Enciclopédia de I Coríntios 15:26-26

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1co 15: 26

Versão Versículo
ARA O último inimigo a ser destruído é a morte.
ARC Ora o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte.
TB O último inimigo que será destruído é a morte.
BGB ἔσχατος ἐχθρὸς καταργεῖται ὁ θάνατος,
BKJ O último inimigo que será destruído é a morte.
LTT O último inimigo que é aniquilado é a morte ①.
BJ2 O último inimigo a ser destruído será a Morte,
VULG Novissima autem inimica destruetur mors : omnia enim subjecit pedibus ejus. Cum autem dicat :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Coríntios 15:26

Isaías 25:8 Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Jeová as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o Senhor o disse.
Oséias 13:14 Eu os remirei da violência do inferno e os resgatarei da morte; onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno, a tua perdição? O arrependimento será escondido de meus olhos.
Lucas 20:36 porque já não podem mais morrer, pois são iguais aos anjos e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição.
I Coríntios 15:55 Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?
II Timóteo 1:10 e que é manifesta, agora, pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção, pelo evangelho,
Hebreus 2:14 E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo,
Apocalipse 20:14 E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.
Apocalipse 21:4 E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

morte do corpo.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Vinícius

1co 15:26
Na Seara do Mestre

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3379
Capítulo: 9
Página: 53
Vinícius
O último inimigo a vencer é a morte.

S . PAUL O (I CORÍNTIOS, 15:26. )


Se a morte é o último inimigo a vencer, segue-se que há uma série deles, dentre os quais figura a morte como sendo o derradeiro.


Onde estão os outros? O mesmo Apóstolo responde:


"O aguilhão da morte é o pecado". Portanto, o pecado, sob suas multiformes modalidades, encerra os demais inimigos que cumpre ao homem vencer, para, finalmente, derrotar o último, que é a morte. Só, então, lhe será dado entoar o hino da vitória: "Onde está, ó morte, o teu poder; onde está, ó morte, o teu aguilhão?".


Esse triunfo, que representa a suprema conquista, o homem — Espírito encarnado — logrará, "graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo". Esta expressão de Paulo não implica na derrota da morte pelos méritos de Jesus, visto como é imprescindível que cada indivíduo combata os seus próprios inimigos, vencendo-os um a um, até que, por fim, extinga o império da morte como auspicioso corolário da grande campanha libertadora.


Jesus, como Ele mesmo disse enfaticamente, é o Caminho, a Verdade e a Vida. Seu papel, como Mestre, é ensinar e exemplificar, missão ingente que vem cumprindo em todos os seus pormenores e particularidades. A nossa obrigação, como discípulos, é perlustrar o caminho vivo, personificado no próprio Mestre, procurando imitá-lo, aprendendo com Ele a conhecer e vencer os nossos perigosos adversários.


As paixões inconfessáveis que escravizam e aviltam são nossas, nós as alimentamos através dos séculos, permitindo que nos dominassem.


A força do pecado é a lei — ensina Paulo. Isto quer dizer que na cobiça, na ambição, no orgulho, na lascívia, na inveja, que gera o despeito e o ódio, estão as causas criadas por nós e cujos efeitos, no cumprimento da lei da causalidade, tecem a trama que nos enreda, sujeitando-nos ao domínio da morte. A causa, sendo gerada na carne, na carne deve ser vencida. Daí os sábios dizeres do erudito vexilário do advento cristão: Por isso é necessário que este corpo corruptível se revista de incorruptibilidade, e este corpo mortal se revista de imortalidade; quando, pois, este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade e este corpo mortal se revestir de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: "Tragada foi a morte na vitória!".


Destes luminosos ensinamentos do valoroso Apóstolo dos gentios ressalta, clara e evidente, a doutrina da reencarnação, porquanto não será jamais numa só existência que o homem conseguirá dominar as paixões, emancipando-se do ciclo evolutivo que se processa através do instinto. Só depois de vencida essa etapa pode o Espírito alcandorar-se às regiões etéreas, visto como a carne e o sangue não herdam o Reino de Deus, conforme também ensina o ex-discípulo de Gamaliel.



Emmanuel

1co 15:26
Cinquenta Anos Depois

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 6
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Nos arredores de Alexandria,  a filha de Helvídio havia granjeado a melhor e merecida fama de amor e bondade.

Transferida para aquela região de gente pobre e humilde, convertera todas as recordações mais queridas, bem como as suas dores mais íntimas, em hinos de caridade pura, que se evolavam ao Céu entre as bênçãos de todos os sofredores infelizes.

O sofrimento e a saudade como que lhe modelaram as feições angélicas porque, no semblante calmo esbatia-se um traço indefinível de visão celestial… A vida de ascetismo, de abnegação e renúncia, dera-lhe uma nova fácies, que deixava transparecer nos olhos, serenos e brilhantes, a pureza indefinível dos que se encontram prestes a atingir as claridades radiosas de outra vida.

 

Havia muito, começara a entisicar  e, contudo, não abandonara a faina apostolar junto dos sofredores. De tarde, lia o Evangelho, ao ar livre, para quantos lhe buscavam o amparo espiritual, explicando os ensinos de Jesus e de seus divinos seguidores, fazendo crer, nesses momentos, que uma força divina dela se apossava. A voz, habitualmente débil, ganhava tonalidades diferentes, como se as cordas vocais vibrassem ao sopro de uma divina inspiração.

Conservava-se no mesmo tugúrio, ao pé do horto, cujos trabalhos rudes nunca deixaram de lhe merecer atenção e carinho. Todos os irmãos do mosteiro exceto Epifânio, buscavam-lhe agora a convivência, acatando-lhe as elucidações evangélicas e cooperando nos seus esforços.

A jovem romana, transformada em irmão carinhoso dos infelizes, guardava as mesmas disposições intimas de sempre, cheia de fé e esperança no Senhor de bondade e sabedoria.

 

O pequeno enjeitado de Brunehilda, depois de lhe suavizar a soledade, por alguns anos, com os seus carinhos e sorrisos, havia falecido, deixando-a amargurada e abatida mais que nunca. Impressionada com o acontecimento, Célia deprecara fervorosamente e, uma noite, quando se entregava à solidão de suas preces e meditações, divisou a seu lado o vulto de Cneio Lúcius contemplando-a com infinita ternura.

— Filha querida, não te magoe essa nova separação do ente idolatrado! Prossegue na tua fé; cumprindo a missão divina que o Senhor houve por bem deferir à tua alma sensível e generosa! Depois de perfumar, por alguns anos, a tua senda terrena, o Espírito de Ciro volve de novo ao Além para saturar-se de forças novas! Não desanimes pela saudade que te punge o coração sensibilíssimo, pois nossa alma semeia o amor na Terra para vê-lo florir nos Céus, onde não chegam as tristes inquietações do mundo!… Além do mais, Ciro tem necessidade dessas provações, que lhe hão de temperar a vontade e o sentimento para os gloriosos feitos do seu porvir espiritual!…

 

Nessa altura, a amorável entidade deteve-se como que intencionalmente, a fim de observar o efeito de suas palavras.

Desfeita em lágrimas, a jovem falou mentalmente, como se palestrasse com o avô no ádito do coração:

— Não duvido de que todas as dores nos são enviadas por Jesus, afim de aprendermos o caminho da redenção divina, mas, qual a razão dessas vidas temporárias de Ciro na Terra? Se ele tem chegado a viver no ambiente humano, ainda necessitado das experiências terrestres, porque vem a morte decepando as nossas esperanças?

— Sim — replicou a entidade amorosamente — são as leis da prova que rege os nossos destinos.

— Mas Ciro, há alguns anos, não chegou a morrer pelo Divino Mestre, no martírio e no sacrifício?

— Filha, entre os mártires do Cristianismo, há os que se desprendem do mundo em missão sacrossanta e os que morrem para resgates os mais penosos… Ciro é do número destes últimos… Em séculos anteriores, foi um déspota cruel, exterminando esperanças e envenenando corações… Mergulhado depois na luta expiatória, renegou as dores santificantes e enveredou pela senda ignominiosa do suicídio. É justo, pois, que agora aprecie os benefícios da luta e da vida, na dificuldade de os readquirir para a sua redenção espiritual, ansiosamente colimada. As experiências fracassadas hão de valorizar o seu futuro de realizações e esforços nobilíssimos. Em face da dor e do trabalho, no porvir que se aproxima, seu coração amará todos os detalhes da luta redentora. Saberá prezar no trabalho ingente e doloroso os recursos sagrados da sua elevação para Deus, reconhecendo a grandeza do esforço, da renúncia e do sacrifício!…

 

Confortada com os esclarecimentos do mentor espiritual, logo entrevisou outra entidade de semblante nobre e triste, a contemplá-la num misto de alegria e amargura.

Estranhando a visão, sentiu que a palavra carinhosa do avô esclarecia:

— Não te surpreendas nem te assustes! Tua mãe, hoje no Plano espiritual, aqui vem comigo, trazer-te o coração bondoso e agradecido!…

Dolorosas emoções lhe vibraram no íntimo, por força daquelas revelações inesperadas. As lágrimas se fizeram mais amargas e copiosas. Duvidava da própria vidência, lembrando o passado com os seus espinhos e sombras desoladoras. Mas, anjo ou sombra, o Espírito de Alba Lucínia, como que submerso num véu de tristeza impenetrável, aproximou-se e lhe beijou as mãos.

Célia desejava que aquela entidade triste e benfazeja lhe dissesse algo ao coração. A sombra materna, porém, continuava muda e consternada. Contudo, sentiu que, na mão direita que a sombra osculara, persistia uma sensação indefinível, como se, com o seu beijo, Alba Lucínia trouxesse também uma lágrima ardente e dolorida.

Ante o choque inesperado, a jovem romana notou que ambas as entidades escapavam novamente ao seu olhar.

 

Nessa noite, meditou sobre o passado, mais que em outros dias, entregando a Jesus as suas preocupações e as suas mágoas, rogando ao Senhor lhe fortificasse o espírito, afim de compreender e cumprir integralmente os santos desígnios da sua vontade divina.

No dia imediato ao de suas amargas reflexões concernentes ao passado doloroso, grande multidão buscava-lhe os fraternos serviços. Eram velhinhos desolados à cata de uma palavra consoladora e amiga, mulheres das povoações mais próximas, que lhe traziam os filhinhos enfermos, sem falar das muitas pessoas procedentes de Alexandria, em busca de lenitivo espiritual para os dissabores da vida.

À medida que as cercanias do mosteiro se enchiam de viaturas, seu vulto franzino e melancólico desdobrava-se em esforços inauditos para consolar e esclarecer a todos.

De vez em quando, um acesso de tosse sobrevinha, provocando a piedade alheia; ela, porém, transformando a sua fragilidade em energia espiritual inquebrantável, parecia não sentir o aniquilamento do corpo, de modo a manter sempre acesa a luz da sua missão de caridade e de amor.

 

De tarde, invariavelmente, procedia às leituras evangélicas, ouvidas pelos visitantes numerosos e pela gente simples do povo.

Foi aí, aos lampejos do crepúsculo, que seus olhos atentaram numa viatura elegante e nobre, de cujo interior saltava Helvídio Lúcius, que o seu coração filial identificou imediatamente. O antigo tribuno encontrando a pequena assembleia ao ar livre, procurou acomodar-se como pode, enquanto nos traços fisionômicos do Irmão Marinho surgiam os sinais da emoção que lhe vibrava na alma… Entretanto, sua palavra prosseguia sempre, saturada de intensa ternura, em minudente comentário à parábola do Senhor. O irmão dos infortunados e dos doentes falava das pregações do Tiberíade,  como se houvesse conhecido a Jesus de Nazaré, tal a fidelidade e a amorosa vibração da sua palavra.

Enlevado na contemplação do maravilhoso quadro, o filho de Cneio Lúcius fixou o famoso missionário, tomado de surpresa estranha! Aquela voz, aquele perfil lembrando um mármore precioso, burilado pelas lágrimas e sofrimentos da vida, não lhe recordavam a própria filha? Se aquele Irmão Marinho vestisse a indumentária feminina, raciocinava o tribuno vivamente interessado, seria a imagem perfeita da filhinha que ele vinha buscando por toda parte, sem consolação e sem esperança. Assim conjeturando, seguia-lhe a palavra, cheio de surpresa cariciosa.

 

Ninguém ainda lhe falara do Evangelho com aquela clareza e simplicidade, com aquela unção de amor e firmeza, que, instintivamente, lhe penetravam o coração, propinando-lhe um brando consolo. Fizera a viagem de Óstia  a Alexandria  abatido e enfermo. Seu estado orgânico chegara a despertar o interesse de alguns amigos romanos, a ponto de insistirem pelo seu imediato regresso à metrópole. Profundo cansaço transparecia-lhe dos olhos tristes, de uma tristeza inalterável e de um penoso desencanto da vida. Mas ao ouvir aquele apóstolo extraordinário, cheio de benevolência e brandura, experimentava no imo um alívio salutar. A brisa vespertina afagava-lhe levemente o rosto, com os derradeiros reflexos do sol a diluir-se em nuvens distantes. A seu lado, concentrada, a multidão dos pobres, dos enfermos, dos desventurados da sorte, em preces fervorosas, como se esperassem todas as felicidades do Céu para os seus dias tristes.

A poucos passos, a figura esbelta e delicada do irmão dos infortunados e aflitos, que lhe falava ao coração com maravilhosa suavidade.

A Helvídio Lúcius pareceu-lhe que fora transportado a um país misterioso, cheio de figuras apostólicas e sentia-se entre aqueles crentes anônimos, na posse de um bem-estar indizível.

 

Desde a dolorosa desencarnação da companheira, tinha o espírito mergulhado num véu de amarguras atrozes. Nunca mais desfrutara tranquilidade íntima, sob o peso de suas angústias pungentes. Entretanto, os ensinamentos do Irmão Marinho, suas considerações e suas preces, proporcionavam-lhe intraduzível esperança. Figurou-se-lhe que bastava aquele instante breve para que pudesse reerguer a confiança num futuro espiritual, pleno de realidades divinas. Sem poder explicar a causa da sua emotividade, começou a chorar silenciosamente, como se somente naquele instante houvesse afeiçoado, de fato, o coração às belezas imensas do Cristianismo. Terminadas as interpretações e as preces do dia, enquanto a multidão se retirava comovida, Célia deixara-se ficar no mesmo ponto, sem saber que norma adotar naquelas circunstâncias. No íntimo, contudo, agradecia a Deus a graça sublime de surpreender o espírito paterno tocado de suas luzes divinas, suplicando ao Senhor permitisse ao seu coração filial receber a necessária inspiração dos seus augustos mensageiros.

 

Na quase imobilidade de suas conjeturas naquele momento grave do seu destino, foi despertada pela voz de Helvídio Lúcius que se aproximara, exclamando:

— Irmão Marinho, sou um pecador desencantado do mundo, que vem até aqui atraído por vossas virtudes sacrossantas. Venho de longe e bastou um momento de contato com a vossa palavra e ensinamentos para que me reconfortasse um pouco, experimentando mais fé e mais esperança. Desejava falar-vos… A noite, contudo, não tarda e temo aborrecer-vos…

A humildade dolorida daquelas palavras, dera à jovem cristã uma ideia perfeita de todos os tormentos que haviam aniquilado o coração paterno.

Helvídio Lúcius já não apresentava aquele porte ereto e firme que o caracterizava como legítimo cidadão do Império e da sua época. Os lábios tranquilos, de outrora, ajustavam-se num ricto de tristeza e angústia indefiníveis. Os cabelos estavam completamente brancos, como se um inverno implacável e rijo lhe houvesse despejado na cabeça um punhado de neve indestrutível. Os olhos, aqueles olhos que tantas vezes lhe patentearam uma energia impulsiva e orgulhosa, eram agora melancólicos, espraiando-se com humildade sincera por toda parte, ou dirigindo-se com expressões súplices para o Alto, como se de há muito estivessem mergulhados nas mais angustiosas rogativas.

 

Célia compreendeu que uma tempestade dolorosa e inflexível havia desabado sobre a alma paterna, para que se pudesse realizar aquela metamorfose.

— Meu amigo — murmurou de olhos úmidos — rogo a Deus que se não dissipem as vossas impressões primeiras e é em seu nome que vos ofereço a minha choupana humilde! Se vos apraz, ficai comigo, pois terei grande júbilo com a vossa presença generosa!…

Helvídio Lúcius aceitou o delicado oferecimento, enxugando uma lágrima.

E foi com enorme surpresa que reparou no casebre onde vivia, confortado, o irmão dos infelizes.

Em poucos instantes o Irmão Marinho arranjou-lhe um leito humilde e limpo, obrigando-o a repousar. Guardando n’alma uma alegria santa, a jovem se movia, de um lado para outro e não tardou levasse ao tribuno surpreso um caldo substancioso e um copo de leite puro, que lhe confortaram o organismo. Depois, foram os remédios caseiros manipulados por ela mesma, com satisfação intraduzível.

 

A noite caíra de todo com o seu cortejo de sombras, quando o Irmão Marinho assentou-se à frente do hóspede, encantado e comovido com tantas provas de carinhoso desvelo.

Falaram então de Jesus, do Evangelho, casando harmônicas as opiniões e os conceitos acerca do Cordeiro de Deus e da exemplificação de sua vida.

De vez em quando, o tribuno contemplava o interlocutor, com o mais acentuado interesse, guardando a impressão de que o conhecera alhures.

Por fim, dentro do profundo bem-estar que sentia renascer-lhe no íntimo, Helvídio Lúcius ponderou:

— Cheguei ao Cristianismo qual náufrago, após as mais ásperas derrotas do mundo! Sinto que o Divino Mestre endereçou à minh’alma todos os apelos suaves da sua misericórdia; no entanto, eu estava surdo e cego, no âmbito de lamentáveis desvarios. Foi preciso que uma hecatombe desabasse em meu lar e sobre o meu destino, para que, no fragor da tempestade destruidora, conseguisse romper as muralhas que me separavam da nítida compreensão dos novos ideais florescentes para a mentalidade e o coração do mundo.

 

Jamais confiei a alguém os episódios pungentes da minha vida, mas sinto que vós, apóstolo de Jesus e seguidor do Mestre na exemplificação do bem, podereis compreender minha existência, ajudando-me a raciocinar evangelicamente, para que cumpra os meus deveres nestes últimos dias de atividade terrena. Nunca, em parte alguma, deixei de experimentar uma tal ou qual dúvida que me desconsola: aqui, porém, sem saber porquê, experimento uma tranquilidade desconhecida. Julgo dever confiar em vós, como em mim mesmo!… Há muito, sinto necessidade de um conforto direto, e somente a vós confio as minhas chagas, na expectativa de um auxílio carinhoso e fraterno!…

— Se isso vos faz bem, meu amigo — exclamou a jovem, enxugando uma lágrima discreta — podeis confiar no meu coração, que rogará ao Senhor pela vossa paz espiritual em todos os transes da vida…

 

E enquanto o Irmão Marinho lhe acariciava a cabeça encanecida prematuramente, atormentado por dolorosas recordações, Helvídio Lúcius sem saber explicar o motivo de sua confiança, começou a contar-lhe o penoso romance da sua existência. De vez em quando, a voz tornava-se abafada por uma que outra lembrança ou episódio. A cada pausa o interlocutor, comovido, respondia ao seu estado d’alma com essa ou aquela advertência, traindo as próprias reminiscências. O tribuno surpreendia-se com isso, mas atribuía o fato às faculdades divinatórias, presumíveis no apóstolo do amor e da caridade pura, que tinha à sua frente.

 

Depois de longas horas de confidência, em que ambos choravam silenciosamente, Helvídio concluía:

— Aí tem, Irmão Marinho, minha história amargurada e triste. De todas as tragédias lembradas, guardo profundo remorso, mas o que mais me acabrunha é lembrar que fui um pai injusto e cruel. Um pouco mais de calma e um pouco menos de orgulho, teria chegado à verdade, afastando os gênios sinistros que pesavam sobre o meu lar e o meu destino!… Relembrando esses acontecimentos, ainda hoje me sinto transportado ao dia terrível em que expulsei do coração a filha querida. Desde que me certifiquei da sua inocência, procuro-a ansioso por toda parte; parece-me, contudo, que Deus, punindo meus atos condenáveis, entregou-me aos supremos martírios morais, para que eu compreendesse a extensão da falta. É por isso, Irmão, que me sinto réu da justiça divina, sem consolação e esperança. Tenho a impressão de que, para reparar meu grande crime, terei de andar como o judeu errante da lenda,  sem repouso e sem luz no pensamento. Pela minha exposição sincera e amargurada, compreendeis, agora, que sou um pecador desiludido de todos os remédios do mundo. Por isso, resolvi apelar para vossa bondade, afim de me proporcionardes um lenitivo. Vós que tendes iluminado tantas almas, apiedai-vos de mim que sou um náufrago desesperado!

 

As lágrimas abafaram-lhe a voz.

Célia também o ouvia de olhos molhados, sentindo-se tocada em todas as fibras do seu coração de filha meiga e afetuosa.

Desejou revelar-se ao pai, beijar-lhe as mãos encarquilhadas, dizer-lhe do seu júbilo em reencontrá-lo no mesmo caminho que a conduzia para Jesus… Quis afirmar que o amara sempre e olvidara o passado de prantos dolorosos, a fim de poderem ambos elevar-se para o Senhor, na mesma vibração de fé, mas uma força misteriosa e incoercível paralisava-lhe o ímpeto.

 

Foi assim que murmurou carinhosamente:

— Meu amigo, não vos entregueis de todo ao desânimo e ao abatimento! Jesus é a personificação de toda a misericórdia e há-de, certamente, confortar-vos o coração! Creiamos e esperemos na sua bondade infinita!…

— Mas, obtemperava Helvídio Lúcius na sua sinceridade dolorosa — eu sou um pecador que se julga sem perdão e sem esperança!

— Quem não o seria neste mundo, meu amigo? — exclamou Célia cheia de bondade — Porventura, não seria destinada a todos os homens a lição da “primeira pedra”? (Jo 8:7) Quem poderá dizer “nunca errei”, no oceano de sombras em que vivemos? Deus é juiz supremo e na sua misericórdia inexaurível não pode cobrar aos filhos um débito inexistente!… Se vossa filha sofreu, houve, em tudo, uma lei de provações, que se cumpriu conforme com a sabedoria divina!…

— No entanto — gemeu o tribuno em voz amarga — ela era boa e humilde, carinhosa e justa! Além do mais, sinto que fui impiedoso, pelo que, experimento agora, as mais rudes acusações da própria consciência!…

 

E como se quisesse transmitir ao interlocutor a imagem exata das suas reminiscências, o filho de Cneio Lúcius; acrescentou, enxugando as lágrimas:

— Se a visses, Irmão, no dia fatídico e doloroso, concordaríeis; certo, em que minha desventurada Célia era qual ovelha imaculada a caminhar para o sacrifício. Não poderei esquecer o seu olhar pungente, ao afastar-se do aprisco doméstico, ao segregar-se do santuário da família, honrado sempre pela sua alma de menina com os atos mais nobres de trabalho e renúncia! Recordando esses fatos, vejo-me qual tirano que, depois de se abandonar a toda sorte de crimes, andasse pelo mundo mendigando a própria justiça dos homens, de modo a experimentar o desejado alívio da consciência!

Ouvindo-lhe as palavras, a jovem chorava copiosamente, dando curso às suas próprias reminiscências, eivadas de dor e de amargura.

— Sim, Irmão — continuou o tribuno angustiado — sei que chorais pelas desventuras alheias; sinto que as minhas provas tocaram igualmente o vosso coração. Mas, dizei-me!… que deverei fazer para encontrar, de novo, a filha bem-amada? Será que também ela tenha buscado o Céu sob o látego das angústias humanas? Que fazer para beijar-lhe, um dia, as mãos, antes da morte?

 

Essas perguntas dolorosas encontravam tão somente o silêncio da jovem, que chorava comovida. Breve, porém, como tomada de súbita resolução, acentuou:

— Meu amigo, antes de tudo precisamos confiar plenamente em Jesus, observando em todos os nossos sofrimentos a determinação sagrada da sua sabedoria e bondade infinitas! Não desprezemos, porém, o tempo, a lastimar o passado. Deus abençoa os que trabalham e o Mestre prometeu amparo divino a quantos laborem no mundo, com perseverança e boa vontade!… Se ainda não reencontrastes a filhinha carinhosa, é necessário dilatar os laços do sangue, a fim de que eles se conjuguem nos laços eternos e luminosos da família espiritual. Deus velará por vós, desde que, para substituir o afeto da filha ausente, busqueis estender o coração a todos os desamparados da sorte… Há milhares de seres que suplicam uma esmola de amor aos semelhantes! Debalde mostram os braços nus aos que passam, felizes, pelos caminhos floridos de esperanças mundanas.

 

Conheço Roma  e o turbilhão de suas misérias angustiosas. Ao lado das residências nobres das Carinas, dos edifícios soberbos do Palatino  e dos bairros aristocráticos, há os leprosos da Suburra,  os cegos do Velabro,  os órfãos da Via Nomentana,  as famílias indigentes do Trastevere,  as negras misérias do Esquilino!…  Estendei vosso braço às filhas dos pais anônimos, ou dos lares desprotegidos da fortuna!… Abracemo-nos com os miseráveis, repartamos nosso pão para mitigar a fome alheia! Trabalhemos pelos pobres e pelos desgraçados, pois a caridade material, tão fácil de ser praticada, nos levará ao conhecimento da caridade moral que nos transformará em verdadeiros discípulos do Cordeiro. Amemos muito!… Todos os apóstolos do Senhor são unânimes em declarar que o bem cobre a multidão de nossos pecados! (1Pe 4:8) Toda vez que nos desprendemos dos bens deste mundo, adquirimos tesouros do Alto, inacessíveis ao egoísmo e à ambição que devoram as energias terrestres. Convertei o supérfluo de vossas possibilidades financeiras em pão para os desgraçados. Vesti os nus, protegei os órfãozinhos! Todo o bem que fizermos ao desamparo constitui moeda de luz que o Senhor da Seara entesoura para nossa alma. Um dia nos reuniremos na verdadeira pátria espiritual, onde as primaveras do amor são infindáveis. Lá, ninguém nos perguntará pelo que fomos no mundo, mas seremos inquiridos sobre as lágrimas que enxugamos e as boas ou más ações que praticamos na estância terrena.”

 

E, de olhos fixos como a vislumbrar paisagens celestes, prosseguia:

— Sim, há um reino de luz onde o Senhor nos espera os corações! Façamos por merecer-lhe as graças divinas. Os que praticam o bem são colaboradores de Deus no infinito caminho da vida… Lá, não mais choraremos em noite escura, como acontece na Terra. Um dia perene banhará a fronte de todos os que amaram e sofreram nas estradas espinhosas do mundo. Harmonias sagradas vibrarão nos Espíritos eleitos que conquistarem essas moradas cariciosas!… Ah! que não faremos nós para alcançar esses jardins de delícia, onde repousaremos nas realizações divinas do Cordeiro de Deus?! Mas, para penetrar essas maravilhas, temos de início o trabalho de aperfeiçoamento interior, iluminando a consciência com a exemplificação do Divino Mestre!

 

Havia no olhar do Irmão Marinho um clarão sublimado, como se os olhos mortais estivessem descansando nesse país da luz, formoso e fulgurante, que as suas promessas evangélicas descreviam. Lágrimas serenas deslizavam-lhe dos olhos calmos, selando a verdade das suas palavras. Helvídio Lúcius chorava, sensibilizado, sentindo que as sagradas emoções da jovem lhe invadiam igualmente o coração, num divino contágio.

— Irmão Marinho — disse a custo — pressinto a realidade luminosa dos vossos conceitos e por isso trabalharei indefessamente, afim de obter a precisa paz de consciência e poder meditar na morte, com a beleza de vossas concepções. Praticarei o bem, doravante, sob todos os aspectos e por todos os meios ao meu alcance, e espero que Jesus se apiade de mim.

— Certo, o Divino Mestre nos ajudará — concluiu a jovem; acariciando-lhe os cabelos brancos.

 

A noite ia adiantada e Célia, deixando o coração paterno banhado de consoladoras esperanças, recolheu-se a um mísero cubículo, onde, desfeita em pranto, rogou a Cneio Lúcius a esclarecesse naquele transe difícil, por isso que o afeto filial se apossava de suas fibras mais sensíveis.

Sorriso piedoso e calmo, o Espírito do velhinho correspondeu-lhe às súplicas, dizendo do seu intenso agradecimento a Deus, por ver o filho entre as luzes cristãs, mas, advertindo que a revelação da sua identidade filial era, naquelas circunstâncias, inaproveitável e extemporânea, e encarecendo aos seus olhos a delicadeza da situação e as realizações do porvir.

 

Fortalecida e encorajada, Célia preparou a primeira refeição da manhã; que o tribuno ingeriu, sentindo um novo sabor e experimentando as melhores disposições para enfrentar de novo a vida.

Sabendo da sua antiga predileção pelo ambiente rural, o Irmão Marinho levou-o a visitar o horto extenso, onde, à custa de seus esforços e trabalhos ingentes, o mosteiro de Epifânio possuía um verdadeiro parque de produção sadia e sem preço.

Nos grandes talhões da terra, elevavam-se árvores frutíferas, cultivadas com esmero, salientando-se as seções de legumes e a zona bem cuidada onde se alinhavam animais domésticos. Sob as ramagens frondosas descansavam cabras mansas, a confundirem-se com as ovelhas de lã clara e macia. Além, pastavam jumentas tranquilas e, de quando, em quando, nuvens de pombos passavam alto em revoada alegre. Entre as verduras, brincavam os fios móveis de um grande regato e, em tudo, observava Helvídio Lúcius cuidadosa limpeza, convidando o homem à vida bucólica, simples e generosa.

 

De espaço a espaço, encontravam um velhinho humilde ou uma criança sadia, que o Irmão Marinho saudava com um gesto de ternura e bondade.

Fundamente impressionado com o que via, o filho de Cneio Lúcius acentuou, comovidamente:

— Este horto maravilhoso dá-me a impressão de um quadro bíblico! Entre estas árvores respiro o ar balsâmico, como se o campo aqui me falasse mais intimamente à alma! Esclarecei-me! Quais os vossos elementos de trabalho? Quanto pagais aos trabalhadores dedicados, que devem ser os vossos auxiliares?…

— Nada pago, meu bom amigo, cultivo este horto há muitos anos e é daqui que se abastece o mosteiro, do qual tenho sido modesto jardineiro. Não tenho empregados. Meus auxiliares são antigos moradores da vizinhança, que me ajudam graciosamente, quando podem dispor de alguma folga. Os demais, são crianças da minha modesta escola, fundada há mais de cinco anos para satisfazer as necessidades da infância desvalida, dos povoados mais próximos!…

 

— Mas, que segredo haverá nestas paragens — exclamou Helvídio respirando a longos haustos — para que a terra se mostre tão dadivosa e exuberante?

— Não sei — disse o Irmão dos pobres, com singeleza — aqui tão somente amamos muito a terra! Nossas árvores frutíferas nunca são cortadas, para que recebamos as suas dádivas e as suas flores. Os cordeiros nos dão a lã preciosa; as cabras e as jumentas o leite nutritivo, mas não os deixamos matar, nunca. As laranjeiras e oliveiras são as nossas melhores amigas. Às vezes, é à sua sombra que fazemos nossas preces, nos dias de repouso. Somos, aqui, uma grande família. E os nossos laços de afeto são extensivos à Natureza.

 

Fornecendo as explicações que Helvídio aceitava atenciosamente; enumerava fatos e descrevia episódios de sua observação e experiência próprias, imprimindo em cada palavra o cunho de amor e simplicidade do seu espírito.

— Um dia — explicou com um sorriso infantil — observamos que os cabritos mais idosos gostavam de perseguir os cordeirinhos mansos e pequeninos. Então, as crianças da escola, recordando que Jesus tudo obtinha pela brandura do ensinamento, resolveram auxiliar-me na criação das ovelhas e das cabras, construindo para isso um só redil… Ainda pequenos, uns e outros, filhos de mães diferentes; eram reunidos em todos os lugares e, com o amparo dos meninos, levados às nossas preces e aulas ao ar livre. As crianças sempre acreditaram que as lições de Jesus deviam sensibilizar os próprios animais e eu às tenho deixado alimentar essa convicção encantadora e suave. O resultado foi que os cabritos brigões desapareceram. Desde então, o redil foi um ninho de harmonia. Crescendo juntos, comendo o mesmo pão e sentindo sempre a mesma companhia, uns e outros eliminaram as instintivas aversões!… Por mim, observando essas lições de cada instante, fico a pensar como será feliz a coletividade humana quando todos os homens compreenderem e praticarem o Evangelho!…

 

O tribuno ouviu a historieta na sua radiosa simplicidade, com lágrimas nos olhos.

Fixando o interlocutor, Helvídio Lúcius acentuou, deixando transparecer um brilho novo no olhar:

— Irmão Marinho, estou compreendendo, agora, a exuberância da terra e a maravilha da paisagem. Todos esses feitos são um milagre do devotamento com que vindes consagrando todas as energias à terra benfazeja! Tendes amado muito e isso é essencial. Por muitos anos, fui também homem do campo, mas, até agora, venho explorando o solo apenas com o interesse comercial. Agora compreendo que, doravante, devo amar também a terra, se algum dia regressar à lavoura. Hoje entendo que tudo no mundo é amor e tudo exige amor.

 

A jovem ouvia as considerações paternas, enlevada nas suas esperanças.

— Três dias ali ficou Helvídio Lúcius, a edificar-se naquela paz inalterável. Horas de tranquilidade suave, em que todas as amarguras terrestres como por encanto se lhe aquietavam no íntimo do coração entristecido.

Por vezes, Célia teve ímpetos de lhe comunicar as carinhosas emoções do seu coração filial e, contudo, estranha força parecia coarctar-lhe a vontade, dando-lhe a entender que ainda era prematura qualquer revelação.

 

Por fim, ao despedir-se, mais fortalecido e confortado, o tribuno falou:

— Irmão Marinho, parto com o espírito tocado de novas disposições e de outras energias para enfrentar a luta e as tristes expiações que me competem na Terra!… Rogai a Deus por mim, pedi a Jesus que eu tenha o ensejo e a força de por em prática os vossos conselhos. Volto a Roma com a ideia do bem a cantar-me n’alma. Seguirei vossas sugestões em todos os passos e, nesse escopo, é bem possível que o Senhor satisfaça as minhas justas aspirações paternas. Logo que possa, regressarei para abraçar-vos!… Jamais poderei esquecer o bem que me fizestes!

 

Ela tomou-lhe, então, a destra e beijou-a de olhos úmidos, enquanto o tribuno considerava, comovido, aquele gesto de humildade.

Ansiosamente, deteve-se a contemplar o carro que o transportava, de volta a Alexandria, até que ele se sumisse ao longe, numa nuvem de pó. Fechando-se então, no seu cubículo, abriu uma pequena caixa de madeira trazida de Minturnes, na qual guardava a túnica com que saíra de casa no dia do seu exílio. Entre as poucas peças, repousava a pérola que o pai lhe trouxera da Fócida,  única joia que lhe ficara, depois de totalmente espoliada pela criminosa ambição de Hatéria. E revirava nas mãos, entre lágrimas, os objetos antigos e simples de suas cariciosas lembranças.

Elevando-se em prece a Deus, rogou não lhe faltassem as energias indispensáveis ao cumprimento integral de sua missão.

 

Quanto a Helvídio Lúcius, de regresso, sentia-se como que banhado numa corrente de pensamentos novos.

O Irmão Marinho, a seus olhos, era um símbolo perfeito dos dias apostólicos, quando os seguidores de Jesus operavam no mundo, em seu nome.

Desembarcando em Nápoles,  dirigiu-se para Cápua,  onde foi recebido pelos filhos com excepcionais demonstrações de carinho.

Caio e a esposa exultaram com as suas melhoras físicas e espirituais, apenas estranhando que regressasse do Egito com tantas ideias de caridade e beneficência.

 

Depois de esclarece-los, quanto ao Irmão Marinho e à fascinação que ele exercera no seu espírito, Helvídio Lúcius acentuou:

— Filhos, sinto que não poderei viver muito tempo e quero morrer de conformidade com a doutrina que abracei de coração. Voltarei agora a Roma e tratarei de preparar o porvir espiritual, conforme as minhas novas concepções. Espero que me não contrariem os últimos desejos. Dividirei nossos bens e a terça parte ser-lhes-á entregue em tempo oportuno. O restante, buscarei movimentar de acordo com a minha crença nova. Conto com o auxílio de ambos, neste particular.

 

No íntimo, Caio e Helvídia atribuíram a súbita transformação paterna a sortilégio dos cristãos, que, a seu ver, teriam abusado da sua situação de fraqueza e abatimento, em face dos muitos abalos morais. Nada obstante, com a generosidade que a caracterizava, a esposa de Fabrícius acentuou:

— Meu pai, não ouso discutir vossos pontos de fé, pois, acima de qualquer controvérsia religiosa estão o nosso amor e o vosso bem-estar! Procedei como melhor vos aprouver. Financeiramente, não há preocupar-vos com o nosso futuro. Caio é trabalhador e eu não tenho grandes pretensões. Além do mais, os deuses velarão sempre por nós, como o têm feito até agora. Portanto, podereis agir, sempre confiante em nosso afeto e acatamento às vossas decisões.

 

Helvídio Lúcius abraçou a filha, em sinal de júbilo pela sua compreensão, enquanto Caio, num sorriso, esboçava o seu assentimento.

Voltando a Roma dos seus dias de triunfo e mocidade, o orgulhoso patrício estava radicalmente transformado. Seu primeiro ato de verdadeira conversão a Jesus foi libertar todos os escravos da sua casa, providenciando solicitamente pelo futuro deles.

 

Afrontando os perigos da situação política, não fez mistério de suas convicções religiosas, exaltava as virtudes do Cristianismo nas esferas mais aristocráticas. Os amigos, porém, o ouviam penalizados. Para os de sua esfera social, Helvídio Lúcius padecia as mais evidentes perturbações mentais, provenientes da tragédia dolorosa que lhe enchera o lar de um luto perpétuo e angustioso. O tribuno, todavia; como se prescindisse de todas as honrarias exigidas pelos de sua condição, parecia inacessível aos conceitos alheios e, com assombro de todas as suas relações, dispôs da maioria dos bens patrimoniais em obras piedosas, com as quais os órfãos e as viúvas se beneficiavam. Seus companheiros humildes da Porta Ápia [início da Via Ápia]  se regozijaram com o ardor evangélico de que dava, agora, pleno testemunho, auxiliando-lhes os esforços e defendendo-os publicamente. Não mais se entregou aos ócios sociais, porquanto, às vezes, pela manhã, era visto no Esquilino  ou na Suburra,  no Trastevere  ou no Velabro,  buscando informações dessa ou daquela família de indigentes. Não só isso. Visitou os descendentes de Hatéria, procurou-a no intuito de perdoá-la e não encontrou sequer notícias, pois ninguém conhecia o trágico fim da velhinha, ocorrido no mesmo sentido oculto por ela utilizado para a prática do mal. O tribuno, todavia, aproveitou a estada em Benevento  para ensinar aos membros daquela família, que se considerava integrada na sua tutela, os métodos seguidos pelo Irmão Marinho no trato carinhoso da terra. Em seguida, ei-lo na herdade de Caio Fabrícius, onde assumiu voluntariamente a direção de numerosos serviços rurais, utilizando aqueles processos que jamais poderia esquecer, tornando-se amado como um pai pelos que recebiam, de boa vontade, suas ideias novas e interessantes.

 

Todavia, depois de tantos benéficos labores, o antigo tribuno adoeceu, sobressaltando o coração dos filhos e dos amigos.

Assim esteve um mês, combalido e padecente, quando um dia, melancólico e trêmulo, chamou a filha e lhe disse com a maior ternura:

— Helvídia, sinto que meus dias neste mundo estão contados e desejava rever o Irmão Marinho, antes de morrer.

Ela lhe fez sentir a inconveniência da viagem, mas o tribuno insistia com tanto empenho que acabou anuindo, com a condição de fazer-se acompanhar pelo genro. Helvídio Lúcius recusou, porém, alegando não desejar interromper o ritmo doméstico. Resolveram, então, que seguisse acompanhado por dois servos de confiança, na previsão de qualquer eventualidade.

 

Sentindo-se melhor com a consoladora perspectiva de voltar a Alexandria e rever os sítios onde lograra tanto conforto para o espírito abatido, o tribuno preparou-se convenientemente, não obstante os temores da filha, que lhe beijou as mãos enternecida, de coração pressago, quando o viu partir.

Helvídio Lúcius estreitou-a nos braços com um olhar intraduzível, contemplando em seguida a paisagem rural, melancolicamente, como se quisesse guardar na retina um quadro precioso, observado pela última vez.

Caio e sua mulher, a seu turno, não conseguiram ocultar as lágrimas afetuosas.

 

Com o espírito de resolução que o caracterizava, o filho de Cneio Lúcius não se deu conta dos temores e inquietações dos filhos, partindo serenamente, seguido pelos dois servos de Caio Fabrícius, que o não abandonavam um só instante.

Contudo, antes que a embarcação aproasse a Alexandria ele começou a sentir a recrudescência do seu mal orgânico. À noite, não conseguia forrar-se à dispneia inflexível e, durante o dia, sentia-se tomado de profunda fraqueza.

Fazia mais de um ano que conhecera de perto o Irmão Marinho. Um ano mais, de trabalhos incessantes ao serviço da caridade evangélica. E Helvídio Lúcius, que se deixara fascinar pelo espírito carinhoso do irmão dos infortunados e humildes, não queria morrer sem lhe demonstrar que aproveitara as lições sublimes. Não sabia explicar a simpatia infinita que o monge lhe despertara. Sabia, tão somente, que o amava com arroubos paternais. Assim, vibrando de júbilo por haver aplicado os seus ensinamentos com dedicação e destemor, aguardava ansioso o instante de reve-lo e cientificá-lo de todos os seus feitos, que, embora tardios, lhe haviam calmado extraordinariamente o coração.

 

De Alexandria ao mosteiro, viajou numa liteira especial, com o conforto possível. Ainda assim, chegou ao destino grandemente combalido.

O Irmão Marinho, por sua vez, estava vivendo os derradeiros dias do seu apostolado. Os olhos se lhe haviam tornado mais fundos e, no rosto, pairava uma expressão dolorosa e resignada, como se tivesse absoluta certeza do próximo fim.

O reencontro de ambos foi uma cena comovedora e tocante, porque Célia também esperava ansiosa o coração paterno, crente de que, em breve, partiria ao encontro dos entes queridos que a precederam nas sombras do sepulcro. Havia meses, interrompera as prédicas porque todos os esforços físicos lhe produziam hemoptises. Todavia, os estudos evangélicos continuavam sempre. Os Irmãos do mosteiro se incumbiram de prosseguir na tarefa sagrada, e os velhos e as crianças substituíam-na nos serviços do horto, onde as árvores se cobriam de flores, novamente. Foi debalde que Epifânio, então tocado pelos atos de sacrifício e humildade daquela alma generosa, tentou levá-la para um aposento confortável e lavado de Sol, no interior do mosteiro, afim de lhe atenuar os padecimentos. Ela preferiu a casinhola singela do horto, fazendo questão de ficar no insulamento das suas meditações e das suas preces, convicta de que o pai voltaria e desejando revelar-se-lhe, antes de morrer.

 

Era quase noite fechada quando o patrício bateu-lhe à porta, atormentado por singulares padecimentos.

Recebeu-o com intenso júbilo, e, embora fraquíssima, providenciou a acomodação imediata dos servos em singela dependência distante, e logo voltando ao interior, onde Helvídio a esperava aflito, dado o agravo súbito de todos os seus males.

Debalde lhe trouxe a jovem os recursos da sua medicina caseira, porque, de hora a hora o tribuno experimentava a dispneia, cada vez mais intensa, enquanto o coração lhe pulsava em ritmo precipitoso…

A noite ia adiantada quando Helvídio Lúcius, fazendo a filha sentar-se junto dele, murmurou com dificuldade:

— Irmão Marinho… não cuides mais do meu corpo… Tenho a impressão de estar vivendo os últimos instantes… Guardava o secreto desejo de morrer aqui, ouvindo as vossas preces, que me ensinaram a amar a Jesus… com mais carinho…

 

Célia começou a chorar amargamente, percebendo a realidade dolorosa.

— Chorais?!… sereis sempre o irmão… dos infelizes e desditosos… Não me esqueçais nas vossas orações…

E, lançando à filha um olhar inolvidável e triste, continuava na voz reticenciosa da agonia:

— Quis voltar para dizer-vos que procurei por em prática as vossas lições sublimes. Sei que outrora fui um perverso, um orgulhoso… Fui pecador, Irmão, vivia longe da luz e… da verdade. Mas… desde que me fui daqui, tenho procurado proceder conforme me ensinastes… Dispus da maior parte dos bens em favor dos pobres e dos mais desfavorecidos da sorte… Procurei proteger as famílias desventuradas do Trastevere, busquei os órfãos e as viúvas do Esquilino… Proclamei minha crença nova entre todos os amigos que me ridicularizaram… Doei uma casa aos companheiros de fé, que se reúnem perto da Porta Ápia… Busquei todos os meus inimigos e lhes pedi perdão para poder repousar o pensamento atormentado… Permanecendo muitos meses na herdade de meus filhos, ensinei o Cristianismo aos escravos, dando-lhes notícias do vosso horto, onde a terra recebe a mais elevada cooperação de amor… Então, via que todos trabalhavam como me ensinastes… Em cada moeda que oferecia aos desgraçados, eu vos via abençoando o meu gesto e a minha compreensão… Não tenho coragem de me dirigir a Jesus… Sinto-me fraco e pequenino diante da sua grandeza… Pensava assim em vós, que conheceis a dolorosa história da minha vida… Pedireis por mim ao Divino Mestre, pois as vossas orações devem ser ouvidas no Céu…

 

Fizera uma pausa na exposição dolorosa, enquanto a jovem se mantinha em silêncio, orando com lágrimas.

Sentando-se a custo, porém, o patrício tomou-lhe a destra e fixando-lhe os olhos percucientes, continuou em voz entrecortada a revelar as suas derradeiras esperanças e desejos:

— Irmão Marinho, tudo fiz com a mesma aspiração paterna de encontrar minha filha no Plano material… Buscando os pobres e desamparados da sorte, muitas vezes julguei encontrá-la; restituída ao meu coração… Desde que me fiz adepto do Senhor, creio firmemente na outra vida… Creio que encontrarei além do sepulcro todos os afetos que me antecederam no túmulo e quisera levar à minha companheira a certeza de haver reparado os erros do passado doloroso… Minha esposa foi sempre ponderada e generosa e eu desejava levar-lhe a notícia… de haver reparado os impulsos doutros tempos, quando não sentia Jesus no coração…

 

E como se desejasse mostrar o seu último desencanto, o moribundo concluía, depois de uma pausa:

— Entretanto… Irmão… o Senhor não me considerou digno dessa alegria… Esperarei, então, o seu breve julgamento, com o mesmo remorso e com o mesmo arrependimento…

Ante aquele ato de humildade suprema e de suprema esperança no Senhor Jesus, o Irmão Marinho levantou-se e, fitando-o de olhos úmidos e brilhantes, exclamou:

— Vossa filha aqui está, esperando a vossa vinda!… Haveis de reconhecer que Jesus ouviu as nossas súplicas!…

Helvídio despediu um olhar penetrante, cheio de amargura e de incredulidade, enquanto, pelas faces pálidas, lhe escorria copioso o suor da agonia.

— Esperai! — Disse a jovem num gesto carinhoso.

 

E volvendo rápida ao interior, desfez-se do burel, e vestiu a velha túnica com que se ausentara do lar no momento crítico do seu doloroso destino, colocando ao peito a pérola da Fócida que o pai lhe ofertara na véspera do angustioso acontecimento. E dando aos cabelos o seu penteado antigo, penetrou no quarto ansiosamente, enquanto o moribundo verificava a sua metamorfose, assomado de espanto.

— Meu pai! meu pai!… — Murmurou enlaçando-lhe o busto, com ternura, como se naquele instante conseguisse realizar todas as esperanças da sua vida.

 

Mas, Helvídio Lúcius, com a fronte empastada de álgido suor, não teve forças para externar a alegria íntima, colhido de surpresa e assombro indefiníveis. Quis abraçar-se à filha idolatrada, beijar-lhe as mãos e pedir-lhe perdão, na sua alegria suprema. Desejava ter voz para dizer do júbilo que lhe dominava o coração paterno, inquirindo-a e expondo-lhe os seus sofrimentos inenarráveis. A alegria intensa havia rompido, porém, as suas derradeiras possibilidades verbais. Apenas os olhos, percucientes e lúcidos, refletiam o estado d’alma, dando conta da sua emoção indefinível. Lágrimas silenciosas começaram a rolar-lhe pelas faces descarnadas, enquanto Célia o osculava, murmurando ternamente:

— Meu pai, do seu reino de misericórdia Jesus ouviu as nossas preces! Eis-me aqui. Sou vossa filha!… Nunca deixei de vos amar!…

 

E como se quisesse identificar-se por todos os modos aos olhos paternais, no instante supremo, acrescentava:

— Não me reconheceis? Vede esta túnica! É a mesma com que saí de casa no dia doloroso… Vedes esta pérola? É a mesma que me destes na véspera de nossas provações angustiosas e rudes… Louvado seja o Senhor que nos reúne aqui, nesta hora de dor e de verdade. Perdoai-me se fui obrigada a adotar uma indumentária diferente, afim de enfrentar a minha nova vida! Precisei desses recursos para defender-me das tentações e furtar-me à concupiscência dos homens inferiores!… Desde que saí do lar, tenho empregado o tempo em honrar o vosso nome… Que desejais vos diga ainda, por demonstrar minha afeição e meu amor?…

 

Mas, Helvídio Lúcius sentia que misteriosa força o arrebatava do corpo; uma sensação desconhecida lhe vibrava no íntimo, envolvia-o numa atmosfera glacial.

Ainda tentou falar, mas as cordas vocais estavam hirtas. A língua paralisara na boca intumescida. Todavia, atestando os profundos sentimentos que lhe vibravam no coração, vertia copiosas lágrimas, envolvendo a filha adorada num olhar amoroso e indefinível. Esboçou um gesto supremo desejando levar as mãos de Célia aos lábios, mas, foi ela quem, adivinhando-lhe a intenção, tomou-lhe as mãos inertes, frias, e osculou-as longamente. Depois, beijou-lhe a fronte, tomada de imensa ternura!…

Ajoelhando-se em seguida, rogou ao Senhor, em voz alta, recebesse o Espírito generoso do pai, no seu reino de amor e de bondade infinita!…

 

Com lágrimas de afeto e de agradecimento ao Altíssimo, cerrou-lhe as pálpebras no derradeiro sono, observando que a fisionomia do tribuno estava, agora, nimbada de paz e serenidade.

Por instantes permaneceu genuflexa e viu que o ambiente se enchera de numerosas entidades desencarnadas; entre as quais se destacavam os perfis de sua mãe e do avô, que ali permaneciam de semblante calmo e radiante, estendendo-lhe os braços generosos.

Figurou-se-lhe que todos os amigos do tribuno estavam presentes no instante extremo, afim de lhe escoltar a alma regenerada, nos luminosos páramos do Cordeiro de Deus.

 

Aos primeiros clarões da aurora, deu as necessárias providências, solicitando a presença dos servos do morto, que acorreram pressurosos ao chamado.

Novamente reintegrada no seu hábito de monge, Célia encaminhou-se ao mosteiro e comunicou o fato à autoridade superior, rogando providências.

Todos, inclusive o próprio Epifânio, auxiliaram o Irmão Marinho na solução do assunto.

Os serviçais de Caio Fabrícius explicaram, porém, que seus patrões, em Cápua, estavam certos de que o viajante não poderia resistir aos percalços da viagem mais que penosa, e os haviam esclarecido sobre as personalidades a quem se deveriam dirigir em Alexandria, para que os despojos voltassem à Campânia,  caso o tribuno falecesse.

 

E assim, de manhã bem cedo, um grupo de quatro homens, inclusive os dois servos aludidos, transportavam o cadáver de Helvídio Lúcius para a cidade próxima.

Encostada à porta da sua choupana e, ante o olhar dos irmãos do mosteiro, que a acompanhavam, Célia contemplou a liteira fúnebre até que desaparecesse ao longe, entre nuvens de pó.

Quando o grupo desapareceu nas derradeiras curvas da estrada, Célia sentiu-se só e abandonada, como nunca. A revivescência da afeição paterna, em tais circunstâncias, lhe havia trazido amargurosa tristeza. Jamais a angústia do mundo se apossara tão fortemente de sua alma. Buscou o refúgio da prece e, todavia, figurou-se-lhe que as mais pesadas sombras lhe haviam invadido o ser. Não tinha desesperado o coração, nem o senso do infortúnio lhe consentia queixumes e lamentações. Mas, uma saudade singular dos seus mortos bem-amados enchia-lhe, agora, o coração, de um como filtro misterioso de indiferentismo para o mundo. Começou a fixar o pensamento em Jesus, mas, em breve, as rosas de sangue começaram a brotar de sua boca, num fluxo contínuo.

 

Alguns irmãos amigos acercaram-se, enquanto Epifânio, tocado no mais fundo do coração, mandava transferi-la para o mosteiro com a maior solicitude.

De nada valeram, porém, os recursos médicos e as supremas dedicações da extrema hora.

As hemoptises se prolongavam, assustadoramente, sem ensejarem qualquer esperança.

Na sua velhice cheia de unção e arrependimento, o superior tudo envidava para restituir a saúde ao jovem monge, cujas virtudes se impuseram como símbolo de amor e de trabalho…

 

Dois dias se passaram, de angústia infinita. Durante aquelas horas torturantes, Epifânio deu ordem para que as visitas fossem recebidas. Pela primeira vez, as portas do convento se abriram para os populares e os velhinhos das redondezas se aproximarem do Irmão Marinho, cheios de lágrimas sinceras.

Um a um, acercaram-se da jovem, beijando-lhe as mãos trêmulas e descarnadas.

— Irmão Marinho — dizia um deles — tu não deverias morrer!… Se partires agora, quem ensinará o bom caminho às nossas filhas?

— E quem ensinará o Evangelho aos nossos netos? — Clama um outro disfarçando as lágrimas.

Mas a jovem, de olhar firme e sereno, exclamava com bondade:

— Ninguém morre, meus irmãos! Não nos prometeu Jesus a vida eterna?…

 

Para cada qual, tinha um olhar de ternura e a luz cariciosa de um sorriso.

Na noite imediata agravaram-se de maneira atroz os seus padecimentos.

Compreendendo que o fim se aproximava, o velho Epifânio perguntou-lhe algo, quanto aos seus últimos desejos e ela, erguendo para o superior o olhar sereno, acentuou:

— Meu pai, rogo que me perdoeis se alguma vez vos ofendi por atos ou por palavras!… Orai por mim, para que Deus tenha compaixão de minh’alma… e se é permitido pedir-vos alguma coisa… desejo ver as crianças da escola, antes de morrer…

 

Epifânio ocultou as lágrimas levando as mãos ao rosto, e, antes do amanhecer, três irmãos saíram pelos povoados mais próximos, afim de reunir os pequeninos, por satisfazer os últimos desejos da moribunda.

Depois do meio-dia, todas as crianças da escola penetraram no quarto, respeitosas.

O Irmão Marinho, contudo, recostado nas almofadas, enviava-lhes um sorriso bom e compassivo, embora o peito lhe arfasse penosamente.

Num gesto extremo chamou-as a si, inquirindo a cada uma sobre os estudos, o trabalho, a escola…

Os meninos, mal percebendo a hora dolorosa, sentiam-se à vontade, enquanto Célia lhes sorria.

— Irmão Marinho — dizia um pequenote de olhos graves — Todos nós, lá em casa, temos pedido a Deus pelas vossas melhoras!

— Obrigado, meu filho!… — Dizia a agonizante, fazendo o possível por dissimular os sofrimentos.

 

Em seguida, era uma pequenina interessante no seu vestidinho pobre, a balbuciar em tom discreto:

— Irmão Marinho, pai Epifânio não deixou que eu plantasse a roseira ao pé do redil e me repreendeu asperamente.

— Que tem isso, filhinha?… Pai Epifânio tem razão… o redil não é lugar das flores… Plantarás a roseira nova perto da janela. Lá ela receberá mais sol… E tu darás ao pai Epifânio a primeira flor…

— Olha, Irmão — repetia outro pequenito de cabelos despenteados — as ovelhas esta noite nos deram dois novos cordeirinhos.

— Tratarás deles, meu filho!… Dizia a jovem com dificuldade.

— Irmão — exclamava outro menino — tenho rogado a Jesus que te devolva a saúde preciosa.

— Meu filho… — dizia a agonizante — nós não devemos pedir ao Senhor isso ou aquilo, e sim a compreensão de sua vontade que é soberana e justa…

 

Mas, em face da inquietude infantil que a rodeava, exclamou, desejando concentrar as derradeiras energias para a prece.

— Filhinhos… cantem… para mim…

Entre as crianças deu-se ligeiro tumulto, quanto à escolha do hino a ser cantado.

Foi, então, que uma pequenita lembrou que o sol se preparava para mergulhar no horizonte, fazendo sentir aos companheiros que, nessa hora, o Irmão Marinho preferira sempre o “”, ensinado a todos com carinho fraternal.

Então, todos, de mãos dadas, rodearam o leito, no qual a enferma oferecia a Deus os seus derradeiros pensamentos, enquanto todos os irmãos da comunidade observavam, chorando, a distância, a cena comovedora e dolorosa.

Mais alguns minutos e elevaram-se aos céus as notas cristalinas do cântico singelo:

Louvado sejas, Jesus!

Na aurora cheia de orvalho,

Que traz o dia, o trabalho,

Em que andamos a aprender.

Louvado sejas, Senhor!

Pela luz das horas calmas,

Que adormenta as nossas almas

No instante do entardecer…


O campo repousa em preces,

O céu formoso cintila,

E a nossa crença tranquila

Repousa no teu amor;

É a hora da tua bênção

Nas luzes da Natureza,

Que nos conduz à beleza

Do plano consolador.


É nesta hora divina,

Que o teu amor grande e augusto

Dá paz à mente do justo,

Alívio e conforto à dor!

Amado Mestre abençoa

A nossa prece singela,

Faze luz sobre a procela

Do coração pecador!


Vem a nós! Do céu ditoso,

Ampara a nossa esperança,

Temos sede de bonança,

De amor, de vida e de luz!

Na tarde feita de calma,

Sentimos que és nosso abrigo,

Queremos viver contigo,

Vem até nós, meu Jesus!…

 

Célia ouvia o hino das crianças, em seus últimos acordes. Figurou-se-lhe que a sala humilde estava povoada de artistas inimitáveis. Eram todos jovens graciosos e crianças risonhas, que empunhavam flautas e harpas siderais, alaúdes e timbales divinos. Desejou contemplar os meninos da sua escola humilde e falar-lhes, mais uma vez, da sua alegria infinita, mas, ao mesmo tempo, sentiu-se rodeada de seres carinhosos que, sorridentes, lhe estendiam os braços. Ali estavam seus pais, o venerando avô, Nestório, Hatéria, Lésio Munácio e a figura encantadora de Ciro, como que envolta num peplo de neve translúcida… A um gesto da amorável entidade de Cneio Lúcius, Ciro avançava estendendo-lhe os braços. Era o gesto de carinho que o seu coração esperara toda a vida!… Quis falar da sua felicidade e gratidão ao Senhor dos Mundos, mas, sentia-se exausta, como se chegasse de uma luta extenuante.

 

Guardando-lhe a fronte nas mãos, sob a música do carinho, Ciro lhe dizia de olhos úmidos:

— Ouve Célia! Este é um dos sublimes cantos de amor, que te consagram na Terra!

Ela não viu que as crianças ansiosas lhe cobriam de lágrimas as mãos imóveis e alvas, abraçando ternamente o seu cadáver de neve… A um só tempo, todos os irmãos do mosteiro se lançaram comovidos para os seus despojos, ao passo que, no Plano invisível, um grupo de entidades amigas e carinhosas conduzia numa onda de luz e perfumes, aos páramos do Infinito, aquela alma ditosa de mártir.




Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

1co 15:26
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 28
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 20:20-28


20. Então veio a ele a mãe dos filhos de Zebedeu, com os filhos dela, prostrando-se e rogando algo.

21. Ele disse-lhe, pois: "Que queres"? Respondeu-lhe: "Dize que estes meus dois filhos se sentem um à tua direita e outro à tua esquerda em teu reino"

22. Retrucando, Jesus disse: "Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que estou para beber"? Disseram-lhe: "Podemos"! 23. Disse-lhes: "Sem dúvida bebereis o meu cálice; mas sentar à minha direita ou esquerda, não me compete concedê-lo, mas àquele para quem foi preparado por meu Pai".

24. E ouvindo os dez, indignaram-se contra os dois irmãos.

25. Chamando-os, porém, Jesus disse: "Sabeis que os governadores dos povos os tiranizam e os grandes os dominam.

26. Assim não será convosco; mas quem quiser dentre vós tornar-se grande, será vosso servidor,

27. e quem quiser dentre vós ser o primeiro, será vosso servo,

28. assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua alma como meio-de-libertação para muitos".

MC 10:35-45


35. E aproximaram-se dele Tiago e João os filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: "Mestre, queremos que, se te pedirmos, nos faças".

36. Ele disse-lhes: "Que quereis que vos faça"?

37. Responderam-lhe eles: "Dá-nos que nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda na tua glória".

38. Mas Jesus disse-lhes: "Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que eu bebo, ou ser mergulhados no mergulho em que sou mergulhado"? 39. Eles retrucaram-lhe: "Podemos"! Então Jesus disse-lhes: "O cálice que eu bebo, bebereis, e sereis mergulhados no mergulho em que sou mergulhado,

40. mas o sentar à minha direita ou esquerda, não me cabe concedê-lo, mas a quem foi dado".

41. E ouvindo isso, os dez começaram a indignarse contra Tiago e João.

42. E chamando-os, disse-lhes Jesus: "Sabeis que os reconhecidos como governadores dos povos os tiranizam e seus grandes os dominam.

43. Não é assim, todavia, convosco: mas o que quiser tornar-se grande dentre vós, será vosso servidor,

44. e o que quiser dentre vós ser o primeiro, será servo de todos.

45. Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua alma como meio de libertação para muitos".



Lucas (Lucas 18:34) salientara que os discípulos "nada haviam entendido e as palavras de Jesus permaneciam ocultas para eles, que não tiveram a gnose do que lhes dizia". Mateus e Marcos trazem, logo depois, a prova concreta da verdade dessa assertiva.


Mateus apresenta o episódio como provocado pela mãe de Tiago e de João, com uma circunlocução típica oriental, que designa a mãe pelos filhos: "veio a mãe dos filhos de Zebedeu com os filhos dela", ao invés do estilo direto: "veio a esposa de Zebedeu com seus filhos". Trata-se de Salomé, como sabemos por Marcos (Marcos 15:40) confrontado com Mateus (Mateus 27:56). Lagrange apresenta num artigo (cfr. "L’Ami du Clergé" de 1931, pág. 844) a hipótese de ser Salomé irmã de Maria mãe de Jesus, portanto sua tia.


Sendo seus primos, o sangue lhe dava o direito de primazia. Em nossa hipótese (vol. 3), demos Salomé como filha de Joana de Cuza, esta sim, irmã de Maria. Então Salomé seria sobrinha de Maria e prima em 1. º grau de Jesus (sua "irmã"), sendo Tiago e João "sobrinhos de Jesus", como filhos de sua "irmã"

Salomé. Então, sendo seus sobrinhos, a razão da consanguinidade continuava valendo. Além disso, Salomé como sua irmã, tinha essa liberdade, e se achava no direito de pedir, pois dera a Jesus seus dois filhos e ainda subvencionava com seu dinheiro as necessidades de Jesus e do Colégio apostólico (cfr. LC 8:3 e MC 15:41).


Como na resposta Jesus se dirige frontalmente aos dois, Marcos suprimiu a intervenção materna: realmente eles estavam de pleno acordo com o pedido, tanto que, a seu lado, aguardavam ansiosos a palavra de Jesus. A interferência materna foi apenas o "pistolão" para algo que eles esperavam obter.


Como pescadores eram humildes; mas elevados à categoria de discípulos e emissários da Boa-Nova, acende-se neles o fogo da ambição, que era justa, segundo eles, pois gozavam da maior intimidade de Jesus, que sempre os distinguia, destacando-os, juntamente com Pedro, dos demais companheiros, nos momentos mais solenes (cfr. Mat, 9:1; 17:1; MC 1:29; MC 5:37; MC 9:12; MC 14:33; LC 8:51). Tinham sido, também, açulados pela promessa de se sentarem todos nos doze "tronos", julgando Israel (MT 19:28), então queriam, como todo ser humano, ocupar os primeiros lugares (MT 23:6 e LC 14:8-10).


A cena é descrita com pormenores. Embora parente de Jesus, Salomé lhe reconhece o valor intrínseco e a grandeza, e prostra-se a Seus pés, permanecendo silenciosa e aguardando que o Mestre lhe dirija a palavra em primeiro lugar: "que queres"?


Em Marcos a resposta é dos dois: "Queremos" (thélomen) o que exprime um pedido categórico, não havendo qualquer dúvida nem hesitação quanto à obtenção daquilo que se pede: não é admitida sequer a hipótese de recusa : "queremos"!


Jesus não os condena, não os expulsa da Escola, não os apresenta à execração pública, não os excomunga; estabelece um diálogo amigável, em que lhes mostra o absurdo espiritual do pedido, valendose do episódio para mais uma lição. Delicadamente, porém, é taxativo na recusa. Sabe dizer um NÃO sem magoar, dando as razões da negativa, explicando o porquê é obrigado a não atender ao pedido: não depende dele. Mas não titubeia nem engana nem deixa no ar uma esperança inane.


Pelas expressões de Jesus, sente-se nas entrelinhas a tristeza de quem percebe não estar sendo entendido: "não sabeis o que pedis" Essa resposta lembra muito aquela frase proferida mais tarde, em outras circunstâncias: "Não sabem o que fazem"! (LC 23:34).


Indaga então diretamente: "podeis beber o cálice que estou para beber ou ser mergulhado no mergulho em que sou mergulhado"? A resposta demonstra toda a presunção dos que não sabem, toda a pretensão dos que que ignoram: "podemos"!


Jesus deve ter sorrido complacente diante dessa mescla de amor e de ambição, de disposição ao sacrif ício como meio de conquistar uma posição de relevo! Bem iguais a nós, esses privilegiados que seguiram Jesus: entusiasmo puro, apesar de nossa incapacidade!


Cálice (em grego potêrion, em hebraico kôs pode exprimir. no Antigo Testamento, por vezes, a alegria (cfr. SL 23:5; SL 116:13; Lament 4:21); mas quase sempre é figura de sofrimento (cfr. SL 75:8; 1s.


51:17,22; EZ 23:31-33).


Baptízein é um verbo que precisa ser bem estudado; as traduções correntes insistem em transliterar a palavra grega, falando em batismo e batizar, que assume novo significado pela evolução semântica, no decorrer dos séculos por influência dos ritos eclesiásticos e da linguagem litúrgica. Batismo tomou um sentido todo especial, atribuído ao Novo Testamento, apesar de ignorado em toda a literatura anterior e contemporânea dos apóstolos. Temos que interpretar o texto segundo a semântica da época, e não pelo sentido que a palavra veio a assumir séculos depois, por influências externas.


Estudemos o vocábulo no mais autorizado e recente dicionário ("A Greek English Lexicon", de Liddell

& Scott, revised by Henry Stuart Jones, Londres, 1966), in verbo (resumindo): "Baptizô, mergulhar, imergir: xíphos eis sphagên, "espada mergulhada na garganta" (Josefo Rell. Jud.


2. 18. 4): snáthion eis tò émbryon "espátula no recém-nascido" Soranus, médico do 2. º séc. A. C. 2. 63); na voz passiva: referindo-se à trepanação Galeno, 10, 447. Ainda: báptison seautòn eis thálassau e báptison Dionyson pros tên thálassan, "mergulhado no mar" (Plutarco 2. 166 a e 914 d); na voz passiva com o sentido de "ser afogado", Epicteto, Gnomologium 47. Baptízô tinà hypnôi, "mergulho algu ém no sono" (Anthologia Graeca, Evenus elegíaco do 5. º séc. A. C.) e hynnôi bebantisméns "mergulhado no sono letárgico" (Archígenes, 2. º séc., apud Aécio 63); baptízô eis anaisthesían kaì hypnon," mergulhado na anestesia e no sono " (Josefo, Ant. JD 10, 9, 4); psychê bebaptisménê lypêi" alma mergulhada na angústia" (Libânio sofista, 4. º séc. A. D., Orationes, 64,115)".


Paulo (Rom, 6:3-4) fala de outra espécie de batismo: "porventura ignorais que todos os que fomos mergulhados em Cristo Jesus, fomos mergulhados em sua morte? Fomos sepultados com ele na morte pelo mergulho, para que, como Cristo despertou dentre os mortos pela substância do Pai, assim nós andemos em vida nova".


Até agora tem sido interpretado este trecho como referente aos sofrimentos físicos de Tiago, decapitado em Jerusalém por Herodes Agripa no ano 44 (cfr. AT 12:2) e de João, que morreu de morte natural, segundo a tradição, mas foi mergulhado numa caldeira de óleo fervente diante da Porta Latina (Tertuliano, De Praescriptione, 36 Patrol. Lat. vol. 2, col, 49) e foi exilado na ilha de Patmos (Jerônimo, Patrol. Lat. vol. 26, col. 143).


As discussões maiores, todavia, se prendem à continuação. Pois Jesus confirma que eles beberão seu cálice e mergulharão no mesmo mergulho, mas NÃO CABE a Ele conceder o lugar à sua direita ou esquerda! Só o Pai! Como? Sendo Jesus DEUS, segundo o credo romano, sendo UM com o Pai, NÃO PODE resolver? Só o Pai; E Ele NÃO SABE? Não tem o poder nem o conhecimento do que se passaria no futuro? Por que confirmaria mais uma vez aqui que o Pai era maior que Ele (JO 14:28)?


Como só o Pai conhecia "o último dia" (MT 24:36). Como só o Pai conhecia "os tempos e os momentos" (AT 1:7). Como resolver essa dificuldade? Como uma "Pessoa" da Trindade poderá não ter conhecimento das coisas? Não são três "pessoas" mas UM SÓ DEUS?


Os comentadores discutem, porque estão certos de que o "lugar à direita e à esquerda" se situa NO CÉU. Knabenbauer escreve: neque Messias in terra versans primas in caelo sedes nunc petentibus quibusque assignare potest, ac si vellet Patris aeterni decretum mutare vel abrogare (Cursus Sacrae Scripturae, Paris, 1894, pág. 281), ou seja: "nem o Messias, estando na Terra, pode dar os primeiros lugares no Céu aos que agora pedem, como se pretendesse mudar ou ab-rogar o decreto do Pai eterno".


Outros seguem a mesma opinião, como Loisy, "Les Évangiles Synoptiques", 1908, tomo 2, página 238; Huby, "Êvangile selon Saint Marc", 1924, pág. 241; Lagrange, "L’Évangile selon Saint Marc", 1929,pág. 280, etc. etc.


Os séculos correram sobre as discussões infindáveis, sem que uma solução tivesse sido dada, até que no dia 5 de junho de 1918, após tão longa perplexidade, o "Santo Ofício" deu uma solução ao caso.


Disse que se tratava do que passaria a chamar-se, por uma "convenção teológica", uma APROPRIAÇÃO, ou seja: "além das operações estritamente trinitárias, todas as obras denominadas ad extra (isto é, "fora de Deus") são comuns às pessoas da Santíssima Trindade; mas a expressão corrente - fiel à iniciativa de Jesus - reserva e apropria a cada uma delas os atos exteriores que tem mais afinidade com suas relações hipostáticas".


Em outras palavras: embora a Trindade seja UM SÓ DEUS, no entanto, ao agir "para fora", ao Pai competem certos atos, outros ao Filho, e outros ao Espírito Santo. Não sabemos, todavia, como será possível a Deus agir "para fora", se Sua infinitude ocupa todo o infinito e mais além!


Os dois irmãos, portanto, pretendem apropriar-se dos dois primeiros lugares, sem pensar em André, que foi o primeiro chamado, nem em Pedro, que recebeu diante de todos as "chaves do reino". Como verificamos, a terrível ambição encontrou terreno propício e tentou levar à ruína a união dos membros do colégio apostólico, e isso ainda na presença física de Jesus! Que não haveria depois da ausência Dele?


Swete anota que os dez se indignaram, mas "pelas costas" dos dois, e não diante deles; e isto porque foi empregada pelo narrador a preposição perí, e não katá, que exprimiria a discussão face a face.


Há aqui outra variante. Nas traduções vulgares diz-se: "não me pertence concedê-lo, mas será dado àqueles para quem está destinado por meu Pai". No entanto, o verbo hetoimózô significa mais rigorosamente" preparar ". Ora, aí encontramos hétoímastai, perfeito passivo, 3. ª pessoa singular; portanto," foi preparado".


Jesus entra com a sublime lição da humildade e do serviço, que, infelizmente, ainda não aprendemos depois de dois mil anos: é a vitória através do serviço prestado aos semelhantes. O exemplo vivo e palpitante é o próprio caso Dele: "Vim" (êlthen) indica missão especial da encarnação (cfr. MC 1:38 e 2:17; e IS 52:13 a 53:12). E essa vinda especial foi para SERVIR (diakonêsai), e não para ser servido (diakonêthênai), fato que foi exaustivamente vivido pelo Mestre diante de Seus discípulos e em relação a eles.


O serviço é para libertação (lytron). Cabe-nos estudar o significado desse vocábulo. "Lytron" é, literalmente" meio-de-libertação", a que também se denomina "resgate". O resgate era a soma de dinheiro dada ao templo, ao juiz ou ao "senhor" para, com ela, libertar o escravo. O termo é empregado vinte vezes na Septuaginta (cfr. Hatche and Redpath, "Concordance to the Septuagint", in verbo) e corresponde a quatro palavras do texto hebraico massorético: a kôfer, seis vezes; a pidion e outros derivados de pâdâh, sete vezes; a ga"al ou ge"ullah, cinco vezes, e a mehhir, uma vez; exprime sempre a compensa ção, em dinheiro, para resgatar um homicídio ou uma ofensa grave, ou o preço pago por um objeto, ou o resgate de um escravo para comprar-lhe a liberdade. E a vigésima vez aparece em Números (Números 3:12) quando o termo lytron exprime a libertação por substituição: os levitas podiam servir de lytron, substituindo os primogênitos de Israel no serviço do Templo.

Temos, portanto, aí, a única vez em que lytron não é dinheiro, mas uma pessoa humana, que substitui outra, para libertá-la de uma obrigação imposta pela lei.


Em vista disso, a igreja romana interpretou a crucificação de Jesus como um resgate de sangue dado por Deus ao Diabo (!?), afim de comprar a liberdade dos homens! Confessemos que deve tratar-se de um deus mesquinho, pequenino, inferior ao "diabo", e de tal modo sujeito a seus caprichos, que foi constrangido a entregar seu próprio filho à morte para, com o derramamento de seu sangue, satisfazerlhe os instintos sanguinários; e o diabo então, ébrio de sangue, abriu a mão e permitiu (!) que Deus pudesse carregar para seu céu algumas das almas que lhe estavam sujeitas... Como foi possível que tantas pessoas inteligentes aceitassem uma teoria tão absurda durante tantos séculos? ... Isso poderia ocorrer com espíritos inferiores em relação a homens encarnados, como ainda hoje vemos em certos" terreiros" de criaturas fanatizadas, e como lemos também em Eusébio (Patrol. Graeca, vol. 21, col. 85) que transcreve uma notícia de Philon de Byblos, segundo o qual os reis fenícios, em caso de calamidade, sacrificavam seus filhos mais queridos para aplacar seu "deus", algum "exu" atrasadíssimo.


Monsenhor Pirot (o. c. vol. 9, pág. 530) diz textualmente: "entregando-se aos sofrimentos e à morte, é que Jesus pagará o resgate de nossa pobre humanidade, e assim a livrará do pecado que a havia escravizado ao demônio"!


Uma palavra ainda a respeito de polloí que, literalmente, significa "’muitos". Pergunta-se: por que resgate" de muitos" e não "de todos"? Alguns aduzem que, em vários pontos do Novo Testamento, o termo grego polloí corresponde ao hebraico rabbim, isto é, "todos" (em grego pántes), como em MT 20:28 e MT 26:28; em MC 14:24; em RM 5:12-19 e em IS 53:11-12).


Sabemos que (MT 1:21) foi dado ao menino o nome de Jesus, que significa "Salvador" porque libertar á "seu povo de seus erros"; e Ele próprio dirá que traz a libertação para os homens (LC 4:18).


Esta lição abrange vários tópicos:

  • a) o exemplo a ser evitado, de aspirar, nem mesmo interior e subconscientemente, aos primeiros postos;

  • b) a necessidade das provas pelas quais devem passar os candidatos à iniciação: "beber o cálice" e "ser mergulhados";

  • c) a decisão, em última instância, cabe ao Pai, que é superior a Jesus (o qual, portanto, não é Deus no sentido absoluto, como pretendem os católicos romanos, ortodoxos e reformados);

  • d) a diferença, mais uma vez sublinhada, entre personagem e individualidade, sendo que esta só evolui através da LEI DO SERVIÇO (5. º plano).


Vejamo-lo em ordem.


I - É próprio da personagem, com seu "eu" vaidoso e ambicioso, querer projetar-se acima dos outros, em emulação de orgulho e egoísmo. São estes os quatro vícios mais difíceis de desarraigar da personagem (cfr. Emmanuel, "Pensamento e Vida", cap. 24), e todos os quatro são produtos do intelecto separatista e antagonista da individualidade.


O pedido de Tiago (Jacó) e de João, utilizando-se do "pistolão" de sua mãe, é típico, e reflete o que se passa com todas as criaturas ainda hoje. Neste ponto, as seitas cristãs que se desligaram recentemente do catolicismo (reformados e espiritistas) fornecem exemplos frisantes.


Entre os primeiros, basta que alguém julgue descobrir nova interpretação de uma palavra da Bíblia, para criar mais uma ramificação, em que ele EVIDENTEMENTE será o primeiro, o "chefe".


O mesmo se dá entre os espiritistas. Pululam "centros" e "tendas" que nascem por impulso vaidoso de elementos que se desligam das sociedades a que pertenciam para fundar o SEU centro ou a SUA tenda: ou foram preteridos dos "primeiros lugares à direita e à esquerda" do ex-chefe; ou se julgam mais capazes de realização que aquele chefe que, segundo eles, não é dinâmico; ou discordam de alguma interpretação da doutrina; ou querem colocar em evidência o SEU "guia", que acham não estar sendo bastante "prestigiado" (quando não é o próprio "guia" (!) que quer aparecer mais, e incita o seu" aparelho" a fundar outro centro PARA Ele!); ou a criatura quer simplesmente colocar-se numa posição de destaque de que não desfrutava (embora jamais confesse essa razão); ou qualquer outro motivo, geralmente fútil e produto da vaidade, do orgulho, do egoísmo e da ambição. Competência? Cultura?


Adiantamento espiritual? Ora, o essencial é conquistar a posição de "chefe"! Há ainda muitos Tiagos e Joões, e também muitas Salomés, que buscam para seus filhos ou companheiros os primeiros lugares, e tanto os atenazam com suas palavras e reclamações, que acabam vencendo. Que se abram os olhos e se examinem as consciências, e os exemplos aparecerão por si mesmos.


Tudo isso é provocado pela ânsia do "eu" personalístico, de destacar-se da multidão anônima; daí as" diretorias" dos centros e associações serem constituídas de uma porção de NOMES, só para satisfazer à vaidade de seus portadores, embora estes nada façam e até, por vezes, atrapalhem os que fazem.


O Antissistema é essencialmente separatista e divisionista, e por isso o dizemos " satânico" (opositor).


II - As "provas" são indispensáveis para que as criaturas sejam aprovadas nos exames. E por isso Jesus salienta a ignorância revelada pelo pedido de quem queria os primeiros postos, sem ter ainda superado a" dificuldades do caminho: "não sabeis o que pedis"!


O cálice que deve beber o candidato é amargo: são as dores físicas, os sofrimentos morais, as angústias provocadas pela aniquilação da personalidade e pela destruição total do "eu" pequeno, que precisa morrer para que a individualidade cresça (cfr. JO 3:30); são as calúnias dos adversários e: , sobretudo, dos companheiros de ideal que o abandonam, com as desculpas mais absurdas, acusandoo de culpas inexistentes, embora possam "parecer" verdadeiras: mas sempre falando pelas costas, sem dar oportunidade ao acusado de defender-se: são os martírios que vêm rijos: as prisões materiais (raramente) mas sobretudo as morais: por laços familiares; as torturas físicas (raras, hoje), mas principalmente as do próprio homem, criadas pelo "eu" personalístico, que o incita a largar tudo e a trocar os sacrifícios por uma vida fácil e tranquila, que lhe é tão simples de obter...


Mas, além disso, há outra prova: o MERGULHO na "morte".


Conforme depreendemos do sentido de baptízô que estudamos, pode o vocábulo significar: mergulhar ou imergir na água; mergulhar uma espada no corpo de alguém; mergulhar uma faca para operar cirurgicamente; mergulhar alguém no sono letárgico, ou mergulhar na morte.


Podemos, pois, interpretar o mergulho a que Jesus se refere como sendo: o mergulho no "coração" para o encontro com o Cristo interno; o mergulho que Ele deu na atmosfera terrena, provindo de mundos muito superiores ao nosso; o mergulho no sono letárgico da "morte", para superação do quinto grau iniciático, do qual deveria regressar à vida, tal como ocorrera havia pouco com Lázaro; ou outro, que talvez ainda desconheçamos. Parece-nos que a referência se fez à iniciação.


Estariam os dois capacitados a realizar esse mergulho e voltar à vida, sem deixar que durante ele se rompesse o "cordão prateado"? Afoitamente responderam eles: "podemos"! Confiavam nas próprias forças. Mas era questão de tempo para preparar-se. João teve tempo, Tiago não... Com efeito, apenas doze anos depois dessa conversa, (em 42 A. D.) Tiago foi decapitado, não conseguindo, pois, evitar o rompimento do "umbigo fluídico". Mas João o conseguiu bem mais tarde, quando pode sair com vida (e Eusébio diz "rejuvenescido") da caldeira de óleo fervente, onde foi literalmente mergulhado.


A esse mergulho, então, parece-nos ter-se referido Jesus: mergulho na morte com regresso à vida, após o "sono letárgico" mais ou menos prolongado, que Ele realizaria pouco mais tarde.


Esse mergulho é essencial para dar ao iniciado o domínio sobre a morte (cfr. "a morte não dominará mais além dele", RM 6:9; "por último, porém, será destruída a morte", 1CO 15:26; "a morte foi absorvida pela vitória; onde está, ó morte, tua vitória? onde está, ó morte, teu estímulo"?, 1CO

15:54-55; "Feliz e santo é o que tem parte na primeira ressurreição: sobre estes a segunda morte não tem poder, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com Ele durante os mil anos": AP 20:6). De fato, a superação do quinto grau faz a criatura passar ao sexto, que é o sacerdócio (cfr. vol. 4).


Modernamente o sacerdócio é conferido por imposição das mãos, com rituais específicos, após longa preparação. No catolicismo, ainda hoje, percebemos muitos resquícios das iniciações antigas, como podemos verificar (e o experimentamos pessoalmente). Em outras organizações que "se" denominam" ordens iniciáticas", o sacerdócio é apenas um título pro forma, simples paródia para lisonjear a vaidade daqueles de quem os "Chefes" querem, em retribuição, receber também adulações, para se construírem fictício prestígio perante si mesmos.


O sacerdócio REAL só pode ser conferido após o mergulho REAL, efetivo e consciente, plenamente vitorioso, no reino da morte. Transe doloroso e arriscado para quem não esteja à altura: "podeis ser mergulhados no mergulho em que sou mergulhado"?


A morte, realizada em seu simulacro, no sono cataléptico era rito insubstituível no Egito, onde se utilizava, por exemplo, a Câmara do Rei, na" pirâmide de Quéops, para o que lá havia (e ainda hoje lá está), o sarcófago vazio, onde se deitavam os candidatos. Modernamente, Paul Brunton narra ter vivido pessoalmente essa experiência (in "Egito Secreto"). Também na Grécia os candidatos passavam por essa prova, sob a proteção de Hades e Proserpina, nos mistérios dionisíacos; assim era realizado em Roma (cfr. Vergílio, Eneida, canto VI e Plotino, Enéadas, sobretudo o canto V); assim se, fazia em todas as escolas antigas, como também, vimo-lo, ocorreu com Lázaro.


Superada essa morte, o vencedor recebia seu novo nome, o hierónymos (ou seja, hierós, "sagrado";


ónymos, "nome"), donde vem o nome "Jerônimo"; esse passava a ser seu nome sacerdotal, o qual, de modo geral, exprimia sua especialidade espiritual, intelectual ou artística; costume que ainda se conserva na igreja romana, sobretudo nas Ordens Monásticas (cfr. vol. 5, nota) (1). O catolicismo prepara para o sacerdócio com cerimônias que lembram e "imitam" a morte, da qual surge o candidato, após a "ordenação", como "homem novo" e muitas vezes com nome diferente.


(1) Veja-se, também, a esse respeito: Ephemerides Archeologicae, 1883, pág. 79; C. I. A., III, 900; Luciano, Lexiphanes, 10; Eunapio, In Maximo, pág. 52; Plutarco, De Sera Numinis Vindicta, 22.


III - Já vimos que Jesus, cônscio de Sua realidade, sempre se colocou em posição subalterna e submissa ao Pai, embora se afirmasse "unido a Ele e UNO com Ele" (JO 10:30, JO 10:38; 14:10, 11, 13;


16:15, etc. etc.) .


Vejamos rapidamente alguns trechos: "esta é a vontade do Pai que me enviou" (JO 6:40), logo vontade superior à Sua, e autoridade superior, pois só o superior pode "enviar" alguém; "falo como o Pai me ensinou" (JO 8:28), portanto, o inferior aprende com o superior, com quem sabe mais que ele; "o Pai me santificou" (JO 10. 36), o mais santo santifica o menos santo; "O Pai que me enviou, me ordenou" (JO 12:49), só um inferior recebe ordens e delegações do superior; "falo como o Pai me disse" (JO 12:50), aprendizado de quem sabe menos com quem sabe mais; "o Pai, em mim, faz ele mesmo as obras" (JO 14:11), logo, a própria força de Jesus provém do Pai, e reconhecidamente não é sua pessoal; "o Pai é maior que eu" (JO 14:28), sem necessidade de esclarecimentos; "como o Pai me ordenou, assim faço" (JO 14:31); "não beberei o cálice que o Pai me deu"? (JO 18:11), qual o inferior que pode dar um sofrimento a um superior? "como o Pai me enviou, assim vos envio" (JO 20:21); e mais: "Quem me julga é meu Pai" (JO 8:54); "meu Pai, que me deu, é maior que tudo" (JO 10:29); "eu sou a videira, meu Pai é o viticultor" (JO 15:1), portanto, o agricultor é superior à planta da qual cuida; "Pai, agradeço-te porque me ouviste" (JO 11:41), jamais um superior ora a um inferior, e se este cumpre uma "ordem" não precisa agradecer-lhe; "Pai, salva-me desta hora" (JO 12:27), um menor não tem autoridade para "salvar" um maior: sempre recorremos a quem está acima de nós; e mais: "Pai, afasta de mim este cálice" (MC 14:36); "Pai, se queres, afasta de mim este cálice" (LC 22:42); "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem" (LC 23:34), e porque, se fora Deus, não diria: "perdoo-lhes eu"? e o último ato de confiança e de entrega total: "Pai, em tuas mãos entrego meu espírito" (LC 23:46), etc.


Por tudo isso, vemos que Jesus sempre colocou o Pai acima Dele: "faça-se a tua vontade, e não a minha" (MT 26:42, LC 22:42). Logo, não se acredita nem quer fazer crer que seja o Deus Absoluto, como pretendeu torná-Lo o Concílio de Nicéia (ano 325), contra os "arianos", que eram, na realidade, os verdadeiros cristãos, e dos quais foram assassinados, em uma semana, só em Roma, mais de 30. 000, na perseguição que contra eles se levantou por parte dos "cristãos" romanos, que passaram a denominar-se "católicos".


Natural que, não sendo a autoridade suprema, nem devendo ocorrer as coisas com a simplicidade suposta pelos discípulos, no restrito cenário palestinense, não podia Jesus garantir coisa alguma quanto ao futuro. Daí não poder NINGUÉM garantir "lugares determinados" no fabuloso "céu", como pretenderam os papas católicos ao vender esses lugares a peso de ouro (o que provocou o protesto veemente de Lutero); nem mesmo ter autoridade para afirmar que A ou B são "santos" no "céu", como ainda hoje pretendem com as "canonizações". Julgam-se eles superiores ao próprio Jesus, que humilde e taxativamente asseverou: "não me compete, mas somente ao Pai"! A pretensão vaidosa dos homens não tem limites! ...


IV - A diferença entre a personagem dominadora e tirânica, representada pelo exemplo dos "governadores de povos" e dos "grandes", e a humildade serviçal da individualidade" é mais uma vez salientada.


Aqueles que seguem o Cristo, têm como essencial SERVIR ATRAVÉS DO AMOR e AMAR ATRAVÉS

DO SERVIÇO.


Essa é a realidade profunda que precisa encarnar em nós. Sem isso, nenhuma evolução é possível.


O próprio Jesus desceu à Terra para servir por amor. E esse amor foi levado aos extremos imagináveis, pois além do serviço que prestou à humanidade, "deu sua alma para libertação de muitos".


Esta é uma das lições mais sublimes que recebemos do Mestre.


Quem não liquidou seu personalismo e passou a "servir", em lugar de "ser servido", está fora da Senda.


DAR SUA ALMA, que as edições vulgares traduzem como "dar sua vida", tem sentido especial. O fato de "dar sua vida" (deixar que matem o corpo físico) é muito comum, é corriqueiro, e não apresenta nenhum significado especial, desde o soldado que "dá sua vida" para defender, muitas vezes, a ambição de seus chefes, até a mãe que "dá sua vida" para colocar mundo mais um filho de Deus; desde o fanático que "dá sua vida" para favorecer a um grupo revolucionário, até o cientista que também "dá sua vida" em benefício do progresso da humanidade; desde o mantenedor da ordem pública que "dá sua vida" para defender os cidadãos dos malfeitores, até o nadador, que "dá sua vida" para salvar um quase náufrago; muitas centenas de pessoas, a cada mês, dão suas vidas pelos mais diversos motivos, reais ou imaginários, bons ou maus, filantrópicos ou egoístas, materiais ou espirituais.


Ora, Jesus não deu apenas sua vida, o que seria pouca coisa, pois com o renascimento pode obter-se outro corpo, até bem melhor que o anterior que foi sacrificado.


Jesus deu SUA ALMA, Sua psychê, toda a Sua sensibilidade amorosa, num sacrifício inaudito, trazendoa de planos elevados, onde só encontrava a felicidade, para "mergulhar" na matéria grosseira de um planeta denso e atrasado, imergindo num oceano revolto de paixões agudas e descontroladas, tendo que manter-se ligado aos planos superiores para não sucumbir aos ataques mortíferos que contra Ele eram assacados. Sua aflição pode comparar-se, embora não dê ainda ideia perfeita, a um mergulhador que descesse até águas profundas do oceano, suportando a pressão incomensurável de muitas toneladas em cada centímetro quadrado do corpo. Pressão tão grande que sufoca, peso tão esmagador que oprime. Nem sempre o físico resiste. E quando essa pressão provém do plano astral, atingindo diretamente a psychê, a angústia é muito mais asfixiante, e só um ser excepcional poderá suportá-la sem fraquejar.


Jesus deu Sua psychê para libertação de muitos. Realmente, muitos aproveitaram o caminho que ele abriu. Todos, não. Quantos se extraviaram e se extraviam pelas estradas largas das ilusões, pelos campos abertos do prazer, aventurando-se no oceano amplo de mâyâ, sem sequer desconfiar que estão passeando às tontas, sem direção segura, e que não alcançarão a pleta neste eon; e quantos, também, despencam ladeira abaixo, aos trambolhões, arrastados pelas paixões que os enceguecem, pelos vícios que os ensurdecem, pela indiferença que os paralisa; e vão de roldão estatelar-se no fundo do abismo, devendo aguardar outras oportunidades: nesta, perderam a partida e não conseguiram a liberdade gloriosa dos Filhos de Deus.


Muitos, entretanto, já se libertaram. São os que se esquecem de si mesmos, os que deixam de existir e se transformam em pão, para alimentar a fome da humanidade: a fome física, a fome intelectual, a fome espiritual; e transubstanciam seu sangue em vinho de sabedoria, em vinho de santidade, em vinho de amor, para inebriar as criaturas com o misticismo puro da plenitude crística, pois apresentam a todos, como Mestre, apenas o Cristo de Deus, e desaparecem do cenário: sua personalidade morre, para surgir o Cristo em seu lugar; seu intelecto cala, para erguer-se a voz diáfana do Cristo; suas emoções apagam-se, para que só brilhe o amor do Cristo. E através deles, os homens comem o Pão Vivo descido do céu, que é o Cristo, e bebem o sangue da Nova Aliança, que é o Cristo, e retemperam suas energias e se alçam às culminâncias da perfeição, porque mergulham nas profundezas da humildade e do amor.


Essa é a libertação, que teve como lytron ("meio-de-libertação") a sublime psychê de Jesus. Para isso, Ele deu Sua psychê puríssima e santa; entregando-a à humanidade que O não entendeu... e quis assassiná-Lo, porque Ele falava uma linguagem incompreensível de liberdade, a linguagem da liberdade, a linguagem da paz, a linguagem da sabedoria e do amor.


Deu sua psychê generosa e amoravelmente, para ajudar a libertar os que eram DELE: células de Seu prístino corpo, que Lhe foram dadas pelo Pai, ao Qual Ele pediu que, onde Ele estivesse, estivessem também aqueles que Lhe foram doados (JO 17:24), para que o Todo se completasse, a cabeça e os membros (cfr. 1CO 12:27). A esse respeito já escrevemos (cfr. vol. 1 e vol. 5).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Coríntios Capítulo 15 do versículo 1 até o 58
SEÇÃO IX

A NOVA FÉ E A RESSURREIÇÃO

I Coríntios 15:1-58

O texto em I Coríntios percorre toda uma série de problemas da igreja cristã. Come-çando com assuntos de natureza ética e pessoal, Paulo passa para questões litúrgicas e depois para a expressão do lugar e natureza dos dons espirituais. O último problema a ser discutido está na esfera da doutrina. Talvez o apóstolo o tenha deixado por último por causa da sua importância.

Num certo sentido, a igreja é a expressão prática da doutrina. Qualquer adulteração significativa da doutrina irá imediatamente "castigar o corpo de Cristo".1 O apóstolo inicia essa carta afirmando que a base da sua pregação é o Cristo crucificado (1Co 1:23-2.2), e termina declarando que o ápice e o clímax da sua mensagem é o Cristo ressuscitado. Como observa Godet: "Nesses dois fatos, aplicados à consciência e apropriados pela fé, existe verdadeiramente concentrada toda a salvação cristã".2

Alguns coríntios, individualmente, acolhiam ou rejeitavam a doutrina da ressurrei-ção. Como a maioria dos problemas que existiam entre eles se originava da cultura helênica deles, é provável que aqueles relacionados com a ressurreição tivessem a mesma origem. O ensino das religiões e filosofias populares gregas "imaginava que o espírito desencarnado do homem atravessava as esferas planetárias para finalmente abandonar cada parte da existência em carne e osso do homem, até a sua consciência e raciocínio".3

Essa abordagem grega estava baseada no conceito de que a matéria, ou a substância material, era a origem de todo o mal. Assim sendo, a ressurreição do corpo era algo que oferecia um apelo desprezível àqueles que eram influenciados pelo pensamento grego.

Para essas pessoas, a imortalidade da alma, ou a própria alma, era o objeto da sua fé e esperança. Outros, aparentemente, ensinavam que a ressurreição já havia acontecido (2 Tm 2.18). Para Paulo, isso representava uma heresia. Alguns ensinavam que ela real-mente acontecia no ato do batismo. Moule escreve: "Esses heréticos afirmavam que atra-vés do batismo eles já haviam se tornado participantes da vida ressuscitada, e que nada mais restava a ser obedecido".4

Paulo ensinava, assim como todos os apóstolos, que a ressurreição de Cristo repre-sentava "as primícias" ou a evidência inicial da ressurreição dos cristãos. Em Cristo, a redenção é total, inclusive do corpo. Para a Igreja Primitiva a morte e a ressurreição do crente não eram uma libertação do corpo, nem o seu esquecimento em uma grande "superalma". Eles aguardavam um acontecimento futuro que envolvia a completa trans-formação do corpo. Como diz Moule: "Eles afirmavam que a redenção incorporada ia contra uma libertação individual".5

Paulo reconhece que "carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus" (15.50). E ele começa a mostrar-lhes o mistério. A ressurreição do crente não é simplesmente uma transição da morte para um estado de beatitude e vida eterna; é a "mudança do `corpo físico' para um 'corpo espiritual' que envolve tanto a continuidade como a mu-dança".6 Paulo fundamentou toda a sua experiência em Cristo na esperança de uma ressurreição pessoal.

A. A CERTEZA DA RESSURREIÇÃO, 1Co 15:1-34

A certeza da ressurreição do crente repousa diretamente no fato de Cristo ter res-suscitado. Paulo já havia mostrado que a igreja é um organismo vivo, e que Cristo é a sua Cabeça (v. 12). Se Cristo, que é a Cabeça do organismo, ressuscitou, o corpo também irá ressuscitar.

1. Resultados da Pregação de Paulo (15:1-2)

O melhor argumento de qualquer pregação é o resultado que ela produz. A essência da mensagem de Paulo era a morte e a ressurreição de Jesus. Os coríntios haviam crido nesse evangelho e estavam salvos. Agora, eles estavam duvidando daquilo que o apósto-lo já havia pregado anteriormente, portanto Paulo foi obrigado a dizer: vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado (1). Godet sugere que a palavra notificar "foi escolhida com a intenção de humilhar os leitores".'

No período transcorrido entre a pregação original e a elaboração desta carta, os coríntios haviam permitido que alguns elementos básicos do evangelho passassem des-percebidos. Paulo lembra que eles também haviam recebido esse ensino e que ainda permaneciam na condição de salvos (2) pelo fato de terem permanecido nele. Se eles parassem para considerar seu estado de salvação iriam perceber que a fé no Cristo cru-cificado e ressuscitado somente seria possível se esse Cristo crucificado e ressuscitado fosse uma realidade. Se Ele não fosse uma realidade, eles teriam crido em vão. Isto é, eles teriam aceitado a pregação de Paulo "descuidadamente, por acaso, sem uma séria apreensão e sem entender os fatos envolvidos".8 Mas o evangelho que os salvou era váli-do e não devia ser rejeitado.

2. O Testemunho da História (15:3-11)

O testemunho da história inclui os registros das Escrituras e o testemunho pessoal.

  1. Declaração das Escrituras (15:3-4). Paulo declara que "seu ensino não é invenção sua, e que ele é apenas um canal através do qual este ensino foi transmitido aos coríntios".9 Uma das fontes das suas idéias eram as Escrituras (3). Como o NT ainda não existia nessa época, as Escrituras mencionadas seriam o AT. As passagens que provavelmente Paulo tinha em mente eram 1saías 53; Salmo 16; e Oséias 6:2. O verbo foi sepultado (4) está no tempo indeterminado e indica um acontecimento do passado. O verbo ressusci-tou (egegertai) está no tempo perfeito e indica um processo contínuo — pois o Cristo ressuscitado é continuamente o centro da vida.
  2. Evidências das testemunhas pessoais (15:5-11). O apelo às Escrituras teria uma grande influência junto aos judeus cristãos, mas os testemunhos pessoais iriam impres-sionar muito mais os coríntios. O número de testemunhas da ressurreição de Cristo é impressionante.
  3. Cefas (15.5). Como havia um grupo de coríntios leais a Pedro (cf. 1Co 1:12), eles iriam apreciar o seu testemunho. Portanto, o apóstolo escreve que Cristo foi visto por Cefas. Certamente Paulo havia recebido esse relato do próprio Pedro, pois havia passado 15 dias em sua companhia em Jerusalém (Gl 1:18).
  4. Os Doze (15.5). Os doze corresponde ao nome oficial do corpo apostólico original. Na verdade, apenas 10 estavam presentes na primeira vez que Cristo apareceu aos dis-cípulos. Judas havia cometido suicídio e Tomé estava ausente (Jo 20:24). O fato de os 11 terem visto Cristo pessoalmente está afirmado em Lucas 24:33, e o fato de todos os após-tolos terem visto o Senhor depois da ressurreição teria muito peso entre esse povo que estava ansioso por sinais.
  5. Quinhentas testemunhas (15.6). Se por acaso os coríntios duvidassem de Pedro e dos outros apóstolos, eles poderiam considerar um grupo maior, pois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos. O momento dessa aparição não foi mencionado em nenhu-ma passagem da Bíblia. Aparentemente, o fato era muito conhecido naquela época, de forma que Paulo pode usá-lo como uma evidência bastante convincente. Alguns desse grupo ain-da estavam vivos e disponíveis para serem questionados, embora alguns já tivessem morrido: mas alguns já dormem também. Aqui Paulo se refere à morte como a um sono.'
  6. Tiago (1Co 15:7). Três anos depois de sua conversão, Paulo encontrou Tiago em Jeru-salém. Tiago era o líder da igreja de Jerusalém, portanto ele é mencionado como uma autoridade entre aqueles que viram o Senhor depois da ressurreição. Ele não havia sido crente durante a vida de Jesus na terra (Jo 7:5). Aparentemente, a ressurreição o havia convencido da verdade a respeito de Cristo, pois ele estava entre o grupo que compare-ceu ao cenáculo depois da ascensão (At 1:13).
  7. Todos os apóstolos (15.7). Provavelmente essa aparição ocorreu pouco antes da ascensão. Nessa ocasião, como Godet explica, "O grupo apostólico deve ter compare-cido em sua totalidade, pois Jesus havia providenciado para que nenhum deles esti-vesse ausente"."
  8. O Apóstolo Paulo (15:8-11). Paulo se inclui entre aqueles que viram Jesus res-suscitado: E, por derradeiro de todos, me apareceu também a mim (8). Paulo não acreditava que tivesse visto Cristo somente numa visão. Ele considerava sua expe-riência na estrada de Damasco uma válida aparição da pessoa do Senhor ressuscitado.

Ele não conhecia nenhuma aparição posterior de Cristo a qualquer pessoa — pois a aparição de Cristo a João na ilha de Patmos aconteceu depois da morte de Paulo. O apóstolo fere aqui a si mesmo como um abortivo (ektroma). Essa estranha frase significa um aborto, ou nascimento fora do tempo, e "denota um filho nascido de forma violenta e prematura"."

Esta referência à conversão de Paulo é a descrição "da rapidez e violência da transi-ção... enquanto ele ainda estava num estado de imaturidade"." Fazendo um contraste, os 12 discípulos haviam sido escolhidos, alimentados, treinados e depois comissionados. Haviam sido aprendizes, antes de se tornarem apóstolos. A mudança de Paulo foi dramá-tica e excepcional. No entanto, ele havia visto o Senhor de forma tão real como eles.

Paulo não só havia visto o Senhor, como a experiência havia revolucionado comple-tamente a sua vida. Ele estava bastante ciente de ser o menor dos apóstolos (9) e indigno de ter esse nome, por causa da intensa perseguição que havia feito à igreja. Mas, apesar da sua falta de mérito e aptidão, a graça de Deus (10) o havia tornado seme-lhante aos apóstolos para essa tarefa. A abundante graça que foi concedida a Paulo não foi vã, pois deu frutos e era valiosa.

Sobre os outros apóstolos, Paulo declara: Trabalhei muito mais que todos eles. Isso pode querer dizer que Paulo viveu mais tempo, portanto trabalhou mais, ou pode significar que ele teve mais sucesso que os outros na fundação das igrejas. Embora Paulo seja suficientemente humano para apreciar seu sucesso como servo do Senhor, ele reco-nhecia que as suas realizações não eram o resultado de seus talentos, mas da graça de Deus que estava em sua vida.

A conclusão é que todos os líderes apostólicos e várias centenas de crentes da Igreja Primitiva aceitavam o fato da ressurreição de Cristo. Além disso, esse fato havia sido pregado aos coríntios e eles o haviam aceitado. Cheio de propósito, Paulo podia declarar em relação à ressurreição: Então, ou seja eu ou sejam eles, assim pregamos, e assim haveis crido (11).

3. Conseqüências de se Rejeitar a Ressurreição (1Co 15:12-19)

Paulo havia mostrado que tanto as Escrituras quanto o testemunho pessoal de cren-tes confiáveis davam suporte à realidade da ressurreição de Cristo. Agora, ele se volta para o aspecto negativo. Usando um método de raciocínio chamado reductio ad absurdum, ele mostra que sem a doutrina da ressurreição a fé cristã desmorona.

A evidência da ressurreição de Cristo é arrasadora. Portanto, Paulo argumenta dizendo que se ao menos uma pessoa havia realmente ressuscitado dos mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? (12). Questionar esse fato básico é iniciar uma reação em cadeia que na verdade irá anular todo o evangelho.

a) Negação da ressurreição de Cristo (15.13). Os coríntios podem ter aceitado a res-surreição de Cristo como um evento único por causa da natureza divina de Jesus. Mas eles acreditavam que uma ressurreição semelhante não seria possível ou provável para todos os crentes. A resposta de Paulo foi enfática: Se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. Em essência: "Se Cristo ressuscitou, devemos admi-tir que outros podem ser ressuscitados, e vice-versa; negar que os outros podem ser res-suscitados envolve a negação de que Cristo ressuscitou"»

  1. Torna sem efeito a pregação apostólica (15.14). A ressurreição de Cristo era um ponto crucial. Não só a pregação de Paulo, mas também a pregação dos outros apósto-los faziam da ressurreição um elemento essencial do evangelho. Se a ressurreição não tivesse sido um fato real, então a pregação de Paulo e dos outros apóstolos seria uma farsa ou uma ficção.
  2. Torna a fé cristã irreal (15.14). O cristianismo cresce ou acaba diante do fato da ressurreição de Cristo. Como escreve o apóstolo, sem a ressurreição... é vã a vossa fé (kene). Essa palavra revela a referência ou testemunho de um acontecimento que foi irreal ou imaginário. Se a ressurreição foi fictícia, então a fé dos coríntios era fictícia.
  3. Transforma os apóstolos em falsas testemunhas (15:15-16). Todos os apóstolos haviam declarado repetidamente que Cristo havia ressuscitado. Eles se reuniram no primeiro dia da semana para celebrar a ressurreição dele. Sem ela somos também considerados como falsas testemunhas de Deus (15). A expressão somos... consi-derados significa "fomos descobertos" ou "fomos detectados". Estes homens haviam con-solidado sua vida na realidade da ressurreição. Eles haviam testificado que Deus res-suscitou a Cristo. Não estavam fazendo declarações pessoais, oferecendo um bom con-selho ou tecendo histórias imaginárias. A frase testificamos de Deus significa que na verdade eles "testemunharam contra Deus". Se Cristo não tivesse verdadeiramente ressus-citado, todos os apóstolos teriam feito declarações falsas a respeito de Deus, e teriam de fato falado contra Ele.

Os apóstolos tinham associado a ressurreição dos crentes à ressurreição de Cristo. Paulo repete essa idéia no verso 16. Não pode haver outra conclusão: Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. A questão é simples e clara. Negar a ressurreição é negar a ressurreição de Cristo.

  1. O homem ainda permaneceria em pecado (15:17-18). Existe aqui uma solene repe-tição e também uma expansão da idéia apresentada no versículo 14. Sem a realidade da ressurreição a fé cristã seria vã (mataia), não daria frutos, seria fútil e estéril em termos de resultados. Pior que uma fé fútil é o estado espiritual, pois sem a ressurreição eles ainda permaneceriam em pecado (17). "Se Cristo não tivesse ressuscitado, eles ainda estariam vivendo em sua iniqüidade pagã, pois uma infundada credulidade nunca pode-ria libertá-los".' Era a fé num Cristo vivo que os havia transformado.

Se não existisse a ressurreição, seria trágica a condição dos cristãos que morreram acreditando nela. Ao invés de se tornarem santos redimidos, eles estariam perdidos (18, apolonto). Essa palavra significa "perda total como conseqüência de ter morrido em pecado"» Esses santos morreram na esperança de ter simplesmente adormecido. Acre-ditavam que Cristo havia vencido a morte retirando dela o tormento. Em outra passa-gem, Paulo havia falado sobre a morte como um ganho (Fp 1:21) e sobre o seu desejo de partir a fim de estar com Cristo (Fp 1:23). Se não houvesse a ressurreição, a morte de Estêvão, de Tiago e de muitos outros teria sido uma tragédia da mais elevada concepção. "Se tais conclusões monstruosas fossem verdade, os cristãos seriam os homens mais dignos de pena que existiriam"."

f) Não há esperança sem a ressurreição (15.19). Se os cristãos tivessem a sua espe-rança apenas na vida presente, então eles seriam os mais miseráveis de todos os homens. Renunciar a todos os possíveis benefícios da terra por causa de uma fé deposi-tada no céu; sacrificar os prazeres inferiores desta vida por causa da antecipação das alegrias do céu; esperar viver eternamente com Cristo e depois descobrir que todas essas aspirações são apenas uma ilusão, fariam com que o cristão se tornasse um ser mais digno de pena do que o pagão que nunca alimentou tais esperanças. Como observa Godet: "Aos sofrimentos acumulados durante a vida na terra seria acrescentada a mais cruel decepção depois dessa vida".18 Mas esse não é o caso. Os versículos 19:20 foram assim traduzidos: "Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dor-mem".' Nossa verdadeira esperança está na sua Ressurreição.

4. A Futura Ressurreição dos Crentes (1Co 15:20-28)

A futura ressurreição dos crentes é tão certa quanto a ressurreição de Cristo. O Cristo ressuscitado representa as primícias da grande colheita de crentes, cuja reunião será essencial para o término da redenção no Reino de Deus.

  1. Cristo, as Primícias (15:20-22). Cristo foi o primeiro a ressuscitar dos mortos. Antes da sua ressurreição, ninguém havia retornado do túmulo como Ele. Na verdade, alguns, como Lázaro, voltaram como resultado de suas ordens. Mas, dessa vez, o espírito retornou ao mesmo corpo que jazia na sepultura. O corpo humano está destinado à se-pultura.

Ele [Cristo] é as primícias dos que dormem (20). Jesus continua permanente-mente em sua posição, sendo o Senhor ressuscitado. A palavra primícias sugere duas coisas:
a) a primeira parte ou feixe da colheita, que era levada ao Templo e oferecida (Lv 23:10-11) ; b) mais frutos viriam depois. Em outras palavras, "Cristo ressuscitado repre-senta para a multidão de crentes que irá ressuscitar no seu Advento, o que a primeira espiga madura, colhida pelas mãos, representa para toda a colheita"?'

Existe na expressão primícia (aparche) um certo sentido de uma relação viva e vital entre Cristo e o crente. Assim como a cabeça natural da raça humana era respon-sável pela imposição da morte a todos os membros da família humana, também a Cabeça do corpo de crentes transmite a ressurreição dos mortos (21) àqueles que aceitam a Cristo. Aqui não existe alusão a uma salvação para todos os homens, pois toda a idéia do Cristo ressuscitado está dirigida aos crentes — com a advertência de que a incredulidade pode levar à morte espiritual. Por causa de Adão todos os homens se tornaram sujeitos à morte. Por causa de Cristo, todos os homens que crêem se tornam participantes da vida eterna (22).

  1. A ordem da ressurreição (15:23-28). Essa passagem apresenta uma imagem gráfica da seqüência da ressurreição, como está indicado pelas palavras: Mas cada um por sua ordem (23). A palavra ordem (tagma) significa um lugar particular destinado a cada individuo ou grupo.
  2. Cristo em Primeiro Lugar (15.23). Cristo, as primícias, coloca-se em primeiro lugar, em um lugar supremo. Ele é o Capitão da salvação do homem, o Vencedor e o Libertador; pois Ele venceu a morte, e liberta o homem do pecado. Ele abre as portas para que vivamos uma vida de glória.
  3. Depois os mortos em Cristo (15.23). Nesse ponto aqueles que devem ser ressusci-tados dos mortos estão divididos em dois grupos. Aqueles que estão em Cristo, ressusci-tam na sua vinda. A frase os que são de Cristo aponta para uma "especial ressurrei-ção, da qual somente os verdadeiros crentes irão participar".21 A frase na sua vinda (parousia) se refere ao Segundo Advento. Geralmente, a palavra parousia significa "vin-da" ou "presença"; entretanto, "ela passou a ser usada entre os cristãos como um termo técnico para a volta do Senhor".' Assim sendo, a segunda vinda do Senhor irá fazer uma distinção entre os verdadeiros e os falsos membros da igreja.
  4. A ressurreição e o julgamento final (1Co 15:24-28). Na frase Depois, virá o fim (24), a palavra depois (eita) não significa "logo imediatamente", mas está se referindo a al-gum evento futuro não especificado. A expressão o fim significa o supremo propósito, o objetivo final daquele que tem autoridade sobre todos os eventos, coisas e atividades (25). A Versão Berkeley traduz a expressão como "a conclusão", e uma nota de rodapé a explica como a conclusão "do número em Cristo". Até a morte será banida e não mais terá poder sobre o homem (26). O soberano reinado de Cristo vencerá e sujeitará todas as coisas (24). No entanto, Cristo continuará a ser obediente ao Pai (27-28). O argumento que o apóstolo está defendendo é que o Cristo ressuscitado está ativamente envolvido no histórico processo da redenção, o qual irá atingir um violento clímax sob o governo de Deus, para que Deus seja tudo em todos (28).

Em 15:3-28 vemos "A Pedra Fundamental da Fé Cristã".

1) A Bíblia é testemunha da Ressurreição, 3-7;

2) A experiência pessoal de Paulo dá provas da Ressurreição, 8--11;

3) A pregação do Novo Testamento era baseada na Ressurreição, 12-16;

4) A reden-ção pessoal depende da Ressurreição, 17;

5) A nossa esperança no futuro repousa na Ressurreição, 19-28.

5. Questões Práticas e Advertências (1Co 15:29-34)

Nesse ponto o apóstolo apresenta várias questões e respostas relacionadas com as conseqüências morais de se negar a doutrina da ressurreição.

a) Batismo pelos mortos (15.29). Alguns estudiosos interpretam a frase os que se bati-zam pelos mortos com o significado de um verdadeiro ritual conduzido pelos vivos na esperança de alcançar a salvação dos homens depois da morte. De acordo com um autor: "Paulo pressupõe que a potência de um batismo intercessor pelos mortos possa alcançar até o Seol, para lá beneficiar os homens que em sua vida mortal não foram selados com o nome de Cristo".22Tenney interpreta essa questão fazendo referência a "um costume local da igreja de Corinto que não era necessariamente aprovado, mas que foi usado por Paulo como um ponto de apelo prático em seu argumento a favor da ressurreição"."

Godet afirma que cerca de 30 explicações diferentes foram oferecidas para essa ex-pressão.' O próprio Godet sugere que a frase se batizam pelos mortos se refere "não à água do batismo, mas ao batismo de sangue pelo martírio"." Ele baseia sua interpretação nas palavras de Jesus em Lucas 12:50 e Marcos 10:38. Lenski considera a referida consi-deração como um símbolo geral do batismo de todos os crentes que "nos conecta com a morte e com a ressurreição. Romanos 6:3-5 nos diz que o batismo nos une à morte, sepul-tamento e ressurreição de Cristo".' Essas últimas opiniões parecem estar mais em harmo-nia com o elevado conceito de Paulo sobre a redenção pessoal e com as práticas da Igreja Primitiva. "Tal prática, seja ela correta ou errada, envolvia a fé na imortalidade" (Berk.).

  1. Ameaça de um constante perigo (15.30). O batismo pode ter sido sugerido como um ritual que colocava o convertido ao cristianismo frente ao perigo do martírio. Isso levou Paulo a questionar: Por que estamos nós também a toda hora em perigo? Mesmo quando não havia perigo de morte, o cristão estava sempre correndo perigo. A palavra nós incluía Paulo, Apolo, Silas e Timóteo, todos que pregavam em Corinto. Tam-bém incluía outros apóstolos além de Paulo. Como os cristãos eram um "povo sem um país", eles estavam sempre no limiar do desastre, vivendo a vida à beira do túmulo. Se não houvesse ressurreição, seria um absurdo alguém sofrer e morrer pela fé.
  2. Perigo pessoal (1Co 15:31-32). No texto grego, o versículo 31 começa com a expressão: "Morro diariamente". A versão TEV traduz esse versículo da seguinte forma: "Irmãos, eu enfrento a morte todos os dias. Se afirmo isso, é pelo orgulho que tenho de vocês, pois estamos todos unidos com Cristo Jesus, o nosso Senhor". Os coríntios conheciam muito bem a histó-ria pregressa da vida de Paulo. Eles sabiam que o apóstolo colocava sua vida em perigo toda vez que entrava na cidade para pregar. Essa expressão pode ter incluído os riscos físicos e os perigos constantemente experimentados por causa do evangelho. Mas esse risco valia a pena no sentido de que os coríntios eram um exemplo dos resultados da pregação de Paulo.

O apóstolo apresenta um exemplo do seu constante perigo quando pergunta: Se, como homem, combati em Éfeso contra as bestas, que me aproveita isso, se os mortos não ressuscitam? (32). Em outras palavras: Se arrisquei minha vida por ra-zões puramente humanas, que ganhei com isso? Como cidadão romano Paulo não estaria sujeito a se expor às feras na arena. A declaração combati... contra as bestas pode significar que ele lutou contra uma raivosa multidão que clamava pelo seu sangue. Fos-se uma multidão sedenta de sangue ou um leão faminto o resultado seria igualmente perigoso. Paulo estava sempre a um passo de uma morte repentina.

Se a ressurreição não existisse, tal exposição ao perigo e à morte seria absurda. Se ela não existe, comamos e bebamos, que amanhã morreremos. Vine nos lembra que a "rejeição da doutrina da ressurreição abre caminho para uma desenfreada sensualida-de"." Por outro lado, a certeza da ressurreição era uma fonte constante de equilíbrio e lealdade no ministério de Paulo.

  1. Advertências (15.33). Aparentemente, algumas pessoas da igreja de Corinto es-tavam correndo o risco de ser corrompidas pelos seus amigos pagãos. Talvez elas tives-sem se tornado defensoras ou abertamente desafiadoras da doutrina da ressurreição, a fim de agradar a esses amigos. Portanto, Paulo escreve: Não vos enganeis (33, me planasthe). Esta frase não significa ser corrompido pelos outros, mas, "Não se deixe enganar (por falsos argumentos) "."

Outra advertência foi incluída: As más conversações corrompem os bons cos-tumes. A palavra conversações significa "comunhão", "amizade" ou "companhia". "O argumento da citação de Paulo é que manter um tipo errado de companhia (de homens que negam a ressurreição) pode muito bem corromper os hábitos cristãos e desviar os homens da sua verdadeira posição"?'

e) Urna forte exortação (15.34). Paulo exclama, de forma correta: Vigiai justamen-te e não pequeis. Em seu significado original, o termo vigiai (eknepsate) transmite a idéia de alguém se tornar sóbrio depois de uma embriaguez. O uso do tempo aoristo imperativo significa um ato deliberado e enérgico. Essa forte linguagem indica que Pau-lo considerava muito graves os desvios doutrinários dos coríntios. Como diz um comenta-rista: "Ele se dirige aos coríntios...como se estivessem embriagados ou loucos"?' O mes-mo autor continua: "É possível que esses céticos afirmassem ser sóbrios pensadores con-denando a crença na ressurreição como se ela fosse um entusiasmo impensado".' Vine sugere que esta forte exortação "é contra a amizade com qualquer pessoa cuja influência fosse contrária ao Espírito Santo".33

A razão porque os crentes deviam evitar tal companhia é que eles ainda não tinham o conhecimento de Deus. Essa falta não é simplesmente uma inocente negação, os seus resultados são desastrosos. Godet escreve: "Não é simplesmente uma deficiência, ou falta de uma boa coisa, é a posse de um verdadeiro mal. Ela envolve não apenas a inanição, mas o envenenamento"?' A palavra alguns evidentemente se refere aos mem-bros da própria igreja. "De outra forma, a sua menção não envergonharia a igreja"?'
Em toda essa discussão, Paulo havia tratado de um problema doutrinário — a res-surreição. Essa doutrina pode parecer remota e desnecessária, mas aquilo em que al-guém acredita leva a uma certa conduta "e uma doutrina insegura pode levar a um comportamento pecaminoso"?' Paulo não estava lutando uma batalha de palavras; ne-gar a ressurreição era negar o evangelho e abrir as portas para o pecado. Afirmar a ressurreição era validar o evangelho e abrir caminho para a santidade.

B. A NATUREZA DO CORPO DA RESSURREIÇÃO, 1Co 15:35-58

O apóstolo havia efetivamente demonstrado a importância da ressurreição no pano-rama completo da redenção. Mas estabelecer o fato da ressurreição de Cristo e mostrar a realidade da ressurreição ao cristão ainda deixava algumas questões na mente dos coríntios. Estas questões estavam relacionadas com a natureza do corpo da ressurreição.

1. Exemplos do Corpo da Ressurreição (15:35-44)

Paulo sabia que alguém iria perguntar: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão? (35). O apóstolo responde apresentando alguns exemplos da nature-za e mostrando a harmonia entre a ressurreição e a natureza divina das coisas.

a) Plantar grãos (15:36-38). Paulo introduz esse exemplo com uma forte censura: Insensato! (36). Essa "maneira de falar acerta um golpe na presunçosa intensidade do inquiridor".' A experiência costumeira de plantar e colher deveria ser suficiente para convencer os céticos sobre a ressurreição. A verdade devia ser evidente: O que tu semei-as não é vivificado, se primeiro não morrer. A morte da semente é condição para o crescimento da planta. A expressão não é vivificado não se aplica estritamente ao grão de trigo, mas é um exemplo do poder da ressurreição produzindo o novo corpo do cristão.

O que o homem semeia não é o que surge do solo como uma nova planta (37). Morris explica a diferença: "Uma semente seca, nua e que parece morta, é colocada no solo, mas o que nasce é uma planta verde, vigorosa e bela"." É Deus que governa o processo de semear e colher. Na afirmação Deus dá-lhe (38), o verbo está no tempo presente indi-cando que Deus exerce continuamente o poder sobre todo o processo.

  1. Diferenças entre os seres vivos (15.39). Saindo do terreno da agricultura, Paulo focaliza a área dos seres vivos. Nem toda carne é da mesma espécie. A palavra carne (sarx) denota a substância material do organismo. É óbvio que existem distintas diferen-ças entre a carne do homem, do gado, dos pássaros e dos peixes. O argumento de Paulo é que "se a criação de Deus não ficou restrita a uma única carne como poderá ser restrita na ressurreição"."
  2. Corpos naturais (15:40-41). Vários corpos — plantas, planetas e formações natu-rais — têm diversas belezas e atrações. Cada um deles tem sua glória (doxa) peculiar. Aqui, essa palavra significa brilho ou manifestação. Os corpos celestes são o sol, a lua e as estrelas. Os corpos terrestres são as montanhas, as árvores e os rios da terra. Cada aspecto da natureza tem sua beleza e sua atração particular. Deus não está limitado a nenhum tipo ou espécie da criação. Portanto, a ressurreição é simplesmente um outro aspecto da obra criativa de Deus.
  3. Exemplos aplicados à ressurreição (15:42-44). A constante exibição de vida e de morte e da variação e graus da natureza, servem para confirmar que Deus irá realizar a mesma obra, num plano infinitamente superior, na ressurreição do cristão. Paulo des-creve quatro aspectos sobre o corpo ressuscitado.

Primeiro, Semeia-se o corpo em corrupção, ressuscitará em incorrupção (42). O termo corrupção (phtora) geralmente se refere à condição natural da criação. Aqui ele está descrevendo "o efeito da ausência da vida, portanto, da condição do corpo huma-no no seu sepultamento".'

Segundo, Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória (43). De acordo com Godet, a palavra ignomínia "inclui todas as misérias dessa vida terrena — que prece-dem a dissolução do corpo e colaboram com esta — todas as condições humilhantes às quais o nosso corpo está agora sujeito" .41 O corpo da ressurreição experimentará um ambiente perfeito sem nenhuma das coisas que freqüentemente ameaçam a existência do homem. Esta é a glória na qual ele ressuscitará.

Terceiro, Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Desde o instante do nascimento, a estrutura física do homem está sujeita à fraqueza. Não importa o quanto ele cuide da saúde, o quão disciplinado seja, ou quanto agrade a si mesmo; o corpo permane-ce comparável a um instrumento frágil e imperfeito. Quando ocorre a morte, o corpo se mostra como o símbolo completo da fraqueza. O corpo da ressurreição estará livre das moléstias mortais que nos atormentam nessa vida, e será caracterizado pelo vigor.

Finalmente, Semeia-se corpo animal (ou natural), ressuscitará corpo espiri-tual (44). A palavra animal (ou natural; psychikon) corresponde ao corpo material dessa vida, "formado pela alma e para ela, destinado a servir como um órgão para aquele sopro de vida... que preside sobre o seu desenvolvimento"." Da maneira como Paulo usa esse termo aqui, ele "significa que o corpo que temos agora é um corpo apropriado à vida atual"." O corpo da ressurreição será um corpo espiritual (pneumatikon). Isso não quer dizer que será um corpo composto de espírito, mas "um corpo formado por um prin-cípio de vida, e para um princípio de vida que é um espírito; e que é totalmente apropri-ado para o seu serviço"."

2. Ressurreição Versus Geração Natural (15:45-49)

O apóstolo insiste na comparação entre o corpo natural e o corpo espiritual voltando à origem de cada um deles. Assim, ele faz a comparação entre Adão, o primeiro da raça física, e Jesus, a fonte da nova raça espiritual. O desenvolvimento dos dois corpos é delineado como as duas sucessivas cabeças da raça. Paulo dirige a atenção para Gênesis 2:7: Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente (45). O próprio Deus fez o homem para que seu corpo fosse animado pela alma. Todos os descendentes de Adão se parecem com ele nessa característica essencial — em cada corpo existe uma alma vivente.

  1. O primeiro Adão e o último Adão (15.45). Enquanto o primeiro Adão transmitia a morte aos seus descendentes, o último Adão foi feito um espírito vivificante. Adão e Cristo "diferem aqui não como aquele que comete o pecado, e Aquele que elimina o pecado, mas, respectivamente, como um homem rudimentar e um homem aperfeiçoa-do, com um físico adequado a cada um deles"." Adão foi o fundador da raça humana, enquanto Cristo deu início à nova ordem de homens — os homens espirituais. A natureza final e verdadeira da vida espiritual produzida por Cristo é a vida ressurrecta. "Ao res-suscitar dos mortos, Cristo... entrou em uma outra forma da existência humana: aquela que é suprema e espiritual".'
  2. Primeiro o homem animal, depois o homem espiritual (15:46-49). A vida humana começa com o físico e seria ideal que terminasse com o espiritual. Primeiro vem o ani-mal (ou natural) ; depois, o espiritual (46). A vida física pode ser criada livremente pela mão do Deus generoso — porque a vida animal é a medida da oportunidade do ho-mem, mas a vida espiritual, a vida da santidade, não pode ser concedida indiscriminada-mente, pois depende da escolha do homem. A santidade, a expressão mais elevada da vida espiritual, não pode ser imposta a nós, ela deve ser recebida voluntariamente.

Portanto, o homem foi criado em um estado probatório, no qual a liberdade é um elemento indispensável. Com seu poder de escolha, o homem está diante de duas opções: permanecer puramente num nível animal ou elevar-se para uma vida superior e espiri-tual. Geralmente, quando esse princípio é aplicado à humanidade, segue-se que o pri-meiro homem... é terreno; o segundo homem... é do céu (47-48). Apalavra terreno (choikos) significa "feito de pó". Dessa forma, Adão e todos os seus descendentes têm corpos adaptados a essa forma terrena de existência. Contra o tipo terreno de homem, identificado com Adão, encontra-se o homem celestial, identificado com Cristo.

Ninguém pode negar que o cristão é terreno, e como tal participa do destino inevi-tável de todos os membros da raça que são sujeitos ao físico animal e ao envelhecimento, cujo resultado é a morte. Mas o cristão é mais do que terreno. Ele também é celestial por causa do seu relacionamento com Cristo. Para o apóstolo, este fato tinha amplas conseqüências. Ser do céu, ou espiritual, tinha grande importância para a vida aqui e agora. Mas havia algo mais envolvido, pois assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial (49).

A palavra imagem (eikon) transmite o significado de representação ou manifesta-ção e tem duas aplicações. Todos os homens são representações ou manifestações do protótipo original que foi Adão. Assim, todos os verdadeiros crentes deverão se tornar representações ou manifestações de Cristo. A frase a imagem do celestial significa que todos os cristãos serão como Ele, isto é, ressuscitarão para uma nova vida espiritual (Fp 3:21-1 Jo 3:2). O corpo ressuscitado de Cristo mostra ao crente alguma coisa sobre a vida que ele irá experimentar depois da sua própria ressurreição. Paulo estava tão certo da futura imagem de Cristo na ressurreição quanto da sua própria e atual imagem de Adão.

3. A Vitória Sobre a Morte (15:50-58)

Paulo havia mostrado que a ressurreição do corpo é parte essencial do plano reden-tor de Deus e que "a transformação do terreno em celestial, do psíquico numa forma espiritual de ser, está envolvida na atual constituição das coisas e ascende com as linhas do desenvolvimento identificadas na natureza e na revelação"» Agora ele chega a um magnífico clímax. Em uma explosão de desmedida alegria o apóstolo exulta no triunfo sobre a morte.

  1. O princípio (15.50). O princípio da herança celestial consiste simplesmente em que carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus. Ambos compreendem o aspecto perecível e temporário do homem. Nada que for transitório poderá entrar em plena posse do eterno Reino de Deus. A expressão carne e sangue é uma forma comum de se referir à vida nesse mundo. Portanto, todas as idéias mágicas e imperfeitas relaci-onadas à ressurreição são eliminadas.
  2. A apresentação de um mistério (1Co 15:51-53). O termo mistério, como usado aqui por Paulo, não quer dizer alguma coisa escondida ou difícil de compreender. Mistério corresponde a alguma coisa que não pode ser entendida pela razão humana, mas que é o resultado de uma revelação. O mistério ao qual Paulo está se referindo é a mudança dramática que irá acontecer na segunda vinda de Cristo.

O apóstolo diz que alguns estarão vivos quando Cristo vier outra vez: Nem todos dormiremos (51). Nem todos os homens irão passar pela morte, mas todos serão ins-tantaneamente transformados. Essa dramática mudança na natureza essencial do ho-mem irá acontecer num abrir e fechar de olhos (52). O sinal desse evento crítico e redentor será o soar da trombeta celestial, cujo som será ouvido no mundo inteiro. Seu eco sequer terá desaparecido, quando os mortos em Cristo serão ressuscitados com um corpo novo e incorruptível.

Essa mudança não é uma renovação ou um simples fortalecimento do corpo que existe atualmente. "Na ressurreição, o corpo é reorganizado e a casa é reconstruída.

Na reconstrução do corpo, as partes e funções desnecessárias serão abandonadas e o todo será organizado em uma base diferente, adaptada à vida celestial"." Mas a iden-tidade pessoal não será perdida. É certamente verdade que os santos redimidos irão se reconhecer no céu.

c) O fim do pecado e da morte (1Co 15:54-57). A ressurreição é a suprema vitória sobre o pecado e a morte. Essas desgraças gêmeas têm perseguido o homem desde o Jardim do Éden até o presente. Mas a ressurreição possibilitará que a suprema obra redentora de Deus possa ser realmente experimentada pelos salvos. Assim que os salvos receberem esse novo corpo, terá se cumprido a Palavra: Tragada foi a morte na vitória (54).

Na vitória do corpo ressuscitado, será removido o aguilhão da morte, porque o agui-lhão da morte é o pecado (56). O pecado produziu a morte e também acrescentou a ela

  1. veneno e a amargura do desespero. Paulo declara que a força do pecado é a lei. Alei intensifica o pecado no sentido de que ela torna o homem consciente do pecado e aumen-ta seu poder e culpa, no entanto não faz nenhuma provisão para a vitória sobre ele (Rm 7:7-13; 8:2-3). Mas Deus... por nosso Senhor Jesus Cristo (57) nos dá a vitória sobre O pecado e a morte. Todo o plano redentor foi destinado a promover esse triunfo total.

A vitória sobre o pecado está tão interligada com a ressurreição que negar uma é negar a outra. Se a ressurreição não existir, não haverá possibilidade de vitória sobre o pecado. Se deve existir uma vitória completa e absoluta sobre o pecado, então a ressur-reição é uma necessidade. Para Paulo, a vitória sobre o pecado e a realidade da ressur-reição representavam o ápice da redenção.

d) Uma exortação (15.58). Em vista da esperança baseada na ressurreição, Paulo exortou os coríntios a serem firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor. A expressão sede firmes se refere "a uma fidelidade pessoal, a apegar-se a ela"." Ser constante sugere fidelidade em tempos de oposição, ou capacidade de supor-tar falsos ensinos. O termo abundantes significa ir além dos requisitos mínimos e ale-gremente realizar mais do que a situação exige.

Paulo encoraja os coríntios a oferecerem ao Senhor um serviço fiel... sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor. Wesiev escreveu. "Qualquer coisa que você fizer em nome do Senhor será plenamente recompensada naquele dia"." Depois ele acrescen-ta a sua ênfase característica: "Vamos também nos esforçar, cultivando a santidade em toda a sua extensão, para mantermos essa esperança com plena energia".'

Para Paulo, a convicção firme e a lealdade à doutrina da ressurreição representa-vam uma defesa segura em relação às investidas contra a fé e a vida do cristão. A segu-rança da vida eterna é o fundamento de todos aqueles que estão unidos a Cristo, o Cabe-ça de uma nova e vitoriosa ordem: a humanidade redimida.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de I Coríntios Capítulo 15 versículo 26
Ap 20:14; Ap 21:4.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Coríntios Capítulo 15 do versículo 1 até o 58
*

15:1

Neste versículo, Paulo muda o assunto para outro tópico de grande importância para ele — a integridade da mensagem do evangelho naquilo que enfoca sobre a doutrina da ressurreição.

* 15:2

se retiverdes a palavra. Ver nota em 9.27.

a menos que tenhais crido em vão. Negar a ressurreição de Cristo torna a nossa fé inútil (v. 14).

* 15.3-5

Estes três versículos dão a essência não somente da pregação de Paulo, mas do ensino da Igreja primitiva como um todo ("o que também recebi"): a morte vicária e a ressurreição de Cristo como o cumprimento da mensagem do Antigo Testamento.

* 15.5-8

A quádrupla repetição de "foi visto" indica a ênfase de Paulo nesta passagem — a prova dada por testemunhas oculares de que Cristo ressuscitou dentre os mortos. A maioria dos crentes que tinham testificado as aparições do Cristo ressurreto continuavam vivos quando Paulo escreveu esta epístola; e isso significava que qualquer crente podia averiguar por si mesmo os fatos. Particularmente significativa é a referência a "por mais de quinhentos irmãos de uma só vez", pois ela mostra que as aparições de Jesus, já ressurreto, não podem ser explicadas como meras alucinações pessoais.

* 15:7

Tiago. Não temos aqui uma menção a Tiago, irmão de João, o apóstolo executado por Herodes Agripa (At 12:2), mas ao meio-irmão de Jesus (Jo 7:5; At 12:17-15.13; Gl 1:19).

* 15:8

como por um nascido fora de tempo. Essa observação autodepreciadora pode ser uma crítica irônica dos crentes coríntios que tinham Paulo em baixa estima (2.1, nota). O que o apóstolo queria dizer foi indicado pela frase "e, afinal". As aparições do Senhor tinham cessado e Paulo era um perseguidor da Igreja quando recebeu sua chamada para o apostolado (Gl 1:13,23; Fp 3:6; 13 54:1-16'>1Tm 1:13-16). Embora Paulo não tivesse estado com Jesus durante o seu ministério terreno, foi-lhe concedido o privilégio de ver a Jesus ressurreto dentre os mortos, e foi comissionado para ser um apóstolo, com especial ministério entre os povos gentílicos (At 9:3-5,15; Gl 1:15,16). Aquilo que Paulo diz tão agudamente é que o ofício apostólico era um dom ministerial ímpar e fundamental dado à Igreja (Ef 2:20).

* 15:10

graça de Deus. Tendo admitido livremente o caráter anormal e sem merecimentos de sua experiência, Paulo passa a salientar que o passo de sua vida não era razão para os crentes de Corinto rejeitarem a sua mensagem. Onde o pecado é abundante, a graça eficaz de Deus superabunda (Rm 5:20); quando estamos fracos, a graça de Deus mostra-se forte (2Co 12:9,10). A graça divina não fez de Paulo um preguiçoso, mas levou-o a trabalhar "mais" do que qualquer outra pessoa.

* 15:12

não há ressurreição de mortos? Finalmente, Paulo trata do problema que requeria correção. Alguns dos coríntios, talvez sem negarem que Jesus tinha ressuscitado, questionavam a doutrina da ressurreição, por causa de sua compreensão antibíblica do corpo humano (v. 35, nota). Paulo precisava mostrar-lhes que a ressurreição de Cristo não podia ser separada da ressurreição daqueles que eram dele (vs. 20-23). Se a ressurreição deles não exprime uma verdade, então a ressurreição de Cristo não teria sido uma realidade. Mas negar, mesmo por implicação, que o corpo de Jesus realmente tenha sido levantado do túmulo, destrói a mensagem do evangelho.

* 15:14

é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé. Conforme o v. 17. A verdade da mensagem cristã está ligada à realidade histórica da morte e da exaltação de Cristo. O apóstolo não pode conceber que a sua mensagem teria algum valor espiritual sem o seu alicerce histórico.

* 15:19

somos os mais infelizes de todos os homens. Embora Paulo não negasse que, em um sentido espiritual, os crentes desfrutam de uma melhor vida presente do que os incrédulos, este versículo salienta a grandeza daquilo que Deus prometeu para a nossa vida vindoura. Nossa esperança de salvação é tão gloriosa que se ainda estivéssemos em nossos pecados e perdidos (vs. 17 e 18), haveríamos de experimentar o maior e mais cruel de todos os enganos (vs. 31 e 32).

* 15:20

as primícias. Por ocasião da colheita dos israelitas era requerido que eles trouxessem uma oferta da primeira parte da safra (Lv 23:10). Essa oferta era um sinal de toda a colheita, que pertencia inteiramente a Deus. Jesus é chamado de "primícias" porque a sua ressurreição e a ressurreição dos crentes são eventos intimamente relacionados entre si. Jesus foi "o primeiro da ressurreição dos mortos" (At 26:23), tendo ressuscitado como nosso representante. Sua ressurreição levou à nossa ressurreição espiritual (Rm 6:4; Ef 2:6), e, ao mesmo tempo, garante que nossos corpos serão ressuscitados. Um outro uso dessa metáfora acha-se em Rm 8:23 (conforme também 2Co 1:22; 5:5; Ef 1:14).

* 15:21

Esta passagem afirma, de maneira sucinta, um dos mais profundos ensinos paulinos — a nossa dupla solidariedade com o primeiro homem, Adão, e com o último homem, Cristo. Em virtude da nossa humanidade, estamos unidos com Adão em nossa presente existência natural, no pecado e na morte; em virtude da nossa fé, estamos unidos com Cristo na existência espiritual, na justiça e na vida por vir (vs. 45-49; Rm 5:17-19). Ver nota teológica, "Ressurreição e Glorificação", índice.

* 15:22

em Adão, todos morrem. Ver "A Queda", em Gn 3:6.

* 15.24-28

Ver "O Reino Celestial de Jesus", em At 7:55. Embora o argumento de Paulo, nesta seção, seja difícil quanto a seus detalhes, o seu impacto é claro e poderoso. Os crentes de Corinto tinham que entender que a ressurreição não é um evento isolado, com repercussões limitadas. Antes, é um acontecimento integrado e culminante no governo soberano de Deus sobre a história. A redenção não estará completa até que Cristo "haja posto todos os inimigos debaixo dos seus pés" (v. 25, uma referência clara a Sl 110:1). E visto que a morte é o "último inimigo" (v. 26), a obra de Cristo não terá terminado senão quando a morte for destruída. A declaração paulina de que o Filho "também se sujeitará" ao Pai (v. 28) não significa que o Filho seja inferior quanto à dignidade e ao ser. Antes, em seu trabalho messiânico, o Filho se sujeitará à vontade do Pai, "quando ele entregar o reino ao Deus e Pai" (v. 24). O clímax da obra submissa e messiânica de Cristo será a conquista total de seus inimigos, "para que Deus seja tudo em todos", quando então o seu governo absoluto será universalmente reconhecido.

* 15:29

se batizam por causa dos mortos? Aparentemente, alguns crentes de Corinto estavam sendo batizados em favor de outros que já tinham morrido. Essa prática não é mencionada em qualquer outra passagem da Bíblia ou em outros escritos antigos. Numerosas explicações dessa prática têm sido propostas, todas elas com um forte tom especulativo, e nenhuma delas persuasiva. Paulo mencionou esse rito apenas para mostrar a incoerência lógica da posição de seus oponentes.

* 15:32

feras. É provável que tenhamos aqui uma referência aos inimigos de Paulo em Éfeso (onde esta epístola foi escrita), os quais pretendiam condená-lo (conforme "a boca do leão" (2Tm 4.17, nota). A esperança da ressurreição fortalecia Paulo a suportar severos testes e grandes perseguições (v. 19, nota).

* 15:33

as más conversações corrompem os bons costumes. Derivado de uma comédia escrita pelo popular autor grego Menandro (342—292 a.C.), este provérbio era comum no mundo antigo (note a declaração judaica comparável, em 5.6). Aqueles crentes de Corinto, com um ponto de vista defeituoso acerca da ressurreição, não somente tinham sido influenciados pelas más companhias com que se misturavam, mas, por sua vez, estavam corrompendo outros crentes da congregação.

* 15:34

alguns ainda não têm conhecimento de Deus. Provavelmente uma referência a membros da igreja em Corinto que se jactavam de seu conhecimento (8.1, nota), mas cuja negação da doutrina da ressurreição demonstrava profunda ignorância a respeito das realidades divinas.

* 15:35

em que corpo vêm? Neste versículo Paulo considera aquilo que, aparentemente, era a objeção primária, levantada por alguns crentes de Corinto contra a ressurreição do corpo. Mui provavelmente eles eram influenciados pelo dualismo, uma filosofia pagã que contrastava a parte imaterial com a parte física do homem, e dizia que a parte imaterial era boa, mas que a parte material era má. Seguindo tais linhas de raciocínio, alguns crentes dali tinham desenvolvido o desdém pelo corpo humano, provavelmente distorcendo as suas idéias sobre as relações sexuais (6.14, nota). Parece que eles pensavam que visto o corpo ser mau, a doutrina da ressurreição significa que corpos sem honra seriam ressuscitados. Paulo considerava a posição deles como uma tolice (v. 36), e apresentou uma extensa discussão sobre essa questão (vs. 36-49).

* 15:36

se primeiro não morrer. Visto que Deus é o criador do mundo, os processos da natureza refletem as várias maneiras como ele opera. A natureza provê úteis metáforas e analogias sobre a obra divina da salvação (Is 55:10,11). Jesus usou uma semente ("se morrer, produz muito fruto") como uma ilustração da verdade espiritual (Jo 12:24). Aqui Paulo usa o mesmo quadro para ilustrar a notável diferença entre aquilo que é plantado e aquilo que, eventualmente, se desenvolverá a partir da semente (v. 37). A mesma sorte de analogia pode ser encontrada no diálogo de Platão intitulado Symposium.

* 15:38

a cada uma das sementes o seu corpo apropriado. Neste ponto, Paulo muda a ilustração a fim de destacar as variações existentes entre as diferentes plantas. Ele prossegue a fim de aplicar a idéia a criaturas vivas (v. 39) e a corpos celestes (vs. 40 e 41).

* 15:42-43

Finalmente, a ilustração é aplicada ao corpo humano, que morre e é sepultado, e será transformado por ocasião da ressurreição. Paulo não sugeriu que o corpo ressurreto será um corpo inteiramente diferente do nosso. Assim como uma planta surge diretamente de sua semente, assim o corpo ressurreto é, em sua essência, o mesmo que o corpo que foi "semeado". Mas a ênfase do apóstolo recai sobre a transformação espantosa que terá lugar: da "corrupção", da "desonra" e da "fraqueza", para a "incorrupção", para a "glória" e para o "poder".

* 15:44

corpo natural... corpo espiritual. Este último contraste é difícil de ser compreendido, mas reveste-se de grande importância. Paulo não tinha em mente um contraste entre o que é físico e o que é metafísico, e entre o que é material e o que é imaterial. O corpo ressurreto será um corpo físico, e não um fantasma intangível. O apóstolo já havia usado as palavras "natural" e "espiritual" para distinguir o indivíduo destituído do Espírito Santo do indivíduo que tem o Espírito (2.6,14, notas). A pessoa natural pertence à era presente (1.20), ao passo que a pessoa espiritual é um cidadão do céu (Fp 3:20). Os crentes receberam o Espírito Santo, e, por essa razão, são "espirituais". Mas ainda não receberam o "corpo" espiritual, o corpo que será plenamente conformado à vida dada pelo Espírito. Ver Rm 8:22-25 e nota.

* 15:45

alma vivente... espírito vivificante. Paulo esclarece mais ainda o que ele queria dizer continuando o contraste entre o primeiro Adão e o último Adão (vs. 21,22, nota). A palavra grega traduzida aqui por "alma" (no grego, psyxe) é relacionada à palavra traduzida por "natural", no v. 44 (no grego, psyxikós), ao passo que a palavra "espírito" (no grego, pneuma) corresponde a "espiritual" (no grego, pneumatikós). As palavras "espírito vivificante" mui provavelmente são uma referência ao Espírito Santo. Jesus e o Espírito Santo não são uma mesma Pessoa, mas Jesus e o Espírito são identificados em termos da presença e da atividade deles na 1greja. Essa identidade, que conhecemos porque Jesus também é "vivificante", é o cumprimento do papel de Jesus como o Messias, e teve início com a sua ressurreição e ascensão ao céu. Estar em Cristo é estar igualmente no Espírito (6.11,15,19; 12.19). A associação entre Cristo, o Espírito Santo e a vida torna-se evidente em Rm 8:9-11 e 2Co 3:6,17,18.

* 15:48

terreno... celestial. Eis aqui um contraste final, sugerindo que os vs. 42-44 referem-se à distinção entre o corpo humano que é terreno, e o corpo humano que é celestial. Neste contexto, porém, a distinção não envolve a substância, e, sim, o fator tempo; a presente era má é contrastada com a vindoura era perfeita. Os crentes já desfrutam de algumas das bênçãos da era vindoura (10.11, nota), mas continuam aguardando a consumação. A obra da redenção divina só estará completa com o corpo ressurreto. Assim como trouxemos a imagem do primeiro Adão, visto que pertencemos a Cristo, estamos destinados a trazer a imagem do último Adão (v. 49).

* 15:50

carne e o sangue. Esta frase alude à fraqueza da existência humana terrena, e equivale à "corrupção". Paulo estava advertindo que sem os novos corpos "incorruptíveis", não podemos "herdar o reino de Deus". Como, pois, alguns dos crentes coríntios podiam negar a doutrina da ressurreição?

* 15:51

mistério. Ver nota em 2.7.

nem todos dormiremos. Paulo reconhece aqui que muitos crentes não morrerão, mas estarão vivos por ocasião da volta de Cristo. Embora esses crentes não sejam ressuscitados dentre os mortos, eles também serão transformados e receberão corpos imperecíveis e imortais (13 52:4-18'>1Ts 4:13-18 e notas).

* 15.54-57

Esta é uma das passagens mais eloquentes e poderosas das Escrituras. Usando de paráfrases de Isaías e de Oséias (com base na Septuaginta, a tradução do Antigo Testamento para o grego), Paulo alude ao seu argumento anterior nos vs. 24-28, assegurando-nos vigorosamente da finalidade da destruição da morte no dia da ressurreição. Esse dia também assinalará a destruição do "pecado" e da "lei". Na sua epístola aos Romanos, Paulo explica detalhadamente como o pecado é o veneno que consegue matar a todos os homens (Rm 5:12), e como a lei, embora ela mesma seja santa, torna-se o instrumento através do qual o pecado nos pode enganar (Rm 7:7-12).

* 15:58

sede firmes. Em face do ensino falso e de várias tentações, a esperança da ressurreição deveria encorajar os crentes de Corinto a perseverarem em sua fé. Contudo, a exortação para se tornarem "firmes" não implica em inatividade. Pelo contrário, os crentes de Corinto deviam ser plenamente ativos "na obra do Senhor". Podemos facilmente nos desencorajar pensando que nosso labor pode reduzir-se a nada (Gl 2:2; Fp 2:16; 1Ts 3:5), mas podemos relembrar a promessa de que quando Deus criar os novos céus e a nova terra, seu povo usufruirá do fruto de seus labores, quando então verão que os seus esforços nunca foram "em vão" (Is 65:17-25).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Coríntios Capítulo 15 do versículo 1 até o 58
15:2 Todas as congregações têm pessoas que ainda não acreditam. Alguns se movem em direção a acreditar, e outros simplesmente o supõem. Os impostores, entretanto, não serão removidos (veja-se Mt 13:28-29), essa tarefa fica nas mãos de Deus. As boas novas a respeito do Jesucristo nos salvam, se as acreditarem com firmeza e se as seguirmos com fidelidade.

15.5-8 Sempre haverão pessoas que digam que Jesus não ressuscitou. Paulo nos assegura que muitas pessoas viram o Jesus depois de sua ressurreição: Pedro, os discípulos (os doze), mais de quinhentos crentes (muitos dos quais viviam ao momento em que Paulo escreveu isto, embora outros morreram); Santiago (o irmão do Jesus), todos os apóstolos e por último Paulo mesmo. A ressurreição é um fato histórico. Não se desalente por causa dos incrédulos, os que negam a ressurreição. Encha-se de esperança porque um dia você e eles verão a prova vivente, quando Cristo volte. (Para mais evidencia sobre a ressurreição, veja o diagrama no Marcos 16.)

15:7 Esta pessoa possivelmente foi Santiago, o irmão do Jesus, que inicialmente não acreditou que este era o Messías (Jo 7:5). Mas logo depois de ver o Jesus ressuscitado, converteu-se em crente e depois em líder da igreja em Jerusalém (At 15:13). Também escreveu o livro do Santiago no Novo Testamento.

15:8, 9 O crédito mais importante do Paulo como apóstolo era que foi uma testemunha presencial do Cristo ressuscitado (veja-se At 9:3-6). "Abortivo" significa que o seu foi um caso especial. Outros apóstolos viram o Jesus em pessoa. Paulo era da geração seguinte de crentes, até Cristo lhe apareceu.

15.9-10 Como fariseu ciumento, Paulo chegou a ser inimigo da igreja cristã até o ponto de capturar e perseguir crentes (veja-se At 9:1-3). Esta é a razão pela que se considera indigno de ser chamado apóstolo de Cristo. Apesar de ser o mais influente dos apóstolos, Paulo era profundamente humilde. Sabia que tinha trabalhado duro e que tinha obtido muito, mas isto devido a que Deus derramou sua graça sobre ele. A verdadeira humildade não radica em convencer-se de que um não é valioso mas sim de que Deus obra em nós. É manter a perspectiva de Deus em quem é você e reconhecer sua graça no desenvolvimento de suas habilidades.

15:10 Paulo manifesta ter trabalhado mais que outros apóstolos. Esta não é uma declaração petulante, porque sabia que seu poder procedia de Deus e que não importava quem trabalhasse mais que outros. devido a sua posição proeminente como fariseu, a conversão do Paulo o fez objeto de uma maior perseguição em comparação com os outros apóstolos, sendo esta a razão pela que trabalhou mais forte na predicación da mesma mensagem.

15.12ss A maioria dos gregos não acreditavam na ressurreição corporal das pessoas. Viam a vida vindoura como algo que só se relacionava com a alma. De acordo à filosofia grega, a alma era a pessoa real, aprisionada no corpo físico, e na morte ficava liberada. Não havia imortalidade para o corpo mas sim a alma entrava em um estado eterno. Nas Escrituras, ao contrário, o corpo e a alma se unificarão depois da ressurreição. A igreja em Corinto se achava no coração da cultura grega. Por isso muitos crentes tiveram dificuldade para acreditar na ressurreição corporal. Paulo escreveu esta parte de sua carta para resolver esta confusão a respeito da ressurreição.

15.13-18 A ressurreição de Cristo é o centro da fé cristã. Como Cristo ressuscitou da morte, como prometeu, sabemos que disse a verdade: O é Deus. Como ressuscitou, sua morte por nossos pecados foi válida e somos perdoados. Porque ressuscitou vive e intercede por nós. Porque ressuscitou e venceu a morte, sabemos que também nós ressuscitaremos.

15:19 por que Paulo diz que seríamos os mais miseráveis se só o ser cristãos fora o de mais valor nesta vida? Nos dias do Paulo, o cristianismo implicava com freqüência perseguição para toda pessoa, ostracismo da família, e em muitos casos, pobreza. Havia muito poucos benefícios tangíveis para o cristão nessa sociedade. Definitivamente não significava subir na escala social ou profissional. Entretanto, havia algo muito mais importante, se Jesus não tivesse ressuscitado da morte, os cristãos não teriam podido obter o perdão de seus pecados e portanto não teriam esperança de vida eterna.

15:20 Primicia era a primeira parte das colheitas que os judeus traziam para o templo como oferenda (Lv 23:10ss). Embora Cristo não foi o primeiro em ressuscitar da morte (O ressuscitou ao Lázaro e outros), foi o primeiro que nunca voltou a morrer. O é o precursor, a prova de nossa ressurreição à vida eterna.

15:21 A morte veio como resultado do pecado do Adão e Eva. Em Rm 5:12-21, Paulo explica por que o pecado do Adão trouxe pecado a todos, como a morte e o pecado se pulverizaram entre todos os seres humanos por causa do primeiro pecado, e o paralelo existente entre a morte do Adão e a de Cristo.

15.24-28 Esta não é uma crônica seqüencial de acontecimentos nem se dá uma data específica para eles. Paulo destaca que o Cristo ressuscitado conquistará todo o maligno, incluindo a morte. se desejar mais informação sobre a destruição final da morte, veja-se Ap 20:14.

15.25-28 Embora Deus o Pai e Deus o Filho são iguais, cada um tem funções especiais e áreas de soberano controle (15.28). Cristo não é inferior ao Pai, mas sua responsabilidade é derrotar ao maligno na terra. Primeiro derrotou ao pecado e à morte na cruz, e nos dias finais derrotará a Satanás e a toda maldade. Os acontecimentos mundiais parece que estivessem fora de controle e dá a impressão de que a justiça fora estranha mas Deus a controla, permitindo que o maligno permaneça por um tempo até que envie uma vez mais ao Jesus à terra. Logo Jesus apresentará a Deus um mundo novo e perfeito.

15:29 Alguns crentes foram batizados em nome de outros que faleceram sem ser batizados. Não sabemos nada mais a respeito desta prática, mas obviamente afirma uma crença na ressurreição. Paulo não aprovava necessariamente o batismo pelos mortos, mas o usava como ilustração para dar força a seu argumento de que a ressurreição é uma realidade.

15.30-34 Se a morte for o final de tudo, desfrutar do momento é o mais importante. Mas os cristãos sabem que há vida além da tumba e que nossa vida na terra é só uma preparação para a que nunca acabará. O que você faz hoje incide em sua eternidade. À luz da eternidade o pecado é a uma aposta tola.

15.31, 32 "Cada dia morro refere à exposição ao perigo. Não há evidências de que Paulo nesse momento tivesse batalhado no Efeso contra feras, mas se referia à oposição selvagem a qual se enfrentou.

15:33 Ter relação com aqueles que negavam a ressurreição poderiam corromper o caráter de um bom cristão. Não permita que suas relações com os incrédulos o leve fora de Cristo ou faça vacilar sua fé.

15.35ss Paulo começa a discussão a respeito de que classe de corpos ressuscitados terão. Se você pudesse selecionar seu próprio corpo que tipo escolheria?, forte, atlético, formoso? Paulo explica que seremos reconhecidos em nossos corpos ressuscitados e que serão melhores do que imaginamos, serão feitos para viver por sempre. Manteremos nossa personalidade e individualidade, mas chegarão a ser perfeitas por meio da obra de Cristo. As Escrituras não nos dizem tudo o que nossos corpos ressuscitados serão capazes de fazer, mas sim sabemos que serão perfeitos, sem ser afetados pela enfermidade ou as doenças (veja-se Fp 3:21).

15.35ss Paulo compara a ressurreição de nossos corpos com o crescimento em um jardim. A semente plantada na terra não cresce a menos que primeiro "mora". A planta que cresce luz muito diferente à semente porque Deus lhe deu um novo "corpo". Há diferentes classes de corpo: pessoas, animais, peixes, aves. Assim como os anjos no céu têm corpos diferentes em beleza e glória. Nossos corpos ressuscitados serão diferentes e mais capazes que os que agora temos. Nossos corpos espirituais não serão débeis, nunca se adoecerão nem morrerão.

15:45 O "último Adão" se refere a Cristo. Como Cristo ressuscitou da morte chegou a ser "espírito lhe vivifiquem". Isto significa que teve uma nova forma de existência (veja-a nota a 2Co 3:17). O é a fonte de nossa vida espiritual e nos ressuscitará. O novo corpo humano glorificado de Cristo agora viu sua nova vida glorificada, assim como o corpo do Adão era adequado a sua vida natural. Quando ressuscitarmos, Deus nos dará um corpo glorificado apropriado a nossa nova vida eterna.

15.50-53 Todos enfrentamos limitações. Todas aqueles pessoas que têm algum impedimento físico, mental ou emocional estão especialmente a par disto. Alguns podem ser cegos mas podem ver uma nova forma de viver. Outros podem estar surdos mas podem ouvir as boas novas de Deus. Outros podem coxear, mas caminham no amor de Deus. Além disso, têm o estímulo de saber que seu impedimento é só temporário. Paulo nos diz que nos dará corpos novos quando Jesus retorne e estes corpos não terão impedimentos, não morrerão nem adoecerão. Isto nos dá esperança em nosso sofrimento.

15:51, 52 "Não todos dormiremos" significa que o cristão que esteja vivo esse dia não morrerá, mas será transformado em forma imediata. O toque da trompetista será o meio de anúncio no céu novo e a terra nova. Os judeus compreendiam o significado disto porque as trompetistas sempre soaram como sinal do início de uma grande festa ou de outro acontecimento extraordinário (Nu 10:10).

15.54-56 Satanás parece ser o triunfador no jardim de Éden (Gênese 3), e quando Jesus morreu na cruz (Mc 15:22-24). Mas Deus trocou a aparente vitória de Satanás em fracasso quando Cristo ressuscitou da morte (Cl 2:15; Hb 2:14-15). Após a morte deixou que ser uma fonte de temor. Cristo a venceu e um dia o faremos também. A morte foi vencida e nossa esperança vai além da tumba.

15:58 Paulo diz que graças à ressurreição, nada que façamos é em vão. Algumas vezes duvidamos em fazer o bom porque não vemos resultados, mas se podemos manter uma perspectiva celestial, será-nos possível entender que não é freqüente ver quão bom vem como resultado de nossos esforços. Se realmente acreditarem que Cristo ganhou a vitória final, isto devesse afetar a forma em que vivemos agora. Não se desalente frente a uma aparente perda de resultados no que veio fazendo. Enquanto tenha oportunidade de fazer o bom, faça-o. Seu trabalho terá eternos resultados.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Coríntios Capítulo 15 do versículo 1 até o 58
DO TRATAMENTO Paulo da doutrina da ressurreição. (1Co 15:1 ). Ao longo da história humana praticamente todos os homens de todas as nacionalidades, religiões e filosofias, de um jeito ou de outro, procurava uma resposta para essa pergunta. Apenas duas exceções a esta atitude da mente precisam ser mencionadas. O primeiro foi representado pela antiga seita judaica dos saduceus, eo outro por certos sophisticates de quase todas as gerações iluminado. O primeiro é organizacionalmente mortos, ea letra é espiritual e intelectualmente morto. Pascal observou: ". A imortalidade da alma é uma coisa tão importante que só aqueles que perderam todo o sentimento pode descansar indiferente a ela, pode se contentar em saber se não é, ou se é" SE Frost, um bem- escritor conhecido em filosofia, disse:

Ao longo da história da humanidade não tem persistido uma convicção ... de que a morte não pode ser o fim, que a sepultura não é uma vitória dos inimigos do homem, que a morte não infligir uma picada cósmica. Em todas as épocas houve milhões firme na crença de que o que é mais verdadeiro na humanidade persiste em alguma forma ou de estado após a morte.

O grande teólogo e Padre da Igreja Santo Agostinho disse que a mente do homem nunca vai descansar enquanto não repousar em Deus, e Deus se é a vida eterna.

A vida eterna era residente no homem antes da queda, mas foi perdido através de que a maior de todas as tragédias mundiais. O relato de Gênesis nos informa que "o Senhor Deus ... soprou ... narinas do homem o fôlego da vida; eo homem foi feito alma vivente "( Gn 2:7 ).

Jesus Cristo, como Deus, é agora a única fonte de vida eterna. ". Só, a imortalidade, e habita em luz inacessível" Paulo declarou que Deus JB Phillips traduz essa passagem assim: "Deus ... a única fonte de imortalidade" (1Tm 6:16. ; conforme Rm 6:23. ). Jesus Cristo é o único acesso do homem a essa imortalidade divina ou a vida eterna. Paulo afirma que "o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 6:23 ).

Aparentemente, alguns dos cristãos de Corinto havia negado a ressurreição dos mortos (v. 1Co 15:12 ). É propósito de Paulo para demonstrar que a ressurreição dos mortos é a pedra angular no arco da fé cristã, e que, para permitir a sua negação significaria o colapso de todo o sistema cristão. Sem fé na ressurreição o cristão seria deixado em total desespero (v. 1Co 15:19 ). Após o fato da ressurreição de Cristo a validade de todo o evangelho repousa; e ressurreição de Cristo é a base da esperança da ressurreição do crente.

Neste capítulo, Paulo lida com o assunto da ressurreição de Jesus Cristo, a ressurreição dos crentes, a natureza da ressurreição do corpo, e no triunfo final da ressurreição sobre todo o mal, até mesmo a morte.

A. A Ressurreição de Jesus Cristo (15: 1-19)

Se a crucificação de Jesus Cristo representa a maior tragédia da história da humanidade, a Sua ressurreição representa a maior vitória e o mais glorioso fato da eternidade. Se a crucificação do Filho de Deus era hora mais escura da Terra, na manhã da sua ressurreição foi a eternidade de mais brilhante. A ressurreição de Jesus Cristo é o maior milagre registrado da Bíblia, eo milagre maior conhecido do universo. É o milagre permanente da eternidade. Foi prometido pelos profetas, realizadas pelo próprio Cristo, proclamada pela Igreja Apostólica, como o fato central do evangelho, e registrados nos livros inspirados do Novo Testamento. Como foi o princípio fardo do testemunho apostólico, por isso, tem sido o principal objeto de ódio e ataque por descrentes.

1. O fato da ressurreição de Cristo (15: 1-11)

1 Agora eu dar a conhecer-vos, irmãos, o evangelho que vos anunciei, o qual também recebestes, no qual também estais, 2 pelo qual também sois salvos, se vos apegar à palavra que vos anunciei, a menos que vos crido em vão. 3 Para vos entreguei o primeiro lugar, que o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, 4 e que foi sepultado; e que ele foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras; 5 e que foi visto por Cefas; e depois aos doze; 6 depois apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maior parte ainda vive, mas alguns já dormiram; 7 depois apareceu a Tiago; em seguida, a todos os apóstolos; 8 e último de todos, quanto ao filho nascido fora de tempo, ele apareceu também a mim. 9 Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a igreja . de Deus 10 Mas pela graça de Deus sou o que sou; e sua graça que nos foi dada a mim não foi encontrada vão; mas eu trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus que está comigo. 11 Se, em seguida, seja eu ou sejam eles, assim pregamos e assim crestes.

Paulo começa por dizer o Corinthians, um pouco em tom de censura, que é necessário para ele dar a conhecer, como se de novo, para eles o evangelho que ele tinha anteriormente claramente explicado para eles. Eles tinham recebido com compreensão e fé em seguida. É o próprio fundamento da sua fé até agora: qual também fostes pé, embora alguns, evidentemente, não percebem este fato. Dois fatos são especialmente marcante no versículo 1 . Em primeiro lugar, é surpreendente que alguns devem ter tão cedo esquecido o significado ea importância da ressurreição para a fé cristã, e caíram, vítimas de dúvidas quanto à sua realidade. Em segundo lugar, sem desculpas ou explicação, Paulo compara o evangelho com a ressurreição de Jesus Cristo. Logo veremos o quão certo ele está neste.

Este evangelho da ressurreição de Cristo é o meio pelo qual eles foram salvos quando ouvi pela primeira vez e acreditava-se, e é o evangelho pelo qual sua salvação continua (v. 1Co 15:2 ). Todo crente em algum lugar experimentado uma entrada no Reino de Deus.Importante como o evento histórico é para o crente, no entanto, não é, em si, uma garantia de que ele está agora no Reino. Há três aspectos para a salvação de todo o crente, a saber: (1) o fato de que Cristo salvou-lo, (2) o fato de que ele está actualmente a ser salvo, e (3) a esperança de que ele vai finalmente ser salvo. Experiência cristã Vital consiste sempre em um presente envolvimento espiritual com o Cristo vivo, um passado com início desta participação, e uma antecipação futuro do envolvimento (He 12:22). Mas a salvação do Corinthians, como de todos os crentes, está condicionada à sua adesão fiel a esta verdade vital central do cristianismo, que Paulo havia pregado a eles, e que agora ele apresenta-lhes de novo, ou seja, a ressurreição de Jesus Cristo. Há, no entanto, um forte indício de possível falha nas palavras de Paulo, "a menos que tenhais crido em vão" (NVI). Robertson diz: "Paulo ocupa este perigo sobre eles em sua tentação de negar a ressurreição." É um pensamento preocupante fato de que um pode ter acreditado para a salvação de sua alma, só em última instância, a perder o prêmio estimado da vida eterna através da negação de sua fé.

Paulo enfatiza tanto o derivado e o caráter autoritário do evangelho. Ele entregou-lhes o evangelho que ele havia recebido de Jesus Cristo (Gl 1:11. , Gl 1:15 ). Portanto, ninguém pode dizer que foi apenas o evangelho de Paulo. Ele enfatiza a primazia dos quatro verdades factuais centrais no evangelho salvador de Jesus Cristo (vv. 1Co 15:3-5 ). Mas a revelação do evangelho dado a ele está de acordo com o ensino das Escrituras. Não era nenhum adendo com Deus, mas foi bastante Seu plano através dos tempos (Mt 25:34. ; Ap 13:8 ); segundo, a morte real de Jesus Cristo na cruz (v. 1Co 15:4-A ); terceiro, a ressurreição de Jesus Cristo como um fato temporais, de acordo com o plano divinamente revelado (v. 1Co 15:4-B ); e, em quarto lugar, os temporais aparições pós-ressurreição de Cristo para aqueles que conheciam melhor e foram qualificados para identificá-lo. Nestes quatro fatos repousa a verdade poupança centro essencial da religião cristã. Nenhum deles pode ser negada sem destruir todo o sistema cristão.

Embora existam certos elementos de verdade em algumas das várias teorias diferentes sobre a expiação, é apenas a morte substitutiva vicário de Cristo na cruz, que responde aos ensinamentos claros das Escrituras e as necessidades de redenção do homem pecador. A não ser que, na verdade, Cristo morreu na cruz, Ele poderia ter feito nenhuma expiação do pecado. Sem sua ressurreição Sua morte teria sido em vão, não haveria vitória sobre a morte. E Suas aparições pós-ressurreição de testemunhas qualificadas foram essenciais para o estabelecimento de fé em Sua vitória sobre a morte.

Alguns pensaram que os versículos 1:11 representam a forma mais antiga de que se poderia chamar o credo da Igreja primitiva, sustentando que ela difere de um credo no sentido usual do termo em que era provável uma amostra da forma do ensino precoce dos apóstolos, ao invés de uma profissão de fé do crente.

A ressurreição de Cristo recebe uma atenção muito especial no versículo 4 . Paulo enfatiza a conclusão e permanência do evento em que Cristo continua a viver. Seja ou não Paulo sabia nada de qualquer um dos registros do evangelho, sua declaração de perto se assemelha a dos Evangelhos (conforme At 10:40 ; Lc 24:1 ; Mc 10:34 ). Paulo enfatiza ainda mais o fato de que Cristo "ressuscitou" (NVI), indicando, assim, que era a atividade do Pai que lhe restituiu à vida, que o poder divino também assegura a permanência de Sua ressurreição. Assim, a ressurreição é um evento permanente.

A lista de Paulo de aparições pós-ressurreição de Cristo (vv. 1Co 15:5-7) é mais completa do que qualquer outro dado no Novo Testamento, mas não é totalmente completa, uma vez que omite as mulheres mencionadas em outro lugar. Nenhuma razão é dada por esta omissão, e por isso estamos esquerda para nossas especulações. Nota especial é feita de aparência a Pedro (conforme Lc 24:34 e Mc 16:7ff esta é a única referência nas Escrituras para este evento. A menção de Sem dúvida Paulo deste grande número, dos quais, afirma, a maioria ainda está vivo, é um apelo à sua disposição testemunha da ressurreição de Cristo. A referência de Paulo àqueles que morreram como tendo caído no sono é uma reminiscência da morte de Estevão, que no evento Paulo estava presente (At 7:59 ; At 8:1 ). É evidente que este modo de expressão sugere um despertar futuro. Sem dúvida, os cristãos já estavam começando a entender o significado da fé na ressurreição de Cristo e o que prometeu para o seu futuro. Desde que a morte o tempo não tem o mesmo significado para os crentes. Após a morte de Estevão os cristãos parecem ter substituído principalmente a palavra "dormir" para "morte", para designar a morte de um crente (conforme Jo 11:23 ; Jo 1:1 Tessalonicenses 4: 13-18. ). A ideia transmitida por esta palavra sugere a continuidade da vida nova que eles já apreciado. Ele sugere que eles haviam compreendido o significado da imortalidade através de Cristo. Vincent diz:

... No discurso cristão e do pensamento, como a doutrina da ressurreição atingiu suas raízes mais profundas, a palavra morte , com sua finalidade sem esperança, deu lugar para a palavra mais glorioso e esperançoso sono . O enterrando-se pagã realizada em seu nome qualquer sugestão de esperança e conforto ... mas o pensamento cristão da morte como sono, trouxe com ele em discurso cristão o pensamento parentela de uma câmara de descanso, e encarnou na palavra cemitério ... o lugar deitar-se para dormir.

A menção especial de Tiago (v. 1Co 15:7) é pensado por alguns de ter designado irmão descrente do Senhor, que, por esta aparição de Cristo, foi convertido e, em seguida, posteriormente, levou seus irmãos para acreditar. Em qualquer caso, eles tornaram-se crentes em algum momento entre a morte de Cristo e do Pentecostes, e isso pode ter sido a razão (conforme Jo 7:5 ). Há, no entanto, nenhuma evidência clara de que este era o caso, por isso não podemos ter certeza.

Referência à sua vinda para todos os apóstolos (v. 1Co 15:7 ), na ascensão Olivet, destina-se a reforçar ainda mais o fato da ressurreição de Cristo. Eles eram acessíveis para consulta sobre o assunto deve haver dúvidas.

Para a lista anterior de testemunhas da ressurreição de Cristo, Paulo acrescenta aparição de Cristo a ele na estrada de Damasco, e, assim, ele iguala-lo totalmente com os outros. Pela expressão, quanto ao filho nascido fora de tempo, Paulo simplesmente significa que a aparição de Cristo a ele veio tardiamente, após a ascensão, e não antes, como com os outros discípulos.

Nos versículos 9:11 Paulo apoia seu apostolado com base pós-ascensão aparição de Cristo a ele. Ele apresenta a sua própria indignidade para o apostolado cristão, por causa de sua perseguição anterior do Christian defronte a dignidade ea honra do cargo para o qual Cristo chamou-o. Paulo tenha sempre em mente o fato de sua própria indignidade (1Tm 1:15) defronte da grande misericórdia e graça de Deus que o salvou e fez um apóstolo.

Não obstante a sua indignidade pessoal, Paulo teve uma alta estimativa do escritório para o qual foi chamado divino. Ele foi inspirado por cooperar com a graça de Deus em parceria divino-humana em que trabalhei muito mais do que todos os outros apóstolos combinados, embora ele não tem a pretensão de ter conseguido mais do que tinham. Ele não está desatento a atribuir o crédito para a extensão de seus trabalhos para a graça de Deus permitindo. Paulo sempre pensou em si mesmo, como todo cristão sincero deveria, como em parceria com Cristo no serviço cristão.

No versículo 11, Paulo enfatiza a unidade do evangelho, uma ênfase muito necessário pelo Corinthians. O evangelho que ele pregava era o mesmo evangelho pregado pelos outros apóstolos, e, portanto, era o mesmo evangelho que o Corinthians ouviu e acreditou até sua salvação. Foi o evangelho do Cristo ressuscitado e vivo em que ele e os outros apóstolos estavam unidos, através do seu ministério comum, com o Corinthians através de sua aceitação desse evangelho. Assim, Paulo preenche os abismos que os separam, e depois os une todos no Espírito de Cristo ressuscitado e vivo. Assim, ele tem completamente validada a ressurreição de Jesus Cristo, tanto quanto a evidência diz respeito à sua cristãos convertidos em Corinto. Havia certos professores falsos e pervertem o evangelho entre eles, porém, cujas objeções à ressurreição dos mortos devem ser respondidas. Suas respostas a estas acusações constituem a próxima seção deste capítulo.

2. O significado da ressurreição de Cristo (15: 12-19)

12 Ora, se Cristo é pregado que ele foi ressuscitado dentre os mortos, como dizem alguns entre vós que não há ressurreição dos mortos? 13 Mas, se não há ressurreição dos mortos, também Cristo não foi levantado: 14 E, se Cristo não foi ressuscitado, logo é a nossa pregação, em vão, sua fé também é vã. 15 Sim, e nós somos considerados como falsas testemunhas de Deus; porque nós testemunhamos de Deus, que ressuscitou a Cristo.: quem não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam 16 Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não foi levantado: 17 E, se Cristo não foi ressuscitado , sua fé é vã; vós ainda estais nos vossos pecados. 18 E também os que dormiram em Cristo estão perdidos. 19 Se só temos esperança em Cristo nesta vida, somos de todos os homens os mais dignos de lástima.

Havia aqueles em Corinto que evidentemente tinha sido influenciado pela ideia grega da imortalidade da alma, mas que, como os gregos, negou a ressurreição do corpo. Mesmo Platão acreditava que a salvação do homem acabaria por ser alcançado através da libertação da alma do corpo, o que foi considerado como prisão da alma por algum delito cometido em uma existência anterior. Hodge diz:

Muito provavelmente, esses objectores de pensamento, que para se reunir a alma com o corpo era a encerrá-la na prisão; e que era tanto uma degradação e retrocessão, como se um homem deve voltar a ser uma criança que vai nascer. 'Não', esses filósofos, disse, "a esperança da ressurreição" é a esperança de porcos. "A alma terem sido emancipado da oneração profanação do corpo, nunca é de voltar a ser preso".

Plotino e sua escola neoplatônica tinha desenvolvido esta idéia, baseada em grande parte do conceito de que a matéria é essencialmente mal e será destruído. Alguns dos gnósticos aceito esse ponto de vista e enfatizou a dualidade da alma e do corpo, na medida em que considerou que o que os prazeres sensuais do corpo espectáculo de não importava, como a alma ou o espírito do homem era algo muito além de seu corpo. A partir dessas influências gregas e gnósticos sobre os ensinamentos cristãos e crenças em Corinto vieram as objeções à ressurreição, também como tinha chegado a tendência de negar a imortalidade na igreja de Corinto.

Paulo responde a essas objeções de Corinto para a ressurreição com uma série de proposições lógicas implícitas.

First (v. 1Co 15:12 ), diz ele, com efeito, o evangelho chegou a você, e você aceitou na base da ressurreição de Cristo dentre os mortos. Em outras palavras, o próprio coração do Evangelho (boa notícia) é que Cristo morreu pelos nossos pecados, e que Ele ressuscitou ao terceiro dia, um vencedor da morte e do pecado para nos oferecer justificação dos nossos pecados e o dom da imortalidade. Se Cristo em Sua encarnação foi como verdadeiramente homem, como Ele era Deus, então era seu corpo humano, embora mudado, que Deus levantou. Isso, então, é a garantia de que os corpos daqueles unidos a Ele pela fé, também serão ressuscitados. Como está agora, Paulo consulta, depois que você aceite este ensinamento pela fé, e foram salvos, que você pode voltar e negar o próprio fundamento da sua fé salvadora? Que outra esperança de salvação permanece se você negar este fato?

Em segundo lugar, no versículo 13, Paulo afirma que se os mortos não são ressuscitados, em seguida, o próprio Cristo não surgiu dos mortos. A lógica disso é evidente. Robertson diz: "Ele se vira o argumento em torno com uma força tremenda. Mas é justo "Hodge diz:". A admissão da ressurreição de Cristo é inconsistente com a negação da ressurreição dos mortos. O que aconteceu, pode acontecer. O real é certamente possível. "Assim, Paulo mostra que suas objeções à ressurreição dos mortos se aplicam igualmente a ressurreição de Cristo, e vice-versa. A primeira negação elimina a raiz principal muito de sua salvação; segundo os priva do fruto da sua salvação. Assim, a ressurreição de Cristo e do stand mortos ou cair juntos. Paulo não assumir que os opositores da ressurreição admitir a ressurreição de Cristo. Como Hodge diz: "Ele não está discutindo com eles, mas contra eles. Seu projeto é mostrar que suas objeções à ressurreição foi demais. "

Terceira proposição (v. De Paulo
14) é que "se Cristo não ressuscitou" (ARA), então sua própria pregação, e que de todos os outros apóstolos (nossa pregação; . ver v 1Co 15:11) foi vã ou vazio e totalmente sem sentido (Kenon ). Ele não diz que sua pregação foi "em vão", mas que "não tinha substância." Foi mera tagarelice vazia e sem sentido. Morris observa aqui: " A pregação é kerygma . Não denota o ato de pregar, mas o conteúdo da pregação, a coisa pregada, a mensagem ". Mas há uma consequente mais terrível para a sua fé a esta conclusão. Se a pregação (querigma ), a respeito da ressurreição que eles ouviram foi em vão (Kenon ), então a sua fé também é vã (Kenon ), ou totalmente vazia e sem sentido. Assim, eles não têm nenhuma esperança de salvação aqui ou no futuro. Eles são deixados em um deserto árido da falta de sentido. Tudo é simplesmente uma farsa.

A quarta proposição seguinte (v. 1Co 15:15 ), com consequências ainda mais graves. Se não há ressurreição, todos os apóstolos (nós) que pregou esta doutrina está enfim "descobri como falsas testemunhas de Deus" (NVI); ou como Moffatt diz: "Estamos detectado falso testemunho a Deus, afirmando de que ele ressuscitou a Cristo-quem ele não levantou, se depois de todos os homens mortos nunca subir." Se tudo isso fosse verdade, então, em vez de ser testemunhas de Deus, os apóstolos eram realmente testemunhascontra Deus, caso em que eles foram os piores de impostores, a menos que ele deve ser que o que eles testemunharam a respeito da ressurreição era o que Deus disse, mas o que não é verdade. Neste último caso, o próprio Deus é exigível com o ser um mentiroso. Se os apóstolos deu falso testemunho, a fé do Corinthians não descansa na verdade e é, portanto, vão. Se eles pregaram, sinceramente, mas sua mensagem não era verdade, então Deus não é verdade, e eles ainda não têm qualquer fundamento para a sua fé.

No versículo 16, Paulo repete a primeira proposição do versículo 13 , tendo em vista o que se seguirá.

Sua proposição quinto (v. 1Co 15:17) é que a negação da ressurreição de Cristo anula a sua fé (torna fecundidade), e deixa-los em seus pecados (conforme Jo 8:21 ). Idéia de Paulo é que a ressurreição de Cristo é essencial para a justificação do crente, pois assim como Ele foi crucificado por causa das nossas transgressões, por isso ele foi ressuscitado para nossa justificação (Rm 4:25 ). Se Cristo não foi ressuscitado dentre os mortos, não temos nenhuma justificativa e, consequentemente, sem esperança de vida eterna. Para negar a ressurreição de Jesus Cristo é o mesmo que negar a expiação de Cristo e da esperança do homem de perdão. Ninguém pode levemente questionar ou negar os fundamentos da fé cristã, sem levar em consideração séria todas as possíveis consequências de tal ceticismo ou recusas.

Sexta proposição (v. O Apóstolo
18) refere-se aos crentes falecidos que, à luz da negação da ressurreição de Cristo, pereceram, ou são "entregues até miséria eterna." Isso não seria uma consequência feliz para aqueles cujos entes queridos tinha morrido na fé, ainda que agora, além disto uma falsa fé. É, no entanto, uma consequência inevitável. Também não pode ser levianamente posta de lado com o pensamento de compensação de aniquilação que termina tudo. "Perdição, de acordo com a Escritura", diz Hodge, "não é a aniquilação, mas eterna miséria e pecado. É a perda de santidade e felicidade para sempre.

De Paulo sétima proposição (v. 1Co 15:19) é que a negação da ressurreição de Cristo rola os crentes de tudo o que é valioso e os torna os mais miseráveis ​​de miseráveis. Se a esperança dos crentes não se estende para além do túmulo eles "são de todos os homens os mais dignos de lástima" (ARA). Se a sua esperança se limita a esta vida, então eles têm se negado indulgências e prazeres do mundo aqui, na esperança de uma vida melhor fora dela, apenas para descobrir que miséria e da dor esperá-los no futuro. Neste caso, o epicurismo seria preferível ao cristianismo. Robertson diz: "Paulo faz moralidade vez na esperança de imortalidade. Não é certo? Prova disso é a ruptura dos laços morais hoje, quando as pessoas têm uma visão meramente animais da vida ".

B. A ressurreição dos Crentes (15: 20-34)

Nesta seção Paulo, assumindo que ele tem demonstrado adequadamente o fato e necessidade da ressurreição de Cristo para a fé cristã, passa a discutir a segurança, a ordem, e a lógica da ressurreição dos crentes.

1. A certeza da ressurreição dos crentes "( 15: 20-22)

20 Mas, agora, Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, as primícias dos que dormem. 21 como por um homem veio a morte, por um homem veio a ressurreição dos mortos. 22 Pois como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos serão vivificados.

A primeira certeza da ressurreição dos crentes que Paulo oferece é a certeza da ressurreição de Cristo (v. 1Co 15:20 ). A certeza de que ele havia demonstrado de forma adequada o fato da ressurreição de Cristo, Paulo agora passa confiança nesse fato para mostrar que a ressurreição de Cristo é a garantia de que aqueles que morrem na fé também serão ressuscitados. Como Deus ressuscitou a Cristo, para que Ele vai levantar aqueles que estão unidos a Cristo pela fé. Assim, o apóstolo passa do pensamento dos crentes sendo o "mais digno de pena" (ARA), como conseqüência da negação da ressurreição de Cristo, para que do seu ser em uma posição mais invejável como aqueles a certeza da ressurreição e da imortalidade por razão do fato da ressurreição de Cristo. Se a ressurreição de Cristo foi a primícias (o primeiro molho da colheita oferecido no templo, Lv 23:1-F) de que dormem (os fiéis falecidos), então a ressurreição-colheita de todos os outros crentes é garantida, porque o primícias implicam outras frutas a seguir.Assim como a oferta do primeiro molho no templo consagrado toda a colheita para o Senhor, para a ressurreição de Cristo da mesma forma dedicada toda a acreditar morto para Deus para a ressurreição triunfante dos justos. Hodge diz: "O apóstolo não significa apenas que a ressurreição de Cristo deveria preceder a do seu povo; mas como o primeiro molho da colheita apresentado a Deus como uma oferta de gratidão foi a promessa e garantia da colheita de toda a colheita, assim a ressurreição de Cristo é uma promessa e uma prova da ressurreição de seu povo. "

Além disso, a apresentação das primícias como um agradecimento oferta a Deus significava que Deus tinha dado a colheita, de que este molho era apenas um sinal ou amostra. Portanto, toda a colheita, o resto que se manteve a ser colhida, pertencia a Deus.No devido tempo, também, seria ceifada. Toda essa gloriosa verdade é mais vívida e inspiringly retratado pelo apóstolo em 1Ts 4:14-18 ). O argumento é mais penetrante e esclarecedora.

Em primeiro lugar, o apóstolo significa que Adão pecou e trouxe a pena do seu pecado, que era espiritual e morte física resultante, a toda a raça humana (Gn 2:17 ; Rm 5:12 ). Assim, o pecado de Adão entregou todo o seu domínio (Gn 1:27 ; He 2:6) e toda sua raça, com toda a sua posteridade para o rei das trevas ", que tinha o poder da morte, isto é, o devil "( He 2:14 ). Vincent diz: "Que todos os meios, em um caso que significa na outra." Deve-se notar, contudo, que estes versículos dão nenhum semblante em nada a doutrina do universalismo. A fé em Cristo é a condição da participação da sua vida e da ressurreição dos justos. Todos serão ressuscitados, mas não todos para a vida eterna (Jo 5:28 ).

2. A Ordem da Ressurreição dos crentes '( 15: 23-28)

23 Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias; ., em seguida, os que são de Cristo, na sua vinda 24 Em seguida, vem o fim, quando ele entregar o reino a Deus, ao Pai; quando houver destruído todo domínio, e toda autoridade e poder. 25 Pois ele deve reinar, até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus Pv 26:1 O último inimigo a ser abolida é a morte. 27 Pois, Ele colocou todas as coisas sujeitou sob os seus pés. Mas, quando diz: Todas as coisas lhe estão sujeitas, é evidente que se excetua aquele que fez todas as coisas sujeitas a ele. 28 E, quando todas as coisas têm sido submetidos a ele, então o próprio Filho também se sujeitará àquele que fez sujeitar todas as coisas a ele, para que Deus seja tudo em todos.

A palavra ordem (tagma) foi um "termo militar velho de tasso , para organizar, aqui somente no NT Cada um em sua própria divisão, tropa, rank. "Assim, Cristo, o capitão da nossa salvação, levou o exército a vitória sobre a morte ea sepultura e "se apresentou vivo, depois de seus sofrimentos [a morte], com muitas provas incontestáveis" (At 1:3 , NVI). Ele é seguido em ordem por aqueles que acreditaram em Sua pessoa e vitória. Eles vão marchar adiante compartilhando sua vitória, por ocasião da sua segunda vinda, a parusia. Purousia significa simplesmente aparência, mas ela entrou em uso como um termo técnico para a chegada de um personagem real. Os cristãos emprestado e adaptou-a para a sua antecipação do retorno de Cristo. Paulo parece dizer que ele será a presença pessoal do capitão da nossa salvação em sua segunda vinda que irá efetuar a liberação dos corpos dos crentes da morte na gloriosa ressurreição dos justos. Uma vez que Paulo está discutindo apenas os crentes em Cristo, ele não faz nenhuma menção da ressurreição dos incrédulos, ou o julgamento final (1Co 3:23. ; Gl 5:24. ; . Gl 1:1 Tessalonicenses Gl 2:19 ; Gl 3:13 ; Gl 4:15 ; Gl 5:23 ; conforme Ap 20:11). Vincent diz: "A referência não é tempo ou mérito, mas simplesmente ao fato de que cada um ocupa o seu lugar na economia da ressurreição, que é um grande processo em diversos actos. Banda depois da banda sobe. Primeiro Cristo, então os cristãos. "

O fim (telos) segue em ordem a ressurreição dos justos. Esta não é indicado aqui como um tempo definido ou fixo, mas sim como a consumação de todo o plano e propósito de Deus para as idades. Após seu retorno Cristo deve tornar nulo todo o poder que existe em oposição à justiça. As palavras de tudo, regra, autoridade e poder , provavelmente, são destinadas para resumir toda a oposição existente para a justiça, ao invés de três ordens particulares, embora Vincent diz que eles são "termos abstratos para diferentes ordens de poderes espirituais e angelicais." (Ef 1:21 ; Ef 3:10 ; Ef 6:12 ; Cl 1:16 ). Hodge acha que a referência a Cristo entregando "o reino ao Deus e Pai" (NVI) diz respeito apenas ao

que o domínio ao qual ele [Cristo] foi exaltado após a sua ressurreição, quando todo o poder no céu e na terra foi comprometido com a sua mão. Este reino, que ele exerce como o Theanthropos, e que se estende sobre todos os principados e potestades, ele é entregar-se quando o trabalho de resgate é realizado.

O reinado de Cristo é o que Morris chama de "uma carreira de conquistas." Às vezes pode parecer que o mal está vencendo a dia na vida de um crente, a Igreja, ou do mundo. Esta é, no entanto, apenas uma vitória aparente para o mal-temporário, no máximo. No final, Cristo vai ficar vencedor sobre todas as forças do mal. Isso deve ser assim, porque Cristo é Deus. Ele reinará até que o propósito de Deus para o Seu domínio é realizada (Sl 110:1 ). Imortalidade será injetado criaturas até agora sujeitos à morte e os germes fatais de mortalidade serão destruídos para sempre. Assim como a medicina destrói os germes de doenças que impedem a saúde e, assim, permitir que a natureza para restaurar e manter a saúde do corpo humano, de modo a poder vivificante da ressurreição de Cristo será para sempre destruir os germes da doença de mortalidade e homem, assim, livre para a imortalidade desabitada para o qual Deus o criou. (Rm 8:11 ).

As palavras do Apóstolo nos versículos 27:28 podem ser melhor entendidos em relação a Gn 1:27 , Sl 8:1)

29 Doutra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos? Se os mortos não ressuscitam, por que então se batizam por eles? 30 por que também se coloca em perigo a toda hora? 31 Eu protesto que gloriar-se em vós, irmãos, que tenho em Cristo Jesus nosso Senhor, que eu morrer diária. 32 Se, como homem, combati com feras em Éfeso, que é o que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, porque amanhã morreremos. 33 Não vos enganeis: As más companhias corrompem os bons costumes. 34 Acordai para a sobriedade e justa, e não pequeis; para alguns ainda não têm conhecimento de Deus: Eu falo isso para movê-lo à vergonha.

O versículo 29 é, reconhecidamente, um dos pasages mais difíceis da Bíblia para entender. Entre trinta e quarenta interpretações diferentes foram dadas, e nenhum deles é totalmente satisfatória. Ele está além dos limites do presente comentário para dar ainda um breve resumo dessas interpretações. O que provavelmente foi mais aceita, e que parece mais natural, é o seguinte. O Corinthians teve origem, ou havia adotado de alguma outra fonte, a prática do batismo vicário, ou batismo por procuração, em que um crente de estar foi batizado como representante de algum crente que tinha morrido antes de ser batizado. Paulo não identificar-se com a prática ("o que aqueles que se batizam pelos mortos? "NVI). Nem ele condená-la. Ele simplesmente usa-lo em seu argumento para a ressurreição. O que quer que esta prática era, Paulo simplesmente diz: "Se os mortos não ressuscitam, por que se batizam por eles?" (NVI). A resposta é óbvia. O próprio costume adotado e praticado pelo Corinthians implica a sua fé na ressurreição daqueles que morreram na fé. Esta é a ressurreição dos crentes.

Segundo lógicas centros argumento de Paulo em torno dos perigos de ser um cristão (v. 1Co 15:30 ). Era perigoso, naqueles dias, como tem sido em outros dias, embora não houve perseguição oficial, a professar Cristo. Mas se o que há para não haver ressurreição dos crentes, em seguida, o próprio Cristo não ressuscitou (v. 1Co 15:13 ); e se isso é verdade, então não há salvação aqui ou no futuro. Portanto, como insensato arriscar a vida por um fantasma, ou por que se preocupar para converter as pessoas para uma ilusão? Hodge diz: "O que é o uso de trabalhar para salvar os homens, se não há salvação?"

Os versículos 31:32 continuam o pensamento do verso anterior, mas aqui Paulo personaliza o argumento. Ele declara que sua vida está em perigo, tais diário que ele está constantemente empenhada em morte: . Eu morro todos os dias Se fosse só por motivos humanos, ele lutou com feras na arena em Éfeso, o que seria o lucro em tudo isso? Ou seja, se fosse para a recompensa de uma coroa corruptível, e não para o de uma coroa da vida, que ele está lutando, por que lutar e sofrer para o perecível, se você é a perecer com ele? A alusão a feras em Éfeso , provavelmente, melhor é tomado em sentido figurado. Paulo provavelmente se refere a maus-tratos violenta nas mãos de homens ímpios. Nas contas de seus perigos ele não faz nenhuma referência à luta com bestas.Que tolice, no entanto, seriam seus privação, sofrimentos e perigos se esta vida era tudo o que existe para ela. Nesse caso, diz ele, com efeito, que poderia muito bem ser epicuristas (v. 1Co 15:32 ). Hodge diz:

A consequência natural de negar a doutrina da ressurreição, que implica nomeadamente a negação do evangelho, e da consequente rejeição de toda a esperança da salvação, é fazer com que os homens imprudente, e levá-los a abandonar-se a meros prazeres sensuais. Se o homem não tem glorioso futuro, ele afunda naturalmente em direção ao nível dos animais. ...

O versículo 33 é, evidentemente, a citação de um provérbio bem conhecido (possivelmente do poeta Menandro ou Ésquilo). A importação de é claro. Os cristãos de Corinto tem sido manter as más companhias com aqueles que negam a ressurreição e corrompeu a fé cristã. Os leitores estão em perigo de ser corrompido pela sociedade eles estão mantendo. Crenças erradas em breve levar a práticas erradas.

O versículo 34 contém uma advertência forte. Paulo exorta-os a despertar de seus delírios doutrinárias intoxicados e consequentes práticas imorais, parar de pecar e sóbrio como eles sabem que deveriam, como cristãos (conforme Ef 5:14. ). As palavras, "alguns não têm conhecimento de Deus" (NVI), pode se referir a duas classes de pessoas. No primeiro exemplo, pode referir-se a professores errôneas que nunca tinham conhecido a Deus, mas que havia enganado convertidos de Paulo em Corinto. Em segundo lugar, pode referir-se a alguns desses mesmos convertidos que foram levados tão longe no espaço, como ter perdido seu antigo conhecimento de Deus. Em qualquer dos casos o processo de degeneração é claro e certo. Em primeiro lugar, eles aceitam as doutrinas errôneas. Em segundo lugar, isso leva a práticas erradas de natureza imoral. Em terceiro lugar, a escuridão da ignorância religiosa e segue com tanta certeza como a noite segue o pôr-do-sol (conforme Rm 1:18 ).

C. A RESSURREIÇÃO DO CORPO (15: 35-50)

1. A variedade de Corpos (15: 35-41)

35 Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? e com que tipo de corpo vêm? 36 um Tu tolo, o que tu mesmo quando semeias não é vivificado, se morrer: 37 e que, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como pode o de trigo, ou de algum outro tipo; 38 mas Deus lhe dá um corpo como lhe aprouve, ea cada semente um corpo próprio. 39 Nem toda carne é uma mesma carne, mas há uma carne dos homens, . e outra a carne dos animais, e outra a carne de aves, e outra a dos peixes 40 Também há corpos celestes e corpos terrestres, mas a glória do celeste é uma, ea glória do terrestre é outra.

41 Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere de outra estrela em glória.

Duas questões importantes foram levantadas pelos céticos coríntias, a saber: (1) Como ressuscitam os mortos ?, e (2) com o tipo de corpo vêm dos mortos? A primeira questão diz respeito à forma e segundo a forma da ressurreição. Paulo administra uma repreensão severa: "Seu idiota" (NVI; conforme Lc 11:40 ; Jo 12:24 ). Como pode o homem insensato ser quem observa os milagres diários da natureza, mas não posso acreditar que os milagres do sobrenatural (conforme Mt 16:1. )!

Paulo, então, responde à primeira pergunta, uma analogia da natureza na qual ele aponta que a ressurreição ocorre através da morte. A semente tem que morrer, a fim de dar a sua vida para o novo organismo físico. Os opositores alegam que, para uma ressurreição, teria de ser um organismo físico, mas uma vez que o corpo se dissolve na sepultura, um corpo ressuscitado seria impossível. As acusações surgiram de pensamento puramente naturalista. Os opositores, como Mateus Arnold, ter dito que "milagres não acontecem." Mas Paulo contesta, apontando para um milagre da natureza, com a qual todos eles são familiar, em que a semente dá a sua vida através da morte para o novo organismo físico que transcende a idade. Paulo há muito tempo compreendeu que Deus é o Deus do reino natural, bem como do sobrenatural. Ele bem sabia que as chamadas leis naturais, mas são meios comuns ou providenciais de Deus de governar o universo, enquanto que a milagrosa é Seus meios extraordinários ou sobrenaturais de governo. Os dois nunca estão em conflito. Todos os cientistas informados e honestas saber no presente era atômica que os materialistas dogmáticos de um quarto de século atrás, não sabia, ou seja, que as chamadas leis da natureza não são tão fixo e inalterável em seu curso como uma vez que era suposto. Eles são leis ordinárias ou regulares de Deus tanto quanto os milagres são suas leis extraordinárias, e ambos são os princípios que regem de um Pai Celestial pessoal em causa, e não as de um indiferente, todo-controlador, máquina inalterável. Este último ponto de vista é, naturalmente, o legalismo dogmática na ciência, e é tão sufocante e amortecimento ao progresso científico como o legalismo é a vitalidade religiosa e progresso. Mas o legalismo é, naturalmente, o caminho mais fácil, e da mente inerte sempre prefere o caminho mais fácil. Os mistérios não resolvidos da natureza são, provavelmente, quase tão grande como são os de graça. Ambos são um desafio permanente para as mentes dos homens que estão vivos e honesto em sua busca da verdade, pois ambos são os propósitos de Deus para o homem. Deus deu ao homem dois grandes comissões. A primeira é a comissão científica para "dominar" e "ter domínio" sobre o universo natural (Gn 1:27 ). A segunda é a comissão religiosa e ética para "fazer [cristãos] discípulos de todas as nações ... ensinando-os a guardar todas as" mandamentos (ideais) que Cristo revelou para o governo da vida cristã (Mt 28:19 , Mt 28:20 ). O homem parece ter feito melhor no cumprimento da primeira comissão do que ele tem na segunda. Mas o homem atual científico sofre um atraso espiritual e ética séria. Um filósofo contemporâneo expressa uma verdade horrível quando ele disse que a ciência moderna "diz-nos como curar e como matar; que reduz a taxa de mortalidade no varejo e, em seguida, nos mata por atacado na guerra; mas apenas a sabedoria ... pode nos dizer quando a curar e quando para matar. "

A verdade central que Paulo quer estabelecer é que a pessoa ressuscitada mantém sua identidade com o antigo eu. Assim, não há continuidade através de todas as alterações (Jo 11:23 ). É importante notar que Paulo não atribuir o vivificador (v. 1Co 15:36) do corpo, seja de plantas ou dos homens, de alguma lei natural independente ou ordem. O corpo ressuscitado de ambos é o receptor passivo de um poder sem-it é vivificado (conforme Rm 8:11 ). Deus é o Senhor da natureza e dos homens iguais. As coisas não acontecem por acaso. Eles são ordenados por uma providência divina onisciente. Deus, e não o homem, é o vencedor da morte. É nele e não em nós mesmos que temos esperança.

Nos versículos 38:41 o apóstolo apresenta uma analogia, dos organismos naturais variados, a fim de lançar luz sobre a natureza do corpo humano ressuscitado. Paulo não sugerem, no versículo 38 que Deus é caprichoso. Pelo contrário, o oposto é verdadeiro.Isso tudo foi planejado na sabedoria infinita de Deus, desde o princípio. Hodge diz:

Determinou-se a criação e, portanto, o apóstolo diz que Deus, na agência contínuo de sua providência, dá a cada semente o seu próprio produto adequado, como ele quer , ou seja, ele originalmente proposto. O ponto é, se Deus dá, assim, para todos os produtos da terra cada sua própria forma, por que ele não pode determinar a forma em que o corpo é a aparecer na ressurreição?

Certamente, o apóstolo não deixa chão aqui para qualquer forma de determinismo mecanicista ou evolução natural na ordem natural. O design inteligente e finalidade estão em toda parte evidente no conceito de Paulo sobre o universo. A variedade e identidade dos corpos está em evidência, mas a unidade divina do plano e propósito faz deles um universo um cosmos e não um caos. Corpos são energia informado ou em forma. O formulário é necessário para a identidade individual e identificação. Isso, e não os elementos químicos idênticos que constituíam cada corpo antes da morte, é o que realmente importa na ressurreição. O absurdo de elementos químicos idênticos é sugerido pelo fato fisiológico que o corpo humano muda completamente o seu conteúdo químico a cada sete anos. Se a identidade de conteúdos químicos foram destinados para a ressurreição do corpo, a questão seria, então surgem a respeito de qual dos sete corpos de um homem que morreu aos 49 anos de idade será ressuscitado?

2. O Corpo Espiritual (15: 42-50)

42 Assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se em corrupção: 43 Semeia-se em desonra; ressuscitará em glória: Semeia-se em fraqueza; é ressuscitado em poder: 44 Semeia-se corpo natural; ressuscita um corpo espiritual. Se há um corpo natural, há também um espiritual corpo . 45 Assim também está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão tornou-se um espírito vivificante. 46 Todavia isso não é primeiro o espiritual, senão o que é natural; então o que é espiritual. 47 O primeiro homem, da terra, da terra:. o segundo homem é do céu 48 Qual o terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestial. 49 E, assim como trouxemos a imagem do terreno, traremos também a imagem do celestial.

50 E agora digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção herdar a incorrupção.

Paulo ainda está respondendo às objeções dos gregos e dos gnósticos que a fim de experimentar a imortalidade do espírito deve ser liberta do corpo mal e corruptível. Essa objeção é, naturalmente, com base em dois conceitos falaciosos, ou seja, que a matéria é em si o mal, e que Paulo está ensinando a ressurreição do corpo presente quimicamente constituído. Paulo nega ambas as instalações (v. 1Co 15:50 ). Nem o físico nem os germes da doença morais que causar a morte e dissolução do corpo e da alma do homem vai sobreviver à morte e ressurreição do crente. Expiação de Cristo fornecida para a purificação moral do espírito do homem nesta vida, e ele fornece para a glorificação de seu corpo na próxima vida. Ele é, de fato, "semeada um perecível corpo , ressuscita um imperecível corpo "(NVI).

É agora um corpo corruptível, constantemente tende a decair, sujeitos à doença e da morte, e destinado a dissolução inteira. Ele ressuscitará em incorrupção . Daqui em diante será imperecível; livre de toda impureza, e incapaz de decadência.

Na melhor das hipóteses, há um elemento de desonra ligado ao corpo presente que se deteriora e finalmente morre, e é enterrado na terra (semeadas ), por razões sanitárias e estéticas (v. 1Co 15:43 ). Mas o corpo ressuscitado será como corpo glorioso de Cristo não-sujeitos a deterioração ou morte. Sua fraqueza presente é evidenciado pela sua incapacidade de resistir a doenças, deterioração e morte, mas em seu estado ressuscitado ele estará sujeito a nenhum desses fatores.

No versículo 44 Robertson observa: "... certamente ele [Paulo] significa dizer que o" corpo espiritual "tem algum tipo de conexão germinal com o" corpo natural ", embora o desenvolvimento é glorioso além de nossa compreensão, embora não além do poder de Cristo para executar "( Fp 3:21 ). A visão dualista afiada mais velho da distinção, entre o corpo físico e da personalidade espiritual do homem fez esta verdade mais difícil de compreender do que o conceito atômico mais recente da matéria.

Adão, o primeiro homem, foi feito alma vivente (indestrutível), ou a personalidade espiritual, mas ele não tem um corpo imortal (depois da queda). Cristo, porém, o segundo Adão, não só possuía imortalidade pessoal, mas ele tem a capacidade e autoridade para dar a vida eterna a ambas as almas e os corpos de todos os que crêem nEle (Jo 10:28 ; Jo 17:2)

51 Eis que vos digo um mistério: Nós todos não deve dormir, mas todos seremos transformados, 52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. 53 Para este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revista da imortalidade. 54 Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrito: A morte foi tragada na vitória. 55 Ó morte, onde está tua vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão? 56 O aguilhão da morte é o pecado; e do poder do pecado é a lei: 57 . Mas, graças a Cod, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo 58 Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis ​​e sempre abundantes na obra do Senhor, porquanto como bem sabeis que o vosso trabalho não é vão no Senhor.

Se tivermos em conta que um mistério é algo parcialmente, mas não completamente, revelou, vamos entender melhor o significado de Paulo no versículo 51 . Ele revelou efectivamente aos seus leitores muitas grandes verdades relativas à ressurreição. Mas ele não professam ter explicado tudo para eles. A ressurreição ainda tem suas características inexplicáveis ​​e talvez inexplicáveis. Ele ainda é um item de fé para o crente, assim como a criação de um fiat divino é um item de fé. Como Paulo revela ainda os mistérios da ressurreição, ele afirma que nem todos os cristãos vão morrer (o sono ), antes da volta de Cristo. Seu uso do pronome nós plural é simplesmente uma maneira coletiva de dizer que nem todos os crentes irão morrer. Não expressa expectativa pessoal de Paulo que ele ou qualquer um de seus leitores imediatos viveria para ver o retorno de Cristo. De uma coisa ele tinha certeza no entanto,. Ele e todos os outros crentes, seja vivo ou morto na volta de Cristo, teria de ser alterado e receber novos corpos ressuscitados. EmI Tessalonicenses 4: 13-18 principal preocupação de Paulo era com o "como" da mudança que ocorreria na crentes mortos no retorno de Cristo. Aqui está com os fiéis que vivem. Desde carne e sangue não podem herdar o reino de Deus, os corpos de todos os crentes vivos serão transformados sem experimentar a morte.

A rapidez desta mudança miraculosa é enfatizada no versículo 52 . Irá realizar-se em um ponto indivisível de tempo, no tempo que é necessário lançar um olhar ou flutter uma pálpebra. O som da trombeta, se tomado em sentido figurado ou literal, será o sinal para os mortos a subir. Será o último trunfo, uma vez que significa a vitória final de nosso Senhor conquista sobre a morte, que é o último inimigo (v. 1Co 15:26 ).

Duas idéias estão estressados ​​no versículo 53 . O corpo, que é perecível será trocado por um que é imperecível. A peça temporária da personalidade espiritual será trocado por um permanente. No segundo exemplo, este, o corpo se deteriorando e morrendo temporária será trocado pelo manto imperecível da imortalidade de Cristo. Não há nenhuma outra fonte de onde este manto para a personalidade do homem redimido pode ser obtido (1Tm 6:16 ).

A expressão morte foi tragada pela vitória (Is 25:8 ). É o homem que, conscientemente e volitivamente pecados contra a lei da justiça, e assim o homem é o seu próprio maior inimigo. Portanto, a origem do próprio veneno não está nas garras da morte, mas na própria natureza do mal e da vontade do pecador.

Diz-se que certas esquimós no norte matar lobos, induzindo-os a cometer suicídio. A lâmina da faca é mergulhado em sangue fresco e permitiu a congelar. O cabo da faca é então enterrado na neve congelado perto run do lobo. O animal incautos passa, sente o cheiro do sangue, e lambe-lo a partir da lâmina. Mas ao fazer isso ele corta a língua sobre a lâmina afiada-navalha. Isto dá-lhe um gosto de seu próprio sangue, que ele passa a sugar de sua língua até que ele tenha fartava, mas ao fazê-lo ele também sangrou até a morte. O pecado é algo parecido. O pecador pica-se à morte com o veneno de seu próprio pecado. A condenação da lei proporciona pecar seu poder para destruir.

Mas no versículo 57 , o Apóstolo se transforma novamente para a vitória em Cristo. A vitória de Cristo sobre a maldição da lei, sobre o pecado e sobre a morte é agora e para sempre a vitória do crente. Não se trata apenas de uma vitória para antecipar. É um presente de vitória para experimentar e desfrutar. É uma vitória contínua e progressiva. Ele vai culminar na ressurreição final dos justos. É um presente de Deus para o crente, por nosso Senhor Jesus Cristo (conforme Fm 1:4 ). Mas aqui ele novamente se identifica com eles na fé pelo termo irmãos. Ele exorta-os, à luz de tudo o que foi dito, para ser firme no propósito. É o poder de Deus que salva, mas Ele requer a vontade e cooperação de todos aqueles que Ele salva. Como os Gálatas, alguns destes crentes de Corinto eram volúveis e moveu-se rapidamente a partir de sua adesão inicial ao ensinamento de Paulo. Portanto, ele exorta-os a ser imóveis (inabalável), em sua adesão à verdade. Mas o terceiro a exortação do Apóstolo é o mais importante de tudo para a fé cristã: sempre abundantes na obra do Senhor. O melhor antídoto para a tentação de fazer o mal é a participação ativa na boa. Elsewhere Paulo admoestou: "Vencer o mal com o bem" (Rm 00:21. ; conforme 1 Ts 1: 3. ). Robertson diz: "A melhor resposta para a dúvida é trabalho." A recompensa final é assegurada àqueles que fielmente cooperar com Deus.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Coríntios Capítulo 15 do versículo 1 até o 58
  1. As provas da ressurreição dos crentes (15:1-34)
  2. Prova histórica (vv. 1-11)

Paulo inicia sua argumentação so-bre a ressurreição do corpo humano com a de Cristo, já que os coríntios acreditavam nela. A ressurreição de Cristo é um fato histórico provado pela mensagem do evangelho, pelo depoimento de testemunhas e pela conversão do próprio Paulo. Se não houvesse ressurreição, não haveria salvação, pois um Salvador morto não pode salvar ninguém! Paulo ar-gumenta: "Ora, se é corrente pregar- se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se Cristo não ressus-citou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé". Esse é outro aspecto da união do crente com Cristo: sere-mos glorificados um dia porque ele foi glorificado.

  1. Prova pessoal (vv. 12-19)

Paulo menciona a experiência pes-soal dos coríntios. Ele pregou-lhes o evangelho, eles creram e tiveram a vida transformada em conseqüên- cia disso (6:9-11). No entanto, se não houver ressurreição, então Cris-to está morto, e o evangelho é uma mentira! A fé deles é vã e ainda es-tão em pecado! E, se esse for o caso, a fé cristã é boa apenas enquanto a pessoa está viva, pois, de acordo com essa concepção, não há espe-rança após a morte.

  1. Prova doutrinai (vv. 20-28)

Aqui, Paulo trata da doutrina bí-blica dos "dois Adãos". (EmRm 5:0: "Vaidade de vaidades, tudo é vaidade!". Agra-deçamos a Deus a vitória que temos na ressurreição de Cristo!


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de I Coríntios Capítulo 15 do versículo 1 até o 58
15.1.2 Anunciei (lit. "evangelizei"). Perseverais. Aceitar a Cristo é apenas o primeiro passo de uma vida inteira de comunhão.

15.3,4 Paulo apresenta uma antiga formulação que resume os fatos do evangelho.

Recebi, dos outros apóstolos. A crucificação e ressurreição são os fatos centrais. As Escrituras comprovam que Jesus é o Messias predito no AT (Lc 24:25-42). Sepultado. O túmulo vazio confirma a ressurreição corporal.

15:5-7 As aparições comprovam a ressurreição. Não pretende ser uma lista completa. Cefas. Pedro, em aramaico (Jo 1:42). Cf.Lc 24:34. Aos doze. São os apóstolos (Lc 24:36ss) ou em Jerusalém. Dormem. A morte, assim denominada na literatura grega e hebraica, ganhou novo significado na ressurreição de Cristo. Tiago. Provavelmente o irmão de Jesus, antes descrente (Jo 7:5; Gl 1:18). Todos os apóstolos. Conforme At 1:04s).

15.10 A graça de Deus transforma o indigno (2Co 11:5).

15.12,13 Em geral, os gregos consideravam toda a matéria inerentemente má, por isso rejeitavam a ressurreição. Os judeus acreditavam que cada átomo do corpo sepultado ressuscitaria literalmente. Paulo corrige os dois erros neste capítulo. 15:14-18 Negar a ressurreição de Cristo seria tornar o cristianismo em ilusão. Não haveria perdão dos pecados Rm 4:25).

15.19 A ressurreição é o cerne da esperança do cristão (1Pe 1:0).

15.23 Vindo (gr parousia). Usada para uma visita real. Chegou a ter no NT sentido técnico que denota a volta de Cristo.

15.24 O reino de Cristo começou quando Ele foi glorificado (At 2:32; Ef 1:19-49). Através da Igreja, consolida a vitória já ganha (Cl 2:15) vencendo as forças restantes que se opõem a Ele. O fim. Consumação da história. Cumprida a missão, Cristo entregará o Reino ao Pai.

15.26 Morte (gr thanatos). Será destruída com efeito retroativo, devolvendo a vida a todas as suas vítimas (Ap 20:12, Ap 20:15).

15.29 Há umas 40 interpretações Seria uma prática sem fundamento bíblico que Paulo aproveita para mostrar a incoerência dos seus oponentes em Corinto.
15.30,31 Também nós. Paulo não aceita nem pratica o batismo para os mortos (29). Dia morro. Conforme 2Co 4:0. Glória. Paulo ainda tem confiança nos coríntios.

15.32 Feras. Provavelmente, Paulo se refere metaforicamente a uma luta com homens enfurecidos (2Co 1:0). A vida sem a ressurreição perde o sentido.

15.33 Conversações. Melhor: associações, amizades. Bons costumes. Comportamento moral. O relaxamento moral resulta das deficiências doutrinárias.

15.34 Vergonha. Alguns na igreja de Corinto não tinham discernimento espiritual mas estavam em plena, comunhão. Todos são culpados.

15:35-38 A botânica mostra que a dissolução e a continuidade não são incompatíveis (Jo 12:24). As partes visíveis da semente se decompõem, mas as submicroscópicas resultam em novo corpo.

15.39,40 Carne (gr sarx). A zoologia demonstra diversos tipos de corpos terrestres. Corpos celestiais. Há diversidade nos corpos destinados ao ambiente celestial (cf. diferentes tipos de anjos).

15.42 Paulo continua insistindo na ressurreição corporal. Corrupção. Sujeito a decomposição como o cadáver que sem beleza ou forças se destina ao pó (43).

15.44 Natural (gr psuchikon). O corpo humano adaptado somente para a vida neste mundo. Espiritual (gr pneumatikon). Não quer dizer um corpo invisível (puro espírito), mas um corpo que corresponderá às necessidades da vida espiritual (2Pe 3:10, 2Pe 3:13).

15.45;46 Alma vivente (gr psuchen-zõsan). O corpo psicossomático que Adão recebeu herdado por toda a raça humana. O último Adão. Cristo tornou-se a fonte da vida espiritual através da Sua obra redentora (He 2:14s; 5.9). 1

15.50 Carne e sangue. É a natureza psicossomática do homem, que não é necessariamente pecaminosa (He 2:14). Herdar. É uma impossibilidade assim como o peixe não pode viver fora da água.

15.51,52 Mistério. Vd n em 2.7,8. Num momento (gr atomos). Unidade indivisível de tempo. A trombeta. Os judeus associavam a trombeta com festividades, triunfos e eventos escatológicos. Última. Marcará o fim da história e a vinda de Cristo (Mt 24:31).

15.53,54 Se revista. A natureza terrena é comparada com a roupa que precisa ser trotada (2Co 5:2-47). A palavra. Is 25:8. À profecia, parcialmente entendida pelo profeta, significa o fim da morte (26).

15.55,56 É uma canção triunfante (Dn 13:14). O aguilhão (gr kentron). É como o da abelha ou da serpente. Causa dor e dano. Para o cristão, a morte é como uma picada de um escorpião sem veneno (Ap 9:10). O aguilhão não é a morte mas o pecado não perdoado. A lei. Define o pecado e condena o transgressor.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de I Coríntios Capítulo 15 do versículo 1 até o 58
VII. A RESSURREIÇÃO (15:1-58)
Embora não haja nenhuma sugestão de que os coríntios tivessem escrito acerca da ressurreição, o apóstolo, evidentemente, tinha ouvido relatos de distorções se arraigando na igreja. Alguns até estavam negando a possibilidade da ressurreição (v. 12). Não é de admirar que esse problema tenha existido, pois nada no pano de fundo grego dos convertidos gentios sugere a plausibilidade de uma ressurreição física (conforme At 17:18-32). A minoria judaica na congregação, embora provavelmente aceitasse a doutrina em virtude de seus antecedentes históricos no AT, não estaria em condições de influenciar a maioria dos gentios. A resposta de Paulo, o resultado de convicções inabaláveis e de argumentação lúcida, demonstra a posição de importância fundamental que essa doutrina ocupa na fé cristã. Levando-se em consideração a ressurreição histórica de Cristo (v. 3-11), a sua negação não somente relega o Messias ao túmulo de um mártir, mas torna a fé inútil, o pecado triunfante e a esperança da glória um mito desprezível (v. 12-19). Em termos de verdade objetiva, o Cristo ressurreto dos mortos dá a garantia para a ressurreição humana, a vitória sobre a morte, a subjugação do mal e a capacitação diária para o serviço cristão (v. 20-34). Mas como os mortos ressuscitam? Prevendo dúvidas inevitáveis, o apóstolo, com base na natureza, na história do AT e na revelação cristã, descreve o corpo que um dia existirá (v. 35-58).

1) A ressurreição de Cristo (15:1-11) O Cristo ressurreto era fundamental para o evangelho de Paulo (v. 1-4); estava historicamente comprovado (v. 5-8) e era uniformemente pregado por todos os apóstolos (v. 9-11).
v. 1,2. quero lembrar-lhes: Assim também a ARA e a NTLH. Mas muitos comentaristas preferem o “declarar” ou “tornar conhecido” da VA e RV; assim: “Também vos notifico”, na ARC, sugerindo que esse não é um mero lembrete, mas uma declaração enfática da mensagem revelada originariamente. Observe o uso em G1 1.11: “quero que saibam”. preguei [...] receberam: Os dois aoristos lembram o tempo específico em que eles vieram a crer. no qual estão firmes: Um perfeito, significando a posição já tomada, cujos resultados continuam operantes até o presente, vocês são salvos: Um presente contínuo, destacando a natureza progressiva da salvação deles; conforme 1.18; 2Co 2:15. desde que se apeguem firmemente-. Negar a ressurreição seria abandonar o que Paulo tinha ensinado, pois sem a ressurreição eles teriam acreditado em vão. em vão (eike)\ Sem fundamento. Se a compreensão que tinham do evangelho não os comprometia com a crença na ressurreição, a sua fé não os salvaria. v. 3. Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi-, V.comentário Dt 11:23. O ponto essencial era que a mensagem não constituía invenção de Paulo; ele simplesmente transmitiu a verdade e os fatos que tinham sido confiados a ele.

Cristo morreu-, Uma morte expiatória, pelos nossos pecados-, conforme 2Co 5:21; G1 1.4; He 9:28; He 10:12; 1Pe 2:24; 1Pe 3:18 etc. segundo as Escrituras: Um fato que os discípulos tiveram dificuldade de aceitar no início; conforme Lc 24:26ss; v. At 3:18; Is 53:0; Cl 2:12. ressuscitou: Lit. “foi ressuscitado”. Paulo muda dos verbos no ao-risto para o perfeito, indicando a vida contínua após a ressurreição; conforme Rm 6:9. V. usos semelhantes do perfeito nesse capítulo nos v. 12,13 14:16-17,20. segundo as Escrituras: Is

53:10-12; Sl 16:10. V. tb. Lc 24:46. v. 5-7. Esses versículos dão uma lista limitada das aparições após a ressurreição. Pedro: Lc 24:34aos Doze-, Um termo geral para apóstolos, com a exceção de Judas. Quinhentos irmãos-. Acontecimento não registrado nos Evangelhos, mas o fato de a maioria ainda estar viva na época da composição da carta era uma prova irrefutável. Tiago: Provavelmente o irmão do nosso Senhor, a todos os apóstolos: Pedro é citado como uma referência aos Doze, de modo que os apóstolos que seguem Tiago (pressupondo que ele seja o irmão de Jesus) são uma referência a um círculo um pouco mais amplo de seguidores de Jesus. O uso de “apóstolo” em Paulo é de aplicação bem abrangente; v.comentário Dt 12:28. No que tange a Pedro e Tiago, a informação de Paulo, provavelmente, foi obtida durante a sua visita a Jerusalém descrita em G1 1.18,19.

v. 8. depois destes [gr. “por último”] [...] também a mim: “até a mim” (NEB); uma referência à sua experiência na estrada de Damasco, cuja nitidez nunca se enfraqueceu na sua memória; conforme At 22:6-11; 26:12-18. um que nasceu fora de tempo: Poderia apontar para a brusquidão dramática do seu nascimento espiritual e a maneira extraordinária em que ele se juntou ao grupo apostólico, ou, em concordância com o v. 9, ser um termo insultuoso usado pelos seus inimigos — o aborto de um apóstolo — uma acusação que ele nem mesmo se esforçava em desmentir. Ainda outra sugestão é que a conversão de Paulo (da oposição violenta a Cristo) é uma prefiguração do dia em que todo o Israel o verá, mas que já aconteceu antes do tempo devido, v. 9. sou o menor dos apóstolos e nem sequer mereço...: menor, não na natureza do seu apostolado (cf. 9.1,2; 2Co 11:5; 2Co 12:11,2Co 12:12), mas porque ele perseguiu a igreja de Cristo; conforme lTm 1.15; Ef

3.8. Isso ele também nunca esqueceu; conforme G1 1.13; lTm 1:12-14; At 26:9-11. v. 10. Mas, pela graça de Deus: A indignidade de Paulo serve apenas para realçar a graça soberana. [não foi] inútil (kenos): Vazio, sem resultados. trabalhei mais que todos eles...: Indica a natureza da graça concedida; uma capacitação divina de poder; v. exemplos desse uso nas cartas de Paulo em 3.10; 2Co 9:8; 2Co 12:9; Ef 3:7.

Não foi Paulo, mas a graça de Deus que trabalhou, v. 11. quer [...] eu, quer [...] eles: Independentemente da importância comparativa ou da intensidade da atividade deles, todos os apóstolos pregam (pregamos, presente contínuo) o mesmo evangelho do qual a ressurreição é uma parte inalienável. E nisso os corindos creram (aoristo). Tanto a ressurreição quanto a fé que tinham nela eram fatos históricos.


2) As conseqüências de negar a ressurreição (15:12-19)
A negação da ressurreição dos mortos precisa, inevitavelmente, incluir a negação da ressurreição de Cristo, que, por sua vez, exige a admissão de que os pregadores são falsos, a fé é vã, o pecado permanece e os cristãos que já morreram, na verdade, pereceram. Não há esperança.
v. 12. alguns de vocês-. Provavelmente crentes gentios que, embora aceitassem o conceito grego da imortalidade da alma, não conseguiam aceitar a ressurreição física. Se a ressurreição de Cristo é um fato provado, que nenhum deles negava, é ilógico dizer que não há ressurreição dos mortos, v. 13. nem Cristo ressuscitou-. Visto que eles nunca haviam questionado a ressurreição de Cristo, a argumentação de Paulo revela a inconsistência da afirmação deles. v. 14. é inútil a nossa pregação (kêrygma): kêrygma não se refere ao fato da pregação, mas ao seu conteúdo; conforme 1.21; 2.4. A mensagem é inútil (kenos, como no v. 20): Sem sentido, e, inevitavelmente, também é inútil a sua nessa mensagem, v. 15. seremos considerados (heuriskometha): Com freqüência, usado em juízos morais quando se detectava o verdadeiro caráter de um indivíduo ou a natureza de uma questão; assim “fomos até descobertos como sendo” (Bíblia Ampliada). contra eles testemunhamos-. Aqui kata tou theou (de Deus) de fato pode ser traduzido por “contra Deus” (o seu significado mais comum), como temos aqui na NVI (também a ARA: “temos asseverado contra Deus”), i.e., acusando Deus de ter feito algo que ele não fez. No entanto, provavelmente seja melhor traduzir simplesmente por “a respeito de Deus”, em concordância com a frase anterior: falsas testemunhas de Deus (assim também a ARC: “testificamos de Deus”), v. 17. inútilé a fé-. Certamente esse é o caso se o pecado permanece sem expiação, mataios {inútil)-. Difere pouco de kenos (v. 14), exceto pelo fato de que se ocupa mais com a falta de resultado, e kenos, com a falta de realidade.

em seus pecados-, A libertação depende de Cristo ter ressuscitado dos mortos; conforme Rm 4:24; Rm 6:1-45; Rm 8:24,Rm 8:25lTs 4.13,14), mas, se a ressurreição for negada e não houver nada além da morte, somos, de todos os homens, os mais dignos de compaixão.


3) As conseqüências da ressurreição de Cristo (15:20-28)
Deixando de lado as conclusões terríveis que precisam seguir qualquer doutrina da não-ressurreição, o apóstolo agora alista as conseqüências gloriosas de Cristo ser levantado dos mortos. O homem certamente vai ressuscitar, assim como é certo que todos precisam morrer. E uma questão de ordem: Cristo primeiro; depois, quando ele vier novamente, os que são seus também vão ressuscitar. Como as primícias, ele subjugou a morte; mas agora, como Soberano, ele subjuga todo o mal sob os seus pés, e a morte, o último inimigo, já não pode aterrorizar ninguém. Paulo contempla a última e majestosa cena; a história da terra termina quando o Filho liberta o reino e o entrega ao Pai, e Deus é tudo em todos.
v. 20. Mas de fato Cristo...: O argumento do parágrafo anterior, fundamentado numa premissa falsa (v. 13,14), terminou em tragédia. Paulo agora argumenta com base num fato, um fato que os corindos aceitam, primícias: Que lembram o primeiro feixe de cereal do campo trazido ao templo com ações de graças e oferecido ao Senhor (conforme Lv 23:10ss), uma promessa da colheita completa ainda a ser feita. Outros haviam sido ressuscitados, mas depois morreram novamente. Cristo é as primícias de forma singular, pelo fato de que ele morreu, ressuscitou e está vivo para sempre (Ap 1:18; Rm 6:9) na expectativa dos crentes que dormiram, mas serão ressuscitados com ele para sempre; conforme lTs 4.16,17. v. 21. Visto que a morte veio por meio de um só homem [...] por meio de um só homem: Visto que a questão é desenvolvida a partir do conceito de primeiros frutos, o pensamento sugere unidade de espécie. Esse tema do último Adão é desenvolvido com mais detalhes em Rm 5:12-45. morte. O castigo pelo pecado que resultou da rebeldia de Adão. v. 22. todos morrem [...] todos serão vivificados: A inclusão de todos é determinada pelo contexto. Com freqüência se argumenta que, visto que todos os que estão em Adão, i.e., toda a humanidade, morrem, assim todos os que estão em Cristo, i.e., todos os redimidos, serão vivificados. No entanto, nesse texto Paulo está pensando primordialmente nos que dormiram (v. 18), a quem também o v. 20, provavelmente, é uma referência. Os descrentes que morreram não estão em consideração aqui. Portanto, todos pode ser uma referência aos crentes nas duas orações: todos os que crêem morrem porque estão em Adão, e todos esses serão vivificados porque estão em Cristo. Temos mais apoio para isso no v. 23, em que se afirma a ordem da ressurreição — cada um por sua vez; primeiro Cristo, depois os que são dele. O apóstolo não negaria a ressurreição dos perdidos, mas eles não são mencionados na ordem aqui, pois eles simplesmente não fazem parte do tema de Paulo nesse capítulo.

v. 23. cada um por sua vez (tagmd): Forma cognata de taxis (14.40), uma metáfora militar, sugerindo pelotões aparecendo em ordem e posição adequadas, quando ele vier (parousia): A segunda vinda. A palavra em si é de aplicação geral para qualquer chegada ou presença de um indivíduo, como em 16.17; Fp 2:12; 2Pe 1:16. Quando usado em referência à segunda vinda de Cristo, muitas vezes sugere não simplesmente a chegada, mas a sua presença contínua; conforme Mt 24:3,Mt 24:37lTs 4.15ss; 5.23; 2Ts 2:1,2Ts 2:8; Jc 5:7,Jc 5:8; 2Pe 3:4.

v. 24. Então virá o fim (telos): O fim absoluto — o término da história mundial —, e não uma terceira ordem com a ressurreição dos perdidos; conforme Mt 24:6,Mt 24:14; Mc 13:7; Lc 21:91Pe 4:7. Então dá espaço para um intervalo entre a vinda de Cristo e a consumação final; um período para a destruição de todos os poderes de oposição; um período que culmina no fato de ele entregar o Reino para Deus; conforme 2Ts 1:7-53. quando (hotari): Denota indefinição de tempo, o Reino (basileia): Observe a pregação inicial de Jesus e o seu propósito em estabelecer esse reino, ou soberania; um domínio espiritual (Cl 1:13) não somente na vida do seu povo (Lc 17:21) mas também visível, um reino ainda futuro; conforme Lc 19:1 lss; 21.10ss, especialmente o v. 31. V. tb. 2Tm 4:1. O estado dos descrentes mortos não é mencionado porque aqui Paulo está interessado nas condições que afetam os crentes, v. 27. Porque ele...: Uma referência a Sl 8:6, que é uma alusão à posição de domínio do homem sobre toda a criação. Como o último Adão, Cristo, o homem perfeito, realiza o propósito de Deus no sentido mais sublime possível. He 2:5-58 faz uma exposição semelhante, se diz, provavelmente, é a melhor tradução. (Mas v. a NTLH: “As Escrituras Sagradas dizem”). Outras versões trazem “Ele diz”, indicando ou o salmista falando a

Deus, ou Cristo falando por meio do salmista, i.e., anunciando a subjugação de todas as coisas. v. 28. então o próprio Filho se sujeitará...-. A questão aqui é de função. Assim como o Filho encarnado era submisso ou subordinado ao Pai para efetuar a redenção eterna na sua primeira vinda (conforme Jo 5:19; Jo 8:42; Jo 14:28), e naquele sentido o reconhecia como superior, ao vir de novo uma segunda vez para o cumprimento final dessa comissão, o mesmo relacionamento continua. Com a tarefa concluída, o Redentor, o Mediador do homem, entrega o reino àquele que o enviou. A igualdade e a unidade essenciais deles permanecem; v.comentário Dt 3:23. Deus seja tudo em todos-. Tendo o Filho concluído a sua função mediadora, o Pai agora reina não por meio de Cristo, mas como “soberano imediato do Universo” (Hodge).


4) Argumentos com base nas atividades cristãs (15:29-34)
Com brusquidão típica, Paulo termina a sua argumentação bem fundamentada e agora se volta com paixão evidente para a realidade da experiência diária, como que frustrado pela incapacidade de os corindos compreenderem que a esperança da ressurreição estava por trás de toda palavra de testemunho e do estilo de vida dele. Arriscar a própria vida por Cristo seria loucura completa se os mortos nunca ressuscitassem. O fato de eles rejeitarem a verdade é um pecado que ameaça minar toda a sua experiência cristã.
v. 29. que se batizam pelos mortos-. Uma das frases mais difíceis das Escrituras. Uma das muitas interpretações sugeridas, provavelmente a mais plausível, é a que considera a prática uma forma irregular de batismo, possivelmente por “procuração” ou em substituição (assim Moffatt) por aqueles que morreram sem serem batizados.

Parece que o texto quer dizer isso, pois pelos, “no lugar dos”, é a tradução natural de hyper.

No entanto, esse tipo de batismo não é registrado antes da época de Tertuliano. A óbvia futilidade dessa prática, se os mortos não ressuscitassem, fortaleceria grandemente o argumento de Paulo. Argumentaria ele com base em uma prática tão herética sem condená-la? Ele poderia ter feito isso. Que ele não se identifica com essa prática fica claro com base no uso do pronome aqueles, ao passo que no versículo seguinte ele volta ao pronome nós (RSV: “Eu”). Outros consideram o termo aqui uma referência à prática regular do batismo cristão e traduzem a expressão assim: “com o interesse na ressurreição dos mortos”, i.e., esperando ser ressuscitados. O texto grego não quer dizer isso. Ainda outros sugerem um batismo de sofrimento ou morte, como em Lc 12:50. Além da dificuldade de fazer o texto grego dizer isso, Corinto não era uma igreja perseguida. Grosheide dá uma interpretação que traduz hyper por “acima”, sugerindo que os cristãos em Corinto eram batizados acima dos túmulos dos crentes mortos, assim experimentando a sua unidade em Cristo com eles. Embora esse seja um fenômeno histórico, não há nada que associe a prática com Corinto. O ponto de vista de Crisóstomo de que o batismo em todo caso era pelos mortos, i.e., da pessoa por si mesma como morta em pecado, ilustra como desde os primeiros séculos da igreja esse versículo tem sido um problema constante, v. 30. por que estamos nos expondo a perigos...?-. Um apelo à maneira de viver de Paulo e de seus colegas. Se não há ressurreição, a sua conduta é insensata. Por que jogar a sua vida fora? Cf. Rm 8:36; 2Co 4:11; 2Co 11:23ss. v. 31. pelo orgulho que tenho de vocês-. Uma garantia de que ele está falando a exata verdade, i.e., “tão certo como tenho orgulho de vocês, todos os dias eu morro”. Conforme Moffatt e a NEB. Apesar dos seus defeitos na depravada Corinto, Paulo via nos coríntios muito por que ser grato; conforme 1:4-9; v. tb. 2Co 7:14. Todos os dias enfrento a morte-, Conforme 2Co 1:8-47; 2Co 4:7-47. Cada um deve estar em estado constante de prontidão; conforme Mc 13:32,Mc 13:33Mc 13:37; At 1:7; lTs 4.13ss; Fp 4:5; Rm 13:11,Rm 13:121Co 7:29-46; 1Co 16:22.

v. 52. última trombeta-. A manifestação final de Deus ao homem na sua condição terrena. Ela anunciou a descida do Senhor sobre o Sinai; conforme Êx 19:16; He 12:19. V. tb. Mt 24:31; Ap 11:15. O v. 53 aplica o princípio do v. 50. corruptível e mortal são usados como sinônimos, embora a segunda seja uma palavra mais abrangente, se revista-, Um aoristo indicando a natureza momentânea da mudança; conforme o v. 52. O verbo (endyõ) “sugere que há um elemento contínuo nas novas condições” (Robertson e Plummer). V. 2Co 5:4. v. 54. A referência é a Is 25:8. “A morte foi destruída...”-. O momento da aparição de Cristo, quando a morte for totalmente destruída (conforme v. 26). “... pela vitória"-. Formulação própria de Paulo da expressão hebraica, diferindo da LXX — embora a LXX seguidas vezes formule a expressão dessa maneira em outros textos, e a escolha de Paulo da formulação aqui providencie um elo com vitória em Dn 13:14, citado no versículo seguinte, v. 55. "... 6 morte...”-. De Dn 13:14. sua vitória: Reinou a partir de Adão; conforme Rm 5:14. seu aguilhão-. Retrata a morte como venenosa. As presas de Satanás estão expostas.

(O termo “inferno” [ARC] no lugar do segundo “morte” reflete a variante inferior [hadês] do “Texto Recebido”.) v. 56. O aguilhão da morte ê o pecado-. O pecado causa a morte; conforme Rm 5:12,Rm 5:13,Rm 5:21 etc.

a força do pecado ê a Lei-. Paulo explica isso em Rm 7:4-45. v. 57. a vitória por meio [...] Cristo-, Ele é o fim da lei (Rm 10:4); livre do pecado (1Pe 2:22); vencedor da morte (At

2.24); redentor do seu povo (He 9:28). dá. O particípio presente não somente significa que é a característica de Deus dar a vitória, mas que essa vitória pode ser experimentada continuamente. v. 58. mantenham-se firmes, e que nada os abale-, Conforme 7.37; 16.13; Cl 1:23; uma compreensão sólida do fato da ressurreição vai fortalecer a sua posição e intensificar o incentivo para o serviço; conforme 3.13ss; 15.10; 2Co 9:8. Contraste com isso as versões tradicionais em português: “Sede firmes” (ARA, ARC, ACF).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de I Coríntios Capítulo 15 do versículo 1 até o 34

II. A Certeza da Ressurreição. 1Co 15:1-34.

O problema de Corinto dentro da igreja cristã. Os crentes tinham aceitado a ressurreição, pelo menos a de Cristo; mas sob a influência da filosofia grega, alguns duvidavam da ressurreição física dos cristãos. Portanto, o apóstolo escreveu combatendo a fraqueza doutrinária. Seu método era positivamente claro. Primeiro ele examina a certeza da ressurreição, desenvolvendo a necessária conexão entre a ressurreição de Cristo e a dos crentes (vs. 1Co 15:1-34). Continua depois com um exame de certas objeções (vs. 35 -57). E depois conclui com um apelo (v. 58).


Moody - Comentários de I Coríntios Capítulo 15 do versículo 1 até o 58

1Co 15:1, At 17:32) e que o cristão enfrenta no mundo moderno. James S. Stewart, Professor do Novo Testamento na Universidade de Edimburgo, expôs sucintamente o eterno conflito: "Há vinte séculos que as risadas do Areópago continuam ecoando".


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de I Coríntios Capítulo 15 do versículo 20 até o 34
b) Conseqüências dos fatos (1Co 15:20-46; Ef 4:22-49; Cl 3:8-51). Mais adiante neste capítulo ele volta a este pensamento. Cada um por sua própria ordem (23). Paulo indica uma seqüência nos acontecimentos que leva ao fim (cfr. 1Ts 4:13-52), porém não indica intervalos de tempo. Nos vers. 24-28 ele conduz nossas mentes além das fronteiras do espaço e do tempo para a vitória final de Cristo a culminar em Deus sendo tudo em todos (28). Note-se como o pronome pessoal "ele" nestes versos às vezes se refere a Deus o Pai, outras vezes se refere a Deus o Filho. "Convém que ele (Cristo) reine, até que ele (Deus) haja posto todos os inimigos debaixo dos seus pés (dele, Cristo)... Claro é que (Deus) está excetuado, o qual pôs tudo sob (Cristo)... O próprio Filho se sujeitará a (Deus) que tudo pôs sob (Cristo)". A relação entre Cristo e o Pai, expressa nesta passagem, é do maior valor para nós na formulação da doutrina da Santíssima Trindade. Temos aí uma amostra da "subordinação do Filho" -para usarmos o termo teológico-mas isto não colide de modo algum com a crença na plena deidade de Cristo, o qual participa com o Pai da "substância" da Divindade. A "subordinação" diz respeito ao ofício, não à pessoa. A referência é à obra de Cristo como Redentor e como Rei no reino de Deus. Ele foi designado para essas funções pelo Pai (27). Cfr. 1Co 3:23.

>1Co 15:29

Os que se batizam pelos mortos (29). Esta é uma frase difícil, que tem sido interpretada de muitas maneiras. Alguns vêem aqui referência a um costume local, de pessoas se batizarem vicariamente, em favor de algum parente ou amigo que morrera crente em Cristo, mas sem ter recebido o batismo. Sabe-se que tais batismos houve no segundo século. Entretanto, relacionavam-se principalmente com seitas heréticas, não havendo referência a tal prática nos dias do apóstolo. Se é este o sentido, deve-se notar que Paulo de modo algum se associa a esses batismos, nem seus leitores. Refere-se na terceira pessoa àqueles que praticam esse rito, e seu objetivo é simplesmente mostrar que o que eles ensinam (isto é, negando a ressurreição) está em contradição com o que fazem (visto que os mortos não se aproveitam desse auxílio). Outros explicam interpretando a frase assim: "os que se batizam por causa dos mortos", isto é, como resultado do testemunho que deram enquanto vivos, ou ao morrerem. Então a inconsistência estaria no próprio ato do batismo, e a ênfase seria ao seu simbolismo de morte e ressurreição. Sentido semelhante se obtêm caso suponhamos que neste versículo Paulo está pensando no simbolismo do batismo, e não se está referindo absolutamente aos que morreram fisicamente. A pessoa que se batiza reconhece que está morta com Cristo, e neste sentido o batismo é apenas "pelos mortos" (Cfr. Rm 6:1-45, onde este pensamento é desenvolvido). Segundo este parecer, a frase pelos mortos é aí colocada por Paulo somente porque ele quer fazer, por força, os leitores recordar esse simbolismo.

>1Co 15:31

A esperança da ressurreição também explica a disposição dos cristãos de suportar sofrimentos neste mundo. Dia após dia morro! (31). O corolário, aí implícito, é que ele também, dia após dia, ressurge para a vida. Contraste-se isto com o amanhã morreremos (32) e a concepção materialista e epicurista da vida, que Paulo ironicamente sugere que teríamos de adotar, caso a ressurreição não fosse um fato. Como homem (32); "humanamente falando". Lutei com feras (32). Sem dúvida o sentido aqui é figurado, da feroz oposição que ele enfrentou. No grego a palavra é uma só-"lutar com feras". Más conversações (33). É citação de um poeta grego, Menandro. Ou melhor: "As más companhias corrompem os bons costumes". Reconhecendo bem a natureza corruptora da doutrina que ele está combatendo, Paulo encerra a seção apelando para uma vida justa. Alguns ainda não têm conhecimento de Deus (34), o que é evidência de uma igreja "mesclada" ou confusa.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de I Coríntios Capítulo 15 do versículo 1 até o 58

40. A evidência da ressurreição de Cristo (I Coríntios 15:1-11)

Agora eu faço-vos saber, irmãos, o evangelho que vos anunciei, o qual também recebestes, em que também você está, pelo qual também sois salvos, se retiverdes a palavra que vos anunciei, a menos que você acredita em vão. Transmiti-vos, em primeiro lugar o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e que Ele apareceu a Cefas, e depois aos Doze. Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais permanecem até agora, mas alguns já dormiram; Depois apareceu a Tiago, então a todos os apóstolos; e por último, como se fosse a um abortivo, Ele apareceu também a mim. Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus. Mas pela graça de Deus sou o que sou, e sua graça para comigo não se mostrou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles, não eu, mas a graça de Deus comigo. Então, ou seja eu ou sejam eles, assim pregamos e assim você acreditou. (15: 1-11)

Ao contrário da maioria de 1 Coríntios, capítulo 15 é inteiramente dedicado à doutrina, e uma única doutrina nisso. Nestes 58 versos Paulo dá o mais extenso tratamento da ressurreição em toda a Escritura.

Assim como o coração bombeia o sangue que dá vida a todas as partes do corpo, para que a verdade da ressurreição dá vida a todas as outras áreas da verdade do evangelho. A ressurreição é o pivô sobre o qual todo o cristianismo se vira e sem que nenhuma das outras verdades teriam muito a matéria. Sem a ressurreição, o cristianismo seria muito pensamento positivo, tendo o seu lugar ao lado de todos os outros filosofia humana e da especulação religiosa.

A ressurreição foi o ponto focal de todas as outras verdades Cristo ensinou. Ele ensinou aos seus discípulos que "o Filho do Homem deve sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e os escribas, e ser morto, e depois de três dias ressuscitaria" (Mc 8:31; conforme Mc 9:9). Ele disse: "Eu sou a ressurreição ea vida; quem crê em mim viverá ainda que morra" (Jo 11:25). Os dois primeiros sermões pregados depois de Pentecostes tanto focada na ressurreição de Cristo (Atos 2:14-36; 3: 12-26). Por causa de que a verdade os seguidores de coração partido do rabino crucificado foram transformados em testemunhas corajosas e mártires que, em poucos anos, a difusão do Evangelho em todo o Império Romano e além. A crença na ressurreição, a verdade que esta vida é apenas um prelúdio para a vida por vir para aqueles que confiam em Jesus Cristo, não poderia ser obliterado pelo ridículo, prisão, tortura, ou até mesmo a morte. Sem medo ou pavor nesta vida pode saciar a esperança ea alegria de uma vida assegurada por vir.

O verdadeiro cristianismo do Novo Testamento é uma religião da ressurreição. João Locke, filósofo inglês do século 18, disse: "A ressurreição de Nosso Salvador é realmente de grande importância para o cristianismo, tão grande que o seu ser ou não ser o Messias está em pé ou cai com ele."

Porque é a pedra angular do evangelho, a ressurreição tem sido alvo de grandes ataques de Satanás contra a igreja. Se a ressurreição é eliminada, o poder do Evangelho que dá vida é eliminada, a divindade de Cristo é eliminada, a salvação do pecado é eliminada, e vida eterna é eliminado. "Se a nossa esperança em Cristo só nesta vida, somos de todos os homens os mais dignos de lástima" (1Co 15:19). Se Cristo não ultrapassava a sepultura, aqueles que confiam nEle certamente não pode esperar para fazê-lo.

Sem a salvação ressurreição não poderia ter sido prevista, e sem crença na salvação ressurreição não pode ser recebido. "Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" (Rm 10:9; conforme vv 35-39; 5: 9-10.; 09:23; 1Co 2:7) nos diz que algumas das sementes da queda evangelho em solo raso ou de convivência, e que freqüentemente se parecem com o joio do trigo, mas não são (13 24:30-34 —43). Jesus falou de muitos tipos de peixe capturado na mesma rede, com o bom sendo mantidos eo ser ruim jogado fora (13 47:50). Ele falou de casas sem fundações (7: 24-27), virgens sem óleo para suas lâmpadas, e os servos que desperdiçou os seus talentos e por isso foram "expulsos" (25: 1-30). Ele alertou para portas e caminhos que parecem direito, mas que levam à destruição (7: 13-14).

Alguns dos Corinthians aparentemente tinha intelectualmente e / ou exteriormente reconhecido senhorio, como Salvador, e ressurreição de Jesus, mas não havia confiado nele ou comprometeram-se a Ele.Eles acreditavam apenas como os demônios crêem (Jc 2:19). Eles reconheceram Cristo, mas eles não tinham recebido dEle, não ficar nele, não foram salvos por Ele, e não se apegam a Sua palavra, que Paulo havia pregado a eles. Como Jesus deixou claro nas ilustrações apenas citados acima, muitas pessoas fazem respostas positivas de um tipo ou outro para o evangelho, mas somente a fé genuína no resultado de Jesus Cristo na salvação.

Muitas pessoas têm fé inútil. "Muitos" vai dizer: "Senhor, Senhor", no dia do juízo, mas ser excluído por causa de seu vazio, a fé sham (Mt 7:22-23.; 25: 11-12). Aqueles que abandonam Cristo e Sua igreja provar que eles nunca realmente pertencia a ele ou ao seu verdadeiro corpo (conforme 1Jo 2:19). São aqueles que "permanecerdes na minha palavra", disse Jesus, aqueles que se apegam a palavra, que "são verdadeiramente meus discípulos" (Jo 8:31; conforme 2Co 13:52Co 13:5). A obediência e fidelidade contínua marcar o redimiu.

O fato de que, apesar de sua grande imaturidade e muitas fraquezas, a igreja de Corinto ainda continuou a existir uma forte testemunho do poder do evangelho. Quem, senão o Cristo vivo e ressurreto poderia ter tomado roubadores, ladrões, adúlteros, fornicadores, homossexuais, mentirosos, idólatras, e esses pagãos completamente do mundo e transformou-os em uma comunidade dos redimidos? Apesar de suas falhas e faltas, e apesar da presença de falsos seguidores em sua montagem, Cristo viveu dentro e através dos verdadeiros santos. Paulo tinha vergonha de muito do que eles fizeram e não fizeram, mas ele não tinha vergonha de chamá-los de irmãos .

Embora seja, em grande parte uma prova subjetiva, a resistência da igreja de Jesus Cristo através de 2.000 anos é uma prova de que ele é real ressurreição. Sua igreja e à Sua Palavra sobreviveram ceticismo, a perseguição, heresia, infidelidade e desobediência. Os críticos denunciaram a ressurreição como uma brincadeira e fabricação, mas nunca explicou o poder de um tal de fabricação para produzir homens e mulheres que deram-se tudo, inclusive sua liberdade e vidas, quando necessário; a amar e seguir um Senhor morto! Sua igreja viva é evidência de que o próprio Cristo está vivo; e Ele poderia estar vivo só se Ele tivesse sido ressuscitado dos mortos.

HDA Major, ex-diretor de Ripon Hall, Oxford, escreveu,
Teve a crucificação de Jesus terminou experiência daquele de seus discípulos, é difícil ver como a Igreja Cristã poderia ter vindo à existência. Essa igreja foi fundada na fé em Jesus o Messias. Um Messias crucificado havia Messias em tudo. Ele foi um rejeitado pelo judaísmo e maldito de Deus. Foi a ressurreição de Jesus, como São Paulo declara em Romanos. I 4, que proclamou ser Ele o Filho de Deus com poder ( O Mission e Mensagem de Jesus [New York: Dutton, 1946], p.213).

Historiador da Igreja Kenneth Scott Latourette escreveu em História da Expansão do cristianismo ,

Era a convicção da ressurreição de Jesus, que levantou seus seguidores fora do desespero em que sua morte os lançaram e que levou à perpetuação do movimento iniciado por ele. Mas para sua crença profunda de que o crucificado ressuscitou dos mortos e eles o tinham visto e falado com ele, a morte de Jesus e até mesmo o próprio Jesus teria sido provavelmente esquecido (vol 1 [New York:. Harper & Row 1970 ], p.59).
Um seguidor de Buda escreve desse líder religioso, "Quando Buda morreu foi com esse falecimento absoluta distância em que nada o que ficou." Mohammed morreu em Medina, em 8 de junho de 632, com a idade de 61 anos, e seu túmulo não é visitado anualmente por dezenas de milhares de muçulmanos. Mas eles vêm para chorar a sua morte, não para celebrar sua ressurreição. No entanto, a igreja de Jesus Cristo, não apenas no domingo de Páscoa, mas em todos os serviços do batismo por imersão, celebra a vitória do seu Senhor sobre a morte ea sepultura.

O testemunho da Escritura

Transmiti-vos, em primeiro lugar o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. (15: 3-4)

A segunda evidência da ressurreição de Cristo era o Antigo Testamento, as Escrituras do judaísmo e da igreja primitiva. O Velho Testamento predisse claramente a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo. Quando Paulo diz que eu entregue a você , ele quer dizer que ele trouxe ensinamento autorizado, e não algo de sua própria origem. Ele não projetá-lo, ele só entregou o que Deus havia criado.

Para os dois discípulos no caminho de Emaús, Jesus disse: "homens e tardos de coração ó tolo para acreditar em tudo o que os profetas disseram! Não era necessário que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? ' E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras "(Lucas 24:25-27). Quando os judeus incrédulos pediu um sinal da messianidade de Jesus, Ele respondeu: "Uma geração má e adúltera pede um sinal, e ainda nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas; pois assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do monstro marinho, assim será o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra "(Mat. 12: 39-40).

Em Pentecostes, Pedro citou o Salmo 16 e, em seguida, comentou que Davi, o autor do salmo, "olhou para a frente e falou da ressurreição de Cristo, que ele não era nem abandonado a Hades, nem a sua carne sofrer decadência" (Atos 2:25-31). Paulo proclamou diante do rei Agripa, "E assim, tendo obtido a ajuda de Deus, ainda até ao dia dando testemunho tanto a pequenos e grandes, afirmando nada, mas o que os profetas e Moisés disseram que ia ter lugar, que o Cristo devia sofrer, e que, em virtude da sua ressurreição dos mortos, Ele deve ser o primeiro a anunciar a luz a este povo e aos gentios "(Atos 26:22-23).

Jesus, Pedro e Paulo citou ou referidas tais passagens do Antigo Testamento como Gn 22:8Salmo 16:8-11Salmo 22Isaías 53; e Os 6:2), os dois discípulos no caminho de Emaús (Lc 24:15, Lc 24:31), ou os discípulos reunidos na tarde da Páscoa (João 20:19 —20) reconheceu. Os relatos evangélicos consistentemente falar de Jesus aparecendo ou manifestando-se após a Sua ressurreição (Mt 28:9; Jo 21:1), e o primeiro apóstolo a quem Ele apareceu foi Cefas , ou seja, Pedro. Não nos é dito o tempo exato ou ocasião para que a aparência. Sabemos apenas que foi algum tempo depois de sua aparição a Maria e antes de sua aparição aos dois discípulos na estrada de Emaús (Lc 24:34). Não nos é dito por que o Senhor apareceu a Pedro primeira ou separAdãoente, mas, possivelmente, foi por causa da grande remorso de Pedro sobre ter negado seu Senhor, e por seu papel como um líder entre os apóstolos e na igreja primitiva até o Concílio de Jerusalém (Atos 15). Em indo para Pedro primeiro, Jesus enfatizou Sua graça. Pedro havia abandonado o Senhor, mas o Senhor não tivesse abandonado. Cristo não pareceu Pedro porque Pedro merecia vê-lo mais, mas talvez porque Pedro precisava vê-lo mais. Pedro era o porta-voz do Senhor no dia de Pentecostes e foi crucialmente usado na expansão da igreja por vários anos. Como tal, ele foi testemunha privilegiada para o Cristo ressuscitado.

Aparência de Jesus aos Doze

Jesus apareceu próximo aos doze . Como mencionado acima, Ele apareceu aos onze discípulos (embora ainda muitas vezes referida como "os doze", mesmo antes de Judas foi substituído), como eles estavam com medo reunidos na tarde da Páscoa (Jo 20:19; Lc 24:36).

Os apóstolos colocou a fundação da igreja (Ef 2:20), que desde o início baseou as suas crenças e práticas sobre o seu ensino (At 2:42). Aqueles homens a quem o Senhor utilizados para estabelecer Sua igreja na Terra todos o viram em seu corpo ressuscitado (At 1:22). Eles eram capazes, honestos e confiáveis ​​testemunhas para o evento mais importante da história.

Aparência de Jesus para o Quinhentos

Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez. A qualidade de testemunhas específicos é representado pelos apóstolos, os quais eram conhecidos pelo nome e poderia facilmente ser questionada. A quantidade de testemunhas é visto nos quinhentos irmãos que todos viram o Cristo ressuscitado ao mesmo tempo. Escritura não dá nenhuma indicação de quem eram aquelas pessoas, ou em que Jesus apareceu para eles, mas eles foram certamente bem conhecido na igreja primitiva, e , como os doze, teria sido freqüentemente questionado sobre ter visto o Salvador ressuscitado. Mesmo no momento da escrita de Paulo, mais de duas décadas mais tarde, a maioria das testemunhas ainda estavam vivos. Eles permanecem até agora acrescenta, mas alguns já dormem , ou seja, morreu.

Ao mesmo tempo e no mesmo lugar quinhentas testemunhas viram Jesus vivo depois de sua ressurreição!

Aparência de Jesus para Tiago

Não nos é dito para que Tiago Cristo depois ... apareceu . Dois dos apóstolos, um filho de Zebedeu, e outro filho de Alfeu, foram nomeados Tiago (Marcos 3:17-18). Estou inclinado a acreditar, no entanto, que esta Tiago foi o meio-irmão do Senhor, o autor da carta de Tiago e um dos principais líderes na igreja de Jerusalém (13 44:15-21'>Atos 15:13-21).

Tiago originalmente era um cético. Assim como seus irmãos, ele a princípio não acreditam que Jesus era o Messias (Jo 7:5).

O depoimento de uma testemunha especial

E por último, como se fosse a um abortivo, Ele apareceu também a mim. Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus. Mas pela graça de Deus sou o que sou, e sua graça para comigo não se mostrou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles, não eu, mas a graça de Deus comigo. (15: 8-10)

A quarta maior testemunho da ressurreição de Cristo foi a do próprio apóstolo Paulo, uma testemunha especial e único do Senhor ressuscitado. Paulo não estava entre os apóstolos originais, os quais tinham sido discípulos de Jesus durante Seu ministério terreno. Ele não estava entre os outros quinhentos crentes que tinham visto o Cristo ressurreto. Em vez disso, ele teve durante muitos anos um incrédulo e um chefe de perseguidor da Igreja.
Ele foi, no entanto, o último de todos autorizados a ver o Cristo ressuscitado. A aparência do Senhor a Paulo não só era pós-ressurreição, mas postascension, tornando o testemunho de Paulo mais original ainda. Não foi, durante os 40 dias em que ele apareceu a todos os outros, mas alguns anos depois. Todas as outras pessoas a quem Cristo apareceu, exceto, talvez, Tiago, eram crentes, enquanto que Paulo (então conhecido como Saulo) foi um violento, incrédulo odioso quando o Senhor manifestou-se na estrada de Damasco (Atos 9:1-8). Havia também outras aparições (Atos 18:9-10; At 23:11; conforme 2 Cor 12: 1-7.).

Jesus apareceu a Paulo que fosse até um abortivo . Ektrōma ( abortivo ) normalmente se refere ao aborto, aborto ou parto prematuro vida-a incapaz de se sustentar. Na figura de Paulo, o termo pode indicar falta de esperança para a vida sem a intervenção divina, e transmitir a idéia de que ele nasceu sem esperança de encontrar Cristo. Mas o uso do termo no sentido de um nascimento inoportuna, demasiado cedo ou demasiado tarde, parece se encaixar melhor o pensamento de Paulo. Ele veio tarde demais para ter sido um dos doze. Na realização da idéia de não formado, morto e inútil, o termo também foi usado como um termo de escárnio. Antes de sua conversão, que coincidiu com a sua visão do Senhor ressuscitado, Paulo estava espiritualmente não formado, morto e inútil, uma pessoa a ser desprezada por Deus.Mesmo quando ele nasceu era tempo errado. Cristo tinha ido embora. Como ele poderia ser um apóstolo? No entanto, por disposição divina especial, Ele apareceu também a mim , Paulo testifica.

Embora Paulo nunca duvidou de seu apostolado ou hesitou em usar a autoridade que o escritório trouxe, ele também nunca deixou de se surpreender que, de todas as pessoas, Cristo teria chamado ele para essa posição elevada. Ele não só se considerava o menor dos apóstolos , mas nem mesmo digno de ser chamado apóstolo, porque [ele] persegui a Igreja de Deus.

Paulo sabia de todos os seus pecados foram perdoados, e ele não foi atormentado por sentimentos de culpa sobre o que ele havia feito contra o povo de Deus. Mas ele não podia esquecer que, para o qual havia sido perdoado, e é continuamente lembrou-lhe que pela graça de Deus sou o que sou . Que ele merecia o perdão de Deus tão pouco era um lembrete constante de como graciosamente Sua graça é dada.

É possível que a memória de Paulo de ter perseguido a Igreja de Deus foi uma motivação poderosa para o seu que está sendo determinado que Sua graça não seria vã . (Compare o seu testemunho em 1 Tim. 1: 12-17.) Como está claramente fundamentada no Novo Testamento, Paulo foi capaz de dizer a verdade, eu trabalhei até mais do que todos eles. (Compare seu compromisso como registrado em 2Co 11:12; Colossenses 1:28-29; etc.).

A verdade e poder do Cristo ressuscitado trouxe três grandes mudanças em Paulo. Primeiro foi profundo reconhecimento do pecado. Pela primeira vez ele percebeu o quanto sua vida religiosa externa era de ser internamente deuses. Ele se via como ele realmente era, um inimigo de Deus e perseguidor de sua igreja. Em segundo lugar, ele experimentou uma revolução de caráter. A partir de um perseguidor da Igreja, ele se tornou seu maior defensor. Sua vida foi transformada de uma caracterizada pelo ódio hipócrita para um caracterizado pelo amor de doação. Ele mudou do opressor para servo, a partir imprisoner para libertador, de juiz para um amigo, de um tomador de vida a um doador da vida. Em terceiro lugar, ele experimentou um redirecionamento dramática de energia. Tão zelosamente como ele havia oposição Deus redimiu ele agora serviram.

O Testemunho da mensagem comum

Então, ou seja eu ou sejam eles, assim pregamos e assim você acreditou. (15:11)

O último testemunho da ressurreição de Cristo foi o da mensagem comum de que todo verdadeiro apóstolo, profeta e pastor pregava. Então, ou seja eu ou sejam eles -Pedro, os doze, a quinhentos, Tiago, ou qualquer mais- assim pregamos e para que você acredita . Sem exceção, a pregação e ensino na igreja primitiva centrada na morte, sepultamento e ressurreição de Cristo. Onde quer que Cristo foi pregado e por quem Ele foi pregado, Sua ressurreição foi a mensagem central que foi proclamada. Não houve disputa sobre a verdade ou a importância da doutrina, que dificilmente teria sido o caso se tivesse sido uma invenção.

Com exceção de algumas heresias isolados, a doutrina da ressurreição de Cristo não tem sido questionada dentro da igreja até a nossa era moderna do ceticismo e do humanismo. Cristianismo do Novo Testamento, seja antigo ou moderno, não sabe nada de um evangelho cujo coração não é o Senhor ressuscitado e Salvador, Jesus Cristo.

41. A importância da ressurreição corporal (I Coríntios 15:12-19)

Agora, se Cristo é pregado, que Ele ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós dizer que não há ressurreição dos mortos? Mas se não há ressurreição dos mortos, também Cristo não ressuscitou; E, se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vã a vossa fé também é vã. Além disso, estamos mesmo considerados como falsas testemunhas de Deus, porque nós testemunhamos contra Deus, que ressuscitou a Cristo, a quem Ele não levantou, se de fato os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou; E, se Cristo não ressuscitou, a vossa fé é inútil; você ainda estais nos vossos pecados. Em seguida, também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se a nossa esperança em Cristo só nesta vida, somos de todos os homens os mais dignos de lástima. (15: 12-19)

Como Paulo lembrou-los em versos 1:11, os cristãos de Corinto já acreditava na ressurreição de Cristo, então eles não teria sido cristãos. Essa afirmação da realidade da ressurreição serviu de base para sua argumentação de dois gumes no capítulo 15: Porque Cristo ressuscitou, a ressurreição dentre os mortos, obviamente, é possível; e, por outro lado, a menos que os homens em geral podem ser ressuscitados, Cristo não poderia ter sido levantada. As duas ressurreições permanecer ou cair juntos; não poderia haver uma sem a outra. Além disso, se não há ressurreição, o evangelho é sem sentido e sem valor.
Parece estranho que alguns desses crentes poderia ter aceite uma parte da verdade sem o outro. A causa desta confusão, como de muitos de seus outros problemas, estava na contínua influência das filosofias e religiões pagãs, dos quais muitos deles tinham vindo. O pensamento filosófico e espiritualista do dia de Paulo, assim como em nossa própria, tinha muitas idéias errôneas sobre o que acontece com os seres humanos após a morte.
Algumas religiões têm ensinado sono alma, em que o corpo morre e se desintegra, enquanto a alma ou espírito repousa. Os materialistas acreditam na total extinção, aniquilação total. Nada humano, ou de outra forma física, sobrevive após a morte. Morte termina tudo. Algumas religiões ensinam a reencarnação, em que a alma ou espírito é continuamente reciclado de uma forma para outra, mesmo de humano para animal ou animal para humano. Outros acreditam no que é geralmente descrita como a absorção, em que o espírito, ou pelo menos uma parte do espírito, retorna à sua fonte e é absorvido de volta para a mente divina final ou ser. Essa crença se reflete em uma declaração do filósofo contemporâneo Leslie Weatherhead: "Será que realmente importa se eu estivesse perdido como uma gota de água no oceano, se eu pudesse ser uma partícula brilhando em algum onda gloriosa que quebrou em esplendor absoluto em perfeita beleza, às margens do mar alguns eterna? "
Em todos esses pontos de vista, pessoa humana e individualidade são perdidos para sempre no momento da morte. Tanto Faz; se alguma coisa, sobrevive não é mais uma pessoa, não um indivíduo, não um ser único.

Um princípio básico de grande parte da filosofia grega antiga era o dualismo, um conceito geralmente atribuído a Platão. Dualismo considerado tudo espiritual para ser intrinsecamente bom e tudo física para ser intrinsecamente mau. Para qualquer um que tenha esse ponto de vista a idéia de um corpo ressuscitado era repugnante. Para eles, a própria razão para ir a uma vida após a morte era escapar de todas as coisas físicas. Eles consideravam o corpo de um túmulo ou um cadáver, para que, nesta vida, suas almas foram algemados. Para os gregos, seus corpos foram as últimas coisas que eles gostariam de levar para a próxima vida. Eles acreditavam na imortalidade da alma, mas se opôs fortemente à idéia de uma ressurreição do Paulo tinha experimentado quando ele pregou no Areópago as-corpo: "Agora, quando eles [os filósofos atenienses] ouviu falar da ressurreição dos mortos, alguns começaram zombar "(At 17:32). A visão típica do dualismo foi expressa pelo Seneca: ". Quando chegará o dia em que deve separar esta mistura do divino e do humano aqui, onde eu encontrei, eu vou deixar o meu corpo, e eu vou dar a volta aos deuses"

É possível que até mesmo alguns dos membros judeus da igreja de Corinto duvidou da ressurreição. Apesar do fato de que a ressurreição é ensinado no Antigo Testamento, alguns judeus, tais os saduceus, não acredito nisso.

No antigo livro de Jó, lemos: "Mesmo depois que a minha pele é destruída, mas da minha carne verei a Deus" (19:26;. Conforme Sl 17:15). Visão de Ezequiel dos ossos secos (37: 1-14) retrata a nação restaurada de Israel, mas também sugere a ressurreição corporal do povo de Deus. A previsão de Daniel de ressurreição é claro, falando da ressurreição dos perdidos, bem como dos salvos. "E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, mas os outros à desgraça e desprezo eterno" (Dn 12:2), Ele proclamou a alguns de Seus críticos judeus perto do Mar da Galiléia. Para Marta Ele disse: "Eu sou a ressurreição ea vida; quem crê em mim viverá ainda que morra" (Jo 11:25).

A fundação de ensino apostólico foi que Cristo ressuscitou dos mortos, e que todos os que creram nele também seria levantado. Como Pedro e João estavam pregando em Jerusalém logo após o Pentecostes, "os sacerdotes, o capitão da guarda do templo, e os saduceus, veio sobre eles, sendo muito perturbado, porque eles estavam ensinando o povo e proclamando em Jesus a ressurreição dentre os mortos" (Atos 4:1-2). Paulo havia escrito os tessalonicenses vários anos antes, ele escreveu I Coríntios: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus; e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1Ts 4:16). Ele, sem dúvida, havia ensinado o Corinthians a mesma verdade, e em sua próxima carta a eles, ele diz: "Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará convosco" (2Co 4:14).

Apesar do fato de que a ressurreição dos crentes é ensinado no Velho Testamento, no ensino de Jesus durante Seu ministério terreno, e no ensinamento dos apóstolos, sérias dúvidas sobre ele tinha infectado muitos dos cristãos de Corinto. É essas dúvidas que Paulo contesta vigorosamente em I Coríntios 15.

Seu primeiro argumento é simples e lógico: Agora, se Cristo é pregado, que Ele ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós dizer que não há ressurreição dos mortos? A construção aqui ( ei com o indicativo) implica uma condição isso é verdade. O Corinthians acredita na ressurreição de Cristo (1Co 15:1) e que Ele estava vivo atualmente (enfatizada pelo tempo perfeito de egeirōfoi levantada ). Como, então, eles poderiam logicamente negar a verdade geral da ressurreição? Se Cristo não ressuscitou, ressurreição, obviamente, é possível.

Nos versículos 13:19, o apóstolo demonstra que a ressurreição não é apenas possível, mas essencial para a fé, dando sete consequências desastrosas, quatro teológica e três pessoal, que resultaria se não houvesse ressurreição: (1) Cristo não seria ele ressuscitou ; (2) a pregação do evangelho não teria sentido; (3) a fé em Cristo seria inútil; (4) todas as testemunhas e todos os pregadores da ressurreição seria mentirosos; (5) todos os homens ainda estariam em seus pecados; (6) todos os ex-crentes teria eternamente pereceram; e (7) os cristãos seriam as pessoas mais miseráveis ​​do planeta.

As conseqüências teológicas de haver ressurreição

Mas se não há ressurreição dos mortos, também Cristo não ressuscitou; E, se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vã a vossa fé também é vã. Além disso, estamos mesmo considerados como falsas testemunhas de Deus, porque nós testemunhamos contra Deus, que ressuscitou a Cristo, a quem Ele não levantou, se de fato os mortos não ressuscitam. (15: 13-15)

Cristo não ressuscitou

A primeira e mais óbvia consequência de não haver ressurreição seria que nem mesmo Cristo ressuscitou . "Como alguém deveria facilmente deduzir," Paulo argumenta, "se os mortos não podem subir, Cristo não subir."

É provável que os incrédulos Corinthians ficou em torno desse problema, afirmando que Cristo não era realmente um homem, ou não era plenamente homem. Por causa de sua orientação dualista, como discutido acima, eles assumiram que porque Cristo era divino Ele não poderia ter sido humana, e, portanto, só parecia ser humano. Por conseguinte, ele realmente não morreu, mas só apareceu para morrer.De acordo com este ponto de vista Suas aparições entre a crucificação (uma ilusão) e da ascensão foram simplesmente continuar manifestações que só pareciam estar corporal.

Esse ponto de vista é claro, não pode conciliar com o que os escritores dos evangelhos, Jesus ele mesmo, e os apóstolos ensinaram. Os relatos evangélicos da vida e do ministério terrestre de Jesus são de uma pessoa que era totalmente humano. Ele nasceu de uma mãe humana, e ele comeu, bebeu, dormiu, tornou-se cansado, foi crucificado, foi esfaqueado, sangrou e morreu. Em sua primeira aparição aos doze após a crucificação, Jesus fez questão de ter os discípulos tocá-Lo, a fim de provar que ele não era apenas um espírito, que "não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho." Em seguida, ele pediu algo para comer e, em seguida, "tomou e comeu diante deles" (Lucas 24:39-43).

Em Pentecostes, Pedro proclamou que "Jesus, o Nazareno [era] um homem aprovado por Deus" e que "este homem entregue pelo plano pré-determinado e presciência de Deus, você pregado numa cruz" (Atos 2:22-23) . Mais tarde, na mesma mensagem, ele proclamou que Jesus ainda estava vivo, não apenas em espírito, mas no corpo. Ele falou de Davi de falar "da ressurreição de Cristo, que Ele não era nem abandonou a Hades, nem a sua carne sofrem deterioração este Jesus, Deus ressuscitou." (Atos 2:31-32). Em suas palavras de abertura aos Romanos, Paulo deixa claro que "o evangelho de Deus" para o qual ele foi separado foi "acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne, que foi declarado Filho de Deus com poder, pela ressurreição dentre os mortos "(Rom. 1: 1-4). A ressurreição de Jesus evidenciado tanto Sua humanidade e sua divindade.

Em sua visão a João na ilha de Patmos Cristo declarou: "Eu sou o primeiro eo último, e aquele que vive; e eu estava morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre, e tenho as chaves da morte e do Hades" (Ap . 1: 17-18). Em sua segunda carta João aponta para a importância crucial de acreditar que Jesus nasceu, viveu, morreu e ressuscitou um ser humano: "Porque muitos enganadores têm saído pelo mundo, aqueles que não reconhecem Jesus Cristo veio em . a carne Este é o enganador eo anticristo "(2Jo 1:7), ou com o Servo de Isaías, "tenho trabalhado em vão, eu passei a minha força para nada e vaidade "(Is 49:4).

Se Jesus não ressuscitou dentre os mortos, então o pecado ganhou a vitória sobre Cristo e, portanto, continua a ser vitorioso sobre todos os homens. Se Jesus permaneceu morto, então, quando morremos, nós também permanecerá mortos e condenados. "O salário do pecado é a morte" (Rm 6:23), e se permanecermos mortos, morte e punição eterna são as únicas perspectivas de crente e não crente iguais. O propósito de confiar em Cristo é para o perdão dos pecados, porque é do pecado que precisamos ser salvos. "Cristo morreu pelos nossos pecados" e "foi sepultado, e ... ressuscitou ao terceiro dia" (1 Cor. 15: 3-4). Se Cristo não ressuscitou, a Sua morte foi em vão, a nossa fé n'Ele é em vão, e os nossos pecados ainda são contados contra nós. Ainda estamos mortos em nossos delitos e pecados e permanecerá para sempre espiritualmente mortos e pecaminoso. Se Cristo não ressuscitou, então Ele não trouxe perdão dos pecados ou a salvação ou a reconciliação ou a vida espiritual, seja para agora ou para a eternidade.

Mas Deus fez levantar "Jesus nosso Senhor dentre os mortos, o qual foi entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitou para nossa justificação" (Rom. 4: 24-25). Porque Cristo faz ao vivo, nós também viveremos (Jo 14:19). "O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós matastes, pendurando-o numa cruz. Ele é o único a quem Deus exaltou a Sua mão direita como Príncipe e Salvador, para conceder a Israel o arrependimento e perdão dos pecados "(Atos 5:30-31).

Todos os crentes primeira teria Eternally Perished

Se não há ressurreição, então, também os que dormiram em Cristo estão perdidos . caído no sono , não se refere ao que é muitas vezes chamado de sono da alma, mas era um eufemismo comum para a morte (conforme vv 6, 20; Mt 27:52; 2Pe 3:42Pe 3:4 )

Mas, agora, Cristo ressuscitou dentre os mortos, as primícias dos que dormem. Pois desde que por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos.Pois como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos serão vivificados. Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias, depois que os que são de Cristo, na sua vinda, então virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo domínio, e toda autoridade e poder . Pois Ele deve reinar até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. Pois Ele colocou todas as coisas debaixo dos seus pés. Mas, quando diz: "Todas as coisas lhe estão sujeitas," é evidente que se excetua aquele que colocar todas as coisas em sujeição a Ele. E quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então o próprio Filho também será submetido a daquele que a sujeitou todas as coisas a Ele, para que Deus seja tudo em todos. ( 15: 20-28 )

Teólogo Erich Sauer escreveu: "A época atual é tempo de Páscoa. Ela começa com a ressurreição do Redentor e termina com a ressurreição dos remidos. Entre reside a ressurreição espiritual daqueles que são chamados para a vida através de Cristo. Assim, vivemos entre duas Páscoas e no poder da primeira Páscoa vamos ao encontro da última Páscoa. "

A última Páscoa para que Sauer se refere é, naturalmente, a ressurreição corporal dos salvos. Escritura fala de que a ressurreição dos justos ( Ap 20:6 ; 2 Cor. 5: 1-5 ; Lc 14:14 ; Jo 5:29 ), chamando-o a primeira ressurreição. A segunda é a ressurreição dos ímpios ( Jo 5:29 ). É a primeira ressurreição que Paulo fala em I Coríntios 15 .

O apóstolo lembrou aos coríntios que eles já acreditavam na ressurreição de Cristo ( 15: 1-11 ) e que, logicamente, eles também devem acreditar em sua própria ressurreição e de todos os santos, mencionando sete consequências desastrosas e absurdas que resultaria se não estivessem levantadas ( vv. 12-19 ). Mover-se em versos 20:28 Paulo discute três aspectos da ressurreição dos justos: (1) O Redentor; (2) os remidos; e (3) a restauração. O primeiro e terceiro foco em Cristo; o segundo se concentra em crentes.

O Redentor

Mas, agora, Cristo ressuscitou dentre os mortos, as primícias dos que dormem. Pois desde que por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos.Pois como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos serão vivificados. ( 15: 20-22 )

Primeiro Paulo reafirma a ressurreição de Cristo: Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos , uma verdade que seus leitores já reconhecido e acreditado ( vv 1-2. ). As palavras "e tornar-se", encontradas em algumas traduções (por exemplo, a KJV ), não vêm pela primeira vez no texto original e são enganosas. Cristo não se tornaram os primeiros frutos em algum momento após a sua ressurreição, mas no momento da Sua ressurreição, pelo próprio fato de Sua ressurreição. Seu ser levantada O fez os primeiros frutos de todos os que seriam levantadas.

Antes israelitas colhido suas colheitas eram para trazer uma amostra representativa, chamou os primeiros frutos, aos sacerdotes como oferenda ao Senhor ( Lv 23:10 ). A colheita total não poderia ser feita até foram oferecidos os primeiros frutos. Esse é o ponto da figura de Paulo aqui. A própria ressurreição de Cristo era as primícias da ressurreição "colheita" do acreditando mortos. Em Sua morte e ressurreição, Cristo fez uma oferta de Si mesmo ao Pai em nosso nome.

A importância dos primeiros frutos, no entanto, não só era que precedeu a colheita, mas que eles eram uma primeira parcela da colheita. O fato de que Cristo era o primeiro fruto , portanto, indica que algo mais, ou seja, a colheita do resto da cultura, é a seguir. Em outras palavras, a ressurreição de Cristo não poderia ter sido em isolamento da nossa. Sua ressurreição requer nossa ressurreição, porque a Sua ressurreição foi parte da maior ressurreição de redimidos de Deus.

A ressurreição do qual Paulo fala aqui é a ressurreição permanente. Tanto o Antigo eo Novo Testamento falam de pessoas que morreram e foram milagrosamente trouxe de volta à vida ( 1Rs 17:22 ; 2 Reis 4:34-36 ; 2Rs 13:21 ; Lc 7:15 ; Jo 11:44 ). Mas todas essas pessoas morreram de novo. Mesmo aqueles a quem Jesus levantou-o filho da viúva de Naim, a filha de Jairo, e Lázaro, acabou por morrer novamente. O próprio Cristo, no entanto, foi o primeiro a ser levantada não morre.

Como em 15: 6 , 18 (cf. . Mt 27:52 ; At 7:60 ; 2Pe 3:42Pe 3:4. ; cf. Fp 1:23. mas cujos restos mortais estão na sepultura, aguardando recomposição e ressurreição).

Através de Cristo, como um homem , veio a ressurreição dos mortos , assim como por meio de Adão, o primeiro homem , veio a morte . Argumento de Paulo aqui é que a natureza humana de Jesus estava intimamente envolvido tanto na Sua ressurreição e no nosso. Foi porque Jesus morreu, foi sepultado e ressuscitou como um homem que ele poderia se tornar os primeiros frutos de todos os outros homens que seriam levantados para a glória. Como já mencionado, os primeiros frutos da colheita e eram da mesma cultura.

No versículo 22, Paulo continua a explicar como a grande verdade de um ressurreição de Cristo afeta crentes. A analogia convincente vem do primeiro homem: Pois como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos serão vivificados. Assim como Adão foi o progenitor de todos os que morrem, assim também Cristo é o progenitor de todos os que serão ressuscitados para a vida . Em cada caso, um homem fazendo um ato causou as consequências do ato a ser aplicado a qualquer outra pessoa identificada com ele. Aqueles que são identificados com Adão-cada pessoa que nasceu de-está sujeito à morte por causa de ato pecaminoso de Adão. Da mesma forma, aqueles que são identificados com Cristo a cada pessoa que nasceu de novo nEle-está sujeita a ressurreição para a vida eterna por causa do ato de justiça de Cristo. Em Adão, todos herdamos uma natureza pecaminosa e, portanto, vai morrer . Em Cristo, todos os que crêem Nele ter herdado a vida eterna, e serão vivificados , no corpo, bem como em espírito. "Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim também pela obediência de um só, muitos se tornarão justos" ( Rm 5:19 ).

A partir de inúmeras outras passagens das Escrituras, sabemos que os dois tudo é no versículo 22 , embora parecidos em alguns aspectos, não pode ser igual. Aqueles que tentam ler universalismo nesta passagem deve contradizer aquelas outras passagens que ensinam a reprovação ( Mt 5:29. ; Mt 10:28 ; Mt 25:41 , Mt 25:46 ; Lc 16:23 ; 2Ts 1:92Ts 1:9 ), eo segundo todos , portanto, aplica-se apenas aos salvos. É apenas a todos os companheiros de filhos de Deus e co-herdeiros com Jesus Cristo ( Gl 3:26. , Gl 3:29 ; Gl 4:7 ; Tt 3:7. , Mt 24:42 , Mt 24:44 , Mt 24:50 ; Mt 25:13 ) —quando o Senhor virá para levantar e arrebatar o seu povo e estabelecer o Seu reino. Nós não sabemos o tempo, a geração ou momento específico, mas sabemos que a ordem .

A mais óbvia é que Cristo era primeiro e que a nossa ressurreição vai seguir em Sua vinda . A partir de outras partes da Bíblia, aprendemos que mesmo a "colheita" não vai ser tudo de uma vez, mas terá o seu próprio fim , a sua própria sequência. A primeira ressurreição tem duas partes: a ressurreição de Cristo principais e ressurreição dos crentes. A ressurreição dos crentes, os que são de Cristo , será em três etapas, de acordo com diferentes grupos de crentes.

Inicialmente será a ressurreição da igreja, os fiéis que terá chegado à fé salvadora de Pentecostes ao arrebatamento. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus; e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro "( 1Ts 4:16 ). Eles serão acompanhados por santos vivos para o encontro do Senhor nos ares e subir ao céu.

Em seguida será a ressurreição dos santos da tribulação. Muitos virão a confiar em Cristo durante a Tribulação, que inimaginavelmente horrível sete anos calvário durante o qual muitas pessoas piedosas vai ser condenado à morte por sua fé. No final desse período, no entanto, todos aqueles que vieram à fé em Cristo serão ressuscitados para reinar com Ele durante o Milênio ( Ap 20:4. ). Essa ressurreição, eu acredito, irá ocorrer em simultâneo com a dos santos da tribulação.

Em seguida, durante o reino milenar haverá, necessariamente, ser a ressurreição dos que morrem durante esse tempo. É interessante pensar que eles podem muito bem ser levantada logo que eles morrem, sendo necessário nenhum sepultamento. Faria de morte para um crente durante o Reino nada mais do que uma transformação instantânea em seu corpo e do espírito eterno.

A única ressurreição remanescente será a do injusto, que serão ressuscitados para a condenação e punição eterna no final de mil anos de reinado de Cristo ( Jo 5:29 ). Os salvos terão sido levantados para a vida eterna, mas os incrédulos serão ressuscitados para a morte eterna, a segunda morte ( Ap 21:8 ).

A Restauração

Então virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo domínio, e toda autoridade e poder. Pois Ele deve reinar até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. Pois Ele colocou todas as coisas debaixo dos seus pés. Mas, quando diz: "Todas as coisas lhe estão sujeitas," é evidente que se excetua aquele que colocar todas as coisas em sujeição a Ele. E quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então o próprio Filho também será submetido a daquele que a sujeitou todas as coisas a Ele, para que Deus seja tudo em todos. ( 15: 24-28 )

O terceiro aspecto do plano de ressurreição que Paulo discute aqui é o que pode ser chamado de restauração. O apóstolo resume algumas das coisas que vão acontecer nos últimos tempos.

Em seguida ( eita , "depois disso") pode implicar um intervalo de tempo entre a ressurreição, na sua vinda e no estabelecimento de Seu reino. Isso coincide com o ensinamento de nosso Senhor em Mateus 24 e 25 , onde Ele fala de todos os sinais que precederão o Seu reino, até mesmo o sinal do Filho do Homem no céu e ao ajuntamento dos eleitos ( 24: 30— 31 ).

Telos ( final ), não só pode referir-se ao que é final, mas também ao que é concluída, consumado, ou cumprido. No culminar final dos tempos, quando ele entregar o reino a Deus, Pai , todas as coisas serão restauradas como foram originalmente projetado e criado por Deus para ser. No final, vai ser como era no começo. Pecado haverá mais, e Deus reinará suprema, sem inimigo e sem contestação. Isso nos dá uma grande visão sobre o plano de redenção divina. Aqui é o ponto culminante: Cristo transforma o mundo restaurado para Deus, Seu Pai, que o enviou para recuperá-lo.

Ato final de Cristo será conquistar permanentemente todos os inimigo de Deus, cada alegando regra e autoridade e poder . Eles vão sempre ser abolida, nunca de existir mais, nunca mais se opor a Deus ou de enganar, iludir, ou ameaçar o seu povo ou qualquer corrupção de Sua criação.

Este ato final de Cristo, o giro sobre o mundo ao Pai, serão trabalhados ao longo do período de mil anos, durante o reinado milenar de Cristo na terra. Como forma vívida e dramaticamente retratada nos símbolos e as declarações de Apocalipse 5:20 , Cristo levará de volta a Ele a terra que Ele criou e que é legitimamente seu. A cena do Apocalipse 5 descreve o Filho legítimo de tomar posse do título de propriedade da terra, o Seu sair para levá-la de volta do usurpador para apresentá-lo ao Pai. Ao fazer isso ele vai acabar com todas as rebeliões e subjugar todos os inimigos. Ele deve reinar até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus pés . É necessário que Ele para governar.

A figura de colocar os seus inimigos debaixo dos seus pés vem da prática comum nos tempos antigos de reis e imperadores sempre sentado entronizado acima dos seus assuntos, de modo que quando os sujeitos se curvou eles foram literalmente abaixo, ou inferior; do que os pés do soberano. Com os inimigos, um rei, muitas vezes literalmente colocar o pé no pescoço do rei conquistado ou geral, que simboliza a submissão total do inimigo. Em Seu reino milenar, todos de Cristo inimigos serão colocados sob a sua sujeição, debaixo de seus pés , para que o plano soberano de Deus seja cumprida.

Durante o Milênio não rebelião aberta será tolerado, mas ainda haverá rebeldia nos corações dos inimigos de Cristo. Porque os seus inimigos não vai se submeter a Ele por sua vontade, Ele terá de "governar com uma vara ou de ferro" ( Ap 19:15 ). Mas eles serão governados . No final dos mil anos, Satanás será desencadeada por um período breve para liderar uma insurreição final contra Deus e Seu reino ( 20: 7-9 ), depois que ele, com todos os que pertencem a ele, será banido para o inferno, a sofrer eternamente no lago de fogo ( Ap 20:10-15 ).

O último inimigo , tanto de Deus e do homem, é a morte , o que, com todos os outros inimigos, será abolido . Cristo quebrou o poder de Satanás, "o que tinha o poder da morte" ( He 2:14 ), na cruz, mas Satanás e da morte não será permanentemente suprimidos até o final do Milênio. A vitória foi conquistada no Calvário, mas a paz eterna e justiça que que garante a vitória não será consumado e concluído até os inimigos que foram conquistados também são banidos e abolido . Então, Seu trabalho final que tem sido realizado, Cristo entregar o reino ao Deus e Pai .

Quando Ele tomou a designação de salvação do Pai, Cristo veio à Terra como um bebê, e viveu e cresceu como um homem entre os homens. Ele ensinou, pregou, curou e fez obras miraculosas. Ele morreu, foi sepultado, ressuscitou e ascendeu ao Pai, onde Ele agora intercede por aqueles que são Dele. Quando Ele voltar, Ele vai lutar, conquistar, regra geral, juiz, e, em seguida, como Seu último trabalho em nome do Pai, para sempre subjugar e finalmente julgar todos os inimigos de Deus ( Apocalipse 20:11-15 ), re-criar a terra e céus ( Ap 21:1-2 ), e, finalmente, entregar o reino ao Deus e Pai .

reino que Cristo oferece-se será um ambiente habitado pelo redimiu Seu povo redimido, aqueles que se tornaram temas eternos do reino eterno através da fé Nele. À luz do grande argumento de Paulo neste capítulo, é óbvio que o seu ponto aqui é que, se não houvesse ressurreição, não haveria temas para o reino eterno de Deus; e não haveria Senhor para governar. A menos que ele e eles foram criados, todo o povo de Deus, eventualmente, iria morrer, e que seria o fim, o fim deles e no final do reino. Mas a Escritura nos assegura que "o seu reino não terá fim" ( Lc 1:33 ), e ele e seus súditos não terá fim.

Para que nenhum de seus leitores entendam mal, Paulo passa a explicar o óbvio: Mas, quando diz: "Todas as coisas lhe estão sujeitas," é evidente que se excetua aquele que colocar todas as coisas em sujeição a Ele. Deus Pai é o exceção que não será sujeita a Cristo, pois é o Pai, que deu o poder e autoridade ao Filho ( 28:18 Matt. ; Jo 5:27 ), e quem o filho fiel e perfeitamente servido.

Desde o momento da sua encarnação, até o momento em que Ele apresenta o reino ao Pai, Cristo está no papel de servo, cumprindo Sua tarefa divina que lhe forem atribuídas por seu pai. Mas quando esse trabalho final é realizada, Ele assumirá Seu antigo, cheio, glorioso lugar na harmonia perfeita da Trindade. E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então o próprio Filho também será submetido a daquele que a sujeitou todas as coisas a Ele, para que Deus seja tudo em todos. Cristo continuará a reinar, porque o Seu reino é eterno ( Ap 11:15 ), mas Ele reinará com o Pai em glória trinitária, sujeito à Trinity dessa forma eternamente projetado por Ele.

Quando Deus criou o homem, Ele o fez perfeito, justo, bom, e subserviente. No Outono, esta criatura suprema de Deus, junto com todo o resto de sua criação, foi corrompido e arruinado. Mas os novos homens que ele cria através do Seu Filho nunca será corrompido ou em ruínas. Eles serão levantados para viver e reinar eternamente em Seu reino eterno com Seu Filho eterno.



43. Incentivos a ressurreição ( I Coríntios 15:29-34 )

Caso contrário, que farão os que se batizam pelos mortos? Se os mortos não ressuscitam, por que então se batizam por eles? por que estamos também em perigo a toda hora? Eu protesto, irmãos, pela glória que de vós, que eu tenho em Cristo Jesus nosso Senhor, que morro todos os dias. Se por motivos humanos Eu lutei com feras em Éfeso, o que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, porque amanhã morreremos. Não se deixe enganar: "As más companhias corrompem os bons costumes". Torne-se sóbrio como deveria, e parar de pecar; para alguns ainda não têm conhecimento de Deus. Digo-o para vergonha vossa. ( 15: 29-34 )

Quando os saduceus, que não acreditavam na ressurreição, Jesus perguntou a zombaria e pergunta insincera sobre cuja esposa uma certa mulher seria na ressurreição, Ele primeiro disse-lhes que eles entendiam nem as Escrituras nem o poder de Deus. Depois de declarar que não há casamento no céu, Ele continuou: "Mas a respeito da ressurreição dos mortos, não lestes o que foi dito por Deus, dizendo: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, ? e Deus de Jacó 'Ele não é o Deus dos mortos, mas dos vivos "( Mt 22:23-32. ; Ex 3:6 ; etc.). Esse é o ensinamento repetida e consistente, tanto do Antigo e Novo Testamentos. Citando Gn 15:6. ). Ninguém é salvo por pessoas batismo nem mesmo viver, muito menos mortos queridos. "É aos homens está ordenado morrerem uma só vez e depois disso o juízo" ( He 9:27 ). A morte termina toda oportunidade para a salvação e para a ajuda espiritual de qualquer espécie.

No batismo do Novo Testamento está intimamente associada com a salvação, da qual é um testemunho externo. Embora uma pessoa não tem que ser batizado para ser um cristão, ele tem que ser batizado para ser um cristão-obediente com a exceção óbvia de um crente que não tem oportunidade de ser batizado antes da morte. O batismo é uma parte integrante da Grande Comissão de Cristo ( Mt 28:19 ). Na igreja primitiva uma pessoa que foi salva foi assumida como foram batizados; e uma pessoa não foi batizado, a menos que a igreja estava satisfeito, ele foi salvo. Para perguntar, então, se uma pessoa foi batizado, foi equivalente a perguntar se ele foi salvo.

Se assumirmos que Paulo estava usando o termo batizado nesse sentido, então aqueles que são batizados ... poderia se referir àqueles que estavam dando testemunho de que eles eram cristãos. Em outras palavras, ele estava simplesmente referindo-se aos crentes sob o título de aqueles que são batizados , não a algum ato especial de batismo. Os mortos também pode referir-se aos cristãos, aos crentes falecidos cujas vidas foram um testemunho convincente que conduz à salvação do batizado . Esta parece ser uma visão razoável de que não faz injustiça ao texto ou contexto.

O grego huper , traduzido para no versículo 29 , tem uma dúzia ou mais significados e nuances de significado, inclusive "para", "acima", "sobre", "do outro lado", "além de", "em nome de", "em vez de "," por causa de, "e", em referência a "-Dependendo estrutura gramatical e contexto. Embora para é uma tradução perfeitamente legítimo aqui, à luz do contexto e de ensino claro de Paulo em outros lugares, "por causa da" também poderia ser uma boa prestação.

À luz do que o raciocínio e interpretação, poderíamos supor que Paulo pode ter sido simplesmente dizendo que as pessoas estavam sendo salvos (o batismo é o sinal) por causa das vidas exemplares e testemunho dos crentes fiéis que tinham morrido. Se esta é a interpretação correta desse versículo não podemos ter certeza, mas podemos estar certos de que as pessoas muitas vezes vêm para a salvação por causa do testemunho daqueles a quem eles desejam emular.
Alguns anos atrás, um jovem em nossa igreja foi informado pelos médicos que ele tinha apenas um curto período de tempo para viver. Sua resposta não foi um dos arrependimento ou amargura, mas de alegria com a perspectiva de em breve estar com seu Salvador. Por causa de sua fé confiante e contentamento em face da morte, uma pessoa que eu conheço, e talvez mais, chegou a um conhecimento salvífico de Cristo.
Durante a guerra russo-finlandesa sete soldados russos capturados foram condenados à morte pelo exército finlandês. A noite antes de serem a ser filmado, um dos soldados começou a cantar "Safe nos braços de Jesus." Perguntado por que ele estava cantando essa canção, ele respondeu entre lágrimas que ele tinha ouvido cantada por um grupo de "soldados" do Exército de Salvação apenas três semanas antes. Como um menino que ouviu sua mãe falar e cantar de Jesus muitas vezes, mas não aceitaria seu Salvador. Na noite anterior, enquanto ele estava deitado contemplando sua execução, ele teve uma visão do rosto de sua mãe, que lhe lembrava o hino que ele tinha ouvido recentemente. As palavras da canção e versículos da Bíblia que ele tinha ouvido falar há muito tempo veio a sua mente. Ele testemunhou perante seus companheiros de prisão e seus captores que ele tinha orado por Cristo para perdoar os seus pecados e purificar a sua alma e torná-lo pronto para estar diante de Deus. Todos os homens, prisioneiros e guardas da mesma forma, ficaram profundamente comovidos, ea maioria passou a noite orando, chorando, falando de coisas espirituais, e cantando hinos. Na parte da manhã, pouco antes da sete foram baleados, eles pediram para ser capaz de cantar mais uma vez "Safe nos braços de Jesus", que eles foram autorizados a fazer.
Pelo menos um outro dos soldados russos haviam confessado Cristo durante a noite. Além disso, o oficial finlandesa responsável disse: "O que aconteceu nos corações dos outros eu não sei, mas ... Eu era um novo homem a partir daquele momento. Eu tinha conhecido Cristo em um dos seus discípulos mais jovens e mais bonitas, e eu mal visto o suficiente para perceber que eu também poderia ser sua. "

Pode ser que as primeiras sementes da fé foram plantadas no próprio coração de Paulo pelo testemunho de Estêvão, cuja morte o jovem Paulo (então Saul) testemunhou e cujo confiante e amoroso morrendo depoimento que ouviu ( Atos 7:59-8: 1 ) .

Em 1Co 15:29 Paulo pode estar afirmando a verdade que os cristãos que enfrentam a morte com alegria e esperança são um poderoso testemunho. A perspectiva de vida eterna, da vida de ressurreição, de reencontro com os entes queridos, é um forte motivo para as pessoas a ouvir e aceitar o evangelho. A ressurreição é uma das maiores garantias de que Deus dá àqueles que confiam em Seu Filho. Para aqueles que acreditam em Jesus Cristo, a sepultura não é o fim. Na morte, o espírito não são absorvidos de volta em alguma mente cósmica divina. Quando morremos vamos ir imediatamente para estar com o Senhor, como um indivíduo, estar pessoal. Não só isso, mas um dia os nossos corpos glorificados vai reunir os nossos espíritos, e viveremos como um todo, completou seres humanos ao longo da toda a eternidade com todos os que amaram e adoraram a Deus.

Outra maneira pela qual o crente mortos são utilizados como um meio de salvação é através da esperança de reencontro. Muitos crentes têm sido atraídos para o Salvador por causa de um forte desejo de se unir com um ente querido que se foi para estar com o Senhor. Eu nunca ter levado um serviço fúnebre em que eu não fiz esse apelo. Eu já vi um marido que não viria a Cristo até que sua esposa morreu.Porque ele não podia suportar a idéia de não vê-la novamente, comprometendo a sua própria vida e da eternidade nas mãos d'Aquele que sabia era seu Senhor tornou-se mais atraente. Vi crianças vir a Cristo depois da morte de sua mãe, motivada em parte pelo desejo de um dia para se unir com ela. O que ela suplicando e orando não podia fazer, a morte dela realizado.

Também é verdade, é claro, que a ressurreição estende grande esperança reunião para aqueles que já são crentes. A esperança que sustentou Davi após a morte de seu filho recém-nascido foi que, embora "ela não voltará para mim", "Eu irei a ela" ( 2Sm 12:23 ). Davi sabia que ele um dia e seu filho iria se reencontrar.

Talvez confuso por alguns de a mesma filosofia pagã que assolou a igreja de Corinto, os crentes de Tessalônica estavam preocupados, porque eles achavam que seu acreditando entes queridos e amigos que haviam morrido de alguma forma, não tinham perspectiva de uma vida futura. "Mas nós não queremos que vocês sejam ignorantes, irmãos, sobre aqueles que estão dormindo", escreveu Paulo-los ", para que não se entristeçam como os outros que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou , mesmo assim, Deus vai trazer com ele, aqueles que dormem em Jesus "( 13 52:4-14'>I Tessalonicenses 4:13-14. ). "Como você," Ele estava assegurando-lhes, "eles serão ressuscitados, e todos vocês serão reunidos pelo Senhor quando Ele voltar."

Se não há ressurreição, nem esperança de uma vida futura, Paulo perguntou: por que as pessoas estão vindo a Cristo por causa do testemunho de crentes que já morreram? eles Se os mortos não ressuscitam, por que então são [muitos presentes cristãos] batizam [tornar-se crentes por causa do testemunho de] eles [os crentes fiéis defuntos]?

Um incentivo para Serviço

Por que estamos também em perigo a toda hora? Eu protesto, irmãos, pela glória que de vós, que eu tenho em Cristo Jesus nosso Senhor, que morro todos os dias. Se por motivos humanos Eu lutei com feras em Éfeso, o que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, porque amanhã morreremos. ( 15: 30-32 )

O segundo incentivo que a esperança da ressurreição dá é que para o serviço. Por que, de outra forma, seria crentes resistir e sacrifício tanto? Se esta vida fosse o fim, qual seria a razão de Paulo e que é o outro dos apóstolos em perigo a toda hora?

Se não houvesse ressurreição dos crentes mortos, em seguida, sofrendo e morrendo por causa do evangelho seria masoquista, sofrendo por causa do sofrimento. Como Paulo já havia apontado, "Se a nossa esperança em Cristo só nesta vida, somos de todos os homens os mais dignos de lástima" ( 15:19 ).

A única coisa que faz com que os cristãos dispostos a trabalhar duro, disposto a sofrer, disposto a ser abusado e ridicularizado, dispostos a suportar na obra de Cristo é que a própria obra acabada supremo de Cristo, a redenção dos pecadores, vai durar passado vida presente (cf. Rm 8:18 ). Qual seria o propósito do sofrimento de Cristo, se nós nunca vê-Lo face a face? Qual seria o propósito de ganhar outros para Cristo, se eles nunca iria vê-Lo face a face? Onde seria a boa notícia de tal evangelho? Onde seria o incentivo para a pregação ou acreditar tal evangelho?

Por que fazer essa vida miserável, se esta vida é tudo o que há? Por estar em perigo a cada hora, se não temos a segurança de olhar para frente? Por que morrem diariamente, ou seja, arriscar sua vida no ministério abnegado, se a morte acaba com tudo isso? Eu protesto, Paulo diz com veemência: "Você que negam a ressurreição fazer uma confusão de serviço cristão. Nada faz sentido se não há ressurreição."Se a ressurreição de Cristo na manhã de Páscoa foi a única ressurreição, como alguns do Corinthians acredita, então a sua elevação havia nenhuma vitória para nós. Ele não teria vencido a morte, mas só fez a morte de um maior zombaria para aqueles que depositam sua confiança nEle.

Se por motivos humanos Eu lutei com feras em Éfeso, o que me aproveita isso? Que motivos humano poderia Paulo tiveram por arriscar continuamente a sua segurança e de sua vida? Nós não podemos ter certeza de que Paulo lutou feras literais em Éfeso, mas parece perfeitamente possível que este era o caso, e esta interpretação é apoiada pela tradição. Pode ser que Paulo estava falando metaforicamente da multidão selvagem de Efésios que foi incitado contra ele pelo ourives Demétrio ( Atos 19:23-34 ). Em qualquer caso, ele estava falando de uma de suas muitas experiências, com risco de vida perigosas.

Por que ele teria sofrido disso, ele estava dizendo, e continuaram a suportar essas coisas, se o seu único propósito e única esperança era meramente humano e temporário? Se vivermos apenas para morrer e permanecer morto, faz mais sentido dizer, comamos e bebamos, pois amanhã morreremos-a citação direta de Is 22:13 que refletia a visão desesperada e hedonista dos israelitas apóstatas. Reflete também a futilidade sombrio repetidamente expressa em Eclesiastes: "'! Vaidade das vaidades tudo é vaidade" Que vantagem tem o homem em toda a sua obra que ele faz debaixo do sol? " ( Eccles. 1: 2-3 ).

O historiador grego Heródoto fala de um costume interessante dos egípcios. "Em reuniões sociais entre os ricos, quando o banquete foi terminado, um servo, muitas vezes levar em torno de entre os convidados de um caixão, em que era uma imagem de madeira de um cadáver esculpido e pintado para parecer uma pessoa morta tanto quanto possível. O servo iria mostrá-lo a cada um dos convidados e dizia: 'Gaze aqui e beber e ser feliz, pois quando você morrer como você deve ser. "
Se esta vida é tudo que existe, por que o sensual não governar? Por que não pegar tudo o que podemos, fazer tudo o que pudermos, viver isso tudo o que pudermos? Se morrermos apenas permanecer morto, o hedonismo faz todo o sentido.
O que não faz sentido é o auto-sacrifício divino daqueles "que, pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, ... vagando desertos e montanhas e cavernas e buracos no chão "( Heb. 11: 33-34 , He 11:38 ). A sua esperança de que "eles podem obter uma melhor ressurreição" ( v. 35 ) teria sido fútil e vazia.

"Jesus, autor e consumador da fé, ... para o gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus" ( He 12:2)

Mas alguém dirá: "Como ressuscitam os mortos? E com que tipo de corpo vêm?" Seu tolo! Aquilo que você semeia não vem para a vida, a menos que ele morre; e aquilo que você semear, você não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como de trigo ou de qualquer outra coisa. Mas Deus lhe dá um corpo assim como ele desejava, e para cada uma das sementes um corpo próprio. Nem toda carne é uma mesma carne, mas uma é a carne dos homens, e outra a carne dos animais, e outra a carne de aves, e outra de peixe.Também há corpos celestes e corpos terrestres, mas a glória do celeste é uma, e a glória do terrestre é outra. Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere de estrela em glória. Assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se corpo perecível, ressuscita um corpo imperecível; Semeia-se em desonra, ressuscita em glória; Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder; Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há um corpo natural, há também corpo espiritual. Assim também está escrito: "O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente." O último Adão, espírito vivificante. No entanto, o espiritual não é o primeiro, mas o natural; depois o espiritual.O primeiro homem a partir da terra, da terra; o segundo homem é do céu. Qual o terreno, assim também são aqueles que são da terra; e, qual o celestial, assim também são aqueles que são celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno, traremos também a imagem do celestial. (15: 35-49)

O primeiro grande problema Paulo trata no capítulo 15 é a negação da ressurreição geral. Algumas das Corinthians, se tivessem aceitado a verdade da ressurreição de Cristo, se recusou a acreditar que outros homens seria ou poderia ser ressuscitada. Os versículos 12:34 mostrar o erro e perigos de tal negação. Agora o apóstolo lida com outra questão problemática, que é realmente uma parte da primeira, ou seja, a questão de como poderia ser possível uma ressurreição geral. A idéia de ressuscitar toda a raça humana parece inconcebível devido à sua complexidade e à potência demandada para realizá-lo.

Mas alguém dirá: "Como ressuscitam os mortos? E com que tipo de corpo vêm?" (15:35)

Aqueles em Corinto que negavam a ressurreição fez isso principalmente por causa da influência da filosofia gnóstica, que considerou que o corpo seja inerentemente mau e apenas o espírito para ser bom.Eles, portanto, acreditava que a ressurreição do corpo é indesejável. Paulo agora desafia a idéia de que a ressurreição também é impossível. "Supondo", eles argumentaram, "que a ressurreição era uma coisa boa, como isso poderia acontecer?"

Parte do problema alguns gregos tinham pode ter sido feita com base em uma falsa visão da ressurreição ensinada por muitos rabinos da época. Por interpretando mal passagens como 19:26 ("No entanto, desde a minha carne verei a Deus"), concluíram que corpos ressuscitados serão idênticas às coisas terrenas corpos em todos os sentidos. O escritor do livro apócrifo judeu de Baruch escreveu, por exemplo, que "a terra e depois [na ressurreição] seguramente restaurar os mortos, que não fará nenhuma mudança na forma, mas como ele recebeu por isso deve restaurar." Para os gnósticos, que fez vista ressurreição parecem ainda menos desejável e possível.

Mas por que alguém que reconhece um Deus criador pensar Seus corpos restaurando, de qualquer forma, seria mais difícil para ele do que fazê-los em primeiro lugar? Como Paulo pediu diante do rei Agripa, "Por que é considerado incrível entre vocês, pessoas que Deus ressuscite os mortos?" (At 26:8, Lc 24:31, Lc 24:36; Jo 20:19; etc.). Em Seu corpo terreno Ele tinha feito nenhuma dessas coisas. Ressurreição mudou o corpo de Jesus de maneira maravilhosa e radicais, e no Seu retorno todos os corpos ressuscitados serão mudados maravilhosamente e radicalmente.

Continuidade

Em terceiro lugar, apesar das diferenças, existe no entanto uma continuidade entre o velho eo novo. Mas Deus lhe dá um corpo assim como ele desejava, e para cada uma das sementes um corpo próprio. As mudanças de sementes radicalmente, mas continua como a mesma forma de vida. A semente de trigo não se torne cevada, e uma semente de linho não se torne milho. Deus deu a cada tipo de semente um corpo próprio, cuja identidade continua na planta adulta.

Depois que Jesus ressuscitou, ninguém o reconheceu a menos que Ele Se revelou a eles. Mas, uma vez revelado, Ele era reconhecível. Os discípulos sabiam Seu rosto, e eles reconheceram Seu lado ferido e Suas mãos furadas. De forma semelhante, os nossos corpos ressuscitados como crentes terão uma continuidade com os corpos que temos agora. Nossos corpos vão morrer e eles vão mudar de forma, mas eles ainda serão nossos corpos. Certamente, não é muito difícil de acreditar que o Deus que tem trabalhado este processo diariamente através dos séculos em Sua criação das plantas, pode fazê-lo com os homens.

A forma de corpos Ressurreição

Nem toda carne é uma mesma carne, mas uma é a carne dos homens, e outra a carne dos animais, e outra a carne de aves, e outra de peixe. Também há corpos celestes e corpos terrestres, mas a glória do celeste é uma, e a glória do terrestre é outra. Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere de estrela em glória. Assim também é a ressurreição dos mortos. (15: 39-42a)

Estes versos expandir ponto anterior de Paulo de que nossos corpos ressuscitados serão diferentes dos nossos corpos terrestres. Vendo as enormes diferenças de criação de Deus, não devemos questionar Sua capacidade de criar organismos que são diferentes e ainda continua.

Nem toda carne é a mesma carne indica a incrível variedade de corpos terrestres que Deus fez. Basta olhar à nossa volta para ver a variedade quase infinita de seres criados e coisas. No mundo biológico a carne dos homens é absolutamente distinta da carne dos animais , a carne de aves , ea carne de peixe . Toda a carne não é do mesmo tipo.

Eu li que há cerca de seiscentos octodecillion diferentes combinações de aminoácidos. Um octodecillion é 10 elevado à potência 108, ou 1 seguido de 108 zeros. Os aminoácidos são os blocos de construção de toda a vida. Não só cada tipo de vida vegetal e animal tem um padrão distinto de aminoácidos, mas cada planta, animal e ser humano tem o seu próprio agrupamento exclusivo deles. Não há duas flores, flocos de neve, sementes, folhas de grama, ou seres humanos, mesmo gêmeos idênticos-são exatamente iguais. No entanto, cada um é completamente identificado com sua própria espécie ou tipo.
Esses dois fatos tornam uma das mais fortes evidências científicas contra a evolução. Não importa o que podemos comer, não importa o quão especializada ou desequilibrada nossa dieta pode ser, e não importa o que o nosso ambiente pode ser, nunca vai mudar para uma outra forma de vida. Podemos nos tornar mais saudável ou mais doente, mais pesado ou mais leve; mas nunca vai ser nada, mas um ser humano e nunca qualquer ser humano, mas o que são. Os códigos biológicos são vinculativas e único. Não há nenhuma prova científica repetível ou demonstrável que uma forma de vida mudou ou poderia mudar para outro.

Também há corpos celestiais, que, obviamente, diferem muito de corpos terrestres em glória , ou seja, na natureza, manifestação e forma. Não são apenas os corpos celestes muito diferentes do terreno;eles são muito diferentes uns dos outros. O sol é muito diferente da lua , e ambos são diferentes das estrelas . De astronomia sabemos que muitos dos que normalmente são chamados de estrelas, na verdade, são os planetas e, portanto, semelhante ao da Terra e da Lua, e que as verdadeiras estrelas são eles próprios sóis. Mas Paulo estava falando do ponto de vista de observação humana normal, não do ponto de vista da ciência. A partir de qualquer ponto de vista, no entanto, seu ponto básico é verdade. As estrelas gerar sua própria luz, enquanto os planetas e luas apenas refletem a luz produzida pelas estrelas. Dessa forma os dois tipos de corpos celestes são muito diferentes em glória , ou seja, em caráter e manifestação.

Mesmo estrela difere de estrela em glória . Donald Peattie tem escrito,

Como flores, as estrelas têm suas próprias cores. Na sua primeira olhar para cima tudo brilho branco como cristais de gelo, mas só fora um presente e que, para observação e você vai encontrar um espectro sutil nas estrelas. A qualidade de suas luzes é determinado por suas temperaturas. No céu dezembro você vai ver Aldebaran como rosa pálido, Rigel como branco azulado e Betelgeuse laranja para topázio amarelo.
Cada estrela é diferente, assim como cada planta é diferente, cada animal é diferente, e cada ser humano é diferente. Deus tem capacidade criadora infinita, incluindo a capacidade de fazer uma variedade infinita. Por que alguém iria pensar que é difícil para ele para recriar e ressuscitar os corpos humanos, não importa o que o formulário pode ser?

Assim também é a ressurreição dos mortos. corpos ressuscitados serão diferentes dos corpos terrestres tão radicalmente como corpos celestes diferem de terreno. E corpos ressuscitados serão tão individuais e únicos como são todas as outras formas de criação de Deus.

Quando apareceram Moisés e Elias no Monte da Transfiguração eles eram tão distintamente indivíduo como tinham sido vivendo na terra. Eles não têm então corpos ressuscitados, mas eles eram seres distintos do céu, que um dia terão corpos celestes distintas. Deus é , não foi, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o Deus dos vivos, não dos mortos (Mt 22:32). Essas patriarcas não são meramente vivo no céu, mas estão vivos como as mesmas pessoas que estavam em terra. Jesus sabe tudo Suas ovelhas pelo nome (Jo 10:3). "Pois ele conhece a nossa estrutura; Ele está consciente de que somos pó Quanto ao homem, os seus dias são como a erva;.. Como uma flor do campo assim floresce Quando o vento passou sobre ele, ele não é mais e reconhece o seu lugar não é mais "(Sl 103:14-16.).

Mesmo o mais saudável de pessoas, à medida que envelhecem, se tornam mais frágeis e mais sujeitos a doenças e vários problemas físicos. A morte, claro, rapidamente acelera a deterioração Marta opuseram ao túmulo de Lázaro sendo aberto, porque "por este tempo, haverá um cheira mal, porque está morto há quatro dias" (Jo 11:39). A Proposito de embalsamento é retardar a deterioração do corpo tanto tempo quanto possível. Mas mesmo a mumificação egípcia notável não poderia impedir a deterioração, muito menos restaurar a vida.

Uma das trágicas consequências da queda foi a de que os corpos dos homens a partir desse momento foram irreversivelmente mortal, sujeito à morte. Sem exceção, todos os seres humanos é semeada , ou seja, nasce com, um corpo perecível .

Mas a ressurreição do corpo do crente será levantado um corpo imperecível . "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia nos fez nascer de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança que não se corrompe e imaculada e não vai desaparecer reservada nos céus para vós "(1 Pe 1: 3-4.). Os nossos novos corpos saberá nenhuma doença, deterioração decadência ou morte. "Quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então virão sobre a palavra que está escrito:" A morte foi tragada pela vitória "(1Co 15:54).

Dishonor / Glória

O segundo contraste tem a ver com o valor e potencial. No potencial do homem da queda por agradar e servir a Deus foi radicalmente reduzida. Não só a sua mente e espírito, mas também seu corpo se tornou de incomensuravelmente menos valor em fazer o que Deus havia projetado para fazer. A criatura que foi feito perfeito, e na própria imagem do seu Criador, foi feito para manifestar o seu Criador em tudo o que ele fez. Mas por causa do pecado, que foi criado para honrar a Deus ficou caracterizada não por desonra.

Nós desonrar a Deus por nossa incapacidade de aproveitar plenamente o que Ele nos deu em Sua criação. Nós desonrar a Deus por abusar e abusando dos corpos através do qual Ele deseja que nos honra e servi-Lo. Até mesmo o crente mais fiel morre com o corpo em estado de desonra, um estado de imperfeição e incompletude.
Mas que imperfeito e desonrado corpo um dia será ressuscitado em glória. Durante toda a eternidade nossos novos corpos imortais também será corpos honrados, aperfeiçoados para agradar, louvando, e que beneficiam o Criador que eles e o Redentor que eles restaurado feito.

Fraqueza / Poder

O terceiro contraste tem a ver com a capacidade. Nossos corpos atuais são caracterizados por fraqueza . Nós somos fracos, não só na força física e resistência, mas também na resistência a doenças e danos.Apesar dos mecanismos protetores naturais maravilhosos do corpo humano, ninguém está imune de quebrar um osso, cortando a perna, pegando várias infecções, e, eventualmente, de morrer. Podemos e devemos minimizar perigos e riscos desnecessários aos nossos corpos, o que para os crentes são templos do Espírito Santo (1 Cor. 6: 19-20). Mas não podemos proteger completamente-los de danos, muito menos da morte. Nossos terrenos "templos" são inescapavelmente temporária e frágil.

Mas não é assim nossos novos corpos, que serão levantadas no poder . Não nos é dito que esse poder implicará, mas será imensurável em comparação com o que hoje possuem. Nós já não têm a dizer que "o espírito está pronto, mas a carne é fraca" (Mt 26:41). Qualquer coisa que os nossos espíritos celestiais determinar a ver nossos corpos celestes serão capazes de realizar.

Martin Luther disse, "tão fraco quanto ele [o corpo humano dos crentes] está agora sem todo o poder e capacidade quando se está na sepultura, apenas tão forte vai, eventualmente, tornar-se quando chega o momento, de modo que não é uma coisa que vai ser impossível para ele se ele tem uma mente para ele, e ele vai ser tão leve e ágil que em um instante ele pode flutuar aqui embaixo na terra ou acima no céu. "

Natural / Spiritual

A quarta área de contrastes tem a ver com a esfera, ou reino, de existência. Nosso corpo terreno é estritamente natural. Essa é a única esfera em que se pode viver e função. O corpo físico é adequado para e limitado ao mundo físico. Mesmo com as imperfeições e limitações causadas pela queda, nossos corpos atuais são maravilhosamente feito para a vida na terra, maravilhosamente adequado para a vida terrena. Mas esse é o único reino e a única vida para os quais eles são adequados.

O novo corpo do crente; no entanto, será levantado um corpo espiritual . Nossos espíritos residem agora em corpos terrestres, mas um dia eles vão residir em corpos espirituais. Em todos os sentidos que, em seguida, serão seres espirituais. Em ambos espírito e corpo estaremos perfeitamente adequado para a vida celestial.

"Os filhos deste mundo casam e se dão em casamento", disse Jesus, "mas aqueles que são considerados dignos de alcançar o que a idade ea ressurreição dentre os mortos, nem se casam nem se dão em casamento; porque já não podem morrer mais, pois são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição "(Lucas 20:34-36).

Na ressurreição, tudo sobre nós será aperfeiçoada por toda a eternidade. Nós não vai ser o mesmo que os anjos, mas será "como" eles em que nós também será perfeitamente equipado e adequado para celeste, espiritual, sobrenatural, vivo.

O protótipo da Ressurreição

Assim também está escrito: "O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente." O último Adão, espírito vivificante. No entanto, o espiritual não é o primeiro, mas o natural; depois o espiritual. O primeiro homem a partir da terra, da terra; o segundo homem é do céu. Qual o terreno, assim também são aqueles que são da terra; e, qual o celestial, assim também são aqueles que são celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno, traremos também a imagem do celestial. (15: 45-49)

A quarta forma em que Paulo responde às perguntas "Como ressuscitam os mortos? E com que tipo de corpo vêm?" (V.
35) é mostrando o protótipo da ressurreição e por explicar melhor as diferenças entre os organismos naturais e espirituais.

Ele começa com uma citação de Gn 2:7).

Adão e Eva originalmente estavam em período probatório. Se eles tivessem mostrado fiel ao invés de desobedientes, seus corpos teriam sido glorificado e imortalizado por comer o fruto da árvore da vida, que, em seguida, poderia ter comido (veja Gn 2:9, Rm 5:21;.. conforme vv 12, 15). Através Adão herdamos de nossos corpos naturais; através de Cristo, herdarão corpos espirituais na ressurreição.

Adão foi o protótipo de nossos corpos naturais, enquanto que de Cristo era o protótipo de nossos corpos espirituais. Todos os descendentes de Adão têm corpos naturais, e todos os descendentes de Cristo terão corpos espirituais. A ressurreição de Cristo, portanto, era o protótipo de todos subsequente ressurreição.
No versículo 46 Paulo aponta o óbvio: No entanto, o espiritual não é o primeiro, mas o natural; em seguida, a. espiritual Todo ser humano, a partir de Adão, incluindo Cristo, começou a vida humana em um corpo natural, físico. O corpo que foi ressuscitado dentre os mortos na manhã de Páscoa tinha sido um corpo natural, o corpo encarnado em que Cristo nasceu e em que Ele viveu e morreu. Na ressurreição, que era, um corpo eterno espiritual.

Adão, o primeiro homem , de quem veio a raça natural, originado na Terra, na verdade foi criado directamente a partir da terra (Gn 2:7). O corpo os discípulos viram depois da ressurreição de Jesus é o mesmo corpo que será visto quando Ele voltar novamente.

Assim como com o nosso Senhor, os nossos corpos, que agora são perecíveis, desonrado, fracas e naturais, será levantado em corpos que são incorruptíveis, glorioso, poderoso e espiritual. O que dificultou o nosso serviço e manifestação de Deus será agora o canal maravilhoso de realização. Vamos ter o seu próprio poder para se servir e louvá-Lo, e sua própria glória, através da qual se manifestar e engrandecê-Lo. "Então os justos brilharão como o sol, no reino de seu Pai" (Mt 13:43). No céu vamos irradiar como o sol, na glória de ardência e grandioso, que o Senhor graciosamente compartilhar com aqueles que são Dele. Cristo "transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da sua glória, pelo esforço do poder que Ele tem até sujeitar todas as coisas para si mesmo" (Fp 3:21).

Não podemos imaginar exatamente o que vai ser assim. Até mesmo nossos atuais olhos espirituais não podem imaginar nossos corpos espirituais futuras. "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque O veremos como Ele é" (1Jo 3:2 )

Agora eu digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção herdar a incorrupção. Eis que vos digo um mistério; que nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Por isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revista da imortalidade. Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então virão sobre a palavra que está escrito: "A morte foi tragada pela vitória. Ó morte, onde está a tua vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão? " O aguilhão da morte é o pecado, ea força do pecado é a lei; Mas, graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.
Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor. ( 
15: 50-58 )

Alguém escreveu,
Há um pregador da velha escola, mas ele fala como corajosamente como sempre. Ele não é popular, se o mundo é sua paróquia e ele viaja todas as partes do mundo e fala em todas as línguas. Ele visita os pobres, convida os ricos, prega a pessoas de todas as religiões e sem religião, eo assunto de seu sermão é sempre a mesma. Ele é um pregador eloquente, muitas vezes mexendo sentimentos que nenhum outro pregador poderia, e trazendo lágrimas aos olhos que nunca chorar. Seus argumentos nenhum é capaz de refutar, nem há qualquer coração que permaneceu impassível ante a força deste recurso. Ele destrói a vida com a sua mensagem. A maioria das pessoas o odeiam; todos temem ele. Seu nome? Morte. Cada lápide é seu púlpito, todos os jornais imprime seu texto, e um dia a cada um de vocês vai ser o seu sermão.
Tomé Cinza escreveu: "O orgulho de heráldica, a pompa de poder e de tudo o que a beleza e tudo que a riqueza e'er deu esperar iguais a hora inevitável. Os caminhos da glória liderança, mas para o túmulo." Na medida em que o poder humano, beleza, riqueza e glória estão em causa, que a verdade se aplica aos cristãos, tanto quanto a quaisquer outros. Mas a esperança do cristão não é em tais coisas, que ele sabe que vai acabar no túmulo. A esperança do cristão é expressa pelo epitáfio Benjamin Franklin escreveu para si mesmo, gravado em sua lápide no cemitério da Igreja de Cristo na Filadélfia: "O corpo de Franklin, impressora, como a capa de um livro velho, o seu conteúdo arrancada e despojado de sua rotulação e douramento, reside aqui comida para vermes. Mas o trabalho não será perdido, pois ele vai aparecer mais uma vez em uma nova e mais elegante edição, revista e corrigida pelo autor. "

Essa é a esperança do cristão e da mensagem de 1 Coríntios 15 . Para os céticos de todas as idades, como para os céticos em Corinto, o Espírito Santo através de Paulo dá uma repreensão para negar a ressurreição do corpo ( 15:12 , 35 ) e proclama: "Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, as primícias dos que dormem. Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também em Cristo todos serão vivificados "( vv. 20-22 ).

Neste capítulo mais longo da carta, o apóstolo deu a evidência para a ressurreição de Cristo ( vv. 1-11 ), as implicações de negar a ressurreição corporal ( vv. 12-19 ), o plano ( vv. 20-28 ) e incentivos ( vv. 29-34 ) da ressurreição, e uma descrição e explicação dos nossos corpos ressuscitados ( vv. 35-49 ). Ao concluir esta passagem ele proclama a vitória maravilhosa que a ressurreição trará para aqueles que são de Cristo.

Conclusão de Paulo "canção de vitória" foi objecto de uma música em obras-primas como de Handel Messias e de Brahms Requiem, e de muitas maneiras, é mais apropriado para ser cantada do que pregava.Louvar a Deus em antecipação da ressurreição, o apóstolo proclama a grande transformação, o grande triunfo, e a grande ação de graças que a elevação dos santos de Deus trará, e depois dá uma grande exortação para viver santo até esse dia chegar.

A Grande Transformação

Agora eu digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção herdar a incorrupção. Eis que vos digo um mistério; que nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Por isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revista da imortalidade. ( 15: 50-53 )

Paulo lembra aos seus leitores mais uma vez que a ressurreição do corpo não vai ser de carne e osso , que, embora maravilhosamente adequado para terra, não é de todo adequado para o céu e, portanto, não podem herdar o reino de Deus . O reino de Deus não é usado aqui, quer em seu sentido universal, referindo-se a decisão de Deus do universo, ou em seu sentido espiritual, referindo-se a sua decisão no coração do homem, mas no seu sentido consumado, que contém ambos, e referindo-se ao estado eterno, para o céu. "Assim como trouxemos a imagem do terreno, traremos também a imagem do celestial" (v. 49 ).

Mesmo próprio corpo terreno de Cristo era "carne e sangue" ( He 2:14 ) e teve que ser transformado antes que ele pudesse voltar para o Pai. O corpo humano é renovado a cada sete anos, mas isso não impede que o seu envelhecimento, deterioração e morte. O corpo humano é perecível . Não é adequado para e não pode herdar o imperecível . Deve ser feita diferente a fim de herdar o céu, e ele será feito diferente. "Semeia-se corpo perecível, ressuscita um corpo imperecível; Semeia-se em desonra, ressuscita em glória; Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder; é semeado um corpo natural, ressuscita corpo espiritual "( 1 Cor. 15: 42-44 ). Tal como a semente plantada, ele continua a sua identidade, mas de uma forma radicalmente diferente e lindamente.

Mas o que acontece com os crentes que estão vivendo, quando Cristo voltar? Antecipando-se a esta questão, Paulo continua: Eis que vos digo um mistério; que nem todos dormiremos . Como apontado várias vezes antes, no Novo Testamento mistério sempre se refere ao que antes tinha sido escondido e desconhecido, mas que agora é revelado. O apóstolo agora revela que os cristãos que estiverem vivos quando o Senhor voltar não terá que morrer ( o sono ) para que seus corpos para ser alterado. Aqueles "que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor" ( 1Ts 4:17 ). Como crentes são ressuscitados ou pego eles todos seremos transformados . Se os crentes morrem ou são arrebatados, seus corpos serão alterados a partir da perecível para o imperecível, do natural para o espiritual. Desde o perecíveis não podem herdar o imperecível, Enoque e Elias deve ter sido alterado da mesma forma que os crentes arrebatados serão alterados. Em qualquer caso, todos os crentes serão igualmente equipado para o céu (cf. Fm 1:3. ). Por que trompete Deus irá convocar todo o Seu povo a si (cf. Ex 19:16. ; Is 27:13. ).

Durante a Guerra Civil um grupo de soldados teve que passar uma noite de inverno, sem barracas em um campo aberto. Durante a noite nevou vários centímetros, e ao amanhecer o capelão relatou uma estranha visão. Os soldados cobertos de neve parecia que os montes de novas sepulturas, e quando a corneta soou o toque da alvorada um homem imediatamente subiu de cada monte de neve lembrando drasticamente o capelão desta passagem de 1 Coríntios.

Falando do dia da ressurreição vinda Jesus disse: "Eu virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também" ( Jo 14:3 ). Com Paulo, cada crente deve ser "procurando a bendita esperança ea manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo" ( Tt 2:13 ).

Porque terrestre, corpos naturais não podem ocupar o reino eterno, tal dia e tal momento tem que ser, para este perecível [o que está sujeito à decadência] deve revista da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revista da imortalidade. A palavra traduzida colocar na era comumente usado de colocar na roupa, e imagens de nossos espíritos resgatados estar vestido corpos resgatados (cf. 2 Cor. 5: 1-5 ).

O grande triunfo

Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então virão sobre a palavra que está escrito: "A morte foi tragada pela vitória. Ó morte, onde está a tua vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão? " O aguilhão da morte é o pecado, ea força do pecado é a lei ( 15: 54-56 )

A ressurreição de Cristo quebrou o poder da morte para aqueles que acreditam nele, ea morte já não é senhor sobre eles, porque "a morte já não tem domínio sobre ele" ( Rm 6:9 ), Paulo provoca morte: Ó morte, onde está a tua vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão? Para continuar com essa metáfora; Paulo implica que a morte deixou a sua picada em Cristo, como uma abelha deixa seu ferrão em sua vítima. Cristo suportou toda a picada da morte, a fim de que teríamos de suportar nada disso.

Para fazer o seu ponto, o apóstolo lembra a seus leitores que o aguilhão da morte é o pecado . O prejuízo na morte é causada pelo pecado; na verdade, a própria morte é causada pelo pecado. "Portanto, assim como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte se espalhou a todos os homens, porque todos pecaram" ( Rm 5:12 ). Somente onde há pecado pode morte desferir um golpe fatal. Onde o pecado foi removido morte só pode interromper a vida terrena e inaugurar o celestial. Isso é o que Cristo fez por aqueles que confiam nEle. Os nossos "pecados são perdoados por amor do seu nome" ( 1Jo 2:12 ). A morte não se foi, mas sua picada, o pecado, está desaparecido. "Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Jesus Cristo" ( Rm 5:17 ).

Não se trata, é claro, que os cristãos já não o pecado, mas que os pecados que cometemos já abrangidas pela morte expiatória de Cristo, para efeito do que o pecado não é permanentemente fatal. "O sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado" ( 1Jo 1:7 ). Mas os homens morrem porque quebrar essa lei.

E quanto àqueles que não conhecem a lei de Deus, que nunca sequer ouviu falar, muito menos de leitura, a Sua Palavra? Paulo nos diz em Romanos que, quando "os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente o que a Lei estes, não tendo a Lei são lei para si mesmos, na medida em que mostram a obra da lei escrita em seus corações, a sua consciência testemunho, e os seus pensamentos ora acusando defendê-los "( 2: 14-15 ). Qualquer pessoa, portanto, que vai contra a sua consciência vai contra a lei de Deus com tanta certeza como alguém que rompe com conhecimento de causa um dos Dez Mandamentos. Essa é a razão homens estão condenados a morrer ( Rm 3:23. ; Rm 6:23 ).

O Grande Ação de Graças

Mas, graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. ( 15:57 )

Devido a perfeita obediência de Jesus à lei ( Rm 5:19 ) e da satisfação que Ele fez por suas vítimas, aqueles que confiam nele "não estão debaixo da Lei, mas debaixo da graça, tendo" sido liberado da Lei "( Rm 6:14 ; Rm 7:6 ). Ele assumiu a nossa maldição e nossa condenação e nos dá a vitória em seu lugar.

Como podemos fazer nada, mas de agradecimento e louvor a Deus pelo que Ele tem feito por nós? Ele prometeu-nos um corpo imperecível, glorioso, poderoso e espiritual para aquele que é perecível, desonroso, fraco e natural. Ele nos promete o celestial em troca do terreno, o imortal em troca do mortal. Sabemos que estas promessas são assegurados porque Ele já nos deu a vitória sobre o pecado ea morte.

Para os cristãos, a morte não tem mais poder ( Heb. 2: 14-15 ), porque Deus tirou nosso pecado. Para os cristãos, a morte é apenas a passagem de nosso espírito desta vida para a próxima, o abandono da terra e vai estar com Cristo. Paulo tinha apenas um motivo para querer permanecer na terra: para continuar seu ministério para Cristo em nome de terceiros. Mas, para seu próprio benefício e alegria que ele tinha apenas um desejo: "a partir e estar com Cristo, o que é muito melhor" ( Filipenses 1:23-24. ).

Na vitória de Cristo sobre a morte, picada de morte é removido; é declawed, defanged, desarmado, destruído. "E a morte eo inferno foram lançados para dentro do lago de fogo, ... e Ele enxugará toda lágrima de seus olhos, e não deve haver mais morte, não deve haver mais pranto, nem clamor, nem dor" ( Rev . 20:14 ; 21: 4 ).

O Grande Exortação

Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor. ( 15:58 )

Se realmente acreditamos e se somos verdadeiramente gratos que a nossa ressurreição é a certeza, de que vamos ser transformada a partir da perecível, desonroso, fraco, natural, mortal, e de terra para o imperecível, glorioso, poderoso, espiritual, imortal e heavenly— devemos , portanto, provar a nossa segurança e nossa gratidão por ser firme , imutável [negativo] e sempre abundantes [positivo] na obra do Senhor.

Hedraios (firme), literalmente, refere-se a estar sentado, e, portanto, a ser resolvido e firmemente situado. Ametakinētos (imóvel) carrega a mesma idéia básica, mas com mais intensidade. Denota sendo totalmente imóvel e imóvel. Obviamente Paulo está falando sobre o nosso ser movido longe de vontade de Deus, para não sermos movidos dentro dele. Dentro de Sua vontade que devem ser sempre abundantes na obra do Senhor. Mas não devemos nos mover um fio de cabelo de distância da sua vontade, continuamente tomando cuidado para não ser "jogado aqui e ali por ondas e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia enganam fraudulosamente" ( Ef 4:14 ).

Gordon Clark dá uma paráfrase útil deste verso: ". Por isso, devemos mortificar emoção, ser firme, imutável, não errático e desmiolada, facilmente desencorajado, e deve multiplicar as nossas boas obras, sabendo que o Senhor irá torná-los rentáveis"
Se a nossa esperança confiante na ressurreição vacila, temos a certeza de nos abandonar as formas e padrões do mundo. Se não houver ramificações eternas ou consequências do que fazemos nesta vida, a motivação para o serviço abnegado e uma vida santa está desaparecido.
Por outro lado, quando a nossa esperança na ressurreição é claro e certo que teremos uma grande motivação para ser abundantes na obra do Senhor. Perisseuō (abundante) carrega a idéia de que ultrapasse os requisitos, de transbordar ou exagerar. Em Efésios 1:7-8 a palavra é usada de Deus esbanjando em nós "as riquezas da sua graça". Porque Deus tem tão abundantemente exagerado a si mesmo por nós, que não merecem nada Dele, devemos determinar a nós mesmos exagere (se isso fosse possível), em serviço a Ele, a quem devemos tudo.

Que palavra Paulo dá aos inúmeros cristãos que trabalham e rezam e dão e sofrem tão pouco como eles podem! Como podemos estar satisfeitos com o,, coisas efêmeras insignificantes triviais do mundo?Como podemos "pegar leve" quando tantos à nossa volta estão mortos espiritualmente e tantos outros crentes estão em necessidade de edificação, encorajamento e ajuda de todo tipo? Quando um cristão pode dizer: "Eu tenho servido meu tempo, eu fiz a minha parte; deixar que outros façam o trabalho agora"?
Resto razoável é importante e necessário. Mas se erramos, Paulo está dizendo, ele deve estar no lado de fazer mais trabalho para o Senhor, e não menos. Lazer e relaxamento são dois grandes ídolos modernos, a que muitos cristãos parecem muito dispostos a se curvar. Em recreação proporção adequada e desvios pode ajudar a restaurar a nossa energia e aumentar a nossa eficácia. Mas eles também podem facilmente tornar-se um fim em si, exigindo cada vez mais de nossa atenção, interesse, tempo e energia. Mais do que um crente tem relaxado e hobbied-se completamente fora do trabalho do Senhor.

Alguns dos mais santos fiéis e frutíferas de Deus viveu até uma idade avançada e foi ativo e produtivo em seu serviço até o fim. Muitos outros, no entanto, têm visto as suas vidas encurtadas pela simples razão de que eles foram abundante, transbordando e incansável, a serviço de Cristo. Henry Martyn, o missionário britânico para a Índia e Pérsia, determinou "a queimar-se para Deus", o que ele fez antes de ele tinha trinta e cinco. Davi Brainerd, um dos primeiros missionários para os índios americanos, morreu antes que ele tinha trinta anos. Sabemos muito pouco de Epafrodito, exceto que ele era um "irmão e companheiro de trabalho e companheiro de lutas" de Paulo que "veio perto da morte para a obra de Cristo, arriscando a sua vida" ( Fp 2:25 , Fp 2:30 ). Ele ficou tão perdido em serviço piedoso que ele literalmente ficou doente até a morte por causa disso.

Até o Senhor voltar há almas para chegar e ministérios de todo tipo a ser realizado. Todo cristão deve trabalhar intransigentemente como o Senhor nos presenteou e leads. O nosso dinheiro, tempo, energia, talentos, dons, corpos, mentes e espíritos deve ser investido em nada que não de alguma forma contribuir para o trabalho do Senhor. Nosso louvor e ação de graças deve ser dada mãos e pés. Tiago nos diz: "Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta" ( Jc 2:26 ).

O nosso trabalho para o Senhor, se é verdadeiramente para Ele e feito em seu poder, não pode deixar de realizar o que Ele quer que seja realizado. Todo bom trabalho crentes fazer nesta vida tem benefícios eternos que o próprio Senhor garantias. "Eis que venho sem demora", Jesus diz: "eo meu galardão está comigo, para dar a cada um de acordo com o que ele fez" ( Ap 22:12 ). Temos própria promessa de Deus de que nosso trabalho [de trabalho até o ponto de exaustão] não é vão no Senhor.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de I Coríntios Capítulo 15 do versículo 1 até o 58

I Coríntios 15

A ressurreição de Jesus e a nossa

O Senhor ressuscitado — 1Co 15:1-11, TB)

O Sheol era a terra da escuridão e dos mortos esquecidos.

Os mortos não louvam o Senhor,
tampouco nenhum dos que descem ao silêncio.

(Sl 115:17, NVI)

Pois o Sheol não te pode louvar, A morte não te pode celebrar: Os que descem à cova, não podem esperar a tua verdade.

(Is 38:18, TB).

Desvia de mim o olhar, para que eu tome alento, antes que eu passe e deixe de existir. (Sl 39:13).

Para aquele que está na companhia dos vivos, há esperança; porque mais vale um cão vivo do que um leão morto. Pois os vivos sabem que hão de morrer; mas os mortos não sabem coisa alguma, nem tão pouco têm daí em diante recompensa, porque a sua memória fica entregue ao esquecimento. ... Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma. (Ec 9:4,Ec 9:5,Ec 9:10).

Quem no Sheol louvará o Altíssimo? (Eclesiástico 17:27).

Não são os mortos no Sheol, aqueles cujo espírito foi arrancado de suas vísceras, os que dão glória e justiça ao Senhor (Baruque Ec 2:17).

J. E. McFadyen, o grande erudito no Antigo Testamento, disse que esta falta de crença na imortalidade se deve "ao poder com o qual esses homens apreendiam a Deus neste mundo". "Há poucas coisas mais maravilhosas que esta na longa história da religião" — continua — "que por séculos os homens viveram as vidas mais nobres, cumprindo com seus deveres e suportando suas tristezas, sem a esperança de um prêmio futuro, e o fizeram porque em todas suas idas e vindas estavam muito seguros de Deus."
É certo que no Antigo Testamento se vislumbra em muito poucas ocasiões uma vida por vir. Eram épocas nas quais o homem sentia que, se Deus era na verdade Deus, devia haver algo que mudasse os veredictos incompreensíveis deste mundo. Jó clama:

Eu sei que o meu Redentor vive.
E por fim se levantará sobre a Terra.
Depois, revestido este meu corpo da minha pele,

Em minha carne verei a Deus. (19:25, 19:26).

O verdadeiro sentimento do santo era que até nesta vida o homem podia chegar a uma relação com Deus, tão íntima, tão preciosa e próxima que nem sequer a morte poderia destruí-la.

Portanto está alegre o meu coração, e se regozija a minha alegria; Também a minha carne habitará em segurança. Pois não abandonarás a minha alma ao Sheol, Nem permitirás que o teu santo veja a corrupção. Far— me-ás conhecer a vereda da vida: Na tua presença há plenitude de alegria; Na tua destra há delícias para sempre. (Salmo 16:9-11, Tb).

Tu me seguraste pela mão direita. Guiar-me-ás com o teu conselho e, depois, me receberás em glória. (Sl 73:23b, Sl 73:24).

É certo que em Israel se desenvolveu a esperança imortal. Duas coisas ajudaram.

  1. Israel era o povo eleito e entretanto, sua história era um relato de contínuos desastres. Os homens começaram a sentir que fazia falta outro mundo para restabelecer o equilíbrio.
  2. É certo que por muitos séculos o indivíduo apenas existiu. Deus era o Deus da nação, mas o indivíduo era uma unidade sem importância. Mas à medida que passaram os séculos a religião se converteu em algo cada vez mais pessoal. Deus se converteu não no Deus da nação e sim nAquele que era o amigo de cada indivíduo, e assim os homens começaram, não com segurança, mas sim obscura e instintivamente, a sentir que uma vez que o homem conhece a Deus e é conhecido por Ele, tem lugar uma relação que nem a morte pode romper.
  3. Agora consideremos o mundo grego. Ao fazê-lo devemos captar firmemente uma coisa que sem dúvida alguma encontra-se atrás deste capítulo. Em linhas gerais os gregos criam na imortalidade da alma, mas jamais teriam sonhado em crer na ressurreição do corpo. É certo que tinham um medo instintivo à morte.

Eurípides escreveu: "Entretanto, os mortais, carregados com inumeráveis males ainda amam a vida. Desejam a chegada de cada dia, contentes de suportar o que conhecem, em vez de enfrentar a morte desconhecida" (Fragmento 813).
Em realidade os gregos, e toda essa parte do mundo influenciada por seu pensamento, criam na imortalidade da alma. Mas — e aqui está a diferença — esta envolvia a abolição, a extinção e a completa dissolução do corpo. Os gregos tinham um provérbio "O corpo é uma tumba." Um deles dizia "Sou uma pobre alma encadeada a um cadáver."

Sêneca disse: "Foi grato inquirir na eternidade da alma — crer nela. Rendo-me perante essa grande esperança." Mas também diz: "Quando chegar o dia que dividirá esta mescla de divino e humano, deixarei meu corpo aqui, onde o encontrei, e devolverei a mim mesmo aos deuses."
Epicteto escreve: "Quando Deus não provê o que é necessário, está tocando o sinal de retirada —abriu a porta e diz: 'Vem'. Mas aonde? A nenhum lugar terrível, mas sim ao sítio de onde provimos, às coisas que nos são queridas e afins a nós, aos elementos. O que em nós era fogo se converterá em fogo, a terra em terra, a água em água."
Sêneca diz que as coisas na morte "dividem-se em seus elementos primitivos". Para Platão "o corpo é a antítese da alma, como a fonte de toda fraqueza em oposição à única coisa que é capaz de independência e bondade".
Podemos ver isto muito melhor na crença sustentada pelos estóicos. Para eles Deus era um espírito fogoso, o mais puro de toda a Terra. O que dava vida aos homens era uma faísca desse fogo divino que vivia no corpo do homem, uma faísca de Deus. Quando um homem morria, seu corpo se dissolvia simplesmente nos elementos dos que parecia, mas a faísca divina retornava a Deus e era absorvida na divindade da qual formava parte. De modo que, para os gregos, a imortalidade descansava precisamente em livrar-se do corpo. Para eles a ressurreição do corpo era impensável. A imortalidade pessoal em realidade não existia, porque a vida que havia no homem era absorvida novamente por Deus, fonte de toda existência.

  1. A perspectiva de Paulo era bastante diferente. Se começarmos com um fato imenso o resto será bastante claro. A crença cristã que a individualidade sobreviverá depois da morte, que você seguirá sendo você, e eu seguirei sendo eu. Junto a isto devemos considerar outro fator de grande peso.

Para os gregos o corpo não podia ser consagrado. O corpo era matéria, a fonte de todo mal, a cadeia, o impedimento, o cárcere da alma. Mas para o cristão o corpo não era mau. Não podia sê-lo depois da encarnação. Jesus, o Filho de Deus, tinha tomado sobre si este corpo humano e portanto o corpo não era desprezível nem ruim devido ao fato de que tinha sido habitado por Deus. Portanto para o cristão a vida por vir envolve o homem em sua totalidade, corpo e alma.
É fácil interpretar mal e caricaturar a doutrina da ressurreição do corpo.
Celso, que viveu ao redor do ano 220 d. C. e que foi um dos primeiros em atacar ao cristianismo, o fez há muito tempo. "Como podem os mortos ressuscitar com seus corpos idênticos?", pergunta. "Em realidade é a esperança dos vermes! Porque, que alma desejará um corpo que apodreceu?"
É fácil apresentar o caso de uma pessoa destroçada num acidente, ou que morreu de câncer, ou mutilada, desfigurada, contrafeita. Mas Paulo nunca disse que ressuscitaríamos com o corpo com o qual morremos. Insistiu em que teríamos um corpo espiritual. O que Paulo queria dizer em realidade é que sobreviveria a personalidade do homem. É quase impossível conceber a personalidade sem um corpo, devido ao fato de que é através dele que a personalidade se expressa e é reconhecida. O que Paulo afirma é que depois da morte não existe a absorção por parte de alguma deidade imprecisa, não se perde o eu nem a personalidade, o indivíduo permanece.

Ele não tinha herdado o desprezo grego pelo corpo. Cria na ressurreição de todo o homem. Ninguém pode dizer como será essa vida. Mas a crença cristã é que não ressuscitará uma parte do homem, mas sim sua totalidade. Será ele mesmo; sobreviverá como pessoa. Isto é o que Paulo quer dizer quando menciona a ressurreição do corpo. Tudo referente ao corpo e à alma que seja necessário para que um homem seja uma pessoa, sobreviverá, mas, ao mesmo tempo, todas as coisas serão novas, e o corpo e o espírito serão muito distintos às coisas da Terra, porque serão igualmente divinos.

O SENHOR RESSUSCITADO

I Coríntios 15:1-11

Aqui Paulo está recapitulando as boas novas que anunciou em primeiro lugar aos coríntios. Não era algo inventado por ele. Ele as tinha recebido primeiro e se referiam ao Senhor ressuscitado.
Nos versículos 1:2 Paulo diz uma série de coisas de muitíssimo interesse a respeito das boas novas

  1. As boas novas eram algo que os coríntios tinham recebido. As boas novas sempre nos chegam por intermédio de alguém que já as possui. Ninguém inventou o evangelho para si mesmo; num sentido, ninguém jamais o descobriu para si mesmo. É algo que se recebe. Sem dúvida, aqui está a função da Igreja. Esta é o depósito e a transmissora das boas novas. Como o assinalou um dos pais da antigüidade: "Ninguém pode ter a Deus por Pai, a não ser que tenha a Igreja como mãe." As boas novas se recebem dentro de uma comunidade.
  2. As boas novas eram algo em que se baseavam os coríntios. A primeira e principal função das boas novas era a de outorgar ao homem estabilidade. Mantinha-o erguido num mundo perigoso e escorregadio. Outorgava-lhe poder de resistência num mundo tentador e sedutor. Brindava-lhe, num mundo que danifica, força ao coração destroçado ou a um corpo que agoniza, para resistir e não ceder. Moffatt traduz acertadamente 4:4: "Tuas palavras mantiveram de pé os homens." Isto é precisamente o que faz a palavra do evangelho.
  3. As boas novas eram algo no qual são salvos. É interessante notar que no grego utiliza-se o tempo presente e não o passado. Seria estritamente correto traduzi-lo "pelo qual estais sendo salvos", e não "pelo qual sois salvos". A glória da salvação é que vai de glória em glória. Não se trata de algo que se completa neste mundo. Faz falta outro mundo para abrir aos homens o tesouro total da salvação. Uma das maiores características da vida cristã é justamente sua falta de limites. Há muitas coisas nesta vida que podemos esgotar, mas o homem jamais poderá esgotar o significado da salvação.
  4. As boas novas eram algo a que o homem devia aferrar-se tenazmente. A vida faz muitas tentativas para nos tirar a fé. Sucedem coisas conosco e com outros que nos desconcertam; a vida tem problemas que parecem não ter solução e perguntas que parecem não ter resposta; momentos escuros nos quais pareceria que não há nada mais a fazer senão manter-se obstinado. A fé é sempre a vitória, a vitória da alma que se mantém agarrada tenazmente a Deus.
  5. As boas novas eram algo que não se devia sustentar eventualmente nem por acaso. A fé que cai é a que não pensou as coisas nem as analisou. Para muitos de nós nossa fé, nossa crença é algo superficial. Tendemos a aceitar as coisas porque nos disseram isso, a possuí-las meramente de segunda mão. Se levarmos até o fim a agonia do pensamento haverá muito que deveremos descartar, mas o que fica é real, verdadeira e inalienavelmente nosso, de tal maneira que nada nos pode tirar isso jamais.

Na lista de aparições do Senhor ressuscitado que Paulo cita há duas que são de especial interesse.

  1. A aparição a Pedro. No relato mais primitivo da história da ressurreição, as palavras do mensageiro na tumba vazia são: “Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro” (Mc 16:7). Em Lc 24:34, os discípulos dizem: “O Senhor ressuscitou e já apareceu a Simão!" É surpreendente que uma das primeiras aparições do Senhor ressuscitado tenha sido ao discípulo que o tinha negado. Toda a maravilha do amor e da graça de Jesus Cristo estão presentes aqui. Outros poderiam ter odiado a Pedro para sempre, mas o único desejo de Jesus era que esse errante discípulo seu se afirmasse sobre seus pés. Pedro tinha injuriado a Jesus e tinha chorado de coração; e o único desejo deste surpreendente Jesus era confortá-lo na dor de sua infidelidade. O amor não pode ir mais além que pensar mais na angústia do homem que o ofendeu que no dano que ele mesmo recebeu.
  2. A aparição a Tiago. Sem dúvida alguma se refere a Tiago, o irmão de Jesus. Através da narração do evangelho se vê claramente que a família de Jesus não lhe compreendia e que até lhe eram ativamente hostis. Mc 3:21 nos diz que em realidade buscavam detê-lo porque criam que estava louco. Jo 7:5 nos relata que seus irmãos não criam nEle.

Um dos primeiros evangelhos que não conseguiram entrar na formação do cânon do Novo Testamento é o Evangelho segundo os Hebreus. Só ficam fragmentos do mesmo. Um deles preservado por Jerônimo diz o seguinte: "O Senhor, quando entregou seu sudário de linho ao servo do sacerdote, foi a Tiago e apareceu a ele (devido ao fato de que este tinha jurado que não comeria pão do momento em que tinha tirado da taça do Senhor até que o visse levantar-se dentre os que dormem)." E a história continua: "Jesus se chegou a Tiago e lhe disse: 'Traga uma mesa e pão.' E tomou pão e o abençoou, partindo-o, e deu a Tiago o Justo e lhe disse: 'Irmão, coma seu pão, porque o Filho o Homem se levantou dentre os que dormem'."
Só podemos fazer conjeturas com respeito ao que há por trás disto. Pode ser que nos últimos dias o desprezo de Tiago se convertesse em admiração, e que então quando chegou o fim, sentiu-se tão esmagado pelo remorso pela forma em que tinha tratado a seu irmão que jurou que morreria de fome a não ser que ele viesse a perdoá-lo. Mais uma vez nos encontramos aqui com o amor e a graça surpreendentes de Jesus. Veio trazer paz à alma afligida deste homem que lhe tinha considerado um louco e que tinha sido seu inimigo e opositor.
Uma das coisas que mais nos emociona de toda a história de Jesus é que duas de suas primeiras aparições, quando saiu da tumba, fossem aos homens que lhe tinham prejudicado tão cruelmente e que estavam arrependidos disso. Jesus sai ao encontro do coração penitente e contrito indo mais da metade de caminho.

Finalmente, nesta passagem encontramos uma luz vívida que ilumina o caráter de Paulo. Para ele a coisa mais apreciada do mundo era que Jesus também havia aparecido a ele. Esse momento foi ao mesmo tempo decisivo e dinâmico em sua vida. Mas os versículos 9:11 dizem muito a respeito de Paulo.

  1. Falam-nos de sua total humildade. É o menos importante dos apóstolos; foi agraciado com uma missão que ele não cria merecer. A única coisa que Paulo jamais teria pretendido era ser fruto de seu próprio esforço. Pela graça de Deus era o que era. Até toma o que bem poderia ter sido um vitupério contra si mesmo. Ao que parece, Paulo era um homem de pequena estatura e pouco atrativo (2Co 10:10). Pode ser que os judeus, depois de sua conversão ao cristianismo, se referissem a ele com desprezo dizendo "esse aborto de homem". Pode ser que os cristãos judeus que queriam impor a lei da circuncisão aos cristãos convertidos do paganismo, e que odiavam a doutrina de Paulo a respeito da graça livre, declarassem que, longe de ter nascido de novo, Paulo era um aborto. Paulo era tão consciente de sua própria indignidade que sentia que ninguém podia dizer nada demasiado mau a respeito dele. Carlos Gore disse: "Se fizermos uma revisão geral da vida, poucas vezes poderemos sentir que estamos sofrendo males imerecidos." Paulo se sentia assim. O seu não era o orgulho que rechaça as críticas e os vitupérios dos homens; era uma humildade que sentia que os merecia.
  2. Falam-nos ao mesmo tempo da consciência que tinha de seu próprio valor. Paulo sabia bem que tinha trabalhado mais que todos. Sua modéstia não era falsa. Mas até nisto, falava sempre, não do que ele tinha feito, mas sim do que Deus lhe tinha permitido fazer.
  3. Falam-nos a respeito de seu sentido de irmandade. Não se considerava um fenômeno isolado com uma mensagem que era única. Os outros apóstolos e ele pregavam o mesmo evangelho. Sua grandeza o unia mais à comunidade cristã. Sempre falta algo à grandeza que separa o homem de seus semelhantes.

SE CRISTO NÃO TIVESSE RESSUSCITADO

I Coríntios 15:12-19

Aqui Paulo ataca a posição central de seus opositores em Corinto. Eles diziam terminantemente: "Os mortos não ressuscitam." A resposta de Paulo é a seguinte: "Se adotarem essa posição, significa que Jesus Cristo não ressuscitou, e se tal coisa fosse certa, a fé cristã não teria valor."
Por que razão considerava Paulo tão absolutamente essencial a crença na ressurreição de Jesus? Quais eram os grandes valores e verdades que ela conserva? A ressurreição nos prova quatro grandes atos, que, se forem comprovados, podem mudar totalmente a perspectiva do homem da vida neste mundo e no vindouro.

  1. A ressurreição prova que a verdade é mais forte que a mentira. Segundo o quarto evangelho, Jesus disse a seus inimigos: “Mas agora procurais matar-me, a mim que vos tenho falado a verdade” (Jo 8:40). Jesus veio com a verdadeira idéia a respeito de Deus e da bondade; seus inimigos procuraram sua morte devido ao fato de que não queriam ver destruído seu ponto de vista equivocado a respeito de Deus e sua bondade. O que quer dizer que se os inimigos de Jesus tivessem tido êxito em destruí-lo, a mentira teria sido mais forte que a verdade. A ressurreição é a garantia final da indestrutibilidade da verdade.
  2. A ressurreição prova que o bem é mais forte que o mal. Mais uma vez citamos o quarto evangelho em que se apresenta a Jesus dizendo a seus inimigos “Vós sois do diabo, que é vosso pai” (Jo 8:44). As forças que crucificaram a Jesus pertenciam ao mal, e se não tivesse havido estas ressurreição teriam triunfado. J A. Froude, o grande historiador, escreveu: "Pode dizer-se que a história repete com clareza uma lição, e só uma — que o mundo de algum modo está edificado sobre bases morais, que a longo prazo tudo vai bem com o bom, e tudo vai mal com o mau." Mas se não tivesse existido a ressurreição ficaria em perigo esse mesmo princípio da ordem moral do universo, e jamais teríamos podido estar seguros de que o bem é mais forte que o mal.
  3. A ressurreição prova que o amor é mais forte que o ódio. Jesus era o amor de Deus encarnado. Por outro lado toda a atitude daqueles que procuraram a crucificação era de um ódio quase virulento. Era um ódio tão amargo, que chegado o momento era capaz de atribuir a beleza e a benignidade da vida de Jesus ao poder do diabo. Se não tivesse existido a ressurreição o ódio do homem teria, no final, vencido o amor de Deus. Mas a ressurreição é o triunfo do amor sobre tudo o que o ódio podia fazer. A ressurreição é a prova final de que o amor é mais forte que o ódio.
  4. A ressurreição prova o que a vida é mais forte que a morte. Se Jesus tivesse morrido para não voltar a viver, isso teria demonstrado que a morte podia tornar a vida mais bela e melhor que jamais existiu, e destruí-la.

Durante os anos de guerra certa igreja da cidade de Londres estava disposta para o dia de ação de graças. No centro das oferendas havia um punhado de milho. O culto jamais se celebrou, devido ao fato de que durante a noite do sábado houve um furioso ataque aéreo e a igreja ficou em ruínas. Passaram os meses e chegou a primavera e alguém notou que, na zona bombardeada onde tinha estado a igreja, havia caules verdes. Chegou o verão e os caules deram flor e no outono havia uma florescente parcela de milho crescendo entre os escombros. Nem as bombas nem a destruição tinham podido acabar com a vida do milho e suas sementes. A vida era mais forte que a morte. A ressurreição é a prova final disto.
Paulo insiste em que se a ressurreição de Jesus não fosse um fato, toda a mensagem cristã se basearia numa mentira, que aqueles que tinham morrido crendo nela teriam confiado num engano, que sem ela os maiores valores da vida não teriam garantias. "Tirem a ressurreição", diz, "e destruirão tanto o fundamento como o edifício da fé cristã."

PRIMÍCIAS DOS QUE DORMEM

I Coríntios 15:20-28

Esta é outra passagem muito difícil para nós devido ao fato de que se refere a idéias e conceitos que nos são estranhos.

Fala de Cristo como "as primícias dos que dormem". Aqui Paulo está pensando em termos de uma imagem que todo judeu saberia e reconheceria. A festa da Páscoa tinha mais de um significado. Como todos sabem, comemorava a saída dos filhos de Israel do Egito. Mas também era um grande festival da colheita. A data coincidia com o momento em que se começava a colheita da cevada. A lei estabelecia: “Trareis um molho das primícias da vossa sega ao sacerdote; e ele moverá o molho perante o SENHOR, para que sejais aceitos; ao seguinte dia do sábado, o moverá o sacerdote.” (Lv 23:10,Lv 23:11, RC). A lei estabelecia que algumas molhos de cevada deviam ser obtidas de um campo comum. Não deviam provir nem de um jardim, nem de um pomar, nem de terra especialmente preparada. Deviam provir de um campo típico. Quando se cortava a cevada era levada ao templo. Ali era debulhava com varas suaves para não arruiná-la. Logo era torrava sobre o fogo numa frigideira perfurada de modo que cada grão fosse tocado por ele. Logo era exposta ao vento para que a palha voasse. Depois era triturada num moinho, e se oferecia a farinha a Deus. Essas eram as primícias. E é muito significativo notar que até ser realizada não se podia comprar nem vender a cevada nova nos negócios nem fazer pão da nova farinha.

Assim como as primícias eram um sinal da próxima colheita, a ressurreição de Jesus era um sinal da ressurreição de todos os crentes. Assim como não se podia utilizar a cevada nova até ter devotado devidamente as primícias, a nova colheita da vida não chegaria até Jesus não ter ressuscitado dos mortos.

Logo Paulo utiliza outra idéia judia. Segundo o antigo relato de Gênesis 3:1-19, a morte entrou no mundo pelo pecado de Adão. A morte foi a conseqüência direta e o castigo desse pecado. Os judeus criam literalmente que todos os homens tinham pecado em Adão. Para nós é fácil ver que o pecado de Adão podia transmitir à sua descendência a tendência a pecar.

Como disse Esquilo: "O ato ímpio deixa atrás de si uma origem maior, todos parecidos com a estirpe paterna."
Como escreveu George Eliot. "Nossos atos são como filhos que nascem, vivem e agem fora de nossa vontade; os meninos podem ser estrangulados, mas os atos não. Têm uma vida indestrutível tanto dentro como fora de nossa consciência."
Ninguém negaria que um menino pode herdar a tendência a pecar, e que os pecados dos pais serão literalmente "visitados" sobre seus filhos. Ninguém pode negar que um menino pode herdar as conseqüências do pecado de seu pai, porque sabemos muito bem que as condições físicas que são o resultado de uma vida imoral podem ser transmitidas a um menino. Mas os judeus queriam dizer mais que isto. Eles tinham um tremendo sentido de solidariedade. Estavam seguros de que ninguém podia fazer nada que afetasse só a ele. Estava preso ao feixe da vida. E sustentavam que todos os homens tinham pecado em Adão. Para os judeus ele era o pai da raça humana. Todo mundo dos homens estava, por assim dizer, nele. E quando ele pecou, todos pecaram.
Esta idéia pode nos parecer muito estranha. Pode nos parecer injusta. Mas era uma crença judia. Todos tinham pecado em Adão, e portanto todos deviam sofrer a pena de morte. De modo que nos encontramos com uma situação em que todos os homens são pecadores e portanto todos devem morrer. Mas com a vinda de Cristo essa cadeia quebrou-se. Essa situação viu-se invadida por algo novo. Cristo não havia pecado. Tinha vencido a morte. E assim como todos os homens tinham pecado em Adão, todos se livravam do pecado em Cristo; e assim como todos tinham morrido em Adão, todos venciam a morte em Cristo. Nossa unidade com Cristo é tão real como nossa unidade com Adão e esta unidade destrói o efeito nocivo da anterior.

Temos, pois, dois grupos de atos que contrastam. Primeiro, está Adão: pecado e morte. Logo está Cristo: benevolência e vida. E assim como todos estivemos envoltos no pecado do primeiro homem que foi criado, estamos envoltos na vitória do que recriou a humanidade. Qualquer que seja o juízo que nos mereça esta maneira de pensar, era algo convincente para os que o ouviram pela primeira vez; e mesmo que haja outras dúvidas, o certo é que com Jesus Cristo veio ao mundo um novo poder para libertar os homens do pecado e da morte que emaranhavam a situação humana.

Os versículos 24:28 são muito estranhos para nós. Estamos acostumados a pensar de tal maneira que pomos o Pai e o filho num plano de igualdade. Mas aqui Paulo de maneira bem clara e deliberada subordina o Filho ao Pai. O que pensa é isto. Só podemos utilizar termos e analogias humanas. Deus deu a Jesus uma tarefa para fazer, que consistia em derrotar o pecado, vencer a morte e libertar o homem. Chegará o dia em que essa tarefa se cumpriu total e finalmente, e então, pensando em termos gráficos, o Filho retornará ao Pai como um vencedor que retorna ao lar e o triunfo de Deus será completo. Não se trata de que o Filho esteja sujeito a seu Pai como o estão um escravo ou um servo a seu amo. É o caso de alguém que cumpriu o trabalho que lhe foi encarregado, e que retorna coroado com a glória da obediência completa. Assim como Deus enviou seu Filho a redimir o mundo, assim ao chegar o fim Deus receberá um mundo redimido, e não haverá nada no céu nem na Terra que esteja fora do amor e do poder de Deus.

SE NÃO HOUVESSE RESSURREIÇÃO I Coríntios 15:29-34

Mais uma vez esta passagem começa com uma seção muito difícil. As pessoas sempre estiveram muito intrigadas a respeito do que significa ser batizados pelos mortos, e não podemos dizer que este problema ainda se resolveu de maneira definitiva e final. A preposição por que se utiliza, em grego é hyper. Em geral esta palavra pode ter dois significados principais. Quando se refere a um lugar, pode significar sobre ou por cima. Mais usualmente se refere a pessoas ou coisas e significa em lugar de ou a favor de. Recordando estes dois significados, consideremos algumas das maneiras em que foi interpretada esta frase.

  1. Começando com o significado de sobre ou por cima, alguns eruditos sugeriram que isto se refere àqueles que se batizavam sobre as tumbas dos mártires. A idéia reside em que havia algo especialmente comovedor em ser batizado sobre terra sagrada, pensando em estar rodeados por uma nuvem invisível de testemunhas. É uma idéia atrativa e muito bonita, mas, no momento em que Paulo escrevia aos coríntios, ainda não tinha começado a perseguição em grande escala. Os cristãos podiam estar sofrendo ostracismo e perseguição social, mas ainda não tinha chegado a época dos mártires.
  2. Em qualquer caso é muito mais natural interpretar a palavra hyper no sentido de em lugar de ou a favor de. Se o fizermos neste sentido há três possibilidades. Sugere-se que a frase se refere àqueles que se batizam para completar os lugares que os mortos deixaram vagos na 1greja. Este também é um grande pensamento. A idéia é que o crente novo — o cristão jovem — entra na 1greja como um novo recruta para ocupar o lugar de veteranos que terminaram sua campanha e ganharam seu descanso. Nisto há um precioso pensamento. A Igreja necessita sempre ser reforçada, ser substituída, e o novo membro é como um voluntário que completa as filas vazias.
  3. Sugere-se que a frase significa aqueles que se batizam por respeito e carinho aos mortos. Mais uma vez há uma verdade apreciada nisto. Sabemos que é certo que muitos de nós entramos na 1greja porque sabíamos e recordávamos que alguém a quem tínhamos amado e que nos tinha amado, morreu orando e esperando por nós. Há muitos que finalmente deram sua vida a Cristo pela influência invisível de outro que passou desta para a melhor.

(4) Todos estes são pensamentos bonitos, mas no final pensamos que esta frase só pode referir-se a um costume, um costume que existia na 1greja primitiva, mas que acertadamente deixou de fazer parte das práticas da Igreja. Na Igreja primitiva havia um costume que se chamava batismo vicário. Se uma pessoa que tinha querido chegar a ser membro da Igreja, que nesse momento estava recebendo instrução, que era em realidade um catecúmeno, morria, algumas vezes outra pessoa se batizava por ela depois de sua morte. Era uma espécie de batismo por procuração. O costume nasceu do que é em realidade um conceito supersticioso e mágico do batismo, que cria que se uma pessoa não era batizada se via excluída da glória dos fiéis e do céu. Para proteger-se desta exclusão às vezes alguém se oferecia como voluntário para ser literalmente batizado em favor daqueles que tinham morrido. Paulo não aprova nem condena esta prática. Simplesmente pergunta que finalidade teria se não existisse a ressurreição e se os mortos não se levantassem novamente.

Paulo logo passa a tratar um dos grandes motivos da vida cristã Com efeito, pergunta: "Por que um cristão deve aceitar a batalha, o perigo e os riscos da vida cristã se o fizer por nada?" Cita sua própria experiência. Sua vida corre perigo todos os dias. Em Éfeso aconteceu algo terrível que o Novo Testamento não nos conta. Refere-se a isso novamente em II Coríntios 1:8-10; diz que na Ásia, ou seja Éfeso, correu um perigo tão horrendo que se desesperou para a vida e teve a sentença de morte pendente sobre ele. Até o dia de hoje existe em Éfeso um edifício que é conhecido como o cárcere de Paulo. Aqui ele se refere a ter lutado com bestas. A palavra que utiliza é a que se refere a um gladiador que na arena tinha que lutar com leões. Lendas posteriores nos relatam que Paulo em realidade teve que lutar e que se salvou milagrosamente devido ao fato de que os animais não o atacaram. Mas Paulo era um cidadão romano e nenhum cidadão romano seria obrigado a lutar na arena. É muito mais provável que utilize a frase para dar uma imagem vívida das ameaças e maus entendimentos dos homens ou de uma multidão que tinham tentado lhe tirar a vida tão grosseiramente como se tivessem sido animais selvagens. De qualquer maneira. Paulo pergunta: "Que objeto têm os perigos, os sofrimentos e as cicatrizes se não existir uma vida mais além?"

O homem que pensa que esta vida é tudo, e que depois não há nada, poderá dizer: "Comamos, bebamos e nos alegremos que amanhã morreremos." A Bíblia mesma cita aqueles que falavam assim. Isaías (Is 56:12) fala daqueles que diziam: “Vinde, dizem eles, trarei vinho, e nos encharcaremos de bebida forte; o dia de amanhã será como este e ainda maior e mais famoso.” O Pregador, que sustentava que a morte equivalia à extinção, escreveu: “Nada há melhor para o homem do que comer, beber e fazer que a sua alma goze o bem do seu trabalho.” (Ec 2:24; ver 1Co 3:12; 1Co 5:18; 1Co 9:7). O próprio Jesus nos falou do rico insensato que se esqueceu da eternidade e adotou como lema: “Come, bebe e regala-te” (Lc 12:19).

A literatura clássica está cheia desse espírito. Heródoto, o historiador grego, conta-nos um costume egípcio.

"Nas reuniões sociais entre os ricos, quando finalizava o banquete, um servo levava aos convidados um ataúde, no qual havia uma imagem de madeira, gravada e grafite para assemelhá-lo o mais possível ao natural, de um ou dois côvados de comprimento. À medida que o mostrava a cada convidado, o servo dizia: 'Olhe aqui, e bebe e se alegre, porque quando morrer será como isto'."

Eurípides escreve no Alcestes (781-789, segundo tradução ao castelhano de Ángel Ma. Garibay K., da Academia da Língua):

A todos os mortais decretada está a morte
E não há um só que possa predizer se viverá amanhã.
Quem poderia saber aonde o guia o destino?
Ninguém sabe dizer, a ciência é incapaz de adivinhá-lo.
Ouve-me, Creia em mim. . .
Goza, bebe, toma como sua a hora e o dia que tem
nas mãos. . . o resto, deixa-o ao destino!

Tucídides (2:
53) conta-nos que quando a praga mortal invadiu Atenas, as pessoas cometeram todo tipo de crimes vergonhosos devido ao fato de que criam que a vida era curta e nunca teriam que sofrer a tristeza.
Horácio (Odes 1Co 2:13; 1Co 13:1) dá-nos como sua filosofia:

"Digam-lhes que tragam vinhos e perfumes e efêmeros pimpolhos da bela rosa enquanto as circunstâncias, o tempo e os negros mantos das três irmãs (as Parcas) permitam-nos fazê-lo."

Em um dos poemas mais famosos do mundo do poeta latino Catulo encontramos o seguinte:

"Vivamos, Lésbica minha, e amemos, e valoremos os relatos de anciãos austeros numa moedinha. Os sóis poderão ficar e voltar, mas para nós, uma vez que se ponha nossa breve luz, deveremos dormir através de uma noite perpétua."

Eliminemos a idéia de uma vida futura e esta vida perderá todos os seus valores. Eliminemos a idéia de que esta vida é uma disciplina e uma preparação para uma vida futura mais grandiosa, e se soltarão todos os laços da honra e da moral. Não tem sentido dizer que não teria que ser assim, porque os homens não teriam que ser bons e honrados por uma recompensa. Subsiste o fato de que o homem que crê que este é o único mundo, inevitavelmente viverá como se as coisas deste mundo fossem a única coisa importante.
De modo que Paulo insiste em que os coríntios não devem associar— se com aqueles que dizem que a ressurreição não existe. Fazê-lo significa arriscar-se a sofrer uma infecção que pode contaminar a vida. Dizer que não existe a ressurreição não é um signo de superioridade de conhecimentos; é um signo de ignorância total de Deus. Paulo deixa que a mesma vergonha faça com que os que se apartaram voltem para caminho correto.

O FÍSICO E O ESPIRITUAL

I Coríntios 15:35-49

Antes de começar a tratar de interpretar ou compreender esta seção faríamos bem em recordar uma coisa — em toda ela Paulo está falando a respeito de coisas que ninguém conhece realmente. Não está falando de atos concretos, verificáveis, mas sim sobre questões de fé. Está tratando de expressar o inexprimível e descrever o indescritível, e está tratando de utilizar da melhor maneira as idéias e palavras humanas que é tudo o que tem a seu alcance. Se recordarmos isto, salvar-nos-á de uma interpretação cruamente literal e fará com que nosso pensamento se fixe nos princípios importantes que estão na mente de Paulo. Nesta seção Paulo tem que enfrentar as pessoas que diz: "Supondo que haja uma ressurreição do corpo, que chegássemos a aceitar tal coisa, com que tipo de corpo ressuscitarão as pessoas?" A resposta de Paulo encerra três princípios básicos.

  1. Toma a analogia da semente. A semente ao ser posta na terra morre, mas no momento que lhe corresponde ressuscita, e se levanta com um corpo muito distinto ao do momento em que foi semeada. Paulo está mostrando que, ao mesmo tempo, pode haver dissolução, diferença, e continuidade. A semente se dissolve; quando se levanta outra vez há uma vasta diferença no corpo que Deus lhe deu; e entretanto, apesar da dissolução e das diferenças, trata-se da mesma vida, da mesma semente. Este argumento prova que nossos corpos terrestres serão enterrados e se dissolverão; voltarão a levantar-se, mas o farão com uma qualidade distinta; mas subsiste o fato de que é a mesma pessoa a que ressuscita, por muito distinto que seja seu corpo nesse momento. Poderemos ser dissolvidos pela morte; poderemos mudar ao ressuscitar; mas ainda seremos nós os que existiremos.
  2. O segundo princípio básico que Paulo estabelece é que no mundo, tal como o conhecemos, não existe um só corpo. Cada parte da criação tem seu próprio corpo. O argumento prova que Deus dá a toda criatura vivente e a cada coisa criada um corpo de acordo com seu papel na criação e que se ajusta a ele. Sendo assim, então é só razoável que Deus nos dê também um corpo que esteja de acordo com a vida da ressurreição.
  3. O terceiro princípio básico é que na vida existe um desenvolvimento. Adão o primeiro homem, foi criado do pó da terra (Gn 2:7). Mas Jesus é muito mais que um homem criado meramente do pó. É a encarnação do próprio Espírito de Deus. Sob a antiga forma de vida fomos um com Adão, compartilhando seu pecado, herdando sua morte e tendo seu corpo; mas sob a nova forma de vida somos um com Cristo e portanto compartilharemos sua vida e seu ser. Este argumento prova que é certo que temos um corpo físico ao princípio, mas também é certo que algum dia teremos também um corpo espiritual.

Através de toda esta seção Paulo manteve uma sábia e reverente reticência no que respeita a como será o corpo. Será um corpo espiritual, será tal como Deus sabe que o necessitamos e será como Cristo, mas nos versículos 42:44 descreve quatro contrastes que iluminam nosso estado futuro.

  1. O corpo atual se corrompe; o futuro será incorruptível. Neste mundo tudo está sujeito à mudança e à deterioração. Como disse Sófocles, o antigo poeta grego: "A beleza da juventude murcha, e também a glória da humanidade." Mas na vida futura haverá uma permanência na qual as coisas nunca deixarão de ser belas e a beleza não perderá jamais seu resplendor.
  2. O corpo presente é de desonra; o futuro será de glória. O que quer dizer Paulo com isto? Talvez queira dizer que nesta vida a desonra pode penetrar facilmente nela através de nossos sentimentos, paixões e instintos corporais; mas que na vida futura nossos corpos não serão mais os servos da paixão nem do impulso mas sim instrumentos ao serviço puro de Deus, e não há honra mais alta que esta.
  3. O corpo atual é fraco; o futuro será poderoso. Está na moda em nossos dias falar do poder do homem, mas o que realmente ressalta é sua fraqueza. Uma corrente de ar ou uma gota de água pode matá-lo. Nesta vida muitas vezes nos vemos limitados simplesmente devido às limitações necessárias do corpo. Várias vezes nossa constituição física diz a nossas visões e planos: "Até aqui e não mais." Muitas vezes nos vemos frustrados na vida por ser o que somos. Mas na vida por vir não existirão limitações. Aqui estamos cercados pela fraqueza; ali estaremos investidos com poder. Na Terra temos "arcos quebrados"; na vida por vir teremos "círculos perfeitos".
  4. O corpo presente é natural; o futuro será espiritual. Talvez Paulo queria dizer com isto que tal como somos constituímos canais imperfeitos para o Espírito e instrumentos defeituosos para ser utilizados por Ele; mas na vida por vir seremos de tal maneira que o Espírito na verdade poderá nos encher, como não pode fazê-lo aqui, e realmente nos usará, como nunca é possível agora. Na vida vindoura poderemos render a adoração perfeita, o serviço perfeito e o amor perfeito, que neste mundo podem ser só uma visão e um sonho.

A CONQUISTA DA MORTE

I Coríntios 15:50-58

Mais uma vez devemos começar esta passagem lembrando que Paulo está considerando coisas que desafiam a linguagem e frustram a expressão. Devemos ler isto com a mesma mentalidade com que leríamos um grande poeta, em lugar de fazê-lo com a mente que analisa um tratado científico. O argumento segue uma série de passos até que alcança seu ponto culminante.

  1. Paulo insiste em que tal como somos não estamos preparados para herdar o Reino de Deus. Podemos estar bem equipados para enfrentar a vida neste mundo, mas não para a vida no mundo vindouro.

Qualquer pessoa pode correr para alcançar seu trem da manhã, mas teria que ser muito distinto para poder correr o suficiente para competir nos Jogos Olímpicos. Qualquer pessoa pode escrever bastante bem para entreter seus amigos, mas teria que ser um homem muito distinto para escrever algo que os ombros não estejam dispostos a deixar morrer. Qualquer pessoa pode falar bem no círculo de amigos de seu clube, mas teria que ser muito distinto para apresentar-se perante um círculo de verdadeiros eruditos e peritos. O homem precisa mudar sempre para entrar num grau de vida mais alto. Paulo insiste em que em primeiro lugar antes de poder entrar no Reino de Deus devemos mudar.

  1. Além disso, Paulo insiste em que essa mudança radical ocorrerá durante seu próprio tempo. Nisto se equivocava. Mas via que essa mudança chegaria com o retorno de Jesus Cristo.
  2. Logo Paulo continua declarando triunfalmente que ninguém precisa temer a mudança. O temor à morte sempre acossou os homens.

O Dr. Johnson, um dos homens mais grandiosos e melhores que jamais tenha vivido, estava acossado por este medo. Uma vez Boswell lhe disse que tinha havido momentos nos quais não tinha temido à morte. Johnson respondeu que: "ele nunca tinha um instante em que a morte não fosse terrível". Uma vez a senhora Knowles lhe disse que não teria que temer ao que era a porta da vida. Johnson respondeu: "Nenhum homem racional pode morrer sem sentir uma apreensão angustiosa." Dizia que o medo da morte era tão natural para o homem que toda a vida era um longo esforço para não pensar nela.
No que reside esse medo da morte? Em parte se deve ao medo pelo desconhecido. Provém ainda mais da consciência de ter pecado. Se o homem sentisse que pode encontrar-se com Deus facilmente, então morrer seria, como disse Peter Pan, uma grande aventura. Mas de onde provém essa consciência de pecado? Reside na sensação de estar sob a lei. Enquanto o homem veja em Deus só a lei de justiça, se encontrará para sempre na posição de um criminoso perante o estrado de Deus, sem esperanças de absolvição e com a segurança da condenação. Mas Jesus veio exatamente para abolir isto. Veio para nos dizer que Deus não é lei, mas sim amor; que o centro do ser de Deus não é a legalidade, mas sim a graça; que nos dirigimos não a um juiz, mas sim a um Pai que espera que seus filhos cheguem ao lar. E justamente devido a isso Jesus Cristo nos deu a vitória sobre a morte, e o temor a ela desaparece na maravilha do amor de Deus.

  1. Finalmente, ao terminar este capítulo, Paulo faz o de sempre. De repente a teologia se converte num desafio; as especulações se tornam intensamente práticas; o vôo da mente se converte repentinamente numa demanda de ação. Assim, pois, Paulo termina dizendo: "Tendo toda essa glória que contemplar, mantenham-se firmes na fé e o serviço de Deus, porque se o fazem, todo seu esforço e sua luta não serão em vão."

A vida cristã pode ser difícil, mas a meta vale imensamente a luta do caminho.


Dicionário

Aniquilado

aniquilado adj. 1. Destruído completamente. 2. Abatido, humilhado.

E

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Ha

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

hebraico: calor, queimado

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

Inimigo

adjetivo Que odeia alguém, que procura prejudicá-lo; nocivo.
Que ou o que tem aversão a certas coisas: inimigo do ruído.
Que pertence a um grupo adversário, contrário, oposto: time inimigo.
Que não demonstra amizade, que é hostil.
substantivo masculino Indivíduo que odeia alguém, que busca prejudicar essa pessoa.
[Militar] Nação, país com o qual se está em guerra: vencer o inimigo.
Aquilo que prejudica ou busca prejudicar outra coisa ou pessoa: a teimosia é inimiga da inteligência.
Etimologia (origem da palavra inimigo). Do latim inimicus,a,um "que não é amigo".

Os maiores inimigos do homem são o orgulho, a vaidade, o egoísmo, a inveja e a ignorância.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

nimigo é o teu fiscal, / Teu desconto ante a justiça, / Tua defesa ante a lei, / Teu mestre face à cobiça.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 62

O diabo que semeou, semeia e semeará ainda por muito tempo na terra o joio e que figura na parábola [do joio] como sendo o inimigo – são todos os Espíritos maus, Espíritos de erro ou de mentira, impuros, levianos, perversos (errantes ou encarnados) que, procurando exercer perniciosas influências sobre os homens, trabalham por lhes obstar ao progresso, com o fazê-los evitar o bem e praticar o mal pelos pensamentos, palavras e atos; que trabalham por arrastá-los para fora das vias do Senhor. [...]
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

O inimigo, em qualquer caso, é terreno que precisamos recuperar para o plantio de nossa felicidade porvindoura.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 47

[...] O inimigo nem sempre é uma consciência agindo deliberadamente no mal. Na maioria das vezes, atende à incompreensão quanto qualquer de nós; procede em determinada linha de pensamento, porque se acredita em roteiro infalível aos próprios olhos, nos lances do trabalho a que se empenhou nos círculos da vida; enfrenta, qual ocorre a nós mesmos, problemas de visão que só o tempo, aliado ao esforço pessoal na execução do bem, conseguirá decidir. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19


Inimigo O termo grego “ejzros” empregado nos evangelhos implica muito mais do que a idéia de acusação (Mt 5:25; Lc 12:58; 18,3) ou de oposição (Lc 13:17; 21,15). A temática dos inimigos é bastante comum nas Escrituras; nelas se desenvolve, de maneira natural, uma cosmovisão de guerra espiritual na qual o Diabo é o inimigo por excelência (Mt 13:25.28.39; Lc 10:19). Como messias e Senhor, Jesus vencerá todos os seus inimigos (Sl 110:1; Mt 22:44). Contudo, essa oposição e combate aos inimigos ficam limitados a Deus. O discípulo deve amar seus inimigos e orar por eles (Mt 5:43ss.; Lc 6:27.35).

Morte

Morte Ver Alma, Céu, Geena, Hades, Juízo final, Ressurreição.

Fim da vida física. A morte espiritual significa separação em relação a Deus (Ef 2:1-5). A palavra é também empregada nos seguintes sentidos:
1) o fim de um modo pecaminoso de viver (Rm 6:4-8) e
2) a derradeira irreversível separação em relação a Deus após o juízo (Ap 20:11-15).

Morte
1) O fim da vida natural, que resultou da QUEDA em pecado (Gn 2:17; Rm 5:12). É a separação entre o espírito ou a alma e o corpo (Ec 12:7). Para os salvos, a morte é a passagem para a vida eterna com Cristo (2Co 5:1; Fp 1:23).


2) No sentido espiritual, morte é estar separado de Deus (Mt 13:49-50; 25.41; Lc 16:26; Rm 9:3), e a segunda morte é estar separado de Deus para sempre (Ap 20:6-14).


A extinção da vida orgânica acarreta a separação da alma em conseqüência do rompimento do laço fluídico que a une ao corpo, mas essa separação nunca é brusca. O fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do perispírito ligado a uma molécula do corpo. “A sensação dolorosa da alma, por ocasião da morte, está na razão direta da soma dos pontos de contados existentes entre o corpo e o perispírito, e, por conseguinte, também da maior ou menor dificuldade que apresenta o rompimento. Não é preciso portanto dizer que, conforme as circunstâncias, a morte pode ser mais ou menos penosa. [...] O último alento quase nunca é doloroso, uma vez que ordinariamente ocorre em momento de inconsciência, mas a alma sofre antes dele a desagregação da matéria, nos estertores da agonia, e, depois, as angústias da perturbação. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1, it• 4 e 7

[...] transformação, segundo os desígnios insondáveis de Deus, mas sempre útil ao fim que Ele se propõe. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

A morte, para os homens, mais não é do que uma separação material de alguns instantes.
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 28, it• 60

[...] é a libertação dos cuidados terrenos [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 291

A morte é apenas a destruição do envoltório corporal, que a alma abandona, como o faz a borboleta com a crisálida, conservando, porém, seu corpo fluídico ou perispírito.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 12

[...] começo de outra vida mais feliz. [...]
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

[...] a morte, conseqüentemente, não pode ser o término, porém simplesmente a junção, isto é, o umbral pelo qual passamos da vida corpórea para a vida espiritual, donde volveremos ao proscênio da Terra, a fim de representarmos os inúmeros atos do drama grandioso e sublime que se chama evolução.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

[...] é um estágio entre duas vidas. [...]
Referencia: DEJEAN, Georges• A nova luz• Trad• de Guillon Ribeiro• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] uma lei natural e uma transformação necessária ao progresso e elevação da alma. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

[...] A morte mais não é que uma transformação necessária e uma renovação, pois nada perece realmente. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 13

[...] uma porta aberta para formas impalpáveis, imponderáveis da existência [...].
Referencia: DENIS, Léon• O Além e a sobrevivência do ser• Trad• de Guillon Ribeiro• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

A morte é uma simples mudança de estado, a destruição de uma forma frágil que já não proporciona à vida as condições necessárias ao seu funcionamento e à sua evolução. [...] A morte é apenas um eclipse momentâneo na grande revolução das nossas existências; mas, basta esse instante para revelar-nos o sentido grave e profundo da vida. [...] Toda morte é um parto, um renascimento; é a manifestação de uma vida até aí latente em nós, vida invisível da Terra, que vai reunir-se à vida invisível do Espaço. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10

[...] é o estado de exteriorização total e de liberação do “eu” sensível e consciente. [...] é simplesmente o retorno da alma à liberdade, enriquecida com as aquisições que pode fazer durante a vida terrestre; e vimos que os diferentes estados do sono são outros tantos regressos momentâneos à vida do Espaço. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 11

O nada não existe; a morte é um novo nascimento, um encaminhar para novas tarefas, novos trabalhos, novas colheitas; a vida é uma comunhão universal e eterna que liga Deus a todos os seus filhos.
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 20

A morte é uma modificação – não da personalidade, porém da constituição dos princípios elevados do ser humano. [...]
Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - pt• 2, cap• 2

[...] A morte é o maior problema que jamais tem ocupado o pensamento dos homens, o problema supremo de todos os tempos e de todos os povos. Ela é fim inevitável para o qual nos dirigimos todos; faz parte da lei das nossas existências sob o mesmo título que o do nascimento. Tanto uma como outro são duas transições fatais na evolução geral, e entretanto a morte, tão natural como o nascimento, parece-nos contra a Natureza.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 1

[...] Quer a encaremos de frente ou quer afastemos a sua imagem, a morte é o desenlace supremo da Vida. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 1

[...] Fenômeno de transformação, mediante o qual se modificam as estruturas constitutivas dos corpos que sofrem ação de natureza química, física e microbiana determinantes dos processos cadavéricos e abióticos, a morte é o veículo condutor encarregado de transferir a mecânica da vida de uma para outra vibração. No homem representa a libertação dos implementos orgânicos, facultando ao espírito, responsável pela aglutinação das moléculas constitutivas dos órgãos, a livre ação fora da constrição restritiva do seu campo magnético.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 7

A morte é sempre responsabilidade pelos sofrimentos que ferem as multidões. Isto porque há uma preferência geral pela ilusão. Todos, porém, quantos nascem encontram-se imediatamente condenados à morte, não havendo razões para surpresas quando a mesma ocorre. No entanto, sempre se acusa que a famigerada destruidora de enganos visita este e não aquele lar, arrebata tal pessoa e M não aquela outra, conduz saudáveis e deixa doentes...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Culto ao sofrimento

A tradição védica informa que o nascimento orgânico é morte, porque é uma viagem no mundo de sombras e de limites, quanto que a morte é vida, por ensejar a libertação do presídio da matéria para facultar os vôos nos rios do Infinito. Possivelmente, por essa razão, o sábio chinês Confúcio, escreveu: Quando nasceste todos riam e tu choravas. Vive, porém, de tal forma que, quando morras, todos chores, mas tu sorrias. [...] Concordando com essa perspectiva – reencarnação é morte e desencarnação é vida! [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Iluminação para a ação

A morte se traduz como uma mudança vibratória que ocorre entre dois estados da vida: físico e fluídico. Através dela se prossegue como se é. Nem deslumbramento cerúleo nem estarrecimento infernal de surpresa. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11

A morte, examinada do ponto de vista terrestre, prossegue sendo a grande destruidora da alegria e da esperança, que gera dissabores e infortúnios entre os homens. [...] do ponto de vista espiritual, a morte significa o retorno para o lar, donde se procede, antes de iniciada a viagem para o aprendizado na escola terrena, sempre de breve duração, considerando-se a perenidade da vida em si mesma.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 21

[...] Morrer é renascer, volver o espírito à sua verdadeira pátria, que é a espiritual. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 1, cap• 5

[...] A morte, à semelhança da semente que se despedaça para germinar, é vida que se desenlaça, compensadora. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 2, cap• 9

Etimologicamente, morte significa “cessação completa da vida do homem, do animal, do vegetal”. Genericamente, porém, morte é transformação. Morrer, do ponto de vista espiritual, nem sempre é desencarnar, isto é, liberar-se da matéria e das suas implicações. A desencarnação é o fenômeno de libertação do corpo somático por parte do Espírito, que, por sua vez, se desimanta dos condicionamentos e atavismos materiais, facultando a si mesmo liberdade de ação e de consciência. A morte é o fenômeno biológico, término natural da etapa física, que dá início a novo estado de transformação molecular. A desencarnação real ocorre depois do processo da morte orgânica, diferindo em tempo e circunstância, de indivíduo para indivíduo. A morte é ocorrência inevitável, em relação ao corpo, que, em face dos acontecimentos de vária ordem, tem interrompidos os veículos de preservação e de sustentação do equilíbrio celular, normalmente em conseqüência da ruptura do fluxo vital que se origina no ser espiritual, anterior, portanto, à forma física. A desencarnação pode ser rápida, logo após a morte, ou se alonga em estado de perturbação, conforme as disposições psíquicas e emocionais do ser espiritual.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Morte e desencarnação

[...] morrer é prosseguir vivendo, apesar da diferença vibratória na qual se expressará a realidade.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Morrendo para viver

Morrer é desnudar-se diante da vida, é verdadeira bênção que traz o Espírito de volta ao convívio da família de onde partiu...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Processo desencarnatório

A morte é a desveladora da vida.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Identificação dos Espíritos

[...] a morte traduz, em última análise, o ponto de partida do estágio terrestre para, assim, a alma, liberta dos liames carnais, ascender a mundos superiores numa mesma linha de continuidade moral, intelectual e cultural, integralmente individualizada nos seus vícios e virtudes, nas suas aspirações e ideais, para melhor poder realizar a assimilação das experiências colhidas durante a sua encarnação na matéria física e planetária. [...]
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Da evolução e da Divindade

[...] a morte não é o remate dos padecimentos morais ou físicos, e sim uma transição na vida imortal. [...] A morte é o despertar de todas as faculdades do espírito entorpecidas no túmulo da carne e, então, liberto das sombras terrenas.
Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 3

A morte não é, como dizem geralmente, o sono eterno; é, antes, o despertar da alma – que se acha em letargia enquanto constrangida no estojo carnal – despertar que, às vezes, dura tempo bem limitado, porque lhe cumpre retornar à Terra, a desempenhar nova missão; não é o esvaimento de nenhum dos atributos anímicos; é o revigoramento e o ressurgimento de todos eles, pois é quando a inteligência se torna iluminada como por uma projeção elétrica, para se lhe desvendarem todas as heroicidades e todos os delitos perpetrados no decorrer de uma existência. [...]
Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 1, cap• 7

[...] é um ponto-e-vírgula, não um ponto final. [...]
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - Um gênero e duas épocas

[...] a morte é uma passagem para outra vida nova. [...]
Referencia: KRIJANOWSKI, Wera• A vingança do judeu Pelo Espírito Conde J• W• Rochester• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - pt• 2, o homem propõe e Deus dispõe

[...] prelúdio de uma nova vida, de um novo progresso.
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

[...] a morte – ou seja, libertação do Espírito – é tão simples e natural que a grande maioria, por um espaço de tempo maior ou menor, nem mesmo sabe o que aconteceu e continua presa aos ambientes onde viveu na carne, numa atmosfera de pesadelo que não entende e da qual não consegue sair. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 15

M [...] a extinção da vida física não é uma tragédia que se possa imputar a Deus, mas um processo pelo qual a própria vida se renova. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

A morte é oportunidade para que pensemos na existência da alma, na sua sobrevivência e comunicabilidade com os vivos da Terra, através dos médiuns, da intuição, ou durante o sono. A morte é, ainda, ensejo para que glorifiquemos a Indefectível Justiça, que preside a vida em todas as suas manifestações. Na linguagem espírita, a morte é, tão-somente, transição de uma para outra forma de vida. Mudança de plano simplesmente. [...] a morte não é ocorrência aniquiladora da vida, mas, isto sim, glorioso cântico de imortalidade, em suas radiosas e sublimes manifestações.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 34

[...] nada mais é do que a transição de um estado anormal – o de encarnação para o estado normal e verdadeiro – o espiritual!
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Apres•

[...] a morte não é mais do que o prosseguimento da vida transportada para ambientes diferentes [...].
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

Morte que é vida admirável e feliz, ou tormentosa; vida exuberante, à luz do Cristo ou nas sombras do remorso e do mal. Mas vida eterna prometida por Jesus, que é, agora, mais bem compreendida. [...]
Referencia: RAMOS, Clóvis• 50 anos de Parnaso• Prefácio de Francisco Thiesen; apresentação de Hernani T• Sant’Anna• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 6

[...] a morte é, na realidade, o processo renovador da vida.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Amar e servir• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 42

Não te amedronte, filha minha, a morte, / Que ela é qual simples troca de vestido: / Damos de mão a um corpo já puído, / Por outro mais esplêndido e mais forte. [...] A morte, filha minha, é a liberdade! / É o vôo augusto para a luz divina, / Sob as bênçãos de paz da Eternidade! / É bem começo de uma nova idade: / Ante-manhã formosa e peregrina / Da nossa vera e grã felicidade.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A morte

[...] A morte não existe; e aquilo a que damos esse nome não é mais que a perda sofrida pela alma de parte das mônadas, que constituem o mecanismo de seu corpo terreno, dos elementos vívidos que voltam a uma condição semelhante àquela em que se achavam, antes de entrarem no cenário do mundo. [...]
Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1

[...] é simplesmente o nosso libertamento de um organismo pelo qual, apesar da grosseria dos sentidos, a nossa alma, invisível e perfectível, se nobilita [...].
Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 2

A morte é ponto de interrogação entre nós incessantemente colocado, o primeiro tema a que se ligam questões sem-número, cujo exame faz a preocupação, o desespero dos séculos, a razão de ser de imensa cópia de sistemas filosóficos. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Depois da morte

[...] é o remate da vida. [...]
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Convive com ele

[...] é a ressuscitadora das culpas mais disfarçadas pelas aparências do homem ou mais absconsas nas profundezas do espírito.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em paz e paciência

A morte não é noite sem alvorada nem dia sem amanhã; é a própria vida que segue sempre.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A lei da morte

[...] Morrer é passar de um estado a outro, é despir uma forma para revestir outra, subindo sempre de uma escala inferior para outra, imediatamente superior.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Evolução

[...] a morte só é simples mergulho na vida espiritual, para quem soube ser realmente simples na experiência terrestre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 20

A morte do corpo constitui abençoada porta de libertação, para o trabalho maior.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] a morte transforma, profundamente, o nosso modo de apreciar e de ser, acendendo claridades ocultas, onde nossa visão não alcançaria os objetivos a atingir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

É a morte um simples túnel, através do qual a carruagem de nossos problemas se transfere de uma vida para outra. Não há surpresas nem saltos. Cada viajante traz a sua bagagem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A morte é o passado que, quase sempre, reclama esquecimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A morte é somente uma longa viagem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A morte é a grande niveladora do mundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Toda morte é ressurreição na verdade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A morte é uma ilusão, entre duas expressões da nossa vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] A morte significa apenas uma nova modalidade de existência, que continua, sem milagres e sem saltos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Indubitavelmente, a morte do corpo é uma caixa de surpresas, que nem sempre são as mais agradáveis à nossa formação. [...] A morte, porém, é processo revelador de caracteres e corações [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Do Além

[...] é sempre um caminho surpreendente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De retorno

A morte é o banho revelador da verdade, porque a vida espiritual é a demonstração positiva da alma eterna.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Tudo claro

[...] a hora da morte é diferente de todas as outras que o destino concede à nossa existência à face deste mundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 8

M A morte não provocada / É bênção que Deus envia, / Lembrando noite estrelada / Quando chega o fim do dia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 38

A morte é renovação, investindo a alma na posse do bem ou do mal que cultivou em si mesma durante a existência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em saudação

Então, a morte é isto? uma porta que se fecha ao passado e outra que se abre ao futuro?
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 28

A morte é simplesmente um passo além da experiência física, simplesmente um passo. Nada de deslumbramento espetacular, nada de transformação imediata, nada de milagre e, sim, nós mesmos, com as nossas deficiências e defecções, esperanças e sonhos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 31

[...] a morte, por mais triste e desconcertante, é sempre o toque de ressurgir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jornada acima

[...] a morte é chave de emancipação para quantos esperam a liberdade construtiva. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 41

A morte é simples mudança de veste [...] somos o que somos. Depois do sepulcro, não encontramos senão o paraíso ou o inferno criados por nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

A morte física não é o fim. É pura mudança de capítulo no livro da evolução e do aperfeiçoamento. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Ante os tempos novos

A morte não é uma fonte miraculosa de virtude e sabedoria. É, porém, uma asa luminosa de liberdade para os que pagaram os mais pesados tributos de dor e de esperança, nas esteiras do tempo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Marte

[...] a morte representa para nós outros um banho prodigioso de sabedoria [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Carta a Gastão Penalva

O repouso absoluto no túmulo é a mais enganosa de todas as imagens que o homem inventou para a sua imaginação atormentada.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Carta a Gastão Penalva

[...] é campo de seqüência, sem ser fonte milagreira, que aqui ou além o homem é fruto de si mesmo. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Obreiros da vida eterna• Pelo Espírito André Luiz• 31a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - Rasgando véus

A morte física não é salto do desequilíbrio, é passo da evolução, simplesmente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Os mensageiros

A morte é simplesmente o lúcido processo / Desassimilador das formas acessíveis / À luz do vosso olhar, empobrecido e incerto.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - O mistério da morte

[...] A morte física, em qualquer circunstância, deve ser interpretada como elemento transformador, que nos cabe aproveitar, intensificando o conhecimento de nós mesmos e a sublimação de nossas qualidades individuais, a fim de atendermos, com mais segurança, aos desígnios de Deus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 30

[...] A morte mais terrível é a da queda, mas a Terra nos oferece a medicação justa, proporcionando-nos a santa possibilidade de nos reerguermos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 1

[...] o instante da morte do corpo físico é dia de juízo no mundo de cada homem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 23

A morte para todos nós, que ainda não atingimos os mais altos padrões de humanidade, é uma pausa bendita na qual é possível abrir-nos à prosperidade nos princípios mais nobres. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

[...] A morte é lição para todos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Almas em desfile• Pelo Espírito Hilário Silva• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 22


vem diretamente do Latim mors. Em épocas mais recuadas, quando ela se fazia presente de modo mais visível, o Indo-Europeu criou a raiz mor-, "morrer", da qual descendem as palavras atuais sobre a matéria. Dentre elas, mortandade, "número elevado de mortes, massacre", que veio do Latim mortalitas, "mortalidade". Dessa mesma palavra em Latim veio mortalidade, "condição do que é passível de morrer".

substantivo feminino Óbito ou falecimento; cessação completa da vida, da existência.
Extinção; falta de existência ou ausência definitiva de alguma coisa: morte de uma espécie; morte da esperança; morte de uma planta.
Figurado Sofrimento excessivo; pesar ou angústia: a perda do filho foi a morte para ele.
Figurado Ruína; destruição completa e definitiva de: a corrupção é, muitas vezes, o motivo da morte da esperança.
Por Extensão Representação da morte, caracterizada por um esqueleto humano que traz consigo uma foice.
Entre a vida e a morte. Estar sob a ameaça de morrer.
Morte aparente. Estado em que há redução das funções vitais do corpo.
Etimologia (origem da palavra morte). Do latim mors.mortis.

Ser

verbo predicativo Possuir identidade, particularidade ou capacidade inerente: Antônia é filha de José; esta planta é uma samambaia; a Terra é um planeta do sistema solar.
Colocar-se numa condição ou circunstância determinada: um dia serei feliz.
Gramática Usado na expressão de tempo e de lugar: são três horas; era em Paris.
verbo intransitivo Pertencer ao conjunto dos entes concretos ou das instituições ideais e abstratas que fazem parte do universo: as lembranças nos trazem tudo que foi, mas o destino nos mostrará tudo o que será.
Existir; fazer parte de uma existência real: éramos os únicos revolucionários.
verbo predicativo e intransitivo Possuir ou preencher um lugar: onde será sua casa? Aqui foi uma igreja.
Demonstrar-se como situação: a festa será no mês que vem; em que lugar foi isso?
Existir: era uma vez um rei muito mau.
Ser com. Dizer respeito a: isso é com o chefe.
verbo predicativo e auxiliar Une o predicativo ao sujeito: a neve é branca.
Gramática Forma a voz passiva de outros verbos: era amado pelos discípulos.
Gramática Substitui o verbo e, às vezes, parte do predicado da oração anterior; numa oração condicional iniciada por "se" ou temporal iniciada por "quando" para evitar repetição: se ele faz caridade é porque isso lhe traz vantagens políticas.
Gramática Combinado à partícula "que" realça o sujeito da oração: eu é que atuo.
Gramática Seguido pelo verbo no pretérito perfeito composto: o ano é acabado.
substantivo masculino Pessoa; sujeito da espécie humana.
Criatura; o que é real; ente que vive realmente ou de modo imaginário.
A sensação ou percepção de si próprio.
A ação de ser; a existência.
Etimologia (origem da palavra ser). Do latim sedẽo.es.sẽdi.sessum.sedẽre.

O ser é uno mesmo quando no corpo ou fora dele. No corpo, ocorre a perfeita integração dos elementos que o constituem, e, à medida que se liberta dos envoltórios materiais, prossegue na sua unidade com os vestígios da vivência impregnados nos tecidos muito sutis do perispírito que o transmitem à essência espiritual.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

[...] o ser é fruto dos seus atos passados, para agir com as ferramentas da própria elaboração, na marcha ascendente e libertadora.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5

[...] cada ser é um universo em miniatura, expansível pelo pensamento e pelo sentimento e que possui como atributo a eternidade.
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 8

[...] o ser é o artífice da sua própria desgraça ou felicidade, do seu rebaixamento ou elevação. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo


último

adjetivo Que é mais recente ou moderno na ordem cronológica: os últimos descobrimentos foram muito importantes.
Que está ou vem depois de todos os outros: a última casa da rua.
Final, extremo: permaneceu com a família até o último minuto.
Atual, presente: última moda.
Decisivo: cabe a ele a última palavra.
substantivo masculino O que está em último lugar (no espaço ou no tempo): os últimos serão os primeiros.
Figurado O mais vil, desprezível ou miserável: ele é o último dos homens.

último adj. 1. Que vem depois de todos. 2. extremo, derradeiro, final. 3. Moderníssimo, recentíssimo. 4. Que fica de resto, de sobra; restante. S. .M 1. Pessoa ou coisa que vem depois de todas as outras. 2. O que sobrevive a outros. 3. O mais recente. 4. O mais vil, o pior, o mais desprezível. 5. O resto.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
I Coríntios 15: 26 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

O último inimigo que é aniquilado é a morte ①.
I Coríntios 15: 26 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

54 d.C.
G2078
éschatos
ἔσχατος
um dos dois reis de Midiã que comandaram a grande invasão da Palestina e finalmente
(Zebah)
Substantivo
G2190
echthrós
ἐχθρός
odiado, odioso, detestável
(enemy)
Adjetivo - Masculino no Singular acusativo
G2288
thánatos
θάνατος
a morte do corpo
(of death)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G2673
katargéō
καταργέω
dividir, cortar em dois, encurtar, viver a metade (da vida de alguém)
(and he divided)
Verbo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção


ἔσχατος


(G2078)
éschatos (es'-khat-os)

2078 εσχατως eschatos

superlativo, provavelmente de 2192 (no sentido de contigüidade); TDNT - 2:697,264; adj

  1. extremo
    1. último no tempo ou no lugar
    2. último numa série de lugares
    3. último numa suceção temporal
  2. último
    1. último, referindo-se ao tempo
    2. referente a espaço, a parte extrema, o fim, da terra
    3. de posição, grau de valor, último, i.e., inferior

ἐχθρός


(G2190)
echthrós (ech-thros')

2190 εχθρος echthros

de uma palavra primária echtho (odiar); detestável (passivamente, odioso, ou ativamente, hostil); TDNT - 2:811,285; adj

  1. odiado, odioso, detestável
  2. hostil, que destesta e se opõe a outro
    1. usado de pessoas que estão em inimizade com Deus pelos seus pecados
      1. opondo-se (a Deus) na mente
      2. pessoa hostil
      3. um determinado inimigo
      4. alguém hostil
      5. do diabo que é o mais amargo inimigo do governo divino

θάνατος


(G2288)
thánatos (than'-at-os)

2288 θανατος thanatos

de 2348; TDNT - 3:7,312; n m

  1. a morte do corpo
    1. aquela separação (seja natural ou violenta) da alma e do corpo pela qual a vida na terra termina
    2. com a idéia implícita de miséria futura no inferno
      1. o poder da morte
    3. como o mundo inferior, a habitação dos mortos era concebida como sendo muito escura, equivalente à região da mais densa treva, i.e., figuradamente, uma região envolvida em trevas de ignorância e pecado
  2. metáf., a perda daquela única vida digna do nome,
    1. a miséria da alma que se origina do pecado, que começa na terra, mas continua e aumenta, depois da morte do corpo, no inferno

      o estado miserável do ímpio no inferno

      no sentido mais amplo, a morte, incluindo toda as misérias que se originam do pecado, e inclui a morte física como a perda de um vida consagrada a Deus e abênçoada por ele na terra, é seguida pela desdita no inferno


καταργέω


(G2673)
katargéō (kat-arg-eh'-o)

2673 καταργεω katargeo

de 2596 e 691; TDNT - 1:452,76; v

  1. tornar indolente, desempregado, inativo, inoperante
    1. fazer um pessoa ou coisa não ter mais eficiência
    2. privar de força, influência, poder
  2. fazer cessar, pôr um fim em, pôr de lado, anular, abolir
    1. cessar, morrer, ser posto de lado
    2. ser afastado de, separado de, liberado de, livre de alguém
    3. terminar todo intercurso com alguém


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.