Enciclopédia de I Samuel 7:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1sm 7: 11

Versão Versículo
ARA Saindo de Mispa os homens de Israel, perseguiram os filisteus e os derrotaram até abaixo de Bete-Car.
ARC E os homens de Israel saíram de Mizpá, e perseguiram os filisteus, e os feriram até abaixo de Bete-Car.
TB Saindo de Mispa os homens de Israel, perseguiram os filisteus e feriram-nos, até o lugar que está por baixo de Bete-Car.
HSB וַיֵּ֨צְא֜וּ אַנְשֵׁ֤י יִשְׂרָאֵל֙ מִן־ הַמִּצְפָּ֔ה וַֽיִּרְדְּפ֖וּ אֶת־ פְּלִשְׁתִּ֑ים וַיַּכּ֕וּם עַד־ מִתַּ֖חַת לְבֵ֥ית כָּֽר׃
BKJ E os homens de Israel saíram de Mispá, e perseguiram os filisteus, e os feriram, até eles chegarem abaixo de Bete-Car.
LTT E os homens de Israel saíram de Mizpá; e perseguiram os filisteus, e os feriram até que eles chegaram abaixo de Bete-Car.
BJ2 As forças de Israel saíram de Masfa e perseguiram os filisteus até Bet-car,[z] e os destroçaram.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Samuel 7:11

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A AMEAÇA FILISTÉIA

séculos XII a XI a.C.
QUEM ERAM OS FILISTEUS
Sem dúvida, os filisteus representavam a ameaça mais séria à nação de Israel. Em seu quinto ano de reinado - 1180 a.C. Ramsés Ill, rei do Egito, derrotou os "povos do mar" numa batalha naval corrida, provavelmente, na foz do Nilo. Seus atos foram registrados em relevos entalhados nas paredes do templo consagrado a Amon em Medinet Habu, na margem ocidental do Nilo, próximo a Tebas. Esses relevos mostram os povos do mar chegando no Egito em carroções e embarcações .com suas famílias e pertences (parte do povo se deslocou por terra, acompanhando a costa do Levante). Um dos grupos dos povos do mar, chamado de pereset, é retratado usando adornos para a cabeça feitos com penas ou pedaços de junco alinhados perpendicularmente a uma faixa horizontal. Esse grupo corresponde as filisteus do Antign Testamento.
Um dos símbolos pictográficos encontrados num disco de argila em Festo, Creta, datado do século XVII a.C., mostra um adorno para a cabeça bastante parecido com os de Medinet Habu. Esta semelhança e a referência de Amós a Caftor' como local de procedência dos filisteus indicam que eram um grupo de origem cretense. A designação Caftor é equiparada com o nome egípcio Keftyw ("Creta"). E provável que os filisteus tenham sido expulsos de Creta por outros povos do mar, cuja identidade não vem ao caso aqui. Porém, estudos de anéis anuais de árvores europeias e mudanças de nível em turfeiras e lagos sugerem a ocorrência de uma crise no clima da Europa c. 1200 a.C., fato que pode ter desencadeado as migrações.
Os egípcios afirmavam ter conquistado uma grande vitória em sua batalha contra os povos do mar. O Papiro de Harris de Ramsés IV (1153-1147 a.C.) - um papiro com 40 m de comprimento no qual se encontram registrados os acontecimentos do reinado de Ramsés III - declara: "Derrotei todos aqueles que ultrapassaram os fronteiras do Egito, vindos de suas terras. Aniquilei o povo danuna vindo de suas ilhas, os tiekker e os pereset (filisteus)... os sherden e os weshwesh do mar foram exterminados". Os filisteus derrotados se assentaram na planície costeira do sul da Palestina, daí o nome dessa região.

A CULTURA FILISTÉIA
À chegada dos filisteus na Palestina é marcada em termos arqueológicos por suas cerâmicas peculiares (Período Micênico HIC1b), bastante semelhantes a exemplares egeus. Os filisteus foram o primeiro povo a usar o ferro na Palestina e, portanto, arqueologicamente, sua chegada também é marcada pela transição da Idade do Bronze para a Idade do Ferro. Devido ao monopólio desse metal pelos filisteus, os israelitas se tornarem dependentes de seus ferreiros para afar ferramentas. Cinco cidades filistéias importantes foram fundadas na costa do Mediterrâneo ou próximo a esta: Gaza, Asquelom, Asdode, Ecrom e Gate. O governante da cidade era chamado, em hebraico, de seren, um termo usado apenas para governantes filisteus e associado, por meio da língua grega, à palavra "tirano".

SANSÃO
O juiz Sangar libertou Israel dos filisteus, mas quem recebe destaque é Sansão, o juiz com forças sobre-humanas demonstradas quando ele matou mil homens com a queixada de um jumento e carregou a porta da cidade de Gaza até o alto de um monte? que julgou sobre Israel durante doze anos.* Seu ponto fraco, a atração por mulheres estrangeiras, o levou a perder os cabelos, a força e a visão. Apesar de seus atos de heroísmo dramáticos, Sansão não livrou Israel da opressão filistéia.

SAMUEL
Os filisteus representavam uma ameaça inigualável.' Eram soldados disciplinados possuíam armas superiores às dos israelitas. Cansados de invadir e saquear periodicamente o território de Israel, procuraram conquistá-lo em caráter definitivo. Deslocando-se do litoral para o interior, ocuparam grande parte dos montes da região central. Foi nesse contexto que Samuel cresceu na cidade de Siló, na região montanhosa de Efraim. Ali ficava o tabernáculo, ao qual haviam sido acrescentadas algumas construções permanentes," formando um complexo chamado de "templo do Senhor"." Durante sua juventude, Samuel foi instruído pelo sacerdote idoso Eli. Ao atingir a idade adulta, Samuel foi reconhecido como profeta do Senhor em todo o Israel, desde Da até Berseba. Também atuou como juiz, percorrendo um circuito que incluía Betel, Gilgal, Mispa e Ramá, a cidade onde morava.

OS FILISTEUS TOMAM A ARCA
De acordo com o livro de Samuel, depois que os filisteus mataram quatro mil israelitas no campo de batalha em Afeca, o povo pediu que a arca da Aliança fosse trazida de Siló para o acampamento israelita em Ebenézer (possivelmente Izbet Sarteh). Quando os filisteus ouviram os gritos de júbilo dos israelitas, pensaram que um deus havia chegado ao acampamento de Israel. Na batalha subsequente, os israelitas foram massacrados: trinta mil soldados, inclusive os dois filhos rebeldes de Eli, morreram e a arca da aliança foi tomada. Ao receber essa notícia, Eli caiu da cadeira onde estava assentado, quebrou o pescoço e morreu. Sua nora também morreu durante o parto, exclamando: "Foi-se a glória de Israel" (1Sm 4:22).
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.

OS VIZINHOS DE ISRAEL E JUDÁ

O LEGADO DE DAVI E SALOMÃO
Durante o reinado de Davi, Israel conquistou vários povos vizinhos, mas não todos. Ao norte, Hirão de Tiro e outros reis fenícios governavam uma faixa ao longo da costa do Mediterrâneo correspondente de forma aproximada a atual Líbano. Mais ao sul, também junto ao Mediterrâneo, os filisteus mantiveram sua independência. Do lado leste do rio Jordão e a leste e sul do mar Morto, Davi conquistou Amom, Moabe e Edom. Depois de derrotar Hadadezer de Zobá, Davi parece ter conseguido controlar parte da Síria até o rio Eufrates. Nos anos depois da morte de Salomão, essas regiões readquiriram sua independência.

AMOM
O centro do reino de Amom era a grande cidadela de Rabá- Amom (atual Amã, capital da Jordânia). Os amonitas eram descendentes de Ben-Ami, filho de Ló (sobrinho de Abraão) (com sua filha mais nova) A região a oeste que se estendia até o vale do Jordão entre os ribeiros Jaboque e Arnom era ocupada pelos amorreus.

MOABE
O reino de Moabe se concentrava no planalto entre o ribeiro de Arnom, que corria por um vale de até 500 m de profundidade, e o ribeiro de Zerede, a leste do mar Morto. Sua cidade mais importante era Quir-Haresete, a magnífica fortaleza de Kerak. A região ao norte do rio Arnom era chamada de Misor, ou campinas de Moabe. Os moabitas eram descendentes de Ló com sua filha mais vela. Rute, a bisavó de Davi, era moabita. Moabe era uma região conhecida pela criação de ovinos e, por algum tempo, teve de pagar a Israel um tributo anual de cem mil cordeiros e a lã de cem mil carneiros.

EDOM
Os edomitas eram descendentes de Esaú, o irmão mais velho de Jacó. Ocupavam o território ao sul do mar Morto e a sudeste do ribeiro de Zerede. Essa região montanhosa também era chamada de monte Seir, que significa "peludo", pois era coberta de uma vegetação densa constituída, em sua maior parte, de arbustos. Abrangia a Arabá, ou deserto de Edom, a grande depressão que liga o mar Morto ao mar Vermelho. Sua capital, Sela, pode ser identificada com Petra, a cidade que viria a ser conhecida como a espetacular capital rosada dos árabes nabateus.

A REGIÃO AO SUL DO MAR MORTO
Ao sul de uma linha imaginária entre Gaza e Berseba, estendendo-se para o leste até o sul do mar Morto, fica o deserto de Zim. Essa área extensa que constitui a parte norte do deserto do Sinai apresenta um índice pluviométrico anual inferior a 200 mm e, portanto, não pode ser usada para a agricultura. Judá procurou exercer controle sobre Edom e essa região. Os portos de Eziom-Geber (possivelmente Tell el-Kheleifeh) e Elate no norte do golfo de Ácaba permitiam que Judá tivesse acesso ao mar Vermelho e seu comércio valioso.

OS FILISTEUS
Quatro cidades filistéias, Ecrom, Asdode, Asquelom e Gaza, permaneceram independentes do controle de Israel e Judá. Apenas Gate foi controlada pelo reino de Judá.

O LÍBANO
Os montes da região norte da Galileia são separados das cadeias de montanhas do Líbano ao norte pelo vale profundo do rio Litani que desemboca no Mediterrâneo alguns quilômetros ao norte de Tiro. As montanhas de até 3.088 m de altura que passam cerca da metade do ano cobertas de neve explicam o nome "Líbano", que significa "branco". As coníferas e cedros do Líbano forneciam a madeira de melhor qualidade do Antigo Oriente Próximo, cobiçadas por reis da Mesopotâmia e do Egito, e também por Salomão, que adquiriu dessa região a madeira para o templo do Senhor em Jerusalém. A leste da cadeia de montanhas do Líbano encontra-se o vale de Becá. As montanhas formam uma barreira natural, impedindo que as chuvas cheguem ao vale onde o índice pluviométrico anual não passa de 250 mm. Os rios Orontes e Litani correm, respectivamente, ao longo do norte e do sul do vale para o mar Mediterrâneo. A leste de Becá fica a cadeia de montanhas do Antilíbano, cujo pico mais alto é o do monte Hermom (também chamado de Sirion ou Senir) com 2.814 m de altura. A costa mediterrânea do Libano possui

DO OUTRO LADO DO MAR
Os fenícios da costa do Líbano eram exímios marinheiros. Salomão contratou marujos de Hirão, rei de Tiro, para seus empreendimentos comerciais no mar Vermelho. Os israelitas, por sua vez, eram um povo ligado à terra que mostrava pouco entusiasmo pelo mar, como o salmista deixa claro: "Subiram até aos céus, desceram até aos abismos; no meio destas angústias, desfalecia-lhes a alma. Andaram, e cambalearam como ébrios, e perderam todo tino. Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações" (SI 107:26-28).

A SÍRIA
A leste da cadeia do Antilíbano fica o país chamado hoje de Síria. Este foi o nome que os romanos deram à região, que incluía a Palestina, quando Pompeu a conquistou em 63 .C. e a transformou numa província romana. No tempo do Antigo Testamento, a região ao redor de Damasco e mais ao norte era chamada de Hara. Davi firmou alianças com os reis arameus de Gesur (a leste do mar da Galileia) e Hamate. Conquistou Zoba (ao norte de Damasco), estendendo seu domínio até o rio Eufrates. Damasco recobrou sua independência durante o reinado de Salomão quando um certo Rezom passou a controlar a região. Ben-Hadade II, Hazael e Ben-Hadade IlI, reis posteriores de Damasco, entraram em conflito repetidamente com Israel, o reino do norte.

A LESTE DO JORDÃO
Basã e Gileade, a leste do rio Jordão, faziam parte da terra prometida, e, portanto, não eram vizinhos de Israel. Entretanto, a fim de fornecer uma descrição mais abrangente, devemos tratar dessas terras do outro lado do rio. Nessa região, os ventos frios do deserto que, no inverno, sopram sobre os montes orientais impedem o cultivo de oliveiras e, em alguns lugares, também de vinhas.

Vizinhos de Israel e Judá
Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam. em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.

Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.
Cedros nas montanhas do Líbano.

CIDADES DO MUNDO BÍBLICO

FATORES QUE INFLUENCIARAM A LOCALIZAÇÃO
Várias condições geográficas influenciaram a localização de assentamentos urbanos no mundo bíblico. Em termos gerais, nesse aspecto, eram cinco os principais fatores que podiam ser determinantes:


(1) acesso à água;
(2) disponibilidade de recursos naturais;
(3) topografia da região;
(4) topografia do lugar;
(5) linhas naturais de comunicação. Esses fatores não eram mutuamente excludentes, de sorte que às vezes era possível que mais de um influenciasse na escolha do lugar exato de uma cidade específica.


O mais importante desses fatores era a ponderação sobre o acesso à água, em especial antes da introdução de aquedutos, sifões e reservatórios. Embora seja correto afirmar que a água era um aspecto central de todos os assentamentos num ambiente normalmente árido, parece que a localização de algumas cidades dependeu exclusivamente disso. Dois exemplos são: Damasco (situada no sopé oriental dos montes Antilíbano, num vasto oásis alimentado pelos caudalosos rios Abana e Farfar (2Rs 5:12) e Tadmor (localizada num oásis luxuriante e fértil no meio do deserto Oriental). Devido à disponibilidade de água doce nesses lugares, aí foram encontrados assentamentos bem anteriores à aurora da história bíblica, e esses dois estão entre alguns dos assentamentos mais antigos ocupados ininterruptamente no mundo bíblico. Outras cidades foram estabelecidas de modo a estarem bem perto de recursos naturais. A localização de Jericó, um dos assentamentos mais velhos da antiga Canaã, é uma excelente ilustração. A Jericó do Antigo Testamento foi construída ao lado de uma fonte excepcionalmente grande, mas também é provável que a cidade tenha sido estabelecida ali porque aquela fonte ficava perto do mar Morto e de seus recursos de betume. O betume era um produto primário de grande valor, com inúmeros usos. Na Antiguidade remota, o mar Morto era uma das poucas fontes conhecidas desse produto, de sorte que o betume dali era recolhido e transportado por todo o Egito e boa parte do Crescente Fértil. Como consequência, uma motivação econômica inicialmente levou à região uma colônia de operários e logo resultou na fundação de uma povoação nas proximidades. De modo análogo, a localização da antiga cidade de Sardes, situada próxima da base do monte Tmolo e junto do ribeiro Pactolo, foi com certeza determinada pela descoberta de ouro naquele lugar, o que criou sua renomada riqueza.
Sabe-se de moedas feitas com uma liga de ouro e prata que foram cunhadas em Sardes já no sétimo século a.C.
A localização de algumas cidades se deveu à topografia da região. Já vimos como a posição de Megido foi determinada para controlar um cruzamento de estradas num desfiladeiro na serra do monte Carmelo. Da mesma maneira, a cidade de Bete-Horom foi posicionada para controlar a principal via de acesso para quem vai do oeste para o interior das montanhas de Judá e Jerusalém. A topografia regional também explica a posição de Corinto, cidade portuária de localizacão estratégica que se estendeu desordenadamente no estreito istmo de 5,5 quilômetros de terra que separa o mar Egeu do mar Adriático e forma a única ligação entre a Grécia continental e a península do Peloponeso.
Outras cidades estavam situadas de acordo com o princípio de topografia local. Com exceção do lado norte, em todos os lados Jerusalém estava rodeada por vales profundos com escarpas superiores a 60 metros. Massada era uma mesa elevada e isolada, cercada por penhascos rochosos e escarpados de mais de 180 metros de altura em alguns lugares.
A cidade de Samaria estava em cima de uma colina isolada de 90 metros de altura e cercada por dois vales com encostas íngremes. Como consequência da topografia local, essas cidades comumente resistiam melhor a ataques ou então eram conquistadas só depois de um longo período de cerco. Por fim, linhas naturais de comunicação podem ter determinado a localização de alguns assentamentos urbanos. Uma ilustracão clássica desse critério é Hazor - uma plataforma bastante fortificada, uma capital de província (Is 11:10) e um tell de 0,8 quilômetros quadrados que era um dos maiores de Canaã. A localização da cidade foi ditada pela posição e trajeto da Grande Estrada Principal. Durante toda a Antiguidade, Hazor serviu de porta de entrada para a Palestina e pontos mais ao sul, e com frequência textos seculares se referem a ela associando-a ao comércio e ao transporte. Da mesma forma, é muito provável que linhas de comunicação tenham sido o fator determinante na escolha do lugar onde as cidades de Gaza e Rabá/Ama vieram a ser estabelecidas.
Também é muito improvável que várias cidades menores iunto à via Inácia, a oeste de Pela (Heracleia, Lychnidos e Clodiana), tivessem se desenvolvido não fosse a existência e a localização dessa artéria de grande importância. E existem localidades ao longo da Estrada Real da Pérsia (tais como Ciyarbekir e Ptéria) cuja proeminência, se não a própria existência, deve-se à localizacão daquela antiga estrada. Como os fatores que determinavam sua localização permaneciam bem constantes. no mundo bíblico cidades tanto pequenas quanto grandes experimentavam, em geral, um grau surpreendente de continuidade de povoação. Mesmo quando um local era destruído ou abandonado por um longo período, ocupantes posteriores eram quase sempre atraídos pelo(s) mesmo(s) fator(es) que havia(m) sido determinante(s) na escolha inicial do lugar. Os colonos subsequentes tinham a satisfação de poder usar baluartes de tijolos cozidos, segmentos de muros ainda de pé, pisos de terra batida, fortificações, silos de armazenagem e poços. À medida que assentamentos sucessivos surgiam e caíam, e com frequência as cidades eram muitas vezes construídas literalmente umas em cima das outras, a colina plataforma (tell) em cima da qual se assentavam (Js 11:13; Jr 30:18-49.
2) ia ficando cada vez mais alta, com encostas mais íngremes em seu perímetro, o que tornava o local gradativamente mais defensável. Quando esse padrão se repetia com frequência, como é o caso de Laquis, Megido, Hazor e Bete-Sea, o entulho de ocupação podia alcançar 20 a 30 metros de altura.

A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DE CIDADES ANTIGAS
Isso leva à questão da identificação de locais, o que é crucial para os objetivos de um atlas bíblico. A continuidade de ocupação é útil, mas a identificação segura de lugares bíblicos não é possível em todos os casos devido a dados documentais insuficientes e/ou a um conhecimento limitado da geografia. Muitos nomes não foram preservados e, mesmo quando um topônimo sobreviveu ou, em tempos modernos, foi ressuscitado e aplicado a determinado local, tentativas de identificação podem estar repletas de problemas. Existem casos em que um nome específico experimentou mudança de local. A Jericó do Antigo Testamento não ficava no mesmo lugar da Jericó do Novo Testamento, e nenhum dos dois. lugares corresponde à moderna Jericó. Sabe-se que mudanças semelhantes ocorreram com Siquém, Arade, Berseba, Bete-Sea, Bete-Semes, Tiberíades etc. Mudanças de nomes também acontecem de uma cultura para outra ou de um período para outro. A Rabá do Antigo Testamento se tornou a Filadélfia do Novo Testamento, que, por sua vez, transformou-se na moderna Amã. A Aco do Antigo Testamento se tornou a Ptolemaida do Novo Testamento, que, por sua vez, tornou-se a Acre dos cruzados.
A Siquém do Antigo Testamento se tornou a Neápolis do Novo Testamento, a qual passou a ser a moderna Nablus. E em alguns casos uma mudança de nome aconteceu dentro de um Testamento (e.g., Luz/Betel, Quiriate-Arba/Hebrom, Quiriate-Sefer/Debir e Laís/Dá). Frequentemente a análise desses casos exige uma familiaridade bastante grande com a sucessão cultural e as inter-relações linguísticas entre várias épocas da história da Palestina. Mesmo assim, muitas vezes a identificação do lugar continua difícil. Existe também o problema de homonímia: mais de um lugar pode ter o mesmo nome. As Escrituras falam de Afeque ("fortaleza") 143 no Líbano (Js 13:4), na planície de Sarom (1Sm 4:1), na Galileia (Js 19:30) e em Gola (1Rs 20:26-30). I Existe Socó ("lugar espinhoso") 45 na Sefelá (1Sm 17:1), em Judá (Is 15:48) e na planície de Sarom (1Rs 4:10). 16 Conforme ilustrado aqui, normalmente a homonímia acontece devido ao fato de os nomes dos lugares serem de sentido genérico: Hazor significa "terreno cercado", Belém significa "celeiro", Migdal significa "torre", Abel significa "campina", Gibeá significa "colina'", Cades significa "santuário cultual", Aim significa "fonte", Mispá significa "torre de vigia", Rimom significa "romã/ romázeira" e Carmelo significa "vinha de Deus". Por isso não é surpresa que, na Bíblia, mais de um lugar seja associado com cada um desses nomes. Saber exatamente quando postular outro caso de homonímia sempre pode ser problemático na criação de um atlas bíblico. Outra dimensão da mesma questão complexa acontece quando um mesmo nome pode ser aplicado alternadamente a uma cidade e a uma província ou território ao redor, como no caso de Samaria (1Rs 16:24, mas 1Rs 13:32), Jezreel (1Rs 18:45-46, mas Js 17:16), Damasco (Gn 14:15, mas Ez 27:18) ou Tiro (1Rs 7:13, mas 2Sm 24:7).
A despeito dessas dificuldades, em geral três considerações pautam a identificação científica de lugares bíblicos: atestação arqueológica, tradição ininterrupta e análise literária/ topográfica."7 A primeira delas, que é a mais direta e conclusiva, identifica determinada cidade por meio de uma inscrição desenterrada no lugar. Embora vários exemplos desse tipo ocorram na Síria-Mesopotâmia, são relativamente escassos na Palestina. Documentação assim foi encontrada nas cidades de Gezer, Arade, Bete-Sea, Hazor, Ecrom, Laquis, Taanaque, Gibeão, Dá e Mefaate.


Lamentavelmente a maioria dos topônimos não pode ser identificada mediante provas epigráficas, de modo que é necessário recorrer a uma das outras duas considerações. E possivel utilizar a primeira delas, a saber, a sobrevivência do nome, quando, do ponto de vista léxico, o nome permaneceu o mesmo e nunca se perdeu a identidade do local. Esse critério é suficientemente conclusivo, embora se aplique a bem poucos casos: Jerusalém, Hebrom, Belém e Nazaré. Muitos lugares modernos com nomes bíblicos são incapazes de oferecer esse tipo de apoio de tradição ininterrupta. Como consequência, tendo em vista as mudanças de nome e de lugar, isso suscita a questão óbvia - que continua sendo debatida em vários contextos - de até que ponto essas associações são de fato válidas. Aparentemente essas transferências não aconteceram de forma aleatória e impensada. Mudanças de localização parecem estar confinadas a um raio pequeno. Por exemplo, a Jericó do Antigo Testamento, a Jericó do Novo Testamento e a moderna Jericó estão todas dentro de uma área de apenas 8 quilômetros, e em geral o mesmo se aplica a outras mudanças de localização.
Ocasionalmente, quando acontece uma mudança de nome, o nome original do lugar é preservado num aspecto geográfico das proximidades. O nome Bete-Semes (T. er-Rumeilah) se reflete numa fonte contígua (Ain Shems); da mesma forma, Yabis, o nome moderno do uádi, é provavelmente uma forma que reflete o nome do local bíblico de Jabes(-Gileade], ao lado do qual ficava, na Antiguidade. Quando os dados arqueológicos proporcionam provas irrefutáveis do nome bíblico de um local, é bem comum que aquele nome se reflita em seu nome moderno. Por exemplo, a Gibeão da Bíblia é hoje em dia conhecida pelo nome de el-Jib; o nome Taanaque, que aparece na Bíblia, reflete-se em seu nome moderno de T. Tilinnik; a Gezer bíblica tem o nome refletido no nome moderno T. Jezer. Conquanto a associação de nomes implique alguns riscos, com frequência pode propiciar uma identificação altamente provável.
Um terceiro critério usado na identificação de lugares consiste em análise literária e topográfica. Textos bíblicos frequentemente oferecem uma pista razoavelmente confiável quanto à localização aproximada de determinado lugar. Um exemplo é a localização da Ecrom bíblica, uma das principais cidades da planície filisteia. As Escrituras situam Ecrom junto à fronteira norte da herança de Judá, entre Timna e Siquerom (Is 15:11), embora, na verdade, o local tenha sido designado para a tribo de Da (Is 19:43). Nesse aspecto, a sequência das cidades neste último texto é significativa: Ecrom está situada entre as cidades da Sefelá (Zorá, Estaol, Bete-Semes e Aijalom) e outras situadas nas vizinhanças de Jope, no litoral (Bene-Beraque e Gate-Rimom), o que fortalece a suposição de que se deve procurar Ecrom perto da fronteira ocidental da Sefelá (Js 19:41-42,45). Além do mais, Ecrom era a cidade mais ao norte dentro da área controlada pelos filisteus (Js 13:3) e era fortificada (1Sm 6:17-18). Por fim, Ecrom estava ligada, por uma estrada, diretamente a Bete-Semes e, ao que se presume, separada desta última por uma distância de um dia de viagem ou menos (1Sm 6:12-16). Desse modo, mesmo sem o testemunho posterior de registros neoassírios,149 Ecrom foi procurada na moderna T. Migne, um tell situado onde a planície Filisteia e a Sefelá se encontram, na extremidade do vale de Soreque, no lado oposto a Bete-Semes.
Ali, a descoberta de uma inscrição que menciona o nome do lugar bíblico confirmou a identificação.150 Contudo, existem ocasiões em que a Bíblia não fornece dados suficientes para identificar um lugar. Nesses casos, o geógrafo histórico tem de recorrer a uma análise de fontes literárias extrabíblicas, do antigo Egito, Mesopotâmia, Síria ou Ásia Menor. Alternativamente, a identificação de lugares é com frequência reforçada por comentários encontrados em várias fontes:


De qualquer maneira, mesmo quando todas essas exigências são atendidas, não se deve apresentar como definitiva a identificação de lugares feita apenas com base em análise topográfica. Tais identificações só devem ser aceitas tendo-se em mente que são resultado de uma avaliação probabilística.

Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
Principais sítios arqueológicos da Palestina
Principais sítios arqueológicos da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Samuel Capítulo 7 do versículo 1 até o 17
O termo consagrado ou consagraram (1) é usado aqui no seu sentido mais comum do Antigo Testamento, o de "separar para o servi-ço a Deus". Embora nunca lhe faltasse completamente o conceito de libertação do pecado ou de pureza moral, mesmo no Antigo Testamento, foi somente com a vinda de Cristo que o significado da palavra pôde ser totalmente compreendido. No Novo Testamento, o con-ceito da separação ou consagração permanece, mas o significado predominante é o da santificação ou da libertação do pecado.

É difícil saber exatamente por que a arca permaneceu tanto tempo em Quiriate-Jearim. A referência a vinte anos (2) é aparentemente o período de tempo entre o retor-no da arca a Israel e a reforma feita por Samuel em 7.3ss, desde que a arca ainda perma-neceu na casa de Abinadabe até o começo do reinado de Davi (2 Sm 6.3,4). Alguns supõem que Siló tenha sido ocupada pelos filisteus durante essa época, enquanto Samuel preparava-se para a reforma que será descrita a seguir. Talvez Siló estivesse em ruínas nesse período. O que se sabe é que a cidade esteve, em determinada época, completa-mente destruída, pois suas ruínas são apontadas por Jeremias (7:12-14) como uma evi-dência da certeza do julgamento divino.

4. Samuel como Juiz (7:3-17)

Samuel havia sido reconhecido como profeta do Senhor há muito tempo. Agora ele assume o seu lugar na história sagrada como o último dos juízes. Estes eram líderes militares por cujas mãos o Senhor trouxe libertação para o seu povo. Também serviam em um trabalho civil, em razão do respeito que os seus companheiros tinham por eles. Embora não saibamos a idade de Samuel na época da captura da arca pelos filisteus, provavelmente estava na casa dos seus quarenta anos na época em que ocorreram os seguintes eventos".
Samuel convocou o povo de Israel para com todo o coração retornarem [conver-terem-se] ao Senhor (3). Os desastres dos últimos anos e a ocupação pelos filisteus tinham preparado o caminho para essa convocação, pois lamentava toda a casa de Israel após o Senhor (2). Converter-se ao Senhor é a expressão familiar do Antigo Testamento para descrever o genuíno arrependimento. Somente um afastamento since-ro dos falsos deuses e um serviço decidido ao Deus verdadeiro poderia abrir caminho para a libertação divina das mãos de seus inimigos

Os baalins e os astarotes (4) representam os deuses dos cananeus e de grande parte do Oriente Próximo daquela época. Baalins é a forma plural de baal, uma palavra que significa "senhor", "possuidor" e "marido". Originalmente um substantivo comum, a palavra passou a ser usada como um nome próprio para descrever as várias divindades locais que supostamente controlavam a fertilidade das terras e dos rebanhos. Também era usada para descrever o baal supremo ou senhor de um país. A adoração aos baalins era viciosa e depravada. Astarote era uma deusa também conhecida como Astarte, ado-rada pelos fenícios e pelos cananeus. Era correspondente à Vênus dos gregos, e era a deusa do sexo e da fertilidade.

O passo seguinte de Samuel foi reunir o povo em Mispa, quase treze quilômetros ao norte de Jerusalém, e não distante da cidade de Ramá, que era a sua terra natal e onde ele havia estabelecido a sua moradia (1.19; 7.17). Este era um local tradicional de encon-tro das tribos (Jz 20:1-3; 21.1,5,8; 1 Sm 10.17). Ali o povo jejuava, confessava seus peca-dos e orava. Tiraram água, e a derramaram perante o Senhor (6) como uma libação. Esta não era uma forma comum de adoração entre os israelitas, mas provavelmente está indicada em II Samuel 23:16. Há várias suposições de que representa a oração, a absolvi-ção, a purificação, o ato de fazer um voto, ou uma penitência".

As notícias da reunião dos israelitas provocaram um ataque dos filisteus, que su-punham que se planejava uma revolta e esperavam esmagá-la antes que ela pudesse ser concretizada. Os israelitas foram tomados pelo medo e agora se voltaram a Samuel para pedir-lhe: Não cesses de clamar ao Senhor... para que nos livre da mão dos filisteus (8). A oração anterior de Samuel (5) tinha sido para o perdão e a restau-ração do povo ao favor de Deus, algo que deve preceder a esperança de qualquer forma de ajuda divina.

A seguir, Samuel sacrificou um cordeiro em holocausto a Deus, e orou pela liberta-ção de seu povo – e o Senhor lhe deu ouvidos (9). Sacrificar inteiro em holocausto ou sacrificar completamente em holocausto significa ser inteiramente consumido pelo fogo. Enquanto se fazia a oferta, os filisteus iniciaram os seus ataques. Trovejou o Senhor aquele dia com grande trovoada sobre os filisteus e os aterrou (10) – Em várias versões lê-se: "O Senhor os atacou com fortes trovoadas. Então eles ficaram em completa confusão". Abaixo de Bete-Car (11) – os estudiosos tentam identificar este local como uma elevação a cerca de sete quilômetros a oeste de Jerusalém.

Tomou Samuel uma pedra (12) – grandes pedras como monumentos eram co-muns na época do Antigo Testamento (por exemplo, Gn 28:22-31.45; 35.14; Js 24:26-1 Sm 14.33). Entre Mispa e Sem – não se identificou Sem. O nome significa "dente", e pode ter sido uma formação rochosa com a aparência de um dente. A Septuaginta apre-senta Jesana no lugar de Sem, uma vila não distante de Mispa. Ebenézer, "pedra de ajuda", foi o nome usado para identificar o lugar antes mesmo de receber o seu nome formal (4.1; 5.1).

"Deus, nossa ajuda" é o tema dos versículos 3:12: Até aqui nos ajudou o Senhor, 12. Aqui podemos encontrar: (1) Condições para receber a ajuda de Deus, 3,4; (2) Confissão da necessidade da ajuda de Deus, 5,6; (3) A crise como ocasião da ajuda de Deus, 7; (4) Chamado à oração pela ajuda de Deus, 8,9; (5) Vitória por meio da ajuda de Deus, 10-12.

Uma sinopse do balanço da vida de Samuel é apresentada em 13-17. Ele fixou a sua residência em Ramá, sua terra natal. Como Siló não é mais mencionada durante a sua vida, assume-se que ela tenha sido destruída durante as guerras contra os filisteus. Samuel erigiu um altar em Ramá, e anualmente visitava Betel, Gilgal e Mispa. Os filisteus a oeste já não representavam uma ameaça, embora o seu poder tenha ressurgido mais tarde (cf. 1Sm 9:16-10.5; 13 9:23), e havia paz com os amorreus a leste e na região montanho-sa. O território perdido havia sido recuperado, e o quadro geral era de paz e prosperidade.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Samuel Capítulo 7 do versículo 1 até o 17
*

7:2

vinte anos... lamentações ao SENHOR. À luz da referência de Samuel a "deuses estranhos" entre os israelitas (v. 3), parece que foi somente no fim desses vinte anos que Israel começou a buscar o Senhor.

* 7:3

preparai o vosso coração ao SENHOR... e ele vos livrará. O ciclo da apostasia, da opressão, do arrependimento e do livramento que era tão típico no Livro dos Juízes (Jz 3:7-9) é repetido nos eventos deste capítulo.

* 7.4 os Baalins e os Astarotes. Ver notas em 5.2; 31.10.

* 7:5

Mispa. Uma cidade em Benjamim, quase 12 km ao norte de Jerusalém e 13 km ao nordeste de Quiriate-Jearim, Mispa desempenhou um papel de destaque em Israel antes da monarquia (10.17; Jz 20:1; 21:1, 5, 8). Era uma das paradas regulares no circuito de Samuel (v. 16). O nome, que significa algo como "lugar de vigia," subentende um ponto alto estratégico para ver a circunvizinhança, e foi dado a vários locais (p.ex., 22.3).

* 7:6

tiraram água e a derramaram perante o SENHOR. Embora essa ação não tenha paralelo em outros trechos das Escrituras, parece significar arrependimento e, juntamente com o jejum, o desejo de buscar a Deus com sinceridade (conforme 1.15; Sl 62:8; Lm 2:19). A ação de Davi em 2Sm 23:16 ocorre num contexto diferente e tem um significado diferente.

Pecamos contra o SENHOR. As palavras e as ações (v. 4) dos israelitas dão evidência do verdadeiro arrependimento. O tempo já está próximo para o Senhor libertar seu povo dos seus opressores filisteus. A reação dos filisteus diante dessa convocação em Mispa (v. 7) oferece uma oportunidade para esse livramento.

* 7:8

clamar ao SENHOR. No livro dos Juízes, "clamar" ao Senhor era atendido mediante um libertador que o Senhor suscitaria (Jz 3:9, 15). Aqui, as funções de Samuel são as de intercessor e intermediário, enquanto a vitória seja claramente obra do Senhor (v. 10).

* 7:9

holocausto. Ver nota em 10.8.

* 7.10

trovejou o SENHOR... sobre os filisteus. Essa declaração relembra dramaticamente as palavras que Ana proferira anteriormente: "Os que contendem com o SENHOR são quebrantados; dos céus troveja contra eles" (2.10; conforme 2Sm 22:14). Essas palavras de Ana foram imediatamente antecedidas por esta declaração dela: "o homem não prevalece pela força" (2.9). A força humana pesa pouco na balança quando o Senhor resolve agir.

* 7:11

Bete-Car. Sua localização é desconhecida.

* 7:12

Ebenézer. Um local diferente daquele mencionado em 4.1 (nota) e em 5.1; mesmo assim, este Ebenézer não deixa de relembrar o episódio anterior quando, então, os israelitas tentaram manipular seu Deus ao levar a arca à batalha, só para serem totalmente derrotados. Agora, Deus lhes deu uma grande vitória sobre os mesmos inimigos. Samuel levanta uma pedra memorial com o nome de Ebenézer ("Pedra de Socorro"), não somente para comemorar a vitória, mas também como lembrete dos resultados diferentes trazidos pela presunção, por um lado, e pelo arrependimento, por outro.

Até aqui nos ajudou o SENHOR. A expressão significa que o Senhor tinha estado com eles por toda a caminhada "até este lugar," ou "até esta hora."

* 7:13

nunca mais vieram ao território de Israel. A referência aqui é quanto à situação tática e não à posterior história de Israel. Os filisteus foram derrotados de modo convincente e não tentaram nenhum contra-ataque (compare 2Sm 2:28 com 3.1; também 2Rs 6:23 com 6.24), mas isso não exclui agressões filistéias subseqüentes (9.16; 10.5; 13 3:14-52).

a mão do SENHOR foi contra eles [os filisteus]. O que Deus fizera enquanto a arca esteve no território dos filisteus (5.4, 6; 6.5 e notas), ele agora continua mediante a liderança de Samuel. No decurso da vida de Samuel, Deus continuou a dar a Israel a vitória, embora as batalhas às vezes fossem renhidas (14.52). A derrota narrada no cap. 31 veio somente depois da morte de Samuel (25.1).

*

7.16 Betel. 16 km ao norte de Jerusalém.

Gilgal. Gilgal ficava provavelmente no vale do Jordão, perto de Jericó (Js 5:10).

Mispa. Ver nota em 7.5.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Samuel Capítulo 7 do versículo 1 até o 17
7:1 O arca foi levada ao Quiriat-jearim, uma cidade próxima ao campo de batalha, para custodiá-la, e ao Eleazar lhe deu a responsabilidade de cuidá-la. por que não foi retornada ao tabernáculo em Silo? Provavelmente devido às ações perversas dos sacerdotes (2.12-17), Silo tinha sido capturada e destruída pelos filisteus em uma batalha anterior (4.1-18; Jr 26:2-6). O tabernáculo e seu mobiliário estavam aparentemente a salvo, porque lemos que durante o reinado do Saul foi estabelecido no Nob (Jr_21:1-6) e no Gabaón durante os reinados do Davi e Salomão (1Cr 16:39; 1Cr 21:29-30; II Crônicas 1). Entretanto, Silo não se volta a mencionar nos livros históricos do Antigo Testamento. A nova casa do Samuel foi Ramá (1Cr 7:15-17; 1Cr 8:4), seu lugar de nascimento (mais evidência da destruição de Silo).

Samuel

Freqüentemente nos perguntamos como terá sido a infância dos grandes da história. Temos muito pouca informação a respeito dos primeiros anos da maioria das pessoas mencionadas na Bíblia. Samuel é uma grata exceção. O vinho como resultado da resposta de Deus a fervente oração da Ana por um filho. (O nome Samuel vem da expressão hebréia, "pedido a Deus".) Deus moldou ao Samuel desde o começo. Como Moisés, Samuel foi chamado para desempenhar diferentes róis: juiz, sacerdote, profeta, conselheiro e homem de Deus em um momento crucial na história do Israel. Deus atuou através do Samuel porque este estava disposto a ser o que Deus queria que fora: seu servo.

Samuel demonstrou que aqueles a quem Deus encontra fiéis nas coisas pequenas lhes confiarão coisas grandes. Cresceu ajudando ao supremo sacerdote (Elí) no tabernáculo, até que Deus lhe encomendou outras responsabilidades. Deus pôde utilizar ao Samuel porque ele estava genuinamente dedicado ao.

Samuel avançou porque estava escutando as instruções de Deus. Muito freqüentemente pedimos a Deus que controle nossas vidas sem que renunciemos às metas que nos fixamos. Pedimos a Deus que nos ajude a chegar aonde nós queremos. O primeiro passo que temos que dar para corrigir esta tendência é lhe entregar tanto o controle como o destino de nossas vidas. O segundo passo é ser obediente ao que já sabemos que O requer de nós. O terceiro passo é escutar todas as instruções que provenham de sua Palavra, o mapa de Deus para a vida.

Pontos fortes e lucros:

-- Utilizado Por Deus para ajudar ao Israel em sua transição de um povo tribal governado livremente a uma monarquia

-- Ungiu aos dois primeiros reis do Israel

-- Foi o último e o mais efetivo dos juizes do Israel

-- O menciona no Salão da Fé em Hebreus 11

Debilidades e enganos:

-- Foi incapaz de guiar a seus filhos a uma relação estreita com Deus.

Lições de sua vida:

-- A importância do que a gente consegue está diretamente relacionado com sua relação com Deus

-- A classe de pessoas que somos é mais importante que algo que possamos fazer

Dados gerais:

-- Onde: Efraín

-- Ocupações: Juiz, profeta, sacerdote

-- Familiares: Mãe: Ana. Pai: Elcana. Filhos: Joel e Abías

-- Contemporâneos: Elí, Saul, Davi

Versículos chave:

"E Samuel cresceu, e Jeová estava com ele, e não deixou cair a terra nenhuma de suas palavras. E todo o Israel, desde Dão até a Beerseba, conheceu que Samuel era fiel profeta do Jeová"

(1Sm 3:19-20).

Sua história se relata em 1 Smamuel 1-28. Também o menciona em Sl 99:6; Jr 15:1; At 3:24; At 13:20; Hb 11:32.

7:2, 3 o Israel chorou e se afligiu durante vinte anos. O arca foi guardada como fica uma caixa sem valor em um apartamento de cobertura, e parecia como se o Senhor tivesse abandonado a seu povo. Samuel, agora adulto, estimulou-os para que atuassem lhes dizendo que se realmente estavam envergonhados, deviam fazer algo a respeito. Quão fácil é para nós nos queixar por nossos problemas, até com Deus, enquanto que nos negamos a atuar, a trocar, e a fazer o que devemos fazer. Nem sequer seguimos o conselho que Deus nos deu. Há sentido alguma vez como se Deus o tivesse abandonado? Revise para ver se houver algo que O já lhe haja dito que faça. Possivelmente não receba novas instruções até que tenha atuado conforme a suas instruções prévias.

7:3 Samuel urgiu aos israelitas para que se desfizeram de seus deuses estranhos. Hoje em dia, os ídolos são muito mais sutis que os deuses de madeira e de pedra, mas são igualmente perigosos. Algo que tenha o primeiro lugar em nossa vida ou que nos controle se converte em nosso deus. Dinheiro, êxito, bens materiais, orgulho ou qualquer outra coisa pode ser um ídolo se tomar o lugar de Deus em nossas vidas. Só Deus merece nossa culto e adoração, e não devemos permitir que tenha rivais. Se tivermos "deuses estranhos" em nossa vida, precisamos pedir a Deus que nos ajude a destroná-los, fazendo do verdadeiro nosso Deus primeira prioridade.

7:4 Se acreditava que Baal era o filho do, deidade principal dos cananeos. Baal era considerado deus do trovão e da chuva, portanto controlava a vegetação e a agricultura. Astarot era uma deusa de amor e guerra (em Babilônia recebia o nome do Istar e Astarte ou Afrodita na Grécia). Representava a fertilidade. Os cananeos acreditavam que mediante a união sexual do Baal e Astarot, a terra magicamente se rejuvenesceria e se faria fértil.

7:5 Mizpa tinha um significado especial para a nação israelita. Foi na Mizpa onde se reuniram os israelitas para mobilizar-se contra a tribo de Benjamim (Jz 20:1). Foi ali onde Samuel foi designado para ser juiz (Jz 7:6), e Saul, o primeiro rei do Israel, foi identificado e apresentado ao povo (Jz 10:17ss).

7:6 O derramar água na terra "diante do Jeová" era um sinal de arrependimento pelo pecado, voltar da idolatria e decidir obedecer exclusivamente a Deus.

7:6 Samuel chegou a ser o último de uma larga linha de juizes (líderes) do Israel que começou nos dias quando o Israel conquistou a terra prometida. Para ver uma lista destes juizes refira-se ao quadro de Juizes 2. Um juiz era tanto um líder político como religioso. Deus era o líder do Israel, enquanto que o juiz era o porta-voz de Deus para o povo e o administrador de justiça através do país. Enquanto alguns dos juizes do Israel confiaram mais em seu próprio julgamento que no de Deus, a obediência do Samuel e sua dedicação a Deus o fez ser um dos maiores juizes na história do Israel. (Para mais informação sobre o Samuel como juiz, veja-a nota a 4.18.)

7:12 Os israelitas tiveram grandes dificuldades com os filisteus, mas Deus os resgatou. Em resposta, o povo pôs uma pedra como aviso da grande ajuda e liberação de Deus. Durante os momentos difíceis, devemos recordar os momentos cruciais de nosso passado para que nos ajudem no presente. Ao recordar as vitórias passadas de Deus podemos ganhar confiança e fortaleza para o presente.

7:14 Nos tempos do Josué, os amorreos eram uma tribo poderosa esparramada ao longo da zona de colinas a ambos os lados do Jordão, com uma forte concentração na margem direita deste rio, frente ao Mar Morto. No contexto deste versículo, entretanto, amorreos é outro nome geral para todos os habitantes do Canaán que não eram israelitas.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Samuel Capítulo 7 do versículo 1 até o 17

III. VITÓRIA em Mispa (1Sm 7:3)

3 Então falou Samuel a toda a casa de Israel, dizendo: Se vos converterdes ao Senhor com todo o coração, em seguida, colocar fora os deuses estrangeiros e astarotes do meio de ti, e encaminhe os vossos corações ao Senhor, e servi a ele só; e ele vos livrará da mão dos filisteus. 4 Então os filhos de Israel tiraram a baalins e astarotes, e só serviu Jeová.

5 E Samuel disse: Reúna todo o Israel em Mispa, e eu rogarei por vós ao Senhor. 6 E eles se reuniram em Mispa, tiraram água ea derramaram perante o Senhor, e jejuaram aquele dia, e ali disseram: Nós Pequei contra o Senhor. E Samuel julgava os filhos de Israel em Mispa.

Samuel chamado todo o Israel para voltar ao Senhor. Idolatria floresceu, e os corações dos israelitas procuravam após outros deuses. O cenário é semelhante ao que é descrito no livro de Juízes. Os versos


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Samuel Capítulo 7 do versículo 1 até o 17
  • A libertação do povo de Deus (7)
  • A arca não retornou a Siló; ela ficou na casa de Abinadabe durante 20 anos. O que o Senhor fez durante esse tempo? Ele preparava seu ser-vo Samuel para derrotar o inimigo e estabelecer o reino. Sem dúvida, Samuel ia de lugar em lugar minis-trando ao povo e dando-lhe a Pala-vra de Deus. O versículo 3 indica que Samuel chamou o povo ao arre-pendimento e a retornar ao Senhor. Isso significava deixar de lado os deuses pagãos e preparar o coração para servir ao Senhor. Que trágico a grande nação de Israel cair em dis- sipação e em descrédito por causa de seus pecados! Essa dissipação jamais ocorrería-se Eli fosse um pai piedoso, e seus filhos, sacerdotes piedosos. Baalins e astarotes eram deidades masculinas e femininas. A adoração delas era celebrada com cerimônias abomináveis, repletas de depravações.

    Samuel convocou a nação a Mispa para um encontro de ora-ção! Associa-se sempre Samuel à oração; veja 12:23. Ele nasceu em resposta à oração de sua mãe (cap. 1); ele orou por sua nação e derro-tou o inimigo (7:13); ele orou quan-do Israel desafiou o Senhor e pediu um rei (8:6); e ele orou pelo rei Saul (15:11), mesmo depois de Deus tê- lo rejeitado. Alguém chamou Sa-muel de "homem das emergências de Deus", e realmente o título se ajusta a ele. Samuel entrou em cena quando o sacerdócio estava em de-clínio, quando a nação estava dis-sipada, e quando a glória de Deus se ausentara. Com certeza, Ana per-cebera como Deus usaria de forma magnífica seu filho; veja o cântico (e predição) dela em 2:9-10.

    Foram estes os acontecimen-tos em Mispa: (1) Samuel derramou água diante do Senhor, como sím-bolo do arrependimento da nação, e o coração dos israelitas despejou- se em pesar por seus pecados; (2) ele ofereceu uma oferta queimada, um holocausto, para indicar a total dedicação de Israel a Deus; (3) ele orou pela nação enquanto esta te-mia a chegada dos filisteus; Deus deu uma grande vitória ao exérci-to de Israel. Que dia! Samuel, com uma oração, conseguiu uma vitória que Sansão não pôde conseguir em seus 20 anos de liderança! Desse dia em diante (até a grande vitória de Davi sobre os filisteus), o inimigo manteve-se a distância. Esse é o po-der da vida consagrada, o poder da oração (Jc 5:16).

    Samuel ministrou como pro-feta e como juiz, ele viajou de ci-dade em cidade a fim de ministrar ao povo e para resolver as disputas dele. Ele foi o último juiz e o pri-meiro profeta nacional. (O trabalho profético de Moisés era de natureza distinta.) É triste constatar que os fi-lhos de Samuel não seguiram o ca-minhar piedoso do pai (8:5). Talvez ele estivesse muito ocupado com os assuntos da nação para treiná-los. Eli cometeu um erro semelhante.
    Esses acontecimentos mostram- nos a importância de uma família piedosa. A nação caiu em pecado e em dissipação, porque Eli negligen-ciou sua família, mas Deus salvou a nação por causa das orações de uma mãe piedosa (Ana) e de seu fi-lho, que lhe foi dado por Deus. A nação caminha de acordo com as famílias.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Samuel Capítulo 7 do versículo 1 até o 17
    7.1 A arca do Senhor não foi levada a Siló, que os filisteus já haviam destruído junto com o tabernáculo (ver 4.10).

    7:2-14 Aqui encontramos o mesmo estilo histórico que há em Juízes, o que favorece a unidade autoral dos dois livros (Juízes e Samuel, ver 1.1). Vinte anos de servidão (2); o arrependimento do povo (6); o, perdão de Deus (9); a vinda de um juiz, Samuel (3); os inimigos abatidos (10, 14); a paz duradoura (14, 15), etc.
    7.3 Preparai o vosso coração. Era o Dia da Expiação (Lv 23:27), quando se praticava um completo jejum, com a confissão de pecados (6).

    7.4 Baalins, plural de Baal, deus supremo dos cananeus. Astarotes, plural de 'Ashtõreth, deusa da fertilidade e do amor profano.

    7.6 Tiraram a água e a derramaram. Com a água derramada no chão, e uma completa abstenção de alimentos, era um jejum absoluto. Ana usou o mesmo termo "derramar" na sua oração, em 1.15. Um coração derramado é um coração humilhado e arrependido (Lm 2:19; Sl 61:8). Pecamos contra o Senhor. É mais alta e a mais profunda expressão da conversão de uma alma (Lc 15:18; Is 6:5). Foi o maior dia de avivamento espiritual nacional até então.

    7.9 Não se aproxima de Deus com mãos vazias; Deus não responde a pessoas avarentas e mesquinhas (2Sm 24:24; Dt 16:16).

    7.12 Ebenézer. "Pedra do Socorro" erigida em honra a Deus pela vitória conseguida sobre os filisteus, justamente, no mesmo lugar, onde foram derrotados há 20 anos. O autor, ao citar o nome Ebenézer em 4.1 e 5.1 simplesmente, atualiza os nomes geográficos.

    7.15 Julgou Samuel... Indica que Samuel continuou a ser juiz, mesmo durante o reinado de Saul Calcula-se que tenha atingido 89 anos.

    7.17 Edificou um altar... Exercia Samuel a maior parte do seu ministério em Ramá. Para ali oferecer holocaustos a Deus, necessitava de um altar, pois o altar de Siló, feito por Moisés, havia sido destruído pelos filisteus (4.10).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Samuel Capítulo 7 do versículo 1 até o 17
    III. SAMUEL E SAUL (7.2—15.35)

    1) Samuel, o juiz de Israel (7:2-17)
    Durante os eventos dos três capítulos anteriores, Samuel permaneceu nos bastidores; agora, 20 anos depois, ele volta ao centro dos eventos, v. 2. muito tempo: Driver {Notes, p. 
    61) traz “os dias se multiplicaram e se tornaram vinte anos”, fazendo alusão a uma formulação semelhante em Gn 38:12. Israel agora “lamentava-se após o Senhor” (nota de rodapé, NVI). Mas o seu lamento não era de coração, pois ainda possuía os seus deuses estrangeiros e imagens de Astarote (v. 3) e ainda estava sob o domínio dos filisteus (acerca de “baalins” e “Astarote” [“Astarte”], v. NBD, p. 166, 176-7). Samuel lhes apontou o caminho da libertação e da volta para Javé.

    v. 5-11. Samuel convocou o povo em Mispá, a aproximadamente 8 quilômetros a nordeste de Jerusalém, para jejum e confissão, prometendo que iria interceder por ele. v. 6. tiraram água e a derramaram perante o Senhor: um ritual que encontramos somente aqui no AT (mas conforme 2Sm 23:16). A maioria dos comentaristas parece concordar que isso não era uma oferta de bebida, mas um símbolo da renúncia aos seus atos pecaminosos; alguns estudiosos têm tentado associar isso ao ritual posterior de derramar água na festa das cabanas (conforme Jo 7:37).

    O que o texto quer nos dizer é o seguinte: foi em Mispá que Samuel liderou os israelitas como juiz. Quando os filisteus ouviram falar da assembléia, começaram a exibir as suas tropas, levando os israelitas a suplicar com mais intensidade que Samuel clamasse pelo povo. Ele realizou então o sacrifício de um cordeiro, cujo ato foi interrompido pelo ataque dos filisteus. Uma tempestade de trovões lançou os agressores em grande confusão; eles fugiram, e Israel os perseguiu até BeteCar, um local ainda não identificado.

    v. 12-14. Samuel celebrou a intervenção de Javé por meio de uma pedra (a “pedra da ajuda”) que foi erigida entre Mispá e Sem (a RSV traz:“Jeshana”, seguindo a LXX e a Sl-ríaca; conforme 2Cr 13:19), que ele chamou Ebenézer, dizendo: Até aqui o Senhor nos ajudou (v. 12). Esse não pode ser o Ebenézer Dt 4:1, que é distante demais de Mispá. A debandada dos filisteus foi completa; nunca mais iriam importunar Israel nos dias de Samuel, e Israel reconquistou o território perdido. Foi Deus quem restringiu os filisteus, como também os amorreus (v. 14) ou cananeus.

    v. 15-17. A posição de Samuel como juiz foi estabelecida. “O ideal teocrático foi realizado. Sob Javé, o seu verdadeiro rei, Israel está em paz com todos os seus inimigos internos e externos. Samuel é o representante terreno de Javé, ministrando a justiça ao povo de Israel unido, como o fizera Moisés na época do nascimento da nação (Ex 18:13ss)” (A. R. S. Kennedy, p. 71-2). Ele exercia a sua função jurídica no circuito entre Betei, Gilgal e o seu quartel-general em Ramá. Aqui ele também construiu um altar onde, além de ser juiz, parece ter sucedido Eli na posição de sacerdote. E evidente que ele pode ter sido apenas um dos muitos sacerdotes locais dos vários lugares altos antes da centralização posterior da adoração na monarquia.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Samuel Capítulo 7 do versículo 1 até o 17
    1Sm 7:1

    7. O ARREPENDIMENTO DOS 1SRAELITAS (1Sm 7:1-9). A arca esteve vinte anos em Quiriate-Jearim, antes da reforma entrar em Israel (2). Vivia-se numa atmosfera de opressão por parte dos filisteus, impostos injustos, desordem e idolatria. Tal situação, aliada à ocupação de Silo pelos filisteus, levou ao esquecimento da arca, que ficara em Quiriate. Entretanto, preparava-se Samuel secretamente para reformar o país, talvez percorrendo-o a pregar o arrependimento. É ele agora em Israel o chefe, o juiz e o profeta. Por fim o povo, sob a sua orientação, lamentava-se após o Senhor (2), mostrando-se arrependido pelos pecados que cometera. Samuel exige uma reforma pública e o abandono dos deuses estranhos (3). Lit. "os deuses dos estranhos". Tiraram dentre si aos baalins e aos astarotes (4, isto é, as imagens das divindades pagãs. Baal ("senhor": plural Baalim) era o senhor supremo dos filisteus e dos cananeus, correspondente ao Bel dos Babilônios, cuja esposa era Astarte (plural "Astarot"), simbolizada pela asera, palavra tantas vezes traduzida por "bosque", mas, na realidade, que significa apenas a "árvore sagrada" dos Assírios. Baal e Astarte eram, pois, o símbolo da fertilidade. Em Mispa (literalmente "torre de vigia" -mas aplicado a qualquer local elevado), a 8 quilômetros a noroeste de Jerusalém, é que os israelitas oravam, jejuavam e confessavam os seus pecados. O derramamento da água a que alude o vers. 6 era o símbolo da fonte da vida (5-6).

    >1Sm 7:7

    8. GRANDE DERROTA DOS FILISTEUS EM EBENÉZER (1Sm 7:7-9). À nova investida dos filisteus responderam os israelitas com orações e clamores ao Senhor (7-8), oferecendo Samuel um cordeiro em holocausto (Lv 22:27), como símbolo da inteira dedicação de Israel a Jeová, de forma a nada se reservar ao sacerdote. Tudo pertencia a Deus. A resposta não tardou. Grande trovoada (10) principiou a desabar nesse mesmo dia sobre os filisteus que, aterrados, se puseram em fuga, e logo foram perseguidos pelos filhos de Israel. No mesmo campo de batalha onde vinte anos antes os israelitas sofreram pesadas baixas num recontro memorável, Samuel coloca agora uma pedra a lembrar à posteridade tão maravilhosa libertação. Ebenézer (12). Significa "pedra do auxílio" e recorda que até ali os ajudara o Senhor. Tal vitória veio trazer a paz e a tranqüilidade a Israel durante um período de vinte anos.

    >1Sm 7:13

    9. A ATIVIDADE DE SAMUEL (1Sm 7:13-9). Até ao reinado de Saul nunca mais foram os israelitas perturbados pelos filisteus (13). Cfr. 1Sm 9:16; 1Sm 13:19-9. (Veja o Apêndice II para uma nota sobre 1Sm 7:13). Israel pôde assim reocupar muitas localidades nas fronteiras, e entrou em negociações de paz com os amorreus (14), antigos habitantes das montanhas de Israel, enquanto os cananeus viviam na planície. Samuel visitava as cidades de Betel, Gilgal e Mispa, administrando a justiça, e voltava a Ramá, onde tinha a sua casa (15-16). E com este capítulo se encerra a era dos juízes, dando lugar à monarquia.


    Dicionário

    Abaixo

    advérbio Embaixo; em sentido menos elevado; num lugar mais baixo; num ponto inferior a: descemos rua abaixo; a padaria está logo abaixo.
    Ao chão; que se direciona para o chão: o prédio veio abaixo.
    Adiante; para o sentido final de um texto em relação ao ponto de referência: escreva dois parágrafos mais abaixo.
    [Música] Num tom menos elevado, mais grave: duas oitavas abaixo.
    interjeição Demonstra insatisfação, descontentamento: abaixo a ditadura!
    Abaixo de. Menos elevado que: abaixo de Deus, a pátria.
    Etimologia (origem da palavra abaixo). A + baixo.

    Bete

    Bete V. ALFABETO HEBRAICO 2.

    hebraico: casa

    Car

    -

    Ferir

    verbo transitivo Golpear; fazer chaga ou ferimento em.
    Machucar: a sandália nova está ferindo o pezinho da menina.
    Atritar algo para fazer chispa: ferir a pedra do isqueiro.
    Figurado Magoar, ofender: ferir a sensibilidade do amigo.
    Causar impressão desagradável: palavras que ferem os ouvidos.
    Contrariar: ferir as conveniências; ferir os interesses de alguém.
    verbo pronominal Golpear-se, cortar-se, machucar-se: ferir-se nos espinhos da roseira.
    Figurado Magoar-se, ofender-se: ele se feriu com a injustiça do chefe.

    Ferir
    1) Produzir ferimento (Gn 3:15)

    2) Dar pancada em (Nu 20:11). 3 Matar (Nu 21:24).

    4) Atacar (Js 10:4).

    5) Castigar (Isa 19:)

    Filisteus

    É desconhecida a significação, talvez querendo dizer imigrantes – os filisteus habitavam as terras baixas de Judá ao longo da costa, desde Jope até ao deserto de Gaza. o território tinha cinco divisões, cada uma das quais com a sua capital – Asdode ou Azoto, Gaza, Ascalom, Gate e Ecrom, sendo as duas últimas cidades situadas no interior. Estes cinco distritos formavam uma confederação de que Asdode era a capital federal (1 Sm 6,17) – e por isso foi para ali levada a arca (1 Sm 5.1). É muito incerta a DATA do estabelecimento deste povo em Canaã, mas eles venceram o Avim, tendo vindo de Caftor (Dt 2:23Jr 47:4Am 9:7). Quando os israelitas entraram no país, bem depressa estiveram em conflito com os filisteus, que obstinadamente resistiram aos invasores, obrigando uma parte da tribo de Dã a emigrar para as proximidades do monte Hermom (Jz 18). o poder dos filisteus aumentou durante o governo dos juizes e de Saul – foi Davi, que depois da morte do seu antecessor, de um modo notável uniu as tribos e os derrotou. (*veja Sansão.) A parte superior do território dos filisteus foi reclamada pelos descendentes de Efraim (1 Rs 15.27 – 16.15), que, contudo, não puderam expulsar os habitantes. A Filístia em nenhum tempo fez parte do Reino de israel (2 Rs 1.3 – 8,2) – jamais o seu povo deixou de atacar os israelitas, praticando terrivelmente a pilhagem, e prendendo os habitantes para vendê-los como escravos (1 Sm 10.5 – 13 3:17 – 14.21 – 23.1 – 28.1 – 29.11 – 31.1 a 12). Esta situação durou até que Tiglate-Pileser (734 a.C.) invadiu todo o país, subjugando os filisteus até Gaza. Alguns anos depois revoltaram-se contra Sargom (is
    20) e Senaqueribe. Ezequias foi envolvido na luta, por ter recebido o rei de Ecrom, que antes tinha estado em boas relações com a Assíria. o rei Ezequias havia restabelecido sobre a Filístia, o poder que Salomão tinha adquirido (2 Rs 18.8). Nesta ação foi o rei de Judá auxiliado pelos egípcios que se apoderaram dos lugares baixos do país (is 19:18). Mas Senaqueribe, na guerra com os egípcios, tomou Ascalom. outras cidades se submeteram aos assírios, perdendo Ezequias, também, certas porções do seu território. Por muito tempo os assírios tiveram a cidade de Asdode em seu poder, até que os egípcios, sob Psamético i, a subjugou (Jr 25:20). Neco, o seguinte egípcio, quando voltava da batalha de Megido, conquistou Gaza. Ainda outra vez os filisteus ficaram esmagados entre as duas potências em luta, o Egito e a Caldéia, pois Nabucodonosor, percorrendo o país levou cativa, depois de grande mortandade, quase toda a população (Jr 47). o velho ódio dos filisteus para com os judeus se patenteou durante o cativeiro (Ez 25:15-17). Todavia, desde a volta do cativeiro, a história dos filisteus é absorvida nas lutas dos reinos vizinhos.

    Filisteus Povo que habitava a planície da costa do mar Mediterrâneo em Canaã, desde Jope até o Sul de Gaza. Tinham cinco grandes cidades: Asdode, Gaza, Asquelom, Gate e Ecrom (Js 13:3). Os israelitas viviam sempre em luta contra eles.

    =====================

    MAR DOS FILISTEUS

    V. MEDITERRÂNEO, MAR (Ex 23:31).


    Homens

    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.

    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.

    Israel

    Israel [O Que Luta com Deus] -

    1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

    2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

    3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

    4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

    Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

    Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

    Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


    Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    Mispa

    Torre de vigia. l. Um montão de pedras, preparado por Jacó e Labão, no Monte Gileade (Gn 31:48-49), para servir como testemunho do pacto que começava então e também de marco de separação entre eles. o sítio tornou-se mais tarde um santuário do Senhor. Aqui se reuniam os filhos de israel em dias de calamidade, a fim de escolherem um chefe que os dirigisse (Jz 10:17) – e o primeiro ato de Jefté foi ir a Mispa, e proferir as suas palavras diante do Senhor. Foi neste mesmo sítio de Mispa que houve o fatal encontro entre Jefté e a sua filha, quando ele voltava da guerra (Jz 11:34). 2. Era a residência, perto de Hermom, dos heveus que se juntaram àquela liga dos povos do norte contra israel, sendo o chefe da aliança Jabim, rei de Hazor – e foi o lugar para onde fugiu, repelido por Josué, o derrotado exército da mesma confederação (Js 11:3-8). 3. Cidade de Judá (Js 15:38), nas terras litorais de Sefelá. Tem sido identificada com a moderna Tell es-Safiyeh, que está situada na rampa dos montes de Judá, dominando completamente a planície marítima. 4. Cidade de Benjamim (Js 18:26os 5:1), onde Samuel julgou o povo, reuniu as tribos, e elegeu Saul para rei de israel (1 Sm 7.5 a 12,16 – 10.17 a 25). A sua fortificação era obra de Asa (1 Rs 15.22 – 2 Cr 16,6) – foi a residência de Gedalias, o governador da Caldéia, depois da tomada de Jerusalém e de ter havido aquela cena em que foram mortos os peregrinos que iam de Samaria (2 Rs 25.23,25 – Jr 40:8 – 41.16). A cidade foi »ocupada depois da volta do cativeiro (Ne 3:7-15,19). 5. Cidade de Moabe, onde vivia o rei desta nação, quando Davi entregou os seus pais ao seu cuidado (1 Sm 22.3).

    Mispa
    1) Localidade de Gileade, ao norte de Maanaim (Gn 31:49).


    2) Cidade de Judá (Jz 20:1).


    Mispá

    -

    Perseguir

    verbo transitivo direto Ir no encalço de; seguir alguém ou correr atrás dessa pessoa: os policiais perseguiam os bandidos.
    Atormentar alguém com pedidos inconvenientes e insistentes; importunar, atormentar: perseguia o aluno para o diminuir.
    Lutar para obter algo; buscar: perseguir o sucesso, a fama.
    Tentar encontrar, alcançar, adquirir; procurar: passou a vida perseguindo a felicidade.
    Provocar aborrecimento, descontentamento, zanga; causar mau humor; importunar, prejudicar: funcionário que perseguia os mais fracos.
    Punir alguém de alguma forma; castigar: alguns líderes mundiais perseguem minorias étnicas.
    Impor tortura; tratar com violência; torturar: governo que persegue os anarquistas.
    verbo pronominal Figurado Buscar se entender, entender seus próprios inquietamentos, desejos, vontades etc.; passar por um processo de autoconhecimento: perseguia-se, buscando encontrar paz.
    Etimologia (origem da palavra perseguir). Do latim persequere, “seguir até conseguir, reclamar”.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Samuel 7: 11 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E os homens de Israel saíram de Mizpá; e perseguiram os filisteus, e os feriram até que eles chegaram abaixo de Bete-Car.
    I Samuel 7: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1050 a.C.
    H1033
    Bêyth Kar
    בֵּית כַּר
    ()
    H3318
    yâtsâʼ
    יָצָא
    ir, vir para fora, sair, avançar
    (And brought forth)
    Verbo
    H3478
    Yisrâʼêl
    יִשְׂרָאֵל
    Israel
    (Israel)
    Substantivo
    H4480
    min
    מִן
    de / a partir de / de / para
    (from)
    Prepostos
    H4709
    Mitspâh
    מִצְפָּה
    um lugar em Gileade, ao norte do Jaboque, local do túmulo de Labão
    (And Mizpah)
    Substantivo
    H5221
    nâkâh
    נָכָה
    golpear, açoitar, atingir, bater, sacrificar, matar
    (should kill)
    Verbo
    H5704
    ʻad
    עַד
    até
    (until)
    Prepostos
    H582
    ʼĕnôwsh
    אֱנֹושׁ
    homem, homem mortal, pessoa, humanidade
    (to the man)
    Substantivo
    H6430
    Pᵉlishtîy
    פְּלִשְׁתִּי
    habitante da Filístia; descendentes de Mizraim que imigraram de Caftor (Creta?) para a
    (Philistim)
    Adjetivo
    H7291
    râdaph
    רָדַף
    estar atrás, seguir, perseguir, correr atrás de
    (and pursued [them])
    Verbo
    H8478
    tachath
    תַּחַת
    a parte de baixo, debaixo de, em lugar de, como, por, por causa de, baixo, para, onde,
    ([were] under)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    בֵּית כַּר


    (H1033)
    Bêyth Kar (bayth kar)

    01033 בית כר Beyth Kar

    procedente de 1004 e 3733; n pr loc

    Bete-Car = “casa do carneiro” ou “lugar do cordeiro”

    1. um lugar aparentemente pertencente aos filisteus

    יָצָא


    (H3318)
    yâtsâʼ (yaw-tsaw')

    03318 יצא yatsa’

    uma raiz primitiva; DITAT - 893; v

    1. ir, vir para fora, sair, avançar
      1. (Qal)
        1. ir ou vir para fora ou adiante, ir embora
        2. avançar (para um lugar)
        3. ir adiante, continuar (para ou em direção a alguma coisa)
        4. vir ou ir adiante (com um propósito ou visando resultados)
        5. sair de
      2. (Hifil)
        1. fazer sair ou vir, trazer, liderar
        2. trazer
        3. guiar
        4. libertar
      3. (Hofal) ser trazido para fora ou para frente

    יִשְׂרָאֵל


    (H3478)
    Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

    03478 ישראל Yisra’el

    procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

    Israel = “Deus prevalece”

    1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
    2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
      1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
      2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
      3. o nome da nação depois do retorno do exílio

    מִן


    (H4480)
    min (min)

    04480 מן min

    ou מני minniy ou מני minney (construto pl.) (Is 30:11)

    procedente de 4482; DITAT - 1212,1213e prep

    1. de, fora de, por causa de, fora, ao lado de, desde, acima, do que, para que não, mais que
      1. de (expressando separação), fora, ao lado de
      2. fora de
        1. (com verbos de procedência, remoção, expulção)
        2. (referindo-se ao material de qual algo é feito)
        3. (referindo-se à fonte ou origem)
      3. fora de, alguns de, de (partitivo)
      4. de, desde, depois (referindo-se ao tempo)
      5. do que, mais do que (em comparação)
      6. de...até o, ambos...e, ou...ou
      7. do que, mais que, demais para (em comparações)
      8. de, por causa de, através, porque (com infinitivo) conj
    2. que

    מִצְפָּה


    (H4709)
    Mitspâh (mits-paw')

    04709 מצפה Mitspah

    procedente de 4708; n pr f loc Mispa = “torre de vigia”

    1. um lugar em Gileade, ao norte do Jaboque, local do túmulo de Labão
    2. um lugar em Gileade, ao sul do Jaboque; localização desconhecida
    3. um lugar próximo ao Monte Hermom
    4. um antigo lugar sagrado em Benjamim

    נָכָה


    (H5221)
    nâkâh (naw-kaw')

    05221 נכה nakah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1364; v

    1. golpear, açoitar, atingir, bater, sacrificar, matar
      1. (Nifal) ser ferido ou golpeado
      2. (Pual) ser ferido ou golpeado
      3. (Hifil)
        1. ferir, golpear, bater, açoitar, bater palmas, aplaudir, dar um empurrão
        2. golpear, matar, sacrificar (ser humano ou animal)
        3. golpear, atacar, atacar e destruir, conquistar, subjugar, devastar
        4. golpear, castigar, emitir um julgamento sobre, punir, destruir
      4. (Hofal) ser golpeado
        1. receber uma pancada
        2. ser ferido
        3. ser batido
        4. ser (fatalmente) golpeado, ser morto, ser sacrificado
        5. ser atacado e capturado
        6. ser atingido (com doença)
        7. estar doente (referindo-se às plantas)

    עַד


    (H5704)
    ʻad (ad)

    05704 עד ̀ad

    propriamente, o mesmo que 5703 (usado como prep, adv ou conj); DITAT - 1565c prep

    1. até onde, até, até que, enquanto, durante
      1. referindo-se a espaço
        1. até onde, até que, mesmo até
      2. em combinação
        1. de...até onde, ambos...e (com ’de’, no sentido de origem)
      3. referindo-se ao tempo
        1. até a, até, durante, fim
      4. referindo-se a grau
        1. mesmo a, ao ponto de, até mesmo como conj
    2. até, enquanto, ao ponto de, mesmo que

    אֱנֹושׁ


    (H582)
    ʼĕnôwsh (en-oshe')

    0582 אנוש ’enowsh

    procedente de 605; DITAT - 136a; n m

    1. homem, homem mortal, pessoa, humanidade
      1. referindo-se a um indivíduo
      2. homens (coletivo)
      3. homem, humanidade

    פְּלִשְׁתִּי


    (H6430)
    Pᵉlishtîy (pel-ish-tee')

    06430 פלשתי P elishtiŷ

    gentílico procedente de 6429; adj.

    filisteu = “imigrantes”

    1. habitante da Filístia; descendentes de Mizraim que imigraram de Caftor (Creta?) para a costa marítima de Canaã

    רָדַף


    (H7291)
    râdaph (raw-daf')

    07291 רדף radaph

    uma raiz primitiva; DITAT - 2124; v.

    1. estar atrás, seguir, perseguir, correr atrás de
      1. (Qal)
        1. perseguir, pôr em fuga, seguir no encalço de, acompanhar
        2. perseguir, molestar (fig.)
        3. seguir, procurar obter (fig.)
        4. correr atrás de (um suborno) (fig.)
      2. (Nifal)
        1. ser perseguido
        2. aquele que é perseguido (particípio)
      3. (Piel) buscar ardentemente, procurar alcançar ardentemente, perseguir
      4. (Pual) ser perseguido, ser afugentado
      5. (Hifil) perseguir

    תַּחַת


    (H8478)
    tachath (takh'-ath)

    08478 תחת tachath

    procedente da mesma raiz que 8430; DITAT - 2504; n. m.

    1. a parte de baixo, debaixo de, em lugar de, como, por, por causa de, baixo, para, onde, conquanto n. m.
      1. a parte de baixo adv. acus.
      2. abaixo prep.
      3. sob, debaixo de
        1. ao pé de (expressão idiomática)
        2. suavidade, submissão, mulher, ser oprimido (fig.)
        3. referindo-se à submissão ou conquista
      4. o que está debaixo, o lugar onde alguém está parado
        1. em lugar de alguém, o lugar onde alguém está parado (expressão idiomática com pronome reflexivo)
        2. em lugar de, em vez de (em sentido de transferência)
        3. em lugar de, em troca ou pagamento por (referindo-se a coisas trocadas uma pela outra) conj.
      5. em vez de, em vez disso
      6. em pagamento por isso, por causa disso em compostos
      7. em, sob, para o lugar de (depois de verbos de movimento)
      8. de sob, de debaixo de, de sob a mão de, de seu lugar, sob, debaixo

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo