Enciclopédia de I Samuel 30:25-25

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1sm 30: 25

Versão Versículo
ARA E assim, desde aquele dia em diante, foi isso estabelecido por estatuto e direito em Israel, até ao dia de hoje.
ARC O que assim foi desde aquele dia em diante, porquanto o pôs por estatuto e direito em Israel até ao dia de hoje.
TB Daquele dia em diante até hoje, foi estabelecido por estatuto e preceito em Israel.
HSB וַיְהִ֕י מֵֽהַיּ֥וֹם הַה֖וּא וָמָ֑עְלָה וַיְשִׂמֶ֜הָ לְחֹ֤ק וּלְמִשְׁפָּט֙ לְיִשְׂרָאֵ֔ל עַ֖ד הַיּ֥וֹם הַזֶּֽה׃ פ
BKJ E assim foi daquele dia em diante: ele fez disso um estatuto e uma ordenança para Israel até este dia.
LTT E assim foi desde aquele dia em diante, porquanto ele (Davi) pôs isto por estatuto e ordenança em Israel, até este dia de hoje.
BJ2 E, a partir desse dia, foi um estatuto e uma norma para Israel que persistem até o dia de hoje.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Samuel 30:25

I Samuel 16:13 Então, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos; e, desde aquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apoderou de Davi. Então, Samuel se levantou e se tornou a Ramá.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

AS CONQUISTAS DE DAVI

1010-970 a.C.
DAVI UNGIDO REI DE JUDÁ
Davi ficou arrasado com a notícia da morte do rei Saul e de seu filho Jônatas no monte Gilboa. Quando um amalequita he contou como havia ajudado o rei Saul a cometer suicídio, Davi ordenou. sua execução. Desse modo, deixou claro que não sentiu nenhuma satisfação com a morte de Saul e que considerou o amalequita responsável pelo assassinato do ungido do Senhor. Em seguida, Davi se dirigiu a Hebrom, onde foi ungido rei de Judá. Ele tinha trinta anos de idade. Em Hebrom, Davi reinou sobre Judá por sete anos e meio.

ISBOSETE É COROADO REI DE ISRAEL
Ao invés de reconhecer Davi, Abner, o comandante do exército de Saul, colocou o único filho sobrevivente de Saul no trono de Israel. (Israel, neste caso, é o território ocupado pelas tribos do norte e por Benjamim. Porém, tendo em vista a vitória dos filisteus, é difícil dizer ao certo quanto desse território estava sob controle israelita.) Em II Samuel, esse filho de Saul é chamado de Isbosete, que significa "homem de vergonha", um nome nada apropriado para um rei. Em 1Crônicas 8.33 aparece seu nome verdadeiro, Esbaal, "homem de Baal", que foi alterado pelos escribas de Samuel. Diz-se que o reinado de Isbosete durou dois anos, durante os quais houve conflitos entre os seus homens e os de Davi. Quando Abner desertou para o lado de Davi, o poder de Isbosete se enfraqueceu e o rei de Israel foi assassinado por dois dos seus oficiais. Mais uma vez, desejoso de se eximir de qualquer cumplicidade, Davi mandou executar os assassinos. As tribos do norte foram a Hebrom e ali ungiram Davi como rei sobre todo o Israel.

DAVI TRATA DA AMEAÇA FILISTÉIA
A existência dos governos rivais de Isbosete e Davi era conveniente aos interesses dos filisteus, ao passo que o poder centralizado em Davi representava uma ameaça mais séria. Assim, um exército filisteu se reuniu no vale de Refaim, perto de Jerusalém, que era ainda um encrave jebuseu e, portanto, sob controle dos cananeus. objetivo era isolar Davi de seus novos aliados do norte em seu ponto mais vulnerável. Davi derrotou os filisteus nesse local não apenas uma, mas duas vezes. Depois da segunda vitória, feriu os filisteus desde Gibeão até Gezer, pondo fim ao seu domínio sobre Israel.

DAVI CONQUISTA JERUSALÉM
O encrave jebuseu chamado posteriormente Jerusalém dividia o território de Davi em duas partes: Israel, ao norte, e Judá, ao sul. Cercada por vales profundos de três lados e provida de boas fontes de água, a cidade contava com um grande potencial defensivo, daí não ter sido conquistada pelos israelitas até então. Tendo em vista sua localização central, também seria uma excelente capital para Davi, aceitável tanto para Israel quanto para Judá.
Davi tomou Jerusalém usando seu exército pessoal, mas o relato bíblico não fornece detalhes.
A referência a um canal subterrâneo sugere que Davi conhecia um túnel secreto, talvez aquele que liga a fonte de Giom, do lado de fora das muralhas, ao interior da cidade.' Davi se mudou para Jerusalém e, como o nome "Cidade de Davi" deixa claro, a cidade passou a ser considerada sua propriedade pessoal.

A ARCA DA ALIANÇA CHEGA EM JERUSALÉM
Depois de capturarem a arca da aliança, os filisteus a haviam levado para as cidades filistéias de Asdode, Gate e Ecrom. Quando a população de Asdode foi afligida com tumores, a arca foi enviada a Bete-Semes, em território israelita, num carro puxado por duas vacas e sem nenhum condutor. De lá, foi transportada para Quiriate- Jcarim. Davi decidiu levar a arca para Jerusalém. Na primeira tentativa, Uzá foi morto quando estendeu a mão para segurar a arca. A segunda tentativa foi bem sucedida e cercada de festividades ao som de harpas, liras, adutes, sistros e cimbalos; Davi dançou com todas as suas forças. Uma tenda foi levantada para receber a arca e foram nomeados sacerdotes para realizar os sacrifícios exigidos pela lei. Assim, Jerusalém se tornou não apenas a capital política do reino de Davi, mas também o seu centro religioso, apesar do Senhor ter revelado por meio do profeta Natâ que não caberia a Davi, mas sim a um de seus filhos, construir um templo permanente para abrigar a arca.

AS GUERRAS DE DAVI
Davi realizou uma série de campanhas militares agressivas contra as nações vizinhas. É difícil determinar a seqüência cronológica exata de suas batalhas, mas, no final, Davi assumiu o controle de um império de tamanho considerável. Quando os amonitas humilharam os embaixadores israelitas raspando metade da barba e rasgando metade da roupa de cada um, Joabe, o comandante do exército de Davi, cercou Rabá (atual Ama), a capital de Amom. Os amonitas contrataram mercenários dos estados arameus de Bete-Reobe, Zobá e Tobe, ao norte. loabe expulsou os arameus, mas eles se reagruparam e voltaram com um novo exército. Davi deslocou suas tropas para Helà (talvez a atual Alma, no sul da Síria) e derrotou os arameus, matando seu comandante, Sobaque. Enquanto Joabe deu continuidade ao cerco a Rabá, Davi voltou a Jerusalém e, por essa época, cometeu adultério com Bate-Seba e ordenou que seu marido, o heteu Urias, fosse morto. Além de ter seu nome denegrido por esses atos, Davi recebeu uma repreensão severa do profeta Natâ. Por fim, Rabá foi tomada, o povo da cidade foi sujeitado a trabalhos forçados e a coroa amonita repleta de jóias, pesando cerca de 34 kg, foi colocada, provavelmente apenas por alguns instantes, sobre a cabeça de Davi. Davi derrotou os moabitas, poupando um terço deles e matando os outros dois terços. Davi talvez, mais precisamente, Joabe e Abisai matou dezoito mil edomitas no vale do Sal, na Arabâ, ao sul do mar Morto e colocou guarnições em todo Edom. Em seguida, o rei de Israel voltou sua atenção para Hadadezer, monarca do reino arameu de Zobá, e tomou dele mil carros. Considerando-se que Davi jarretou ou aleijou todos os cavalos que puxavam os carros, poupando apenas cem animais, ele parecia não considerar os carros importantes para os seus próprios exércitos. Os israelitas ainda travavam a maior parte de suas batalhas à pé. Quando os arameus de Damasco socorreram Hadadezer de Zobá, Davi os derrotou e colocou guarnições em Damasco. O reino de Davi se estendeu do ribeiro do Egito (Wadi el- Arish) até perto do rio Eufrates.

ISRAEL ACUMULA RIQUEZAS
Davi tomou como espólio de Hadadezer escudos de ouro e uma grande quantidade de bronze. Toí, o rei arameu de Hamate, certamente ficou satisfeito com a derrota de Zobá e, ansioso para firmar uma relação amigável com Davi, enviou seu filho Jorão a fim de parabenizá-lo e presenteá-lo com ouro, prata e bronze. Talmai, o rei arameu de Gesur, deu a mão de sua filha Maaca em casamento a Davi. Hirão, o rei da cidade costeira fenícia de Tiro, também Tiro, considerou importante manter relações amigáveis com Davi e, além de toras de cedro, enviou carpinteiros e canteiros, que construíram um palácio para Davi em Jerusalém.

As conquistas de Davi
Depois de subir ao trono, Davi realizou varias campanhas de conquista de território estrangeiro e levou a arca da aliança para Jerusalém, a nova capital do seu reino.
As conquistas de Davi
As conquistas de Davi
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.

PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA

Infelizmente, na Antiguidade o sul do Levante não era conhecido por um único nome abrangente, mas por vários, dependendo de onde e de quando se fazia referência ao lugar.
O contrário acontecia: uma gama de termos bíblicos e/ou seculares designava a terra do Israel bíblico, não sendo possível supor que algum deles correspondesse completamente às fronteiras teológicas de Israel (ou um ao outro) nem se podendo aplicar qualquer deles a todo o período da história bíblica sem criar algum anacronismo.
Na Antiguidade, em muitos casos, nomes que antes haviam sido usados para denotar uma divindade ou um grupo populacional importante foram simplesmente emprestados e reaplicados para designar a entidade geopolítica em que aquele grupo estava. Por exemplo, o nome "Canaa" derivou dos cananeus; o nome "Palestina" deve sua existência aos filisteus; e "(a terra de) Hatti" originalmente designava uma série de cidades-estados neo-hititas situadas aproximadamente entre Carquêmis e Damasco, cujos habitantes parecem ser descendentes de Hete (e.g., Gn 10:15-1Cr 1,13) e/ou devotos do deus Hatti.37 O texto bíblico diz que tanto os cananeus quanto os hititas estavam entre os "ocupantes da terra" na época da colonização por Israel (Dt 7:1; Dt 3:10-12.8; cp. Gn 15:18-21; Ex 3:8-17), e sabe-se que os filisteus imigraram para aquela terra por volta de 1200 a.C.


CANAÃ
O termo Canaa/cananeu(s) é bem atestado em boa parte dos textos do segundo milênio a.C.38 A julgar por esse uso, parece que Canaã era o termo convencional para designar o sul da área que o Egito controlava na Ásia, em contraste com Amurru (a terra dos amorreus, ao norte do rio el-Kabir). Canaã se estendia das cidades de Gaza e Ráfia, no sul, até tão ao norte quanto o vale do rio el-Kabir e a localidade de Sumra/Simyra.3 De modo que o quadro geral que surge é que as citações, tanto em textos do Oriente Próximo quanto na Bíblia, revelam uma notável semelhança quando delineiam os limites de Cana (v. acima a análise sobre as fronteiras teológicas de Israel). Essa afirmação pode ter consequências quanto à antiguidade e à essencial historicidade daquelas narrativas que mencionam as fronteiras de Israel.
Antes das descobertas arqueológicas em Nuzi, em geral se acreditava que a palavra "Canaa" derivava de um verbo semítico com o sentido de "curvar/curvar-se/ser baixo", porque os cananeus ocupavam a região baixa perto do mar, em contraste com a região montanhosa dos amorreus (Nm 13:29; Js 5:1; cp. Is 23:11). Uma teoria relacionada é que Canaã era o lugar onde o sol "se curva" (se põe), de maneira que, por definição, um cananeu era alguém do oeste. Mas se descobriu que, em Nuzi, a palavra kinahhu" se refere a uma substância de cor púrpura avermelhada, extraída de conchas de múrex e usada no tingimento de tecidos, especialmente lã.
Os textos antigos estão repletos de referências à grande consideração dada a quem se vestia de púrpura. Por ser natural, ao invés de produzida pelo homem, a tintura de múrex tinha valor elevado, pois nunca desbotava. A lucrativa indústria do múrex se concentrava ao norte de Cesareia, no Mediterrâneo, onde as águas do mar regularmente lançavam na praia uma grande quantidade dessas conchas. No local de uma antiga fábrica de tintura, em Tiro, foi encontrado um grande número de conchas*2 e, em Dor, também se encontraram claros indícios do processo de tingimento.43 Os nomes de certos lugares cananeus nos arredores oferecem ainda outros indícios de que o tingimento de múrex era uma atividade econômica essencial. Por exemplo, o nome "Sarepta" vem de um verbo que tem o sentido de "tingir" e o nome "Zobá" é derivado de um verbo que denota o tingimento de tecido. Às vezes a própria palavra "cananeu" é traduzida por "comerciante/mercador"* Como consequência, parece preferível entender Canaã como "a terra da púrpura" e "cananeus" como "o povo da terra da púrpura" (ideia a partir da qual o conceito de comércio poderia facilmente derivar). Textos gregos nos mostram que, no primeiro milênio a.C., os herdeiros culturais dessa indústria de tintura foram denominados fenícios, nome que deriva da palavra grega phoinix ("púrpura"). Mesmo no Novo Testamento aparentemente "cananeu" e "fenício" ainda eram designativos um tanto quanto equivalentes (Mt 15:22 refere-se a uma mulher cananeia; o relato de Marcos sobre o mesmo acontecimento chama-a de siro-fenícia [Mc 7:26]). Parece, então, que as palavras "Canaa" e "Fenícia" têm apenas duas diferenças básicas: (1) a primeira é vocábulo semítico, ao passo que a segunda é de origem grega; (2) a primeira é empregada no segundo milênio a.C., enquanto a segunda passa a ser normativa no primeiro milênio a.C. Se levarmos esses dados à sua conclusão lógica, parece que a mesma palavra teve, no início, a conotação do processo de tingimento, com o passar do tempo foi estendida às pessoas envolvidas no processo e, por fim, englobou o território/província onde essas pessoas formavam um grupo bastante importante da população.

PALESTINA
Por motivos que ainda não estão claros para nós, por volta de 1200 a.C. boa parte do mundo bíblico experimentou uma séria turbulência política, provocada em grande parte por hordas de invasores a que fontes egípcias se referem como "povos do mar" Há muito os estudiosos vêm cogitando sobre o que provocou esse movimento de cerca de 14 povos na direção sudeste: denyen, lukka, shardanu, masha, arinna, karkisha, pitassa, kashka, akawasha, tursha, sheklesh, peleset (filisteus), tjekker e weshesh (essas grafias são aproximadas). Embora dois ou três desses povos também apareçam em textos mais antigos do Levante ou do Egito, parece que por essa época houve uma migração bem vasta. Esses povos foram desalojados devido a uma mudança climática que causou escassez de alimento, à turbulência política que cercou a batalha de Troia ou à invasão da Grécia pelos dórios, ou a algum outro fator? Qualquer que tenha sido o motivo, é provável que, antes de chegar ao coração do Egito, vários contingentes de povos do mar tenham sido responsáveis pela queda do Império Hitita, cujo centro de poder ficava na Ásia Menor, pela captura da ilha de Chipre e pela devastação e/ou reocupação de muitas cidades em todo o Levante: Ugarit, Alalakh, Carquêmis, T. Sukas, Tiro, Sidom, Hazor, Aco, Dor e um grande número de lugares na planície da Filístia. Mas os egípcios resistiram aos povos do mar, e seus textos indicam que os filisteus foram repelidos do território egípcio na direção nordeste,15 onde mais tarde habitaram o sudoeste de Canaã, que se tornou conhecido como planície da Filístia. O local de onde os filisteus emigraram também continua sendo objeto de debate.1 A tradição bíblica de que procederam de Caftor (Creta) não é decisiva, porque aquele texto declara que os filisteus foram trazidos de Caftor da mesma maneira que os israelitas foram trazidos do Egito (Am 9:7; cp. Gn 10:14-1Cr 1.12; Jr 47:4; Ez. 25.16; SF2.5). Ou seja, é possível que a Biblia não esteja indicando o lugar de origem de nenhum dos dois povos. Levando em conta certos aspectos da cultura material filisteia (caixões de defunto estilizados, cerâmica característica etc.) ou palavras bíblicas encontradas em narrativas sobre os filisteus (guerreiro, senhor, capacete, arca), alguns estudiosos defendem que os filisteus emigraram da Grécia. Outros, com base em épicos gregos e na tradução que a LXX faz de Caftor ("Capadócia") em Deuteronômio 2.23 e Amós 9.7, afirmam que os filisteus tiveram origem ao longo do litoral sudoeste da atual Turquia. Mas tudo isso continua sendo bastante especulativo, em parte devido à escassez de textos indubitavelmente filisteus e em parte porque os filisteus começaram a passar pelo processo de assimilação cultural logo depois de chegarem a Canaã. A única conclusão segura a que se pode chegar é que, como designação de uma entidade geográfica distinta, a palavra Palestina deriva dos filisteus.
Hoje em dia às vezes se diz que, como designação da terra de Israel, o termo "Palestina" surgiu só em meados do segundo século d.C., quando, como castigo político pela revolta de Bar-Kochba, o imperador Adriano deliberadamente adotou o nome dos antigos inimigos de Israel - os filisteus - e apenas o latinizou para criar conotações pejorativas óbvias.
De acordo com esse ponto de vista, o uso mais antigo de "Palestina" foi propaganda feita pelos romanos com fortíssimas implicações políticas antijudaicas. Nesse caso, então, qualquer uso que se faça atualmente da palavra Palestina para se referir à história antes da época de Adriano é, na melhor das hipóteses, perigosamente anacrônico e historicamente errôneo e, na pior, antibíblico e até mesmo antijudaico. Existem, contudo, dados que apontam em outra direção.
Para começar, o nome Palestina aparece 13 vezes em textos neoassírios ainda do reinado de Adade-Nirari III (810-782 a.C.), Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) e Sargão II (721- 705 a.C.)." É improvável que qualquer uma dessas citações vislumbrasse a terra de Israel como um todo (em contraste com a região da Filístia). Na realidade, em um dos textos, Palestina aparece em contraste tanto com Israel (literalmente " terra de Onri") quanto com Edom.5 No entanto, em 11 casos a palavra Palestina é imediatamente precedida pelo indicador semântico para "terra/país", o que é uma indicação inconfundível de que a referência é a uma entidade geográfica distinta. De modo semelhante, uma estatueta egípcia com data presumível da 27. dinastia (945-715 a.C.) traz inscrição que faz referência a um "encarregado de Cana e Palestina" (escrita PIst). Nesse caso, o termo Palestina está sendo usado em contraste com o território de Canaã. Pode-se observar mais uma vez que o termo aparece definitivamente num contexto geográfico/provincial (e não político).
Mais relevantes para essa controvérsia são, porém, os resultados de uma pesquisa por computador que pode ser feita no Thesaurus linguae graecae (TLG; University of California, campus de Irvine). Uma pesquisa de "Palestina" como nome próprio em textos escritos antes do fim do primeiro século da era crista revelou 196 citações completas em textos gregos ou latinos (excluindo-se possíveis atestações parciais da palavra Parte das extensas ruínas arqueológicas do período Palácio Novo (aprox. 1700-1400 a.C.) em Zakros, no litoral sudeste de Creta. Alguns especialistas creem que o lugar de origem dos filisteus pode ter sido Creta.


ISRAEL
O nome Israel deriva, em última instância, do patriarca Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn 32:28). Quando os descendentes do patriarca se tornaram escravos no Egito, a expressão "filhos de Israel" passou a ser frequentemente aplicada a eles (Êx 1:9-12; 2.23,25; 3:9-11; etc.). Mais tarde, o nome Israel veio a ser aplicado ao reino nortista de Efraim, em contraste com o reino sulista de Judá (1Rs 12:18-20; 1Cr 5:17; etc.). Posteriormente, após o desaparecimento do Reino do Norte, ocasionalmente "Israel" foi usado para se referir ao reino sulista de Judá (Jr 10:1). Assim mesmo, é difícil identificar uma passagem bíblica que use explicitamente a palavra Israel para denotar uma área geográfica específica. É claro que ocorre a expressão "terra de Israel" (1Sm 13:19-1Cr 22.2; 2Cr 2:17; Ez 40:2-47.18), mas ela sempre está ligada ao terreno ocupado ou a ser ocupado por alguns ou por todos os israelitas e, em consequência, a extensão dessa área sofre variação. Fora da Bíblia, "Israel" (i.e., o Israel da Bíblia) ocorre em três textos antigos. O mais antigo é uma estela de granito do quinto ano de Merneptah (1209 a.C.). Nessa tábua de granito há uma inscrição que menciona 1srael, mas ela está registrada de tal maneira que parece apontar para uma entidade étnica e, por esse motivo, a citação não oferece quase nenhuma ajuda na definição das fronteiras geográficas de Israel. Contudo, a Estela de Merneptah é a única testemunha extrabíblica de Israel antes do nono século a.C., quando o nome aparece em duas inscrições distintas. O Obelisco Negro está escrito em cuneiforme e data do sexto ano do rei assírio Salmaneser III (853 a.C.), quando Acabe forneceu 2 mil carros e 10 mil soldados para uma coalizão que lutou contra as forças de Salmaneser. A inscrição faz referência a Acabe como " rei de Israel" Poucos anos depois (c. 835 a.C.), o rei Messa de Moabe mandou inscrever, em uma estela de basalto, uma dedicatória à sua divindade, Camos; nessa inscrição ele se vangloriou de ter retomado o território que anteriormente havia sido conquistado por Onri, "rei de Israel" De acordo com a Bíblia, Messa de Moabe foi vassalo de Israel durante os dias de Onri e Acabe, mas se rebelou por ocasião da morte deste último (2Rs 3:4-5). Contudo, uma batalha ocorrida em seguida e registrada na Bíblia terminou com uma derrota moabita (2Rs 3:9-27). Numa tentativa de harmonizar a afirmação bíblica com a declaração de vitória registrada na estela de Messa, alguns estudiosos sustentam que a vitória de Messa sobre Israel ocorreu um pouco depois, durante o reinado de Jeoacaz. Nenhuma dessas duas inscrições do nono século a.C. fornece informações geográficas que permitam traçar fronteiras específicas para Israel. No entanto, ambas são bastante úteis, pois cada uma identifica explicitamente pelo nome pessoas que, na Bíblia, também são conhecidas como "rei de Israel. A Inscrição de Messa é ainda muito útil por ser rica em terminologia bíblica.

PALESTINA - TERRA PREPARADA POR DEUS

FRONTEIRAS TEOLÓGICAS
Muito embora mais de um texto bíblico trate das fronteiras de Israel, continuam existindo perguntas importantes sobre a localização de três das quatro fronteiras. Talvez um ponto de partida adequado para uma análise dessas fronteiras seja o reconhecimento de que, com frequência, elas eram estabelecidas pelos acidentes topográficos naturais: o mar Morto, o mar da Galileia, o Mediterrâneo, as principais montanhas e rios etc. Isso sugere que, nas descrições de fronteiras, muitos segmentos menos conhecidos também poderiam estar situados em pontos geográficos naturais. A abordagem a seguir incluirá uma descrição de pontos definidos, uma análise de pontos de referência menos conhecidos, embora importantes, e algum exame das questões envolvidas. Cada segmento culminará com um sumário de para onde os dados parecem apontar.

FRONTEIRA OESTE
(Nm 34:6; Js 15:4-16.3,8; 17.9; 19.29; cf. Ez 47:20-48.
1) Felizmente a fronteira oeste não apresenta nenhum problema de identificação. Começando no extremo norte da tribo de Aser (Js 19:29) e indo até o extremo sul da tribo de Judá (s 15.4), ela se estende ao longo do Grande Mar, o Mediterrâneo.

FRONTEIRA NORTE
(Nm 34:7-9; cp. Ez 47:15-17;48.1-7) Vistos como um todo, os textos bíblicos indicam que, partindo do Mediterrâneo, a fronteira bíblica se estendia para o leste numa linha que ia até Zedade, passando pelo monte Hor e Lebo- -Hamate. Continuando por Zifrom, a linha ia até Hazar-Ena, de onde virava rumo à fronteira de Haurá. Desses lugares, é possível identificar apenas dois com segurança, e ambos estão situados na margem do deserto sírio/oriental. Zedade devia se localizar na atual Sadad, cerca de 65 quilômetros a leste do Orontes e 105 quilômetros a nordeste de Damasco, a leste da estrada que hoje liga Damasco a Homs. Sem dúvida, Haura se refere ao planalto que se estende para leste do mar da Galileia e é dominado pelo Jebel Druze (na Antiguidade clássica, o monte Haura era conhecido pelo nome Auranitis). O nome Haura, como designativo dessa região, é atestado com frequência em textos neoassírios já da época de Salmaneser III;° aliás, Haura se tornou o nome de uma província assíria? próxima do território de Damasco, conforme também se vê em textos de Ezequiel. Devido a essas duas identificações, é razoável procurar os locais intermediários de Zifrom e Hazar-Ena ao longo do perímetro da mesma área desértica. Com base no significado do nome hebraico ("aldeia de uma fonte"), o local de Hazar-Ena é com frequência identificado com Qaryatein, um oásis luxuriante e historicamente importante.21 Depois desse ponto, o curso exato da fronteira norte se torna questão incerta. Existem, no entanto, várias indicações que, combinadas, dão a entender que essa fronteira pode ter correspondido a um limite claramente estabelecido na Antiguidade. Primeiro, deve-se identificar o local de Lebo-Hamate22 com a moderna Lebweh, cidade situada na região florestal da bacia hidrográfica que separa os rios Orontes e Litani, cerca de 24 quilômetros a nordeste de Baalbek, junto à estrada Ribla-Baalbek. O local é atestado em textos egípcios, assírios e clássicos23 como uma cidade de certa proeminência. Situada entre Cades do Rio Orontes e Baalbek, Lebo-Hamate ficava num território geralmente reconhecido na Antiguidade como fronteira importante no vale de Bega (1Rs 8:65-1Cr 13 5:2Cr 7.8). Segundo, em vez de Lebo-Hamate, Ezequiel (Ez 47:16) faz referência a Berota, uma cidade que, em outros textos, está situada no centro do vale de Bega' (2Sm 8:8) e, conforme geralmente se pensa, deve ser identificada com a moderna Brital, localizada logo ao sul de Baalbek. Contudo, Ezequiel detalha que Berota fica "entre o território de Damasco e o território de Hamate", i.e., na fronteira entre os dois territórios (2Rs 23:33-25.21 afirmam que Ribla [Rablah] está localizada "na terra de Hamate"). Parece, então, razoável supor que Ezequiel estava descrevendo esse trecho da fronteira norte de Israel de uma maneira que correspondia bem de perto a uma zona tampão, internacionalmente reconhecida em sua época. O livro de Números situa a fronteira norte entre Lebo-Hamate e o Mediterrâneo, especificamente no monte Hor, um acidente geográfico que não é possível identificar definitivamente, mas que deve se referir a um dos montes mais altos do maciço do Líbano ao norte, entre Lebweh e o mar. Vários desses montes elevados, tanto no interior (Akkar, Makmel, Mneitri, Sannin) quanto junto ao litoral (Ras Shakkah), têm sido identificados com o monte Hor mencionado na Biblia. Embora, em última instância, qualquer sugestão seja especulação, é possível desenvolver fortes argumentos em favor da identificação do monte Hor com o moderno monte Akkar. Primeiro, conforme já mencionado, em outros pontos parece que a fronteira norte seguiu a linha de uma antiga divis natural. O trecho ocidental da mesma divisa se estendia de Homs para oeste, ao longo daquilo que é conhecido pelo nom de depressão Trípoli-Homs-Palmira . Correndo ao longo de boa parte dessa depressão, havia também o rio el-Kabir, que deságua no Mediterrâneo logo ao sul da atual Sumra/Simyra. Essa depressão ficava próxima de um limite estabelecido durante vários períodos da Antiguidade, e constitui hoje em dia a fronteira entre os países modernos da Síria e do Líbano.24 Justaposto a esse vale, na extremidade setentrional do maciço do Líbano, fica o altaneiro monte Akkar. Ao contrário de outros candidatos a monte Hor, o monte Akkar se ergue ao lado dessa divisa que existe desde a Antiguidade. Além do mais, chama a atenção que, em vez de relacionar c monte Hor entre o Mediterrâneo e Lebo-Hamate na fronteira norte, Ezequiel (47.15; 48,1) faz referência ao "caminho de Hetlom", localidade desconhecida, mas que talvez se revele no nome da moderna cidade de Heitela, situada cerca de 37 quilômetros a nordeste de Trípoli e a apenas cerca de 3 quilômetros do rio el-Kabir.25 Devido à localização certa de alguns lugares e à repetida sugestão de que outros lugares poderiam ser associados àquilo que foi uma inquestionável fronteira na Antiguidade, parece possível que a fronteira norte de Israel se estendesse ao longo da extremidade norte dos montes Líbano e Antilíbano, seguindo o curso do rio el-Kabir até as proximidades do lago de Homs e, então, rumasse para o sul pelo vale de Bega até as encostas externas da serra do Antilíbano (a região de Lebo-Hamate). Em seguida, margeando aquela serra, fosse na direção leste até o deserto Oriental (as adiacências de Sadad), de onde basicamente seguia as margens do deserto até a região do monte Haura. Numa primeira leitura, outros textos bíblicos parecem indicar que a fronteira de Israel se estendia até "o grande rio Eufrates" (e.g., Gn 15:18; )s 1.4; cp. Dt 11:24). Um dos problemas na decifração dessa expressão tem a ver com sua verdadeira aplicação: pode-se empregá-la para descrever a fronteira norte de Israel (e.g., Gn 15:18; cp. Ex 23:31) ou a fronteira leste de Israel (e.g., Dt 11:24). Essa ambiguidade tem levado alguns escritores a interpretar a terminologia desses textos não como uma descrição de fronteira, e sim como a idealização de limites territoriais, antecipando a grandeza do reino de Davi e Salomão, quando o controle israelita chegou tão longe quanto o Eufrates (1Rs 4:21-1Cr 18.3; 2Cr 9:26). E possível encontrar base para tal ideia na referência mais expansiva e conclusiva ao "rio do Egito (o braço mais oriental do delta do Nilo) no texto de Gênesis 15, ao passo que o texto de Números 34:5, sobre a fronteira territorial, e o texto de Josué 15.4, sobre a fronteira tribal (cp. Ez 47:19-48.28), mais especificamente limitam aquela fronteira sul ao "ribeiro/uádi do Egito" (u. el-Arish). Outros estudiosos consideram que a descrição mais ampliada de Gênesis 15 tem relação geográfica com o nome da província persa (assíria? "Além do Rio", que designava o território da Palestina e da Síria (cp. Ed 4:10-11,16,17,20; 5.3; 6.6,8; 8.36; Ne 2:7-9; 3.7),26 ao passo que os textos de Números 34 e Josué 15 teriam em mente apenas a geografia da terra de Canaã. Ainda outros estudiosos consideram que as palavras "o grande rio" se refere ao rio el-Kabir, mencionado acima, às quais mais tarde se acrescentou uma interpolação ("Eufrates")27 Afinal, o nome árabe moderno desse rio (nahr el-Kabir) significa "o grande rio" - um nome bem merecido, pois o el-Kabir drena a maior parte das águas das serras litorâneas do Líbano. Nesse cenário final, em meio à realidade política da Monarquia Unida, "o grande rio" pode ter assumido um duplo significado, referindo-se tanto à fronteira norte real de Israel no el-Kabir quanto à fronteira idealizada no Eufrates. De qualquer maneira, o nome Eufrates não consta de textos que descrevem as fronteiras específicas do Israel bíblico.

FRONTEIRA LESTE
(Nm 34:10-12; Js 13:8-23; cp. Ez 47:18) A identificação da fronteira leste ou oriental depende de dois assuntos relacionados: (1) a linha estabelecida para a fronteira norte; (2) a relevância atribuída às batalhas contra Siom e Ogue (Nm 21:21-35). Com relação à fronteira oriental, a localização de todos os lugares mencionados é conjectura, exceção feita ao mar da Galileia e ao rio Jordão. Mas é justamente em relação ao rio Jordão que surge uma questão importante: os territórios a leste do Jordão e no final ocupados pelas tribos de Rúben, Gade e Manassés Oriental ficavam fora ou dentro do território dado a Israel? Em outras palavras, Israel começou a ocupar sua terra quando atravessou o Jordão (Is
3) ou quando atravessou o rio Arnom (Nm 21:13; cp. Dt 2:16-37; Jz 11:13-26)? Muitos estudos recentes adotam a primeira opção, com o resultado de que a fronteira oriental de Israel tem sido traçada no rio Jordão, entre o mar da Galileia e o mar Morto. Entretanto, é possível que essa ideia tenha sofrido grande influência da hinologia crista28 e deva inerentemente abraçar a premissa de que a fronteira oriental do Israel bíblico corresponda à fronteira oriental da entidade conhecida como Canaã. Essa ideia conflita com Josué 22 (esp. v. 9-11,13,32), que é um claro pronunciamento de que as três tribos da Transiordânia fazem parte de Israel e de suas 12 tribos, mas assim mesmo lhes foram dados territórios além da fronteira oriental de Canaã (que termina de fato no rio Jordão). Fazendo nítida distinção com "terra de Canaa" (Js 22:9-10,32), aquelas tribos receberam terras em Basã (Is 13:11-12; 17.1; 20.7; 22.7), em Gileade (Is 13:31-17.
1) e no Mishor ("planalto", Is 13:9-20.8).29 O peso de certos dados bíblicos pode sugerir uma hipótese alternativa, de que a fronteira da terra dada a Israel deveria se estender na direção leste até as margens do deserto Oriental, ficando mais ou menos próxima de uma linha que se pode traçar desde a região do monte Haura (o final da fronteira norte) até o deserto de Quedemote (perto do Arnom), o lugar de onde Moisés enviou espias para Siom, rei de Hesbom (Dt 2:24-26), e que, mais tarde, foi dado à tribo de Rúben (Js 13:18). Três linhas de raciocínio dão apoio a essa hipótese.

1. Deuteronômio 2-3 recapitula as vitórias obtidas contra Siom e Ogue e a entrega do território deles às duas tribos e meia de Israel. Essa entrega incluiu terras desde o Arnom até o monte Hermom, abarcando as terras do Mishor, de Gileade e de Basa até Saleca e Edrei (Dt 3:8; cp. 4.48; Js 13:8-12). Ao mesmo tempo, Deuteronômio 2.12 declara que, assim como os edomitas haviam destruído os horeus a fim de possuir uma terra, Israel de igual maneira desapossou outros povos para ganhar sua herança. Aqui a escolha das palavras é inequívoca e logicamente há apenas duas possíveis interpretações para a passagem: ou é uma descrição histórica daquelas vitórias obtidas contra os dois reis amorreus - Siom e Ogue - ou é uma insercão bem posterior no texto, como uma retrospectiva histórica para descrever o que, por fim, ocorreu na conquista bíblica liderada por Josué. Ora, em Deuteronômio 2.12 a questão não é se expressões pós-mosaicas existem no texto bíblico, mas se esse versículo é uma dessas expressões. Parece que a totalidade desse capítulo apresenta uma defesa bem elaborada que gira em torno de uma clara distinção entre aqueles territórios excluídos da herança de Israel (Edom, Moabe, Amom) e aqueles incluídos em sua herança (Basã, Gileade, Mishor). Nesse aspecto, parece que o versículo 12 afirma que tanto Edom quanto Israel receberam seus respectivos territórios devido à prerrogativa soberana, não à habilidade militar. Por causa disso, identifica-se um claro motivo teológico de por que Israel não deve conquistar terras além de seu próprio perímetro (cp. Jz 11:13-28; 2Cr 20:10; v. tb. Dt 2:20-22 - um êxodo amonita e edomita?). Se esse é o caso, então o versículo 12 é parte da estrutura de toda a narrativa e não pode ser facilmente rejeitado sob a alegação de trabalho editorial. Mas, mesmo que o versículo 12 seja interpretado como inserção posterior, ainda continua havendo uma nítida afirmativa semelhante nos versículos 24:31, os quais normalmente não são considerados inserções posteriores.30 Se a interpretação correta desses versículos é que, no desenvolvimento do tema, os acontecimentos históricos em torno da derrota dos reis Siom e Ogue fazem parte integral da narrativa como um todo, então o versículo 12 é uma declaração totalmente lúcida e clara sobre a fronteira oriental de Israel (Js 12:6).

2. Por determinação de Deus, na designação das cidades de refúgio (Nm 35:9-34; Dt 4:41-43; 19:1-10; Js 20:1-9) e das cidades levíticas (Lv 25:32-33; Nm 35:1-8; Js 21:8-42; 1Cr 6:54-81) levou-se devidamente em conta o território a leste do rio Jordão; no caso das cidades levíticas, dez das 48 estavam situadas em território transjordaniano. Enquanto o território da tribo de Manassés foi dividido como consequência do pedido daquela própria tribo, a herança territorial de Levi foi repartida por ordem divina, uma ideia que parece ilógica e até mesmo absurda caso se devam excluir, da herança de Israel, os territórios a leste do Jordão.

3. As atitudes demonstradas por Moisés (Nm
32) e Josué (Is
22) são consistentes com essa tese. Embora no início Moisés tenha feito objeção quando confrontado com o pedido de herança na Transjordânia, é crucial entender a natureza de sua resposta. Ele destacou que havia sido um esforço nacional que levara ao controle israelita dos territórios orientais; qualquer diminuição de esforço poderia enfraquecer a resolução das tribos restantes e conduzir, em última instância, à condenação divina. Como resultado, Moisés estabeleceu uma pré-condição antes de as duas tribos e meia poderem receber a herança transiordaniana: seus homens armados deviam se juntar aos demais na luta para conquistar Canaã! A preocupação de Moisés não era que isso seria irreconciliável com o plano e propósitos de Deus, mas que houvesse justiça e se evitasse o desânimo. Mais tarde, quando as duas tribos e meia cumpriram o voto e a terra de Canaã foi conquistada, Josué, orientado por Deus, despachou aquelas tribos - com a bênção e a instrução do do Senhor - para a herança que tinham por direito.

E possível que se levante a objeção de que essa hipótese não se harmoniza com Números 34:10-12, em que o rio Jordão claramente demarca a fronteira oriental. Pode-se talvez tratar essa objeção tanto geopolítica quanto contextualmente. Por um lado, é possível argumentar que Números 34 está delineando as fronteiras da terra de Canaã (que no lado oriental se estendia até o Jordão) e não a totalidade da terra dada ao Israel bíblico (v. 2,29). Por outro lado, parece que o contexto de Números 34 se refere à terra que, naquela época, continuava não conquistada, mas que, por fim, seria ocupada pelas restantes nove tribos e meia (v. 2,13-15; cp. Dt 1:7-8). Sendo um objetivo territorial que ainda não tinha sido alcançado na narrativa, aquela área delimitada se contrapunha claramente aos territórios já conquistados e anteriormente controlados por Siom e Ogue (Nm 21), mas agora teoricamente dados às tribos de Rúben, Gade e Manassés Oriental (Nm 32). Por isso, parece que Números 34 descreve um território que ainda devia ser conquistado (Canaã), em contraste com a totalidade do território que Deus dividiu e destinou para ser a herança do Israel bíblico. À luz dessas considerações parece, então, que não há necessariamente nenhuma discrepância entre essa narrativa, outros textos bíblicos relacionados à posição da fronteira oriental e uma hipótese que situa a divisa oriental ao longo da fronteira do grande deserto Oriental.

FRONTEIRA SUL
(Nm 34:3-5; Js 15:1-4; cp. Ez 47:19-48.
28) À questão crucial a decidir sobre a fronteira sul de Israel é onde essa fronteira encostava no mar Mediterrâneo. Isso acontecia no "rio" do Egito (o trecho mais a leste do delta do Nilo) ou no "ribeiro/uádi" do Egito (o u. el-Arish)? Todos os quatro textos bíblicos que delineiam a fronteira sul de Israel empregam o lexema nahal ("ribeiro/uádi") e não nahar ("rio").31 A expressão "o uádi [da terra) do Egito" ocorre em textos cuneiformes já da época de Tiglate-Pileser III e Sargão II, textos esses que descrevem ações militares ao sul de Gaza, mas não dentro do Egito.32 Na descrição de como Nabucodonosor tentou formar um exército para guerrear contra os medos, o livro de Judite (1.7-11) fornece uma lista detalhada de lugares: Cilícia, Damasco, as montanhas do Líbano, Carmelo, Gileade, Alta Galileia, Esdraelom, Samaria, Jerusalém... Cades, o uádi do Egito, Tafnes, Ramessés, Goshen, Mênfis e Etiópia. A sequência geográfica desse texto está claramente prosseguindo para o sul, situando então o uádi do Egito entre Cades (ou Cades-Barneia ou Cades de Judá) e Tafnes (T. Defana, um posto militar avançado na principal estrada entre a Palestina e o delta do Nilo) [v. mapa 33]. Também se deve observar que, em Isaías 27.12, a Lxx traduz nahal misrayim ("ribeiro/uádi do Egito") como Rhinocorura, a palavra grega que designa a colônia do período clássico que, hoje em dia, é ocupada pela cidadezinha de El-Arish .33 O vasto sistema do uádi el-Arish é o aspecto geográfico mais proeminente ao sul das áreas povoadas da Palestina. Ele tem um curso de quase 240 quilômetros antes de desaguar no mar Mediterrâneo cerca de 80 quilômetros ao sul de Gaza, drenando a maior parte do norte do Sinai, as regiões ocidentais do moderno Neguebe e parte do sul da Filístia . Às vezes, na descrição feita por geógrafos modernos, o uádi el-Arish está situado numa fronteira geológica natural entre o planalto do Neguebe e o Sinai.3 Todos esses dados favorecem a identificação do "ribeiro/uádi do Egito" que aparece na Biblia com o uádi el-Arish.35 Relacionada a esses dados está a questão da localização de Cades-Barneia. Ao longo da margem ocidental do moderno planalto do Neguebe, existem três fontes importantes que têm sido associadas com esse local: Ain Qadeis, Ain Qudeirat (cerca de 11 quilômetros a noroeste) e Ain Quseima (6 quilômetros ainda mais a noroeste). Todas as três fontes estão localizadas ao longo do limite geológico do u. el-Arish, nenhuma é claramente eliminada com base em restos de artefatos de cerâmica e cada uma oferece dados próprios a considerar quando se procura determinar a localização de Cades-Barneia. A candidatura de Ain Oadeis se fundamenta em três considerações: (1) Cades-Barneia aparece antes de Hazar-Hadar e Azmom nas duas descrições biblicas de fronteira (Nm 34:4: Is 15:3-4) que apresentam uma sequência leste-oeste; (2) esse lugar tem o mesmo nome da cidade bíblica; (3) está localizado junto à margem de uma ampla planície aberta, capaz de acomodar um grande acampamento.
Agin Qudeirat tem a vantagem de um suprimento de água abundante, de longe o maior da região. E Ain Queima está localizada bem perto de um importante cruzamento de duas estradas que ligam o Neguebe ao Sinai e ao Egito . Por esse motivo, não é de surpreender que, num momento ou noutro, cada um dos três locais tenha sido identificado como Cades-Barneia. Com base nos textos bíblicos, infere-se que Israel acampou em Cades-Barneia a maior parte dos 40 anos (Dt 1:46-2.14). Em termos geográficos, toda essa área apresenta um ambiente em geral adverso e desolador para a ocupação humana, de modo que é possível que todos esses três lugares e também todo o território intermediário fossem necessários para acomodar o acampamento de Israel. De qualquer maneira, por razões de praticidade, o mapa situa Cades-Barneia em Ain Oadeis, Hazar-Hadar em Ain Oudeirat e Azmom em Ain Queima, embora essas identificações sejam bastante provisórias. Assim como aconteceu com as demais, é muito provável que a fronteira sul de Israel tenha sido estabelecida basicamente em função de aspectos geográficos naturais. Seguindo uma linha semicircular e saindo do mar Morto, essa fronteira provavelmente se estendia na direção sudoeste, passando pelo Vale do Rifte e por Tamar, e indo até as cercanias do uádi Murra. Daí prosseguia, passando pela serra de Hazera e chegava à subida de Acrabim ("subida dos escorpiões"), que em geral é associada a Negb Safa.3 Ali uma antiga estrada israelense vem de Berseba, atravessa lebel Hathira e chega, numa descida ingreme, até o uádi Murra A partir daí é razoável inferir que a fronteira continuava a seguir o contorno do uádi, num curso para o sudoeste, até que alcançava as proximidades de um corredor estreito e diagonal de calcário turoniano que se estende por cerca de 50 quilômetros, desde o monte Teref até o monte Kharif, e separa o pico de Rimom da área de terra eocena logo ao norte. Depois de atravessar até a outra extremidade desse corredor, fica-se a uma distância de apenas uns oito quilômetros do curso superior do uádi Kadesh (um tributário do sistema de drenagem el-Arish). Seguindo o tributário, passando por Ain Qadeis (Cades-Barneia), então por Ain Qudeirat e Ain Queima, parece que a fronteira meridional seguia ao longo de todo esse "ribeiro/uádi do Egito" até o Mediterrâneo.

PALESTINA - relevo e vegetação
PALESTINA - relevo e vegetação
PALESTINA - Fronteira
PALESTINA - Fronteira

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Reino de Davi e de Salomão

Informações no mapa

Tifsa

Rio Eufrates

HAMATE

SÍRIA (ARÃ)

Hamate

Rio Orontes

Ribla

Zedade

ZOBÁ, ARÃ-ZOBÁ

Tadmor (Palmira)

Zifrom

Hazar-Enã

Lebo- Hamate

Gebal

Cobre

Berotai

Deserto da Síria

Sídon

SIDÔNIOS (FENÍCIA)

Cadeia do Líbano

BETE-REOBE

Cadeia do Antilíbano

Damasco

Mte. Hermom

Tiro

Abel

MAACÁ, ARÃ-MAACÁ

Basã

Terra de Cabul?

Hazor

Argobe

GESUR

Dor

Vale de Jezreel

En-Dor

Helão

Megido

Mte. Gilboa

Lo-Debar

Rogelim

Bete-Seã

Jabes-Gileade?

Salcá

Tobe

Sucote

Maanaim

Jope

Silo

Gileade

Ramá

Zereda

Rabá

Gezer

Gilgal

AMOM

Ecrom

Jerusalém

Hesbom

Gate

Belém

Medeba

FILÍSTIA

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Hebrom

En-Gedi

Aroer

Ziclague

Jatir

Betel

MOABE

Berseba

Ramote

Mispa

Aroer

Vale do Sal?

Torrente do Egito

Neguebe

Tamar

Cobre

Punom

EDOM

Deserto de Parã

Deserto da Arábia

Eziom-Geber

Elote, Elate

Bete-Horom Baixa

Bete-Horom Alta

Gezer

Gibeão

Geba

Quiriate-Jearim

Gibeá

Anatote

Baurim

Nobe

Baal-Perazim

Ecrom

Bete-Semes

Jerusalém

Fonte de Giom

Poço de En-Rogel

Gate

Vale de Elá

Azeca

Socó

Belém

Adulão

Queila

Gilo

Tecoa

Deserto de Judá

Cisterna de Sirá

Hebrom

Jesimom

Zife

Horesa

Estemoa

Carmelo

Maom

Informações no mapa

Reino de Davi

Reino de Salomão

Importações

Exportações

Para os hititas e a Síria: cavalos, carros de guerra

De Társis: ouro, prata, marfim, macacos, pavões

De Tiro: cedro, junípero, ouro

Para Tiro: cevada, trigo, vinho, azeite

Do Egito: cavalos, carros de guerra

De Ofir: ouro, pedras preciosas, madeira

Da Arábia: ouro, prata


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Samuel Capítulo 30 do versículo 1 até o 31
  • Davi e os Amalequitas (1Sm 30:1-31)
  • O retorno de Davi a Ziclague, onde ele e seus homens haviam feito seu quartel-general, foi tanto oportuno como trágico. Enquanto os homens marchavam para o norte com Aquis, os amalequitas do sul invadiram aquela região, capturaram e queimaram Ziclague, e levaram as mulheres e crianças cativas, que sem dúvida alguma seriam des-tinadas a uma escravidão pior que a morte (1-3). A dor dos homens consternados era grande e eles choraram, até que neles não houve mais força para chorar (4). Apesar da própria família de Davi ter sido levada (5), seus homens acrescentaram à sua angústia os murmúrios e uma rebelião revoltosa (6). Davi se esforçou no Senhor, seu Deus (6), "fortaleceu-se", "se reanimou" — ou como na versão Berkeley, "apoiou-se no Senhor seu Deus".

    Por intermédio de Abiatar, o sacerdote (7), com o éfode sagrado, consultou Davi ao Senhor (8) se deveria ou não perseguir os criminosos. Com a certeza de que ele alcançaria o grupo que atacara a cidade e recuperaria tudo o que fora tomado, Davi e seus homens chegaram ao ribeiro de Besor (9), ao sul de Ziclague. Este provavelmen-te deve ser identificado com o atual Uádi Ghazzeh, que nasce perto de Berseba, a sudeste de Ziclague, e deságua no Mediterrâneo a sudoeste de Gaza. Duzentos homens da com-panhia estavam tão exaustos que não podiam ir mais além; então a companhia foi divi-dida — em parte por prudência e necessidade — e 400 continuaram a perseguição (10).

    Os versículos 1:10 dão algumas sugestões valiosas "sobre como lidar com o desâni-mo", pois Davi se esforçou no Senhor, seu Deus, 6, uma chave para a profundidade de seu abatimento. (1) As causas do desânimo são: (a) aflição e perda, 1-3; (b) a dor e a tristeza que vêm dos golpes inesperados da vida, 4; e (c) a imcompreensão de companhei-ros íntimos quando se dá o melhor de si, 6. (2) A cura para o desânimo é encontrada em: (a) buscar a Deus em oração, 7,8; (b) ação resoluta, 9,10; e (c) acima de tudo, forte apoio do Senhor Deus.

    Davi e seus homens logo acharam um homem egípcio, quase inconsciente no campo (11), doente e sem alimento ou água por três dias. Os israelitas o reanimaram, e souberam que ele era um servo (13) — literalmente, escravo — de um senhor amalequita. Ele contou: Nós demos com ímpeto para a banda do sul dos queretitas, e para a banda de Judá, e para a banda do sul de Calebe e puse-mos fogo a Ziclague (14). Em todos os territórios que faziam fronteira com o sul do Neguebe, a terra deserta entre o sul do mar Morto e o Mediterrâneo. Perguntado se poderia conduzir Davi até o grupo de ataque, o jovem egípcio concordou desde que lhe fosse concedida imunidade e proteção (15).

    Davi e seus homens encontraram os inimigos desguarnecidos, ocupados em uma festa e na embriaguez por causa da grande quantidade de despojos que haviam trazido da terra dos filisteus e da terra de Judá (16). A destruição da companhia dos amalequitas foi completa, exceto dos 400 jovens que formavam uma corporação que mon-tava camelos e que conseguiram fugir para o deserto (17). Todos os cativos e os bens pessoais dos israelitas foram recuperados, além dos despojos da guerra — Este é o des-pojo de Davi (20) — que conquistara de outras vítimas do ataque amalequita (18-20).

    Ao retornar ao posto avançado no ribeiro de Besor, alguns dos 400 homens de Davi -descritos como maus e filhos de Belial (22) — opuseram-se a dividir os despojos com aqueles que foram deixados para trás. Filhos de Belial, cf. 1.16, comentário. Davi, porém, recusou a sugestão de que eles fossem menosprezados, reconheceu que Deus havia dado a vitória e estabeleceu o princípio de que a parte dos que desceram à peleja, será tal qual a dos que ficaram com a bagagem; igualmente repartirão (24) ; ou seja, deveriam dividir os despojos com igualdade. Este conceito fora apresentado em Números 31:27 e tornou-se uma regra constante desde aquele dia em diante (25). Do despojo tomado dos amalequitas, Davi enviou presentes para os líderes em Judá, que, sem dúvida alguma, o haviam tratado amigavelmente em diversas ocasiões. Estes eram os lugares em que andara Davi, ele e os seus homens (31). Todos os lugares mencionados eram cidades em Judá, e este ato de consideração e generosidade sem dúvi-da ajudou a pavimentar o caminho para que ele logo se tornasse rei de Judá.

    "Dividir e dividir Igualmente" é o assunto dos vv 21-25. Princípios que podem ser listados aqui: (1) Nem todos podem estar na linha de frente, 21; (2) Manter o acampamento base é importante, a despeito das reações que isto desperta, 22; (3) A generosidade e a bonda-de de Deus ordenam um tratamento justo para com todos, 23. Para variar a figura, podemos concluir que não só Paulo "que planta" e Apoio "que rega", mas aqueles que preparam a terra e fornecem a semente, também se regozijam pela colheita que Deus concede 1Co 3:6-9).


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de I Samuel Capítulo 30 do versículo 1 até o 31
    *

    30:1

    Ziclague. Ver nota em 27.6.

    amalequitas tinham dado com ímpeto. Ver notas em 15.2, 8. Tendo sido as vítimas das incursões vitoriosas de Davi (27.8), os amalequitas aproveitaram a ausência de Davi de Ziclague para retaliarem.

    o Sul.

    Ver nota em 27.10.

    * 30:2

    a ninguém mataram. É evidência notável da proteção providencial que o Senhor dera a Davi (v. 19; 26.12), cuja própria prática tinha sido bem diferente (27.9).

    * 30:3

    suas mulheres, seus filhos e suas filhas eram levados cativos. Essa virada dos eventos deve ter causado consternação excepcional, porque era a solicitude pela segurança das famílias que desde o início deve ter motivado a retirada de Davi e seus homens ao território dos filisteus (27.1, nota).

    * 30:6

    Davi se reanimou no SENHOR, seu Deus. Ver nota em 23.16.

    * 30:7

    Abiatar a trouxe. Ver nota em 22.20.

    * 30:9

    ribeiro de Besor. Ribeiros da estação chuvosa da vizinhança de Berseba e do sul convergem para o ribeiro de Besor, que corre para o noroeste até desembocar no mar Mediterrâneo. Davi e seus homens devem ter chegado à ravina uns 20 km ao sul de Ziclague.

    * 30:10

    cansados. Sua exaustão não é de se estranhar depois de uma marcha de mais de 96 km a partir de Afeque (29.1-11) até ao ribeiro de Besor.

    * 30:14

    a banda do sul dos queretitas. Os queretitas provinham provavelmente de Creta. São freqüentemente mencionados com os filisteus (Ez 25:16; Sf 2:5). Os "quereteus e peleteus" serviam sob o comando de Benaia, filho de Joiada, como tropas profissionais leais a Davi (2Sm 8:18; 15:18; 20:7, 23) e, pelo menos durante algum tempo, também a Salomão (1Rs 1:44). Que formavam o "guarda real" deduz-se de 2 Samuel 23.20, 23.

    a banda do sul de Calebe. Calebe, filho de Jefoné, é mencionado pela primeira vez em Nm 13:6 como um dos espias escolhidos para fazer um reconhecimento da terra de Canaã. É elogiado em Nm 14:24 como quem "perseverou" em seguir ao Senhor e que, portanto, receberia uma herança na Terra Prometida. Sua herança incluía Hebrom (Js 14:13, 14; Jz 1:20).

    * 30:19

    Não lhes faltou coisa alguma. Essa é mais uma prova marcante de como o Senhor vigiava com solicitude a situação de Davi (v. 2, nota).

    * 30:21

    ribeiro Besor. Ver nota no v. 9.

    * 30:22

    filhos de Belial. Ver nota em 2.12, onde é usada a mesma expressão hebraica.

    * 30:23

    o que nos deu o SENHOR. Davi reconhece que o salvamento bem-sucedido não foi obra dele mesmo, mas do Senhor (vs. 2, 19 e notas). Foi por isso que rejeitou a idéia de que as tropas na linha da frente têm o direito a mais despojos do que aqueles que permaneceram na retaguarda.

    * 30:26

    despojo aos anciãos de Judá. Provavelmente estivesse agradecendo a eles pela ajuda que lhes deram na sua fuga de Saul (v. 31). Entretanto também foi nessa região que Davi foi primeiramente reconhecido oficialmente como rei (2Sm 2:1-4).

    * 30.27-31

    Conforme diz o v. 31, essas cidades estavam dentro do alcance das peregrinações de Davi como fugitivo. Todas elas ficam no sul de Judá. Essa Betel (v.27), por exemplo, não deve ser confundida com a cidade mais ao norte, de mesmo nome (7.16, nota).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de I Samuel Capítulo 30 do versículo 1 até o 31
    30:6 Ao enfrentar-se à tragédia de ter perdido a suas famílias, os soldados do Davi começaram a voltar-se contra ele e inclusive até chegaram a falar de matá-lo. Em vez de planejar um resgate, procuraram a alguém que culpar. Mas Davi encontrou sua fortaleza em Deus e começou a procurar uma solução, e não um cabrito expiatório. Quando se em frente com problemas, recorde que não ajuda em nada procurar a quem culpar nem criticar. Em seu lugar, considere como pode ajudar a encontrar uma solução.

    30:7 Davi não podia ir ao tabernáculo a lhe pedir ao Senhor que o guiasse porque estava em território do Saul. Daí que pedisse o efod, o único objeto relacionado com o tabernáculo que possuía. Na presença do sacerdote e deste objeto sacerdotal, pediu a Deus sua direção. Quando Davi pediu o efod, pedia-lhe ao supremo sacerdote que lhe levasse o Urim e o Tumim, que se guardava em um saquito que estava unido ao efod. Solo o supremo sacerdote podia levar e utilizar o Urim e o Tumim. (se desejar mais informação sobre o efod e seu conteúdo, veja-a nota a Ex 39:1-21.)

    30.11-15 Os amalecitas deixaram cruelmente a este escravo para que morrera, mas Deus o usou para guiar ao Davi e a seus homens ao acampamento amalecita. Davi e seus homens trataram ao jovem com bondade e ele respondeu a esta bondade guiando-os ao inimigo. Trate aos que encontre com respeito e dignidade sem importar quão insignificantes pareçam ser. Nunca saberá como Deus os usará para ajudá-lo ou para persegui-lo, dependendo de como lhes responda.

    30:24, 25 Davi decretou uma lei para que os que guardassem a bagagem ou provisões se tratassem igual aos que lutavam na batalha. Na atualidade se requer de várias pessoas para proporcionar os serviços de apoio necessários para cada um dos soldados em batalha. Na igreja e em outras organizações, devemos tratar a quem dá serviços de apoio da mesma maneira que aos que estão na primeira linha. Sem contadores, secretárias, professores, nem administradores, os que estão no ministério público não levariam a cabo seu trabalho. Está na linha do frente? Não se esqueça de quem o apóia. Está no grupo de apoio? Esteja consciente de que seu posto, mesmo que seja um pouco menos encantador ou entusiasta, é vital para o trabalho de todo o grupo.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de I Samuel Capítulo 30 do versículo 1 até o 31

    C. os filisteus em Afeque (


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de I Samuel Capítulo 30 do versículo 1 até o 31
    Luz e trevas (27—30)

    Os capítulos 27:29-30 tratam das vitórias de Davi quando este busca a mente do Senhor, e o capítulo 28 registra a terrível derrota de Saul quando procura auxílio na casa de uma médium. Davi nem sempre an-dou na vontade do Senhor, pois pa-rece que sua fé lhe falta quando volta para Gate, a fim de viver sob a pro-teção do inimigo (cap. 27). Ele teve problemas em Gate anteriormente (21:10-15), mas agora liderava 600 homens e teve uma recepção muito melhor. Contudo, a jornada de Davi em território inimigo forçou-o a mentir para o rei (27:10-12), e Davi, quando os filisteus se ajuntaram (29:1), quase foi forçado a lutar con-tra seu próprio povo! Sempre temos problemas quando nos curvamos à sabedoria da carne. Apenas a graça de Deus impediu Davi de ter de ma-tar seu próprio povo.

    E notável o contraste entre os capítulos 28e30: Saul afastara-se do Senhor e, por isso, não tinha orien-tação divina (28:6), enquanto Davi olhava para o Senhor em busca de coragem e de orientação (30:6-9). "Buscai o Senhor enquanto se pode achar" (Is 55:6), é uma advertência à qual Saul não prestou atenção. Deus capacitou Davi não apenas para re-conquistar todas suas posses e seu povo, mas também para reunir o despojo colecionado pelo inimigo. Apreciamos o espírito gracioso dele em compartilhar os despojos com todos os que permaneceram ao lado dos suprimentos, como também sua benevolência em enviar presentes aos anciãos de Judá. Provavelmen-te, suas ações posteriores também tiveram um cunho político.

    O quadro é bastante distinto quando vemos Saul em sua visita noturna à casa da médium (cap. 28). Samuel morrera, mas Saul, mesmo enquanto aquele estava vivo, não gostava do ministério desse homem de Deus. É muito triste quando as pessoas desco-brem tarde demais os verdadeiros amigos. Saul tão desnorteado es-tava que foi visitar uma médium, e isso era proibido pela Lei. É alar-mante o ponto a que as pessoas chegam quando viram as costas ao Senhor. Têm havido vários de-bates em relação à possível apa-rição de Samuel no episódio da médium de En-Dor. Contudo, cer-tamente, o espírito que se apre-sentou ali não era o de Samuel, pois Deus não agiria em desacor-do com a sua própria Lei. A necro- mancia era uma prática expressa-mente proibida na Lei. Quem a infringisse era réu de morte (Lv 1:9:31;20:6,27). Quando ocorre a separação definitiva de Samuel e Saul (1Sm 15:35; 1Sm 1:6:1), vemos que o rei nunca mais se encontra com Samuel, porque Deus havia rejei-tado Saul. Por isso não mais falara com ele. Assim, em 1Sm 28:6, quando Saul consulta ao Senhor, Ele não lhe responde nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas. Logo, Deus também não lhe respondería enviando o espí-rito de Samuel. Não há nenhum caso na Bíblia em que o espírito de um morto volte para comuni-car qualquer mensagem da parte do Senhor. Isso é claramente dito por Jesus emLc 16:19-42, na parábola sobre o rico e Lázaro.

    É inimaginável que o rei Saul, um homem escolhido por Deus, sequer participasse em uma obra tão pecaminosa, contudo o registro está lá — "Aquele, pois, que pen-sa estar em pé veja que não caia" (1Co 10:12). Saul caminhava nas trevas, não na luz; ele disfarçou-se (embora, na verdade, mostrasse seu verdadeiro caráter); permitiu que uma mulher quebrasse a Lei; trouxe vergonha e derrota para sua nação, seu exército, sua família e para si mesmo.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Samuel Capítulo 30 do versículo 1 até o 31
    30.1 Terceiro dia. Davi gastou na sua volta três dias, em que percorreu uns 128 km. Estava fora de Ziclague havia já uns dez dias. E gastou um dia com os preparativos para a nova expedição contra os amalequitas.

    30.2 Os prisioneiros seriam vendidos como escravos aos povos vizinhos, principalmente aos egípcios.
    30.9 Ribeiro de Besor. No interior do Neguebe e servia como linha divisória entre as terras cultivadas ao norte e o deserto ao sul.

    30.10 Cansados. O segredo das vitórias de Davi estava nas suas ações fulminantes. Os 200 homens, entretanto; tiveram a sua ocupação - guardar a retaguarda e tomar conta da bagagem para que os outros pudessem agir desembaraçadamente. Já havia transcorrido dois dias.

    30.13 Três dias. Os amalequitas estavam na frente de Davi, ainda por três dias. Gastou cinco dias para alcançá-los.

    30.17 Feriu-os Davi. O ataque foi inesperado, noturno e terminou rapidamente. Para cuidar dos prisioneiros e recolher o despojo de guerra levou um dia, até à tarde do dia seguinte. Na volta gastou mais uns oito dias.

    30.24 Receberão artes iguais. Davi, conhecendo a lei mosaica (Nu 31:27-4), manda repartir o despojo igualmente entre todos (Js 22:8). Reavivou assim um preceito esquecido e para ser observado daí por diante.

    30.25 A frase: em Israel, até ao dia de hoje, indica, que o autor desta crônica vivera no tempo do Reino Unido. Para alguns, foi Abiatar, o sumo sacerdote, que assistira a esses fatos de perto. O nome Israel refere-se à nação inteira (Gn 35:10-11; 36:31).

    30:26-31 Todas as cidades mencionadas aqui, acham-se no Neguebe. Davi, embora estivesse no exílio e sob suserania filistéia, repartiu o despojo de guerra entre os anciãos de Judá, para agradecer-lhes a hospitalidade e mostrar que, no futuro, quando fosse constituído rei sobre Israel, a distribuição poderia repetir-se para a alegria de todos. • N. Hom. "O tino político de Davi". Usou três princípios socio-psicológicos para impor-se como rei:
    1) O princípio de dar (At 20:35), que é uma virtude e graça (2Co 8:1) ao mesmo tempo;
    2) O princípio de agradar (Gn 33:10-11), que é um meio de ganhar a simpatia;
    3) O princípio de impressionar (26), como guerreiro capaz e senhor de ricas presas, que é um recurso de impor-se.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Samuel Capítulo 30 do versículo 1 até o 31
    d) Davi marcha contra os amalequitas (30:1-31)
    v. 1-10. Assim, Davi retomou a Ziclague e descobriu que a cidade havia sido saqueada e que os seus habitantes haviam sido levados cativos (incluindo as suas duas esposas) pelos amalequitas, que tinham se aproveitado da ausência dos filisteus. O efeito sobre os guerreiros que estavam retornando foi devastador; os homens, amargurados (v. 6), colocaram a responsabilidade sobre Davi. Mas, com ele, desgraças naturais logo eram motivo para iniciar uma ação: Davi, porém, fortaleceu-se no Senhor, seu Deus (v. 6). Ordenou a Abiatar que trouxesse o manto sacerdotal e consultou para ver se deveria e teria condições de ser bem-sucedido na perseguição ao inimigo. Depois de receber uma resposta favorável, ele partiu com os seus 600 homens. No ribeiro de Besor, “um terço dos homens de Davi está exausto e não consegue continuar a perseguição, uma condição de forma alguma surpreendente, se tinham acabado de percorrer aproximadamente 130 quilômetros de Afeque para Zicla-gue em três dias” (A. R. S. Kennedy, p. 184).

    v. 11-20. Ao continuarem a marcha, os homens de Davi capturaram um egípcio no campo (v. 11), que estava abatido, pois tinha ficado três dias e três noites sem comer e sem beber (v. 12). Eles lhe deram de comer e o interrogaram. Ele lhes contou de um ataque contra o Neguebe dos queretitas, o território que pertence a Judá e o Neguebe de Calebe e — pior do que tudo aos ouvidos de Davi e dos seus homens — incendiamos a ádade de Ziclague (v. 14). O Neguebe (v. Driver, Notes, acerca Dt 27:10, p. 212, também p.
    223) é na verdade “a região seca”, e é assim usado em geral para se referir ao Sul. Os queretitas provavelmente eram uma subtribo dos filisteus; o nome provavelmente está associado a Greta (Gaftor), onde se originaram os filisteus. O Neguebe de Calebe, mencionado somente aqui (mas v. Js 16.19), é claramente o lar do clã de Calebe, ao qual pertencia Nabal (25.3). Quando recebeu garantias de que a sua vida seria poupada, o egípcio concordou em levar Davi aos saqueadores. Quando os encontraram, os amale-quitas estavam comendo, bebendo e festejando (v.


    16) o sucesso sobre Judá e os filisteus. A chegada de Davi os tomou totalmente de surpresa; somente 400 escaparam, montados em camelos. Davi recuperou todos os prisioneiros e os despojos intactos e, além disso, capturou muitos despojos dos amalequitas. No final da investida, anunciou-se: Estes são os despojos de Davi (v. 20). Diante da sugestão de que isso soe egoísta, Kennedy (p. 185) diz: “A causa disso é um texto corrompido e incompreensível”.

    v. 21-31. A continuação da história mostra Davi agindo como juiz em relação a dois problemas. Primeiro, todos os elementos maus e vadios (v. 22) entre os seguidores de Davi queriam repartir os despojos entre eles somente, mas Davi ordenou que a parte de quem ficou com a bagagem será a mesma de quem foi à batalha. Todos receberão partes iguais (v. 24). Esse precedente foi incorporado nas práticas do exército israelita: um decreto e uma ordenança para Israel, desde aquele dia até hoje (v. 25). Em segundo lugar, de volta a Ziclague, ele enviou parte dos bens às autoridades de Judá, que eram seus amigos (v. 26) em uma dezena de cidades. Ele tinha o direito de fazer isso com “os despojos de Davi” (v. 20), pois não era herem (“dedicado a Javé”), como quando Saul lutou contra Amaleque (cap. 15). Além do mais, isso poderia predispô-los a apoiar o seu reinado mais tarde.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Samuel Capítulo 30 do versículo 1 até o 31
    1Sm 30:1

    8. OS AMALEQUITAS, APÓS INCENDIAR ZICLAGUE, SÃO PERSEGUIDOS E DESTRUÍDOS (1Sm 30:1-9). Aproveitando-se da ausência das forças filistinas e dos homens de Davi, que se tinham retirado para o norte, os amalequitas assaltaram e pilharam o sul (isto é, o Negebe) e incendiaram Ziclague. Quando Davi retornou, encontrou a cidade em cinzas; e suas mulheres e crianças tinham sido arrebatadas para serem transformadas em escravas (1-3). Tal como em muitas outras ocasiões, Davi se esforçou (ou se fortaleceu) no Senhor seu Deus (6). Sl 18:2; Sl 27:14.

    >1Sm 30:7

    Davi dirigiu-se a Abiatar, o sacerdote, que há muito tempo estava com ele (cfr. 1Sm 22:20; 1Sm 23:6), para consultar o Urim, conforme já havia feito noutras oportunidades (exemplo, 1Sm 23:9-9). Ver anotação sobre 1Sm 28:6. A resposta é mais aguda no hebraico que nesta versão e é virtualmente: "Persegue! pois dominarás e libertarás" (8). Os queretitas (14). Ver 2Sm 8:18 nota. Os amalequitas, sabendo que o exército filisteu estava muito longe, e acreditando que Davi estava na companhia deles, entregaram-se a festejos (16). Mas, a despeito do cansaço devido a longa marcha desde Ziclague, os homens de Davi caíram sobre eles com força devastadora e os perseguiram desde a tardinha daquele dia até a tardinha do dia seguinte. Nenhum dos amalequitas escapou senão 400 jovens, montados em camelos, no que os amalequitas eram famosos (17). Davi recuperou tudo quanto os assaltantes haviam tomado, e além disso um grande despojo. Isso aparece na tradução do versículo 20, apresentada pela Vulgata e pela Septuaginta, o que aparece também nesta versão, quanto ao sentido. O despojo de Davi (20) era a parte que lhe tocava na qualidade de capitão do bando, e ele escolheu aquelas ovelhas e vacas para presentear muitos do seus amigos em Judá (26-31). O restante do vasto despojo -armas, ornamentos, jóias, dinheiro, vestes, etc. -foi eqüitativamente dividido entre os seguidores de Davi. Davi estabeleceu a regra, naquela ocasião, que diz: qual é a parte dos que desceram à peleja, tal também será a parte dos que ficaram com a bagagem (24). A mesma regra justa aparece igualmente em Nu 31:27 e Js 22:8. Políbio informa como os romanos observavam essa mesma lei.


    Dicionário

    Assim

    advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
    Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
    Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
    Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
    conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
    Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
    locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
    locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
    expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
    Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
    Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
    Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.

    Dia

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    o ‘calor do dia’ (Mt 20:12) significa o tempo das nove horas, quando no oriente o sol resplandece vivamente no Céu. ‘Pela viração do dia’ (Gn 3:8) é justamente antes do sol posto. Antes do cativeiro, os judeus dividiam a noite em três vigílias: a primeira vigília durava até à meia-noite (Lm 2:19), a média ia da meia-noite até ao cantar do galo (Jz 7:19), e a da manhã prolongava-se até ao nascer do sol (Êx 14:24). No N.T., porém, há referências a quatro vigílias, divisão que os judeus receberam dos gregos e romanos: a primeira desde o crepúsculo até às nove horas (Mc 11:11Jo 20:19) – a segunda, desde as nove horas até à meia-noite (Mc 13:35) – a terceira, desde a meia-noite até às três da manhã (Mc 13:35) – e a quarta, desde as três horas até ao romper do dia (Jo 18:28). o dia achava-se dividido em doze partes (Jo 11:9). A hora terceira, a sexta, e a nona, eram consagradas à oração (Dn 6:10, At 2:15, e 3.1). Parte de um dia era equivalente nos cálculos ao dia todo (Mt 12:40). os judeus não tinham nomes especiais para os dias da semana, mas contavam-nos desde o sábado. Usa-se, também, a palavra ‘dia’, como significando dia de festa (os 7:5), e dia de ruína (18:20, e os 1:11). Deve ser notado que no cálculo da duração de um reinado, por exemplo, conta-se uma pequena parte do ano por um ano completo. E assim se um rei subia ao trono no último dia do ano, o dia seguinte era o princípio do segundo ano do seu reinado. (*veja Cronologia, Tempo, Ano.)

    Entre os índios e em geral no Oriente, a palavra que trasladamos por dia tem uma significação primitiva, que corresponde exatamente ao termo caldeu sare, revolução.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O Velho Testamento

    [...] todo dia é também oportunidade de recomeçar, reaprender, instruir ou reerguer.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    Cada dia é oportunidade de ascensão ao melhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 58

    [...] cada dia é um ramo de bênçãos que o Senhor nos concede para nosso aperfeiçoamento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No livro da existência, cada dia é uma página em branco que confiarás ao tempo, gravada com teus atos, palavras e pensamentos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é nova oportunidade de orar, de servir e semear. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é desafio sereno da Natureza, constrangendo-nos docemente à procura de amor e sabedoria, paz e elevação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é a oportunidade desvendada à vitória pessoal, em cuja preparação falamos seguidamente de nós, perdendo-lhe o valor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é um país de vinte e quatro províncias. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é oportunidade de realizar o melhor. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o dia que deixas passar, vazio e inútil, é, realmente, um tesouro perdido que não mais voltará.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Diante do tempo

    O dia e a noite constituem, para o homem, uma folha do livro da vida. A maior parte das vezes, a criatura escreve sozinha a página diária, com a tinta dos sentimentos que lhe são próprios, nas palavras, pensamentos, intenções e atos, e no verso, isto é, na reflexão noturna, ajudamo-la a retificar as lições e acertar as experiências, quando o Senhor no-lo permite.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

    [...] Cada dia é uma página que preencherás com as próprias mãos, no aprendizado imprescindível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 31

    [...] O dia constitui o ensejo de concretizar as intenções que a matinal vigília nos sugere e que à noite balanceamos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6


    Dia
    1) Período de 24 horas (Rm 8:36;
    v. HORAS).


    2) Tempo em que a terra está clara (Rm 13:12).


    3) O tempo de vida (Ex 20:12).


    4) Tempos (Fp 5:16, plural).


    Dia O oposto à noite, à qual segue (Lc 21:37; Jo 9:4). Também espaço temporal de 24 horas. Os romanos contavam o dia de meia-noite a meia-noite — prática que perdura entre nós —, enquanto os judeus contemporâneos de Jesus iniciavam o dia com o surgimento da lua, concluindo-o no dia seguinte pela tarde. Para designar um dia completo, costumava-se empregar a expressão “noite e dia” (Mc 4:27; 5,5; Lc 2:37).

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    Diante

    advérbio Em frente ou à frente; em primeiro lugar: sentou-se diante.
    locução adverbial Em, por ou para diante. Num tempo futuro: de agora em diante tudo vai ser diferente.
    locução prepositiva Diante de. Localizado à frente de: colocou o livro diante do computador.
    Em companhia de: falou a verdade diante do júri.
    Como resultado de: diante das circunstâncias, decidiu pedir demissão.
    Etimologia (origem da palavra diante). De + do latim inante.

    Direito

    jurisprudência. – Segundo Bourg. e Berg. – “estas duas palavras significam, guardando umas tantas diferenças, a ciência das leis. – Direito (do latim directus ‘dirigido, direto’) é absoluto e geral; é a ciência das leis consideradas em sua essência, em suas relações com a moral e o direito natural, e relativamente ao fundo: o direito das gentes é o conjunto das leis que regulam as relações dos povos entre si; o direito romano é o conjunto das leis romanas, a concepção que os romanos tiveram do direito natural aplicado às relações sociais; o direito privado, o direito público formam igualmente um conjunto que dá a esta expressão sua significação geral. – Jurisprudência (do latim jus, juris ‘direito’, e prudentia ‘ciência’) é um termo relativo e particular, tendo relação com a forma, com as regras do direito, com os detalhes, com os usos, e com a aplicação da lei em tal ou tal caso, em tal ou tal país: a jurisprudência romana não é somente o conhecimento das leis romanas, mas também o da interpretação que faziam delas os tribunais e os jurisconsultos romanos. É no mesmo sentido que se diz: a jurisprudência de tal autor, de tal comentador, de tal legista; a jurisprudência da Corte de Apelação; a jurisprudência do Supremo Tribunal – isto é – a tradição seguida por esses tribunais na interpretação e aplicação da lei. – A jurisprudência pode, pois, variar, pois que ela depende das opiniões humanas; o direito, que deriva da moral, tem regras absolutas e imutáveis”.

    justiça. – A ideia comum a estes dois vocábulos, na acepção em que neste grupo são tomados, é – diz Laf. – a de significar a maneira – direita, justa – de proceder para com outrem. – Direito (de directum, rectum, regere “reger”, e daí regra “o que serve 366 Rocha Pombo para guiar, para fazer ir direito”) significa uma coisa. – Justiça é um termo abstrato, usado só no singular, e que exprime propriamente uma qualidade. – O direito é, pois, uma coisa, e a justiça uma qualidade – a qualidade dessa coisa. “Haverá um direito que se funde verdadeiramente na natureza e do qual se possa demonstrar a justiça por princípios tirados do conhecimento do homem?” (D’Ag.). – Das mesmas palavras diz o nosso Roq.: “O direito é o objeto da justiça, isto é, o que pertence a cada um. A justiça é a conformidade das ações com o direito; isto é, dar e conservar a cada um sua propriedade. – O direito é ditado pela natureza, ou estabelecido pela autoridade divina ou humana; pode variar algumas vezes segundo as circunstâncias. A justiça é a regra (o princípio) que é necessário seguir: não varia nunca”.

    Provém do verbo dirígere, que por sua vez, acrescido do prefixo intensificador dis, provém de régere (reger), cujo parentesco com rex (rei) é evidente. O direito, no passado, era muitas vezes definido pelo soberano, pelo rei, que criava e aplicava as leis.

    substantivo masculino Reunião das regras e das leis que mantêm ou regulam a vida em sociedade.
    [Jurídico] Ciência que estuda essas normas, leis e regras, em seu aspecto geral ou particular: direito civil; direito penal.
    [Jurídico] Reunião dessas leis e normas que vigoram num país.
    Aquilo que é garantido ao indivíduo por razão da lei ou dos hábitos sociais: direito de frequentar qualquer escola.
    Permissão legal: direito de pesca.
    Prerrogativa legal para impor ou para obedecer uma medida a alguém.
    Que expressa justiça; correto.
    adjetivo Que respeita as leis, as normas e os bons costumes; honesto.
    Segundo as regras morais e éticas: não é direito maltratar os cães.
    Cuja conduta não se pode censurar; irrepreensível.
    Que demonstra lealdade, honestidade e sinceridade; sincero.
    Que não em erros nem falhas; certo: seu cálculo está direito.
    De bom aspecto; adequado: meu vestido está direito?
    Reto ou vertical: caminho direito; levante-se e fique direito.
    Parte do corpo humano oposta ao coração: rim direito.
    Que se localiza no lado oposto ao esquerdo: apartamento 2º direito.
    Que utiliza o lado do corpo oposto ao coração; destro.
    advérbio De maneira honesta: vivia direito.
    De modo educado e atencioso: fale direito aos professores.
    De modo direto; sem obstáculos: saiu direito para o trabalho.
    Etimologia (origem da palavra direito). Do latim directus.

    Estatuto

    substantivo masculino Texto com regras que organiza e regula o funcionamento de algo (coletividade, organização, empresa, sociedade, escola, comércio etc.): os novos funcionários devem saber o estatuto da empresa.
    [Jurídico] Lei orgânica ou regulamento de um Estado, uma associação etc.: o estatuto dos funcionários públicos.
    substantivo masculino plural Texto que regulamenta o funcionamento de uma associação: os estatutos de um clube, de um grêmio.
    Etimologia (origem da palavra estatuto). Do latim statutum, “regulamento, lei”.

    Lei orgânica de um estado. Sociedade; leis

    Estatuto Lei (Ez 5:6).

    Hoje

    advérbio No dia em que se está.
    Hoje em dia, atualmente; na época presente, de agora.
    substantivo masculino No tempo presente: os homens de hoje.
    expressão Mais hoje, mais amanhã. Dentro de pouco tempo: mais hoje, mais amanhã ele conseguira o quer.
    Hoje em dia. Hoje em dia, as pessoas estão mais conectadas virtualmente.
    Etimologia (origem da palavra hoje). Do latim hodie.

    Israel

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

    Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


    Israel [O Que Luta com Deus] -

    1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

    2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

    3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

    4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

    Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

    Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

    Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Porquanto

    conjunção Porque; visto que: não foi ao casamento, porquanto perdeu o avião.
    Gramática Utilizada para unir orações ou períodos que possuam as mesmas características sintáticas.
    Gramática Tendo em conta o sentido, pode ser utilizada como conjunção explicativa, explicando ou justificando aquilo que havia sido dito ou escrito anteriormente.
    Etimologia (origem da palavra porquanto). Por + quanto.

    Pós

    elemento de composição Elemento de composição de palavras (prefixo) que dá a ideia do que é posterior, do que ocorre após, no espaço e no tempo: pós-graduação, após a graduação.
    Prefixo que atribui um juízo de valor negativo, desvalorizando o conceito ao qual está ligado: pós-verdade.
    Etimologia (origem da palavra pós). Do latim post, depois.

    elemento de composição Elemento de composição de palavras (prefixo) que dá a ideia do que é posterior, do que ocorre após, no espaço e no tempo: pós-graduação, após a graduação.
    Prefixo que atribui um juízo de valor negativo, desvalorizando o conceito ao qual está ligado: pós-verdade.
    Etimologia (origem da palavra pós). Do latim post, depois.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    (Davi)
    I Samuel 30: 25 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E assim foi desde aquele dia em diante, porquanto ele (Davi) pôs isto por estatuto e ordenança em Israel, até este dia de hoje.
    I Samuel 30: 25 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1010 a.C.
    H1931
    hûwʼ
    הוּא
    ele / ela / o / a
    (it)
    Pronome
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H2088
    zeh
    זֶה
    Esse
    (This)
    Pronome
    H2706
    chôq
    חֹק
    estatuto, ordenança, limite, algo prescrito, obrigação
    (had [assigned] a portion)
    Substantivo
    H3117
    yôwm
    יֹום
    dia
    (Day)
    Substantivo
    H3478
    Yisrâʼêl
    יִשְׂרָאֵל
    Israel
    (Israel)
    Substantivo
    H4605
    maʻal
    מַעַל
    parte mais alta, parte de cima adv
    (from the top)
    Substantivo
    H4941
    mishpâṭ
    מִשְׁפָּט
    julgamento, justiça, ordenação
    (and judgment)
    Substantivo
    H5704
    ʻad
    עַד
    até
    (until)
    Prepostos
    H7760
    sûwm
    שׂוּם
    pôr, colocar, estabelecer, nomear, dispor
    (and he put)
    Verbo


    הוּא


    (H1931)
    hûwʼ (hoo)

    01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

    uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

    1. ele, ela
      1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
      2. retomando o suj com ênfase
      3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
      4. (antecipando o suj)
      5. (enfatizando o predicado)
      6. aquilo, isso (neutro) pron demons
    2. aquele, aquela (com artigo)

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    זֶה


    (H2088)
    zeh (zeh)

    02088 זה zeh

    uma palavra primitiva; DITAT - 528; pron demons

    1. este, esta, isto, aqui, qual, este...aquele, esta...esta outra, tal
      1. (sozinho)
        1. este, esta, isto
        2. este...aquele, esta...esta outra, outra, outro
      2. (aposto ao subst)
        1. este, esta, isto
      3. (como predicado)
        1. este, esta, isto, tal
      4. (encliticamente)
        1. então
        2. quem, a quem
        3. como agora, o que agora
        4. o que agora
        5. pelo que
        6. eis aqui
        7. imediatamente
        8. agora, agora mesmo
      5. (poético)
        1. onde, qual, aqueles que
      6. (com prefixos)
        1. neste (lugar), então
        2. nestas condições, por este meio, com a condição que, por, através deste, por esta causa, desta maneira
        3. assim e assim
        4. como segue, coisas tais como estes, de acordo com, com efeito da mesma maneira, assim e assim
        5. daqui, portanto, por um lado...por outro lado
        6. por este motivo
        7. Apesar disso, qual, donde, como

    חֹק


    (H2706)
    chôq (khoke)

    02706 חק choq

    procedente de 2710; DITAT - 728a; n m

    1. estatuto, ordenança, limite, algo prescrito, obrigação
      1. tarefa prescrita
      2. porção prescrita
      3. ação prescrita (para si mesmo), decisão
      4. obrigação prescrita
      5. limite prescrito, fronteira
      6. lei, decreto, ordenança
        1. decreto específico
        2. lei em geral
      7. leis, estatutos
        1. condições
        2. leis
        3. decretos
        4. leis civis prescritas por Deus

    יֹום


    (H3117)
    yôwm (yome)

    03117 יום yowm

    procedente de uma raiz não utilizada significando ser quente; DITAT - 852; n m

    1. dia, tempo, ano
      1. dia (em oposição a noite)
      2. dia (período de 24 horas)
        1. como determinado pela tarde e pela manhã em Gênesis 1
        2. como uma divisão de tempo
          1. um dia de trabalho, jornada de um dia
      3. dias, período de vida (pl.)
      4. tempo, período (geral)
      5. ano
      6. referências temporais
        1. hoje
        2. ontem
        3. amanhã

    יִשְׂרָאֵל


    (H3478)
    Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

    03478 ישראל Yisra’el

    procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

    Israel = “Deus prevalece”

    1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
    2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
      1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
      2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
      3. o nome da nação depois do retorno do exílio

    מַעַל


    (H4605)
    maʻal (mah'al)

    04605 מעל ma al̀

    procedente de 5927; DITAT - 1624k subst

    1. parte mais alta, parte de cima adv
      1. em cima prep
      2. em cima de, acima, em lugar mais alto que com locativo
      3. para cima, mais alto, acima

    מִשְׁפָּט


    (H4941)
    mishpâṭ (mish-pawt')

    04941 משפט mishpat

    procedente de 8199; DITAT - 2443c; n m

    1. julgamento, justiça, ordenação
      1. julgamento
        1. ato de decidir um caso
        2. lugar, corte, assento do julgamento
        3. processo, procedimento, litigação (diante de juízes)
        4. caso, causa (apresentada para julgamento)
        5. sentença, decisão (do julgamento)
        6. execução (do julgamento)
        7. tempo (do julgamento)
      2. justiça, direito, retidão (atributos de Deus ou do homem)
      3. ordenança
      4. decisão (no direito)
      5. direito, privilégio, dever (legal)
      6. próprio, adequado, medida, aptidão, costume, maneira, plano

    עַד


    (H5704)
    ʻad (ad)

    05704 עד ̀ad

    propriamente, o mesmo que 5703 (usado como prep, adv ou conj); DITAT - 1565c prep

    1. até onde, até, até que, enquanto, durante
      1. referindo-se a espaço
        1. até onde, até que, mesmo até
      2. em combinação
        1. de...até onde, ambos...e (com ’de’, no sentido de origem)
      3. referindo-se ao tempo
        1. até a, até, durante, fim
      4. referindo-se a grau
        1. mesmo a, ao ponto de, até mesmo como conj
    2. até, enquanto, ao ponto de, mesmo que

    שׂוּם


    (H7760)
    sûwm (soom)

    07760 שום suwm ou שׁים siym

    uma raiz primitiva; DITAT - 2243; v.

    1. pôr, colocar, estabelecer, nomear, dispor
      1. (Qal)
        1. pôr, colocar, depositar, pôr ou depositar sobre, deitar (violentamente) as mãos sobre
        2. estabelecer, direcionar, direcionar para
          1. estender (compaixão) (fig.)
        3. pôr, estabelecer, ordenar, fundar, designar, constituir, fazer, determinar, fixar
        4. colocar, estacionar, pôr, pôr no lugar, plantar, fixar
        5. pôr, pôr para, transformar em, constituir, moldar, trabalhar, fazer acontecer, designar, dar
      2. (Hifil) colocar ou fazer como sinal
      3. (Hofal) ser posto