Enciclopédia de Gênesis 32:22-22

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 32: 22

Versão Versículo
ARA Levantou-se naquela mesma noite, tomou suas duas mulheres, suas duas servas e seus onze filhos e transpôs o vau de Jaboque.
ARC E levantou-se aquela mesma noite, e tomou as suas duas mulheres, e as suas duas servas, e os seus onze filhos, e passou o vau de Jaboque.
TB Naquela noite, levantou-se, tomou suas duas mulheres, suas duas servas e seus onze filhos e passou o vau de Jaboque.
HSB וַיָּ֣קָם ׀ בַּלַּ֣יְלָה ה֗וּא וַיִּקַּ֞ח אֶת־ שְׁתֵּ֤י נָשָׁיו֙ וְאֶת־ שְׁתֵּ֣י שִׁפְחֹתָ֔יו וְאֶת־ אַחַ֥ד עָשָׂ֖ר יְלָדָ֑יו וַֽיַּעֲבֹ֔ר אֵ֖ת מַעֲבַ֥ר יַבֹּֽק׃
BKJ E ele levantou-se naquela noite, e tomou suas duas mulheres, e suas duas servas, e seus onze filhos, e passou o vau de Jaboque.
LTT E levantou-se aquela mesma noite, e tomou as suas duas esposas, e as suas duas servas, e os seus onze filhos, e passou o vau ① de Jaboque.
BJ2 O presente seguiu adiante e ele ficou aquela noite no campo.
VULG Cumque mature surrexisset, tulit duas uxores suas, et totidem famulas cum undecim filiis, et transivit vadum Jaboc.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 32:22

Gênesis 29:21 E disse Jacó a Labão: Dá-me minha mulher, porque meus dias são cumpridos, para que eu entre a ela.
Gênesis 35:18 E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma (porque morreu), chamou o seu nome Benoni; mas seu pai o chamou Benjamim.
Gênesis 35:22 E aconteceu que, habitando Israel naquela terra, foi Rúben e deitou-se com Bila, concubina de seu pai; e Israel soube-o. E eram doze os filhos de Jacó:
Deuteronômio 2:37 Somente à terra dos filhos de Amom não chegaste; nem a toda a borda do ribeiro de Jaboque, nem às cidades da montanha, nem a coisa alguma que nos proibira o Senhor, nosso Deus.
Deuteronômio 3:16 Mas aos rubenitas e gaditas dei desde Gileade até ao ribeiro de Arnom, o meio do ribeiro e o termo; e até ao ribeiro de Jaboque, o termo dos filhos de Amom,
Josué 12:2 Seom, rei dos amorreus, que habitava em Hesbom e que senhoreava desde Aroer, que está à borda do ribeiro de Arnom, e desde o meio do ribeiro, e desde a metade de Gileade, e até ao ribeiro de Jaboque, termo dos filhos de Amom;
I Timóteo 5:8 Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

"vau": local de cruzamento de rio.


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS PATRIARCAS NA PALESTINA

Os patriarcas de Gênesis passaram a vida na Terra Prometida, dentro da metade sul da Cadeia Montanhosa Central. Só em breves ocasiões suas viagens os levaram temporariamente para fora dessa região - a exceção foi quando Jacó deixou Cana para ficar, por bastante tempo, na terra dos antepassados, no norte da Mesopotâmia (Gn 28:10-33.
20) [v. mapa 30]. Mas, enquanto viveram na terra, a Bíblia diz que estabeleceram residência, construíram altares e adoraram o Senhor em Siquém, Betel, Hebrom/Manre e Berseba. Eles e suas mulheres foram enterrados na mesma região, seja na tumba da família em Manre/Hebrom, em Siquém, seja na sepultura de Raquel. Quando Jacó voltava a Canaã, depois de passar 20 anos na casa de Labão (Gn 31:41), chegou ao rio Jaboque. Ali ficou sabendo que seu irmão, Esaú, estava a caminho para se encontrar com ele, o que o levou a passar uma noite lutando (Gn 32:6-7,22-30). A narração do capítulo 32 (o final do tempo que passou fora) é uma conclusão apropriada para a narração do capítulo 28 (o início do tempo, quando saiu de casa). Os dois textos descrevem lacó sozinho à noite, enfrentando uma crise, encontrando-se com "anjos de Deus" (Gn 28:12-32.
1) e batizando um lugar com um novo nome (Betel, 28.19; Peniel, 32.30).
A localização de Maanaim e Peniel, ambos na Transjordânia, é incerta, exceto que estão situados junto ao desfiladeiro de Jaboque. Maanaim foi dado à tribo de Gade (Is 13:26), mas ficava na fronteira com Manassés (Is 13:30) [v. mapa 40]. A cidade foi uma cidade levítica (Js 21:38-39) [mapa 41], residência régia de Es-Baal (25m 2.8,12) e refúgio temporário para Davi, quando fugiu de Absalão (25m 17.24- 27). No mapa, Maanaim tem sido colocada conjecturalmente no sítio de T. er-Reheil, onde a principal estrada norte-sul, vinda de Damasco, chega perto do rio Jaboque e cruza com uma estrada secundária que vai para o oeste, na direção do Jordão [v. mapa 27]. Peniel deve ter sido próxima, embora ficasse entre Maanaim (Gn 32:1) e Sucote (33.17), possivelmente em T. edh-Dhahab esh-Shargia.
Depois de voltar da Mesopotâmia, Jacó viajou de onde residia, em Betel, para estar com seu pai, Isaque, em Hebrom/ Manre (Gn 35:1-27). Mas, enquanto a caravana viajava pela estrada, chegou a hora de Raquel dar à luz Benjamim. Ela morreu durante o parto e foi enterrada ali (Gn 35:16-20). Desde o século 4 d.C., viajantes e peregrinos têm visitado um "túmulo de Raquel" no extremo norte de Belém, junto à estrada de Jerusalém. Presume-se que o local foi estabelecido com base num comentário editorial em Gênesis 35:19-1% Mas um texto posterior deixa claro que Raquel foi sepultada "em Zelza, na fronteira (da tribo) de Benjamim" (1Sm 10:2). Embora Zelza seja um local desconhecido, sem nenhuma outra atestação, o contexto dessa referência é bastante claro. Procurando as jumentas perdidas de seu pai, Saul viajou de sua casa em Gibeá (T. el-Ful [1Sm 10:26]) para o norte, atravessando a região montanhosa de Efraim, regressou ao território de Benjamim (1Sm 9:4) e finalmente a Ramá, a cidade de Samuel (er-Ram [1Sm 9:5-10]). Ao voltar de Ramá para Gibeá, o texto bíblico diz que passou pelo túmulo de Raquel (1Sm 10:2).
Em ainda outro texto, o profeta Jeremias (31,15) associou o "choro de Raquel" diretamente à cidade de Ramá, também situada dentro do território de Benjamim. De modo que, embora a localização exata do túmulo de Raquel ainda seja um pouco debatida, não há quase nada que favoreça situá-lo em Belém. Nesse aspecto, pode ser relevante lembrar o exato fraseado da narrativa de Gênesis. O texto diz que Raquel foi sepultada "no caminho de Efrata (Belém]" (Gn 35:19; cp. 48.7b), "quando [..) ainda havia uma boa distância (lit. 'uma distância da terra'101 de Efrata" (Gn 35:16; cp. 48.7a).
Em qualquer das hipóteses, enquanto prosseguia sua viagem do túmulo de Raquel para Hebrom/Manre, Jacó chegou à Torre de Éder (Migdal-Éder (Gn 35:211), possivelmente situada nas vizinhanças de Salém ou Belém.
ABRÃO NA PALESTINA
ABRÃO NA PALESTINA
OS PATRIARCAS NA PALESTINA
OS PATRIARCAS NA PALESTINA

OS PATRIARCAS: AS EVIDÊNCIAS BÍBLICAS

Início do segundo milênio a.C.

UM CONTEXTO CRONOLÓGICO

Gênesis 12:50 trata da relação de Deus com um homem, Abraão, e seus descendentes: Isaque, Jacó (Israel) e seus doze filhos, dos quais José é o mais destacado. É difícil situar os "patriarcas", como costumam ser chamados, num período histórico exato. Para isso, é preciso considerar, em grande medida, a data fornecida para um acontecimento posterior da história bíblica, a saber, o êxodo, para o qual são definidas duas datas (como veremos em detalhes mais adiante).
Uma das datas para o êxodo é 1447 a.C.' Considerando-se que os israelitas permaneceram no Egito durante 430 anos, pode-se concluir que Jacó e seus filhos chegaram ao Egito em 1877 a.C. Assim, Abraão deve ter nascido na metade do século XXII a.C.
A outra data para o êxodo é c. 1270 a.C. Aceitando-se os mesmos dados mencionados acima, Abraão deve ter nascido por volta de 2000 a.C.
Alguns estudiosos também consideram que a estadia de Israel no Egito foi mais curta e situam os patriarcas num período posterior (mais próximo de nossa época), entre os séculos 20 e XVI a.C., a Média Idade do Bronze II.

ABRÃO VIAJA DE UR PARA HARÀ Tera, o pai de Abrão (como ele era conhecido naquele tempo), deixou "Ur dos caldeus"* e se assentou em Harà, na fronteira norte da Mesopotâmia, 32 km a sudeste da atual cidade turca de Urfa. Para alguns, Ur e Urfa se referem ao mesmo lugar, mas, nesse caso, Abrão teria voltado pelo mesmo caminho de onde veio antes de partir para Canaâ. Na verdade, a designação "Ur dos caldeus" resolve a questão. Os caldeus foram um povo que viveu no sul do Iraque do final do segundo milênio em diante.
Assim, Ur dos caldeus deve ser identificada com a cidade famosa de Ur, no sul do Iraque, conhecida hoje como Tell el- Muqayyar. Ur era um dos centros de uma civilização sofisticada vários séculos antes de Abraão, como indicam o Cemitério Real de Ur e o zigurate (templo em forma de torre) de Ur-Nammu, datados respectivamente de c. 2500 a.C. e 2113-2096 a.C.

ABRÃO VIAJA DE CANAÁ PARA O EGITO

Quando Abrão estava com cerca de 75 anos de idade, ele respondeu ao chamado de Deus para deixar seu país, seu povo e a casa de seu pai e se dirigir à terra que o Senhor lhe mostraria.* Abrão foi para Canaã, a terra prometida, mas uma grave escassez de alimento o levou a buscar refúgio no Egito. Lá, sua esposa Sarai (chamada posteriormente de Sara) chamou a atenção do Faraó.

EM CANAÃ

Ao voltar a Canaã, Abrão se tornou extremamente rico em rebanhos, prata e ouro. Tinha tantos rebanhos que precisou se separar de seu sobrinho, Ló, o qual escolheu armar suas tendas próximo a Sodoma, cujos habitantes eram conhecidos por sua grande perversidade. De acordo com Gênesis 19:24-25, "fez o Senhor chover enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre Sodoma e Gomorra. E subverteu aquelas cidades, e toda a campina". Não há dúvidas que Sodoma e Gomorra ficavam próximas, ou talvez debaixo, do atual mar Morto, mas é impossível determinar a localização exata das duas cidades proporção extraordinária de sal (25 por cento) do mar Morto pode ser evidência dessa calamidade.
Abrão (Pai exaltado) se tornaria Abraão (Pai de muitos)." ¡ Agar, a serva de Sara, lhe deu à luz Ismael e a própria Sara lhe deu à luz Isaque (o filho da promessa).° Quando Sara faleceu em Quiriate-Arba (atual Hebrom), Abraão comprou de Efrom, o heteu, um campo com uma caverna e ali sepultou a esposa. Posteriormente, Abraão, seu filho Isaque, Rebeca, esposa de Isaque, seu filho Jacó e Lia, a esposa de Jacó, também foram sepultados nesse local.
Isaque reabriu os poços que haviam sido cavados por Abraão no vale de Gerar e, de acordo com João 4:5-6, Jacó cavou um poço em Sicar, próximo a Siquém.
Fica evidente que os patriarcas eram homens de grande riqueza e influência em Canaã. Abrão tinha trezentos e dezoito "homens dos mais capazes" à sua disposição.' Aliás, a expressão "homens dos mais capazes" é bastante antiga, pois também aparece em textos egípcios de execração (maldição) do final do século XIX a.C. Os patriarcas se casaram com parentas: Isaque se casou com Rebeca, sobrinha neta de seu pai, e Jacó se casou com suas primas Lia e Raquel. Essas três mulheres eram da região de Harã, também chamada Harâ- Naharaim e Pada-Arã.

 

 

Por Paul Lawrence


Árvore genealógica dos patriarcas
Árvore genealógica dos patriarcas
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

gn 32:22
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 26
CARLOS TORRES PASTORINO
(Fim de dezembro do ano 30)

JO 10:22-39


22. E aconteceu a festa da dedicação em Jerusalém; era inverno.

23. E Jesus passeava no templo, no pórtico de Salomão.

24. Cercaram-no os judeus e diziam-lhe: "Até quando suspendes nossa alma? Se és o Cristo, fala-nos abertamente".

25. Respondeu-lhes Jesus: "Eu vo-lo disse e não credes; as ações que eu faço em nome de meu Pai testificam a meu respeito.

26. Mas não credes, porque não sois de minhas ovelhas.

27. As minhas ovelhas ouvem minha voz, e eu as conheço e elas me seguem.

28. e eu lhes dou a vida imanente, e nunca jamais se perderão, e ninguém as arrebatará de minha mão:

29. o Pai, que as deu a mim, é maior que tudo, e ninguém pode arrebotar da mão do Pai:

30. eu e o Pai somos um".

31. Os judeus outra vez buscaram pedras para apedrejá-lo.

32. Retrucou-lhes Jesus: "Mostrei-vos muitas belas ações da parte do Pai; por causa de qual ação me apedrejais"?

33. Responderam-lhe os judeus: "Não te apedrejaremos por uma bela ação, mas por blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes um deus".

34. Retrucou-lhes Jesus: "Não está escrito na lei: "Eu disse, vós sois deuses"?

35. Se ele chamou deuses aqueles nos quais se manifestou o ensino de Deus - e a Escritura não pode ser ab-rogada 36. a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo, dizeis "blasfemas", porque eu disse: "sou filho de Deus"?

37. Se não faço as ações de meu Pai, não me creiais,

38. mas se faço, embora não me creiais, crede nas ações, para que conheçais e tenhais a gnose de que o Pai está em mim e eu estou no Pai".

39. E de novo procuravam prendê-lo, mas ele saiu das mãos deles.



Este é mais um dos trechos de importância capital; nas declarações do Mestre. Analisemo-lo cuidadosamente.


O evangelista anota com simplicidade, mas com precisão, a ocasião em que foram prestadas essas declarações de Jesus: a festa da "dedicação" (hebraico: hanukâh, grego: egkainía) era uma festa litúrgica, instituída por Judas Macabeu, em 164 A. C., em comemoração à purificação do templo, da profanação de Antíoco IV Epifânio (cfr. 1. º Mac. 1:20-24, 39 e 4:59; 2. º Mac. 10:1-8; Fl. josefo, Ant. JD 12, 5, 4). Começava no dia 25 de kislev (2. ª metade de dezembro, solstício do inverno) e durava oito dias. Em solenidade, equivalia às festas da Páscoa, de Pentecostes e dos Tabernáculos.


Por ser inverno, Jesus passeava (com Seus discípulos?) no pórtico de Salomão, que ficava do lado do oriente, protegido dos ventos frios do deserto de Judá. Um grupo de judeus aproxima-se, cerca-O, e pede que se pronuncie abertamente: era o Messias, ou não?


Ora, essa resposta não podia ser dada: declarar-se "messias" seria confessar oposição frontal ao domínio romano, segundo a crença geral (o messias deveria libertar o povo israelita); essa declaração traria duas consequências, ambas indesejáveis: atrair a si a malta de políticos ambiciosos e descontentes, ávidos de luta; e, ao mesmo tempo, o ódio dos "acomodados" que usufruíam o favor dos dominadores, e que logo O denunciariam a Pilatos como agitador das massas (e dessa acusação não escapou), para que fosse condenado à morte, como os anteriores pretensos messias. Mas, de outro lado, se negasse a si mesmo o título, não só estaria mentindo, como decepcionaria o povo humilde, que Nele confiava.


Com Sua sábia prudência, no entanto, saiu-se galhardamente da dificuldade, citando fatos concretos, dos quais se poderia facilmente deduzir a resposta; e chegou, por fim, a declarar Sua unificação com a Pai. Portanto, Sua resposta foi muito além da pergunta formulada, para os que tivessem capacidade de entender.


Baseia-se, para responder, em Suas anteriores afirmativas e nas ações (érga) que sempre fez "em nome do Pai". Tanto uma coisa como outra foram suficientes para fazê-Lo compreendido por "Suas ovelhas", que "O seguem fielmente". E a todas elas é dada a Vida Imanente, de forma que elas "não se perderão" (apóllysai, "perder-se", em oposição a sôizô, "salvar-se", e não "morrer", sentido absurdo).


A. razão da segurança é que elas estão "em Sua mão" e, portanto, "na mão do Pai, que é maior que tudo".


Mais uma vez salientamos que zôê aiônios não pode traduzir-se por "vida eterna" (cfr. vol. 2), já que a vida é ETERNA para todos, inclusive na interpretação daqueles que acreditam erroneamente num inferno eterno... Logo, seria uma promessa vã e irrisória. Já a Vida imanente, com o Espírito desperto e consciente, unido a Deus-dentro-de-si, constitui o maior privilégio, a aspiração máxima. que nossa ambicionar um homem na Terra.


O versículo 29 apresenta três variantes principais, das quais adotamos a primeira, pelo melhor e mais numeroso testemunho:

1 - "O Pai, que as deu a mim, é maior que tudo" (hós, masc. e meizôn, masc.) - papiro 66 (ano 200, que traz édôken, aoristo, em vez de dédôken, perfeito, como os códices M e U); K, delta e pi, os minúsculos 1, 118, 131, 209, 28, 33, 565; 700; 892; 1. 009 ; 1. 010; 1. 071 1. 071; 1. 079; 1. 195, 1. 230, 1. 230, 1. 241, 1. 242, 1. 365, 1. 546, 1. 646, 2. 148; os unciais bizantinos (maioria), as versões siríacas sinaítica, peschita e harclense, os Pais Adamâncio, Basílio, Diodoro (4. º séc.), Crisóstomo, Nono e Cirilo de Alexandria (5. º séc.) ; e aparece com o acréscimo do objeto direto neutro autá na família 13, em 1216, 1344 (que tem o mac. oús), e 2174, nas versões coptas boaírica (no manuscrito), saídica, achmimiana, nas armênias e georgianas.


2 - "O que o Pai me deu é maior que tudo" (hó, neutro e meízon, neutro) no códice vaticano (com correção antiga para hós), nas versões latinas ítala e vulgata, na boaírica e gótica, nos Pais Ambrósio e Jerônimo (5. º século).


3 - "O Pai é quem deu a mim o maior que tudo" (hós, masc, e meízon, neutro), nos códices A, X, theta e na versão siríaca palestiniana.


A quarta variante (hó, neutro e meizôn, masc) parece confirmar a primeira, já que não faz sentido em si; talvez distração do copista, esquecendo o "s". Aparece nos códices sinaítico, D, L, W e psi.


A segunda variante, aceita pela Vulgata, é bastante encontradiça nas traduções correntes: "O que o Pai me deu é maior (mais precioso) que tudo". Realmente, esse pensamento do cuidado de Jesus pelo que o Pai Lhe deu, é expresso em JO 6:37-39 e JO 17:24; mas a ideia, que reconhecemos como do texto original, além de caber muito melhor no raciocínio do contexto (estão as ovelhas "na mão do Pai" e nada poderá arrebatá-las, porque Ele é maior que tudo), também é confirmado por JO 14:28.


A seguir explica por que, estando "em Sua mão", automaticamente, estão na mão do Pai: "Eu e o Pai somos UM".


A expressão "estar nas mãos de alguém" é usual no Antigo Testamento. Sendo a mão um dos principais instrumentos físicos da ação, no homem, a mão exprime o "poder de agir" (Ez. 38:35), a "potência" (Josué, 8:20; Juízes, 6:13; 1CR. 18:3; Salmo 75:6; IS 28:2; JR 12:7; 1SM 4:3; 2SM 14:16, etc.) . Assim, estar na mão de alguém" exprime "estar com alguém" (GN 32:14; GN 35:4; Núm,
31:49; DT 33:3; JR 38:10, etc.) ou "estar sob sua proteção ou seu poder" (GN 9:2; GN 14:20; GN 32:17; 43:37; EX 4:21; 2. º Sam, 18:2; 1RS 14:27; 2RS 10:24; 2CR. 25;20; JÓ 8:4; Sab. 3:1). Simbolicamente fala-se na "mão de Deus", que é "poderosa" (Deut 9:26; 26:8; Josué 4:25; l. ª Pe. 5:6) e garante sua ajuda (LC 1:66); ou, quando está sobre alguém o protege (2CR, 30:12; ED, 7:6, 9,

28; 8:18, 22, 31; ED. 2:8, 18; IS 1:25; ZC 13:7. etc,).


A frase "Eu e o Pai somos UM" foi bem compreendida em seu sentido teológico pelos ouvintes, que tentam apedrejá-Lo novamente (cfr. JO 8:59) e "buscavam" (ebástasan) pedras fora do templo, já que não nas havia no pórtico de Salomão.


Mas diferentemente da outra ocasião, Jesus não "se esconde". Ao contrário, enfrenta-os com argumentação lógica, para tentar chamá-los à razão. Eis os argumentos:

1. º - Ele lhes mostrou "muitas belas ações" (pollá érga kalá) vindas do Pai. As traduções correntes transformaram o "belas" em "boas". Por qual delas querem apedrejá-Lo?


A resposta esclarece que não é disso que se trata: é porque "sendo Ele um homem, se faz (poieís seautón) um deus", o que constitui blasfêmia.


2. º - Baseado na "lei", texto preferível (por encontrar-se no papiro 45, em aleph, D e theta) a "na vossa lei" (A, B, L e versões Latinas e Vulgata). O termo genérico "lei" (toráh) englobava as três partes de que eram compostas as Escrituras (toráh, neviim e ketubim). A frase é citada textualmente de um salmo, mas também se encontra no Êxodo uma atribuição dela.


Diz o Salmo (82:6): ani omareti elohim atem, vabeni hheleion kulekem (em grego: egô eípa: theoí éste, kaì hyioì hypsístou pántes), ou seja: "eu disse: vós sois deuses, e filhos, todos, do Altíssimo". Jesus estende a todos os homens o epíteto de elohim (deuses) que, no Salmo (composto por Asaph, no tempo de Josafá, cerca de 890 A. C.) era dirigido aos juízes, que recebiam esse título porque faziam justiça em nome de Deus. Nos trechos do Êxodo (21:6 e 22:8 e 28), a lei manda que o culpado "se apresente ao elohim", isto é, ao juiz.


Tudo isso sabia Jesus, e deviam conhecê-lo os ouvintes, tanto que é esclarecida e justificada a comparação: lá foram chamados deuses "aqueles nos quais o ensino de Deus se manifestava" (os juízes) - e a Escritura (graphê) "não pode ser ab-rogada" (ou dynastai lysthênai). É o sentido de lyô dado por Heródoto (3, 82) e por Demóstenes (31, 12) quando empregam esse verbo com referência à lei.


3. º - Ora, se eles, simples juízes, eram chamados deuses na lei, por que seria Ele acusado de blasfêmia só por dizer-se "filho de Deus" se Ele fora "separado" (hêgíasen, verbo derivado de hágios que, literalmente tem esse significado) ou "consagrado" pelo Pai, e "enviado" ao mundo? E tanto só se dizia" filho", que se referia a Deus dando-Lhe o nome de Pai. 4. º - As ações. Pode dividir-se em dois casos:

a) se não as fizesse, não era digno de crédito:

b) fazendo-as, devia ser acreditado.


Todavia, mesmo que, por absurdo, não acreditassem em Sua palavra, pelo menos as ações praticadas deviam servir para alertá-los, não só a "conhecer" (gnôte) mas até mesmo" a ter a gnose plena (ginôskête, papiro 45, e não pisteuête, "creiais") de que, para fazê-las, era indispensável "que o Pai estivesse Nele e Ele no Pai".
De nada adiantaram os argumentos. Eles preferiam as trevas à luz (JO 3:19-21), pertenciam ao Anti-

Sistema (JO 8:23), porque eram filhos do Adversário" (JO 8:47), logo, não tinham condições espi rituais de perceber as palavras nem de analisar as ações "do Alto". Daí quererem passar à violência física, prendendo-O (cfr. JO 7:1, JO 7:30, JO 7:32 e JO 7:44, e 8:20). Mas, uma vez mais, Ele escapa de suas mãos e sai de Jerusalém (como em JO 4:3 e JO 7:1).


Lição prenhe de ensinamentos.


Jesus passeava no pórtico de Salomão (que significa "pacífico" ou "perfeito") na festa da "dedicação" do templo (corpo) a Deus. Eis a primeira interpretação.


Jesus, o Grande Iniciado, Hierofante da "Assembleia do Caminho", é abordado pelos "religiosos ortodoxos" (judeus), que desejam aberta declaração Sua a respeito de Sua missão. Mas o "homem"

Jesus, que já vive permanentemente unificado com o Cristo Interno, responde às perguntas na qualidade de intérprete desse mesmo Cristo.


Cita as ações que são inspiradas e realizadas pelas forças do Alto (cfr. JO 8:23), suficientes para testificar quem é Ele; mas infelizmente os ouvintes "não são do seu rebanho", e por isso não Lhe ouvem nem reconhecem a voz (cfr. JO 10:14, JO 10:16) . A estas suas ovelhas é dada a vida imanente e elas não se perderão (cfr. JO 8:51), porque ninguém terá força de arrebatá-las de Seu poder, que é o próprio poder do Pai, já que Ele e o Pai são UM.


O testemunho não é aceito. Antes, é julgado "blasfêmia", pois Ele, simples homem, "se faz um deus".


Jesus (o Cristo) retruca que, se todo homem é um deus, segundo o que está na própria Escritura, Ele não está usurpando direitos falsos, quando se diz "filho de Deus", em Quem reconhece "o PAI". Contudo, se não quisessem acreditar Nele, não importava: pelo menos reconhecessem as ações divinas realizadas pelo Pai através Dele, e compreendessem que o Pai está Nele e Ele no Pai, já que, sem essa união, nada teria sido possível fazer.


Inútil tudo: o fanatismo constitui os antolhos do espírito.


Transportemos o ensino para o âmbito da criatura encarnada, e observemos o ceticismo do intelecto, ainda mesmo quando já iluminado pelas religiões ortodoxas ("judeus"), mas ainda moldado pelos dogmas estreitos de peco fanatismo.


A Individualidade (Jesus) é solicitada a manifestar-se ao intelecto, à compreensão racional e lógica do homem. Como resposta, cita as ações espirituais que ele mesmo vem sentindo em sua vida religiosa: o conforto das preces, a consolação nos sofrimentos, a coragem nas lutas contra os defeitos, a energia que o não deixa desanimar, a doçura das contemplações. Mas, sendo o intelecto um produto do Antissistema, não consegue "ouvir-lhe a voz" (akoúein tòn lógon, vol. 4) nem segui-lo, porque não o conhece. Mas se resolver entregar-se totalmente, anulando seu eu pequeno, ninguém poderá derrotálo, porque "o Pai é maior que tudo" e Ele se unificará ao Pai quando se unificar à Individualidade, que já é UNA com o Pai.


O intelecto recusa: julga ser "blasfema" essa declaração, já que o dogma dualista de sua religião lhe ensinou que o homem está "fora de Deus" e, por sua própria natureza, em oposição a Ele: logo, jamais poderá ele ser divino. Politeísmo! Panteísmo! Blasfêmia! ...


O argumento de que todo homem é divino, e que isto consta das próprias Escrituras que servem de base à sua fé, também não abala o intelecto cético, que raciocina teologicamente sobre "unidade de essência e de natureza", sobre "uniões hipostáticas", sobre "ordens naturais e sobrenaturais", sobre" filho por natureza stricto sensu e filhos por adoção", sobre o "pecado de Adão, que passou a todos", etc. etc. E continua sua descrença a respeito da sublimidade do Encontro, só conhecido e experimentado pelos místicos não-teólogos. E, como resultante dessa negação, a recusa do Cristo Interno que, por ver inúteis seus amorosos esforços, "se afasta e sai de Jerusalém".


No campo iniciático, observamos o ensino profundo, em mais um capítulo, manifestado de maneira velada sob as aparências de uma discussão. Eis alguns dos ensinos: Para distinção entre o verdadeiro Eu Profundo e os enganos tão fáceis nesse âmbito, há um modo simples de reconhecimento: as belas ações que vêm do Pai.


Entretanto, uma vez que foi feita a íntegra doação e a entrega confiante, ingressando-se no "rebanho do Cristo", nenhum perigo mais correremos de perder-nos: estamos na mão do Cristo e na mão do Pai. Não há forças, nem do físico nem do astral que nos possam arrebatar de lá. Nada atingirá nosso Eu verdadeiro. As dores e tentações poderão atuar na personagem, mas não atingem a Individualidade.


Já existe a união: nós e o Pai somos UM, indistintamente.


Não há objeções que valham. A própria Escritura confirma que todo homem é um deus, embora temporariamente decaído na matéria. Não obstante, o Pai continua DENTRO DO homem, e o homem DENTRO DO Pai.


Aqui vemos mais uma confirmação da onipresença concomitante de Deus, através de seu aspecto terceiro, de Cristo Cósmico.


O CRISTO CÓSMICO é a força inteligente NA QUAL reside tudo: átomos, corpos, planetas, sistemas estelares, universos sem conta nem limite que nessa mesma Força inteligente, nessa LUZ incriada, nesse SOM inaudível, têm a base de sua existência, e dela recolhem para si mesmos a Vida, captando aquilo que podem, de acordo com a própria capacidade receptiva. Oceano de Luz, de Som, de Força, de Inteligência, de Bondade, QUE É, onde tudo flutua e de onde tudo EX-ISTE.


Mas esse mesmo Oceano penetra tudo, permeia tudo, tudo impregna com Sua vida, com Sua força, com Sua inteligência, com Seu amor.


Nesse Infinito está tudo, e esse Infinito está em tudo: nós estamos no Pai, e o Pai está em nós.


E é Pai (no oriente denominado Pai-Mãe) porque dá origem a tudo, Dele tudo parte e Nele tudo tem a meta última da existência. Partindo desse TODO, vem o movimento, a vibração, a vida, o psiquismo, o espírito, nomes diferentes da mesma força atuante, denominações diversas que exprimem a mesma coisa, e que Só se diferencia pelo grau que conseguiu atingir na evolução de suas manifestações corpóreas nos planos mais densos: é movimento vorticoso no átomo, é vibração no éter, é vida nos vegetais, é psiquismo nos animais, é espírito nos homens. E chegará, um dia, a ser chamado o próprio Cristo, quando atingirmos o ponto culminante da evolução dentro do reino animal: "até que todos cheguemos à unificada fidelidade, à gnose do Filho de Deus, ao estado de Homem Perfeito, à dimensão da plena evolução de Cristo" (EF 4:13).



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

JABOQUE

Atualmente: JORDÂNIA
Rio perene que atravessa os montes de Gileade. Deságua no Jordão. Gênesis 32:22

O rio Jaboque ou rio Zarqa é um dos dois principais tributários do rio Jordão, à margem leste, na Jordânia. Deságua no Jordão entre o mar da Galileia e o mar Morto. É mencionado na Bíblia diversas vezes, a primeira por ter sido atravessado por Jacó, em conexão com sua luta com um anjo do Senhor, antes do encontro com Esaú. Atualmente, é conhecido em árabe como Nahr ez-Zarqa .

Mapa Bíblico de JABOQUE



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 32 do versículo 1 até o 32
E. PROFUNDA CRISE ESPIRITUAL, 32:1-32

A questão com Labão estava resolvida, mas agora havia uma ameaça maior no sul. O iminente encontro com Esaú abalou Jacó até ao fundo de sua alma e preparou o cená-rio para uma das lutas e vitórias espirituais significativas no Livro de Gênesis. Peniel, onde se deu o fato, tornou-se sinônimo de experiência de crise espiritual que radicalmen-te transforma a alma.

  1. Atividades de Nova Consciência Espiritual (32.1,2)

Desde que Labão se tornou hostil a ele, Jacó ficou mais sensível aos procedimentos de Deus e obteve ajuda e orientação. Agora uma visitação dos anjos de Deus (1) o despertou novamente e, em certa medida, o preparou para a luta que viria. Maanaim (2) significa 'dois acampamentos ou dois grupos". Diz respeito ao acampamento de Jacó e ao acampa-mento invisível e circundante dos anjos de Deus que protegiam Jacó e sua família.

De 32.1,2, Alexander Maclaren pregou sobre "Maanaim: os Dois Acampamentos".

1) Anjos de Deus nos encontram na estrada poeirenta da vida comum, 1;

2) Os anjos de Deus nos encontram pontualmente na hora da necessidade, 2;

3) Os anjos de Deus apa-recem na forma que precisamos: O exército de Deus, 2.

  1. Medo Incitado por Culpa (32:3-8)

Jacó sabia que agora tinha de tratar com Esaú, contra quem tão gravemente havia pecado no passado, e que, até onde sabia, ainda queria feri-lo. Mas Jacó estava disposto a buscar paz fazendo o primeiro movimento para estabelecer uma nova relação. Para esse propósito, enviou mensageiros (3) ao sul, ao território de Edom (ver Mapa 2), com a história do sucesso de Jacó e um pedido para encontrar graça (5) aos olhos do irmão. Esta frase é equivalente a pedido de perdão pelos erros passados. Os mensagei-ros (6) voltaram com a notícia de que Esaú se dirigia para o norte com quatrocentos homens, aparentemente com más intenções em relação a Jacó. Logicamente, os mensa-geiros de Jacó não tinham falado com Esaú.

O medo invadiu o coração de Jacó e ele imediatamente tomou medidas defensivas . Com desconsideração pela vida de alguns que o acompanhavam, ele os mandou à frente para receber o ímpeto do ataque esperado. Esta ação permitiria que os outros escapassem.

3. Rogo por Ajuda Divina (32:9-12)

O segundo movimento de Jacó foi orar a Deus em busca de livramento. Ele não advogava o conceito pagão de muitos deuses. Dirigiu suas orações ao Deus de meu pai Abraão e Deus de meu pai Isaque (9). Identificou este Deus com o SENHOR que lhe dera mandamentos e promessas. Era o mesmo Deus que encontrava seus servos a qual-quer hora e em qualquer lugar que quisesse. Era o Deus que tinha o direito e o poder de dizer: "Vai", e: "Volta"; tinha a integridade e o poder de cumprir sua promessa de estar com Jacó e de fazer-lhe bem.

Não havia arrogância hipócrita na oração de Jacó. Prontamente admitiu sua indigni-dade em receber as beneficências (10) divinas, ou seja, ações de bondade. A fidelidade seria as mensagens de mandamento, promessa e instrução. A elevação de Jacó da pobreza para a riqueza era devida inteiramente à ajuda de Deus. Contudo, devido ao natural medo humano, a caravana foi separada em dois grupos por causa do esperado ataque de Esaú.

  1. alvo da oração era obter livramento divino, pois Jacó estava tomado pelo medo. Sua morte e a matança de suas esposas e filhos pareciam iminentes. Terminou a oração pleiteando a validade das promessas divinas e a fidelidade de Deus em cumpri-las me-diante proteção preventiva.
  2. Presentes de Reconciliação (32:13-23)

Depois da oração, Jacó deu nova dimensão ao propósito do acampamento dividido. Os primeiros grupos não receberiam apenas o impacto inicial de um ataque, mas serviri-am como emissários de paz, levando presentes para Esaú. Em vez de dois grupos, agora havia três, cada um com presentes e a mensagem que Jacó estava indo. A esperança de Jacó era aplacar a ira de Esaú (20), de forma que quando ele entrasse em cena Esaú o aceitasse amavelmente.
O verbo aplacarei (20, kipper) significa literalmente "cobrir", mas veio a significar a tristeza do ofertante por ter cometido uma ação errada e seu desejo de pedir perdão, para que uma relação correta e aproveitável fosse estabelecida. Esta é a primeira oca-sião em que a palavra é usada na Bíblia com este significado. Quando esta mensagem simbólica era transmitida ao indivíduo contra quem se havia pecado, esperava-se que a raiva mudasse em misericórdia, com a resposta de franqueza e sinceridade que tornaria a reconciliação uma realidade.

Nesse momento, Jacó e sua família estavam acampados junto ao vau de Jaboque (22), um rio que corta um vale profundo nos planaltos a leste do rio Jordão, mais ou menos a meio caminho entre o mar da Galiléia e o mar Morto (ver Mapa 2).

  1. Crise à Noite (32:24-32)

Jacó tinha enviado todos os outros para a margem sul do vau de Jaboque e passado a noite (24). Pelo menos no começo. Na escuridão, um varão, que no versículo 30 se identifica como Deus, lutou com Jacó. Durante a luta, Jacó teve um quadril deslocado, mas prolongou o combate insistindo que não deixaria de lutar até que o abençoasse (26). Jacó precisava desesperadamente de ajuda, mas antes de obtê-la tinha de confessar o pecado que estava simbolizado pelo seu nome, "agarrador de calcanhar ou enganador".

Em resposta à luta, Deus mudou seu nome para Israel (28), "aquele que luta ou prevalece com Deus". A mudança de nome, como se deu com Abraão e com Sara, indicava mudança de status e mudança do ser interior. Jacó não tinha certeza de quem estava lutando com ele até ao término do combate. Levantou-se e, mostrando sua nova menta-lidade, chamou o lugar Peniel (30), que significa "face a face com Deus". Sua própria inaptidão física lhe seria testemunha constante de que a batalha realmente havia ocor-rido. Seus descendentes também tinham de comemorar o fato abstendo-se de comer a coxa (32), ou o músculo do nervo ciático, de animais que costumavam comer.

Em 32:22-30, vemos como "Jacó se Torna 1srael".

1) Jacó, o suplantador, 27;

2) Jacó, o lutador, 24-26;

3) Jacó, o prevalecedor, 28 (G. B. Williamson).
A luta noturna de Jacó gerou as características básicas das experiências espirituais significativas de homens e mulheres do Antigo e do Novo Testamento. Charles Wesley entendia que o episódio de Peniel era um tipo da experiência cristã em que se baseou para compor seu famoso hino "Vêm, Tu, o Desconhecido".
O fato de o pecado contra os outros também ser um ato que afeta a relação de Deus com o homem é central neste episódio. Jacó não tinha de enfrentar somente Esaú; teve de enfrentar Deus em primeiro lugar. Aliás, Deus o enfrentou na agitação da culpa para levá-lo a um pleno reconhecimento da pecaminosidade do seu ser e da necessidade de mudança radical.
Jacó lidava com um problema difícil. Se ele não conseguisse resolver realisticamen-te sua alienação de Esaú, ou procurasse tratá-la de maneira desonesta e inadequada, ele corria o risco de inflamar ainda mais a raiva de Esaú. Semelhantemente, se ele não confessasse seu pecado a Deus, ele incorreria no desgosto divino.

A princípio, Jacó tendeu a se servir de expedientes impróprios. Ele temia o poder de Esaú e amava a vida e a riqueza que tinha. Estava inclinado a sacrificar parte de seu séqüito a Esaú para escapar com a vida e algumas posses. Resolveu, então, enviar presentes e mediadores entre ele e Esaú. Na oração, reconheceu que era indigno, mas não admitiu que era pecador. Queria a bênção, mas detestava repudiar sua natureza enganosa.

Mas Jacó foi vitorioso, porque se firmou em sólida base espiritual no decorrer da luta. Afirmou o domínio de Deus sobre sua vida e reivindicou as promessas que Deus lhe deu em Betel e em Harã. Apoiou seu futuro na validade e fidelidade de Deus em cumprir o que havia prometido. Declarou suas necessidades, pediu ajuda e, com deter-minação, esperou a bênção, ainda que lhe custasse a confissão do pecado de sua perver-são interior. Testemunhou publicamente acerca da ajuda de Deus dando um nome ao lugar.' Jacó estabeleceu uma máxima evangélica básica: fé é aceitação da misericórdia imerecida de Deus.
Em 32:9-12,24-30, vemos onde "Deus Confronta o Homem pela Segunda Vez".

1) Um homem cujos recursos não bastavam 9:12;

2) Um homem sozinho com Deus, 24;

3) Um homem que não receberia uma negativa como resposta, 26;

4) A confissão que traz a bênção, 27-30 (A. F. Harper).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 32 versículo 22
Este relato marca o ponto culminante na vida de Jacó. Da luta com um personagem misterioso, que no fim descobre ser o próprio Deus (conforme vs. 28,30), Jacó sai transformado num homem novo, com um novo nome. Já não será mais Jacó, o enganador do seu irmão (Gn 27:36), mas Israel, o pai das doze tribos, que, daqui por diante, seguirá o caminho traçado pelos seus antepassados Abraão e Isaque. Conforme Os 12:3-4.Gn 32:22 O vau de Jaboque:
Este ribeiro (v. 23), afluente do Jordão pelo lado oriental, corre a uns 40 km ao norte do mar Morto e divide em duas partes a região de Gileade.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 32 do versículo 1 até o 32
*

32.1 anjos de Deus. Jacó novamente encontrou-se com os anjos de Deus a quem ele já havia encontrado em Betel (28.12). Estes encontros angélicos na saída e retorno à terra Prometida demarcam experiências de Jacó com Labão (28.10-22, nota) e atestam a promessa de Deus de estar com Jacó e protegê-lo onde quer que fosse (28.15).

Fiel à sua promessa, Deus esteve com Jacó — não apenas protegendo-o, mas também refazendo o seu caráter. O Jacó que não orava e era um enganador se tornara agora em um humilde homem de oração (vs. 9-12).

* 32.2 Maanaim. Ver referência lateral. Jacó podia ter em mente tanto o seu acampamento quanto o acampamento de Deus, um escudo e cobertura celestial. Assim como Betel era a casa de Deus e o portão do céu (28.17), Maanaim era o acampamento de Deus na terra. Maanaim mais tarde serviu como a capital para o filho de Saul, Is-Bosete (2Sm 2:8) e como um refúgio para Davi durante a rebelião de Absalão (2Sm 17:24). Maanaim situava-se ao leste do rio Jordão, nas proximidades do rio Jaboque; no entanto, sua localização precisa é incerta.

* 32.3 Seir. Ver 25.25 e nota.

* 32.4, 5 A maneira humilde com que Jacó falou com seu irmão e rival sugere que a mudança no seu caráter foi real (v. 1, nota). Como fez Abraão com Ló (13 8:9), Jacó não insistiu nos seus direitos pactuais, mas deixou o assunto nas mãos de Deus.

*

32.6 quatrocentos homens. Jacó tinha razão em temer (14.14; 27.40, 41), ainda que tivesse sobrevivido às forças ainda maiores de Labão com a ajuda de Deus (31.29 e nota).

* 32.9 E orou Jacó. A primeira oração registrada de Jacó (vs. 9-12) é colocada exatamente entre os dois presentes a Esaú (vs. 3-8, 13-21). Esta estrutura sugere que ele confiava que Deus haveria de fazer prosperar aqueles dois presentes dados.

* 32.10 sou indigno. Uma transformação espiritual aconteceu com Jacó: ele se submeteu a Esaú e reconheceu a sua indignidade diante de Deus.

misericórdias… fidelidade. Palavras comumente usadas para descrever a lealdade e fidelidade de Deus às suas promessas pactuais (24.27; Êx 15:13, nota; Sl 40:11; 61:7). Jacó agora identifica-se completamente com a aliança de Deus com Abraão e Isaque, e sua fé descansou firmemente nas promessas da aliança de Deus.

* 32.12 dar-te-ei a descendência como a areia. Pela fé Jacó aplicou a si mesmo a linguagem da promessa pactual com Abraão (22.17; conforme 28.14).

*

32.13 um presente. A palavra hebraica conota um tributo, um presente expressando lealdade a um superior. Ver notas em 33.3, 4 e 33.11.

* 32.14, 15 Quinhentos e cinqüenta animais era um presente extravagante.

* 32.20 o aplacarei. Lit., “cobrir a sua face”, uma expressão significando o acobertamento da culpa. Jacó estava dolorosamente consciente de que havia pecado contra seu irmão.

* 32.22-32 Ao lutar com Jacó, Deus apareceu em forma humana e privou a Jacó de sua força natural, porém, Jacó saiu vencedor em agarrar-se a Deus para receber a bênção.

*

32.24 lutava com ele um homem. Este homem misterioso era na verdade uma teofania, uma manifestação visível (e neste caso tangível) de Deus que é intrinsecamente invisível, o Anjo do Senhor (16.7, nota; Os 12:4). O Senhor inesperadamente iniciou a luta.

* 32.25 não podia com ele. Embora Jacó fosse aparentemente um homem de força considerável (29.2, 10), o Anjo do Senhor ajustou sua força à força de Jacó.

tocou-lhe. Ver referência lateral. Deus deslocou a articulação da coxa de Jacó, o pivô da força de um lutador (v. 31). Tendo previamente dependido de sua habilidade e força, as força naturais de Jacó estavam agora enfraquecidas. Cada passo que desse no futuro haveria de lembrá-lo da sua dependência da graça divina.

* 32.27 Como te chamas? Ver nota em 3.9.

* 32.28 te chamarás. Ver nota em 17.6.

Israel. Ver referência lateral. O novo nome indica que o patriarca eleito havia amadurecido na sua fé.

lutaste com Deus. O “homem” é implicitamente identificado com o próprio Deus (v. 30).

*

32.29 Por que perguntas. Nos tempos antigos, acreditava-se que um nome expressava a natureza essencial assim como a identidade de alguém. O nome divino participa da santidade do ser de Deus (Jz 13:18), e deveria ser reverenciado (Êx 20:7). Os pagãos criam que conhecer o nome de uma divindade lhes dava a habilidade de invocar o poder dessa mesma deidade. Aqui, no entanto, o nome de Deus não é dado (conforme 28.13; Os 12:5), mostrando que a revelação do nome do Senhor é um ato da iniciativa graciosa da divindade, e não uma resposta ao esforço humano de invocar e controlar a Deus.

* 32.30 Peniel. Ver referências laterais nos vs. 30, 31. Peniel era situada no rio Jaboque nas proximidades da moderna cidade de Tulul edh-Dhahab. A cidade foi destruída por Gideão (Jz 8:8) e depois fortificada por Jeroboão I (1Rs 12:25).

salva. A preservação da vida de Jacó neste encontro “face-a-face” com o Deus todo poderoso confirmou a sua preservação no encontro eminente com Esaú, um mero ser humano (conforme v. 11).

*

32.32 até hoje. A restrição contra comer o nervo ciático, mencionada somente na literatura judaica extra-bíblica, recorda este evento fundamental na História da nação.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 32 do versículo 1 até o 32
32:1 por que se apresentaram ante o Jacó estes anjos de Deus? Há muitos lugares na Bíblia onde os anjos intervieram em questões humanas. Mesmo que os anjos sempre se apresentavam em forma humana, estes devem ter tido algo diferente, já que Jacó os reconheceu ao momento. por que estes anjos se apresentaram diante do Jacó, não sabe bem; mas como resultado de sua visita, Jacó compreendeu que Deus estava com ele.

32:3 A última vez que Jacó tinha sabido do Esaú, seu irmão queria matá-lo por lhe haver roubado a bênção familiar (25.29-27.42). Esaú estava tão zangado que tinha prometido matar ao Jacó logo que seu pai, Isaque, morrera (27.41). Temeroso de seu encontro, Jacó enviou por diante um mensageiro com pressente, esperando comprar o perdão do Esaú.

32.9-12 Como se sentiria você ao saber que está a ponto de encontrar-se com a pessoa a que você lhe arrebatou sua posse mais apreciada? Jacó se tinha dado procuração da primogenitura do Esaú (25,33) e suas bênções (27.27-40). Estava a ponto de encontrar-se com seu irmão pela primeira vez depois de vinte anos e lhe tinha um medo espantoso. Entretanto, ordenou seus pensamentos e ficou a orar. Quando enfrentamos um grande conflito, podemos correr de um lado a outro desesperadamente ou podemos nos deter orar. O que será o melhor?

32:26 Jacó lutou toda a noite para que o benzeram. Era persistente. Deus nos anima a ser persistentes em todos os aspectos de nossa vida, incluindo o espiritual. Em que aspecto de sua vida espiritual necessita maior persistência? A firmeza de caráter se desenvolve à medida que um luta em meio de condições difíceis.

32.27-29 Deus deu nomes novos a muitos personagens da Bíblia (Abraão, Sara, Pedro). Os novos nomes expressavam como Deus tinha transformado suas vidas. O caráter do Jacó tinha trocado. O enganador ambicioso se converteu no Israel, que lutou com Deus e venceu.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 32 do versículo 1 até o 32
3. Os temores de Jacó (32: 3-33: 17)

1. A retaliação Ameaçadas (32: 3-21)

3 E enviou Jacó mensageiros diante de si a Esaú, seu irmão, à terra de Seir, o campo de Edom. 4 E ordenou-lhes, dizendo: Assim direis a meu senhor Esaú: Assim diz o teu servo Jacó, peregrino morei com Labão e fiquei até agora: 5 e tenho bois e jumentos, e ovelhas, e servos e servas, e enviei para o anunciar a meu senhor, para que ache graça aos teus olhos. 6 E os mensageiros voltaram a Jacó, dizendo: Fomos a teu irmão Esaú, e além disso ele vem para encontrar-te, e quatrocentos homens com Ec 7:1 Jacó teve muito medo e ficou aflito; e repartiu o povo que estava com ele, e o rebanhos e os rebanhos, e os camelos, em duas sociedades; 8 e ele disse: Se Esaú vier a um bando eo ferir, então a empresa que está à esquerda escapará. 9 E Jacó disse, ó Deus de meu pai Abraão, Deus de meu pai Isaque, ó Senhor, que me disseste: Volta para a tua terra e à tua parentela, e eu te farei bem: 10 eu não sou digno da menor de toda a bondade, e de tudo a verdade, o que tu com teu servo; porque com o meu cajado passei este Jordão; e agora volto em duas empresas. 11 Livra-me, peço-te, da mão de meu irmão, da mão de Esaú, porque eu o temo, para que ele não venha, e fira mim, a mãe com os filhos. 12 E tu disseste: Certamente te farei bem, e farei a tua descendência como a areia do mar, que não pode ser contada, por numerosa.

13 E ele ali aquela noite, e tomou do que ele teve com ele um presente para seu irmão Esaú: 14 duzentas cabras e vinte bodes, duzentas ovelhas e vinte carneiros, 15 trinta camelas de leite com suas crias , quarenta vacas e dez touros, vinte jumentas e dez jumentinhos. 16 E ele os entregou na mão dos seus servos, cada rebanho à parte, e disse a seus servos: Passai adiante de mim e ponde espaço entre manada e dirigimos. 17 E ordenou ao primeiro, dizendo: Quando Esaú, meu irmão meeteth ti, e te perguntar, dizendo: De quem és? e para onde vais? e de quem são estes diante de ti? 18 , em seguida, dirás: São de teu servo Jacó; é um presente que envia a meu senhor Esaú:., e eis que ele também está atrás de Nu 19:1 E ele também comandou o segundo, o terceiro, e todos os que vinham atrás das manadas, dizendo: Desta maneira falareis a Esaú quando o achardes; 20 e direis, Além disso, eis que o teu servo Jacó vem atrás de nós. Para ele disse, vou satisfazê-lo com o presente, que vai adiante de mim, e depois verei a sua face; porventura ele me aceitará. 21 Assim, o presente adiante dele; ele, porém, passou aquela noite no arraial.

Retorno de Jacó para Canaã foi resguardado com dificuldades. Um dos mais graves problemas que ele encontrou foi a busca por Laban, com a provável intenção de mantê-lo em Paddanaram. Que agora tinha sido eliminados. Mas Jacó também tem que lidar com seu irmão há muito tempo partiu Esaú, que não só pode querer impedir seu retorno, mas também para vingar-se através da realização de sua antiga promessa de matar Jacó.

Vale ressaltar que Jacó não tentou escorregar em Canaã sem Esaú saber. Ele tinha secretamente fugiu de Laban e anteriores tinham fugido às pressas para que este mesmo Esau perseguir e matá-lo. Mas, aparentemente, Jacó estava aprendendo que engano e esperteza sem princípios não eram as melhores formas de felicidade e sucesso. Agora, ele enviou mensageiros a Esaú, anunciando seu retorno. Esaú estava vivendo em Seir , a terra mais tarde conhecida após seu apelido como Edom ("Red"). Como Jacó sabia para onde enviar os mensageiros não é revelado. Talvez Esaú já tinha tomado os passos iniciais em direção a tornar Seir sua casa antes mesmo de Jacó deixou vinte anos antes. Ou, mais provavelmente, Jacó tinha aprendido da atual residência de seu irmão de algumas das caravanas encontrou em sua jornada.

O Jacó que estava voltando para Canaã não era o mesmo Jacó, que havia deixado Beersheba vinte anos antes. A partir do momento que ele havia se encontrado com Deus em Betel, ele tinha sido diferente. Anteriormente, havia nenhum registro de que ele tivesse qualquer tipo de vida religiosa. Ele dependia inteiramente da sua própria inteligência e conselhos de sua mãe. Ele era intensamente egoísta. Ele não deu nenhuma evidência de ser sobre sua maus tratos de seu irmão gêmeo atingidas pela consciência. Mas depois de Bethel, o nome de Deus foi muitas vezes em cima de lábios de Jacó. Ele freqüentava o lugar de oração e anjos vieram várias vezes para tranquilizar ou dirigi-lo. Ele agora deu a Deus o crédito por seu sucesso, e obedecida a ordem de Deus para retornar à sua terra natal. Seu amor foi agora virados para fora, especialmente para Raquel, mas também a todos os membros de sua família. Ele ainda tentou tirar proveito de Laban, mas apenas em retaliação numa época em que a lei era "olho por olho", e nas circunstâncias em que Deus evidentemente aprovado, pois só Ele poderia ter dado o sucesso dos esforços de Jacó. Agora, o mudou Jacó torna-se mais evidente em sua mensagem ao seu irmão distante. Ele chama Esaú meu senhor e se o teu servo Jacó . Ele diz que ele tem peregrinou ou "residia temporariamente" com Laban , e tem ficado ou "demorou" ou "atrasado" até agora . Ele também enumera as diversas categorias de suas posses: bois, jumentos, ovelhas, servos, servas . E ele fecha, explicando sua comunicação como a intenção de encontrar favor com Esaú. Ele está em vigor renunciando reivindicação de todas as vantagens naturais e materiais que teriam sido seu em virtude do direito de primogenitura ea bênção. Ele não assume qualquer superioridade sobre Esaú, mas sim a posição de submissão humilde. Ele explica sua partida e regresso a uma terra sobre a qual Esaú, por enquanto, tem um certo grau de controle. Ele enumera os seus bens de modo Esaú vai saber que ele precisa nem riquezas de seu pai, nem a caridade do seu irmão.

Mas, quando os mensageiros de Jacó voltaram, trouxeram notícias alarmantes. Eles tinham encontrado Esaú, e ele estava vindo para atender Jacó com quatrocentos homens. Aparentemente Esaú não tinha dito nada em resposta aos mensageiros que indicavam ou sua aceitação ou rejeição do pedido humilde de Jacó por favor. E esse silêncio angustiado Jacó excessivamente. Ele dividiu o seu povo e gado em duas empresas, com a esperança de que, se Esaú atacaram a um, o outro teria uma chance de escapar. Esta parece ter sido um procedimento padrão para caravanas ameaçadas, desde os primórdios. Não está claro se ele tão dividido suas esposas e filhos. Pelo contrário, parece que Jacó e sua família ou ficou com um dos grupos ou defasada um pouco atrás e para além de ambos. Então Jacó foi para a oração. Ele abordou o Elohim de Abraão e Isaque, que também foi o Senhor quem lhe tinha dado uma promessa em Betel esses vinte anos atrás. Ele declarou que ele não era digno da menor das bênçãos divinas, e contrastou sua travessia sobre Jordan naquele dia mais cedo carregando apenas sua equipe, com o seu regresso acompanhado por funcionários e estoque suficiente para fazer duas empresas. Então ele pediu para a libertação de Esaú, porque temia que ele seria atingido completamente-se e tudo o que pertencia a ele, me , a mãe com os filhos . E a referência para as crianças o levou a ainda mais um lembrete da promessa divina, porque o Senhor lhe tinha dito que faria seus descendentes tão inumeráveis ​​como a areia do mar. A ordem da oração é um instrutivo, um padrão para qualquer idade: endereço, promessa de referência, a humildade, a ação de graças, petição, intercessão, promessa de referência. Foi uma oração por um notável mudou Jacó face-a-face com uma situação muito além de sua capacidade de lidar.

Jacó tinha agido de forma rápida e decisiva, e, em seguida, orou. Agora, ele segue a oração com outra ação. Às vezes, a atividade deve preceder a oração; muitas vezes segue-se oração. Oração freqüentemente leva a percepções imediatas, que ajudam a resolver as nossas dificuldades. Talvez tenha sido assim com Jacó. De qualquer forma, ele acampou no local onde seus mensageiros ele tinha encontrado. E mesmo que a noite estava caindo, ele resolveu um presente para Esaú, composta por duzentos e vinte bodes, duzentos e vinte carneiros, trinta camelos de leite com suas crias, cinqüenta gado e trinta jumentos-um total de quinhentos e cinqüenta animais, a esplêndido dom de fato, e uma dica importante com a riqueza de Jacó. Ele organizou-os em cinco massa, cada tipo de animal, por si só, e enviou-os à sua frente, cada manada sendo conduzido por seus servos. Um espaço foi deixado entre rebanho e rebanho. E os servos foram instruídos que, quando Esaú se encontrou com eles e perguntou quem eram, onde estavam indo, e cuja eram os bandos, eles deveriam responder que estes eram de propriedade de seu servo Jacó, enviado como um presente para o seu senhor Esaú, e que Jacó estava seguindo eles. Tudo isso foi feito na esperança de mudar a atitude de Esaú de um de raiva para uma das bem-vindos. Um jogo interessante sobre a palavra "face" aparece nos versículos 20:21 , o que é bastante significativo, à luz da experiência depois de Jacó em Peniel ("o rosto de Deus," 32: 22-32 ), e as suas palavras sobre reunião Esaú (Gn 33:10 ).O hebraico literalmente diz: "Porque ele disse, vou cobrir seu rosto com o presente, que vai adiante de meu rosto , e depois verei a sua cara ; talvez ele vai levantar o meu rosto . E o presente passaram diante do seu rosto . "

b. A renúncia de segundo Glorioso Promise (32: 22-32)

22 E levantou-se aquela noite, e tomou as suas duas mulheres, suas duas servas e seus onze filhos, e passou o vau do. Jaboque 23 E tomou-os e fê-los passar o ribeiro, e fez passar tudo o que ele tinha. 24 E Jacó ficou só; e lutou com ele um homem até o romper do dia. 25 E quando viu que não prevalecia contra ele, tocou a juntura da coxa; e a juntura da coxa de Jacó foi tensa, enquanto lutava com ele. 26 E ele disse: Deixa-me ir, pois já rompeu o dia. E ele disse, eu não te deixarei ir, se me não abençoares. 27 E disse-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó. 28 E ele disse: O teu nome será mais Jacó, mas Israel; porque tens lutado com Deus e com os homens e tens prevalecido. 29 E Jacó lhe perguntou, e disse: Diga-me, I peço-te, o teu nome. E ele disse: Por que é que perguntas pelo meu nome? E abençoou-o ali. 30 E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque, disse ele ., tenho visto Deus face a face, e minha vida foi preservada 31 E o sol se levantou em cima dele quando ele passou de Penuel, e coxeava de uma perna. 32 Por isso os filhos de Israel não comem o nervo do quadril, que está sobre a juntura da coxa, até o dia de hoje: porque ele tocou a juntura da coxa de Jacó no nervo do quadril.

Depois de Jacó tinha enviado as multidões longe na escuridão recolhimento, ele aparentemente tentou estabelecer-se para uma noite de descanso. Mas ele não conseguia dormir. Este foi, provavelmente, mais do que uma questão de medo de Esaú, porque o Espírito de Deus já deve ter sido preparando-o para a experiência espiritual profunda que foi logo para ocorrer. Ele se levantou de noite e tomou suas mulheres e crianças em todo o Jaboque , um riacho que deságua no Jordão do leste, cerca Dt 15:1 ), como fez o profeta inspirado Oséias (Dn 12:4 ; Gn 28:13 com Gn 31:11 , Gn 31:13 ; Ex 3:2 , Ex 3:6 , Ex 3:7 ; Jz 6:11. , Jz 6:12 , Jz 6:14 , Jz 6:16 , Jz 6:20 , Jz 6:21 ), e que muitos estudiosos acreditam ter sido o Cristo pré-encarnado. Parece certo que o próprio Deus foi antagonista de Jacó como é evidenciado pela (1) o poder do Seu toque à coxa de Jacó, (2) a insistência de Jacó que Ele abençoe, (3) o novo nome que ele deu a Jacó, (4) a recusa em revelar o Seu próprio nome, (5) a bênção que Ele deu a Jacó, e (6) o nome pelo qual Jacó comemorou o local. Deus tinha assumido a forma de um homem quando Ele queria falar com Abraão (cap. Gn 18:1 ). Naquela ocasião, Abraão intercedeu por Sodoma, e sua oração foi sob a forma de uma conversa. Agora Deus vem para completar a transformação de Jacó em um homem Ele pode usar, eo encontro tem a forma de uma luta intensa.

Como o amanhecer se aproximava, antagonista de Jacó viu que não prevalecia contra este homem, cuja força incomum já foi observado (ver exposição Dt 29:10 ). Então ele tocou a juntura "socket" ou onde o osso da coxa de Jacó conectado com a pelve, jogando-o para fora do soquete. Jacó tinha nenhuma dúvida ficado surpreso que sua meditação solitária tinha sido tão rudemente interrompido. Ele se perguntava desde o primeiro sobre a identidade de seu adversário, provavelmente sentindo que algo incomum sobre Ele. Mas no momento em que o simples toque de Sua mão aleijada Jacó, ele imediatamente sabia quem era quem ele tinha em suas mãos. O Jacó de temperamento forte, forte armada foi mudado em um instante de um lutador que não poderia ser jogado em um que não podia ficar nu. Ele parar de lutar e começou apego. Deus pediu para ser liberado, para o dia era de quebra. Talvez Ele não queria que Jacó para ver seu rosto claramente na luz. Talvez ele estivesse lembrando-lhe que era hora de seguir em frente e enfrentar Esaú. Mas, mais provavelmente, Ele estava testando Jacó para ver se ele iria beneficiar com a experiência da noite, e segurar até que ele tinha recebido do Senhor tudo o que Ele tinha planejado para ele. Espírito rebelde de Jacó foi quebrado; mas ele ainda precisava de uma consciência mais profunda da bênção de Deus e capacitar graça. Ele se encontrou com o teste, pois ele declarou: Eu não te deixarei ir, se me não abençoares . Aqui era uma santa ousadia, uma determinação santo.Aqui estava Jacó em sua melhor forma. Anteriormente ele havia enganado seu pai para obter sua bênção humana. Mas ele tinha sido desde há muito, uma vez convencido da inadequação dessa bênção obtida por esses meios. Agora, ele queria uma bênção de Deus, e ele se recusou a ir, até que foi dado.

A resposta de Deus à insistência de Jacó em uma bênção foi perguntar, Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó . Essa troca significaria pouco hoje. Mas nomes hebraicos teve significados definidos. O nome de Jacó veio de uma raiz que como um substantivo significa "calcanhar", e como um verbo significa "overreach", "atacar de forma insidiosa", ou "contornar". Ele tinha sido marcada desde o nascimento como o calcanhar-pinça, o usurpador. Para ele a dizer o nome dele era ao mesmo tempo a confessar sua natureza. Este Deus exigiu que ele fizesse, por mais doloroso que era. Mas uma mudança estava ocorrendo na natureza de Jacó, em seu estado espiritual. E como um sinal dessa mudança, Deus deu-lhe um novo nome, Israel ("wrestler com Deus"): porque tens lutado com Deus e com os homens e tens prevalecido .

Jacó agora pediu para saber o nome do seu antagonista. Ele certamente o havia reconhecido. Mas, como Deus havia pedido para o seu nome, já sabendo que, por isso agora ele pede mais uma auto-revelação da parte de Deus. O seu era um desejo natural de receber do Senhor tudo o que podia, enquanto este maravilhoso encontro ainda era um fato presente. Mas o Senhor considera evidentemente qualquer outra revelação desnecessária e imprudente neste momento. Então Ele contornadas a questão e honrado insistência anterior de Jacó em uma bênção. Sua natureza não está aqui divulgados. Mas, sem dúvida, atualizado e esclareceu as promessas que Deus já tinha dado Jacó, talvez carimbar a aprovação divina sobre a bênção Isaque tinha dado muito antes. Quanto mais feliz foi esta última experiência do que a situação triste quando ele enganou seu pai! Quanto melhor teria sido se Jacó tinha sido a intenção de esta bênção todo.

Jacó também fez algumas nomeação nesta ocasião. Ele nomeou o local de sua experiência culminante Peniel ou Penuel , diferentes formas da mesma palavra hebraica, que significa "a face de Deus." Faces tinha sido muito na mente de Jacó durante seu retorno para casa (conforme comentários sobre versículos 20:21 ). Sem dúvida, a voz da consciência estava segurando antes de Jacó o rosto com raiva de seu irmão injustiçado, especialmente na escuridão depois que sua família tinha sido mandado embora. Mas em vez de Esaú, ele havia encontrado pela primeira vez Deus face a face , e uma vez ter resolvido as questões com ele, ele estava pronto para seu encontro com Esaú. Jacó especialmente notado um resultado de seu encontro com Deus: minha vida foi preservada . Isso pode refletir o medo Antigo Testamento típico de ver Deus e as ações de graças correspondente quando tal ocorre sem consequente morte (conforme Ex 33:20. ; Jz 6:22. ; Jz 13:22 ). Mas pode muito bem ser traduzido, "minha alma é entregue", ou como Luther torna ", a minha alma está curada, salvo". O verbo é usado nos Salmos para falar da libertação da culpa e do pecado. Este segundo significado pode muito bem ter sido incluída na expressão de Jacó já que ele mais tarde se refere ao seu antagonista nesta ocasião como "o anjo que me tem livrado de todo o mal" (Gn 48:16 ).

À medida que o sol se levantou, Jacó foi mancando em seu caminho para se juntar a sua família, um homem mudado fisicamente e espiritualmente. Como um memorial à sua experiência e ao toque paralisante de Deus, seus descendentes se recusam a comer o nervo do quadril , o poderoso músculo ciático, que passa ao longo da coxa. O costume não é mencionado em outras partes do Velho Testamento, mas é encorajada pela Mishná, o arranjo tópica da lei oral judaica, que foi escrito no século II dC


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 32 do versículo 1 até o 32
  1. Jacó, o lutador (Gn 32)

Esaú estava vindo, e Jacó estava para encontrar-se com seu passado esquecido. Esaú o perdoaria ou lu-taria com ele? Jacó perderia tudo o que conseguira por meio de estrata-gemas? É trágico quando o passado alcança o pecador. A geografia não podia apagar o passado de Jacó, nem vinte anos de história poderiam mudar isso. Contudo, Jacó teve três outros encontros antes de se encon-trar com Esaú:

  1. Ele encontra os anjos de Deus (vv. 1-20)

Primeiro, ele havia visto esses anjos em Betei (cap. 28), e eles deviam lembrá-lo que Deus, estava no con-trole. Ele deu o nome de "Maanaim" (seu próprio campo e o campo ou exército dos anjos), mas fracassou em confiar em Deus, que, anos an-tes, prometera protegê-lo. Os crentes de hoje afirmam He 1:14 e Sal-mos 91:11-13 quando caminham na vontade de Deus. Infelizmente, Jacó começou a confiar em si mesmo e em seus esquemas de novo! Ele ten-tou apaziguar Esaú com presentes. Ele dividiu sua companhia em dois bandos (v. 7) e ignorou a proteção do exército de anjos. Assim, depois de dar esses passos em confiança carnal, ele pediu a ajuda de Deus! Ele esquecera a forma como Deus o protegera de Labão (Gn 31:24)?

  1. Ele encontra o Senhor (vv. 21-26)

Coisas boas começam a aconte-cer quando estamos sozinhos com Deus. Cristo veio para lutar com Jacó, e o combate durou a noite in-teira. Tenha em mente que Jacó não lutava para conseguir a bênção de Deus; antes, ele defendia a si mesmo e recusava-se a capitular. O Senhor queria quebrar Jacó e levá-lo para a atitude em que poderia dizer hones-tamente: "Já não sou eu quem vive, mas Cristo" (Gl 2:20). Durante toda a noite, Jacó defendeu-se e recusou render-se ou mesmo admitir que pe-cara. Assim, Deus enfraqueceu Jacó, e o lutador pôde apenas agarrar-se a ele! Agora, ele, em vez de armar es-quemas para obter a bênção ou de negociar a bênção, pediu a bênção a Deus — e recebeu-a.

  1. Ele encontra a si mesmo (vv. 27-32)

Nós não nos vemos verdadeira-mente até que tenhamos visto o Se-nhor. "Qual é o teu nome?" (v. 27), essa pergunta forçou Jacó a con-fessar seu verdadeiro eu — "Jacó, o usurpador". Ele podia mudar, uma vez que encarara a si mes-mo e confessara seu pecado. Deus deu-lhe um novo nome — "Israel, príncipe com Deus" ou "homem governado por Deus". A forma de ter poder com Deus é ser quebrado por Deus. Deus também lhe deu um novo início e um novo poder quando ele começou a caminhar no Espírito, e não na carne. O novo caminhar de Jacó, pois agora ele mancava, ilustra isso. Deus que-brou-o, mas seu manquejar era um sinal de poder, não de fraqueza. O versículo 31 indica o alvorecer do novo dia, quando o sol se levanta, e Jacó manca ao encontro de Esaú com a ajuda de Deus!


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 32 do versículo 1 até o 32
32.2 Maanaim - "Dois campos". Transparece que Jacó estivesse a contemplar, por um lado, o exército do Senhor e, por outro lado, o ajuntamento indefeso que levava consigo. (Note-se uma semelhante provisão da proteção divina em 2Rs 6:8-12).

32.5 Jacó queria persuadir a Esaú de que o Senhor o tinha abençoado de modo inteiramente à parte daquela bênção que ele havia, tão sutilmente, tornado ao irmão mais velho.
• N. Hom. 32.9 Elementos da verdadeira oração:
1) Reconhecimento da iniciativa divina nas manifestações da graça para com seu pai e para consigo mesmo, quando se aproximava novo momento crítico;
2) Reconhecimento do próprio demérito e de Deus como a fonte de todo bem e do dom perfeito (10);
3) Reconhecimento da necessidade da proteção de Deus (11);
4) Expressão evidenciando a Deus que o suplicante crê ainda na promessa (12).
32.22 O ribeiro de Jaboque ainda permanece como linha divisória na cadeia de montanha de Gileade. Despeja suas águas no Jordão (no lado orienta) a 70 km ao sul do mar da Galiléia e a cerca de 38 km ao norte do mar Morto.
32.24 Pode ser que tal homem tivesse dado à Jacó certa impressão de que se tratasse de espia vindo da parte de Esaú. Entretanto, no decorrer da luta ali travada, Jacó veio a compreender que aquele homem não era um simples mortal, pois se tratava de um emissário da parte de Deus.

32.25 O anjo poderia facilmente prevalecer sobre Jacó na pugna física ali travada. Transparece o fato de que o Senhor desejava que Jacó se lhe rendesse de modo voluntário, corporal e espiritualmente, assim como se demonstrava predisposto a oferecer a Esaú suas riquezas. Mediante um golpe instantâneo, o Senhor o privara de qualquer capacidade de resistir. Assim Deus procede também para conosco. Deus há de elevar-nos até sua pessoa; isto, porém, ele efetua tão somente depois de levar-nos aos extremos de nossas necessidades. Por causa da inveterada resistência que lhe oferecem, bem como da incapacidade que revelamos de sentir sua, mão paternal através da disciplina que nos é imposta, ele tem de "tocar-nos" para reduzir-nos à impotência total, e, assim, fortalecer- nos na sua graça (2Co 12:9, 2Co 12:10).

32.28 Não mais Jacó, "suplantador", mas, Israel, "Campeão com Deus", pois que Jacó lutara (sarah) com Deus e com os homens, obtendo a vitória.

32.29 A revelação do nome de alguém era como um passo avantajado, no sentido de firmar-se uma amizade íntima e de estabelecer-se uma aliança mútua. Conhecer o nome significava, até certo ponto, um controle sobre a pessoa (conforme Ap 2:1 Ap 2:7).

32.30 Peniel significa "face de Deus”. Como em Betel, a "casa de Deus”, onde Jacó tinha obtido certeza quanto à Presença Divina e, em Maanaim, "o exército de Deus", onde ele tinha obtido certeza quanto ao Poder Divino. Também, em Peniel estava obtendo certeza quanto ao favor e à Companhia divina (conforme Êx 33:11-20 e Dt 34:10). • N. Hom.
1) "Ver a Deus" é experiência que transforma os caracteres, (conforme 1Jo 3:2) assim como Jacó teve o nome trocado para Israel.
2) "Ver a Deus" traz-nos a certeza da graça e do poder para enfrentarmos o futuro sem que possíveis surpresas nos aterrorizem.
3) 'Ver a Deus" significa a reiteração das bênçãos divinas; acarretando-nos, entretanto, novas responsabilidades (conforme Is 6:7-23).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 32 do versículo 1 até o 32
i) O encontro com Esaú (32.1—33.20)

O cenário dessa narrativa é a leste do Jordão; Maanaim (32.2), o Jaboque (v. 22), Peniel (v. 31) e Sucote (33,17) são todos locais citados pelo nome, e de fato cada nome é interpretado ou reinterpretado com referência à experiência de Jacó ali. Os primeiros três, além disso, estão associados à experiência de Jacó com Deus; essa região a leste do Jordão formaria parte do território de Israel, mas estaria sob constante pressão e seria atacada por outros povos (especialmente os arameus, amonitas e moabitas), e há conforto e segurança nesse capítulo para os israelitas. Maanaim lembra o lugar em que Deus havia prometido a sua proteção; e no Jaboque e em Peniel Israel venceu e conquistou a bênção de Deus.

A leste do Jordão, porém, não haveria ameaça de Edom; o tema principal dos caps. 32 e 33 é a reconciliação entre Jacó e Esaú, simbolizando os seus descendentes nessa região. E importante observar que, apesar dos seus temores, foi Jacó que tomou a iniciativa de se aproximar de Esaú (32.3ss). Ele foi a ponto de tomar precauções naturais em caso de Esaú querer se vingar (v. 6-12); essas precauções incluíram uma oração sincera, lembrando a Deus as promessas dele (conforme 28.13ss). Jacó então preparou um belo presente (v. 13ss) para apaziguar (v. 20) o irmão ofendido.

32:22-32. O episódio em Peniel (“Penuel” é uma forma alternativa do nome) aparece como surpresa para o leitor, interrompendo a história da reconciliação dos dois irmãos. O nome Peniel significa “a face de Deus”, lembrando a Jacó que ele não tinha necessidade de temer Esaú quando estava no lugar da presença de Deus; assim, a história conta a resposta à oração de Jacó. Já o nome Jaboque está associado ao tema da luta, pois lutou (a palavra hebraica é way-yê’ãbêq) é um jogo de palavras com o nome. A história da luta é contada com muita habilidade, de forma que o leitor não reconhece a identidade do oponente de Jacó antes que este o faça. O desfecho é a concessão de um novo nome a Jacó: a primeira ocorrência do nome Israel na Bíblia. O significado original do nome provavelmente seja “Deus governa”. Sem abandonar a verdade desse fato supremo da história de Israel, Deus se digna a permitir que Jacó seja o que “luta” (derivado do mesmo verbo hebraico) e vence. Assim, o antigo nome “suplantador” (conforme 27,36) é suplantado, e Jacó passa a uma nova fase da sua vida, abençoado e mesmo assim humilhado, mancando por causa da coxa (v. 31). O v. 32 está em forma de nota de rodapé; essa restrição na dieta era um costume, e não uma lei, e não é mencionada em outro lugar no AT.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 12 do versículo 1 até o 26

II. Os Patriarcas. 12:1 - 50:26. A. Abraão. 12:1 - 25:18.

Na segunda principal divisão do livro de Gênesis, está evidente que na nova dispensação os escolhidos de Deus deverão reconhecer a comunicação direta e a liderança direta do Senhor. Nos capítulos Gn 12:1, quatro personagens Se destacam como homens que ouviram a voz de Deus, entenderam Suas diretrizes, e orientaram seus carrinhos de acordo com a vontade dEle. O propósito de Jeová ainda continua sendo o de chamar pessoas que executem a Sua vontade na terra. Com Noé Ele começou tudo de novo. Sem foi o escolhido para transmitir a verdadeira religião. Os semitas (descendentes de Sem) seriam os missionários aos outros povos da terra. No capítulo 12 Abraão começa a aparecer na linhagem de Sem como o representante escolhido de Jeová. Sobre ele Jeová colocaria toda a responsabilidade de receber e passar adiante a Sua revelação para todos. Do cenário pagão de Ur e Harã saiu o homem de Deus para a estratégica hora da primitiva revelação do V.T.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 32 do versículo 1 até o 32
Gn 32:1

8. JACÓ TEME ESAÚ (Gn 32:1-8). Encontraram-no os anjos de Deus (1). Lit., "aproximaram-se". Sempre estiveram ao seu derredor; porém, naquele momento, tornaram sua presença conhecida. Maanaim (2). Este nome significa "duas hostes". Referia-se ou ao grupo do próprio Jacó e ao dos anjos que estavam com ele (conf. 2Rs 6:14-12; Sl 34:7), ou aos "dois bandos" (7) de Jacó. É mais provável que essa palavra dizia respeito à primeira alternativa, particularmente em vista da contexto. Território de Edom (3). Este é o nome posterior da região de Seir. A migração de Esaú não ocorreu senão algum tempo depois (Gn 36:7-8). Quatrocentos varões (6). Esaú, provavelmente, estava ocupado em alguma expedição atacante, quando ouviu falar na volta de seu irmão à terra.

>Gn 32:9

9. A ORAÇÃO E A ESTRATÉGIA DE JACÓ (Gn 32:9-23). Deus... ó Senhor... menor sou eu que todas as beneficências (9-10). Um Jacó muito diferente transparece aqui! Um presente para... Esaú (13). Esse presente, conforme mostra o versículo 20, tinha o propósito de aplacar Esaú e garantir sua boa vontade. Conf. 2Rs 8:9. A arrumação do presente fabuloso, com os intervalos entre os grupos, mostra a percepção psicológica do pensador que foi Jacó. Fê-los passar o ribeiro (23). O vale tinha cerca de seis quilômetros de largura, com algum terreno elevado para as bandas do sul. Jacó parece ter conduzido sua família em segurança por aquele vale, levando-a até os terrenos elevados, e então ter voltado à região do ribeiro a fim de orar. (O aparecimento da repetição, nos versículos 22:23, não requer que postulemos dois documentos: a repetição se deve ao gênio da linguagem hebraica).

>Gn 32:24

10. JACÓ LUTA COM UM HOMEM (Gn 32:24-32). Um varão (24). "O anjo de Jeová" pode ser reconhecido aqui. Ver Dn 12:4. Deixa-me ir (26). Jacó tinha sido enfraquecido por haver sido tocado no nervo da coxa, mas parece ter-se apegado tenazmente ao seu antagonista. No que diz respeito ao aspecto físico da "luta", esse pedido, feito pelo "varão", foi um reconhecimento do sucesso de Jacó (ver versículos 25:28). Se me não abençoares (26). Jacó reivindica o privilégio de vencedor, mas reconhece o caráter divino do "varão" com quem acabara de lutar. Sem dúvida descobrira isso no miraculoso poder que o aleijara. A significação dessa estranha experiência de Deus não é fácil de definir em poucas palavras. É possível que a primeira lição espiritual para Jacó aprender tinha em vista ensinar-lhe sua própria impotência. Uma segunda significação, entretanto, e mais intimamente ligada com o novo título que lhe foi outorgado, talvez tenha sido que, assim como ele tinha prevalecido daquela forma física (e o anjo claramente lhe tinha permitido assim prevalecer), igualmente ele prevaleceria nas coisas espirituais se aprendesse a submeter-se e a orar. Este último aspecto de submissão e oração foi demonstrado na cena final da luta, quando Jacó se apegou a seu divino visitante. Minha alma foi salva (30). Significa que sua vida fora preservada. Ver Gn 16:13.


Dicionário

Duas

numeral Uma mais outra (2); o número que vem imediatamente após o 1 (na sua forma feminina): lá em casa somos três, eu e minhas duas irmãs.
Gramática Feminino de dois, usado à frente de um substantivo que pode ser contado.
Etimologia (origem da palavra duas). Feminino de dois; do latim duas.

Filhós

substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

Jaboque

-

Espalhado, murmurando. Rio quenasce no platô oriental das montanhas de Gileade. Formava um dos limites da terra dos filhos de Amom (Jz 11:12-22). Na sua margem do sul houve a entrevista entre Jacó e Esaú (Gn 32:22). E foi perto do vau de Jaboque que o anjo lutou com Jacó (Gn 32:24).

Jaboque [Aquele que Corre] - Rio que fica a leste do Jordão e nele desemboca. Era a fronteira entre os reinos de Seom e Ogue (Gn 32:22); (Nu 21:24).

Levantar

verbo transitivo direto e pronominal Pôr ao alto; erguer: levantar uma mesa; levantou-se do sofá.
verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Erguer do chão; dar mais altura a; apanhar, hastear: levantar uma casa, uma bandeira; levantou um muro na sala; o carro não se levanta sozinho!
verbo transitivo direto e intransitivo Aumentar a intensidade de; reforçar: levantou a voz; sua voz levantou.
verbo bitransitivo Levar na direção mais alta; elevar: levantar a cabeça para ver melhor.
verbo transitivo direto Expor como uma ideia; sugerir: levantar questões.
Espalhar em várias direções; dispersar: o carro levantou muita poeira.
Incentivar uma rebelião; revoltar: discursos inflamados levantaram o povo.
Reunir em grande quantidade; arrecadar: levantar recursos para a igreja.
Passar a possuir; receber: foi ao banco e levantou vultosa soma.
Dar por findo; encerrar: levantar a sessão.
Elogiar muito algo ou alguém; enaltecer: levantou seus feitos no livro.
Elevar-se nos ares (o avião); voar: levantar voo.
verbo intransitivo Deixar de chover: o tempo levantou.
verbo pronominal Pôr-se de pé; erguer-se; acordar: levanto-me cedo.
Voltar a ter boa saúde: levantei-me depois daquela doença.
Exaltar-se; manifestar-se: a opinião pública facilmente se levanta.
Levantar-se contra alguém; insultar: meu filho se levantou contra mim.
Erguer-se no horizonte: o Sol ainda não se levantou.
verbo transitivo direto predicativo Eleger uma pessoa em detrimento dos demais: Canudos levantou Antônio Conselheiro seu líder.
Etimologia (origem da palavra levantar). Do latim levantare, "erguer".

Mulheres

fem. pl. de mulher

mu·lher
(latim mulier, -eris)
nome feminino

1. Ser humano do sexo feminino ou do género feminino (ex.: o casal teve três filhos: duas mulheres e um homem; a mulher pode ovular entre a menarca e a menopausa; mulher transgénero).

2. Pessoa do sexo ou género feminino depois da adolescência (ex.: a filha mais nova já deve estar uma mulher). = MULHER-FEITA, SENHORA

3. Pessoa do sexo ou género feminino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o padre declarou-os marido e mulher). = CÔNJUGE, ESPOSA

4. Pessoa do sexo ou género feminino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: eu e a minha mulher escolhemos não casar). = COMPANHEIRA, PARCEIRA

5. Conjunto de pessoas do sexo ou género feminino (ex.: defesa dos direitos da mulher).

adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

6. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente femininos (ex.: considera-se muito mulher em tudo).


de mulher para mulher
Entre mulheres, com frontalidade e franqueza, de modo directo (ex.: vamos falar de mulher para mulher; conversa de mulher para mulher).

mulher da vida
[Depreciativo] Meretriz, prostituta.

mulher de armas
Figurado Aquela que demonstra coragem, força, espírito de luta (ex.: é uma mulher de armas que luta persistentemente pelos seus valores e objectivos). = CORAJOSA, GUERREIRA, LUTADORA

mulher de Deus
Figurado Aquela que é bondosa, piedosa.

[Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: preste atenção, mulher de Deus!).

mulher de Estado
[Política] Líder que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: a antiga primeira-ministra foi uma grande mulher de Estado). = ESTADISTA

mulher de lei(s)
Aquela que é especialista em leis. = ADVOGADA, LEGISTA

mulher de letras
Literata, escritora.

mulher de negócios
Aquela que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIA

mulher de partido
[Política] Aquela que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: acima de tudo, é uma mulher de partido, apesar de não conviver bem com a disciplina partidária).

[Antigo, Depreciativo] Mulher que exerce a prostituição. = MERETRIZ, PROSTITUTA

mulher fatal
Mulher muito sensual e sedutora. = VAMPE

mulher pública
Aquela que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: como mulher pública, a vereadora defendeu sempre os interesses da população que a elegeu).

[Antigo, Depreciativo] Meretriz, prostituta.


Noite

substantivo feminino Espaço de tempo entre o pôr do sol e o amanhecer.
Escuridão que reina durante esse tempo.
[Popular] Diversão ou entretenimento noturna; vida noturna: ir para noite.
Falta de claridade; trevas.
Condição melancólica; melancolia.
Ausência de visão; cegueira.
expressão Noite fechada. Noite completa.
Ir alta a noite. Ser muito tarde.
Noite e dia. De maneira continuada; continuamente.
A noite dos tempos. Os tempos mais recuados da história.
Etimologia (origem da palavra noite). Do latim nox.ctis.

Não olvides que a própria noite na Terra é uma pausa de esquecimento para que aprendamos a ciência do recomeço, em cada alvorada nova.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

O dia e a noite constituem, para o homem, uma folha do livro da vida. A maior parte das vezes, a criatura escreve sozinha a página diária, com a tinta dos sentimentos que lhe são próprios, nas palavras, pensamentos, intenções e atos, e no verso, isto é, na reflexão noturna, ajudamo-la a retificar as lições e acertar as experiências, quando o Senhor no-lo permite.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

[...] Qual acontece entre os homens, animais e árvores, há também um movimento de respiração para o mundo. Durante o dia, o hemisfério iluminado absorve as energias positivas e fecundantes do Sol que bombardeia pacificamente as criações da Natureza e do homem, afeiçoando-as ao abençoado trabalho evolutivo, mas, à noite, o hemisfério sombrio, magnetizado pelo influxo absorvente da Lua, expele as vibrações psíquicas retidas no trabalho diurno, envolvendo principalmente os círculos de manifestação da atividade humana. O quadro de emissão dessa substância é, portanto, diferente sobre a cidade, sobre o campo ou sobre o mar. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6


Noite Dividido em vigílias, o período que se estendia do pôr-do-sol ao amanhecer. Nos evangelhos, aparece como um tempo especialmente propício para a oração (Mc 1:35; Lc 6:12).

Onze

substantivo masculino O que numa série de onze ocupa o último lugar.
[Esporte] Equipe de futebol.
substantivo masculino e feminino [Regionalismo: São Paulo] O mesmo que onze-letras. O-horas.
substantivo feminino singular e plural Botânica Planta portulacácea cujas flores se abrem mais ou menos às onze horas (Portulaca grandiflora). O-letras.
substantivo masculino e feminino singular e plural Pop Pessoa que alcovita; dez-e-um.
Etimologia (origem da palavra onze). Alusão ao número de letras da palavra alcoviteira.

Vau

substantivo masculino Lugar do rio ou outra porção de água onde esta é pouco funda e por isso pode ser transposta a pé ou a cavalo.
Baixio, parcel, banco.
Figurado Comodidade, oportunidade.
substantivo masculino plural Traves em que assenta a coberta do navio onde fica a artilharia ou por baixo dos castelos.
Paus gradados na cabeça do mastro onde assentam as coroas e enxárcias.
Paus cruzados nas gáveas.

Trecho raso do rio ou do mar, ondese pode transitar a pé ou a cavalo. o principal vau do Jordão ficava perto de Jericó (Js 2:7Jz 3:28 – 2 Sm 19.15). Há, também, os vaus do rio Jaboque (Gn 32:22) e do rio Arnom (Nm 21:13is 16:2).

Vau
1) Trecho raso do rio, onde pode ser atravessado a pé ou a cavalo (Gn 32:22).


2) V. ALFABETO HEBRAICO 6.


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Gênesis 32: 22 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E levantou-se aquela mesma noite, e tomou as suas duas esposas, e as suas duas servas, e os seus onze filhos, e passou o vau ① de Jaboque.
Gênesis 32: 22 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1931
hûwʼ
הוּא
ele / ela / o / a
(it)
Pronome
H259
ʼechâd
אֶחָד
um (número)
(the first)
Adjetivo
H2999
Yabbôq
יַבֹּק
um ribeiro que cruza a cadeia de montanhas de Gileade, e deságua no lado leste do
(of the Jabbok)
Substantivo
H3206
yeled
יֶלֶד
criança, filho, menino, descendêbncia, juventude
(a young man)
Substantivo
H3915
layil
לַיִל
Noite
(Night)
Substantivo
H3947
lâqach
לָקַח
E levei
(And took)
Verbo
H4569
maʻăbâr
מַעֲבָר
vau, passagem, desfiladeiro
(the ford)
Substantivo
H5674
ʻâbar
עָבַר
ultrapassar, passar por, atravessar, alienar, trazer, carregar, desfazer, tomar, levar embora,
(and to pass)
Verbo
H6240
ʻâsâr
עָשָׂר
e dez
(and ten)
Substantivo
H6965
qûwm
קוּם
levantar, erguer, permanecer de pé, ficar de pé, pôr-se de pé
(that rose up)
Verbo
H802
ʼishshâh
אִשָּׁה
mulher, esposa, fêmea
(into a woman)
Substantivo
H8147
shᵉnayim
שְׁנַיִם
dois / duas
(two)
Substantivo
H8198
shiphchâh
שִׁפְחָה
serva, criada, escrava
(and maidservants)
Substantivo
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


הוּא


(H1931)
hûwʼ (hoo)

01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

  1. ele, ela
    1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
    2. retomando o suj com ênfase
    3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
    4. (antecipando o suj)
    5. (enfatizando o predicado)
    6. aquilo, isso (neutro) pron demons
  2. aquele, aquela (com artigo)

אֶחָד


(H259)
ʼechâd (ekh-awd')

0259 אחד ’echad

um numeral procedente de 258; DITAT - 61; adj

  1. um (número)
    1. um (número)
    2. cada, cada um
    3. um certo
    4. um (artigo indefinido)
    5. somente, uma vez, uma vez por todas
    6. um...outro, aquele...o outro, um depois do outro, um por um
    7. primeiro
    8. onze (em combinação), décimo-primeiro (ordinal)

יַבֹּק


(H2999)
Yabbôq (yab-boke')

02999 יבק Yabboq

provavelmente procedente de 1238; n pr loc Jaboque = “desembocador”

  1. um ribeiro que cruza a cadeia de montanhas de Gileade, e deságua no lado leste do Jordão, aproximadamente a meio caminho entre o mar da Galiléia e o mar Morto

יֶלֶד


(H3206)
yeled (yeh'-led)

03206 ילד yeled

procedente de 3205; DITAT - 867b; n m

  1. criança, filho, menino, descendêbncia, juventude
    1. criança, filho, menino
    2. criança, crianças
    3. descendentes
    4. juventude
    5. israelitas apostatados (fig.)

לַיִל


(H3915)
layil (lah'-yil)

03915 ליל layil

ou (Is 21:11) ליל leyl também לילה lay elaĥ

procedente da mesma raiz que 3883; DITAT - 1111; n m

  1. noite
    1. noite (em oposição ao dia)
    2. referindo-se à escuridão, sombra protetora (fig.)

לָקַח


(H3947)
lâqach (law-kakh')

03947 לקח laqach

uma raiz primitiva; DITAT - 1124; v

  1. tomar, pegar, buscar, segurar, apanhar, receber, adquirir, comprar, trazer, casar, tomar esposa, arrebatar, tirar
    1. (Qal)
      1. tomar, pegar na mão
      2. tomar e levar embora
      3. tomar de, tirar de, pegar, carregar embora, tirar
      4. tomar para ou por uma pessoa, procurar, pegar, tomar posse de, selecionar, escolher, tomar em casamento, receber, aceitar
      5. tomar sobre si, colocar sobre
      6. buscar
      7. tomar, liderar, conduzir
      8. tomar, capturar, apanhar
      9. tomar, carregar embora
      10. tomar (vingança)
    2. (Nifal)
      1. ser capturado
      2. ser levado embora, ser removido
      3. ser tomado, ser trazido para
    3. (Pual)
      1. ser tomado de ou para fora de
      2. ser roubado de
      3. ser levado cativo
      4. ser levado, ser removido
    4. (Hofal)
      1. ser tomado em, ser trazido para
      2. ser tirado de
      3. ser levado
    5. (Hitpael)
      1. tomar posse de alguém
      2. lampejar (referindo-se a relâmpago)

מַעֲבָר


(H4569)
maʻăbâr (mah-ab-awr')

04569 מעבר ma abar̀ ou fem. מעברה ma abarah̀

procedente de 5674; DITAT - 1556h; n m

  1. vau, passagem, desfiladeiro
    1. vau
    2. passagem
    3. passagem, garganta

עָבַר


(H5674)
ʻâbar (aw-bar')

05674 עבר ̀abar

uma raiz primitiva; DITAT - 1556; v

  1. ultrapassar, passar por, atravessar, alienar, trazer, carregar, desfazer, tomar, levar embora, transgredir
    1. (Qal)
      1. ultrapassar, cruzar, cruzar sobre, passar, marchar sobre, transbordar, passar por cima
      2. ir além de
      3. cruzar, atravessar
        1. os que atravessam (particípio)
        2. passar através (referindo-se às partes da vítima em aliança)
      4. passar ao longo de, passar por, ultrapassar e passar
        1. o que passa por (particípio)
        2. ser passado, estar concluído
      5. passar adiante, seguir, passar antes, ir antes de, passar para frente, viajar, avançar
      6. morrer
        1. emigrar, deixar (o território de alguém)
        2. desaparecer
        3. perecer, cessar de existir
        4. tornar-se inválido, tornar-se obsoleto (referindo-se à lei, decreto)
        5. ser alienado, passar para outras mãos
    2. (Nifal) ser atravessado
    3. (Piel) impregnar, fazer passar
    4. (Hifil)
      1. levar a ultrapassar, fazer trazer, fazer atravessar, transpor, dedicar, devotar
      2. levar a atravessar
      3. fazer passar por ou além de ou sob, deixar passar por
      4. levar a morrer, fazer levar embora
    5. (Hitpael) ultrapassar

עָשָׂר


(H6240)
ʻâsâr (aw-sawr')

06240 עשר ̀asar

procedente de 6235; DITAT - 1711b; n. m./f.

  1. dez (também em combinação com outros números)
    1. usado apenas em combinação para formar os números de 11 a 19

קוּם


(H6965)
qûwm (koom)

06965 קום quwm

uma raiz primitiva; DITAT - 1999; v.

  1. levantar, erguer, permanecer de pé, ficar de pé, pôr-se de pé
    1. (Qal)
      1. levantar
      2. levantar-se (no sentido hostil)
      3. levantar-se, tornar-se poderoso
      4. levantar, entrar em cena
      5. estar de pé
        1. manter-se
        2. ser estabelecido, ser confirmado
        3. permanecer, resistir
        4. estar fixo
        5. ser válido (diz-se de um voto)
        6. ser provado
        7. está cumprido
        8. persistir
        9. estar parado, estar fixo
    2. (Piel)
      1. cumprir
      2. confirmar, ratificar, estabelecer, impor
    3. (Polel) erguer
    4. (Hitpael) levantar-se, erguer-se
    5. (Hifil)
      1. levar a levantar, erguer
      2. levantar, erigir, edificar, construir
      3. levantar, trazer à cena
      4. despertar, provocar, instigar, investigar
      5. levantar, constituir
      6. fazer ficar em pé, pôr, colocar, estabelecer
      7. tornar obrigatório
      8. realizar, levar a efeito
    6. (Hofal) ser levantado

אִשָּׁה


(H802)
ʼishshâh (ish-shaw')

0802 אשה ’ishshah

procedente de 376 ou 582; DITAT - 137a; n f

  1. mulher, esposa, fêmea
    1. mulher (contrário de homem)
    2. esposa (mulher casada com um homem)
    3. fêmea (de animais)
    4. cada, cada uma (pronome)

שְׁנַיִם


(H8147)
shᵉnayim (shen-ah'-yim)

08147 שנים sh enayim̂ ou (fem.) שׂתים sh ettayim̂

dual de 8145; DITAT - 2421a; n. dual m./f.; adj.

  1. dois
    1. dois (o número cardinal)
      1. dois, ambos, duplo, duas vezes
    2. segundo (o número ordinal)
    3. em combinação com outros números
    4. ambos (um número dual)

שִׁפְחָה


(H8198)
shiphchâh (shif-khaw')

08198 שפחה shiphchah

procedente de uma raiz não utilizada significando espalhar (como uma família; veja 4940); DITAT - 2442a; n. f.

  1. serva, criada, escrava
    1. serva, criada (pertencente a uma senhora)
    2. referindo-se ao discurso, ao que fala, humildade (fig.)

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo