dos grãos, adorado na Mesopotâmia em tempos tão remotos quanto o século XXV a.C. Acredita-se que a cabeça, os braços e a parte superior do corpo desse ídolo tivessem formas humanas (1 Sm 5.4), enquanto as partes inferiores lembravam um peixe.

Quando os corações das pessoas reunidas começaram a se alegrar, certamente em função do vinho que bebiam nas celebrações, então chamaram Sansão. Foi trazido ao pátio do templo de Dagom para que pudessem brincar com ele, provavelmente para puxá-lo e fazê-lo saltar e dançar diante deles. O mesmo termo hebraico traduzido aqui como "brincar" é usado em Êxodo 32:6 ("folgar" na ARC e "divertir-se" na ARA) para descrever a festança dos israelitas diante do bezerro de ouro no deserto, a qual envol-veu dança (Êx 32:19).

Então seus captores fizeram com que Sansão se levantasse, talvez para uma exibi-ção, e ficasse entre os dois pilares que sustentavam aquela edificação. O templo estava lotado e, além disso, havia três mil homens e mulheres no telhado que assistiam ao "show". Ele pediu que o conduzissem pela mão até um ponto em que fosse possível tocar os pilares de sustentação, de sorte que pudesse se apoiar neles e descansar de-pois de seu esforço. 6

b. Sansão se sacrifica (16:28-31). O cabelo de Sansão começara a crescer (22) ; ele orou com sinceridade e pediu um novo surto de força que o capacitasse a realizar a vin-gança final contra seus inimigos. De uma vez me vingue dos filisteus, pelos meus dois olhos (28) — em hebraico "por um de meus dois olhos". Enquanto bradava, morra eu com os filisteus! (30), apoiou-se com toda a força nos pilares principais e toda a estrutura ruiu. Sansão matou mais filisteus em sua morte do que aqueles que aniquilou durante toda sua vida. Eles o sepultaram entre Zorá e Estaol, no sepulcro de Manoá, seu pai (31). É claro que a morte de Sansão não foi suicídio no sentido comum da pala-vra. Ele morreu na luta contra os inimigos de seu país, tal como um soldado numa bata-lha perdida.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Juízes Capítulo 16 versículo 1
Gaza:
Das cinco cidades filistéias, esta era a que se localizava mais ao sul, sobre a costa do Mediterrâneo. Ver Js 11:22, e o Índice de Mapas.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Juízes Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
*

16.1-22 Esse relato contém duas histórias paralelas que demonstram o desejo que Sansão tinha pelas mulheres, sua força prodigiosa, e os esforços que os filisteus fizeram para prendê-lo. As contínuas violações da aliança por parte de Sansão foram julgadas por Deus; os filisteus o prenderam e o cegaram (vs. 21-22). As tentativas de Dalila para enganar Sansão revelam quão tolo ele era por ainda ficar com ela. É ainda mais estranho que o Espírito de Deus tenha se apartado dele somente quando foram cortados os seus cabelos, e não nalgum momento anterior das suas violações da aliança. Deus teve paciência com Sansão até desaparecer o último sinal do seu voto, e foi então que ele o julgou.

* 16:1

uma prostituta. Sansão violou novamente a aliança (14.2).

* 16.11 cordas novas. Ver 15.13.

* 16.15 Como dizes. Ver 14:16-17.

* 16.17 desde o ventre de minha mãe. Ver 13.5.

se vier a ser rapado. Sansão sempre desconsiderara os demais aspectos do seu voto (13.1–16.31, nota). Sua verdadeira força era o Espírito do Senhor (v. 20).

*

16.20 o SENHOR se tinha retirado dele. O Espírito do Senhor já não lhe dava forças (13.25; 14.6, 19; 15.14). Assim como Saul (conforme Is 16:14 com 1Sm 15:23), Sansão perdeu o poder do Espírito porque desobedeceu. Deus era a sua força, e não alguma magia associada com seus cabelos cumpridos.

* 16:23

Nosso deus nos entregou. Deus é o Juiz que permitia que opressores maltrassem seu povo por causa do pecado deste (v. 20); não foi o poder dos deuses das nações que as capacitou a vencer Israel (2.14-15).

* 16.28 SENHOR Deus. A petição final de Sansão é tirar vingança pela perda da sua vista. O escritor não comenta esse motivo. Deus, na sua graça, respondeu à oração e permitiu que Sansão matasse os inimigos de Israel (10.10-16; 15:18-19).

* 16.30 mais... do que os que matara na sua vida. Ver 13.1–16.31, nota.

*

16.31 Julgou... vinte anos. Ver 15.20, nota.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Juízes Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
16:5 Aos filisteus não os governava um só líder, a não ser cinco. Cada um deles governava de uma cidade diferente: Asdod, Ascalón, Ecrón, Gat ou Gaza. Cada uma destas cidades era um centro de comércio e intercâmbio. Dado o caráter da Dalila, não surpreende que traísse ao Sansón quando estes homens ricos e poderosos lhe fizeram uma visita pessoal.

16:15 Ao Sansón o traíram porque queria acreditar nas mentiras da Dalila. Embora podia estrangular a um leão, não pôde controlar sua abrasadora luxúria e ver a Dalila como o que era na verdade. Como pode evitar que seu desejo de amor e de prazer sexual o enganem? (1) antes de que chegue a paixão, deve decidir a que classe de pessoa amará. Determine se o caráter e a fé dessa pessoa em Deus é tão desejável como sua aparência física. (2) Já que a maior parte do tempo que passará com seu cônjuge não incluirá o sexo, a personalidade do mesmo, o temperamento e o compromisso para resolver problemas deverão ser tão gratificantes como seus beijos. (3) Seja paciente. A segunda olhada freqüentemente revela o que jaz detrás de uma aparência agradável e um toque atento.

16:16, 17 Dalila seguiu lhe perguntando ao Sansón sobre o segredo de sua força até que finalmente ele se cansou de escutar seus queixa e se rendeu. Esta era a segunda vez que Sansón se deixava vencer pela persistência (14.17). Que desculpa mais lamentável para sua desobediência. Não permita que ninguém, sem importar quão persuasivo ou atrativo seja, convença-o para fazer o mal.

16:19 Dalila era uma mulher enganadora com mel em seus lábios e veneno em seu coração. Fria e calculadora, jogou com o Sansón pretendendo amá-lo enquanto procurava um benefício pessoal. Como pôde Sansón ser tão tolo? Quatro vezes Dalila se aproveitou dele. Se não se deu conta do que acontecia depois da primeira ou da segunda experiência, sem dúvida deveu compreender a situação na quarta vez! Pensamos que Sansón é um parvo; entretanto, quantas vezes permitimos que nos enganem com lisonjas e nos rendemos ante a tentação e as crenças errôneas? Evite cair presa do engano ao pedir a Deus que o ajude a distinguir entre o verdadeiro e o falso.

DALILA

O maior lucro de uma pessoa bem pode ser ajudar a outros a realizar grandes costure. Do mesmo modo, o maior fracasso pode ser evitar que outros alcancem sua grandeza. Dalila jogou um pequeno papel na vida do Sansón, mas seu efeito foi devastador, já que influiu para que ele traísse o chamado especial de Deus. Motivada pela ambição, Dalila usou sua persistência para acabar com o Sansón. Seu amor obsessivo por ela o fez um branco vulnerável. Por toda sua força física, não fazia casal com a Dalila e pagou um preço muito alto ao ceder ante ela. Nunca mais se volta a mencionar a Dalila na Bíblia. Sua deslealdade para o Sansón arruinou a vida deste e a de seu povo.

Ajuda às pessoas que o conheçam você? Consideram que conhecê-lo-os desafia a ser melhores? Mais importante ainda, é-lhes de ajuda em suas relações com Deus? O que lhes comunica quanto a seu verdadeiro interesse por eles, ao lhes demandar tempo e atenção? Está disposto a ser um instrumento de Deus nas vidas de outros?

Pontos fortes e lucros:

-- Persistente ante os obstáculos

Debilidades e enganos:

-- Valorava mais o dinheiro que as relações

-- Traiu ao homem que confiou nela

Lições de sua vida:

-- Precisamos ser cuidadosos em confiar sozinho em gente confiável

Dados gerais:

-- Onde: Vale do Sorec

-- Contemporâneo: Sansón

Versículos chave:

"E aconteceu que, lhe pressionando ela cada dia com suas palavras e lhe importunando, sua alma foi reduzida a mortal angustia. Descobriu-lhe, pois, todo seu coração" (Jz 16:16-17).

Sua história se relata em Juizes 16.

16:21 Sansón, o capitalista guerreiro, converteu-se em escravo. Em vez de matá-lo, os filisteus preferiram humilhá-lo lhe tirando os olhos e fazendo-o moer o grão. Sansón agora tinha todo o tempo para perguntar-se se os encantos da Dalila justificavam acontecer o resto de sua vida na humilhação.

Embora Deus não abandonou ao Sansón por completo (16.28-30), permitiu que prevalecesse a vontade do Sansón, e as conseqüências de sua decisão sobrevieram naturalmente. Podemos optar por andar perto de Deus ou ir por nosso próprio caminho, entretanto, nossa eleição terá conseqüências. Sansón não escolheu sua captura, mas sim ficar com a Dalila e não pôde escapar das conseqüências de sua decisão.

16:21 Cego e sem forças, ao Sansón o levaram a Gaza onde passaria o resto de sua curta vida. Gaza era uma das cinco cidades capitais dos filisteus. Conhecida por seus muitos poços, era uma parada importante ao longo da grande rota de caravanas que conectava com o Egito para o sul e com Síria para o norte. Talvez os filisteus mostraram ao Sansón como presa a todos os dignatarios que passavam por ali.

É irônico, mas na Gaza Sansón demonstrou anteriormente seu grande força ao arrancar as portas da cidade (16.1-3). Agora era um exemplo de debilidade.

16.23, 24 Dagón era o deus mais importante dos filisteus, o deus do grão e da colheita. Haviam muitos templos construídos em sua honra e aí a adoração incluía o sacrifício humano. Os templos eram além disso os centros locais de entretenimento. Do mesmo modo que a gente hoje em dia vai aos teatros, os filisteus enchiam os templos locais. sentavam-se no teto plano do templo e olhavam para o pátio que ficava abaixo. O que usualmente presenciavam era a tortura e a humilhação dos prisioneiros.

Devido ao controle que os filisteus exerciam sobre os israelitas, pensavam que seu deus era mais forte. Mas quando se colocou o arca de Deus ante o Dagón em um templo similar, o ídolo caiu e se fez pedaços (1Sm 5:1-7). A força de Deus vai além de números ou do poder físico.

16.28-30 A pesar do passado do Sansón, Deus escutou e respondeu sua oração destruindo o templo pagão e a seus adoradores. Deus ainda o amava. Estava disposto a escutar a oração de confissão e de arrependimento do Sansón e a utilizá-lo neste momento final. Um dos efeitos do pecado em nossa vida é nos tirar o desejo de orar. Mas um comportamento moral perfeito não é um requisito para orar. Não permita que os sentimentos de culpabilidade a causa do pecado o separem de seu único meio de restauração. Não importa quanto tempo tenha estado longe de Deus, O está preparado para escutá-lo e restaurar a relação. Todas as situações da vida podem salvar-se se estiver disposto a voltar-se outra vez ao. Se Deus pôde seguir trabalhando na situação do Sansón, sem dúvida pode fazer algo valioso na sua.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Juízes Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
D. SAMSON em Gaza (16: 1-3)

1 E Sansão foi a Gaza, e viu ali uma prostituta, e entrou a Ec 2:1 E foi dito a gazeu, dizendo: Samson chegou aqui. Cercaram-no, pôs uma emboscada para ele toda a noite na porta da cidade, e ficaram quietos a noite toda, dizendo: Vamos ser até que a luz da manhã, em seguida, vamos matá- Lv 3:1 Sansão deitou-se até a meia-noite, e se levantou à meia-noite, e se apegaram das portas da entrada da cidade, e os dois postes, arrancou-los, bar e tudo, e colocá-los sobre os seus ombros, e levou-os até o topo da montanha que está diante de Hebron.

Esforços de Sansão para libertar Israel dos filisteus chegaram ao seu ponto mais alto de heroísmo, quando ele derrotou os filisteus em Lehi. Seu amor por uma filha de uma habitação filisteu em Timna tinha fornecido a ocasião para uma série de acontecimentos que culminaram na batalha naquele lugar. Sansão tinha-se mostrado superior aos filisteus, mas Israel não tinha reuniram-se para a sua liderança.

Começando com a conta de sua paixão por uma prostituta filistéia em Gaza, a história de Sansão se move rapidamente para sua trágica, porém heróico, a morte. Apenas em sua hora da morte é que o homem forte subir acima do seu sensualismo e degradação.

Não há nenhuma razão dada para a jornada de Sansão a Gaza, que foi de cerca de 38 milhas ao sudoeste de Zorá e aproximadamente a mesma distância de Hebron. No entanto, em Gaza, ele passou a noite com uma prostituta. Os filisteus, ouvindo da presença de Samson, cercou a cidade durante toda a noite. Eles planejaram matá-lo no dia seguinte.

Samson surgiu à meia-noite, a fim de deixar a cidade. Encontrar os portões da cidade bloqueado ele escapou os filisteus, levantando os portões fechados em seus ombros e levando-os a Hebron (v. Jz 16:3 ). "Este foi o pior humilhação que ele poderia ter infligido em seus inimigos, porque portas da cidade simbolizava a força nacional."

E. Sansão e Dalila (16: 4-22)

4 E sucedeu que, depois, que ele amava uma mulher do vale de Sorek, cujo nome era Dalila. 5 E os chefes dos filisteus subiram a ela, e disse-lhe: Persuade-o, e ver em que sua grande força Lieth, e por que meios podemos prevalecer contra ele, para que possamos prendê-lo a afligi-lo, e nós te daremos, cada um de nós, mil e cem peças . de prata 6 Disse Dalila a Sansão: Diga-me, peço-te, em que consiste a tua força, e com que tu sejas obrigado a afligir-te. 7 Sansão disse-lhe: Se me amarrassem com sete withes verdes ainda não secados, então me tornaria fraco, e seria como qualquer outro homem. 8 Então os chefes dos filisteus trouxeram a ela sete withes verdes que ainda não estavam secos, e ela amarrou com Ec 9:1 Agora ela tinha Liers-em-espera permanecer na câmara interna. E ela disse-lhe: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. E ele partiu os withes, como uma seqüência de tow é quebrada quando tocar o fogo. Então, sua força não era conhecido.

10 Disse Dalila a Sansão: Eis que zombaste de mim, e me disseste mentiras: agora diga-me, peço-te, com o qual tu poderias ser amarrado. 11 E disse-lhe: Se me amarrassem com cordas novas wherewith não trabalho tem sido feito, então me tornaria fraco, e seria como qualquer outro homem. 12 Então Dalila tomou cordas novas, eo amarrou com elas, e disse-lhe: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. E os mentirosos-em-espera estavam sentados na câmara interior. E ele quebrou de seus braços como a um fio.

13 Disse Dalila a Sansão: Até agora zombaste de mim, e me disseste mentiras: diga-me com que tu poderias ser amarrado. E ele disse-lhe: Se teceres as sete tranças da minha cabeça com a web. 14 E ela as fixou com uma estaca, e disse-lhe: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. Então ele despertou do seu sono, e arrancou o pino do feixe, e na web.

15 E ela disse-lhe: Como podes dizer: Eu amo-te, o teu coração não é comigo? zombaste de mim três vezes, e não mo disse-me em que consiste a tua força. 16 E sucedeu que, quando ela todos os dias com as suas palavras, e molestando-o, a alma dele se angustiou até a morte. 17 E ele disse-lhe todo o seu coração, e disse-lhe: Não tenha vindo uma navalha sobre a minha cabeça; pois eu tenho sido um nazireu de Deus desde o ventre de minha mãe: se viesse a ser rapado, a minha força vai de mim, e me tornaria fraco, e seria como qualquer outro homem.

18 Vendo Dalila que ele lhe descobrira todo o seu coração, mandou chamar os chefes dos filisteus, dizendo: Subi esta vez, porque agora me contou todo o seu coração. Então os chefes dos filisteus subiram a ter com ela, trazendo o dinheiro na sua mão. 19 E ela o fez dormir sobre os seus joelhos; e chamou a um homem, e rapou as sete tranças da sua cabeça; e ela começou a afligi-lo, ea sua força se lhe foi. 20 E ela disse: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. E despertou do seu sono, e disse: Sairei, como das outras vezes, e me livrarei. Mas ele não sabia que o Senhor se tinha retirado dele. 21 Então os filisteus pegaram nele, arrancaram-lhe os olhos; e eles fizeram-no descer a Gaza, e amarraram-no com duas cadeias de bronze; e ele um moinho no cárcere. 22 Todavia o cabelo da sua cabeça começou a crescer de novo logo que foi rapado.

Este episódio foi uma humilhante para Samson e teve lugar apenas a uma curta distância de Zorá. Samson amou uma mulher no vale de Sorek chamada Dalila. O nome dela é semita na origem, mas ela provavelmente foi um filisteu. Quando os filisteus sabiam do romance, eles ofereceram suborno fabuloso para Dalila se ela poderia descobrir o segredo da força de Sansão fenomenal. Myers comentários:

Como o valor de um shekel de prata estava em algum lugar entre sessenta e sessenta e cinco centavos, o preço para a traição de Sansão foi para aquele tempo enorme. ...

Para Delilah a atração do suborno era mais forte do que o seu amor por Samson, e ela pediu-lhe para dizer a ela o segredo de sua força.

Todo o incidente do esforço de Delilah para descobrir o segredo de Sansão parece ser na forma de um jogo lúdico. Na realidade, era um esporte muito perigoso, pois estavam envolvidos própria liberdade ea visão de Samson. Samson tolamente cortejado desastre pensando que Delilah estava brincando com ele.

Delilah falhou em suas duas primeiras tentativas, primeiro com withes (bowstrings), em segundo lugar com cordas novas . Ela perseguiu implacavelmente, para um grande prêmio estava em jogo. Na terceira tentativa, ela implorou tão intensamente que ele poderia resistir a ela já não: E sucedeu que, quando ela todos os dias com as suas palavras, e molestando-o, a alma dele se angustiou até a morte. E ele disse a ela ... se viesse a ser rapado, a minha força vai passar de mim ... (vv. Jz 16:16 , Jz 16:17 ).

Nesse meio tempo, ela contatou os filisteus: Subi esta vez, porque agora me todo o seu coração disse (v. Jz 16:18 ). Aparentemente, eles tinham desistido, mas ela convenceu-os a voltar para seu esconderijo no quarto ao lado. Samson veio visitar e foi embalado para dormir. Como Dalila cortou o cabelo, ela começou a afligi-lo, ea sua força se lhe foi (v. Jz 16:19 ).

Quando Dalila despertado Samson com as palavras: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão, ele se preparava para surgir como antes, mas sua força se foi. Ele não sabia que o Senhor se tinha retirado dele (v. Jz 16:20 ). Pela primeira vez em vinte anos Sansão foi aprisionado pelos filisteus. Eles fixaram-no com duas cadeias de bronze e cegou. Ele passou seu tempo de moagem refeição na prisão de Gaza.

Conforme o tempo passava, o cabelo de Sansão cresceu longo novamente e, aparentemente, a sua força começou a voltar. Isso prepara para o episódio final.

DIAS F. Sansão passada (16: 23-31)

23 E os chefes dos filisteus se ajuntaram para oferecer um grande sacrifício ao seu deus Dagom, e para se regozijar; pois diziam: Nosso deus nos entregou o nosso inimigo Sansão em nossas mãos. 24 E o povo, vendo-o, louvava ao seu deus; pois diziam: Nosso deus nos entregou nas mãos o nosso inimigo, e o destruidor de nosso país, que matou muitos de Nu 25:1 E sucedeu que, quando os seus corações estavam alegre, que eles disseram: Chamai a Sansão, que ele pode nos fazer desporto. E chamaram a Sansão do cárcere; e ele fez esporte diante deles. E puseram-lo entre os pilares: 26 Então disse Sansão ao moço que lhe segurava a mão, permite-me para que eu possa sentir os pilares sobre o qual repousa a casa, que me encoste a elas. 27 Ora, a casa estava cheia de homens e mulheres; e todos os chefes dos filisteus estavam lá; e havia sobre o telhado de cerca de três mil homens e mulheres, que estavam vendo Sansão brincar.

28 Então Sansão clamou ao Senhor, e disse: Senhor Deus, lembre-me, peço-te, e fortalece-me, peço-te, só que desta vez, ó Deus, para que eu possa ser de uma só vez vingado dos filisteus pelos meus dois olhos . 29 E Sansão pegou as duas colunas do meio, em que a casa descansado, e inclinou-se sobre eles, aquele com a mão direita, e na outra com a esquerda. 30 E disse Sansão: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com toda a sua força; ea casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela havia. Então, os mortos que matou na sua morte, estavam mais do que os que matara em sua vida. 31 Em seguida, seus irmãos e toda a casa de seu pai veio para baixo, e levou-o, e levou-o para cima, e sepultaram-no entre Zorá e Estaol no sepulcro de Manoá, seu pai. E julgou a Israel vinte anos.

Os filisteus, finalmente, teve seu encrenqueiro onde ele iria causar mais problemas. No entanto, como Samson ponderou sua sorte durante os dias que passou moagem em Gaza, ele, sem dúvida, pensei muito sobre a perda de sua visão. Seu último pedido tinha a ver com recompensa por esta perda (conforme v. Jz 16:28 ).

Como os filisteus se reuniram para oferecer graças ao seu deus, Dagon, no templo em Gaza, eles decidiram ter Samson trouxe diante deles para fazer esporte (v. Jz 16:25 ). Possivelmente elas significavam para ele realizar alguns de seus feitos de força.

Porque seus captores lhe tinha cegado ele foi conduzido sobre por aquele a quem ele fez um pedido, Espera-me para que eu possa sentir os pilares sobre o qual repousa a casa, para que me encoste a eles (v. Jz 16:26 ).

Com uma oração, ó Senhor Jeová ... fortalece-me ... que eu me vingue ... pelos meus dois olhos, e com forte onda de força, inclinou-se com toda a sua força (vv. Jz 16:28 , Jz 16:30 ). O templo de Dagon caiu com resultados desastrosos. Samson recuperou a sua força apenas para gastar-lo em um holocausto vingativo de destruição e morte.

Foi um final catastrófico para a vida começou com a promessa ", ele começará a livrar a Israel da mão dos filisteus" (Jz 13:5 ). Um vem longe da história de Sansão com um sentimento de pathos. Esta vida que começou com essa grande promessa, em seus momentos finais puxou para baixo tudo ao alcance, deixando um grande montão de escombros. Esse mau uso trágico da vida e suas responsabilidades acontece com muita frequência. Não só isto é mau uso de uma tragédia em si, mas tende a riscar contra tudo e todos ao seu alcance.

Há um outro ponto de vista a partir do qual a refletir sobre final de Sansão, ou seja, como o feito destrutivo de Samson afetou a visão religiosa dos filisteus. Sansão tinha causado a muitos problemas filisteus durante sua vida e na sua morte, ele destruiu o templo de Dagon.

Neste ele havia vindicado a glória do Senhor, Deus de Israel, contra Dagon, o deus dos filisteus. Esta inversão religioso fez uma grande impressão sobre os filisteus. Eles não eram apenas em profundo luto pela morte de tantos compatriotas e a destruição de seu templo, mas também com medo pavor de Jeová de Israel. Singularmente o bastante, a vida tornou-se mal utilizado um instrumento pelo qual o Deus da história agiu na arena da história.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Juízes Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
  • Ele brinca deliberadamente com o pecado (16)
  • Sansão já tivera problema com uma mulher, mas agora ele tenta de novo e, dessa vez, penetra no território inimigo de Gaza. Deus, mais uma vez, adverte-o ao permitir que os inimigos quase o peguem, mas San-são ainda se recusa a arrepender-se.
    Nesse momento, Dalila entra em sua vida e leva-o à ruína. O vale de Soreque ficava próximo à casa dele, contudo o coração de Sansão já es-tava longe do Senhor.

    É chocante ver esse nazireu dormir sobre os joelhos de uma mulher perversa, mas é isso que acontece quando as pessoas esco-lhem desprezar os conselhos dos entes queridos e do Senhor. Três vezes, Dalila instiga Sansão, e, três vezes, ele mente para ela. A cada vez, o inimigo atacou-o, portan-to ele deveria perceber que estava em perigo. No entanto, leia Pro-vérbios 7:21-27 para saber por que Sansão cedia. Ele dormia quando devia estar acordado! Lembre-se da advertência de Cristo a Pedro, em Mt 26:40-40. Observe que, na verdade, a cada mentira que Sansão conta, ele aproxima-se mais da ver-dade. Como é perigoso brincar com o pecado.

    O resto da história mostra o trágico fim do crente que não deixa Deus traçar seu caminho e sua vida. A partir do versículo 20, Sansão não faz nada mais além de perder. Ele perde o cabelo, o símbolo nazireu de sua consagração, pois abandona-ra havia muito sua consagração. As-sim, ele perde sua força, mas ignora o fato até ser dominado. Como é vã a tentativa do servo de Deus de servir- lhe em desacordo com a vontade do Senhor. A seguir, Sansão perde a luz, pois os filisteus vazaram seus olhos. Ele perde a liberdade, pois o amar-ram com duas cadeias de bronze. Ele perde sua utilidade para o Senhor, pois termina moendo grãos, em vez de lutando as batalhas de Deus. Al-guém disse que o versículo 21 retrata a cegueira, a prisão e a opressão re-sultantes do pecado. E tudo isso tem início quando Sansão despreza suas bênçãos e afronta os pais!

    Sansão também perdeu seu tes-temunho, pois era motivo de diver-são para os filisteus. Deram toda a glória a Dagom, o deus deles, não ao Deus de Israel. Aparentemente, Sansão arrependeu-se de seu peca-do, pois o Senhor deu-lhe mais uma chance para agir pela fé. O cabelo dele começara a crescer de novo, e Sansão pede que o Senhor lhe dê força para que possa obter mais uma vitória sobre o inimigo. Deus responde ao pedido dele, contudo Sansão, para destruir os inimigos, tira a própria vida. Sansão, como Saul, era um desqualificado, pois pecara até a morte, e Deus tinha de tirá-lo de cena (veja 1Co 11:30-46; 1Jo 5:16). Seus pais pediram seu corpo e sepultaram-no "entre Zorá e Estaol" — o mesmo local em que iniciara seu ministério (13:25).

    Sansão retrata as pessoas que têm poder para dominar os outros, mas não conseguem dominar a si mesmas. Ele pôs fogo nos campos dos filisteus, mas não conseguiu controlar o fogo da própria luxúria. Ele matou leão, mas não pôde matar as pai-xões da carne. Ele quebrou com fa- jrilidade as correntes com que os ho-

    E

    ns o prenderam, mas os grilhões pecado, gradual mente, prenderam n mais força sua alma. Ele preferiu ikabalhar sozinho, em vez de liderar a nação, e, como resultado disso, não deixou uma vitória permanente en seu rastro. Ele é lembrado pelo que destruiu, não pelo que construiu.
    Faltaram-lhe a disciplina e a direção, sem as quais sua força pouca coi-sa poderia realizar. Ele fracassou em examinar os impulsos que se manifes-taram logo no início de sua carreira, os quais o mataram.

    A tarefa de final mente derro-tar os filisteus ficou para Samuel e Davi, em anos posteriores. Samuel, com uma oração, realizou mais que Sansão em 20 anos de luta (veja 1Sm 7:9-9).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Juízes Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
    16.1 Gaza. A cidade situada mais para o sul dentre as cinco capitais dos filisteus. Não se sabe a que teria atraído Sansão a Gaza, 60 km distante de Zorá. Prostituta. É óbvio que o homem, fisicamente mais forte na história, se classificava entre os moralmente mais fracos.

    16.3 Olha para Hebrom. Hebrom está próxima ao ponto mais alto do sul da Palestina, 60 km a leste de Gaza. A tradução da ARC "defronte de Hebrom” não é bem certa. É possível que Sansão levara o enorme peso somente até certo monte, perto de Gaza, de onde se contemplava a alta região de Hebrom.

    16.4 Vale de Soreque. Bem perto de Zorá, casa de Sansão. Novamente nos deparamos com este líder israelita interessando-se por uma mulher pagã, afeição essa que o destruiria (conforme o caso de Salomão, 1Rs 11:1-11). Dalila significa "veneradora", "devotada". Pode igualmente ser alcunhada de "informante".

    16.5 Príncipes. A arqueologia confirma que os filisteus não cognominavam seus governadores de "reis"; como os cananeus. Em que consiste sua grande força. Os filisteus procuravam o segredo mágico de sua força, reconhecidamente descomunal. Mil e cem siclos de prata. Pesaria c. 70 kg.

    16.9 Chamuscada. Lit. "cheirada" pelo fogo, sem que a chama tivesse contato direto com a estopa.

    16.13 Tranças da minha cabeça. A brincadeira torna-se mais séria. Aproxima-se a revelação do segredo de sua grande força, concedida por Deus.

    16.16 Impaciência de matar. Pelo enfado causado por Dalila, Sansão desejou morrer. As emoções acarretaram influências nocivas sobre a vontade (conforme o caso de Esaú, Gn 25:2734). Uma emoção extremada facilmente resulta em resoluções eternamente lastimadas (He 12:16, He 12:17).

    16.20 Sairei...como dantes. Depara-se-nos a loucura de Sansão, sem uma explicação. Sua falta de precaução é comparável ao descaso do incrédulo, que passa a vida toda sem jamais pensar a sério sobre seu destino eterno. Não sabia... que... o Senhor se tinha retirado dele. Não simplesmente porque lhe fora cortado o cabelo, mas porque se rompera o voto do nazireado. • N. Hom. Passos 1nconscientes numa Derrota:
    1) Deixar-se de prestigiar a presença Deus;
    2) Buscar a má companhia de namoradas pagãs;
    3) Guardar pecados sem confessá-los;
    4) Deixar-se levar por uma emoção descontrolada;
    5) Esquecer-se do voto de consagração;
    6) Oferecer-se aos inimigos de Deus. Conclusão. O segredo do declínio da espiritualidade está no coração. É essencial reconhecê-lo, confrontá-lo e vencê-lo, antes de ser vencido (conforme Pv 14:14; 1Co 9:27).

    16.21 Vazaram os olhos. Com este expediente brutal, os filisteus emanciparam-se, e não mais temeram as ameaças de Sansão. Que valor teria a força sem a visão? Gaza. Donde Sansão levara os portões da cidade (16:1-3).

    16.22 Crescer de novo. Há, igualmente; indicações de que a relação íntima de Sansão com Deus se desenvolveu paralelamente com o crescimento de seus cabelos (conforme 28).

    16.23 Deus Dagom. Um deus dos amorreus. Deus da fertilidade (conforme Js 15:41; Js 19:27) venerado pelos filisteus, quando da invasão da Palestina. É bem possível que a palavra hebraica dagan, "trigo", "cereal", derive-se do nome Dagom. Alegrando-se-lhes o coração (25). Sem dúvida, corria muito vinho.

    16.27 As descobertas arqueológicas revelam o estilo de construção que o templo, provavelmente, seguiu. O telhado plano teria sido sustentado com colunas de madeira sobre bases de pedra. Em cima, congregava-se o povo; embaixo os dignitários (inclusive os governantes das cinco capitais). O excesso de peso na plataforma superior e a relativa facilidade para se deslocar as colunas principais, de suas bases, deram a Sansão a possibilidade de obter sua maior vitória.
    16.28 Sansão clamou ao Senhor. Na lista dos heróis da fé, encontra-se relacionado também o nome de Sansão (He 11:32).

    16.30 Mais os que matou. Um cálculo aproximado indica que Sansão, durante, sua vida, feriu mais de 1. 100 pessoas (conforme 14.19; 15.8, 15).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Juízes Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
    16.1. Gaza: a atual Gaza, a cidade dos filisteus mais distante da casa de Sansão. v. 2. a noite toda; expressão repetida duas vezes, uma vez precedida de à espera e outra de Não se moveram. A confusão dos v. 2,3 foi esclarecida pelas descobertas modernas de portões de cidades da Palestina daquele período. Com o portão seguramente fechado, a horda de Gaza aparentemente se retirou para uma das salas espaçosas da entrada da cidade até que a porta fosse reaberta e a guarda fosse trocada. Os dois verbos, então, significam colocar a guarda e dormir. Porta [...] batentes [...] tranca: v. “Gate”, ZPEB. colina que fica defronte de Hebrom: em torno de 60 quilômetros de Gaza. A maior parte do trecho é de subida, vale de Soreque: o uádi es-Sarar, abaixo de Zorá, em que estavam localizadas Bete-Semes e Timna (conforme 14.1). Dalila: o nome foi identificado como significando tanto “dada ao flerte” como “dedicada”. O último significado sugere o papel de prostituta religiosa, v. 5. treze quilos de prata: o total de cinco líderes seria um valor altíssimo. O peso não é exato, e mesmo em siclos (1,100) parecia um valor excessivo, até mesmo para esse serviço. A AB modifica 1.000 ('elep) para "unidade” (’alep) e traduz: “a unidade de cada homem, cem siclos”. v. 7. sete tiras de couro ainda úmidas-, cordas velhas feitas de tripas teriam sido mais fortes. Sansão parece estar sugerindo que a corda de tripas possuía poderes mágicos (AB). v. 11. cordas que nunca tenham sido usadas-, já testadas; conforme 15.13. v. 13,14. tecer num pano [...] lançadeira-, a maioria das traduções modernas incluem uma seção longa da LXX, aparentemente omitida pelo TM (conforme RSV e NEB). O tecido estava provavelmente num tear vertical. Moore {ICC, p.
    354) sugere que Dalila teceu o longo cabelo na urdidura e depois disso o firmou com um pino (lançadeira). As estacas de sustentação, que estavam fincadas no solo, provavelmente foram arrancadas totalmente quando Sansão acordou, v. 16. ela o cansava dia após dia, ficando ele a ponto de morrer, lit. “a sua alma (ou vida) foi abreviada à (a ponto da) morte”. A pressão emocional constante exauriu a sua resistência, v. 18. enviou esta mensagem aos líderes-, aparentemente eles tinham se cansado de ficar esperando em emboscada. levando a prata-, nesse tipo de negócio, o pagamento é sempre adiantado, v. 19. começou a subjugá-lo-, o seu artifício perverso para descobrir se a sua força permanecia nele antes de chamar os filisteus, v. 20. mas não sabia-, aqui está a verdadeira tragédia; conforme Nu 14:40-4; Dn 7:9. que o Senhor o tinha deixado-, a sua força era apenas um sinal exterior da presença interior de Deus. v. 21. para Gaza-, o aspecto patético é intensificado, o herói quebrado retorna envergonhado através da porta consertada (conforme v. 3). v. 22. o cabelo [...] começou a crescer, suspense: será que o cabelo longo vai funcionar se Javé o deixou? v. 23. Dagom-, um deus dos cereais (semita ocidental), aparentemente adotado pelos povos do mar após a sua chegada à Palestina. o nosso deus entregou-, todas as pessoas na Antiguidade interpretavam os eventos de maneira teológica. As linhas nos dois versículos são colocadas de forma poética (conforme BJ). v. 25. Quando o puseram entre as colunas-, antes do pedido de Sansão, Deus está preparando a vingança dele. v. 26. que sustentam o templo-.

    A. Mazar ilustrou esse tipo de templo com base em Tell Qasile {BA 36 [1973], p. 43). O salão principal tinha um telhado sustentado por dois pilares de madeira apoiados em bases redondas de pedra. O grande número de pessoas no telhado precipitou o colapso, v. 31. liderou Israel durante vinte anos-, melhor: “julgou”. O seu papel oficial terminou antes (15.20).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Juízes Capítulo 16 do versículo 1 até o 3
    Jz 16:1

    E foi-se Sansão a Gaza (16.1). Era a cidade mais ao sul da pentápole dos filisteus. Mais antiga que a fixação deste povo, documentos do século XIV já fazem alusão a esta cidade, que fora tomada pelos descendentes de Judá ainda antes da ocupação dos filisteus (Jz 1:18). Não se deve considerar a figura de Sansão como um ser mitológico de excepcional bravura; há quem o compare ao "noivo que sai do seu tálamo" e ao "herói que inicia a sua gloriosa carreira" (Sl 19:5). E toda a noite lhe puseram espias à porta da cidade; porém toda a noite estiveram sossegados (2). Notável comentador (Kittel) emenda o primeiro "toda a noite" para "todo o dia" de forma a compreendermos assim o texto: "Embora os soldados de Gaza estivessem de vigia à cidade durante todo o dia, à noite diminuía essa vigilância, confiados na segurança das portas". Mas levantou, arrancou as portas, pô-las aos ombros e transportou-as até ao cume do monte que está defronte de Hebrom (3), isto é, até à parte oriental do Hebrom (cfr. Jz 1:20), a cerca de 68 quilômetros de Gaza.


    Dicionário

    Ali

    advérbio Naquele lugar: vou te deixar ali, perto da igreja.
    Naquele tempo; então: até ali estávamos bem, foi depois que nos separamos.
    Num local conhecido ou já mencionado: deixe os guarda-chuvas ali.
    Nessa situação, momento, pessoa; naquilo: ninguém disse mais nada, ali tem algo errado!
    Gramática Quando usado com um pronome pessoal ou demonstrativo intensifica a relação de identificação ou de proximidade: põe isso ali, por favor.
    Etimologia (origem da palavra ali). Do latim ad illic.

    lá, acolá, aí, além. – Ali diz propriamente – “naquele lugar”, tanto à vista como no sítio de que se acaba de tratar. – Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 161 Lá significa – “naquele outro lugar”; isto é – no lugar que não é o em que me encontro eu presentemente e que está distante de mim, na parte oposta àquela em que estou. – Aí quer dizer – “nesse lugar”; isto é – no lugar em que se encontra a pessoa a quem nos dirigimos. – Acolá diz – “ali, naquele lugar que está à vista, mas que não é o que eu ocupo, nem o que está ocupando a pessoa com quem falo”. – Além significa – “mais para diante, do outro lado de um lugar ou um acidente à vista, ou mesmo não visível”.

    Entrar

    verbo intransitivo Passar para dentro, introduzir-se, penetrar: entrar sem convite.
    Recolher-se à casa.
    Intrometer-se, intervir, interferir: não entre em briga de marido e mulher.
    Invadir.
    Encaixar-se, ajustar-se: a chave não entra na fechadura.
    Ser admitido, adotar uma profissão, fazer parte de: entrar para a Academia, o magistério, um partido.
    Ser um dos elementos constituintes de: entra muito orgulho no seu procedimento.
    Iniciar: entrar em negociações, entrar na matéria.

    Gaza

    Legar forte. Cidade dos filisteus, e que Josué incorporou na tribo de Judá. Era uma das cinco fortalezas dos filisteus, situada na parte meridional da Palestina (1 Sm 6.17), entre Ráfia e Ascalom, 96 km. ao sudoeste de Jerusalém. Josué não pôde subjugá-la. Judá conseguiu conquistar Gaza, mas esta fortaleza não permaneceu por muito tempo em seu poder. As suas portas foram levadas por Sansão (Jz 16:1-3), que esteve mais tarde ali como prisioneiro, e ali ‘virava um moinho no cárcere’. Um dia fez cair o templo de Dagom, matando os príncipes e o povo que ali estavam, ficando Sansão também morto sob os destroços (Jz 16:21-30). Nos reinados de Jotão e de Acaz recuperou Gaza a sua independência, mas foi de novo subjugada por Ezequias (2 Rs 18.8). Mais tarde ficou sujeita aos egípcios, persas e caldeus, e foi tomada por Alexandre Magno depois de um cerco de cinco meses. Alexandre Janeu a conquistou depois, sendo infligidas espantosas barbaridades aos seus habitantes. Foi reedificada por Gabínio, e colocada sob a proteção de Roma. Hoje somente existem restos da sua primitiva grandeza. A moderna Guzzeh está numa elevação: as casas são construídas de pedra, mas a aparência é muito fraca. A vista em redor é bela, e os produtos vegetais apresentam-se viçosos e odoríferos.

    Gaza Cidade filistéia (Js 10:41); (Jz 1:18); 16.1; (2Rs 18:8); (At 8:26).

    gaza s. f. Gaze.

    Mulher

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    Entre os judeus, a igualdade social do homem e da mulher fazia contraste com os costumes que de um modo geral prevaleceram no oriente, especialmente em tempos mais modernos. As mulheres hebraicas ainda assim gozavam de considerável liberdade. Não eram encerradas dentro de haréns, nem eram obrigadas a aparecer de face coberta – misturavam-se com os homens e os jovens nos trabalhos e nas amenidades da vida simples. As mulheres efetuavam todo o trabalho da casa (*veja Mulher casada). iam buscar água e preparavam o alimento (Gn 18:6 – 24.15 – 2 Sm 13,8) – fiavam e faziam a roupa (Êx 35:26 – 1 Sm 2.19). Também se metiam em negócios (Pv 31:14-24). Participavam da maior parte dos privilégios da religião, e algumas chegaram a ser profetisas. (*veja Débora, Hulda, Miriã.) o lugar que as mulheres tomam no N. T. mostra o efeito igualador de um evangelho, no qual ‘não pode haver… nem homem nem mulher’ (Gl 3:28). Serviam a Jesus e a Seus discípulos (Lc 8:1-3 – 23,55) – participaram dos dons do Espírito Santo, no dia de Pentecoste(At2.1a4 – cf. 1,14) – e foram preeminentes em algumas das igrejas paulinas (At 16:14 – 17.4 – cf. Fp 4:2-3). o ponto de vista de S. Paulo a respeito da igualdade dos sexos aparece de um modo especial em 1 Co 7, não sendo inconsistente com isso o ato de reconhecer que a mulher deve estar sujeita a seu marido (Ef 5:21-33Cl 3:18-19 – cf. 1 Pe 3.1 a 9). Pelo que se diz em 1 Co 11.5, parece depreender-se que era permitido às mulheres, nas reuniões da igreja, praticar os seus dons de oração e profecia, embora o falar com a cabeça descoberta seja por ele condenado, apelando para a ordenação divina da sujeição da mulher ao homem 1Co 11:3-16). Mas na mesma epístola parece retirar a permissão 1Co 14:34-36) – e em 1 Tm 2.8 a 15 a proibição de ensinar na igreja é feita com maior severidade. Entre as mulheres mencionadas no cap. 16 da epistola aos Romanos, uma pelo menos, Febe, parece ter tido uma posição oficial, a de diaconisa, na igreja de Cencréia. A respeito dos serviços que deviam prestar as viúvas sustentadas pela igreja, vede a palavra Viúva.

    [...] A mulher sinceramente espírita só poderá ser uma boa filha, boa esposa e boa mãe de família; por sua própria posição, muitas vezes tem mais necessidade do que qualquer outra pessoa das sublimes consolações; será mais forte e mais resignada nas provas da vida [...]. Se a igualdade dos direitos da mulher deve ser reconhecida em alguma parte, seguramente deve ser entre os espíritas, e a propagação do Espiritismo apressará, infalivelmente, a abolição dos privilégios que o homem a si mesmo concedeu pelo direito do mais forte. O advento do Espiritismo marcará a era da emancipação legal da mulher.
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Instruções•••, 10

    [...] A instituição da igualdade de direitos entre o homem e a mulher figura entre as mais adiantadas conquistas sociais, sejam quais forem, à parte das desfigurações que se observam nesta ou naquele ponto. É outro ângulo em que se configura claramente a previsão social da Doutrina. Há mais de um século proclama o ensino espírita: “a emancipação da mulher segue o progresso da civilização”. [...]
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

    A mulher de hoje é o mesmo Espírito de mulher do mundo primitivo, da época dos homens das cavernas e que nestes numerosos milênios foi acumulando as qualidades da inteligência e do sentimento, tendo como base de edificação da sua individualidade as funções específicas realizadas principalmente no lar, M junto ao marido e aos filhos. O Espírito feminino também se reencarnou em corpos de homem, adquirindo caracteres masculinos, mas em proporções bem menores. [...] O Espírito feminino, muito mais do que o Espírito masculino, foi adquirindo, através de suas atividades específicas na maternidade, nos trabalhos do reino doméstico, nos serviços e no amor ao marido, aos filhos e à família e nas profissões próprias, na sucessividade dos milênios, as qualidades preciosas: o sentimento, a humildade, a delicadeza, a ternura, a intuição e o amor. Estes valores estão em maior freqüência na mulher e caracterizam profundamente o sexo feminino. As belas qualidades do Espírito feminino no exercício da maternidade, fizeram surgir a imensa falange das “grandes mães” ou “grandes corações”, que é fruto de muitos trabalhos, amor e renúncia, no cumprimento correto de seus sagrados deveres, em milênios. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Analisemos o que Jesus elucidou ao apóstolo Pedro, quando falou sobre a evolução do Espírito feminino. O Espírito Irmão X reporta [no livro Boa Nova]: “Precisamos considerar, todavia, que a mulher recebeu a sagrada missão da vida. Tendo avançado mais do que o seu companheiro na estrada do sentimento, está, por isso, mais perto de Deus que, muitas vezes, lhe toma o coração por instrumento de suas mensagens, cheias de sabedoria e de misericórdia”. [...] Se Jesus disse que a mulher está mais perto de Deus, é porque é do sentimento que nascem o amor e a humildade, e com maior facilidade o Espírito feminino adquiriu preciosos valores do coração para se elevar aos planos iluminados da Vida Superior. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Nos problemas do coração, a mulher sempre ficou com a parte mais difícil, pois sempre foi a mais acusada, a mais esquecida, a mais ferida, a mais desprotegida e a mais sofredora, mesmo nos tempos atuais. [...] Apesar de todas essas ingratidões, perseguições e crueldades, em todos os tempos, para com a mulher, o Divino Mestre Jesus confia e reconhece nelas, mesmo as mais desventuradas e infelizes nos caminhos das experiências humanas, o verdadeiro sustentáculo de regeneração da Humanidade [...].
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] A mulher é a alma do lar, é quem representa os elementos dóceis e pacíficos na Humanidade. Libertada do jugo da superstição, se ela pudesse fazer ouvir sua voz nos conselhos dos povos, se a sua influência pudesse fazer-se sentir, veríamos, em breve, desaparecer o flagelo da guerra.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 55

    A mulher é um espírito reencarnado, com uma considerável soma de experiências em seu arquivo perispiritual. Quantas dessas experiências já vividas terão sido em corpos masculinos? Impossível precisar, mas, seguramente, muitas, se levarmos em conta os milênios que a Humanidade já conta de experiência na Terra. Para definir a mulher moderna, precisamos acrescentar às considerações anteriores o difícil caminho da emancipação feminina. A mulher de hoje não vive um contexto cultural em que os papéis de ambos os sexos estejam definidos por contornos precisos. A sociedade atual não espera da mulher que ela apenas abrigue e alimente os novos indivíduos, exige que ela seja também capaz de dar sua quota de produção à coletividade. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] Na revista de janeiro de 1866 [Revista Espírita], por exemplo, Kardec afirma que “[...] com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à franqueza, é um direito fundado nas mesmas Leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era de emancipação legal da mulher, como abre a da igualdade e da fraternidade”. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A Doutrina não oferece também respaldo às propostas que promovem a participação da mulher em atividades que possam comprometer a educação dos filhos. A meta do Espiritismo é a renovação da Humanidade, pela reeducação do indivíduo. E, sem dúvida, o papel da mulher é relevante para a obtenção dessa meta, já que é ela que abriga os que retornam à vida terrena para uma nova encarnação na intimidade do seu organismo, numa interação que já exerce marcante influência sobre o indivíduo. É ela também o elemento de ligação do reencarnante com o mundo, e o relacionamento mãe/filho nos primeiros anos de vida marca o indivíduo de maneira bastante forte [...].
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A mulher é um Espírito reencarnado. Aporta a essa vida, trazendo em seu arquivo milhares de experiências pretéritas. São conhecimentos e vivências que se transformam em um chamamento forte para realizações neste ou naquele setor da atividade humana. Privá-la de responder a esse chamamento interior será, mais uma vez, restringir-lhe a liberdade, considerando-a um ser incapaz de tomar decisões, de gerir sua própria vida e, sobretudo, será impedi-la de conhecer-se e de crescer espiritualmente.
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] A mulher é a estrela de bonança nos temporais da vida.
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 3, cap• 3, it• 3

    [...] a mulher dentro [do lar] é a força essencial, que rege a própria vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A mulher é a bênção de luz para as vinhas do homem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é uma taça em que o Todo-Sábio deita a água milagrosa do amor com mais intensidade, para que a vida se engrandeça. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39


    Mulher Jesus tratou as mulheres com uma proximidade e uma familiaridade que chamou a atenção até de seus discípulos (Jo 4:27). São diversas as ocasiões em que falou com elas em público e mesmo em situações bastante delicadas (Mt 26:7; Lc 7:35-50; 10,38ss.; Jo 8:3-11).

    Apresentou-as como exemplo (Mt 13:33; 25,1-13; Lc 15:8) e elogiou sua fé (Mt 15:28). Várias mulheres foram objeto de milagres de Jesus (Mt 8:14; 9,20; 15,22; Lc 8:2; 13,11) e se tornaram discípulas dele (Lc 8:1-3; 23,55). Nada conduziu Jesus a um idealismo feminista nem o impediu de considerar que elas podiam pecar exatamente como os homens (Mc 10:12). Também não estão ausentes dos evangelhos as narrativas referentes a mulheres de conduta perversa como Herodíades.

    Não são poucos os simbolismos que Jesus emprega partindo de circunstâncias próprias da condição feminina, como a de ser mãe. Os evangelhos reúnem ainda referências muito positivas ao papel das mulheres em episódios como a crucifixão (Mt 27:55; Mc 15:40; Lc 23:49; Jo 19:25), o sepultamento de Jesus (Mt 27:61) e a descoberta do túmulo vazio (Mt 28:1-8).

    Ver Herodíades, Isabel, Maria, Marta, Salomé.

    A. Cole, o. c.; D. Guthrie, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Prostituta

    Prostituta V. MERETRIZ (Pv 7:10).

    Sansão

    substantivo masculino Homem de força extraordinária; hercúleo.
    Guindaste usado em certas edificações.
    Etimologia (origem da palavra sansão). Do nome Sansão, personagem bíblico.

    Pertencente ao sol Filho de Manoá, da tribo de Dã, nascido em Zorá, sendo o seu nascimento miraculosamente revelado a seus pais (Jz 13). Foi nazireu (Jz 16:17). Casou contrariamente à lei (Êx 34:16Dt 7:3) com uma mulher filistéia, de Timna. Havendo matado um leão, quando ia para Timna (Jz 14:5-9), expôs um enigma, cuja explicação sua mulher correu a declarar aos filisteus. Tendo por esta razão de pagar uma certa quantia, ele matou e despojou trinta filisteus de Ascalom – mas a sua mulher foi dada pelo pai dela a outro homem (Jz 14:19-20). Para vingar-se, tomou Sansão trezentas raposas, e atando-lhes tições às caudas, largou-as nas searas dos filisteus, ficando destruídas as plantas. Continuou uma guerra de represálias (Jz 1õ), até que, atraiçoado por Dalila, foi Sansão preso pelos filisteus, que o cegaram, e o levaram para Gaza. Realizando-se uma festa em honra do deus Dagom, os filisteus, para se divertirem, conduziram o prisioneiro ao templo. Em certa ocasião do culto festivo conseguiu deitar abaixo o edifício, morrendo ele e grande número dos inimigos. os seus irmãos apoderaram-se do corpo, e o puseram na sepultura da sua família, entre Zorá e Estaol. Sansão foi juiz em israel pelo espaço de vinte anos (Jz 16). É classificado como um dos heróis da fé, em Hb 11:32-33.

    Recebe muita atenção no livro de Juízes, talvez porque seja o exemplo do tema do livro: “Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem” (Jz 21:25). Sansão é bem lembrado por suas nobres façanhas, contaminadas pela falta de domínio próprio. Sua fúria, ao ser rejeitado no casamento, seus enigmas, sua vingança sobre os inimigos, ao amarrar tochas acesas nas caudas das raposas, e, é claro, seu fatídico casamento com Dalila ainda fascinam os leitores.

    Para o escritor do livro de Juízes havia outros temas mais importantes para serem lembrados. De fato, Sansão quebrou o domínio opressor dos filisteus sobre os israelitas, o qual já perdurava por muito tempo na história de Israel. Seu sucesso, entretanto, foi esporádico e de curta duração. Como muitas figuras carismáticas, corria o risco constante de tornar-se volúvel, o que talvez seja o pecado que mais o assediou (Jz 16:20). De qualquer forma, o epitáfio de Juízes 16:30 é um tributo adequado para sua decisão ao morrer: “Foram mais os que matou na sua morte do que os que matara na sua vida”. Mesmo na maneira como morreu, Deus foi o redentor final de Israel, a despeito dos fracassos de seus grandes heróis. A introdução da extrema opressão dos filisteus e o significado do voto de nazireu de Sansão (veja Nm
    6) ao Senhor são os principais tópicos do livro de Juízes. O escritor retrata Sansão como um tipo inferior a Samuel, o qual apareceria posteriormente.

    Os filisteus eram inimigos mortais dos israelitas, mas foram usados por Deus para testar a dedicação de seu povo (Jz 3:1-3). Na época de Sansão, eles tinham conquistado grande parte do território de Israel e o Senhor usou seu servo para criar ainda mais conflito (Jz 14:4). Sansão, entretanto, experimentou um sucesso apenas parcial e logo foi induzido à imoralidade, seduzido por mulheres atraentes.

    Sansão era um homem de temperamento colérico. Rompeu com a esposa (noiva), em Timna, durante a festa de casamento (Jz 14:20). A tentativa do pai da moça de oferecer-lhe a outra filha mais nova apenas o deixou ainda mais furioso (15:
    2) e o fez jurar que “ficaria quite”, se amarrasse tochas acesas nas caudas de 300 raposas presas em pares. Seu próprio povo ficou exasperado com sua vingança e sua réplica, “assim como eles me fizeram a mim, eu lhes fiz a eles” (15:11), e achou que sua resposta não foi convincente.

    A princípio parecia que nada aconteceria a Sansão — governou sobre Israel por vinte anos, até que caiu diante da beleza de Dalila (Jz 15:20), uma prostituta da cidade de Gaza. Ela usou seu poder de sedução para descobrir o meio de vencê-lo. O segredo de sua força foi descoberto: não consistia em ser amarrado com sete cordas de nervos ou outra coisa qualquer. Pelo contrário, quando seu cabelo foi cortado (o cabelo comprido identificava seu nazireado), sua força o abandonou e, assim, Sansão foi derrotado (16:6-20).

    De acordo com a informação do anjo aos seus pais, Sansão seria nazireu, ou seja, “separado para Deus desde o nascimento”. As instruções de Números 6 proibiam o consagrado de beber vinho ou qualquer outra bebida alcoólica, o corte do cabelo e a aproximação de um cadáver. É provável que seja uma mera conjectura que Sansão tenha bebido vinho em sua festa de casamento (Jz 14:10), mas as outras proibições certamente foram sistematicamente quebradas (veja 14:8; eja 16:19). Números 6 também faz a provisão para os que quebrassem o voto; possivelmente era isso que Sansão tinha em mente em sua oração de arrependimento em 16:28. O escritor registra que o cabelo de Sansão já estava grande, de tal maneira que poderia utilizar sua força para destruir os filiteus (16:22).

    Sansão, como também Israel, testou a paciência do Senhor ao extremo. Eram seduzidos com grande facilidade. A graça de Deus, entretanto, foi evidente na maneira como pelo menos temporariamente o ciclo de derrotas nas mãos dos filisteus foi quebrado. S.V.


    Sansão [Forte ? Homem do Sol ?]

    NAZIREU e JUIZ, célebre pela sua força física, que ele usou contra os FILISTEUS. Traído por Dalila, teve os olhos vazados e ficou preso. Mas na sua morte matou mais gente do que durante a sua vida (Jz 13—16).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Juízes 16: 1 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E foi Sansão a Gaza, e viu ali uma mulher prostituta, e entrou a ela.
    Juízes 16: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1075 a.C.
    H1980
    hâlak
    הָלַךְ
    ir, andar, vir
    (goes)
    Verbo
    H2181
    zânâh
    זָנָה
    praticar fornicação, ser uma meretriz, agir como meretriz
    (as with a harlot)
    Verbo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H5804
    ʻAzzâh
    עַזָּה
    outro nome para ’Gaza’, uma cidade dos filisteus localizada no extremo sudoeste da
    (Gaza)
    Substantivo
    H7200
    râʼâh
    רָאָה
    e viu
    (and saw)
    Verbo
    H802
    ʼishshâh
    אִשָּׁה
    mulher, esposa, fêmea
    (into a woman)
    Substantivo
    H8033
    shâm
    שָׁם
    lá / ali
    (there)
    Advérbio
    H8123
    Shimshôwn
    שִׁמְשֹׁון
    ()
    H935
    bôwʼ
    בֹּוא
    ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    (and brought [them])
    Verbo


    הָלַךְ


    (H1980)
    hâlak (haw-lak')

    01980 הלך halak

    ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

    1. ir, andar, vir
      1. (Qal)
        1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
        2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
      2. (Piel)
        1. andar
        2. andar (fig.)
      3. (Hitpael)
        1. percorrer
        2. andar ao redor
      4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

    זָנָה


    (H2181)
    zânâh (zaw-naw')

    02181 זנה zanah

    uma raiz primitiva [bem alimentado e portanto libertino]; DITAT - 563; v

    1. praticar fornicação, ser uma meretriz, agir como meretriz
      1. (Qal)
        1. ser uma meretriz, agir como meretriz, cometer fornicação
        2. cometer adultério
        3. ser um prostituto ou prostituta cultual
        4. ser infiel (a Deus) (fig.)
      2. (Pual) agir como meretriz
      3. (Hifil)
        1. levar a cometer adultério
        2. forçar à prostituição
        3. cometer fornicação

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    עַזָּה


    (H5804)
    ʻAzzâh (az-zaw')

    05804 עזה Àzzah

    procedente de 5794, grego 1048 γαζα; n f pr loc

    Aia ou Gaza = “o forte”

    1. outro nome para ’Gaza’, uma cidade dos filisteus localizada no extremo sudoeste da Palestina, perto do Mediterrâneo

    רָאָה


    (H7200)
    râʼâh (raw-aw')

    07200 ראה ra’ah

    uma raiz primitiva; DITAT - 2095; v.

    1. ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar
      1. (Qal)
        1. ver
        2. ver, perceber
        3. ver, ter visão
        4. examinar, ver, considerar, tomar conta, verificar, aprender a respeito, observar, vigiar, descobrir
        5. ver, observar, considerar, examinar, dar atenção a, discernir, distinguir
        6. examinar, fitar
      2. (Nifal)
        1. aparecer, apresentar-se
        2. ser visto
        3. estar visível
      3. (Pual) ser visto
      4. (Hifil)
        1. fazer ver, mostrar
        2. fazer olhar intencionalmente para, contemplar, fazer observar
      5. (Hofal)
        1. ser levado a ver, ser mostrado
        2. ser mostrado a
      6. (Hitpael) olhar um para o outro, estar de fronte

    אִשָּׁה


    (H802)
    ʼishshâh (ish-shaw')

    0802 אשה ’ishshah

    procedente de 376 ou 582; DITAT - 137a; n f

    1. mulher, esposa, fêmea
      1. mulher (contrário de homem)
      2. esposa (mulher casada com um homem)
      3. fêmea (de animais)
      4. cada, cada uma (pronome)

    שָׁם


    (H8033)
    shâm (shawm)

    08033 שם sham

    uma partícula primitiva [procedente do pronome relativo, 834]; lá (transferindo para tempo) então; DITAT - 2404; adv

    1. lá, para lá
      1. para lá (depois de verbos de movimento)
      2. daquele lugar, de lá
      3. então (como um advérbio de tempo)

    שִׁמְשֹׁון


    (H8123)
    Shimshôwn (shim-shone')

    08123 שמשון Shimshown

    procedente de 8121, grego 4546 σαμψων; n. pr. m.

    Sansão = “como o sol”

    1. um danita, filho de Manoá, nazireu vitalício e juiz de Israel por 20 anos

    בֹּוא


    (H935)
    bôwʼ (bo)

    0935 בוא bow’

    uma raiz primitiva; DITAT - 212; v

    1. ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
      1. (Qal)
        1. entrar, vir para dentro
        2. vir
          1. vir com
          2. vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
          3. suceder
        3. alcançar
        4. ser enumerado
        5. ir
      2. (Hifil)
        1. guiar
        2. carregar
        3. trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
        4. fazer suceder
      3. (Hofal)
        1. ser trazido, trazido para dentro
        2. ser introduzido, ser colocado