O Evangelho dos Humildes
Versão para cópiaA CONSULTA DOS SACERDOTES E DOS ESCRIBAS
1 E aconteceu isto, que tendo Jesus acabado todos estes discursos, disse a seus discípulos:
2 Vós sabeis que daqui a dois dias se há de celebrar a Páscoa, e o Filho do homem será entregue para ser crucificado.
Por meio de sua clarividência, Jesus percebe que se aproxima o momento supremo do testemunho.
É fenômeno digno de notar-se que todos aqueles que consagram um pouco do seu tempo ao cultivo espiritual de suas almas, entrevêem, ainda que vagamente, a ocasião em que passarão pelas provas decisivas para o seu progresso. Parece que a alma adquire a presciência do que lhe vai acontecer, e prepara-se, fortificando-se pela oração e pela vigilância, para suportar os acontecimentos.
3 Então se ajuntaram os príncipes dos sacerdotes e os magistrados do povo no átrio do príncipe dos sacerdotes, que se chama Caifaz;
4 E tiveram conselho para prenderem a Jesus com engano, e fazerem-no morrer.
Começam os preparativos para o sacrifício de Jesus. Até aqui ele pregou as leis da fraternidade, do amor a Deus e ao próximo, e ensinou como socorrer espiritualmente aos deserdados do mundo. Agora ele exemplificaria como perdoar aos inimigos, como orar pelos que perseguem e caluniam, como cada um deverá carregar pacientemente sua cruz, e como ser obediente aos desígnios do Altíssimo.
No sacrifício de Jesus não há fatalidade; se ele o quisesse poderia evitá-lo.
Ele tinha seu livre-arbítrio, e dependia apenas dele aceitar ou repelir a prova que o Altíssimo lhe oferecia.
Diariamente vemos pessoas rejeitarem as provas que lhes estão destinadas; é verdade que o que devemos, embora o resgate seja protelado momentaneamente, voltará mais tarde, às vezes em circunstâncias desfavoráveis; as consequências dos atos de vidas anteriores não podem ser preteridas indefinidamente; um dia terão de ser resolvidas.
Com muito mais facilidade Jesus poderia livrar-se, tanto mais que ele nada devia de existências anteriores; estava em suas mãos afastar o sofrimento que se avizinhava. Entretanto, preferiu sujeitar-se à vontade de Deus, a fim de beneficiar pelo exemplo aos sofredores da terra. Depois do sacrifício de Jesus, os que sofrem haurem forças em seu exemplo para suportarem resignadamente seus próprios padecimentos; os que são caluniados e perseguidos aprenderam a orar pelos seus perseguidores e caluniadores; os que são maltratados, humilhados, escarnecidos, vilipendiados e sacrificados, tomam Jesus por modelo, perdoam e esquecem. Se o Altíssimo não nos tivesse dado Jesus por Mestre e exemplificador de suas leis, que modelo teríamos aqui na terra para nos basearmos com relação aos que nos causarem males e danos?
Não sendo o sacrifício de Jesus uma fatalidade, uma vez que estava em suas mãos aceitá-lo ou não, gerou-se ele, todavia, da incompreensão dos homens, os quais combateram as ideias que Jesus nos veio trazer. Houve e haverá em todos os tempos, grupos de interessados em que as ideias novas não triunfem para tirarem proveito da situação. Estes grupos iniciam os movimentos contrários, e recebem reforços dos ignorantes, dos comodistas, e dos que temem qualquer mudança no regime em que vivem. Foi o que sucedeu com Jesus e seu Evangelho. Mas o Altíssimo dispõe de infinitos meios para fazer brihar a Verdade. E quando os perseguidores julgaram que os ensinamentos de Jesus estavam mortos, eles ressurgiram com redobrado vigor, e espalharam-se pela terra com a rapidez de relâmpago.
5 Mas diziam eles: Não se execute isto no dia da festa, para que não suceda levantar-se algum motim no povo.
O povo amava Jesus. Convivendo com os humildes, granjeara no seio da classe sofredora inúmeros amigos. E como sua prisão nada tinha que a justificasse, os sacerdotes temiam o protesto popular que dela resultaria.
O JANTAR EM BETÃNIA
(Mc6 Ora estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso.
É de notar-se a humildade de Jesus, hospedando-se em casa de um leproso. Pela lei de Moisés, eram os leprosos declarados impuros. Jesus, não fazendo caso das convenções humanas, leva ao mísero leproso o conforto de sua presença.
Este versículo encerra uma profunda lição, digna de ser posta em prática por todos os que, realmente, querem observar o Evangelho. Jesus preferia a amizade e a companhia dos que passavam pelas provas e sofriam suas expiações, abandonados e esquecidos dos homens. Ninguém melhor do que ele conhecia a lei de causa e efeito; portanto, sabia perfeitamente porque cada um sofria; contudo, não se arvorava em juiz, mas em amigo, ajudando os sofredores a bem carregarem suas cruzes. Neste ponto Jesus era muito diferente da maioria da humanidade, a qual procura sempre a companhia e a amizade dos influentes e dos ricos, dos sãos e dos poderosos, desprezando os que lhe são inferiores, quer em saúde, quer em riqueza, quer em poder.
Semelhante proceder é contrário à lei da fraternidade, que manda não fazermos acepção de pessoas. Hoje, graças às revelações do Espiritismo, sabemos que o sofrimento pelo qual cada um passa, é justo; é a expressão da justiça do Altíssimo, que dá a cada um segundo suas obras de encarnações passadas. Se é justo o que cada um sofre, nem por isso devemos afastar-nos do sofredor, o qual para reabilitar-se, não pode prescindir de nossos amparos e auxílios fraternais. Se o Espiritismo nos mostra a causa, o Evangelho nos diz que é nosso dever ajudar a cada um dos sofredores da terra a bem cumprirem suas penas.
7 Chegou-se a ele uma mulher que trazia uma redoma de alabastro cheia de precioso bálsamo, e o derramou sobre a cabeça de Jesus, estando recostado à mesa.
8 E vendo isto os seus discípulos, se indignaram, dizendo: Para que foi este desperdício?
9 Porque podia isto vender-se por bom preço, e dar-se este aos pobres.
10 Mas Jesus sabendo isto, disse-lhes: Porque molestais vós esta mulher? que, no que fez, me fez uma boa obra.
11 Porque vós outros sempre tendes convosco os pobres, mas a mim nem sempre me tereis.
12 Porquanto derramar ela este bálsamo sobre o meu corpo, foi ungir-me para ser enterrado.
13 Em verdade vos digo que onde quer que for pregado este Evangelho, que o será em todo o mundo, publicar-se-á também, para memória sua, a ação que esta mulher fez.
O ato de a mulher ungir os pés de Jesus com seu bálsamo precioso, traduz um sentimento de gratidão. Mulher pecadora sentindo-se reanimada pelas palavras do Mestre, e fortificada para começar o resgate de suas faltas, não encontrou outro meio de expressar o reconhecimento de que estava possuída, senão perfumando aquele que a tinha tirado da lama.
Tal acontece com os espíritos que atravessam várias encarnações, atolando-se cada vez mais no lodo das paixões inferiores. Um dia, tocados pelos ensinamentos do Mestre, deixam a má vida, e felizes e reanimados para o bem, elevam a Jesus uma prece de profundo agradecimento. Semelhante prece é qual um bálsamo precioso, vertido de corações que pulsam de amor por Aquele que lhes indicou o Caminho, a Verdade e a Vida.
O PREÇO DA TRAIÇÃO
(Mc14 Então se foi ter um dos doze, que se chamava Judas 1scariotes, com os príncipes dos sacerdotes.
15 E lhes disse: Que me quereis vós dar; e eu vo-lo entregarei? E eles lhe assinaram trinta moedas de prata.
16 E desde então buscava oportunidade para o entregar.
Não resta a menor dúvida de que não foi o desejo de possuir as trinta moedas de prata, o que levou Judas a trair o Mestre. O motivo que influiu no ânimo de Judas para que agisse mal, foi político. Os judeus, nessa época, viviam sob o jugo romano. Os patriotas israelitas ansiavam por recuperar a liberdade perdida. Judas pertencia ao grupo dos que, por meio de uma revolução, queriam libertar a Judeia. Iludido pela simpatia que Jesus desfrutava no seio do povo, e pela boa acolhida que Jerusalém lhe tributara, Judas não via em Jesus um missionário celeste, mas um chefe de partido. Judas quis precipitar os acontecimentos políticos, entregando o Mestre à prisão; julgava que houvesse reação, os partidários se reuniriam, e se faria a tão ambicionada revolta contra os Romanos.
A ÚLTIMA PÁSCOA. A SANTA CEIA
(Mc17 E no primeiro dos dias em que se comiam os pâes ázimos, vieram ter com Jesus os seus discípulos, dizendo: Onde queres tu que te preparemos o que se há de comer na Páscoa?
18 E disse Jesus: Ide à cidade, à casa de um tal, e dizei-lhe: O meu tempo está próximo, em tua casa quero celebrar a Páscoa com meus discípulos.
19 E fizeram os discípulos como Jesus lhes havia ordenado, e prepararam a Páscoa.
20 Chegada pois a tarde, pôs-se Jesus à mesa com os seus doze discípulos.
A Páscoa é uma cerimônia anual de agradecimentos a Deus, e remonta à mais alta antiguidade. Foi instituida por Moisés em memória da saída do povo hebreu do Egito, onde eram escravos. O Cristianismo recebeu esta herança do Judaísmo, porém, não mais comemora por meio dela a partida das terras do Egito; mas sim, atualmente, relembra, pela Páscoa, a ressurreição de Jesus. É uma festa de alegria e de esperanças e essencialmente familiar, como o Natal.
É quando a família cristã recorda a gloriosa materialização do Mestre ante seus discípulos, depois de ter desencarnado na cruz, provando que a morte não existe, e que depois do túmulo a vida continua eterna e mais bela ainda.
Jesus mandou seus discípulos à casa dum tal, isto é, de quem melhor os acolhesse; não havia preferências; onde fossem bem acolhidos, ali celebrariam a Páscoa. Assim também os ensinamentos de Jesus se dirigem à humanidade, sem preferências por determinada seita. Todavia, germinam apenas na alma de quem preparou seu coração para bem recebê-los.
O meu tempo está próximo, é mais um aviso que Jesus faz a seus discípulos. Indiretamente quis avisá-los de que sua missão estava quase terminada aqui na terra.
21 E estando eles comendo, disse-lhes: Em verdade vos afirmo que um de vós me há de entregar.
Como já sabemos, Jesus percebia o que se estava tramando a seu respeito por meio da clarividência, faculdade que possuia em alto grau. Para ele nada havia encoberto, pois, podia ver em quadros fluídicos o desenrolar dos acontecimentos. Judas, que já tinha dado os passos necessários para entregar o Mestre, emitia pensamentos que o denunciavam; e Jesus via os quadros formados pelos pensamentos de Judas a respeito da traição.
A clarividência é uma faculdade da alma, que está sempre em relação com o progresso espiritual, já conseguido pela alma. Quanto maior for o adiantamento espiritual de um espírito, tanto maior será sua clarividência.
A clarividência de Jesus lhe permitia ler no perispírito de cada sofredor que o procurava, o resultado das reencarnações passadas e o que pensava para o futuro. Desse modo, ele verificava se o sofredor merecia ou não a cura que solicitava.
A clarividência é o estado normal dos espíritos desencarnados; quando encarnados, só excepcionalmente ela se manifesta, como, por exemplo, no caso de Jesus. A matéria em-bota essa faculdade da alma; e para que o espírito a possua, estando encarnado, é necessária muita renúncia, muito desprendimento das coisas materiais, extrema dedicação a seus semelhantes, e muita pureza de pensamentos.
22 E eles, muito cheios de tristeza, cada um começou a dizer: Porventura sou eu, Senhor?
23 E ele, respondendo, lhes disse: O que mete comigo a mão no prato, esse é o que me há de entregar.
Jesus aqui nos dá um belíssimo exemplo de amor, tolerância e perdão.
Apesar de saber que um de seus discípulos o trairia, nem por isso deixa de tratar bem a todos, sem fazer distinção. O próprio discípulo culpado é admitido à sua mesa com carinho e benevolência.
Os discípulos se entristeceram quando ouviram a afirmação de jesus, porque conheciam o ódio que os sacerdotes lhe votavam. E por isso, recearam que fossem compelidos a atraiçoarem o Mestre, embora não o quisessem. E perguntado, Jesus lhe responde• qué era um daqueles em quem confiara.
24 O Filho do homem vai certamente, como está escrito dele, mas ai daquele homem por cuja intervenção há de ser entregue o Filho do homem; melhor fora ao tal homem não haver nascido.
25 E respondendo Judas, o que o entregou, disse: Sou eu, porventura, Mestre? Disse-lhe Jesus: Tu o disseste.
Jesus lhes explica que não recuaria ante o suplício. Entretanto, advertia o traidor de que seu erro lhe acarretaria grandes sofrimentos para o futuro. E assim foi: durante muitos séculos, Judas se reencarnou na terra, afrontando inúmeros perigos e tormentos, sempre lutando pela sagrada causa de Jesus, até se reabilitar da falta praticada. Sua falta se originou da falsa interpretação que deu à missão de Jesus.
26 Estando eles, porém, ceiando tomou Jesus o pão, e o benzeu, e partiuo e deu-o a seus discípulos, e disse: Tomai e comei; este é o meu corpo.
27 E tomando o cálice, deu graças, e deu-lhos, dizendo: Bebei dele todos.
28 Porque este é o meu sangue do novo testamento, que será derramado por muitos para remissão de pecados. Na antiga lei de Moisés, quando se consumava o sacrifício da Páscoa, comiam-se as carnes das vítimas sacrificadas, e aspergia-se o povo com o sangue delas. De acordo com a lei, todos os que eram aspergidos, purificavam-se. Era uma cerimônia material, adequada aos espíritos da época, os quais ainda não tinham evolução suficiente para compreenderem as coisas unicamente espirituais. Jesus, que seria a vítima da nova doutrina que viera trazer à terra simbolicamente oferece sua carne e seu sangue aos seus discípulos, demonstrando-lhes que, pelo seu sacrifício, seu Evangelho seria consolidado nos corações das criaturas. De então por diante, o sangue das vítimas não mais remiria nem purificaria; mas os homens alcançariam a remissão de seus erros, através da fiel observância dos preceitos evangélicos.
29 Mas digo-vos: que desta hora em diante não beberei mais deste fruto da vida, ate’ aquele dia em que o beberei de novo convosco no reino de meu Pai.
30 E cantando o hino, saíram para o monte das Oliveiras.
Com a prisão do Mestre e seu consequente sacrifício, a vida em comum que todos tinham vivido, ficaria rompida. O Mestre subiria para sua luminosa esfera espiritual, e os discípulos se espalhariam pelo mundo, pregando o Evangelho, e dando cumprimento à missão de que estavam revestidos. Somente depois de terem concluído seu trabalho aqui na terra, é que voltariam a reunir-se a Jesus, na pátria espiritual.
Notemos aqui a perfeita confiança de Jesus no Pai Celestial; apesar de saber que rudes provas se aproximavam, não deixa de elevar, em cânticos, seu pensamento a Deus.
PEDRO É AVISADO
(Mc31 Então lhes disse Jesus: A todos vós serei esta noite uma ocasião de escándalo. Está pois escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se porão em desarranjo.
32 Porém, depois que eu ressurgir, irei adiante de vós para a Galileia.
Conquanto fosse grande o amor que os discípulos votavam ao Mestre, a prisão dele os desorientaria. O desespero tomaria conta dos apóstolos, porque lhes faltava o que ainda falta à humanidade de hoje: a fé na Providência Divina.
Como ainda não tinham compreendido a missão essencialmente espiritual de Jesus, os discípulos se perturbariam. Sabedor disso, Jesus os reanima, prometendo-lhes que se encontrariam na Galileia, depois de tudo consumado.
A promessa se cumpriu como se cumpriram em todos os tempos, as promessas de Jesus.
Os aprendizes do Evangelho devem começar por desenvolver em seus corações a fé, que lhes dará a tranquilidade quanto ao futuro e serenidade ante todos os acontecimentos a vida. Essa fé é a confiança na Providência Divina e nas promessas do Evangelho. Dada a pequenez de nossos espíritos, e aos erros de nossas vidas anteriores, ainda não somos possuidores de uma fé firme; temos, por isso, muita necessidade de adquiri-la, de cultivá-la e de desenvolvê-la. A fé se adquire pelo trabalho material e pelo espiritual. Assim, diremos ao nosso corpo o que ele precisa para servir de bom instrumento à alma; e daremos à alma os meios adequados à sua elevação espiritual. E através desses trabalhos, sempre compatíveis com nossas forças, acalentaremos a fé em nosso íntimo.
33 E respondendo Pedro, lhe disse: Ainda quando todos se escandalizarem a teu respeito, eu nunca me escandalizarei.
34 Jesus lhe replicou: Em verdade te digo, que nesta mesma noite, antes que o galo cante, me hás de negar três vezes.
35 Pedro lhe disse: Ainda que seja necessário morrer eu contigo, não te negarei. E todos os mais discípulos disseram o mesmo.
Pedro deveria passar pela prova de extrema fidelidade ao Mestre. A clarividência de Jesus lhe demonstra que Pedro falharia na hora decisiva.
Esta passagem encerra uma advertência aos que procuram edificar dentro de si o reino dos céus. Devemos ter o máximo cuidado com nossas promessas: nem sempre as afirmações verbalísticas traduzem o que realmente temos dentro de nós próprios. Daí, quando se apresenta a ocasião, desmentirmos com atos, o que tínhamos afirmado com palavras.
JESUS EM GETHSEMANI
(Mc36 Então foi Jesus com eles a uma granja, chamada Gethsemani, e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou acolá e faço oração.
Jesus não despreza o socorro da oração para fortificar-se e não falhar ante a prova. É mais um exemplo que nos lega. Quando nosso coração se confranger pelo rigor da prova a que formos submetidos, recordemos sua Divina Figura em Gethsemani, e como ele, digamos também: Pai, seja feita tua vontade. Demonstraremos assim nossa humildade a Deus e a confiança que nele depositamos, o único que nos poderá amparar.
37 E tendo tomado consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e angustiar-se.
38 Disse-lhes então: A minha alma está numa tristeza mortal; demorai-vos aqui, e vigiai comigo.
Notemos que na hora difícil, Jesus buscou o conforto de seus amigos, e recursos na oração. É mais um exemplo que nos legou de como nos devemos comportar, quando percebemos a aproximação das provas. Conquanto ele já fosse um espírito evoluido, angustiou-se também; mas não se desesperou, nem se isolou, nem se lamentou. Fazendo-se acompanhar de amigos, ele nos ensina que uma pessoa que se isola, não pode progredir. O progresso só é possível quando há auxilio mútuo. Somente quando orava e quando se entregava à meditação é que Jesus ficava só; fora disso, gostava de estar na companhia dos apóstolos e de quantos o procuravam.
39 E adiantando-se uns poucos de passos, se prostrou com o rosto em terra, fazendo oração, e dizendo: Pai meu, se é possível, passa de mim este cálice; todavia não se faça nisto a minha vontade, mas sim a tua.
Quanto mais evoluído for um espírito, tanto mais saberá obedecer à vontade divina. A rebeldia é própria de espíritos pouco evoluídos espiritualmente.
Jesus aqui nos ensina que acima de nossa vontade, acima de nossas conveniências, acima de nossos interesses, está a soberana vontade de Deus, diante da qual nos devemos curvar humildemente. Notemos aqui a humildade de Jesus perante o Pai, e sua extrema obediência a seus desígnios.
O desejo de todos nós, encarnados, é nunca sermos atingidos pelo sofrimento e pelas desilusões da vida. Todavia se Deus determinar coisas contrárias ao que esperamos e desejamos, lembremo-nos do exemplo de obediência que Jesus nos deu e como ele digamos: Não se faça a nossa, mas a tua vontade, Pai.
40 Depois veio ter com seus discípulos, e os achou dormindo, e disse a Pedro: Visto isso, não pudestes uma hora vigiar comigo?
Por duas razões os discípulos dormiam: uma porque não percebiam a gravidade da situação; e outra porque nos momentos decisivos de suas provas, cada espírito estará só diante do Pai.
Não podemos dividir com outros as responsabilidades de nossos triunfos ou de nossos fracassos. Cada um de nós será plenamente responsável pela maneira pela qual se comportará. Não importa que tenhamos sido bem ou mal orientados por terceiros; nós, e ninguém mais, responderemos por nossos atos; é para isso que Deus nos concedeu o livre-arbítrio.
41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. O espírito na ver dade está pronto, mas a carne é fraca.
Oração e vigilância é a recomendação suprema de Jesus. Ninguém sabe quando será provado, O espírito poderá ter se preparado muito, quando estava no mundo espiritual, antes de se encarnar; porém, depois de encarnado sofre a influência da matéria que o reveste, e do esquecimento temporário em que mergulhou; por isso, caso se descuide e não se socorra do plano espiritual por constantes orações, facilmente poderá falhar.
42 De novo se retirou segunda vez, e orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.
Acima de tudo, Jesus procura ser um fiel intérprete da vontade divina. Para isto, reveste-se de humildade, mostrando a Deus que estava pronto a obedecêlo, assim nos ensinando também a obedecer.
Conquanto seu desejo fosse que as coisas se passassem de outra maneira, nem por isso deixa de submeter-se aos decretos do Altíssimo, exemplificando-nos a submissão ante o poder supremo. Se ele o quisesse, poderia evitar as provas dolorosas; entretanto, permanece no seu posto, aguardando serenamente os acontecimentos. Era um espírito evoluído; no entanto, vale-se da prece no momento em que suas forças poderiam falhar; não podendo encontrar consolo e conforto junto dos discípulos que dormiam, encontra o bálsamo confortador e fortificador na prece dirigida ao Pai.
43 E veio outra vez, e também os achou dormindo; porque estavam carregados os olhos deles.
44 E deixando-os de novo, foi orar terceira vez, dizendo as mesmas palavras.
45 E então veio ter com seus discípulos, e lhes disse: Dormi, descansai, eis aqui está chegada a hora em que o Filho do homem será entregue nas mãos dos pecadores.
46 Levantai-vos, vamos, eis aí vem chegando o que me há de entregar.
A oração que Jesus dirigiu ao Altíssimo, preparou-o pará o doloroso transe e, cheio de bom ânimo, acorda os discípulos e tranquilamente aguarda o que devia acontecer.
Como já dissemos, os discípulos dormiram porque no instante agudo de nossas provas e expiações, estaremos sozinhos diante de Deus, a fim de demonstrarmos o aproveitamento das lições e a experiência que a vida nos ministrou. Nossos amigos, os encarnados e os desencarnados, poderão acompanhar-nos até o lugar onde passemos pelas provas e pelas expiações, mas não poderão suportá-las conosco. Só a nós compete sofrê-las. E se formos vencedores, o mérito é nosso; se falharmos, a culpa será exclusivamente nossa.
JESUS É PRESO
(Mc47 Estando ele ainda falando, eis que chega Judas, um dos doze, e com ele uma grande multidão de gente com espadas e varapaus, que eram os ministros enviados pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos do povo.
48 Ora o traidor tinha-lhes dado este sinal, dizendo: Aquele a quem eu der um ósculo, esse é que é: prendei-o.
49 E chegando-se logo a Jesus lhe disse: Deus te salve, Mestre. E deu-lhe um ósculo.
50 E Jesus lhe disse: Amigo, a que deste? Ao mesmo tempo se chegaram os outros a ele, e lançaram mão de Jesus, e o prenderam.
Jesus agora vai exemplificar com os atos, o que até então tinha pregado.
Seu sacrifício é a exemplificação de seus ensinamentos no Sermão da Montanha. A mesma serenidade que Jesus demonstrou ao curar os enfermos, ao discutir com os orgulhosos sacerdotes, ao ensinar o povo, é também por ele demonstrada ao deparar com seus algozes. Notemos a mansidão com que ele os recebe: a Judas, que o entrega, chama de amigo, e não esboça um gesto de violência sequer.
Jesus sabia que o Pai Celestial recebe com amor o filho justo, e com justiça o filho rebelde, concedendo-lhe todos os meios de se reabilitar e de se elevar na escala da perfeição. E Jesus como filho mais velho e irmão devotado distribui a seus irmãos menores sempre o bem, e jamais usou de violências para com os que não o compreendiam, nem para os que o perseguiam.
51 E senão quando um dos que estavam com Jesus, metendo a mão à espada que trazia, a desembainhou, e, ferindo a um servo do sumo pontífice, lhe cortou uma orelha.
52 Então lhe disse Jesus: Mete a tua espada no seu lugar; porque todos os que tomarem espada morrerão àespada.
Plenamente consciente de sua missão de instruir seus irmãos menos evoluídos, Jesús não perde as oportunidades. Ao gesto de violência que o discípulo executou para defendê-lo, o Mestre lhe responde com o ensinamento profundo do choque de retorno: Quem com ferro fere, com ferro será ferido, ou — o que fizeres aos outros, isso mesmo te estará reservado. Com isto Jesus nos ensinou que, cedo ou tarde, receberemos o reflexo das ações que tivermos praticado contra nosso próximo: reflexo bom se foi o bem; e reflexo de sofrimento se foi o mal.
É comum observarmos e conhecermos pessoas que fazem de suas vidas terrenas um longo período de iniquidades, parecendo sempre felizes e que tudo lhes corre sempre bem. Todavia, se pudéssemos acompanhar essas mesmas pessoas através de várias reencarnações futuras, veríamos que se tornariam vítimas das mesmas iniquidades, que cometeram contra seus irmãos.
O bem jamais ficará sem recompensa, e o mal nunca deixará de ser castigado, seja qual for a espécie dele, a situação e a ocasião em que foi cometido.
53 Acaso cuidas tu que eu não possa rogar a meu Pai, e que ele me não porá aqui logo prontas mais de doze legiões de anjos?
54 Como se cumprirão logo as escrituras que declaram que assim deve suceder?
Dizendo Jesus que se quisesse receberia auxílio contra os que o perseguiam, quis demonstrar aos homens que podemos escapar da justiça terrena, mas jamais poderemos iludir a justiça divina. É verdade que Jesus não estava no caso de um espírito em provas ou em expiação, não tendo culpas a resgatar; fora declarado culpado unicamente pelos sacerdotes. Ele recusou livrar-se dos homens porque, como Missionário celeste que era, não quis renunciar à sua missão. Ele compreendia que se não se submetesse, o seu Evangelho de Amor, Renúncia, Sacrifício, Bondade, Tolerância, Humildade, Perdão e Submissão às leis divinas e humanas, não teria valor para a posteridade.
55 Na mesma hora disse Jesus àquele tropel de gente: Vós viestes armados de espadas e de varapaus para me prender, como se eu fora um ladrão; todos os dias assentado entre vós estava eu ensinando no templo, e não me prendestes.
56 Mas tudo isto assim aconteceu, para que se cumprissem as escrituras dos profetas. Então todos os discípulos o deixaram, e fugiram.
Jesus repreende ternamente seus perseguidores, dizendo-lhes: Como me prendeis de noite, se passei o dia a ensinar-vos?
Se os homens não se entregassem tanto à materialidade da vida terrena, e consagrassem alguns momentos ao cultivo espiritual de suas almas, teriam nas Escrituras Sagradas excelentes lições que lhes poupariam muitos erros de consequências desastrosas, não só para si, como para a coletividade.
Os discípulos fugiram porque só nesse instante é que conheceram a missão puramente espiritual de Jesus, mas não tiveram a coragem de se colocarem ao seu lado, testemunhando o compromisso de discípulos fiéis, que tinham assumido para com o Mestre.
Do mesmo modo, há grande número de adeptos do Espiritismo e de outras correntes espiritualistas, que não se sentem com coragem de romper com as conveniências sociais, com os interesses materiais, e com amizades que os desviam do dever espiritual; por isso, ao terem de dar o testemunho supremo, quando mais claramente deviam proclamar os princípios espirituais a que se filiam, desertam das fileiras da espiritualidade, ou se retraem medrosamente.
JESUS PERANTE O SINÉDRIO
(Mc57 Mas os que tinham preso a Jesus o levaram à casa de Caifaz, príncipe dos sacerdotes, onde se haviam congregado os escribas e os anciãos.
58 E Pedro o ia seguindo de longe, até ao pátio do príncipe dos sacerdotes. E tendo entrado para dentro, estava assentado com os oficiais de Justiça, para ver em que parava o caso.
Caifaz era o sumo sacerdote daquele ano; em sua casa ia começar o simulacro do julgamento de Jesus.
Pedro procura ser fiel até o fim, e segue jesus para mais tarde negá-lo. É mais uma lição que o Evangelho guarda: não basta seguir a Jesus, ou a uma determinada doutrina; nas horas amargas da existência, é preciso demonstrar fidelidade aos princípios esposados.
59 Entretanto, os príncipes dos sacerdotes e todo o conselho, andavam buscando quem jurasse algum falso testemunho contra Jesus, a fim de o entregarem à morte.
São os próprios sacerdotes e ministros da justiça, encarregados do julgamento e por isso no dever de serem imparciais, os que procuram aliciar as testemunhas falsas. Recorriam mais uma vez aos ardis de que a hipocrisia usa para mascarar seus propósitos. Ao ato ilegal que praticavam, queriam dar as aparências legais.
60 Mas não o acharam, sendo assim que foram muitos os que se apresentaram para jurar falso. Mas por último chegaram duas testemunhas falsas.
Não era possível encontrar na vida de Jesus qualquer falta, por menor que fosse, que servisse de pretexto a um julgamento, quanto mais a uma condenação. Por fim acharam dois homens que tinham ouvido as lições de Jesus, porém, não se tinham dado ao trabalho de extrair os ensinamentos morais e espirituais que elas continham. Essas duas falsas testemunhas iniciam a série imensa dos que, através dos séculos, falsearam os ensinamentos de Jesus.
61 E depuseram: Este disse: Posso destruir o templo de Deus, e reedificálo em três dias.
Ao pronunciar tais palavras, evidentemente Jesus se referia à destruição de seu corpo físico. O templo em que o espírito habita é o corpo. Como a morte não existe, destruído que seja o corpo carnal, o espírito passa a viver com seu corpo etérico, o perispírito. Os homens daquele tempo não o compreenderam, e, por isso, julgaram que se tratava do templo e pedra de Jerusalém.
62 Então, levantando-se o príncipe dos sacerdotes lhe disse: Não respondes nada ao que estes depõem contra ti?
Os sacerdotes forçavam Jesus a dar-lhes uma resposta, pois, por ela o condenariam. Jesus preferiu calar, uma vez que sabia que seria condenado de qualquer forma.
63 Porém, Jesus estava calado. E o príncipe dos sacerdotes lhe disse: Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo Filho de Deus.
64 Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste; mas eu vos declaro que vereis daqui a pouco ao Filho do homem assentado à direita do poder de Deus, e vir sobre as nuvens do céu.
Jesus aqui nos ensina a sermos fiéis aos princípios que pregamos. Nunca devemos deixar de afirmar os nossos nobres ideais, sempre que preciso for, e em quaisquer circunstâncias e diante de quem quer que seja. É esta uma lição para os adeptos do Espiritismo e de várias correntes espiritualistas, muitos dos quais preferem negar seus ideais dizendo-se adeptos da religião dogmática oficial, cada vez que seus interesses estão em jogo. Assistimos então a pregadores espíritas, a médiuns com longos anos de serviço, e a muitos outros fiéis do Espiritismo e do Espiritualismo que, ao se apresentarem oportunidades de proclamarem diante do mundo fidelidade à Doutrina, preferem seguir as conveniências sociais, casando-se e batizando seus filhos na igreja dogmática, e assistindo a missas, e mandando dizê-las pelos seus desencarnados.
Desprezam assim a sagrada ocasião do testemunho, e destroem, num momento destes, todo o seu trabalho espiritual, pois não souberam baseá-lo na exemplificação e na coragem de romperem com o passado de ignorância.
O exemplo de Jesus se reveste de alta significação para a posteridade de seus discípulos.
Os sacerdotes, vendo que não conseguiram fazê-lo falar, tentam obrigá-lo a desmentir o que tinha pregado. Mas o Mestre, em voz bem alta para que todos o ouvissem, dá testemunho de sua doutrina.
Vereis daqui a pouco o Filho do homem assentado àdireita do poder de Deus, e vir sobre as nuvens do céu. Esta frase é um símbolo de que Jesus se serve para mostrar que suas palavras se espalhariam, em breve, pelo mundo todo e nas nuvens, isto é, pelos planos espirituais próximos à terra, dos quais desceriam espíritos para provarem as verdades que ele pregava. E hoje o Espiritismo, restabelecendo o intercâmbio entre encarnados e desencarnados, faz com que vejamos e compreendamos a glória e o poder de Jesus, estendendo sua mão amiga e protetora aos seus pequeninos tutelados da terra.
65 Então o príncipe dos sacerdotes rasgou as suas vestiduras, dizendo: Blasfemou; que necessidade temos já de testemunhas? Eis aí acabais de ouvir agora uma blasfêmia.
66 Que vos parece? E eles, respondendo, disseram: É réu de morte.
67 Então uns lhe cuspiram no rosto, e o feriam a punhadas, e outros lhe deram bofetadas no rosto.
68 — Dizendo: Adivinha-nos, Cristo, quem é que te deu?
Estes versículos nos revelam três coisas: A primeira é a incompreensão espiritual dos homens daquela época. Apesar de os sacerdotes constituírem a parte da nação que estudava as escrituras, tomavam os ensinamentos ao pé da letra; e assim fizeram com os ensinamentos de Jesus. Não foram capazes de compreender que Jesus falava no sentido espiritual, descobrindo aos homens os bens imperecíveis da alma, e ensinando como conquistá-los.
A segunda é a intolerância característica das religiões dogmáticas; embora não o compreendessem, deveriam tolerá-lo; mas a maldade que traziam nos corações, não o deixou.
A terceira é o modelo que de então por diante os homens teriam para perdoar seus ofensores. Até aquele momento os homens conheciam apenas a lei de Moisés, olho por olho, dente por dente. Com o sacrifício de Jesus, os homens começariam a reconhecer a lei do perdão e do amor, pregada e exemplificada por ele, ao retríbuir com a mansidão e com o perdão aos que o magoavam.
PEDRO NEGA A JESUS
(Mc69 Pedro, entretanto, estava assentado fora do átrio, e chegou a ele uma criada dizendo: Tu também estavas com Jesus, o Calileu.
70 Mas ele o negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes.
71 E saindo ele à porta, viu-o outra criada, e disse para os que ali se achavam: Este também estava com Jesus Nazareno.
72 E segunda vez negou com juramento, dizendo: Juro que tal homem não conheço.
73 E daí a pouco chegaram-se uns que ali estavam, e disseram a Pedro: Tu certamente és dos tais, porque até a tua linguagem te dá bem a conhecer.
74 Então começou a fazer imprecações, e a jurar que não conhecia tal homem. E imediatamente cantou o galo.
75 E Pedro se lembrou das palavras que lhe havia dito Jesus: Antes de cantar o galo, três vezes me negarás. E tendo saido para fora, chorou amargamente.
A negação de Pedro é uma séria e profunda advertência a todos os que trabalham no campo evangélico.
Durante três anos Pedro se preparou, sob a orientação de Jesus, para o divino ministério do apostolado. O Mestre jamais cessara de lhe recomendar, bem como aos demais discípulos, que vigiassem e orassem, porque não sabiam quando, e como e onde seriam provados. Diante da última advertência que Jesus lhe faz, Pedro jura fidelidade. Conhecendo a fragilidade das promessas humanas, Jesus se limitou a sorrir. E ainda o avisa de que dentro em breve o negaria. A Pedro, tal coisa se lhe afigura impossível. No entanto, no horto não pode assistir ao Mestre na sua hora de agonia, e depois o nega publicamente. Por conseguinte, tenhamos cuidado todos nós que somos aprendizes do Evangelho. Na estrada que conduz a Cristo, não faltarão oportunidades de dar-lhe o testemunho; mas também as ocasiões de atraiçoálo, e de negá-lo, são numerosas.
Este episódio também nos dá um exemplo do que é uma consciência educada. Logo que errou, Pedro recebeu o seu erro. Sua consciência, educada nos princípios evangélicos, imediatamente o adverte. E Pedro se arrepende e chora, mas levanta-se decidido a corrigir o erro, sem demora, lutando pela causa de Jesus.
Se Pedro não tivesse a consciência educada, somente muito tempo depois, ou talvez só no mundo espiritual, é que ele iria compreender o erro, quando lhe seria extremamente difícil o corrigi-lo.
Em nosso estudo do Evangelho e do Espiritismo, procuremos educar nossa consciência para que ela se possa manifestar e ser ouvida por nós, demonstrando-nos sempre os erros, assim que os tenhamos cometido. Desse modo, teremos o tempo suficiente para corrigi-los, sem sofrermos consequências dolorosas, e daremos provas de que estamos aproveitando os ensinamentos recebidos.
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Lucas 22:1
ESTAVA pois perto a festa dos asmos, chamada a páscoa.
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Lucas 22:2
E os principais dos sacerdotes, e os escribas, andavam procurando como o matariam; porque temiam o povo.
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Lucas 22:3
Entrou, porém, Satanás em Judas, que tinha por sobrenome Iscariotes, o qual era do número dos doze;
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Lucas 22:4
E foi, e falou com os principais dos sacerdotes, e com os capitães, de como lho entregaria;
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Lucas 22:5
Os quais se alegraram, e convieram em lhe dar dinheiro.
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Lucas 22:6
E ele concordou; e buscava oportunidade para lho entregar sem alvoroço.
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João 12:1
FOI pois Jesus seis dias antes da páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera, e a quem ressuscitara dos mortos.
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João 12:2
Fizeram-lhe pois ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele.
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João 12:3
Então Maria, tomando um arrátel de unguento de nardo puro, de muito preço ungiu os pés de Jesus, e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento.
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João 12:4
Então um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse:
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João 12:5
Por que não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres?
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João 12:6
Ora ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava.
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João 12:7
Disse pois Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto;
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João 12:8
Porque os pobres sempre os tendes convosco; mas a mim nem sempre me tendes.
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Lucas 22:31
Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo;
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Lucas 22:32
Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos.
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Lucas 22:33
E ele lhe disse: Senhor, estou pronto a ir contigo até à prisão e à morte.
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Lucas 22:34
Mas ele disse: Digo-te, Pedro, que não cantará hoje o galo antes que três vezes negues que me conheces.
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Marcos 14:32
E foram a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu oro.
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Marcos 14:33
E tomou consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, e começou a ter pavor, e a angustiar-se.
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Marcos 14:34
E disse-lhes: A minha alma está profundamente triste até a morte: ficai aqui e vigiai.
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Marcos 14:35
E, tendo ido um pouco mais adiante, prostrou-se em terra; e orou para que, se fosse possível, passasse dele aquela hora.
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Marcos 14:36
E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres.
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Marcos 14:37
E, chegando, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Simão, dormes? não podes vigiar uma hora?
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Marcos 14:38
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
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Marcos 14:39
E foi outra vez e orou, dizendo as mesmas palavras.
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Marcos 14:40
E, voltando, achou-os outra vez dormindo, porque os seus olhos estavam carregados, e não sabiam que responder-lhe.
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Marcos 14:41
E voltou terceira vez, e disse-lhes: Dormi agora, e descansai. Basta; é chegada a hora. Eis que o Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores.
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Marcos 14:42
Levantai-vos, vamos; eis que está perto o que me trai.
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João 18:1
TENDO Jesus dito isto, saiu com os seus discípulos para além do ribeiro de Cedrom, onde havia um horto, no qual ele entrou e seus discípulos.
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João 18:2
E Judas, que o traía, também conhecia aquele lugar, porque Jesus muitas vezes se ajuntava ali com os seus discípulos.
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João 18:3
Tendo pois Judas recebido a coorte e oficiais dos principais sacerdotes e fariseus, veio para ali com lanternas, e archotes e armas.
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João 18:4
Sabendo pois Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se, e disse-lhes: A quem buscais?
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João 18:5
Responderam-lhe: A Jesus Nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu. E Judas, que o traía, estava também com eles.
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João 18:6
Quando pois lhes disse: Sou eu, recuaram, e caíram por terra.
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João 18:7
Tornou-lhes pois a perguntar: A quem buscais? E eles disseram: A Jesus Nazareno.
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João 18:8
Jesus respondeu: Já vos disse que sou eu: se pois me buscais a mim, deixai ir estes.
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João 18:9
Para que se cumprisse a palavra que tinha dito: dos que me deste nenhum deles perdi.
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João 18:10
Então Simão Pedro, que tinha espada, desembainhou-a, e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. E o nome do servo era Malco.
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João 18:11
Mas Jesus disse a Pedro: Mete a tua espada na bainha; não beberei eu o cálice que o Pai me deu?
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Marcos 14:26
E, tendo cantado o hino, saíram para o monte das Oliveiras.
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Marcos 14:27
E disse-lhes Jesus: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim; porque escrito está: Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão.
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Marcos 14:28
Mas, depois que eu houver ressuscitado, irei adiante de vós para a Galileia.
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Marcos 14:29
E disse-lhe Pedro: Ainda que todos se escandalizem, nunca, porém, eu.
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Marcos 14:30
E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás.
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Marcos 14:31
Mas ele disse com mais veemência: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de modo nenhum te negarei. E da mesma maneira diziam todos também.
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Lucas 22:7
Chegou, porém, o dia dos asmos, em que importava sacrificar a páscoa.
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Lucas 22:8
E mandou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a páscoa, para que a comamos.
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Lucas 22:9
E eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos?
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Lucas 22:10
E ele lhes disse: Eis que, quando entrardes na cidade, encontrareis um homem, levando um cântaro d?água; segui-o até à casa em que ele entrar.
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Lucas 22:11
E direis ao pai de família da casa: O mestre te diz: Onde está o aposento em que hei de comer a páscoa com os meus discípulos?
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Lucas 22:12
Então ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado; aí fazei preparativos.
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Lucas 22:13
E, indo eles, acharam como lhes havia sido dito; e prepararam a páscoa.
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Lucas 22:47
E, estando ele ainda a falar, surgiu uma multidão; e um dos doze, que se chamava Judas, ia adiante dela, e chegou-se a Jesus para o beijar.
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Lucas 22:48
E Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do homem?
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Lucas 22:49
E, vendo os que estavam com ele o que ia suceder, disseram-lhe: Senhor, feriremos à espada?
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Lucas 22:50
E um deles feriu o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe a orelha direita.
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Lucas 22:51
E, respondendo Jesus, disse: Deixai-os; basta. E, tocando-lhe a orelha, o curou.
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Lucas 22:52
E disse Jesus aos principais dos sacerdotes, e capitães do templo, e anciãos, que tinham ido contra ele: Saístes, como a um salteador, com espadas e varapaus?
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Lucas 22:53
Tenho estado todos os dias convosco no templo, e não estendestes as mãos contra mim, mas esta é a vossa hora e o poder das trevas.
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Marcos 14:12
E, no primeiro dia dos pães asmos, quando sacrificavam a páscoa, disseram-lhe os discípulos: Aonde queres que vamos fazer os preparativos para comer a páscoa?
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Marcos 14:13
E enviou dois dos seus discípulos, e disse-lhes: Ide à cidade, e um homem, que leva um cântaro d?água, vos encontrará; segui-o;
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Marcos 14:14
E, onde quer que entrar, dizei ao senhor da casa: O Mestre diz: Onde está o aposento em que hei de comer a páscoa com os meus discípulos?
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Marcos 14:15
E ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado e preparado; preparai-a ali.
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Marcos 14:16
E, saindo os seus discípulos, foram à cidade, e acharam como lhes tinha dito, e prepararam a páscoa.
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Marcos 14:53
E levaram Jesus ao sumo sacerdote, e ajuntaram-se todos os principais dos sacerdotes, e os anciãos e os escribas.
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Marcos 14:54
E Pedro o seguiu de longe até dentro do pátio do sumo sacerdote, e estava assentado com os servidores, aquentando-se ao lume.
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Marcos 14:55
E os principais dos sacerdotes e todo o concílio buscavam algum testemunho contra Jesus, para o matar, e não o achavam.
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Marcos 14:56
Porque muitos testificavam falsamente contra ele, mas os testemunhos não eram conformes.
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Marcos 14:57
E, levantando-se alguns, testificavam falsamente contra ele, dizendo:
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Marcos 14:58
Nós ouvimos-lhe dizer: Eu derribarei este templo, construído por mãos de homens, e em três dias edificarei outro, não feito por mãos de homens.
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Marcos 14:59
E nem assim o seu testemunho era conforme.
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Marcos 14:60
E, levantando-se o sumo sacerdote no sinédrio, perguntou a Jesus, dizendo: Nada respondes? Que testificam estes contra ti?
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Marcos 14:61
Mas ele calou-se, e nada respondeu. O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar, e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito?
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Marcos 14:62
E Jesus disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do homem assentado à direita do poder de Deus, e vindo sobre as nuvens do céu.
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Marcos 14:63
E o sumo sacerdote, rasgando os seus vestidos, disse: Para que necessitamos de mais testemunhas?
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Marcos 14:64
Vós ouvistes a blasfêmia; que vos parece? E todos o consideraram culpado de morte.
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Marcos 14:65
E alguns começaram a cuspir nele, e a cobrir-lhe o rosto, e a dar-lhe punhadas, e a dizer-lhe: Profetiza. E os servidores davam-lhe bofetadas.
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João 11:45
Muitos pois dentre os judeus, que tinham vindo a Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele.
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João 11:46
Mas alguns deles foram ter com os fariseus, e disseram-lhes o que Jesus tinha feito.
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João 11:47
Depois os principais dos sacerdotes e os fariseus formaram conselho, e diziam: Que faremos? porquanto este homem faz muitos sinais.
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João 11:48
Se o deixamos assim, todos crerão nele, e virão os romanos, e tirar-nos-ão o nosso lugar e a nação.
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João 11:49
E Caifás, um deles que era sumo sacerdote naquele ano, lhes disse: Vós nada sabeis,
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João 11:50
Nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação.
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João 11:51
Ora ele não disse isto de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação.
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João 11:52
E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus, que andavam dispersos.
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João 11:53
Desde aquele dia, pois, consultavam-se para o matarem.
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Mateus 26:1
E ACONTECEU que, quando Jesus concluiu todos estes discursos, disse aos seus discípulos:
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Mateus 26:2
Bem sabeis que daqui a dois dias é a páscoa; e o Filho do homem será entregue para ser crucificado.
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Mateus 26:3
Depois os príncipes dos sacerdotes, e os escribas, e os anciãos do povo reuniram-se na sala do sumo sacerdote, o qual se chamava Caifás,
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Mateus 26:4
E consultaram-se mutuamente para prenderem Jesus com dolo e o matarem.
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Mateus 26:5
Mas diziam: Não durante a festa, para que não haja alvoroço entre o povo.
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Mateus 26:6
E, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso,
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Mateus 26:7
Aproximou-se dele uma mulher com um vaso de alabastro, com unguento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando ele estava assentado à mesa.
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Mateus 26:8
E os seus discípulos, vendo isto, indignaram-se, dizendo: Por que este desperdício?
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Mateus 26:9
Pois este unguento podia vender-se por grande preço, e dar-se o dinheiro aos pobres.
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Mateus 26:10
Jesus, porém, conhecendo isto, disse-lhes: Por que afligis esta mulher? pois praticou uma boa ação para comigo.
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Mateus 26:11
Porquanto sempre tendes convosco os pobres, mas a mim não me haveis de ter sempre.
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Mateus 26:12
Ora, derramando ela este unguento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu enterramento.
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Mateus 26:13
Em verdade vos digo que, onde quer que este Evangelho for pregado, em todo o mundo, também será referido o que ela fez para memória sua.
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Mateus 26:14
Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes,
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Mateus 26:15
E disse: Que me quereis dar e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata,
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Mateus 26:16
E desde então buscava oportunidade para o entregar.
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Mateus 26:17
E, no primeiro dia da festa dos pães asmos, chegaram os discípulos junto de Jesus, dizendo: Onde queres que façamos os preparativos para comeres a páscoa?
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Mateus 26:18
E ele disse: Ide à cidade a um certo homem, e dizei-lhe: O Mestre diz: O meu tempo está próximo; em tua casa celebrarei a páscoa com os meus discípulos.
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Mateus 26:19
E os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara, e prepararam a páscoa.
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Mateus 26:20
E, chegada a tarde, assentou-se à mesa com os doze.
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Mateus 26:21
E, comendo eles, disse: Em verdade vos digo que um de vós me há de trair.
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Mateus 26:22
E eles, entristecendo-se muito, começaram cada um a dizer-lhe: Porventura sou eu, Senhor?
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Mateus 26:23
E ele, respondendo, disse: O que mete comigo a mão no prato, esse me há de trair.
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Mateus 26:24
Em verdade o Filho do homem vai, como acerca dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! bom seria para esse homem se não houvera nascido.
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Mateus 26:25
E, respondendo Judas, o que o traía, disse: Porventura sou eu, Rabi? Ele disse: Tu o disseste.
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Mateus 26:26
E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
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Mateus 26:27
E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos;
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Mateus 26:28
Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.
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Mateus 26:29
E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele dia em que o beba de novo convosco no reino de meu Pai.
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Mateus 26:30
E, tendo cantado o hino, saíram para o monte das Oliveiras.
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Mateus 26:31
Então Jesus lhes disse: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão.
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Mateus 26:32
Mas, depois de eu ressuscitar, irei adiante de vós para a Galileia.
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Mateus 26:33
Mas Pedro, respondendo, disse-lhe: Ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei.
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Mateus 26:34
Disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, três vezes me negarás.
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Mateus 26:35
Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja mister morrer contigo, não te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo.
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Mateus 26:36
Então chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar.
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Mateus 26:37
E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito.
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Mateus 26:38
Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui, e velai comigo.
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Mateus 26:39
E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.
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Mateus 26:40
E voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então nem uma hora pudeste velar comigo?
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Mateus 26:41
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação: na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.
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Mateus 26:42
E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai Meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade.
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Mateus 26:43
E, voltando, achou-os outra vez adormecidos; porque os seus olhos estavam carregados.
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Mateus 26:44
E, deixando-os de novo, foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras.
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Mateus 26:45
Então chegou junto dos seus discípulos, e disse-lhes: Dormi agora, e repousai; eis que é chegada a hora, e o Filho do homem será entregue nas mãos dos pecadores.
Detalhes Capítulo Completo Perícope Completa
Mateus 26:46
Levantai-vos, partamos; eis que é chegado o que me trai.
Detalhes Capítulo Completo Perícope Completa
Mateus 26:47
E, estando ele ainda a falar, eis que chegou Judas, um dos doze, e com ele grande multidão com espadas e varapaus, enviada pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos do povo.
Detalhes Capítulo Completo Perícope Completa
Mateus 26:48
E o que traía tinha-lhes dado um sinal, dizendo: O que eu beijar é esse; prendei-o.
Detalhes Capítulo Completo Perícope Completa
Mateus 26:49
E logo, aproximando-se de Jesus, disse: Eu te saúdo Rabi. E beijou-o.
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Mateus 26:50
Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que vieste? Então, aproximando-se eles, lançaram mão de Jesus, e o prenderam.
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Mateus 26:51
E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, puxou da espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe uma orelha.
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Mateus 26:52
Então Jesus disse-lhe: Mete no seu lugar a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada à espada morrerão.
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Mateus 26:53
Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos?
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Mateus 26:54
Como pois se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça?
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Mateus 26:55
Então disse Jesus à multidão: Saístes, como para um salteador, com espadas e varapaus para me prender? todos os dias me assentava junto de vós, ensinando no templo, e não me prendestes.
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Mateus 26:56
Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas. Então todos os discípulos, deixando-o, fugiram.
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Mateus 26:57
E, os que prenderam a Jesus, o conduziram à casa do sumo sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos estavam reunidos.
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Mateus 26:58
E Pedro o seguiu de longe até ao pátio do sumo sacerdote e, entrando, assentou-se entre os criados, para ver o fim.
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Mateus 26:59
Ora os príncipes dos sacerdotes, e os anciãos, e todo o conselho, buscavam falso testemunho contra Jesus, para poderem dar-lhe a morte;
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Mateus 26:60
E não o achavam, apesar de se apresentarem muitas testemunhas falsas; mas por fim chegaram duas,
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Mateus 26:61
E disseram: Este disse: Eu posso derribar o templo de Deus, e reedificá-lo em três dias.
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Mateus 26:62
E, levantando-se o sumo sacerdote disse-lhe: Não respondes coisa alguma ao que estes depõem contra ti?
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Mateus 26:63
E Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.
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Mateus 26:64
Disse-lhes Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu.
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Mateus 26:65
Então o sumo sacerdote rasgou os seus vestidos, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes agora a sua blasfêmia.
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Mateus 26:66
Que vos parece? E eles, respondendo, disseram: É réu de morte.
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Mateus 26:67
Então cuspiram-lhe no rosto e lhe davam punhadas, e outros o esbofeteavam,
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Mateus 26:68
Dizendo: Profetiza-nos, Cristo, quem é o que te bateu?
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Mateus 26:69
Ora Pedro estava assentado fora, no pátio; e, aproximando-se dele uma criada, disse: Tu também estavas com Jesus, o galileu.
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Mateus 26:70
Mas ele negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes.
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Mateus 26:71
E, saindo para o vestíbulo, outra criada o viu, e disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o nazareno.
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Mateus 26:72
E ele negou outra vez com juramento: Não conheço tal homem.
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Mateus 26:73
E, daí a pouco, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente também tu és deles, pois a tua fala te denuncia.
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Mateus 26:74
Então começou ele a praguejar e a jurar, dizendo: Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou.
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Mateus 26:75
E lembrou-se Pedro das palavras de Jesus, que lhe dissera: Antes que o galo cante, três vezes me negarás. E, saindo dali, chorou amargamente.
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Marcos 14:3
E, estando ele em Betânia assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher, que trazia um vaso de alabastro, com unguento de nardo puro, de muito preço, e, quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça.
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Marcos 14:4
E alguns houve que em si mesmos se indignaram, e disseram: Para que se fez este desperdício de unguento?
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Marcos 14:5
Porque podia vender-se por mais de trezentos dinheiros, e dá-lo aos pobres. E bramavam contra ela.
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Marcos 14:6
Jesus, porém, disse: Deixai-a, para que a molestais? Ela fez-me boa obra.
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Marcos 14:7
Porque sempre tendes os pobres convosco, e podeis fazer-lhes bem, quando quiserdes; mas a mim nem sempre me tendes.
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Marcos 14:8
Esta fez o que podia; antecipou-se a ungir o meu corpo para a sepultura.
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Marcos 14:9
Em verdade vos digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, também o que ela fez será contado para sua memória.
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João 13:36
Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, para onde vais? Jesus lhe respondeu: Para onde eu vou não podes agora seguir-me, mas depois me seguirás.
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João 13:37
Disse-lhe Pedro: Por que não posso seguir-te agora? Por ti darei a minha vida.
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João 13:38
Respondeu-lhe Jesus: Tu darás a tua vida por mim? Na verdade, na verdade te digo: não cantará o galo enquanto me não tiveres negado três vezes.
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Lucas 22:39
E, saindo, foi, como costumava para o Monte das Oliveiras; e também os seus discípulos o seguiram.
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Lucas 22:40
E, quando chegou àquele lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação.
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Lucas 22:41
E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e pondo-se de joelhos, orava.
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Lucas 22:42
Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálix, todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.
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Lucas 22:43
E apareceu-lhe um anjo do céu, que o confortava.
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Lucas 22:44
E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão.
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Lucas 22:45
E, levantando-se da oração, veio para os seus discípulos, e achou-os dormindo de tristeza.
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Lucas 22:46
E disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos, e orai, para que não entreis em tentação.
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Lucas 23:3
E Pilatos perguntou-lhe, dizendo: Tu és o Rei dos Judeus? E ele, respondendo, disse-lhe: Tu o dizes.
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Lucas 23:4
E disse Pilatos aos principais dos sacerdotes, e à multidão: Não acho culpa alguma neste homem.
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Lucas 23:5
Mas eles insistiam cada vez mais, dizendo: Alvoroça o povo ensinando por toda a Judeia, começando desde a Galileia até aqui.
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Lucas 23:6
Então Pilatos, ouvindo falar da Galileia, perguntou se aquele homem era galileu.
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Marcos 14:10
E Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os principais dos sacerdotes para lho entregar.
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Marcos 14:11
E eles, ouvindo-o, folgaram e prometeram dar-lhe dinheiro; e buscava como o entregaria em ocasião oportuna.
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Lucas 22:54
Então, prendendo-o, o levaram, e o meteram em casa do sumo sacerdote. E Pedro seguia-o de longe.
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Lucas 22:55
E, havendo-se acendido fogo no meio do pátio, estando todos sentados, assentou-se Pedro entre eles.
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Lucas 22:56
E como certa criada, vendo-o estar assentado ao fogo, pusesse os olhos nele, disse: Este também estava com ele.
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Lucas 22:57
Porém ele negou-o, dizendo: Mulher, não o conheço.
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Lucas 22:58
E, um pouco depois, vendo-o outro, disse: Tu és também deles. Mas Pedro disse: Homem, não sou.
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Lucas 22:59
E, passada quase uma hora, um outro afirmava, dizendo: Também este verdadeiramente estava com ele, pois também é galileu.
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Lucas 22:60
E Pedro disse: Homem, não sei o que dizes. E logo, estando ele ainda a falar, cantou o galo.
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Lucas 22:61
E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe havia dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes.
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Lucas 22:62
E, saindo Pedro para fora, chorou amargamente.
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João 18:12
Então a coorte, e o tribuno, e os servos dos judeus prenderam a Jesus e o manietaram.
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João 18:13
E conduziram-no primeiramente a Anás, por ser sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano.
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João 18:14
Ora Caifás era quem tinha aconselhado aos judeus que convinha que um homem morresse pelo povo.
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João 18:15
E Simão Pedro e outro discípulo seguiam a Jesus. E este discípulo era conhecido do sumo sacerdote, e entrou com Jesus na sala do sumo sacerdote.
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João 18:16
E Pedro estava da parte de fora, à porta. Saiu então o outro discípulo que era conhecido do sumo sacerdote, e falou à porteira, levando Pedro para dentro.
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João 18:17
Então a porteira disse a Pedro: Não és tu também dos discípulos deste homem? Disse ele: Não sou.
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João 18:18
Ora estavam ali os servos e os criados, que tinham feito brasas, e se aquentavam, porque fazia frio; e com eles estava Pedro, aquentando-se também.
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João 18:19
E o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.
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João 18:20
Jesus lhe respondeu: Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se ajuntam, e nada disse em oculto.
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João 18:21
Para que me perguntas a mim? pergunta aos que ouviram o que é que lhes ensinei; eis que eles sabem o que eu lhes tenho dito.
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João 18:22
E, tendo dito isto, um dos criados que ali estavam deu uma bofetada em Jesus, dizendo: Assim respondes ao sumo sacerdote?
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João 18:23
Respondeu-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; e, se bem, porque me feres?
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João 18:24
Anás mandou-o manietado, ao sumo sacerdote Caifás.
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João 18:25
E Simão Pedro estava ali, e aquentava-se. Disseram-lhe pois: Não és também tu um dos seus discípulos? Ele negou, e disse: Não sou.
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João 18:26
E um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha, disse: Não te vi eu no horto com ele?
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João 18:27
E Pedro negou outra vez, e logo o galo cantou.
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Marcos 14:1
E DALI a dois dias era a páscoa, e a festa dos pães asmos; e os principais dos sacerdotes e os escribas buscavam como o prenderiam com dolo, e o matariam.
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Marcos 14:2
Mas eles diziam: Não na festa, para que porventura se não faça alvoroço entre o povo.
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Marcos 14:43
E logo, falando ele ainda, veio Judas, que era um dos doze, da parte dos principais dos sacerdotes, e dos escribas e dos anciãos, e com ele uma grande multidão com espadas e varapaus.
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Marcos 14:44
Ora, o que o traía, tinha-lhes dado um sinal, dizendo: Aquele que eu beijar, esse é; prendei-o, e levai-o com segurança.
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Marcos 14:45
E, logo que chegou, aproximou-se dele, e disse-lhe: Rabi, Rabi. E beijou-o.
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Marcos 14:46
E lançaram-lhe as mãos, e o prenderam.
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Marcos 14:47
E um dos que ali estavam presentes, puxando da espada, feriu o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe uma orelha.
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Marcos 14:48
E, respondendo Jesus, disse-lhes: Saístes com espadas e varapaus a prender-me, como a um salteador?
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Marcos 14:49
Todos os dias estava convosco ensinando no templo, e não me prendestes; mas isto é para que as Escrituras se cumpram.
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Marcos 14:50
Então, deixando-o, todos fugiram.
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Marcos 14:51
E um certo mancebo o seguia, envolto em um lençol sobre o corpo nu. E lançaram-lhe a mão.
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Marcos 14:52
Mas ele, largando o lençol, fugiu nu.
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Marcos 14:66
E, estando Pedro embaixo, no átrio, chegou uma das criadas do sumo sacerdote;
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Marcos 14:67
E, vendo a Pedro, que se estava aquentando, olhou para ele, e disse: Tu também estavas com Jesus Nazareno.
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Marcos 14:68
Mas ele negou-o dizendo: Não o conheço, nem sei o que dizes. E saiu fora ao alpendre, e o galo cantou.
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Marcos 14:69
E a criada, vendo-o outra vez, começou a dizer aos que ali estavam: Este é um dos tais.
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Marcos 14:70
Mas ele o negou outra vez. E pouco depois os que ali estavam disseram outra vez a Pedro: Verdadeiramente tu és um deles, porque és também galileu.
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Marcos 14:71
E ele começou a imprecar, e a jurar: Não conheço esse homem de quem falais.
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Marcos 14:72
E o galo cantou segunda vez. E Pedro lembrou-se da palavra que Jesus lhe tinha dito: Antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás tu. E, retirando-se dali, chorou.
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