Enciclopédia de Rute 2:6-6

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

rt 2: 6

Versão Versículo
ARA Respondeu-lhe o servo: Esta é a moça moabita que veio com Noemi da terra de Moabe.
ARC E respondeu o moço, que estava posto sobre os segadores, e disse: Esta é a moça moabita que voltou com Noemi dos campos de Moabe.
TB Respondeu-lhe o servo: Ela é a moça moabita que voltou com Noemi do país de Moabe;
HSB וַיַּ֗עַן הַנַּ֛עַר הַנִּצָּ֥ב עַל־ הַקּוֹצְרִ֖ים וַיֹּאמַ֑ר נַעֲרָ֤ה מֽוֹאֲבִיָּה֙ הִ֔יא הַשָּׁ֥בָה עִֽם־ נָעֳמִ֖י מִשְּׂדֵ֥ה מוֹאָֽב׃
BKJ E o servo que estava estabelecido sobre os ceifeiros respondeu e disse: Ela é a donzela moabita que voltou com Noemi da terra de Moabe;
LTT E respondeu o jovem- servo, que estava posto sobre os ceifeiros, e disse: Esta é a moça moabita que voltou com Noemi do país de Moabe.
BJ2 E o servo, feitor dos segadores, respondeu: "Esta jovem é a moabita, que voltou com Noemi dos Campos de Moab.
VULG Cui respondit : Hæc est Moabitis, quæ venit cum Noëmi, de regione Moabitide,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Rute 2:6

Gênesis 15:2 Então, disse Abrão: Senhor Jeová, que me hás de dar? Pois ando sem filhos, e o mordomo da minha casa é o damasceno Eliézer.
Gênesis 24:2 E disse Abraão ao seu servo, o mais velho da casa, que tinha o governo sobre tudo o que possuía: Põe agora a tua mão debaixo da minha coxa,
Gênesis 39:4 José achou graça a seus olhos e servia-o; e ele o pôs sobre a sua casa e entregou na sua mão tudo o que tinha.
Rute 1:16 Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti; porque, aonde quer que tu fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus.
Rute 1:19 Assim, pois, foram-se ambas, até que chegaram a Belém; e sucedeu que, entrando elas em Belém, toda a cidade se comoveu por causa delas, e diziam: Não é esta Noemi?
Rute 1:22 Assim, Noemi voltou, e com ela, Rute, a moabita, sua nora, que voltava dos campos de Moabe; e chegaram a Belém no princípio da sega das cevadas.
Mateus 20:8 E, aproximando-se a noite, diz o senhor da vinha ao seu mordomo: Chama os trabalhadores, e paga-lhes o salário, começando pelos derradeiros até aos primeiros.
Mateus 24:45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o Senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo?

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A conquista da Transjordânia

século XV ou XIII a.C.
MOISÉS ENVIA ESPIAS
Guiado por uma nuvem provida pelo Senhor, Moisés conduziu seu povo a Cades-Barnéia (atuais fontes de Qudetrat) na região nordeste da península do Sinai. Dali, enviou doze homens para espiar a terra de Canaã, a qual o Senhor havia dado as israelitas.? Os espias atravessaram a terra toda, chegando até Reobe ao norte e, depois, voltaram do vale de Escol com romás e figos e um cacho de uvas pendurado numa vara carregada por dois homens.? Os espias ficaram impressionados com a fertilidade de Canaà, uma "terra que mana leite e mel", mas seu relatório não foi inteiramente favorável. As cidades de Canaá eram fortificadas e a terra devorava quem vivia nela. Os habitantes eram de estatura gigantesca e, em comparação com eles, os espias pareciam gafanhotos. Quando os israelitas ouviram esse relatório, gritaram em voz alta, choraram e murmuraram contra Moisés e Arão: "Tomara tivéssemos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto! E por que nos traz o Senhor a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não nos seria melhor voltarmos para o Egito?" (Nm 14:2-3). Dois espias, Josué e Calebe, estavam certos de que o Senhor ajudaria os israelitas a conquistar Canaã, mas a opinião dos outros dez espias prevaleceu, levando o Senhor a expressar seu desprazer a Moisés e Arão. Todos os murmuradores com vinte anos de idade ou mais morreriam no deserto. Os israelitas passariam quarenta nos vagando pelo deserto até que toda aquela geração tivesse morrido. Uma tentativa do povo de entrar em Canaà sem a permissão de Moisés redundou em fracasso e os amalequitas e cananeus perseguiram o exército israelita at Horma

A VOLTA A CADES-BARNÉIA
Trinta e oito anos depois os israelitas voltaram a Cades-Barnéia, onde Miriã, a irmã de Moisés, faleceu. Quando a nova geração começou a murmurar devido à falta de água, como seus pais haviam feito, o Senhor disse a Moisés para falar à rocha de modo a produzir água. Exasperado, Moisés feriu a rocha e a água jorrou, mas o Senhor o informou que, por não haver confiado que Deus demonstraria seu poder publicamente, Moisés não entraria na terra prometida."

EDOM NÃO DÁ PASSAGEM A ISRAEL
Ao invés de prosseguir em direção ao norte e lutar contra os povos locais para entrar em Canaã, os israelitas planejaram passar pelas terras a leste do mar Morto e do rio Jordão e entrar em Canaã pelo leste. Para seguir esse caminho teriam de entrar no território dos edomitas, os descendentes de Esaú, o irmão gêmeo de Jacó. Moisés enviou mensageiro pedindo passagem, mas o rei de Edom recusou, obrigando os israelitas a contornarem o território edomita. No monte Hor, Arão, irmão de Moisés, faleceu aos 123 anos de idade.

A DERROTA DE SEOM
Os israelitas atravessaram o vale de Zerede e se dirigiram ao vale do rio Arnom, na frontera com Moabe. Naquela época, grande parte do território moabita era governado por um rei amorreu chamado Seom. Além de recusar passagem aos israelitas, Seom os atacou em Jasa. Os livros de Números e Deuteronòmio no Antigo Testamento tratam dessa campanha e registram os acontecimentos de um ponto de vista claramente israelita, afirmando que Israel ocupou Hesbom, a capital de Scom, e destruiu completamente todas as cidades e habitantes do seu reino.

A DERROTA DE OGUE
Quando Moisés e o povo prosseguiram em direção ao norte, para a terra de Basã, a região a nordeste do mar da Galiléia, Ogue, rei de Basà, que reinava em Astarote, saiu à guerra em Edrei (Der'a) na Síria. Ogue foi derrotado e sessenta das suas cidades fortificadas com grandes muralhas, portas e ferrolhos passaram para as mãos dos israelitas. Mais uma vez 1srael destruiu completamente as cidades e todos os seus habitantes. O livro de Deuteronômio faz uma observação curiosa acerca da cama de Ogue, a qual, na época em que o livro foi escrito, ainda podia ser vista em Rabá dos amonitas, atual Amá. O móvel com 4 m de comprimento é descrito como um "leito de ferro". Uma tradução preferível é "decorado com ferro"; porém, tendo em vista vários sarcofagos de basalto terem sido encontrados em Basâ, outra interpretação sugerida "sarcófago de basalto". As vitórias dos israelitas sobre Seom e Ogue lhes deram um território amplo a leste do Jordão, uma base segura para preparar a campanha militar contra os povos do outro lado do rio Jordão. As tribos de Rúben e Gade e a meia tribo de Manassés receberam a garantia de que poderiam ocupar as terras a leste do Jordão desde que participassem da conquista de Canaá junto com as outras tribos de Israel.

BALAÃO
Em seguida, os israelitas acamparam nas campinas de Moabe (também chamadas de Sitim) defronte a cidade de Jerico, mas separadas dela pelo rio Jordão. Balaque, rei de Moabe, contratou um adivinhador chamado Balaão para proferir maldições contra os israelitas. Os mensageiros do rei foram buscar Balaão em Petor, na terra de Amav, ou seja, no vale de Sajur, entre Alepo e Carquemis, junto ao Eufrates, uma região correspondente, hoje, ao norte da Síria. Na verdade, todos os oráculos de Balaão registrados no livro de Números são bênçãos, e não maldições. Assim, quando se viu incapaz de amaldiçoar os israelitas, Balaão os seduziu ao culto a Baal e à imoralidade sexual com mulheres moabitas. Posteriormente, ele pagaria por isso com a vida." Este adivinhador, conhecido principalmente pelo episódio em que sua jumenta lhe falou, também aparece numa inscrição aramaica escrita em nanquim sobre gesso de Tell Deir Alla (chamada na Bíblia de Sucote) na atual Jordânia, datada de c. 800 a.C.O texto em questão mostra como a fama de Balaão era ampla.

DEUTERONÔMIO
Talvez devido à imoralidade e idolatria dos israelitas nas campinas de Moabe, Moisés considerou necessário repetir a lei à nova geração prestes a entrar na terra prometida. As palavras proferidas pelo líder de Israel nessa ocasião constituem o livro conhecido como Deuteronômio (um termo grego que significa "segunda lei" ou "lei repetida"). A segunda definição ("lei repetida") deve ser preferida, pois o livro é uma reiteração da lei já transmitida, e não uma segunda parte da mesma. A forma básica de Deuteronômio é semelhante à de Êxodo- Levítico. No final do livro, Moisés ensina um cântico ao povo para ajudá-los a lembrar das palavras do Senhor e obedecê-las e abençoa cada uma das doze tribos de Israel.

A MORTE DE MOISÉS
Deus ordenou que Moisés subisse o monte Nebo, defronte de Jerico, e visse a terra prometida. Devido à desobediência do líder de Israel em Cades-Barnéia, Deus não lhe permitiu entrar em Canaã. Do alto do monte Nebo (provavelmente o atual Jebel en-Neba, com 835 m de altura), Moisés pôde ver grande parte da terra prometida estendendo-se mais de 1.000 m abaixo dele, desde o pico branco e brilhante do monte Hermom, ao norte do mar da Galiléia, até Zoar, na extremidade sul do mar Morto. Também deve ter visto as cidades de Jerico, Jerusalém e Belém. No alto deste monte, aos cento e vinte anos de idade, Moisés faleceu inteiramente lúcido. De acordo com o autor do posfácio de Deuteronômio, o Senhor sepultou Moisés em Moabe, no vale defronte de Bete-Peor. "E ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura (…..] Nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, com quem o Senhor houvesse tratado face a face, no tocante a todos os sinais e maravilhas que, por mando do Senhor, fez na terra do Egito, a Faraó, a todos os seus oficiais e a toda a sua terra; e no tocante a todas as obras de sua poderosa mão e aos grandes e terríveis feitos que operou Moisés à vista de todo o Israel" (Dt 34:66-10-12).

A missão dos espias israelitas e a conquista da Transjordânia
A missão dos espias israelitas e a conquista da Transjordânia

OS VIZINHOS DE ISRAEL E JUDÁ

O LEGADO DE DAVI E SALOMÃO
Durante o reinado de Davi, Israel conquistou vários povos vizinhos, mas não todos. Ao norte, Hirão de Tiro e outros reis fenícios governavam uma faixa ao longo da costa do Mediterrâneo correspondente de forma aproximada a atual Líbano. Mais ao sul, também junto ao Mediterrâneo, os filisteus mantiveram sua independência. Do lado leste do rio Jordão e a leste e sul do mar Morto, Davi conquistou Amom, Moabe e Edom. Depois de derrotar Hadadezer de Zobá, Davi parece ter conseguido controlar parte da Síria até o rio Eufrates. Nos anos depois da morte de Salomão, essas regiões readquiriram sua independência.

AMOM
O centro do reino de Amom era a grande cidadela de Rabá- Amom (atual Amã, capital da Jordânia). Os amonitas eram descendentes de Ben-Ami, filho de Ló (sobrinho de Abraão) (com sua filha mais nova) A região a oeste que se estendia até o vale do Jordão entre os ribeiros Jaboque e Arnom era ocupada pelos amorreus.

MOABE
O reino de Moabe se concentrava no planalto entre o ribeiro de Arnom, que corria por um vale de até 500 m de profundidade, e o ribeiro de Zerede, a leste do mar Morto. Sua cidade mais importante era Quir-Haresete, a magnífica fortaleza de Kerak. A região ao norte do rio Arnom era chamada de Misor, ou campinas de Moabe. Os moabitas eram descendentes de Ló com sua filha mais vela. Rute, a bisavó de Davi, era moabita. Moabe era uma região conhecida pela criação de ovinos e, por algum tempo, teve de pagar a Israel um tributo anual de cem mil cordeiros e a lã de cem mil carneiros.

EDOM
Os edomitas eram descendentes de Esaú, o irmão mais velho de Jacó. Ocupavam o território ao sul do mar Morto e a sudeste do ribeiro de Zerede. Essa região montanhosa também era chamada de monte Seir, que significa "peludo", pois era coberta de uma vegetação densa constituída, em sua maior parte, de arbustos. Abrangia a Arabá, ou deserto de Edom, a grande depressão que liga o mar Morto ao mar Vermelho. Sua capital, Sela, pode ser identificada com Petra, a cidade que viria a ser conhecida como a espetacular capital rosada dos árabes nabateus.

A REGIÃO AO SUL DO MAR MORTO
Ao sul de uma linha imaginária entre Gaza e Berseba, estendendo-se para o leste até o sul do mar Morto, fica o deserto de Zim. Essa área extensa que constitui a parte norte do deserto do Sinai apresenta um índice pluviométrico anual inferior a 200 mm e, portanto, não pode ser usada para a agricultura. Judá procurou exercer controle sobre Edom e essa região. Os portos de Eziom-Geber (possivelmente Tell el-Kheleifeh) e Elate no norte do golfo de Ácaba permitiam que Judá tivesse acesso ao mar Vermelho e seu comércio valioso.

OS FILISTEUS
Quatro cidades filistéias, Ecrom, Asdode, Asquelom e Gaza, permaneceram independentes do controle de Israel e Judá. Apenas Gate foi controlada pelo reino de Judá.

O LÍBANO
Os montes da região norte da Galileia são separados das cadeias de montanhas do Líbano ao norte pelo vale profundo do rio Litani que desemboca no Mediterrâneo alguns quilômetros ao norte de Tiro. As montanhas de até 3.088 m de altura que passam cerca da metade do ano cobertas de neve explicam o nome "Líbano", que significa "branco". As coníferas e cedros do Líbano forneciam a madeira de melhor qualidade do Antigo Oriente Próximo, cobiçadas por reis da Mesopotâmia e do Egito, e também por Salomão, que adquiriu dessa região a madeira para o templo do Senhor em Jerusalém. A leste da cadeia de montanhas do Líbano encontra-se o vale de Becá. As montanhas formam uma barreira natural, impedindo que as chuvas cheguem ao vale onde o índice pluviométrico anual não passa de 250 mm. Os rios Orontes e Litani correm, respectivamente, ao longo do norte e do sul do vale para o mar Mediterrâneo. A leste de Becá fica a cadeia de montanhas do Antilíbano, cujo pico mais alto é o do monte Hermom (também chamado de Sirion ou Senir) com 2.814 m de altura. A costa mediterrânea do Libano possui

DO OUTRO LADO DO MAR
Os fenícios da costa do Líbano eram exímios marinheiros. Salomão contratou marujos de Hirão, rei de Tiro, para seus empreendimentos comerciais no mar Vermelho. Os israelitas, por sua vez, eram um povo ligado à terra que mostrava pouco entusiasmo pelo mar, como o salmista deixa claro: "Subiram até aos céus, desceram até aos abismos; no meio destas angústias, desfalecia-lhes a alma. Andaram, e cambalearam como ébrios, e perderam todo tino. Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações" (SI 107:26-28).

A SÍRIA
A leste da cadeia do Antilíbano fica o país chamado hoje de Síria. Este foi o nome que os romanos deram à região, que incluía a Palestina, quando Pompeu a conquistou em 63 .C. e a transformou numa província romana. No tempo do Antigo Testamento, a região ao redor de Damasco e mais ao norte era chamada de Hara. Davi firmou alianças com os reis arameus de Gesur (a leste do mar da Galileia) e Hamate. Conquistou Zoba (ao norte de Damasco), estendendo seu domínio até o rio Eufrates. Damasco recobrou sua independência durante o reinado de Salomão quando um certo Rezom passou a controlar a região. Ben-Hadade II, Hazael e Ben-Hadade IlI, reis posteriores de Damasco, entraram em conflito repetidamente com Israel, o reino do norte.

A LESTE DO JORDÃO
Basã e Gileade, a leste do rio Jordão, faziam parte da terra prometida, e, portanto, não eram vizinhos de Israel. Entretanto, a fim de fornecer uma descrição mais abrangente, devemos tratar dessas terras do outro lado do rio. Nessa região, os ventos frios do deserto que, no inverno, sopram sobre os montes orientais impedem o cultivo de oliveiras e, em alguns lugares, também de vinhas.

Vizinhos de Israel e Judá
Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam. em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.

Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.
Cedros nas montanhas do Líbano.

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Gênesis e as viagens dos patriarcas

Informações no mapa

Carquemis

Alepo

Ebla

Hamate

Tadmor (Palmira)

Hobá

Sídon

Damasco

GRANDE MAR

Tiro

Asterote-Carnaim

Megido

Dotã

Siquém

Sucote

Penuel

Betel

Gileade

Belém

CANAÃ

Gaza

Hebrom

MOABE

Torrente do Egito

Gerar

Berseba

Poço de Reobote

Bozra

Sur

Poço de Beer-Laai-Roi

Gósen

Ramessés

Om

Mênfis

EGITO

Rio Nilo

Cades, En-Mispate

Deserto de Parã

EDOM, SEIR

Temã

Avite

El-Parã (Elate)

Harã

PADÃ-ARÃ

Rio Eufrates

Mari

ASSÍRIA

Nínive

Calá

Assur

Rio Hídequel (Tigre)

MESOPOTÂMIA

ELÃO

Babel (Babilônia)

SINEAR (BABILÔNIA)

CALDEIA

Ereque

Ur

Siquém

Sucote

Maanaim

Penuel, Peniel

Vale do Jaboque

Rio Jordão

Betel, Luz

Ai

Mte. Moriá

Salém (Jerusalém)

Belém, Efrate

Timná

Aczibe

Manre

Hebrom, Quiriate-Arba

Caverna de Macpela

Mar Salgado

Planície de Savé-Quiriataim

Berseba

Vale de Sidim

Neguebe

Zoar, Bela

?Sodoma

?Gomorra

?Admá

?Zeboim


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

MOABE

Atualmente: JORDÂNIA
Planalto a 960 metros de altitude entre os rios Arnon e Zerede.

Moabe ou Moab (hebraico מוֹאָב ou Moʾav; grego Μωάβ; assírio Mu'aba, Ma'ba, Ma'ab; egípcio Mu'ab) é o nome histórico de uma faixa de terra montanhosa no que é atualmente a Jordânia, ao longo da margem oriental do Mar Morto. Na Idade Antiga, pertencia ao Reino dos Moabitas, um povo que estava frequentemente em conflito com os seus vizinhos israelitas a oeste. Os moabitas são um povo histórico, cuja existência é atestada por diversas descobertas arqueológicas, em especial a Estela de Mesa, que descreve a vitória moabita sobre um filho (não identificado) do rei Onri de Israel . Sua capital foi Dibom, localizada próxima a moderna cidade Jordaniana de Dhiban.

A etimologia da palavra é incerta. A interpretação mais antiga é encontrada na Septuaginta que explica o nome, em alusão óbvia à descrição da ascendência de Moabe, como ἐκ τοῦ πατρός μου. Outras etimologias que têm sido propostas a consideram como uma decomposição de "semente de um Pai", ou como uma forma particípia de "desejar", conotando assim "a desejável (terra)". Rashi explica que a palavra Mo'ab significa "do Pai", já que "ab" em Hebreu, Árabe e nas demais línguas semíticas significa Pai (Deus). Ele escreveu que como um resultado da imodéstia do nome de Moab, Deus não ordenou aos Judeus que se abstivessem de produzir aflição sobre os Moabitas de modo o qual Ele fez em respeito aos Amonitas. Fritz Hommel considera "Moab" como uma abreviação de "Immo-ab" = "sua mãe é seu pai".

Abelsatim é uma famosa planície onde os hebreus se detiveram para chorar a morte de Moisés.

Mapa Bíblico de MOABE



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Rute Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
SEÇÃO II

RUTE 5AI APANHAR ESPIGAS JUNTO AOS SEGADORES

Rute 2:1-23

  1. RUTE ENCONTRA BOAZ, 2:1-7

Na busca de um meio de sobreviver, Rute vai para os campos recolher aquilo que os segadores deixavam para trás, um privilégio concedido aos pobres pela lei (cf. Dt 24:19-21). O termo espigas (2) pode se referir a trigo, cevada ou grãos de qualquer tipo e não apenas ao milho que encontramos nas três américas. Caiu-lhe em sorte (3) ou "por casualidade" (ARA) ir para o campo de um parente de Elimeleque, um homem de posses chamado Boaz, o que certamente foi uma questão de providencial orientação. 1

O próprio Boaz foi verificar o progresso de sua plantação naquele dia. Ao cumpri-mentar os segadores com a tradicional saudação judaica: O Senhor seja convosco (4), ele percebeu a presença da viúva moabita que trabalhava nas proximidades. Ao ser in-formado de sua identidade e da diligência com que trabalhava, ele se aproximou dela para conversar. A não ser um pouco que esteve sentada em casa (7) dá a idéia de que ela trabalhou praticamente o dia inteiro, a não ser por uns poucos momentos de ausência. O mesmo termo é usado em Deuteronômio 23:13.

  1. BOAZ CONVERSA COM RUTE 2:8-13

Boaz conversou com Rute e a instruiu para que ficasse perto das moças cujo traba-lho era juntar o feixe de espigas depois de os segadores terem tirado os grãos. A expres-são: não ouves, filha minha? (8) sugere que Boaz era mais velho que Rute. Ele ordena-ra aos rapazes que não a molestassem. Ela recebeu permissão para beber água dos vasos trazidos pelos próprios servos de Boaz.

Quando Rute expressou sua surpresa por ser tratada tão generosamente, apesar de sua condição de estrangeira, Boaz respondeu que ele já fora informado da bondade com que Rute tratara sua sogra Noemi desde a morte de seu marido e que, naquele momento, ela deixara seus pais e sua terra natal para habitar entre estrangeiros. Lealdade e fé religiosa sincera são companheiras de toda pessoa de bom raciocínio. O Senhor galardoe o teu feito, disse Boaz, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar (12) — outra indicação do caráter religioso da grande escolha de Rute (cf.comentário de 1.16,17). Ela se tornou uma prosélita judaica.

  1. RUTE COME COM BOAZ, 2:14-16

Na hora da refeição do meio do dia, Rute foi convidada por Boaz para comer com ele e seus segadores. A refeição consistiu de trigo tostado e pão molhado no vinagre (14), que pode ter sido vinho amargo ou vinagre de vinho. Levantando-se ela a colher (15) indica que Rute deixou o grupo e voltou à sua tarefa antes de os trabalhadores retornarem ao trabalho. Então Boaz instruiu seus servos para que favorecessem Rute e não fizessem algo que a embaraçasse.

  1. UM PARENTE DE SANGUE, 2:17-23

O resultado do trabalho do primeiro dia de Rute foi quase um efa de cevada, ou dez ômeres (Êx 16:36), cerca de 18 litros de grãos. Quando Rute falou com sua sogra sobre os eventos daquele dia e relatou a bondade de Boaz, Noemi deixou clara sua apre-ciação pela estima daquele homem. Bendito seja do Senhor, que ainda não tem deixado a sua beneficência nem para com os vivos nem para com os mortos (20). Beneficência é a tradução da palavra hebraica chesed, também traduzida como "lealdade", "misericórdia", "benignidade" ou "bondade". Ela dá a idéia de fazer mais do que se é exigido pela lei, princípio comunicado pela palavra "graça" no Novo Testamento. Este homem é nosso parente chegado e um dentre os nossos remidor. es (20) indica que Boaz não era o parente mais próximo. Este parente mais próximo (heb. goel) tinha o direito de resgatar um campo que fora vendido (Lv 25:25). Era sua tarefa vingar o sangue derramado (Nm 35:19) e casar-se com a viúva de um irmão falecido (Dt 25:5-10). Boaz não tinha esses direitos e obrigações, mas era o próximo na linhagem. É possí-vel que o termo hebraico possa ser traduzido como "ele é o próximo depois do nosso goel". O termo goel significa basicamente "remidor" ou "protetor, vindicante" (19:25). 2

Noemi insistiu para que sua nora ficasse com as servas de Boaz durante toda a colheita da cevada e do trigo. Para que noutro campo não te encontrem (22) tam-bém pode ter o sentido de "para que em outro campo nenhum homem te moleste". O termo traduzido como encontrem é freqüentemente usado com a idéia de lançar-se com intenção de ferir.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Rute Capítulo 2 do versículo 1 até o 7

Encontro de Rute e Boaz (Rt 2:1-23)

Rute Começa a Colher (Rt 2:1-7)

Rute, em Israel, era agora uma convertida à fé dos hebreus (vs. 12), uma parte necessária do desdobramento do propósito divino que nela estava operando. Os moabitas eram excluídos da congregação de Israel (ver Dt 23:3); mas a graça divina operou através do yahwismo, e assim a história de Rute se tornou possível. Neste ponto é apresentado Boaz, um abastado agricultor judaíta. Ver o artigo detalhado sobre ele, no Dicionário. Ele era aparentado de Noemi e do falecido marido dela, pelo que estava em posição de redimir Rute, casar-se com ela e gerar filhos que seriam considerados de seu parente, Elimeleque. Dai foi que surgiram tanto Davi, o rei, quanto o Rei dos Reis, o Messias, porquanto Rute entrou tanto na linhagem real quanto na linhagem divina.

Rt 2:1-7

Tinha Noemi um parente de seu marido. Convém fazer a exposição deste versículo falando sobre os fatos que ele contém:

1. Parente. No hebraico, moda. Uma palavra usada somente aqui, embora da mesma raiz que significa irmã, em Rt 3:2 e Pv 7:4. A palavra hebraica relacionada, meyudda, uma possível vocalização da palavra usada neste texto, é um vocábulo de sentido muito amplo, podendo indicar qualquer tipo de parentesco, ou mesmo amizade íntima (ver 2Rs 10:11; Sl 31:11). No presente texto, entretanto, é requerido o sentido de parente de sangue, porquanto não poderia existir o tema central de todo o drama, a história da redenção.

2. O parente de Noemi era um homem poderoso, um abastado agricultor. A descrição utilizada pode referir-se a poder militar. Talvez Boaz tivesse a sua própria milícia, a fim de proteger seus bens. Desse modo, Boaz tinha a capacidade de redimir, e isso muito mais do que o necessário, o que o tornava um tipo de Cristo, o Redentor, Rute, por sua vez, é um tipo da Igreja, a redimida, cuja redenção resulta em abundância de bênçãos.

3. Boaz, o parente rico e poderoso, também era honrado, homem de boa reputação, generoso e sensível para com as necessidades alheias. O idioma hebraico posterior dava esse sentido de honroso ao adjetivo poderoso. Os Targuns dizem: “poderoso na lei”, espiritualizando assim o texto; mas não é isso que as palavras significam. As tradições judaicas indicam que Boaz foi Ibzã, um dos juizes de Israel (ver Jz 1:2,Jz 1:8), mas isso é extremamente fantasioso.

Alguns estudiosos pensam que o pai de Boaz era irmão de Elimeleque. E também outros estudiosos imaginam outros graus de parentesco; mas tudo não passa de conjectura. O artigo sobre Boaz fornece aquilo que pode ser dito sobre a sua linhagem. Ver Rt 4:18 ss.

Rt 2:2

Apanharei espigas. No hebraico, temos um verbo geral que indica “apanhar”, “colher”; é usado para juntar pedras, em Gn 31:46; ou dinheiro, em Gn 47:14. Mas quando o termo é aplicado a grãos e frutos, então o verbo assume um sentido técnico de “respigar”, uma atividade permitida aos pobres, cujo único sustento dependia dessa “lei da respiga”. Ver Deu. 24:19-21 quanto ao primeiro incidente bíblico dessa lei. Quando da colheita, os colhedores deixavam proposi-tadamente alguns grãos; e algumas frutas eram deixadas nas árvores frutíferas, com o propósito específico de permitir que os pobres viessem, terminada a colheita, a fim de respigarem o que fosse deixado. Indivíduos mesquinhos pouco deixavam para ser respigado pelos pobres, o que era contra a lei da generosidade que tinha inspirado a prática. Ver Is 17:5,Is 17:6 quanto à queixa do profeta contra a mesquinharia. Rute, reduzida a uma abjeta pobreza, respigava a fim de poder sobreviver, O relato antecipa o grande resultado final desse ato ao referir-se a Boaz, o homem rico cujos grãos ela foi respigar. Com a passagem dos dias, Boaz prestaria atenção nela e a favoreceria.

... me favorecer. Alguns estudiosos pensam que essa idéia de faw3vorecimento estava ligada à noção de ter o bastante para comer. Os proprietários de terras que eram generosos deixavam nada menos que a quarta parte de seu grão plantado para uso dos pobres. Isso ia além das exigências da lei no tocante à prática, e constituía uma obra de caridade. Porém, parece que o favor que Rute estava esperando ia além da questão da respiga. Com sua capacidade de intuição, ela sabia que algum grande acontecimento estava prestes a ocorrer, e ela precisava estar no lugar certo e no tempo certo.

Noemi, que antes, por ignorância, tinha procurado impedir o propósito divino, ao desencorajar Rute de vir com ela a Belém da Judéia, agora cooperava plenamente, dando ‘a nora o consentimento para respigar a cevada. Esse pequeno informe revela-nos que uma sogra exercia autoridade sobre uma nora mesmo depois da morte do marido. Ou então Rute estava somente sendo cortês, permitindo que a sua sogra exercesse certo controle sobre a sua vida.
Outra lição que podemos aproveitar deste versículo é que Rute, que antes tinha conhecido certa abastança material, agora, em sua carência, não se envergonhava de trabalhar para poder sobreviver. Ela não se manteve orgulhosa por ter sido antes uma pessoa abastada. Agora desempenhava, graciosamente, o seu novo papel de dama pobre.

Rt 2:3
Ela se foi. Este versículo é encorajador para todos quantos olham para Deus, esperando Dele suprimento e orientação. Rute teve a “boa sorte” de acabar respigando no campo de Boaz. A verdade, porém, é que esse detalhe, embora pequeno mas “necessário”, foi arranjado pela providência de Deus. Nada acontece por mero acaso. Ela poderia ter entrado no campo de outro proprietário, que não fosse parente de Noemi, e que fosse um homem de mão fechada. Mas, embora pudesse, não o fez, porquanto em todo aquele incidente havia o propósito divino. O fato é que ela precisava ir respigar no campo de Boaz, e assim seguir ao longo do fluxo do poder divino. Oh, Senhor, concede-nos tal graça! “Embora para ela possa ter parecido mera acaso, ou aquilo que algumas pessoas chamam de boa sorte, tudo sucedeu em harmonia com o propósito, a providência e a direção de Deus, que ela tenha ido trabalhar após os colhedores naquela parte do campo que pertencia a Boaz, um parente próximo de seu falecido sogro” (John Gill, in loc.).

Shaddai. O Deus Todo-suficiente, que dá generosamente a todos, estava assim começando a fazer reverter as circunstâncias adversas que tinham reduzido Noemi a Rute a quase nada. Ver o vs. 20 quanto a notas sobre esse nome divino.

De conformidade com uma estrita teologia da época, que era deficiente quanto a causas secundárias (ver os versículos 13:20 deste capítulo), “por casualidade” era a mesma coisa que “providencialmente”.

Rt 2:4,Rt 2:5
De quem é esta moça? O
poder divino tinha arranjado o passo seguinte. Como é óbvio, Boaz precisava encontrar-se com Rute. E quando ele veio inspecionar como estava indo a colheita, acabou ficando impressionado pela bela jovem que respigar grãos em sua propriedade. Por certo ela não se parecia com alguma pobre mulher que tinha doze crianças para alimentar, envelhecida prematuramente, já ficando corcunda, com um olhar de desamparo no rosto. De fato, ela parecia estar gostando de estar respigando o grão, mais parecendo com uma dona de casa que de nada precisava e exercia autoridade sobre os colhedores, em lugar de esperar pela misericórdia ajudadora deles. Houve saudações formais entre Boaz e seus trabalhadores (“Yahweh seja convoscoi”). Mas os olhos de Boaz acabaram fixando-se em Rute. Ela era uma jovem de ótima aparência e parecia inteiramente deslocada. O que ela estaria fazendo ali, a respigar? E quem seria ela. Boaz, que quase não podia acreditar no que seus olhos lhe mostravam, imediatamente buscou informações sobre ela. O oitavo versículo mostra que ele fez arranjos imediatos para não perder a jovem. Ele queria continuar de olho nela, vendo o que sucedería em toda aquela questão curiosa.

Rt 2:6,Rt 2:7

Esta é a moça moabita. Assim respondeu o capataz dos colhedores, que vinha vigiando para que fizessem um trabalho a contento. Ele também tinha prestado atenção em Rute. Chegara mesmo a fazer-lhe perguntas e estava bem informado sobre ela; assim foi capaz de dizer a Boaz o que ele queria saber. E Boaz ficou sabendo que ela era uma jovem moabita (isso era ruim!), mas também que era nora de Noemi (isso era bom!). Porém bastou um olhar de Boaz em Rute para ele compreender que, naquela situação, havia mais pontos positivos do que negativos. Como estrangeira, ela não tinha o direito de respigar; mas ela havia pedido ao capataz, sem dúvida apelando para sua relação com Noemi, como reforço.
Alguns estudiosos pensam que o versículo sétimo pertence ao versículo oitavo, fazendo com que as palavras ditas a Boaz tenham sido ditas por Rute. Mas o mais provável é que o sétimo versículo mostra que o capataz continuava falando, agora transmitindo a Boaz o que Rute havia dito a ele, capataz. Podemos imaginar que o capataz tenha perguntado: “Jovem, você não tem o direito de respigar aqui. Uma pessoa estrangeira não tem esse privilégio”. Mas ela deve ter respondido: “Sou nora de Noemi”. E essa informação lhe dera esse direito porque, afinal, o que ela respigasse iria para Noemi.
Na choça. Não na casa onde agora Noemi estava residindo, mas na palhoça que havia no campo. Rute não ia e voltava até a casa de Noemi, mas mantinha-se ocupada no seu mister de respigar, tendo começado cedo e continuando ali até tarde. Ela estava guardando um bom suprimento de grãos, e nisso demonstrava extraordinária diligência. A Septuaginta e a Vulgata adicionam que Rute “não havia tomado nenhum descanso”, mas isso já é um exagero. Ocasionalmente ela ia até a choça, a fim de descansar e refrescar-se, devido ao sol escaldante. Os Targuns dizem que ela começou “antes do amanhecer”, outro toque para enfatizar a diligência de Rute. Seja como for, essa diligência tinha chamado a atenção de todos, impressionando assim tanto o capataz dos colhedores quanto o próprio Boaz.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Rute Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
*

2.1-23 O capítulo dois apresenta a última personagem principal, Boaz, e o tema principal: o do parente chegado, ou redentor, que tem certas responsabilidades para com a família e os bens de um parente que morre (2.20, nota). O narrador, sabendo o que está para acontecer, só dá uma leve indicação quando descreve Boaz como “um parente” no v. 1. Somente depois de a bondade natural de Boaz, e o charme natural de Rute, terem exercido o seu efeito, é que Noemi revela a chave à história inteira: Boaz “é nosso parente chegado” (2.20 com referência lateral). Mesmo então, nenhuma reivindicação é feita, não há apelo aos costumes. Os eventos devem esperar o seu devido curso, enquanto Noemi traça planos, Rute serve em silêncio, e Boaz termina a colheita. Deus, no entanto, já tinha provido a solução mediante a lei (Lv 25).

* 2.1 parente. Ou “amigo.” O texto hebraico deixa sem definição a situação técnica de Boaz, mas a história se desdobra como se ele fosse o “parente redentor” descrito em Lv 25:25, cuja responsabilidade se relaciona primariamente, mas não exclusivamente, com os bens de um parente empobrecido (1.11; 2.20 e notas). Posteriormente (p.ex., 2.20; 3.9), Boaz será identificado como um “resgatador”, mas, por enquanto, é apresentado somente para preparar o leitor para as circunstâncias que colocam Rute no seu campo.

senhor de muitos bens. A expressão em hebraico usualmente significa um notável guerreiro, mas aqui significa uma pessoa poderosa e importante na sociedade.

* 2:2

Deixa-me ir ao campo. À primeira vista, a iniciativa de Rute é simplesmente manter ela e Noemi com vida, segundo um costume codificado em Levítico (19.9-10; 23,22) e Deuteronômio (24.19). Sendo pessoas pobres, Rute e Noemi receberiam alguma ajuda, mas muito mais está para vir a elas. Um indício dessa provisão é oferecido no triste pedido de Rute de apanhar espigas “atrás daquele que mo favorecer.”

* 2:3

por casualidade entrou. Parece que chegou por coincidência ao campo do seu parente, porém Deus está dirigindo os eventos.

* 2:4

Eis que. A chegada de Boaz satisfaz as expectativas levantadas nos vs. 1-3.

* 2.6, 7

A resposta do servo estabelece o caráter de Rute. Ela é fiel, tendo vindo ainda jovem a um país estrangeiro por amor à sua parenta. É modesta, pois pediu permissão por algo que podia ter sido considerado seu direito. É trabalhadeira, tendo ficado ocupada desde a manhã.

* 2:7

entre as gavelas. O pedido de Rute parece não ir além daquilo que era seu direito como viúva (Dt 24:19-21). Mas a resposta de Boaz acabará indo muito além da exigência legal (v. 15).

desde pela manhã até agora está aqui. Entende-se usualmente que ela tinha trabalhado durante a manhã inteira, mas é possível que estivesse esperando que seu pedido fosse concedido pelo dono do campo. É mais provável que se refira ao trabalho, posto que interrompeu sua manhã com uma pausa na choça.

* 2.8-12 Os eventos se desdobram rapidamente quando Boaz concede o pedido e oferece a ela proteção e sustento (vs. 8-9). Rute reconhece seu favor a ela, uma “estrangeira” sem merecimentos (v. 10). É somente então (vs. 11-12) é que a narrativa oferece algum indício da operação providencial de Deus. Boaz já ficara sabendo que Rute não é nenhuma estrangeira comum. Ela buscara “refúgio” sob as “asas” do Senhor, e dele receberá sua “recompensa” (v. 12). A lealdade de Rute a Deus, embora ela fosse estrangeira, virá a ser um elemento essencial no grande plano divino da redenção. O plano será levado a efeito através de Davi, o rei segundo a aliança, e de Cristo, o maior filho de Davi. A recompensa da fé que Rute possuia transcende, em muito, a ocasião e circunstâncias locais.

* 2.14-16 A permissão de Boaz é claramente além do usual.

* 2:14

vinho. Era um tipo de vinagre, azedo porém refrescante para beber ou para molhar o pão (conforme Nm 6:3).

* 2:17

debulhou... quase um efa. Debulhar os grãos separava as sementes das cascas e da palha. Um efa pesava cerca de 17,6 kg., uma quantidade considerada grande para alguém apanhar.

* 2:18

o que lhe sobejara depois de fartar-se. O que reservara da sua refeição do meio-dia (v. 14).

* 2.20 que ainda não tem deixado a sua benevolência. O amor de Deus é fiel, e ele não se esquecerá daqueles que ama. As bênçãos que ele prometeu passarão de Boaz para Rute e para Noemi e, finalmente, a todos os eleitos.

nosso parente chegado. Ver referência lateral, e a Introdução: Dificuldades de Interpretação. A lei da redenção agora surge na trama. Segundo essa lei, o parente masculino consangüíneo mais próximo tinha o dever de preservar o nome e os bens da família. Esse dever podia envolver: (a) vingar a morte de um membro da família (Nm 35:19-21); (b) comprar de volta bens da família que tinham sido vendidos para pagar dívidas (Lv 25:25); (c) comprar de volta um parente que tiver se vendido à escravidão a fim de pagar dívidas (Lv 25:47-49); e (d) casar-se com a viúva de um parente falecido (Dt 25:5-10). Segundo parece, esses deveres podiam ser renunciados ou recusados sob determinadas circunstâncias (conforme Rt 3:12; 4.1-8). Boaz era um destes “parentes chegados” (ou “resgatadores”) para Rute, e esse fato passa a determinar o curso dos eventos (ver 1.11; 2.1 e notas). O destino de Rute ocorrerá conforme a lei, diferentemente da ancestral dela, a filha de Ló, que cometeu incesto (Gn 19:30-38).

*

2:23

até que a sega... se acabou. Esse período de dois meses prepara o palco para o incidente na eira (cap. 3).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Rute Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
2:2 Quando o trigo e a cevada estavam preparados para a ceifa, contratavam-se colhedores para cortar e atar as espigas em molhos. A Lei israelita estabelecia que não se segasse até o último rincão dos campos. Além disso, qualquer espiga que caísse devia deixar-se para que a gente pobre o recolhesse (a isto lhe chamava espigar) e usasse para comer (Lv 19:9; Lv 23:22; Dt 24:19). O propósito desta lei era alimentar aos pobres e impedir que os donos o monopolizassem. Esta lei servia como uma espécie de programa de bem-estar social no Israel. devido a que era uma viúva sem médios para manter-se sozinha, Rut foi aos campos a espigar.

2.2, 3 Rut fez sua uma terra estranha. Em lugar de depender do Noemí ou esperar a que chegasse a boa fortuna, tomou a iniciativa. foi trabalhar. Não teve medo de admitir sua necessidade nem de trabalhar duro para satisfazê-la. Quando Rut saiu aos campos, Deus proveu para ela. Se você estiver à espera da provisão divina, considere isto: Possivelmente O esteja esperando que dê o primeiro passo para demonstrar quão importante é sua necessidade.

2:7 A tarefa, embora humilde, exaustiva e possivelmente vil, Rut a levou a cabo com fidelidade. Qual é sua atitude quando a tarefa que se o encomenda não está à altura de seu verdadeiro potencial? A tarefa que tem à mão talvez seja tudo o que pode fazer, ou talvez seja o trabalho que Deus quer que faça. Ou, como no caso do Rut, pode ser uma prova de seu caráter que abra novas portas de oportunidade.

2.10-12 A vida do Rut mostrou qualidades admiráveis: trabalhava duro, era amorosa, bondosa, fiel e valente. Estas qualidades lhe permitiram ganhar uma boa reputação, mas solo porque as ostentou constantemente em todos os aspectos de sua vida. A em qualquer lugar que ia ou algo que fazia, o caráter do Rut era o mesmo.

Sua reputação se forma pela gente que o observa em seu trabalho, em sua cidade, em sua casa, em sua igreja. Uma boa reputação surge ao viver sempre com as qualidades nas que crie, sem importar que tipo de gente ou ambiente o rodeie.

2.15, 16 Os personagens do livro do Rut são exemplos clássicos de gente boa em ação. Booz foi mais à frente do propósito da lei da ceifa ao demonstrar sua bondade e generosidade. Não só permitiu que Rut espigasse em seu campo, mas sim além disso disse a seus trabalhadores que deixassem cair a propósito um pouco de espigas no caminho. De sua abundância, ajudou ao necessitado. Com quanta freqüência vai você além dos patrões aceitos para ajudar aos necessitados?

2:19, 20 Noemí se sentiu amargurada (1.20, 21), mas sua fé em Deus ainda seguia viva e o elogiou pela amabilidade do Booz para o Rut. Em suas angústias, seguia confiando em Deus e reconhecendo sua bondade. Podemos nos sentir amargurados por alguma situação, mas nunca devemos nos desesperar. Hoje é sempre uma nova oportunidade para experimentar o cuidado de Deus. (se desejar mais informação sobre o parente redentor, veja-a nota a 3:1-9.)

2:20 Embora possivelmente Rut não reconheceu sempre a direção de Deus, O estava a seu lado em cada passado do caminho. foi espigar e "precisamente ocorreu" que chegou ao campo do Booz que "precisamente resultou" ser um parente próximo. Isto foi algo mais que uma simples coincidência. Enquanto realiza suas tarefas diárias, Deus obra em sua vida em formas que nem sequer você nota. Não devemos fechar a porta ao que Deus pode fazer. Para o crente, as coisas não ocorrem por sorte nem coincidência. Temos fé em que Deus dirige nossas vidas para seu propósito.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Rute Capítulo 2 do versículo 1 até o 23

III. RUTE DE campo de Boaz (Rt 2:1)

1 E tinha Noemi um parente de seu marido, um homem poderoso e rico, da família de Elimeleque; e seu nome era Boaz. 2 Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo a apanhar entre as espigas atrás daquele em cujos olhos eu achar graça. E ela disse-lhe: Vai, minha filha. 3 E ela foi, e veio, e recolhidos no campo após os segadores: e seu hap era acender na parte do campo de Boaz, que era da família de Elimeleque .4 E eis que Boaz veio de Belém, e disse aos segadores: O Senhor esteja convosco. Responderam-lhe eles: O Senhor te abençoe. 5 Então disse Boaz ao moço que estava posto sobre os segadores: De quem é esta moça? 6 E o moço que estava posto sobre os segadores respondeu e disse: É a moça moabita que voltou com Naomi para fora do país de Moab: 7 e ela disse: Deixa-me recolher, peço-vos, e reunir após os segadores entre os molhos. Então ela veio, e tem continuado até mesmo desde a manhã até agora, a ressalva de que ela demorou um pouco em casa.

Rute voluntariamente saiu para procurar trabalho. Sendo um estranho, ela mal sabia por onde começar sua busca. E seu hap era acender na parte do campo de Boaz, que era da família de Elimeleque (v.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Rute Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
  1. O serviço de Rute (2)

A colheita da cevada era em abril, e Rute entra na colheita como uma apanhadora pobre; veja Deutero- nômio 24:19-22 e Levítico 19:9ss. Observe a dedicação e a determina-ção dela: "Deixa-me ir ao campo" (v. 2); "Deixa-me rebuscar espigas e ajuntá-las" (v. 7); "Tu me favoreces" (v. 13). Deus orienta-a na escolha do campo a fim de que ela fique face a face com o homem que o Senhor escolheu para resgatá-la e casar-se com ela! "Estando no caminho, o Senhor me guiou" (Gn 24:27). Deus não abençoa nem orienta pessoas preguiçosas. Os que fazem a tare-fa que têm à mão encontram sua orientação. Boaz protege Rute e provê para ela muito antes de casar- se com essa moabita, um retrato perfeito de nosso Senhor. Tudo isso vem da graça de Deus (v. 2): favo- recimento (v. 13) e benevolência (v.

  1. . É bom ver Noemi perder sua amargura. Deus estava usando a gentia Rute para restituir Noemi a sua bênção de novo, da mesma for-ma que ele está salvando os gentios hoje e, um dia, restituirá Israel a seu lugar de bênção.

Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Rute Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
2.1 Senhor de muitos bens. A mesma frase é, muitas vezes, no original, traduzida por "Homem valente" (e.g., Jz 11:1).

2.2 Apanharei espigas. Pouquíssimas oportunidades de ganhar a vida se ofereciam às viúvas pobres no antigo Oriente. Em Lv 19:9; 23:22; Dt 24:19, Deus mandou que a provisão fosse feita por elas mesmas apanhando espigas.

2.4 O Senhor seja convosco! Provavelmente, esta frase e a reposta de Rute eram saudações, mas não se encontram em outro lugar da Bíblia.

2.5 De quem é esta moça? No oriente, a moça pertencia ao pai, ao marido, ao irmão ou a um mestre se fosse escrava.

2.11 Deixaste... Lembra ao patriarca Abraão que, igualmente, abandonara a sua terra e sua família para se estabelecer em terra alheia.

2.14 Achega-te. O sentido da palavra hebraica é incerto. A Septuaginta traduz por "amontoar", significado aceito por vários comentaristas.

2.15 Gavelas. Provavelmente seriam os molhos, ainda não amarrados.

2.17 Efa. Comportava c. 16 litros, ótimo resultado do trabalho de apenas um dia no rebuscar espigas. • N. Hom. Justiça Social - a Atitude Bíblica:
1) É responsabilidade individual e não somente de governos (conforme Jc 1:27);
2) Sua fonte é o amor de Deus, sendo que o cuidado ao desamparado é reconhecido como uma recompensa vinda do Senhor (12), e não obra meritória do homem;
3) Deve atingir o homem como uma totalidade, não se limitando às necessidades do corpo, mas cuida antes de ampliar suas relações com Deus (12b; conforme Mt 4:4; Sl 91:1).

2.19 Aquele que te acolheu. Noemi achou que era impossível apanhar um efa de cevada sem manifestação generosa do proprietário do campo, onde Rute rebuscara as espigas.

2.20 Bendito seja ele do Senhor, refere-se claramente a Boaz. A frase seguinte também pode reportar-se a Boaz; o mais provável, no entanto, é que fale do Senhor, que age por seu intermédio. Um dentre os nossos resgatadores. Lit. "Ele é um de nossos goelim" (cf. Nu 35:19). A responsabilidade do goel ("parente resgatador") era:
1) Evitar a alienação das terras que faziam parte da herança familiar (Lv 25:23-25), por meio do resgate;
2) Suscitar filhos para dar continuação ao nome de um parente que viesse a morrer sem deixar filhos, casando-se com a viúva. Era necessário obedecer à ordem do parentesco: irmão, tio, primo, etc. (Lv 25:48s).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Rute Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
II. RUTE ENCONTRA BOAZ (2:1-23)

1) Rute faz a respiga nos campos de Boaz (2:1-7)
v. 1. Boaz, apresentado como um parente de Elimeleque, é descrito como um homem rico e influente, hebraico ’ish gibbôr hayil, geralmente traduzido por “homem de valor” (conforme 3.11, “mulher virtuosa” com referência a Rute). Os dois fatos são significativos, porque Boaz, que significa “força” (v. lRs 7.21), era legal e financeiramente apto para assumir a responsabilidade de gõ’êl, “parente próximo” (v. 3.2). v. 2. Rute, consciente dos direitos legais dos pobres de colher os cereais que eram deixados pelos ceifeiros, se dispôs a recolher espigas que eram deixadas. Os ceifeiros eram proibidos de colher os cereais totalmente até a divisa das suas terras, nem podiam passar segunda vez pelos campos (Lv 19:9; 23:22; Dt 24:19). v. 3. Casualmente Rute veio a um campo que pertencia a Boaz. Pelo que sabemos, foi por acaso, mas Deus é soberano: um fato que não é declarado mas sugerido em todo lugar. v. 4. Pode-se ver algo do caráter de Boaz na forma em que ele saúda os seus empregados, v. 5. Boaz pergunta ao capataz: A quem pertence aquela moça? (Não “quem é?”). v. 6. O capataz disse: E uma moa-bita que voltou de Moabe com Noemi. v. 7. Ele continuou dizendo que ela havia pedido permissão para respigar e que havia trabalhado o dia inteiro, tendo tirado só um breve período para descanso. O hebraico dessa frase é incerto; lit. “esse seu sentar na casa por um pouco”.


2) Boaz oferece proteção e demonstra bondade (2:8-16)
v. 8,9. Ao saber da lealdade de Rute para com Noemi e o Senhor e consciente da possibilidade de ela ser molestada ou expulsa do campo, Boaz demonstra preocupação por ela e a aconselha a recolher junto com as suas moças e beber da água — provavelmente, embora Joüon ache que seja vinho — tirada pelos seus homens, e lhe informa que instruiu os seus homens para que não lhe façam mal. v. 10. Rute inclinou-se até o chão, um ato que simbolizava humilde gratidão. A sua pergunta contém palavras cognatas em hebraico, talvez um jogo de palavras, que se perde com a tradução: “Por que o senhor notou a minha presença se não sou digna de ser notadaV'. v. 11. Boaz respondeu que sabia da sua atitude para com Noemi e sua religião, pois deixara a sua parentela e se confiara a um povo desconhecido. O uso do infinitivo absoluto justifica o uso de tudo. v. 12. Boaz dá uma bênção, sendo significativo o fato de que ele usa o nome Senhor (heb. Yahweh), o Deus que é leal à aliança, asas: uma imagem comum para se referir à presença protetora de Deus (conforme Sl 91:4; Sl 17:8; Sl 36:7). v. 13. A resposta de Rute é o equivalente a “Obrigado, senhor”. Ao usar uma expressão idiomática hebraica, “falar ao coração”, que é traduzida por encorajou a sua serva, ela se chama de siphâh, serva, mais humilde do que ’ãmâh (conforme 3.9). v. 14. Boaz convida Rute a se juntar ao seu grupo na hora da refeição e demonstra favor especial por ela ao lhe oferecer grãos tostados. v. 15,16. Boaz instrui os seus ceifeiros a permitir que ela recolha entre os feixes, em vez de ir atrás dos ceifeiros, e que até deixem cair algumas espigas para ela.


3) Rute volta para Noemi (2:17-23)

v:17-19. Rute trabalhou até o entardecer, depois debulhou as espigas de cevada e descobriu que havia recolhido uma arroba, equivalente a mais ou menos 22 litros. Isso, mais o que havia sobrado da refeição ao meio-dia, ela levou para Noemi, que lhe perguntou onde ela havia respigado. Ao perceber pelo volume que alguém havia sido especialmente útil, Noemi acrescentou: Bendito seja aquele que se importou com você. Rute contou-lhe que tinha sido Boaz. v. 20. Noemi então pede a bênção do Senhor sobre Boaz e fala que o Senhor não deixou de ser leal e bondoso com os vivos (Noemi) e com os mortos (Elimeleque, Malom e Quiliom); com isso, ela quis dizer que o Senhor havia cumprido a sua promessa da aliança que era seu hesed (“amor leal”). Noemi contou que Boaz era o seu parente próximo, v. 21,22. Rute lhe contou acerca da orientação de Boaz de ficar com os ceifeiros dele até que terminassem a colheita, e Noemi concordou em que assim fizesse, pois Noutra lavoura poderiam molestá-la. (O verbo pãga‘ não significa necessariamente “molestar”; BJ: “não te maltratarão”.) v. 23. Rute fez assim durante as colheitas de cevada e de trigo, i.e., abril e maio. (Conforme NBD, “Agricultura” e “Calendário”).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Rute Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
IV. UM BOM AMIGO. Rt 2:1-8). Que era da geração (3). O vocábulo original mishpachah para indicar "parente" é bem diverso do que encontramos em Rt 2:1 e Rt 3:2, e sem paralelo no livro, quando se pretende indicar um familiar, sujeito à lei de Moisés. O Senhor seja convosco... o Senhor te abençoe (4). Saudação e resposta habituais nesse tempo. Cfr. Sl 129:8. De quem é esta moça? (5). É possível que algo de estrangeiro no aspecto ou no vestuário de Rute atraísse a atenção de Boaz. Assim ela veio... até agora (7). Depois de trabalho extenuante durante todo o dia, só agora lhe era dado repousar um pouco. Filha minha (8). Este vocativo carinhoso dá a entender que Boaz já não era um jovem, como poderia supor-se. Não lhe era difícil conversar com uma moabita, dada a pequena diferença entre as duas línguas, como o provam inscrições na Pedra de Mesa (890 A.C.). Cfr. 2Rs 3:5 e segs. Aqui te ajuntarás (8). O verbo é o mesmo que aparece em Rt 1:14 com o sentido de "apegar-se". As minhas moças (8), isto é, as mulheres que atam os feixes. Boaz preparou-se, evidentemente, antes de falar com Rute, pois, por direito, só os trabalhadores podiam ter o privilégio que Boaz oferecia.

Dicionário

Campos

masc. pl. de campo

cam·po
(latim campus, -i)
nome masculino

1. Terreno de semeadura.

2. [Por extensão] Qualquer terreno em que não há povoado importante.

3. Espaço, terreno.

4. Arena.

5. Lugar de um duelo, batalha, luta.

6. O que se discute; ponto de vista. = ASSUNTO, TEMA

7. Ocasião, azo.

8. Conjunto de trabalhos agrícolas.

9. Vida rústica, por oposição à vida na cidade (ex.: ele prefere o campo à cidade).

10. [Cinema, Fotografia, Televisão] Área que pode ser coberta por uma câmara.

11. [Encadernação] Material de revestimento da capa do livro, devidamente delineado, que cobre os planos, nas áreas que não foram cobertas pela lombada e pelos cantos.

12. [Heráldica] Parte lisa do fundo dos tecidos lavrados, dos quadros, de escudo, etc.

13. [Medicina] Cada um dos tecidos usado para proteger e delimitar a área a ser operada (ex.: campo de ginecologia; campo operatório).


campo de concentração
Lugar cercado e dotado de vigilância policial ou militar onde, geralmente em tempo de guerra, se encontram detidas pessoas, privadas dos seus direitos e das suas liberdades, por motivos étnicos, ideológicos, políticos ou religiosos (ex.: no final da Segunda Guerra Mundial, as tropas aliadas libertaram milhares de prisioneiros dos campos de concentração nazis).

campo de manobra
Capacidade de acção para resolver ou sair de uma situação complicada (ex.: o campo de manobra do governo é muito limitado). = ESPAÇO DE MANOBRA, MARGEM DE MANOBRA

campo de visão
[Brasil] Campo de uma luneta, espaço que se pode abranger olhando por um óculo.

campo dobrado
Terreno acidentado de cerros e lombas.

campo magnético
[Electricidade] [Eletricidade] Zona submetida à influência de um magnete, de uma corrente eléctrica.

campo operatório
[Medicina] Região em que se faz uma operação cirúrgica.

campo parelho
Terreno plano, sem ondulações.

campos gerais
Vastas campinas entre certos planaltos.

ir a campo
Evacuar, dejectar, defecar.


Dissê

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


E

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Moabe

(Heb. “do meu pai”). Tornou-se progenitor dos moabitas. Era filho de Ló com sua filha mais velha (Gn 19:37). Depois da destruição de Sodoma, à qual somente três pessoas sobreviveram, as duas moças ficaram preocupadas com a continuidade do nome da família; por isso, embebedaram o próprio pai, tiveram relações sexuais com ele e ambas ficaram grávidas. Parece significativo que elas, que relutaram em sair de Sodoma, continuassem a manifestar sérios problemas na área sexual, pelos quais, ao que tudo indica, Sodoma era famosa. Certamente, apesar de estar fora daquela cidade, não houve um novo começo para Ló. Ele e as filhas foram salvos por Deus unicamente devido ao parentesco que tinham com Abraão, com quem o Senhor fizera sua aliança (Gn 19:29). P.D.G.


do próprio pai

-

Moabe
1) Neto de Ló, nascido do incesto com sua filha (Gn 19:30-38).

2) Povo descendente de MOABE 1, e sua terra, localizada a leste do JORDÃO (Nu 26:3).

Moabita

substantivo masculino e feminino Natural ou habitante da terra de Moab do séc. XIII ao séc. VI a.C.
A região de Moab ficava ao leste do baixo rio Jordão e do mar Morto. Os moabitas eram semitas relacionados com os hebreus. Lutaram várias vezes contra os israelitas que viviam ao norte e oeste, e também contra os edomitas que viviam ao sul.
Nome que outrora se dava aos mouros da Arábia, para os diferençar dos da Espanha.
Adj. Que diz respeito à antiga região de Moabe, na Palestina, povoada por árabes.

Moabita Descendente de MOABE 1, ou morador de MOABE 2, (Nu 21:26).

Moça

Moça Mulher jovem (Dt 22:15-29); (Jz 2:5).

substantivo feminino Mulher de pouca idade, menina jovem.
Garota que já menstrua.
[Brasil] Menina donzela - mulher ainda virgem.
Mulher de certa idade, mas não velha.
Termo utilizado, frequentemente, para se dirigir a uma atendente, a uma funcionária de loja etc.
Tabuísmo. O mesmo que prostituta.
Amazônia. Aquela que tem um relacionamento, mas sem ser casada - amante.
[Portugal] Mulher que trabalha como criada.
Gramática dim. irre. de moçoila.
Etimologia (origem da palavra moça). Moç
(o): - o + a.

substantivo feminino Mulher de pouca idade, menina jovem.
Garota que já menstrua.
[Brasil] Menina donzela - mulher ainda virgem.
Mulher de certa idade, mas não velha.
Termo utilizado, frequentemente, para se dirigir a uma atendente, a uma funcionária de loja etc.
Tabuísmo. O mesmo que prostituta.
Amazônia. Aquela que tem um relacionamento, mas sem ser casada - amante.
[Portugal] Mulher que trabalha como criada.
Gramática dim. irre. de moçoila.
Etimologia (origem da palavra moça). Moç
(o): - o + a.

substantivo feminino Mulher de pouca idade, menina jovem.
Garota que já menstrua.
[Brasil] Menina donzela - mulher ainda virgem.
Mulher de certa idade, mas não velha.
Termo utilizado, frequentemente, para se dirigir a uma atendente, a uma funcionária de loja etc.
Tabuísmo. O mesmo que prostituta.
Amazônia. Aquela que tem um relacionamento, mas sem ser casada - amante.
[Portugal] Mulher que trabalha como criada.
Gramática dim. irre. de moçoila.
Etimologia (origem da palavra moça). Moç
(o): - o + a.

substantivo feminino Mulher de pouca idade, menina jovem.
Garota que já menstrua.
[Brasil] Menina donzela - mulher ainda virgem.
Mulher de certa idade, mas não velha.
Termo utilizado, frequentemente, para se dirigir a uma atendente, a uma funcionária de loja etc.
Tabuísmo. O mesmo que prostituta.
Amazônia. Aquela que tem um relacionamento, mas sem ser casada - amante.
[Portugal] Mulher que trabalha como criada.
Gramática dim. irre. de moçoila.
Etimologia (origem da palavra moça). Moç
(o): - o + a.

Moço

adjetivo Jovem.
Que já não é criança e ainda não é adulto.
Com aparência jovem, independentemente da idade; conservado.
Figurado Inexperiente; imprudente.
substantivo masculino Rapaz; mancebo.
Aquele que está na idade juvenil.
Tratamento informal que se dispensa a um homem.
Criado, serviçal.
Etimologia (origem da palavra moço). Do latim mustus.

[...] é o depositário e realizador do futuro.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15

M M
Referencia:


adjetivo Jovem.
Que já não é criança e ainda não é adulto.
Com aparência jovem, independentemente da idade; conservado.
Figurado Inexperiente; imprudente.
substantivo masculino Rapaz; mancebo.
Aquele que está na idade juvenil.
Tratamento informal que se dispensa a um homem.
Criado, serviçal.
Etimologia (origem da palavra moço). Do latim mustus.

Noemi

-

Agradável. Mulher de Elimeleque e sogra de Rute. Emigrou com a sua família da Judéia para Moabe, voltando à sua pátria depois da morte de seu marido. o seu caráter está belamente descrito no livro de Rute.

Tradicionalmente conhecida como a sogra de Rute (Rt 1). Era casada com Elimeleque, com quem teve dois filhos: Malom e Quiliom. Durante um período de fome em Judá, seu esposo levou a família para morar em Moabe, a fim de sobreviver. Com a morte de Elimeleque, Noemi e os dois filhos permaneceram em Moabe, onde os jovens se casaram com duas moabitas, chamadas Rute e Orfa. Depois de viver em Moabe por cerca de dez anos, Malom e Quiliom também morreram; Noemi ficou só, sem marido e filhos. Não conseguiu vislumbrar nenhuma esperança de felicidade adiante dela; por isso, decidiu voltar para Judá. Seu desejo foi que as duas noras, Rute e Orfa, voltassem para as casas de seus pais, mas a primeira não aceitou tal plano. Pelo contrário, apegou-se a Noemi, e fez esta sublime declaração que já ouvimos tantas vezes: “Não me instes para que te deixe, e me obrigues a não seguir-te. Aonde quer que fores irei, e onde quer que pousares, ali pousarei. O teu povo será o meu povo, e o teu Deus será o meu Deus” (Rt 1:16). Noemi aceitou a devoção de Rute e imediatamente as duas partiram para Judá, ao campo de Boaz, com quem mais tarde esta moabita se casou. Boaz “redimiu” a herança à qual Noemi tinha direito e Rute deu à luz um filho que se tornou o pai de Jessé e avô de Davi. Noemi na verdade teve esperança e Deus foi fiel. Veja Rute 1:4. Veja também Maria, Rute e Boaz.


Noemi [Agradável]

Esposa de Elimeleque, de Belém, que se tornou sogra e conselheira de Rute (Rt 1—4).


Posto

substantivo masculino Lugar que uma pessoa ou coisa ocupa.
Qualquer lugar ocupado por um corpo de tropas militares.
Cargo que alguém ocupa ou exerce; função: posto de frentista.
Mil. Graduação militar: posto de soldado.
Lugar destinado a atendimento público: posto de saúde; posto telefônico.
Que se decidiu, acordou, combinou; combinado, decidido: assunto posto.
conjunção Posto que. Com o sentido de apesar de, ainda que, embora, ainda: o preço da gasolina não aumentou, posto que o país está em crise.
expressão Posto de comando. Local onde se estabelece um chefe para exercer seu comando.
Posto meteorológico. Estabelecimento onde há um conjunto de instrumentos destinados às observações meteorológicas em determinado lugar, em geral afastado da estação central.
Etimologia (origem da palavra posto). Do latim positus, a, um “que se colocou, colocado” e positus, us “posição”.

Responder

verbo transitivo direto e transitivo indireto Dar resposta ao que é dito, escrito ou perguntado: respondeu o que lhe ocorreu; respondeu ao professor a questão.
Contestar uma pergunta; replicar: respondeu bem.
verbo intransitivo Questionar em vez de obedecer; resmungar: vá e não responda!
Repetir o som: o cão latiu e os vizinhos responderam.
verbo transitivo indireto Fazer-se sentir por repercussão: a dor do braço me responde na cabeça.
Apresentar razões contra; revidar: responder a uma objeção.
Enviar resposta: responder a uma pessoa, a uma carta.
Oferecer em troca de; retribuir: responder a uma gentileza.
Assumir uma responsabilidade; responsabilizar-se: responde pelo irmão.
Ter uma ação contrária, oposta a; reagir: responder à dor.
Etimologia (origem da palavra responder). Do latim respondere.

responder
v. 1. tr. dir. Dizer ou escrever em resposta. 2. tr. ind. e Intr. Dar resposta. 3. tr. ind. Ser respondão. 4. tr. ind. Aduzir argumentos contra. 5. tr. ind. Pôr em contraposição. 6. Intr. Repetir a voz, o so.M 7. tr. ind. Ficar por fiador de alguém; responsabilizar-se por. 8. tr. ind. Estar em harmonia; ser igual; condizer. 9. tr. ind. Retribuir equivalentemente. 10. tr. ind. Defrontar, opor-se. 11. tr. ind. Estar defronte; opor-se.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Rute 2: 6 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E respondeu o jovem- servo, que estava posto sobre os ceifeiros, e disse: Esta é a moça moabita que voltou com Noemi do país de Moabe.
Rute 2: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1140 a.C.
H1931
hûwʼ
הוּא
ele / ela / o / a
(it)
Pronome
H4124
Môwʼâb
מֹואָב
um filho de Ló com sua filha mais velha
(Moab)
Substantivo
H4125
Môwʼâbîy
מֹואָבִי
um cidadão de Moabe
(but the Moabites)
Adjetivo
H5281
Noʻŏmîy
נׇעֳמִי
estabilidade, constância, tolerância
(perseverance)
Substantivo - dativo feminino no singular
H5288
naʻar
נַעַר
menino, moço, servo, jovem, criado
(the young men)
Substantivo
H5291
naʻărâh
נַעֲרָה
menina, moça, serva
(that the young woman)
Substantivo
H5324
nâtsab
נָצַב
ficar de pé, tomar o seu lugar, permanecer de pé, ser colocado (sobre), estabilizar
(standing)
Verbo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H5973
ʻim
עִם
com
(with her)
Prepostos
H6030
ʻânâh
עָנָה
E respondido
(And answered)
Verbo
H7114
qâtsar
קָצַר
ser curto, ser impaciente, estar aborrecido, estar desgostoso
(when you reap)
Verbo
H7704
sâdeh
שָׂדֶה
do campo
(of the field)
Substantivo
H7725
shûwb
שׁוּב
retornar, voltar
(you return)
Verbo


הוּא


(H1931)
hûwʼ (hoo)

01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

  1. ele, ela
    1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
    2. retomando o suj com ênfase
    3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
    4. (antecipando o suj)
    5. (enfatizando o predicado)
    6. aquilo, isso (neutro) pron demons
  2. aquele, aquela (com artigo)

מֹואָב


(H4124)
Môwʼâb (mo-awb)

04124 מואב Mow’ab

procedente de uma forma prolongada do prefixo preposicional m- e 1; de (o pai dela [da mãe]); DITAT - 1155 Moabe = “do seu pai” n pr m

  1. um filho de Ló com sua filha mais velha
  2. a nação descendente do filho de Ló n pr loc
  3. a terra habitada pelos descendentes do filho de Ló

מֹואָבִי


(H4125)
Môwʼâbîy (mo-aw-bee')

04125 מואבי Mow’abiy fem. מהאביה Mow’abiyah ou מהאבית Mowabiyth

patronímico procedente de 4124; DITAT - 1155a; adj Moabita = “do pai: que pai?”

  1. um cidadão de Moabe
  2. um habitante da terra de Moabe

נׇעֳמִי


(H5281)
Noʻŏmîy (no-om-ee')

05281 נעמי No omiỳ

procedente de 5278; n pr f Noemi = “minha delícia”

  1. esposa de Elimeleque, mãe de Malom e Quiliom, e sogra de Rute e Orfa

נַעַר


(H5288)
naʻar (nah'-ar)

05288 נער na ar̀

procedente de 5287; DITAT - 1389a; n m

  1. menino, moço, servo, jovem, criado
    1. menino, moço, jovem
    2. servo, criado

נַעֲרָה


(H5291)
naʻărâh (nah-ar-aw')

05291 נערה na arah̀

procedente de 5288; DITAT - 1389c; n f

  1. menina, moça, serva
    1. menina, moça, menina pequena
      1. referindo-se à mulher jovem, moça em idade de casar, concubina, prostituta
    2. criada, acompanhante, serva

נָצַב


(H5324)
nâtsab (naw-tsab')

05324 נצב natsab

uma raiz primitiva; DITAT - 1398; v

  1. ficar de pé, tomar o seu lugar, permanecer de pé, ser colocado (sobre), estabilizar
    1. (Nifal)
      1. posicionar-se, colocar-se
      2. ficar de pé, estar posicionado
      3. ficar de pé, tomar uma posição ereta
      4. estar posicionado, ser designado
      5. representante, intendente, superintendente, designado (substantivo)
      6. permanecer firme
    2. (Hifil)
      1. posicionar, estabelecer
      2. pôr, erguer
      3. fazer permanecer ereto
      4. fixar, estabelecer
    3. (Hofal) ser fixado, ser determinado, ser posicionado

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

עִם


(H5973)
ʻim (eem)

05973 עם ̀im

procedente de 6004; DITAT - 1640b; prep

  1. com
    1. com
    2. contra
    3. em direção a
    4. enquanto
    5. além de, exceto
    6. apesar de

עָנָה


(H6030)
ʻânâh (aw-naw')

06030 ענה ̀anah

uma raiz primitiva; DITAT - 1650,1653; v.

  1. responder, replicar, testificar, falar, gritar
    1. (Qal)
      1. responder, replicar
      2. testificar, responder como testemunha
    2. (Nifal)
      1. dar resposta
      2. ser respondido, receber resposta
  2. (Qal) cantar, exprimir de forma melodiosa
  3. (Qal) habitar

קָצַר


(H7114)
qâtsar (kaw-tsar')

07114 קצר qatsar

uma raiz primitiva; DITAT - 2061,2062; v.

  1. ser curto, ser impaciente, estar aborrecido, estar desgostoso
    1. (Qal) ser curto
    2. (Piel) encurtar
    3. (Hifil) encurtar
  2. colher, ceifar
    1. (Qal) colher, ceifar
    2. (Hifil) colher, ceifar

שָׂדֶה


(H7704)
sâdeh (saw-deh')

07704 שדה sadeh ou שׁדי saday

procedente de uma raiz não utilizada significando estender; DITAT - 2236a,2236b; n. m.

  1. campo, terra
    1. campo cultivado
    2. referindo-se ao habitat de animais selvagens
    3. planície (em oposição à montanha)
    4. terra (em oposição a mar)

שׁוּב


(H7725)
shûwb (shoob)

07725 שוב shuwb

uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

  1. retornar, voltar
    1. (Qal)
      1. voltar, retornar
        1. voltar
        2. retornar, chegar ou ir de volta
        3. retornar para, ir de volta, voltar
        4. referindo-se à morte
        5. referindo-se às relações humanas (fig.)
        6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
          1. voltar as costas (para Deus), apostatar
          2. afastar-se (de Deus)
          3. voltar (para Deus), arrepender
          4. voltar-se (do mal)
        7. referindo-se a coisas inanimadas
        8. em repetição
    2. (Polel)
      1. trazer de volta
      2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
      3. desencaminhar (sedutoramente)
      4. demonstrar afastamento, apostatar
    3. (Pual) restaurado (particípio)
    4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
      1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
      2. trazer de volta, renovar, restaurar
      3. trazer de volta, relatar a, responder
      4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
      5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
      6. virar (o rosto), voltar-se para
      7. voltar-se contra
      8. trazer de volta à memória
      9. demonstrar afastamento
      10. reverter, revogar
    5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
    6. (Pulal) trazido de volta